Você está na página 1de 56

IDE – PROJETO ESTRATÉGICO DE TRABALHO DA IDB CENTRAL EM TRINDADE

Integração - Discipulado - Evangelismo

LIÇÕES FUNDAMENTAIS

ALIANÇA
A PEDAGOGIA DE DEUS

Direção geral: Bispo - José Quirino Rodrigues


Autoria: Bispo - Valdivino Rodrigues dos Santos
Capa: Pastor - Rafael Francisco

Igreja de Deus Central


Rua Dr. Irany Ferreira 286 Centro

Trindade 01/23
3
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4
AS PRINCIPAIS ALIANÇAS BÍBLICAS ............................................................................................... 7
A ALIANÇA NO ÉDEN .......................................................................................................................... 7
A ALIANÇA NOÉTICA ......................................................................................................................... 11
A ALIANÇA ABRAÂMICA................................................................................................................... 14
A ALIANÇA MOSAICA ........................................................................................................................ 18
A ALIANÇA DAVÍDICA ....................................................................................................................... 24
A NOVA ALIANÇA .............................................................................................................................. 28
UM NOVO TEMPO ............................................................................................................................... 34
INICIO DO MINISTÉRIO DE JESUS ................................................................................................... 36
A MISSÃO DOS DISCÍPULOS ........................................................................................................... 41
O início da igreja ........................................................................................................................... 42
IGREJA, O POVO COMPROMETIDO COM DEUS ............................................................................. 43
Quem é igreja ................................................................................................................................. 44
As incumbências bíblicas para a igreja ...................................................................................... 44
A COMISSÃO DO IDE ENTREGUE A IGREJA ................................................................................... 47
ANÁLISE DO IDE DO SENHOR.......................................................................................................... 48
CONVOCAÇÃO DA IDB CENTRAL ..................................................................................................... 51
DISCÍPULO E DISCIPULAR ............................................................................................................... 53
O QUE É UM DISCÍPULO? .................................................................................................................. 53
POR QUE DISCIPULAR? .................................................................................................................... 54
Conclusão ........................................................................................................................................... 56

IDB - CENTRAL
4
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

INTRODUÇÃO
Aliança em nossos dias é um acordo solene entre duas partes, é um contrato
com cláusulas a serem observadas pelos dois lados desse acordo. Um bom
exemplo do que é um acordo em nossos dias são os contratos que fazemos em
nossas relações sociais, contratos de alugueis, de compra e venda etc. As cláusulas
nesses contratos devem ser cumpridas pelas partes que assumirem esse
compromisso.
No Antigo Testamento as alianças são chamadas de “pactos” ou “concerto”,
conforme a tradução. A palavra hebraica traduzida por aliança é “berith”. Berith é
derivada de uma raiz que significa “cortar” e, portanto, um pacto é um “corte”,
com referência ao corte ou divisão de animais em duas partes, e as partes
contratantes passavam entre elas, fazendo uma aliança.
Segundo tradição do oriente antigo, sempre que um contrato era feito se
matava um animal partindo-o ao meio para selar esse acordo, e ao mesmo tempo,
para demonstrar o que aconteceria com aquele que descumprisse com sua parte
nesse acordo, seria como se dissesse “aconteça a mim como a estes animais, se
violar este pacto.
Podemos ver esse ritual sendo feito entre Deus e Abraão em Gênesis. Aqui
o termo hebraico “karat berît” literalmente cortar a aliança.

Gn 15:9,10 “E disse-lhe: Toma-me uma bezerra de três anos, e uma


cabra de três anos, e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho.
E trouxe-lhe todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em
frente da outra; mas as aves não partiu.”
Gn. 15:18 “Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão,
dizendo: “tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao
grande rio Eufrates;”

Na Bíblia vemos que aliança é a pedagogia de Deus, sempre que Deus quis
ensinar algo para o homem Ele fez isso por meio das alianças.
Todas essas alianças tiveram a iniciativa da parte de Deus. Quase todas eram
incondicionais e unilaterais, isto é, só contém cláusulas formuladas pelo próprio
Deus, e também só dependia da parte Dele para serem cumpridas, as exceções são
as alianças no Éden e a mosaica, que contém cláusulas a serem cumpridas por
ambas as partes, do homem e de Deus.

IDB - CENTRAL
5
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Cabeças Da Raça Humana

Este é um termo teológico que significa representação. Dois cabeças da raça


humana existiram – Adão e Cristo – e com cada um deles Deus fez uma aliança.
Tanto Adão como Cristo atuaram no lugar de outros, cada um representando
legalmente pessoas definidas, Adão representou toda humana na queda, e Cristo,
também, representou toda humanidade em sua morte na cruz.

Quando Adão pecou quebrando a aliança com Deus, sendo ele cabeça de sua
espécie, toda a raça humana, que estava nele representada, também pecou e
quebrou a aliança com Deus. Por isso, as consequências do pecado que veio sobre
Adão, iriam atingir toda raça humana. Isso significa que, todos que nasceriam
depois que Adão pecou, já nasceriam com a natureza pecaminosa de Adão. Ele
pecou contra Deus, toda sua descendência se tornou culpada.

Dá mesma forma, Cristo, como o segundo cabeça da humanidade, nasceu


como homem, viveu sob o regime da Lei mosaica, nunca desobedeceu a Deus, foi
filho e servo obediente, e morreu na cruz para representar a culpa que toda
humanidade herdou de Adão. Quando Jesus morreu na cruz, representou toda
humanidade, todos morreram nEle. Dessa forma, a justiça de Deus foi satisfeita.

Gênesis 2:17 “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não


comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”

Isso é o que o apostolo Paulo nos ensina no Novo Testamento.

1 Co. 15:22. “Porque assim como em Adão todos morrem, assim também
todos serão vivificados em Cristo”

Com o estudo das alianças bíblicas aprenderemos muito sobre a vontade de


Deus, seus planos para resgatar a humanidade da maldição do pecado. Veremos
como Deus preparou todo esse caminho, minunciosamente, através dos séculos
até a vinda do segundo cabeça, Cristo. E que na cruz Cristo nos abriu o caminho
de volta para Deus.
Aliança é a linguagem bíblica de Deus apresentar o plano da salvação e
resgate do ser humano. Por isso, se torna de fundamental importância o seu
conhecimento, primeiro, para saber a vontade de Deus para seu povo. Segundo,

IDB - CENTRAL
6
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

para conhecermos a sabedoria e bondade daquele que nos criou, nos amou e
providenciou tudo para nosso resgate. E também, para saber, que, Deus, na nova
aliança estabelece seus requisitos para que seu povo continue guardando a aliança
e a comunhão com Ele.
Leia este estudo com muita atenção, e peça a Deus discernimento para que
você possa ter essas lições gravadas em seu coração, primeiro para não esquecer
delas, e segundo para transumir a outras pessoas.

Boa leitura!

IDB - CENTRAL
7
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

AS PRINCIPAIS ALIANÇAS BÍBLICAS

Introdução
Para esta jornada das alianças bíblicas vamos analisarmos as seguintes
alianças:
1. A aliança Edênica, feita com Adão no Éden;
2. A aliança Noética, feita com Noé e seus descendentes;
3. A aliança Abraâmica, feita com Abraão e seus descendentes;
4. A aliança Mosaica, feita com os descentes de Abraão e tendo Moisés
como mediador;
5. A aliança Davídica, feita com Davi e seus descendentes e;
6. A Nova Aliança, feita por Cristo por toda humanidade, selada com seu
sangue.

A ALIANÇA NO ÉDEN

Nas Escrituras vemos dois tipos diferentes de alianças que Deus fez com o
homem, as alianças incondicionais, em que Deus manterá a aliança
independentemente se o homem iria cumpri-las ou não. Outras são condicionais,
em que o homem deveria obedecer aos termos da aliança, a fim de receber as
promessas nelas prescritas. A Aliança Edênica é um exemplo de aliança
condicional, em que Adão deveria obedecer aos termos da aliança, para não sofrer
as consequências de quebrá-la.

Gn. 1:1 “No princípio criou Deus o céu e a terra.”

Após cada ato da criação de Deus no livro de Gênesis encontramos a


expressão “e viu Deus que era bom”, ressaltando que tudo o que Deus estava
criando estava em perfeita ordem e harmonia com sua vontade.
Após uma série de atos de criação de Deus o cenário estava preparado para
a criação do homem.
Gn. 1:26 “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus,
e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a
terra.”
O homem foi criado com uma característica especial, foi feito a imagem e
semelhança do próprio Criador.

IDB - CENTRAL
8
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Gn. 1:27 “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.”

Essa imagem e semelhança de Deus no ser humano, significa que Deus deu
ao homem uma capacidade superior aos demais animais da criação, e indicava
que o Senhor tinha um plano diferente para o ser humano que acabara de criar.
Ao homem Deus deu o direito e a responsabilidade de governar sobre toda sua
criação.
Gn. 1: 28 “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos,
e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos
céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.”.

Deus cria o ser humano de uma forma especial fazendo dele a coroa de toda
sua criação. Deus dá poder ao homem, mas também dá limites, marcando as
responsabilidades e os limites dessa liberdade.

Gn. 2: 16,17 “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore


do jardim comerás livremente,
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia
em que dela comeres, certamente morrerás.”

Adão foi criado com autodeterminação, isto é, com capacidade de escolhas


baseado em um senso moral que o próprio Deus deu a ele, a imagem e semelhança
de Deus no homem. Por isso, nós, as pessoas humanas, somos responsáveis por
nossas escolhas e por nossos atos. Se Adão não fosse capaz de ter esse
discernimento Deus não iria responsabiliza-lo pelo seu ato de desobediência.

Gn.3:6 “E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos
olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu
também a seu marido, e ele comeu com ela.”

Após isso, Deus vem para conversar com Adão, e ele se sentindo culpado
por ter quebrado a aliança se esconde da presença de Deus.

Gn. 3:9-11 “E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?


E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te
ordenei que não comesses?

Adão e Eva comeram do fruto proibido, perderam o direito de comer da


IDB - CENTRAL
9
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

árvore da vida, que antes estavam livres para come-lo, pois, se comessem da
árvore da vida agora, estando em pecado, viveriam eternamente como pecadores.
Seriam como Satanás, eternamente condenado, sem possibilidade de
arrependimento. Por isto Deus os proibiu de comer dessa árvore.

Por não permanecerem nos termos da aliança proposta por Deus, uma série
de maldições foram desencadeadas sobre Adão e Eva e sobre todos os seus
descendentes. Por isso, todos os homens que nasceram depois de Adão, nasceram
debaixo de maldição e muito propensos para o pecado.

As consequências que vieram com a quebra dessa aliança:

• Afastou o homem da comunhão com Deus,


• Introduziu a morte na trajetória da vida,
• Maldições sobre a terra,
• Proibição de comer da árvore da vida,
• E Deus os expulsou do jardim.

Gênesis 3:23,24 “O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para
lavrar a terra de que fora tomado.
E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do
Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho
da árvore da vida.

Nessa situação, o homem jamais poderia relacionar com Deus, e por isso,
estaria eternamente perdido, mas Deus, daqui para frente, vai estabelecer outras
alianças para proporcionar ao homem a chance de poder restabelecer essa
comunhão com Ele.

Conclusão

Apesar de Adão ter quebrado a aliança com Deus e com isso trazido morte e
maldição a toda sua descendência, vemos Deus, logo em seguida, providenciando
um caminho para que Adão e sua descendência pudessem reconciliar com seu
Criador no futuro.
Gênesis 3:15 E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a
sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

IDB - CENTRAL
10
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

O descendente da mulher que introduziu o pecado, esmagaria a cabeça da


serpente. Este descendente é Jesus que venceu sobre Satanás. Satanás sempre
estará perseguindo o homem e ferindo o seu calcanhar, porém, sem resultados
mortais. A vitória definitiva é do homem, Jesus, que esmagou a cabeça da
serpente.

Continue lendo com muita atenção as próximas alianças, e veja como Deus
tem um projeto especial para nossa restauração. Deus não criou o homem para
morrer e nem viver debaixo de maldições, tudo isso foi um erro cometido lá atrás.
Mas, Deus já tinha tudo preparado para quando isso acontecesse, o homem não
sabia das consequências, por isso, escolheu desobedecer a voz de Deus, porém,
Deus já sabia e cuidou de tudo para nossa reconciliação!

IDB - CENTRAL
11
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

A ALIANÇA NOÉTICA

Após a quebra da aliança no Eden, todos os descendentes do primeiro casal,


Adão e Eva, já nasceram debaixo da maldição, e condenação da morte, e também
com a propensão para o pecado, nasceram escravos do pecado.
Não sabemos, precisamente, quanto tempo levou para que os descendentes
de Adão e Eva se multiplicassem até esse ponto, mas podemos ver a força do
pecado assolando essa geração, provocando todo tipo de males a ponto de Deus
ter de intervir nessa situação pela primeira vez.

Gênesis 6:5-6 “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara


sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só
má continuamente.
Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-
lhe em seu coração.

Deus para pôr fim a essa situação aplica o primeiro juízo por meio do diluvio,
trazendo morte a todos os que não quisessem aceitar a porta de escape que Deus
proveria por meio de Noé, na arca.

Gênesis 6:7 “E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face
da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus;
porque me arrependo de os haver feito.”
Gênesis 6:14 “Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás
compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume.”

Neste texto podemos ver as consequências devastadoras do pecado atingindo


um ponto dramático na raça humana que levou Deus a dar fim nessa geração. Mas
vemos também a primeira oportunidade que Deus oferece para salvar o homem
dessa situação de pecado e degeneração. A oportunidade seria aceitar entrar na
arca construída por Noé.

A segunda geração foi constituída dos descendentes da família de Noé que


foi salva na arca, ao todo oito pessoas.

Gênesis 6:17,18 “Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra,
para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o

IDB - CENTRAL
12
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

que há na terra expirará.


Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus
filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo.”

Deus sabia que embora Noé houvesse achado graça aos seus olhos, seus
descendentes continuariam se corrompendo. A única solução seria destruir os
homens totalmente, mas este não era o seu plano. Apesar de ter purificado a terra
temporariamente, e preparado o caminho para prosseguir no seu plano, a água não
podia lavar a terra ou o homem da sua maldade. Então Deus prometeu nunca mais
destruir a terra com água. Com isto ele estava mostrando que a terra se encheria
novamente de pecado e que haveria perigo de ser destruída, mas que ele não o
faria com água.

A aliança
Aqui vemos uma aliança unilateral da parte de Deus, em que Noé e seus
descendentes não precisariam cumprir nenhum requisito, somente Deus cumpria
sua palavra de não mais inundar a terra com um dilúvio.

Gn. 9:9,10 “E eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a
vossa descendência depois de vós. E com toda a alma vivente, que convosco
está, de aves, de gado, e de todo o animal da terra convosco; com todos que
saíram da arca, até todo o animal da terra.”

O sinal da aliança
Esta é a primeira aliança em que Deus deu um sinal definido para confirmar
e selar o seu acordo.

Gênesis 9:13 O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da
aliança entre mim e a terra.

Conclusão

Sabemos, através de outras passagens, que no fim Deus vai destruir o mundo
com fogo. O dilúvio foi um alerta, uma sombra e uma preparação para essa
destruição final.
Se andarmos com Deus e acharmos graças aos olhos Dele, se andarmos na
direção do Espírito e deixarmos que ele queime tudo que é mal em nós, então

IDB - CENTRAL
13
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

seremos protegidos no meio deste mundo, assim como Noé foi.

Prossiga na leitura e receba toda direção da palavra de Deus para te guiar e


ensinar os planos e os desígnios da mente do Senhor. E não vivamos enganados
com as propostas do mundo e do inimigo, Deus tem um plano, tem uma aliança e
quer que todos conheçam esse plano e entre nessa aliança e não pereça, mas
recebam vida.

IDB - CENTRAL
14
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

A ALIANÇA ABRAÂMICA

A Aliança Abraâmica é uma aliança incondicional, em que Deus faz uma


promessa a Abraão de que seus descendentes se tornaria uma grande nação, teria
seu nome engrandecido, e que Deus iria abençoa-lo grandemente.
O que Abraão deveria fazer era crer, que Deus era capaz de cumprir sua
promessa com ele, e aceitar sua chamada para sair do meio de seus parentes e ir
para uma terra distante onde Deus o guiaria, então, Deus, iria cumprir essas
promessas.

Gênesis 12:1,2 “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da


tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome;
e tu serás uma bênção.

Na aliança abraâmica o alvo principal será sua descendência direta que iria
formar a nação de Israel. Os gentios, que são as outras nações, também estão
incluídos como participantes dessas promessas. O plano de Deus, desde Gênesis,
era prover salvação para todos os homens, embora no primeiro momento, iria
construir uma história através de Abraão e seus descendentes até formar a nação
de Israel, ensina-los a se relacionar com Ele, instrui-los com estatutos, leis e
mandamentos do Senhor. Criar todo simbolismo religioso, pelo tabernáculo, pelos
sacrifícios de animais, para assim, criar uma cultura de adoração ao único Deus
verdadeiro e criador.

As três principais promessas da Aliança Abraâmica estão relacionadas com:

• uma terra, Canaã. Essa promessa era de suma importância para a


formação da nação de Israel;
• A SEMENTE, os descendentes, Deus iria fazer de Abraão um povo
numeroso, e no futuro nasceria o Messias.
• Bênçãos que se estenderiam e alcançariam todas as famílias da terra,
isso iria acontecer por meio do descendente que viria, Jesus, na nova
aliança.

A promessa da terra da aliança abraâmica é alcançada em Canaã. A promessa


de descendência, é ampliada na aliança davídica, de onde o grande descendente

IDB - CENTRAL
15
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

veio, Cristo. E as promessas de bençãos sobre todas as famílias da terra são


desenvolvidas na nova aliança, com a mensagem do evangelho, que não faz
acepção de pessoas, e que dos dois povos, judeu e gentio, fez um só, a igreja.

Efésios 2:17,18 “E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis
longe, e aos que estavam perto;
Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.”

A posse da terra
A promessa da terra de Canaã para os descendentes de Abraão seria uma
herança perpetua, mas sua permanência nela dependeria da fidelidade de Israel.

Gn. 17:8 “E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas


peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu
Deus.”

O sinal da aliança
Outro requisito dessa aliança seria que a descendência de Abraão deveria
praticar a circuncisão. (cerimônia em que se pratica tal ato ritualmente como sinal
de inclusão na comunidade judaica.)

Gn. 17:9,10 “Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás a minha
aliança, tu, e a tua descendência depois de ti, nas suas gerações.
Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência
depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado.”

Outras nações são incluídas, por fé


Um dos pontos mais especiais da aliança de Deus com Abraão, com relação
a nós, é quando Deus estabelece que essa aliança se estenderia a todas as famílias,
e todas as nações. Esse ponto está relacionado com a fé de Abraão em obedecer a
Deus saindo de sua terra para um lugar desconhecido, e nós, em por nossa fé no
Senhor Jesus.

Gn. 22:18 “E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra;


porquanto obedeceste à minha voz.”

Essa parte da aliança cumpre-se na pessoa de Jesus, o descendente de


Abraão.
IDB - CENTRAL
16
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Os descendentes de Abraão são


• Isaque,
• Jacó,
• os 12 filhos de Jacó formaram as 12 tribos de Israel,
• das 12 tribos, a de Judá foi escolhida para cumprir a aliança,
• da tribo de Judá, a família do rei Davi é escolhida, para cumprir a
aliança do nascimento do Messias, o ungido, que é Jesus.

Gênesis 49:9 “Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se,


e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?”

A importância da aliança abraâmica é que por ela Deus vai formar o povo
judeu, passando por toda história dos descendentes de Abraão até chegar em
Jesus. Isso nos mostra que o nascimento de Jesus tem uma história dirigida por
Deus através dos séculos até seu cumprimento. Deus preparou todos os detalhes
dessa história, cada personagem nela envolvida serviu de instrumento para o
cumprimento dessa aliança.
A história da chamada de Abraão repercuti muito em toda a Bíblia, pois ele
representa o início da realização da promessa de Deus feita no Éden de resgatar o
homem de seu pecado. Mas, também, Abraão simboliza uma chamada a fé. Ele
teve de deixar sua terra, seus familiares e confiar na promessa de Deus para sua
vida. Abrão é chamado o “pai da fé” por essa atitude. E Deus espera de nós essa
mesma fé e confiança Nele.
Precisamos ter fé como Abraão, acreditando que Deus já providenciou tudo
para nos salvar e nos libertar do pecado. Jesus diz:

João 14:1,2 “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também
em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria
dito. Vou preparar-vos lugar.”

IDB - CENTRAL
17
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Conclusão

A aliança abraâmica é chamada também de aliança da promessa, porque veio


antes da Lei, daí essa ligação com a fé, a única condição para Abraão era essa,
crer naquele que o chamou. A única condição para nós hoje, também é essa, fé no
descendente de Abraão, o Messias prometido, Jesus.

Hebreus 11:8 “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um


lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.”

Na próxima aliança estaremos vemos a aliança mosaica, essa é uma aliança


condicional, as bençãos são concedidas mediante a obediência dos seus requisitos
nela expostos.

IDB - CENTRAL
18
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

A ALIANÇA MOSAICA

Para que a descendência de Abraão se multiplicasse, conforme a promessa


de Deus, em fazer de Abraão uma grande multidão, Deus os fez ir para o Egito,
onde José já era governador e poderia acolher seu povo e preserva-los ali até o
tempo determinado por Deus, para depois leva-los a tomar posse da terra de
Canaã, uma das promessas feitas na aliança com Abraão.

Gn. 46:2-4 “E falou Deus a Israel em visões de noite, e disse: Jacó, Jacó! E
ele disse: Eis-me aqui.
E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu
te farei ali uma grande nação.
E descerei contigo ao Egito, e certamente te farei tornar a subir, e José porá a
sua mão sobre os teus olhos.

Depois de 430 anos em que a descendência de Abraão estava vivendo no


Egito, aquele grupo, em torno de setenta pessoas, já era uma grande multidão.
Deus estava cumprindo sua aliança feita com Abraão de multiplicar sua
descendência grandemente.
Depois desse tempo, Deus volta a dar andamento na promessa, para que essa
grande descendência de Abraão se torne um povo, separado dos demais povos a
sua volta, e para isso, Deus vai dar a eles suas leis, seus estatutos, e os fazer tomar
posse da terra de Canaã.

Ex. 12:37 “Assim partiram os filhos de Israel de Ramessés para Sucote, cerca
de seiscentos mil a pé, somente de homens, sem contar os meninos.”

Ex. 12:40 “O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de


quatrocentos e trinta anos.”

A aliança mosaica é uma aliança condicional, feita entre Deus e a nação de


Israel no Monte Sinai. Às vezes, por isso, essa aliança é chamada de aliança do
Sinai, mas, mais frequentemente, refere-se a ela como a aliança mosaica, uma vez
que Moisés era o líder escolhido por Deus como seu mediador.
No momento da aliança, Deus lembrou as pessoas de suas obrigações de
obedecer à Sua lei, e o povo concordou com a aliança quando disseram:

"Tudo o que o SENHOR falou faremos" (Êxodo 19:8).


IDB - CENTRAL
19
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Esta aliança serviria para distinguir a nação de Israel de todas as outras


nações como o povo escolhido de Deus. Além disso, era tão vinculante quanto a
aliança incondicional que Deus criou com Abraão.

A aliança mosaica é uma aliança significativa tanto na história redentora de


Deus quanto na história da nação de Israel, através da qual Deus escolheria,
soberanamente, abençoar o mundo, tanto com a Palavra escrita, quanto com a
Palavra viva, Jesus Cristo.

Moisés nasceu no Egito, mas depois de matar um egípcio por estar oprimindo
um hebreu, ele fugiu para região do monte Sinai, é nesse lugar que Deus apareceu
para ele e o chamou para guiar seu povo do Egito para Canaã.

Ex. 3: 6-8 “Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus
de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu
olhar para Deus.
E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no
Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque
conheci as suas dores.
Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela
terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do
cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu.”

Além de confirmar a aliança com Abraão, a aliança feita por meio de Moisés
estabeleceu as leis do futuro país e as regras de adoração a Deus.
A aliança Mosaica, agora, era condicional. Se eles obedecessem, seriam
abençoados, mas se quebrassem a aliança, seriam castigados, e não permaneceria
por todo o tempo na terra. Por isso, cada geração tinha o dever de renovar a
aliança com Deus e guardar Suas leis.
Essa aliança ficou conhecida como: a Lei de Moisés, e foi renovada e
quebrada várias vezes no período do Antigo Testamento.

Ex. 19:5,6 “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e


guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar
dentre todos os povos, porque toda a terra é minha.
E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras
que falarás aos filhos de Israel.”

IDB - CENTRAL
20
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Como “propriedade peculiar”, os israelitas teriam um relacionamento


especial com Deus e ocupariam um lugar ímpar dentro do seu plano. Como “reino
de sacerdotes”, eles desempenhariam uma função mediadora entre Deus e as
outras nações, seja por meio do testemunho que deveriam dar no relacionamento
com Deus, seja por meio da obra de alcance mundial do descendente, Jesus Cristo.
E como “nação santa”, eles foram “separados” das nações do mundo, a fim de
andar como uma nação “separada” para o serviço e para a glória de Deus.

Por ser uma aliança diferente daquelas que Deus se comprometeu


unilateralmente, esse acordo condicional, precisava da participação voluntária do
povo de Israel e do seu comprometimento oficial. Sendo assim, o mediador,
Moisés, chamou os anciãos do povo e expôs diante deles todas estas palavras que
o Senhor lhe havia ordenado. Essa não era uma decisão que Moisés poderia tomar
sozinho, pois sozinho não poderia cumprir a aliança.

Êxodo 19:8 Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o
Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo.

Se na aliança abraâmica Deus dirige a história da salvação, devido ao teor


das suas promessas, a aliança Mosaica dirige o relacionamento entre Deus e Israel
no Antigo Testamento, e ocupa uma porção enorme dos escritos de Moisés e dos
profetas, sendo impossível compreender o Antigo Testamento sem se levar em
conta essa aliança. Por causa dela e dos estatutos que ela estabeleceu, os livros de
Moisés (Pentateuco) costumam ser conhecidos como “lei” (“tôrá”, em hebraico).

Êxodo 24:8 “Depois Moisés aspergiu o sangue sobre o povo, dizendo:


"Este é o sangue da aliança que o Senhor fez com vocês de acordo com todas
essas palavras".

A aliança mosaica é uma demonstração clara de que Deus quer se relacionar


com todos os homens. E de qual o comportamento Deus espera de todos os que
querem firmar aliança com Ele.
A aliança Mosaica não visava salvação, são preceitos e instruções de Deus
para ensinar o povo de Israel que estava nascendo como nação depois de longos
anos de escravidão no Egito. As leis serviam como guia para os relacionamentos,
também alguns preceitos visavam correção, punição e promessas para os
israelitas.

IDB - CENTRAL
21
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

A degeneração pelo pecado desviou os homens dos princípios de Deus. A


Lei veio para dar um parâmetro de justiça. Por isso, ela foi dada por Deus, não foi
instituída por eles mesmos, pois eles não tinham condições de estabelecer justiça
e nem moderar as relações na recente sociedade nascente.
A lei não propunha tirar pecado. O apóstolo Paulo nos diz que a Lei foi um
tutor, um guia, até que Cristo viesse.

Gálatas 3:24 “Desse modo, a Lei se tornou nosso tutor a fim de nos conduzir a
Cristo, para que por intermédio da fé fôssemos justificados.”

As bênçãos da Aliança Mosaica.


As bênçãos da Aliança Mosaica eram de natureza temporária e terrena. Por
meio desta aliança Deus prometeu:
• abençoar Israel,
• multiplicar Israel,
• dar a terra a Israel,
• fazer de Israel uma grande nação,
• ser o Deus de Israel, e eles o Seu povo.

Duração da Aliança Mosaica

A aliança Mosaica era temporária, podemos ver isso na profecia do profeta


Jeremias, que Deus promete uma nova aliança, que não seria segundo a aliança
feita com os antepassados.

Jeremias 31:31,32 “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma
aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.
Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela
mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha
aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.”

O mesmo texto é citado no Novo Testamento, em Hebreus

Hebreus 8:8,9 “Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o
Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei
uma nova aliança,
Não segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela
mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela
IDB - CENTRAL
22
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor.”

O sistema sacrificial da aliança Mosaica não retirava pecado. Os sacrifícios


de animais apenas apontavam para o nosso pecado que seria carregado por Cristo,
o Sumo Sacerdote perfeito que também foi o sacrifício perfeito.

Hebreus 10:4 “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes
tire os pecados.”

Portanto, a própria aliança mosaica, com todas as suas leis detalhadas, não
podia salvar ninguém. E não que exista algum problema com a própria Lei, pois
a Lei é perfeita, e foi dada por Deus. Mas, a Lei não tem poder de dar nova vida
a ninguém. Ela só apontava o pecado, mas não tinha poder para tirar o pecado da
vida de ninguém.
A Lei é como um prumo, que mostra que uma parede está torta, mas o prumo
não conserta a parede torta.
A Lei é como uma lanterna que te faz ver a pedra no caminho, mas a lanterna
não tem poder para retira a pedra.
A salvação é pela graça e não por guardar qualquer preceito da Lei, como
sábado, restrições de alimentos ou outra coisa qualquer.

Gálatas 2:16 “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas
pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos
justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas
obras da lei nenhuma carne será justificada.”

IDB - CENTRAL
23
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Conclusão
A aliança mosaica é especialmente significativa porque nela Deus prometeu
fazer de Israel um "reino de sacerdotes e nação santa", o mesmo que iria fazer
com a igreja.

Êxodo 19:6 “E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são
as palavras que falarás aos filhos de Israel.”

Era para Israel ser a luz de Deus ao mundo. Deveria ser uma nação separada
e distinta para que todos ao seu redor pudessem conhecer a Deus por meio deles.
Essa era a essência da aliança que eles deveriam guardar. Todos os rituais, o
sistema religioso, o sistema sacerdotal, foram entregues para que eles
representassem a Deus entre todas as nações, mas fracassaram nessa missão.
A lei mosaica revelaria às pessoas a sua pecaminosidade e a necessidade de
um Salvador. Israel falhou, por ser uma missão impossível de ser feita com base
na guarda da Lei mosaica. Essa missão só seria possível quando Deus colocasse
suas leis dentro de cada pessoa, nos seus corações.
Na nova aliança, hoje, a igreja tem essa incumbência de representar Deus
por sua fé e testemunho a todos os povos e nações.

As bênçãos que Deus prometeu para Israel, como a terra, a proteção dos seus
inimigos, estavam diretamente relacionadas à obediência deles à lei, como eles
não cumpriram sua parte, foram desarraigados de sua terra.
As bênçãos e maldições associadas a esta aliança condicional, são
encontradas em detalhes em Deuteronômio 28.

A aliança mosaica, também é conhecida como a antiga aliança, e que foi


substituída pela nova aliança em Cristo, conforme profecia em Jeremias 31:31-
34, e comentado em Hebreus 8:8.

Continue lendo e fazendo suas observações, pois a compressão desse assunto


da palavra de Deus é de suma importância para conhecermos a vontade de Dele
para o seu povo.

IDB - CENTRAL
24
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

A ALIANÇA DAVÍDICA

A aliança de Deus com Davi é a continuação da aliança feita anteriormente


com Abraão. Aqui vamos ver Deus ampliando a visão da promessa da vinda do
descendente redentor que viria, Cristo.

A história da aliança davídica tem início quando Davi descansava de suas


guerras e fazia uma reflexão sobre construir uma casa para Deus. Ele então
procura o profeta para saber se essa era a vontade do Senhor, embora o profeta
indicasse de imediato que sim, Deus dá uma palavra a Davi, pelo profeta Natã, de
que ele não poderia construir essa casa, mas seu filho Salomão é quem faria isso.
Mas, apesar de Deus não aceitar que Davi construa o templo para Ele, Deus
permite que Davi junte todos os materiais para essa construção, e dá um grande
presente a Davi lhe revelando que de sua família é que viria o grande descendente
prometido a Abraão, o rei Messias. Esse seria o sucessor do trono de Davi para
sempre.

2 Samuel 7:1-5 E sucedeu que, estando o rei Davi em sua casa, e tendo o
SENHOR lhe dado descanso de todos os seus inimigos em redor,
Disse o rei ao profeta Natã: Eis que eu moro em casa de cedro, e a arca de
Deus mora dentro de cortinas.
E disse Natã ao rei: Vai, e faze tudo quanto está no teu coração; porque o
Senhor é contigo.
Porém sucedeu naquela mesma noite, que a palavra do Senhor veio a Natã,
dizendo:
Vai, e dize a meu servo Davi: Assim diz o Senhor: Edificar-me-ás tu uma casa
para minha habitação?

Deus diz a Davi que Ele mesmo não habita em casa feita por mãos humanas,
e que ao invés de Davi construir uma casa para Ele, Ele é quem iria construir uma
casa para Davi.

2 Samuel 7:12,13 “Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir


com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência,
o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.
Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino
para sempre.

IDB - CENTRAL
25
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

No decorrer das alianças firmadas por Deus podemos ver, com relação à
descendência do Messias, um afunilamento gradual desde o anúncio da sua vinda,
na aliança no Éden. De acordo com esta aliança, o Messias viria da descendência
da mulher, mas isto significava que ele poderia vir de qualquer parte da
humanidade. A Aliança Abraâmica deixa claro que Ele viria da descendência de
Abraão. Isto significava que ele seria um judeu e poderia vir de qualquer uma das
doze tribos de Israel. Com a confirmação desta aliança nos tempos de Jacó, o
aspecto da descendência ficou limitado à tribo de Judá, mas isto ainda permitiria
que ele viesse de qualquer família de Judá. A partir da aliança Davídica, sabemos
que o Messias teria de vir de uma família específica de Judá, a família de Davi.

A Aliança Davídica é a promessa incondicional de Deus a Davi de que ele


teria um sucessor eterno na sua descendência, isso se referindo ao rei Messias que
viria.
As disposições da Aliança Davídica giram em torno de três componentes
principais:
• um trono eterno,
• um Rei eterno,
• e um reino eterno.

Vemos que essas promessas são impossíveis de serem cumpridas na vida de


homem mortal, logo, só podem estar se referindo ao Rei e reino eterno de Jesus.
O Cristianismo traça a linhagem de Davi a Jesus Cristo, e vê Cristo como o
legítimo herdeiro do trono de Davi.

Sl. 89:3,4 “Fiz uma aliança com o meu escolhido, e jurei ao meu servo Davi,
dizendo:
A tua semente estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono de geração
em geração. (Selá.)”

O trono de Davi já não existe há muito tempo, mas haverá um tempo, no


entanto, quando alguém da linhagem de Davi vai novamente sentar-se no trono e
governar como rei, este futuro rei é Jesus.

Lc. 1:32,33 “Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor
Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinará eternamente na casa de
Jacó, e o seu reino não terá fim.”

IDB - CENTRAL
26
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Essa aliança é mencionada ou aludida em muitos dos Salmos. Também é


aludido nos escritos proféticos. À medida que a monarquia eventualmente
começava a cair em maldade, os profetas começavam a entender as promessas da
aliança de Davi numa visão escatológica, ou seja, que essa promessa seria
cumprida em um tempo escatológico, e não no momento de seus dias.

Os profetas ensinaram que “o tabernáculo de Davi seria reparado; uma


criança vinda de Davi estabeleceria seu trono com justiça e com juízo; uma raiz
do tronco de Jessé ainda criaria um reino ideal. As promessas que ainda não
haviam sido cumpridas, seriam cumpridas no futuro. Por fim, essas esperanças
messiânicas seriam cumpridas em Jesus, o verdadeiro filho de Davi.

Isaías 9:6,7 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o


principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e
no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora
e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.”

Por causa dessa aliança é que Jesus é chamado de filho de Davi no Novo
Testamento.

Mateus 9:27 “E, partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando, e
dizendo: Tem compaixão de nós, filho de Davi.”

Mateus 12:23 “E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de


Davi?”

Mateus 15:22 “E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias,
clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha
filha está miseravelmente endemoninhada.”

IDB - CENTRAL
27
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Conclusão

Essa aliança se cumpriu, parcialmente, no nascimento de Jesus, sendo Ele


descendente do rei Davi, nascendo como homem. Mas, essa aliança se cumprirá
cabalmente, quando Jesus vier em glória para assentar no trono de Davi no reino
milenar. Jesus já reina no céu, mas virá para reinar na terra também, para cumprir
essa aliança feita com Davi.
Na próxima aliança veremos como Deus é um Deus que planeja todos os
seus planos, e de como seremos abençoados em andarmos em aliança com Ele.
Todos os planos de Deus para a humanidade já estão prontos e revelados em
suas alianças, por isso, seremos muito abençoados em conhecer e permanecer na
observação delas.
Siga lendo, meditando e buscando a direção do Senhor para que você seja
um servo fiel e ande em aliança com Deus.

IDB - CENTRAL
28
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

A NOVA ALIANÇA

Introdução
O termo “Nova” não significa que Deus tentou outras formas de alianças
anteriormente, que não deram certo, e que agora Ele resolve fazer algo totalmente
diferente, não! Deus sempre teve em seus planos a nova aliança. Podemos ver
isso, já no Antigo Testamento, vários profetas profetizaram que essa era a vontade
de Deus. Ela é chamada de “Nova” porque além de ser o ponto máximo da
revelação de Deus no resgate do homem, ela cumpre o desejo de Deus de colocar
sua lei no coração dele.
O que Deus revela na “NOVA ALIANÇA” ninguém nuca tinha imaginado!
Ninguém seria capaz de sequer imaginar, nem os anjos no céu sabiam dos
requisitos que Deus iria apresentar nessa Nova aliança.

A promessa da Nova Aliança

Jeremias 31:31-34 “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança
nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que
fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do
Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver
desposado, diz o Senhor. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel
depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a
escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E
não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão,
dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor
até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e
nunca mais me lembrarei dos seus pecados.”

A nova aliança também é mencionada em Ezequiel 36:26-27:

“E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e


tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.
E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus
estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.”

Ezequiel enumera vários aspectos da nova aliança aqui:


• um novo coração,
• um espírito novo,
• o Espírito Santo habitando no crente e,
IDB - CENTRAL
29
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

• a verdadeira santidade.
A lei mosaica não poderia fornecer nenhuma dessas coisas.

Deus não cometeu um erro, nem teve de recorrer a um “plano b”. Cada
aliança foi adequada a um tempo específico da história da redenção. O motivo de
Deus anunciar uma Nova aliança na vigência de outra, é que o povo não cumpriu
sua palavra e quebrou a aliança com Deus.

Jeremias 31:32 “porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu


os haver desposado, diz o Senhor.”

A antiga aliança foi escrita em pedra, mas a nova aliança seria escrita nos
corações. Não que a lei escrita em pedra estivesse errada, mas que Deus iria usar
de uma forma mais eficaz para que o homem conseguisse obedece-las, elas seriam
colocadas dentro de cada pessoa pelo Espírito de Deus.

Hebreus 10:16 “Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias,
diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus
entendimentos; acrescenta:”

A antiga aliança cumpriu o seu propósito pedagógico no tempo e no espaço,


e a nova foi introduzida para cumprir mais uma etapa do grande plano de Deus.

Hebreus 8:6 “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais
excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com
base em superiores promessas"

A promessa de Deus no Éden já previa que o descendente da mulher, Jesus,


é quem iria derrotar o mal e o pecado, isso porque o próprio homem seria incapaz
de vencer a força do pecado agindo em sua natureza para cumprir os pactos com
Deus.
As alianças anunciadas por Deus a Israel e Judá, que também incluiria os
gentios, mostravam a bondade e severidade de Deus, e revelava a fraqueza e
obstinação do homem.

Jesus veio para:


• Pisar a cabeça da serpente,
• Ser o descendente de Abraão, da tribo Judá e do rei Davi e,

IDB - CENTRAL
30
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

• Para cumprir toda a Lei mosaica, e assim poder oferecer o sacrifico


perfeito e agradável a Deus em resgate de todos os homens.

João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna.”

Mateus 5:17 “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim
ab-rogar, mas cumprir.”

Jesus veio cumprir a justiça que Deus exigia do homem e que ele não
conseguia cumprir. Quando Jesus se colocou em nosso lugar como sacrifício de
morte na cruz, ele cumpriu a justiça que Deus exigia em nosso lugar.
A morte de Jesus foi uma morte substituta, nós morremos Nele. A nossa
culpa foi paga.

Colossenses 2:13,14 “Antigamente vocês estavam espiritualmente mortos por


causa dos seus pecados e porque eram não-judeus e não tinham a lei. Mas
agora Deus os ressuscitou junto com Cristo. Deus perdoou todos os nossos
pecados
14 e anulou a conta da nossa dívida, com os seus regulamentos que nós
éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta, pregando-a na
cruz.”

As alianças que vieram anteriormente eram sombras da Nova que viria no


futuro. Os sacrifícios de animais exigidos na antiga aliança, na verdade, não
tinham poder de perdoar pecado, como o autor aos Hebreus nos diz. Esses
sacrifícios eram sombras do verdadeiro sacrifício que Jesus iria apresentar a Deus.

Hebreus 10:1 “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem
exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se
oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.”

Hebreus 10:4 “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os
pecados.”

Agora, na vigência da nova aliança, temos a oportunidade de receber, de fato,


o perdão dos pecados e obter a salvação como um presente de Deus.
IDB - CENTRAL
31
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Efésios 2:8 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não
vem de vós, é dom de Deus.”

Nossa responsabilidade na Nova aliança é ter fé em Cristo, Aquele que


cumpriu a Lei em nosso favor e acabou com os sacrifícios da Lei com Sua própria
morte sacrificial.

Hebreus 9:15 “E por isso é Mediador de um novo testamento, para que,


intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do
primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.”

Para entrar na Nova aliança, só é possível, pela fé no Cristo que tira os nossos
pecados.

João 1:29 “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse:
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”

Na Última Ceia Jesus toma o cálice e diz:

Lucas 22:20 "Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado


em favor de vós."

A ceia foi instituída em substituição a páscoa. Na páscoa um cordeiro era


morto, seu sangue era derramado como símbolo da morte do ser humano que
deveria morrer. Na ceia, o pão e o vinho é um memorial, para nos lembrar que
Jesus já morreu em nosso lugar.

A porta se abre para os gentios

De fato, a Bíblia nos mostra que Deus tinha um pacto com o povo de Israel,
este seria seus representantes na terra entre as nações. Porém, eles não
permaneceram na aliança e viraram as costas para Deus, e com isso, a porta se
abriu de vez para que outros povos pudessem entrar nessa aliança com Deus.

Efésios 2:11-13 “Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis


gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam
circuncisão feita pela mão dos homens;
Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de
IDB - CENTRAL
32
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem


Deus no mundo.
Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue
de Cristo chegastes perto.”

JESUS, O MEDIADOR DA NOVA ALIANÇA


O sangue de Jesus derramado na cruz foi o selo da NOVA ALIANÇA. Agora
todos podem ter acesso a Deus e se tornar Seu povo, pela fé. Cada pessoa salva
entra em uma aliança com Deus por meio de Jesus. Ele promete a salvação, vida
eterna e Sua presença contínua na vida do crente.
As leis de Deus são escritas nos corações, ou seja, o Espirito Santo é quem
convence cada pessoa do pecado, do juízo e da justiça de Deus.

A Nova aliança é eterna e perfeita. Todas as promessas de Deus feitas


anteriormente, serão cumpridas, ainda que no presente momento isso esteja
acontecendo parcialmente, porque seu cumprimento total ainda acontecerá no
futuro, Deus nunca vai quebrar sua aliança!

Na Nova Aliança, tanto os judeus, quanto nós, os gentios, somos livres da


penalidade da Lei. Temos agora a oportunidade de receber a salvação como um
dom gratuito.

Efésios 2:8 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus.”

Porquê das alianças


Vimos que Deus sempre quis estabelecer relação com o homem por meio de
alianças. As relações por meio de alianças estipulam benefícios para as ambas as
partes, para o homem, de receber as bençãos de Deus, e para Deus, o de ter seus
filhos em obediências aos seus mandamentos e normas estabelecidas.
Os mandamentos e as normas estabelecidas nas alianças de Deus com os
homens, também visavam nos ensinar como deveríamos nos comportar para
andarmos em comunhão com Deus/criador. Como os relacionamentos entre os
homens deveria ser. Deus revela seu caráter nas cláusulas dessas alianças para
servir de exemplo e instrução para o homem.
Todas as vezes que essas alianças foram quebradas, o transgressor foi o
homem. Porém, Deus com sua benevolência para resgata-lo, sempre propôs um
IDB - CENTRAL
33
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

novo acordo, a fim de dar mais uma chance para o ser humano cumprir com sua
parte no acordo.
As cláusulas de todas essas alianças foram estabelecidas pelo próprio Deus.
Deus como ser supremo e criador sabe o que é melhor para nós, por isso, a nossa
entrada nessa aliança é por adesão, as cláusulas já estão prontas, precisamos
apenas aceitá-las e cumpri-las.
Jo. 1:12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus, aos que creem no seu nome;”

A NOVA ALIANÇA foi selada com o sangue de Jesus, e por isso, Ele
tornou-se a garantia de uma aliança superior.
Hebreus 7:22 “De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador.”

Conclusão
Todas essas alianças, são na verdade, o desdobramento de um único plano
de Deus que foi sendo revelado progressivamente a nós. O plano é um só, porém,
Deus foi revelando pouco a pouco sua vontade ao homem.
Precisamos lembrarmos que a oportunidade que temos hoje, de fazermos
parte da NOVA ALIANÇA, é a oportunidade que Jesus conquistou para todos
que querem restabelecer sua comunhão com Deus, a qual foi quebrada por Adão.
Não devemos esquecer que o homem, já mais, teria condições de si auto
redimir. Que Jesus veio para nos substituir nessa tarefa impossível para nós.
Que Jesus morreu como sacrifício agradável e aceito por Deus em nosso
favor. Que o sangue dele foi derramado no lugar do nosso, e por isso, a porta foi
aberta para o homem reconciliar-se com seu Criador.
Em toda a Bíblia Deus diz:
“E ser-me-eis por povo, e eu vos serei por Deus.” Jr. 30:22

IDB - CENTRAL
34
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

UM NOVO TEMPO

Introdução
Nas lições das alianças pudemos aprender os detalhes do plano de Deus para
humanidade, isso é maravilhoso! Vimos que Deus é um Deus detalhista em seus
planos, nada escapa aos seus olhos, tudo está muito bem detalhado e em harmonia
com sua vontade.
Desde a aliança no Éden, até a Nova aliança, vimos que as sequências dos
planos de Deus nunca foram interrompidas, ainda que os homens que fizeram
parte dessas alianças tenham, em parte, falhados, nada pôde interromper esse
andamento.
Houve um tempo chamado de silêncio de Deus, depois da volta dos judeus
da Babilônia até o nascimento de Jesus.
Mas, no tempo determinado por Deus, Jesus nasceu, cresceu como um
homem simples e no anonimato, mas aos 30 anos ele foi batizado por João Batista
e deu continuidade a mais uma etapa desse grande plano de Deus.

Com a vinda de Jesus a luz brilhou mais claramente, ele pode ensinar
profundamente os caminhos do Senhor. Ele interpretou corretamente certos
pontos obscuros da antiga aliança. Os planos de Deus começaram a fazer muito
mais sentido agora nas palavras de Jesus.
A mensagem de Jesus ficou conhecida como as boas novas, evangelho. Ele
pregou sua mensagem como nunca ninguém havia pregado. Ensinou coisas
profundas sobre o reino de Deus que tocava profundamente seus ouvintes.

Jesus resumiu toda lei de Deus em:

E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração,
e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e
ao teu próximo como a ti mesmo. Lucas 10:27

O Antigo Testamento nos mostra que Israel falhou em cumprir a aliança com
Deus, não representou o Senhor entre as nações. Não foi fiel em ter o Senhor como
único Deus, muitos se entregaram a idolatria como outras nações. Eles se
ensoberbeceram por serem os receptores das alianças, por serem a nação
escolhida, mas não corresponderam ao que Deus esperava deles.
Na plenitude dos tempos Jesus foi enviado, porém, o povo judeu não o

IDB - CENTRAL
35
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

reconheceu e nem o recebeu como o Messias enviado por Deus. Os religiosos o


maltrataram, espancaram, e por fim concordaram com sua morte na cruz.

Gálatas 4:4,5 “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho,
nascido de mulher, nascido sob a lei,
Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de
filhos.”
Vamos continuar conhecendo os planos de Deus para seu povo. Nessa
próxima etapa vamos ver o início do ministério de Jesus. Vamos ver como Jesus
chamou e preparou seus discípulos para que eles pudessem dar continuidade nos
planos de Deus depois de sua partida.
O nascimento da igreja, a responsabilidade entregue a ela como embaixadora
do reino do céu nessa nova dispensação.
Como a igreja primitiva foi obediente as ordens de Jesus de anunciar as boas
novas, começando em Jerusalém, e partindo para os confins da terra.
A promessa do Espírito Santo para capacitação espiritual da igreja para
cumprir essa missão.

Continue lendo atentamente, e conferindo com os textos bíblicos, as


próximas etapas dessa história de Deus que diz respeito a você, a mim e a todos
que desejam conhecer e fazer parte do povo de Deus.

IDB - CENTRAL
36
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JESUS

Vimos que nos planos de Deus registrados ao longo de todo o Antigo


Testamento a promessa da vinda do Messias, o ungido, que é o próprio Jesus. No
tempo determinado Jesus nasceu, foi batizado por João Batista no rio Jordão, e
em seguida deu início ao seu ministério terreno:

Marcos 1:15 “E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está


próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.”

Um novo tempo chegou na história da redenção.


Jesus, além de anunciar que o reino de Deus tinha chegado, ele começa
preparar um grupo de homens, apóstolos e discípulos, para que eles pudessem dar
continuidade na missão que ele estava iniciando.

Mateus 10:1 “E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder


sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a
enfermidade e todo o mal.”

O grupo de homens chamados por Jesus para ser seus discípulos pertenciam
ao povo simples, eram pescadores, coletores de impostos, pessoas que não faziam
parte dos grupos religiosos da época.
Eles caminharam com Jesus por várias regiões da Judéia, Samaria e Galileia.
Presenciaram os milagres que Jesus realizava. Ouviram atentamente seus ensinos,
que muitos deles foram contados por meio de parábolas.

Mateus 5:2,3 “E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:


Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;

A promessa da igreja
Tudo que Jesus estava fazendo era preparar as bases para a fundação de um
novo povo que iria, em breve surgir, a igreja. Jesus fala pela primeira vez sobre
esse assunto no evangelho de Mateus:

Mateus 16:18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta


pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela;”

IDB - CENTRAL
37
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Os detalhes sobre a igreja que estava sendo lançada suas bases, serão tratados
com maior profundidade depois do dia de pentecostes, com a chegada do Espírito
Santo, e principalmente nas revelações do apóstolo Paulo em suas epistolas.

Jesus é rejeitado pelos judeus


Quando Jesus começou anunciar sua mensagem ele dizia que tinha sido
enviado as ovelhas perdidas de Israel, por isso havia uma prioridade em atender
esse grupo de pessoas, os judeus. Mas, eles não quiseram aceitar, nem a Jesus e
nem sua mensagem.

Lucas 13:35 “Eis que a vossa casa se vos deixará deserta. E em verdade vos
digo que não me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele
que vem em nome do Senhor.”

A partir momento que Jesus é rejeitado pelas autoridades de Israel, ele se


volta de vez para o povo simples, e para os gentios, retirando Israel da
centralidade do plano de Deus, como povo escolhido para anunciar o reino de
Deus e começa consolidar as bases do novo povo da Nova aliança, a IGREJA.

Mateus 21:43 Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado,
e será dado a uma nação que dê os seus frutos.

A partir desse momento Jesus intensifica os trabalhos com seus discípulos e


com uma grande multidão que o acompanhava. Ele começa dizer a seus discípulos
que deveria ser morto pelos pecados de todo o mundo. Os discípulos ainda não
conseguiam entender o porquê Jesus deveria ser morto, sendo que, até então, eles
estavam acostumados com a morte de animais para representar o perdão de
pecados.
Mas, como já vimos, que a morte de animais era apenas símbolo, na verdade
não tinha poder de tirar pecado de nenhuma pessoa.

Hebreus 10:4 “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes
tire os pecados.”
Jesus morre pelos pecadores
Vimos que na sentença que Deus determinou a Adão, e a toda sua
descendência, foi a morte. Na Lei mosaica foi instituído os sacrifícios de animais
para que representassem o perdão do pecado do homem, mas isso era só símbolo,

IDB - CENTRAL
38
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

pois de fato, o homem estava perdido e destinado a morte.


Deus, em seu eterno poder e infinita sabedoria, já tinha tudo preparado para
livrar o homem desse beco sem saída. E somente por Jesus isso poderia ser feito.
Jesus assume toda essa maldição e tem uma morte sacrificial e substituta,
sacrificial porque ele mesmo não deveria morrer, mas o homem, substituta porque
ele morre em nosso lugar.

Lucas 23:33,34 “E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o


crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E,
repartindo as suas vestes, lançaram sortes.”

Marcos 15:33,34 “E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a
terra até a hora nona.
E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá
sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?”

A morte de Jesus foi um acontecimento que marcou todo o universo. A


natureza se manifestou, o céu ficou em silêncio, as pessoas que estavam assistindo
essa sena ficaram espantadas com essas manifestações e também se lamentaram.
Ninguém estava entendendo nada, mas Deus estava concretizando seu plano, que
esteve oculto desde a fundação do mundo.
Com a morte de Jesus a justiça de Deus estava cumprida. Um inocente, sem
pecado, morreu em favor de redimir a humanidade que estava em trevas.

1 Pedro 1:18-21 “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como
prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por
tradição recebestes dos vossos pais,
Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e
incontaminado,
O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação
do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós;
E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu
glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus;”

IDB - CENTRAL
39
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Jesus ressuscita e aparece para os seus discípulos


Jesus morreu, foi sepultado, mas ao terceiro dia ele venceu a morte. O túmulo
não pôde segurar o Senhor da vida. Ao terceiro dia ele ressuscita de entre os
mortos, vencendo assim, para sempre as garras da morte.

João 20:19 “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e


cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham
ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco.”

Apesar de toda a perplexidade dos discípulos, e não compreensão do que


estava acontecendo ainda, eles estavam todos maravilhados com que estava
acontecendo. Eles que andaram com seu mestre, por cerca de três anos, que
ouviram suas palavras de amor, de instrução, de perdão, e depois viram Jesus ser
crucificado, morto e sepultado. Mas agora, as notícias de sua ressurreição os
deixam maravilhados!

Lucas 24:34 “Os quais diziam: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já


apareceu a Simão.”

Lucas 24:41-43 “E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando
maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer?
Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel;
O que ele tomou, e comeu diante deles.

Jesus consola seus discípulos, dizendo que nas Escrituras já previa tudo o
que aconteceu com ele, e abriu o entendimento deles.

Lucas 24:45,46 “Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem


as Escrituras.
E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e
ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos,”

Após a ressurreição Jesus ainda andou com seus discípulos por 40 dias,
reforçando seus ensinos, fortalecendo e restaurando a fé de cada um deles.
Jesus, ainda, antes de voltar para o céu, deu suas últimas instruções aos
discípulos, e os incubem de serem testemunhas de tudo que eles viram e ouviram
dele. Que eles deveriam esperar a vinda do Espirito Santo como a promessa do

IDB - CENTRAL
40
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Pai, para capacita-los para nova etapa da missão.

Lucas 24:47-49 “E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão


dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
E destas coisas sois vós testemunhas.
E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de
Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.”

Jesus é assunto aos céus


Depois que o Senhor Jesus ressuscitou, e depois de ter dado as últimas
instruções aos discípulos, ele volta para o céu. Sobe por uma nuvem. Os
discípulos voltam para Jerusalém e ficam aguardando a promessa do Espírito
Santo.
Lucas 24:50,51 “E levou-os fora, até betânia; e, levantando as suas mãos, os
abençoou.
E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu.”

IDB - CENTRAL
41
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

A MISSÃO DOS DISCÍPULOS


Depois de Jesus cumprir o que as Escrituras diziam a seu respeito, que ele
deveria nascer de uma virgem, derramar seu sangue em resgate do homem.
Após tudo isso acontecer, ele volta para o céu, até o momento oportuno de
sua segunda vinda, para a conclusão final do plano de Deus.
Com a ascensão de Jesus ao céu a missão passa para as mãos dos seus
apóstolos e discípulos de serem testemunhas de tudo que viram e ouviram de
Jesus, e o próprio Jesus os incumbiu dessa missão.

João 20:21 “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim
como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.”

Em outra passagem do evangelho de Mateus, podemos confirmar essa


incumbência dada aos discípulos, e consequentemente, a todos nós.

Mateus 28:19,20 “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,


batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que
eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”

Empoderados pelo Espirito Santo para realização da missão


Os discípulos ficaram esperando, como Jesus os recomendou, para serem
revestidos de poder pelo Espirito Santo que viria. Eles se reuniram em um salão,
e juntos oravam e aguardavam, por 10 dias, até que esse momento chegasse.

Atos 1:8 “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir


sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”

Esse grande acontecimento se deu no dia de pentecostes, uma festa dos


judeus que era realizada em Jerusalém.

Atos 2:1-3 “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos


concordemente no mesmo lugar;
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e
encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram
sobre cada um deles.”
IDB - CENTRAL
42
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

O início da igreja
Com a chegada do Espírito Santo é marcado o nascimento da igreja. A
igreja, agora, é o novo povo de Deus, incumbidos de anunciar as boas novas em
toda a terra.
Os discípulos, cheios do Espirito Santo, começaram a anunciar com
coragem e muita ousadia a mensagem de restauração de Jesus por todo o mundo.
Essa mensagem não foi bem aceita pelos judeus religiosos e eles promovem
grandes perseguições contra os apóstolos e discípulos, mas eles não recuaram, e
nem temeram as ameaças, e muitas pessoas creram e aceitaram suas pregações.

Atos 2:37-41 “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e


perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome
de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito
Santo;
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que
estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.
E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-
vos desta geração perversa.
De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra;
e naquele dia agregaram-se quase três mil almas,”

No livro de Atos dos Apóstolos temos o início da igreja. As primeiras


conversões foram dos judeus, mas também muitos gentios se convertiam ao
evangelho. O Espírito Santo concedeu dons e poder para a igreja realizar milagres,
curas, e libertação de espíritos opressores. Muitos vendo esses milagres se
convertiam.

Atos 5:12 “E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos
dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão.”

Atos 4:4 “Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o
número desses homens a quase cinco mil.”

IDB - CENTRAL
43
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

IGREJA - O POVO COMPROMETIDO COM DEUS

No capítulo 9 do livro de Atos dos Apóstolo, registra a conversão de um


dos grandes perseguidores dos cristãos, Saulo. Saulo era um religioso convicto
e zeloso de sua fé. Antes de sua conversão ele perseguia e matava os cristãos
que encontrava em seu caminho.
Em uma de suas perseguições aos cristões o Senhor Jesus apareceu a ele, e
nessa aparição, ele foi convencido, pelo o próprio Jesus, de que estava errado
em sua posição. Saulo se converte a Cristo e se torna uma das maiores
testemunha da igreja. Saulo passa a usar seu nome romano, Paulo, e daí por
diante passa a ser conhecido como: apóstolos Paulo.

Atos 9:1-4 “E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos


do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se
encontrasse alguns deste Caminho, quer homens quer mulheres, os
conduzisse presos a Jerusalém.
E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco,
subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues?”

Paulo também se torna, além de missionário, grande formador de outros


discípulos. Abre várias igrejas e treina muitos de seus discípulos para assumirem
e liderarem essas igrejas.
Paulo se denominava apóstolo dos gentios. Sua missão tinha a prioridade de
anunciar o evangelho aos gentios, ainda que pregasse também aos judeus.

Efésios 3:1,2 “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por
vós, os gentios;
Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco
me foi dada;”

São nas cartas que Paulo escreveu que vamos encontrar as maiores
informações de como as igrejas viviam a fé em Cristo. Qual eram as preocupações
de Paulo com elas, e quais suas instruções para que permanecessem no caminho
certo sem se desviarem de sua missão como igreja.
Paulo é o apóstolo que mais recebeu revelações dos fundamentos da igreja.

IDB - CENTRAL
44
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

O Espirito Santo o capacitou com instruções profundas sobre a igreja que são
verdadeiros alicerces para nós.

Quem é igreja
A Igreja é formada da união de todos aqueles que ao ouvirem a pregação do
evangelho, creem e recebem a Jesus Cristo como salvador de suas vidas. Recebem
a ordenança do batismo nas águas, e participam da comunhão da ceia do Senhor.
Composta por estas pessoas, a igreja, forma então, um corpo, cuja a cabeça desse
corpo é Cristo.

Colossenses 1:18 “Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o


primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia.”

Igreja, também, tem um significado de comunidade, coletivo, uma pessoa


sozinha é um membro do corpo da igreja.

Atos 2:46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o


pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

A igreja é um povo, o povo da nova aliança, comprado por sangue, o povo


de Deus.

1 Pedro 2:9 “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa,
o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz;”

A base de uma igreja são os ensinos de Jesus e dos apóstolos.

Efésios 2:20 “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de


que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;”

As incumbências bíblicas para a igreja

A igreja, que foi prometida por Jesus, recebeu poder do Espirito Santo no dia
de pentecostes, tinha uma missão a ser obedecida.

Lucas 24:49 “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai,
porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.”

IDB - CENTRAL
45
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

A espera deveria ser só até a chegada do Espírito.

Podemos ver Jesus enfatizando a missão que a igreja agora teria em suas
mãos, alcançar outras pessoas, outros povos. Poderiam começar pelo lugar mais
perto de onde eles estavam, Jerusalém, mas teriam que avançar para outros
lugares, até os confins do mundo. E a mensagem de Jesus em Mateus 28:19 é:

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome


do Pai e do Filho e do Espírito Santo,.”

A igreja foi criada para ser um sinal e instrumento de Deus em favor do


mundo. Essas atividades de Deus no mundo dizem respeito tanto a restauração
das pessoas para com Ele, como das pessoas com outras pessoas, e ainda das
pessoas com toda a criação.

Missio Dei, a missão de Deus em resgatar o homem.


O primeiro a dar o passo inicial nessa missão, foi o próprio Deus enviando
seu próprio Filhos Jesus.

IDB - CENTRAL
46
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

CONCLUSÃO

A Bíblia toda nos conta uma história única por meio de seus diversos livros.
Nos mostra como o ser humano pecou, e desde a queda, escolheu se afastar de
Deus. Mas nos mostra, também, como Deus agiu desde os seus servos fiéis do
Antigo Testamento até culminar no envio do seu próprio Filho Jesus Cristo. Deus
esteve em missão desde o princípio e enviou o seu Filho como missionário para
que por meio de sua morte e ressurreição tivéssemos perdão dos pecados e nova
vida nEle.

A igreja, agora, é o povo de Deus, constituído para essa missão tão


importante para a humanidade, Por isso, temos uma grande responsabilidade em
nossas mãos. Devemos entender que somos salvos para nos tornar um agente da
salvação de outras pessoas.
Hoje, não temos mais os personagens bíblicos do passado para fazer a obra
de Deus. Eles já vieram e fizeram a parte deles, agora somos nós.

Diante dessa responsabilidade dada a nós, a igreja de Deus Central assume


sua parte nessa missão, arregimentando homens e mulheres para juntos levarmos
a palavra de salvação a todas as pessoas. E dessa forma, você que faz parte da
igreja de Cristo, e é membro da IDB Central, é convocado para entrar em uma
aliança ministerial, juntamente com toda igreja, para juntos servirmos o reino de
Deus.
A igreja é a agência de Deus na terra incumbida de pregar o evangelho,
edificar os salvos, e preparar os novos trabalhadores para prosseguir na missão de
Deus na terra.

Mateus 28:19,20 “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,


batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que
eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.

Vamos juntos abraçar o plano estratégico de trabalho da IDB central, para


trabalharmos juntos e podermos cumprir o IDE do Senhor!

IDB - CENTRAL
47
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

A COMISSÃO DO IDE ENTREGUE A IGREJA

Introdução

Vimos que as últimas palavras de Jesus, após a ressurreição e antes da


ascensão, a seus discípulos, e registrada pelos quatro evangelistas, foi a Grande
Comissão. Naturalmente, cada evangelista registra a ordem do Senhor de acordo
com suas próprias palavras, mas todos os quatro têm o mesmo enfoque:
evangelizar todos os povos da terra.
Nos lábios de Jesus a Grande Comissão expressa o amor de Deus pela
humanidade:

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.” (Jo 3:16).

Cremos que uma contínua reflexão sobre a missão da igreja no mundo


é necessária para que os crentes não percam sua visão evangelística e missionária.

A Grande Comissão de Jesus tem suas raízes na chamada de Abraão,


conforme Gênesis 12:1-2, “em ti serão abençoadas todas as famílias da terra.”

O salmo 67 é um clamor para que toda terra seja abençoada e conheçam ao


Senhor, seja salva por Ele e Lhes rendam louvores.

Salmos 67:1-7 “Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe; e faça


resplandecer o seu rosto sobre nós (Selá.)
Para que se conheça na terra o teu caminho, e entre todas as nações a
tua salvação.
Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.
Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgarás os povos com
equidade, e governarás as nações sobre a terra. (Selá.)
Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.
Então a terra dará o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, nos abençoará.
Deus nos abençoará, e todas as extremidades da terra o temerão.”

IDB - CENTRAL
48
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

ANÁLISE DO IDE DO SENHOR

Vamos abordar a Grande Comissão na perspectiva da missão de Jesus na


terra.
• IDE – Ordem que indica uma ação continua, dinâmica e irreversível.
• MUNDO – Toda a criação de Deus;
O sistema da existência humana;
Humanidade decaída, hostil a Deus.
• PREGAR – Proclamar as boas novas da salvação em Cristo.
• EVANGELHO – As Boas Novas de Cristo, o Reino de Deus.
• CRIATURA – Pessoas geradas (criadas por Deus), mas não
regeneradas, (não nascidas do Espírito).

Harmonia dos Evangelhos na Grande Comissão

Mt. 28:19 “ide...Fazei Lc. 24:47 “Em seu nome se pregasse


discípulos” arrependimento”
Mc. 16:15 “Ide... Pregai” Jo. 20:21 “Eu também vos envio”

Atos 1:8 “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir


sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém
como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da
terra.”

IDE
O verbo, como aparece no texto de Marcos 16:15, não é uma ordem que a
igreja pode ou não obedecer. É uma ordem que indica uma ação contínua,
dinâmica e irreversível. A igreja, assim como Abraão, tem que ser uma bênção a
todas as famílias da terra. A igreja não pode deixar de ir.

Mundo
A obra de Deus, em Cristo, trata diretamente do mundo como um todo, não
simplesmente do indivíduo. Portanto, uma soteriologia que não leve em conta a
relação entre evangelho e o mundo não faz justiça ao ensino bíblico.

Pregai
O congresso de evangelismo de Lausanne, na Suíça, realizado em 1972,
desenvolveu-se sobre o sugestivo tema “Para que toda a terra ouça a voz de Deus”.
IDB - CENTRAL
49
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Porém, Paulo diz: “como ouvirão se não há quem pregue?” (Rm 10:14).
O pregar no Novo Testamento é mais que um discurso. Indica proclamar
“Boas Novas”; proclamar as virtudes de Cristo; anunciar o ano aceitável do
Senhor.

Evangelho
A palavra em si significa: boas-novas, boas-notícias e é acompanhada de
vários atributos que determinam o seu sentido mais profundo:

Mc. 1:1- Evangelho de Mt. 24:14 – Evangelho do Mc.1:14 -Evangelho de


Cristo. Reino. Deus.

O evangelho a ser proclamado é a confirmação de que Jesus é o Messias, o


Cristo de Israel. Nele está o cumprimento de todas as promessas contidas no
Antigo Testamento. O evangelho tem seu ponto de partida na encarnação do
“Verbo”, é sustentado pelo “Verbo Encarnado” e tem o seu fim no “Verbo”. É
assim que começa o evangelho de João:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus”. Jo 1:1.
Esse “Verbo” é Jesus Cristo, o evangelho encarnado.

Criatura

A palavra “criatura”, na Grande Comissão, indica pessoa gerada e não


regenerada. Ainda que saibamos que o evangelho, na mais larga extensão, tem
bênçãos para as pessoas regeneradas, na Grande Comissão, o evangelho é a boa
nova de que Jesus é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6).
É pelo evangelho que a pessoa deixa de ser uma simples criatura e ganha a
condição de filha de Deus, pessoa regenerada, nascida de novo (cf Jo 1:13-13).

Teologia Prática
A teologia da Grande Comissão na perspectiva redentora de Deus – “Porque
Deus amou ao mundo...”, desenvolveu-se em quatro dimensões:

a) Dimensão Geográfica
“...tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins
da terra” (At 1:8).

IDB - CENTRAL
50
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Atos 8:4 – “toda parte”;


Atos 17:6 “todo o mundo”;
Atos 13:49 “toda aquela região”;
Atos 8:40 “todas as cidades”.

b) Dimensão Étnica
Essa é a Grande Comissão na visão transcultural.
Atos 19:10 “tanto judeus como gregos”;
Atos 10:47 “centurião romano”;
Atos 8:27 “um etíope”;
Atos 8:25 “aldeias dos samaritanos”;
Atos 11:20 “gregos e gentios”.

C) Dimensão Social
A teologia da Grande Comissão é sem preconceitos.
Atos 26:22 “tantos a pequenos como a grandes”
Romanos 1:14,15 “gregos, bárbaros, sábios e ignorantes”

Conclusão

O ensinamento da Grande Comissão é a súmula da doutrina bíblica de


missões e evangelismo. É a prática da igreja como povo de Deus tirado do mundo,
povo de Deus colocado no mundo, e povo de Deus enviado ao mundo.
Quais as lições que devemos tirar para nossa vida?

• Que a Grande Comissão é a única saída para a igreja fazer a vontade de


Deus;
• Que a chamada para o serviço da Grande Comissão deve ser obedecida por
toda igreja;
• Que a nossa confiança para o serviço da Grande Comissão deve estar no
poder de Cristo e não em nós, “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5);
• Que o alvo da Grande Comissão é o mundo, as pessoas;
• Que devemos anunciar toda a verdade de Deus contida na Grande
Comissão;
• Que podemos contar com a presença de Deus no cumprimento da Grande
Comissão;
• Que devemos investir tempo, recursos financeiros e separar os melhores da
igreja para o cumprimento da Grande Comissão.

IDB - CENTRAL
51
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

CONVOCAÇÃO DA IDB CENTRAL

Assim, como Jesus convocou toda igreja para obedecer ao IDE, a IDB
Central, faz repercutir essa convocação no século XXI.

Após o estudo de toda essa trajetória do plano de Deus para resgatar toda
humanidade do pecado;
Após vermos tantas pessoas sendo chamadas e levantadas nessa história para
a execução dessa missão;
Após vermos que Jesus assumiu a parte mais difícil da missão;
Após vermos os apóstolos e discípulos entregando suas vidas na realização
dessa missão;
Após vermos como a igreja primitiva assumiu, corajosamente, seu papel
naquele momento da história para cumprir a missão recebida;
Após sabermos como homens e mulheres se dedicaram no decorrer da
história para que a missão entregue a igreja não parasse;
Após essa missão ter nos alcançado, a cada um de nós;
Após sermos libertos e salvos pela graça de Deus, que enviou seu único Filho
para morrer pelos nossos pecados;
Após termos sido acolhidos por uma igreja local que cuidou de nós, que nos
ensinou e nos ajudou a firmamos nos caminhos de Deus;
Após sabermos que não existe outro caminho que possa salvar a vida de
tantas pessoas!

A IGREJA DE DEUS CENTRAL DE TRINDADE TE CHAMA PARA


ASSUMIR SEU COMPROMISSO NESSA MISSÃO!

Com essa finalidade é que a IDB Central tem gerado um grande plano
estratégico de trabalho chamado IDE.
E sabendo que essa é a grande missão que Jesus entregou a sua igreja, a IDB
Central convoca todos seus membros, pastores, líderes e obreiros, para
firmemente, formarmos uma grande aliança de compromisso com o reino de
Deus. Para unirmos com todas as nossas forças, talentos, conhecimentos, recursos
financeiros, e disposição para que a missão do IDE seja, efetivamente, colocado
em prática por cada um de nós.

Queremos ser uma igreja comprometida com a missão de: ganhar, discipular,
batizar, consolidar e enviar. Essa missão é a razão da existência da própria igreja.
IDB - CENTRAL
52
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Tudo que Jesus fez para estabelecer a igreja, sendo Ele mesmo a cabeça e Senhor
dela, foi preparar os apóstolos, e os discípulos para essa missão.

A visão da IDB Central, com o IDE, é desenvolver homens, mulheres e


jovens, por meio do discipulado, para que sejam capazes de entender, se
comprometer e se engajar nessa missão. O IDE é uma visão, dentro da visão maior
de Deus, para cumprirmos juntos a missão de: ganhar, batizar, discipular,
consolidar e enviar.

A igreja de Deus Central está consciente de seu papel e de seu chamado para
evangelizar, ganhar vidas para o Senhor, acolhe-las com amor, cuidando bem de
cada uma delas, desenvolvendo um discipulado de qualidade e depois enviá-las
para a ceara do Senhor.
Sejam homens, mulheres ou jovens. Sejam pastores, pregadores, professores,
todos os que amam ao Senhor Jesus e também, amam as demais pessoas, precisam
obedecer ao IDE. Não podemos ser insensíveis com os que estão sem Jesus.
Precisamos deixar o Senhor nos usar como instrumentos dele na igreja.
Não podemos ficar passivamente, frequentando aos cultos semana após
semana, esperando o tempo passar. As pessoas que estão fora da igreja precisam
do nosso trabalho.

Todos que já são salvos, que já experimentaram seu novo nascimento, que já
faz parte da igreja local, precisam se despertar para o chamado coletivo da igreja.
A igreja é um corpo, e esse corpo somos todos nós que já aceitamos o Senhor
Jesus como nosso Salvador. Nós fomos comissionados para sermos instrumentos
de Deus na terra, fomos transformados para transformar.

A igreja prestará contas


A missão dada a igreja tem um tempo para ser executada, após isso, o Senhor
virá para que seu povo preste contas a Ele. Os servos fies serão recompensados,
mas, os que não se dispuseram a servir o reino, se envergonharão por não terem
obedecido o chamado do Senhor.
Todos na igreja podem, e devem, fazer algo nessa comissão. A razão de
sermos salvos e de fazermos parte da igreja, é sermos cooperadores de sua obra.

Nessa missão temos múltiplos afazeres

Ninguém que está na igreja foi chamado para não fazer nada. Todos foram
IDB - CENTRAL
53
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

chamados para fazer alguma coisa na ceara do Senhor. Nesse sentido, o projeto
estratégico de trabalho, IDE, visa prover meios de treinamento e capacitação por
meio do discipulado, escolas de líderes, seminários, palestras, literaturas etc. Para
que cada membro seja um instrumento nas mãos de Deus para o cumprimento da
missão do IDE.
Qual é o seu chamado? Quais são os seus talentos? O que você pode oferecer
na execução dessa missão? Se apresente e se comprometa com essa missão!

DISCÍPULO E DISCIPULAR
No cerne do cristianismo encontra-se o desejo de Deus de ter um povo que
demonstre seu caráter e o faça por meio da obediência à sua Palavra, no
relacionamento com ele e uns com os outros.
Deus enviou seu Filho a fim de chamar um povo para segui-lo, e parte do ato
de seguir o Filho é chamar mais pessoas para segui-lo também.
Por isso, o Filho nos deu a seguinte ordem antes de subir ao céu: vão e façam
discípulos (Mt 28.19).

DISCIPULAR É AJUDAR OUTRAS PESSOAS A SEGUIR JESUS

O QUE É UM DISCÍPULO?
Antes de discipular outras pessoas, precisamos nos tornar discípulos.
Precisamos nos certificar de que seguimos Jesus.
Discípulo é seguidor. Um discípulo de Jesus segue os passos dele, agindo
conforme ele ensinou e viveu. Contudo, segui-lo significa mais que isso; significa,
antes de mais nada, que você entrou em um relacionamento pessoal e salvador
com ele. Você foi unido a ele por meio da nova aliança no sangue dele. Por
intermédio da morte e ressurreição de Jesus toda a culpa do pecado que você
cometeu passa a ser dele e toda a justiça que pertence a ele se torna sua.
Ser discípulo de Cristo, em outras palavras, não tem início em algo que nós
fazemos. O processo começa com algo que Cristo fez. Jesus é o Bom Pastor que
entregou sua vida pelas ovelhas. Ele amou a igreja e por isso entregou a si mesmo
por ela. Pagou uma dívida que não era dele, e sim nossa, e então nos uniu a si
mesmo como seu povo santo.

Perceba: Deus é bom e nos criou bons. Todavia, cada um de nós pecou ao se
afastar dele e de sua boa lei. E, porque Deus é bom, ele punirá nosso pecado. As
boas-novas do cristianismo, entretanto, anunciam que Jesus viveu a vida perfeita
IDB - CENTRAL
54
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

que deveríamos ter vivido e depois morreu a morte que nos cabia. Ele ofereceu a
si mesmo como substituto e sacrifício para todo o que se arrepender de seus
pecados e confiar apenas nele. Isso é o que Jesus chamou de nova aliança em seu
sangue.
Assim, o discipulado cristão começa bem aqui, com a aceitação deste dom
gratuito: graça, misericórdia, relacionamento com Deus e promessa de vida
eterna.
Como podemos aceitar esse dom e nos unir a Jesus? Por meio da fé!
Abandonamos nossos pecados e o seguimos, confiando nele como Salvador
e Senhor.
Em certo momento de seu ministério, Jesus se voltou para a multidão e
afirmou:
“Se alguém quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e
siga-me” (Mc 8.34).

Nosso discipulado com Cristo tem início quando ouvimos esta ordem e
obedecemos a ela: “Siga-me”.
Ele afirma que ser cristão envolve negar a si mesmo, tomar a sua cruz e
segui-lo.
Ser cristão significa ser discípulo. Não há cristãos que não sejam discípulos.
Ser discípulo de Jesus significa segui-lo. Não há discípulos de Jesus que não
o sigam.

Marcar uma opção de uma pesquisa de opinião pública, ou usar com toda a
sinceridade o rótulo da religião dos pais, ou preferir o cristianismo em detrimento
das outras religiões, nada disso faz de alguém um cristão. Cristãos são pessoas
que têm fé verdadeira em Cristo e que a demonstram ao depositar nele suas
esperanças, seus temores e sua vida de forma plena. Eles o seguem aonde quer
que ele os guie. Não é mais você quem estabelece o programa de sua vida, e sim
Jesus Cristo. Você pertence a ele agora. “Não sois de vós mesmos”, Paulo diz,
“fostes comprados por um preço” (1Co 6.19,20). Jesus não é só nosso Salvador,
ele é nosso Senhor.

POR QUE DISCIPULAR?


A vida cristã é também a vida dedicada a discipular.
Seguimos aquele que convoca as pessoas para que o sigam e que convocam
outras pessoas para que também o sigam.

IDB - CENTRAL
55
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Por que fazemos isso? Por amor e por obediência.

O motivo para discipular outras pessoas começam no amor de Deus e em


nada mais. Ele nos amou em Cristo, e por isso nós o amamos. E o fazemos em
parte quando amamos as pessoas colocadas por ele à nossa volta.

Quando um doutor da Lei pergunta a Jesus qual é o maior mandamento, Jesus


começa respondendo: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda
a tua alma, de toda a tua mente e de todas as tuas forças” (Mc 12.30).
O doutor da Lei perguntou a respeito de um mandamento, mas recebeu dois:
“O segundo”, disse Jesus, é este: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Não há outro mandamento maior do que esses. Omitir o segundo


mandamento significa desconsiderar o primeiro. Amar a Deus é fundamental para
amarmos o próximo. E o amor a Deus deve se expressar no amor ao próximo, que
completa o dever de amar.
O amor de Deus para conosco inicia uma reação em cadeia. Ele nos ama,
então nós o amamos, então amamos outras pessoas. João resume tudo isso: “Nós
amamos porque ele nos amou primeiro.

Nada demonstra tanto esse amor a Deus e ao próximo como o ato de


discipular outras pessoas: exercer uma boa influência espiritual sobre elas, de
modo deliberado, para ajudá-las a seguir Cristo.

No entanto, ligada a nosso amor está nossa obediência.


Jesus ensinou: “Se me amardes, guardareis meus mandamentos”.

“Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os no nome do


Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a todas as coisas
que vos ordenei. E eu estou convosco todos os dias, até o final dos tempos”
(Mt 28.19,20).

Parte de nossa obediência consiste em guiar outras pessoas à obediência.


O último mandamento de Jesus não consistiu em instigar seus discípulos à
resistência armada contra Roma, nem em tomar vingança contra os que o
mataram. Em vez disso, Jesus olhou para seus seguidores e lhes disse para fazerem
discípulos, não apenas para serem discípulos.

IDB - CENTRAL
56
IDE – Integração – Discipulado - Evangelismo

Jesus não faz distinção entre as pessoas às quais essa comissão foi entregue
e aquelas a quem ela não foi entregue. Ele promete sua presença a todos os
cristãos, como o Pentecostes demonstraria pouco tempo depois. E essa promessa
se estende ao final dos tempos, muito além da vida dos apóstolos. Em todo o
restante do Novo Testamento, todos os cristãos realizaram esse trabalho de acordo
com suas habilidades, suas oportunidades e seus chamados. Essa Grande
Comissão foi concedida a todos os que se tornariam discípulos de Jesus. O
mandamento foi dado a todos os crentes de todos os tempos.
O ato de discipular é fundamental para o cristianismo. Como isso poderia ser
mais claro? Se não trabalhamos para fazer discípulos, é possível que não sejamos
discípulos dele.

Conclusão
Muito ainda temos de aprender e crescer no nosso Senhor e Salvador Jesus,
mas, se já fomos alcançados pela mensagem do evangelho; se já nos consideramos
discípulos de Jesus, precisamos colocar em prática a ordem que ele nos deu, Ide
e fazei discípulos.

IDB - CENTRAL

Você também pode gostar