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Título:
e sucessivamente defendida
David Dickson1
2019
Disponível em inglês:
Todas as citações bíblicas são retiradas da versão Almeida Revista e Atualizada, exceto
indicação contrária.
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Publicações, 2019.
1
Em co-autoria com o pastor James Durham.
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Thomas Boston, David Dickson, Thomas Watson, Wilhelmus à Brakel, John Flavel, James
Thornwell, B. B. Warfield, David Clarkson, Thomas Brooks, Walter Marshall, William Perkins,
Robert Dabney, Samuel Miller, Robert Baillie, Hugh Binning e alguns ministros presbiterianos
ÍNDICE À OBRA 4
A Revelação possui uma estrutura na qual ela se desenrolou. Essa estrutura são
explica e se justifica sob essas duas colunas. Em outras palavras, a História e Obra
presbiterianismo escocês foi o seu ferrenho defensor. E, aqui, temos um dos seus
com James Durham) faz uma exposição pactual do evangelho. Não seria demais
periférica, mas essencial à fé. Sem ela, há uma profunda lacuna na explicação de
como a obra de Cristo é nossa; o porquê de Ele ter precisado encarnar; o porquê
de Ele ter morrido; como a justiça de outro, Cristo, pode ser nossa; e, antes, o
porquê de nós herdamos o pecado, a miséria e a culpa de Adão se não fomos nós
que pecamos.
da obra de Cristo. Ele nos explica desde a nossa justificação até a nossa santificação
(o papel da Lei na vida do crente) – fazendo de Cristo o mais preciso bem de nossas
Se as páginas nessa obra fossem uma fonte, o que dela jorraria seria o Evangelho
e o Cristo oferecido nele, para todo pecador arrependido e todo crente fraco.
Espero que esse material, caro leitor, te seja muito útil e fortaleça a tua fé no
evangelho e teu amor por Cristo; e traga sólidas bases para a tua fé.
ÍNDICE À OBRA
Graça.
5. Para convencer o homem da justiça obtida somente pela fé em Cristo (Rm 10.3-
4).
boas obras.
evidências.
CAPÍTULO I
4. As bênçãos que são, efetivamente, transmitidas aos eleitos por esses meios.
TÓPICO I:
todas as perfeições, antes do tempo, decretou com toda a sabedoria, para a Sua
II. Este Deus, em seis dias, fez todas as coisas do nada, tudo muito bom,
segundo as suas espécies. Em especial, fez todos os anjos sagrados; Ele fez os
nossos primeiros pais, Adão e Eva, a raiz da humanidade. Fê-los tanto retos
quanto capazes de manter a Lei escrita em seus corações. Lei, a qual, eles estavam
naturalmente obrigados a obedecer sob pena de morte. Mas Deus não estava
obrigado a recompensar seu serviço, até que Ele entrou em uma Aliança ou Pacto
com eles, e com sua posteridade neles, para lhes dar a vida eterna, sob condição
III. Tanto os anjos como os homens estavam sujeitos à mudança por seu
próprio livre arbítrio, como a experiência provou (visto que Deus reservou para
por sua conta caíram pelo pecado de seu primeiro estado, tornaram-se demônios.
pela qual eles e a sua posteridade, que estava “em suas costas” (como ramos na
raiz), e incluídos na mesma aliança com eles, não se tornaram apenas responsáveis
pela morte eterna, mas também perderam toda a capacidade de agradar a Deus.
raiz amarga de todas as nossas transgressões reais, por pensamento, por palavra
e por ação.
TÓPICO II:
ALIANÇA DE GRAÇA.
incapaz de ajudar a si mesmo, nem disposto a ser ajudado por Deus, mas sim,
inclinado a permanecer imóvel, insensível a seu estado, até que pereça. Todavia,
Deus, para a glória de Sua rica graça, revelou, na Sua Palavra, um caminho para
começasse. Sob condição dessa Aliança, Ele deveria se humilhar até assumir a
natureza humana, uma alma e um corpo, em união pessoal com sua natureza
divina; e se submeter à Lei, como garantia para esse certo número de homens; e
satisfazer a justiça para eles, ao obedecer em seu lugar, até ao sofrimento da morte
conduzem a ela, para ser efetivamente, por meio de sua própria nomeação,
aplicado em devido tempo a cada um deles. Esta condição, o Filho de Deus (que
dos tempos, vindo ao mundo, nasceu da virgem Maria, submeteu-se à Lei e pagou,
antes do início do mundo, Ele está, em todas as eras, desde a queda de Adão até
agora, trabalhando na aplicação efetiva dos benefícios adquiridos aos eleitos. Ele
faz por meio do convite ao pacto de livre graça e da reconciliação com eles, através
da fé nEle. Por esta aliança, Cristo confere a cada crente um direito e um interesse
participantes dos benefícios dela, na Aliança da Graça, Cristo Jesus foi vestido com
o Tríplice Ofício de Profeta, Sacerdote e Rei. Fez-se Profeta, para revelar todo
obedecer. Fez-se Sacerdote, para oferecer a si mesmo como sacrifício de uma vez
com os seus serviços, aceitáveis para Ele. Fez-se Rei, para subjugá-los a Si mesmo,
TÓPICO III
INDESCULPÁVEIS
Cristo. Quem quer que confesse seu pecado, aceite o Cristo oferecido e se submeta
às suas ordenanças, será, tanto ele mesmo quanto os seus filhos, recebido na honra
e privilégios da Aliança da Graça. (2) Por meio dos sacramentos, Deus selará a
aliança para confirmar o acordo sobre a condição declarada. (3) Pelo Governo da
pela oração, Ele terá sua própria gloriosa graça, prometida na aliança, sendo,
no Novo, desde que Ele veio, é uma e a mesma em substância, embora diferente
cerimônias. Mas, com a vinda de Cristo, a Aliança [da Graça] foi selada pelos
inexcusável, quanto, pelo poder de seu Espírito, aplica aos eleitos, efetivamente,
mandamentos. (2) Ele lhes dá fé salvadora, fazendo com que eles, sob o senso de
fazendo-os, com tristeza piedosa, com ódio pelo pecado e amor à justiça, passem
frutos em todos os deveres e fazendo boas obras à medida que Deus oferece
ocasião.
II. Juntamente com essa mudança interna de suas pessoas, Deus muda
também o seu estado, pois, assim que forem trazidos pela fé, na Aliança da Graça:
(1) Ele os justifica, imputando-lhes aquela perfeita obediência que Cristo deu à
Lei, bem como a satisfação à Justiça que Cristo, na cruz, fez em seu lugar. (2) Ele
reconcilia-os e os faz amigos de Deus, quando antes eram inimigos dEle. (3) Ele os
adota, para que não sejam mais filhos de Satanás, mas sim filhos de Deus,
enriquecidos com todos os privilégios espirituais de seus filhos. (4) E, (em último
lugar) depois que sua guerra, nesta vida, tenha terminado, Ele os aperfeiçoa em
O USO PRÁTICO
pecado, da justiça e do juízo (João 16.8), em parte, pela Lei ou Aliança das Obras,
para que ele seja humildo e se torne penitente; e, em parte, pelo evangelho ou a
Aliança da Graça, para que: ele se torne um crente, não fingido, em Jesus Cristo;
O resumo da Aliança das Obras, ou da Lei, é esta: “Se fizeres tudo o que é
e Reconciliação, é este: “Se você fugir da ira merecida para o verdadeiro Redentor,
Jesus Cristo (que pode salvar, totalmente, todo aquele que vem a Deus, através
dEle), não perecerá, mas ‘tem a vida eterna’” (cf. Rm 10.8-9, 11).
Aliança das Obras, que os textos das Escrituras, elencados abaixo, entre muitos
e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações” (ARA).
1. Que a fonte de todo o nosso erro e atual pecado contra Deus está no
Gênesis 6.5: era continuamente mau todo desígnio do seu coração – diz o Senhor, em
assuntos. A experiência, também, pode nos ensinar que, até que Deus nos faça
negar a nós mesmos, nunca olhamos para Deus em nada; mas, o próprio interesse
todos os frutos reais dos mesmos, para o acerto de contas, ante Seu trono de juiz:
“Pois Ele sonda o coração, e prova o interior, para dar a cada um segundo os seus caminhos
Por isso, que cada homem raciocine assim: “O que Deus e a minha consciência
consciência culpada dão testemunho de que meu coração é enganoso mais que
de que isso é verdade”. Desse modo, um homem pode ser convencido do pecado
pela Lei.
II. Para convencer um homem de justiça pela Lei, considere Gálatas 3.10:
“Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito:
Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para
praticá-las”.
qualquer homem ser justificado pelas obras da Lei é tão certa que quem quer
buscar justificação pelas obras da Lei é sujeito à maldição de Deus por quebrar a
Lei. Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição, disse Paulo.
possível), por apenas um período de tempo, não é suficiente. Pois a Lei exige que
3. Que, porque nenhum homem pode chegar a essa perfeição, cada um por
natureza está sob a maldição; porque a Lei diz: Maldito todo aquele que não
permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. Estar debaixo da
vez mais a Sua Ira sobre a alma e o corpo, tanto nesta vida quanto, perpetuamente,
Por isso, que cada homem raciocine assim: “Todo aquele que, de acordo com
a Aliança das Obras, é sujeito à maldição de Deus por violar a Lei, por diversas
vezes e modos, não pode ser justificado, nem encontrar a justiça pelas obras da
Lei. Mas eu, (que cada um pense assim), de acordo com a Aliança das Obras, estou
sujeito à maldição de Deus, por quebrar a Lei inúmeras vezes e de diversos modos,
portanto, não posso ser justificado, nem ter justiça pelas obras da Lei’”. Assim, um
homem pode ser convencido da justiça e que esta não deve ser produzida por suas
Tessalonicenses 1.7-10: “o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo,
tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao
evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos
da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos
e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso
testemunho)”.
A partir do qual, nós aprendemos: o nosso Senhor Jesus, que agora oferece-
se como mediador para aqueles que creem nEle, deve, no último dia, vir armado
com fogo flamejante para julgar, condenar e destruir todos aqueles que não creram
em Deus, não receberam a oferta da graça feita no evangelho, nem obedeceram a
doutrina; mas permanecem em seu estado natural, sob a Lei ou Aliança de Obras.
Por isso, que cada homem pense da seguinte maneira: “O que me advertiu o
Justo Juiz será executado, no último dia, estou certo de que é justo juízo. O Justo
convencido de que este é um justo juízo e tenho razões para, de coração, agradecer
a Deus – Aquele que me advertiu para fugir da ira que está por vir”. Assim, todo
homem pode ser, pela a Lei ou a Aliança das Obras, convencido do Juízo, caso ele
continue sob a Aliança das Obras ou não obedecer ao Evangelho de nosso Senhor
Jesus.
Aliança da Graça, ele deve compreender três coisas: (1) Que não acreditar em Jesus
único meio de libertar-se do pecado e da ira, e não cederão para reconciliar-se com
Deus; (2) Em seguida, ele deve entender que a perfeita remissão do pecado e a
verdadeira justiça deve ser tida apenas pela fé em Jesus. Porque Deus não requer
outras condições senão a fé; e testifica do céu que Ele está satisfeito por justificar
os pecadores nesta condição; (3) Ele deve entender que, segundo a justiça recebida
pela fé, o juízo deve seguir, por um lado, a destruição das obras do Diabo no crente
que, ao recusar-se a tomar a justiça pela fé em Jesus Cristo, o juízo virá para
de Graça que nos é oferecida, na oferta de Cristo, a nós. Então, que a oferta justa
de graça seja vista como ela é feita em Isaías 55.3: “Inclinai os ouvidos e vinde a mim;
ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas
Mais uma vez, considere que esta oferta geral, em substância, é equivalente
a uma oferta especial feita, particularmente, a cada um. Conforme aparece por
serás salvo, tu e tua casa”. O motivo da oferta é visto em João 3.16: “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que
Vendo, então, que esta grande salvação é oferecida no Senhor Jesus, qualquer
que não crê nEle, mas busca a felicidade de outra maneira, o que mais encontrou,
senão vaidades mentirosas e abandonou a própria misericórdia dEle – a qual poderia ter
encontrado em Cristo? (Jonas 2.8, 9). Do que mais se queixa ele senão de blasfemar
a Deus em seu coração? Como é dito em 1 João 5.10, 11: “Aquele que crê no Filho de
Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso, porque
não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho. E o testemunho é este: que Deus
nos deu a vida eterna†; e esta vida está no seu Filho”. Cristo testifica que nenhum
pecado contra a Lei é semelhante a este pecado, em João 15. 24: “Se eu não tivesse
feito entre eles tais obras, quais nenhum outro fez, pecado não teriam; mas, agora, não
somente têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim como a meu Pai”. Isso pode
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