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1ª JOÃO 1.1-4 - MENSAGENS DE RAY
STEDMAN
Com esta mensagem, iniciamos um estudo
da primeira carta do apóstolo João. Você
deve se lembrar que de Paulo aprendemos
que era tarefa dos apóstolos lançar o
fundamento da igreja, o único fundamento
que os homens podem lançar, que é Jesus
Cristo. Mas cada um dos apóstolos tem uma
função específica ao lançar esse
fundamento. Paulo não faz a mesma coisa
que João, Pedro tem uma tarefa diferente de
Paulo ou João, e Judas é chamado para
outro ministério. Todos eles têm uma tarefa
muito importante, mas Deus confia algo
original a cada um desses homens para ser
transmitido a nós.
Watchman Nee, em seu livro muito útil, What
Shall This Man Do? sugere que esses três
ministérios de João, Pedro e Paulo podem
ser distinguidos e caracterizados pelas
tarefas que cada um desses homens
realizava quando foram chamados por Deus:
Pedro, por exemplo, foi chamado como
pescador, e nos contam os Evangelhos que o
momento de seu chamado ocorreu quando o
Senhor o encontrou lançando uma rede ao
mar. Esse trabalho de pesca de homens é
característico do Apóstolo Pedro. Ele está
sempre começando coisas, iniciando novos
programas. A ele foram confiadas as chaves
do reino pelas quais ele poderia abrir a porta
para as coisas novas que Deus estava
introduzindo. No dia de Pentecostes, ele
usou uma dessas chaves e, como resultado,
pescou 3.000 peixes em sua rede
evangelística. Você encontra essa
característica desse homem em todo o seu
ministério escrito.
Ao apóstolo Paulo, porém, foi confiada uma
tarefa diferente. Quando Paulo foi chamado,
ele era fabricante de tendas. Ele fez
coisas. Ele construiu coisas. Este, então, foi
o ministério confiado ao apóstolo Paulo. Ele é
um construtor. Ele não apenas lança o
fundamento, mas edifica sobre ele. Ele se
autodenomina "um sábio construtor" e a este
homem, este poderoso apóstolo, foi confiada
a tarefa de edificar o grande fundamento
doutrinário sobre o qual repousa a fé cristã.
Mas John é diferente de ambos. Quando
João foi chamado, ele foi encontrado
consertando suas redes. John é um
consertador. Seu ministério escrito vem
depois que a igreja já existe há várias
décadas, e em uma época em que a
apostasia começou a se infiltrar. Havia
necessidade de uma voz para chamar as
pessoas de volta aos fundamentos originais e
esse é o ministério do apóstolo. John. Ele
chama os homens de volta à
verdade. Quando começamos a nos desviar,
quando algum conceito falso se insinua em
nosso pensamento ou em nossas ações, é
João quem é ordenado pelo Senhor para nos
chamar de volta, consertar as redes e
endireitar as coisas.
Descobriremos que esse é o seu ministério
particularmente nessas cartas. Leremos os
primeiros quatro versículos, que constituem
sua introdução a esta primeira carta:
O que era desde o princípio, o que
ouvimos, o que vimos com os nossos
olhos, o que contemplamos e as
nossas mãos apalparam a respeito da
palavra da vida - a vida se manifestou
e nós a vimos, e testificamos a ela, e
vos anunciamos a vida eterna que
estava com o Pai e se nos manifestou;
o que vimos e ouvimos, também vos
anunciamos, para que tenhais
comunhão conosco, e a nossa
comunhão seja com o Pai e com seu
Filho Jesus Cristo. E estamos
escrevendo isto para que nossa alegria
[ou, sua alegria] seja completa. (1 João
1:1-4 RSV)
Três coisas são destacadas para nós nesta
introdução: um relacionamento, um
companheirismo e uma alegria que se
segue. Mas tudo deve começar com essa
questão de relacionamento, pois João está
preocupado primeiro com a família de
Deus. João, Pedro e Paulo têm ministérios
diferentes, como sugeri. Era tarefa de Pedro
falar sobre o reino de Deus, Paulo sobre a
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igreja de Deus, mas João se preocupa com a lhe" - que você pode encontrar segurança,
família de Deus. Tudo isso é a mesma coisa, liberdade do fracasso. Quem de nós não
mas são vistos de três aspectos diferentes. É está preocupado com isso? Como você
na intimidade do círculo familiar, agora, que o encontra seu caminho na vida com
Apóstolo João nos leva. Portanto, esta carta sucesso? Como sabemos que não vamos
pode ser adequadamente descrita como uma falhar? João diz: "Escrevo isto para que você
introdução à vida com o Pai, a intimidade do tenha certeza", esteja seguro, livre de falhas.
círculo familiar de Deus.
Agora vamos voltar a esses versículos
Se você ler a carta inteira, como espero que iniciais e ver o que ele tem a dizer. Estes são
faça muitas vezes enquanto estivermos versículos tremendamente
estudando juntos, descobrirá que há quatro importantes. Primeiro, ele está falando sobre
razões diferentes que João dá para um relacionamento:
escrever esta carta: Uma está na
passagem que acabamos de ler, versículo O que era desde o princípio, o que
4. "E nós escrevendo isto para que sua ouvimos, o que vimos com os nossos
alegria seja completa”. Então, no capítulo olhos, o que contemplamos e as
2, versículo 1, ele diz: "Meus filhinhos, nossas mãos apalparam acerca da
escrevo-vos isto para que não pequeis."  E palavra da vida -- (1 João 1:1 RSV)
no capítulo 2, versículo 26, ele nos dá a
terceira razão: "Escrevo-vos isto acerca
É evidente que ele está falando de uma
daqueles que vos querem enganar." No
pessoa que, segundo ele, é "desde o
capítulo 5, versículo 13, ele nos dá a
princípio". Esta é uma das frases favoritas do
quarta razão: "Escrevo isto a vós os que
apóstolo João "desde o princípio". Há pelo
credes no nome do Filho de Deus, para
menos três "começos" na Bíblia:
que saibais que tendes a vida eterna."
A Bíblia começa com as frases: "No princípio
Se você pensar nessas quatro razões por um
criou Deus os céus e a terra" (Gênesis
momento, descobrirá algo notável sobre
1:1). Esse é o começo da criação material,
elas. Ele está preocupado primeiro com a
da matéria. Até onde vai ninguém sabe. Esse
alegria do companheirismo que é, claro, a
versículo abrange o próprio alvorecer da
solução para o problema da solidão. Não há
criação e é impossível para nós dizer o quão
nada mais útil para curar a solidão do que um
longe ele está. Nem a ciência nem as
círculo familiar. Quando você se sentir
Escrituras respondem. A ciência sugere que
sozinho, para onde você quer ir? Em casa,
foi há milhões de anos, e as Escrituras estão
para a família! Assim, João escreve:
prontas para acomodar isso. Como diz o Dr.
"Escrevo isto para que a vossa alegria seja
J. Vernon McGee, "você pode voltar bilhões
completa", respondendo ao medo e ao
de anos e ainda há muito espaço". O primeiro
problema da solidão. Então ele diz: "Estou
começo é o começo da criação.
escrevendo isso para que você não
peque". Aqui ele está lidando com outra
Agora, no Evangelho de João há outro
grande ameaça à felicidade humana, o
"começo". Esse Evangelho começa com
problema da culpa. Novamente ele diz: "Eu
estas palavras: "No princípio era o Verbo, e o
escrevo isso para você sobre aqueles que
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus"
querem enganá-lo." Em outras palavras, ele
(João 1:1 RSV). Esse começo remonta antes
está escrevendo para nos proteger, para que
da criação. Esse é o começo sem começo, o
possamos estar livres do engano. Aqui está
começo que é eterno. Isso significa
outra grande área problemática da
simplesmente no ponto de partida. Nós,
vida: Onde obtemos respostas? Como
humanos, temos que começar em algum
sabemos o que é verdade? É para isso que
lugar do nosso pensamento. Somos criaturas
esta carta foi escrita, para que possamos
finitas e devemos sempre ter um ponto de
estar livres do engano. Por fim, ele diz:
partida. Temos que começar com A para,
"Estou escrevendo isso para assegurar-
finalmente, chegar a Z , e é esse A que João

está descrevendo no Evangelho. Antes que
houvesse qualquer coisa, havia a ao longo de toda esta carta que devemos nos
Palavra. Aquela Palavra era uma Pessoa, e
ela estava com Deus, e ela era Deus. Esse é
o ponto mais distante que podemos ir.
Mas agora, nesta carta, ainda há um terceiro
começo, "aquele que era desde o
princípio". Aqui João não quer dizer nem o
tempo da criação nem o começo sem
começo, o começo atemporal. Ele está se
referindo a um assunto definido aqui, pois ele
usa essa frase muitas vezes. Observe alguns
lugares onde ele o usa e você verá como ele
o usa:
No capítulo 2, versículo 7, ele diz: "Amados,
não vos escrevo um mandamento novo, mas
um mandamento antigo, que tivestes desde o
princípio." No versículo 14, ele diz: "Eu vos
escrevo, pais, porque vós conheceis aquele
que é desde o princípio." No versículo 24, ele
diz: "Que o que desde o princípio ouvistes
permaneça em vós. Se o que desde o
princípio ouvistes permanecer em vós, então
permanecereis no Filho e no Pai." No
capítulo 3, versículo 8, "Aquele que comete
pecado é do diabo; porque o diabo peca
desde o princípio." Versículo 11: "Porque
esta é a mensagem que desde o princípio
ouvistes, que nos amemos uns aos outros."
É difícil localizar esse começo, não
é? Parece mudar de vez em quando. É o que
poderíamos chamar de começo
contemporâneo, ou, para usar uma frase
muito popular hoje em dia e que poucos
realmente entendem, o começo
existencial. Isso significa simplesmente "o
começo que estou experimentando
agora". João está realmente se referindo à
experiência contínua da vida cristã, que é
contemporânea o tempo todo, nova, fresca e
vital, um começo contínuo que é eterno. Está
disponível desde sempre, mas você só
começou quando conheceu Jesus Cristo. Os
escritores do Novo Testamento começaram
quando o conheceram, e João começou
quando o conheceu. Relaciona-se com
aquele que é desde o princípio. Agora, isso é
o máximo que podemos entender, pois este é
um começo atemporal que é agora,
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É, no entanto, importante, pois João adverte
apegar apenas ao que é "desde o
princípio". Se alguém vier até você com algo
novo, ele diz, não acredite. Deve ser desde o
início. As seitas de hoje dizem: "Veja, temos
algo diferente, adicional, algo que surgiu
muito mais tarde na história do que a Bíblia;
temos uma revelação adicional para lhe
dar". Diga a eles: "Guarde. Eu quero aquilo
que é desde o princípio". John nos lembra
com frequência, volte para o que é desde o
início.
Agora ele diz que este desde o princípio é
uma Pessoa, e ele foi visto, ouvido e
tocado. Em outras palavras, a fé cristã
repousa sobre grandes fatos, atos de um ser
humano na história. Já enfatizamos isso
antes nos escritos do apóstolo Paulo. Nossa
fé cristã não se baseia simplesmente em
ideias ou declarações doutrinárias. É por isso
que se tornar um cristão não é simplesmente
uma questão de filiar-se a uma igreja,
acreditar em certo credo ou assinar uma
declaração doutrinária. Isso não tem nada a
ver com se tornar um cristão. João aponta
que tornar-se cristão é relacionar-se com
uma Pessoa.
Todos nós somos parentes de
alguém. Vivemos em famílias. Deus se
deleita em 'colocar o solitário em família'. Os
filhos estão relacionados com os pais e os
pais com os filhos. Por que? Porque eles
compartilham a mesma vida. E é isso que faz
um cristão, compartilhar a vida de Deus pelo
relacionamento com uma Pessoa, a única
Pessoa que tem essa vida, o Senhor Jesus
Cristo, o Filho de Deus. No final desta carta,
João nos diz: "Quem tem o Filho tem a vida;
quem não tem o Filho de Deus não tem a
vida" (1 João 5:12 RSV). É tão simples. Por
mais religioso que você seja, você não tem
vida se não tiver o Filho, você não é
cristão. João deixa isso bem claro no início
de sua carta, chamando-nos de volta a essas
coisas fundamentais.
Aquilo que existia desde o princípio, diz ele, é
uma Pessoa real. Nós olhamos para ele, nós
o ouvimos, nós o tocamos, ele realmente
apareceu na história. Ele é um ser

histórico. Nós o conhecemos, tivemos
comunhão com ele, vivemos com ele,
comemos com ele, dormimos com ele,
ouvimos suas palavras, nunca as
esquecemos. Este é o ponto ao qual todas as
objeções ao Cristianismo são dirigidas, uma
tentativa de destruir esta base de fato. As
forças que buscam derrubar a fé cristã hoje
tentam minar nossa confiança nos fatos da
Escritura, essas grandes verdades históricas
sobre uma Pessoa que apareceu no
tempo. É por isso que não é sem importância
que acreditemos na história registrada nos
Evangelhos. Devemos acreditar nesses
fatos. Não podemos acreditar apenas em
ideias, declarações doutrinárias.
Agora é aí que John começa. Ele nos conta o
que ele mesmo experimentou. Nós o
tocamos, diz ele, sentimos sua carne quente
e humana, olhamos em seus olhos humanos,
sentimos as batidas de seu coração humano
e, no entanto, ao fazê-lo, percebemos que
estávamos ouvindo as batidas do coração de
Deus. , e em contato com a vida de
Deus. Ele tomou aquela vida e a deu para
que pudéssemos tê-la. Ele nos deu através
da cruz e essa vida é o que nos torna parte
da família.
Agora ele prossegue dizendo, no versículo 2,
que esta vida foi manifestada, tornada
visível. Duas vezes ele diz isso. O que ele
quer dizer com isso? Ele quer dizer que esta
vida eterna era visível no relacionamento do
Pai e do Filho. Jesus não veio para nos
mostrar Deus, ele veio para nos mostrar o
homem relacionado a Deus. Ao olhar para a
vida de Jesus, você verá esse
relacionamento secreto, esse segredo
perdido da humanidade, esse novo modo
pelo qual o homem deve viver - uma
dependência contínua da vida do Pai. Olhe
para a vida terrena de Jesus e isso é
exatamente o que você vê. Ele continua
dizendo: "Eu não faço essas coisas, não sou
eu quem realizo essas obras, é o Pai que
habita em mim", João 14:10). Ele está
continuamente lembrando às pessoas que
ele diz apenas o que o Pai está dizendo por
meio dele, que não são suas palavras, ele
simplesmente olhou para Deus e confiou que
Deus estava trabalhando por meio dele,
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levando-o a ter os pensamentos e a dizer as
coisas que Deus queria que ele dissesse. Ao
fazer isso, ele expressou exatamente a
mente de Deus. É dessa vida que João está
falando, uma nova forma de viver, uma nova
forma de reagir às situações na dependência
de Deus.
No último sábado à noite, no sul da
Califórnia, um homem cristão veio até mim e
disse: "Fui um jogador profissional de
beisebol toda a minha vida. Aprendi desde
cedo que, para ser um sucesso, preciso ter
autoconfiança. ser confiante para poder fazer
as coisas. Eu me tornei um dos melhores
jogadores da minha liga, e fiz isso sendo
autoconfiante. Agora você me diz que esse
não é o caminho, que não devo ter confiança
em mim mesmo, mas para ter confiança em
Deus em mim. Como você faz isso? Eu
respondi: "É muito simples. Você deve
renunciar a sua confiança em si mesmo e
reconhecer que Deus, trabalhando através
de você, pode fazer muito mais do que você
jamais poderia fazer pela confiança em si
mesmo; que haveria um efeito eterno se
fosse Deus em trabalhe em você.Quando
você está confiante em si mesmo, tudo o que
você realiza é o que você pode ver. Mas
quando Deus está trabalhando em você,
você não apenas realiza o que pode ver, mas
muito mais do que não pode ver. Você muda
vidas. As pessoas são afetadas
permanentemente e você deixa uma
impressão que não é esquecida. Isso é
tremendamente diferente." Ele disse: "Acho
que entendo o que você quer dizer, mas
tenho muita dificuldade com isso." Eu disse a
ele: "Eu sei que você entende. Esta é uma
das coisas mais difíceis de aprender porque
é um modo de vida totalmente diferente do
modo como fomos criados. Mas é o caminho
que se manifestou no próprio Senhor
Jesus. Ele vivia assim. A explicação daquela
vida inesquecível é que ele demonstrou o
que significa andar em contínua dependência
de um Deus que habitava dentro dele." Você
muda vidas. As pessoas são afetadas
permanentemente e você deixa uma
impressão que não é esquecida. Isso é
tremendamente diferente." "Esta vida foi
manifestada", diz João, "e nós vamos falar
sobre isso, vamos anunciá-la a você." Então

ele diz que esta vida resultará em duas
coisas maravilhosas: primeiro,
comunhão. Aqui John chega à coisa mais
bonita sobre a vida familiar - relação vertical. Ele continua, "e nossa
companheirismo, companheirismo:
...o que vimos e ouvimos também vos
anunciamos, para que tenhais
comunhão conosco... (1 João 1:3a
RSV)
O que é companheirismo? Na Marinha,
costumávamos dizer que eram dois
companheiros no mesmo navio, e em certo
sentido isso é verdade. Eles têm algo em
comum - o mesmo navio. Essa é a base da
comunhão, pois essencialmente essa palavra
significa "ter todas as coisas em
comum". Quando você tem algo em comum
com outro, pode ter comunhão com ele.  Se
você não tem nada em comum, você não tem
comunhão. Todos nós temos coisas em
comum. Compartilhamos a vida humana em
comum. A maioria de nós compartilha a
cidadania americana. Temos muitas coisas
em comum. Mas João está falando sobre
aquela comunhão única que é propriedade
apenas daqueles que compartilham juntos a
vida em Jesus Cristo, que têm esse tipo de
vida diferente, esse novo
relacionamento. Isso os torna um e é a base
do apelo da Escritura para vivermos juntos
na ternura e no amor uns para com os
outros. Não porque sejamos pessoas
inerentemente maravilhosas ou
personalidades notáveis, ou porque somos
naturalmente graciosos, gentis, amorosos e
ternos o tempo todo - pois às vezes somos
rabugentos, ásperos e irritantes para os
outros. Mas ainda devemos amar uns aos
outros. Esse é o ponto dele. Por que? Porque
nós compartilhamos a vida juntos. Nós temos
algo em comum. Compartilhamos a vida do
Senhor Jesus e, portanto, temos comunhão
uns com os outros. Por que? Porque nós
compartilhamos a vida juntos. Nós temos
algo em comum. Compartilhamos a vida do
Senhor Jesus e, portanto, temos comunhão
uns com os outros. Por que? Porque nós
compartilhamos a vida juntos. Nós temos
algo em comum. Compartilhamos a vida do
Senhor Jesus e, portanto, temos comunhão
uns com os outros.
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Ah, mas isso não é tudo, e não pode ser
tudo. Não existe apenas a relação horizontal,
mas esta, por sua vez, depende de uma
comunhão é com o Pai e com seu Filho
Jesus Cristo." Descobriremos, à medida que
avançamos como cristãos, que a relação
horizontal está diretamente relacionada com
a vertical. Se a vertical não estiver certa, a
horizontal estará errada, e, se estiver errada,
é porque algo está errado entre nós e o
Pai. Se quisermos endireitar o
relacionamento horizontal, o de nos darmos
bem com nossos companheiros cristãos e
semelhantes, devemos ter certeza de que o
relacionamento vertical é reto. Nossa
comunhão é com o Pai e com seu Filho,
Jesus Cristo, nosso Senhor.
Agora, comunhão lá significa exatamente a
mesma coisa que significa em outro
lugar. Significa ter coisas em comum. Aqui
chegamos à coisa mais notável sobre a vida
cristã, comunhão ou comunhão com
Cristo. Realmente são necessárias duas
palavras em inglês para revelar o que isso
realmente significa. Existe, antes de tudo,
uma parceria, ou seja, o compartilhamento
de interesses mútuos, recursos mútuos,
trabalho mútuo. Deus e eu, trabalhando
juntos, uma parceria. Tudo o que tenho é
colocado à sua disposição. Bem, o que eu
tenho? eu tenho a mim. Eu tenho minha
mente, meu corpo. É verdade que são dons
de Deus, mas estão à minha disposição para
fazer o que quiser. Isso é o que eu tenho, e
agora coloco à disposição dele. Quando o
faço, descubro algo extraordinário. Tudo o
que ele é, está à minha disposição. Isso não
é maravilhoso? A grandeza de Deus, a
sabedoria, o poder, a glória de seu poder
– tudo está disponível para mim, quando
eu me coloco disponível para ele.  Este é o
grande segredo da comunhão.
Isso significa que ele disponibiliza para mim
aquilo que me falta desesperadamente,
sabedoria e poder, a capacidade de
fazer. Tem coisas que eu sei que quero
fazer, coisas que eu gostaria de fazer porque
é a vontade dele, o que ele quer. Mas só
posso fazê-los quando me coloco à
disposição dele, dependendo dele para vir do

seu lado, tornando-se disponível para
mim. Então descubro que posso fazer o que
quero. Isso é o que Paulo diz: "Posso todas
as coisas, por meio de Cristo que me
fortalece", Filipenses 4:13).
Mas não é só parceria, tem amizade
também. Amizade e parceria juntas
significam companheirismo. Você já pensou
nisso, que Deus deseja que você seja seu
amigo? O que você faz com um amigo? Você
conta segredos a ele. É para isso que os
amigos servem. Você conta a eles coisas
íntimas, segredos. E Deus quer nos contar
segredos. Jesus disse aos seus discípulos:
"Não vos chamei servos, mas amigos" (João
15:15). Ele disse isso em um contexto em
que estava tentando transmitir a eles os
segredos da vida. Agora Deus vai fazer isso,
ele quer fazer isso. Isso é o que essa palavra
maravilhosa, comunhão, significa. Mas será
conforme você for capaz de suportar esses
segredos. Conforme você cresce junto com
ele, você descobrirá que seus olhos estão
continuamente sendo abertos para coisas
que você nunca viu antes. Deus lhe contará
segredos sobre você, sobre a vida, sobre os
outros ao seu redor, sobre tudo, transmitindo
isso a você porque isso faz parte da
comunhão. É para isso que somos
chamados. A comunhão é baseada no
relacionamento. Você não pode ter a
comunhão até que primeiro venha a Cristo e
o receba. Quando você tem o Filho, você
está relacionado a ele, e quando você está
relacionado a ele, você pode ter comunhão
com ele.
Então, quando você tem comunhão, você
tem a terceira coisa que João
menciona. Estas coisas estamos escrevendo,
diz ele, "para que a vossa alegria seja
completa". Quero encerrar com essa nota,
pois é aqui que John encerra sua introdução,
mas quero usar um termo diferente de
alegria. De certa forma, não é um termo tão
descritivo e preciso quanto alegria. Alegria é
uma palavra excelente aqui, mas talvez seja
mais útil para nós entendermos o que João
quer dizer se usarmos a palavra
empolgação. "Para que sua excitação seja
completa." Porque é isso que resulta quando
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realmente experimentamos a comunhão da
qual João está falando.
Quando descobrimos que Deus está
realmente nos usando, é a experiência mais
emocionante e produtiva possível para os
homens. Já vi isso acontecer muitas e muitas
vezes. Já vi jovens ficarem tão empolgados
com isso que literalmente pulam para cima e
para baixo. Há uma querida menina nesta
congregação que não consegue relatar o que
o Senhor faz sem literalmente pular enquanto
ela conta. Tenho visto homens familiarizados
com o mundo das altas finanças que
trabalham continuamente nos grandes
mercados de comércio, ficarem tão
entusiasmados com o fato de que Deus os
estava usando de uma maneira simples que
literalmente tremeram ao contar
isso. Conheço mulheres que descobriram
como é emocionante ter Deus trabalhando
em sua vizinhança, usando sua cozinha e
sua cafeteira, que não conseguem dormir à
noite. Eles estão sobrecarregados de
emoção, de alegria.
Oh sim, com muitas pressões! Não cometa o
erro de pensar que a única forma de ter
alegria é estar livre de pressões ou
problemas. Não, pegue todas as pressões e
problemas, mas com eles aquele sentimento
maravilhoso lá dentro de que Deus está
trabalhando, e ele está trabalhando em
você. Você é uma parte vital do programa de
Deus. Deus está usando você para fazer sua
obra eterna. Não há nada mais emocionante
do que isso. É sobre isso que John está
escrevendo. Vale a pena ouvir, não é?
 7

Oração acham que ele era um adolescente quando

começou a seguir o Senhor. Talvez ele
tivesse dezessete ou dezoito anos de
Pai nosso, oramos para que você tire
idade. Junto com seu irmão, James, ele era
nossos olhos que estão tão confusos com
um jovem de cabeça quente, dado a
conceitos falsos, superficiais, infantis,
expressões afiadas e impulsivas com
com conceitos de ursinho de pelúcia do
tendência a desabafar. Ele provavelmente
Cristianismo, e nos ajude a ver a
era um falastrão, porque Jesus o apelidou de
verdade. Faça-nos entender o que essas
Filho do Trovão. Essa foi a maneira gentil de
palavras estão descrevendo. Transmita-
nosso Senhor rotular o problema de
nos, Senhor, algo da riqueza e da glória
John. Ele apenas manteve o trovão rolando o
deste relacionamento de vida em Jesus
tempo todo. Assim, nosso Senhor chamou
Cristo, o calor da comunhão com ele
Tiago e João de Filhos do Trovão.
quando tudo o que somos está disponível
para ele e estamos experimentando toda a
Mas João tornou-se o apóstolo do amor. Ele
maravilhosa alegria de tudo o que ele é
era conhecido por sua gentileza,
disponibilizado para nós. Ensina-nos isso
graciosidade e bondade. Ele foi chamado de
na prática, nós oramos. Em nome de
"A Virgem". Tanto quanto sabemos, ele
Jesus Amém.
nunca se casou. Não há registro de que ele
tenha feito. Mas ele foi chamado de "virgem"
principalmente por causa da pureza de sua
vida. Ele se tornou um homem caracterizado
Há dois discípulos de Jesus que eu
por uma devoção e amor tão marcantes pelo
particularmente gostaria de ter conhecido nos
Senhor Jesus, que durante toda a sua vida
dias de sua vida terrena. Um é Pedro e o
foi apontado como o apóstolo do amor.
outro é João. Eu gosto desses dois
homens. Estou especialmente impressionado
Ora, é este João quem nos escreve estas
com a mudança que a comunhão com o
cartas. Você deve saber que esta primeira
Senhor Jesus produziu em suas vidas. É isso
carta de João é possivelmente a última do
que me intriga nesses dois.
Novo Testamento a ser escrita. Pode muito
bem ter sido escrito depois do Evangelho de
Peter, como você sabe, era errático,
João. É talvez, portanto, a última palavra que
impulsivo, impetuoso. Como alguém bem
temos dos apóstolos. Sem dúvida, vem do
disse: "Sempre que Peter entra em cena, é
final do primeiro século, talvez até do ano
sempre com um baque". Ele parece ter o
100 dC, como alguns estudiosos nos
dom de colocar o pé na boca - ele sofria de
dizem. Foi escrito na cidade de Éfeso, onde
casco na boca. No entanto, o Senhor fez dele
João passou os últimos anos de sua vida.
uma rocha firme, estável e confiável, como
seu nome indica. Ele se tornou um ponto de
Possivelmente foi escrito para os cristãos
encontro, um ponto de encontro para os
desta cidade de Éfeso, que enfrentavam -
cristãos nos dias das perseguições que
como nós - perigos e dificuldades de viver
eclodiram no primeiro século. Foi apenas
em um mundo pagão e ímpio, entregue à
porque ele estava com o Senhor e conhecia
adoração do sexo e a práticas licenciosas,
o Senhor. A maior parte da mudança ocorreu
amantes da humanidade sabedoria (como
após a morte e ressurreição do Senhor,
todas essas cidades gregas eram) e
portanto, não precisamos achar que foi a
especialmente desejosas de exaltar o
presença pessoal de Jesus que mudou esses
homem e suas habilidades. Agora isso soa
homens. Ele os mudou depois que morreu e
muito como nosso mundo ocidental moderno,
ressuscitou, assim como pode nos mudar.
não é? Primeiro João foi escrito para
pessoas nesse tipo de situação e, portanto,
João foi o outro que foi dramaticamente
tem muito a nos dizer.
mudado por nosso Senhor. Ele era um
jovem, o mais jovem de todos os
discípulos. Na verdade, muitos estudiosos

Em um dos comentários de Primeira João, o
autor diz: "A Epístola de Primeira João
desafia o esboço". Por muitos anos, eu teria
concordado com essa afirmação. Eu pensei
que John era uma espécie de andarilho. Ele
apenas escrevia e mudava de assunto com
frequência. Não parecia haver qualquer rima
ou razão para sua carta. Mas ao pregar uma
série de trinta e cinco mensagens nesta
carta, comecei a ver sua composição.
João está preocupado com uma coisa,
principalmente, e isso é o cristianismo
autêntico! Suponho que já no final do
primeiro século, um pouco da monotonia,
da morte e da monotonia com que o
cristianismo às vezes foi atormentado
começou a aparecer. O frescor, a
vitalidade, a novidade, a emoção, o drama
da fé cristã começaram a perder seu
brilho e seu glamour.
João, portanto, é guiado por Deus para
chamar as pessoas de volta para as coisas
vitais, as coisas que constituem a vida
real. Portanto, ele se preocupa com uma
manifestação cristã autêntica, e o
cristianismo autêntico é sempre constituído
pelos mesmos três elementos. O corpo desta
carta de Primeira João é uma ênfase sobre
as três coisas essenciais que tornam o
cristianismo genuinamente cristão. Eles são
a verdade, a retidão e o amor. Esses três,
mantidos em perfeito equilíbrio, são um sinal
do cristianismo genuíno. Estas tornam-se,
portanto, as marcas que João enfatiza como
prova a qualquer pessoa de que é cristã. A
carta nos dá uma medida maravilhosa por
meio da qual podemos testar nossas próprias
vidas. Como estamos indo? Cumprimos as
qualificações? Manifestamos verdade,
retidão e amor? Há um prelúdio que discutirei
em um minuto,
Mas antes de começar, ele nos dá um
prelúdio, que é realmente a chave para a
maneira como a verdade, a retidão e o amor
podem se manifestar em sua vida. Existe
uma relação que é necessária. Esse
relacionamento João chama de comunhão
com Cristo - unidade com ele, uma
identificação de sua vida com Jesus
Cristo. Agora, se você não tem isso, não
8
pode produzir retidão, verdade e amor. É
impossível.
Alguém disse que é possível pesquisar em
todos os escritos de Sócrates, Aristóteles,
Platão, Confúcio e Buda, e outros grandes
líderes mundiais do pensamento moral e
ético, encontrar tudo o que está escrito no
Novo Testamento que exorta o homem a o
que fazer. Em outras palavras, se tudo o que
você precisa é de bons conselhos, você não
precisa da Bíblia. Você pode obter muitos
bons conselhos dessas outras religiões. Mas
uma coisa que esses outros líderes não lhe
dão é o como. Como! É disso que João está
falando.
Como seguir este bom conselho? Você sabe
que a Regra de Ouro não é encontrada
apenas no Novo Testamento. Você encontra
uma expressão da Regra de Ouro, sempre
de forma negativa, em outras religiões. Não
faça aos outros o que não gostaria que
fizessem a você. Ah, mas em Cristo você
encontra o segredo de como! É pela unidade
com ele - união com ele; comunhão com o
Senhor Jesus; ele habitando em você e você
habitando nele. É sobre isso que John
começa a falar.
Ele diz desde o início que tem uma
experiência pessoal disso. "Eu o vi", diz
ele. "Eu o senti. Eu o ouvi. Eu o toquei. Ele
era uma pessoa real; não havia nada de falso
ou falso nele. Na comunhão de sua vida,
descobri que é possível começar a amar, a
andar na verdade, em justiça obediente para
com Deus" (1 João 1:1-2). Esse é o coração
e a chave desta carta, quando ele começa
com esta nota de comunhão com Jesus
Cristo.
Você notará que em toda esta carta ele
enfatiza o fato de que Jesus apareceu na
história. Esse é o primeiro tema sobre o qual
ele fala sob o título de verdade. A verdade
sobre Jesus é que ele é Deus e homem. Ele
é ambos - o Deus eterno, ligado a todas as
grandes revelações do Antigo Testamento
que marcam o ser e o caráter de Deus - e ele
é homem; vindo em carne, viveu entre nós,
foi homem, sofreu como homem, morreu
como homem. Tudo isso, para que possamos

compartilhar sua vida – sua natureza
divina. Ora, isso se opunha a uma filosofia
muito corrente nos dias de João. Era o
que chamamos de "gnosticismo". A coisa
mais próxima disso hoje é a Ciência Cristã,
que é quase gnosticismo puro. O gnosticismo
ensinava que a matéria é má e o espírito é
bom. Portanto, o espírito do homem está
aprisionado em um corpo maligno.
Agora você notará que isso ainda é muito
comumente aceito em muitos lugares. É
contra essa ideia que João escreve e diz:
"Agora não siga isso", porque Jesus veio na
verdade. A verdade sobre Jesus é que ele
veio como Deus - tornou-se homem - e
qualquer um que não diga isso sobre
Jesus Cristo é um mentiroso.
O problema é que havia muitas pessoas
naquela época que eram maravilhosas. Eles
davam a aparência de serem suaves, gentis,
atenciosos e corteses. Eles não pretendiam
destruir o cristianismo; eles estavam
tentando melhorá-lo. Então eles desistiram,
tiraram a ênfase de algumas das coisas que
o Novo Testamento diz sobre Jesus e
enfatizaram outras que concordavam com o
que eles queriam ensinar. Assim, eles
tentaram tornar o cristianismo
intelectualmente respeitável.
Este processo continua até hoje. Mas João
diz que se você ceder a isso, se sucumbir a
esse tipo de ilusão, descobrirá que foi
enganado e acabará não sendo um
cristão. Você estará seguindo uma mentira e
se tornará vítima de uma farsa e de uma
ilusão. Os resultados disso são terríveis.
Na segunda seção, o apóstolo enfatizou a
justiça. Cristianismo não é apenas assinar a
doutrina ou o credo. Não é apenas escrever
seu nome sob uma declaração de crença -
"Cremos em Deus, o Pai Todo-Poderoso, e
em Jesus Cristo, seu Filho, nosso Senhor,
que padeceu sob Pôncio Pilatos e foi
crucificado, morto e sepultado no terceiro dia.
.." e assim por diante. Não é isso. É mais que
verdade. Também é justiça. Isso significa que
seu comportamento muda. A ênfase de João,
como acontece com todos os escritores do
Novo Testamento, é esta: "Olha", diz ele,
9
"se você realmente tem Jesus Cristo
vivendo em você, você não pode ser a
mesma pessoa. Você não pode continuar
vivendo no pecado, fazendo coisas
erradas, mentindo e roubando, vivendo
em imoralidade sexual. Você não pode
fazer isso”.
Veja, esses gnósticos estavam dizendo:
"Olha, se o espírito é bom e a matéria é má
e nossos corpos são matéria, então a
única coisa que conta é o espírito. O que
você faz com seu corpo não faz nenhuma
diferença. Então, se Se você deseja
satisfazer seus desejos, vá em frente. Isso
não afetará sua posição espiritual com
Deus”. Como resultado, eles estavam
transformando (como diz Judas) a graça
de Deus em licenciosidade.  As pessoas
estavam sendo ensinadas, os cristãos
estavam sendo ensinados, que eles
poderiam praticar toda a imoralidade de seus
dias, e Deus ainda os trataria exatamente da
mesma forma. Isso não mudaria nem um
pouco o relacionamento deles. Mas João diz:
Ninguém nascido de Deus comete
pecado; pois a natureza de Deus
permanece nele, e ele não pode pecar
porque nasceu de Deus. (1 João 3:9
RSV)
Os dois são incompatíveis. Você não pode
ter o Espírito Santo vivendo em você e viver
uma vida profana. Se você vive uma vida
profana e professa ser cristão, você é um
mentiroso, diz João. Ele é muito franco sobre
isso.
No entanto, ainda há uma terceira coisa. É
fácil para os cristãos dizerem hoje: "Bem,
sim, isso é verdade. Temos que ensinar a
verdade, obedecer à verdade e crer na
verdade sobre Cristo. E, é claro, temos que
parar de fazer as coisas coisas que o mundo
está fazendo." Isso é o mais longe que eles
vão. Você já ouviu cristãos se levantarem e
testificarem nessa linha? Eles dizem: "Eu
costumava fumar e beber e dançar e ir ao
cinema e jogar cartas e jogar e todas essas
coisas terríveis. Mas eu não faço mais nada
disso. Eu creio no Senhor. Eu parei todas
essas coisas." Eles deixam a impressão de

que deveria fazer com que todos se
tornassem cristãos, ver uma mudança tão
tremenda.
Mas o que você descobre, logo, é que as
pessoas não estão nem um pouco
impressionadas com o que você parou de
fazer. Nem um pouco. Ora, os mundanos
podem parar de fazer essas coisas se
tiverem um bom motivo. E eles fazem
isso. Se essa é a base do seu testemunho
cristão, você não tem nada mais a dizer do
que eles. Não, o mundo não fica nem um
pouco impressionado por parar alguma coisa.
O que os impressiona é ver você fazer algo
que eles não podem fazer. Isso é amor. É por
isso que João diz que a terceira marca de um
cristão genuíno é que ele começa a amar -
não aqueles que o amam (qualquer um pode
fazer isso, é a observação de Jesus) - mas
começa a amar aqueles que não amam
você; tratar com bondade aqueles que te
maltratam; retribuir o bem com o mal e
orar por aqueles que te usam
maliciosamente; para acolher e tratar com
bondade aqueles que estão contra você e
estão tentando prejudicá-lo. Esta é a
marca, não é? Você não trata mais aqueles
que têm necessidades ao seu redor com
indiferença insensível, mas responde a eles e
não os exclui de sua vida. John diz: "Se um
homem bater à sua porta e disser: 'Estou
com fome e não tenho nada para vestir', e
você tiver o que ele precisa, e lhe disser:
'Bem, tudo bem irmão. Vamos orar por
você. Vá embora e seja saciado e aquecido',
é ridículo dizer que o amor de Deus habita
em você. É um absurdo. Como você pode
dizer aquilo? Se você não ama seu irmão, a
quem vê, como pode dizer que ama a Deus,
a quem não vê?” (1 João 4:20). Veja como
ele é prático nessas questões?
Então ele enfatizou aquela comunhão com o
Senhor Jesus, uma unidade, uma caminhada
diária com ele, abrindo seu coração à sua
palavra, deixando sua luz brilhar sobre você -
deixando-se assim ser mudado pelo poder de
Cristo - resultará na verdade sobre a justiça
de Jesus em seu comportamento pessoal e
amor para com seus irmãos, seus
10
companheiros da raça humana, bem como
os membros da igreja de Deus.
Então, o resultado final e a nota final da carta
são a certeza. Você conhece as coisas
com um conhecimento inabalável, que
ninguém pode quebrar e nenhum
argumento racional irá perturbar. Você
sabe que o que Deus lhe disse é
verdade. Você sabe que o que ele revelou
sobre o mundo é verdade. Você tem uma
certeza cada vez maior subjacente à sua
vida. Como lemos na nota final de João:
Sabemos que aquele que nasceu de
Deus não peca, mas aquele que
nasceu de Deus o guarda, e o maligno
não o toca. (1 João 5:18 RSV)
Isso é justiça. Sabemos, diz ele, que somos
de Deus, a própria natureza e ser de Deus -
o Deus que é amor - e que o mundo inteiro
está sob o poder do maligno. É por isso que
eles não podem amar. Eles falam sobre isso
e eles querem isso. Eles procuram por isso,
mas não podem encontrá-lo - porque Deus é
amor. Sabemos que somos de Deus, diz ele,
E sabemos que o Filho de Deus veio e
nos deu entendimento para
conhecermos aquele que é
verdadeiro; e nós estamos naquele
que é verdadeiro, em seu Filho Jesus
Cristo. (1 João 5:20 RSV)
Que declaração é essa, em uma época em
que todo mundo está nos dizendo que você
não pode saber nada com certeza, que
ninguém sabe nada com certeza. John diz
que sim. Nós sabemos. Foi-nos dado um
entendimento.
Aqui está sua palavra final e é tão
importante. Uma que eu acho que deveria
soar em nossos ouvidos todos os dias:
Filhinhos, guardem-se dos ídolos. (1
João 5:21)
Por que? Bem, porque o primeiro e grande
mandamento é: "Amarás o Senhor teu Deus
de todo o teu coração, e de toda a tua alma,
 11

e de todo o teu entendimento" (Mateus

22:37b). Esse é o fim principal do homem. E
Título
idolatria é amar outra coisa como Deus. O
que é um ídolo? É um Deus substituto. Seu O título da epístola sempre foi “1 João”. É a
Deus é o que te deixa animado. Para o que
você economiza seu dinheiro. Com o que primeira e maior de uma série de 3 epístolas
você gasta. Esse é o seu Deus. O que é que levam o nome do apóstolo João. Visto
importante para você, esse é o seu Deus.
que a carta não identifica nenhuma igreja,
Filhinhos – vocês que encontraram o local ou indivíduo específico a quem foi
verdadeiro Deus – mantenham-se longe
desses ídolos secundários, desses deuses enviada, sua classificação é como uma
substitutos que exigem sua
“epístola geral”. Embora 1 João não exiba
atenção. Entregue-se, sozinho, Àquele que
pode realizar em você todos os desejos do algumas das características gerais de uma
seu coração. É uma ótima palavra, não é? A
palavra que nos conduzirá com segurança epístola comum àquela época (por exemplo,
por todas as dificuldades do nosso caminho. sem introdução, saudação ou saudação
final), seu tom íntimo e conteúdo indicam
Oração
que o termo “epístola” ainda se aplica a ela.
Pai nosso, tu conheces os muitos ídolos
que surgem diante de nós todos os dias -
o deus do prazer, o deus do egoísmo, o
deus Narciso, que nos faz amar a nós
mesmos, admirar a nós mesmos, olhar Autor e Data
para nós mesmos; o deus do amor, Vênus
– como nós a seguimos, Senhor, e a
exaltamos quando não deveríamos; o A epístola não identifica o autor, mas o
deus Baco, que nos faz deleitar-se com o
forte, consistente e antigo testemunho da
prazer como se este fosse o fim principal
da vida, como se a diversão fosse a razão igreja a atribui a João, o discípulo e
de viver. Senhor, livra-nos destes deuses,
destes falsos deuses que nos roubarão a apóstolo (cf. Lucas 6:13,14). Esse anonimato
nossa fé, o nosso amor pela afirma fortemente a identificação da
humanidade. Faça-nos apaixonar
verdadeiramente pelo Senhor Jesus, que epístola pela igreja primitiva com o apóstolo
é o único Deus verdadeiro, que veio para João, pois apenas alguém com o status bem
nos dar uma compreensão de nós
mesmos e do mundo ao nosso redor, e conhecido e preeminente de João como
veio para nos ensinar a justiça e como
apóstolo seria capaz de escrever com
amar com um coração que é auto-doação
em vez de auto-serviço. Estas coisas autoridade tão inconfundível, esperando
pedimos, Senhor, nesta hora do século
vinte, sabendo que estamos expostos aos obediência completa de seus leitores, sem
mesmos perigos que eles estavam no se identificar claramente. (por exemplo,
primeiro século, e precisando
desesperadamente do seu 4:6). Ele era bem conhecido dos leitores,
poder. Pedimos em nome de Jesus, então não precisou mencionar seu nome.
Amém.

JOHN MACARTHUR

John e James, seu irmão mais velho (Atos
12:2), eram conhecidos como “os filhos de
Zebedeu” (Mateus 10:2–4), a quem Jesus
deu o nome de “Filhos do Trovão” (Marcos
3:17). João foi um dos 3 associados mais
íntimos de Jesus (junto com Pedro e Tiago -
cf.Mat. 17:1;26:37), sendo testemunha
ocular e participante do ministério terreno
de Jesus (1:1–4). Além das 3 epístolas, João
também escreveu o quarto evangelho, no
qual se identificou como o discípulo “a
quem Jesus amava” e como aquele que se
reclinou no peito de Jesus na Última Ceia
(João 13:23;19:26;20:2;21:7,20). Ele
também escreveu o livro de Apocalipse
(Apocalipse 1:1).
A datação precisa é difícil porque não
existem indicações históricas claras da data
em 1 João. Provavelmente João compôs esta
obra na última parte do primeiro século. A
tradição da Igreja consistentemente
identifica João em sua idade avançada
como vivendo e escrevendo ativamente
durante este tempo em Éfeso na Ásia
Menor. O tom da epístola apóia essa
evidência, pois o escritor dá a forte
impressão de que é muito mais velho que
seus leitores (por exemplo, “meus filhinhos”
– 2:1,18,28). A epístola e o evangelho de
João refletem vocabulário e modo de
expressão semelhantes (ver Temas
históricos e teológicos). Tal semelhança faz
com que muitos datam a escrita de
12
As epístolas de João ocorreram logo depois
que ele compôs seu evangelho. Uma vez que
muitos datam o evangelho durante a última
parte do primeiro século, eles também
preferem uma data semelhante para as
epístolas. Além disso, a heresia que João
combate provavelmente reflete os
primórdios do gnosticismo (veja
Antecedentes e Cenário), que estava em
seus estágios iniciais durante o último terço
do primeiro século, quando João estava
escrevendo ativamente. Como nenhuma
menção é feita à perseguição sob
Domiciano, que começou por volta de 95
dC, pode ter sido escrita antes disso. À luz
de tais fatores, uma data razoável para 1
João é ca. 90-95 DC. Provavelmente foi
escrito de Éfeso para as igrejas da Ásia
Menor sobre as quais João exerceu
liderança apostólica.
Plano de fundo e cenário
Embora tivesse idade muito avançada
quando escreveu esta epístola, João ainda
ministrava ativamente às igrejas. Ele foi o
único sobrevivente apostólico remanescente
que teve associação íntima e testemunha
ocular com Jesus durante Seu ministério
terreno, morte, ressurreição e ascensão. Os
Padres da Igreja (por exemplo, Justino
Mártir, Irineu, Clemente de Alexandria,
Eusébio) indicam que, depois dessa época,

João viveu em Éfeso, na Ásia Menor,
realizando um extenso programa
evangelístico, supervisionando muitas das
igrejas que surgiram e conduzindo um
extenso ministério de escrita (por exemplo,
epístolas, O Evangelho de João e
Apocalipse). Um padre da igreja (Papias)
que teve contato direto com John o
descreveu como uma “voz viva e
permanente”. Como o último apóstolo
remanescente, o testemunho de João tinha
grande autoridade entre as igrejas.
Éfeso (cf.Atos 19:10) estava dentro do
centro intelectual da Ásia Menor. Conforme
predito anos antes pelo Apóstolo Paulo
(Atos 20:28–31), falsos mestres surgidos
dentro das próprias fileiras da igreja,
saturados com o clima predominante de
tendências filosóficas, começaram a infectar
a igreja com falsas doutrinas, pervertendo o
ensinamento apostólico fundamental. Esses
falsos mestres defendiam novas idéias que
eventualmente se tornaram conhecidas
como “gnosticismo” (da palavra grega
“conhecimento”). Após a batalha paulina
pela liberdade da lei, o gnosticismo foi a
heresia mais perigosa que ameaçou a igreja
primitiva durante os primeiros 3
séculos. Muito provavelmente, João estava
combatendo os primórdios dessa virulenta
heresia que ameaçava destruir os
fundamentos da fé e das igrejas (ver
Desafios Interpretativos).
13
O gnosticismo, influenciado por filósofos
como Platão, defendia um dualismo
afirmando que a matéria era inerentemente
má e o espírito era bom. Como resultado
dessa pressuposição, esses falsos mestres,
embora atribuíssem alguma forma de
divindade a Cristo, negavam sua verdadeira
humanidade para preservá-lo do
mal. Também reivindicou conhecimento
elevado, uma verdade superior conhecida
apenas por aqueles que estão nas coisas
profundas. Somente os iniciados tinham o
conhecimento místico da verdade que era
mais elevado até do que as Escrituras.
Em vez de a revelação divina julgar as idéias
do homem, as idéias do homem julgaram a
revelação de Deus (2:15-17). A heresia
apresentava duas formas básicas. Primeiro,
alguns afirmaram que o corpo físico de
Jesus não era real, mas apenas “parecia” ser
físico (conhecido como “docetismo” de uma
palavra grega que significa
“aparecer”). João afirmou vigorosamente a
realidade física de Jesus, lembrando a seus
leitores que ele foi uma testemunha ocular
dEle (“ouviu”, “vistou”, “manipulou”, “Jesus
Cristo veio em carne” — 1:1–4; 4:2 ,3). De
acordo com a tradição antiga (Irineu), outra
forma dessa heresia que João pode ter
atacado foi liderada por um homem
chamado Cerinthus, que afirmou que o
“espírito” de Cristo desceu sobre o Jesus

humano em seu batismo, mas o deixou
pouco antes de sua crucificação.
Tais visões heréticas destroem não apenas a
verdadeira humanidade de Jesus, mas
também a expiação, pois Jesus não só deve
ter sido verdadeiramente Deus, mas
também o homem verdadeiramente
humano (e fisicamente real) que realmente
sofreu e morreu na cruz para ser o sacrifício
substitutivo aceitável pelo pecado
(cf.hebr. 2:14–17). A visão bíblica de Jesus
afirma Sua completa humanidade, bem
como Sua plena divindade.
A ideia gnóstica de que a matéria era má e
só o espírito era bom levou à ideia de que o
corpo deveria ser tratado com severidade,
uma forma de ascetismo (por
exemplo,Colossenses 2:21–23), ou o
pecado cometido no corpo não teve conexão
ou efeito no espírito da pessoa. Isso levou
alguns, especialmente os oponentes de
João, a concluir que o pecado cometido no
corpo físico não importava; a indulgência
absoluta na imoralidade era
permitida; pode-se negar que o pecado
existiu (1:8-10) e desrespeitar a lei de Deus
(3:4). João enfatizou a necessidade de
obediência às leis de Deus, pois definiu o
verdadeiro amor de Deus como obediência
aos Seus mandamentos (5:3).
A falta de amor pelos companheiros crentes
caracteriza os falsos mestres, especialmente
14
quando eles reagem contra qualquer um
que rejeite sua nova maneira de pensar
(3:10-18). Eles separaram seus seguidores
enganados da comunhão daqueles que
permaneceram fiéis ao ensino apostólico,
levando João a responder que tal separação
externamente manifestava que aqueles que
seguiam os falsos mestres careciam de
salvação genuína (2:19). A partida deles
deixou os outros crentes, que
permaneceram fiéis à doutrina apostólica,
abalados. Respondendo a esta crise, o velho
apóstolo escreveu para tranquilizar os que
permaneceram fiéis e para combater esta
grave ameaça à igreja. Uma vez que a
heresia era tão perigosa e o período de
tempo era tão crítico para a igreja em perigo
de ser subjugada por falsos ensinos, João
gentilmente, com amor, mas com
inquestionável autoridade apostólica,
Temas Históricos e Teológicos
À luz das circunstâncias da epístola, o tema
geral de 1 João é “recordar os fundamentos
da fé” ou “voltar aos fundamentos do
cristianismo”. O apóstolo lida com certezas,
não com opiniões ou conjecturas. Ele
expressa o caráter absoluto do cristianismo
em termos muito simples; termos claros e
inequívocos, não deixando dúvidas quanto à
natureza fundamental dessas
verdades. Ocorre um tom caloroso,

coloquial e, acima de tudo, amoroso, como
um pai tendo uma conversa terna e íntima
com seus filhos.
1 João também é pastoral, escrita com o
coração de um pastor que se preocupa com
seu povo. Como pastor, João comunicou ao
seu rebanho alguns princípios muito
básicos, mas vitalmente essenciais,
tranquilizando-os com relação aos
fundamentos da fé. Ele desejava que eles
tivessem alegria em relação à certeza de sua
fé, em vez de ficarem chateados com os
falsos ensinos e deserções atuais de alguns
(1:4).
O ponto de vista do livro, porém, não é
apenas pastoral, mas também
polêmico; não só positiva, mas também
negativa. John refuta os desertores da sã
doutrina, não exibindo tolerância para
aqueles que pervertem a verdade divina. Ele
rotula aqueles que se afastam da verdade
como “falsos profetas” (4:1), “os que tentam
enganar” (2:26; 3:7) e “anticristos”
(2:18). Ele claramente identifica a fonte
última de toda essa deserção da sã doutrina
como demoníaca (4:1-7).
A repetição constante de 3 subtemas reforça
o tema geral referente à fidelidade aos
fundamentos do cristianismo: felicidade
(1:4), santidade (2:1) e segurança
(5:13). Pela fidelidade ao básico, seus
leitores experimentarão esses 3 resultados
15
continuamente em suas vidas. Esses 3
fatores também revelam o ciclo chave da
verdadeira espiritualidade em 1 João: uma
crença adequada em Jesus produz
obediência aos Seus mandamentos; a
obediência resulta em amor a Deus e aos
irmãos (por exemplo, 3:23,24). Quando
estes 3 (sã fé, obediência, amor) operam em
conjunto, eles resultam em felicidade,
santidade e segurança. Eles constituem a
evidência, o teste decisivo, de um
verdadeiro cristão.
Desafios Interpretativos
Os teólogos debatem a natureza precisa das
crenças dos falsos mestres em 1 João,
porque João não especifica diretamente
suas crenças, mas combate os hereges
principalmente por meio de uma
reafirmação positiva dos fundamentos da
fé. A principal característica da heresia,
conforme observado acima, parece ser a
negação da encarnação, ou seja, Cristo não
veio em carne. Esta foi provavelmente uma
forma incipiente ou inicial de gnosticismo,
como foi apontado.
O intérprete também é desafiado pela
rigidez da teologia de João. João apresenta
os fundamentos da vida cristã em termos
absolutos, não relativos. Ao contrário de
Paulo, que apresentou exceções e lidou com

frequência com as falhas dos crentes em
cumprir o padrão divino, João não lida com
as questões “e se eu falhar”. Somente em
2:1,2 ele dá algum alívio dos absolutos. O
restante do livro apresenta verdades em
preto e branco, em vez de tons de cinza,
muitas vezes por meio de um forte
contraste, por exemplo, “luz” versus
“escuridão” (1:5,7; 2:8–11); verdade versus
mentira (2:21,22; 4:1); filhos de Deus vs.
filhos do diabo (3:10). Aqueles que afirmam
ser cristãos devem exibir absolutamente as
características de cristãos genuínos: sã
doutrina, obediência e amor. Aqueles que
realmente nasceram de novo receberam
uma nova natureza, que dá provas de si
mesmo. Aqueles que não exibem as
características da nova natureza não a
possuem, portanto nunca nasceram de novo
verdadeiramente. As questões não se
concentram (como acontece com muitos
dos escritos de Paulo) em manter
comunhão temporal ou diária com Deus,
mas na aplicação de testes básicos na vida
de alguém para confirmar que a salvação
realmente ocorreu. Tais distinções
absolutas também eram características do
evangelho de João.
De uma maneira única, John desafia o
intérprete por sua repetição de temas
semelhantes repetidas vezes para enfatizar
as verdades básicas sobre o cristianismo
genuíno. Alguns compararam a repetição de
16
John a uma espiral que se move para fora,
tornando-se cada vez maior, cada vez
espalhando a mesma verdade por uma área
mais ampla e abrangendo mais
território. Outros viram a espiral se
movendo para dentro, penetrando cada vez
mais fundo nos mesmos temas enquanto
expandia seus pensamentos. Seja como for
que se veja o padrão em espiral, John usa a
repetição de verdades básicas como um
meio de acentuar sua importância e ajudar
seus leitores a entendê-las e lembrá-las.
Contorno
I. Os testes fundamentais da
comunhão genuína - ESPIRAL I (1:1–
2:17)
A. Os Testes Fundamentais da Doutrina
(1:1–2:2)
1. Uma visão bíblica de Cristo (1:1–4)
2. Uma visão bíblica do pecado (1:5–2:2)
B. Os Testes Fundamentais da Moral (2:3-
17)
1. Uma visão bíblica da obediência (2:3–6)
2. Uma visão bíblica do amor (2:7–17)
 17

a. O amor que Deus requer (2:7-11) A. Parte 3 do Teste Doutrinário (4:1–6)

1. A fonte demoníaca da falsa doutrina (4:1–

b. O amor que Deus odeia (2:12-17)
3)

2. A necessidade da sã doutrina (4:4-6)

II. Os testes fundamentais da

B. Parte 3 do Teste Moral (4:7–21)
comunhão genuína - ESPIRAL II
(2:18–3:24) 1. O caráter de amor de Deus (4:7–10)

A. Parte 2 do Teste Doutrinário (2:18–27)

2. A exigência de amor de Deus (4:11–21)

1. Os anticristos se afastam da comunhão

4. Os testes fundamentais da
cristã (2:18–21)
comunhão genuína — ESPIRAL IV
(5:1–21)
2. Os anticristos negam a fé cristã (2:22–
25) A. A Vida Vitoriosa em Cristo (5:1–5)

3. Os anticristos enganam os fiéis cristãos B. O Testemunho de Deus para Cristo (5:6–

(2:26, 27) 12)

B. Parte 2 do Teste de Moral (2:28–3:24)

C. Certezas Cristãs Por Causa de Cristo

1. A esperança purificadora da volta do (5:13–21)

Senhor (2:28–3:3)
1. A certeza da vida eterna (5:13)

2. A incompatibilidade do cristão com o

2. A certeza da oração respondida (5:14–17)
pecado (3:4–24)

a. A exigência da justiça (3:4-10) 3. A certeza da vitória sobre o pecado e

Satanás (5:18–21)

b. A exigência do amor (3:11-24)

III. Os testes fundamentais da

comunhão genuína — ESPIRAL III
(4:1–21)
 18

PRIMEIRO JOÃO     A tradição fala do apóstolo João

                                                                         em sua velhice, quando ele teria
#1 que ser carregado para a
Introdução a Primeiro João assembléia por causa de sua
1 João 1:1-4 fraqueza.   Ele iria repetir uma e
  outra vez.   “Filhinhos, amem-se
  uns aos outros.”   Os cristãos
I.     INTRODUÇÃO continuariam perguntando: “Por
  que você continua repetindo
      R.   Hoje começamos um novo estudo no isso?”   João respondeu: “Porque
livro de 1 João.   É um livro pequeno, é o mandamento do Senhor; e se
mas grandes coisas vêm em pequenos apenas for cumprido, é o
pacotes e esta epístola está repleta de suficiente.
verdades práticas para o cristão.  
        C.   O apóstolo do amor também se
      B.   A Epístola de 1 João foi escrita pelo tornou um “tigre” às vezes e foi
Apóstolo João por volta de intransigente sobre suas convicções
9 d.C.   Parece que esta epístola era de que Jesus Cristo é o único caminho
uma espécie de carta circular enviada de salvação. JN. 3:36: Quem crê no
aos cristãos da Ásia Menor, onde João Filho tem a vida eterna, mas quem
ministrou grande parte de sua vida. rejeita o Filho não verá a vida,
  porque a ira de Deus permanece
            C.   O tema básico e subjacente deste sobre ele. 1 João 5:12 Quem tem o
livro é “companheirismo”.   Ele conta Filho tem a vida; quem não tem o
como os cristãos podem ter comunhão Filho de Deus não tem a vida. Ele
com Deus e uns com os outros.   A ansiava, como todo bom pastor, ver os
comunhão vertical de uma pessoa cristãos andarem na verdade de Cristo
com Deus por meio de Cristo tem um e serem guardados do erro. 3 João
efeito definido na comunhão 4: Não tenho maior alegria do que
horizontal com outros homens.   Uma ouvir que meus filhos estão andando
pessoa deve amar a Deus antes de na verdade. 2 João 4: Foi uma
poder amar os outros! grande alegria para mim encontrar
  alguns de seus filhos andando na
II.   ANTECEDENTES DO APÓSTOLO verdade, assim como o Pai nos
JOÃO   ordenou.              
   
      A.   João foi chamado à salvação e ao                         O apóstolo do amor não
apostolado desde muito jovem.   Ele hesitou em expor os falsos mestres
era apenas um jovem quando porque os chamou de mentirosos,
conheceu a Cristo e decidiu segui-lo. anticristos e enganadores.   O
  verdadeiro amor mantém a verdade
            B.   João é conhecido como o apóstolo no amor e fala a verdade no amor.
do amor porque ele, mais do que  
qualquer outro escritor do NT, fala de                  
amor a Deus e amor aos cristãos.                   Se você realmente ama uma
  pessoa, você conta a ela a verdade
sobre Cristo, mesmo que

ela           não goste no começo,
porque você deseja vê-la
salva.   Se você tivesse descoberto
uma cura para o câncer e ela só
pudesse ser colocada na corrente
sanguínea por uma agulha
hipodérmica, você negaria essa
cura à humanidade porque sabe
que alguns vão “resistir” ao
tomar uma injeção?   Se você
realmente ama você dá a verdade
ou cura e sofre as consequências.
 
      D.   João também era um realista que via
tudo a preto e branco e não havia
cinzas.   Ele não era um batedor de
cercas.   Ele coloca os opostos em
contraste direto um com o outro – 1)
luz e escuridão, 2) vida e morte, 3)
amor e ódio, 4) verdade e erro.   Não
há meio-termo no conceito de
cristianismo de João:   1) Os homens
são filhos de Deus ou filhos do
diabo.   2) Do mundo ou não do
mundo.   3) Têm vida ou não têm
vida.   4) Eles conhecem a Deus ou
não O conhecem.   As pessoas
pertencem a uma ou outra dessas duas
categorias, sem uma terceira
alternativa.
 
O ministério de escrita de E.    John surge
depois que a igreja já existia há 60
anos, e nessa época a apostasia já
havia se introduzido.   Havia a
necessidade de uma voz para chamar
as pessoas de volta aos fundamentos        
originais e esse era o ministério do
Apóstolo João.   Ele chamou os
homens de volta à verdade.  chamado Cerinthus .   Essa visão diz
 
F.   Quando nós, como cristãos,
começarmos a nos desviar, quando algum
conceito falso se insinuar em
nosso     pensamento ou em nossas ações,
devemos ler as epístolas de João.
 
19
III.      A HERESIA DO GNOSTICISMO
 
      R.   É impossível entender o livro de 1
João sem entender algo sobre uma
heresia da igreja primitiva que estava
começando nos dias de João para se
firmar na igreja professa.
 
      B.   Gnósticos significa “os que
conhecem” e eles acreditavam que
tinham a supremacia do intelecto e a
superioridade da iluminação mental à
fé e à conduta.   Era uma mistura de
misticismo e filosofia com um pouco
de ensino cristão.
 
      C.   Os gnósticos acreditavam no mal
inerente da matéria e de tudo o que é
material.   Se toda a matéria é má e
Jesus Cristo tinha um corpo humano,
então Cristo não poderia ser Deus ou
não ter um corpo humano real.   Uma
forma de gnosticismo era o
docetismo , que dizia que Jesus era
divino, mas não tinha um corpo
real:   era um corpo de qualidades
fantasmagóricas.  1 João 4:2-3: É
assim que você pode reconhecer o
Espírito de Deus: Todo espírito que
confessa que Jesus Cristo veio em
carne é de Deus, mas todo espírito
que não confessa a Jesus não é de
Deus. Este é o espírito do anticristo,
que vocês ouviram que vem e agora
já está no mundo.
 
       D.   Outra forma mais proeminente de
Gnosticismo foi o Cerinthianismo ,
iniciado por um homem
que Deus não poderia criar o mal,
então eles criaram um sistema onde o
mal poderia ser explicado.   Deus, ou
o pleroma , criou um ser angélico e
desta primeira criação que era quase
perfeita muitos outros seres sub-
angélicos evoluíram e estes foram

chamados de éons ou
emanações.   Cada emanação longe de
deus e mais perto do homem tornou-
se mais mal.   Jesus Cristo era apenas
um desses seres sub-
angelicais .   Assim, o
cerinthianismo negou que Jesus Cristo
fosse a verdadeira divindade, porque
ele tinha uma carne pecaminosa.   eu
jn. 4:15:Se alguém confessa que
Jesus é o Filho de Deus, Deus vive
nele e ele em Deus . 1 Jo 5:5: Quem
é que vence o mundo? Só aquele que  
crê que Jesus é o Filho de              
Deus. Ainda temos uma forma de
gnosticismo conosco hoje. As
Testemunhas de Jeová acreditam que
Cristo foi o primeiro ser criado e dele
tudo o mais foi criado. Assim, eles
negam a divindade de Jesus Cristo
porque não acreditam que ele foi e é  
eterno.            4. PROPÓSITOS PARA ESCREVER O
 
              E.    O gnóstico fez uma distinção entre  
o Jesus e o Cristo.   Jesus foi       
simplesmente
                    1) um homem,   2) não nascido de
uma Virgem e, 3) pecador, mas em
seu batismo o Cristo veio sobre ele e
esteve com ele até sua morte.    Pouco
antes da morte, o Cristo o deixou e o
homem Jesus morreu como o
sacrifício.  
             
                   F.    Porque toda a carne é pecaminosa,
os gnósticos adotaram duas
abordagens para este
problema.   Alguns disseram que 1) a
alma estava livre do pecado, mas o
corpo era mau; portanto, alimente a
carne com todas as ações
licenciosas.   Estes ficaram
conhecidos como antinomianos
(aqueles que são contra a lei). 1
João 5:2-3 : Nisto sabemos que
amamos os filhos de Deus: amando a
Deus e cumprindo os seus
20
mandamentos. Isto é amor a Deus:
obedecer aos seus mandamentos. E
seus comandos não são pesados. 2)
O outro extremo era o ascetismo
que negava ao corpo tudo e qualquer
coisa. Essas pessoas acreditavam que
poderiam alcançar algum estado de
perfeição
humana: 1 João 1:8:           Se
afirmamos estar sem pecado,
enganamos a nós mesmos e a
verdade não está em nós.
                   De acordo com a tradição,
João em uma ocasião saiu correndo de
um banho público em Éfeso ao
avistar Cerinto , gritando: “Vamos
fugir, para que o banho não caia sobre
nós, porque Cerinto , o inimigo da
verdade, está dentro”.
LIVRO DE 1 JOÃO
A.   Introdução:   Existem quatro razões
que João declara para escrever este
livro, mas a maioria dos estudiosos
concorda que a razão principal é
encontrada em 1 João. 5:13 – para que
os homens que confiaram em Cristo
possam saber ou ter certeza de que
são verdadeiramente cristãos.
 B.   Contraste do Evangelho de João e
da Epístola de João:   1) Ele escreveu
o Evangelho para os incrédulos a fim
de despertar a fé deles (João 20:30-
31: Jesus fez muitos outros sinais
miraculosos na presença de seus
discípulos, que não estão registrados
neste livro. Estes, porém, foram
escritos para que creiais que Jesus é
o Cristo, o Filho de Deus, e para
que, crendo, tenhais vida em seu
nome), e a Epístola  para os crentes, a
fim de aprofundar sua certeza
1 Jo. 5:13:   Escrevo estas coisas a

vocês que crêem no nome do Filho
de Deus, para que saibam que têm a
vida eterna. 2) Seu desejo para os
leitores do Evangelho era que pela fé
eles pudessem receber a vida ;para os
leitores da Epístola, para que saibam
que já a possuem.   3) Os inimigos da
verdade no evangelho são judeus
incrédulos, mas os inimigos da
verdade na epístola são cristãos
professos que realmente não são
regenerados.
 
      C.   Objetivos da escrita
 
            1. Trazer alegria ao cristão (1.4) : A
comunhão com Cristo traz a
certeza da salvação. A certeza traz
alegria – uma alegria interior que
satisfaz as frustrações e os anseios
do coração humano. Isso não é
gritar ou berrar ou fingir
alegria. Esta é uma alegria interior
de conhecer a Deus e a calma
certeza de saber que pertencemos
a Ele por meio de Cristo.          8) ?
            Agostinho disse: “Pois há
uma alegria que não é dada
aos ímpios, a de todos aqueles
que te amam por amor de
ti , cuja alegria tu mesmo és; e
esta é a vida feliz, regozijar-se
em Ti, de Ti.   É isso!   E não
há outro.”
            2. Para produzir santidade no      
cristão (2.1): A comunhão com
Deus evita que o cristão peque. A
culpa é o resultado do
pecado. Uma das maiores ameaças
à felicidade humana é a culpa e
somente Deus pode nos impedir de
pecar e nos perdoar quando
pecamos.         pensam em termos de pontos de
 
21
            3. Para proteger o cristão dos falsos
mestres (2.26): A comunhão com
Cristo manterá a pessoa próxima
da Palavra de Deus, e a Bíblia
impedirá a pessoa de cair em
falsos ensinos e heresias.    
 
            4. Para assegurar a salvação ao
cristão (5.13): João diz que um
cristão pode saber que tem a vida
eterna e aplica três testes para
saber se uma pessoa possui ou não
a vida
eterna: 1) Doutrinário : Cremos
que Jesus Cristo é
verdadeiramente
Deus (5:5,10,13 ) e verdadeiramen
te homem ( 4:2) ? 2) Moral : A
pessoa está praticando a justiça e,
pela graça de Deus, tentando
guardar os mandamentos de Deus
( 2:3-4; 2:29) ? 3) Social : Uma
pessoa demonstra verdadeiro amor
cristão por outros irmãos e irmãs
em Cristo ( 3:14-15; 4:7-
                  
V.       INTRODUÇÃO A 1 JOÃO   1: 1-4
 
      A. “O que era desde o princípio” –
Cristo sempre existiu desde o
princípio porque Ele é o princípio e o
fim. Antes que o universo material
viesse à existência, Cristo sempre
existiu porque Ele é eterno.     
                         Uma vez que Ele existe antes
de toda a criação, Ele deve ser
incriado.   Uma vez que Ele é
incriado, Ele deve ser eterno.   Só
Deus é eterno; portanto, Cristo deve
ser Deus. Isso refuta os gnósticos que
dizem que Cristo é um ser
criado. Nossas mentes humanas
partida. Deus é o ponto de partida!   

      B. “O que ouvimos, o que vimos com os
nossos olhos, o que contemplamos e
as nossas mãos apalparam da
Palavra da vida”; -- Aqui João apela
aos sentidos físicos da audição, visão
e tato para provar que Cristo tinha um
corpo real de carne e ossos e não era
um fantasma como afirmavam
os hereges docéticos .
 
      C. “Porque a vida se manifestou e nós a
vimos, e damos testemunho e vos
mostramos a vida eterna que estava
com o Pai e nos foi manifestada”; --
O Verbo, Jesus Cristo, que é a vida
eterna, sempre existiu com o Pai
como a segunda pessoa da Trindade,
tomou sobre Si um corpo humano e
tornou-se homem.  bem, mesmo nas circunstâncias mais
            Cristo é o Deus-Homem.   Ele é a
humanidade perfeita e a divindade
inalterada unida em uma pessoa para
sempre.   Ele é a pessoa única do
universo.      
 
      D. “O que vimos e ouvimos, nós vos
anunciamos, para que também
tenhais comunhão conosco”: A
palavra “comunhão significa ter em
comum . Todos os cristãos
compartilham ou participam da
própria vida de Jesus Cristo.      para me levar para o céu.”   Não de
           
                        João queria que seus leitores
entrassem em profunda comunhão
com Cristo para experimentar a
própria vida do Cristo ressurreto.   A
vida é encontrada somente em Jesus
Cristo porque Ele é a vida eterna e os
cristãos participam desta vida de
uma forma experiencial e espiritual pe
la fé .
      E. “E a nossa comunhão é
verdadeiramente com o Pai e com
seu Filho Jesus Cristo.” A comunhão
com o Pai é encontrada somente por
22
meio de Jesus Cristo, porque aquele
que viu o Senhor Jesus, física ou
espiritualmente, viu o Pai.    
 
      F.    “E estas coisas vos escrevemos,
para que a vossa alegria seja
completa.”   -- Isso não é uma alegria
exuberante, mas a alegria interior e a
emoção de saber que você é: 1) filho
de Deus, 2) tendo uma oração
respondida, 3) vendo o Senhor usar
nossas vidas de uma maneira pequena
ou grande.   É a alegria que
faz cantar por dentro porque sabe que
seus pecados estão perdoados e que
Cristo está em sua vida.   É a alegria
de saber que a nossa vida é planejada
por Deus e que tudo contribui para o
difíceis. 
 
VI. CONCLUSÃO   
 
       R.   Jesus Cristo é o Deus-Homem e
somente Ele pode perdoar os pecados
de uma pessoa e dar-lhe a vida
eterna.   Jesus é o único caminho de
salvação; não há outro!
 
      B.   Você diz: “Eu acredito em
Deus.   Certamente isso é o suficiente
acordo com o apóstolo João, que
diz: “Ninguém que nega o Filho tem
o Pai; quem confessa o Filho
também tem o Pai”.   (2:23).