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Captura de enxame
Desenvolvimento de apiário
Desenvolver o enxame
Cinco ou seis dias após termos colocado a cera ela estará toda
construída e a rainha deverá ter efetuado de 70 a 100 % da postura dos
dois lados do novo favo; podemos colocar o quinto quadro. Neste
processo de desenvolvimento do enxame, a introdução de cada quadro
novo com cera alveolada a cada cinco dias, só deverá ser feita se a
rainha tiver efetuado a postura em no mínimo 70 % de cada lado da
cera que foi introduzida no manejo anterior. Caso a cera seja
introduzida antes que a rainha efetue a postura haverá um acumulo de
alimento no centro do enxame bloqueando a área da postura da rainha
atrasando o seu desenvolvimento. Isso ocorre porque quando as abelhas
constroem um favo novo mesmo que ele esteja no centro do enxame,
esse favo, pela lógica do comportamento seria preferencialmente
utilizado para a postura da rainha, porém, outro favo terá a preferência;
será qualquer favo que naquele momento tenha nascido abelhas; mesmo
que esse favo seja velho ou até mesmo de captura, por estar marcado
quimicamente para este fim. Assim que a rainha realize a postura nesse
favo, ela volta, e aí sim a preferência será o favo novo que foi colocado
no meio. Por tanto só introduza a cera nos enxames que fizeram a
postura ideal, dando tempo aos que não conseguiram, no próximo
manejo todos conseguirão. Quanto melhor for a rainha, mais os
enxames obedecerão ao manejo.
Vale lembrar que o manejo de aplicação de quadro com cera será
sempre de cinco em 5 ou seis em 6 dias, sem nenhum prejuízo para o
enxame.
Após a rainha ter efetuado a postura no quarto e no quinto favo e a
população do enxame já cobre bem os quadros de crias, já é hora de
transferi-lo para uma caixa padrão; o processo continuará sempre com
uma cera no meio do enxame, agora vamos acrescentar outro quadro
com cera protegendo as crias do quadro que está no lado vago da caixa.
Esse quadro além de proteger a cria do quadro lateral desempenha
outras funções auxiliares. Uma é a de absorver parte do alimento que
seria depositado nas áreas de postura da rainha, que será metabolizado
em cera. Outra é, que as abelhas, ao transformarem esse excesso de
alimento em cera, elas já irão trabalhando nela e o próximo quadro com
cera a ser colocado no centro do enxame será ele, com uma vantagem
de já estar pré-construído.
De agora em diante será sempre colocado uma cera no meio e outra do
lado.
Se você se perguntar, por que não completar a caixa com os outros
quadros com cera? A resposta é, por que elas não utilizam logo essas
ceras e passarão roer e danificá-las, e você já sabe quanto custa uma
folha de cera, não sabe?
Se florada de néctar for muito forte e a rainha é nova e
geneticamente boa, com capacidade alta de postura não será possível
colocar mais de um quadro de cera no meio do enxame?
Quando o enxame é populoso com equilíbrio biológico, ele pode
ate construir a cera que foi colocada no meio do enxame em ate três
dias e preenche-lo com postura, nesse caso pode se colocar até mais de
um quadro de cera no meio do enxame, desde que não sejam colocados
juntos formando um grande espaço no meio do enxame que em alguns
casos pode ate provocar o abandono das crias de um dos lados e o lado
abandonado as nutrizes puxarão realeiras e o enxame enxameará. Nesse
caso as ceras serão colocadas em intervalos de dois em dois quadros de
crias ou três em três sempre com a cera do outro lado interno, mais nem
sempre encontramos essas condições, o melhor é proceder sem pressa e
colher os melhores resultados, porém, quando se conhece bem a florada
que se tem e a genética garantida é possível sim avançar e obter bons
resultados, vale lembrar também, que por mais forte que seja a florada
de néctar ou xarope dado a um enxame ele só produzirá crias se houver
uma boa florada paralela de pólen, ou seja, disponibilizado uma fonte
de proteínas e vitaminas.
Neste momento o enxame já coleta boa quantidade de pólen, e para que
essa entrada de pólen não seja um problema, sendo acumulado e
bloqueando as áreas da postura da rainha. Por exemplo: se o quadro do
canto junto a lateral for um favo novo e estiver com cria operculada
prestes a nascer, logo que as crias nasçam, poderá ser ocupado com
pólen e aí teremos um favo novo que poderia ser ocupado com cria, que
estará repleto de pólen atrasando seu desenvolvimento, aumentando o
custo e atrasando o trabalho. Isso ocorre porque as abelhas possuem
uma ordem de prioridade na arrumação de tudo o que entra e tudo que é
gerado dentro da colméia. A ordem é a seguinte: no centro os favos são
desinfetados com os líquidos-remédios provenientes das glândulas
salivares, mandibulares e marcados para receber crias; em seguida
envolvendo toda a área de cria os alvéolos são desinfetados e marcados
para receber pólen e por último os alvéolos são ocupados com mel e as
abelhas não sobrepõem produtos, pondo, por exemplo, mel em cima de
pólen, cria sobre pólen...; Pode e até acontece, más não é comum. É na
observação desses comportamentos que vamos saber agir para evitar o
acúmulo de pólen nos favos novos onde queremos postura.
Para resolver nosso problema, a cada revisão que fizermos para
colocar cera no meio dos enxames que estão acima de cinco quadros de
crias, se arrumarmos na seguinte disposição: a cera nova no meio, em
seguida crias operculadas; vamos localizar um ou dois quadros com
larvas (crias abertas) e colocá-los no canto junto à lateral, elas serão
obrigadas a mudar a forma de armazenar o pólen.
Agora que sabemos quem pode doar as crias, faremos a coleta das
crias sem abelhas aderentes que serão colocadas em cubas de ninho
com uma tampa em baixo e outra em cima para evitar pilhagem.
A quantidade de crias que pode ser retirada dos enxames varia, utiliza
se o bom senso, podem do ser para um enxame que está bastante
populoso e possui 8 quadros com cria, poderá doar até 3 quadros
Colocamos em cada enxame que doar crias, dois quadros de cera
alveolada sendo um colocado no meio e outro na lateral, e
continuamos com o manejo de desenvolvimento
Agora faremos a distribuição proporcional ao tamanho do enxame; em
média dois quadros por enxame; evitamos fornecer muitos quadros
para evitar problemas com a temperatura.
Continuamos o processo de desenvolvimento nos enxames doadores
que evoluirão um quadro de cria a cada cinco ou seis dias e até em
menos tempo.
Esse procedimento poderá ser repetido uma ou duas vezes e a
homogeneização continuará até que a maioria dos enxames esteja em
condições de produzir.
Colméia reciclagem
Começamos o desenvolvimento dos enxames fazendo uma limpeza
retirando os favos velhos, tortos de alvéolos pequenos que estão sem
crias, ainda que possua alimento. Porém quando vamos realizar a
substituição dos outros favos velhos, eles sempre estão com crias, pois
a rainha insiste em fazer postura neles por possuir marcação química
para postura e as operárias sempre conduzirão a rainha para realizar
postura neles ainda que estejam velhos e com alvéolos pequenos,
sobretudo se estiverem no meio do enxame; uma dica é durante o
desenvolvimento é colocar os favos velhos com crias já operculadas
nos lados esternos dos enxames, pois assim que as crias nascerem elas
colocarão pólen e poderão ser retirados sem perdas de crias.
A colméia reciclagem é um recurso que nos ajudará a resolver esse
problema.
Para isso o apiário já está com os enxames bem desenvolvidos. Já
conseguimos retirar alguns favos que as abelhas abandonaram
colocando alimento; mais ainda restam muitos favos velhos com
crias.
O preparo da colméia reciclagem consiste em escolher dentre os
enxames alguns com sete ou oito quadros de crias; retiramos dois
quadros de crias operculados de cera nova e doe para outros
enxames. Colocamos dois quadros de cera alveolada sendo um
colocado no meio e outro na lateral como no manejo de
desenvolvimento; colocamos agora em cima uma tela excluidora
de ninho e sobre ela um sobre ninho sem quadros para receber os
favos velhos com crias que virão dos outros enxames.
Retiramos em media dois quadros velhos de crias operculadas,
sem abelhas aderentes, por enxame; guardamos numa cuba de
ninho com tampa; ao completar dez quadros colocamos no sobre
ninho da colméia reciclagem.
Os favos por estarem operculados suas abelhas nascerão todas
após 12 dias. Repita o processo até eliminar todos os favos velhos
e irregulares e para que o enxame preparado para receber as crias
não fique demasiado grande o procedimento poderá ser feito em
outro enxame.
Divisão de Enxames
Circunstâncias
Divisão 1
Divisão 2
Abrimos o enxame a ser dividido e retiraremos dois ou três
quadros de crias operculadas. Os quadros deverão ser transferidos
um a um com abelhas aderentes, tendo o cuidado para não
transferir a rainha;
Colocar a rainha engaiolada sem abelhas acompanhantes com
cande na válvula da gaiola; a gaiola será presa na parte inferior do
quadro central; a válvula deverá está fechada comum pedacinho
de cera alveolada a fim de evitar a libertação imediata da rainha.
Colocamos um favo de mel, favo de xarope ou alimentar com 400
ml de xarope a fim de evitar o abandono; completamos o núcleo
com quadros de cera alveolada;
Varrer para o núcleo as abelhas aderentes de dois ou três quadros
de com larvas.
Colocar a tampa do núcleo e transferi-lo para outro cavalete
dentro do mesmo apiário, as campeiras retornarão, mas as abelhas
de outras funções não.
Com três dias verificar se a rainha esta viva na gaiola; liberar a
entrada da válvula da gaiola; retirar realeiras.
Com dez dias verificar a fecundação, caso não haja fecundado
introduza outra rainha ou quadro de cria, realeira ou faça união.
Recuperação de apiários
A recuperação de apiários será necessária quando:
Adquirimos enxames de terceiros e os enxames estavam sem
receber os manejos necessários.
Apiários nossos que atravessaram o inverno e houve redução
do número de quadros com cria. (De agora em diante nos
referiremos a inverno as épocas frias, secas ou chuvosas; com
ausência de néctar, e que às vezes há presença de pólen)
Enxames de final de florada nectarífera que, apesar de grandes
possuem poucos quadros de crias. E precisamos desenvolver
crias.
Enxames de captura