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CÓDIGO MAÇÔNICO DAS LOJAS REUNIDAS E

RETIFICADAS
Tal como foi aprovado pelos Deputados dos Diretórios da França no Convento
Nacional de Lyon em 5778.

ADVERTÊNCIA LEGAL

Em acordo com a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998,


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do autor, tradutor e adaptador, Alexandre Ferreli Souza,
ficam resguardados nos termos da Lei 9.610/98, Capítulos
II e III (Arts. 24 a 45).

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Sumário
Código Maçônico das Lojas Reunidas e Retificadas ............................................... 1
Código Maçônico das Lojas Reunidas e Retificadas ............................................... 3
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3
Compêndio da Governança Geral da Ordem de Franco Maçons, de acordo
com as leis fundamentais, observados dentro do regime retificado e
reformado. ................................................................................................................... 5
Das qualidades e dos deveres de um verdadeiro Franco-Maçom. ................... 6
CAPÍTULO I - Do Grande Diretório Nacional. ................................................... 9
CAPÍTULO II - Dos Diretórios Escoceses. ........................................................ 9
CAPÍTULO III - Das Grandes Lojas Escocesas. .............................................. 9
CAPÍTULO IV - Das Lojas Reunidas e Retificadas........................................ 10
CAPÍTULO V - Do Deputado Mestre. ............................................................... 12
CAPÍTULO VI - Do Comitê Escocês da Loja. ................................................. 12
CAPÍTULO VII - Das acusações e punições, e da Comissão de
Conciliação. .......................................................................................................... 13
CAPÍTULO VIII - Do Venerável Mestre. ........................................................... 14
CAPÍTULO IX - Dos Vigilantes e dos outros oficiais da Loja. ...................... 15
CAPÍTULO X - Dos Graus Maçônicos. ............................................................ 18
CAPÍTULO XI - Dos Escrutínios e da maneira de o realizar. ....................... 20
CAPÍTULO XII - Dos Membros de uma Loja. ................................................. 21
CAPÍTULO XIII - Plano financeiro da Loja. ..................................................... 23
CAPÍTULO XIV - Dos Irmãos Visitantes. ......................................................... 25
CAPÍTULO XV - Dos Banquetes e Festas. ..................................................... 25
CAPÍTULO XVI - Da Política interna da Loja. ................................................. 26

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CÓDIGO MAÇÔNICO DAS LOJAS REUNIDAS E
RETIFICADAS
Tal como foi aprovado pelos Deputados dos Diretórios da França no Convento
Nacional de Lyon em 5778.

INTRODUÇÃO

Nenhuma Ordem, nenhuma sociedade pode existir sem leis. A implantação


destas leis garante a prosperidade da sociedade; seu esquecimento ou sua
infração traz a decadência e a ruína.

A sabedoria daqueles que dirigem a Ordem Maçônica, respeitável tanto pela sua
antiguidade como pela sua utilidade, triunfou ao longo dos tempos e sobre os
seus oponentes, apesar das tentativas de alguns de seus membros, seja por
seus vícios pessoais, seja por diversos abusos que tentaram introduzir.

Perdeu-se o seu antigo esplendor em algumas partes da Europa, devido ao que


esses membros corruptos atribuíram ao vulgar, injustamente decretado factível
a todos e escandalizou os indivíduos que, apesar do bom nome de que eles se
adornavam, no entanto, foram completamente inadequados à Ordem Maçônica.
Mas as mesmas virtudes que a Ordem tem preservado, ainda pode dar-lhe toda
a glória e, ainda mais, nunca deixar cessar o desfrutar de lugares onde a prática
destas virtudes tem sido a base para todo o trabalho.

Mas não se pode esconder, que este tipo de Maçom que afirma ter adquirido o
título pela cerimônia de recepção, alguns irregularmente, tem se multiplicado
dramaticamente em alguns países, onde haviam poucas ou nenhuma Lojas
regulares, ignorando as verdadeiras leis da Ordem que eles criaram
arbitrariamente, favorecendo a sua ambição e a sua ganância. Eles trouxeram a
essas novas e numerosas sociedades o gosto pela independência e por prazeres
ruidosos, apoiando esse tipo de caráter que a Ordem sempre condenou e que
era necessário para seus pontos de vista interesseiros. E eles foram
surpreendidos pelo lado exterior de uma falsa ciência, misteriosa;
sobrecarregaram suas cerimônias com novas produções cada vez mais
fantasiosas e absurdas que as anteriores, e com isso um grande número de
Maçons tem sido há muito tempo enganados.

Mas, enquanto os erros se multiplicavam entre os prosélitos, os verdadeiros


Maçons mais cautelosos em sua caminhada, com escolhas mais difíceis,
estavam fazendo lento progresso, mas assegurando menos ciúmes entre si,
cativando a todos para a aquisição de Irmãos dignos. Aqueles Maçons que
ficaram em lamentações pelo prestígio que lhes tinha sido atribuído,
reconheceram o erro a que tinham sido levados, desejaram sinceramente,
retirando o interesse pessoal, rever os pontos de vista legítimos da Ordem e
seguir estritamente às leis com livre disposição de espírito.

No entanto alguns Maçons mais zelosos, iluminados, sábios para se nutrir de


quimeras e cansados da anarquia e dos vícios, se esforçaram para escapar a

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um fardo ainda mais degradante. Todas as Lojas de diversos territórios sentiram
a necessidade de um Centro comum, depositário de uma autoridade legislativa;
então se reuniram, colaboraram entre si, para a formação de diversos Grandes
Orientes. Esse foi um grande passo rumo à Luz, mas com o preceito de saber
qual é o verdadeiro ponto central e depositário das leis primitivas, primordiais,
adicionando-o às leis que tinham sido adaptadas nos regimes particulares ou
nacionais. Tiveram o mérito de colocar um freio à licença destrutiva e quebrar a
unidade em diferentes sistemas, que dominavam em vários lugares e não
apontavam para o agrupamento de todos.

Os Maçons de diversas localidades da França convictos de que a prosperidade


e a estabilidade da Ordem, dependiam inteiramente do reestabelecimento desta
Unidade Primitiva, não achando sustentação aqueles que queriam se apropriar
dos sinais que a caracterizavam. Encorajados, aqueles que queriam aprender
(os verdadeiros maçons), incentivaram pesquisas sobre a antiguidade da ordem
dos Franco-Maçons, fundada pela tradição, e que tenha sido a mais constante;
finalmente tiveram sucesso descobrindo o local do nascimento desta ordem; com
o zelo e a perseverança eles sobrepujaram todos os obstáculos e participando
das vantagens de uma administração sábia e iluminada, eles tiveram a felicidade
de achar os traços preciosos da antiguidade e os propósitos da Maçonaria.

Outro erro muito comum e muito perigoso enfrentado nestes tempos de


desordens e anarquia que nós lamentamos, consistia em enxergar os fundos
(dinheiro) de uma Loja, resultado (vindo) de recepções, como pertencente
exclusivamente a um determinado Maçom, sem prestar contas aos seus
superiores; pela grande quantidade de Lojas formadas, sem constituição legal,
para favorecer a ganância de alguns pretensos mestres dispostos a compartilhar
os produtos deste tráfico. Além disso, esses pretensos mestres, realizavam
enormes gastos em banquetes muito luxuosos com decorações insensatas e
magníficas, que não eram mais absorvidos por esses fundos, uma vez que a
destinação não era de grande apreço, e foram como tantos roubos feitos à vista
de caridade que caracteriza a Ordem e que os apresentava como pessoas
respeitáveis aos olhos dos profanos.

Refletindo, sem interesse pessoal, de acordo com os princípios de uma


inteligência iluminada, foi fácil reconhecer que as Lojas são meramente
sociedades particulares, subordinadas à sociedade em geral, que lhes confiaram
a responsabilidade e lhes dão existência e poderes para representá-los; que esta
autoridade parcial emana do centro comum e geral da Ordem, representado por
esses Organismos encarregados da administração geral e particular dos
diferentes distritos para a manutenção e a execução de suas leis; que não podem
existir regularmente, sem um consentimento expresso dos líderes legítimos da
Ordem, confirmado por uma franquia de constituição e que tem a obrigação de
cumprir com as leis, os estatutos e os regulamentos da Ordem, sem os quais
todos os atos da Loja seriam nulos, sem efeito e clandestinos e as remunerações
exigidas ocasionariam um abalo, dano verdadeiro; que em virtude desta
Constituição a Loja adquiriria, na verdade, a faculdade e o poder de receber,
legitimamente, em nome da Ordem dentro dos quatro graus maçônicos, e de
cobrar as contribuições estabelecidas, e que o produto dessas contribuições seja

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apropriado corretamente para a Ordem em Geral, visto que as Lojas não podem
agir, mas tão somente em virtude deste ato.

Segue que a Ordem tem que prover o bem-estar de todos seus estabelecimentos
e devido à estas contribuições prover às Lojas tudo o que é necessário para a
sua manutenção e manter um excedente que pode colocá-los em condição, por
uma sábia economia, de manter de uma maneira sólida e satisfatória, os atos de
beneficência do Instituto; mas que pode e deve reservar uma parte das
Contribuições para a execução daqueles mesmos projetos (referentes aos
quatro graus) para a Ordem em geral, entendendo que é também importante
reservar uma parte das Contribuições para atender ao pagamento dos custos
administrativos. Esta maneira de contemplar, mais sábia e mais verdadeira,
previne as depredações e as despesas inúteis e imoderadas, produzindo na
França os efeitos mais salutares, tornando a Ordem dos Maçons que tinha sido
degradada pelo abuso, respeitável aos olhos dos Profanos. Estamos
convencidos que devemos olhar para os países do norte da Europa, onde o
espírito do Instituto está melhor preservado. Veremos com bastante prazer, com
surpresa e imenso alívio, que os Diretórios, apesar das circunstâncias
calamitosas, formaram estabelecimentos patrióticos para alívio da humanidade.
Portanto os Maçons franceses, mais compassivos e generosos que quaisquer
outros da Europa, não estavam ansiosos em imitar esses exemplos, mas em
unir-se a um regime proveitoso e satisfatório, sobretudo quando se têm a certeza
de que o resultado e o uso das Contribuições estão rigorosamente monitorados
e administrados com sabedoria. Estas serão as instruções precisas do governo
geral e particular da Ordem.

Compêndio da Governança Geral da Ordem de Franco Maçons, de


acordo com as leis fundamentais, observados dentro do regime
retificado e reformado.

Toda a Ordem da Franco-maçonaria retificada é dirigida por um Grande Mestre


Geral, por Grandes Mestres Nacionais, por Administradores Regionais, pelos
Diretórios Escoceses e pelas Grande Lojas Escocesas, que tenham sob o seu
controle, ou a Ordem como um todo, ou uma nação, ou uma província, ou um
distrito, ou um departamento em particular.

Cada Grande Loja Escocesa é composta de um chefe ou Presidente, dos oficiais


necessários à governança de seu departamento, dos Deputados-Mestres que
sejam comprometidos e responsáveis por seu distrito em particular e em fornecer
relatórios sobre eles à Grande Loja Escocesa.

Cada Diretório Escocês é composto de seu Presidente, dos representantes das


Grandes Lojas Escocesas e dos oficiais necessários para a administração de
seu distrito.

As Grandes Diretorias Provinciais são compostas de um Administrador Geral, de


um inspetor, de um chanceler e dos Representantes dos Diretórios das Grandes
Lojas Escocesas.

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Finalmente, o Grande Diretório Nacional, é presidido pelo Grande Mestre
Nacional como chefe da nação, pelos Administradores Provinciais, os
Presidentes dos Diretórios e pelos conselheiros e oficiais necessários para seu
funcionamento e administração.

Por meio da Ordem assim estabelecida, as Lojas e as instituições de posição


menos elevadas, são regularmente representadas dentro das estruturas
superiores e contribuem para todos os atos que destas emanam. A autoridade
legislativa de toda a Ordem estabelecida regularmente, reside no Convento
geral. Os Conventos nacionais e provinciais podem fixar uma legislação
específica de uma nação ou província, desde que esta legislação não seja
contrária à legislação geral da Ordem.

Os casos de litígios maçônicos são julgados, em primeira instância, pelo Comitê


Escocês de cada Loja, presidida pelo Venerável Mestre. Dali podem interpor
recurso à Grande Loja Escocesa; depois ao Diretório Escocês, e finalmente um
último recurso ao Grande Diretório Nacional, mas sem efeito suspensivo.

Os assuntos de finanças pertinentes à Loja, são discutidos dentro do Comitê


Escocês e, a seguir, comunicado à Loja inteira, sendo as contas referendadas
pelo Deputado Mestre e enviadas à Grande Loja Escocesa, para serem
examinadas. Ninguém pode dispor dos fundos de uma Loja sem o consentimento
de seus membros. O mesmo acontece com os fundos dos estabelecimentos
superiores.

É a partir destes princípios que são redigidos os regulamentos gerais para a


utilização das Lojas reunidas; regulamentos que são estabelecidos à
conveniência de cada um, que todo compromisso de qualquer classe ou da
Ordem que seja, admite e autoriza o direito sem reservas que se deve ao
Soberano, ao Governo, à religião que se professa e aos deveres particulares da
profissão escolhida.

Todos os Irmãos, recebidos dentro de uma Loja retificada, ou afiliado aos seus
trabalhos, deve assinar o Código Maçônico, e prometer adesão a ele e contribuir
para sua realização. É permitido a qualquer Loja redigir os Regulamentos
particulares, que dependem do local onde se encontram, desde que estes
Regulamentos não sejam contrários aos Regulamentos Gerais e que sejam
aprovados pela Grande Loja Escocesa, ou pelo Diretório Escocês, da qual eles
pertençam. Estes regulamentos serão conectados aos primeiros e assinados por
todos os Irmãos da Loja.

Encontraremos no início do Regulamento Geral as qualidades requeridas ao


Franco-Maçom, membro de uma Loja reunida, os deveres morais que lhes são
impostos, os cuidados tomados pelas Lojas retificadas na conduta e no bem-
estar de seus membros, do espírito de fraternidade e da união íntima entre os
Irmãos, que caracterizam as Lojas reunidas e retificadas.

Das qualidades e dos deveres de um verdadeiro Franco-Maçom.

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O primeiro dever de um Franco-Maçom ao entrar na Ordem, é observar fielmente
seus deveres para com Deus, seu Rei, sua pátria, seus irmãos e consigo mesmo.
Ele está pronto depois de se assegurar do respeito que ele tem para com a
Divindade e a importância que atribui aos deveres de um homem honesto. Na
cerimônia de sua recepção, tudo o que ele vê e ouve, dá provas a ele que todos
os seus Irmãos são imbuídos do amor ao bem. Todos estão comprometidos com
as promessas mais sagradas, de amar e praticar a virtude, de se dedicar à
caridade e à beneficência, e de respeitar os elos, que os unem à Ordem e aos
seus Irmãos.

Foram-se os tempos, quando, ignorando o espírito da verdadeira Franco-


maçonaria julgava-se o mérito de um candidato para aumentar os fundos;
quando a obrigação maçônica não era mais que um jogo de palavras; e as
cerimônias de recepção eram uma diversão infantil e muitas vezes indecentes;
estes tempos, onde envergonhava-se em público do que havia sido aprovado
em Loja, e quando temia-se encontrar na sociedade civil um homem que eles
tinham que abraçar como Irmão. Foram-se os tempos infelizes, de desonra para
Maçonaria, e vamos tirar a cortina sobre os abusos, que uma sábia reforma,
remediou.

Fiel às leis primitivas da Ordem, a Franco-maçonaria segundo o regime


reformado e retificado, exige do candidato o desejo sincero de tornar-se uma
pessoa melhor e de pertencer à uma Ordem, que não se mostra no exterior
exceto por suas boas ações, e que conta entre os seus membros, os mais
respeitáveis dentro da sociedade civil. São feitas pesquisas precisas sobre seu
caráter, seus princípios e seus modos, e nos informamos cuidadosamente, se o
seu coração está aberto ao clamor dos aflitos, e se desfrutam e amam a doçura
de uma amizade. Se o candidato não tiver proibido toda e qualquer captação
pecuniária, como temos visto, renunciando a qualquer item de economia e
finanças, ele ficaria privado do principal recurso para fazer o bem. É suficiente
que ele compreenda que o dinheiro doado é administrado com sabedoria e
empregado corretamente. É melhor merecer o reconhecimento de um homem
bem nascido do que utilizar os meios que este oferece para fazer atos de
caridade.

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As Lojas reunificadas e retificadas contemplam os costumes como um objeto
importante e que merece toda a sua atenção. É acima de tudo em relação aos
jovens maçons que essa atenção se manifesta. A partir do momento em que um
homem foi julgado digno de ser associado a obras maçônicas, ele certamente
encontrará guias sábios e prudentes em seus irmãos; todos os olhos estão fixos
em sua conduta. O repreendam suavemente, quando cometer alguma falta ou
quando tem a infelicidade de se extraviar; forneçam apoio nas suas tarefas
difíceis, testemunhando para a Loja a seu favor e ao seu mérito, sejam elas quais
forem as barreiras que a fortuna ou as diferenças de seu estado civil colocaram
entre eles. Se as advertências secretas e fraternais não foram suficientes para
redirecionar um jovem Maçom que se desvia, não são suficientes para trazer um
jovem Maçom que se desviou, recorreremos à meios mais eficazes; ou o
suspendemos de uma série de reuniões, ou o excluímos totalmente. Ser
indulgente seria inadequado e até mesmo criminoso, nos casos em que possa
comprometer a reputação da Ordem, pois há grande interesse em mantê-la
intacta. Nesses casos, o julgamento de exclusão ou de longa suspensão deve
ser notificado à todas as Lojas reunidas e retificadas, não só para que respeitem,
mas também para que apoiem a este ato de rigor e brilhantismo, sem titubear
sob risco de baixa. Temos que punir para corrigir. Então, se tal irmão caiu em si
e mudou sua conduta, a Loja irá acelerar sua reabilitação, com a mesma
publicidade que deu no caso de má conduta.

Ao assegurar, religiosamente, a disciplina maçônica praticando


escrupulosamente as virtudes que a Ordem ensina, conseguiremos erradicar
completamente os preconceitos do vulgar contra nosso Instituto e que irão trazer
de volta, a todos os homens, o gênero e o objetivo do nosso trabalho. Um pai
iluminado, uma mãe terna, desejarão o momento que temeram até agora, aquele
que vai abrir à suas crianças as portas do nosso templo. Nos acostumamos a
enxergar nossas Lojas como escolas de caridade, agora vamos pensar na
recepção de um homem, garantido pelo seu mérito.

Os viajantes, separados de seus amigos, têm mais necessidade do que outros


de atenção e cuidados paternais das Lojas, não apenas para lhes fornecer
certificados; recomenda-se especialmente a amizade e benevolência dos irmãos
que as compõem, substituindo os irmãos que acabaram de pedir o quite pelos
novos, ajudando-os com seus conselhos e dando-lhes crédito, assegurando-lhes
da mais perfeita reciprocidade.

Esses cuidados benevolentes, impostos como deveres estritos e indispensáveis,


tornam-se, para os verdadeiros maçons, sentimentos necessários para sua
felicidade. Além da estima pública, a prática das virtudes busca alegrias
verdadeiras e duradouras para aqueles que as cumprem fielmente. É amando
que se produz amor, e é somente quando esse sentimento é inspirado que o
exemplo que é dado das virtudes produz efeitos saudáveis e duradouros.

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CAPÍTULO I - Do Grande Diretório Nacional.

O Grande Diretório Nacional é presidido pelo Grande Mestre Nacional, e


composto de três Administradores das Províncias, de sete Presidentes de
Diretórios e de oito Oficiais Nacionais. Cada um destes últimos tem seu
departamento específico.

O Grande Diretório assim composto, forma o último tribunal para todas as causas
maçônicas, concernentes às Lojas Reunidas de uma nação.

O Grande Chanceler nacional dirige o intercâmbio de mensagens de toda a


nação, e assina a todos os envios que são feitos dentro da chancelaria nacional.
A ele são endereçadas todas as causas e reclamações que devem ser
interpostas perante o Supremo Tribunal. As lojas reunidas enviam a ele todo ato
de instalação e, a cada ano as listagens do quadro, contendo os nomes, idades,
qualidades civis e maçônicas de todos os seus membros ordinários e associados
livres e honorários, Irmãos com talentos e serventes ou Guardas da Loja.

CAPÍTULO II - Dos Diretórios Escoceses.

Os Diretórios Escoceses têm o direito exclusivo de constituir todas as Lojas de


seu distrito. Seus Oficiais são permanentes e não podem ser alterados, bem
como aqueles das Grandes Lojas Escocesas, exceto pela sua demissão
voluntária ou malevolência bem comprovada. As Cartas de Constituição são
expedidas por demanda de cada departamento à Grande Loja Escocesa, e se já
estabelecida, recebe o nome de Grão-Mestre Nacional e Administrador do
Distrito, pela Diretoria Escocesa e promulgados pelo Presidente da Grande Loja
Escocesa. Os Diretórios Escoceses também fornecem às Lojas as instruções,
os graus, leis e regulamentos da Ordem, assim como os emblemas, símbolos e
divisas para as Lojas e para as salas de preparação.

Principais dignidades e posições do Diretório Escocês, com o qual as Lojas


podem ter relacionamentos, além do Presidente:

O Inspetor do distrito que além das visitas que ele deve fazer às grandes Lojas
Escocesas, também pode visitar as Lojas de seu distrito e ser responsável por
verificar seu trabalho e administração, bem como o estado de suas caixas, para
poder relatar para o Diretório;

O Chanceler, que é o chefe da correspondência do distrito, e acima de tudo o


que se refere ao encontro ou fundação de novas Lojas. Preside a chancelaria do
diretório, e assina como tal todas as expedições, atas, cartas e patentes.

CAPÍTULO III - Das Grandes Lojas Escocesas.

As Grandes Lojas Escocesas são estabelecidas em cada distrito para a


administração das Lojas reunidas a ele pertencentes. Eles devem garantir a

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aplicação das leis e regulamentos prescritos e a manutenção da boa ordem e
disciplina. As Lojas afiliadas devem dirigir-se a elas em todas as petições, e são
elas novamente que julgam, em primeira instância, todas as questões
contenciosas ou outras relativas às Lojas de seu departamento.

As Cartas de Constituição são expedidas sob demanda feita às Grandes Lojas


Escocesas; a Diretoria Escocesa a que estão subordinadas pode realizar
mudanças, comunicar às Lojas as instruções, graus, leis e regulamentos
estabelecidos dentro da Ordem, bem como fornecer seus emblemas, símbolos
e divisas para as Lojas e câmaras de preparação.

O Inspetor particular da grande Loja Escocesa, é quem fará a instalação das


novas Lojas de seu departamento que serão registradas nos atos da Loja,
enviando cópias da mesma para a Grande Loja Escocesa, para o Diretório
Escocês e para a grande Diretório nacional. Ele também é responsável por visitar
ou fazer visita de tempos em tempos as Lojas do distrito, inspecionar seu
trabalho, verificar os registros e contas, e relatá-los à grande Loja Escocesa.
Visitas extraordinárias encomendadas especialmente pela grande Loja
Escocesa, para obter um conhecimento mais preciso sobre qualquer evento
sério e importante, ou a pedido de qualquer Loja do departamento, serão feitas
com responsabilidade para a Loja ou Lojas que causaram o evento.

O Chanceler, que é o chefe de correspondência, preside a chancelaria e tem


especial cuidado a tudo relativo à sua função. Ele assina, como tal, todas as
cartas patentes, expedições, atos, cartas, etc., que emanam da Grande Loja
Escocesa.

Todas as Lojas podem conferir os três graus simbólicos a todos aqueles que
foram considerados dignos; o quarto grau, que tinha sido reservado
exclusivamente às Grandes Lojas Escocesas, foi cedido às Lojas na última
assembleia nacional; mas elas são obrigadas a ter o consentimento da Grande
Loja Escocesa, para qualquer recepção por meio de formulário enviado pelo
Deputado Mestre, com o nome, idade e qualidade civil do candidato, seu local
de nascimento e seu endereço.

CAPÍTULO IV - Das Lojas Reunidas e Retificadas.

Sob a denominação de Lojas Reunidas, ou seja, todos aqueles que tiveram sua
fundação por Cartas de Constituição emanadas da Diretoria Executiva Escocesa
a que pertencem, em virtude do compromisso que criaram com a Diretoria de
observar fiel e invariavelmente os regulamentos gerais existentes e outros que
existirão, e em cumprir a todas as leis, estatutos e costumes da Maçonaria
Retificada, que lhes serão especificados.

Entendemos por Lojas Fundadas, aquelas com uma Diretoria, recém-criada,


sem terem anteriormente nenhuma Constituição Legal. Lojas Retificadas,
aquelas que, constituídas por um Grande Oriente e com Carta de Constituição,
desde que regulares, que quiserem unir-se às Lojas Retificadas sob os

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Diretórios, e a submeter-se, exclusivamente, ao regime que prescrevem,
compartilhando de todos os seus benefícios.

As Lojas reunidas pela constituição de um Diretório, são autorizadas pelo espírito


de fraternidade, que deve animar todos os maçons, a manter relações fraternais
com as Lojas não Reunidas, mas constituídas por qualquer Grande Oriente.
Podem, também, visitá-las e admiti-las no trabalho dos três graus básicos da
Maçonaria, aprendiz, companheiro e mestre, e reciprocamente, em
conformidade com os costumes da Loja que os visitam. Mas não podem
participar diretamente no sistema das Lojas não reunidas, nem os comunicar por
escrito que pertencem ao sistema de Lojas reunidas. Não podem, também, ter
qualquer correspondência direta com qualquer Grande Oriente sem autorização
expressa por escrito da Diretoria Escocesa, da qual é dependente.

Os Diretórios Escoceses da França, queriam envolver as Lojas reunidas de seus


distritos para os benefícios de um tratado de união firmado entre os Diretórios e
o Grande Oriente da França e que foram reservados para estas Lojas; os
Diretórios empenharam-se em perguntar a cada Loja fundada ou retificada por
eles, se tinham cartas de afiliação ao Grande Oriente Francês; as Lojas,
entretanto, não podem se recusar a aderir ao que foi deliberado por esse Tratado
e cada Loja que ainda não possuía a carta de constituição do Grande Oriente
Francês, pagaria uma última vez pela sua carta de afiliação a soma de 36°
(provavelmente écu ou escudo em francês1) e qualquer Grande Loja Escocesa
a soma de 72°. Para este efeito, logo que uma Loja era montada, sob um dos
Diretórios da França, elaboraria uma tabela certificada de seus oficiais e
membros, e uma cópia de sua reunião de constituição de Diretoria, enviadas ao
Grande Oriente, solicitando as cartas de afiliação. As Lojas, já constituídas pelo
Grande Oriente da França não necessitavam de cartas de afiliação, pois sua
antiga licença ao Grande Oriente continuava valendo.

Cada Loja reunida é comandada e regida por um Venerável Mestre ou Ex-Mestre


e pelos dois Vigilantes. Além disso, ela tem um Orador e um Secretário, que são
respectivamente, Guardas da Lei e dos Arquivos, um Tesoureiro, Um
Elimosinário e um Mestre de Cerimônias.

Se dentro de uma mesma cidade houverem mais Lojas reunidas, compostas


para a celebração de uma festa ou de qualquer outro assunto importante, a Loja
Geral será, então, presidida pelo Deputado Mestre, que representará em sua
região a Grande Loja Escocesa. Os Irmãos se posicionariam alternativamente
entre outros irmãos de outras Lojas, de acordo com o seu grau, começando pelos
da Loja retificada mais antiga, deste departamento.

No caso extraordinário onde uma Loja vier a se dissolver, ou a mudar de regime,


as cartas de constituição, registros, livros de presenças, moveis e artigos

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Depois de 1726 o escudo se manteve estável sendo equivalente a seis libras de tours. O escudo de prata
(écu d'argent) se manteve entre 1/4 e 1/2 de uma moeda de escudo de ouro. O escudo desapareceu
durante a Revolução Francesa, dando lugar as moedas de 5 francos de prata sacadas durante o
século XIX e que foram a continuação dos antigos escudos, e foram chamados de écu pelos franceses.

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maçônicos serão devolvidos ao Deputado Mestre, ou ao seu representante, e
ficarão à disposição da Grande Loja Escocesa deste departamento. Os saldos
dos recursos serão enviados ao caixa do departamento; e se alguns Irmãos
dessa Loja quiserem se juntar para formar uma nova Loja, sob inspeção dos
Diretórios, serão obrigados a solicitar novas cartas de constituição. Todos os
membros reunidos em uma Loja interessados em preservar o regime retificado
e a sustentar sua existência, devem manter entre si o acordo mais perfeito.

CAPÍTULO V - Do Deputado Mestre.

O Deputado Mestre é um dignitário fixo da Ordem, nomeado pela Grande Loja


Escocesa, de quem ele recebe suas provisões e suas instruções. Ele representa
a Grande Loja Escocesa (no departamento). Ele é o inspetor perpétuo e
particular da Loja estabelecida em uma cidade ou região pela qual ele é
Deputado, e por esse título ele tem o direito de entrar em todas as Lojas de sua
região, tanto como obreiro tanto como seu representante. Ele é também o
representante de todas as Lojas de sua região perto da Grande Loja Escocesa,
a quem ele responde sobre sua gestão.

Se ele reside no local da sede da Grande Loja Escocesa (no departamento), ele
propõe como inspetor um Irmão para o representar na cidade ou distrito onde é
o Deputado. Porém se residir na cidade ou distrito, ela será representada na
Grande Loja Escocesa por um Irmão que tenha sido aprovado por ela.

Em sua condição de Deputado Mestre, ele não tem direito à presidência em


nenhuma Loja nos três primeiros graus. Mas, no caso da recepção ao grau de
Mestre Escocês, ou da assembleia geral de várias Lojas de seu distrito, é a ele
que corresponde presidir. Além destes casos, tem em todas as assembleias
maçônicas, que frequenta, o lugar de honra à direita do Venerável Mestre, lugar
que cederá a um Superior, se houver.

Ele é o primeiro conselheiro das Lojas de seu distrito, bem como dos Veneráveis
Mestres que os governam; e nessa capacidade tem o direito de entrada e
sufrágio em todos os Comitês da Loja

Ele deve ser convocado para as eleições do Venerável Mestre e dos principais
oficiais de cada Loja de seu distrito, que ele preside quando presente. Ele tem o
direito de suspender a eleição, se isso não foi feito de acordo com os
regulamentos gerais da Ordem, dos quais é especialmente responsável por
garantir a sua execução.

CAPÍTULO VI - Do Comitê Escocês da Loja.

A experiência tem demonstrado que um grande número de participantes é mais


nocivo do que vantajoso para as deliberações, exigindo cuidadosa reflexão; que
a diversidade de opinião, nascida de diferentes graus de conhecimento que os
Maçons adquirem dentro dos graus, multiplica os obstáculos, tende a incitar
descontentamentos individuais e muitas vezes tornam-se causas de cismas e

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divisões. Todas as precauções serão insuficientes, para evitar tais
inconvenientes por meio de leis, que assegurem um exame calmo e reflexivo de
todas as proposições essenciais da Loja, mantendo a cada um de seus
membros, que tenham uma voz deliberativa, o direito de votar em sua classe,
quando se trata de pronunciar-se definitivamente sobre proposições que possam
lhe interessar.

Para tanto será formada um comitê dentro de qualquer Loja, composta


exclusivamente dos Mestres Escoceses da Loja, presidida pelo Venerável
Mestre. As Luzes que tenham adquirido através de seus graus e as dificuldades
enfrentadas para lá chegar, deverão lhes assegurar a confiança da Loja,
concernente à administração geral dos seus assuntos.

O Comitê terá seus próprios registros para suas deliberações, que sempre serão
realizadas em uma Loja aberta. Os oficiais da Loja cumprirão seus deveres, se
tiverem os graus que podem ser admitidos e, em seguidamente, serão
nomeados durante o próprio Comitê.

O comitê vai enviar correspondência em nome da Loja e fazer seu informe de


acordo com a comunicação, que será dada pelo Irmão Secretário; Receberá e
examinará todas as propostas relativas à Loja, e especialmente aquelas
relacionadas à organização interna e à administração das finanças e da
prestação de contas.

Tudo que seja do interesse dos Mestres escoceses é definitivamente regulado,


mas os assuntos da Loja de natureza geral são aqui apenas provisoriamente
decididos, e a Loja terá sempre o direito de confirmar ou reformar a decisão do
Comitê, quando informada sobre ela.

Os Mestres, membros ordinários ou associados livres da Loja, são os únicos que


têm uma voz deliberativa, os aprendizes e companheiros têm apenas o voto
consultivo, se o Venerável Mestre julgar apropriado pedir seus conselhos.

Algumas vezes antes do tempo acordado para a nomeação anual ou trienal dos
oficiais, o Comité Escocês formará, na presença do Deputado Mestre ou seu
Representante, por meio da Escrutínio, uma lista dos Irmãos elegíveis e
apresentará à Loja, nomeando um três deles para o cargo de Venerável Mestre.A
eleição dos oficiais entre os Irmãos elegíveis será feita na Loja Geral pelos
Mestres e Mestres Escoceses de acordo com a pluralidade dos votos.

CAPÍTULO VII - Das acusações e punições, e da Comissão de Conciliação.

As Loja reunidas são guiadas pelas leis primitivas de uma Ordem de Paz e de
Caridade, devendo se distinguir por uma grande decência em suas sessões. Por
conseguinte, qualquer acusação frívola, equivocada ou indecente, da mesma
forma que qualquer proposição livre, e todas as calúnias e gozações (piadas)
picantes são proibidas, e os infratores à lei maçônica serão severamente
punidos, de acordo com a gravidade de cada caso. Além disso, é estritamente
proibido falar em loja sobre religião e assuntos políticos.

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Se um Irmão cometeu uma falta que escandalizou a outro, o Irmão prejudicado
poderá conseguir a permissão de acusar publicamente o delinquente; mas se tal
acusação causar o medo de um escândalo ainda maior, ou for aquela cuja
natureza poderia experimentar algum sentimento que provoque dor moral em
algum irmão em particular, o acusador será mantido em segredo pelo Venerável
Mestre, agindo assim com prudência.

Se é cometida uma falta grave em Loja, que exige uma reflexão, ela será
deliberada, e o acusado tendo sido ouvido, será condenado se for culpado à uma
pena proporcional ao delito, podendo apelar ao Comitê Escocês a qual pertença,
a menos que a causa que está diante do Comitê tenha sido pronunciada em
primeira instância.

É especialmente recomendada aos Maçons a submissão às leis da Ordem e a


obediência a seus dirigentes. Cada Irmão deverá se submeter sem hesitação a
pena à qual lhe foi imputada. Ela aumentará se o Irmão se recusar, ou se ele
levar na brincadeira; poderá até mesmo pedir-se a cobertura ao Irmão pelo
julgador e com severidade prevenindo as consequências de um mal exemplo de
insubordinação.

Pequenos delitos são punidos com multas no tronco de beneficência, as faltas


graves punidas com suspensão do direito de participar de uma série de reuniões
e até mesmo a exclusão local temporária ou perpétua, que valerá em todas as
Lojas Reunidas de toda a Ordem.

Todos os litígios emergentes entre Irmãos, sejam maçônicos, sejam civis, devem
ser levados ao Comitê de Conciliação, antes de se levar ao tribunal que os
julgaria.

Este Comitê será composto pelo Deputado Mestre ou seu Representante, pelo
Venerável Mestre e pelo Elimosinário; se as primeiras tentativas forem
infrutíferas, os Irmãos nomearão cada um árbitro de sua escolha, e estes
nomearão um árbitro supremo a sua escolha.

Somente após esta Comissão não ter tido sucesso por seus votos em restaurar
a paz e harmonia entre os Irmãos, que se recorre à justiça comum.

Depois do Comitê Escocês os litígios são levados para apelação na Grande Loja
Escocesa, todas as vezes sem efeito suspensivo; depois recurso é interposto no
Diretório Escocês e finalmente no Grande Diretório Nacional.

As disputas entre as Lojas são julgadas pelo tribunal que lhes é superior, a
menos que elas, mutuamente, aceitem submeter-se à sentença arbitrada por
uma Loja Escocesa vizinha, com a concordância de seus superiores imediatos.

CAPÍTULO VIII - Do Venerável Mestre.

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O Venerável Mestre é o Chefe e a voz da Loja, para a qual ele convoca e preside
suas assembléias; governa por três anos junto com seus oficiais, que são
elegíveis todos os anos.

Este cargo é um dos mais importantes da Ordem maçônica e que deve ser
confiado a um Irmão de mérito reconhecido, de zelo bem comprovado, e que
combina um espírito firme e atento, com doçura de caráter, necessários e
essenciais à função.

Quando de sua fundação ou retificação, a Loja apresentará três sugestões de


nomes à Grande Loja Escocesa, que nomeará à sua escolha o Venerável Mestre
e os dois Vigilantes. Eles serão então instalados pelo Visitador da Grande loja
Escocesa, ou pelo Deputado Mestre em seu lugar.

Dentro de uma Loja fundada e retificada, o Venerável Mestre é escolhido de três


em três anos entre três Mestres Escoceses, apresentados pelo Comitê Escocês.
Esta eleição ocorrerá no mês que antecede à São João Batista, por um escrutínio
da pluralidade de votos, com a presença do Deputado Mestre ou de seu
Representante, e imediatamente comunicada à Grande Loja Escocesa de seu
distrito. A instalação do novo Venerável Mestre será feita pelo Deputado Mestre.
O predecessor tornar-se-á de direito Ex-Mestre adjunto.

O Venerável Mestre é especialmente encarregado de assegurar a manutenção


das leis da Ordem, e à execução de seu regulamento; ele deve governar a Loja
com doçura, prudência e firmeza, e manter a subordinação, ou seja, fazer
respeitar a Ordem e seus dignitários, e assegurar sobretudo a frugalidade e
decência de seus banquetes, lembrando que é o responsável perante a Ordem
quanto aos abusos ou conturbações toleráveis. Ele deve, ao mesmo tempo,
assegurar a fidedignidade dos recebimentos econômicos e da prestação de
contas a cada três meses.

Entre as deliberações, o Venerável Mestre pode ser o primeiro ou o último votar


à sua escolha; no caso de igualdade de votos dos sufrágios, ele passará a
deliberação para a próxima sessão, na probabilidade de obtenção de resultado
diferente. Se então os resultados dos votos no sufrágio ainda forem iguais, o
Venerável Mestre terá o voto preponderante.

CAPÍTULO IX - Dos Vigilantes e dos outros oficiais da Loja.

Os Vigilantes, bem como os outros oficiais da Loja, são eleitos pela pluralidade
dos votos entre aqueles designados pelo Comitê Escocês como elegíveis. Estas
eleições se realizam todos os anos e no mês que precede à São João Batista.
Todos os oficiais da Loja, exceto o Irmão Ecônomo (aquele que administra os
bens), devem ser escolhidos entre os Mestres Escoceses, que tenham mais
condições de auxiliar ao Venerável Mestre dentro de suas funções.

Os Vigilantes são após o Venerável Mestre e o Ex-Mestre, os principais oficiais


da Loja. Eles devem ajudar em tudo no decorrer de sua gestão, e assegurar que
todos os outros oficiais desempenhem as suas funções com zelo e precisão. No

15
caso de ausência do Venerável Mestre ou do Ex–Mestre, o Irmão Primeiro
Vigilante será o presidente da Loja.

O Orador profere a palavra em todas as ocasiões solenes em nome da Loja. Ele


deve, a pedido do Venerável Mestre, instruir aos Irmãos seus deveres e as
instruções da Ordem a eles pertinentes. Dentro de uma sessão de recepção, a
explicação e as instruções dos graus poderá fazer parte de seu discurso. A
prudência exige que todos os discursos do Orador sejam previamente
comunicados ao Venerável Mestre, antes de serem pronunciados em Loja.

O Secretário é encarregado, em especial, pela correspondência da Loja, ele


assina as cartas de convocação da Loja e expede cartas, pranchas e
certificados; ele é responsável pelo Protocolo da Loja quanto às recepções,
reconhecimentos, deliberações e eleições. Toda ata é assinada pelo Venerável
Mestre, pelos dois Vigilantes e pelo Secretário.

Ele fará e lerá dentro da sessão a minuta da sessão anterior ou o protocolo de


um projeto a ser assinado e aprovado por aquele que presidiu a sessão. O
secretário vai escrever o resumo e fará a leitura na próxima sessão, a ser
assinado pelo Venerável Mestre, pelos dois Vigilantes e pelo Secretário. As
recepções, reconhecimentos, e afiliações serão também assinadas pelos Irmãos
que tenham sido recebidos, reconhecidos ou afiliados. Além disso, sobre os
registros e protocolos serão escritos os nomes dos visitantes e de todos os
Irmãos presentes. O secretário deve convocar a sessão para o dia e hora
previstos, indicando no convite o motivo da sessão e lembrando, na chamada
para as deliberações, quais os Irmãos que têm o direito a voto. Ele deve tomar
o cuidado para não enviar convites a nenhum visitante sem o consentimento do
Venerável Mestre ou do responsável por esta sessão. Quando há banquete, ele
enviará no dia anterior ao Irmão Ecônomo) a lista de Irmãos que prometeram
comparecer. O Secretário é também o guarda dos arquivos e, para os quais,
deverá ter uma atenção especial.

NÃO será feita ou lido na mesma assembléia, exceto o resumo ou rascunho da


ata, que será assinada e rubricada pela pessoa que presidiu a Loja. O Secretário
a levará para a casa para passar a limpo e será lida na próxima assembléia, a
ser assinada pelo Venerável Mestre, os dois Vigilantes e o Secretário.

As recepções, agregações e afiliações também serão assinadas pelos Irmãos


que foram recebidos, adicionados ou afiliados. Além dos registros e das atas,
serão escritos os nomes dos Visitantes e de todos os Irmãos presentes. O
Secretário convoca a Loja para os dias e horários acordados, indicando na
convocação a finalidade do trabalho, lembrando-se de não convocar mais as
deliberações do que os Irmãos, que têm direito de voto. Deve ser restrito a não
enviar chamadas para qualquer Visitante, sem o consentimento do Venerável
Mestre ou daquele a quem ele tenha sido encaminhado para este assunto.
Quando houver um banquete, no dia anterior será enviado ao Irmão Ecônomo a
lista dos Irmãos que prometeram comparecer. O secretário é, ao mesmo tempo,
o guardião dos arquivos, a quem ele dará especial atenção. Como, muitas vezes,
o secretário porta papéis da Loja consigo, ele deve levá-los dentro de uma
carteira ou pasta com fecho a chave, constando o endereço do Venerável Mestre

16
ou do Deputado Mestre, para em caso de acidente ou doença acionar o Irmão
Elimosinário, como responsável para tanto, a tomar as medidas necessárias
para removê-lo.

O Tesoureiro da Loja é responsável por coletar a anuidade dos Irmãos, e tudo


o que é devido para as recepções ou afiliações ou qualquer outro título. Pagará
por ordem de Venerável Mestre as despesas ordinárias, e irá fornecer os recibos
e faturas de três em três meses ao Comitê Escocês, com as contas de receitas
e despesas, a serem liquidadas e aprovadas pelo Deputado Mestre, o Venerável
Mestre e os dois Vigilantes, e comunicados a seguir para toda a Loja. Ele deve
se reunir a cada três meses o mais tardar com o Tesoureiro da Grande Loja
Escocesa, para lhe entregar um quarto do valor das recepções aos três primeiros
graus, e três quartos de um quarto dos escudos da Ordem. Ele deverá ter um
controle em separado de tudo que pertencer a Grande Loja Escocesa. Produzirá,
ainda, os livros de contas ordinárias, nos quais serão lançados o resumo das
receitas e despesas da Loja, e que devem ser assinados pela Loja.

O Elimosinário é encarregado de receber as oferendas voluntárias referentes a


novas receitas, circular o tronco de beneficência para todos os irmãos em cada
sessão, bem como para missões extraordinárias, e obter com o Irmão Ecônomo
tudo o que este irá precisar para os banquetes. O produto de todos os troncos é
reservado exclusivamente para a solidariedade e o resultado será apresentado
a cada três meses para a Loja, para ser visto e referendado.

O Tronco terá duas chaves que deve ser aberto a cada sessão, uma estará nas
mãos do Venerável Mestre e a outra permanecerá com o Irmão Elimosinário,
que não será poderá remover nenhum valor sem o consentimento do Venerável
Mestre ou dos Irmãos Vigilantes, se o resultado do tronco for substancial.

Também será o hospitaleiro natural da Loja, e mantido nessa qualidade para se


informar sobre os Irmãos doentes e os visitar, lhes fornecer a assistência de que
necessitarem, e organizar tudo que lhe for determinado no que se refere a
amizade, fraternidade e humanidade.

Se um motivo particular exigir, poderá requisitar ajuda a qualquer outro irmão de


Loja. O Elimosinário é, também, o responsável por assegurar a boa conduta dos
Irmãos e de levantar as informações sobre a vida e moral dos candidatos
propostos para a recepção, e de prover relatórios com os cuidados necessários
de prestação de contas ao Comitê Escocês e para a Loja.

O Mestre de Cerimônias deve cuidar do cerimonial de cada sessão, e preparar


com antecedência do início dos trabalhos, se tudo está disposto
convenientemente para a cerimônia do dia, ele deve examinar os visitantes, pedir
a eles suas credenciais e as palavras, sinais e toques do regime ao qual
pertençam. Em caso de dúvida, ele deve consultar o Venerável Mestre, e até
mesmo aguardar a abertura da Loja, e pedir as autorizações antes de os admitir.
Ele deve atentar para colocar os Irmãos de acordo com seus graus ou honras no
regime retificado.

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O Ecônomo é responsável pela decoração e mobiliário da Loja, e tem a tarefe
de mantê-los e de lhes fazer reparos; concorrendo para manter
convenientemente a Loja, quanto a cerimônia indicada a cada sessão. A
provisão de velas e outras coisas para a utilização na Loja, são confiados aos
seus cuidados. Todas as despesas ou gastos que fará, destinados à Loja, devem
ser comprovados por recibos em geral, que como mencionado pelo Venerável
Mestre serão reembolsados pelo irmão Tesoureiro. Ele é responsável de
comandar os Banquetes em nome dos Irmãos, o Secretário lhe dará a lista dos
convidados, exceto as alterações que possam ocorrer, que são entregues à sua
prudência. Ele deve fazer o bom uso dos valores, informando a Loja dos irmãos
ausentes, e aqueles que não respeitaram seus deveres quanto à primeira
requisição de pagamento de sua quota individual. Ele deverá observar a
frugalidade dos banquetes prescritos pelos Ritos da Ordem, e nunca exceder o
custo que foi fixado. Esta função do Ecônomo poderá ser reunida aquela do
Mestre de Cerimônias.

Se uma Loja é grande, e seus trabalhos são múltiplos, poderá eleger e nomear
adjuntos a todas as funções, mas eles serão classificados na Loja, de acordo
com os graus que possuírem. O adjunto do Primeiro Vigilante não pode tomar o
lugar do titular, se o Segundo Vigilante estiver presente. Para o caso do
Venerável Mestre ser substituído na sua ausência, pelo Primeiro Vigilante, se
não houver Ex- Mestre, e o Primeiro Vigilante será substituído pelo Segundo, se
estiver presente, e os adjuntos não poderão ocupar estes lugares.

CAPÍTULO X - Dos Graus Maçônicos.

A Maçonaria retificada reconhece quatro graus; a saber Aprendiz, Companheiro,


Mestre e Mestre Escocês. Todos os outros graus de qualquer descrição que
sejam conhecidos, principalmente todos os tipos de Eleitos, Cavaleiro Kadosh
seus graus da mesma forma, são expressamente proibidos nas Lojas sob as
penalidades mais graves, considerados como perigosos e contrários ao objetivo
e espírito da Franco-maçonaria.

Os três primeiros graus serão conferidos pelo Venerável Mestre da Loja,


conforme os rituais que lhe foram fornecidos pelo Diretório Escocês. O grau de
Mestre Escocês é reservado ao Deputado Mestre, se presente; na sua ausência,
ele será conferido como nos outros graus pelo Venerável Mestre. Os interstícios
dos graus são fixos: 1º Cinco meses de frequência regular do grau de Aprendiz
para o de Companheiro; 2º Sete meses de presença regular de Companheiro
para o de Mestre; 3º um ano de presença, do grau de Mestre para o de Mestre
Escocês. Os intervalos dos três primeiros graus, dentro de certos casos raros e
por fortes considerações, poderão ser abreviados por determinação do Comitê
Escocês. Para o quarto, a autorização de permissão deverá ser conferida pela
Grande Loja Escocesa.

Os aventais dos aprendizes têm a pele branca sem forro ou aresta, a abeta
levantada; os Companheiros têm o mesmo avental com fitas azuis; os Mestres
têm o avental dobrado e bordado de azul com a abeta para baixo; o avental do
Mestre Escocês será explicado mais adiante, ao longo deste capítulo.

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Nenhum profano poderá ser reconhecido Franco-maçom, se ele não professar a
religião Cristã, se ele não tiver mais do que 21 anos, a menos que seja filho de
Maçom, ou munido de autorização se ele não nasceu de pais livres.

Ninguém pode ser proposto diretamente, exceto por um membro da Loja, que
será responsável por ele, bem como as despesas de sua recepção. O
proponente deverá apresentar sua proposta por escrito à Loja, depois de ter
previamente informado o Venerável Mestre. Uma vez que as investigações
necessárias tenham sido feitas, o escrutínio ocorrerá, o que não pode ser feito
no mesmo dia da proposta. Se a votação for unanimemente favorável, será
fixada no dia do recebimento; O proponente irá avisar o candidato e apresentá-
lo ao Venerável Mestre, que o exortará a tornar-se cada vez mais digno do favor
que a Loja lhe concede.

Um Irmão que queira avançar em grau, começará informando o Venerável


Mestre de fazê-lo, e se for para o quarto grau, ele informará ao Deputado Mestre.
Em seguida, ele proporá à Loja o grau que ele solicitou para eles ou para
qualquer outro Irmão, que apresentará juntamente com a proposta por escrito,
os certificados de presença emitidos pelo Secretário de acordo com os atos da
Loja, e os recibos do Irmão Tesoureiro, como ele satisfez o que ele deve à Loja
e à Grande Loja Escocesa. Na primeira deliberação, se não houver nada que se
oponha à sua admissão, será marcado o dia para o exame dos graus já
recebidos, e somente após este exame será realizado o escrutínio definitivo para
admissão ao novo grau solicitado.

Os membros de uma Loja, não podem receber qualquer grau diferente aquele
que pertencem, a menos que o Venerável Mestre em conjunto com o Comitê
Escocês tenha concedido essa permissão; se um Irmão deixar de pedir a
permissão, ele não será reconhecido no seu novo grau, e ainda, conforme o
caso, pode ser excluído do quadro.

Os Aprendizes e Companheiros devem ficar descobertos durante o trabalho e


devem fazer a guarda interior da Loja. Nas deliberações eles têm o voto
consultivo, se o Venerável Mestre pedir suas opiniões.

O grau de Mestre Escocês pertence exclusivamente ao regime retificado. É por


esta razão que, quando é conferido, ou quando se tem a Loja de Instrução deste
grau, não é permitido a qualquer visitante de outro regime assistir, qualquer que
seja o grau que ele tenha. Somente pode admitir-se um Irmão que pertence a
uma Loja reunida sob qualquer denominação, que pague anualmente o Ecú à
Ordem.

Quando um Irmão for regularmente recebido Mestre escocês, o Venerável


Mestre da Loja, ou qualquer outro Irmão comissionado para este fim, poderá
comunicar-lhe, sem qualquer despesa ou cerimônia, todos os graus
denominados superiores dos outros regimes, que são de seu conhecimento, sem
que, por esta razão, o Irmão a quem eles foram comunicados, pode ser
paramentado na Loja com alfaias daqueles graus.

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As marcas distintivas do Mestre Escocês são:

1º Um avental de couro branco, através de um corte quadrado longo, e a


aba, que será forrada com tafetá verde, a abeta rebordada na cor de fogo.

2º Um cordão verde com fios de seda na largura de duas e meia


polegadas, com um rebordo de três linhas, na cor de fogo somente sobre
a borda de fora, com uma pequena roseta também na cor de fogo na sua
parte inferior.

3º A joia do grau em vermelho suspensa no tórax, pelo cordão em volta


do pescoço e que será fixada por uma pequena faixa cor de fogo. Esta
joia será uma estrela flamejante de seis pontas, formando um triângulo
duplo com a letra H no centro entre o esquadro e o compasso em um
fundo na cor do fogo. Esta estrela será envolvida por um círculo encimado
por uma coroa.

Os Irmãos serventes ou guardas da Loja não serão recebidos como nos graus
de aprendizes e companheiros. No entanto, cada Loja receberá, em caso de
necessidade, ao grau de Mestre algum dos Irmãos Serventes, caso seja livre,
residente e em boas condições, após longa e rigorosamente testados. Esta
recepção, no entanto, deve consistir apenas nas obrigações que ele vai prestar,
e dentro da admissão à uma recepção dentro do seu grau. A partir de então, este
Irmão Servidor se tornará o líder de sua classe.

CAPÍTULO XI - Dos Escrutínios e da maneira de o realizar.

O Escrutínio é a maneira pela qual a Loja toma conhecimento do sentimento dos


membros que a compõem, em todos os casos que tem para resolver. Deve ser
realizado, de modo a deixar cada Irmão, com a maior liberdade em seu sufrágio,
sem que o desejo geral da Loja o possa incomodar por motivos, interesses ou
caprichos individuais; o cumprimento do desejo geral deve ser o primeiro objetivo
de cada um dos Irmãos. Por conseguinte, é norma que todas as principais
propostas sejam examinadas e as opiniões diferentes que elas gerarem,
discutidas e adequadamente esclarecidas antes da realização das eleições, que
devem decidir definitivamente.

Há quatro maneiras diferentes de como realizar as eleições, a saber:

A primeira e mais comum pelas bolinhas brancas e pretas; é usada


especialmente para todas as propostas de recepções, reconhecimentos,
afiliações etc.

A segunda por cédulas; é utilizada em todas as eleições.

A terceira verbal pela simples afirmativa ou negativa, quando o Venerável


Mestre depois das considerações sobre uma proposta, recolhe ou coleta
fatos pelos Vigilantes, cada um em sua coluna antes da votação final. Este

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é o modo mais adequado nos processos diários, onde o assunto em
questão e sobre o qual nenhuma consideração pode dificultar o sufrágio
público pelos Irmãos.

A quarta, por fim, por aclamação; deve ser a mais rara, uma vez que tende
a ser a mais viciosa ao levar rapidamente aos sufrágios, e podendo
dificultar a liberdade individual; ela deve ser proposta em casos de menor
importância, ou quando o desejo geral da Loja foi suficiententemente
manifestado durante a discussão do caso.

Para as eleições e deliberações, é a maioria de votos que decide, e cada Irmão


deve se submeter à decisão invariavelmente; estar contrário às propostas de
recepção de um candidato, ou de um maçom a ser reconhecido onde é preciso
consentimento unânime ou, pelo menos o consentimento geral; as eleições
devem ser essencialmente unânimes em todos os casos de isenção.

Nos casos de recepção ou reconhecimento, quando há oposição no escrutínio,


o Venerável Mestre ou o proponente pode pedir uma votação por escrito com a
motivação de que o escrutínio possa ser seguro. Uma ou duas oposições
secretas não podem desfazer o efeito do escrutínio, mas eles exigem uma
segunda votação e até mesmo uma terceira, com o Venerável Mestre
determinando um intervalo. Se foram admitidos, suspender a admissão, até que
as razões solicitadas para a Loja, ou em particular ao Venerável Mestre tenham
sido julgadas pela pluralidade de votos. No intervalo definido para a realização
de novas eleições, o opositor ou os opositores são forçados a deixar suas razões
com o Venerável Mestre ou a dois Mestres Escoceses a sua escolha; e se, ao
final, o número de opositores não aumentou a Proposta será admitida, mas se
houverem três oposições, quaisquer que sejam os motivos, a proposta será
reencaminhada definitivamente após um período no tempo ou nunca mais,
dependendo do caso. Este método fornece um método multiplicador das
oposições, quando as razões são válidas, sem comprometer e mantendo a
liberdade de todos, sem expor as desvantagens que poderiam ter em queixar-se
em outro lugar.

O escrutínio não poderá ser realizado, em nenhum caso, no mesmo dia da


proposta, mas será realizado o mais brevemente possível.

CAPÍTULO XII - Dos Membros de uma Loja.

Qualquer Irmão pode pertencer a Loja como membro comum ou regular, como
um livre associado, como um membro honorário, ou como Irmão amador ou com
talento ou como irmão servente ou guarda da Loja.

Os denominados membros comuns ou regulares de uma Loja são aqueles que


participam regularmente de seus trabalhos, frequentam de forma assídua às
reuniões, e pagam a totalidade da quota anual, concordando em pagar de três
meses em três meses; eles são elegíveis como Dignitários e aos cargos da Loja
e participam das votações decisivas e em todas as deliberações a que possam
ser chamados.

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Associados livres são aqueles que pelos seus endereços, pelas suas ocupações
civis, pela sua situação ou qualquer outra consideração, não podem estar
sujeitos a deveres rigorosos e permanentes que as Lojas impõem a seus
membros comuns ou regulares. Estes pagam uma quota anual, que será
determinada e paga somente proporcionalmente aos meses de presença; estes
casos se aplicam especialmente aos militares e aos viajantes. Eles desfrutam de
todos os direitos dos membros regulares, exceto que eles não podem ser
elegíveis como Dignitários ou para qualquer cargo da Loja como o de Orador,
Mestre de Cerimônias ou Ecônomo, a menos que eles provem que podem ser
uma das primeiras dignidades dentro da Ordem, daí se tornarão membros
regulares, assim que aceitarem algum cargo.

Eles terão voz e voto em todas as sessões da Loja, exceto naquelas onde se
discutirá a utilização dos fundos, onde então a presença deles têm apenas
caráter consultivo.

Os membros honorários são aqueles que a Loja reconhecerá este título após
dez anos de serviço na qualidade de membro regular, ou de quinze anos se
forem livres associados, ou em reconhecimento de excepcional serviço para a
Loja em um espaço menor. Eles não pagam mais as contribuições, como o ècu
da Ordem, e apenas desfrutam de um voto consultivo nas deliberações. Eles são
elegíveis se tiverem os altos graus da Ordem e se prometerem tornarem-se
membros regulares enquanto estiverem nesta função.

O Irmão Amador é selecionado a partir daqueles com talento, capaz de prestar


serviços à Loja; eles têm a gratuidade e não podem ter quaisquer cargos nem
ser Dignitários dentro da Loja.

Finalmente, os Irmãos Serventes ou Guardas da Loja, cujo número não pode ser
demasiado pequeno, são recebidos no segundo grau que deverá ser o último
para eles e não podem ser eleitos para qualquer cargo, nem ter voto consultivo
quando se tratar de uma recepção para um Servidor ou Guarda da Loja.

Todos estes membros devem ser incluídos em cada classe na listagem (quadro)
geral, que será enviada a cada ano após a eleição de oficiais para a Grande Loja
Escocesa e para o Diretório Escocês do distrito, e trazendo na parte superior o
nome e as qualidades do Deputado Mestre da região. Esta listagem deve constar
dos nomes, sobrenomes, qualidades civis e maçônicas, o local de nascimento e
o endereço atual, e a idade daqueles com menos de 25 anos. Esta listagem será
certificada e assinada pelo Venerável Mestre e pelos dois Vigilantes, e aprovada
pelo Deputado mestre ou seu representante.

Os Irmãos que querem se afiliar a uma Loja reunida devem ter visitado antes os
seus trabalhos. Passarão por um escrutínio na sessão seguinte ao da sua
proposta e a Loja procederá da mesma forma quando de uma recepção de um
profano. Terão que pagar a taxa de afiliação, assim como o ècu da Ordem e a
taxa anual, respectivas à classe que escolherem.

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Se a votação foi favorável, o candidato será comunicado quanto aos
regulamentos da Loja, que ele deve assinar na data da sua afiliação.

Um Irmão membro de uma Loja reunida não pode se afiliar à outra, sem uma
permissão por escrito daquela a que pertence.

Todos os Irmãos da Loja, indiscriminadamente (com exceção dos Serventes),


receberão a palavra de passe do ano, enviada pela Grande Loja ou pelo Diretório
Escocês às Lojas do distrito, e é proibido fornecer esta palavra a quem quer que
seja, a menos que exista uma determinação especial para tanto.

Todo Irmão que quiser se retirar de uma Loja deverá fazer o pedido por escrito.
A Loja espera por três meses; se ainda assim ele persistir em sua vontade, ele
será removido do quadro e será mencionado o fato na ordem do dia, a partir
desta data ele não poderá voltar a não ser que se faça uma nova proposta de
afiliação, passando pelo escrutínio e pelo pagamento da taxa de afiliação.
Constará esta data de retorno ao quadro.

CAPÍTULO XIII - Plano financeiro da Loja.

Todos os membros pertencentes à Loja irão acordar entre si um valor anual


suficiente para pagar para os custos da Loja, serventes e outras despesas
anuais; será pago por cada um dos membros ao Tesoureiro da Loja
trimestralmente. Tanto os Irmãos sem presença como os com presença,
enquanto eles estiverem no quadro da Loja como membros regulares.

Aqueles que negligenciaram o pagamento e que foram avisados um ano depois,


não tendo quitado sua dívida, serão excluídos do quadro e de todos os direitos
que eles possuíam na Loja.

Os membros associados livres participarão na despesa anual na proporção em


que a Loja considerar adequada.

Qualquer Loja reunida no momento da sua fundação ou retificação proporá à


Grande Loja Escocesa do Departamento, um projeto a avaliação para a
remuneração aos quatro graus simbólicos, com relação às afiliações e
reconhecimentos, na proporção que julgar conveniente à sua realidade e
circunstâncias particulares. Este projeto será finalizado definitivamente pela
Grande Loja Escocesa e definirá uma taxa invariável para a Loja, sobre a qual
serão percebidas as reservas da Grande Loja Escocesa.

Todos os Maçons que pertençam a uma Loja com qualquer título que seja, e à
exceção aos Irmãos Serventes, pagarão a cada ano no verão de São João o ècu
da Ordem, estimado em seis libras, e todos os que negligenciarem este
pagamento ou recusá-lo serão advertidos duas vezes, serão removidos do
quadro da Loja, a menos que eles sejam reconhecidos como incapazes de
cumprir este pagamento.

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Aqueles Irmãos da Loja que pagam o ducado da Ordem para a Grande Loja
Escocesa são isentos de pagar o ècu da Ordem, exceto os membros honorários
de uma Loja.

Sobre o produto das contribuições para os primeiros três graus e para os


reconhecimentos, será cobrado um quarto do que for arrecadado
trimestralmente, destinado a tesouraria da Grande Loja Escocesa, e os fundos
remanescentes retidos pelo tesoureiro da Loja, para atender aos custos de
decoração, velas, etc.

Quanto ao quarto grau, os Diretórios queriam deixar a recepção para as Lojas,


deixando um quarto do valor, como compensação, para pagar os custos da
recepção e decoração; os outros três serão enviados trimestralmente para a
tesouraria da Grande Loja Escocesa.

Os extratos das atas, que provam a quantidade de recepções feitas em cada


grau durante os três meses, serão enviados pelo secretário e assinados por ele
e pelo Venerável Mestre e referendados pelo Deputado Mestre do local.

O produto das patentes e certificados da Loja será empregado pela chancelaria


para pagamento de taxas e gratificações para os copistas, supervisionado pelo
Venerável Mestre e pelos Vigilantes

As doações em dinheiro confiadas ao irmão Elimosinário nunca serão


confundidas e sempre mantidas em outro caixa. Fornecidas: 1º pelo produto das
oferendas dos candidatos em qualquer recepção ou promoção e das coletas que
serão feitas em todas as sessões da Loja. 2º pelo produto de multas. 3º pelo que
for reservado pelo Irmão Ecônomo sobre as receitas de cada banquete. Este
caixa não poderá ser empregado, em nenhum caso, para as necessidades da
Loja e será destinado, expressamente, para a benemerência, que pode ser
fixada a cada ocasião pelos Elimosinário, Deputado Mestre e pelo Venerável
Mestre, bem como pelos Vigilantes, que se reportarão em seguida à Loja.

Nenhum Maçom pobre terá direito a essa benemerência, a menos que uma Loja
reunida ou uma Loja não reunida forneça um certificado ou uma carta de
recomendação, vinculando o propósito de correspondência e de fraternidade
com a benemerência.

As Lojas reunidas são obrigadas a enviar anualmente à Grande Loja Escocesa


ou ao Diretório Escocês ao qual eles pertencem a posição exata do seu caixa e
um extrato do seu livro contabilizadas as receitas e despesas do ano, assinados
pelo Venerável Mestre e aprovados pelo Deputado Mestre ou seu representante;
estes encaminharão junto com a listagem de visitantes (do distrito ou do
departamento) à Loja, remetendo-os ao Diretório ou à Grande Loja Escocesa.
Se a Grande Loja Escocesa julgar necessário conhecer a composição da Loja e
o status do caixa em um determinado período, este não poderá ser recusado
neste caso.

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CAPÍTULO XIV - Dos Irmãos Visitantes.

São entendidos como visitantes os Irmãos de um Regime regular, que não são
membros da Loja.

Os lugares são destinados aos Irmãos de acordo com os seus graus e


qualidades maçônicas, independentemente da sua posição e estado civil. Os
Irmãos visitantes de um regime estrangeiro não recebem outra distinção dentro
das Lojas reunidas, do que estar no topo da coluna de seu grau, logo após os
visitantes do regime retificado. Eles estão autorizados a usar os cordões e
aventais de seus graus, com exceção de tudo o que tem alguma conexão com
os Eleitos; mas qualquer que seja o local ao qual eles sejam conduzidos, eles
podem ser classificados com os Mestres, abaixo dos Mestres escoceses.

Os Irmãos Visitantes do Regime retificado serão colocados no topo da coluna de


seu grau. Se eles pertencem aos altos graus ou sejam uma Dignidade dentro da
Ordem, obterão um lugar de honra no Oriente ao lado do Venerável Mestre, e
entrarão em Loja precedidos dos Vigilantes e do Mestre de Cerimônias.

Todo Irmão visitante deve ser proposto ao Venerável Mestre ou ao Irmão que foi
confiado, a fim de ser convidado ao trabalho através de uma prancha maçônica.
Ele vai pagar a quota definida para o banquete, como qualquer outro Irmão, e
que será colocada no saco de propostas e informações para que os Irmãos da
Loja saibam que está pagando por isso.

Todo Irmão visitante não será admitido em Loja antes de ser cuidadosamente
examinado pelo Mestre de Cerimônias sobre o grau que este deseja ser
reconhecido; e deve depois apresentar o seu certificado e dar a palavra anual,
do seu regime. Se ele quer que a Loja vise seu certificado, ela só poderá fazê-lo
se este certificado foi emitido por uma Loja reunida.

CAPÍTULO XV - Dos Banquetes e Festas.

Banquetes, tanto quanto, demasiados suntuosos, muito barulhentos e


demasiado frequentes são contrários ao espírito da Maçonaria; entretanto são
muito importantes quando os gastos são modestos e ajustados ou onde reina a
decência e a fraternidade e são propostos para manter e reforçar os laços que
unem a Maçonaria. É por estas razões que o Venerável Mestre receberá os
Irmãos em banquete tão frequentemente quanto as circunstâncias o permitam.

Cada Irmão que confirmou a presença pagará o valor fixado para o banquete
estando ausente ou presente. Este valor será fixado invariavelmente para cada
Loja, de acordo com sua realidade, para evitar que não se ultrapasse os limites
da frugalidade prescrita para os banquetes.

As festas celebradas nas Lojas reunidas e retificadas são duas a de São João
de verão e a de inverno, e a festa da renovação da Ordem em seis de novembro.
Nesta última será feita a leitura do código de regulamentos maçônicos e o Orador
pronunciará um discurso solenemente, em que ele pode falar da reforma Alemã

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e da Francesa, e dos atos de beneficência que a Maçonaria tem feito em
diferentes países da Europa. Tentando reunir, neste dia, no mesmo local todas
as Lojas de uma mesma cidade ou de um mesmo distrito.

O dia da festa de São João de inverno será principalmente consagrado aos atos
de beneficência, que o rigor do inverno e a falta de trabalho tornam valiosos
neste momento. O mesmo deverá ser observado na festa de São João Batista,
que será principalmente consagrado à instalação de novos oficiais e à leitura das
Regras Gerais da Loja; e todos os Irmãos renovam, solenemente, neste dia nas
mãos do Venerável Mestre seu engajamento de os observar fielmente.

CAPÍTULO XVI - Da Política interna da Loja.

O Tesoureiro bem como o Elimosinário, terão um livro de receitas e de despesas,


e um demonstrativo das contas em geral, no qual colocarão, sumariamente,
todos os recibos dos diferentes caixas, trimestralmente, e o que será comunicado
à Loja toda. É também necessário que o Tesoureiro tenha um livro separado
para as reservas da Grande Loja Escocesa.

Os irmãos são instruídos a manter o mais profundo silêncio durante as


cerimônias de recepção.

Nenhum irmão pode falar, com exceção daqueles que detêm lugares de honra,
sem ter solicitado a permissão do Venerável Mestre por intermédio dos Irmãos
Vigilantes.

Nas deliberações, todos dizem o seu parecer quando ele é solicitado na sua
região pelo Venerável Mestre, pelos Vigilantes ou pelo Mestre de Cerimônias; e
é proibido interromper quem fala, antes que seu anúncio tenha acabado.

Se após a hora indicada para o início dos trabalhos, o Venerável Mestre não está
presente na sessão, um daqueles, que são propostos à substituí-lo, abrirá os
trabalhos, desde que os Irmãos que se encontram para a sessão sejam em
número de sete, seja para uma recepção, seja para uma deliberação.

Para reavivar o comprometimento dos Irmãos em frequentar as sessões, é


expressamente proibido informar um Irmão ausente do que se passou em Loja,
à menos que haja uma permissão expressa do Venerável Mestre.

Todos os Irmãos que sem razões legítimas tenham ficado um ano sem assistir
aos trabalhos da Loja, serão advertidos e deverão renunciar, principalmente se
não estão satisfeitos das retribuições de suas participações; assim, ele será
removido do quadro.

Nenhum profano ou Irmão será admitido ou promovido à um grau qualquer, ou


para ser um oficial com cargo, se não promover a quitação ao Irmão Tesoureiro
do valor do referido grau, e pelo ècu da Ordem e a taxa anual, de acordo com a
classe que ele adotou na Loja.

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Um Irmão que chegar após a abertura dos trabalhos, se anunciará batendo pela
bateria do grau na porta da Loja; mudo ele não baterá mais até ser avisado por
um golpe na porta e ele irá aguardar em silêncio até que alguém venha a abrir a
porta para ele.

O Venerável Mestre, os Vigilantes e o Mestre de Cerimônias devem estudar o


ritual e saber de cor as suas falas. Eles devem preservar, contudo, para cada
trabalho o livreto do grau sob a sua vista, para que nunca façam qualquer
mudança dentro do cerimonial e de seus escritos. Depois de cada trabalho, eles
serão devolvidos ao Secretário que é o fiel depositário dos mesmos.

Nenhum Irmão pode ter a sua disposição nem os livretos dos rituais dos graus
nem as instruções a eles relativas. O Secretário poderá confiar os livretos
aqueles que devem estudar as suas funções, mas a nenhum outro sem ordem
expressa do Venerável Mestre, e nenhuma Loja poderá se comunicar com outra
Loja sem a permissão do Diretório.

No caso de viagem dos Irmãos, estes devem informar o Venerável Mestre e o


Irmão Secretário, e prover de um certificado e de cartas de recomendação para
as Lojas que irão visitar; pagarão primeiramente a taxa estabelecida.

A cada sessão, tanto de recepção como cerimônias de deliberação, o Presidente


deve fazer circular o tronco de beneficência para todos os Irmãos, e
principalmente aos novos iniciados ou afiliados. Um Irmão que não participar de
uma ou duas sessões por ano, deverá indenizar aos pobres aquilo que ele teria
destinado se estivesse presente em todas as sessões.

Cada Loja reunida vai apresentar nas suas dependências um quadro constando
os oficiais e membros do Grande Diretório Nacional, do Diretório Escocês, da
Grande Loja Escocesa e da Loja, listados na ordem indicada no Capítulo relativo
aos membros de uma Loja reunida.

No caso de doença de um Irmão, não devemos deixar, unicamente, para o Irmão


Elimosinário o dever de visitá-lo; todos os que tiverem oportunidade devem fazê-
lo oferecendo-lhe a amizade maçônica nestes momentos que qualquer profano
desconhece. No entanto, eles devem informar previamente sobre as visitas para
não incomodar o paciente ou causar qualquer desconforto ou inconveniência no
cuidado que a sua doença requer.

Em caso de morte de um Irmão da Loja, o Venerável Mestre escolherá uma


sessão especial, na qual renderá homenagens ao falecido, principalmente sobre
as suas qualidades como bom Maçom. Ele não fará o mesmo com os seus
defeitos, mas falará sem lamentações e com todo o cuidado possível, e
aproveitará esta oportunidade para exortar os Irmãos para a prática da virtude
que só sobrevive no Maçom. Todos os Irmãos da Loja serão chamados ao
serviço maçônico e a usaram uma fita (preta) em torno do braço esquerdo. A
Loja será revestida de preto e se todos os irmãos estiverem no terceiro grau,
podemos usar a decoração do grau de Mestre.

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Em todas as ocasiões em que um irmão ficar insatisfeito ou aflito por algum
acontecimento feliz ou infeliz, a Loja escolherá alguns irmãos para mostrar-lhe a
preocupação com ele.

Se um irmão se casa, a Loja enviará através de uma delegação um buquê e um


pedaço de fita azul com um par de luvas brancas para a noiva. O Irmão receberá
um par de luvas brancas na primeira vez que vier a Loja. Este é o único caso
com exceção da recepção, onde a Loja dá luvas a um Irmão.

Cada loja é convidada a fazer gravar uma medalha, sobre a qual estará de um
lado o estandarte (BRASÃO) da Loja, no todo ou em parte, e em baixo o nome
da Loja; e no outro lado o emblema Geral das Lojas retificadas da França, que é
uma Fênix renascendo das cinzas com a legenda “Perit ut vivas” e em baixo as
letras iniciais da província, do Diretório e da Grande Loja Escocesa, dentro do
distrito onde a Loja está localizada.

Todo membro da Loja portará esta medalha com uma fita azul no terceiro botão.

Os Mestres Escoceses com uma fita verde listrada de vermelho.

A medalha será de prata para todos os Irmãos, e de estanho para os Irmãos


Serventes.

Qualquer membro da Loja recebe esta medalha quando de sua recepção ou


afiliação, e a devolverá quando não fizer mais parte da Loja.

A joia dos Escoceses será dourada. O Mestre e o Deputado Mestre usarão ouro.
Todos os dois poderão usar com uma fita azul localizada abaixo da joia da função
de Venerável Mestre.

As Joias das dignidades em cargo são um esquadro para o Venerável Mestre,


um nível para o Irmão Primeiro Vigilante, um prumo para o Irmão Segundo
Vigilante, um livro para o Orador, duas plumas para o Secretário, uma chave
para o Tesoureiro e para o Elimosinário um coração em chamas dentro de um
triângulo.

Fim.

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