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DiáriodoNordeste | FORTALEZA, CEARÁ

Terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Caderno3
diariodonordeste.com.br/caderno3

C A banda Jack the


Joker: Novo disco é
“digerível” para
qualquer ouvinte de
música

O Jack the Joker (CE) lança seu segundo álbum, “Mors


Volta”, e amplia o alcance de seu metal progressivo
FELIPE GURGEL de palco serve de laboratório fora da curva é a duração da “O David Gilmour, do Pink
Repórter para o registro em estúdio, o última música, “Venus & Floyd, diz que ele nunca vai
guitarrista Lucas Colares, em en-
DISCO Mars”: mais de 24 minutos. estar do lado de quem ouve o

O
trajeto do quinteto cea- trevista, diz que há os dois cami- Soa quase como outro álbum. (clássico álbum) ‘Dark side of
rense Jack the Joker, nhos: o palco influencia o som São vários atos em uma mes- the moon’. A relação é diferen-
até aqui, deixa o grupo gravado, e vice-versa. ma composição. Lucas Colares te do ouvinte comum. É sobre
de metal progressivo “Acho que todo show que a observa o trabalho que deu um orgulho de ter feito a músi-
em uma posição interessante na gente fez, e recebe um feedba- para se chegar ao resultado ca, daí a gente não enjoa”,
cena local. O equilíbrio entre ck, acaba influenciando (para o final. A ideia de ter todo esse observa.
produzir boa música e cuidar da próximo álbum). E também pen- esforço foi do outro guitarrista
carreira levou Raphael Joer sar a estrutura de um show aju- da banda, Felipe Facó, autor Organização
(voz), Lucas Colares (guitarra), da a selecionar as músicas para das bases. Tudo que envolve o Jack the
Felipe Facó (guitarra), Lucas Ar- o disco. Eu percebo que há (em “O Facó teve a ideia de or- Joker traz uma organização
ruda (baixo) e Vicente Ferreira outras bandas) músicas que fun- questrar a música toda: ele es- notável. De um site bem resol-
(bateria) a dar passos além do cionam tanto ao vivo, que pare- Mors Volta creveu toda a orquestração, pe- vido ao cuidado em produzir
nicho do metal. “Mors Volta”, o ce que a banda fez a música JacktheJoker dindo feedback a um pessoal uma memória sobre os proces-
segundo álbum, recém-lançado para apresentá-la ao vivo”, ob- da Uece”, detalha Lucas. Ele sos da banda, a carreira do
nas plataformas digitais, traz es- serva Lucas. INDEPENDENTE descreve que, ao longo dos 24 quinteto de metal funciona
sa potência e marca o lançamen- 2016,9 faixas minutos, “você tem linhas de com os integrantes dividindo
to como um disco de rock “dige- Registro Disponívelem jackthejoker.com.br metais, madeira. Tem pianos, tarefas sem, no entanto, forçar
rível” para qualquer ouvinte de O processo de gravação de percussões. A introdução da a barra pra ninguém.
música. “Mors Volta” foi registrado em música foi composta pelo “O Raphael (Joer) manja
Sucessor de “In the Habbit um “making of”, disponível feito um making of “meia bo- Caio, um colega do Facó. A muito de publicidade, do site.
Hole” (2014), o álbum sai após em três partes no YouTube ca”. Gravar o processo com letra, pelo Joer. Todo um pro- O Vicente também tem muita
o Jack the Joker colecionar apre- (/jackthejoker): vozes e guitar- mais cuidado, desta vez, foi cesso gigantesco. Mas ela tem visão de mídia (ele editou o
sentações, em Fortaleza, como ras (parte 1); baixos e baterias inspirado no making of de ou- começo, meio e fim”, diz o making of). A gente se preocu-
as de abertura dos shows de (2) e produção (3). Os vídeos tras bandas, que “a gente sem- guitarrista. pa em colocar tudo nas plata-
André Matos (SP), Nightwish mostram passagens da banda pre acompanha, até pra rir das Encarando com humor todo formas de streaming”, diz Lu-
(Finlândia), Soulfly (EUA, pelo por estúdios em Fortaleza e piadas da galera mesmo (den- o processo, Lucas Colares reve- cas. E completa: “Vemos quem
festival Ponto.CE), entre ou- em São Paulo; além de entre- tro do estúdio)”, pontua. la que, a princípio, ele e os tem aptidão pra fazer o quê. Eu
tros. O grupo ainda viajou com vistas dos músicos e do produ- demais membros do Jack The gosto de trabalhar com equipa-
os paulistas do Notunall para tor Adair Daufembach. 24minutos Joker simplesmente fazem mentos (técnicos). Espontanea-
Quixadá (CE) e Mossoró (RN). Lucas Colares conta que, no No decorrer das nove faixas de uma música que, eles mesmos, mente, essa organização acon-
Questionado se a experiência disco anterior, a banda tinha “Mors Volta”, um dos pontos gostariam de ouvir. tece”, resume o guitarrista.

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