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08 10 12
Resenha Capa Entrevista
expediente
Sepultura
20 John
24 Sanny
64
“Quadra” Frusciante Rozini
06
lições
134 Coronavirus
88 118 130
Editorial
EXPEDIENTE
Bruno Custódio
Eder Gasparino
Igor Miranda www.guitarload.com.br
Endereço
Av. Casa Verde, 723 Cj 04
Casa Verde
São Paulo - SP
CEP.: 02519-100
EDITORIAL
Efeitos e efeitos
Para o bem ou para guitarrista que, desde Raphael Romanelli,
o mal, a edição 106 dezembro de 2019, está editor do site John
da Guitarload trata de volta ao Red Hot Frusciante effects
de efeitos. A matéria Chili Peppers, banda (JFeffects), uma das
de capa traz um que o consagrou nas maiores referências na
verdadeiro dossiê dos décadas de 1990 e internet sobre o músico
equipamentos usados 2000. Para essa tarefa, em questão.
por JOHN FRUSCIANTE, conversamos com
Editorial // 6
Por fim, entra a parte
“para o mal” dos efeitos:
Reforçando a temática as consequências que o
As guitarras e principal da edição, novo coronavírus tem
amplificadores são conversamos com um trazido para o mercado
importantes para guitarrista brasileiro da música como um
a sonoridade de que tem se tornado todo. Conversamos com
Frusciante, além, é referência no campo da músicos e produtores de
claro, de sua técnica e construção de efeitos: eventos que apresentam
forma de tocar. Porém, RAFAEL BRASIL, do Far panoramas distintos
o grande charme From Alaska. O músico sobre a atual crise. A
desta edição está em apresentou todo o seu reportagem apresenta,
desbravar os pedais pedalboard para os ainda, projeções sobre
de efeito utilizados leitores da Guitarload, o futuro próximo deste
pelo músico em álbuns além de comentar suas mercado e uma série
clássicos do Red Hot preferências, resgatar de informações sobre o
Chili Peppers, como suas origens na música e coronavírus.
“Californication” (1999), projetar o futuro de uma
“By the Way” (2002) e das bandas de maior Fique em casa e
“Stadium Arcadium” destaque na nossa cena curta a edição 106 da
(2006). atual. Guitarload!
Teoria
Técnica
Improvisação
Repertório
e muito mais!
COMECE GRÁTIS!
NAREDE
Steve Vai mostrou sua bela coleção
de guitarras. Além das tradicionais
Ibanez, ele exibiu peças únicas,
como uma Guild de 30 trastes,
a JEM com dual-whammy e um
híbrido de guitarra e sítara.
Na Rede // 10
Quem nunca deixou a palheta cair
no buraco central do violão, não é
mesmo? O canal Music is Win no
YouTube ilustrou essa sensação de
fracasso retumbante em um vídeo
muito divertido.
Em mais um daqueles
experimentos que ninguém
pensava em fazer, mas alguém
resolveu colocar em prática, o
youtuber Davie504 colocou cordas
de guitarra em um baixo. E não é
que saiu som?
HA
Resenha // Sepultura - Quadrav
Por:
Igor Miranda
18
Décimo-quinto álbum de carcerário dos Estados mais instrumental como
estúdio da maior ban- Unidos, o álbum traz característica geral. E
da de metal do Brasil, uma formatação pecu- o D é aquela coisa mais
“Quadra” volta a im- liar, com 12 faixas divi- groovada, lenta, com
pressionar. O Sepultura didas em quatro partes. melodia”, explica.
encontrou sua melhor
formação desde os Cada momento tem um Elaborado e inventivo,
tempos com os irmãos significado, segundo “Quadra” é como uma
Cavalera, com um Der- o guitarrista Andreas evolução musical de
rick Green mais desen- Kisser. “O lado A é mais “Machine Messiah”, que
volto nos vocais e Eloy tradicional, thrash, e já representava avanço
Casagrande, uma força representa o discurso na sonoridade do
da natureza, na bateria. do Sepultura. O lado B Sepultura. Todos soam
é mais percussivo, com mais à vontade – não
Novamente com pro- ritmos brasileiros. O C só o já citado Derrick
dução de Jens Bogren vai um pouco mais além Green, como Andreas
– como no antecessor com o violão, sendo Kisser ao encontrar
“Machine Messiah”
(2017) –, “Quadra” não é
um trabalho conceitual,
mas carrega uma ideia
por trás de suas compo-
sições e até divisão de
faixas. Além de ques-
tionar diversos temas
sociais nas letras, des-
de a “escravidão” pelo
dinheiro até o sistema SEPULTURA - MEANS TO AN END
(OFFICIAL MUSIC VIDEO)
Tracklist
7. Guardians of Earth
8. The Pentagram
9. Autem
10. Quadra
11. Agony of Defeat
12. Fear, Pain, Chaos,
Suffering (com Emmily
Barreto)
Ouça no Spotify:
Sepultura » “Quadra”
COMECE GRÁTIS!
John
Fru
scia
nte
Capa // John Frusciante 24
FOTO: JEFF POOL
“Nesses 10 anos,
Frusciante evoluiu
como músico e abriu
a cabeça: gravou pelo
computador usando as Yamaha SG dos como desprezar toda
o Renoise; estudou anos 1980; produziu essa evolução – ele
música eletrônica, um grupo de rap e fez não é o mesmo músico
ritmos e programação; música sem ter um que encerrou a turnê
abandonou as guitarras público-alvo. Acho que em 2007”, comenta
vintage para criar isso tudo será somado Romanelli sobre os
nova abordagem com ao seu retorno. Não há recentes trabalhos dele.
1 Boss CE-1
Chorus Ensemble
Boss DS-2
Turbo Distortion
2
3 Ibanez
WH-10 Wah
� MXR Phase 90
� Ibanez WH-10 V1
� MF-105 MuRF
Leslie (trechos de “Death
� of a Martian” e “Wet
� MF-105B Bass MuRF
Sand”)
Já na gravação
de “Blood Sugar
Sex Magik”, conta
Romanelli, foi
usado, também,
um amplificador
transistorizado de
baixo custo e de 12W
da Fender para boa RED HOT CHILI PEPPERS - SUCK MY KISS
parte dos overdubs.
Capa // As //
Entrevista guitarristas
Rafael Brasil
dos anos 2020 66
FOTO: MURILO AMANCIO
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Guitarload////Edição
Edição#105
#106
Antes de cair na nossa parada. Éramos cinco vai mudar bastante.
pauta convencional, integrantes, daí ficaram Estamos vendo como
eu não poderia quatro há algum tempo será e gostamos de
deixar de falar e, depois, o baterista usar o que acontece na
sobre esse problema (Lauro Kirsch) saiu, banda para resolver.
todo aí gerado pelo então, estamos fazendo Por exemplo: quando o
coronavírus. Tá todo o disco sem o batera. baixista (Edu Filgueira)
mundo bem por aí, Paramos com os shows saiu, não colocamos
você, o pessoal da e focamos no disco, ninguém na banda e eu
banda e tudo o mais? mas cancelamos os passei a fazer o baixo,
Atrapalhou algum encontros. dividindo essa função
plano ou agenda? com a Cris (Botarelli,
Em qual etapa do vocal, sintetizadores e
Está todo mundo bem, processo do novo lap steel). Fazia o baixo
mas estamos fazendo disco vocês estão? Há da guitarra mesmo,
as coisas novas para o planejamento para exceto quando tinha
próximo disco e travou lançar algo neste ano? um arranjo diferente,
muita coisa. Não tem que, aí, a Cris tocava
como se encontrar. A ideia é lançar neste o baixo. Sempre
Não tivemos shows ano. Paramos com os inventamos algo para
cancelados porque shows há algum tempo resolver e, agora, vai
a agenda já estava e com a saída do batera, rolar isso de novo.
Capa // As //
Entrevista guitarristas
Rafael Brasil
dos anos 2020 68
Quer dizer que
vocês vão seguir sem FAR FROM ALASKA – “COBRA” (AO VIVO)
baterista? É uma
possibilidade?
Venho de uma família aprender e ele me deu
Não podemos afirmar de músicos, meu avô um violão. A partir
nada (risos), mas toca muito violão, mas disso, f*deu (risos).
estamos nesse processo toca samba, chorinho e Curti muito. Do prédio,
de inventar como vai MPB. Nas festas, sempre poucos continuaram.
ser. É uma possibilidade, tinha aquela roda com Fui um dos que levou
sim. todos tocando. Sou de adiante. Na época, os
Natal (RN), mas fui moleques gostavam
Puxando para seu morar em Fortaleza de metal, mas eu não
começo na música (CE) e foi quando eu curtia muito (risos). Era
e formação como tinha 10 anos, em um problema, porque
guitarrista... queria 1999, que rolou uma queria aprender, mas
que você contasse febre de todo mundo não me identificava com
como foi sua relação no prédio aprender a o que a galera ouvia e
inicial com a música e tocar violão. Falei para não tinha desenvolvido
com a guitarra. meu avô que queria um gosto.
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Guitarload////Edição
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“ Tem gente certa de que sou
100% fã do Black Sabbath,
mas nem escuto muito.”
Também não tinha
internet fácil. Daí,
um moleque novo no
prédio me apresentou Não tem como explicar, que guitarristas ouviam
as bandas de hardcore eu era muito novo, mas, lá atrás. Hoje, posso
e punk rock, como desde sempre, é como conhecer esse tipo de
Offspring, Green Day, se tivesse certeza de que som, como Deep Purple,
CPM 22, e mudou minha não queria ir por aquele que é uma banda
cabeça, queria tocar caminho virtuoso. A clássica e muito boa.
aquilo. Se eu ficasse galera curtia muito Que bom que estou
no metal, talvez não Guns N’ Roses, por conhecendo agora,
continuasse tocando, exemplo, e o Slash não é porque antes, talvez,
pois eu não gostava bem um virtuoso, mas, eu poderia não gostar.
tanto. ao mesmo tempo, ele é. Tem o Black Sabbath...
E eu não curtia tanto, no começo, muita gente
Isso é curioso, porque preferia outras coisas. rotulou o Far From
você não é guitarrista Nem tinha vontade de Alaska como “stoner”,
“convencional”, fazer solos. O gás veio mas nem ouvíamos
dos solos, que com o punk e hardcore, esse som. Tem gente
acostumamos a com mais bases, riffs e certa de que sou 100%
entrevistar. Então, oitavados. Além disso, fã de Sabbath, mas nem
isso vem de uma no começo dos anos escuto muito. Hoje,
base desde o começo, 2000, eu gostava muito tenho a oportunidade
pois você nunca se do novo, contemporâneo de conhecer com outros
identificou com o ao que eu vivia e não ouvidos e é bem mais
“guitar hero”, né? ouvi muitos clássicos massa.
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Entrevista guitarristas
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FOTO: MURILO AMANCIO
Capa // As //
Entrevista guitarristas
Rafael Brasil
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Em Natal, várias bandas do Brasil, dizendo que o Fizemos o disco lá para
fazem música em inglês som do Brasil que chega produzir com alguém
porque... sim. Fora de para eles é sempre o de lá, nativo. E quando
Natal, todo mundo mesmo: samba, MPB, estávamos com alguma
perguntava sobre isso, bossa nova... não que música para gravar, ela
em toda entrevista, e seja ruim, mas eles (Sylvia) nem queria ler
se a gente pensava em querem saber o que está a letra: só queria que a
fazer sucesso fora do rolando no Brasil agora. gente tocasse, cantas-
Brasil. Nem passava Na turnê pela Europa, se, e ela entendia tudo.
pela cabeça, porque todos se surpreendiam. Quando estranhava,
estávamos em outro Não tem essa barreira dava um toque, e isso
lugar, isolado, e todas que imaginam. nos deu segurança. Pas-
as bandas já faziam samos no “teste” e ela
assim. Só criamos uma Nosso último disco foi curtiu. Não existe bar-
banda. Sobre a reação feito nos Estados Uni- reira. Só é complicado
ao nosso som fora... dos, com a Sylvia Massy no Brasil porque é caro
lembro de quando (produtora) e por não dar um passo interna-
tocamos no Midem, um termos o inglês nativo, cional. Ainda assim,
festival na França com mesmo com a Emmily temos exemplos como o
pessoas da indústria cantando bem em in- Ego Kill Talent, que está
musical. Comentavam glês, queremos saber conseguindo chegar nos
da surpresa de sermos como soa para o gringo. grandes.
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Guitarload////Edição
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Você já é visto como principal antes do Far – hoje, ele faz som em
referência nessa From Alaska. Rolaram Curitiba e ainda o acho
questão de efeitos mudanças de formação um guitarrista muito
no Brasil. Não é um e tanto eu quanto o bom. Timbre é o que
caminho tão comum baterista do Camarones mais me instiga. Temos
a ser percorrido pelos entramos para o riffs simples, de se tocar
guitarristas, pois Calistoga, que foi minha com um dedo só, mas
muitos se preocupam grande escola nesse com um bom timbre.
em evoluir na técnica, sentido. Os caras tinham É legal pegar um pedal
mas não pensam na muitos pedais. Herdei o novo, fazer coisas
sonoridade. Como pedalboard do vocalista, diferentes, até criar
você começou a que passou a só cantar uma música com aquele
se interessar por e não tocar guitarra pedal. Lembro da
desbravar o campo dos mais. Foi quando entrei primeira vez que peguei
pedais e timbres? nesse mundo mesmo, o whammy e eu tinha
comprando meus preconceito, porque
Eu tocava numa banda pedais próprios em 12 era pedal de metaleiro
chamada Camarones, vezes, foi minha vida (risos), muitos só usam
que hoje roda bastante durante 5 anos (risos), para fazer o dimebomb,
pelo Brasil. A primeira e trocando e estudando mas vendo vídeos, testei
formação era, inclusive, sons diferentes. O outro de outras formas e criei
quase todo o Calistoga, guitarrista da banda, músicas com ele. É o
banda de post-hardcore Henrique Geladeira, era que faço com outros
que se tornou a minha uma grande referência pedais.
Capa // As //
Entrevista guitarristas
Rafael Brasil
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“Não temos que ter medo dos
gringos. As bandas brasileiras
estão no mesmo nível.”
Você se sentir
instigado pelos pedais
tem até viabilizado a
banda, já que vocês Exatamente (risos). Já Estados Unidos, em
seguiram sem baixo gravei alguns vídeos 2017, foi na época da
e até falam em seguir mostrando como NAMM. A Sylvia chegou
sem bateria. Se você funciona a questão no estúdio e trouxe um
estivesse só com uma do som do baixo na baú com todos os pedais
distorção básica, não guitarra. Quando fomos da EarthQuaker Devices.
iria dar, né? (risos) gravar o disco nos Fiquei louco! Passei a
madrugada no estúdio
estudando os pedais.
Ela viu que eu pirei e
mandou um e-mail para
o cara da empresa, me
apresentando, e hoje sou
artista da EarthQuaker.
Participei de um quadro
deles no YouTube,
“Board to Death”. Sou fã
FAR FROM ALASKA – “DINO VS. DINO” dos pedais deles.
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Como você faz para
chegar às sonoridades
ideais? É um trabalho
de laboratório mesmo?
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Entrevista guitarristas
Rafael Brasil
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FOTO: MURILO AMANCIO
amigo meu, Dante, que resistente, que tem de guitarra nos shows,
é roadie do Sepultura e vários tamanhos, então, adicionei um de
outros artistas, sugeriu e montar dois baixo. Fica uma parede
um case da Pelican pedalboards menores atrás (risos). Toco uma
(usado para transportar para levar no mesmo corda e sai um som
equipamentos de case. Eu já tocava com monstruoso.
fotografia e filmagem), dois amplificadores
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Guitarload////Edição
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E com relação aos
pedais de guitarra,
quais são os principais
O
que você tem usado?
vocoder e whammy. A
S
O que tem de diferente modulação do meu set
é: só uso dois fuzz, sem é só chorus e slicer, que
drive, nem distorção. fatia de várias formas,
Tenho um noise gate, mas eu só uso de um
que acho importante jeito: como se picotasse
E
por termos muito momentaneamente, só
silêncio, uma das coisas quando meu pé está em
principais da música cima. Parece muito, mas
(risos). Não uso delay, não é. E precisa ser em
T
pois o Far From Alaska amplificador limpo. Se
é muito riff, duro, e pegar qualquer cabeça
gostamos desse som de valvulado, não rola,
robótico. Gira em porque fuzz é muito
torno de fuzz, synth, sensível. Por isso, gosto
U
oitavador (também muito do Jazz Chorus
inclui o harmonizer), (Roland). Também
rolam os Fender, os
5150, mas o ideal é Jazz
P
Chorus.
Capa // As //
Entrevista guitarristas
Rafael Brasil
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bassbass
Battalion Bass
POG 2, da Bass Synth Wah,
Preamp, da
Electro-Harmonix da Digitech
Electro-Harmonix
guitar
guitar
Direcionador de sinal Compressor ótico
Audio 214 Fuzz,
Switchblade Plus, da The Warden, da
da Cachalote
Electro-Harmonix EarthQuaker Devices
Super Chorus
Vocoder V256, da Slicer SL-20, da
Sea Machine, da
Electro-Harmonix Boss
EarthQuaker Devices
Capa // As //
Entrevista guitarristas
Rafael Brasil
dos anos 2020 80
FOTO: MURILO AMANCIO
A transição dele você tocar com MIDI, antes da pedaleira,
para uma pedaleira mas dá para tocar com nesses três osciladores.
é pequena. Tem o normal, como o SY- Mas ele substitui
as diferenças, 300. É uma tecnologia completamente a
mas o conceito é bizarra. Além dos três pedaleira. Só que indico
praticamente o osciladores, você tem para quem realmente
mesmo. a cadeia virtual, com gosta de synth, porque
quatro espaços de pedal, se é para substituir,
Só que o SY-1000 que funcionam como melhor ficar com a
funciona melhor se pedaleira. O lance está pedaleira mesmo.
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O sintetizador vai Já até tocamos com participou do novo disco
influenciar no próximo o Alter Bridge no do Sepultura, “Quadra”,
disco e isso me lembra Download Festival. e eles convidaram um
de um álbum que Tocaram depois da cara que faz dubsteps,
ouvi recentemente: o gente, no mesmo colocando synth – e
novo do Alter Bridge, palco. Quanto aos olha que é uma banda
“Walk the Sky” (2019), efeitos descobertos, tradicional. O eletrônico
que tem influência influenciam está por toda parte. Do
de synth, ainda que completamente. O Far trap ao pop, o eletrônico
dentro dos padrões From Alaska é movido e a tecnologia tomaram
deles, pois não a timbre. Além disso, conta. Até no Red Hot
experimentam tanto. a modernidade pegou tem synth, já faz parte.
É interessante, porque todos nós. A Emmily
o músico descobre
um pedal por acaso e
muda a sonoridade.
Até que ponto
essas descobertas
influenciam nesse
novo trabalho do Far
From Alaska?
Capa // As //
Entrevista guitarristas
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FOTO: MURILO AMANCIO
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Guitarload////Edição
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Tem muitos músicos 4 amplificadores no mas para quem está na
antigos que passaram mesmo disco. Se dá para estrada, a tecnologia
a usar o Kemper, viajar com tudo isso em é uma mão na roda.
que simula outros uma ferramenta, ótimo. Em Natal, não tinha
amplificadores. Você muita estrutura, então,
já tocou em algum Apesar do preciosismo trabalhamos a questão
daqueles? de alguns músicos, do ao vivo mesmo sem
é uma visão tantos equipamentos
Não tenho medo do compartilhada entre bons. E em estúdio, só
futuro e espero que todos aqueles que gravamos aquilo que
isso fique mais barato e estão na estrada: conseguimos reproduzir
mais comum, ajudando sabem o perrengue ao vivo. Ao vivo, soamos
na logística. Já toquei que é fazer turnê com até mais legais que
em um Kemper, mas esse tanto de coisa. O no disco. Além disso,
não tenho como opinar, Kemper, mesmo, está sempre montamos tudo
porque precisa de sendo adotado até para dar o mínimo de
muito estudo e teste. pelo Mark Knopfler, trabalho e tirar o melhor
Para mim, não faz do Dire Straits, que som possível nas piores
diferença, porque uso é um músico das condições. Crescemos
amplificadores até antigas, mas entrou na assim, treinando na
comuns e limpos, mas, modernidade. gravidade +10, tipo
por mim, queria um Dragon Ball (risos). É
que fosse do tamanho É uma maravilha. massa tocar com boa
de um pedal (risos). A galera fala muita estrutura, mas damos
Tem músico que gosta besteira (risos), mas é o mínimo de trabalho
muito de amplificador isso. Se você tem grana possível e temos o som
e o som dele está ali, e toca em casa com os com a gente.
às vezes usam até 3 ou amplificadores, animal,
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Entrevista guitarristas
Rafael Brasil
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Para fechar... falamos
sobre os planos para FAR FROM ALASKA – “POLITIKS”
2020, então, queria
que você contasse
como será esse futuro um artista bom e não usar outros elementos.
próximo do Far From ter disco para ouvir, O “Unlikely” (2017) já
Alaska. mas sei que disco é trouxe esse sentimento,
um problema. Então, mas acho que será
O coronavírus dessa vez, tende a não mais ainda. As pessoas
atrapalhou. Além disso, lançarmos um disco de esperam algo das
incomoda essa questão uma vez. Devem sair bandas que gostam,
do mercado, com os coisas neste ano, mas mas quero surpreender.
singles ao invés de não como álbum. E Claro que terá um elo,
discos. Sei que é melhor estamos em uma época conectando com o som
lançar single e que de liberdade, que vai que característico,
um álbum fica velho influenciar bastante: mas vamos variar.
automaticamente, mas desde ao não lançar Tomara que as pessoas
é f*da. Odeio conhecer um disco completo até gostem, mas ainda
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Guitarload////Edição
Edição#105
#106
“Pode me dar os
amplificadores
Fender Frontman,
os Meteoro
Vulcano, não tenho
problema nenhum,
pois crescemos
tocando neles.”
FOTO: MURILO AMANCIO
Capa // As //
Entrevista guitarristas
Rafael Brasil
dos anos 2020 86
FOTO: DAN ROBINSON
WWW.NIGMUSIC.COM.BR
87 Guitarload
Guitarload////Edição
Edição#105
#106
OO
IMPACTO
IMPACTO
DODO
CORONA
CORONA
VÍRUS
VÍRUS
NANA
VIDA
VIDA
DOS
DOS
MÚSICOS
MÚSICOS
Amedida de isolamento social deve ser
respseitada por todos, afinal, autoridades
da saúde de todo o mundo reforçam
que é fundamental impedir o avanço do
coronavírus. Porém, não há como negar que
diversos trabalhadores – especialmente
autônomos, como muitos músicos e outros
profissionais relacionados à produção de
shows e eventos culturais – estão sofrendo
coma atual situação.
behance.net/mustafabak9
CADASTRE-SE!
#105
um super time
de colunistas
profissionais!
FINGERSTYLE
Dominando 5 Riffs do
John Mayer
RAFAEL MOSER
LUTHIERIA
VITOR GUERRA
Lições // 114
G U I TA R R A G O S P E L
RODRIGO GOUVEIA
G U I TA R R A C O U N T R Y
ALEX FORNARI
G U I TA R R A & F I L O S O F I A
A metafísica matemática
da música
WANDERSON BERSANI
#105
um super time
de colunistas
profissionais!
T É C N I C A S & G U I TA R R A M E TA L
THIAGO OLIVEIRA
ESCALAS EXÓTICAS
MÁRCIO OKAYAMA
Lições // 116
JOYO
Vitrine // 118
OJoyo Baatsin R-11 apresenta 8 tipos de
overdrive reunidos emapenas umcircuito
analógico. Os 8 sons de overdrive inclusos no
Joyo Baatsin R-11 são: T.OD; Sweety; B.Boost;
T808; Overdrive I; Crunchy; Rioter e O.C.
Drive – os nomes indicamque há simulações
de produtos famosos, como Ibanez/Maxon
Tube Screamer 808, Fulltone OCDe Suhr Riot.
Porém, isso não foi confirmado. Alémdisso,
o pedal conta combotões de volume, tome
ganho, alémde entrada true bypass.
SAIBA MAIS
Vitrine // 120
APulse lançou os fones de ouvido sem
fio TWSTouch PH320 e TWSExpert PH297,
ambos compreço sugerido de R$ 349.
SAIBA MAIS
Vitrine // 122
OPolaron Analog Phase Shifter, da Seymour
Duncan, apresenta efeitos phaser como uso
de componentes analógicos, mas semabrir
mão de controles digitais, podendo salvar
predefinições.
SAIBA MAIS
Vitrine // 124
Umdos pedais mais bizarros dos últimos
tempos, o Rainger FXMinibar Liquid Analyser
traz efeitos obtidos a partir de misturas de
líquidos. Opedal temapenas umbotão de
volume e umrecipiente emque o músico
pode despejar e misturar líquidos – a partir
deles, o somserá decifrado, indicando
regulagemda distorção e de agudos e graves.
SAIBA MAIS
PEDALVIOLÃO
DE DISTORÇÃO AIRAVATA
GOLD EDGE LE
Vitrine // 126
Oviolão eletroacústico Gold Edge LEfoca na
ergonomia: o design busca trazer conforto
comcortes que se encaixamna posição de
tocar e no corpo humano, mas semabrir mão
das configurações de destaque de umviolão,
como sua ressonância e a prioridade no
médio-agudo.
SAIBA MAIS
Vitrine // 128
AKiesel divulgou dois novos modelos de
guitarra signature de Will Swan (Dance
Gavin Dance) e Marc Okubo (Veil of Maya). A
Will Swan Signature Carved Top (Les Paul),
vendida a US$ 2 mil (R$ 10,1 mil) no exterior,
temcorpo emmogno de Honduras, tampo
emflamed maple, braço emcinco peças de
mogno comfaixas de maple e cinco opções
de cores.
SAIBA MAIS
SAAS JORDAN
TÍTULO:
REBEL MOON BLUES
AL DI MEOLA BODY COUNT
TÍTULO: TÍTULO:
ACROSS THE UNIVERSE CARNIVORE
LUCIFER
TÍTULO:
LUCIFER III
ERIC JOHNSON BURNING THE WITCHES
TÍTULO: TÍTULO:
EJ VOL. II DANCE WITH THE DEVIL