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Aluna: Millena Eduarda da Silva

RA: 202051674301

Docente: Francisco Feliciano da Silva Junior

CISTICERCOSE SUÍNA

A cisticercose suína é doença ocasionada pelas larvas da Taenia sollium, que


pode se localizar nos tecidos musculares e em vários órgãos como, pulmões,
cérebro e coração de seu hospedeiro (CAVALINI, 2009). A cisticercose é a
infecção dos tecidos dos suínos pela forma larval do parasito Taenia solium ou a
infecção dos tecidos humanos após a ingestão dos ovos do mesmo parasito
(ACHA; SZIFRES, 1986; REY, 1991). O fato do porco ser um alimento
usualmente consumido por humanos faz dele a principal fonte de infecção para
a população, porque é principalmente em seus tecidos que se desenvolve os
cisticercos (VERONESI, et al., 1991). O problema da cisticercose em suínos tem
deixado de ser considerada somente como uma enfermidade parasitária, para
ser enfrentada como um problema de importância social. Os suínos com
cisticercose, não apresentam manifestações clínicas evidentes, notando a
doença apenas nos abatedouros. A cisticercose tem sido responsável por
grandes prejuízos econômicos para pecuaristas e frigoríficos (SOUZA, 1997;
LOBATO, 2008), principalmente por causa do descarte dos órgãos e carcaças
parasitadas. As manifestações clínicas dos suínos são difíceis de observar,
salvo em casos em que a infecção é muito intensa; neste caso se observa
paralisia da língua e o maxilar inferior ou dificuldade no desenvolvimento. O
diagnóstico da cisticercose bovina é realizado na inspeção post mortem que
ocorre durante o abate nos matadouros e consiste basicamente na avaliação
visual macroscópica de cisticercos nos tecidos e órgãos da carcaça (BRASIL,
2002; 1980). O diagnóstico da cisticercose em abatedouros, somado à
informação da origem do animal, possibilita a definição de áreas de ocorrência da
doença, bem como a sua qualificação para que possam ser executadas medidas
de controle (Ungar e Germano, 1992). É uma doença parasitária bastante
importante para a população humana, pois a ingestão de carne suína
contaminada pode provocar teníase em pessoas, quando não é feito o cozimento
adequado do alimento. O homem adquire a infecção e desenvolve a tênia ao
ingerir carne suína infectada, insuficientemente cozida, chega ao estômago e
logo ao intestino delgado, que por ação dos sucos gástricos e biliares se invagina e
se fixa na mucosa intestinal e começa o desenvolvimento da tênia adulta. Pode
ser evitada facilmente mantendo a higiene nas granjas de suínos, e
conscientizando as pessoas a não criarem seus animais livremente evitando o
ciclo da Taenia solium. Estas medidas melhoram as condições da saúde publica
e evitam maiores prejuízos aos criadores. Diante disso, fica evidente a
importância de uma inspeção veterinária e um controle sanitário adequado,
levando a um destino correto das carcaças e órgãos parasitados GERMANO
(2008). No Brasil os casos mais freqüentes são nos estados do Mato Grosso,
Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, devido ao maior
consumo de carne suína crua ou mal cozida (REY, 1973).
REFERÊNCIAS
ACHA, P.; SZIFRES, B. Zoonosis y enfermedades transmisibles comunes al
hombre y a los animales. 2. ed. Washington: OPS/OMS, 1986. 989 p.
BORCHERT, A. 1981. Parasitología Veterinaria. 3ra edición. Zaragoza. Editorial
Acribia. 162-166 pp.
BRASIL. Guia de Vigilância Epidemiológica. Fundação Nacional da Saúde. 5ª
edição. Vol II. Brasília: FUNASA, 2002, 399p.
CAVALINI, A. C; NEVE, M. F; Cisticercose em Suínos, Revista Científica
Eletrônica de Medicina Veterinária – ISSN: 1679-7353, Ano VII, Número 12,
Periódicos Semestral, Janeiro de 2009.
FORTES E.,Parasitologia Veterinária.3 ed., Ícone: São Paulo, 2004. p. 686 REY,
L. Parasitologia. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, p.695, 1973.
Geneva, Switzerland: World Health Organization. 71-2 (WHO/VPH 83.49).
GERMANO, L. M. P.; GERMANO, S. I. M. Higiene e vigilância Sanitária de
alimentos: 3ª ed. São Paulo, editora Manole, 2008. Cap.21 p. 463 – 477.
LOBATO, J.C.V. A Cisticercose e o consumo da carne suína. Especialização
“Lato sensu” em Higiene e Inspeção de produtos de Origem Animal. Vitória, 35p,
2008.
MATIAS, Z.; PAWLOWSKI, Z.; SOULSBY, E.J.L.; et al. 1983. Guidelines for
OLIVEIRA A. L., SANTOS W. L. M. A importância do serviço de Inspeção
Federal na vigilância sanitária de alimentos – cisticercose bovina. Higiene
Alimentar, v. 11, n. 48, p. 19-21. 1997.
REY, L. Parasitologia: parasitos e doenças parasitárias do homem nas Américas
e na África. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. 731p.
SOUZA R. M., ANTUNES C. F., GUATIMOSIM C. B., RIBEIRO R. M. P.,
surveillance,prevention and control of cysticercosis/taeniasis.
UNGAR, M.L.; GERMANO, P.M.L. Bovine cysticercosis prevalence in the state
of São Paulo, Brazil. Rev. Saúde Publ., v.26, p.167-172, 1992.
VERONESI, R.; FRANÇA NETTO, A.S.; FOCACCIA R. Doenças infecciosas e
parasitárias. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.

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