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CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB

8° SEMESTRE EM ENFERMAGEM

Vanessa Silva Oliveira

Acidentes com perfurocortantes envolvendo enfermeiros na emergência

BRASÍLIA
2017
VANESSA SILVA OLIVEIRA

Acidentes com perfurocortantes envolvendo enfermeiros na emergência

Projeto de Trabalho de conclusão de


curso apresentado como requisito
parcial da disciplina Pesquisa em
Saúde.
Orientador: Prof. Walter Neto.

BRASÍLIA
2017
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1 INTRODUÇÃO

Os resíduos perfuro cortantes constituem a principal fonte potencial de riscos, tanto de


acidentes físicos como de doenças infecciosas. 
São os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias
rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar, tais como: lâminas de barbear, bisturis,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lâminas e outros assemelhados provenientes de
serviços de saúde.

Segundo (Simão et. al. 2010, p. 400), as infecções são mais propicias à
profissionais de enfermagem, pois os mesmos estão expostos a situações de risco.
Esse fator pode ser evitado e prevenido através da correta utilização de equipamentos
de proteção individual (Epi’s).

O ambiente hospitalar é insalubre, e os profissionais estão expostos a risco


diário. Isto significa que a equipe de enfermagem está mais vulnerável, e fazem parte
de um grupo de risco para acidentes de trabalho com perfurocortantes (SIMÃO et. al.
2010).

Estudos científicos revelam que acidentes com perfurocortantes (mais


especificadamente agulhas) equivalem de 80 a 90% da causa de transmissão de
doenças infectocontagiosas entre profissionais da saúde. Esses profissionais estão
sujeitos a esta condição por estarem em contato direto com o paciente, e pelo tipo de
procedimento realizado diariamente (SIMÃO, et. al. 2010).
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1.1 OBJETIVO

Identificar e listar os principais motivos dos acidentes de trabalho com materiais


perfurocortantes de profissionais da equipe de enfermagem.

1.2 JUSTIFICATIVA

Com base em dados o número de enfermeiros que se acidentam com perfurocortantes


é relativamente alto. Com este levantamento surge a importância sobre abordar o tema
para os profissionais de saúde envolvidos.

O correto manuseio de perfurocortantes pela equipe de enfermagem e os


cuidados com os mesmos pode evitar acidentes. Os profissionais estão cientes aos
riscos que expõem ao dispensar a utilização dos EPI’s, ainda sim, por negligência não
fazem o seu uso adequado. Enfermeiros devem ser orientados quanto aos riscos de
sua função, mais sabendo que há meios de prevenção. Por meio deste será possível
abordar a importância dos equipamentos de proteção e dos cuidados necessários.

1.3METODOLOGIA

Levantamento bibliográfico realizado com artigos científicos que abordam a seguinte


temática: Acidentes com perfurocortantes envolvendo enfermeiros na emergência.
Utilizou-se artigos científicos que abordam o tema escolhido.

Realizou-se análise de todo o material, seguindo-se as seguintes etapas: leitura


exploratória de artigos sobre o tema; leitura para selecionar aqueles pertinentes ao
tema desta pesquisa e leitura analítica para apreciação e julgamento das informações,
destacando-se os principais aspectos abordados sobre o tema.
Principais pontos relevantes sobre o tema destacado e abordados como material
relevante para a elaboração deste.
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1.4 REFERENCIAL TEÓRICO

A atuação da equipe de enfermagem é exposta a risco ocupacionais, o que pode


ocasionar em acidentes de trabalho. Com esses números relevantes faz-se importante
a utilização dos corretos equipamentos de proteção individual e coletivos, instrução a
toda equipe de enfermagem e campanhas educativas devem ser feitos para que os
riscos e acidentes sejam diminuídos (SILVA, et. al. 2012).

Com a ocorrência do acidente de trabalho propriamente dito, causa uma


fragilidade e culpa dos profissionais envolvidos. Psicologicamente falando isto causa
um transtorno enorme e na maioria das vezes os acidentes não são notificados e os
profissionais da segurança no trabalho não conseguem mensurar a sua proporção
(SILVA, et. al. 2012).

Os equipamentos de proteção são grandes aliados para a prevenção de


acidentes em ambiente hospitalar, os EPI’s e EPC’s devem ser utilizados de maneira
correta. Todo profissional deve ser instruído e corretamente treinado para seu correto
manuseio, outro fator importante é a correta lavagem de mãos e manuseio de resíduos
sólidos (ARAÚJO, et. al. 2014).

Os fatores biológicos são os que mais se destacam no setor de saúde,


quando se trata de acidentes de trabalho. Eles têm como representantes
os agentes biológicos tais como as bactérias, fungos, bacilos, parasitas,
protozoários e vírus. Esses são os mais evidentes devido à exposição a
sangue e fluídos corpóreos causados de infecções, ocasionados por
patógenos veiculados pelo sangue como o vírus da hepatite B, o vírus
da hepatite C e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida AIDS. Essa
contaminação ocorre mais frequentemente por via cutânea, em
decorrência de acidente de trabalho com materiais perfuro cortantes.
(SANTOS. et al., 2011, p.230).

A definição de acidente do trabalho segundo (JUNIOR, et. al. 2014) é a


ocorrência de acidente no ambiente de trabalho quando o profissional está em serviço.
É relacionado como acidente quando há lesão corporal ou perturbação funcional que
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ocasione em morte, perda ou redução (permanente ou temporária) da capacidade do


trabalho (previsto na lei nº 6.367, 19/10/76).

A princípio profissionais da saúde não eram vistos como propícios a acidentes de


trabalho, A preocupação e número de casos de acidentes surgiu com a certificação de
que profissionais que trabalhavam em laboratórios corriam sérios riscos (que fazem a
manipulação de microrganismo e analisam material biológico), Posteriormente na
década de 80 surgiu a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e foi constatado
que os riscos seriam piores e profissionais da saúde estavam expostos a esse tipo de
risco ocupacional (SIMÃO, et al. 2010).

A exposição desses profissionais causa uma quantidade significativa de pessoas


que se acidentam com algum tipo de perfurocortante, esse número é alarmante e
merece atenção especial. É necessário capacitar e treinar profissionais a fim de que
esses números aumentem ainda mais (JUNIOR, et. al. 2014).

Acidentes com perfurocortantes causam prejuízos de relevância nacional e


internacional. O manuseio incorreto de perfuro cortantes é considerado fator de risco
por expor a contaminação aos seguintes vírus: HIV, HBV E HCV (SANTOS, et. al.
2011).

Sabe-se que a exposição a esses vírus pode desencadear sérios problemas de


saúde, o profissional envolvido corre risco de adquirir doenças infectocontagiosas de
difícil tratamento, portanto deve-se sempre mencionar a importância do cuidado no
manuseio de material perfurocortante (SANTOS, et. al. 2011).

Diariamente várias pessoas sofrem algum tipo de acidente envolvendo


perfurocortante, o transtorno que este relato causa pode ocasionar não só em
problemas ocupacionais, mas também problemas psicológicos (JUNIOR, et. al. 2014).

Acidentes de trabalho e doenças ocupacionais são um problema de saúde


pública mundial, e a maior causa de acidentes com profissionais da saúde são de
natureza advinda do uso dos materiais perfurocortante, sendo a agulha o maior
responsável pela transmissão de doenças contagiosas. Diante desses fatos é
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necessário redobrar a atenção e buscar formas de prevenir acidentes (SIMÃO, et. al.
2010)

Ao assistir um paciente a equipe de enfermagem se expõe a vários riscos


ocupacionais, são riscos químicos, físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos e
psicossociais que são responsáveis pelos acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais (SIMÃO, et. al. 2010).

A comunicação do acidente é obrigatória e deve ser notificada a equipe de


segurança do trabalho, ainda assim existem casos de acidentes não notificados o que
mascara o número real de casos (JUNIOR, et. al. 2014).

De acordo com (SIMÃO, et. al. 2010), as atribuições de emergências


hospitalares elevam os riscos de acidentes pela carga excessiva de trabalho, a alta
demanda exige agilidade e estresse no trabalho. Ainda mais agravante é o fato dos
profissionais de enfermagem não tomar medidas de biosseguranças necessárias
durante o procedimento realizado.

O pronto socorro exige dedicação e expõe os profissionais a tomada de decisão


de questões cruciais, estão diretamente ligados a questões de vida ou morte de
pacientes o tempo todo e de procedimentos que podem causar danos para que o
manuseia (ABREU e MAURO, 2000).

A equipe de enfermagem trabalha com agulhas, seringa, escalpe, bisturi e


principalmente na hora do descarte acabam se perfurando e passando por situações
delicadas. Após essa situação medidas devem ser tomadas a fim de evitar problemas
maiores, o caso deve ser acompanhado de perto e medidas devem ser tomadas junto a
segurança do trabalho (BARBOZA, 2004).
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1.5 CRONOGRAMA

AGO SET OUT NOV

ATIVIDADES

2017 2017 2017 2017

Escolha do Tema

Definição dos Objetivos

Fundamentação Teórica

Entrega do Pré-Projeto (1°


etapa)

Revisão do Texto

Pesquisa Bibliográfica

Entrega do projeto final


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2 REFERÊNCIAS

ABREU, Maria Chaves Mauro. Acidentes de Trabalho com a Equipe de Enfermagem


no Setor de Emergência de um Hospital Municipal do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro: Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 2000. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/pdf/1277/127718313016.pdf >. Acesso em: 05 Nov 2017, 14:21.

ARAÚJO, Nayra da Costa e Silva. Acidentes perfuro cortantes e medidas


preventivas para hepatite B adotadas por profissionais de Enfermagem nos
serviços de urgência e emergência de Teresina, Piauí. São Paulo: Rev. bras. Saúde
ocup., 2014. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/1005/100537811006.pdf >.
Acesso em: 04 Nov 2017, 13:00.

BARBOZA, Zaida A.S.G. Soler; Luiz Ciorlia. Acidentes de Trabalho com Perfuro
Cortante Envolvendo a Equipe de Enfermagem de um Hospital de Ensino. São
Paulo: Arq Ciênc Saúde, 2004. Disponível em:
<http://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/Vol-11-2/ac07%20-%20id%2047.pdf >. Acesso
em: 07 Nov 2017, 12:01.

JÚNIOR, Rodolfo Batista Machado; ALMEIDA, Rone Antônio Alves de Abreu. Acidente
de Trabalho com Material Perfuro Cortante Envolvendo Profissionais e
Estudantes da Área da Saúde em Hospital de Referência. Tocantins: Rev Bras Med
Trab, 2015. Disponível em: <http://www.rbmt.org.br/export-pdf/6/v13n2a03.pdf>. Acesso
em: 05 Nov 2017, 02:10.

SANTOS, et al., Acidentes Perfuro Cortantes em Profissionais de Enfermagem de


Serviços de Urgência e Emergência em uma Capital Brasileira. Rio de Janeiro:
Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental, 2011. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/pdf/5057/505750891027.pdf >. Acesso em: 18 Set 2017, 10:54.

SILVA, Iara Veloso Moraes Gomes Soares Veloso de; Macssuel Silva dos Anjos.
Acidente Perfuro Cortante: Conhecimento e Uso de Dispositivo de Segurança.
Pernambuco: Revista Saúde.com, 2016. Disponível em: <http://
file:///C:/Users/Vanessa/Downloads/353-597-1-PB%20(1).pdf >. Acesso em: 07 Nov
2017, 12:11.

SILVA, Maria Lima da Glória; Marziale. O Conceito de Risco e os Seus Efeitos


Simbólicos Nos Acidentes com Instrumentos Perfuro Cortantes. Brasília: Rev Bras
Enferm, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v65n5/14.pdf >. Acesso
em: 04 Nov 2017, 14:50.
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SIMÃO, et al., Acidente de Trabalho com Material Perfuro Cortante Envolvendo


Profissionais de Enfermagem de Unidade de Emergência Hospitalar. Rio de
Janeiro: Rev. enferm. UERJ 2010. Disponível em:
<http://www.facenf.uerj.br/v18n3/v18n3a11.pdf >. Acesso em 18 Ago. 2017, 15:35.

SIMÃO, et al., Fatores Associados aos Acidentes Biológicos Entre Profissionais


de Enfermagem. Rio de Janeiro: Cogitare Enferm, 2010. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/pdf/4836/483648970017.pdf >. Acesso em: 15 Set. 2017, 11:36.

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