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energia através da captação dessas fontes de energia alternativa, como as águas dos rios e
oceanos, luz solar, ventos, biomassa, ondas e o calor oriundo da terra. No Brasil, o Nordeste
brasileiro é considerado uma das regiões com maior incidência de radiação solar, recebendo
uma grande quantidade de projetos com o intuito de estimular a utilização da energia solar em
variadas áreas. Pensando nisso, como a abordagem do uso de fornos solares de baixo custo no
nordeste brasileiro, para o cozimento de alimentos, pode ser eficiente em relação a aspectos
econômicos, sociais e ambientais?
Existe uma infinidade de pequenos incentivos por parte do governo brasileiro, para o
emprego da energia solar como uma fonte de energia limpa e alternativa na região do Nordeste,
no entanto, considerando seu grande potencial solar existente, isso ainda é pouco significativo.
Diante disso, a escolha e elaboração desse projeto foram motivadas por meio da percepção do
pouco investimento nessa região, em tecnologias sustentáveis para o aproveitamento desse tipo
de energia, como é o caso dos fornos solares. Portanto, o tema “Análise da importância do uso
de fornos solares de baixo custo no Nordeste brasileiro”, foi visto como oportuno e de grande
relevância para ser avaliado e discutido. Com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre o
assunto, atrair atenção para a sua importância, e contribuir para que haja interesse na elaboração
de novos projetos, como também no investimento para suas realizações.
5. Hipóteses da pesquisa
característica relevante, é que sendo capazes de serem usados em locais isolados, onde não há
rede elétrica, porém, apresenta insolação em abundância. Esses fornos proporcionam para
comunidades carentes um grande poder aquisitivo, em razão do seu baixo custo orçamentário
e de sua facilidade de construção. Assim como, possuem a possibilidade de servir como uma
opção de geração de renda, por meio do domínio da construção do forno solar para sua futura
comercialização.
6. Fundamentação teórica
Figura 2: Mapa Solarimétrico do Brasil, com a média anual da irradiação diária (MJ/m2 dia).
Para a escolha dos materiais a serem utilizados na construção de fornos solares tipo
caixa, alguns pontos devem ser levados em consideração, como a resistência do material a
elevadas temperaturas que podem ser atingidas no seu interior e à umidade, tendo em vista que
durante a cocção dos alimentos é liberado vapor de água. Na confecção desse tipo de forno, é
imprescindível que haja a utilização de basicamente quatro tipos de materiais, sendo eles:
Estruturais – responsáveis por garantir que a caixa mantenha a sua forma durante toda
sua vida útil. Dentre os materiais estruturais, pode-se destacar: papelão, madeira, plástico,
compensado, alcatex, bambu, metal, cimento, tijolos e pedras.
Isolantes – diminuem as perdas térmicas do forno solar durante o processo de cozimento
de alimentos, ajudando a manter temperaturas altas o suficiente para a cocção. Porém, para isso
é importante que o fundo da caixa e suas paredes tenham um bom isolamento, mediante o uso
de materiais isolantes que fazem uma boa retenção de calor. São exemplos de bons materiais
isolantes: penas, palha, lã e poliestireno.
Transparentes – permitem o aquecimento do forno solar por meio da criação do efeito
estufa no interior da caixa. Ao menos uma superfície do forno deve ser transparente e estar
voltada para o sol, considerando para isso dois fatores importantes: a angulação e a direção do
sol. Os materiais transparentes utilizados com mais frequência são: vidro e plástico.
Refletores – canalizam e concentram a energia solar, minimizando as perdas térmicas
em seu interior e aumentando a velocidade de cocção. São exemplos desse tipo de material:
folha de alumínio, espelhos, etc.
Fonte: http://solarcooking.org/portugues/sbcdes-pt.htm.
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Os fornos solares tipo caixa recebem esse nome por serem receptáculos fechados, são
conhecidos pela sua facilidade de confecção e uso, como também pelo baixo custo para sua
construção e sua capacidade de atingir temperaturas elevadas. Consistem em uma caixa isolada
termicamente, com cobertura transparente que permite a passagem dos raios solares e impede
que o calor saia. Tem por objetivo gerar uma atmosfera ao redor do alimento provocando o
efeito estufa, apresentando um funcionamento parecido ao de um forno convencional no
processo de assamento de alimentos. Sua estrutura costuma ser pintada na cor preta a fim de
potencializar a absorção de calor, visto que cores mais escuras tendem a refletir menos e
absorver mais a luz solar.
Esse tipo de forno aproveita tanto a radiação direta como a radiação difusa, sendo
possível o seu funcionamento em dias parcialmente nublados. O isolamento térmico faz com
que a cocção de alimentos continue durante determinado tempo, mesmo sem a presença de
radiação solar. Uma das principais vantagens do forno solar tipo caixa, é a sua possibilidade de
operar sem que haja interferência direta do usuário, fazendo com que o alimento que se encontra
em cozimento permaneça aquecido por mais tempo. Além disso, é importante ressaltar que os
riscos de operação são mínimos, já que o equipamento não produz nenhum tipo de chama,
fazendo com que o usuário não fique suscetível a queimaduras. (ARAÚJO, 2015).
A presença de refletores na composição dos fornos solares tipo caixa é de suma
importância, pois contribuem para a aceleração no aumento da temperatura interna e,
consequentemente, na diminuição do tempo de cozimento através da concentração de
radiação solar no interior da caixa. Quanto maior a quantidade de refletores mais rápido será
o processo de cocção.
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Fonte: http://www.sempresustentavel.com.br/solar.htm.
Não é de hoje que a energia proveniente do sol vem sendo utilizada para aquecer água,
secar frutas e etc. A primeira aplicação com esse tipo de energia ocorreu durante uma guerra
que aconteceu entre gregos e romanos na antiguidade, e foi feita pelo físico, matemático,
astrônomo e inventor Arquimedes de Siracusa. Ele construiu um conjunto de espelhos
parabólicos, com o objetivo de direcionar a radiação solar e com isso, queimar as velas dos
navios romanos.
Decorrido um longo período de tempo, o cientista francês Lavoisier, aproximadamente
na segunda metade do século XVIII, utilizou uma grande lente de 52 polegadas e outra de 8,
que foram capazes de atingir temperaturas próximas de 1750 ºC, considerada naquela época a
maior temperatura alcançada pelo homem (RAMOS FILHO, 2011).
No entanto, foi em 1767 que o primeiro fogão solar foi criado pelo franco-suíço Horace
Benédict de Saussure, e quem descreveu os primeiros experimentos com esse tipo de forno foi
seu filho Nicolas Théodore de Saussure, por volta de 1770. O forno, mostrado na figura 5, foi
confeccionado com duas caixas de madeira de pinho uma dentro da outra, isoladas com lã com
três coberturas de vidro, ele foi capaz de atingir temperaturas em cerca de 190 ºF (88 ºC) sendo
possível cozinhar algumas frutas (BEYER, 2004).
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Fonte: http://solarcooking.org/saussure.htm.
O processo de cocção do alimento em um forno solar, ocorre quando boa parte da luz
do sol, seja direta ou difusa, penetra na caixa por meio de sua tampa transparente, e é convertida
em energia térmica. Essa luz, é absorvida pelo fundo preto presente no forno, e o calor em seu
interior, promove o aumento da temperatura, de maneira que a perda de calor dentro se torne
igual ao ganho. Grande parte dessa radiação solar, não consegue retornar para o exterior por
intermédio da tampa, uma vez que tem seu comprimento de onda afetado ao ser transformada
em calor. E como consequência, fica retida no espaço fechado, ocasionando o efeito estufa.
6.9.1 Condução
6.9.2 Convecção
6.9.3 Radiação
É o nome dado à energia radiante emitida pelo sol, sua transmissão não exige a presença
de um meio material, isto é, a radiação se propaga ainda que haja a presença de vácuo, sob a
forma de ondas eletromagnéticas na região do infravermelho. O forno solar realiza o processo
de cocção dos alimentos por meio da radiação fornecida pelo sol, que ao entrar em contato com
o vidro transforma-se em energia térmica, essa radiação também é emitida pelos objetos no
interior do forno e até mesmo pelo alimento. Quando um corpo tem sua temperatura superior
ao zero absoluto (-273,15 °C) ele é capaz de emitir radiação térmica em várias direções, por
intermédio de uma ampla faixa de comprimento de onda. (MAGRI, 2012)
O tamanho da caixa do forno solar deve ser mensurado levando em consideração alguns
fatores como: se a caixa apresenta espaço suficiente para uma quantidade considerável de
alimentos cozidos, se pode ser facilmente transportada caso necessário, e se oferece espaço
suficiente para acomodar os utensílios de cozinha.
Ao comparar a área de perda de calor da caixa, com a sua superfície de coleta da radiação
solar, foi observado que quanto maior a área de captação, maiores temperaturas de assamento
serão obtidas. Possuindo duas caixas áreas de coleta da luz do sol de mesmo tamanho e
dimensão, a que apresentar um menor volume ficará mais quente, pois a sua área de perda de
calor se torna menor.
Para um melhor funcionamento, um forno solar tipo caixa que se encontra voltado para
o sol do meio dia, deve apresentar um comprimento maior em sua dimensão leste-oeste.
Fazendo por meio disso, um melhor uso durante um considerável período de tempo, do refletor
presente em sua composição. Em fornos de configuração quadrada ou que possuem uma maior
dimensão norte-sul, uma quantidade menor de energia solar será captada, pois a maior
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porcentagem da luz solar não atinge a área de coleta de luz da caixa, sendo ela refletida do
refletor para o chão.
Quanto mais tempo o forno estiver voltado para o sol, maior será sua eficiência, sendo
para este fim, necessário considerar dois fatores importantes: sua angulação e a direção do sol.
O forno solar tipo caixa que não apresenta refletor em sua estrutura precisa ser reposicionado
para ficar voltado para o sol, enquanto ele se move por meio do céu de meio-dia. Já as caixas
que possuem refletor, captam uma porção maior de energia solar através do regulamento do seu
refletor a fim de acompanhar o movimento do sol. Elas trabalham em temperaturas mais altas
em razão do seu reposicionamento sucessivo a cada 30-40 minutos. O ajuste de posição torna-
se menos necessário quando a dimensão leste-oeste da caixa é relativamente maior do que a
dimensão norte-sul.
7. Metodologia
8. Cronograma
Escolha do tema X
Levantamento
bibliográfico X
Coleta de dados X
Organização do
roteiro/partes X
Entrega do projeto X
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9. Referências
BEYER, H. G., PEREIRA, E. B., MARTINS, F. R., ABREU, S. L., COLLE, S., PEREZ, R.,
SCHILLINGS, C., MANNSTEIN, H., MEYER, R.. Assessing satellite derived irradiance
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Princípios dos Projetos dos Fogões Solares de Caixa. [S. d.]. Disponível em:
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Solarcooking. Horace de Saussure and his Hot Boxes of the 1700 ́s. [S. d.]. Disponível
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SOUZA, U.R.L.F. Estudo de um forno solar do tipo caixa fabricado com materiais
alternativos. 2018. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia
Mecânica) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal - RN, 2018.