27 de janeiro a 2 de fevereiro de 2023 Edição nº 571 Ano 13

Seguindo uma tradição da Casa, o novo conselheiro recebeu da esposa, Andreia Nierotka, as vestes talares

Na posse, novo membro do TCE-PR enfatiza a importância da orientação dos gestores

públicos, para evitar sanções geradas por falta de conhecimento das normas legais
 “Todos devemos prezar pela
boa utilização dos recursos públi-
cos. Afinal é isso que espera a po-
pulação que paga impostos, con-
tribui com seu trabalho, gera divi-
dendos e empregos. Nossa função
é fazer com que os recursos voltem
para melhorar a cidadania de cada
pessoa que habita o nosso Estado”.
Essas palavras marcaram o discur-
so de posse de Augustinho Zucchi
no cargo de conselheiro do TCE-PR.
A solenidade foi realizada na
tarde desta quarta-feira (25 de ja-
neiro), na sessão extraordinária nº
1/2023 do Tribunal Pleno. Zucchi
lembrou da origem rural e humilde
de sua família e do sonho de in-
fância, de ser agrônomo e depu-
tado – ambos já realizados. “Sem-
pre busquei retidão naquilo que
faço e vou trabalhar para que o Tri-
bunal continue tendo o respeito do
nosso país”, afirmou.
Na avaliação do novo conse-
lheiro, a atuação política e o con-
trole externo do gasto público têm o
mesmo sentido e cumprem os mes-
mos objetivos. “O critério é técnico
e legal, e a decisão deve ser justa”,
declarou. “Além de punir o que,
infelizmente, é o caso, é funda-
mental que se possa orientar, para
evitar que um mero erro técnico
possa levar a uma condenação.”
Solenidade
Compuseram a mesa da so-
lenidade de posse o presidente do
TCE-PR, conselheiro Fernando Gui-
marães; o vice-governador do Pa-
raná, Darci Piana; o presidente da
Assembleia Legislativa, deputado
Ademar Traiano; o procurador-ge-
ral de Justiça, Gilberto Giacoia; a
procuradora-geral do Ministério
Público de Contas (MPC-PR), Valé-
ria Borba; e o defensor público An-
dré Ribeiro Giamberardino. A pla-
teia foi composta por outras auto-
ridades, membros e servidores do
Tribunal, familiares e amigos do
conselheiro.
Após prestar o compromisso
legal e assinar o termo de posse,
Zucchi recebeu da esposa, Andreia
Nierotka, as vestes talares. Em se-
guida, tomou assento no plenário,
onde comporá a Segunda Câmara.
Ele ocupou a vaga do conselheiro
Nestor Baptista, que se aposentou
no final de novembro.
Indicado pelo governador,
Carlos Massa Ratinho Junior, Zuc-
chi teve o nome aprovado pela
Assembleia Legislativa do Estado
em 14 de dezembro passado. O
Decreto nº 12.902 com a no-
meação foi publicado em 30 de
dezembro, na edição nº 11.327 do
Diário Oficial do Poder Executivo
do Estado do Paraná.
 Em nome dos membros e ser-
vidores do TCE-PR, o presidente deu
as boas-vindas e desejou sucesso ao
novo conselheiro. A procuradora-
geral do MPC-PR, Valéria Borba,
destacou o currículo do empossado
e afirmou que a sua nomeação para
o cargo é o reconhecimento legíti-
mo desses méritos.
“O senhor merece estar
aqui. Tem um currículo à altura pa-
ra ocupar esta cadeira. Além de
arejar e renovar nossos quadros,
contribuirá enormemente para o
desenvolvimento do controle ex-
terno”, afirmou Valéria.
Currículo
Nascido em Itapejara do
Oeste (Sudoeste do Estado), Au-
gustinho Zucchi tem 60 anos. É
GALERIA DA POSSE
engenheiro agrônomo formado
pela Universidade Federal do Pa-
raná (UFPR). Durante o período de
estudos, atuou no movimento es-
tudantil. Funcionário de carreira
do antigo IAP – atual Instituto Água
e Terra (IAT) –, chefiou o Escritório
Regional de Pato Branco e foi di-
retor do órgão, em Curitiba. Entre
1991 e 1994, chefiou o Escritório
Regional da
Secretaria de Estado da Agricultura
em Pato Branco.
Foi deputado estadual por
cinco mandatos (entre 1994 e
2012). Na Assembleia Legislativa,
integrou diversas comissões e
presidiu, por quatro anos, a Co-
missão de Agricultura, Indústria e
Comércio. Foi membro da Mesa
Executiva em quatro mandatos,
nos cargos de secretário e vice-
presidente.
Deixou o Legislativo estadual
para exercer o mandato de pre-
feito de Pato Branco, cargo para o
qual foi eleito em duas gestões
(2013-2016 e 2017-2020). Antes de
ser eleito conselheiro do TCE-PR,
foi secretário estadual de Desen-
volvimento Urbano e Obras Públi-
cas no ano de 2022.
 GESTÃO

Instrução Normativa, proposta pela Diretoria de Protocolo, detalha parâmetros técnicos de

aleatoriedade, uniformidade, alternatividade e compensação, previstos no Regimento Interno
 Já está publicada, no site do
TCE-PR, a Instrução Normativa nº
177/2022. O texto, cujo link está
disponível ao final desta edição do
Contando para Você, regulamenta
o artigo 333, parágrafo 1º-B, do
Regimento Interno do Tribunal.
Nele, ficam estabelecidos,
em detalhe, os critérios para a dis-
tribuição de processos da Corte a
seus conselheiros e conselheiros-
substitutos, de acordo com os pa-
râmetros técnicos da aleatorieda-
de, uniformidade, alternatividade
e compensação – os quais estão
explicados no quadro abaixo.
A redação da norma foi pro-
posta pela Diretoria de Protocolo
(DP). Antes de seguir para a
apreciação do Pleno do TCE-PR e
após passar por algumas revisões,
o projeto de IN recebeu o respaldo
da Diretoria-Geral (DG), da Di-
retoria de Tecnologia da Infor-
mação (DTI) e da Diretoria Jurídica
(DIJUR) da Casa, bem como do
Ministério Público de Contas
(MPC-PR).
Na sessão de plenário virtual
nº 8/2022 do Tribunal Pleno,
concluída em 18 de dezembro
passado, o então presidente do
TCE-PR e relator do processo, con-
selheiro Fabio Camargo, mani-
festou-se pela aprovação, na ín-
tegra, do projeto de Instrução
Normativa apresentado, no que foi
acompanhado, de forma unâni-
me, pelos demais membros do
colegiado. A decisão está contida
no Acórdão nº 3196/22 - Tribunal
Pleno.

PRINCIPAIS CONCEITOS DA IN 177/2022

Possibilidade de todo conselheiro ou
conselheiro-substituto não impedido ser
Aleatoriedade
sorteado no momento da distribuição do
processo.
Tendência à relação de igualdade no
número de processos por assunto
Uniformidade
distribuídos entre conselheiros ou entre
conselheiros-substitutos.
Redução da probabilidade de o mesmo conselheiro ou
conselheiro-substituto ser sorteado em processo do
Alternatividade
mesmo assunto após a distribuição imediatamente
anterior, garantida a aleatoriedade.
Balanceamento matemático na probabilidade de cada
conselheiro ou conselheiro-substituto ser sorteado após
Compensação cada distribuição ou redistribuição de processo, a fim de
manter a uniformidade e a alternatividade, garantida a
aleatoriedade.
 Conheça e pratique as diretrizes do Plano Estratégico
O Plano Estratégico 2022-2027 define a trajetória que o TCE-PR percorrerá
nesses seis anos, quando completará oito décadas de atividades em defesa da boa
aplicação do dinheiro público. O documento fixa Missão, Visão e Valores do Tribunal.
E também estabelece 17 objetivos institucionais a serem alcançados no período.
Resultado de uma construção coletiva que envolveu membros e servidores
da Casa, o Plano Estratégico só será efetivamente executado se for conhecido e
praticado por todos. Uma publicação na área de Comunicados da página inicial da
Intranet reúne os links de acesso ao documento final (também publicado na aba
Institucional do site), ao vídeo de apresentação e a informações detalhadas sobre o processo
de planejamento estratégico institucional. Todos esses links também estão disponíveis ao
final desta edição do Contando para Você.

INSTITUCIONAL
Segundo a entidade, objetivo principal da divulgação das informações é verificar se a concessão
desses benefícios à iniciativa privada efetivamente se reverte em favor da sociedade
 A Associação dos Membros
dos Tribunais de Contas do Brasil
(Atricon) publicou Nota Reco-
mendatória orientando os TCs a
estimularem que os gestores pú-
blicos publiquem dados sobre os
gastos tributários, como as de-
sonerações fiscais concedidas,
suas justificativas, os valores re-
nunciados, os beneficiários e as
contrapartidas e impactos estima-
dos e gerados.
De acordo com a Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal (Lei Comple-
mentar n° 101/2000), os gastos
tributários compreendem “anistia,
remissão, subsídio, crédito presu-
mido, concessão de isenção em ca-
ráter não geral, alteração de alí-
quota ou modificação de base de
cálculo que implique redução dis-
criminada de tributos ou con-
tribuições”. Esses benefícios estão
previstos na legislação e podem ser
concedidos como instrumentos de
promoção de objetivos de políticas
públicas.
A renúncia de receita tam-
bém é chamada de gastos indi-
retos, já que o Estado deixa de
arrecadar ao conceder benefícios
tributários a atores privados para
incentivar a economia de determi-
nados setores ou visando a bene-
ficiar populações vulneráveis, por
exemplo. Segundo o presidente da
Atricon, o conselheiro Cezar Miola
(TCE-RS), a divulgação dos dados
permite verificar se benefícios fis-
cais que eventualmente implica-
ram renúncia de receita reverte-
ram-se, ao final, em efetivos bene-
fícios à sociedade.
A Nota Recomendatória n°
1/2023 da Atricon (cujo link está
disponível ao final desta edição)
detalha sete ações que podem ser
implantadas para dar transpa-
rência e estimular o controle social
dos recursos direcionados para es-
sa área. A entidade também sugere
que as informações sejam atua-
lizadas e disponibilizadas com lin-
guagem didática, em formato de
dados abertos e que permitam o
download. Além disso, a NR indica
que seja publicada uma série his-
tórica referente a, pelo menos, os
cinco últimos anos.
Pelo menos 14 dos 33
Tribunais de Contas do Brasil já
desenvolvem atividades de fis-
calização na área das receitas,
abrangendo temas como cobran-
ça, cálculo, constituição, controle,
registros contábeis, além da ava-
liação dos resultados alcançados
pelos benefícios fiscais e a trans-
parência conferida a eles.
DICA DA SEMANA
 Vencedor do Prêmio Jabuti de 2021, um dos mais importantes da literatura brasileira, a obra O Avesso de Pele,
do escritor Jeferson Tenório, aborda a questão do racismo e da falência do ensino público. Depois da morte do pai –
um professor de escola pública, em uma abordagem policial desastrada, em Porto Alegre –, o personagem, o narrador
Pedro, sai em busca de reconstruir as histórias paterna e materna.
Neste acerto de contas com o passado, Pedro recorda a vida de seus pais, um casal negro, em que o dia a dia se
choca com atitudes racistas na sociedade brasileira. Destes comportamentos, velados ou explícitos, Tenório mostra a
transformação dos seus personagens, expondo seus conflitos existenciais nas relações
familiares, amorosas e profissionais. Em linguajem direta e de forma contundente, consegue
colocar o leitor na situação dos personagens, sentindo o racismo que permeia nossa sociedade,
sem apelação e sem ser panfletário.

SERVIÇO
Livro: O Avesso de Pele Ano de lançamento: 2020
Autor: Jeferson Tenório Número de páginas: 192
Gênero: Ficção urbana Preço médio: R$ 45,00
Editora: Companhia das Letras

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 Tribunal de Contas do Estado do Paraná

Presidente Conselheiro Fernando Augusto Mello Guimarães Diretor-Geral David Gemael de Alencar Lima Coordenador-
Geral de Fiscalização Djalma Reisemberg Júnior Diretor de Comunicação Social Nilson Pohl Edição Valmir Denardin Textos
Isabelle Gesualdo, Marcelo Lancia, Murilo Erpen Zardo e Valmir Denardin Fotos Fabiano Contador, Divulgação e Arquivo DCS
Diagramação Luciana Nogueira Nascimento/DCS Infográficos Núcleo de Imagem/DCS Projeto gráfico Luciana Nogueira
Nascimento e Núcleo de Imagem/DCS Contando para Você é o boletim informativo interno do TCE-PR. Periodicidade:
semanal. E-mail: contandoparavoce@tce.pr.gov.br

Links desta edição

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para Você é o boletim informativo interno do TCE-PR. Periodicidade: semanal. E-mail: contandoparavoce@tce.pr.gov.br
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