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Abril/2016
ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Ministro José Eduardo Martins Cardozo
CONSULTOR-GERAL DA UNIÃO
José Levi Mello de Amaral Júnior
Elaboração do Manual
Rui Magalhães Piscitelli
Consultor da União -NUAEX-CGU-AGU
Advocacia-Geral da União
Edifício Sede AGU I - SAS Quadra 3 Lotes 5/6 CEP: 70070-030
Brasília-DF
Telefone: (61) 2026-8596
Permitida a reprodução parcial ou total desta publicação, desde que citada a fonte.
1
Este Manual de atuação na análise jurídica de Termos de Ajustamento de Conduta da
Consultoria-Geral da União, bem como de seus Órgãos de execução, visa a apresentar a
normatização básica aplicável à celebração dos referidos ajustes, sendo estruturado em
perguntas e respostas baseadas em legislação, pareceres elaborados pela Advocacia-Geral
da União bem como normas internas aplicáveis à matéria.
Reitere-se que, como uma de suas primeiras atividades, após o mapeamento dos
casos até então em trâmite e com atuação do Departamento de Assuntos Extrajudiciais -
DEAEX, o NUAEX preocupou-se, além de propor novas normas internas (como foi a Portaria
nº 13, de 2015, do Consultor-Geral da União, que passou a regulamentar a representação
extrajudicial), também em atualizar as normas internas vigentes afetas à sua área de atuação.
Exemplo disso foi a revisão da Portaria nº 09, de 2009, do Consultor-Geral da União,
redundando na edição da Portaria nº 12, de 2015, e, recentemente, a Portaria nº 19, de 2015,
a tratar sobre os procedimentos a serem observados quando da análise jurídica de termos de
ajustamento de conduta celebrados pelos órgãos da Administração Direta federal.
Neste manual, pioneiro na AGU sobre o presente tema, procura-se, então, apresentar
as principais questões que envolvem a celebração de termos de ajustamento de conduta, e,
após, passa-se à análise, em perguntas e respostas, da normatização.Constitui, pois, um guia
prático, não somente ao Advogado Público Federal que fará a análise jurídica das minutas de
TACs, mas, também, a quaisquer agentes públicos quando da condução de referidos
processos no âmbito da Administração Pública Federal direta, área de atuação dos órgãos
desta CGU relativamente à consultoria e assessoramento jurídicos.
Agradecemos sugestões de aperfeiçoamento, que podem ser remetidas para o
endereço eletrônico: cgu.nuaex@agu.gov.br ou rui.piscitelli@agu.gov.br
2
Sumário
1 – Qual a previsão constitucional que afeta, à AGU, a participação nos termos de ajustamento de
conduta? ..................................................................................................................................................... 4
5 – Há legislação interna, na AGU, sobre a atuação jurídica nos termos de ajustamento de conduta?... 8
6 – Como devem ser remetidas ao NUAEX as informações objeto da vigente Portaria nº 09, de 2009,
do Consultor-Geral da União, pelos Órgãos de Execução da CGU AGU? ............................................. 15
8 – A Consultoria-Geral da União prolatou alguma manifestação jurídica sobre o rito a ser observado
quando da rescisão dos TACs? ............................................................................................................... 32
9 – Há algum parecer vinculante para a Administração Pública, nos termos da Lei Complementar nº 73,
de 1993, exarado pela AGU? ................................................................................................................... 33
12 – Há, na Administração Pública Federal brasileira, legislações específicas sobre em qual momento
ou quais matérias podem ser objeto de TACs? ....................................................................................... 40
13 – O Ministério Público brasileiro tem alguma norma geral sobre TACs? ........................................... 44
3
1- Qual a previsão constitucional que afeta, à AGU, a participação nos
termos de ajustamento de conduta?
Art. 1º (...)
(...)
4
(...)
(...)
(...)
(...)
5
Art. 1ºO Advogado-Geral da União, diretamente ou mediante delegação, e os
dirigentes máximos das empresas públicas federais, em conjunto com o
dirigente estatutário da área afeta ao assunto, poderão autorizar a realização
de acordos ou transações para prevenir ou terminar litígios, inclusive os
judiciais.
Art. 38 (...)
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios,
acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e
entidades da Administração.
6
de 2010)
7
III - consolidar as orientações do Conselho Nacional de Justiça, Conselho
Nacional do Ministério Público, Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil e outros órgãos ou entidades federais que devam ser disseminadas
aos órgãos jurídicos da Administração Federal;
8
Art. 1ºDeterminar aos órgãos de direção superior da Advocacia-Geral da
União e a Procuradoria-Geral Federal que mantenham:
Art. 2º (Revogado)
Art. 3º (Revogado)
9
Art. 1º A atuação direta dos órgãos de consultoria e assessoramento jurídico
dos Ministérios e Órgãos da Presidência da República, das Consultorias
Jurídicas da União nos Estados e dos órgãos equivalentes na formalização
de Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) abrange os
casos em que a questão jurídica controversa não estiver judicializada.
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técnica e jurídica previstas nos incisos II e III do caput deste artigo;
Art. 5º (Revogado)
11
LISTA DE CHECAGEM DE DOCUMENTOS
Identificação no
Documentos Art. 3º da Portaria
Sapiens
I - manifestação de interesse da autoridade máxima do órgão na
1
celebração do TAC.
II - parecer técnico conclusivo do órgão competente sobre a viabilidade
2 técnica, operacional e financeira das obrigações a serem assumidas,
quando for ocaso.
III - parecer conclusivo do órgão de consultoria e assessoramento
3 jurídico sobre a viabilidade jurídica do TAC, contendo a análise da
minuta proposta.
IV - cópia da minuta do TAC, contendo as alterações decorrentes da
4 análise técnica e jurídica previstas nos incisos II e III do caput deste
artigo.
V - indicação do termo final do prazo para apreciação do pedido de
5
autorização, se for o caso. Data:____/____/______
VI - cópia de outros documentos que possam auxiliar no exame da
6
questão.
12
Art. 1º Esta Portaria estabelece os procedimentos para solicitação de
autorização ao Advogado-Geral da União para a celebração de Termo de
Ajustamento de Conduta, judicial ou extrajudicial, em que as autarquias e
fundações públicas federais figurem como compromissárias.
13
§ 2º O encaminhamento dos documentos e informações ao Departamento de
Consultoria e ao Departamento de Contencioso da Procuradoria-Geral
Federal deverá ser realizado utilizando-se, respectivamente, os endereços
eletrônicos consultoria.pgf@agu.gov.br e pgf.contencioso@agu.gov.br
14
VII - cópia de outros documentos que possam auxiliar no exame da questão;
e
Cada nova tratativa de TAC, bem como sua eventual futura formalização,
devem ser objeto de um processo sapiens específico, instruído com os
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documentos contidos nos arts. 2º e 3º da referida Portaria.
NOTA n. 00063/2015/NUAEX/CGU/AGU
1
Remete-se, no ponto, à leitura da NOTA n. 00003/2015/NUAEX/CGU/AGU, bem como do Memorando Circular n"
016/2015/CGU/AGU, no referido processo constantes, que requeria informações dos órgãos de execução da CGU-AGU sobre os
TACs celebrados nos anos de 2014 e 2015, o que se reitera aos órgãos de execução da CGU AGU que, eventualmente, não
tenham informado.
16
18. Ante todo o exposto, formulam-se 2 (duas) conclusões:
DESPACHO n. 00678/2015/NUAEX/CGU/AGU
(...)
17
13. Por fim, também considerando-se o direito ao recurso do
requerente a uma eventual negativa feita pela AGU, também por isso,
fora do DF, o encaminhamento e a decisão devem ser das CJUs,
ficando, assim, o Consultor-Geral da União como autoridade competente
para julgar eventual recurso, nos termos do art. 10 da Portaria 13,
gizando-se que somente para o caso das autoridades postas no § 1º do
seu art. 7º é que deve o recurso ser dirigido ao Advogado Geral da
União (Ministros do STF, Presidentes da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, Procurador-Geral da República e Defensor-Geral da
União).
(...)
20. Tudo isso, claro, sob os auspícios da Lei nº 9784, de 1999, a lei
do processo administrativo federal, previsto, isso, também,
expressamente no art. 14 da Portaria nº 13, de 2015, do Consultor-Geral
da União. (grifos no original)
18
DESPACHO n. 00507/2015/GAB/CGU/AGU
19
recursos em face de decisão do signatário representante da AGU de rescisão
dos TACs, observado o devido processo administrativo com prévia defesa à
decisão de rescisão, a despeito de o recurso dever ser dirigido ao representante
da AGU signatário do TAC, a fim de exercer seu juízo de retratação, se for o
caso.
NOTA n. 00052/2015/NUAEX/CGU/AGU
20
está equivocado. A legislação que rege o assunto, em nenhum
momento, diferencia a atuação de órgãos e entidades da Administração
Pública como compromissária ou como compromitente, quando da
celebração de TACs. É o que se pretende demonstrar desde já.
21
compromisso; ou como compromissária.
16. Com efeito, a Lei n. 7.347, de 1985, não traz qualquer distinção de
regime jurídico aplicável quando a Administração Pública figurar como
sujeito ativo ou passivo do TAC. Da mesma forma, o artigo 4º-A da Lei n.
9.469, de 1997, e o artigo 36, XIV, da Estrutura Regimental da AGU não
fazem, sequer, referência às duas situações.
18. Nesse ponto, é preciso ressaltar que o mencionado termo tem por
objeto fazer com que uma pessoa, física ou jurídica, passe a atuar na
forma disciplinada pela lei. Ou seja, por meio da avença não se criam
obrigações novas; a obrigação estipulada já é prevista em lei. O
diferencial é a cominação de penalidades.
22
os compromissos assumidos já foram estabelecidos por lei. Nesse
ponto, não existe razão para dar procedimento distinto nas hipóteses
em que a Administração Pública participa do ajuste na condição de
tomadora ou compromissária.
23
10. Aliás, o caso nem mesmo é de possibilidade teórica.
O Despacho nº 17/2013/DRF/CGO/DECOR/CGU/AGU afastou, no ponto, a
hipótese de serem os próprios órgãos e entes estatais a parte cuja
conduta precisa ser reconduzida à lei, como nos TACs propostos pelo
Ministério Público, que frequentemente conterão algum compromisso
gravoso ao erário. Há lógica jurídica, assim, em distinguir os efeitos
conforme a posição de "compromitente" ou de "compromissário". O
argumento sob foco mostra-se, portanto, equivocado.
NOTA nº 00053/2015/NUAEX/CGU/AGU
24
14. Dada essa delegação específica, subscrevem
conjuntamente o instrumento do ajuste o Ministro da Previdência Social
e o Consultor Jurídico da Pasta (seq. 1, PDF2, fls. 42). Ocorre que a
assinatura do titular do órgão ministerial abunda na espécie, segundo
as conclusões do Parecer nº 30/2011/DECOR/CGU/AGU, de 2 de maio de
2011, e do Despacho nº 44/2011/SFT/CGU/AGU, de 11 dos mesmos mês
e ano (doc. anexo). Em resumo, ambas as manifestações apreciaram
divergência entre a Procuradoria-Geral da União - PGU e a Procuradoria-
Geral Federal - PGF, de um lado, e a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional - PGFN, de outro, acerca da aplicação e dos efeitos do artigo
4º-A da Lei 9.469, de 1997, introduzido pelo artigo 84 da Lei 12.249, de 11
de junho de 2010. Lê-se no mencionado parecer:
25
Conclusão nesse sentido não atenderia, no mínimo, ao princípio da
eficiência, um dos norteadores da moderna Administração Pública;
"45. Outro ponto que também cabe uma maior reflexão é a questão
relacionada à legitimidade para formalizar o TAC.
[...omissis...]
26
quaisquer atividades de natureza jurídica afetas à União, em relação às
quais a AGU deverá atuar em defesa dos interesses de qualquer dos
Poderes da União, não incluindo a prática de atos de representação
política e legal destinados à Administração ordinária dos seus diversos
órgãos."
53. Por sua vez, não se pode desprezar a nova regra legal constante do
parágrafo único do art. 4º-A da Lei nº 9.469/97, que determina:
"A Advocacia-Geral da União poderá solicitar aos órgãos e entidades
públicas federais manifestação sobre a viabilidade técnica, operacional
e financeira das obrigações a serem assumidas em termo de
ajustamento de conduta, cabendo ao Advogado-Geral da União a
decisão final quanto à sua celebração."
(...)
(...)." (N)
55. Ou seja, esses dispositivos põem por terra qualquer argumento que tente
afastar a legitimidade da Advocacia-Geral da União e seus órgãos
vinculados na formalização do TAC em nome da União, suas autarquias
e fundações, bem como a competência do Advogado-Geral da União em
decidir por sua celebração, o que inclui a sua assinatura.
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56. Portanto, a decisão final quanto à celebração do TAC caberá ao
Advogado-Geral da União, ou, em caso de delegação, a outra autoridade da
Advocacia-Geral da União, uma vez que aqueles artigos não vedam a
possibilidade de desconcentração das atribuições daquela autoridade
máxima.
[...omissis...]
h) o parágrafo único do art. 4º-A da Lei nº 9.469/97 e o art. 36, inciso XIV,
do Decreto nº 7.392/10 põem por terra qualquer argumento que tente
afastar a legitimidade da Advocacia-Geral da União e seus órgãos
vinculados na formalização do TAC em nome da União, suas autarquias
e fundações, bem como a competência do Advogado-Geral da União em
decidir por sua celebração, o que inclui a sua assinatura;
i) a decisão final quanto à celebração do TAC caberá ao Advogado-Geral
da União, ou, em caso de delegação, a outra autoridade desta
Instituição, não havendo necessidade de assinatura conjunta com o
Ministro da pasta respectiva, ou, no caso das autarquias e fundações
públicas federais, com o seu chefe maior; e" (destaques do original)
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16. Essa última peça foi aprovada pelo Despacho do
Consultor-Geral da União nº 328/2011, de 16 de maio de 2011, e pelo
Advogado-Geral, como demonstra o primeiro arquivo anexo. Constitui,
portanto, o entendimento atual acerca da aplicação e dos efeitos do
artigo 4º-A da Lei 9.469, de 1997.
29
9.469, de 1997 —, a atribuição para apreciar recurso contra o ato que
rescindir o termo em destaque, em tese, ou é do Advogado-Geral
mesmo ou do Consultor Jurídico do MPS, delegatário daquela
autoridade para presentar a União no TAC celebrado com o Município de
Caiuá (SP) e com o IPRECA.
30
regular desenvolvimento do devido processo. Assim, eventual recurso,
na forma do artigo 56, § 1º, da Lei 9.784, de 1999 (item 8, supra), será
interposto perante ele (Consultor), a fim de exercer, se for o caso, o juízo
de reconsideração. Se não reconsiderar, remeterá o apelo ao Advogado-
Geral, não pelo fundamento de ser este a "autoridade superior" — que
de fato é —, mas pelas razões jurídicas conjugadas de que (i) é o
Advogado-Geral que, na origem, representa extrajudicialmente a União
em TACs, à luz do artigo 4º-A da Lei 9.469, de 1997; e (ii) a decisão de
recurso administrativo constitui competência indelegável, consoante o
artigo 13, II, da Lei do Processo Administrativo Federal. Dito de outro
modo, para rematar: ainda que tenha delegado a competência para
presentar a União em TAC, ao Advogado-Geral cabe apreciar e decidir o
recurso interposto contra a rescisão do ajuste, funcionando como
instância decisória única.
III. CONCLUSÃO
DESPACHO n. 00591/2015/NUAEX/CGU/AGU
31
2. Ainda, na referida Nota, houve menção de Despacho
deste signatário, no qual, realmente, tencionou-se clarificar a questão
quanto a rescisão, do quê se vê abaixo recortado da referida Nota:
(...)
3. Assim, a p r o v a n d o a NOTA nº
0053/2015/NUAEX/CGU/AGU, remeto o presente Despacho ao Consultor-
Geral da União substituto, pela abrangência que a referida Nota e o
presente Despacho terão, como verdadeiro caráter orientativo a todos
os órgãos de execução desta Consultoria-Geral da União, para fins de,
após sua aprovação, de expedição de memorando circular a todos os
órgãos de execução desta Consultoria-Geral da União para fins de
ciência do contido na referida Nota bem como neste Despacho. (grifos
apostos)
e o Ministério da Previdência, em
não acolhendo-os, notificar novamente o Município de Cauã, desta feita, da
rescisão, bem como das sanções aplicáveis, conforme previsões contidas no
TAC;
sal
próprio do TAC, e, em não havendo, subsidiariamente, aplicar-se o previsto
no art. 59 da Lei nº 9784, de 1999[2], em face de sua subsidiariedade aos
32
processos administrativos federais[3];
33
131 da Constituição Federal e na Lei Complementar nº 73, de 1993.
(...)
7. Parecem-me adequadas as conclusões do mencionado Parecer
quando apontam a necessidade de participação da Advocacia-Geral da
União na celebração de termo de ajustamento de conduta, juntamente
com o agente público titular do órgão compromissário, tendo em vista
as implicações da assinatura do mencionado termo, em face do contido
no texto constitucional e na LC nº 73/93. Destaco, nesse sentido, os
itens 30, 31 e 37 do citado Parecer.
34
PARECER Nº AGU/RA- 03/2007
(...)
35
Nota no AGU/MS 17/2004 por fornecerem substrato suficiente para
clarificar a questão, in verbis:
(...)
36
União deverá estar presente por intercessão da unidade contenciosa
que for responsável pelo o acompanhamento do processo.
37
TAC, ajuizar demanda judicial sobre a mesma controvérsia, sob pena de
configuração de conduta contraditória.
2. No especial, a parte recorrente não atacou o fundamento (b), limitando-se
a afirmar que (i) o termo de ajustamento de conduta (TAC), no caso, não
constitui título executivo extrajudicial por não cumprir com as exigências
legais e (ii) o objeto da presente demanda abrange aspectos de indenização
não abarcados pelo TAC.
3. Incidente, pois, a Súmula n. 283 do Supremo Tribunal Federal, por
analogia.
4. Recurso especial não conhecido.
4
O devido processo administrativo na execução de termo de ajustamento de conduta. Revista de Direito Administrativo e
Constitucional AeC Belo Horizonte, n. 31, ano 8 Janeiro / Março 2008
Disponível em: <http://www.bidforum.com.br/bid/PDI0006.aspx?pdiCntd=52616>. Acesso em: 16
fev. 2016.
39
exigências contidas no pacto, cujos contornos fáticos já terão sido objeto de
regular determinação.
De fato, com a intimação informando que, no entender da autoridade, as
providências tomadas ainda se mostram insuficientes para dar fiel
cumprimento ao TAC, o compromissário terá prazo para adequar suas
medidas ou prestar os esclarecimentos necessários. Se, mesmo após a
intimação, não forem tomadas as providências necessárias, será cabível a
aplicação das multas de natureza cominatória. Nesse momento, sabendo o
teor da irregularidade apontada, o compromissário haverá de buscar sua
correção no período mais breve possível, para que sua multa não seja
multiplicada.
5
Disponível em: http://www.anatel.gov.br/legislacao/resolucoes/2013/680-resolucao-629 Acesso em: 07 de janeiro de 2016.
40
radiodifusão, o TAC restringir-se-á às matérias inseridas no âmbito das
competências originárias da Agência.
(...)
41
Art. 13. O TAC deverá conter, dentre outras, as seguintes cláusulas:
VIII - vigência, cujo prazo será improrrogável e não poderá ser superior
a 4 (quatro) anos.
(...)
Art. 17. O compromisso de ajustamento da conduta irregular discriminará
todas as obrigações e ações necessárias para corrigir e evitar infrações de
igual natureza àquela praticada pela Compromissária, bem como para a
reparação dos usuários atingidos, se for o caso.
42
serão estabelecidos compromissos adicionais que impliquem benefícios a
usuários e/ou melhorias ao serviço, das seguintes espécies:
(...)
(...)
43
Art. 33. Na hipótese de decisão pelo cumprimento do TAC, o Conselho
Diretor emitirá o Certificado de Cumprimento, o qual deverá ser publicado no
Diário Oficial da União, bem como nas páginas da Agência e da
Compromissária na internet, em local específico e de fácil acesso e pesquisa.
(...)
6
Disponível na íntegra em: http://www.cnmp.gov.br/portal/images/stories/CNMPHistoria/resolucao_23_alterada_pela_59_10.pdf
44
14 – Independentemente da previsão específica dos TACs, há normatização
vigente sobre outras formas de resolução extrajudicial de conflitos envolvendo
a Advocacia-Geral da União?
Sim, há. Recentemente foi editada a Lei nº 13.140, de 2015, a qual prevê forma
extrajudicial de resolução de conflitos, tanto entre entes públicos quanto quando
envolver, de um lado, ente público, e, de outro, agentes privados. Assim recortamos
do seu conteúdo, ressaltando a importância de necessária participação dos órgãos de
Advocacia Pública, ressaltando a referida Lei ainda estar pendente de edição de
Decreto regulamentar, bem como de normatização interna no âmbito da AGU
(registrando-se não ter-se alterado o art. 4º-A da Lei nº 9469, de 1997):
45
§ 3o Se houver consenso entre as partes, o acordo será reduzido a
termo e constituirá título executivo extrajudicial.
Seção II
Dos Conflitos Envolvendo a Administração Pública Federal Direta, suas
Autarquias e Fundações
46
§ 2o Ao fazer o pedido de adesão, o interessado deverá juntar prova de
atendimento aos requisitos e às condições estabelecidos na resolução
administrativa.
47
Art. 38. Nos casos em que a controvérsia jurídica seja relativa a
tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ou a
créditos inscritos em dívida ativa da União:
III - quando forem partes as pessoas a que alude o caput do art. 36:
48