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AULA 6
O amor à Deus e o amor
ao mundo

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Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo,
o amor do Pai não está nele.

Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupis-


cência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de
Deus permanece para sempre. 1 João 2:15-17

João fala a respeito de não amar o mundo. O foco de João é nos dizer
que devemos amar a Deus e amar o próximo. Ele quer explicar para
nós isso e nos ajudar a compreender o que significa esse amor.

Mas obviamente, amar uma coisa muitas vezes vai significar você des-
prezar outra. O próprio Jesus disse - “você não pode ter dois senhores, ou
você ama um e despreza o outro, ou despreza o outro e ama um”. A gente
vai ter que fazer escolhas na nossa vida.

João está dizendo para nós que não podemos amar a Deus e amar o
mundo. De que mundo que ele está falando? Do mundo criado por
Deus? Não, ele não está dizendo que a gente não pode amar a cria-
ção. O que João fala é a respeito de colocar as coisas criadas acima do
Criador. E por isso ele usa uma palavra que, em algumas Bíblias mais
antigas, é traduzida como “concupiscência’’ - traduzida aqui como de-
sejo. Um desejo desenfreado, que não tem parâmetros. Um desejo que
não é contido. Esse desejo, essa concupiscência, é aquilo que significa
para João o amor ao mundo.

Para que João possa nos explicar isso, ele traça um paralelo com uma
passagem muito conhecida que é Gênesis 3 que diz para nós como
que Eva olhou pro fruto proibido e desejou comer daquele fruto,
mesmo sabendo que existia um mandamento da parte de Deus que
ela não deveria comer. Isso é o que a Bíblia quer dizer com “concupis-
cência” ou com “desejo desenfreado”. É um desejo que se recusa a ser
contido pelos mandamentos de Deus.

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O que talvez na nossa mente até faça sentido, porque a gente pensa:
“os desejos pecaminosos são realmente muito fortes”, mas dentro da
realidade e o pecado não faz sentido. Por quê? Porque os parâme-
tros da lei de Deus, essas balizas, essas restrições, elas não tem como
objetivo nos privar do prazer, pelo contrário, o objetivo da lei de Deus
é que nós possamos experimentar aquilo que Deus criou para que nós
possamos desfrutar de uma maneira que seja não prejudicial para nós.

Um desejo desenfreado é um desejo que, invariavelmente, pelo fato


de estar desenfreado, vai bater em um muro e vai causar prejuízo. Ele
é semelhante a um carro desenfreado, que pode alcançar altíssimas
velocidades, mas que não consegue diminuir essa velocidade quando é
necessário, então o seu fim é trágico. Um carro que tem freio consegue
alcançar grandes velocidades, mas também consegue diminuir essa
velocidade e parar quando é necessário.

O desejo desassociado do amor à Deus e da obediência aos manda-


mentos, é um desejo desenfreado que vai causar uma tragédia. Mas o
desejo humano por prazer, por alegria, por satisfação criado por Deus,
vai ser desfrutado mesmo na era vindoura, mesmo no reino de Deus.

Então João faz o paralelo com a fala de Eva, quando Eva diz que - o
fruto daquela árvore, do conhecimento do bem e do mal, parecia algo
agradável para se comer - e aí você tem o desejo da carne - Ele era
agradável aos olhos - aí você tem o desejo dos olhos. - Ele parecia algo
que era bom pra dar entendimento - e aí você tem a soberba da vida.

Deus é muito sábio na forma como Ele coloca as coisas na Sua palavra
e na forma como Ele faz todas as coisas, porque quando a gente fala
da árvore do conhecimento do bem e do mal e quando a gente fala de
qualquer outro pecado, você não vai encontrar nenhum pecado que
lide com coisas que não foram criadas por Deus.

Todo pecado é o uso indevido daquilo que foi criado por Deus.

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Quando você olha para a situação no Éden, em Gênesis 3, o que você
vê?

Você vê a mulher querendo fazer algo que aparentemente é legítimo:


comer o fruto de uma árvore.

Deus permitiu que eles comessem de todas as árvores do jardim, mas


Ele proibiu que eles comessem da árvore que tinha o fruto do conhe-
cimento do bem e do mal. Então a mulher pega desejos legítimos, mas
coloca em um contexto ilegítimo, e por conta disso, não só ela, mas o
seu próprio marido, que não é enganado pela serpente - de acordo com
o que as escrituras dizem, mas peca de maneira voluntária - ambos caem
no pecado, simplesmente porque quiseram fazer algo que não era de
todo ruim, mas fora do seu contexto correto. Comer frutos de árvores
não era em si pecado, mas comer o fruto daquela árvore era algo que
Deus havia proibido.

Logo, chegamos à conclusão que todo pecado vai sempre apontar para
uma coisa da criação de Deus, que foi criada por Deus, mas que foi
utilizada da maneira errada.

Isso se aplica ao sexo, porque o sexo muitas vezes vai ter a ver com o
desejo desenfreado da nossa carne, ou um desejo desenfreado dos nossos
olhos, ou um desejo desenfreado por status social. Podemos aplicar isso
ao dinheiro, às possessões, à autoridade, ao poder, a qualquer coisa -
Todas essas coisas foram coisas criadas por Deus.

O poder vai continuar existindo na era vindoura. Teremos autoridade,


teremos governo, teremos tudo isso acontecendo. Mas as coisas vão
acontecer dentro do seu contexto correto - tudo em submissão a Deus.
Por isso, quando João fala a respeito de amar o mundo, ele não está
dizendo que você não pode desfrutar das coisas deste mundo. O que
ele diz é que - a partir do momento em que seu desejo pelas coisas
deste mundo se desvencilha dos parâmetros da lei de Deus, você está
começando a substituir o seu amor, que deveria ser primordialmente
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pelo Senhor, por um amor que vai ser primordialmente pelas coisas
criadas pelo próprio Deus. A idolatria, o pecado, não é outra coisa
senão desfrutar das coisas que Deus criou, desassociadas do criador
de todas as coisas.

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