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Capitão que comandou


segurança de juíza assassinada
foi acusado de chefiar milícia
Chico Otavio e Gustavo Goulart, , e
19/08/2011 - 00:00 / Atualizado em 03/11/2011 - 16:36

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RIO - O capitão da reserva da PM Nelson


Ruas dos Santos, de 53 anos, identificado
pela juíza Patrícia Acioli, em 2009, como
amigo e responsável pela indicação dos
militares que faziam a sua segurança, está
citado no relatório da CPI das Milícias, da
Alerj, como suspeito de chefiar um grupo
paramilitar no Jardim Catarina, em São
Gonçalo.

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Eleito vereador do município nas últimas


eleições pelo Partido Social Cristão (PSC),
com 6.095 votos, Capitão Nelson era
considerado um dos poucos oficiais egressos
do 7º BPM (São Gonçalo) em quem a juíza,
assassinada com 21 tiros no último dia 11,
confiava. Em 2009, quando Patrícia se
envolveu numa briga de rua, foi Nelson, em
companhia do coronel Marcos Jardim, que a
socorreu.

O capitão teria se aproximado da


magistrada há dez anos, quando chefiava a
P2, serviço reservado do 7ºBPM. Em 2002,
ele passou a escolher os soldados que
integrariam a segurança de Patrícia, todos
da P2. De lá, saíram para o gabinete de
Patrícia os cabos Marcelo Poubel Araújo,
com quem ela teria um relacionamento
amoroso, e Wladimir Damasco Freitas, o
Porca Russa, assassinado com 20 tiros em
outubro de 2009.

5ª VARA CRIMINAL: Fórum de São


Gonçalo amplia atendimento e reforça
segurança com detectores de metais

VÍDEO: Substituto de juíza assassinada fala


dos desafios do Júri em São Gonçalo

Capitão da reserva nega as acusações

Divulgado em 2008, o relatório final da CPI


das Milícias requereu providências urgentes
ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ao
Ministério Público Eleitoral contra
candidatos às prefeituras e às Câmaras do
Rio, "com o fim de evitar formação de
currais eleitorais por coação ou
clientelismo". Nelson encabeçava a lista de
suspeitos.

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A página do relatório que descreve a atuação


das milícias em São Gonçalo aponta Capitão
Nelson como chefe de um grupo composto
por 14 pessoas, responsável pela cobrança
de pedágio a moradores, comerciantes e
donos de vans do Jardim Catarina. O bando
também era acusado de explorar TV a cabo
ilegal.

Procurado pelo GLOBO, o capitão da


reserva disse ter sido investigado pela
Polícia Federal e pela Delegacia de
Repressão às Ações Criminosas Organizadas
(Draco). Segundo ele, nenhuma das
denúncias acusando-o de ser chefe de
milícia foi confirmada.

- O relatório original da CPI das Milícias


inseriu até denúncias feitas ao Disque-
Denúncia, sem nenhuma comprovação. Já
fui investigado e nada ficou provado contra
mim. Podem vir a São Gonçalo e perguntar
quem é o Capitão Nelson, que só ouvirão
coisas boas - afirmou o vereador, que está
em seu segundo mandato.

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VÍDEO: Advogado entrega ao TJ provas de


que juíza pediu proteção

OFÍCIO: Em documento de julho de 2007,


juíza assassinada reclamou, em ofício, da
redução de escolta

O militar da reserva contou ter conhecido a


juíza durante investigações de crimes que
ela julgaria. De acordo com ele, a relação se
tornou mais próxima em 2001, quando ela o
procurou pedindo ajuda. Patrícia descobrira
ameaças de morte e perguntou se ele
poderia fazer parte de sua segurança
pessoal.

- Respondi que sim, desde que autorizado


pela Secretaria de Segurança e pelo
comando da Polícia Militar. Levei-a ao
encontro do comandante da PM e ela fez a
solicitação. Depois, escolhi quatro homens
da minha confiança para a sua escolta. Eu
era chefe da 2 Seção do 7 BPM e passei a
comandar a sua segurança. Fiquei com ela
até 2002, quando saí para fazer um curso.
Mas a relação ficou próxima - explicou.

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Em julho de 2009, ao ser cobrada pelo então


presidente do Tribunal de Justiça do Rio,
desembargador Luiz Zveiter, sobre uma
briga de rua em que se envolvera, Patrícia
explicou, em ofício, que o problema
aconteceu em Porto das Pedras (São
Gonçalo), em frente a um clube de pássaros,
quando saiu em perseguição a um soldado
da PM, Michel Leandro Duarte, que teria
ameaçado de morte seu companheiro, o
cabo Poubel.

Ao tentar prendê-lo em casa, Patrícia se


atracou com a avó do policial. Depois da
confusão, Nelson esteve no local para ajudá-
la. No mesmo ofício, em que também
explica as razões pelas quais teria
investigado um oficial da Divisão de
Segurança Institucional do TJ, a juíza conta
que Nelson teria sinal verde do comando da
Polícia Militar para selecionar os homens da
sua segurança pessoal. Ela explicou que
optou pelo capitão por não confiar na equipe
de segurança do TJ.

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O advogado Técio Lins e Silva, contratado


pela família da juíza para acompanhar as
investigações sobre o assassinato de
Patrícia, disse desconhecer que o vereador
Capitão Nelson tenha sido o responsável
pela segurança da magistrada.

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