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Tunísia em jogo marcado por racismo

Polícia investiga caso de


discriminação racial e
homofobia dentro de igreja
”Para de ficar postando coisa de gente preta, de gay”,
diz mulher durante discurso

Foto: Reprodução/Redes sociais

Cleber Rodrigues, da CNN, no Rio de Janeiro

04/08/2021 às 00:12

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 A Polícia Civil abriu inquérito para apurar


um caso de discriminação racial e
homofóbica durante uma pregação na
Igreja Sara Nossa Terra em Nova Friburgo,
Região Serrana do Rio. No vídeo que
circula nas redes sociais, Karol Cordeiro,
membro da igreja, pede para que as
pessoas deixem de fazer postagens sobre
temas raciais e ligados à causa LGBTQIA+,
momento em que ela utiliza as expressões
que são alvos da investigação. 

“É um absurdo pessoas cristãs levantando


bandeiras políticas, bandeiras de pessoas
pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá
quantos símbolos tem isso aí. É uma
vergonha, desculpa falar, mas chega de
mentiras, eu não vou viver mais de
mentiras. É uma vergonha. A nossa
bandeira é Jeová Nissi. É Jesus Cristo. Ele
é a nossa bandeira. Para de querer ficar
postando coisa de gente preta, de gay,
para! Posta palavra de Deus que
transforma vidas. Vira crente, se
transforma, se converta!”, diz Karol em um
trecho de sua pregação. 

Leia mais

Conheça sete políticos poderosos pelo


mundo que são abertamente LGBTQIA+

Relatório do Alto Comissariado da ONU


aponta ‘racismo sistêmico’ no Brasil

Cristo Redentor é iluminado para lembrar


importância do combate ao racismo

 Após tomar ciência do vídeo, a 151ª DP


em Friburgo decidiu abrir um inquérito. De
acordo com o delegado Henrique Pessoa,
o vídeo indica a prática dos crimes de
discriminação racial e homofobia. 

“Ali tem um teor claramente racista e


homofóbico, o que configura transgressão
típica. De tal modo que a pena é de três a
cinco anos, com circunstâncias
qualificadoras por ter sido feito em mídias
sociais e através da imprensa”, explicou
Pessoa. 

Ainda segundo o delegado, a mulher


prestará seu depoimento na quinta-feira
(05), às 10h. 

*Fala gerou indignação entre autoridades e


movimentos em defesa da igualdade *

Em nota de repúdio, o Coletivo Negro Lélia


Gonzalez NF lamentou as expressões
usadas na pregação e afirmou que o
discurso alimenta o ódio. 

“Ao se colocar de forma superior, ofende


nossa população, concorda com
extermínio da juventude negra assim como
as operações em territórios periféricos e
favelados resultando em chacinas,
normaliza desaparecimento de nossas
crianças, naturaliza o feminicídio que
 incidente nas mulheres negras cis e trans,
o primeiro lugar de morte de mulheres
trans e travestis no Brasil, nosso
encarceramento em massa nas senzalas
modernas, aceita a política de genocídio
através da pandemia e não o seu combate
e prevenção”, diz trecho da nota. 

O deputado estadual Wanderson Nogueira


(PDT) também fez uma postagem
condenando o comportamento. 

“Tenho certeza que esse não é o


pensamento cristão. Machuca ouvir”, disse
o político.

Primeira mulher negra eleita na Câmara de


Vereadores de Nova Friburgo, Maiara
Felício (PT) discursou sobre o tema na
sessão ordinária desta terça-feira (03/08).

“Infelizmente a gente tem que ver nas


redes sociais e na televisão uma pessoa
que se diz pregadora, disseminando o
ódio. No lugar que a gente espera que
tenha acolhimento e amor”, lamenta,
Maiara.

A defesa de Karla Cordeiro afirmou que


sua cliente não teve a intenção de ofender
ninguém. 

“Ela vai se apresentar à delegacia de


polícia, vai prestar os esclarecimentos
necessários para explicar toda essa
confusão ocorrida e que não era a
intenção dela”, disse o advogado Paulo
Donin.

A CNN não conseguiu contato com a Igreja


Sara Nossa Terra para comentar o
ocorrido.

Tópicos

LGBTQIA+ Racismo

Rio de Janeiro (estado)

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