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Teatro
Seguro em Pautaà escritora Joana Aguinaga e
Elas se juntaram
alegam terem sido abusadas sexualmente na
BBB
Tem no Rio
infância e na adolescência por Estélio Zen

Por Marcia Disitzer


21/05/2023 04h30 · Atualizado há 7 horas

Luciana Walther, Joana Aguinaga e Karina Kuschnir — Foto:


Ana Branco

No dia 26 de março, a revista ELA


publicou um depoimento da escritora
Joana Aguinaga, de 51 anos. ela
narrou detalhes do que diz ter sido o
abuso sexual, dos 11 aos 14 anos,
cometido por um famoso ortodontista,
da alta sociedade, que atendia em um
consultório em Ipanema, no coração
da Zona Sul do Rio. “O silêncio não é
mais uma opção. Para combater a
pedofilia é necessário ampliarmos o
conhecimento sobre suas diversas
manifestações”, declarou Joana, no
seu relato.

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A partir da data da publicação da


reportagem, a escritora recebeu
incontáveis retornos pelo direct do
Instagram. Entre eles, mensagens de
20 mulheres, de sua mesma faixa
etária, que escreveram ter identificado
imediatamente o abusador e
reconhecido o seu modus operandi.
“Nunca disse o nome dele. Elas me
falavam quem era, e eu apenas
confirmava”, ressalta Joana. O grupo,
formado por pessoas que hoje moram
em diversas cidades do Brasil e em
outros países, conectou-se,
compartilhou lembranças dolorosas e
resolveu levar os fatos ao
conhecimento das autoridades.

Para isso, contrataram a ex-promotora


Gabriela Manssur, presidente do
Instituto Justiça de Saia e notória
defensora dos direitos das mulheres.
No último dia 8, o Ministério Público
do Rio de Janeiro recebeu a notícia-
crime, apresentada pela advogada
Gabriela Manssur — e entregue nas
mãos da procuradora de Justiça do
MP Carla Araújo — dos atos que
teriam sido cometidos pelo
ortodontista pediátrico Estélio Zen. As
sete denunciantes alegam ter sido
vítimas de abuso sexual em situação
de vulnerabilidade (por serem todas
crianças e adolescentes à época). “O
Ministério Público, agora, distribui o
processo para um promotor, que pode
requisitar a instalação de um inquérito
policial. O que é um inquérito policial?
É a colheita de provas. Como já se
passaram muitos anos, temos o
depoimento das vítimas. Entrarei com
uma ação declaratória de validade
para elas confirmarem as afirmações
em juízo. Também solicitaremos
informações ao Conselho Regional
Odontologia do Rio de Janeiro (CRO-
RJ). É preciso verificar se existem
outras denúncias contra o senhor
Estélio Zen. Na sequência, poderemos
entrar com ações nas esfera cível e, de
acordo com o número de vítimas, de
danos sociais”, explica a advogada.
Para Joana, a notícia-crime vai
quebrar o silêncio de quem ainda
sente medo de falar. “É muito provável
que queiram aderir à nossa denúncia”,
observa. “Abrimos no Ministério
Público um canal, chamado Dente de
Leite, direcionado só para as mulheres
ficarem seguras para isso”, emenda
Gabriela.

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Para ambas, Gabriela e Joana, a


notícia-crime tem como premissa dois
objetivos fundamentais. “Provoca
efeito pedagógico e preventivo contra
a violência que afeta meninas e
mulheres de todo o Brasil. Além disso,
soma-se aos demais esforços já
empreendidos para a questão da
imprescritibilidade da pedofilia”,
explica a advogada. Segundo Gabriela,
pedofilia não é considerada crime no
país. “O que são enquadrados como
crimes são os atos de cunho sexual
cometidos contra crianças e
adolescentes. Por que a nossa defesa
da imprescritibilidade? Porque as
vítimas demoram a entender que
aquilo que sofreram não é ‘carinho’
nem ‘brincadeira’ e, sim, abuso.
Ninguém tem o direito de mexer no
corpo de uma criança. Trazer à tona
esses fatos é uma atuação de utilidade
pública”, declara. No Brasil,
atualmente, estupro de vulnerável
(menor de 14 anos) prescreve em duas
décadas, começando a contar dos 18
anos.

Dentre as sete vozes que assinaram a


notícia-crime ao lado de Joana, duas
estiveram na redação do GLOBO no
dia 9 de maio: as professoras
universitárias Luciana Walther, de 50
anos, e Karina Kuschnir, de 55. Elas
relatam terem sido vítimas do
ortodontista. Luciana foi paciente de
Estélio Zen dos 7 aos 18 anos. “Aos 9,
coloquei aparelho fixo e precisava ir
frequentemente ao consultório para
acompanhamento. Ele me dava um
abraço por trás, forçado, e ia andando
comigo assim por todo corredor até a
porta de saída. Também colocava os
instrumentos de trabalho em cima dos
meus seios”, conta. Karina frisa que,
ao ler o depoimento de Joana,
reconheceu o suposto abusador.
“Tinha 14 anos. Ele usava uma calça
muito justa e branca, e encostava o
pênis no meu ombro”, recorda-se. Já
Aline de Freitas, 49 anos, era filha do
contador do ortodontista. Depois da
morte do pai, tudo mudou: “Tentava
enfiar a língua na minha boca e
colocou o pênis para fora”, afirmou, na
oitiva. Outra suposta vítima, a
turismóloga Rafaela Borges, 43,
denunciou o dentista ao Conselho
Regional de Odontologia do Rio
(CRO-RJ). Porém, nada foi feito.

A reportagem falou com o filho do


ortodontista, mas não obteve nenhum
retorno de Estélio Zen e de sua
família.

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