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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Curso de Direito

Direito Processual Penal II

Analise do Filme “AS DUAS FACES DE UM CRIME”

O filme de GREGORY HOBLIT é um suspense leve que transcorre em


torno do julgamento de um coroinha chamado Aaron Stampler (Edward
Norton), acusado de assassinar brutalmente o arcebispo da comunidade em
que vivia, apesar de Aaron ser pobre, um famoso advogado chamado Martin
Vail (Richard Gere) assume a defesa de forma “Pro Bono”.

Martin Vail é um advogado bem sucedido, ex-promotor de justiça que em


suas próprias palavras define por que optou por ser advogado e abandonar a
carreira publica, “por que ser o juiz de uma partida de futebol quando posso ser
o jogador.” Martin Vail é um advogado vaidoso, interessado em publicidade
pessoal e por isso assume o caso devido à grande notoriedade deste. Os
meios que Vail utiliza em seus trabalhos nem sempre são os mais honestos
pois o mesmo responde a um repórter quando é indagado sobre o que acha da
verdade. : “- Como assim? Você acha que só existe uma? Só há uma que
interessa: minha versão, a que elaboro na mente dos doze jurados. Se quiser
pode dar outro nome: a ilusão da verdade”.

A trama tem inicio com a cena do assassinato à facadas do arcebispo e


logo em seguida a perseguição de Aaron Stampler próximo aos trilhos do trem,
o garoto encontra-se amedrontado e com as roupas sujas de sangue. Após ser
capturado e levado à delegacia o advogado Martin Vail o entrevista para dar
inicio à sua defesa. Aparentemente Aaron é um rapaz tímido, humilde, simples
e muito grato ao arcebispo por ter cuidado dele. O coroinha afirma que esteve
na cena do crime, que viu a sombra de uma outra pessoa sobre o corpo do
arcebispo e que depois desmaiou. Martin foca seu processo de defesa nesta
terceira pessoa apesar de todas as pistas incriminarem seu cliente tais como o
sangue nas roupas, as pegadas no apartamento do arcebispo e não haver
indicio da presença de nenhuma outra pessoa.

No desenrolar do filme, em investigação particular, Martin Vail descobre


que o arcebispo estava envolvido com pornografia ao encontrar uma fita de
vídeo em que este “dirige” uma cena de sexo envolvendo o coroinha Aaron,
sua namorada Linda e um outro rapaz, amigo de Aaron. O advogado solicita
uma psiquiatra para fazer uma analise psicológica de seu cliente. A psiquiatra
aceita com a condição de que dirá a verdade mesmo que esta seja contrária ao
que possa querer Vail. Durante uma das cenas do filme em que a psiquiatra
entrevista Aaron e pergunta sobre sua namorada Linda, o mesmo começa a
ficar transtornado e responde como se fosse outra pessoa. Em outra cena
entre Richard Gere e Edward Norton após o advogado descobrir a fita
pornográfica e pressionar seu cliente para dizer a verdade, o coroinha
demonstra sua dupla personalidade chamada Roy que confessa ter
assassinado o arcebispo.

Martin Vail percebe então que seu cliente é inimputável pois o mesmo
possui um transtorno psicológico de múltipla personalidade e passa a tentar
demonstrar isso junto ao tribunal do júri. Ao levar a psiquiatra para testemunhar
no tribunal, a promotora do caso consegue descredibiliza-la. Vail então chama
o coroinha Aaron Stampler para testemunhar com o intuito de irrita-lo e fazer
com que sua outra personalidade Roy apareça na frente de todo o tribunal
comprovando sua teoria. A promotora de justiça, ao interroga-lo, o pressiona
ao ponto de Roy se manifestar. A juíza do caso então declara encerrado o
julgamento e determinando que o réu seja encaminhado à uma clinica para
tratamento.

Ao visitar seu paciente na cela após o julgamento, Aaron afirma que não
se lembra de nada que ocorreu no tribunal, mas logo em seguida, pede ao
advogado que se desculpe em seu nome com a promotora que agrediu. Neste
instante Vail descobre que seu cliente não possui múltipla personalidade e sim
que fingiu durante todo o processo enganando a todos para conseguir sua
liberdade.

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