O filme retrata o advogado Martin Vail defendendo um jovem acusado de assassinar um arcebispo. Martin inicialmente só quer se promover, mas descobre que o jovem sofre de distúrbios mentais. Uma psicóloga diagnostica que ele tem dupla personalidade, o que ajuda na defesa e leva à absolvição do réu. No fim, revela-se que a personalidade dominante do jovem era a que manipulou Martin o tempo todo.
Descrição original:
Título original
As Duas Faces de Um Crime - Yan Ribeiro Ballesteros (1)
O filme retrata o advogado Martin Vail defendendo um jovem acusado de assassinar um arcebispo. Martin inicialmente só quer se promover, mas descobre que o jovem sofre de distúrbios mentais. Uma psicóloga diagnostica que ele tem dupla personalidade, o que ajuda na defesa e leva à absolvição do réu. No fim, revela-se que a personalidade dominante do jovem era a que manipulou Martin o tempo todo.
O filme retrata o advogado Martin Vail defendendo um jovem acusado de assassinar um arcebispo. Martin inicialmente só quer se promover, mas descobre que o jovem sofre de distúrbios mentais. Uma psicóloga diagnostica que ele tem dupla personalidade, o que ajuda na defesa e leva à absolvição do réu. No fim, revela-se que a personalidade dominante do jovem era a que manipulou Martin o tempo todo.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS IEC – INSTITUTO DE
EDUCAÇÃO CONTINUADA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA JURÍDICA – OFERTA 3
ANÁLISE DO FILME: AS DUAS FACES DE UM CRIME (1996).
Aluno: Yan Ribeiro Ballesteros
Professora: Paula Dias Moreira Penna
Com o foco inteiramente no indivíduo e no conceito de saúde/transtorno mental, o filme As
duas faces de um crime nos apresenta como protagonista o advogado criminalista Martin Vail (Richard Gere), profissional que não está interessado em oferecer condições de igualdade para seus clientes, estando mais preocupado com seu sucesso profissional. Uma primeira análise que se pode fazer da película em questão se dá através do Título. Existe só uma verdade? Para Martin, a verdade é aquela elaborada na cabeça dos jurados. Como isso é materializado no aparato psíquico do Advogado? Para o protagonista, que não se preocupa se seu cliente é, ou não, culpado, a questão da culpabilidade se torna cada vez mais relativa. Outros questionamentos podem ser feitos a partir de Martin Vail: “qual o tipo de comportamento desempenha ao defender seus clientes?”, “será que ele pode ser influenciado pelo caso?”, e, o principal: “não seria o protagonista também um louco?”. Assim, a ética profissional do advogado deve ser também levada em consideração. Sua conduta em escolher casos para se promover, de obter provas de maneira ilícita e manipular pessoas para dar a demanda exatamente o tom que lhe convinha pra obter a procedência dos seus pedidos vai contra aos desígnos do advogado perante a Lei e a ética profissional. O acontecimento que desencadeia o enredo do filme é o assassinato de um Arcebispo da cidade de Chicago cujo o principal suspeito é um de seus coroinhas: Aron. Ex-mendigo, o garoto foi acolhido quando criança pelo Arcebispo, levado-o para o abrigo da Igreja. Nesse sentido, a partir do momento em que Martin percebe o potencial midiático da causa, decide patrocinar pro bono a causa. Com o deslinde do filme pode-se perceber que Martin é um verdadeiro showman. Não perde a oportunidade de aparecer, seja concedendo entrevistas, em uma boa apresentação no tribunal, não se importando devidamente com o lado humanitário do Direito. Assim, hodiernamente, vemos o descaso dos profissionais do Direito no seu sentido lato. Advogados que não entendem os limites éticos da própria profissão, se importando apenas com a sua própria verdade. Começando a formular a sua defesa perante o Juri, Martin indaga ao suspeito a realidade dos fatos, sendo surpreendido com a afirmação de Aron de que havia um terceiro elemento do local, entretanto, que não se lembrava de nada devido ao fato de ter desmaiado. Com o passar do tempo, o advogado percebe que o acusado sofria de certo grau de insanidade, decidindo assim solicitar análise de uma psicóloga (Dra. Molly), que o diagnostica como psicótico histérico com dupla personalidade. Tal diagnóstico foi conclusivo quando Dra. Molly, em certo momento do filme, se deparou com Roy, a outra personalidade de Aron. A instabilidade emocional de Aron, associada a amnésia dissociativa, fuga dissociativa e transtorno de personalidade múltipla foram consequências de traumas que o personagem sofreu em momentos de sua vida, como por exemplo, experiências de severo abuso físico e sexual, especialmente na infância. Assim, nos instantes finais, já no julgamento de Aron, pouco antes da abordagem da promotora, Martin provoca Aron para que, em momento de grande abalo emocional, emane seu alter-ego em seu momento de fala. A estratégia acaba dando certo e a Promotoria se surpreende, ao questionar o acusado, com o afloramento do alter-ego no ego de Aron, comandando as ações agressivas do mesmo perante todos no recinto. A estratégia logra êxito é Aron é livrado do corredor da morte, entretanto, ao ser visitado na prisão por Martin, este se surpreende pelo fato de que a personalidade verdadeira de Aron era Roy, manipulando o advogado o tempo todo. O desenrolar do filme traz de forma latente o princípio do contraditório e do livre convencimento motivado do Juiz contemplados em diversas cenas onde Martin e a Promotoria embatem-se com seus argumentos, provas, laudos para auxiliar o Juízo a inocência ou a culpa do Réu.
Maria da Penha ao inverso: uma aplicação da mediação penal na gestão dos conflitos decorrentes da violência doméstica psicológica contra o homem dentro de um contexto intrafamiliar