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Medicina Legal - Profº Alberto Soiti Yoshida - 1º Bimestre

CRIMINOLOGIA

Conceito É uma ciência que vai estudar o comportamento do criminoso, o comportamento do crime perante a sociedade

Análise do crime no aspecto geral. Se o agente é estrupador a criminologia vai tentar entender se na
Delito
comunidade em que ele vive há um alto índice de estupro e de machismo.
Análise do delinquente no aspecto geral. Vai analisar as circunstâncias que levaram o indivíduo a delinquir.
Delinquente
Ex.: Crime de roubo, a família dele está passando necessidade?
Objeto
É o estudo da vitimologia. Ela diz que muitos crimes que acontecem em uma comunidade podem estar
Vítima
relacionados ao comportamento da vítima. Ex.: Pessoa anda contando dinheiro em via pública.

Controle É análise desses três objetos anterior, e que através disso possa permitir o controle social para manter a paz e
Social a convivência de uma comunidade.

Indução é o que sai do geral e parte para o particular. O geral é o que não se discute mais, algo
Empirismo (Indutivo)
Método que prevalece, como a gravidade. Utiliza do caso particular e aplica no geral.

Interdisciplinaridade

CRIMINALÍSTICA
É uma ciência que usa como método base científica, dados científicos. Ela recolhe das ciências naturais para elucidar os
Conceito
crimes, para o levantamento de indícios de crime.

Deduz o que aconteceu através de dados científicos (Ex.: Análise do vestígio da mancha de sangue, o cadáver
Método Dedutivo
no local do crime, isso nos dá informações sobre quem seria o possível autor)

MEDICINA LEGAL
É o conjunto de conhecimentos médicos destinados a servir o Direito, cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação
Conceito e elaborando na execução dos dispositivos legais.
É conhecer a fisiologia humana para adequar as necessidades jurídicas, e saber o que aconteceu.
O controle social poderá ser feito com base nas informações dadas pela criminologia. Esses mecanismos de sanções são
aplicados dentro de uma população para manter a paz e o equilíbrio.
É o controle que é aplicado por mecanismos morais e culturais daquela comunidade. É o controle feito pelo
Estado: Polícia, justiça, administração penitenciária, etc

Não Violento Sanções que envolve questões pecuniárias, como direito de fazer ou não fazer.
Controle Formal
Social Sistemas Representado pelo Direito Penal, em que há penas como restrição de
Violento liberdade à morte, voltada para protegens bens jurídicos importantes para a
sociedade.
Informal É feito pela família, escola, profissão, religião.
O controle social poderá mutar de acordo com os critérios políticos. Ex.: Leis mais rígidas em
Obs Mutação
relação a violência contra à mulher.

ESCOLAS ANTIGAS
Ela diz que o criminoso trangridia uma norma jurídica porque ela quiria, sendo influenciada por divindades,
Livre arbítrio
vez que na época a igreja católica estava em seu auge.
Com a sucumbência da igreja católica, surge a ciência dizendo que existiam coisas que o homem poderia
Ciência
Escola Clássica manipular.
Diz que o criminoso transgridia por causa de sua genética, nascia com ele, e que era possível identificar
Atavismo através das características físicas, como queixo grande, testa grande, etc.. Essa era a teoria do médico Cesare
Lombroso.

Enrico Ferri Diz que não é carga genética, diz que o que leva o indivíduo a trangredir é a desigualdade social.
Escola
Positivista Rafaelle Diz que não é a desigualde social, mas sim o sistema econômica em que vivemos, o capitalismo, vez que os
Garofaro favorecidos socioeconomicamente também cometem crimes.
Relacionado à parte interna do indivíduo. A própria personalidade, o funcionamento do sistema nervoso o
fazem transgredir.
Tipo
Significa que o indivíduo tem um problema hormonal. Um exemplo seria a mulher no estado
Endógeno Transtornos
puerperal que mata o filho, sendo entendido hoje como um tipo próprio de qualificação de
endócrinos
Escola Eclética crime.
ou Crítica Relacionado à parte externa do indivíduo. Ex. O capitalismo da escola postivista, que estimula o gênese do
(Período de consumismo.
Política • Influência das causas sócios-econômicas; Influências do desiquilíbrio
Criminal) Meio familiar;
Tipo Exógeno
ambiente em • Hábito do consumismo; Deformação moral; Êxodo rural; Preconceitos
Causas
que vive o religiosos, raciais, culturais e outros;
indivíduo • A incitação à violência; Impunidade e morosidade da justiça;
• Pobreza; Crianças órfãs; Lares defeituosos; Outros...
CRIMINOSO
Conceito É o que ou aquele que comete ou cometeu crimes (delinquente, facínora, celerado, culpado, réu)
A parte endógena (interna) é bem acentuada, e só essa parte é que funciona no indivíduo,
sendo considerado louco, perturbado psiquiatricamente, por isso também é chamado de
Biocriminoso Puro
pseudocriminoso.
Receberá uma medida de segurança, vez que não é capaz de compreender a pena.
A parte exógena (externa) é bem acentuada, a psicológica (interna) é normal. É levado ao
engano/erro por fatores externos, tem uma falsa sensação dos atos.
Mesocriminoso Puro Ex.: Índio que vem à cidade e invade uma casa com lago e pesca um peixe para saciar sua
fome.
No entendimento dele ele não é criminoso, isso é algo natural.
É o indivíduo que tem tanto a parte endógena (interna), como a exógena (externa). Aqui o
indivíduo tem uma proteção biológica, porém, esse biológico é estimulado por fatores
Mesocriminoso externos.
Preponderante Ex.: Criança ao avistar uma sandália se encata, mas sabe que não pode roubar. Sabendo dessa
impossibilidade pratica o furto.
Criminóides Criminosos com menor potencial ofensivo.
É o indivíduo que tem tanto a parte endógena (interna), como a exógena (externa), porém a
Clássificação por
endógena é mais acentuada. Para obter uma vantagem alheia, se você se torna um obstáculo
Hilário da Veiga
não exito em eliminá-lo.
Biocriminoso Preponderante
Ex.: Homem que mata a mulher porque ela pediu a separação.
Geralmente são crimes de maior potencial ofensivo, o crime está enraizado no indivíduo,
devendo ficar recluso. Indivíduo com alto potencial de reincidência.

É o indivíduo que tem a metade da proporção dos fatores endógeno (interno) e exógeno
(externo). É a pessoa neurótica, uma hora tendente para bio outra para meso.

Ex.: Pessoa compra um carro e não tem dinheiro para o seguro, para evitar perder o bem, ele
compra uma arma e fica preparado para surpreender quem queira substraí-lo.
Biomesocriminoso
Esse indivíduo patricou um ato antecipado, ato que foi exposto por sua forma de agir (bio), e a
proteção do veículo (meso).

Existe uma relação entre a correção desse criminoso e sua reincidência,


Prognóstico podendo ser favorável (recupera-se) ou ruim (não é corrigido e terá
reincidência, com poucas chances de se reinserir na sociedade)

VITIMOLOGIA
É a forma que os técnicos enxergam o sistema do ordenamento jurídico do controle social pela vista da vítima, não do
Conceito
criminoso.

1ª Vingança A vítima após ter algo substraído, poderia resgatar àquela coisa atingindo o criminoso, com a finalidade de ter
Privada a coisa de volta e que servisse de exemplo aos demais, tentando manter o controle social.

Fases 2ª Contrato
Leviatã passa a fazer um procedimento rigoroso para que não exista injustiça. Quando isso acontece a vítima é
Social de
deixada de lado, é esquecida junto com o poder que tinha. O Estado pega o problema para ele.
Rousseau
3ª Redescobrimento É a atual fase da vítima, onde ela passa a ser reconhecida novamente. .
Razão do É conhecer as potenciais vítimas para poder mapear com a finalidade de rezudir os crimes existentes dentro determinado
Estudo da espaço.
Vítima Completamente Vítima que não tem nenhuma relação com o delinquente.
Inocente Ex.: Indivíduo que caminha pela via pública é alvejado por uma bala perdida.
Vítima que instiga o delinquente através de um determinado comportamento, sem a intenção
Vítima Menos Culpada que o
de instigá-lo, mas de forma inocente.
Delinquente
Ex.: Indivíduo que conta dinheiro em via pública e é roubado.
A relação entre o delinquente e a vítima é mais forte. A pessoa instiga e provoca, mas não
Vítima tão Culpada quanto o quer o resultado desagradável.
Clássificação por
Delinquente Ex.: Moça que se veste com roupas curtas para ir em uma festa. Existirá uma potencial
Benjamin
Mendelsohn possibilidade de ser insultada (???)
Ela inverte o próprio papel.
Vítima mais Culpada quanto o
Ex.: Um aluno em uma carteira, outro aluno na cadeira de tráz. O de trás insulta o da frente, o
Delinquente
da frente reage agredindo-o.

Essa vítima não tem nenhuma relação com o delinquente, porém, ela força a relação.
Vítima como a Única Culpada
Ex.: Indivíduo que atravessa uma avenida fora da faixa embriagado, e acaba sofrendo um
acidente.
ASFIXIOLOGIA FORENSE
É o estudo dos mecanismos que levam o indivíduo a óbtio por falta de oxigênio.
Conceito
É forense porque serão óbitos que tenham interesse jurídico, e não exclusivamente médico.
Pode ser um mecanismo que decorre da privação total ou parcial da molécula de oxigênio,
Fenômeno Bioquímico
Fenômenos podendo ser lenta ou rápida.
da Asfixia A respiração é um fenômeno mecânico, também ligado ao processo da asfixiologia. É a
Fenômeno Mecânico
expansão do tórax para respirar.
O alvéolo é a menor unidade funcional do pulmão.
Dentro do alvéolo temos o oxigênio que vai para o sangue. Essa transição de alvéolo pelo sangue, e de sangue pelo alvéolo é
feita pela osmose. Está tendo uma troca de gás cabônico pelo oxigênio, isso ao nível dos alvéolos pulmonares. Essa troca
gasosa é chamada de hematose.
Qualquer impedimento nessa hematose provocará asfixia no indivíduo que, por sua vez, poderá levá-lo a óbito. O ar entra nos
Procedimento
nossos pulmões de forma indireta, passiva. Na hora que o diafragma puxa, a parte de dentro fica com uma pressão, e tenta se
Respiratório
igualar ao lado de fora, assim, o ar de fora entra.
Qualquer alteração na parte bioquímica ou mecânica levará a asfixia, e consequentemente ao óbito.
No corpo humano não é apenas o diafragma que colabora com o aumento de volume e diminuição de pressão. Além do
diafragma, a retração da musculatura do tórax colabora para a diminuição da pressão. Assim, precisamos do conjunto
respiratório: Respiração diafragma + torácica.
Direta Quando é obstruído as vias respiratórias (tampo nariz e boca) em indivíduos.
1. Sufocação Aqui não existe obstrução das vias respiratórias, o que acontece é uma pressão muito forte no
Indireta
tórax da vítima, que o faz não aumentar de tamanho (Pisoteio)
2. Esganadura É um tipo de asfixia em que ocorre a constrição mecânica cervical.
3. Estrangulamento É um tipo de asfixia em que ocorre a constrição mecânica cervical.
4. Enforcamento É um tipo de asfixia em que ocorre a constrição mecânica cervical.
Modali-dades É a substituição do estado gasoso pelo líquido. O indivíduo não consegue inalar gás. O corpo
5. Afogamento
de Asfixia não precisa estar submerso. (Vômito)

É a substituição do estado gasoso pelo sólido. O indivíduo que fica soterrado perde a
6. Soterramento
capacidade respiratória e não consegue expandir o tóraz por causa do peso. (Soterramento)

Não existe nenhuma obstrução das vias respiratórias e não há pressão no tórax, mas o gás que
7. Confinamento
se encontra no ambiente é substituído por outro gás. (Gás oxigênio pelo carbônico)

A temperatura do corpo cai, comparamos a vítimas que há um extravasamento do materia


Lento Resfriamento hemático (perda de sangue), este sangue leva consigo o calor.
Nos casos dos afogados o corpo esfria mais rápido.
Colocaração escura, quase preta. Esta coloração fica mais nos lábios. Refere-se a hemácias
Cianose
Caracterís- com muita concentração de gás carbônico.
ticas externas Acontece nos tecidos, no rosto, mais comum em modalidades que há constrição no pescoço.
Petéquias Conjuntivais
da Asfixia São erupções na pele.
Cadáver oriundo de asfixia costuma apresentar espuma na boca, geralmente nos casos em
Espuma na Boca
que há constrição mecânica.
Aumento da carótida. Esse sinal é um sinal vital, se pendurar um cadáver e simular um suicídio
Ingurgitamento da Carótida
não há porque falar em ingurgitamento da carótida.
Sangue Líquido no Coração e O sangue normalmente é viscoso. Na necrópsia, parte do sangue coagula quando entra em
Grandes Vasos contato com o oxigênio.
Pequenas petéquias, erupções no pulmão, no coração e na esclérea do olho com pequenas
Manchas de Tardieu
manchas. São vestígios de agonia.
Caracterís-
Específico dos afogados. Encontrado nos pulmões, é uma mancha grande de 10 a 20 cm de
ticas Internas Manchas de Paltauf
diâmetro de coloração rosa. É causada quando o sangue se mistura com a água.
da Asfixia
Vísceras (pulmão, coração, rins, figado), o indivíduo vai concentrar a maioria do sangue nas
vísceras, baixa a taxa de sangue nos alvéolos pulmonares. Dispara vários tipos de hormônios e
Congestão Visceral
contras as vísceras. O organismo percebe a falta de oxigênio no pulmão, e tenta irrigar esses
órgãos de forma involuntária.

1. SUFOCAMENTO
Caracterís- Mancha avermelhada no ombro e no rosto (livor cadavérico ou hipóstase). Fluído do sangue, a pressão deixa de existir e na
ticas posição que estiver, o sangue deposita no centro.

5. AFOGAMENTO
Pele Anserina (Sinal de Berne) É a pele arrepiada, eriçada.
Embebição aquosa Mistura do sangue no meio aquoso.
O líquido entra no nosso corpo e se mistura com a água, deixando a coloração
Sangue claro e hipóstase rósea
rosa.
Caracterís-
Lesões de pálpebras e lábios (Causada por
ticas Consumo da parte do cadáver, lábios e pálpebras deixam de existir.
animais aquáticos) Post mortem
Pulmões armados, sem brilho, com manchas
Pulmão fica encharcado.
de Paltauf
Corpos estranhos na árvore respiratória Brônqueos e Traquéias.
Cianose na Face Aparece na maior parte de todas as asfixías.
Pele Anserina (Sinal de Berne) Pele de galinha, arrepiada.
A epiderme fica infiltrada de água, quase sempre nas mãos e pés. É o processo
Maceração da pele
de decomposição de corpos submersos em líquido.
Plâncton nas mãos e unhas Pela presença desses materiais no meio líquido.
Lesões e arrastro (simonin) Pelo embate do corpo no leito do curso da água.
Sinais
Pela baixa temperatura da água e choque térmico provocado. Dependendo da
Externos Retratação dos mamilos, testículos e pênis
temperatura da água de 1 a 2 horas.
Rigidez Cadavérica
Não é um sinal exclusivo dos afogados, mas aparece com frequência nas
Procidência da língua
asfixias mecânicas.
É a cabeça dos afogados em adiantado estado de putrefação adquire uma
Cabeça de Negro
coloração verde-escuro.
A ingestão de grande quantidade de água acaba por fluidificar o sangue em
Diluição do Sangue
razão do equilíbrio osmótico rompido.
É um sinal vital, é produzido somente em corpo vivo que se afoga. O Cadáver
Sinais Cogumelo de Espuma
jogado na água não produz o cogumelo de espuma.
Internos
Manchas de Paltauf
Plancton e água nas vias respiratórias
Presença de líquido no ouvido médio

4. ENFORCAMENTO
Quem traciona a corda é o próprio peso da vítima, por isso deduzimos que o enforcamento é muito comum no suicídio. Ação
Conceito
indireta (através de um objeto).
O destroncamento é um fenômeno neurológico, é desarticular o osso do pescoço, provocamento morte
instantânea.
Diferença do destroncamento
O enforcamento é um fenômeno respiratório
Exemplo de destroncamento: Forca
Não há agonia No enforcamento não há agonia, o cérebro desliga.
Posição Para acontecer o enforcamento o indivíduo não precisa estar em pé, poderá ser enforcado de joelho.
Tempo para o óbito Não é instantâneo, mas a pessoa desmais e entra em demência.
Sangue Em 99,9% dos casos a traqueia está aberta. O que o objeto segura é o sangue, não o oxigênio.
São marcas no pescoço. O indivíduo deposita seu peso na corda e aguarda o momento (em termos de
Sulco Único velocidade, é rápida)
Em nenhum momento o indivíduo tenta se desvincular à corda, ela é uma só
Esses sulcos são oblíquos, ou ascendentes (de baixo para cima). É o próprio peso da vítima que traciona o
Sulco Oblíquo pescoço, se assim o é, o indivíduo terá que estar em uma posição em que a corda faça um efeito pêndulo no
objeto enforcado (vítima).
Sinais
Quando tem um nó, esse sulco vem fundo e depois desaparece no nó. Quando o indivíduo coloca a corda no
Interrom-pido
pescoço, o nó vem descendo, uma hora ele chega à pele do pescoço, e para por ai, visto que há um atrito
no Nó
entre a corda e o pescoço. Todavia, a pressão nas laterais já é suficiente para gerar a oclusão da carótida.

Bordas Se o nó está na região posterior do pescoço, a corda pressiona a região anterior e o sulco anterior ficará muito
desiguais mais profundo que a parte posterior. O sulco não será uniforme.
Posição do Suspensão típica (Completa) O indivíduo está em suspensão total.
Cadáver Suspensão atípica (Incompleta) O indivíduo não está em suspensão total.
Artéria Após o enforcamento haverá o ingurgitamento da carótida, vez que esta é a veia responsável por transportar o sangue para o
Carótida cérebro. Se não estiver ingurgitada, é sinal que não foi suicídio.
A presença de cadeira significa que o próprio indivíduo subiu nela. É necessário para comprovar medir a altura do cadáver e o
Auxílio
ponto de fixação da corda para saber se foi ele quem amarrou o objeto.
Petéquias
Pontos vermelhos no rosto. Isso ocorre porque há um aumento de pressão intracraniana e rompimento dos vasos periféricos.
Conjuntivais
Nariz Há um aumento de pressão na cabeça, fazendo com que ocorra um rompimento dos vasos sanguíneos, assim, há o
Sangrando sangramento.
O nó é Não é padrão mulher saber fazer o nó. Quando a mulher se suicida com o nó muito bem feito, a análise será mais concreta,
importante desconfiando do homicídio ou auxílio ao suicídio.
Retirada do Na sua retirada devemos colocá-lo em decúbito dorsal (barriga para cima). Se colocá-lo em decúbito ventral (barriga para
Cadáver baixo), sairá um gás de cheiro muito forte.
É o estudo dos insetos, vez que alguns têm horas exatas para depositar os óvulos no cadáver, permitindo que
Entomologia forense
se saiba a hora da morte.

3. ESTRANGULAMENTO
Quem traciona a corda é um terceiro ou coisa, alguém traciona a força do objeto que está no pescoço. É Também é uma ação
Conceito
indireta (ocasionado por meio de um objeto)
Sinônimo de O indivíduo não aceita de forma pacífica a colocação do objeto no pescoço. A vítima vai tentar se desvencilhar da corda, os
Homicídio sinais são totalmente diferentes.
Sulco A pessoa que estrangula amarra a corda no pescoço e puxa para baixo, é a posição de conforto para quem
Horizontal fraciona. Não é oblíquo.
Sinal Não há inter-
O sulco é contínuo, As bordas superiores e inferiores são iguais. O pescoço acaba ficando fino, e isso é por
rompimento
conta da pressão.
do nó
Artéria A carótida não fica tão evidente como no enforcamento, e isso ocorre porque se você pegar o indivíduo que foi estrangulado,
Carótida ele reagiu, chamando a atenção de alguma forma (gritos, etc.). Dessa forma o corpo é achado mais rápido.

Quando vemos o cadáver com essa protrusão de língua cianótica é sinal de asfixia, é um fenômeno de asfixia,
Protusão de língua cianótica
é um dos sinais externos gerais da asfixia.
Sinais Pós- Caso prático da pessoa encontrada no porta-malas do carro (ele foi arrastado, o cotovelo não sangra porque ele foi arrastado
morte após a morte).
Ação de força externa que provoca asfixia por constrição mecânica do pescoço. Todavia, sem a vontade de nenhum agente,
Acidental
acontecendo de forma acidental.

2. ESGANADURA
Alguém esgana com a própria mão ou o braço, só pode acontecer em casos de homicídio. Não existem sulcos, porque não há
Conceito
objetos. Ação direta (Corpo do agressor em contato direito com o da vítima)
Sinais Marcas de unhas, mãos.
Força Pode ser qualquer força para asfixiar, exceto a do peso da própria vítima, e de forma direta no pescoço.
Vítima Geralmente é alguém mais frágil, como mulheres, crianças e idosos.
Parafilia Comum em casos de sexo fora do padrão, como é no sadomasoquismo

TRAUMATOLOGIA FORENSE (DOS FERIMENTOS)


Conceito É a ciência que estuda a parte dos traumas.
Leve
Lesão Grave
Corporal Gravíssima
Seguida de Morte
Lesão Corporal Leve É quando não é grave. Para saber o que é leve deve saber o que é grave.
CPC, Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Lesão corporal de natureza grave:
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
Não é a extensão do ferimento que a caracterizará, e sim o tempo que perdura a lesão, é o lapso de tempo que a vítima fica
impossibilitada de fazer suas atividades habituais.
Ocupações habituais Trabalhar, estudar, andar de carro, ir ao mercado, etc.
II - perigo de vida;
O indivíduo tem um atentado à sua vida, mas não morre, ele quase morreu. Existe uma característica importante – ele volta
Lesão
ao seu status a quo, não fica com sequelas.
Corporal
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
Grave
A debilidade deverá ser parcial. Se perco a vista de um olho, tenho a do outro olho.
Permanente significa longo, por longo tempo, mas não se confunde com eternamente.
Membro é toda e qualquer parte do nosso corpo que tem pares, O que é considerado como único órgão não tem adequação
como membro para o inciso III.
IV - aceleração de parto:
O concepto/feto tem que nascer com vida: Se nascer morto será aborto, que é mais grave, por isso o aborto
está na modalidade gravíssima;
Pré-Requisitos
Perspectiva de vida: Significa que esse fruto que vem à luz deverá ter condições próprias de sobrevivência

§2º Se você ofende a integridade corporal ou a saúde de outro, e dessa ofensa resultar:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
Aqui trata-se de trabalho, não de tempo. O permanente refere-se a mais de 30 dias.
II - enfermidade incurável;
Aqui não há morte, mas o indivíduo ficara com uma sequela incurável.
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
Lesão
É uma debilidade total, Nesse caso, perco a vista dos dois olhos, fico sem visão.
Corporal
Perda, inutilização de membro, sentido ou função.
Gravíssima
IV - deformidade permanente;
É uma deformidade anatômica, que quem vê percebe que foge dos padrões. Ex.: Cicatriz, pessoa manca.
V - aborto:

Também é preterdoloso, independe da intenção. Se dá um chute na barriga de uma grávida e o bebê morre, será este delito.

É protegido a partir da concepção pelo Direito Penal.

§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo:
Lesão
É um crime preterdoloso, não queria o resultado.
Corporal
Ex. Lesão corporal com dolo em uma pessoa, ela é internada por 15 dias e morre.
Seguida de
O agente queria machucar (dolo), mas não queria o resultado morte (culpa). Diferencia-se do homicídio, pois lá ele queria o
Morte
resultado.
Independe do ferimento, o que valerá é o aspecto subjetivo, a intenção.
TRAUMATOLOGIA FORENSE (AGENTES)
É o estudo das lesões corporais resultantes de traumatismo de ordem material ou moral, danoso ao corpo ou à saúde física ou
Conceito
mental.
AGENTES
Mecânicos Todos os instrumentos do crime que estão no processo de lesão traumática. Qualquer tipo de instrumento.

Físicos Agentes da natureza que provocam trauma no tecido (calor, frio, etc.). São os agentes físicos responsáveis pelo trauma.

Químicos Substâncias que fazem parte da tabela periódica, como, p.ex., o chumbo (intoxicação por chumbo).
Físico-
São aqueles que envolvem associações de fenômenos físicos e químicos simultaneamente. Ex. Césio, produção de radiação..
Químico
São aqueles microrganismos que são responsáveis pela contaminação/contágio das enfermidades e doenças (vírus, bactéria,
fungos,
Biológicos
Também provocam lesões, e é o que mais provoca (período de transição de calor para frio, proliferação do vírus da gripe,
etc.).
Mistos Envolvem todos os demais.

AGENTES MECÂNICOS
Simples É o que possui palavra simples, em uma única ação produzirá um ferimento.
Instrumento
Mistos São os que possuem palavras compostas, em uma única ação vai produzir mais de um ferimento.

INSTRUMENTOS (AGENTE) LESÃO/FERIMENTO EXEMPLOS DE AGENTES

Perfurante É aquele que tem ponta, e essa ponta é fina. Punctório ou Puntiforme Agulha, prego, alfinete, etc.

Navalha, lâmina de barbear,


Cortante É aquele que tem gume e não tem ponta. Inciso(a)
etc.
Chão, parede, cassetete,
Contundente É aquele que não tem gume e nem ponta. Contuso(a)
tonfa, etc.
Pérfuro-
É aquele que tem ponta e tem gume. Perfuro-Inciso(a) Faca com ponta, espada, etc.
Cortante
Pérfuro- É aquele que tem ponta e ela é contusa (não é Quebrador de gelo, caneta Bic do
Perfuro-Contuso(a)
Contundente fina, é arredondada) lado inverso, etc.
Corto- É aquele que tem gume, mas ele não é afiado.
Corto-Contuso(a) Machado, facão, foice, etc.
Contundente (Age por impacto)
Lácero- É um instrumento que vai dilacerar o corpo,
Lácero-Contuso(a) Atropelamento por trem
Contundente vai romper com o tecido.

DICA Terminou com "ANTE" ou "ENTE" será AGENTE/INSTRUMENTO.

William Costa 25.04.2017


Medicina Legal - Profº Alberto Soiti Yoshida - 2º Bimestre

AGENTES MECÂNICOS
Simples É o que possui palavra simples, em uma única ação produzirá um ferimento.
Instrumento
Mistos São os que possuem palavras compostas, em uma única ação vai produzir mais de um ferimento.

INSTRUMENTOS (AGENTE) LESÃO/FERIMENTO EXEMPLOS DE AGENTES

Perfurante É aquele que tem ponta, e essa ponta é fina. Punctório ou Puntiforme Agulha, prego, alfinete, etc.

Navalha, lâmina de barbear,


Cortante É aquele que tem gume e não tem ponta. Inciso(a)
etc.
Chão, parede, cassetete,
Contundente É aquele que não tem gume e nem ponta. Contuso(a)
tonfa, etc.
Pérfuro-
É aquele que tem ponta e tem gume. Perfuro-Inciso(a) Faca com ponta, espada, etc.
Cortante
Pérfuro- É aquele que tem ponta e ela é contusa (não é Quebrador de gelo, caneta Bic do
Perfuro-Contuso(a)
Contundente fina, é arredondada) lado inverso, etc.
Corto- É aquele que tem gume, mas ele não é afiado.
Corto-Contuso(a) Machado, facão, foice, etc.
Contundente (Age por impacto)
Lácero- É um instrumento que vai dilacerar o corpo,
Lácero-Contuso(a) Atropelamento por trem
Contundente vai romper com o tecido.

DICA Terminou com "ANTE" ou "ENTE" será AGENTE/INSTRUMENTO.

Caldas
Entrada É onde o objeto começa a provocar a incisão, sendo seu ferimento mais profundo.
Saída É onde o objeto termina a incisão, sendo seu ferimento menos profundo.
Escoriação É a parte rasa (risco), aparece no final da calda de saída.
Ex: Dependendo do local do ferimento, podemos verificar se trataria de um indivíduo detro ou canhoto, analisando a direção
Relevância
da lâmina.

INSTITUTOS QUE TRATAM DA PARTE DOS FERIMENTOS


Ferimento Inciso
Cortante É aquele que tem gume e não tem ponta.
Instrumento
Exemplos Navalha, lâmina de barbear, etc.
Local do Lado direito do pescoço.
Esgorjamento ferimento Lado esquerdo do pescoço.
inciso Anterior (Parte da frente do pescoço).
Degolamento Local Posterior (Parte de trás do pescoço).
Conceito Separação TOTAL da cabeça com o tronco.
Decepar Separação total de parte de um membro do corpo, exceto cabeça.
Decapitação
Diferenças Separação total de parte de um membro do corpo, exceto cabeça, sendo
Amputar
executado por um médico em procedimento cirúrgico.
Esquartejamento É a separação do corpo em partes. Ex.: Decepação das pernas, braços, cabeça.
Espostejamento É seccionar parte do corpo já separada. Ex.: Cortar os dedos de uma mão já decepada.
Evisceração É seccionar o abdômen com exposição das vísceras abdominais.
Observações
Rigor Mortis É identificado após 6 horas após a morte, depois de 12 a 24 horas o corpo volta ao normal.
Pouca Sangue Geralmente o ferimento foi feito após a morte.
Suicídio por Inciso Desde que não exista ferimentos na mão do morto, vez que não resistiu.

Ferimento Contuso
Contundente É aquele que não tem gume e nem ponta.
Instrumento
Exemplos Chão, parede, cassetete, tonfa, pular em um rio e o impacto com a água matar.
A ação desse objeto pode causar lesão superficial (No tecido, ex.:arranhões), ou lesão interna (Mais profundo, ex.: lesão nos
Conceito
músculos).
O indivíduo vai ao encontro do objeto, e provoca esse ferimento contuso: Estou andando, não
Forma Passiva
avisto a porta de vidro, acabo me trombando com ela.
Ações
Ocorre quando o objeto vai ao encontro da vítima. Pessoa pega um objeto e o arremessa
Forma Ativa
sobre a vítima
Quando o ferimento remove a superfície da pele. Não sangra muito, não o suficiente para dar
Escoriação
hipovolemia. Indica que o indivíduo está vivo por sangrar.
É quando algo atinge a pele deixando um vermelhão, a pele continua íntegra. Os vasos
Rubefação
sanguíneos esticam, mas não se rompem. Desaparece em minutos.

É quando algo atinge a pele deixando um vermelhão mais escuro, a pele continua íntegra. Os
vasos sanguíneos se rompem, deixando a colocação da pele roxa. Demora de 15 a 20 dias para
Equimose desaparecer. Indica que o indivíduo está vivo por sangrar.
Ferimentos
No primeiro dia ficará na cor vermelho escuro, nos últimos dias antes de
Contusos Dica
desaparecer ficará na coloração amarela.
Superficiais
É o choque na região que possui uma placa óssea no corpo, não tendo como o sangue se
Bossa linfática acumular entre a pele e o osso, formando-se uma saliência localizada, vulgarmente conhecida
como "galo".
É o acúmulo de líquido em qualquer parte do corpo, ele não tem sangue, mas sim plasma. Não
Edema
há avermelhado de forma direta.

Pancada mais intensa que ultrapassa os limites da equimose. Há o rompimento dos vasos mais
Hematoma
calibrosos, não sá capilares. Há um extravasamento de sangue maior.

Quando um objeto atinge a pele com muita força que o tecido venha se abrir. Difere-se do
Classifi-cação
Contusão ferimento inciso porque as bordas são irregulares, o fundo é irregular, e a profundidade não é
estável.
É quando força a articulação um pouco além dos limites impostos naquela articulação. Ex.:
Entorses
Mulher que vira o tornozelo com o salto alto.

Rupturas de Quando um objeto atinge o abômen de alguém, atravessando os músculos abdominais sem
Vísceras provocar lesão externa, atingindo as vísceras. É comum em atropelamento.

Luxação Ocorre quando há um rompimento de ligamento.


Ferimentos
Contusos Trata-se do comprometimento do osso, na estrutura óssea. Trata-se de uma solução de
Profundos continuidade dos ossos submetidos a ação de instrumentos contundentes.

Interna Quando a fratura ocorre dentro do tecido. Não há risco de contaminação.

Fratura Quando a fratura se exterioriza para fora da pele, ficando exposta. É


Externa
contaminada, vez que foi exposta ao meio ambiente.
A pessoa joga um objeto contundente sobre o osso e o fratura, provocando a
Direta
lesão.
Efeito chicote, quando a ação se dá em determinado lugar do osso, mas a
Indireta
fratura se dá em outro.

Ferimento Pérfuro-Inciso
Pérfuro-Cortante É aquele que tem ponta e tem gume.
Instrumento
Exemplos Faca com ponta, espada, etc.
Conceito São lesões mistas. Sua largura é maior que sua espessura.
Hora a pele puxa para um lado, hora puxa para o outro. Quem faz essa força são as fibras elásticas que
Força Antagônica
compõem a nossa pele.
Leis
1ª Lei de “As soluções de continuidade são feridas semelhantes às produzidas por instrumentos de dois gumes ou tomam aparência de
Filhos “casa de botão”.
2ª Lei de “Quando essas feridas se mostram numa mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo tem
Filhos sempre a mesma direção".
“Em certas regiões onde há cruzamento de fibrilas, o afastamento das bordas da lesão assume o aspecto de ponta de seta, de
Lei de Langer
triângulo, ou mesmo de quadrilátero.”.
As leis de Filhos e Langer indicam reação vital, ou seja, não são observados em cadáver.
Obs Esse é um tipo de ferimento que não costuma sangrar muito. Nesse caso, prevalece mais a profundidade em relação à
superfície da lesão. O indivíduo morre pelo sangramento interno.

Datiloscopia
Conceito Quando o indivíduo coloca sua mão em algo físico, ele deixa sua identidade.

É aquela impressão que deixa no objeto, mas é invisível à olho nu. À vista desarmada não veremos. 99% dos
Latente
casos de pesquisas relacionadas à datiloscopia é relacionada à impressão latente.

Classifi-cação São visíveis quando as mãos ou o plantar dos pés ficam maculados com algum tipo de substância, p.ex., o
Visíveis
próprio sangue, óleo, graxa, etc.
Ocorre quando a superfície não é rígida, mas sim plástica. Trata-se daquela superfície que se deforma quando
Modeladas
da sua pressão, onde o indivíduo coloca sua mão e fica uma estampa.
Os desenhos formados nas mão são perenes, não desaparecem, são eternos. Surgem com o
Perenidade
6º mês de vida.
Esses desenhos não mudam, são sempre iguais. Aumentará de tamanho, de acordo com o
Imutabilidade
crescimento do indivíduo.
Princípios Cada indivíduo possui um desenho nas mãos diferente, nenhum é igual, nem mesmo em
Variabilidade
gêmeos.
Apesar dessas características, é possível serem classificados, no qual se pode identificar e
Classificabilidade
classificar.
Praticidade Todos esses desenhos são práticos de se trabalhar, daí este princípio.
Sistema Datiloscópio de Juan Vucetich
Nos seres humanos, existem 4 desenhos constantes. Todos nós temos esses desenhos. Como princípio da classificabilidade,
Conceito
esses desenhos são classificados.
É uma linha que cruza à outra parte.
Arco
Código "Ar1" Ar = Arco 1 = Primeiro
Presilha É um núcleo para esquerda e um delta para a direita.
Interna Código "I2" I = Interno 2 = Sequência
Presilha É o núcleo para a direita e um delta para a esquerda.
Externa Código "E3" E = Externo 3 = Sequência
É o centro com vários círculos e dois deltas de cada lado.
Verticilo
Código "V4" V = Verticilo 4 = Sequência
Quando não tem o dedo por causa de decepação ou amputação.
Sem falange
Código "0" (Zero) 0 = Sem dedo Independe
Quando o dedo possui alguma cicatriz.
Cicatriz
Código "X" X = Com Cicatriz Independe
Numerador Numerado = Dedos da mão direita.
Fórmula Denominador Denominador = Dedos da mão esquerda.
Ordem Polegar, indicador, médio, anelar e mínimo.

Impressões no Local do Crime


Marcas dos desenhos papilares (Falhas)

Conceito São falhas nos desenhos dos dedos que todos possuem, sendo uma característica a mais para identificação

Ilhota Quando o ponto é muito grande, compreendendo mais de um ponto único, teremos a ilhota;
Encerro Quando o ponto forma uma espécie de uma rotatória, teremos o encerro;
Cortada Quando ela é cortada (uma linha – desaparece – outra linha –continua);
Bifurcação Quando a linha vem individualmente e bifurca, temos a bifurcação;
Confluência Quando as linhas vêm separadas e depois se unem;
Anastomose Quando uma linha se une à outras duas linhas;
Fim de linha Quando vem uma linha a desaparece, do nada, temos o “fim de linha”, ou, “extremidade de linha”.
Pontos necessários para Até 1973 12 pontos em comum para ser verdadeiro.
identificação A partir de 1973 Bastando o ponto ser coincidente para ser verdadeiro.
Comparação Colhidos os dados, eles serão comparados com os existentes nos bancos de dados através de software.
Ausência de banco de dados;
Deficiência no modelo de armazenamento de dados
Deficiência na preservação dos vestígios;
Dificuldade Deficiência no estabelecimento de uma cadeia de custódia para os vestígios;
dos Exames Necessidade do padrão de comparação para confronto de impressões x Direitos Fundamentais assegurados pela Constituição
(Art. 5º LXIII);
Volume de comparação x recursos humanos disponíveis;
Disponibilidade de exames como confronto de DNA.

Manchas de Sangue
Conceito É a análise da mancha de sangue como elementos de prova para identificar o assassino.

A projeção do sangue é feita sob o impulso de uma segunda força e cai pela ação da gravidade.

Circular Pequena altura (5 a 10 cm)


Estrelada, bordos irregulares (40 cm)
Mancha de
Uma gota maior cercada de gotas menores (+
Projeção Gotas Estrelada, bordos denteador
125 cm)
Sangue caído de considerável altura (2 m ou
Goticula
+).
Espécies Salpicos
Mancha por O sangue não percorre nenhum espaço, a fonte de sangue está em contato com a superfície fazendo o
Escorrimento escorrer, em razão da gravidade.
Mancha por Quando coloca a mão em um ferimento e começo a apalpar os objetos. Não se resumem só a mão, sendo
Contato possível identificar em outros lugares como sola de sapato.
Mancha por Quando o sangue vai até uma superfície absorvente e se impregna nela. O exemplo é toalha, papel, roupa,
Impregnação etc.
Mancha por Quando o objeto físico vai em diração ao sangue. Ex. Quando a pessoa está sangrando, e esse sangue cai no
Limpeza chão, e a pessoa utiliza um pano para limpar o chão.
Tem o objetivo de analisar se o sangue é da vítima, do autor ou do terceiro através de "reações de orientação"
Conceito
que com o auxílio de substância químicas obterá o resultado.
Pode ser feito no local do crime ou em um tubo de ensaio. Se for sangue ficará com a
Teste de Benzina
coloração verde-azulado.
Fenolftaleína Se for sangue ficará com a coloração rosa, tendendo ao vermelho.
Leucobase de Malaquina Se for sangue ficará com a coloração verde-musgo.
É uma substância em pó que combinada com água hidrolisada será aspergida na forma de
Formas de
Teste de Luminol spray no local do crime para identificar se existe a presença de sangue. Se existir, o local
Identifica-ção
emitirá uma luz fluorescente.
de Sangue
Adicionar substância própria no sangue, como proteína, e aguardar a cristalização específica.
Teste de Cristalização
Se cristalizar, é sangue.
Separa a substância vermelha que pensa que é sangue, e em função do peso das moléculas
dará a confirmação.
Crimatografia Teste de aglutinação ou precipitação ou teste de elisa: É feito para identificar se o sangue
pesado é humano, desse modo é colocado anticorpos humanos que irão grudar no líquido se
for sangue.

Após identificar que é sangue, devemos identificar de quem é o sangue, para isso recorremos ao exame A, B, O e ao DNA.
Sistema
No sistema A, B, O era feito por exclusão, analisava o sangue do local do crime e o sangue dos indivíduos
A, B, O
Exclusão envolvidos. O problema é que mesmo que o tipo de sangue batesse com um dos envolvidos, existem outras
pessoas ao redor do mundo com o mesmo tipo.

DNA
É a descoberta da fita dupla, vez que uma vem de um pai e o outro da mãe. O DNA fica no núcleo de nossas céulas, dentro do
Conceito
cromossomos da nossa célula, que fica dentro da cromatina.
Quantidade Temos 46 cromossomos, sendo 23 pares.
Identificação Homem "XX" Mulher "XY"
Alelo Possuímos dois alelos, 1n do espermatozóide e 1n do óvulo.
100% DNA? O DNA nunca dá 100% de certeza, vez que existem trilhões de células, não sendo possíveis comparar todas.
Bandas VNTR É a sequência repetitiva do DNA.

Princípio do Sequenciador O DNA fica retido no gel de acrilamida, com a parte de maior peso em cima, e a menor em baixo.
Coleta de Vestígios
A saliva em si não possui material genético, vez que é uma secreção. Entretanto, a mucosa da boca fica em constante
Saliva
descamação, despejando seu material genético na saliva.
Cabelo É necessário ter o bulbo capilar (raiz) para a coleta do material genético.
O sangue é composto por glóbulos vermelhos, glóbulos branco, plaqueta e plasma. O materia genético é analisado dos
Sangue
glóbulos brancos, vez que é a única que possui DNA nuclear.

Sêmen O sêmen é composto de líquido seminal e espermatozóido. O espermatozóide que possui material genético.

William Costa 16.06.2017


Medicina Legal - Profº Alberto Soiti Yoshida - 3º Bimestre

TRAUMATOLOGIA
Conceito A traumatologia é o estudo da morte.

É quando cessar os impulsos nervosos do sistema nervoso central. É a parada total e irreversível das atividades encefálicas.
Morte
Mesmo que ainda exista impulso cardíaco, a parada do estímulo encéfalo é considerada morte.
Natural Quando ocorre a parada do sistema encefálico, resultada por uma patologia.
É a que resulta de um ato praticado por outra pessoa (homicídio) ou por si mesma (suicídio) ou em razão de
Violenta ou
Espécies de acidentes.
Jurídica
Morte Essa morte sempre existirá responsabilidades penais.
É quando não sabemos de imediato se se trata de morte natural ou morte violenta.
Suspeita
É a necessidade de investigações para identificar as circunstâncias do óbito.

Modalidades de Mortes
MORTE

Natural ou Patológica Violenta ou Jurídicaa

Sem assistência médica


Com assistência médica IML Necrópsia
(Morte duvidosa)

Médico Atesta Serviço Verificação Óbito

1. Quando a pessoa está sendo cuidada pelo médico (com assistência) e ela morre, esse médico mesmo irá
atestar, não necessitando de necrópsia, vez que já sabe a causa da morte.
2. Quando a pessoa não estava sendo cuidado por médico (sem assistência) e ela morre. A morte será
Procedimento Morte Natural
duvidosa. A perícia ao chegar no local fará uma traigem, para saber se for morte natural ou violenta. Sendo
natural sem assistência médica, o corpo irá para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) que fará uma
necrópsia.

Procedimento Morte Violenta O corpo irá para o Instituto Médico Legal (IML), onde será feito o mesmo procedimento do SVO na necrópsia.

1. Abre-se o corpo na região toracoventral. 2. Expõe o conteúdo interno das vísceras. 3. Serra-se a cabeça e
Forma
tira o cérebro para observação.
Necrópsia
Pelo menos 6 horas depois do óbito (prazo final que a pessoa poderá voltar à vida), salvo se os peritos, pela
Momento
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes do prazo, o que declararão no auto.

É o diagnóstico feito pelos perítos para saber se o indivíduo supostamente estaria em óbito.
Trata-se do indivíduo sem vida.
Quando o indivíduo supostamente acaba de morrer (antes das 6 horas), em aparecerá
determinadas. características no cadáver.
Sinais Imediatos
1. Parada Respiratória.
2. Parada Circulatória.
3. Parada Cerebral.
4. Parada Cardíaca.
5. Insconsciência.
Imediato
6. Midríase: É a dilatação da pupila. É relativa, não pode ser um fato que dê referência à
morte.

7. Palidez: Não necessariamente está morto, poderá estar caminhando para a morte.

8. Perda da consciência.
9. Abolição do tônus muscular.
10. Perda da sensibilidade.
1º Abióticos
11. Relaxamento dos esfincteres.
1º Abióticos

Acontece depois da morte imediata (depois das 6 horas), em que aparecerá outras
características no cadáver.
Sinais Consecutivos

1. Resfriamento: É a perda de calor do corpo. Significa que a pessoa está morta. (Depende
também do ambiente). (1/2 grau nas primeiras horas e 1 grau por hora)

2. Desidratação: O cadáver perde o líquido, perdendo a elasticidade da pele.


Consecutivo
3. Modificação dos globos oculares: Haverá alterações, sendo uma delas o sinal de Sommer,
que ocorre quando há a perda do brilho. O sinal de sommer indica o tempo de morte.

4. Livor Mortis: É quando o sangue fica depositado no centro de gravidade. (2 a 3 horas e 8 a


12 horas.

5. Rigor Mortis: É quando os músculos começam a se enrijecer. Não se confunde com


espasmos cadavéricos, que ocorre o enrijecimento através de uma lesão neurológica.

É a tranformação do cadáver após o imediato e consecutivo.


Quando o cadáver vai se decompondo.
SUBFASES
É o apodrecimento do corpo. É a mesma coisa de maceração, mas esta ocorre
1. Putefração onde há submersão de água. Dura em torno de 2 a 3 anos, dependendo da
circunstância do indivíduo e do clima.
Diagnóstico
É quando as células se rompem, ou seja, quando os lisossomos começam a se
de realizade 2. Autólise
romper por falta de oxigênio, sendo sua última parte denominada lise.
da morte
(Fases) É quando as células hepatócitas (célula do fígado) começam a morrer por falta
3. Hepatócito
de oxigênio.
FASE PUTREFAÇÃO
É a fase em que o cadáver começa a mudar de cor.
A mudança de cor é decorrente da ação bacteriana (bactérias cromáticas). A
1.1. Cromática
primeira região a mudar é a abdominal.
Começa entre 15 a 36 horas após a morte.
É quando o cadáver começa a aumentar de tamanho, resultado dos gases que
Destrutiva são liberados dentro do corpo.
Os gases são os excrementos que as bactérias soltam após consumir as
células.
1.2. Gasosa Circulação póstuma de brouardel: É quando as bactérias
entram nos vasos sanguíneos e começam a consumir o
Sinais no
sangue.
corpo
Formação de vesículas: As vesículas são bolhas ricas em
2ª Transfor-
líquido formadas por bactérias em nosso corpo
mativo
É quando o cadáver começa a derreter, o tecido deixa de existir.
1.3. O cadáver vira uma espécie de pasta de coloração cinza, começando a se
Coliquativo desfazer e descolando do osso. Os vermos começam a se alimentar e não
conseguimos identificar o corpo.
Poucas são as bactérias que consomem minerais. Nessa fase o cadáver já deve
1.4. Esqueliti-
estar enterrado, muito tempo ao sol ou com muita água, não chamando o
zação
interesse das bactérias.
A maceração acelera todas essas fases, e ocorrerá quando o cadáver estiver
Observação
submerso em água.
É a conservação natural, o cadáver não será decomposto.

É quando o cadáver se encontra em uma região quente e seca, que conserva o


Mumificação
cadáver, vez que ele desidrata, logo, as bactérias não proliferam.

Aqui o terreno é argiloso, o ambiente é úmido, que entra em contato com o


Saponificação
corpo, e a gordura da região úmida forma uma espécie de sabão, protegendo
(Adipocera)
o tecido do cadáver.
Conservativa
É quando há rejeição de parte do corpo, o organismo se protege formando um
Calcificação
depósito de cálcio, que impede a proliferação de bactérias.

Foi usado na antiguidade, onde o cadáver era colocado em um vaso de cobre,


Corificação
metal que evita a profileração de bactérias.
Congelação A temperatura baixa impede as bactérias de se reproduzirem.
Trata-se do fóssil (petróleo), que também é um mineral que conversa o
Fossilização
cadáver.

TOXICOLOGIA
É a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações de substâncias química com o organismo, com a
Conceito finalidade de previnir, diagnosticar e tratar a intoxicação. Em outras palavras, é a ciência que estuda as drogas lícitas como
ilícitas, que atuam ao nível do sistema nervoso central.
A circulação é um sistema fechado, toda vez que usamos drogas nesse sistema, ela passa pelos órgãos do corpo e atinge o
Circulação
sistema nervoso central.
Todas as drogas vão para o sistema nervoso central, mas nem todas atingem o sistema nervoso central, uma
Sistema Nervoso Central
vez que temos uma barreira que poderá obstar alguns tipos de drogas.

CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS


Quanto ao status legal das Farmaco lícito,
substâncias Farmaco ilícito.
Quanto ao potencial uso Uso terapêutico.
nocivo e utilização clínicaUso não terapêutico.
Naturais Vem da natureza de uma planta, (Folha de coca, canables, etc).
Quanto à origem da
São aquelas oriundas de um produto de várias misturas químicas (Ecstasy, metanfetamina,
substância química Sintética
etc).
Deprimem o sistema nervoso Tratam-se das drogas psicolépticas.
Quanto ao efeito no sistema
Estimulam o sistema nervoso Tratam-se das drogas psicoanalépticas.
nervoso central
Pertubam o sistema nervoso Tratam-se das drogas psicodislépticas.

CATEGORIA DAS DROGAS


São as que diminuem algum estímulo no corpo. Podem causar dependência química, mas não gera gasto para o Estado. Ex.:
Depressora Analgésico que diminui a dor.
Psicolépticas Álcool; Calmantes; Narcóticos (ópio, codeína, heroína, morfina, barbitúricos, inalantes); Solventes (lança-
Exemplos
perfume, cheirinho-da-loló); Colas; Tintas; Removedores.
Estimuladoras
São as que causam bastante excitação aos usuários.
Psicoanalép-
ticas Exemplos Anfetamina; Cocaína; Crack/Merla; Cafeína; Energéticos; Tabaco/Nicotina
Alucinógenas São as que deturpam a ideia, deturpam a realidade.
Psicodislép-
Exemplos Maconha/Haxixe/Skank; L.S.D.; Ecstasy/MDMA; Avauasca; Chá do Santo Daime; Cogumelo; Chá Lírio.
ticas

TIPOS DE DROGAS
É de origem natural extraída da folha de coca. Além de pó, temos a forma em pedra, que é o crack ou melado que é a merla.
(Estimuladoras Psicoanalépticas)
Cocaína Sinais de uso: Excitação/Aumento de atividade; Irritabilidade; Agressividade; Desconfiança/Mania de Perseguição; Palidez
Acentuada; Olhos fundos e brilhantes/Dilatação da pupila; Tiques nervosos e excitações repetinas; Ansiedade; Septo nasal
perfura e com pequenas hemorragias.

É uma combinação de flores da planta conhecida como Cannabis Sativa, e pode ser verde, marrom ou cinza. Possui outros
nomes como: cigarros: fininho, baseado, bagulho, dólar, beck, erva, bagana e pacau. (Alucinógenas Psicodislépticas)
Maconha
Variedades Skank; Haxixe; Óleo de Haxixe
Sinais de uso: Tagarelice; Excitabilidade; Risadas ou Depressão; Olhos vermelhos congestos; Boca seca; Sonolência; Aumento
de apetites (doces); Alucinações; Distúrbios na percepção do tempo e do espaço.
É um derivado sintético da anfetamina, conhecido como 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA). Outros nomes: XTC;
Adam; Droga do Amor; Bala. (Alucinógenas Psicodislépticas)
Kleeblatt; Gorbys; Pigs; Dreamcast; Pelikan; Fido; Eva; Playboy; VIP; Halmond; Hauptling; Spatz; Cal; Star and
Variedades
Ecstasy Stripes; Love; Groover.

Sinais de uso: Boca seca; Pescoço e músculos tensos; Aumento da temperatura corpórea; Transpiração; Tremores; Ranger dos
dentes; Taquicardia; Visão embaçada; Irritação e a agressividade; Alucinação; Náusea; Calafrios; Desmaios.

É um líquido que não possui odor, cor ou sabor. É usado embaixo da língua em pequenos pedaços de papel de filtro
impregnados com LSD. É tão potente que pequeníssimas doses, de 20 a 50 microgramas já produzem alterações mentais. É
LSD (Dietil
um alucinógeno fabricado a partir de um fungo, que nasce no esporão do centeio e, por um processo químico surge o LSD
amida do
(Lysergic Saure Deithlamide). Outros nomes: Selo; Doce; Viagem; Trip; Ácido; Passaporte; Cartela; Audiovisual.
ácido
lisérgico) Sinais de uso: Alucinações; Delírios; Confusão mental e dificuldade de raciocínio; Risos e choros; Atitudes impulsivas e
irracionais; Calafrios; Tremores; Sudorese; Pupilas dilatadas; Reações de pânico com sensação de deformação no corpo e
objetos.

Os efeitos tóxicos do álcool podem levar à morte, pois deprimem o centro do cérebro que controla a respiração.

Vermelhidão da face; Fala pastosa; Dificuldade com movimentos e fala; Perda do equilíbrio;
Álcool Fase inicial
Hálito com odor característico; Irritabilidade e tendência a agressões.
Sinais de uso
Não se mantém em pé; Caminha apoiado nos outros ou parede; Não reage a estímulos;
Fase Crônica
Pupilas dilatadas; Esfincter relaxada.

LAUDO DE CONSTATAÇÃO (Lei nº 6.368/76)

Art. 22 - Recebidos os autos em juízo, será aberta vista ao Ministério Público para, no prazo de 3 (três) dias, oferecer
denúncia, arrolar testemunhas até o máximo de 5 (cinco) e requerer as diligências que entender necessárias.

§ 1º - Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e do oferecimento da denúncia, no que tange à materialidade
Art. 22
do delito, bastará laudo de constatação da natureza da substância firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa
idônea escolhida de preferência entre as que tiverem habilitação técnica.

§ 2º - Quando o laudo a que se refere o parágrafo anterior for subscrito por perito oficial, não ficará este impedido de
participar da elaboração do laudo definitivo.
Art. 25 - A remessa dos autos de flagrante ou de inquérito a juízo far-se-á sem prejuízo das diligências destinadas ao
esclarecimento do fato, inclusive a elaboração do laudo de exame toxicológico e, se necessário, de dependência, que serão
juntados ao processo até a audiência de instrução e julgamento.
• O exame pericial definitivo, não se confunde com o exame preliminar de constatação, que serve para fundamentar o
flagrante e a denúncia (art. 22, §§ 1º e 2º) mas não para dar base à sentença
Art. 25
• Na ausência do laudo, não poderá ser suprida pela confissão do acusado (STF,RTJ, 82:143 e 88:104), nem pelo laudo
preliminar de constatação (RT, 522:396); nem pela prova testemunhal (RT, 549:352), sendo nula a sentença (RJTJSP, 109:433
E 434 E 120:486).
• Laudo provisório - depois é feito um laudo definitivo (laudo toxicológico) – é feito o exame analítico quantitativo >ele fará
parte da fundamentação técnica da sentença judicial
São adicionados 2 tipos de substâncias ao pó: Cocaína e dpois Ácido Clorídrico. O Ácido vai corroer a substância que está
dentro do recipiente. Existe a possibilidade de erro nesse teste.
O ácido clorídrico não dissolve a cocaína.
Teste positivo
para a Cocaína Faltando o laudo de constatação ou contendo irregularidade, pode ser relaxado o flagrante, porém, não anulado o processo.

O laudo preliminar de constatação sempre será provisório. O juiz não poderá se basear no laudo provisório para emitir uma
sentença.
É colocado uma porça pequena num fraco de vidro, depois adiciona-se um líquido (solução química). Espera-se um tempo e
Teste Positivo vai começar a extrair o THC da planta.
para THC
Depois se adiciona outro tipo de líquido, e quando tem THC eles entram em contato (fica azulado no fundo do frasco.

Se fala na função terapêutica da maconha desde 1970.


Ela melhora o balanço energético.
Função
Ela aumenta o apetite.
Terapêutica
Ela trabalha o metabolismo da pessoa.
Obs Ela afeta a fertilidade.

William Costa 28.09.2017


Medicina Legal - Profº Alberto Soiti Yoshida - 4º Bimestre

BALÍSTICA
É a ciência que estuda a velocidade dos projéteis, ou seja, é a parte da física (mecânica), que estuda o movimento dos
Conceito
projéteis (coonsidera-se como projétil todo corpo que se desloca livre no espaço em virtude de um impulso recebido).
É uma disciplina, integrante da criminalística, que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos dos tiros por ela
Balística
produzidos, sempre que tiverem uma relação direta ou indireta com infrações penais, visando esclarecer e provar sua
forense
ocorrência.

DIVISÃO DA BALÍSTICA FORENSE


Também conhecida como balística interior. É a parte da balística que estuda a estrutura, mecanismos e funcionamento das
1º Balística
armas de fogo, o tipo de metal usado na sua fabricação bem como, a resistência às pressões desenvolvidas na ocasião do
interna
tiro.
2º Balística do Estuda a trajetória do projétil, desde a saída da boca do cano da arma até a sua parada final (repouso), ou seja, a balística
meio ou exterior analisa as condições do movimento, velocidade inicial do projétil, sua forma, massa, superfície, resistência do ar, a
externa ação da gravidade e os seus movimentos intrínsecos.
3º Balística
Também conhecida como balística dos efeitos, estuda os efeitos gerados pelo projétil desde que abandona a boca do cano
terminal ou
até atingir o alvo.
ferimento

ARMA
Conceito É todo objeto que pode aumentar a capacidade de ataque ou defesa do homem.
Armas
São aquelas feitas pelo homem com a finalidade de serem usadas como armas (pistolas, fuzil, revolver, etc.)
Próprias
Classificação
Armas São aquelas que eventualmente podem ser usadas por um indivíduo para matar ou ferir seu semelhante
Impróprias (martelo, machado, foice, etc).
Destrógiras Raias voltadas para a direita num projétil.
Sinistrógiras Raias voltadas para a esquerda num projétil.
Raias
As armas que não possuem raia são chamadas de "arma de alma lisa". Geralmente são armas com cano mais
Obs
comprido, porque esta tem mais precisão.
Constituição da Bala Mecanismo da Arma de fogo

Arma colocada dentro do


A
revolver.

Mecanismo de disparo
acionado, produzindo faíscas
B
que dão início à combustão
dos grãos de pólvora.
Combustão que gerá um gás
C para fora, expelindo o projétil
pelo cano.

RAIAS/ESTRIAS
São as ondulações e dimensões do cano da arma, que fazem com que o projétil gire em torno do seu próprio eixo. O projétil
Conceito por ter contato direto com a superfície interna do cano, passa a incorporar suas marcas e micro-estriamentos (impressões
digitais das balas), que permitem identificar de qual arma ela saiu

Rotação Giro sobre seu próprio eixo.

Movimentos O projétil, além de sair do cano girando sobre seu próprio eixo, faz um
Nudação
dos Projéteis movimento discreto de onda.
nas Raias

Precessão Fica a parte de trás girando.

Obs Há deslocamento de ar. Quanto maior o deslocamento, maior a quantidade de energia dissipada.
Cálculos de raia Se coincidem com as do suspeito, em todas as linhas, serão consideradas da mesma origem.
PODER DE PARADA (STOPPING POWER) x LETALIDADE
É a capacidade que o projétil possui, durante o impacto, de incapacitar uma pessoa ou um animal, instantaneamente,
Conceito
impedindo que continua a fazer o que estava fazendo no momento do impacto.
A eficiência do projétil está ligada ao severo danos ao suprimento de oxigênio conduzido pelo sangue ao Sistema Nervoso
Eficiência
Central ou ação direta contra sistema nervoso em geral.
Energia para Os primeiros autores dizem que o valor de 13 kgm (130 jaules) é a energia capaz de deter um homem, mesmo não atingindo
deter uma área vital.
É a quantidade de trabalho que teve que ser realizado sobre um objeto para modificar a sua velocidade. (Seja
Energia Cinética a partir do repouso - velocidade zero - seja a partir de uma velocidade inicial.
A energia cinética aumenta com o quadrado da velocidade do objeto.
Para aumentar a velocidade de um projétil, devemos colocar uma maior quantidade de pólvora, aumentando assim, a energia
Obs cinética. O estojo de munições deve ser maior, para comportar maior quantidade de pólvora. O projétil também deverá ser
mais leve, o que aumentará a energia cinética.

EXEMPLOS DE ARMAS
É uma arma de repetição, quando puxamos o gatilho, o vão do revolver vai para traz, batendo em uma agulha e expelindo a
Revólver munição. Toda vez que atiramos, o cão (?) fica em repouso. Para atirar novamente, devemos tirar o cão do descando, por isso
da repetição. O resolver comporta de 5 a 8 munições.

A pistola não tem vão, ela é toda blindada. A munição vai dentro da empenhadura, dentro da coroa. Quando efetua o disparo,
puxamos o gatilho, ocorre um disparo. Quando atiramos, o carrinho vai para trás. Quando o carrinho vai para trás, o cão da
Pistola
arma, assim, ele joga a cápsula, entre outra munição e o cão já está armado, e não na posição de repouso, como ocorre no
revolver. O impacto é amortecido, o carrinho amortece, e a pistola não sobe tanto, como ocorre no revolver.

Conseguimos fazê-lo por conta do vão do revolver. Na pistola é mais difícil, pois a pólvora fica contida na
Exame residuográfico
arma.

PERMISSÃO E RESTRIÇÃO AO USO DE ARMAS - DECRETO 3.665/00


Art. 17. I - armas de fogo curtas, de repetição ou semi-automáticas, cuja munição comum tenha, na saída do cano, energia de
Permitido até trezentas libras-pé ou quatrocentos e sete Joules e suas munições, como por exemplo, os calibres .22 LR, .25 Auto, .32
Auto, .32 S&W, .38 SPL e .380 Auto;
III - armas de fogo curtas, cuja munição comum tenha, na saída do cano, energia superior a (trezentas libras-pé ou
Restrito quatrocentos e sete Joules e suas munições, como por exemplo, os calibres .357 Magnum, 9 Luger, .38 Super Auto, .40 S&W,
.44 SPL, .44 Magnum, .45 Colt e .45 Auto;

COMPONENTES EM UM FERIMENTO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO


1. Penetração O tipo de tecido pelo qual o projétil passa, e quais estruturas são rompidas ou destruídas.

O volume de espaço que era ocupado por tecido e que foi destruído pela passagem do projétil. Ocorre em
2. Cavidade Permanente
função da penetração e da área frontal do projétil. É o canal que permanece após a passagem do projétil.

A expansão da cavidade permanente, estirada devido à transferência de energia cinética durante a passagem
3. Cavidade Temporária
do projétil.
Pedaços de projétil ou fragmentos secundários de ossos que são impelidos além da cavidade permanente e
4. Fragmentação
podem cortar tecido muscular, vasos, etc.
• O próprio projétil poderá se fragmentar, existem projeteis que se fragmentam no alvo, provocando danos residuais
distantes do dano residual.
• O projétil entra no corpo na forma instável, e não retilínea, uma vez que a densidade dele não é forte, como um aço (os
Obs
materiais, em regra, são em chumbos).
• Projétil com muita energia se torna mais instável, o que tem menos energia se torna menos instável. Logo, a quantidade de
energia vai influenciar na instabilidade.

FERIMENTOS POR DISPARO DE ARMA DE FOGO


Lesão Perfuro-Contundente nos tecidos humanos.
Sentido do disparo É uma informação pericial importantíssima e isso é possível definando a lesão como de entrada e saída.
ORIFÍCIO DE ENTRADA CIRCULAR
Se o cano da arma estiver em 90 graus do corpo da pessoa, o orifício que se
formará será circular.
Ângulos
Se o cano da arma estiver em 45 graus do corpo da pessoa, o orifício que se
formará será ovulado ou em elipse.
Sempre será menor do que o diâmetro do projétil, isto, pois nossa pele é elástica. A cavidade temporária
Orifício de Entrada
abre, e depois fecha.
Costuma ser maior do que o diâmetro do projétil. Tem um contorno totalmente irregula, e a borda é
Orifício de Saída
evertida (para fora), pois o projétil saiu do corpo.
ORLAS
Orla de Escoriação/Contusão É o rompimento da epiderme em função da rotação do projétil.
Orla de Enxugo São as impurezas (sujeiras) deixada pelo projétil que ficam aderidas à epiderme,após a penetração.
Orla Equimótica É o rompimento dos capilares.

Anel de Fisch É o orifício de entradda provocada por um objeto balístico que apresenta orla equimótica e orla de enxugo.

ZONAS (Só existirá nos disparos encostados ou à curta distância)


Zona de Chamuscamento É provocada por gases em alta temperatira que saem pela boca do cano.
É provocada pela fumaça que sai do cano, em distância menor do que a tatuagem.
Distância Menos de 25cm.
Zona de Esfumaçamento
Obs: Se encontrarmos fumaça na vítima, sabemos que o tiro foi muito próximo. Não delimitando, ressaltando
que é mais próximo do que a tatuagem.
É provocada pela pólvora que sai do cano, das particulas que não ocorreu a combustão.
Zona de Tatuagem 25cm, todavia, até 50cm é possível verificar o alvo com essas substâncias. Acima de 50cm
Distância
poderá não haver qualquer partícula.
SINAIS
Ocorre quando o projétil da arma de fogo atinge os ossos do crânio e forma um orifício que tem o diâmetro
Sinal de Funil de Bonnet
mais estreito na entrada e mais longo na saída, formando uma espécie de funil.

É o preto que fica no osso quando o tiro é encostado sem recuo. Não encontramos sinal de benassi na saída.
Sinal de Benassi
Onde houver anteparo rígido, com uma explosão (mina) sem o sinal de benassi, provavelmente é saída.

Sinal de Guaxinim É a característica dos olhos inchados.

DISTÂNCIA DE TIRO
Distância Tiro desferido a uma distância superior a 40cm.
Não apresentará nenhum tipo de zona (chamuscamento, esfumaçamento ou tatuagem). Só o
Zonas
projétil atinge o corpo.
Tiro à distância Terá a Orla de Escoriação/Contusão (Fica vermelho em volta da pele onde se rompeu, porque
a derme fica com micro pontos hemorrágicos).
Orlas
Terá a Orla de Enxugo (Sujeiras que o projétil adere e ficam na pele no momento que a atinge.

Distância Tiro desferido a uma distância de até 40cm, mas não encostado na pessoa.
Apresentará a zona de esfumaçamento (tatuagem falsa): Fumaça. A pólvora não penetra na
epiderme, ficando apenas superficialmente, portanto, se lavar sai.
Apresentará a zona de tatuagem (tatuagem verdadeira): A pólvora atinge ao redor do alvo,
penetrando na epiderme, portanto, ficam uns pontos de pólvora na pede, que não saem se
Zonas
lavar. (Só terá no orifício de entrada).
Tiro à curta distância Encontrará queimaduras.
Encontrará depressão: Só dura 3 minutos.
Obs: Todos esses tipos de zonas podem ser encontradas juntas, ou apenas alguns deles.
Terá a Orla de Escoriação/Contusão (Fica vermelho em volta da pele onde se rompeu, porque
a derme fica com micro pontos hemorrágicos).
Orlas
Terá a Orla de Enxugo (Sujeiras que o projétil adere e ficam na pele no momento que a atinge.

Distância O tiro desferido com o cano da arma encostado na pessoa.


Zonas Apresentará a zona de chamuscamento. (Incidência dos gases da explosão)
Formará a zona de chamuscamento, não terá Sinal de Benassi (coloração
Com recuo
Tipos preta).
Sem recuo Apresentará o Sinal de Benassi (coloração preta)
Orifício Ocorrerá quando o tiro encostado for realizado em um obstáculo/anteparo
Tiro encostado Estrelado rígido (Ex. osso), havendo uma explosão denominada "Mina"

Efeito Mina de Ocorre quando há uma expansão violenta dos gases, dilacerando as paredes
Características "Hoffman" do orifício de entrada a ponto de não se poder identificar nem orlas nem
(Blow Up) zonas.
Sinal de É quando a boca da arma fica desenhada no local onde foi disparado o tiro,
Puppe- indicando que aquele é o burado de entrada.
Wekgartner É o tiro encostado feito sem recuo e sem obstáculo (ossos).

William Costa 12.11.2017

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