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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE

CAMPUS PAU DOS FERROS


LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA

QUÍMICA DOS BIOCOMBUSTÍVEIS

DISCENTE: ANTONIO BRAGA DE REZENDE NETO


DOCENTE: ME. ANYELLE DA SILVA PEREIRA PEIXOTO

PAU DOS FERROS – RN


2020
BIOCOMBUSTÍVEIS DE TERCEIRA E QUARTA GERAÇÃO

• BIODIESEL:

Fundamentos teóricos

O Biodiesel, é uma das alternativas para ao uso dos combustíveis líquidos


consumidos no mundo. De acordo com Lora e Venturuini (2012, p. 174):

As atividades de transporte de passageiros e mercadorias


correspondem a aproximadamente um terço de toda a energia
consumida no mundo, sendo que este consumo de se dá na forma de
combustíveis líquidos de alta qualidade (gasolina veicular, querosene
de aviação e diesel).

Nesta perspectiva, como afirma Lora e Venturini (2012, p. 174), os


biocombustíveis, com os quais se espera suprir aproximadamente 10% do atual
consumo mundial de gasolina e diesel, têm uma enorme importância ambiental, como
medida de mitigação do efeito estufa e redução das emissões de outros poluentes.
O biodiesel, como afirma Lora e Ventuniri (2012, p. 174):

Pode ser produzido a partir de muitas matérias-primas, tais como


óleos vegetais (soja, milho, algodão, girassol, canola, mamona, dendê,
amendoim etc.), gorduras animais e óleos residuais e até ácidos
graxos livres. A escolha do tipo de óleo vegetal mais apropriado é
realizada através de avaliações climáticas e econômicas, por exemplo,
nos EUA se emprega o óleo de soja, na Europa se utiliza o óleo de
colza (canola) e nos países tropicais se prioriza o óleo de palma
(dendê).

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 176), o mercado mundial de biodiesel tem


crescido fortemente durante os últimos anos. O aumento dos preços do petróleo,
assim como a busca por fontes de energias renováveis motivaram as principais
potências a incrementar a participação destes combustíveis nas suas matrizes
energéticas.

Matéria-prima

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 176), têm como matéria-prima: petróleo,


etanol e óleo vegetal.
Produção Química

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 177), é produzido a partir de fontes vegetais


ou animais. Por isso, é um produto natural e biodegradável com baixo teor poluente.
Representa uma alternativa para substituir os combustíveis derivados do petróleo, os
quais são poluentes.

Impactos ambientais

De acordo com Lora e Venturini (2012, p. 176), a produção do biodiesel têm


algumas desvantagens como:

• Aumento do desmatamento;
• Elevação nos custos dos insumos;
• Produção mais baixa de energia;
• Mais caro que o diesel;
• Poucos postos de abastecimento.

Técnicas de Obtenção

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 190), o processo utilizado para produzir é a


transesterificação, porém a esterificação têm sido aplicada em combinação com a
transesterificação para aproveitar os subprodutos, ácidos graxos ou matérias-primas
de baixa qualidade para potencializar a produção de biodiesel.

Possibilidades e potencial de uso

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 178), O Brasil é um dos maiores produtores


de biodiesel do mundo. Isso resulta em diminuição da poluição e ainda gera mais
empregos e renda, favorecendo o desenvolvimento econômico e social.

Ainda de acordo com Lora e Venturini (2012, p. 178), Nesse caso, é vantajoso
posto que o país apresenta grandes extensões de terras cultiváveis, as quais podem
produzir uma enorme variedade de oleaginosas com baixo custo de produção.

A soja é a espécie cultivada no Brasil em escala suficiente para a produção e


comercialização do biodiesel. A Petrobras é a empresa brasileira que produz o
biodiesel. Os principais estados produtores são: São Paulo, Paraná, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Sul.

• BIOGÁS:

Fundamentos teóricos

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 328), o biogás é um biocombustível


proveniente de materiais orgânicos (biomassa) e, portanto, é uma fonte alternativa de
energia (energia renovável ou limpa), o qual substitui o uso de combustíveis fósseis.
Ele é produzido através da fermentação anaeróbica (ausência de ar) de
bactérias presentes na biomassa (LORA e VENTURINI, 2012, p. 328).
De acordo com Lora e Venturini (2012, p. 329), Na atualidade, a bioenergia tem
sido pauta de muitos debates uma vez que não produz grande impacto ambiental
sendo boa alternativa para substituir as fontes de energia não-renováveis como o
petróleo e o carvão mineral.

Matéria-prima

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 320), o biogás é um tipo de gás inflamável


produzido a partir da mistura de dióxido de carbono e metano, por meio da ação de
bactérias fermentadoras em matérias orgânicas. A fermentação acontece em
determinados patamares de temperatura, umidade e acidez.

Produção Química

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 320), o biogás é um tipo de gás inflamável


produzido a partir da mistura de dióxido de carbono e metano, por meio da ação de
bactérias fermentadoras em matérias orgânicas. A fermentação acontece em
determinados patamares de temperatura, umidade e acidez.

Impactos ambientais

No entanto, devido a alta concentração de metano (cerca de 50%) e de dióxido


de carbono (acima de 30%), o biogás é um dos principais poluentes do meio ambiente,
pois contribui diretamente para o aumento do efeito estufa. Pode ser considerado até
21 vezes mais poluente que o gás carbônico (LORA e VENTURINI, 2012, p. 331).
Técnicas de Obtenção

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 320), o biogás é um tipo de gás inflamável


produzido a partir da mistura de dióxido de carbono e metano, por meio da ação de
bactérias fermentadoras em matérias orgânicas. A fermentação acontece em
determinados patamares de temperatura, umidade e acidez.
Artificialmente esse processo ocorre através de um equipamento, o biodigestor
anaeróbico. O próprio metano não possui cheiro, cor ou sabor, mas os outros gases
apresentam odor desagradável. O biogás é uma fonte energética renovável, por essa
razão é considerado um bicombustível (LORA e VENTURINI, 2012, p. 332).

Possibilidades e potencial de uso

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 338), a instalação de biodigestores para


produção de biogás é recomendada para áreas rurais e determinados espaços
urbanos. Países como China e Índia contam com um grande número desse
equipamento em pequenas cidades e propriedades rurais.
A utilização desse tipo de fonte energética é favorável para a contribuir para a
questão do lixo, uma vez que os resíduos orgânicos são as matérias-primas. Este tipo
de energia nos leva à questão tão importante de buscar novas fontes de energia
alternativa, porque o mundo precisa encontrar fontes energéticas para substituir as
tradicionais, como petróleo, carvão e usinas hidrelétricas, que provocam grande
poluição e impactos ambientais.

• BIOETANOL:

Fundamentos teóricos

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 360), O Bioetanol é um combustível


renovável e sua combustão não é tão agressiva ao meio ambiente. A necessidade de
reduzir a dependência da utilização de petróleo impulsionou estudos voltados para o
desenvolvimento de novas alternativas na produção de combustíveis. Nesse sentido,
o bioetanol se tornou uma opção eficaz, visto que ele é uma fonte renovável originada
de produtos vegetais.
Matéria-prima

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 361) et al Friedich (1999), as principais


matérias-primas para a produção de etanol são de origem agrícola. Agrupa as
mesmas em três grandes grupos: açucaradas, amiláceas e celulósicas.

Produção Química

As tecnologias de segunda geração para produção de etanol (bioetanol) são


tecnologias diferentes para o produzir quando comparadas com a forma tradicional e
secular de fazer álcool (fermentar o caldo dos vegetais que possuem açúcares). Essas
tecnologias não utilizam os açúcares simples contidos na seiva, por exemplo, caldo
da cana-de-açúcar, mas transformam a madeira (celulose) da planta em açúcares
simples para posterior fermentação e produção de etanol. No caso da cana-de-açúcar,
1/3 da glicose produzida é disponibilizada na seiva do vegetal (caldo) e 2/3 são usados
para síntese da celulose (1/3 no bagaço + 1/3 nas palhas e pontas). A celulose é um
polissacarídeo formado, entre outros compostos, por 10.000 moléculas de glicose
ligadas. Portanto, a maior parte da glicose sintetizada pelo vegetal é fixada na forma
de celulose (GOLDENBERG, 2007).

Impactos ambientais

Especialistas afirmam que a utilização do bioetanol é extremamente vantajosa,


pois a matéria-prima na fabricação dessa substância é renovável, diferentemente do
petróleo, que irá exaurir-se da natureza em algumas décadas. Outro aspecto positivo
se refere à emissão de gases poluentes – a queima desse combustível não é tão
agressiva ao meio ambiente, contribuindo, assim, para a redução dos gases
responsáveis por intensificar o efeito estufa (LORA e VENTURINI, 2012, p. 365).

Técnicas de Obtenção

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 361), o bioetanol é um combustível obtido


através da fermentação controlada e da destilação de resíduos vegetais, como o
bagaço da cana-de-açúcar, a beterraba, trigo ou o milho. Todos esses produtos
passam por processos físico-químicos (deslignificação, fermentação, destilação etc.)
até se transformarem em combustíveis.
Possibilidades e potencial de uso

Segundo Lora e Venturini (2012, p. 365), o produto final é altamente energético,


podendo ser utilizado em automóveis adaptados para esse tipo de combustível. A
produção é mais expressiva com a utilização da cana-de-açúcar como matéria-prima,
visto que sua fermentação já proporciona açúcares. Aproximadamente 6.800 litros de
bioetanol são produzidos com 80 toneladas de cana.
REFERÊNCIAS:

LORA, Electo Eduardo Silva. VENTURINI, Osvaldo José [coords.]. Biocombustíveis:


volumes 1 e 2 – Rio de Janeiro: Interciência, 2012.

Kersten, Wolfgang; Blecker, Thorsten; Herstatt, Cornelius (2007). Innovative


Logistics Management: Competitive Advantages Through New Processes and
Services (em inglês). [S.l.]: Erich Schmidt Verlag GmbH & Co
KG. ISBN 9783503103997

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