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SEGURANÇA DO TRABALHO E

GESTÃO AMBIENTAL

TURMA “G A A”

TRABALHO SOBRE

“EXXON VALDEZ”

GRUPO ADEGA I 2003/04


EXON VALDEZ

Em 23 de março de 1989, o petroleiro Exxon Valdez zarpou do porto de Alyeska Pipeline,


carregando milhões de litros de petróleo extraídos dos campos do Alasca.
Como ele fez uma rota pelo Estreito Príncipe William, acabou chocando-se contra as
pontudas rochas do Recife Bligh. Abriram-se onze buracos no seu casco e, imediatamente, o
petróleo começou a vazar.

Ninguém previu qualquer problema extraordinário, quando o Exxon Valdez deixou o


terminal Alyeska Pipeline às 21:12, horário local, no dia 23/03/89. O navio, de aproximadamente
987 pés, o 2º mais novo de uma frota com 20 navios, da Cia de Navegação Exxon, Companhia
Americana Exxon, foi carregado com 53.094.510 galões (1.264.155 barris) de petróleo cru
proveniente de North Slope em direção a Long Beach, Califórnia.
Navios carregando petróleo da North Slope, já tinham transitado pelo estreito Prince
Williams mais de 8.700 vezes nos últimos 12 anos, desde que o petróleo começou a jorrar na
tubulação do terminal Trans-Alaska, sem maiores problemas e poucos incidentes. Isso portanto, não
dava motivo para se suspeitar um acidente iminente fosse possível. Porém, menos de 3 horas após a
sua chegada, o Exxon Valdez colidiu com o Recife Bligh Reef, rompendo 8 dos 11 tanques de carga
e vazando 10.800 milhões de galões de óleo cru no estreito de Prince Williams.
Até este acidente acontecer, nunca ninguém imaginou que algo assim pudesse acontecer,
tendo em vista o sucesso no transportes de petróleo da North Slope para a Costa Oeste e a Costa do
Golfo, diariamente. Essa complacência foi abalada quando o Exxon Valdez colidiu gravemente
minutos após a meia-noite do dia 24/03/2003.
A insistência das indústrias para regular o comércio do Valdez e a pressão do governo,
causou uma falha desastrosa no sistema. Os moradores da Costa Sul Central do Alaska, sem
mencionar a Exxon e a Cia de Serviços Alyeska Pipeline, pagariam um preço bem alto. Os
americanos, preocupados com a degradação do meio ambiente e a natureza do Alaska, reagiram
furiosamente. Esse derramento de óleo, cuja posição era nº 34 na lista dos maiores acidentes do
mundo nos últimos 25 anos, passou a ser o maior desastre de meio ambiente desde o desastre de
Three Mile Island.
O Exxon Valdez tinha atracado no terminal Alyeska Marine às 11:30 do dia 22/03/89 para
ser carregado (colocar carga).
O navio tinha uma tripulação de 19 pessoas, mais o capitão. A tripulação do navio e os
doqueiros do terminal começaram a carregar o navio por volta das 5:05 do dia 23/03/89 e às 5:30 da
manhã, o carregamento chegava a 100.000 barris. O chefe da tripulação supervisionava o trabalho.
O dia 23/03/89 foi dia de folga para alguns tripulantes do Exxon, o carregamento do navio já tinha
sido completado por volta das 19:24 hs.

As normas quanto à mão de obra, também podem ter causado a fatiga da tripulação.

Enquanto os navios dos anos 50 carregavam uma tripulação de 40 a 42 marinheiros, para


controlar aproximadamente 6,3 milhões de galões de óleo, de acordo com Arthur Mckenzie, do
centro consultivo de navios em Nova York o Exxon Valdez carregava apenas um grupo de 19
tripulantes para transportar 53 milhões de galões de óleo.
Os limites de mão de obra da embarcação mínima são determinados pela Guarda Costeira
dos EUA. A guarda costeira certificou os navios da Cia. Exxon para um mínimo de 15 pessoas. A
automatização reduz o trabalho manual, mas aumenta o trabalho mental, podendo assim, causar
erros humanos.
Quando bateu nas rochas do recife Bligh, a embarcação parou à sudoeste, pousando no topo
do recife, danificando 8 dos 11 tanques de carga. A computação a bordo do Exxon mostrou que 5,8
milhões de galões vazaram nas primeiras 3 horas. As condições do tempo no local eram de leve
chuva e neve, vento soprando do norte a 10 nós e visibilidade de 10 milhas.
O Estreito de Prince Williams, as águas, a vegetação, a praia e todos os animais que ali
habitavam foram cobertos por 10,8 milhões de óleo cru, causando o maior derramamento de óleo
dos EUA até então.

A Exxon Mobil foi condenada a pagar a milionária indenização no valor de U$ 5 bilhões,


sendo condenado também o capitão Hazelwood por Dano culposo a cidade, devendo pagar uma
multa de U$ 50,000 e 360 dias de prestação de serviços à população local, devendo limpar, com as
próprias mãos tudo aquilo que ajudou a sujar.
A Exxon Mobil está proibida de navegar pela região e até hoje, os danos causados ao meio
ambiente não foram totalmente recuperados. Supõe-se que nunca será!
Apesar de não ser o maior acidente petrolífero mundial, este foi considerado como espelho
para indenizações e precauções entre outras coisas. Esperamos ainda que acidentes deste porte não
mais acontecem, pois o mundo já foi devidamente sujo por navios de bandeiras de conveniência,
como este, visando somente o lucro, sem nenhuma manutenção, ou ainda, sem sequer se preocupar
com as leis vigentes no âmbito internacional.

Um bom exemplo para mostrar as graves conseqüências de eventos indesejáveis e ao


mesmo tempo comparar sanções administrativas e penais , foi o ocorrido com o petroleiro Exxon
Valdez, que em 1989, derramou óleo no golfo do Alaska, vejamos:
1. Foram gastos US$ 2.2 bilhões na limpeza do golfo,
2. Somente os levantamentos periciais, tiveram um custo de US$ 700 milhões,
3. US$ 300 milhões foram gastos em indenizações a particulares afetados pelo acidente,
4. US$ 1 bilhão em condenações criminais e civis nas ações promovidas pelas autoridades federais
e estaduais,
5. Ainda há um processo pendente onde se pleiteia US$ 5,3 bilhões em indenizações,
6. A Exxon, rebatizou sua subsidiária de navegação para Sea River Maritime, dado ao desgaste na
mídia do nome anterior, e sua ligação imediata com a tragédia ambiental,
7. O navio Exxon Valdez, foi rebatizado para Sea River Mediterranean, hoje proibido de retornar
ao Alaska, transporta petróleo entre o Oriente Médio e a Europa.
8. O capitão do Exxon na época, Joseph Hazelwood, ficou nove meses sem poder navegar, foi
condenado a pagar US$ 1 milhão em multas, mil horas de serviços comunitários e hoje trabalha
para uma empresa de seguros marítimos. Ainda há um processo criminal pendente contra ele.
9. A Exxon paga US$ 100 mil todo mês ao governo do Alaska, como indenização por perdas
comerciais após o acidente. Esta indenização para ser suspensa de pagamento, depende de decisão
da justiça.

No início da década de 90, a ExxonMobil financiou pesquisas que afirmavam que a área
atingida estava saudável e se recuperando bem. Entretanto, novas pesquisas científicas, conduzidas
por mais de 14 anos, atestam o contrário. O mais recente desses estudos, publicado pela revista
científica Science (2) concluiu que a recuperação da área está longe de alcançar um nível ideal. A
região continua a apresentar problemas resultantes dos resíduos do petróleo derramado.

Com 500 milhas de costa coberta com petróleo, a mortalidade de animais após o
derramamento foi alta. Lontras, aves marinhas e populações de focas foram os que mais sofreram.
Ao contrário do que afirmam as pesquisas da ExxonMobil, até hoje a área está contaminada pelo
óleo, além de substâncias tóxicas persitentes, resultando em impactos a longo prazo.
Bibliogarafia:

http://www.conhecimentosgerais.com.br/preserveomundo/preserve-os-oceanos/poluicao-e-os-
oceanos.html
http://www.mundorp.com.br/sandra.htm
http://www.google.com.br/search?q=%22exxon+valdez%22&hl=pt-
BR&lr=&cr=countryBR&ie=UTF-8&start=40&sa=N
Gazeta Mercantil
http://www.redeambiente.org.br/Opiniao.asp?artigo=42

TURMA GAA 2003/04


SEGURANÇA DO TRABALHO
E GESTÃO AMBIENTAL
GRUPO ADEGA I

ALINE
BOAZ
CARLOS BRAGA
JOSÉ LUIZ
PAULO GAIDARGE

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