Você está na página 1de 25

Resoluções das Fichas Formativas

Ficha 1 – Energia e movimentos: noções básicas

Grupo I
1.
A. metro por segundo (m s−1)
B. metro por segundo quadrado (m s−2 )
C. newton (N)
D. joule (J)
E. joule (J)
F. watt (W)
2.
1 km −6
A. 5,0 ×10−6 km (5,0 m m× 6
=5,0 ×10 km ¿
10 mm
1h
B. 7,5 ×10−1h ( 45 min × =0,75 h)
60 min
−3 1 ns 6
C. 2,0 ×107 ns (20 ×10 s × −9 =20 ×10 ns)
10 s
11
D. 1,7 ×10 MJ ¿

( )
10 m 10× 10−3 km
=
3. (C) 1 s 1
h
3600
4.

4.1. O módulo da velocidade do automóvel é 20 m s−1. ( 721kmh = 723600


000 m
s
=20 m s )
−1

4.2. Um automóvel pode ser considerado como uma partícula quando se pretende estudar apenas o
movimento de translação do seu centro de massa.
5. (B) ( P=mg=10 ×10−3 kg × 10 m s−2=0,10 N )
6. (A) (A energia associada ao movimento é a energia cinética, um tipo fundamental de energia.)
7. O jogador transfere energia para a bola por trabalho (o jogador exerce uma força sobre a bola,
sofrendo o ponto de aplicação dessa força um certo deslocamento).
1 2 2 3
8. Ec = m v =0,5 × 94 ×12 J=6,8× 10 J
2

Grupo II
1. (C) (Sobre o bloco atuam a força gravítica (vertical e de sentido de cima para baixo), a força normal
(vertical e de sentido de baixo para cima) e a força de atrito (horizontal e de sentido oposto ao do
movimento – de sentido da direita para a esquerda.)
2. (B) (A energia cinética, Ec , do avião está associada ao movimento do avião, dependendo da massa, m ,
1 2
do avião e do módulo da sua velocidade, v : Ec = m v (a energia cinética cresce com a massa e com
2
a velocidade).)

196 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


3. (B) (Para o mesmo corpo (mesma massa), a energia cinética é diretamente proporcional ao quadrado
da velocidade. Assim, quando a velocidade duplica, a energia cinética quadruplica:
1 2
m ×6
Ec ,f 2
()
2
6
= =¿ =4.)
E c ,i 1 3
m ×32
2
4. (A) (A energia transferida por uma força é medida pelo trabalho por ela realizado, W =Fd cos θ , em
que θ é a amplitude do ângulo que a força faz com o deslocamento. Quando a força é perpendicular
ao deslocamento, θ=90 °, o trabalho é nulo, dado que cos 90° =0.)
5. (D) (Ao descer, a altura da bola diminui, logo, a energia potencial gravítica do sistema bola + Terra
também diminui. Como na bola apenas atua a força gravítica exercida pela Terra, a energia mecânica
do sistema bola + Terra mantém-se constante, portanto, a uma dada diminuição da energia potencial
gravítica corresponde um aumento igual da energia cinética. Conclui-se que, na descida, a energia
potencial gravítica se está a transformar em energia cinética.)
6. (A) (Apenas atuam sobre o bloco a força gravítica (força conservativa) e a força normal que, sendo
perpendicular ao deslocamento, não realiza trabalho. Assim, a energia mecânica do sistema bloco +
+ Terra é constante: a energia cinética diminui 15 J (∆ E c= ( 5−20 ) J =−15 J ), logo, a energia
potencial aumenta 15 J: ∆ E m =∆ E c + ∆ E p ⟹0=−15 J +∆ E p ⟹ ∆ E p=15 J .)
7. (B) (A energia potencial gravítica, E p, do sistema rocha + Terra aumenta linearmente com a altura, h .
Como E p=mgh, o gráfico E p (h) é uma reta de declive mg , uma vez que a massa da rocha e a
aceleração gravítica são constantes.)

Ficha 2 – Energia e movimentos: aprendizagens estruturantes

Grupo I

( ()
)
2
1 v v2
×2 m 2×
E c, B 2 2 4 1
1. (C) = = 2 =
Ec , A 1 2 v 2
mv
2
−2
2. (D) [W ⃗P=−∆ Ep =−mg ∆ h=−75 kg ×10 m s × ( 0,20 m ×15−0 ) =−75 ×10 ×0,20 ×15 J
(o trabalho realizado pelo peso na subida é negativo e o homem subiu 20 cm ×15=0,20 ×15 m .)]
3. (A) (O trabalho que seria realizado pela resultante das forças que atuam no automóvel é igual à
variação de energia cinética do automóvel. Para que o trabalho venha em joules, a massa deve estar
expressa em quilogramas e as velocidades em metros por segundo:

[( ) ( ) ]m s
2 2
1 2 1 2 1 72000 36 000 2 −2
W ⃗F =∆ E c= m v f − m v i = × 1200 kg × − )
R
2 2 2 3600 3600
4.
4.1. (A) (Após o lançamento, e enquanto a bola não colide com o solo, na bola apenas atua a força
gravítica, vertical e de sentido de cima para baixo. Na subida, a força gravítica tem sentido
oposto ao deslocamento, logo, o trabalho que esta força realiza é negativo (a amplitude do

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 197


ângulo entre a força e o deslocamento é 180 ° e cos 180 °=−1< 0).)
4.2. (A) (Após o lançamento, e enquanto a bola se move no ar, apenas atua a força gravítica que é
conservativa. Assim, a energia mecânica do sistema bloco + Terra é constante.]
4.3. (C) (A energia mecânica do sistema bola + Terra é constante, portanto, a variação de energia
potencial gravítica é simétrica da variação de energia cinética:
1
(
∆ E m =0 ⟺ ∆ E p+ ∆ Ec =0 ⟹ ∆ E p=−∆ E c =− 0− × 0,250 kg ×8,0 2 m 2 s−2 =8,0 J )
2 )

4.4. A partir da conservação da energia mecânica pode calcular-se a altura máxima, h máx (a
velocidade da bola ao atingir essa posição é nula):
1 2
E m, i=E m, h ⟺ E c, i + Ep, i =E c, h + E p, h ⟺ m v i +0=0+ mgh máx
máx máx
2
máx

2 2 2 −2
vi 8,0 m s
⟹ hmáx = = =3,2 m
2 g 2×10 ms−2
A distância percorrida pela bola até colidir com o solo é d=3,2m+3,2 m+1,5 m=7,9 m (a bola
sobe 3,2 m e, a seguir, desce 3,2 m até à posição de lançamento e, depois, ainda desce mais
1,5 m até chegar ao solo).

Grupo II
1.
1.1. (D) (A força gravítica, ⃗
F g, é perpendicular ao deslocamento, uma vez que o corpo se move na
horizontal e a força gravítica é vertical, logo, o trabalho realizado pela força gravítica é nulo:
W ⃗F =Pd cos 90 °=0.)
g

1.2. (A) [O bloco move-se horizontalmente, portanto, a energia potencial do sistema bloco + Terra
mantém-se (a altura é constante). A energia cinética também se mantém, dado que a velocidade
do bloco é constante. Conclui-se que a energia mecânica do sistema bloco + Terra, soma da
energia potencial gravítica com a energia cinética, também se mantém. O trabalho realizado
pelas forças não conservativas, sendo igual à variação da energia mecânica, é nulo (neste caso as
forças não conservativas são a força exercida pela corda, as forças de atrito – o trabalho
realizado pela força exercida pela corda é simétrico do trabalho que seria realizado pela
resultante das forças de atrito – e a força normal exercida pela superfície de apoio – o trabalho
desta força é nulo dado ser perpendicular ao deslocamento)].
1.3. As forças que atuam no bloco são a força exercida pela corda, ⃗ F , a força normal exercida pela
N , a força gravítica exercida pela Terra, ⃗
superfície de apoio, ⃗ F g, e as forças de atrito de
resultante, ⃗
F a.
A soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam no bloco é nula, uma vez que a energia
cinética do bloco se mantém (a velocidade do bloco é constante):
W ⃗F +W ⃗N +W ⃗F + W ⃗F =∆ E c ⟺ 50 N× 13 m × cos 38 ° +0+0+ W ⃗F =0
g a a

198 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


⟺ W ⃗F =−512 J
a

A intensidade da força de atrito pode ser determinada a partir do trabalho realizado pela força de
atrito:
512 J
W ⃗F =F a d cos 180 ° ⟺−512 J=F a × 13 m × (−1 ) ⟹ F a = =39,4 N
a
13 m
200 N
A intensidade do peso do bloco é 200 N , logo, a força de atrito é =5,1 vezes menor do
39,4 N
que o peso do bloco.
2.
2.1. (A) (A energia cinética aumenta proporcionalmente com a distância percorrida, pois a resultante
das forças que atuam no esquiador E1 na descida é constante:
E c −0
∆ E c=W ⃗F =F resultante d cos 0° =F resultante d ⟹ =F resultante
resultante
d
A força gravítica e a energia mecânica são constantes, sendo a energia cinética diretamente
Ec 1
proporcional ao quadrado da velocidade: = m=30 kg .)
v2
2
2.2. (D) (O trabalho realizado pela força gravítica que atua no esquiador E 1, no deslocamento
considerado, é o simétrico da variação de energia potencial gravítica:
W ⃗F =−Δ E p=−mg ( h f −h i )=−60 ×10 × ( 29−0 ) J=−600 ×29 J )
g

2.3. A energia mecânica do sistema esquiador E1 + Terra permanece constante, portanto é a mesma
em A e no ponto de altura máxima na subida. É nula a velocidade do esquiador E 1 nestes dois
pontos, portanto, neles também é nula a energia cinética. Assim, nesses dois pontos a energia
mecânica coincide com a energia potencial gravítica. Conclui-se, então, que a energia potencial
gravítica do sistema esquiador E1 + Terra é a mesma nesses dois pontos, logo, a altura do ponto
A é igual à altura máxima atingida pelo esquiador na subida.
2.4. (B) ¿
1 2
⇔ mv B +0=0+mg hmáx
2
2
⇔ v B =2 g h máx
⇒ v B =√2 g hmáx =¿
¿ √ 2× 10× 29 m s =¿
−1

−1
¿ 24 m s ; a velocidade não depende da massa do esquiador.)
2.5.
2.5.1. A distância que o esquiador E2 percorre na rampa inclinada de 20 ° é:
h máx
d= =2,92 hmáx
sin 20 °
O trabalho realizado pelas forças não conservativas, ⃗
F a, que atuam no esquiador E 2, no
percurso de B até atingir a altura máxima, é igual à variação de energia mecânica do
sistema esquiador E2 + Terra (em B, a energia mecânica coincide com a energia cinética e,
na posição de altura máxima coincide com a energia potencial gravítica):

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 199


W ⃗N +W ⃗F =∆ Em
a

⟺ 0+0,25 mg ×50 cos 180 ° +0,20 mg × 2,92 hmáx cos 180° =mg hmáx −E c, B
⟺−0,25 ×920 ×50−0,20 ×920 × 2,92h máx=920 h máx −1,8 ×104
( 1,8 ×10 4−1,15 ×10 4 ) J
⟹ hmáx = =4,5 m
( 920+ 537 ) N
2.5.2. A energia total é constante, logo, uma dada diminuição de energia mecânica (dada, neste
caso, pelo módulo do trabalho realizado pelas forças de atrito) traduz-se num igual
aumento da energia interna.
A variação de energia mecânica é a soma das variações de energia potencial gravítica e de
energia cinética. Na subida, a variação de energia potencial gravítica é positiva e a
variação de energia cinética é negativa. Por isso, a diminuição de energia mecânica é
menor do que a diminuição de energia cinética. Ou seja, pode concluir-se que, na subida
considerada, a variação de energia interna do sistema esquiador E2 + vizinhança é menor
do que a diminuição da energia cinética do esquiador E 2.

Ficha 3 – Energia e movimentos: ficha global

Grupo I
1. Desde que é abandonada até colidir com o solo, a bola percorre ( 1,30−0,20 ) m=1,10 m . Após a
primeira colisão com o solo, a bola atinge uma altura máxima de ( 1,30−0,55 ) m=0,75 m (altura
máxima no primeiro ressalto).
A dissipação de energia ocorre na colisão da bola com o solo. Como a resistência do ar é desprezável,
a energia mecânica, E m, i=E p, i, na posição de largada, e a energia mecânica, E m, f =Ep, f , na posição
de altura máxima, no primeiro ressalto, são iguais às energias mecânicas imediatamente antes e após
a primeira colisão, respetivamente. A variação de energia mecânica na colisão é:
∆ E m =E p, f−E p, i =mg ( hf −h i )=mg× ( 0,75−1,10 )
Assim, em termos relativos, a energia mecânica dissipada na primeira colisão com o solo é:
mg× ( 1,10−0,75 )
=0,32=32 %
mg×1,10
2. No segundo ressalto, a energia potencial gravítica é máxima no instante t=1,65 s. (Ocorre no
instante em que a bola, após a 2.ª colisão com o solo, se aproxima mais do sensor, atingindo a altura
máxima; nesse instante, a bola está a cerca de 0,80 m do sensor.)
3. (D) (Como a força gravítica é conservativa, o trabalho realizado pela força gravítica que atua na bola
não depende do que sucedeu à bola (número de colisões) entre essas posições. O trabalho realizado
pela força gravítica entre duas posições depende do desnível entre essas posições. Como a altura da
bola é a mesma nas duas posições, o desnível é sempre o mesmo, neste caso, nulo. Assim, o trabalho
não depende da altura considerada, sendo sempre o mesmo, neste caso, nulo.)

200 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


4. (A) (Durante a subida apenas atua a força gravítica, havendo conservação da energia mecânica: assim
a energia cinética da bola ao abandonar o solo será igual à energia potencial gravítica do sistema
bola + Terra ao atingir a altura máxima nesse ressalto:
1
m v =mg ×0,37 ⟹ v =√2 ×10 × 0,37 m s =2,7 m s ¿
2 −1 −1
2
5. Nas posições de altura máxima, a energia cinética da bola é nula. Assim, em cada ressalto, a energia
mecânica, E m, do sistema bola + Terra (soma das energias cinética e potencial) é igual à energia
potencial gravítica, E p, na posição de altura máxima, h máx, desse ressalto: E m =Ep =mg hmáx (m
representa a massa da bola e g o módulo da aceleração gravítica).
Durante a queda da bola, a energia mecânica é conservada e a energia potencial vai-se
transformando em energia cinética. No instante em que embate no solo, a energia potencial é nula,
tendo-se toda transformado em energia cinética. Durante o choque com o solo parte da energia é
transferida para a vizinhança, e quando começa o movimento ascendente a energia cinética é menor
do que a energia cinética imediatamente antes de embater no solo.
Como na colisão com o solo há diminuição da energia mecânica, conclui-se que, nos sucessivos
ressaltos, será cada vez menor a energia potencial gravítica na posição de altura máxima. Assim, a
altura máxima atingida pela bola nos sucessivos ressaltos será cada vez menor.

Grupo II
1.
1.1. (A) (Na descida do plano, a energia cinética do carrinho aumenta, portanto, a uma menor altura
corresponde uma maior energia cinética, o que exclui as opções (B) e (D). Como a resultante das
forças que atuam no carrinho é constante (a força gravítica e a resultante das forças de atrito
são constantes), a energia cinética do carrinho varia linearmente com a distância percorrida:
W ⃗F =∆ Ec ⟺ F R d cos 0 ° =¿ Ec −0 ⟺ Ec =F R d ¿
R

Como, por outro lado, a altura se relaciona também linearmente com a distância percorrida (
h0 −h F R (h0−h)
h=h0 −d sin 20 ° ⟺ d= ), conclui-se que Ec (h) é uma função linear: Ec = .)
sin 20° sin 20 °
1.2. (D) (A variação de energia potencial gravítica entre A e D é dada por:

( )
h0 1 −2
Δ E p=E p , D −E p , A=mg −mg h0 =mg h 0 −1 = mgh 0
3 3 3
2
ou seja, a energia potencial diminui mg h0 . O trabalho realizado pela força gravítica que atua
3
no carrinho é o simétrico da variação de energia potencial gravítica ( W ⃗F =−Δ E p). Assim, entre
g

2
A e D, é dado por mg h0.)
3
1.3. A soma dos trabalhos das forças que atuam sobre o carrinho entre duas posições é igual à
variação de energia cinética entre essas duas mesmas posições.

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 201


A variação de energia cinética do carrinho na descida é igual à sua energia cinética em B, dado
que o carrinho parte do repouso em A (∆ E c, A⟶ B =E c, B−0).
Na subida, a variação de energia cinética do carrinho é simétrica da sua energia cinética em C,
pois a velocidade do carrinho em D é nula (posição em que há inversão do sentido do
movimento) (∆ E c, C⟶ D=0−E c, C).
Dado que, entre B e C, as únicas forças que atuam no carrinho são a força gravítica e a força
normal, ambas perpendiculares ao deslocamento ( cos 90° =0), a soma dos trabalhos das forças
que atuam sobre o carrinho entre B e C é nula. Assim, a velocidade em C é igual à velocidade em
B (as energias cinéticas do carrinho em B e em C são iguais).
Conclui-se que a soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam no carrinho na descida
(entre A e B) é simétrica da soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam no carrinho na
subida (entre C e D).
1.4. Na descida, o trabalho da resultante das forças é:
1 2 1 2
W ⃗F =∆ Ec ⟺ F R d cos 0 ° =¿ Ec −0 ⟺ F R d=E c = m v B= × 0,1× 2 J =0,2 J ¿
R
2 2
h0 0,40m
Como a altura se relaciona com a distância percorrida d= = =0,438 m, segue-se
sin 20 ° sin20 °
0,2 J
FR= =0,46 N .
0,438 m
2.
2.1. (C) (Na esfera atuam a força normal, que realiza um trabalho nulo, por ser perpendicular ao
deslocamento, e a força gravítica. A resultante das forças que atuam na esfera é a componente da
força gravítica na direção do plano, de módulo mg sin θ, portanto, depende da inclinação θ do
plano. A soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam na esfera é o trabalho realizado
pela força gravítica que, na subida, é −mgh (W ⃗F =−∆ E p=−( mgh−0 )), não dependendo da
g

inclinação θ do plano.)
2.2. A velocidade da esfera seria constante. (Se o ângulo θ for nulo, então, a partir do ponto P, a
esfera desloca-se na horizontal. No seu deslocamento, a esfera está somente sujeita à força
gravítica e à força normal, perpendicular ao deslocamento. Como a esfera se desloca
horizontalmente, a força gravítica é também perpendicular ao deslocamento. Assim, a soma dos
trabalhos realizados pelas forças que atuam na esfera, igual à variação de energia cinética, é
nula (cos 90°=0). Sendo a energia cinética constante, conclui-se que o módulo da velocidade
da esfera é constante.)

Grupo III
1. Se a força de resistência for desprezável no intervalo de tempo [0, 20] s, haverá conservação da
energia mecânica nesse intervalo, logo,
2
1 2 −v f −200 2
∆ E c =−∆ E pg ⇔ m v f =−mg ∆ h⇒ ∆ h= = m=−2,0 km
2 2 g 2× 10

202 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


Como h ( 0 ) =39,0 km e h ( 20 ) =37,0 km, verifica-se que, nos primeiros 20 s, a altura de FB diminui
2,0 km, o que, sendo consistente com a conservação de energia mecânica, implica que a resistência
do ar seja desprezável.

( )
2
1 126 × 103 m 1 2
2. (D) ( Ec, v =Ec, FB (máx) ⟺ m v = ×118 kg × ( 380 m s−1 )
2 60 ×60 s 2

( )
−1 2
380 m s
⟹ mv =118 kg × −1
=1,4 ×10 4 kg )
35 m s
3. (A) (De acordo com o gráfico v(t), o módulo da velocidade de FB aumenta no intervalo de tempo
[0, 50] s. Com base no gráfico h(t), verifica-se que, nesse intervalo de tempo, a variação de
altitude de FB é ( 28,0−39,0 ) km =−11,0 km . Assim, o trabalho realizado pela força gravítica que
atuou no conjunto FB + equipamento, no intervalo de tempo em que o módulo da sua velocidade
aumentou, é:
W ⃗F =−∆ E p=−mg ∆ h=−118 kg × 10 m s−2 × (−11× 103 m )=1180 ×11 ×10 3 J )
g

4. (D) (No intervalo de tempo [10, 40] s, a velocidade de FB aumenta. Assim, a soma dos trabalhos
realizados pelas forças que atuaram no conjunto FB + equipamento é positiva (a energia cinética
do conjunto aumenta) e a resultante das forças mantém sempre o mesmo sentido, o do
movimento. A velocidade de FB, no instante t=70 s, é inferior à sua velocidade, no instante
t=40s , logo, a soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuaram no conjunto
FB + equipamento, no intervalo de tempo [40, 70] s, é negativa (a energia cinética do conjunto
diminui). Nesse intervalo, a velocidade aumenta até ao instante t=50 s, diminuindo a partir
desse instante, o que mostra que a resultante das forças que atuaram naquele conjunto muda de
sentido.]
5. (C) (Como FB desce, a energia potencial gravítica, E p =mgh, do sistema FB + equipamento + Terra
diminui (a altitude h de FB diminui). No intervalo de tempo [50, 100] s, a velocidade de FB diminui,
1 2
portanto, a sua energia cinética, Ec = mv , também diminui.)
2
6. (D) (Na descida, a energia mecânica do sistema FB + equipamento + Terra diminui, uma vez que há
resistência do ar (força dissipativa). Assim, a uma maior altura corresponde uma maior energia
mecânica (o que exclui as opções (A) e (C)).
No início da queda (altitude maior), o efeito da força de resistência do ar é praticamente desprezável,
logo, para maiores altitudes, a energia mecânica deve ser praticamente constante.)
7. De acordo com o gráfico v FB(t), FB move-se com velocidade superior à do som no intervalo
de tempo [34, 64] s. No instante t=34 s, a altitude de FB é 33,5 km e o módulo da sua
velocidade é 310 m s−1, e, no instante t=64 s, a sua altitude é 23,0 km e o módulo da sua
velocidade é 290 m s−1. O trabalho realizado pela força de resistência do ar, W ⃗F , que atuou
ar

no conjunto FB + equipamento é igual à variação da energia mecânica do sistema


FB + equipamento + Terra: W ⃗F =∆ Em =∆ Ec + ∆ Ep
ar

No intervalo de tempo [34, 64] s, a variação de energia cinética é:


1 1
∆ E c= m ( v 2f −v 2i ) = ×118 kg × ( 2902−310 2) m 2 s−2 ¿−7,08× 105 J
2 2

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 203


e a variação de energia potencial gravítica é:
∆ E p=mg ( h f −hi ) =118 kg ×10 m s−2 × ( 23,0−33,5 ) ×103 m ¿−1,24 ×107 J
Assim, conclui-se que W ⃗F =−7,08 × 10 J+ (−1,24 ×10 J ) =−1,3 ×10 J .
5 7 7
ar

Ficha 4 – Energia e fenómenos elétricos – noções básicas

Grupo I
1. (D) (Ver definição de diferença de potencial elétrico – manual, página 78.)
2. (D) (A corrente elétrica é a grandeza física que corresponde à carga elétrica que atravessa uma secção
reta de um condutor por intervalo de tempo.)
3.
3.1. O condutor é percorrido por uma corrente elétrica de 200 mA.
3.2. (C) (Num minuto a carga que atravessa o condutor é:
E 120 J
Q=I ∆ t=0,200 A ×60 s=12C , U = = =10V )
Q 12C
4. (D) (Num metal, os eletrões de condução estão sempre em movimento em todas as direções
(movimento aleatório), mas para haver corrente, contínua ou alternada, tem que existir, num certo
instante, um movimento orientado desses eletrões. Há uma corrente elétrica entre dois pontos de
um corpo se existir uma diferença de potencial elétrica entre esses pontos e se o material for
condutor; se o material for isolador não há corrente elétrica. Por exemplo, numa solução aquosa, as
forças elétricas que atuam nos iões positivos têm sentido oposto às forças elétricas que atuam nos
iões negativos porque as suas cargas são de sinal contrário. Assim, independentemente de a corrente
ser contínua ou alternada, o movimento orientado dos iões positivos será sempre no sentido oposto
ao movimento orientado dos iões negativos.)
5. A corrente elétrica não é nula, pois, embora as cargas elétricas sejam simétricas, movem-se em
sentidos opostos. Uma carga a mover-se num certo sentido é equivalente à carga simétrica a mover-
se no sentido oposto. Assim, a situação equivale a 12 C a atravessar uma secção do condutor no
mesmo sentido da carga de 6 C.

6. (D) (Há uma relação de proporcionalidade direta entre a tensão e a corrente elétrica, sendo a

constante de proporcionalidade a resistência elétrica ( R= UI ), constante que caracteriza o


condutor.)
7. (A) (Há uma relação de proporcionalidade direta entre a corrente elétrica e a tensão elétrica, sendo a
I 1
constante de proporcionalidade o inverso da resistência elétrica: = . Com as mesmas
U R
dimensões, um fio de cobre é melhor condutor que um fio de alumínio, portanto, o de cobre
apresentará menor resistência elétrica, o que corresponde a um maior declive.)
8. A resistência elétrica, R , é o quociente entre a tensão elétrica, U , e a corrente elétrica, I . Assim, para
U
a mesma tensão elétrica, a resistência elétrica, R= , é inversamente proporcional à corrente
I

204 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


elétrica. Como, para a mesma tensão, a corrente elétrica em L é tripla da corrente elétrica em M,
conclui-se que, nas condições consideradas, a resistência elétrica de L é um terço da resistência
elétrica de M.

Grupo II
1. Associação em paralelo dos condutores de resistências 3,0 Ω e 6,0 Ω e associação em série do
conjunto daqueles dois condutores com o condutor de resistência 4,5 Ω .
2. Os condutores de resistências 3,0 Ω e 6,0 Ω estão ligadas em paralelo e, portanto, estão sujeitas à
mesma tensão elétrica U . Para a mesma tensão, a corrente elétrica, I , é inversamente proporcional
U
à resistência elétrica, R , dado que I = . Conclui-se que a corrente elétrica, no condutor de
R
resistência 3,0 Ω , é dupla da corrente elétrica no condutor de resistência de 6,0 Ω (metade da
resistência implica o dobro da corrente).
3. Edissipada =R I 2 Δt=( 6,0 × 0,200 2 ) W × (30 × 60 ) s=4,3 × 10 2 J
4. (D) (A corrente elétrica que atravessa o condutor de resistência 4,5 Ω , no ramo principal, é igual à soma
das correntes elétricas que atravessam os condutores de resistências 3,0 Ω e 6,0 Ω . A corrente elétrica
no condutor de resistência 3,0 Ω é 400 mA e é dupla da corrente no condutor de resistência 6,0 Ω ,
logo, a corrente no condutor de resistência 4,5 Ω é (400 + 200) mA = 600 mA = 0,600 A.)
5. (C) (A potência fornecida pela pilha ao circuito é a potência útil, Pútil , que é soma das potências
dissipadas nos três condutores do circuito, Pútil =P4,5 Ω + P3,0 Ω + P6,0Ω . A potência elétrica gerada na
pilha é Ptotal =Pútil + P dissipada, em que Pdissipada é a potência dissipada na pilha. Como
Pútil =Ptotal −Pdissipada , conclui-se que Pútil ¿ Ptotal .)
6. Diferença de potencial elétrico no condutor de resistência 6,0 Ω : U R =6,0 Ω×0,200 A=1,2V
3

Diferença de potencial elétrico no condutor de resistência 4,5 Ω : U R =4,5 Ω× 0,600 A=2,7 V


1

Logo, U gerador=U R +U R =1,2 V +2,7 V =3,9V .


2 3

Cálculo da resistência interna do gerador:


U =ε−rI ⇒ 3,9 V =4,5 V −r × 0,600 A ⇔ r =1,0 Ω

Ficha 5 – Energia e fenómenos elétricos

Grupo I
1.
1.1. Os produtos dos comprimentos pelas correspondentes correntes elétricas é constante, 0,13 m A.
Assim, quando o comprimento aumenta a corrente diminui, na mesma proporção, sendo essas duas
grandezas inversamente proporcionais. Como a diferença de potencial, U =12,0 V , é constante, se

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 205


12,0 V
a corrente, I , diminui a resistência elétrica, R= , aumenta, na mesma proporção. Desta
I
forma, conclui-se que a resistência aumenta proporcionalmente com o comprimento do fio.
1.2.
1.2.1. (B) (Para a secção reta de 2,8 ×10−6 m 2, do gráfico retira-se que a corrente elétrica é 10,0 A.
U 12,0 V
R= = =1,20 Ω.)
I 10,0 A
1.2.2. O gráfico mostra uma proporcionalidade direta entre a secção reta, A , do fio e a corrente
elétrica: I =kA . Como a diferença de potencial é constante, se a corrente aumenta
proporcionalmente com a secção reta, a resistência elétrica diminui inversamente com a
12,0 V 1
secção reta, R= =12,0 V × . Pode concluir-se que a resistência elétrica e a
I kA
secção reta do fio são inversamente proporcionais.
1.3. A energia dissipada é proporcional à potência dissipada por efeito Joule: P=U I . Para aumentar
a potência, sendo a tensão, U , constante, ter-se-á de aumentar a corrente, I , mas, para isso,
U
deve-se diminuir a resistência, R , dado que I = .
R
2.
U 8,0 V
2.1. Situação O: R= = =4,0 Ω
I 2,0 A
U 8,0 V
Situação P: R= = =5,3 Ω
I 1,5 A
2.2 A uma diminuição de temperatura corresponde uma diminuição de tensão, U . Na situação P, em
que a temperatura varia, quando U diminui numa dada proporção, verifica-se que a corrente, I ,
diminui numa proporção inferior. Por exemplo, para U =10V , tem-se que I =1,7 A

( R= 1,710VA =5,9 Ω), enquanto que, para U =5,0V , tem-se que I =1,0 A ( R= 5,0 V
1,0 A
=5,0 Ω).

U
Assim, conclui-se que a resistência R= irá diminuir com a diminuição da temperatura, dado
I
que a diminuição de U é mais pronunciada do que a de I .

Grupo II
2
2
U (230 V ) 30
1. (D) ( R= = =70,5 Ω; E=P ∆ t=0 ,750 kW × h=0,375 kW h )
P 750 W 60
2.
2.1. (A) (A tensão entre X e H é U = I × R = 2,73 × 10 –3 A × 1,0 × 103 Ω = 2,73 V .)
2.2. (A) (A corrente no ponto F é I = (2,73 − 1,64) A = 1,09 A .)
2.3. A potência dissipada por efeito Joule é P = R I 2 = U I.
2
Potências dissipadas: P = R I2 = 1,0 × 103 Ω × ( 2,73 ×10−3 ) A 2 = 7,5 × 10−3 W ;
P1 = U1 I 1 = 3,27 V × 1,64 A = 5,4 W ; P2 = U2 I 2 = 3, 27 V × 1,09 A = 3,6 W ;
P1 > P 2 > P.

206 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


2.4. (C) (U gerador =ε−rI =ε −0 × I =ε (a diferença de potencial nos terminais do gerador é igual à
força eletromotriz). A diferença de potencial nos terminais do gerador, entre X e Y, U XY , é igual
à diferença de potencial entre X e E, U XE, menos a diferença de potencial entre Y e E, U YE, que,
em circuito aberto, é nula (num condutor de resistência elétrica R , a diferença de potencial é,
em módulo, RI , assim não existindo corrente num condutor, a diferença de potencial nos seus
terminais é nula):
U gerador =U XY=U XE−U YE=U XE−0=U XE.
−∆ U − (15,0−17,5 ) V
3. A resistência interna é igual ao simétrico do declive no gráfico r = = =2,5 Ω.
∆I (1,2−0,2 ) A
¿ r I +U =2,5 Ω ×1,2 A +15,0V =18 V

Ficha 6 – Energia e fenómenos elétricos – ficha global


Grupo I
1. Significa que a energia transferida para um recetor, por trabalho das forças elétricas, é 230 J por cada
coulomb (unidade SI de carga elétrica) que o atravessa.

( )
3 3
P 1,0× 10 W 1,0 ×1 0
2. (B) I = = = A
U 230V 230
3. A soma das potências dissipadas pelos aquecedores é P= (1,0+ 2,0 ) kW =3,0 kW e a energia

dissipada é E=P Δt=3,0 kW × 2,0+ ( 40


60)h=8,0 kW h .

U U2 U2 U2 U2 1 U2 1
4. (A) ( P=UI =U × = , logo, R= : R B= = = × = RA)
R R P PB 2 P A 2 P A 2
5. Uma menor diferença de potencial elétrico, para a mesma resistência elétrica, implica uma menor
corrente elétrica. Como a potência dissipada é igual ao produto da diferença de potencial elétrico
pela corrente elétrica, ambas menores, conclui-se que a potência dissipada nos aquecedores seria
menor naquele país.

Grupo II
1.
1.1. U =( 7,04 ±0,01 ) V e I =( 0,640 ± 0,001 ) A
U 7,04 V
1.2. (D) ( R= = =11,0 Ω e Pdissipada=R I 2=11,0 Ω × ( 0,640 A )2=4,51W )
I 0,640 A
Q
1.3. (A) ( E=P Δt=UI Δt =U Δt=UQ )
Δt
1.4. O rendimento do gerador determina-se pelo quociente entre a potência útil, a recebida pelo
circuito exterior, Pútil=UI , e a potência elétrica total produzida no gerador, Ptotal=ε I :
UI U U 7,04 V
η= = =0,78 . A força eletromotriz do gerador é ε = = =9,03 V .
εI ε 0,78 0,78
Determina-se a resistência interna do gerador:

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 207


U =ε−rI ⟺ 7,04 V =9,03 V −r × 0,640 A ⟹ r=3,1 Ω
1.5. (C) (A tensão nos terminais de R1 é a mesma que nos terminas do gerador U =ε−rI , cujo
gráfico se designa curva característica do gerador e tem declive −r .)

2.
2.1. (A) (Nos terminais dos dois condutores associados em paralelo, de resistências R2 e R3, há a mesma

( 1
)
diferença de potencial (U =RI ), logo, como R2 é metade de R3 R2 = R 3 , a corrente I =
2 ( U
R )no

condutor de resistência R2 é dupla da corrente no condutor de resistência R3, I 2=2 I 3(como U é o


mesmo, a corrente é inversamente proporcional à resistência). A soma das correntes nos condutores
de resistências R2 e R3 é igual à corrente elétrica no condutor de resistência R1,
I 1=I 2 + I 3=2 I 3 + I 3=3 I 3.)
2.2. (B) (Nos terminais dos dois condutores associados em paralelo, de resistências R2 e R3, há a
mesma diferença de potencial, U 2=U 3. A diferença de potencial no condutor de resistência
R3 3
R1 é U 1=R 1 I 1=R2 3 I 3= ×3 I 3= U 3 .)
2 2

Ficha 7 – Energia, fenómenos térmicos e radiação: noções básicas

Grupo I
1.
1.1. (A) (A temperatura dos gases da combustão é maior do que a da cafeteira. Assim, haverá
transferência de energia, por calor, desses gases para a cafeteira. Sendo a cafeteira sólida, o
mecanismo responsável por essa transferência é a condução.)
1.2. Consoante a temperatura da água aumenta, aumenta a velocidade média das moléculas e,
consequentemente, também a energia cinética média das moléculas de água aumenta.
1.3. A cafeteira, aquecida pelos gases resultantes da combustão, transfere energia para a água
essencialmente por condução. Prevê-se que essa transferência seja mais significativa na base da
cafeteira, dado que, estando mais próxima do bico do fogão, será na base que se atingirá maior
temperatura. Assim, a água no fundo da cafeteira fica mais quente, logo, menos densa. Esta
diminuição da densidade origina uma subida desta água mais quente e a descida da água mais
fria na parte superior da cafeteira, por ser mais densa. Estes movimentos da água (correntes
quentes ascendentes e correntes frias descendentes) constituem as correntes de convecção,
principal mecanismo que permite que toda a água aqueça e não apenas a que está no fundo da
cafeteira.
1.4. A energia absorvida por unidade de variação de temperatura, para uma amostra de 500 g de
3
46 ×10 J 3 −1
água, é =2,09 ×10 J ℃ , logo, a energia absorvida por unidade de variação de
22 ℃

208 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


3 −1
2,09× 10 J ℃ −1 −1 4,18 J
temperatura e por grama é =4,18 J ℃ g = . Em consequência,
500 g 1g × 1℃
para 1 g de água variar a sua temperatura de 1,0 ℃, é necessário que absorva 4,2 J , ou seja,
1 cal=4,2 J.
1.5. (D) (A massa de metade da água da cafeteira é 250 g . Para vaporizar 250 g de água, é necessário
2,26 kJ 5
que a água absorva uma energia ×250 g=565 kJ=5,65 ×10 J .)
1g
2. Se o bloco de gelo estiver por cima do barril, prevê-se que ocorra um arrefecimento da cerveja que
está mais acima. A cerveja estando mais fria fica mais densa e tende a descer. Por outro lado, a
cerveja mais abaixo estará mais quente, tendendo a subir por ser menos densa. Estes movimentos de
fluido (correntes de convecção) processam-se continuamente facilitando a transferência de energia
entre diferentes partes do fluido.
Se o bloco de gelo estiver por baixo do barril, prevê-se que ocorra um arrefecimento da cerveja que
está mais abaixo. A cerveja estando mais fria fica mais densa e não tende a subir. Por outro lado, a
cerveja mais acima estará mais quente, ficando menos densa, e, por isso, não tende a descer. Assim,
não se estabelecem correntes de convecção. A transferência de energia entre diferentes partes do
fluido ocorre, essencialmente, por condução.
Comparando as duas situações, prevê-se que o arrefecimento da cerveja seja mais rápido colocando
o bloco de gelo por cima do barril, dado que a transferência de uma mesma energia, entre diferentes
partes do fluido, é muito mais rápida por convecção do que por condução. A taxa temporal de
transferência de energia por condução depende da diferença de temperatura entre o gelo e a cerveja
que, em termos médios, tende a ser maior quando o gelo está por cima (a cerveja mais fria é
substituída por cerveja mais quente devido às correntes de convecção). Assim, quando o gelo está
por cima, a transferência de energia do barril para o gelo é mais rápida.

Grupo II
1.
1.1. (C) (Dois corpos em equilíbrio térmico têm a mesma temperatura. A energia interna, assim como
a soma das energias cinéticas das partículas, além de dependerem da temperatura, dependem
também do número de partículas de cada corpo e do material que constitui o corpo. A energia
cinética média de uma partícula pode não ser a mesma, uma vez que a placa e o cilindro são de
materiais diferentes.)
1.2. (A) [Todos os corpos emitem e absorvem radiação, por se encontrarem a uma dada temperatura.
Os corpos que nos rodeiam emitem, predominantemente, no infravermelho (admitindo
temperaturas entre −100 ℃e 3000 ℃). A absorção depende da radiação incidente, em geral,
no infravermelho, mas também no visível sempre que existir um corpo que emita nessa região
(Sol, lâmpada, bico de Bunsen, …).]
1.3. (B) (Há transferência de energia entre o sistema e a vizinhança, mas não há transferência de
matéria, daí ser um sistema fechado. Como o volume aumenta, há trabalho realizado pelo
sistema na vizinhança.)

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 209


1.4. (D) (O processo de transferência de energia entre corpos a diferentes temperaturas designa-se
calor. Como se prevê que a temperatura do gás aumente, deverá ocorrer um aumento da energia
interna do gás.)
1.5. (B) (A medição da temperatura baseia-se no equilíbrio térmico entre a substância termométrica
e o corpo cuja temperatura está a ser medida, neste caso, a extremidade P da placa de cobre. A
estabilização da temperatura implica que a energia emitida seja igual à absorvida, pois, caso
contrário, a temperatura lida pelo termómetro não se manteria constante.)
1.6. (D) (Como a condutividade térmica do ferro é menor do que a do alumínio, a energia transferida,
num dado intervalo de tempo, será também menor. Como, num dado intervalo de tempo, há
menos energia transferida para o gás, prevê-se que o aumento da temperatura do gás seja
menor, logo, também o deslocamento do êmbolo.)

2.
2.1. Significa que, se se transferir uma energia de 9,0 ×10 2 J a uma amostra de alumínio de massa
1 kg, a sua temperatura aumenta de 1 ℃.
2.2. (B) (No cilindro X, pintado de preto, a maior parte da energia incidente é absorvida, enquanto no
cilindro Y, polido, a maior parte da energia incidente é refletida. Assim, a potência da radiação
absorvida em X é maior do que em Y. Como a absorção de energia é mais rápida em X, este gás
aumentará mais rapidamente a sua temperatura, o que dará origem a uma maior expansão num
dado intervalo de tempo.)

Ficha 8 – Energia, fenómenos térmicos e radiação: aprendizagens estruturantes

Grupo I
1.
1.1. Com esta experiência, Joule mostrou que o calor não é uma substância (o calórico), antes uma
forma de transferir energia, estabelecendo a equivalência entre trabalho e calor (equivalente
mecânico do calor). O trabalho dissipativo realizado pelas forças exercidas pelas pás na água,
praticamente igual ao trabalho realizado pelo peso do bloco X na queda, conduziam a um
aumento da temperatura da água, embora a energia transferida por calor fosse desprezável.
Assim, mostra-se que a ação de uma força num dado deslocamento, uma transferência de
energia por trabalho, é equivalente a uma dada transferência de energia por calor.
1.2. (D) (A variação de energia mecânica associada à queda de X é:
( ∆ E p +∆ E c ) =(−m2 gd +0 ) =−m2 gd , uma vez que, durante a queda, a velocidade é constante.
A diminuição de energia mecânica do sistema X + Terra é igual ao aumento da energia interna da
água, dado que se admite que toda a energia associada à queda de X é transferida para a água.)
2.
2
2.1. (D) ( E=P ∆ t=Er A ∆ t . Assim, E=1000 W m−2 × ( 103 m ) × 3600s=3,6 × 1012 J ou
2 1 MW
E=1000 W m × ( 10 m ) ×
−2 3 3
6
× 1 h=1,0 ×10 MW h .)
10 W

210 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


2.2. Para uma irradiância de 1000 W m −2, a potência máxima fornecida pelo painel é cerca de
3600 W (valor da potência para U =110 V ). Assim, a potência da radiação incidente no painel é
Pútil 3600W 4
Prad = = =2,57 ×10 W .
η 0,14
Prad 2,57 ×10 4 W 2
Conclui-se que a área do painel é A= = =26 m .
Er 1000 W m −2

2.3. (A) (No intervalo [ 0 , 100 ] V , P aumenta linearmente com U . Como P=UI , segue-se que I é
aproximadamente constante. Como a tensão U =R I , conclui-se que U aumenta linearmente
com o aumento de R . Para U >100 V, P aumenta lentamente com U , para valores próximos de
100 V, mas, quando se aumenta ainda mais U , verifica-se uma diminuição brusca de P até se
U
anular. Como P=UI , segue-se que I deve diminuir até se anular. Como R= , e a diminuição
I
de I é muito acentuada, conclui-se que um pequeno aumento de U origina um aumento muito
acentuado de R . Com R a aumentar ainda mais, U vai tender a ser constante.)

2.4. Na situação A, a potência fornecida pelo painel é cerca de 1600 W . Na situação B, a potência é
U2
maior do que 1600 W, no intervalo de tensões elétricas [ 62 ,124 ] V . Como P= , segue-se
R
( 62 V )2 ( 124 V )2
que, para 62 V , R= =2,4 Ω e, para 124 V , R= =9,6 Ω . A potência elétrica na
1600 W 1600 W
situação B é maior do que na situação A, no intervalo de valores de R [ 2,4 ; 9,6 ] Ω.

Grupo II
1.
1.1. (A) (Em geral, um aumento da temperatura implica um aumento da energia cinética média das
moléculas que constituem o gás. A amostra recebe 1,70 kJ por trabalho e cede 0,14 kJ por
calor. Portanto, a variação da sua energia interna é:
∆ U =W +Q=[1,70+ (−0,14 ) ] kJ ¿=1,56 kJ> 0
isto é, a energia interna da amostra de hélio aumenta. Nada se pode concluir sobre variações de
temperatura da vizinhança. Pelo princípio da conservação de energia, a energia total da amostra
+ vizinhança é constante, ou seja, as variações de energia da amostra e da vizinhança são
simétricas.)
1.2. (B) [Se a variação de energia interna do recipiente, r , é desprezável (∆ U r ≪ ∆ U He), então a
energia que ele recebe do hélio é praticamente transferida para a vizinhança. Há transferência
de energia por calor do recipiente para a vizinhança, por isso, prevê-se que a condutividade
térmica do recipiente não seja desprezável. Como há transferência de energia do hélio para a
vizinhança, por condução de calor através do recipiente, prevê-se que o aumento de
temperatura do recipiente não seja desprezável ( ∆ T r não é desprezável quando comparado a
∆ T He ). A variação de energia interna do recipiente é desprezável, mr c r ∆ T r ≪ mHe c He ∆ T He,
no entanto, nada se pode concluir sobre a massa do recipiente ou sobre a sua capacidade
térmica mássica (m r c r ≪ mHe c He).]
1.3. Na situação apresentada, a variação de energia interna da amostra de hélio é:

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 211


∆ U =W +Q=[1,70+ (−0,14 ) ] kJ ¿=1,56 kJ e a amostra aumenta a sua temperatura de 5,0 ℃
. Como a volume constante, W '=0, nessa situação é ∆ U '=Q ’. Como a energia interna só
depende da temperatura, para um mesmo aumento de temperatura, a variação de energia
interna será a mesma, portanto, a volume constante, Q' =∆U ' =∆ U=1,56 kJ para uma
variação de temperatura ∆ T =5,0 ℃ . Assim, a capacidade térmica mássica do hélio, a volume
Q' 1,56 kJ −1 −1
constante, será c= = =3,1 kJ kg ℃ .
m ∆ T 0,100 kg × 5,0 ℃
1.4. (A) (Um processo idêntico implica a mesma troca de energia por trabalho e por calor, logo, a
mesma variação de energia interna. Para a mesma energia transferida por calor, a uma dada
amostra (m constante), a variação de temperatura, ∆ T , será tanto maior quanto menor for a
Q
capacidade térmica mássica, c : ∆ T = .)
mc
2.
2.1. (D) (A variação de temperatura é ∆ T =T f −T i= [ 7,5−(−10,0 ) ] ℃=17,5 ℃ .)
2.2. (A) (Como, para a mesma energia e para a mesma massa, a variação da temperatura do gelo é
dupla da variação da temperatura da água líquida, conclui-se que a capacidade térmica mássica
do gelo é metade da capacidade térmica mássica da água líquida:
E E 1
∆ T gelo=2 ∆ T água ⟺ =2 ⟺ c gelo = c água.
m c gelo mc água 2
1
c × [ 0,0− (−10,0 ) ] ℃
O quociente solicitado é ∆ U m c ∆ T 2 água
gelo
= gelo gelo gelo
= =0,67.)
∆ U água mágua cágua ∆ T água c água × (7,5−0 ) ℃
2.3. Se o sistema fosse isolado não existia transferência de energia com a vizinhança. Como a
temperatura de equilíbrio do sistema, 7,5 ℃, é maior do que a prevista para um sistema
isolado, 6,0 ℃ , segue-se que a energia interna do sistema é também maior do que a prevista
para um sistema isolado. Assim, conclui-se que a energia é transferida da vizinhança para o
sistema.
2.4. A energia de um sistema isolado é constante:
∆ U =0 ⟺ mgelo c gelo ∆T gelo +mgelo ∆ h fusão+ mgelo c água ∆ T água 1 +mágua cágua ∆ T água 2 =0
Resolvendo em ordem à entalpia (mássica) de fusão do gelo obtém-se:
1 mágua
∆ hfusão=− c ∆T gelo −c água ∆ T água 1 − c ∆ T água 2=¿
2 água mgelo água

¿−c água ×
( 1
2
m
∆ T gelo + ∆ T água 1 + água ∆ T água 2 .
mgelo )
Se o sistema fosse isolado, a temperatura de equilíbrio seria 6,0 ℃ . Substituindo os valores
obtém-se:
3 −1 −1
∆ hfusão=−4,18× 10 J kg ℃ × ¿
¿ 3,3 ×105 J kg−1
OU
Se o sistema fosse isolado, a energia absorvida no aquecimento do gelo e no aquecimento da
água resultante da fusão do gelo seria:

212 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


1
m gelo c gelo ∆ T gelo +m gelo c água ∆ T água 1 =m gelo × c ∆ T gelo + mgelo c água ∆T á gua 1=¿
2 água

¿ mgelo c á gua ( 12 × ∆ T gelo )


+∆ T á gua 1

Substituindo os valores numéricos, obtém-se:


3
0,040 kg × 4,18 ×10 J kg ℃ ×
−1 −1
[ 1
2
× [ 0−(−10,0 ) ] + ( 6,0−0 ) ℃=1,84 ×10 J
3
]
Se o sistema fosse isolado, a energia cedida pela água quente seria:
má gua c água|∆T á gua 2|=0,214 kg × 4,18 ×10 J kg ℃ ×|( 6,0−23,0 ) ℃|
3 −1 −1

4
¿ 1,521× 10 J
A energia de um sistema isolado é constante. Assim, a energia absorvida na fusão seria:
( 1,521 ×104 −1,84 ×10 3 ) J=1,337 ×104 J
E fus ão 1,337 ×104 J 5 −1
A entalpia mássica de fusão do gelo é ∆ hfus ão = = =3,3 ×10 J kg .
mgelo 0,040 kg

Ficha 9 – Energia, fenómenos térmicos e radiação: ficha global com questões de exame

Grupo I
1.
1.1. (C) [A potência elétrica, P , fornecida pelo painel fotovoltaico, depende da tensão elétrica, U ,
nos seus terminais, e da corrente elétrica, I , fornecida ao circuito ( P=UI ). De acordo com a
curva característica do painel fotovoltaico, para tensões baixas, a corrente elétrica varia muito
pouco. Assim, para estas tensões, a potência aumenta quase que proporcionalmente com a
tensão. Para tensões próximas do valor máximo de tensão, a corrente elétrica diminui
bruscamente para pequenas variações da tensão nos terminais do painel fotovoltaico, logo,
também a potência elétrica (a gama de valores de tensão para os quais a corrente varia muito
pouco é maior do que aquela em que a corrente elétrica diminui rapidamente).]
1.2. Quando a resistência externa entre os terminais do painel for nula, a tensão elétrica nos seus
terminais anula-se, pois U =RI =0× I =0: a corrente de curto-circuito implica uma tensão nula
nos terminais do painel. Das leituras nos gráficos, verifica-se que as correntes elétricas para
tensões nulas, correspondentes às irradiâncias 600 W m −2, 800 W m−2 e 1000 W m −2 são,
respetivamente, 4,9 A , 6,6 A e 8,2 A (correntes elétricas de curto-circuito). Existirá uma
proporcionalidade direta entre as irradiâncias e as correntes elétricas de curto-circuito se os
quocientes entre essas grandezas for constante.
Os quocientes entre as irradiâncias e as correntes elétricas são:
−2 −2 −2
600 W m −2 −1 800 W m −2 −1 1000 W m −2 −1
=122 W m A ; =121 W m A ; =122 W m A
4,9 A 6,6 A 8,2 A
Dentro das incertezas de medição, podem considerar-se iguais os quocientes determinados.
Desta forma, concluiu-se que as correntes de curto-circuito são diretamente proporcionais às
irradiâncias.

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 213


2. Uma irradiância, E r, de 1000 W m −2, num painel fotovoltaico de área A=1,63 m 2, implica que a
potência da radiação nele incidente seja:
−2 2 3
Pincidente =Er A=1000 W m × 1,63 m =1,630 ×10 W
A potência elétrica fornecida pelo painel, Pelétrica , quando nos seus terminais há uma diferença de
potencial elétrico U =28,5 V e no circuito exterior é originada a corrente elétrica I =7,6 A é
Pelétrica =UI =28,5 V ×7,6 A=217 W .
Pelétrica 217W
Deste modo, o rendimento do painel é η= = =0,13=13 % .
P incidente 1,630 ×10 3 W
3.
3.1. A massa volúmica da água que se encontra na parte inferior do depósito é maior do que a massa
volúmica da água na parte superior. (A água fria entra na parte inferior do depósito e recebe
energia do fluido que circula no tubo. À medida que a água aquece, torna-se menos densa e
forma uma corrente ascendente. Assim, prevê-se que, na parte superior do depósito, a água se
encontre a uma maior temperatura e, por isso, tenha uma massa volúmica menor do que na
parte inferior.)
3.2. (A) (A cobertura de vidro do coletor é transparente à radiação visível incidente, para que esta
possa entrar no interior do coletor, e é opaca à maior parte da radiação infravermelha emitida,
para que se maximize a energia armazenada no coletor, contribuindo, assim, para um maior
aumento da temperatura no interior do coletor.)
4.
4.1. (B) (A grandeza potência por área é a energia por intervalo de tempo e por área. Assim, as
unidades desta grandeza são as de energia (joule, J, os seus submúltiplos ou seus múltiplos,
como, por exemplo, o kJ), por unidade de tempo (por exemplo, por segundo, s−1 ), e por unidade
de área (por exemplo, por metro quadrado, m −2), ou seja, por exemplo, kJ s−1 m −2.)
4.2. A potência média da radiação solar incidente no coletor é:
2 −2 2 3
Pincidente =Er A=5,1 ×10 W m × 4,0 m =2,04 ×10 W
Durante as 8,0 h diárias de exposição solar, a energia da radiação solar que, em média, incide no
coletor é:
E incidente=Pincidente ∆ t=2,04 ×103 W × 8,0× 3600 s=5,88 × 107 J
Neste mesmo intervalo de tempo, a temperatura da água contida no depósito aumenta, em
média, 35 ℃=35 K . Portanto, essa água absorve, em média, a energia:
3 −1 −1 7
Eabsorvida =mc ∆ T =120 kg × 4,18 ×10 J kg ℃ ×35 ℃=1,76 ×10 J
E absorvida 1,76 ×107 J
O rendimento do processo de aquecimento é η= = =0,30=30 % .
E incidente 5,88× 107 J
Grupo II
1.
1.1. (B) (A diminuição da temperatura, ( T −T f ), da amostra de água, inicialmente à temperatura T, é
1
diretamente proporcional à energia, E , que esta cede: ( T −T f )= E
mc

214 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


−1
A temperatura final, T f = E+T , relaciona-se linearmente com a energia cedida, mas não é
mc
uma relação de proporcionalidade direta. A energia interna aumenta com a temperatura, mas
essa variação não é, em geral, linear.)
1.2. A amostra de água inicialmente a 5,2 ℃ aumentou a sua temperatura até 27,9 ℃, recebendo
energia como calor:
3 −1 −1 4
E recebida =mc ∆ T =0,3500 kg ×4,18 ×10 J kg ℃ × ( 27,9−5,2 ) ℃=3,32×10 J
4
Como a energia cedida, Ecedida =3,85× 10 J , pela amostra de água inicialmente à temperatura
T , foi superior à energia recebida pela outra amostra de água, pode-se concluir que o sistema
transfere energia para o exterior.
OU
Se o sistema estivesse isolado, a energia cedida pela amostra inicialmente à temperatura T ,
4
Ecedida=3,85× 10 J , seria igual à energia recebida pela amostra inicialmente à temperatura de
5,2 ℃. Nesta situação, a temperatura final de equilíbrio do sistema, T f, poderia obter-se a
partir da seguinte relação:
4 3 −1 −1
E recebida =mc ∆ T ⟺ 3,85 ×10 J =0,3500 kg × 4,18 ×10 J kg ℃ × ( T f −5,2℃ )
4
3,85× 10
⟺ T f −5,2℃= ℃
1463
Portanto, T f =31,5 ℃. Como esta temperatura é superior à temperatura final realmente
obtida, 27,9 ℃, pode-se concluir que a energia interna do sistema é menor do que a de um
sistema isolado, logo, houve transferência de energia para o exterior.
2. A energia transferida para a água, E=mc ∆ T , é igual à energia dissipada no condutor, E=P ∆ t ,
∆t
logo, mc ∆T =P ∆ t ⟺ ∆ T = P.
mc
A última equação apresenta uma relação linear entre P e ∆ T , sendo o declive da reta ∆ T ( P ) dado
∆t
por . Portando, o declive da reta do gráfico é:
mc
180 s −1 −1
3 −1 −1
=0,48 ℃ s J =0,48 ℃ W
0,090 kg × 4,18 ×10 J kg ℃
3.
3.1. A energia cedida na mudança de estado da amostra, de líquido para sólido, é igual à que seria
absorvida na mudança do estado sólido para o estado líquido:
−1
Efusão =m ∆ hfusão=m ×334 J g
A variação de energia da amostra na diminuição de temperatura de 26 ℃ para 0 ℃ é:
−1 −1 −1
E1=mc água líquida ∆T 1=m × 4,18 J g ℃ × ( 0 ℃−26 ℃ ) =−m× 109 J g
Na diminuição de temperatura da amostra de 0 ℃ para −20 ℃ , a variação de energia da
amostra é:
−1 −1 −1
E2=mc gelo ∆ T 2=m×2,10 J g ℃ × (−20℃−0 ℃ )=−m× 42,0 J g
Assim, a variação de energia no arrefecimento é:
( E1 + E 2) =−m × ( 109+42,0 ) J g−1=−m×151 J g−1
Editável e fotocopiável © Texto | 10F 215
O quociente entre a energia envolvida na mudança de estado físico da amostra de água e a
energia total envolvida nas variações de temperatura da amostra é:
Efusão m ×334 J g−1
= =2,2
|E1 + E 2| m×151 J g−1
A mudança de estado físico envolve 2,2 vezes mais energia do que o arrefecimento da amostra
(da água líquida de 26 ℃ a 0 ℃ e do gelo de 0 ℃ a −20 ℃ ).
3.2. (D) (A diminuição de temperatura da água ocorre quando ela cede energia à vizinhança. A
energia é transferida, como calor, através das paredes do recipiente porque a superfície do
recipiente em contacto com a água está a maior temperatura do que a superfície do recipiente
em contacto com o ar. Essa transferência ocorre essencialmente por condução dado que o
material do recipiente está no estado sólido.)
4.
4.1. (A) (Gelo fundente é gelo à temperatura de fusão, ou seja, gelo a 0 ℃ (o gelo que vem
diretamente do congelador está a uma temperatura inferior a 0 ℃ ). Para se obter gelo
fundente, os pedaços de gelo, após terem sido retirados do congelador, devem ser colocados
em água líquida a 0 ℃ até que se estabeleça um equilíbrio térmico entre a água líquida e o gelo.
Os pedaços devem ser pequenos para evitar uma diferença de temperatura entre a superfície e
o interior do gelo.)
4.2. (C) (Para calcular a variação de entalpia (mássica) de fusão do gelo, ∆ hfusão, é necessário
conhecer a massa da amostra de gelo fundente e medir a energia que o gelo absorveu ao
fundir--se. Admitindo que o sistema é isolado, a energia absorvida na fusão do gelo é a energia
cedida no arrefecimento da água que não foi utilizada para aquecer a água líquida resultante da
fusão do gelo. As energias associadas ao arrefecimento e ao aquecimento da água podem
determinar--se com base na expressão E=mc ∆ T . Como se mediu a massa de gelo, m 1, a
massa de água, m2, e as temperaturas inicial, T i, e de equilíbrio, T f, para determinar ∆ hfusão
basta conhecer a capacidade térmica mássica da água líquida:
m1 ∆ hfusão +m1 c ( T f −0 ) + m2 c ( T f −T i ) =0)

Ficha 10 – Energia e sua conservação: ficha global

Grupo I
1. O trabalho realizado pela força normal que atua no bloco X, no deslocamento de A até B, é nulo.
(Como a força normal, ⃗
N , é perpendicular ao deslocamento, o seu trabalho é nulo:
W =Nd cos 90 °=0.)
2. (C) [Entre as posições A e B, a força normal realiza um trabalho nulo e o peso é uma força
conservativa. Assim, haverá conservação de energia mecânica. Desta forma, nesse percurso, o
aumento de energia cinética é igual à diminuição de energia potencial gravítica:

216 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


∆ E m =0 ⟺ ∆ E c +∆ E p=0 ⟺ ( 12 mv −0)+ ( 0−mgh )=0 ⟺ v=√ 2 gh , concluindo-se que a
2

velocidade dos blocos na posição B não depende da sua massa; para uma mesma velocidade, a
1 2
energia cinética depende da massa ( Ec = m v ).]
2
3. (B) (O trabalho que seria realizado pela resultante das forças, ⃗
F R , que atuam num bloco é igual à
variação da sua energia cinética, ou seja, F R d cos 0 °=E c −0 ⟺ Ec =F R d (o declive do gráfico
Ec (d ) é a intensidade da resultante das forças, F R, que atuam em X). A resultante das forças é igual
à componente da força gravítica na direção do movimento: ⃗ F R =⃗
F g x .)
4. (A) (A energia cinética do bloco em C é igual à variação de energia cinética de A até C,
∆ E c= Ec ( C )−Ec ( A )=Ec (C ) , que, por sua vez, é igual à soma dos trabalhos realizados pelas
forças que atuam no bloco naquele percurso: ∆ E c=W ⃗F +W ⃗N +W ⃗F . Como W ⃗N = 0 e W ⃗F
g
< 0,
dissipativas dissipativas

conclui-se que ∆ E c <W ⃗F . O trabalho realizado pela força gravítica que atua no bloco depende
g

apenas do desnível entre as posições inicial e final do deslocamento considerado. Ora, neste caso, o
desnível entre A e B é igual ao desnível entre A e C).
5. (B) [Como entre A e B apenas atuam a força gravítica (força conservativa) e a força normal (força cujo
trabalho é nulo), a energia mecânica é constante. Como entre B e C atuam forças dissipativas (forças
não conservativas cujo trabalho é negativo), a energia mecânica diminui. De C até ao solo, a energia
mecânica é constante, dado que apenas atua a força gravítica (as forças dissipativas, como a
resistência do ar, são desprezáveis).]
6. Da posição A até ao solo, a variação de energia mecânica (note que h solo=0 e v A =0) é dada por:

(1 2 1 2
∆ E m = mg hsolo + m v solo − mg h A + m v A =¿
2 2 )( )
¿ 0,100 kg ×
[ 1
2 ]
× 4,62−10 × ( 1,100+ 0,300 ) kg m 2 s−2=¿

¿−0,342 J
Como as forças não conservativas apenas atuam entre B e C, pode concluir-se que:
W ⃗F não conservativas
=∆ Em ⟺ Fdissipativas BC cos 180 °=∆ Em
−∆ E m −(−0,342 J )
⟹ Fdissipativas = = =0,57 N
BC 0,600 m

Grupo II
1.
1.1. A resistência elétrica, R , de um condutor é o quociente entre a tensão elétrica, U , nos terminais
U
desse condutor e a corrente elétrica, I , que o percorre: R= . Nos gráficos apresentados, I e
I
U são diretamente proporcionais (os gráficos são linhas retas que passam na origem), logo, o
U
quociente , a resistência elétrica dos condutores A, B e C é constante.
I

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 217


1.2. (D) (Como a resistência elétrica dos condutores não depende da corrente, pode considerar-se
uma qualquer corrente para comparar as resistências. Por exemplo, para I =200 mA , a tensão
elétrica nos terminais de C é 20 V , enquanto nos terminais de A é 5 V . Ora, o quádruplo da
tensão implica o quádruplo da resistência:
U C =4 U A ⟹ RC I =4 R A I ⟹ R C =4 R A
Para a mesma corrente elétrica, o quociente entre as potências dissipadas é igual ao quociente
entre as tensões (ou entre as resistências). Assim, a potência dissipada em C é quádrupla da
PC U C I U C
potência dissipada em A: = = =4 .)
PA UA I UA
1.3. As resistências dos condutores A e B são constantes e podem ser calculadas a partir de um
qualquer ponto dos respetivos gráficos:
UA 10 V
RA= = =25,0 Ω
I A 0,400 A
UB 10 V
R B= = =50,0 Ω
I B 0,200 A
Os condutores A e B foram ligados em série, portanto, a corrente é a mesma nos dois
condutores e a tensão nos terminais da fonte é igual à soma das tensões nos terminais de cada
um dos dois condutores:
U fonte 21 V
U fonte=U A +U B ⟺ U fonte=R A I + R B I ⟹ I = = =0,280 A
R A + R B ( 25,0+50,0 ) Ω
A energia fornecida pela fonte de tensão ao fim de 10 minutos é:
3
E=P ∆ t=U fonte I ∆ t=21 V ×0,280 A× 10 ×60 s=3,5 ×10 J
2.
2.1. (D) (O voltímetro V1 mede a tensão elétrica nos terminais do gerador, U 1=U gerador =ε −rI , que é
inferior à força eletromotriz do gerador, ε =16 V , uma vez que a resistência interna do gerador
não é desprezável. Os condutores Y e Z são percorridos pela mesma corrente, dado estarem
ligados em série. Assim, a tensão nos seus terminais, U =RI , é proporcional à sua resistência.
Como Y e Z têm resistências diferentes, as tensões medidas por V 2 e por V3 serão também
diferentes.)
U Y 12V
2.2. A corrente elétrica no condutor Y é I Y= = =0,200 A e é a mesma do condutor Z, dado
R Y 60 Ω
que estão ligados em série.
A tensão aos terminais do condutor Z é U Z=R Z I Z=15 Ω ×0,200 A=3,0 V . A tensão nos
terminais do gerador (leitura no voltímetro V 1) é igual à soma das tensões nos condutores Y e Z
(leituras de V2 e de V3): U gerador =U Y +U Z=( 12+3,0 ) V=15,0 V
A tensão nos terminais do condutor X é igual à tensão nos terminais do gerador, já que estes
U X 15,0 V
terminais estão ligados. Assim, a corrente elétrica no condutor X é I X= = =0,625 A .
R X 24 Ω
A corrente elétrica fornecida pelo gerador é I =I X + I Y =0,625 A +0,200 A=0,825 A .

218 Editável e fotocopiável © Texto | 10F


A resistência interna do gerador pode ser obtida a partir de:
ε −U gerador ( 16−15,0 ) V
U gerador =ε−rI ⟹ r= = =1,2 Ω
I 0,825 A
2.3. Ao abrir-se o interruptor k, os condutores Y e Z deixam de ser percorridos por corrente elétrica
porque um terminal do condutor Y não tem ligação ao polo negativo e um terminal do condutor
Z não tem ligação ao polo positivo. Em consequência, a tensão elétrica nos terminais dos
condutores Y e Z anula-se. Assim, os voltímetros V 2 e V3 diminuem do que marcavam para
passarem a marcar 0 V . Com o interruptor fechado, a corrente elétrica no gerador era 0,825 A ,
ε 16 V
mas, quando se abre o interruptor, passa a I = = =0,625 A , isto é, a corrente
r + R ( 1,2+ 24 ) Ω
elétrica no gerador diminuirá. Assim, a tensão elétrica nos terminais do gerador
(U 1=U gerador =ε −rI ) aumenta (uma menor corrente no gerador implica uma maior tensão), ou
seja, o voltímetro V1 marcará uma tensão maior.

Grupo III
1.
1.1. O sistema emite e absorve radiação. Além de emitir radiação, prevê-se que haja condução de
calor do recipiente + refrigerante para o ar, dado que fica a uma temperatura superior à do ar.
Como aumenta a sua temperatura, a sua energia interna também aumenta. Assim, a energia
absorvida por radiação tem que ser superior à soma da energia emitida por radiação e da
energia cedida para o ar por condução, logo, a energia da radiação absorvida é maior do que a
energia da radiação emitida.
1.2. (A) (A variação de energia interna do refrigerante é:
∆ U =mrefrigerante c refrigerante ∆T = [ 0,380× 8,4 × 10 ×(36,5 - 20,0) ] J = 5,3× 1 0 J)
2 3

1.3. A potência da radiação incidente é:


2 −2 2 −4 2
Pincidente =Er A=5,0 ×10 W m × 1,1× 10 × 10 m =5,5 W
e a potência absorvida é Pabsorvida =0,57 × 5,5 W = 3,14 W .
Com a temperatura estabilizada, o recipiente metálico não sofre variação de energia interna (
∆ U =0). Assim, a potência absorvida é igual à potência transferida, por emissão de radiação e
por condução.
Pabsorvida =Pemitida + Pcondução ⟺ 3,14 W ¿ Pemitida + 0,1 Pemitida
donde se conclui que Pemitida =2,85 W . A energia da radiação emitida durante 5 min é:
Eemitida =Pemitida ∆ t=2,85 W ×5,0 ×3600 s=5,1 ×104 J
2.
2.1. Para fundir a massa de 180 g de gelo, é necessária mais energia do que para fundir apenas 158 g
. Por isso, parte da energia que foi absorvida pelo gelo não foi fornecida pelo condutor. Assim,
pode concluir-se que terá havido uma transferência de energia do exterior para o gelo.
2.2. Se o gelo recebesse apenas energia do condutor, a energia de 58,0 kJ produziria o aquecimento
do gelo de −10,0 ℃ a 0,0 ℃ e seriam fundidos 158 g de gelo.
E=mgelo c gelo ∆ T gelo +mgelo fundida ∆ h gelo

Editável e fotocopiável © Texto | 10F 219


3 −3 −3 5 −1
58,0 ×10 J =250 ×10 kg × c gelo (0−(−10))℃+158 × 10 kg × 3,34 ×10 J kg
58,0 ×103 J =2,50 kg ℃ c gelo + 52,77 ×103 J
( 58,0−52,77 ) ×10 3 J 3 −1 −1
c gelo = =2,1× 10 J kg ℃
2,50 kg ℃

220 Editável e fotocopiável © Texto | 10F

Você também pode gostar