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RESUMO
INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
Por outro lado, na cultura Shipibo-Conibo, a anaconda é o animal guardião essencial, que
está intimamente ligado à geração de sua complexa arte visual. Gehbart-Sayer (1985: 147)
refere-se ao culto da divindade guardiã Ronin (Grande boa), observando: “Este ser é o
doador mítico dos desenhos, esta cobra concentra todos os desenhos possíveis em sua pele.
Ronin rau também é a designação simbólica da terapia xamânica, na qual o xamã cura seu
paciente através da pele. Aplicação de desenhos visionários”. Ronin também é expresso em
um desenho abstrato.
"A terapia estética" (Gebhart-Sayer, 1982) dos Shipibo-Conibo mostra bem este
entrelaçamento da arte gráfica e musical com a cura xamânica. Num ritual de cura o xamã
vê o desenho invisível no corpo do paciente, tornado visível através da ayahuasca (bebida
alucinógena). Se a pessoa estiver mal, o desenho será opaco e apagado, o xamã restaura o
desenho através de seu canto: o beija-flor espiritual, seu espírito auxiliar, transforma sua
canção em desenho e a pessoa fica curada, com suas forças vitais renovadas. Entre os
Shipibo-Conibo, como entre muitos outros povos amazônicos (entre os quais os
Kaxinawá), o dono do desenho é a anaconda (sucuri) mística, que é ao mesmo tempo
o primeiro xamã entre os xamãs. Estes contextos culturais enfatizam a ligação da estética
do grupo com a cosmovisão.
Illius, por outro lado, fornece um fato interessante em relação à importância simbólica
da onça- pintada entre os Shipibo-Conibo: quando um xamã atinge o nível mais alto de
maestria, ele é chamado meraya, ou seja, “aquele que se torna uma onça-pintada” (Illius
1991-1992: 197).
Simetria Complexa
Repetição Periódica
Complicação Gradua
Trata-se da geração gradual de uma rica rede de complicações progressivas. Segundo
Gombrich (1999: 80), é típico de toda periodicidade geométrica que pode ser usado
para gerar novas periodicidades, em um processo que define como "complicação gradual"
e que está presente na ornamentação das artes visuais e da música. Há uma grade que
enquadra e é preenchida por um conjunto de razões; Ambos constituiriam o ornamento.
3. Objeto Geral
Objetivos Específicos
5. Material e Métodos
Gehbart-Sayer, A., 1985. The geometric designs of the shipibo-conibo in ritual context.
Journal of Latin American Lore 11 (2):143-175.California:ucla Latin American
Institute.
Heath, C., 2002. Una ventana hacia el Infinito. El simbolismo delos diseños Shipibo-
onibo. Em Una ventana hacia el infinito. Arte shipibo-conibo, P. Alayza & F. Torres,
Eds.,p.45-50.Lima:Instituto Cultural Peruano Norteamericano.