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ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL – ESAB

PROXY: NO COMBATE A FALTA DE PRODUTIVIDADE DE

FUNCIONARIOS

Dimitri Airton Mendes dos Santos

Resumo

A modernidade nos trouxe muitos avanços e facilidades, hoje a internet é uma ferramenta
primordial na maioria das empresas, mas se seu uso for feito de forma incorreta sem quaisquer
regras, pode gerar inúmeros problemas. Este artigo tem como finalidade abordar a importância
de controlar o uso da internet através de regras de acesso e ferramentas de rede, tendo em vista o
uso sem restrições da web no meio corporativo, trazendo a perda de concentração e
consequentemente a diminuição de rendimento dos funcionários. Essas ferramentas têm como
objetivo filtrar requisições de acesso à rede, bloqueando a navegação em sites específicos
através de comandos editados pelo administrador de TI. A pesquisa analisa a eficácia e o
impacto desta ferramenta sobre o comprometimento dos empregados em relação à
produtividade, e como isso influencia na entrega de resultados positivos. Por meio da pesquisa
explicativa concluem-se os fatores que levam minimizar a ociosidade e resultar em um ambiente
mais produtivo, buscando encontrar um ponto de equilíbrio, atendendo as necessidades de cada
usuário.

Palavras-chaves: Administração de redes. Ferramentas de redes. Empregado e internet.

Produtividade.

1. INTRODUÇÃO

A internet é uma das inovações mais extraordinárias que o homem criou cujo
interesse no mundo dos negócios não pode ser enfatizado demais. A maior parte das
organizações aderiu às vantagens de utilizar a internet no seu trabalho cotidiano, seus
funcionários adquirem acesso a uma enorme quantidade de informações, estas
informações possibilita ajudá-los a resolver problemas de modo mais fácil e
consequentemente aumentando a produtividade da organização tornando seus negócios
mais competitivos e trazendo melhores resultados afirma Nakamura (2007, p.29). Em
bora a tecnologia digital tenha crescido à produtividade de muitas maneiras, o trabalho
moderno parece ser projetado para atrapalhar tanto quanto possível a concentração.
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Segundo o site americano Career Builder realizou uma pesquisa no ano de 2014 na
qual entrevistou mais de 5000 funcionários americanos, incluindo gestores e
profissionais de recursos humanos para esclarecer como eles gastam o tempo no dia a
dia profissional. 21% admitiram que gastam em media uma hora navegando por sites
aleatório na internet, 50% deles julgaram como principal ladrão de sua produtividade o
celular, 39% internet e 38% mídias sociais.

O bom senso do funcionário é o principal desafio das corporações para que a

navegação na web seja usufruída de forma sabia e eficaz, visto que a maioria deles já
estabeleceu hábitos que dificilmente percebe-se o baixo rendimento e o tempo perdido,
prejudicando diretamente a lucratividade da empresa. Por meio de uma pesquisa
descritiva, objetiva-se mostrar como as organizações podem lidar com esse fato de
maneira simples por meio de politicas de acesso e auxilio de ferramentas de filtro de
pacotes, beneficiando a e trazendo melhorias reais na produção da empresa e também na
segurança digital.

2. INTERNET

A Internet pode ser descrita como uma enorme via digital, um sistema que
conecta milhões de dispositivos conectados a milhares de redes como computadores e
smartphones ao redor do mundo. A internet começou a surgir em 1969, quando o
Departamento de defesa dos UEA decidiu estabelecer a Agência de Projetos de Pesquisa
Avançadas (ARPA), com intuito de explorar as capacidades tecnológicas para ligar
centros de pesquisas e universidades a uma única rede.

Desde então, a nova tecnologia começou a se espalhar. Os protocolos de rede

surgiram, os computadores e os sistemas operacionais evoluíram. Ao longo do tempo, a
rede começou a se expandir, e na década de 1980, abrangeu a maioria das universidades
e centros de pesquisa dos EUA. Logo depois começou a ser vastamente utilizada
mundialmente em torno dos anos 90, e sua utilização fez progressos notáveis em alguns
anos. E hoje está profundamente envolvida no cotidiano de vários lares, empresas,
escolas, escritórios, hospitais, aeroportos, lojas, etc. E a cada dia está se tornando mais
difícil imaginar ficar desconectado da rede.
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Segundo um levantamento divulgado em 2015, pela União Internacional das

Telecomunicações, órgão relacionado à Organização das Nações Unidas (ONU), à cerca
de 3,2 bilhões de pessoas com acesso a internet, oque representa 45% da população
global.

3. MIDIAS SOCIAIS

A mídia social é um conjunto de tecnologias on-line que permitem que os

usuários se comuniquem entre si. A comunicação pode ser de formas diferentes, através
de Blogs, Fóruns e sites de redes sociais como Facebook, whatsApp e Linkedin, essas
redes encontram-se cada vez mais importantes na humanidade. Através de
computadores e smartphones, quase a metade da humanidade está conectada a alguma
rede, e tendo mais do que nunca a oportunidade de se comunicarem.

De acordo com a 11ª edição da pesquisa TIC Domicílios 2015, apontou que 58%
da população brasileira usa a internet, o que equivale a 102 milhões de usufrutuários, e
esses números crescem a cada dia, a pesquisa indica que para (89%) dos usuários o
celular é a ferramenta mais utilizada para acessar a internet, seguido pelo computador de
mesa (40%), notebook (39%), tablet (19%), e televisão (13%).

As mídias sociais são ambientes onde ocorre um alto nível de interação. Grupos
de pessoas se reúnem para se comunicarem sobre tópicos que acham
importantes. Geralmente eles estão procurando pessoas equivalentes que tenham os
mesmos padrões e valores. Os usuários compartilham suas opiniões, experiências e
conhecimentos, interagem uns com os outros, estabelecem contatos e compartilham
notícias, informações, vídeos, fotos, músicas e links.

Uma pesquisa feita em 2017 pelas empresas Hootsuit e We Are Social, que
administram ferramentas de redes sociais, mostrou que mais de 3 bilhões de pessoas
usam redes sociais, oque equivale a 40% da população mundial. A rede social mais
utilizada é o Facebook que tem mais de 2 bilhões de usuários ativos, em seguida vem o
Youtube com quase 1,5 bilhões, e em terceiro lugar whatsApp com 1,2 bilhão de
usuários.
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3.1 MIDIAS SOCIAIS E PRODUTIVADADE NO MUNDO CORPORATIVO

Na atualidade em que vivemos temos muitos progressos e facilidades, uma delas

e talvez a primordial que praticamente define a nossa época é a internet. Mas, como
toda ferramenta, a internet pode ser usada positivamente ou negativamente. E não se
remetendo aos hackers ou usuários que usam para fins ilegais.

A internet, computador, telefone e outras ferramentas eletrônicas de informação

e comunicação são muitas das vezes disponibilizados ou pagos por uma empresa para
que os funcionários possam usá-las, com o intuito de evidentes vantagens tanto para o
empregador como para o empregado. No entanto, há uma série de inconvenientes que
acabam afetando a produtividade, afinal, a internet não é utilizada pelos funcionários
apenas para fins comerciais.

As redes sociais tornaram-se ferramentas inevitáveis tanto para comunicação

privada como para a comunicação profissional. A entrada dessas redes no mundo
corporativo é uma realidade que, se não for enquadrada, pode ser uma fonte de
desacordo nas empresas.A Triad Consulting, empresa especializada em produtividade,
realizou uma pesquisa com 1.600 profissionais brasileiros em março de 2017, sobre o
tempo que eles gastam no trabalho. 80% dos entrevistados assumem que gastam até 3
horas por dia com atividades que não cooperam com seu serviço. Na qual a maioria
destas horas são gastas navegando na internet. A pesquisa também mostrou que 40,9%
das pessoas entrevistadas usa o e-mail para repassar piadas, 26,1% deles trocam links do
Youtube, 20,6% jogam em rede e 11% veem pornografia.

Se considerarmos que eles tenham duas horas improdutivas por dia e

multiplicarmos vários funcionários ao longo de varias semanas, consequentemente, a
rentabilidade geral da empresa será negativa, podendo levar a inúmeros prejuízos.

Uma matéria do site empreendedor.com (2009) Um estudo feito no período de

2005 a 2006 da consultoria global Proudfoot Consulting, cometido com 500 executivos
de 15 países, exibiu que as empresas só conseguem operar com no máximo 85% da
produção de seus funcionários. Essa improdutividade gera um custo financeiro a países
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de até US$ 658 bilhões. Os brasileiros não ficam atrás, pesquisa realizada pelo
especialista em gerenciamento de tempo e produtividade pessoal, Christian Barbosa,
que pesquisou aproximadamente 18 mil pessoas, notou que um terço do tempo dos
trabalhadores é desperdiçado com tarefas circunstanciais, que não geram resultados.

Segundo o professor de computação Stoney Brooks, da Middle Tennessee State

University, observou em um levantamento que o uso das mídias sociais durante o
trabalho reduz a produtividade, e afirma ainda que o tempo gasto navegando nesses sites
pode dificultar o retorno mental à atividade principal, trazendo menos eficiência.

A internet no trabalho ainda representa uma série de desafios para funcionários e

empregadores. Talvez a principal delas seja a falta de regras legais para combater não
só o tempo desperdiçado em atividades além do trabalho, mas a exposição a vírus
informáticos e outros ricos, como vazar informações e crimes cibernéticos.

4. POLITICA DE USO DA INTERNET

Essa política pode ser emitida pela organização para garantir que todos os
usuários do domínio da organização ou suas redes adotem às regras e políticas que
regem a segurança do uso da internet na jurisdição da organização. Esse documento
deve ser elaborado por, seguindo as orientações do gestor de RH e TI. Essa política de
uso é composta por diferentes regras que definem quem tem direitos de acesso, e por
outro lado, as condições em que esse direito é concedido ou retirado, se o gestor quiser,
consegue definir horários para acesso a determinados sites, dependendo do setor. Por
exemplo, os setores de comunicação e marketing podem ter acesso total às redes sociais.
Depois de criado esse documento deve ser apresentado a todas as pessoas que fazem
parte da corporação, através de reuniões e oferecer copia para que leiam e se necessário
enviando o documento por e-mail com confirmação de sua consciência (2016 Cledison
Fritzen).

Um artigo publicado em 2017 pelo empresário e empreendedor Marcus Marques

que defende a importância de se ter uma politica de uso da internet nas corporações. Ele
explica que o objetivo da politica é deixar esclarecido que o objetivo da empresa é
assegurar que a internet seja utilizada de forma correta, sem oferecer prejuízos à
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organização e aos seus colaboradores. Ainda nesta publicação ele descreve que essa
politica pode ajudar a garantir que os empregados façam um uso mais eficiente da
internet, sem perder tempo em redes sociais e outros sites de entretenimento que nada
agregam ao trabalho. O autor ainda relata que a preocupação não é somente em relação
ao comprometimento da produtividade dos colaboradores, mas também com outras
questões, como a segurança a infecções cibernéticas. A política de uso da internet deve
incluir etapas para minimizar os riscos causados por vírus, instalação de softwares por
pessoas não autorizas, e downloads de arquivos ilegais como, por exemplo, softwares,
músicas, filmes, livros, jogos, etc. Ainda diz que esse controle de acesso à internet deve
ser feito para educar e capacitar os funcionários a uma maior noção de compromisso ao
manusear a rede do trabalho. Ainda assim, não deve ser algo rodeado por autoritarismo
e proibições, já que elas podem ser facilmente fraudadas. Além do mais é fácil encontrar
tutoriais que ensinam como navegar em sites bloqueados.

O advogado trabalhista, Vitor Castim, explicou que na Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT) não existe especificamente proibição sobre o uso de rede social na
legislação trabalhista, proibindo ou regulamentando o uso das mídias sociais, Mas, em
ambiente de trabalho privado da empresa, o empresário tem o poder para instituir se
permite ou não. No entanto, se a utilização for indevida, prejudicando o desempenho
das funções, e se informações confidenciais forem divulgadas, expondo a empresa, o
funcionário pode ter o contrato rescindido.

Seguindo a mesma linha de afirmação, a advogada Valéria Reani ressalta que a

desobediência à política de segurança da informação da empresa pode trazer dor de
cabeça aos empregados. As empresas tem o livre arbítrio para colocar o uso dos
computadores dos funcionários sob vigilância, para saber oque fazem, e se necessário,
bloquear o acesso a sites considerados inadequados. E se comprovado o desvio de
condutado do colaborador há muitas chances de ele ser advertido ou até mesmo
demitido por justa causa, conforme enquadramento no Artigo 482 da CLT. Afinal a
internet e os computadores são ferramentas da empresa.

Em entrevista ao jornal G1 o advogado Renato Opice Blum, especialista em

direito eletrônico, assegura que as empresas têm o dever de vigiar os empregados, pois o
código civil prevê que a empresa é responsável por tudo o que os trabalhadores fazem
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usando as conexões e os equipamentos da empresa. Logo então, se houver crime pelo

funcionário por intermédio do computador do trabalho, a empresa responde
judicialmente pelo caso. O funcionário também poderá responder pelo crime, mas os
prejudicados costumam processar as empresas por conta de elas terem mais poder e
dinheiro em caso de indenizações.

5.0 SERVIDOR PROXY

É preciso definir um sistema capaz de analisar o tráfego, proteger sistemas e

bloquear acesso não autorizado. Conhecido como servidor Proxy, essa ferramenta atua
entre a rede e a internet, lendo e avaliando pacotes de rede. De acordo com Marcelo
(2005, p. 3), Proxy é um servidor HyperText Transfer Protocol(HTTP), com
características especiais de filtragem de pacotes, que normalmente é executado em
máquinas com firewall, que são a entrada e saída para a Internet de uma rede de
computadores.

Figura 1 - Diagrama de um Proxy.

Fonte: https://www.telehouse.com/solutions/cloud-services/security/

Dentro deste servidor, podem-se definir as regras que são pré-determinadas pelo gestor
da rede para as quais os pacotes de dados são passados e quais blocos devem ser
bloqueados (MARCELO, 2005), controlando o tráfego entrante e de saída, protegendo
de eventuais ataques hackers e também inibindo que os funcionários percam tempo
navegando em sites que não tenham haver com seu trabalho. E toda vez que um usuário
tentar acessar uma pagina, o Proxy tomará decisões de acordo com uma análise contínua
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e sequencial das regras de filtragem (NAKAMURA, p.405). Caso o acesso seja negado,
o computador receberá uma notificação de erro, dizendo acesso negado.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O mundo em que estamos evolui a cada momento, com novas tecnologias

trazendo vários benefícios para a humanidade. As pessoas ganham em produtividade,
acessibilidade e desfrutam das facilidades obtidas com a mobilidade. Porém, quando se
trata de ambientes corporativos regras devem ser definidas. Este trabalho foi baseado
em pesquisa bibliográfica, eletrônica e digital, e tem como objetivo contribuir para que
as empresas tomem conhecimento dos possíveis prejuízos que a ausência de regras de
acesso á internet e ferramentas que auxiliam na proteção de ataques cibernéticos e
também o desperdício de várias horas navegadas por funcionários em sites que não tem
ligação com seu trabalho.

7. REFERÊNCIAS

MARCELO, A. Squid: configurando o proxy para Linux. 4. ed. Rio de Janeiro:

Brasport, 2005.

NAKAMURA, Emilio Tissato, GEUS, Paulo Lício de. Segurança de Redes em

Ambientes Cooperativos. São Paulo: Novatec, 2007.

Por: Portal Brasil, publicado: 13/09/2016

http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2016/09/pesquisa-revela-que-mais-de-
100-milhoes-de-brasileiros-acessam-a-internet/ Acesso em 12 Nov. 2017

Revista: EXAME.97% das empresas têm internet. Maurício Grego

Disponível em: https://exame.abril.com.br/tecnologia/97-das-empresas-tem-internet-
mas-so-36-usam-redes-sociais/ Acesso em 11 Nov. 2017.

RECUERO, Raquel da Cunha. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.

Revista: crescimentoprofissional. O uso das redes sociais no trabalho. Daniela Pacheco.

Disponível em: http://www.crescimentoprofissional.net/materias/o-uso-das-redes-
sociais-no-trabalho Acesso em 02 Dez. 2017
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Forbes, Employees Really Do Waste Time at Work Por: Conner

https://www.forbes.com/sites/cherylsnappconner/2012/07/17/employees-really-do
waste-time-at-w#20079cd25e6d Acesso em 20 Nov.2017

CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a

sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.