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MANAUS - AM
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
PROJETO PRÁTICO
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
MANAUS - AM
2021
MANAUS DO PONTO DE VISTA HISTÓRICO: UMA CONEXÃO COM O MUNDO
OCIDENTAL
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo apresentar o processo histórico, desde o século XVI até o século XX da
maior metrópole da região Norte do Brasil, a cidade de Manaus. O tema principal abordado é a história
da cidade de Manaus. O estudo é de abordagem qualitativa e de pesquisa bibliográfica e, a técnica de
coleta de dados é de análise e exploração de fontes informativas como documentos e textos históricos,
iconográficos e de multimídias que tratam da formação histórica de Manaus. O estudo é dividido em
três períodos: Manaus do período ameríndio, Manaus do período da borracha e Manaus do período da
Zona Franca. Em cada período contextualiza-se as questões políticas, econômicas e modos de vida
da sociedade manauara. O trabalho busca desenvolver aportes teóricos e subsídios complementares
para o ensino de História do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. A pesquisa constatou que no período
ameríndio a política da época era baseada em sistema de cacicados e patriarcal, em que o cacique
funcionava como governo central. A economia era baseada na caça e pesca e produção de artesanatos
e seus excedentes era comercializados em forma de trocas entre outras populações da região. A
sociedade manauara desse período era dividida em núcleos familiares vivendo em diferentes malocas
e tinha como divindade Tupã, que era apresentado por um pajé. Com a chega dos colonizadores no
século XVII, houve mudanças significativas em Manaus e, o controle da região passou aos portugueses
que implantaram uma política colonialista e a base econômica passou a ser a borracha extraída da
seringueira. Nesse período, a sociedade manauara e seu modo de vida já estava atrelada à cultura
ocidental, e nos séculos XVIII e XIX se consolidou a política colonialista na região. No século XX, já
com mudança significativa na política, na economia e na transformação da sociedade local, implantou-
se na cidade o Polo Industrial de Manaus, chamada de Zona Franca de Manaus, com produção de
produtos manufaturados, eletrônicos, veículos de duas rodas entre outros, de forma que Manaus
tornou-se o maior centro de exportação da região Norte do Brasil.
1.INTRODUÇÃO 5
2.DESENVOLVIMENTO 6
4.CONCLUSÃO 13
REFERÊNCIAS 14
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
1O número de 5.600 manauaras é uma estimativa baseada nos relatos de D’ABBEVILLE. História da
Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunvizinhas (1614) que, em sua
convivência com o povo Tupinambá do Maranhão e do Pará constatou por meio de censo demográfico
que em cada oca (casa) havia cerca de 80 indígenas residindo e, que isso era comum nas demais
aldeias que ele visitou (p. 221-222) apud Lima, (2021).
Na cultura dos homens originários da Amazônia, os indígenas que ainda não
tinham tido contato com espanhóis, portugueses e nem com outras diversas culturas
ocidentais antes do século XV, tais sociedades indígenas já mantinham entre si
intensas interações socioculturais (LA CONDEMINE, 1745, p. 59).
No campo da política e da economia, os indígenas possuíam expertises de
macroeconomia e de administração sobre vastas terras. Isso fica bem evidente nos
relatos do navegador, o qual ressalta que “os Manáos foram poderosos e, igualmente
valiosos” (NORONHA, 1768, p. 66).
No contexto da geopolítica da Amazônia indígena antes do período colonial, cada
povo representava uma nação com maior ou menor grau de influência regional. Os
povos indígenas que habitavam as margens de oceanos, mares e grandes rios
poderiam ser comparados hoje como as superpotências da atualidade, não só em
extensão geográfica, mas também pela hegemonia política, econômica e bélica.
A economia manauara do período indígena era diversa e ia desde a exploração
de ouro, caça, pesca, produção de artesanato e utensílios desenvolvidos a partir da
flora da região. Essa produção era comercializada com povos dos rios Amazonas,
Tapajós e na cidade do Grão-Pará (LA CONDEMINE, 1745).
Era por meio da estética corporal do grafismo que o indígena Manauara pintava
seu próprio corpo, ele demarcava seu lugar dentro de seu mundo e, o fazia com beleza
e perfeição, projetando seu corpo como uma tela de paisagem, inspirado nos
elementos da natureza: folhas de árvores, escamas de peixes, movimentos de cobras,
cascos de tartarugas, peles de animais, de forma primorosa (LIMA, 2016, p. 139).
A cidade dos manauaras do século XVI, cujo nome era Yanauauóca foi fundada
nas margens do rio Negro e era composta por conjuntos de aldeias que o povo
Manáos chamava de Yenefiti. Com a chegada e tomada do lugar pelos portugueses,
foi erguida a província da Barra de São José do Rio Negro que hoje é representada
pelo município de Manaus. Essa cidade estava localizada na boca do rio Negro, na
confluência com o rio Amazonas (NORONHA, 1768, p. 70). (Iconografia 1).
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Fonte: Instituto Durango Duarte (2016) apud Lima (2021).
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Em 1970 foi implantada a Zona Franca de Manaus (ZFM), através Lei Nº 3.173
de 06 de junho de 1957, como Porto Livre de Comércio. Essa nova fase de
industrialização de Manaus deu um grande impulso na economia local e, a cidade,
dessa vez, se tornou um grande centro produtor e exportador de insumos
petroquímicos, produtos eletrônicos, veículos de duas rodas, entre outros.
Figura 3. Manaus do século XX
Fonte: Pinterest (2020) apud Lima (2021).
OBJETIVOS:
CONTEÚDO:
PROCEDIMENTOS:
a) Apresentação do tema:
• Breve contextualização da história de Manaus em seus aspectos político,
econômico e de vida social.
b) Exploração:
• Conduzir os alunos a dizerem sobre o que eles sabem sobre o povo
indígena Manáu, sua forma de vida, política e economia, no período
ameríndio, da borracha e da Zona Franca de Manaus.
c) Prática:
• Dividir o assunto em três partes: “Período ameríndio manauara”, Período da
borracha” e “Período da Zona Franca de Manaus”. Em seguida formar
grupos de alunos e solicitar que eles apresentem, por via remota cada
assunto proposto.
FECHAMENTO:
• Computador
• Programas de multimídias
• Iconográficos, etc.
AVALIAÇÂO:
4.CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ACUNÃ, Christóbal Diatristán de. Nuevo descubrimiento del gran rio de las Amazonas.
Madrid: Imprenta del Reyno,1641.
BESSA FREIRE, José Ribamar. Da língua geral ao português: para uma história dos
usos sociais das línguas na Amazônia. 2003. 239f. Tese (Doutorado em Literatura
Comparada) - Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, 2003.
FRITZ, Pe. Samuel. Journal of the Travels and Labours of Father Samuel Fritz in the
River of the Amazons between 1686 and 1723. [Issued for 1922]. London: Cambridge
University Press, 2017.
HERIARTE, Mauricio de. Descripção do Estado do Maranhão, Pará, Corupá e Rio das
Amazonas no Anno de 1662. Description of the state of Maranhão, Pará, Corupá and
Rio das Amazonas. Vienna, 1874.
LA CONDAMINE, Charles-Marie de. Relation abrégée d’un voyage fait dans l’intérieur
del’Amérique méridionale. Depuis la côte de la mer du Sud, jusqu’aux côtes du Brésil
& de la Guiane, en descendant la riviere des Amazones; lûe à l’assemblée publique
de l’Académie des Sciences, le 28 avril 1745. Paris: Veuve Pissot, 1745.
LA ESPADA, Marcos Jimenez de. Viaje del capitán Pedro Texeira aguas arriba del rio
de las Amazonas: I638-I639. Madrid I m p r e n t a de Fortanet calle de la Libertad:
Mindlin, 1889.
LIMA, Ademar dos Santos. Educação escolar indígena: um estudo sociolinguístico do
nheengatu na escola Puranga Pisasú do rio Negro, Manaus, AM. 2018. Dissertação
(Mestrado em Letras e Artes) – Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Manaus,
AM.
Museu do Seringal Vila Paraíso. Reprodução das pelas de borrachas do século XIX
ao século XX. Manaus: Secretaria de Cultura, 2021.
NORONHA, José Monteiro de. Roteiro da Viagem da Cidade do Pará até as últimas
colônias do Sertão da Província (1768). Pará: Typographia de Santos & Irmãos, 1862.
SOUZA, Marcio. Breve história da Amazônia. São Paulo: Marco Zero, 1994.