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ESPELHO DO ESTUDO DE CASO

A CASA DO SIMULADO (2019).


Tema: Véspera 01 Estudo de caso: 01
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Simulado.
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ANÁLISE GERAL
01 Qualidade e uniformidade da letra. 
02 Correto uso da hifenização. 
03 Quantidade de parágrafos de acordo com o modelo dissertativo. 
04 Correto alinhamento em relação à margem. 
05 Correto grau de objetividade no decorrer do texto. 
06 Ausência de rasuras e correção de erros. 
07 Respeito ao número de linhas. 

OBSERVAÇÕES NECESSÁRIAS
Dicas iniciais:
Neste primeiro estudo de caso, vamos introduzir algumas dicas gerais:
▪ O que é um estudo de caso e qual sua finalidade?
O estudo de caso é uma situação-problema destinado a avaliar a experiência prévia do candidato e testar
sua capacidade adaptativa às atribuições do cargo. O analista tem por função por atribuições, segundo o
edital:
Realizar atividades de nível superior a fim de fornecer suporte técnico e administrativo, favorecendo
o exercício da função judicante pelos magistrados e/ou órgãos julgadores. Compreende o
processamento de feitos, a elaboração de pareceres, certidões e relatórios estatísticos e a análise
e pesquisa de legislação, doutrina e jurisprudência. Envolve a indexação de documentos e o
atendimento às partes, dentre outras atividades de mesma natureza e grau de complexidade.
Ou seja, o analista precisa ser um conhecedor das normas, doutrina e jurisprudência, a partir deste ponto,
as demais atividades poderão ser realizadas.

▪ Os estudos de casos da FCC costumam ser multidisciplinar?


Sim, para o TRF-3 não está restrito a duas disciplinas, como era no caso do TRF4, logo o tema pode ser
multidisciplinar, como é o caso do segundo estudo de caso. NÃO se engane, se você somente se preparar
para previdenciário e administrativo, ficará totalmente dependente da sorte.

▪ O que você deve mostrar ao examinador e como mostrar?


Você deve mostrar que domina, principalmente, a norma e sabe aplicá-la ao caso concreto e você
demostrará isto de forma objetiva, desaconselhamos os “rodeios”, quanto mais voltas der para chegar à
resposta, menores suas chances de obter sucesso no estudo de caso. Isto é reforçado pelo número de
linhas, 30, ou seja, há pouco espaço para responder, se gastar com informações pouco relevantes, pouco
sobrará para responder ao que foi pedido.

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Mantenha-se dentro do que foi pedido, não extrapole a resposta, mostrar conhecimento não requisitado
pelo comando é tão ruim quanto deixar de responder ao que foi requisitado, uma vez que o examinador
pode se questionar se você realmente compreendeu o comando.

▪ Indique a fonte.
Se está respondendo uma questão de previdenciário com base na lei 8.213, deixe isso claro:
Conforme a lei 8.213...
Se estiver utilizando a jurisprudência:
Segundo a jurisprudência do STF...
Não é necessária uma grande especificação como citar artigos, incisos e alíneas, a visão macro é suficiente
para demostrar o conhecimento.

▪ Cada resposta em um parágrafo.


Para 30 linhas, divida o estudo de caso em três parágrafos (se houver três perguntas). Não misture as
respostas, não é necessário conectivo sequencial entre os parágrafos.

▪ Tome cuidado com a ortografia.


Nas atribuições, espera-se de alguém com nível superior um domínio das normas gramaticais, é
impensável que um analista não conheça as normas gramaticais e de acentuação.

▪ É necessário progressão textual e encadeamento das ideias?


É necessário, uma das atribuições do analista é trabalhar com documentos, pareceres, relatórios,
atendimento às partes, se não conseguir demostrar progressão e encadeamento, o serviço, na prática,
será prejudicado.
Parte estrutural:
Desenvolvimento:
Leônidas casou com Lucélia, 33 anos, em janeiro de 2014, neste período, ele completou 8 meses de
trabalho em um frigorífico. Leônidas possui dois filhos de outro casamento, Breno 12 anos, e Lucas
24 anos e deficiente visual. Na casa do casal mora a mãe de Leônidas, Maria, a qual vive as suas
expensas. Em dezembro de 2015, Leônidas veio a óbito e deixou uma pensão por morte no valor de
R$ 1500,00.
Responda, fundamentadamente em até trinta linhas, ao que se pede.
a) Quem são dependentes de Leônidas aptos ao recebimento da pensão por morte? (3 Pts.)
Quem são os dependentes?
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do
segurado:
- o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave;
II - os pais;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.

Observe, a presença de segurados da primeira classe: Lucélia, Breno e Lucas, exclui o direito de Maria,
ainda que ela vivesse sob as expensas de Leônidas. Outro detalhe é que o deficiente, mesmo que acima
de 21 anos, é considerado dependente.

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b) A partir de quando os dependentes receberão o benefício de pensão por morte? (3 Pts.)
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer,
aposentado ou não, a contar da data:
I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta) dias após o óbito, para os filhos menores de
16 (dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito, para os demais dependentes;
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior;
Esse inciso é uma novidade quentinha da lei 13.846:
Para Lucas e Lucélia, há duas hipóteses, a partir da data do óbito se fizerem o requerimento até 90 dias
ou a partir da data do requerimento caso tenha ultrapassado o prazo do inciso I.
Para Breno, que conta com menos de 16 anos, será da data do óbito se fizerem o requerimento até 180
dias ou a partir da data do requerimento caso tenha ultrapassado o prazo do inciso I.

c) Por quanto tempo cada dependente receberá o benefício de pensão por morte? (4 Pts.)
Agora precisamos analisar com cuidado o caso concreto para não errar:
Lucélia casou-se com Leônidas em janeiro de 2014 e ela tinha 33 anos, já Leônidas tinha 8 meses de
contribuição. (Breno tinha 12 anos e Lucas 24)
Leônidas morreu em dezembro de 2015:
Lucélia teria em 34-35 anos:
Breno teria entre 13-14 anos.
Lucas teria entre 25-26 anos.
Para Lucas, ele receberá por tempo ilimitado, já que possui deficiência e o lapso temporal não suprime
seu benefício.
Para Breno, ele receberá por mais 7 a 8 anos, até que complete 21 anos.
Para Lucélia, precisamos realizar algumas considerações:
Leônidas acumulou 18 contribuições? Sim!
Houve 2 anos de casamento? Não! Completaria dois anos em janeiro de 2016.
b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições
mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do
óbito do segurado; (essa é a regra geral, se o problema não falar em acidente, não o considerar como
regra)
Porém, se quiser aprofundar no assunto, poderá criar esta ressalva, explicando como seria caso tivesse
sido por acidente ou não.
Logo, Lucélia receberá o benefício por 4 meses.

d) Se acaso Lucas falecer em dezembro de 2022, quanto receberá os demais dependentes?


Vamos pensar, Lucélia receberá por mais 4 meses, sua parte será revertida para os filhos após este
período, ou seja, cada um receberá 750 reais, Breno receberá o benefício até o ano de 2023 assim,
a partir do óbito de Lucas, Breno receberá o valor integral, corrigido, até o ano de 2023, quando
completará 21 anos.
Coesão e Coerência:
Norma culta:
Observações finais e dicas:
Tópicos Pontuação
Tópico a) (2,0)
Tópico b) (2,0)

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Tópico c) (3,0)
Tópico d) (3,0)

Total

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