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1- Vegetais criptogâmicos não possuem vasos condutores (xilema e floema),

seus órgãos reprodutores não são evidentes, há a ausência de órgãos vegetativos


"verdadeiros" (raiz, caule e folhas).
Já os vegetais fanerógamos possuem os vasos condutores, seus órgãos
reprodutivos são evidentes (flores, frutos e sementes) e há a presença de órgãos
vegetativos "verdadeiros". Estão no grupo de vegetais criptogâmicos: algas,
briófitas e pteridófitas. E no de vegetais fanerógamos estão presentes:
gimnospermas e angiospermas. Vale salientar que as pteridófitas possuem
características dos dois grupos, como por exemplo a presença de xilema/floema
e também sobre seus órgãos reprodutivos não serem evidentes.

2- A) A sistemática é a ciência que tem como objetivo estudar a diversidade dos


organismos presentes na natureza. Ela envolve a descoberta, a descrição e a
interpretação da diversidade biológica. O propósito fundamental da sistemática
é descobrir todos os ramos da árvore evolutiva da vida, documentar as
modificações que ocorreram durante a evolução desses ramos e, até onde for
possível, descrever todas as espécies.
B) A sistemática é uma disciplina central na biologia evolutiva e sua
importância vem aumentando cada vez mais para outras disciplinas como
ecologia, biologia molecular, biologia do desenvolvimento, entre outros. Ela é
importante para que possamos entender a diversidade biológica, auxiliar na
comunicação científica, conservar espécies ameaçadas e entender a evolução
biológica.

3- Classificação: coordenação das plantas em níveis hierárquicos de acordo com


suas características (de acordo com as relações filogenéticas) exemplo: nível
taxonômico.
Identificação: é realizada por comparação com espécies candidatas ou
espécimes já identificados vivos ou fixados depositados em coleções biológicas.
Entretanto, deve-se levar em consideração a confiabilidade da identificação dos
espécimes da coleção para que não ocorra a duplicação de uma identificação
errônea.
Nomenclatura: o nome aplicado no organismo tem que ser único e universal. A
nomenclatura vegetal é regida pelo código internacional de nomenclatura para
algas, fungos e plantas. Cuja as regras usam a indexação de todo o
conhecimento disponível acerca do organismo nomeado.
Esse código só pode ser alterado durante o congresso internacional de botânica
que ocorre a cada 6 anos.

4- Evidência Morfológica: características morfológicas são atribuídos da forma


ou aparência externa. No geral, fornecem a maior parte da informação usada na
identificação prática de plantas, sendo vários destes usados na construção de
hipóteses de relacionamentos filogenéticos.
Anatômica: está relacionado a estrutura interna das plantas, sendo de grande
importância tanto na sua identificação rotineira quanto na determinação de
relações filogenéticas. Esses caracteres anatômicos podem ser investigados com
auxílio de microscópio óptico, e muitos destes podem ser visualizados em
laboratório com emprego de técnicas bastante simples.
Moleculares: São baseadas em dados genéticos, tais quais como sequência do
DNA e RNA, obtidas de cloroplastos, mitocôndrias e o núcleo das células
vegetais.
Metabólitos secundários: são compostos que não participam de funções
metabólicas essenciais na planta. A maioria deles funciona na defesa contra
predadores e patógenos, como a gente alelopáticos ou como atrativos na
polinização e na dispersão dos frutos.

5- Aclamídea: Não apresenta cálice nem corola.


Monoclamídea: Apresenta apenas o cálice ou apenas a corola.
Diclamídea: Apresenta ambos, o cálice e a corola.
Homoclamídea: Ocorre quando o cálice e a corola da flor são muito parecidos,
às vezes parecendo apenas uma coisa só.
Heteroclamídea: Apresenta cálice e corola distintos.

6- Oligostêmone: Quando o número de estames é menor em relação as pétalas


ou sépalas.
Isostêmone: Quando o número de estames é o mesmo em relação as pétalas ou
sépalas.
Diplostêmone: Quando o número de estames é o dobro em relação as pétalas ou
sépalas.
Poliestêmone: Quando o número de estames é superior em relação as pétalas ou
sépalas (mais que o dobro).

7- Analisando a inserção do ovário em uma flor, podemos classificá-lo em


súpero ou ínfero. Quanto à flor, ela pode ser classificada em hipógina, perígina
e epígina. Quando as sépalas, pétalas e estames estão inseridos abaixo do
ovário, dizemos que a flor é hipógina, e o ovário é súpero.

8- É ferramenta importante na sistemática vegetal pois o ordena os táxons


seguindo uma lógica e hierarquia em que caracteres morfológicos mais
abrangentes agrupam espécies que são distintas por caracteres específicos. As
chaves de identificação, também chamadas chaves dicotômicas, são ferramentas
que permitem identificar os nomes dos taxa (grupo taxonômico) pertencentes a
um grupo de organismos, geralmente numa determinada região geográfica ou
ecológica. Por meio de descrições sistemáticas, a chave trabalha oferecendo
duas alternativas em cada etapa e a escolha de uma delas determina a etapa
seguinte.

9- Na classificação biológica, uma classificação é considerada artificial quando


as características usadas para distinguir entre dois tipos de organismos são
facilmente observáveis, mas não refletem necessariamente o parentesco ou o
grau de semelhança entre eles.
Classificações Naturais: aquelas que agrupam os organismos com base num
somatório de caracteres exibidos, ou sejam juntam aqueles que são mais
parecidos em todas as formas possíveis.
Classificações Filogenéticas: pretendem traduzir a posição de cada organismo
em relação aos seus antepassados, bem como as relações genéticas entre os
diferentes organismos atuais.
APG: O sistema é baseado as sequências do DNA de três genes, dois dos
cloroplastos e um que codifica os ribossomos.

10. Período 1: Sistema artificial

Características: Esse sistema foi desenvolvido no século 17 e 18 e baseava-se


principalmente em características morfológicas, muitas vezes arbitrárias, para
classificar as plantas. Os sistemas de classificação durante esse período eram
bastante limitados e seu principal objetivo era identificar as plantas medicinais.

Representante importante: Carolus Linnaeus, por seu trabalho em Species


Plantarum (1753), onde ele criou um sistema de nomenclatura binomial e
estabeleceu as bases para a classificação moderna das plantas.

Período 2: Sistema natural

Características: Este sistema foi desenvolvido no século 18 e baseava-se nas


características estruturais dos órgãos reprodutivos das flores. Ele classificou as
plantas com base em semelhanças reais na forma como as plantas se
desenvolveram e se reproduziram. Isso levou à produção de árvores
genealógicas de plantas e grupos que refletiam as relações evolutivas entre esses
grupos.

Representante importante: Antoine-Laurent de Jussieu, por seu sistema de


classificação em Genera Plantarum (1789), que caracterizava as plantas com
base em sua anatomia e baseava-se em semelhanças genuínas entre vários
grupos vegetais.

Período 3: Sistema fitossociológico ou fisionômico

Características: Esse sistema surgiu no século 20 e se concentrou na análise da


distribuição geográfica e ecológica das plantas. Baseava-se principalmente nas
comunidades vegetais que coexistiam em uma área específica. Ele classificava
as plantas em grupos com base nas características ambientais em que cresciam.

Representante importante: Josias Braun-Blanquet, por seu método


fitossociológico, que é amplamente utilizado para estudar a distribuição das
plantas e seus habitats naturais.

Período 4: Sistema filogenético


Características: Este sistema é baseado em dados moleculares e leva em
consideração as relações evolutivas entre diferentes grupos de plantas. Ele
classifica as plantas com base em suas semelhanças genéticas e outros dados
moleculares.

Representante importante: Peter Stevens, por suas contribuições para a


cloroplasto DNA e a filogenia molecular de Angiospermas. Ele é autor de
"Angiosperm Phylogeny Website", que se tornou uma fonte importante para
informações e atualizações sobre a filogenia molecular de plantas com flores.

11. Theophrastus: É considerado o "Pai da Botânica" por suas contribuições


para o estudo sistemático das plantas. Ele classificou as plantas em árvores,
arbustos e ervas, e identificou características como a forma das folhas e das
sementes, bem como os hábitos de crescimento das plantas.

Andrea Caesalpino: Contribuiu para a botânica com a publicação do livro "De


Plantis Libri XVI" em 1583, no qual ele propôs um sistema de classificação
baseado na anatomia das plantas, em vez de sua utilização medicinal ou
nutritiva. Ele criou um sistema de classificação que distinguia as plantas de
acordo com suas características, tais como a presença ou ausência de flores, e o
número de sementes.

Jean Bauhin: Contribuiu para a botânica com a publicação do "Pinax Theatri


Botanici", que foi um dos primeiros dicionários de botânica a apresentar nomes
binomiais das plantas. Ele também classificou as plantas de acordo com sua
morfologia e propôs uma divisão das plantas em 15 categorias.

Carolus Linnaeus: Contribuiu para a botânica com a criação do sistema de


nomenclatura binomial, no qual cada espécie é identificada por um nome de
gênero e espécie. Ele também desenvolveu um sistema de classificação de
plantas com base em suas características morfológicas, dividindo as plantas em
classes, ordens, gêneros e espécies.
De Candolle (três gerações): Essa família de botânicos suíços contribuiu
significativamente para a botânica nos séculos XVIII e XIX. Eles
desenvolveram um sistema de classificação de plantas com base em suas
características fisiológicas. Eles também fizeram avanços significativos no
estudo da geografia botânica, destacando a importância da distribuição das
plantas em diferentes regiões do mundo.

August Cronquist: Contribuiu para a botânica com a publicação do "An


Integrated System of Classification of Flowering Plants" em 1981. Ele propôs
um sistema de classificação de plantas baseado em características como a
presença ou ausência de flores, o tipo de fruto e a estrutura da flor. Ele também
desenvolveu um sistema de classificação que refletia a evolução das plantas ao
longo do tempo.

12. Durante a Idade Média, a botânica era principalmente uma ciência prática, e
o conhecimento era transmitido de geração em geração de forma oral. A maior
parte da literatura botânica da época era composta por traduções de obras mais
antigas, como as escritas por Teofrasto e Dioscórides.

O herbolário era um tipo de livro muito comum no período medieval, e era


geralmente escrito por monges ou médicos. Os livros de herbolário eram
manuais que descreviam as propriedades medicinais e culinárias das plantas,
bem como sua aparência e local de origem. Eles eram frequentemente ilustrados
com desenhos e pinturas das plantas.

O hebernário era um tipo de livro mais técnico e era usado para registrar
informações sobre as plantas que uma pessoa tinha encontrado ou coletado.
Essas informações incluíam o nome da planta, sua localização geográfica, suas
características e suas propriedades medicinais ou culinárias. Esses livros eram
frequentemente usados por médicos e alquimistas para obter informações sobre
plantas que pudessem ter propriedades curativas ou outras propriedades úteis.

Em resumo, o herbolário era um livro que ensinava sobre as propriedades e usos


das plantas, enquanto o hebernário era um livro mais técnico que registrava
informações sobre as plantas.
Questão 13
Sistema APG: É um sistema baseado na sequência de genes, principalmente rbcl
e atpB, através de análises cladísticas. Esse sistema é feito por um grupo de
biólogos de diversas nacionalidades que atuam nos EUA.
Ele utiliza dados da biologia molecular; Famílias são grupos monofiléticos;
Categorias taxonômicas acima de ordem não são utilizadas; São empregados os
nomes do clados;
Filogenia: Em biologia, filogenia é o estudo da relação evolutiva entre grupos
de organismos, que é descoberto por meio de sequenciamento de dados
moleculares e matrizes de dados morfológicos.
Árvores filogenéticas ou Cladogramas: é um diagrama que representa relações
evolutivas entre organismos. Árvores filogenéticas são hipóteses, não fatos
definitivos. O padrão de ramificação de uma árvore filogenética reflete como
espécies ou outros grupos evoluíram a partir de uma série de ancestrais comuns.
Nas árvores, duas espécies são mais relacionadas se têm um ancestral comum
mais recente e menos relacionadas se têm um ancestral comum menos recente.
Árvores filogenéticas podem ser traçadas em vários estilos equivalentes. A
rotação de uma árvore sobre seus pontos de ramificação não modifica a
informação que ela apresenta.
Grupos monofiléticos e polifiléticos: Um grupo polifilético contém membros
com mais de um ancestral, e um grupo monofilético inclui todos os
descendentes de um único ancestral comum.

Questão 14
a.) A filogenia molecular busca inferir a história evolutiva de organismos ou
outras entidades biológicas (como proteínas e genes) a partir de sequências de
ácidos nucleicos ou aminoácidos.
b.) É baseado principalmente na sequência de genes de rbcl e atpB.
rbcL- é um gene exclusivo das plantas, presente no DNA de seus cloroplastos. É
o gene responsável pela produção da ribulose-1,5-bisfosfato, ou RuBisCO, a
substância responsável pela conversão de dióxido de carbono e água em
carboidratos.
atpB: gene que codifica a subunidade beta da ATP sintase RNA ribossomal.
Questão 15
A Classe Magnoliopsida compreende 6 subclasses:
1. Magnoliidae: plantas (arcaicas) primitivas com flores tipicamente de gineceu
apocárpico, sempre polipétalas ou apétalas, estames centrípetos.
2. Hamamelidae: plantas com flores reduzidas e frequentemente unissexuais
com perianto pouco desenvolvido ou nulo, inflorescência em amento.
3. Caryophyllidae: plantas com flores polipétalas, mais raramente simpétalas
com placentação basal ou central livre.
4. Dilleniidae: plantas com flores polipétalas e raramente simpétalas;
placentação axilar ou parietal e menos frequentemente basal ou central livre.
5. Rosidae: plantas com estames numerosos e centrípetos, placentação parietal a
marginal, raramente central livre ou basal, ovário composto (apocárpico ou
sincárpico) com (1)2 a muitos lóculos com 1 a 2 (muitos) óvulos por lóculo.
6. Asteridae: plantas com flores simpétalas, estames isômeros com os lobos da
corola ou em menor número, carpelos geralmente 2.
A Classe Liliopsida compreende 5 subclasses:
1. Alismatidae: plantas com flores apocárpicas, sempre herbáceas, nunca
talóides.
2. Arecidae: plantas com flores sincárpicas, flores numerosas (inflorescência),
geralmente pequenas, subtendidas por uma(s) espata(s) proeminente(s),
frequentemente agregada num espádice.
3. Commelinidae: plantas com flores com nectário geralmente ausente, perianto
nas famílias mais primitivas, trímeras e bem diferenciado em sépala e pétala, em
famílias mais evoluídas é reduzida ou ausente, ovário súpero.
4. Zingiberidae: plantas com flores com sépalas diferenciada das pétalas,
geralmente esverdeadas às vezes petalóides na textura; grão de amido
composto.
5. Liliidae: plantas com flores com sépalas geralmente petalóide na forma e
textura; grão de amido

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