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Botânica Sistemática

Profª Lenise Guedes


Introdução
A Botânica e as subdivisões:
 Fisiologia vegetal:
 Morfologia vegetal
 Anatomia vegetal
 Taxonomia e sistemática vegetal
 Botânica Econômica
 Paleobotânica

Outras disciplinas auxiliares:


 Citologia
 Genética
 Biologia molecular
 Química
 Ecologia
 Fitogeografia –
Introdução a taxonomia

 Conceito:
 Caracteres taxonômicos:
 Identificação:
 Classificação:
 Nomenclatura:
 Táxon:
 Espécies:
Unidades sistemáticas
 Categoria:

Reino: Vegetablis
Divisão: Angiospermae (ou Magnoliophyta) – subdivisão: phytina
Classe: Dicotiledoneae ( ou Magnoliatae ou Magnoliopsida)
Subclasse: Rosidae
Ordem: Rosales
Subordem: Rosineae
Família: Rosaceae
Subfamília: Rosoideae
Tribo: Roseae
Subtribo: Rosinae
Gênero: Rosa
Espécie: Rosa gallica L.
Variedade: Rosa gallica L. var. versicolor Thory
Código Internacional de
Nomenclatura Botânica
 Independentes de sua origem, os nomes dos táxons são tratados como nomes latinos

 Gênero e espécie não tem terminações fixas

 O nome de uma planta è uma combinação de dois nomes (binária), sendo o primeiro o
nome do gênero e o segundo o epíteto específico.

 Todo nome deve ser acompanhado pelo nome do autor da espécie,e deve aparecer
destacado do texto (itálico).
 Ex: Dalbergia nigra (Vell.)Allemão ex Benth. (jacarandá-da-bahia)

 Onde: Dalbergia é o nome do gênero


nigra é o epíteto específico
(Vello) Allemão ex Benth. os autores.
 Obs.: os autores quem escreveu (nome) a planta freqüentemente abreviado, e.g.
Linnaeus=L. ou Linn.

 _ Quando uma espécie muda de gênero, o nome do autor do basiônimo ( primeiro


nome dado a uma espécie) deve ser citado entre parênteses, seguido pelo nome do
autor que fez a nova combinação.
 -Ex.: Tabebuia alba (Cham.)Sadw.; Tecoma Alba Cham.
Tipificação
 Chama-se typus o espécime conservado num herbário, do
qual se fez uma diagnose original. O typus compreende:
 -Holotypus.Exemplar escolhido pelo autor como modelo
para descrição da espécie e mencionado por ele na
descrição original.
 - Paratypus – Qualquer exemplar citado ao lado do
holotypus numa descrição original, mas que não seja da
mesma série dele (número de coletor diferente).
 -Isotypus – Duplicata do holotypus
 -Syntypus. Qualquer exemplar de uma série de exemplares
citados pelo autor, sem especificação do holotypus.
 - Lectotypus. Syntypus escolhido como holotypus, quando o
autor deixou de mencionar o holotypus, ou quando este se
perdeu ou foi destruído.
Sistemas de Classificação
OBJETIVOS
 Identificar, dar nomes e descrever os
organismos
 Inventariar os organismos segundo os
grupos
 Permitir a recuperação de informações
 Organizar sistemas de Classificação que
mostrem os parentescos entre os
organismos
 Entender os processos evolutivos
Tipos principais de Sistemas de
Classificação e seus Períodos
 _ 1- Sistema artificial –
baseado no hábito das plantas,
ervas (anuais, bianuais e
perenes), arbustos, subarbustos
e árvores. Este tipo de sistema
compreendeu ao 1º período
histórico. Neste período
destacou-se :
 Theophrastus (370 a.C.) – É
considerado o pai da Botânica.
Os grupos estabelecidos eram
estritamente artificiais. “Historia
Plantarum” descreveu cerca de
500 plantas e deu informações
sobre suas aplicações
medicinais .
- Outros que se destacaram:
 - Albertus Magnus (1193-1280) bispo de Ratisbon-
reconheceu as diferenças entre Monocotiledôneas e
Dicotiledôneas.
 -Otto Brunfels (1464-1534) publicou sua obra Herbarium
 -Andréa Caesalpino (1519-1603) publicou De Plantis,em 1583
 -John Bauhin ­(1541-1631) obra póstuma Historia Plantarum
Universalis, em três volumes
 _ John Ray (1628-1703), filósofo iglês, propôs um sistema de
classificação muito antes do de Lineu.
 - Joseph Pitton de Tournefort (1656-1708) desenvolveu um
sistema de classificação fundamentado na forma das
corolas. É um sistema artificial inferior ao de Ray.
2- Sistemas artificias baseados em caracteres
numéricos Período II

 Carolus Linnaeus
ou Carl Linné ou
Lineu (1707-1778)-
Pai da taxonomia
vegetal e zoológica,
publicou o Hortus
Uplandicus,
Systema Naturae,
Genera Plantarum e
Flora Lapponica e
Species Plantarum
3-Sistemas Naturais- Corresponde ao III Período-
baseado nas formas de relações entre as plantas.

 Metade do século XVIII, com o


aumento de conhecimentos, através
da flora mundial chegou-se a
conclusão de que havia maior
afinidade natural entre as plantas, do
que o Sistema de Lineu indicara.
Chegou-se a essa conclusão não
apenas pela teoria e lógica, mas pela
interpretação da organografia e das
funções das plantas.
 Neste período destacaram os
seguintes sistemas de Classificação:
 -Michel Adanson (1727-1806)
publicou Histoire Naturelle du
Senegal e Families des Plantes
 - Jean B.A.P.M. de Lamarck (1744-
1829) publicou Flora Françoise
3-Sistemas Naturais- Corresponde ao III Período-
baseado nas formas de relações entre as plantas.

 - De Jussieu:
Antoine(1686-
1776) foi o
fundador do
Museu de
história Natural
de Paris.
3-Sistemas Naturais- Corresponde ao III Período-
baseado nas formas de relações entre as plantas.

 - De Candolle (1778-1841)
publicou Theórie Elementaire,
Prodromus Systematicis
Naturalis Regni Vegetabilis.
 - Stephan Ladislau Endlicher
(1804-1849) Generum Plantarum
(1836-1840), no qual são tratados
6.835 gêneros de plantas.
 -John Lindley (1799-1865)
publicou muitas obras entre elas
Genera and Species of
Orchidaceae
 - George Bentham (1800-1884)
publicou Genera Plantarum
contou com a colaboração de
Hooker
4- Sistemas Filogenéticos- relaciona ancestralidade e
descendência.

 Fase enciclopédica – utiliza toda a informação


disponível no momento a respeito dos taxas
envolvidos
 -Adolph Engler (1844-1930) o Sistema de
Classificação de Engler subdivide as
Angiospermas em duas classes:
Monocotiledôneas e Dicotiledôneas. Ele
dividiu as Dicotiledôneas em duas
Subclasses:
 Archychlamideae e Sympetalae.
 -Charley Bessey (1845-1915) foi o primeiro a
discordar de Engler. Dividiu as angiospermas
em duas Classes: Opositifólia e Alternifólia.
 Considerou a ordem Ranales a mais primitiva,
tendo se derivado delas as Monocotiledôneas
e demais Dicotiledôneas. Sua classificação
baseou-se em 22 pricípios.
 -Jonh Hutchinson (1884-1972) desenvolveu um
sistema que traça uma linha de evolução
predominantemente lenhosa, a partir das
Magnoliales, e outra predominantemente
herbácea, a partir das Ranales
3-Sistemas Naturais- Corresponde ao III Período-
baseado nas formas de relações entre as plantas.

 -Cronquist, Takhtajan e Zimmermann (1966) classificaram as


Cormófitas em oito divisões, a saber: Rynophyta (Psilophyta),
Briophyta, Psilotophyta, Lycopodiophyta, Equisetophyta,
Polypodiophyta, Pinophyta e Magnoliophyta.
 -Armen Tahktajan (1961) apresentou um sistema de classificação
para as Magnoliophyta, dividindo-as em duas classes:
Magnoliatae e Liliatae. As classes se subdividem em 11
subclasses (sete Magnoliatea e quatro Liliatae), 20 superordens e
94 ordens.
 - Arthur Cronquist (1968) apresentou uma classificação para as
Magnoliophyta, tomando por base a de Taktajan, com leves
modificações.
 Dividiu as Magnoliatae em seis subclasses, a saber: Magnoliidae,
Hammamelidae, Caryophyllidae, Dilleniidae, Rosidae e Asteridae
subordinado a elas 56 ordens e 295 famílias relacionadas, num
total aproximado de 165.000 spp, e as Liliatae, em quatro
subclasses: Alismatidae, Arecidae, Commelinidae e Liliedae,
compreendendo 18 ordens, 61 famílias e cerca de 55.000 spp.
 - Rolf Dahlgren (1975) apresentou um sistema de classificação
das Angiospermas, que serve para demonstrar a distribuição de
caracteres. O sistema compreende 34 superordens 927
Dicotiledôneas e sete Monocotiledôneas) e 96 ordens. É
representado graficamente como uma árvore filética, em seção
transversal, cujos ramos constituem as ordens de tal sistema de
classificação.
 Séc. XX –dados citogenéticos,
citológicos, embriológicos,
palinológicos e de comportamento
(barreiras reprodutivas) passaram a
ser utilizados
 Década 60- taxonomia química – vias
biossintéticas e os compostos
relacionados
 Década 80 – Biologia molecular

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