Você está na página 1de 1

Que o Grande Senhor do deserto, aquele que habita os corações puros e iluminados, aquele

que nasce no resplendor e toca cada ser com seus braços gigantescos e infinitos, moldando,
cultivando a semente de seu grande amor.
Um grande cardume de certa espécie de peixes, nas águas calmas de um rio, uma vez ao ano
deve enfrentar as águas do grande rio para encontrar o mar onde desovarão para perpetuar sua
espécie e após depositarem seus ovos no mar, morrem e quando os ovos eclodem, todos os peixes
que saem dos ovos, voltam instintivamente para o rio completando o ciclo e alguns dias terão o
mesmo destino de seus progenitores.
Chegou o grande dia! Os cardumes alvoroçados debatem no meio das águas límpidas e
calmas e todos andam juntos, unidos para o mesmo objetivo. Enfrentam pedras e troncos,
predadores de todos os gêneros, nadam contra corrente e nada, absolutamente nada é barreira para
esses peixes.
Alguns, cansados e famintos se afastam do cardume, nadam até a margem a procura de
algum alimento nutritivo, algum fruto que caiu de uma bondosa árvore crescida às margens, porém
muitas vezes, se aprisionam em labirintos e locas de pedra onde há pouca água, se arriscam tanto
que o sol cáustico, seca toda essa água, e os pobres desviados morrem por não poderem mais voltar
para o cardume e morrem com eles o objetivo principal que é ganharem o mar aberto.
Outros desviam erroneamente por caminhos fáceis e são esperados ansiosos por predadores
de todas as espécies como: ursos, águias e lontras esfomeadas e muitos outros animais capturam
essas presas fáceis e também morrem com eles o objetivo principal que é ganharem o mar aberto
para completarem o importante ciclo.
O cardume fatigado não para, nadam incansavelmente saltando por pedras, troncos e galhos
submersos, transpondo barros, quilhas de barcaças velhas de toda sorte e o cardume não pára,
movidos por uma força descomunal segue seu destino.
Outros peixes são desviados na exaustão e fome, acham petiscos fáceis e apetitosos, mas são
engodos fatais escondido em anzóis e muitos peixes desviados, acabam nas mesas humanas, pois
são carnes apreciadas.
A luta continua e após dias e noites de corridas, onde todos os recursos de energia são
despendidos, o cardume reduzido a um quarto chega ao seu objetivo final, botam os ovos no mar e
todos ali perecem.
Os ovos eclodem, renascem exatamente os peixes desgarrados que pereceram tentando
facilidades para chegarem ao mar e retornam para as águas calmas do rio onde um dia farão
novamente o trajeto para cumprirem sua missão. Os peixes que conseguiram chegar ao final do
objetivo, que sacrificaram suas vidas também renascem quase que instantaneamente, porém, desta
vez em um ser mais evoluído, não mais semelhantes a espécie do cardume e nem com a mesma
missão.
Assim caminha também o ser humano, que cumpramos os nossos objetivos, façamos a nossa
parte, paguemos as nossas dívidas e amemos de forma intensa aos nossos semelhantes e
pratiquemos a caridade e assim também iremos evoluir. Somo filhos da Grande luz e herdeiros das
inúmeras moradas do Grande Senhor inesgotável de luz e amor. Que o Grande Senhor do deserto
abençoe e ilumine a cada um de vocês.

ASH RÁ SEMU

(Psicografado pelo médium Antônio Medeiros em 17 de janeiro de 2013 – Ponte Nova- MG)

Você também pode gostar