01/02/2023

Avaliação da Condição de Saúde Bucal

- condição da dentição: Índices de cárie dentária -

Prof. Samuel Jorge Moysés

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Conceituação tradicional da
epidemiologia
“O estudo da ocorrência e distribuição
de eventos, estados e processos
relacionados à saúde, em populações
específicas, incluindo o estudo dos
determinantes influenciando esses
processos, e a aplicação deste
conhecimento para controlar
problemas de saúde relevantes.”

Miquel Porta (ed). A Dictionary of Epidemiology, Sixth Edition, 2014.

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Propósito geral da epidemiologia

em saúde bucal
Diferentemente da Clínica, que estuda o
processo saúde-doença em indivíduos, a
Epidemiologia se preocupa com grupos
populacionais
Um dos meios para se conhecer como se dá
o processo saúde-doença na população é
elaborando um diagnóstico coletivo de saúde
Ele difere do diagnóstico clínico em termos
de objetivos, informação necessária, plano
de ação e estratégia de avaliação
Andrade, S. M. d., D. A. Soares, et al., Eds. Bases da saúde coletiva. Londrina, Ed. UEL, 2001.
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Indicadores X Índices
 INDICADOR: inclui qualquer medida ou observação
classificável capaz de revelar uma determinada característica
da realidade
 UNIDIMENSIONAL
 Uso de serviços, gravidade de dor, autopercepção de saúde bucal

 ÍNDICE: Medidas que integram múltiplas dimensões

 MULTIDIMENSIONAL
 em uma única medida se incorpora diferentes indicadores que o
compõe
 Ex.: CPO-D

Indicadores X Índices

São utilizados para:

Monitorar níveis de saúde/doença da população
Programar ações individuais e coletivas de
promoção de saúde
Organizar demanda à assistência
Avaliar Impacto de ações
Aprimorar decisões clínicas

Indicadores X Índices

Características desejáveis:
1. Clareza, simplicidade e objetividade
2. Validade
3. Confiabilidade  resultados consistentes
4. Sensibilidade  detectar pequenas variações
dos estados de saúde
5. Aceitabilidade

2
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Manuais da Organização Mundial da Saúde (OMS)

ORAL
1971 – 1ª Edição HEALTH SURVEYS

1977 – 2ª Edição BASIC METHODS

1987 – 3ª Edição

1997 – 4ª Edição
WORLD HEALTH ORGANIZATION
GENEVA

Versão traduzida disponível em: http://www.fo.usp.br/wp-content/uploads/2011/06/Levantamentos-Saude-Bucal_5ed_Nov2017.pdf

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Metas epidemiológicas internacionais

• Ao final de 2010:
 05 anos  90% sem cárie
 12 anos  CPO-D < 1
 18 anos  100% P = 0
CPI = 1 sextante máximo 1 ou 2
 35-44 anos  90% com 20 ou + dentes
2% máximo de edêntulos
CPI = 0,25 sextantes máximo 4
 65-74 anos  5% máximo de edêntulos
CPI = 0,50 sextantes máximo 5

Fonte: OMS, FDI, 4º Congresso Internacional de Odontologia Preventiva, Umea, Suécia, 3-5 set. 1993.
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Os inquéritos nacionais

11

Os inquéritos nacionais

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Os inquéritos nacionais

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Reuniões Técnicas CTA-GG

desde maio 2009
Plano Amostral
Condições
Método

Municípios
sorteados de
acordo com porte
Objetivos

populacional e
distribuição de
densidade
demográfica
Introdução

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Plano Amostral

Cárie Dentária
Condições

CPO-D e ceo-d; Cárie de Raiz;

Necessidades de Tratamento
Condição Periodontal
CPI (12 a 44 anos) e PIP (35 a 74 anos)
Método

Traumatismo Dentário
Identificação de fraturas coronárias e
ausência do dente devido a traumatismo
Objetivos

Condição de Oclusão Dentária

Índice Estética Dental (DAI): 12 a 19 anos
Introdução

Foster e Hamilton: 5 anos

Plano Amostral

Fluorose Dentária
Condições

Índice de Dean
Edentulismo
Uso e Necessidade de Prótese
Método

Condição socioeconômica, utilização de

serviços odontológicos, autopercepção de
saúde bucal e impactos da saúde bucal na
Objetivos

vida diária
Questionário aplicado ao respondente
Introdução

https://www.youtube.com/watch?v=_7F_ciObwdU

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https://globoplay.globo.com/v/10843663/

Aplicações

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Iniquidades em saúde bucal

 Escolares (12  Crianças (12
anos) que anos) que
vivem no vivem no Sul,
Nordeste, em em cidades
municípios com mais de
com até 5.000 100.000
habitantes, habitantes,
em áreas em áreas
rurais, urbanas,
estudando em estudando
escolas em escolas
públicas, e privadas e
são pretos, são brancas,
tem média têm média
5 vezes
CPOD = 3,48 (diferença) CPO-D = 0,70

Redução no CPO-D
em adolescentes
brasileiros entre
2003 e 2010

18 34
% %

75% da População 25% da População Brasileira

Brasileira oGanha mais de 5 salários mínimos
oGanha até 5 salários mínimos oMenor grau de dependência do
oPotencialmente dependente do Sistema Público de Saúde
Sistema Público de Saúde
Gentilmente cedido por Angelo Roncalli

Prevalência de perdas dentárias segundo variáveis sociodemográficas

SB Brasil 2010
70

59,4
60 58,1
55,8
52,2 52,5
49,6
50

42,2
40
33
29,6
30 27,4
24,3
20,7 21,4 21,8
20 20,1
20 18,1
13,8 14,5 13,3
10,2
10 8,1 7 7,7

0
Sexo M Sexo F Cor da pele Cor da pela Renda > 4.500 Renda até 500 Anos Estudo Anos Estudo 4
Branca Preta 12 + -

15 a 19 35 a 44 65 a 74

Peres, Marco Aurélio, Barbato, Paulo Roberto, Reis, Sandra Cristina Guimarães Bahia, Freitas, Cláudia Helena Soares de Morais, & Antunes, José
Leopoldo Ferreira. (2013). Perdas dentárias no Brasil: análise da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2010. Revista de Saúde Pública, 47(Suppl. 3), 78-89.

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Procedimentos

Tarefa
• Delineamento de um Levantamento Epidemiológico
em Saúde Bucal (pp. 13-22 do Manual)

• Avaliação da Condição de Saúde Bucal: Condição da

dentição (pp. 45-51 do Manual)

• Índices de cárie dentária: dente (CPO-D, ceo-d) e

superfície (CPO-S, ceo-s) (pp. 51-52 do Manual)

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Condições

Permanentes SUPERIOR
Uso do PDA

18 17 13 11 21 23 27 28
16 15 14 12 22 24 25 26

48 47 37 38
46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36
Percurso

DIREITO INFERIOR ESQUERDO

SUPERIOR
Decíduos
Conceitos

55 54 53 52 51 61 62 63 64 65

85 84 83 82 81 71 72 73 74 75
Plano Amostral

DIREITO INFERIOR ESQUERDO

Condições

Per Dec Critério

Uso do PDA

0 A Coroa Hígida
Não há evidência de cárie. Estágios iniciais da doença
não são levados em consideração. Os seguintes sinais
devem ser codificados como hígidos:
Percurso

manchas esbranquiçadas;
manchas rugosas resistentes à pressão da sonda OMS;
sulcos e fissuras do esmalte manchados, mas que não
apresentam sinais visuais de base amolecida, esmalte
socavado, ou amolecimento das paredes, detectáveis
Conceitos

com a sonda OMS;

áreas escuras, brilhantes, duras e fissuradas do esmalte
de um dente com fluorose moderada ou severa;
lesões que, com base na sua distribuição ou história, ou
Plano Amostral

exame táctil/visual, resultem de abrasão

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Condições

Per Dec Critério

Uso do PDA

1 B Coroa Cariada

Sulco, fissura ou superfície lisa apresenta cavidade

evidente, ou tecido amolecido na base ou descoloração
do esmalte ou de parede ou há uma restauração
Percurso

temporária (exceto ionômero de vidro). A sonda OMS

deve ser empregada para confirmar evidências visuais
de cárie nas superfícies oclusal, vestibular e lingual. Na
dúvida, considerar o dente hígido.
Na presença de cavidade originada por cárie, mesmo
Conceitos

sem doença no momento do exame, deve-se adotar,

como regra de decisão, considerar o dente atacado por
cárie, registrando-se cariado. Entretanto, este enfoque
epidemiológico não implica admitir que há necessidade
Plano Amostral

de uma restauração.
Condições

Per Dec Critério

Uso do PDA

2 C Coroa Restaurada mas Cariada

Há uma ou mais restaurações e ao mesmo tempo uma

ou mais áreas estão cariadas. Não há distinção entre
cáries primárias e secundárias, ou seja, se as lesões
Percurso

estão ou não em associação física com a(s)

restauração(ões)

Raiz Restaurada mas Cariada

Idem coroa restaurada mas cariada. Em situações nas

Conceitos

quais coroa e raiz estão envolvidas, a localização mais

provável da lesão primária é registrada como restaurada
mas cariada. Quando não é possível avaliar essa
probabilidade, tanto a coroa quanto a raiz são
Plano Amostral

registradas como restauradas porém com cariadas.

Condições

Per Dec Critério

Uso do PDA

3 D Coroa Restaurada e Sem Cárie

Há uma ou mais restaurações definitivas e inexiste cárie

primária ou recorrente. Um dente com coroa colocada
devido à cárie inclui-se nesta categoria. Se a coroa
Percurso

resulta de outras causas, como suporte de prótese, é

codificada como 7 (G).

Raiz Restaurada e Sem Cárie

Idem coroa restaurada e sem cárie. Em situações onde

Conceitos

coroa e raiz estão envolvidas, a localização mais

provável da lesão primária é registrada como
restaurada. Quando não é possível avaliar essa
probabilidade, tanto a coroa quanto a raiz são
Plano Amostral

registradas como restauradas.

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Condições

Per Dec Critério

Uso do PDA

4 E Dente Perdido Devido à Cárie

Um dente permanente ou decíduo foi extraído por causa
de cárie e não por outras razões. Essa condição é
registrada na casela correspondente à coroa. No caso de
dentes decíduos, deve-se aplicar apenas quando o
Percurso

indivíduo está numa faixa etária na qual a esfoliação

normal não constitui justificativa suficiente para a
ausência.
Nesses casos, o código registrado na casela
Conceitos

correspondente à raiz é 9 ou 7 (quando tiver um

implante no lugar). Em algumas idades pode ser difícil
distinguir entre dente não irrompido (código 8) e dente
perdido (códigos 4 ou 5). Fazer relações (cronologia da
erupção, experiência de cárie etc.) pode ajudar na
Plano Amostral

tomada de decisão.
Condições

Per Dec Critério

Uso do PDA

5 - Dente Perdido por Outra Razão

Ausência se deve a razões ortodônticas, periodontais,

traumáticas ou congênitas.
Nesses casos, o código registrado na casela
Percurso

correspondente à raiz é “7” ou “9”. O código para

decíduos (F) nestes casos deverá ser utilizado com
certa cautela, uma vez que, a partir dos 5 anos,
geralmente o espaço vazio se deve à exfoliação natural,
devendo ser codificado como coroa não erupcionada
Conceitos

(código “8”)
Plano Amostral
Condições

Per Dec Critério

Uso do PDA

6 F Dente com Selante

Há um selante de fissura ou a fissura oclusal foi

alargada para receber um compósito. Se o dente possui
selante e está cariado, prevalece o código 1 ou B
Percurso

(cárie).
Nota: Embora na padronização da OMS haja referência
apenas à superfície oclusal, deve-se registrar a
presença de selante localizado em qualquer superfície.
Conceitos
Plano Amostral

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Condições

Per Dec Critério

Uso do PDA

7 G Apoio de Ponte ou Coroa

Indica um dente que é parte de uma prótese fixa. Este

código é também utilizado para coroas instaladas por
outras razões que não a cárie ou para dentes com
Percurso

facetas estéticas. Dentes extraídos e substituídos por

um elemento de ponte fixa são codificados, na casela da
condição da coroa, como 4 ou 5, enquanto o código 9
deve ser lançado na casela da raiz.
Conceitos

Implante: Registrar este código (7) na casela da raiz.

Plano Amostral
Condições

Per Dec Critério

Uso do PDA

8 - Coroa Não Erupcionada

Esta classificação está restrita a dentes permanentes e
é usada somente para um espaço dentário com um
dente permanente não erupcionado, mas não para
Percurso

dente decíduo. Esta categoria não inclui dentes perdidos

por problemas congênitos, ou dentes perdidos devido a
trauma etc.
Raiz Não Exposta
Conceitos

Não há exposição da superfície radicular, isto é, não há

retração gengival para além da junção cemento-
esmalte.
Plano Amostral
Condições

Per Dec Critério

Uso do PDA

T T Trauma (Fratura)
Parte da superfície coronária foi perdida em
conseqüência de trauma e não há evidência de cárie.
Restaurações decorrentes de fratura coronária devem
ser registrados como Trauma (T).
Percurso

9 L Dente Excluído (não registrado)

Aplicado a qualquer dente permanente que não possa
ser examinado (bandas ortodônticas, hipoplasias
severas etc.).
Conceitos

Quando há 5 ou mais dentes com bandas o portador

será excluído da amostra. Braquetes, em qualquer
número, não inviabilizam os exames e, assim, não
constituem obstáculo para aproveitamento do elemento
Plano Amostral

amostral.

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Condições
Uso do PDA

SUPERIOR
3 3
Percurso

18 17 13 11 21 23 27 28
16 15 14 12 22 24 25 26

48 47 37 38
46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36

DIREITO 3 INFERIOR 3 ESQUERDO

Conceitos
Plano Amostral

CPO-D “individual” de n1 = ?

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