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12/09/2023

LEVANTAMENTO
EPIDEMIOLÓGICO EM
ODONTOLOGIA
Profa. Miriam Botter

• Podem abordar aspectos


São instrumentos com referentes a fatores de risco,
metodologia específica que uso de serviços, consumo de
têm como objetivo coletar medicamentos,
informações referentes a um conhecimentos , atitudes e
determinado problema em práticas relacionadas à saúde,
uma população. além de dados demográficos
e de outra natureza.

O QUE SÃO LEVANTAMENTOS


EPIDEMIOLÓGICOS?

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ESTUDAR A DISTRIBUIÇÃO • DIAGNOSTICAR E • DETERMINAR • AVALIAR AS


DOS PROBLEMAS NA MEDIR AS NECESSIDADES PRIORIDADES. ATIVIDADES DOS
POPULAÇÃO. ACUMULADAS. SERVIÇOS EM SAÚDE.

OBJETIVOS DE UM LEVANTAMENTO
EPIDEMIOLÓGICO

LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO

 Os levantamentos fornecem um quadro de informações mais apuradas


das condições de saúde bucal e das necessidades de tratamento de
uma população, bem como podem proporcionar condições para
controlar as mudanças nos níveis ou padrões da doença (OMS, 1999).
• Os dados coletados em um levantamento epidemiológico podem ser
utilizados para comparações em um momento futuro (Pereira, 2000).

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• A partir dos dados coletados podem-se:


- avaliar, planejar e executar ações de saúde
- inferir sobre a eficácia geral dos serviços
LEVANTAMENTO
- permite comparações de prevalências em diferentes
EPIDEMIOLÓGICO períodos de tempo e áreas geográficas.
• Eles produzem dados básicos confiáveis para o
desenvolvimento de programas nacionais ou
regionais de saúde bucal e para o planejamento do
número e do tipo apropriado de pessoal.

CLASSIFICAÇÃO DOS
LEVANTAMENTOS
• Forma de obtenção das informações: - Por ENTREVISTA.
- Por EXAME.

• Extensão territorial:
- Nacional : incluir localidades suficientes para cobrir todos os subgrupos
importantes da população e pelo menos 3 idades índices ou grupos etários
possíveis de serem examinados.
- Local ou Estudo Piloto: inclui na amostra somente os subgrupos mais
importantes da população e fornecem quantidade mínima de dados
necessários para um adequado planejamento.

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CLASSIFICAÇÃO DOS
LEVANTAMENTOS

• Tipos de Morbidade:
- Gerais todos os agravos à saúde estão incluídos.
- Específicos quando um agravo à saúde ou um grupo de condições afins
é investigado.
• Tipo de Bases de Dados: - Populacionais.
- Institucionais. ***MORBIDADE: morbidade ou
morbilidade, consiste na taxa de
indivíduos portadores de
determinada doença dentro de
um grupo específico, a partir de
certo período de análise.

PLANEJAMENTO DO LEVANTAMENTO

Grupos populacionais de interesse

Idades índices e grupos etários recomendados pela OMS:


-de 18 a 36 meses: problemas orais em bebês.
-5 anos: dentição decídua.
-12 anos: dentição mista.
-15 anos: dados de incidência de cárie e índices periodontais em adolescentes.
-35-44 anos: saúde bucal em adultos.
-65-74 anos: Verificação da necessidade de tratamento e controle dos efeitos gerais
dos cuidados odontológicos prestados a esta população.

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PLANEJAMENTO DO LEVANTAMENTO

•Os levantamentos epidemiológicos podem abranger a população em sua


totalidade (UNIVERSO) ou uma parte dela (AMOSTRA) que represente
características semelhantes, por meio de tratamento estatístico, podendo
extrapolar dados da amostra para a população total, economizando
tempo e custos.
•O cálculo da amostra é dependente do objetivo específico do estudo,
bem como da facilidade de se obtê-lo.

PLANEJAMENTO DO LEVANTAMENTO

•Tipos de Amostra: -Amostra de conveniência (ou não-aleatória).


-Amostra aleatória (ou casuais, probabilísticas,
estatísticas ou ao acaso).

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PLANEJAMENTO DO LEVANTAMENTO

 Amostra de conveniência
•Caracterizada pela facilidade de acesso aos participantes.
•Não há metodologia estatística na escolha dos participantes.
Ex.: entrevista por telefone, pacientes que frequentam um centro de
saúde, etc.
•Vantagem – a possiblidade de se obter informações mais detalhadas
sobre um determinado aspecto de saúde.
•Desvantagem – não produz estimativas que sejam compatíveis com a
real prevalência do aspecto na população.

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PLANEJAMENTO DO LEVANTAMENTO

 Amostra aleatória
São subconjuntos da população com a seleção dos participantes feitas
ao acaso.
•Amostra aleatória simples consiste em numerar cada elemento da
população e realizar um sorteio simples.
•Amostra sistemática cria-se um critério para a escolha dos participantes
da pesquisa.
Ex.: somente números ímpares ou somente números pares ou somente
números que terminem em 4.

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PLANEJAMENTO DO LEVANTAMENTO

Amostra aleatória

 Amostra estratificada divide-se a população para que tenha o maior


grau de homogeneidade possível.
Ex.: divisão por sexo, por faixa etária, por ocupação, etc.

•Amostra por conglomerado sorteiam-se regiões da população, nas


sorteadas, todos os elementos terão que fazer parte da amostra.

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PLANEJAMENTO DO LEVANTAMENTO

•Amostra em estágios:
-Estratificação da amostra em suas diferentes características.
Ex: instituição pública ou privada.
-Escolha de uma amostra simples ou sistemática de cada extrato.
Ex: escolha do bairro e a seguir o sorteio simples para a escolha da
escola do bairro.

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PLANEJAMENTO DO LEVANTAMENTO

Amostra aleatória
•Amostra multifásica subconjuntos da amostra total são escolhidos para
prover informações sobre um determinado problema por fases.
Ex.: 18 escolas escolhidas, em todas seria avaliada a doença cárie, mas
somente em 6 escolas seria observada a doença periodontal e em 3
escolas a aplicação de questionários sobre hábitos de higiene.

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PLANEJAMENTO DO LEVANTAMENTO

Determinação do tamanho da Amostra


•A OMS (1999) preconizou que para um levantamento básico de saúde,
é recomendado, para cada grupo etário, um número de participantes
(número aproximadamente igual de homens e mulheres) que pode variar
de 25 a 50, dependendo da prevalência e severidade da doença.
•Para populações em que esses índices são desconhecidos, é
necessário realizar um estudo piloto.

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PLANEJAMENTO DO LEVANTAMENTO

Instrumento de medidas: Indices Odontológicos


•Cárie dentária.
•Condição periodontal.
•Traumatismo dentário.
•Condição de oclusão dentária.
•Fluorose dentária.
•Edentulismo.
•Condições sócio-econômicas.
•Utilização de serviços odontológicos.
•Autopercepção de saúde bucal (dor).

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ÍNDICES
ODONTOLÓGICOS

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INDICE
PERIODONTAL

CIP
PIP

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SONDA DA
OMS

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CPOD
- MEDE OS ÍNDICES DE DENTES CARIADOS, PERDIDOS E OBTURADOS

- É O ÍNDICE MAIS UTILIZADO PARA REFERENCIA PARA DIAGNÓSTICO DAS


CONDIÇÕES DENTAIS DE PROGRAMAS DE SAÚDE BUCAL

- O calculo é feito somando o numero de CPOD e dividindo


pela quantidade de indivíduos analisado.
0,0 – 1,1 muito baixo
1,2 – 2,6 baixo
2,7 – 4,4 moderado
4,5 – 6,5 alto
6,6 - + muito alto

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CEO-d

- ÍNDICE UTILIZADO PARA A DENTIÇÃO TEMPORÁRIA COM


LETRAS MINÚSCULAS
- INCLUINDO DENTES CARIADOS (C), EXTRAÇÃO INDICADA
(E) E OBTURADOS (O)
*** DENTES EXTRAÍDOS DEVIDO A CARIE ( CRITÉRIO NÃO
USADO PARA DENTES TEMPORÁRIOS)

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 Agravos bucais a serem pesquisados para cada idade índice ou grupos etários.

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Códigos
 Condições a serem avaliados
Dente decíduo Dente permanente Condições
Coroa Coroa Raiz
Cárie Dental
A 0 0 HÍGIDO
B 1 1 CARIADO
CPO-D ceo-d RESTAURADO,
C 2 2
MAS COM CÁRIE
RESTAURADO,
D 3 3
SEM CÁRIE
PERDIDO DEVIDO
E 4 Não se aplica
À CÁRIE
PERDIDO, POR
- 5 Não se aplica
OUTRAS RAZÕES
APRESENTA
F 6 Não se aplica
SELANTE
G 7 7 APOIO DE PONTE
NÃO
- 8 8
ERUPCIONADO
- 9 9 DENTE EXCLUIDO
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LEVANTAMENTO EM SAÚDE BUCAL


NO BRASIL

• 1986 – 1º levantamento epidemiológico em saúde bucal de âmbito nacional realizado


pelo MS. Foram levantados dados referentes à cárie dentária, doença periodontal, uso e
necessidade de próteses totais e a procura por serviços odontológicos.
• 1996 – 2º levantamento epidemiológico em saúde bucal no Brasil, realizado pelo MS,
através da área técnica de saúde bucal, em parceria com a ABO, CFO e as SES e
SMS. A pesquisa foi realizada somente com relação à cárie dentária em crianças na
faixa etária de 6 a 12 anos de escolas públicas e privadas.

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LEVANTAMENTO EM SAÚDE BUCAL


NO BRASIL

• 1986 – 1º levantamento epidemiológico em saúde bucal de âmbito nacional realizado


pelo MS. Foram levantados dados referentes à cárie dentária, doença periodontal, uso e
necessidade de próteses totais e a procura por serviços odontológicos.
• 1996 – 2º levantamento epidemiológico em saúde bucal no Brasil, realizado pelo MS,
através da área técnica de saúde bucal, em parceria com a ABO, CFO e as SES e
SMS. A pesquisa foi realizada somente com relação à cárie dentária em crianças na
faixa etária de 6 a 12 anos de escolas públicas e privadas.

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LEVANTAMENTO EM SAÚDE BUCAL


NO BRASIL

• 2003 – 3º levantamento epidemiológico em saúde bucal no Brasil, SB


Brasil 2003: condições de saúde bucal na população brasileira. Essa
pesquisa, além de embasar, do ponto de vista epidemiológico, a
elaboração das Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal e
subsidiar ações para o fortalecimento da gestão dos serviços públicos em
saúde bucal, nas diferentes esferas de governo, permitiu a análise
comparativa dos dados nacionais com dados de outros países e com as
metas da OMS para o ano de 2000.

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LEVANTAMENTO EM SAÚDE BUCAL


NO BRASIL

• 2003 – 3º levantamento epidemiológico em saúde bucal no Brasil, SB


Brasil 2003: condições de saúde bucal na população brasileira. Essa
pesquisa, além de embasar, do ponto de vista epidemiológico, a
elaboração das Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal e
subsidiar ações para o fortalecimento da gestão dos serviços públicos em
saúde bucal, nas diferentes esferas de governo, permitiu a análise
comparativa dos dados nacionais com dados de outros países e com as
metas da OMS para o ano de 2000.

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LEVANTAMENTO EM SAÚDE BUCAL


NO BRASIL

• 2010 – 4º levantamento epidemiológico em saúde bucal no Brasil, SB


Brasil 2010: pesquisa nacional de saúde bucal, realizada pelo MS, por
meio da Coordenação Geral de Saúde Bucal. Esse programa analisou a
situação de saúde bucal da população brasileira, com relação à cárie
dentária, condição periodontal, edentulismo (uso e necessidade de
próteses dentais), condições de oclusão, fluorose, traumatismos dentário
e a ocorrência de dor de dente, entre outros aspectos.

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LEVANTAMENTO EM SAÚDE BUCAL


NO BRASIL

• 2010 – 4º levantamento epidemiológico em saúde bucal no Brasil, SB


Brasil 2010: pesquisa nacional de saúde bucal, realizada pelo MS, por
meio da Coordenação Geral de Saúde Bucal. Esse programa analisou a
situação de saúde bucal da população brasileira, com relação à cárie
dentária, condição periodontal, edentulismo (uso e necessidade de
próteses dentais), condições de oclusão, fluorose, traumatismos dentário
e a ocorrência de dor de dente, entre outros aspectos.

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