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Epidemiologia

Pesquisa Epidemiológica

Professor Rodrigo Napoli


Pesquisa Epidemiológica
• É empírica e baseada na coleta sistemática de informações sobre eventos
ligados à saúde, em uma população definida, e na quantificação desses eventos.
• Objetivos:
• Descrever: Frequências, distribuições, padrões e tendências temporais de eventos ligados à saúde
• Explicar: Ocorrência de doenças e Indicadores de saúde
• Identificar: Causas, Determinantes e Formas de transmissão
• Predizer: Frequências de doenças em populações específicas
• Controlar: Ocorrência de doenças através da prevenção de novos casos

Teoria • Método científico


• O ambiente nutricional, hormonal e metabólico propiciado pela mãe durante a
gestação, “programa” de modo permanente a estrutura e a fisiologia do bebê
• A subnutrição intra-uterina é um fator de risco para doença cardiovascular
Hipótese • Crianças com baixo peso ao nascer (>2500g) tem maior probabilidade de sofrer
Conceitual doença coronariana na vida adulta, em comparação com crianças nascidas com
peso normal.
Hipótese
Operacional
Tipos de estudos
epidemiológicos
ESTUDOS OBSERVACIONAIS

• O investigador mede, mas não intervém

• Podem ser:
• Descritivos: Descreve a ocorrência de uma doença em uma população;
• Analíticos: Analisa a relação entre as doenças/estado de saúde e outras variáveis – hábitos,
comportamentos, condições de vida, etc.).

• Geralmente há uma mistura de ambos


ESTUDOS ECOLÓGICOS

• Também chamados de correlação


• Caráter mais descritivo
• Estudo seccional (uma fotografia)
• Informação agregada (conglomerado de indivíduos)
• Ex.: dados sobre a venda de remédios contra a asma e e número de mortes
por asma em diferentes municípios
• Vantagens: Rápido e de baixo custo, muito usado em políticas públicas
• Desvantagens: Qualidade da informação duvidosas
ESTUDOS TRANSVERSAIS
• Também chamados de seccionais ou de prevalência
• Caráter mais descritivo
• Estudo Seccional
Estudo transversal - exemplo
• Informação individual
• Vantagens:
• Simples, barato e rápido
• Transmite dados sobre a prevalência de uma população
• Identifica grupos de risco
• Sugere associações de características e doenças
• Desvantagens:
• Sujeito a erros de classificação
• Não analisa causalidade
ESTUDO DE CASO-CONTROLE

• Estudos longitudinais (ao longo do tempo) e retrospectivos


• 2 grupos de pessoas
• Casos – com a doença
• Controle – Sem a doença
• Verifica se houve ou não exposição a determinado fator nos dois grupos
• Vantagens:
• Resultado rápido e de baixo custo
• Amostras podem ser “pequenas”
• Ideal para análises de doenças raras
• Desvantagens:
• Dificuldade em formar o grupo controle
• Dados da exposição podem ser inadequados (prontuários, anamnese, etc)
ESTUDO DE CASO-CONTROLE

FONTE: Autor
ESTUDO DE COORTE

• Também chamados de longitudinal ou de incidência


• Estuda-se a relação causa-efeito
• Estudo prospectivo*
• Acompanhamento de um grupo de indivíduos livre da doença ao logo do tempo
• Vantagens:
• Ausência de fatores bioéticos à exposição ao fator de risco
• Grupo controle formado facilmente
• Desvantagens:
• Outras variáveis que podem afetar não são analisadas
• Perdas de elementos estudados ao longo do tempo
• Impossível de usar com doenças raras
• Alto custo
ESTUDO DE COORTE
ESTUDOS EXPERIMENTAIS

• Chamados de intervencionais

• Indivíduos alocados em diferentes grupos de forma aleatória

• Usado em animais e humanos

• O investigador controla a exposição aos fatores de interesse.

• Questões bioéticas estão associadas

• Obrigatório o uso de grupo controle

• Muito usado em estudos clínicos


ENSAIO CLÍNICO-RANDOMIZADO

• Também chamado de “clínico” ou terapêutico

• Estudar efeitos de uma intervenção em indivíduos alocados (aleatoriamente)


em grupos distintos

• A população de interesse é dada por doentes

• Grupo controle: Placebo?


• Resolução 404/08 (CEP)
ENSAIO CLÍNICO-RANDOMIZADO

FONTE: Autor
ENSAIO CLÍNICO-RANDOMIZADO

• Vantagens:
• Formação de grupos homogêneos;

• Facilidade em formação de grupo controle.

• Desvantagens:
• Questões bioéticas envolvidas;

• Resultados pouco confiáveis quando os efeitos são raros;

• Alto custo.
• OUTROS TIPOS DE ESTUDOS
Bons Estudos!

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