População: conjunto completo de todos os elementos a serem estudados, e
que têm, pelo menos, uma característica em comum. Pode ser de tamanho infinito, quando é comporta por um número tão grande de elementos que, muitas vezes, não é possível quantificar; ou de tamanho finito, quando a quantidade da população já está definida.
Amostra: é o subconjunto de uma população, ou seja, uma parte que
representa a população. Ela deve conter características similares às da população, de modo que seja representativa. Essa técnica proporciona maior economia de recursos e de tempo, bem como confiabilidade e operacionalidade. Ela não é viável quando a população é pequena, quando a característica a ser estudada é de fácil mensuração ou quando existe a necessidade de alta precisão nos resultados.
4 técnicas de amostragem probabilística com exemplos com aplicação na área
da saúde:
Amostragem probabilística é aquela em que todos os elementos da população
tem a mesma probabilidade (diferente de zero), de compor a amostra.
Pode ser dividida em:
1- Amostragem casual simples ou aleatória simples: cada elemento da
população é selecionado de modo aleatório, como um sorteio. Ex.: A população de um estudo sobre diabetes é composta pelo total de pacientes que fazem o controle em uma unidade de saúde específica (500 pessoas). A amostra será composta por 10% desta população, sendo que 50 pessoas serão sorteadas.
2- Amostragem sistemática: os elementos são escolhidos a partir de uma
lei de formação, sendo o primeiro escolhido ou sorteado de modo aleatório, e o restante respeitando a lei estabelecida. Para este tipo de amostragem, a população deve estar ordenada de forma aleatória, em uma lista ou fila. Ex.: A população de um estudo sobre a dengue é composta por 1.000 pessoas moradores de uma cidade específica, e o pesquisador quer uma amostra de 200 pessoas. Os participantes poderiam ser colocados em uma lista, o primeiro seria escolhido ou sorteado, e contaria o intervalo de 5 em 5 para o restante.
3- Amostragem estratificada: consiste em dividir uma população em
diferentes grupos ou estratos diferentes. É utilizada para destacar as diferenças existentes entre esses grupos, e os estratos devem ser proporcionais a sua representação na população de origem.
Ex.: deseja-se estudar a % da população fumante em determinada
cidade, e estipula-se a idade ou o sexo como critérios de estratificação.
4- Amostragem por conglomerados: a população é dividida em grupos com
base na localização geográfica, na proximidade física, independentemente de outras características. A partir disso, grupos são escolhidos ou sorteados para compor a amostra.
Ex.: deseja-se estudar a população que tem a unidade de saúde “A”
como referência. A amostra será composta por um grupo de pacientes que moram em um mesmo bairro que é pertencente à unidade de saúde.
É importante que o profissional da área da saúde conheça as técnicas de
amostragem pois poderá escolher a que melhor se adapta às suas necessidades, garantindo que os resultados de um estudo sejam confiáveis e representativos, e que as informações obtidas através dele possam ser utilizadas e aplicadas à população posteriormente (ex.: estudo de uma patologia, medicações, tratamentos, etc).
Fonte: DEMARCHI, Izabel Galhardo; CHATALOV, Renata Cristina Souza. Bioestatística e Epidemiologia. Maringá - PR.: Unicesumar, 2021. Reimpresso em 2023.
Motivos para Participação em Pesquisa Clínica: análise retrospectiva dos motivos relatados por pacientes enfermos para participação em pesquisa clínica