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648-03]

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 17505-5
Terceira edição
09.07.2015

Válida a partir de
09.08.2015
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Armazenamento de líquidos inflamáveis


e combustíveis
Parte 5: Operações
Storage of flammable and combustible liquids
Part 5: Operations

ICS 75.160; 75.200 ISBN 978-85-07-05683-6

Número de referência
ABNT NBR 17505-5:2015
96 páginas

© ABNT 2015
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Sumário Página

Prefácio .............................................................................................................................................viii
Introdução ...........................................................................................................................................xi
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................2
3 Termos e definições ...........................................................................................................3
4 Instalações de processamento .........................................................................................6
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4.1 Requisitos gerais ...............................................................................................................6


4.2 Localização de vasos e equipamentos de processo ......................................................7
4.3 Acessos...............................................................................................................................7
4.4 Requisitos de construção .................................................................................................8
4.5 Sistemas elétricos ..............................................................................................................9
4.6 Contenções, drenagem e controle de vazamentos .........................................................9
4.7 Ventilação............................................................................................................................9
4.8 (*) Equipamentos e vasos de processos........................................................................10
4.9 Gerenciamento de operações de risco ..........................................................................10
5 Envase, manuseio, transferência e uso de líquidos inflamáveis e combustíveis ......12
5.1 Requisitos gerais .............................................................................................................12
5.2 Envase, manuseio, transferência e uso de líquidos inflamáveis e combustíveis ......12
5.3 Operações eventuais .......................................................................................................13
5.4 Ventilação para áreas de envase ....................................................................................15
6 Operações específicas ....................................................................................................15
6.1 Sistemas de transferência de calor ................................................................................15
6.1.1 (*) Requisitos gerais.........................................................................................................15
6.1.2 (*) Projeto do sistema ......................................................................................................15
6.1.3 (*) Controles e intertravamentos de queimadores de combustível .............................16
6.1.4 Tubulações ........................................................................................................................16
6.1.5 Proteção contra incêndios ..............................................................................................17
6.1.6 Operações .........................................................................................................................17
6.2 Sistemas de recuperação e processamento de vapores de produtos ........................17
6.2.1 Proteção contra vácuo e sobre pressão ........................................................................17
6.2.2 Localização dos respiros ................................................................................................17
6.2.3 Sistema coletor de vapor .................................................................................................17
6.2.4 Monitoramentodo nível de líquido ..................................................................................18
6.2.5 Proteção contra transbordamento..................................................................................18
6.2.6 Fontes de ignição .............................................................................................................18
6.2.7 Sistemas de parada de emergência ...............................................................................19
6.3 Unidade de destilação de solventes...............................................................................19
6.3.1 Equipamentos...................................................................................................................19
6.3.2 Solventes ..........................................................................................................................19
6.3.3 Localização .......................................................................................................................19
6.3.4 Armazenamento de líquidos ...........................................................................................19

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7 Instalações para carga e descarga de graneis de caminhões-tanque


e vagões-tanque ...............................................................................................................19
7.1 Requisitos gerais .............................................................................................................19
7.1.1 Ligação, aterramento e correntes fugitivas ...................................................................19
7.2 Instalações de carregamento e descarregamento ........................................................20
7.3 Estruturas cobertas .........................................................................................................21
7.4 Sistemas elétricos ............................................................................................................21
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7.5 (*) Contenção, drenagem e controle de derramamento ................................................21


7.6 Equipamentos...................................................................................................................21
7.7 Requisitos operacionais ..................................................................................................21
7.7.1 Carregamento e descarregamento de caminhões-tanque ...........................................21
7.7.2 Carregamento e descarregamento de vagões-tanque..................................................23
7.7.3 (*) Carregamentos alternados .........................................................................................23
8 Operações no cais ou píer ..............................................................................................23
8.1 Requisitos gerais .............................................................................................................23
9 Gestão da prevenção e do controle de incêndio...........................................................27
9.1 Análise de risco ................................................................................................................27
9.1.1 Geral ..................................................................................................................................27
9.1.2 Gerenciamento de mudanças .........................................................................................28
9.2 Controle de fontes de ignição .........................................................................................28
9.2.1 Geral ..................................................................................................................................28
9.2.2 Cigarros e similares acesos ............................................................................................28
9.2.3 Trabalho à quente (ver NFPA 51B) ..................................................................................28
9.2.4 (*) Eletricidade estática ....................................................................................................29
9.2.5 Sistemas elétricos ............................................................................................................29
9.3 Sistemas de detecção e alarme ......................................................................................29
9.4 Sistemas de proteção contra incêndio e extinção de fogo ..........................................29
9.5 Planejamento e treinamento para emergência ..............................................................30
9.6 Inspeção e manutenção ...................................................................................................31
9.7 Gerenciamento de segurança patrimonial.....................................................................31
9.7.1 Geral ..................................................................................................................................31
9.7.2 Requisitos específicos ....................................................................................................31
10 Eletricidade estática no manuseio de líquidos inflamáveis e combustíveis ..............32
10.1 Controle dos riscos da eletricidade estática .................................................................32
10.1.1 Geral ..................................................................................................................................32
10.1.2 Controle de misturas inflamáveis em equipamentos ...................................................33
10.1.3 Controle da geração de cargas de eletricidade estática ..............................................34
10.1.4 Dissipação de cargas .......................................................................................................34
10.2 Controle de carga estática no pessoal ...........................................................................35
10.2.1 Prevenção de acumulação de cargas eletrostáticas ....................................................35
10.2.2 Pisos e calçados condutivos ..........................................................................................35
10.2.3 Dispositivos de aterramento do pessoal .......................................................................36
10.2.4 Roupas antiestáticas ou condutivas ..............................................................................36

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10.2.5 Luvas .................................................................................................................................36


10.2.6 Limpeza ou secagem de roupas .....................................................................................37
10.2.7 Manutenção e ensaios .....................................................................................................37
10.2.8 Desconforto e lesões .......................................................................................................37
10.3 Avaliação e controle dos riscos de eletricidade estática no manuseio de líquidos
inflamáveis e combustíveis .............................................................................................37
10.4 Características de combustão de líquidos, vapores e névoas ....................................38
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10.4.1 Ponto de fulgor .................................................................................................................38


10.4.2 (*) Limites de inflamabilidade/explosividade e pressão de vapor ...............................39
10.4.3 Energia de ignição ...........................................................................................................39
10.4.4 (*) Concentração de oxigênio .........................................................................................39
10.5 Geração e dissipação de cargas em líquidos ................................................................39
10.5.1 Geração de cargas ...........................................................................................................39
10.5.2 Dissipação da carga .........................................................................................................39
10.5.3 Fatores que afetam a acumulação de cargas em um líquido .......................................40
10.6 Escoamento em tubulações, em mangotes e em tubulações de pequeno
diâmetro (tubing) ..............................................................................................................40
10.6.1 Sistemas de tubulações metálicas .................................................................................40
10.6.2 (*) Tubulações não condutivas e tubulações revestidas ..............................................41
10.6.3 (*) Mangotes flexíveis e tubulações de pequeno diâmetro (tubings) ..........................41
10.6.4 Tubos de enchimento.......................................................................................................42
10.6.5 Filtração ............................................................................................................................42
10.6.6 Material em suspensão ....................................................................................................42
10.6.7 Restrições diversas em linhas ........................................................................................43
10.7 Tanques de armazenamento ...........................................................................................43
10.7.1 Geral ..................................................................................................................................43
10.7.2 Tanques de armazenamento condutivos de teto fixo ...................................................43
10.7.3 Tanques de armazenamento condutivos com tetos ou selos flutuantes ...................45
10.7.4 Tanques revestidos ou com pinturas internas ..............................................................45
10.7.5 Tanques construídos com materiais não condutivos...................................................46
10.8 Carregamento de caminhões-tanque .............................................................................46
10.8.1 Carregamento pelo topo (top loading) ...........................................................................46
10.8.2 Carregamento pelo fundo (bottom loading) ..................................................................46
10.8.3 Carregamentos alternados ..............................................................................................46
10.8.4 Transporte pelas rodovias ...............................................................................................47
10.8.5 Aditivos antiestáticos ......................................................................................................47
10.9 (*) Caminhões-vácuo ........................................................................................................47
10.10 Vagões-tanque ..................................................................................................................47
10.11 Navios-tanque e barcaças-tanque ..................................................................................48
10.12 Vasos de processo ...........................................................................................................48
10.12.1 Meios de acumulação de cargas eletrostáticas ............................................................48
10.12.2 (*) Procedimentos para transferência para tanques .....................................................48
10.12.3 Agitação ............................................................................................................................48

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10.12.4 Vasos com revestimentos não condutivos ....................................................................48


10.12.5 Adicionando sólidos ........................................................................................................48
10.12.6 Misturando sólidos ..........................................................................................................49
10.12.7 Vasos de processo não condutivos ...............................................................................49
10.13 Medição e amostragem....................................................................................................50
10.13.1 Precauções .......................................................................................................................50
10.13.2 Operações manuais .........................................................................................................50
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10.13.3 Materiais ............................................................................................................................50


10.13.4 Medição .............................................................................................................................51
10.13.5 Período de espera ............................................................................................................51
10.14 Limpeza de tanques (ver também Seção 11) .................................................................51
10.14.1 Lavagem com água ..........................................................................................................51
10.14.2 Lavagem com solventes ..................................................................................................52
10.14.3 Limpeza com vapor d’água .............................................................................................52
10.14.4 Jateamento interno abrasivo (com materiais permitidos por Lei)...............................52
10.15 Tanques portáteis, recipientes intermediários para granéis (IBC) e outros
recipientes menores ........................................................................................................53
10.15.1 Tanques e IBC metálicos .................................................................................................53
10.15.2 Tanques portáteis e IBC não condutivos .......................................................................53
10.15.3 Outros recipientes metálicos ..........................................................................................53
10.15.4 Recipientes metálicos revestidos por plástico .............................................................54
10.15.5 Outros recipientes de plástico ........................................................................................54
10.15.6 Recipientes com capacidade de até 20 L, manuseados manualmente .......................55
10.15.7 Recipientes não condutivos ............................................................................................55
10.15.8 Recipientes para amostragem ........................................................................................55
10.15.9 (*) Limpeza ........................................................................................................................56
10.16 (*) Limpeza a vácuo ..........................................................................................................56
10.17 Escoamento de gases limpos .........................................................................................56
10.18 Filmes e envelopamento em plástico .............................................................................56
11 Salvaguardas para entrada, limpeza ou reparo em tanques e em recipientes ...........57
11.1 Precauções básicas .........................................................................................................57
11.1.1 Geral ..................................................................................................................................57
11.1.2 Considerações sobre ignição .........................................................................................58
11.2 Preparação para segurança ............................................................................................59
11.2.1 Bloqueio/etiquetagem ......................................................................................................59
11.2.2 Remoção de inflamáveis, combustíveis ou outros produtos perigosos líquidos
ou gasosos .......................................................................................................................59
11.2.3 Isolamento (bloqueio) do tanque ....................................................................................60
11.3 Procedimentos de ensaios ..............................................................................................60
11.3.1 Procedimentos gerais ......................................................................................................60
11.3.2 Ensaios para determinação da concentração de oxigênio ..........................................61
11.3.3 Ensaios para determinação de vapores inflamáveis ....................................................62
11.3.4 Ensaios para determinação de gases e vapores tóxicos .............................................63

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11.4 Controle ou remoção de vapores ...................................................................................63


11.4.1 Geral ..................................................................................................................................63
11.4.2 Remoção de vapores inflamáveis pelo deslocamento com ar (ventilação) ...............64
11.4.3 (*) Remoção de vapores inflamáveis pelo deslocamento com gás inerte ..................65
11.4.4 Remoção de vapores inflamáveis pelo deslocamento por água, óleo combustível
ou produtos químicos ......................................................................................................66
11.4.5 (*) Remoção de vapores inflamáveis pelo deslocamento por vapor d’água ..............67
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11.5 Inspeção e certificação de tanques e recipientes .........................................................67


11.5.1 Geral ..................................................................................................................................67
11.5.2 (*) Designações ................................................................................................................68
11.6 Procedimentos para acesso e entrada no tanque ........................................................70
11.6.1 Geral ..................................................................................................................................70
11.6.2 Acesso aos tanques.........................................................................................................70
11.6.3 Entrada no tanque ............................................................................................................71
11.6.4 Fechando a abertura de acesso ao tanque....................................................................72
11.7 Limpando tanques e recipientes ....................................................................................72
11.7.1 Geral ..................................................................................................................................72
11.7.2 Propósito e extensão da limpeza ....................................................................................72
11.7.3 Remoção de líquidos e sólidos residuais ......................................................................72
11.7.4 Inspeção de limpeza ........................................................................................................73
11.7.5 (*) Métodos de limpeza ....................................................................................................73
Bibliografia .........................................................................................................................................96

Anexos
Anexo A (normativo) Tabelas e figuras .............................................................................................74
Anexo B (informativo) Material explanatório ....................................................................................83

Figuras
Figura A.1 – Terminal marítimo para manuseio de líquidos inflamáveis .....................................78
Figura A.2 – Ligação e aterramento.................................................................................................79
Figura A.3 – Energia mínima de ignição do benzeno como uma função da concentração .......80
Figura A.4 a) – Gráfico para estimar a carga elétrica em um líquido não condutivo fluindo
através de uma tubulação lisa ........................................................................................81
Figura A.4 b) – Gráfico para estimativa de parâmetro de vazão de fluidos .................................82

Tabelas
Tabela A.1 – Localização de vasos de processamento em relação aos limites de propriedade
e às edificações importantes mais próximas, dentro da mesma propriedade, quando
for prevista proteção da vizinhança contra exposição .................................................74
Tabela A.2 – Distâncias mínimas de afastamento de edificações ou estruturas utilizadas
na operação e no manuseio de líquidos ........................................................................74
Tabela A.3 – Proteção típica contra incêndios em cais e terminais marítimos ...........................75
Tabela A.4 – Sumário das precauções para o carregamento de veículos tanque ......................76

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ABNT NBR 17505-5:2015

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.
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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR 17505-5 foi elaborada pelo Organismo de Normalização Setorial de Petróleo
(ABNT/ONS-034), pela Comissão de Estudo de Distribuição e Armazenamento de Combustíveis
(CE-034:000.004). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 22.08.2012
a 22.10.2012. O seu Projeto de Emenda circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03,
de 20.03.2015 a 18.05.2015.

Esta Norma é baseada na NFPA 30:2012.

Esta terceira edição incorpora a Emenda 1, de 09.07.2015, e cancela e substitui a edição anterior
(ABNT NBR 17505-5:2013).

A ABNT NBR 17505, sob o título geral “Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis”,
tem previsão de conter as seguintes partes:

— Parte 1: Disposições gerais;

— Parte 2: Armazenamento em tanques, em vasos e em recipientes portáteis com capacidade


superior a 3 000 L;

— Parte 3: Sistemas de tubulações;

— Parte 4: Armazenamento em recipientes e em tanques portáteis;

— Parte 5: Operações;

— Parte 6: Requisitos para instalações e equipamentos elétricos;

— Parte 7: Proteção contra incêndio para parques de armazenamento com tanques estacionários.

Nesta Parte da ABNT NBR 17505, onde aparecer (*) após o número ou a letra que designa uma
seção, subseção ou parágrafo, significa que existe um material explanatório, que pode ser encontrado
no Anexo B.

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ABNT NBR 17505-5:2015

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
The Part of ABNT NBR 17505 shall apply to the following:

a) facilities where the processing of liquids is the principal activity, except as covered elsewhere
in this part of the Standard;
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b) provisions of this Part of the ABNT NBR 17505 shall not prohibit the use of movable tanks for the
dispensing of flammable or combustible liquids into fuel tanks of motorized equipment outside
on premises not accessible to the public, where such use has the approval of the authority
having jurisdiction;

c) facilities where liquids are handled, dispensed, transferred, or used including in the processing
areas;

d) to the handling and use of flammable and combustible liquids in specific operations as: recirculating
heat transfer systems; vapor recovery and vapor processing systems; solvent distillation units
where the vapor source operates at pressures from vacuum up to and including a gauge pressure
of 6,9 kPa, or where there is a potential for vapor mixtures in the flammable range;

e) operations involving the loading or unloading of tank cars and tank vehicles;

f) to all wharves, as defined in 3.17 and 3.80 of ABNT NBR 17505-1:2013;

g) to the hazards associated with processing and handling of liquids. This part of ABNT NBR 17505
shall also apply when specifically referenced by another Part of this Standard;

h) to the management methodology used to identify, evaluate, and control the hazards involved
in the processing and handling of flammable and combustible liquids. These hazards include,
but are not limited to, preparation, separation, purification, and change of state, energy content,
or composition;

i) to the management methodology used to identify, evaluate, and control the security hazards,
involved in the processing and handling of flammable and combustible liquids. These hazards
include, but are not limited to, vulnerability to terrorist or other malicious attacks;

j) the objective of controlling a static electricity hazard is to provide a means whereby charges,
separated by whatever cause, can recombine harmlessly before discharges can occur;

k) to the safeguarding of tanks or containers operating at nominal atmospheric pressure that contain
or have contained flammable or combustible liquids or other hazardous substances and related
vapors or residues.

This Part of ABNT NBR 17505 shall not apply to following:

a) to process streams used as a means of heat transfer or to any heat transfer system of 250 L
or less;

b) marine and automotive systems that comply in accordance with specific Brazilian Standards;

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ABNT NBR 17505-5:2015

c) to research, testing, or experimental processes, to distillation processes carried out in petroleum


refineries, chemicals plants, or distilleries, or to distillation equipment used in dry cleaning
operations;

d) marine and automotive service stations;

e) wharves that handle liquefied petroleum gas;

f) marinas;
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g) to tank vehicles or tank cars; tanks, bunkers, or compartments on ships or barges or in a shipyard;
gas plant equipment or gas distribution systems for natural or manufactured gas; or compressed
or liquefied gas cylinders;

h) to hot tapping;

i) to the entry of a tank or container that contains an inert atmosphere.

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ABNT NBR 17505-5:2015

Introdução

A aplicação desta Norma não dispensa o atendimento a Legislação Nacional aplicável.


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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 17505-5:2015

Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis


Parte 5: Operações

1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 17505 aplica-se a:
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a) locais onde operações de processamento de líquidos inflamáveis e combustíveis sejam


a principal atividade, exceto quando cobertas por outra Seção específica desta parte da
ABNT NBR 17505;

b) provisões desta parte da ABNT NBR 17505 que não proíbem o uso de tanques portáteis e IBC
para o abastecimento de líquidos inflamáveis ou combustíveis em tanques de equipamentos
motorizados em locais não acessíveis ao publico, onde tal uso seja aceitável pelas
autoridades competentes;

c) locais onde os líquidos inflamáveis e combustíveis são manuseados, envasados, transferidos


ou utilizados, inclusive nas áreas de processo;

d) manuseio e utilização de líquidos inflamáveis e combustíveis em operações específicas como:


sistema de transferência de calor; sistemas de recuperação e processamento de vapores
de produtos, onde as fontes de vapores operam a uma pressão desde o vácuo até a pressão
manométrica de 6,9 kPa ou onde houver um risco potencial de formação de misturas de vapores
inflamáveis e unidades de destilação de solventes;

e) operações que envolvam o carregamento ou descarregamento de vagões-tanque e caminhões-


tanque e áreas das instalações onde tais operações são realizadas;

f) todos os tipos de operações no caís ou píer, cujo objetivo principal seja a transferência
de grandes volumes de líquidos inflamáveis e combustíveis a granel, conforme definido
na ABNT NBR 17505-1:2013, 3.17 e 3.80;

g) riscos associados ao armazenamento, processamento, manuseio e utilização de líquidos,


e também quando forem especificamente referenciados por qualquer Seção desta Parte
da ABNT NBR 17505;

h) gerenciamento utilizado para identificar, avaliar e controlar os riscos envolvidos no processamento


e manuseio de líquidos inflamáveis e combustíveis. Estes riscos incluem, mas não se limitam
a preparação, separação, purificação e mudança de estado, de energia contida ou composição
(ver 6.2);

i) gerenciamento usado para identificar, avaliar e controlar a segurança patrimonial dos riscos
envolvidos no processamento e manuseio de líquidos inflamáveis e combustíveis. Estes riscos
incluem, mas não são limitados a, vulnerabilidade a atos terroristas ou outros ataques maliciosos;

j) controle dos riscos da eletricidade estática e a prover um meio pelo qual as cargas elétricas,
separadas por qualquer que seja a causa, possam ser recombinadas adequadamente antes que
ocorram descargas;

k) resguardar as operações em tanques ou recipientes, na pressão atmosférica, que contenham


ou tenham contido líquidos inflamáveis ou combustíveis ou outras substâncias perigosas, seus
vapores ou seus resíduos.

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ABNT NBR 17505-5:2015

1.2 Esta Parte da ABNT NBR 17505 não se aplica a:

a) instalação de processo ou a qualquer sistema com capacidade igual ou inferior a 250 L;

b) sistemas e postos de abastecimento marítimo e automotivo, que devem atender às normas


brasileiras específicas;

c) pesquisa e ensaios ou processos experimentais; processos de destilação efetuados em refinarias


de petróleo, em plantas químicas ou em destilarias; ou equipamentos de destilação utilizados
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em limpeza a seco;

d) postos (revendedor ou abastecimento) marítimos/fluviais;

e) caís ou píer que manuseiem gases liquefeitos de petróleo;

f) marinas;

g) caminhões-tanque, vagões-tanque, navios-tanque ou compartimentos de navios ou barcaças,


equipamentos em plantas de gás ou sistemas de distribuição de gás para gás natural
ou manufaturado ou cilindros de gás comprimido ou liquefeito;

h) trepanação a quente;

i) entrada em um tanque ou recipiente que contenha uma atmosfera inerte.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 9077, Saídas de emergência em edifícios

ABNT NBR 10897, Proteção contra incêndio por chuveiro automático

ABNT NBR 12693, Sistemas de proteção por extintores de incêndio

ABNT NBR 17505-1, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Parte 1: Disposições


gerais

ABNT NBR 17505-2, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Parte 2: Armazenamento


em tanque e em vasos

ABNT NBR 17505-3, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Parte 3: Sistemas


de tubulações

ABNT NBR 17505-4, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Parte 4: Armazenamento


em recipientes e em tanques portáveis

ABNT NBR 17505-6, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Parte 6: Instalações


e equipamentos elétricos

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ABNT NBR 17505-7, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Parte 7: Proteção


contra incêndio para parques de armazenamento com tanques estacionários

API 2016, Cleaning tanks use for gasoline or similar low-flash products

API 2017, First-aid training guide

API RP 2003, Protection against ignitions arising out of static, lightning, and stray currents
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API STD 2015, Safe entry and cleaning of petroleum storage tanks

NFPA 11, Standard for low, medium and high expansion foam

NFPA 12, Standard on carbon dioxide extinguishing systems

NFPA 12A, Standard on halon 1301 fire extinguishing systems

NFPA 13, Standard for the installation of sprinkler systems

NFPA 14, Standard for the installation of standpipe and hose systems

NFPA 17, Standard for dry chemical extinguishing systems

NFPA 25, Standard for the inspection, testing and maintenance of water based fire protection systems

NFPA 31, Standard for the installation of oil-burning equipment

NFPA 51B, Standard for fire prevention during welding, cutting, and other hot work

NFPA 68, Standard on explosion protection by deflagration venting

NFPA 69, Standard on explosion prevention systems

NFPA 77, Recommended practice on static electricity

NFPA 85, Boiler and combustion systems hazard code

NFPA 91, Standard for exhaust systems for air conveying of vapors, gases, mists, and noncombustible
particulate solids

NFPA 99, Health care facilities code

NFPA 307, Standard for the construction and fire protection of marine terminals and wharves

NFPA 2001, Standard on clean agent fire extinguishing systems

UL 2208, Solvent distillation units

3 Termos e definições
Para os efeitos desta Parte da ABNT NBR 17505, aplicam-se os termos e definições da
ABNT NBR 17505-1 e os seguintes.

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3.1
degasagem
processo de coleta, oxidação ou tratamento de vapores e gases expelidos a partir de um tanque
ou vaso para prevenir ou reduzir a quantidade de componentes voláteis orgânicos lançados
na atmosfera durante operações que liberem vapores e gases

3.2
espaço adjacente
espaços em todas as direções a partir de um equipamento, incluindo pontos de contato, internos
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ou externos, como plataformas, poços, tetos flutuantes, áreas de contenção secundária, espaços
intersticiais, porões, suportes, topos de tanques e anteparos sobre tetos flutuantes

3.3
espaço confinado
para os efeitos de entrada, limpeza ou reparo de qualquer tanque que atenda aos três
seguintes requisitos:

a) ter dimensões e configurações suficientes, de forma que uma pessoa possa entrar e desempenhar
um determinado trabalho

b) ter limitações ou meios restritos para entrada ou saída

c) não ter sido projetado ou destinado a ser permanentemente ocupado

3.4
espaço não confinado
para os efeitos de entrada, limpeza ou reparo de tanques, um espaço que previamente era considerado
confinado, mas não atende mais aos requisitos para um espaço confinado estabelecido em 3.3
ou que requeira uma permissão de trabalho para espaço confinado, como um tanque com uma grande
abertura lateral

3.5
indicador de oxigênio (oxímetro)
instrumento capaz de detectar, medir e monitorar as concentrações de oxigênio em uma atmosfera

3.6
indicador de vapores combustíveis (explosímetro)
instrumento que colhe amostras no ar e indica a presença de vapores ou gases inflamáveis

3.7
materiais, gases ou vapores tóxicos
aqueles cujas propriedades contenham uma capacidade inerente para produzir danos ao sistema
biológico, dependendo da exposição, concentração, método e área de absorção

3.8
permissão requerida para trabalho em espaço confinado
para os efeitos de entrada, limpeza ou reparo de tanques, o tanque tem que atender aos três requisitos
definidos para espaço confinado (ver 3.3) e ter também uma ou mais das quatro características
seguintes:

a) conter ou ter contido potencialmente um produto perigoso

b) conter um material com potencial para sufocar um trabalhador situado no interior do tanque

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c) ter uma configuração interna tal que o trabalhador possa ficar asfixiado ou retido nas paredes
ou em internos do tanque

d) conter qualquer outro risco sério à saúde ou segurança

3.9
(*) pessoa qualificada
pessoa que, pela posse de conhecimento comprovado, com certificado, com treinamento e experiência,
tenha habilidade para lidar com problemas relativos a uma matéria, um trabalho ou um projeto
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3.10
purga
para os efeitos de entrada, limpeza ou reparo em tanques, é o processo de retirada de vapores
ou gases de um espaço fechado ou confinado

3.11
toxicidade
grau em que uma substância cause danos aos humanos

3.12
trabalho
atividades desenvolvidas em tanques e em recipientes de acordo com esta Seção, incluindo,
mas não se limitando a, segurança, reparo, trabalho a quente, limpeza, mudança de serviço,
manutenção, inspeção e transporte

3.13
trabalho a quente
qualquer trabalho onde haja uma fonte de ignição, incluindo chamas abertas, cortes, soldagem,
faiscamento de equipamentos elétricos, esmerilhamento, polimento, furação, raspagem, serragem
ou outras operações que criem faíscas ou superfícies metálicas quentes por fricção ou impacto

3.14
trepanação (hot tapping)
técnica de soldagem e furação em tanques ou recipientes em serviço que contenham líquidos
inflamáveis, combustíveis ou outros produtos perigosos

3.15
vigia de serviço
trabalhador capacitado que permaneça postado externamente a um ou mais espaços confinados, que
monitore a entrada autorizada e desempenhe as seguintes tarefas:

a) permanecer externamente ao espaço confinado durante toda a operação até que seja substituído
por outro vigia de serviço

b) ser responsável pelo resgate e providenciar todos os recursos necessários rapidamente, de forma
a atender e dar assistência à fuga aos trabalhadores para sair dos riscos existentes no espaço
confinado

c) não autorizar a entrada de brigadistas, a não ser que esteja de acordo com os procedimentos
escritos de resgate

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4 Instalações de processamento
4.1 Requisitos gerais

4.1.1 As operações de processamento de líquidos inflamáveise combustíveis devem ser localizadas


e operadas de forma que, em caso de incêndio ou explosão, não constituam risco à vida, ao meio
ambiente,à propriedade de terceiros ou a edificações e instalações importantes localizadas na mesma
planta.
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4.1.2 Requisitos específicosdependem de riscos inerentes a uma determinada operação, incluindo


as propriedades dos líquidos que devem ser processados a temperaturas e pressões de operação
e capacidade de controlar qualquer vazamento de líquido ou vapor e incidentes de incêndio que
possam ocorrer.

4.1.3 O conjunto de alguns fatores envolvidos deve ser baseado em boas práticas de engenharia
e gerenciamento, para se estabelecerem requisitos adequados de projeto e operações.

4.1.4 As instalações de processo devem estar de acordo com os requisitos aplicáveis para opera-
ções específicas contidas nas Seções 5 a 8.

4.1.5 Instalações de processo devem estar de acordo com os requisitos aplicáveis aos procedimen-
tos e práticas de prevenção contra incêndio e explosão e gerenciamento de risco, conforme Seção9.

4.1.6 O processamento e manuseio de líquidos de classe II e de classe III A, aquecidos a tem-


peraturas iguais ou superiores aos seus pontos de fulgor, devem seguir os requisitos para líquidos
de classe I, a menos que uma avaliação de engenharia, conduzida de acordo com a Seção 9, justifique
o atendimento aos requisitos para alguma outra classe de líquido.

4.1.7 Quando através de um processo se aquece um líquido à temperatura igual ou superior ao seu
ponto de fulgor, deve-se proceder conforme a seguir:

a) o vaso de processo deve permanecer fechado no interior da sala na qual esteja situado e ventilado
para o exterior da edificação;

b) se o vaso necessitar ser aberto para adicionar ingredientes, a ventilação da sala deve atender
aos requisitos de 4.7 e o controle de aquecimento do processo deve estar interligado com
a ventilação, de forma que o processo de aquecimento seja interrompido, se a ventilação falhar
ou for desligada;

c) o vaso de processo deve ser equipado com um dispositivo de controle de temperatura para limitar
o aquecimento excessivo do líquido e a subsequente liberação de vapores;

d) se um meio de transferência de calor for utilizado para aquecer o líquido e o fluido de transferência
de calor puder aquecer o líquido até seu ponto de ebulição, nos casos de falha do processo
ou do controle de temperatura no aquecimento, deve ser previsto um controle redundante
do excesso da temperatura.

4.1.8 Para as restrições ao emprego desta Parte da ABNT NBR 17505, ver 1.1.1.

4.1.9 As disposições desta Parte da ABNT NBR 17505 não se aplicam às edificações, equipamentos,
estruturas ou instalações já existentes ou aprovadas para a construção ou instalação antes da data
da publicação desta Parte da ABNT NBR 17505. Contudo, as reformas que alterem as características
do projeto e/ou equipamentos, e as ampliações de instalações, iniciadas a partir da data da publica-

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ção desta Parte da ABNT NBR 17505, devem atender às suas disposições. Nestes casos, devem ser
evidenciadas as normas vigentes, na época do fato, para as edificações, equipamentos, estruturas
ou instalações já existentes ou aprovadas.

4.2 Localização de vasos e equipamentos de processo


4.2.1 Os vasos e os equipamentos de processamento de líquidos devem ser localizados de acordo
com os requisitos mencionados em 4.2.2 a 4.2.7.

4.2.2 Os vasos e os equipamentosde processamento e as edificações contendo vasos ou tanques


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devem ser locados de tal forma que um incêndio envolvendo os equipamentos não constitua exposição
perigosa para as outras atividades ou ocupações.

4.2.3 A distância mínima de um vaso ou tanque de processamento ao limite da propriedade, des-


de que na área adjacente haja ou possa haver construção, inclusive no lado oposto da via pública,
do lado mais próximo de uma via de circulação interna ou a uma edificação importante situada
na mesma propriedade, deve atender ao seguinte:

a) estar de acordo com a Tabela A.1;

b) ser determinada a partir de uma avaliação adequada de engenharia do processo, seguida de uma
aplicação correta de um projeto de proteção contra incêndios, inclusive alarmes sonoros e uma
adequada aplicação dos princípios de engenharia de processo.

4.2.4 Onde vasos ou equipamentos de processo estiverem localizados no interior da edificação


industrial, que tenha uma parede faceando com a divisa da propriedade, desde que na área adjacente
haja ou possa haver construção, inclusive no lado oposto da via pública ou próxima de outra edifica-
ção importante na mesma propriedade, os tanques ou vasos devem situar-se a uma distância mínima
de 7,5 m e a parede deve ter uma resistência ao fogo de, no mínimo, 2 h. Qualquer distância maior
que a estabelecida na Tabela A.1 é liberada. Se a parede exterior for uma parede cega que tenha
uma resistência ao fogo de no mínimo 4 h, todas as distâncias requeridas pela Tabela A.1 podem
ser desconsideradas.

4.2.5 Todas as distâncias constantes na Tabela A.1 devem ser duplicadas onde não houver proteção
contra exposição.

4.2.6 (*) Outros equipamentos de processamento de líquidos, como bombas, fornos, filtros, troca-
dores de calor etc., não podem ser localizados a menos de 7,5 m dos limites de propriedade, desde
que na área adjacente haja ou possa haver construção, inclusive no lado oposto da via pública
ou de edificação importante mais próxima dentro da mesma propriedade e que não seja parte
integrante do processo. Este requisito de espaçamento deve ser liberado se as exposições forem
protegidas conforme estabelecido na Tabela A.1.

4.2.7 Equipamento de processamento para o manuseio de líquidos instáveis deve ser separado
de outros equipamentos ou instalações que usem ou manuseiem líquidos por uma das seguintes
alternativas:

a) um espaçamento livre de 7,5 m;

b) por uma parede com resistência ao fogo de no mínimo 2 h e que apresente uma resistência
à explosão de acordo com uma avaliação de risco.

4.3 Acessos
Cada unidade de processo ou edificação que contenha equipamentos de processamento de líquidos
deve ter acesso pelo menos por um lado, para permitir o combate e o controle de incêndios.

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4.4 Requisitos de construção

4.4.1 As edificações ou estruturas que abriguem operações com líquidos inflamáveis e combustíveis
devem ser construídas de forma consistente com as operações que ali forem conduzidas e com
as classes dos líquidos manuseados. A construção de edificações ou estruturas de processo nas
quais forem manuseados líquidos deve atender aos requisitos da Tabela A.2.

4.4.2 Onde não houver proteção contra exposição, as distancias indicadas na Tabela A.2 devem ser
duplicadas.
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4.4.3 Para edificações ou estruturas que não tenham proteções por chuveiros automáticos,
as distâncias de separação indicadas na Tabela A.2 devem ser determinadas por uma avaliação
de engenharia, mas não podem ser inferiores às distâncias indicadas na Tabela A.1.

4.4.4 Edificações ou estruturas utilizadas unicamente para abrigar equipamentos para mistura,
dosagem ou envasamento de líquidos de classe IIIB, em temperaturas abaixo de seus pontos
de fulgor, podem ser liberadas para serem construídas com materiais combustíveis, desde que apro-
vadas pela Corporação de Bombeiros local.

4.4.5 Edificações ou estruturas utilizadas para processar ou manusear líquidos onde as quantida-
des de líquidos não excedam 1 400 L de líquidos de classe I e de classe II e 2 800 L de líquidos
de classe III A podem ser construídas por materiais combustíveis, sujeitas à aprovação pela
Corporação de Bombeiros local.

4.4.6 Edificações ou estruturas utilizadas para abrigar equipamentos para processamento


ou manuseio de líquidos, que forem protegidas por chuveiros automáticos ou por um sistema
de proteção contra incêndio equivalente, podem ser liberadas para serem construídas com materiais
combustíveis, desde que aprovados pela Corporação de Bombeiros local.

4.4.7 (*) As estruturas das edificações e os apoios dos vasos e equipamentos de processamento,
capazes de liberar quantidades apreciáveis de líquidos, que eventualmente possam resultar
em um incêndio de considerável intensidade e duração, causando danos substanciais à propriedade,
devem ser protegidos por um ou mais dos requisitos a seguir:

a) drenagem para um local seguro, evitando o acúmulo de líquidos sob vasos, equipamentos
ou ao redor de suportes de mola;

b) construção resistente ao fogo;

c) revestimentos resistentes ao fogo;

d) sistemas de chuveiros automáticos de água, projetados e instalados de acordo com


a ABNT NBR 10897;

e) outros recursos técnicos aprovados pela Corporação de Bombeiros Local.

4.4.8 Os líquidos de classe I não podem ser manuseados ou utilizados em porões.

4.4.8.1 Se os líquidos de classe I forem manuseados ou utilizados, na superfície, dentro de edifi-


cações com porões ou com poços fechados, para onde os vapores inflamáveis possam deslocar-se,
as áreas subterrâneas devem ser projetadas com ventilação mecânica, adequada à área classificada,
para evitar acúmulo de vapores inflamáveis.

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4.4.8.2 Devem ser previstos meios para evitar que os líquidos vazados escoem para os porões.

4.4.9 (*) Deve ser provida ventilação para eliminar fumaça e calor, para facilitar o acesso ao combate
ao incêndio.

4.4.10 (*) As áreas devem ter saídas convenientemente localizadas, para evitar que as pessoas
fiquem retidas em casos de incêndio.

As saídas não podem estar expostas aos sistemas de drenagem, conforme descrito em 4.6.
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4.4.11 As rotas de saídas devem ser projetadas conforme ABNT NBR 9077.

4.4.12 As passagens e corredores devem ser mantidos livres para facilitar a movimentação de pessoas
e dos equipamentos de combate a incêndio.

4.4.13 Áreas internas, onde líquidos de classe IA ou líquidos instáveis forem manuseados, devem
ser projetadas de forma a resistir à chama direta, liberação de gases de combustão e pressões
resultantes de uma deflagração, de forma a proteger edificações importantes e áreas ocupadas, através
da adoção de uma construção com danos minimizados, pela aplicação de Norma Brasileira ou,
na inexistência desta, da NFPA 68.

4.4.13.1 O projeto de construção com danos minimizados deve estar de acordo com normas reconhe-
cidas e ser aprovado pela Corporação dos Bombeiros local.

4.4.13.2 Se forem manuseados líquidos instáveis, devem ser aplicados métodos de engenharia
de construção para limitar os danos advindos de uma explosão (deflagração ou detonação, dependendo
das características do líquido).

4.5 Sistemas elétricos

A instalação de equipamentos elétricos, eletrônicos, de instrumentação, automação e telecomunicações


e todo o sistema de cabos devem atender aos requisitos da ABNT NBR 17505-6.

4.6 Contenções, drenagem e controle de vazamentos

4.6.1 (*) O sistema de drenagem de emergência deve ser projetado para escoamento direto do líquido
inflamável ou combustível vazado e da água de combate a incêndio para um local seguro.

4.6.2 Sistemas de drenagem de emergência, se conectados a esgoto público ou descartados


em galerias pluviais, devem dispor de caixa de contenção ou separadora.

4.6.3 Um dispositivo deve ser adequadamente projetado e operado para prevenir o descarte direto
de líquidos em galerias pluviais, esgoto público ou propriedades adjacentes.

4.7 Ventilação

4.7.1 As áreas de processamento fechadas, onde forem manuseados ou utilizados líquidos


de classe I, de classe II ou de classe III, aquecidos a temperaturas iguais ou acima dos seus pontos
de fulgor, devem ser ventiladas a uma taxa suficiente para manter a concentração de vapores dentro
da área, abaixo de 25 % do limite inferior de inflamabilidade ou explosividade.

O atendimento aos requisitos de 4.7.2 a 4.7.10 deve ser considerado como conformidade com
os requisitos de 4.7.

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4.7.2 (*) Os critérios de ventilação devem ser confirmados por um dos seguintes requisitos:

a) cálculos baseados nas emissões de fuga previstas (Ver a NFPA 30:2012, Apêndice F,
que apresenta um método para este cálculo);

b) amostragem da concentração real de vapor sob condições normais de operação. A amostragem


deve ser efetuada em um raio de 1,5 m de cada fonte potencial de vapor, estendendo-se em direção
ao fundo e ao topo da área que abriga os equipamentos de processamento. A concentração
de vapor utilizada para determinar a taxa de ventilação exigida deve ser a da concentração mais
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alta, medida durante o procedimento de amostragem.

4.7.3 Quando a taxa de ventilação estiver acima de 0,3 m3/min/m2 de área de piso, deve ser enten-
dido como de acordo com o estabelecido em 4.7.1.

4.7.4 A ventilação deve ser feita por meios naturais ou mecânicos.

4.7.5 A descarga da ventilação de exaustão deve ser feita para um local seguro, fora da edificação,
sem recirculação do ar de exaustão.

4.7.6 A recirculação do ar de exaustão é permitida somente quando for monitorada continuamente,


utilizando um sistema seguro, projetado para fazer soar automaticamente um alarme, parar a recircu-
lação e prover exaustão total para o exterior, na eventualidade de que a mistura vapor-ar esteja a uma
concentração acima de 25 % do limite inferior de inflamabilidade.

4.7.7 (*) Deve ser feita provisão para introdução de ar de reposição, de tal forma prover a completa
ventilação da área, evitando a formação de bolsões de ar.

4.7.8 A ventilação deve ser planejada para incluir todas as áreas dos andares ou dos poços onde
exista a possibilidade de acumulação de vapores inflamáveis.

4.7.9 Também pode ser necessário fazer uma ventilação local ou em um ponto determinado, para
evitar um incêndio específico ou riscos à saúde. Tal ventilação, quando provida, pode corresponder a
até 75 % da ventilação necessária.

4.7.10 Postos de envase e/ou fracionamento, centrífugas abertas, filtros de placas, filtros-prensa
e filtros a vácuo abertos e outros equipamentos que estejam situados a uma distância igual ou inferior
a 1,5 m de equipamentos que liberem misturas inflamáveis de líquidos de classe I, instalados dentro
de edificações, os equipamentos da ventilação destas edificações devem ser projetados de forma
a limitar a mistura inflamável de vapor-ar, sob condições normais de operação, a níveis abaixo do limite
inferior de inflamabilidade ou explosividade.

4.8 (*) Equipamentos e vasos de processos

Os equipamentos e os vasos de processos devem ser projetados e instalados de forma a prevenir


um vazamento não intencional de líquidos e vapores, para minimizar a quantidade de vazamento,
na eventualidade de uma liberação acidental.

4.9 Gerenciamento de operações de risco

4.9.1 Esta subseção deve ser aplicada à metodologia de gerenciamento utilizada para identificar,
avaliar e controlar os riscos envolvidos no processamento e manuseio de líquidos inflamáveis
e combustíveis. Estes riscos incluem, mas não se limitam a, preparação, separação, purificação
e mudança de estado, energia contida ou composição.

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4.9.2 Operações envolvendo líquidos inflamáveis e combustíveis devem ser revistas pra assegurar
que os riscos resultantes de incêndio e explosão, devido a falhas na contenção dos líquidos, estejam
previstas em planos de ação de emergência correspondentes.

Exceção 1 Operações onde os líquidos sejam utilizados somente como consumo local.

Exceção 2 Operações onde líquidos de classe II e classe III sejam armazenados em tanques
atmosféricos ou sejam transferidos a temperaturas inferiores aos seus pontos de fulgor.
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Exceção 3 Ocupações mercantis, de exploração de petróleo cru, de perfuração de petróleo


e de serviços em poços de petróleo e em locais remotos e normalmente desocupados.

4.9.3 A extensão da prevenção e controle de incêndios que deve ser prevista deve ser determinada
por meio de uma avaliação de engenharia das operações e da aplicação de princípios de proteção
contra incêndios e de engenharia de processos. A avaliação deve incluir, mas não se limitar a,
o seguinte:

a) análise dos riscos de incêndio e explosão da operação;

b) análise dos alívios de emergência dos vasos de processo, levando-se em consideração


as propriedades dos materiais utilizados e as medidas adotadas para proteção e controle
de incêndios;

c) análise dos requisitos aplicáveis ao projeto da instalação contidos em 4.1 e 4.2;

d) análise dos requisitos aplicáveis contidos nas Seções 5, 6, 7 e 8;

e) análise das condições locais das instalações para as propriedades adjacentes e destas para
as instalações, principalmente quanto a inundações, terremotos e vendavais;

f) análise da capacidade de resposta dos serviços locais de atendimento a emergências (Corporação


de Bombeiros, Defesa Civil etc.);

4.9.4 Um plano de ação de emergência escrito, que seja consistente com o pessoal e equipamentos
disponíveis, deve ser estabelecido para responder pelas emergências oriundas de incêndios. O plano
deve incluir o seguinte:

a) procedimentos a serem seguidos nos casos de incêndio ou de vazamentos de líquidos ou vapores,


como o acionamento de alarme, notificação à Corporação de Bombeiros, evacuação do pessoal
e o controle e a extinção dos incêndios;

b) procedimentos e organograma para orientar as atividades destes procedimentos;

c) nomeação e treinamento do pessoal para executar as tarefas assinaladas, que devem ser revistas
no momento da nomeação inicial, como responsabilidades ou alterações nas ações de resposta
e quando ocorrerem previsão de alterações das tarefas;

d) procedimentos para manutenção do seguinte:

1) equipamentos e sistemas de proteção contra incêndio;

2) sistemas de drenagem e contenção;

3) equipamentos e sistemas de ventilação.

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e) procedimentos para parada ou isolamento de equipamentos para reduzir, controlar ou paralisar


vazamento de líquidos ou vapores, incluindo a nomeação do pessoal responsável para manter
funções críticas da planta ou para parada da planta de processo e partida segura, seguindo
isolamento e parada;
f) medidas alternativas para segurança dos ocupantes.
4.9.5 A revisão do gerenciamento dos riscos de incêndio desenvolvido de acordo com 4.9.2 deve
ser repetida sempre que o risco de ocorrência de um incêndio ou de uma explosão mudar significa-
tivamente. As condições que podem requerer a repetição da revisão incluem, mas não se limitam ao
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seguinte:
a) quando ocorrerem mudanças nos materiais em processo;
b) quando ocorrerem mudanças nos equipamentos de processo;
c) quando ocorrerem mudanças no controle do processo;
d) quando ocorrerem mudanças nos procedimentos operacionais ou nas responsabilidades
operacionais.

5 Envase, manuseio, transferência e uso de líquidos inflamáveis e combustíveis


5.1 Requisitos gerais
O processamento e o manuseio de líquidos de classe II e de classe III aquecidos em temperaturas
iguais ou acima de seus pontos de fulgor devem seguir os requisitos para líquidos de classe I, a menos
que uma avaliação de engenharia, conduzida de acordo com a Seção 9, justifique o atendimento aos
requisitos para alguma outra classe de líquido.

5.2 Envase, manuseio, transferência e uso de líquidos inflamáveis e combustíveis


5.2.1 Líquidos de classe I devem ser armazenados em tanques ou recipientes fechados, quando não
estiverem em uso. Líquidos de classe II e classe III devem ser armazenados em tanques ou recipientes
fechados, quando não estiverem em uso e quando suas temperaturas estiverem iguais ou acima dos
seus pontos de fulgor.
5.2.2 Onde os líquidos forem utilizados ou manuseados, devem-se providenciar medidas adequadas
para, prontamente e de forma segura, mitigar ou eliminar vazamentos ou derrames.
5.2.3 Os líquidos de classe I não podem ser manuseados fora de sistemas fechados, onde houver
chama aberta ou outras fontes de ignição dentro das áreas classificadas de acordo com a
ABNT NBR 17505-6.
5.2.4 A transferência de líquidos inflamáveis e combustíveis entre vasos, recipientes, tanques
e sistemas de tubulações, por meio de pressurização com ar ou gás inerte, só deve ser permitida
quando forem cumpridas todas as seguintes condições:
a) os vasos, os recipientes, os tanques e os sistemas de tubulação devem ser projetados para tal
transferência pressurizada e devem resistir às pressões de operação previstas;
b) dispor de sistemas de controle de segurança e de operação, incluindo dispositivos de alívio
de pressão, que previnam sobrepressões em qualquer parte do sistema;
c) somente deve ser utilizado gás inerte na transferência de líquido de classe I. Também para
transferência de líquidos de classe II e classe III aquecidos acima dos seus pontos de fulgor
somente deve ser utilizado gás inerte.

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ABNT NBR 17505-5:2015

5.2.5 Bombas de deslocamento positivo devem dispor de alívios de pressão que descarreguem
de volta para o tanque, para a sucção da bomba ou para outro local adequado ou devem ser forneci-
das com intertravamentos que evitem sobrepressões.

5.2.6 As tubulações, as válvulas e os acessórios devem atender aos requisitos da


ABNT NBR 17505-3.

5.2.7 Conexões flexíveis certificadas devem ser utilizadas em locais onde ocorrerem vibrações.
Mangotes certificados devem ser utilizados em operações de transferências.
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5.2.8 (*) O armazenamento temporário de líquidos inflamáveis e combustíveis em recipientes,


em recipientes intermediários para graneis (IBC) e em tanques portáteis, é limitado ao seguinte:

a) recipientes, em recipientes intermediários para granéis (IBC) e tanques portáteis que estejam
em operação;

b) recipientes, em recipientes intermediários para granéis (IBC) e tanques portáteis envasados


durante um único turno;

c) recipientes, em recipientes intermediários para granéis (IBC) e tanques portáteis necessários


para suprir o processo durante o período de 24 h;

d) recipientes, em recipientes intermediários para graneis (IBC) e tanques portáteis, armazenados


de acordo com a ABNT NBR 17505-4:2013, Seção 4.

5.2.9 Líquidos inflamáveis e combustíveis de classe I, classe II ou de classe III A, esvaziados


e armazenados temporariamente em uma área de processo, não podem ser reenvasados nesta área.

Exceção 1 Recipientes intermediários para granéis (IBC) e tanques portáteis que atendam
aos requisitos da ABNT NBR 17505-4:2013, Seção 4.

Exceção 2 Produtos intermediários que sejam fabricados na área de processo podem ser envasados
na mesma área.

5.3 Operações eventuais

5.3.1 (*) Esta subseção aplica-se às áreas onde o manuseio, a utilização e o armazenamento
de líquidos inflamáveis e combustíveis sejam apenas uma atividade limitada, dentro da classificação
específica da instalação.

5.3.2 Os líquidos de classe I ou de classe II e os líquidos de classe III aquecidos a uma temperatura
igual ou superior ao seu ponto de fulgor, quando drenados ou transferidos para vasos, recipientes
ou tanques portáteis, devem obedecer às seguintes condições:

a) recipientes originais de transporte com capacidade de até 20 L;

b) recipientes de segurança;

c) através de um sistema fechado de tubulação;

d) tanques portáteis ou recipientes, com dispositivo de proteção antissifonamento, que retire o líquido
por um bocal no topo do tanque ou do recipiente;

e) por gravidade, através de uma válvula com autofechamento ou um dispositivo de fecho automático.

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5.3.2.1 Se na operação de transferência for utilizada uma mangueira, esta deve ser equipada com
uma válvula de autofechamento, sem dispositivo que mantenha a válvula aberta, além da válvula
de bloqueio da saída da mangueira. Somente mangueiras certificadas devem ser utilizadas.

5.3.2.2 Devem ser previstos meios para reduzir a geração de eletricidade estática e que atendam
aos requisitos em 9.2.4.

5.3.2.3 Onde forem utilizadas bombas para a transferência de líquido inflamável e combustível,
devem ser previstos meios para interromper a transferência, no caso de um vazamento do produto
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ou de um incêndio.

5.3.3 Todo o armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis deve atender 5.3.4 e 5.3.5
e estar de acordo com a ABNT NBR 17505-4:2013, Seção 4.

5.3.4 A quantidade de líquidos localizados fora das áreas identificadas como de armazenamento
(gabinetes de armazenamento, outras áreas internas de armazenamento de líquidos, depósitos,
armazéns gerais ou outras áreas específicas de processamento, que estejam a uma distância tal que
resista a no mínimo 2 h de fogo na área principal), deve atender aos requisitos a seguir.

A soma total dos volumes envolvidos em todas as operações eventuais em cada área sujeita a fogo
não pode exceder os seguintes limites:

a) (*) a quantidade necessária para atender às operações eventuais por um período continuo de
24 h; ou

b) A soma agregada do seguinte:

1) 100 L de líquidos de classe I A, em recipientes;

2) 460 L de líquidos de classe I B, classe I C, classe II ou classe III, em recipientes;

3) 6 000 L de qualquer combinação, conforme a seguir:

— líquidos de classe I B, classe I C, classe II ou classe III A em tanques metálicos portáteis


ou recipientes intermediários para granel metálicos, cada um não excedendo 3 000 L;

— líquidos de classe II ou classe III A em recipientes intermediários para granel não metálicos,
cada um não excedendo 3 000 L;

c) 20 tanques portáteis, ou recipientes intermediários para granel, cada um com até 3 000 L,
de líquidos de classe III B.

5.3.5 Nos casos em que forem necessários volumes maiores de líquidos, acima dos limites
estipulados em 5.3.4, o armazenamento deve ser feito em tanques que atendam a todos os requisitos
aplicáveis da ABNT NBR 17505-2, Seção 4 e a da ABNT NBR 17505-3.

5.3.6 As áreas onde forem transferidos líquidos de um tanque ou recipiente para outro recipiente
devem atender ao seguinte:

a) ter um isolamento de outras operações que possam representar uma fonte de ignição, por uma
distância segura ou por uma construção resistente ao fogo;

b) ter drenagens ou outros meios para controlar os derramamentos;

c) (*) ter ventilação natural ou mecânica que atenda aos requisitos de 4.7.

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5.4 Ventilação para áreas de envase

Nas áreas de armazenamento onde se faça envase, deve existir em um sistema de ventilação
de exaustão natural ou mecânica. A ventilação mecânica deve ser sempre utilizada em áreas onde
se faça envase de líquidos de classe I.

5.4.1 A tomada do ar de exaustão deve ser efetuada em um ponto próximo de uma parede
de um dos lados da sala e em uma altura de 300 mm do piso. A sala deve dispor de um ou mais pontos
de reposição de ar na parede oposta à saída da exaustão, em uma altura de 300 mm acima do piso.
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5.4.2 A localização das aberturas para entrada e saída do ar de exaustão deve ser tal que promova
sua movimentação em toda a área do piso, para prevenir a acumulação de vapores inflamáveis.

5.4.3 (*) O ar de exaustão da sala deve ser descarregado para um local seguro no exterior
da edificação.

A recirculação do ar de exaustão é permitida apenas quando monitorada continuamente,


utilizando um sistema à prova de falhas projetado para soar automaticamente um alarme, para parar
a recirculação e promover a completa exaustão para fora do ambiente, no caso em que forem detectadas
misturas vapor-ar que atinjam concentrações maiores que 25 % do limite de inflamabilidade.

5.4.4 Se forem utilizados dutos, estes não podem ser utilizados para qualquer outro propósito
e devem atender à Norma Brasileira aplicável, se existente, ou à NFPA 91.

5.4.4.1 Se o ar de reposição de um sistema mecânico for tomado do interior de uma edificação,


a abertura da captação deve ser equipada com uma porta ou um damper corta-fogo, conforme Norma
Brasileira aplicável, se existente, ou NFPA 91.

5.4.4.2 Para os sistemas naturais, o ar de reposição deve ser fornecido da parte externa da edificação.

5.4.5 Os sistemas de ventilação mecânica devem ser dimensionados para um mínimo de


0,3 m3/min/m2 de área de piso, mas não inferior a 4 m3/min.

Os sistemas de ventilação mecânica para áreas de envase devem ser equipados com uma chave
de fluxo ou outro método igualmente confiável que interligue um alarme sonoro audível, sempre que
houver falha do sistema de ventilação.

6 Operações específicas
6.1 Sistemas de transferência de calor

6.1.1 (*) Requisitos gerais

Um aquecedor ou vaporizador utilizado para aquecer um fluido de transferência de calor, que esteja
localizado no interior de uma edificação, deve atender a todos os requisitos aplicáveis da Seção 4.

6.1.2 (*) Projeto do sistema

6.1.2.1 (*) Devem ser previstas drenagens em pontos estratégicos de um sistema de transferên-
cia de calor. Os drenos devem ser direcionados para um local seguro que seja capaz de acumular
o volume total do sistema ou o volume de parte do sistema que possa ser isolado.

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6.1.2.2 (*) Onde o tanque de expansão de um sistema de transferência de calor estiver localizado
acima do nível do piso e tiver a capacidade maior que 1 000 L, ele deve ser provido de uma linha
de dreno do ponto baixo, que permita a drenagem do tanque de expansão para um tanque
de drenagem, situado em um nível inferior. A válvula da tubulação de dreno deve ser operada a partir
de um local seguro.

6.1.2.3 Um sistema de transferência de calor não pode ser utilizado para fornecer aquecimento
direto à edificação.
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6.1.2.4 Todos os bocais para dispositivos de alívio de pressão devem ser canalizados para um local
seguro.

6.1.3 (*) Controles e intertravamentos de queimadores de combustível

Aquecedores ou vaporizadores que queimem óleo ou gás devem ser projetados e instalados
de acordo com os requisitos aplicáveis das Normas Brasileiras ou, na inexistência destas, da NFPA 31
ou NFPA 85, como aplicável. Aquecedores ou vaporizadores que queimem serragem em suspensão
devem ser projetados e instalados de acordo com os requisitos aplicáveis das Normas Brasileiras ou,
na inexistência destas, da NFPA 85.

6.1.4 Tubulações

6.1.4.1 (*) As tubulações devem atender a todos os requisitos aplicáveis da ABNT NBR 17505-3.

6.1.4.2 Todas as conexões de tubulações devem ser soldadas.

6.1.4.2.1 Conexões roscadas e seladas por solda podem ser aceitas para tubulações de até 50 mm
de diâmetro.

6.1.4.2.2 Podem ser aceitas juntas mecânicas aplicadas em bombas, em válvulas e em conexões
de equipamentos.

6.1.4.3 Tubulações existentes onde é necessário trocar o isolamento e as tubulações novas


devem ser isoladas termicamente utilizando-se isolante adequado não absorvente e dotado
de revestimento para proteção mecânica da tubulação.

6.1.4.3.1 Onde as junções de tubulações forem soldadas e onde não houver outros pontos no
sistema sujeitos a vazamentos, como válvulas ou bombas, outros tipos de isolamento podem
ser aceitáveis.

6.1.4.3.2 Tubulações dotadas de flanges soldados, ou flanges vazados selados, devem ser reves-
tidas com material não absorvente para prevenir a migração do vazamento para um revestimento
adjacente ou ser dotado de um sistema de isolamento não absorvente, quando situadas em áreas
passíveis de vazamentos, onde possam ser formadas poças.Otrecho da tubulação partindo deuma
poça para outra poça deve ser considerado um sistema fechado e outros tipos de isolamentos são
permitidos.Os trechos sujeitos a vazamentos, onde a poça possa ser formada, devem ser revestidos
com material não absorvente ou ser dotados de um sistema de isolamento não absorvente.

6.1.4.3.3 Onde forem necessários acessos sobre isolamentos removíveis ou reutilizáveis,


os acessos devem ser fabricados de material isolante, flexível ou rígido, o qual deve ser encapsulado
de forma a prover um sistema de isolamento não absorvente, a fim de prevenir a absorção
de vazamentos.

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6.1.5 Proteção contra incêndios

6.1.5.1 (*) Deve ser prevista proteção por chuveiros automáticos que atenda aos requisitos
da Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, da NFPA 13, para ambientes de alto risco
e para áreas de edificações que contenham um aquecedor ou vaporizador de um sistema
de transferência de calor.

6.1.5.2 É permitido ser utilizado um sistema alternativo de proteção contra incêndio, se aprovado
pela Corporação de Bombeiros local. Tal sistema alternativo deve ser projetado e instalado de acordo
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com Norma Brasileira aplicável e com as recomendações do fabricante do sistema selecionado.

6.1.6 Operações

6.1.6.1 (*) As operações envolvendo sistemas de fluido de transferência de calor e seus


equipamentos devem ser revistas para assegurar que os riscos de incêndio e explosão resultantes
de vazamentos do fluido ou falhas do sistema estejam previstos nos “Planos de ação e emergência
de prevenção de incêndio”.

6.1.6.2 Os operadores dos sistemas de transferência de calor devem ser treinados quanto
aos riscos de má operação, de vazamentos do sistema e para reconhecer condições de falhas que
possam conduzir a situações perigosas.

6.1.6.3 Os intertravamentos de segurança devem ser inspecionados, calibrados e ensaiados


anualmente ou em outros intervalos estabelecidos, de acordo com normas apropriadas, para
determinar se eles permanecem em condições adequadas de operação.

6.2 Sistemas de recuperação e processamento de vapores de produtos


6.2.1 Proteção contra vácuo e sobre pressão

Tanques e equipamentos devem ter respiros independentes para as condições de vácuo


e sobrepressão, que podem ocorrer devido ao mau funcionamento dos sistemas de recuperação
e processamento de vapor.

NOTA Os respiros normais para os tanques devem estar de acordo com a ABNT NBR 17505-2:2013, 4.2.3.

6.2.2 Localização dos respiros

6.2.2.1 Os respiros dos sistemas de processamento de vapores devem ter no mínimo 3,7 m de altura
em relação ao nível do piso de referência, com saídas localizadas e dirigidas de forma que haja uma
dispersão dos vapores, de modo que seja alcançado um nível de concentração abaixo do limite inferior
de inflamabilidade em qualquer local que possa conter uma fonte de ignição.

6.2.2.2 As saídas dos respiros devem ser localizadas de tal forma que os vapores não sejam descar-
regados em reentrâncias ou outras obstruções, e devem situar-se no mínimo a 1,5 m das aberturas
das edificações e no mínimo a 4,5 m de qualquer tomada de ar de ventilação motorizada.

6.2.3 Sistema coletor de vapor

6.2.3.1 A tubulação de coleta de vapor do sistema de recuperação deve ser projetada para prevenir
a condensação do líquido.

6.2.3.2 Os sistemas de recuperação e processamento de vapor que não forem projetados para
manusear condensados devem ser providos de meios para eliminar qualquer líquido ou condensado
arrastado para o sistema coletor de vapor.

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6.2.4 Monitoramentodo nível de líquido

6.2.4.1 (*) O vaso de condensação utilizado no sistema de recuperação de vapor deve ter meios
para verificar o nível de líquido e um sensor de nível alto que ative um alarme sonoro e visual.

6.2.4.2 Para instalações desassistidas, o sensor de nível alto de líquido deve alarmar e intertravar
de forma a paralisar a transferência do líquido para o vaso e paralisar o sistema de recuperação
e processamento de vapor.

6.2.5 Proteção contra transbordamento


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6.2.5.1 Os tanques de armazenamento servidos por sistemas de recuperação de vapor devem ser
equipados com proteção contra transbordamento de acordo com a ABNT NBR 17505-2:2013, 4.5.1.

6.2.5.2 A proteção contra transbordamento de caminhões-tanque deve ser de acordo com


os requisitos aplicáveis de 7.7.1.

6.2.6 Fontes de ignição

6.2.6.1 Liberação de vapor

Todos os bocais de tanques ou equipamentos que tenham o propósito de recuperação de vapor devem
ser protegidos contra possíveis liberações de vapor, de acordo com a ABNT NBR 17505-2:2013,
7.7.1.8 e 6.5.7.

6.2.6.2 (*) Classificação de área elétrica

A classificação de área elétrica deve ser de acordo com a ABNT NBR 17505-6.

6.2.6.3 (*) Eletricidade estática

Os equipamentos do sistema de recuperação e processamento de vapor devem ser protegidos


de acordo com 9.2.4 e Seção 10.

6.2.6.4 (*) Ignição espontânea

Os equipamentos devem ser projetados ou deve haver procedimentos escritos estabelecendo


e implementando normas para prevenir ignição onde exista potencial para ignição espontânea.

6.2.6.5 Calor de fricção ou centelhamento originado de equipamentos mecânicos

Equipamentos mecânicos utilizados para movimentar vapores que estejam na faixa de inflamabilidade
devem ser projetados para prevenir centelhamento ou outras fontes de ignição nas condições normais
e de mau funcionamento dos equipamentos.

6.2.6.6 (*) Propagação de chamas

Onde exista razoável potencial para ignição de uma mistura de vapor na faixa de inflamabilidade,
deve ser prevista uma retenção da propagação de chamas no sistema de coleta de vapor.
Os meios escolhidos devem prevenir a propagação das chamas sob as condições com as quais estes
sejam utilizados.

6.2.6.7 Proteção contra explosão

Se houver proteção contra explosão, esta deve ser de acordo com a Norma Brasileira aplicável ou,
na inexistência desta, com a NFPA 69.

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6.2.7 Sistemas de parada de emergência

Sistemas de parada de emergência devem ser projetados para interromper a operação em uma
situação segura na eventualidade de falha de energia elétrica, falha no sistema pneumático ou mau
funcionamento do equipamento.

6.3 Unidade de destilação de solventes

6.3.1 Equipamentos
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Unidades de destilação de solventes devem ser projetadas de acordo com Norma Brasileira aplicável
ou, na inexistência desta, com a UL 2208.

6.3.2 Solventes

As unidades de destilação de solventes só devem ser utilizadas para destilar líquidos para os quais
elas foram projetadas e que estejam previstas nas instruções do fabricante.

Líquidos instáveis ou reativos ou outros materiais que não constem nas instruções do fabricante não
podem ser processados nas unidades de processamento de líquidos.

6.3.3 Localização

6.3.3.1 As unidades de destilação de solventes devem ser localizadas e operadas em locais


recomendados pelas instruções do fabricante.

6.3.3.2 Unidades de destilação de solventes não podem ser instaladas em porões.

6.3.3.3 Unidades de destilação de solventes devem ser localizadas longe de fontes potenciais
de ignição.

6.3.4 Armazenamento de líquidos

Líquidos destilados e líquidos de classe I, classe II e classe III A, aguardando destilação, devem ser
armazenados de acordo com a ABNT NBR 17505.

7 Instalações para carga e descarga de graneis de caminhões-tanque


e vagões-tanque
7.1 Requisitos gerais

7.1.1 Ligação, aterramento e correntes fugitivas

7.1.1.1 Não são requeridas interligações às malhas de aterramento para controle de eletricidade
estática nas seguintes condições:

a) onde os vagões-tanque e caminhões-tanque são carregados exclusivamente com produtos que


não possuam propriedades cumulativas de eletricidade estática, como asfaltos (incluindo-se as
aparas de asfalto), a maioria dos óleos crus e óleos residuais;

b) onde não forem manuseados líquidos de classe I nas instalações de carregamento e onde
vagões-tanque e caminhões-tanque forem carregados exclusivamente com líquidos de classe II
e de classe III em temperaturas abaixo de seus pontos de fulgor.

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7.1.1.2 (*) Instalações de carregamento e descarregamento onde forem carregados líquidos em va-
gões-tanque com domo aberto devem ser interligadas à malha de aterramento para protegê-las contra
os riscos de eletricidade estática.

7.1.1.2.1 As malhas de aterramento consistem em uma rede de cabos metálicos que estejam
conectados elétrica e permanentemente ao arranjo de tubulação de enchimento ou a alguma parte
da estrutura metálica que tenha algum contato elétrico com o arranjo de tubulação de enchimento.

7.1.1.2.2 Deve haver um conector ou dispositivo equivalente (jacaré) na extremidade livre do cabo
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de aterramento para interligar o tanque do vagão ou do caminhão à malha de aterramento.

7.1.1.2.3 Todas as partes do arranjo de tubulação de enchimento, incluindo, mas não se limitando a,
coletor de gotículas, estrutura e tubulação, deve formar um conjunto condutivo eletricamente
contínuo que esteja ligado diretamente à terra através da estrutura ou por meio de um cabo condutivo.

7.1.1.3 Instalações de carregamento e descarregamento que forem utilizadas para transferir líquidos
de vagões-tanque, através de domos abertos, devem ser protegidas contra correntes fugitivas pela
interligação permanente do tubo de enchimento no mínimo a um dos trilhos e à estrutura metálica.

7.1.1.3.1 Todas as tubulações que passem pela área devem ser permanentemente interligadas,
em conjunto, à malha de aterramento.

7.1.1.3.2 Em áreas onde houver reconhecidamente a existência de uma grande incidência


de correntes fugitivas, todas as tubulações que atravessem a área devem dispor de seções de isola-
mento para isolá-las eletricamente das tubulações da instalação.

NOTA Estas precauções não são requeridas onde forem manuseados somente líquidos de classe II
ou de classe III, com temperaturas abaixo de seus pontos de fulgor, e onde não exista probabilidade de que
vagões-tanque contenham vapores de líquidos de classe I oriundos de carregamentos anteriores.

7.2 Instalações de carregamento e descarregamento


7.2.1 As plataformas para carregamento e descarregamento de vagões-tanque e caminhões-tanque
devem ser localizadas distantes dos tanques de superfície, dos armazéns, de outras edificações
ou dos limites das propriedades adjacentes onde haja ou possa haver construções, a uma distância
mínima de 7,5 m para líquidos de classe I e para líquidos de classe II e de classe III manuseados
com temperaturas iguais ou superiores de seus pontos de fulgor, medida a partir do ponto de carga
e descarga ou da conexão de transferência mais próxima.

No caso de carregamento e descarregamento de equipamentos manuseando líquidos de classe II


e de classe III, com temperaturas abaixo de seus pontos de fulgor, a distância mínima deve se de 4,5 m,
medida a partir do ponto de carga e descarga ou da conexão de transferência mais próxima.

7.2.2 (*) Estas distâncias podem ser reduzidas, se houver proteções da vizinhança adequadas
contra exposições, a critério da Corporação de Bombeiros local.

7.2.3 As edificações destinadas ao parque de bombas (casa de bombas) e os abrigos de operadores


(casa dos operadores) são considerados parte da instalação, não necessitando cumprir as distâncias
estabelecidas em 7.2.1 e 7.2.2.

7.2.4 Quando forem previstos carregamentos pelo topo “top loading” de vagões-tanque ou
caminhões-tanque, a instalação deve dispor de plataforma composta por estrutura elevada, dispositivo
de carregamento, com guarda-corpo, linha de vida, escada de acesso à plataforma e a região superior
dos veículos a serem carregados, de acordo com a legislação vigente.

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7.3 Estruturas cobertas


Uma instalação de carregamento ou descarregamento com cobertura ou com um toldo que não limite
a dispersão de calor ou de vapores inflamáveis e que permita o acesso e o controle do combate
a incêndio deve ser tratada como instalação descoberta.

7.4 Sistemas elétricos

A instalação de equipamentos elétricos, eletrônicos, de instrumentação, automação e telecomunicações


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e todo o sistema de cabos devem atender aos requisitos da ABNT NBR 17505-6.

7.5 (*) Contenção, drenagem e controle de derramamento

As instalações de carregamento e descarregamento devem ser providas de um sistema de drenagem


ou de outros meios adequados para conter derramamentos.

7.6 Equipamentos
7.6.1 Os equipamentos como tubulações, bombas e medidores utilizadospara a transferência
de líquidos de classe I entre tanques de armazenamento e os braços de carregamento da instalação
de carga e descarga não podem ser utilizadospara a transferência de líquidos de classe II ou classe III,
a não ser que seja atendida uma das seguintes condições:

a) esta disposição não se aplica a misturas de líquidos miscíveis com água, quando a classe
da mistura for determinada pela concentração do líquido na água;

b) esta disposição não se aplica aos casos em que o equipamento for limpo ou descontaminado
entre cada transferência.

7.6.2 As bombas com acionamento remoto, localizadas em tanques subterrâneos, devem ter
um dispositivo aprovado de detecção de vazamentos, que indique quando o sistema não estiver
perfeitamente estanque.

Este dispositivo deve ser verificado e ensaiado, pelo menos anualmente, de acordo com as especifica-
ções do fabricante do sistema, para garantir a instalação e a operações corretas.

7.7 Requisitos operacionais


7.7.1 Carregamento e descarregamento de caminhões-tanque

7.7.1.1 Os líquidos somente devem ser carregados nos tanques dos caminhões cujo material
de construção seja compatível com as características químicas do líquido. Além disso, os líquidos
devem ser quimicamente compatíveis com o líquido transportado anteriormente, exceto nos casos
em que o tanque de carga tenha sido convenientemente limpo ou descontaminado.

7.7.1.2 Antes de carregar os caminhões-tanque através do domo superior aberto (boca de carre-
gamento), um aterramento adequado deve ser feito do caminhão-tanque ou tanque de carga, antes
da abertura do domo, e deve permanecer conectado até o término do carregamento, do fechamento
e da lacração das tampas situadas no topo do tanque, atendendo a todas as condições estabelecidas
em 7.1.1.

7.7.1.3 Quando estiverem sendo transferidos líquidos de classe I, a qualquer temperatura, ou líquidos
de classe II ou de classe III, a temperaturas iguais ou superiores aos seus pontos de fulgor, os motores
dos caminhões-tanque, os motores de bombas auxiliares ou portáteis devem permanecer desligados
durante a conexão e desconexão dos mangotes.

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7.7.1.4 Se o carregamento e o descarregamento forem feitos sem exigir o uso do motor


do caminhão-tanque, este deve permanecer desligado durante toda a operação de transferência
envolvendo líquidos de classe I e classe II.

7.7.1.5 (*) No carregamento feito através de domos superiores abertos em caminhões-tanque que
contenham misturas vapor-ar em uma faixa considerada inflamável, ou nos casos em que o líquido
que estiver sendo transferido possa formar tais misturas, deve ser utilizada uma tubulação de carga
que se situe no máximo a 15 cm do fundo do tanque. Esta precaução é desnecessária quando forem
transferidos líquidos que não acumulem cargas eletrostáticas.
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7.7.1.6 Quando um caminhão-tanque for carregado pelo topo (sistema top loading) com líquidos
de classe I ou classe II, sem um sistema de controle de vapor, as válvulas utilizadas para o controle
final do fluxo devem ser do tipo de autofechamento e devem ser mantidas manualmente abertas,
exceto quando forem previstos meios automáticos para interromper o fluxo quando o veículo estiver
completamente carregado.

7.7.1.6.1 Os sistemas de desligamento automático devem ser providos de uma válvula de corte
manual, localizada a uma distância segura do bocal de carregamento, para interromper o fluxo caso
ocorra uma falha do sistema automático.

7.7.1.6.2 Quando houver o carregamento de um caminhão-tanque pelo topo, com controle de vapor,
o controle de fluxo de vazão deve estar de acordocom 7.7.1.8 e 7.7.1.9.

7.7.1.7 Quando um caminhão-tanque for carregado pelo fundo (sistema bottom loading), deve ser
previsto um dispositivo que permita o ajuste de um volume predeterminado de líquido e um controle
secundário automático para a interrupção de fluxo, para evitar o transbordamento.

7.7.1.7.1 Os componentes de conexão entre a plataforma de carregamento e o veículo-tanque,


necessários para operar o controle secundário, devem ser funcionalmente compatíveis.

7.7.1.7.2 A conexão entre o mangote ou a tubulação de carregamento de líquidos e o bocal de carga


do caminhão-tanque deve ser um acoplamento de desconexão a seco.

7.7.1.8 Quando for feito um carregamento pelo fundo de um veículo-tanque que seja equipado com
controle de vapor, mas quando o controle de vapor não estiver sendo utilizado, o tanque de carga deve
ser aliviado para a atmosfera por meio de um dispositivo com altura não inferior ao topo do tanque
de carga do veículo para prevenir a pressurização deste.

Conexões para o sistema de controle de vapor devem ser projetadas para prevenir o escape de vapor
para a atmosfera quando o sistema não estiver conectado ao tanque de carga.

7.7.1.9 Quando o carregamento for feito pelo fundo, devem ser aplicadas taxas reduzidas de vazão
(até o bocal de enchimento ficar submerso), podendo ser utilizados defletores ou outros dispositivos
para evitar o respingamento e minimizar a turbulência.

7.7.1.10 Os objetos metálicos ou condutores, como fitas de medição, frascos de amostras e termôme-
tros, não podem ser baixados ou ficar pendurados no interior do compartimento do tanque enquanto
este estiver sendo carregado, ou imediatamente após cessar o bombeamento, para permitir a estabi-
lização da carga.

7.7.1.11 Visando minimizar os riscos oriundos da eletricidade estática nas operações de carrega-
mento e descarregamento, deve-se verificar a velocidade adequada, para as classes dos fluidos
nestas operações e, se necessário, adotar acessórios (defletores, válvulas de restrição de fluxo etc.)
que minimizem o impacto do fluido nas paredes dos tanques.

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7.7.1.12 Os materiais de fabricação dos mangotes utilizados na transferência devem ser compatíveis
com os líquidos que estiverem sendo manuseados.

7.7.2 Carregamento e descarregamento de vagões-tanque

7.7.2.1 Os líquidos só devem ser carregados em vagões-tanque cujos materiais de construção


sejam compatíveis com as características químicas do líquido. O líquido que for carregado também
deve ser quimicamente compatível com o líquido que tiver sido transportado anteriormente, a não ser
que o tanque tenha sido convenientemente limpo ou descontaminado.
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7.7.2.2 (*) Quando o carregamento de um vagão-tanque que contenha misturas de vapor-ar em


uma faixa considerada inflamável for feito pelo topo com os domos abertos (bocas de carregamento)
ou quando o líquido de enchimento puder formar tais misturas, o carregamento deve ser feito através
de um tubo de carga que se situe no máximo a 15 cm do fundo do tanque, a não ser que o líquido não
tenha característica de acumulação de cargas eletrostáticas.

7.7.2.3 Quando o carregamento for feito pelo fundo (bottom loading), devem ser aplicadas taxas
reduzidas de vazão (até que o bocal de enchimento fique submerso), podendo ser utilizados defletores
ou outros dispositivos para evitar o respingamento e minimizar a turbulência.

7.7.2.4 Os objetos metálicos ou condutores, como fitas de medição, frascos de amostras e termômetros,
não podem ser baixados ou ficar pendurados no interior do compartimento do tanque enquanto este
estiver sendo carregado, ou imediatamente após cessar o bombeamento, para permitir a estabilização
da carga.

7.7.2.5 Visando minimizar os riscos oriundos da eletricidade estática nas operações de carregamento
e descarregamento, deve-se verificar a velocidade adequada, para as classes dos fluidos nestas
operações e, se necessário, devem ser adotados acessórios (defletores, válvulas de restrição de fluxo
etc.) que minimizem o impacto do fluido nas paredes dos tanques.

7.7.2.6 Os materiais de fabricação dos mangotes utilizados na transferência devem ser compatíveis
com os líquidos que estiverem sendo manuseados.

7.7.3 (*) Carregamentos alternados

Para evitar os riscos decorrentes de mudanças de líquidos com diferentes pontos de fulgor, nenhum
vagão-tanque ou caminhão-tanque cujo conteúdo anterior tenha sido um líquido de classe I deve ser
carregado com líquidos de classe II ou classe III, exceto quando forem tomadas as devidas precauções
(lavados, descontaminados e desgaseificados).

8 Operações no cais ou píer


8.1 Requisitos gerais

8.1.1 O cais ou píer de grande porte e que opere com transferências de grandes volumes de líquidos
e outras mercadorias em geral devem seguir os requisitos dos regulamentos técnicos pertinentes,
das Normas Brasileiras e, na ausência destas, da NFPA 307.

8.1.2 O manuseio eventual de cargas de líquidos embalados e o carregamento e descarregamento


de cargas gerais, como suprimentos de navios, durante a transferência de líquidos, devem ser realizados
somente quando aprovados por um supervisor do caís ou píer e pelo oficial sênior da embarcação.

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8.1.3 O caís ou píer onde cargas líquidas a granel são transferidas de ou para navios-tanque deve
estar a uma distância mínima de 30 m de uma ponte sobre um curso d’água navegável ou da entrada
de um túnel rodoviário ou ferroviário sob um curso d’água navegável.

8.1.4 As extremidades da tubulação fixa de carga e descarga devem estar no mínimo 60 m


de distância de qualquer ponte ou entrada de um túnel.

8.1.5 A subestrutura e o piso do caís ou píer devem ser projetados especificamente para
o uso pretendido.
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8.1.6 O piso pode ser de qualquer material, desde que combine a capacidade desejada com a flexi-
bilidade, resistência ao choque, durabilidade, força e resistência ao fogo.

8.1.7 A aplicação de madeira pesada na construção do piso do caís ou píer pode ser aceita.

8.1.8 Os tanques utilizados exclusivamente para água de lastro ou líquidos de classe II e classe III
podem ser instalados em um caís ou píer desde que projetado para resistir à massa dos tanques
e seus conteúdos.

8.1.9 As bombas de carregamento com capacidade para desenvolver pressões que possam superar
a pressão máxima de trabalho dos mangotes ou dos braços de carregamento devem ser providas
de by pass, válvulas de alívio ou outros recursos para proteger a instalação de carregamento contra
excesso de pressão.

Os dispositivos de alívio devem ser ensaiados pelo menos anualmente, para determinar se funcionam
satisfatoriamente na pressão ajustada.

8.1.10 Todos os mangotes e acoplamentos de pressão devem ser inspecionados dentro de intervalos
recomendados pelos fabricantes, de acordo com os seus serviços.

8.1.10.1 Os mangotes e os acoplamentos devem ser ensaiados com o mangote estendido, utilizando-se
a pressão máxima de operação.

8.1.10.2 Qualquer mangote que apresente deterioração de material, sinais de vazamento, fragilidade
na carcaça ou nas conexões deve ser retirado de serviço, reparado ou descartado.

8.1.10.3 Os materiais de fabricação dos mangotes utilizados na transferência devem ser compatíveis
com os líquidos que estiverem sendo manuseados.

8.1.11 Tubulações, válvulas e acessórios devem atender aos requisitos da ABNT NBR 17505-3,
além dos seguintes requisitos:

a) a flexibilidade da tubulação deve ser assegurada por um leiaute, localização apropriada e arranjos
de suportes de tubulação, dispostos de tal forma que o movimento da estrutura do caís ou píer,
resultante da ação das ondas, correntes, marés ou da amarração das embarcações, não transmita
às tubulações e aos mangotes uma tensão excessiva;

b) não podem ser permitidas juntas de tubulações que dependam das características de fricção
de materiais combustíveis ou de ranhuras abertas nas extremidades dos tubos para dar
continuidade mecânica à tubulação;

c) o uso de juntas giratórias deve ser permitido para tubulações às quais são conectados mangotes
e para sistemas de transferência com juntas giratórias articuladas, desde que o projeto seja
tal que a resistência mecânica da junta não seja prejudicada, se o material de vedação não
resistir, como, por exemplo, por exposição ao fogo;

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d) cada tubulação movimentando líquidos de classe I ou de classe II para o caís ou píer deve ser
provida de uma válvula de bloqueio de fácil acesso, localizada em terra, próxima ao caís ou píer
e fora de qualquer área de contenção (circundada por diques). Onde houver mais do que uma linha,
as válvulas devem ser identificadas como referentes à respectiva linha e devem ser agrupadas
em um só local;

e) devem ser previstos meios para permitir acesso fácil às válvulas da linha de carregamento,
localizadas abaixo do piso do caís ou píer.
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8.1.12 Tubulações do caís ou píer onde são manuseados líquidos de classe I ou de classe II a qual-
quer temperatura, ou de classe III, a temperaturas iguais ou superiores aos seus pontos de fulgor,
devem ser ligadas e aterradas.

8.1.12.1 Quando houver correntes fugitivas excessivas, devem ser instalados flanges ou juntas
isolantes.

8.1.12.2 As conexões de fixação e o cabo terra de todas as tubulações devem ser localizados do lado
do caís ou píer onde estejam os flanges isolantes, quando utilizados, e devem ter um acesso fácil
à inspeção.

8.1.12.3 É proibido o aterramento entre o caís ou píer e a embarcação (ver Nota).

NOTA Esta proibição consta nas recomendações da International maritime organization (IMO)
e International safety guide for oil tankers and terminals (ISGOTT).

8.1.13 As conexões de mangotes ou de tubulações com juntas articuladas, utilizadas para a trans-
ferência de cargas, devem ser capazes de suportar o efeito combinado de mudança de correnteza
e de maré. Os mangotes devem ter apoios para evitar torções e danos causados por atrito.

8.1.14 As amarrações devem ser mantidas ajustadas para evitar que o balanço da embarcação possa
causar tensão no sistema de transferência de cargas.

8.1.15 Deve-se tomar cuidado para que o material colocado no caís ou píer não possa obstruir
o acesso ao equipamento de combate a incêndio, ou às válvulas de controle de uma
tubulação importante.

8.1.16 Onde um caís ou píer permita o tráfego de veículos, uma via de acesso deve sempre ser
mantida desobstruída do caís ou píer à terra, permitindo o acesso permanente dos equipamentos de
combate a incêndio.

8.1.17 O carregamento e o descarregamento só devem ser iniciados após o supervisor do caís ou


píer e a pessoa encarregada do navio-tanque confirmarem que a embarcação está corretamente atra-
cada e que todas as conexões foram adequadamente efetuadas.

8.1.18 Nenhum trabalho mecânico pode ser feito no caís ou píer durante a transferência de carga,
exceto nos casos em que for concedida uma autorização especial baseada na vistoria da área, na
avaliação dos métodos empregados e na adoção das medidas necessárias para o procedimento.

8.1.19 Durante a transferência de líquidos deve ser feito um controle das fontes de ignição.

8.1.20 Os trabalhos mecânicos, inclusive o tráfego de veículos, as soldas, o esmerilhamento e outros


trabalhos a quente, não podem ser feitos durante a transferência de carga, exceto quando autorizados
pelo supervisor do caís ou píer e pelo oficial sênior do navio.

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8.1.21 Fumar no caís ou píer é proibido durante todo o tempo em que durar a operação de transfe-
rência de líquido.

8.1.22 Para terminais marítimos manuseando líquidos inflamáveis e líquidos combustíveis a tempe-
raturas iguais ou superiores os seus pontos de fulgor, a Figura A.1 deve ser utilizada para determinar
a extensão das áreas classificadas, com o propósito de instalação de equipamentos elétricos.

8.1.23 Onde existir a possibilidade de uma atmosfera inflamável no compartimento de carga


do navio, os sistemas de transferência de carga devem ser projetados para limitar a velocidade
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do líquido a 1,0 m/s até que o bocal de entrada do compartimento esteja suficientemente submerso
para evitar respingos.

8.1.24 Os filtros, as bombas, as telas de arame e outros dispositivos que possam produzir cargas
de eletricidade estática devido à turbulência devem ser localizados de tal maneira que permitam
um tempo mínimo de 30 s, para dissipação das cargas elétricas antes de iniciar o descarregamento
do líquido para o compartimento do navio.

8.1.25 (*) Um coletor dos vazamentos deve ser previsto em torno de áreas com tubulações em mani-
fold, para prevenir o deslocamento de líquido para outras áreas do caís ou píer, ou mesmo sob o caís
ou píer.

8.1.26 Todas as linhas de drenagem saindo do caís ou píer devem ser providas com selos hidráulicos.

8.1.27 Onde necessário, o caís ou píer deve ter um sistema de isolamento e interrupção da operação
de carregamento no caso de uma falha no mangote, no braço de carga ou nas válvulas
do manifold. Este sistema deve estar de acordo com todos os requisitos numerados a seguir: se o sistema
de proteção fechar uma válvula de um sistema alimentado por gravidade ou por bombeio,
deve-se tomar cuidado para garantir que a linha seja protegida de qualquer surto de pressão resultante
(golpe de ariete);

Os sistemas de emergência para a interrupção da operação devem ter a possibilidade de serem


acionados automática ou manualmente.

Os dispositivos acionados manualmente devem ser bem identificados e acessíveis durante


uma emergência.

8.1.28 (*) Os equipamentos de proteção contra incêndio e de resposta a emergências para o caís
ou píer devem ser especificados considerando os produtos manuseados, a capacidade de resposta
a emergências, as dimensões, a localização, a frequência de uso e as exposições adjacentes.

8.1.28.1 Onde for disponível rede de água para combate a incêndio, a rede pode permanecer cheia
ou vazia. Em todos os casos,as válvulas de bloqueio e a válvula do hidrante de recalque devem ser
previstas conexão tipo píer/cais com a terra.

8.1.28.2 Onde houver uma rede de água para combate a incêndio no píer/cais, para atender o berço
de atracação e o manifold, devem ser previstos também hidrantes e canhões monitores de forma que
o combate a incêndio possa ser executado de duas posições distintas.

8.1.28.3 As bombas de água, mangueiras, rede de combate a incêndio, sistemas de espuma


eoutros equipamentos de extinção de incêndio devem ser mantidos e ensaiados de acordo com
ABNT NBR 17505-7.

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8.1.28.4 Onde não for exigida rede de água para combate a incêndio, devem ser previstos, no mínimo,
dois extintores de pó químico seco de 40 B:C. Os extintores devem ficar localizados em um raio máximo
de 15 m da bomba ou da área do manifold, e devem ser facilmente acessíveis durante as situações
de emergência.

9 Gestão da prevenção e do controle de incêndio


9.1 Análise de risco
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9.1.1 Geral

Operações envolvendo líquidos inflamáveis e combustíveis devem ser analisadas e desenvolvidas


para assegurar que os riscos de incêndio e explosão estejam previstos nos planos de ação
de emergência de controle e prevenção de incêndio.

NOTA 1 Não considerar operações onde os líquidos sejam utilizados nas unidades apenas como combustível
para consumo local.

NOTA 2 Não considerar operações onde líquidos de classe II e classe III sejam armazenados em tanques
atmosféricos ou transferidos a temperaturas inferiores aos seus pontos de fulgor.

NOTA 3 Não considerar ocupações mercantis de exploração, perfuração e de serviços com petróleo cru
e em instalações normalmente desassistidas, situadas em locais remotos.

9.1.1.1 (*) A extensão da prevenção e controle de incêndio que está prevista deve ser determina-
da em consulta às autoridades ou por meio de uma avaliação de engenharia da operação envolvida
e da aplicação dos princípios de combate a incêndio e de engenharia de processo. Esta avaliação
deve incluir, mas não se limitar ao seguinte:

a) análise dos riscos de incêndio e explosão da operação;

b) análise dos alívios de emergência dos vasos de processo, levando em consideração as propriedades
dos materiais utilizados e as medidas adotadas para proteção e controle de incêndio;

c) análise dos requisitos aplicáveis ao projeto da instalação mencionadas nas Seções 4, 5, 6, 7 e 8;

d) análise dos requisitos aplicáveis ao uso, manuseio e transferência dos líquidos conforme descritos
nas Seções 4, 5, 6, 7 e 8;

e) análise das condições locais dasinstalações para as propriedades adjacentes e destas para
as instalações, principalmente quanto a inundações, terremotos e vendavais;

f) análise da capacidade de resposta dos serviços locais de atendimento à emergência (Corporação


de Bombeiros, Plano de Ações Mútua-PAM e Defesa Civil etc.).

9.1.1.2 (*) Armazenamento, processamento, manuseio e utilização de líquidos de classe II


e de classe III aquecidos a temperaturas iguais ou superiores a seus pontos de fulgor devem seguir
os requisitos estabelecidos para os líquidos de classe I, a não ser que uma avaliação de engenha-
ria desenvolvida de acordo com a Seção 9 justifique seguir os requisitos para qualquer outra classe
de líquido.

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9.1.2 Gerenciamento de mudanças

Análise de risco deve ser refeita se os riscos envolvidos em incêndio ou explosão mudarem
significativamente. As condições que podem requerer revisão da análise de risco incluem, mas não
se limitam às seguintes:

a) quando ocorrerem mudanças nos materiais de processo;

b) quando ocorrerem mudanças nos equipamentos de processo;


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c) quando ocorrerem mudanças no controle de processo;

d) quando ocorrerem mudanças nos procedimentos e responsabilidades operacionais .

9.2 Controle de fontes de ignição

9.2.1 Geral

Devem ser tomadas precauções para prevenir a ignição de vapores inflamáveis por fontes como
as seguintes:

a) chamas abertas;

b) descargas atmosféricas;

c) superfícies quentes;

d) calor irradiante;

e) cigarros e similares acesos;

f) corte e solda;

g) ignição espontânea;

h) (*) calor de fricção ou faíscas;

i) eletricidade estática;

j) faíscas elétricas;

k) correntes parasitas;

l) fornos, chaminés e equipamentos de aquecimento (fornalhas);

m) telefones celulares e máquinas fotográficas.

9.2.2 Cigarros e similares acesos

Fumar só deve ser permitido em áreas previamente designadas e apropriadamente identificadas.

9.2.3 Trabalho à quente (ver NFPA 51B)

9.2.3.1 A soldagem, o corte e outras operações similares que produzam faíscas não podem ser
permitidos em áreas onde haja líquidos inflamáveis e combustíveis, até que seja emitida uma permis-
são de trabalho, por escrito, autorizando este tipo de trabalho.

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9.2.3.2 A permissão de trabalho deve ser emitida por um profissional qualificado, após fazer uma
inspeção adequada da área, para assegurar-se de que foram tomadas as precauções corretas e que
estas serão seguidas até o término do trabalho a quente.

9.2.4 (*) Eletricidade estática

Ver Seção 10.

9.2.5 Sistemas elétricos


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A instalação de equipamentos elétricos, eletrônicos, de instrumentação, automação e telecomunicações


e todo o sistema de cabos devem atender aos requisitos da ABNT NBR 17505-6.

9.3 Sistemas de detecção e alarme

9.3.1 (*) Deve existir nas instalações um meio garantido de comunicação imediata de incêndio
ou emergências ao PAM e/ou à Corporação de Bombeiros local.

9.3.2 As áreas, incluindo edificações, onde exista um potencial de vazamentos de líquidos inflamá-
veis, devem ser monitoradas de forma adequada. Os seguintes métodos podem ser utilizados:

a) observação pessoal;

b) equipamentos de monitoração de processo que indiquem a ocorrência de vazamentos;

c) instalação de detectores de gás para monitoramento contínuo das áreas desassistidas.

9.4 Sistemas de proteção contra incêndio e extinção de fogo

9.4.1 (*) A subseção 9.4 cobre os métodos e sistemas de controle comumente reconhecidos,
utilizados para evitar ou minimizar perdas, por fogo ou explosão, de instalações de processamento
de líquidos. A aplicação de um ou da combinação de sistemas e métodos, assim como o uso
de materiais resistentes ao fogo, devem ser determinados de acordo com 1.1 h) e 9.1.

9.4.2 Uma fonte confiável de suprimento de água ou de outro agente de controle de incêndio deve
estar disponível em pressão e quantidade, a fim de atender às demandas indicadas para os riscos
específicos de operações de processamento, armazenamento e exposição.

9.4.3 (*) São proibidas conexões permanentes entre qualquer sistema de processo e o sistema
de combate a incêndio, a fim de prevenir a contaminação da água de incêndio pelos fluidos
de processo.

9.4.4 Onde requerido na Seção 9, devem ser previstos hidrantes com ou sem canhões monitores,
de acordo com a ABNT NBR 17505-7.

9.4.5 (*) Onde a necessidade indicar, devido aos riscos de manuseio e armazenamento de líquidos
ou quanto à exposição, conforme estabelecido em 9.1, deve ser prevista uma proteção fixa.

9.4.6 Onde tiver sido previsto, o sistema de combate a incêndio deve ser projetado, instalado
e mantido de acordo comas Normas Brasileiras aplicáveis ou, na inexistência destas, com as NFPA 11,
NFPA 12, NFPA 12A, NFPA 13, NFPA 15, NFPA 16, NFPA 17 e NFPA 2001.

9.4.7 Onde requerido na Seção 9, redes de incêndio e sistemas de mangueiras devem ser
instalados de acordo com a Norma Brasileira aplicável ou e em caso de inexistência, com a NFPA 14

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ou um sistema de conexão de mangueiras a partir de um sistema aprovado de aspersores ou chu-


veiros automáticos, utilizando as prescrições da Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta,
da NFPA 13.

9.4.8 (*) Extintores de incêndio portáteis devem ser fornecidos para as instalações, em quantidades,
tamanhos e tipos que possam tornar-se necessários em operações e armazenamento com riscos
especiais. Consultar a ABNT NBR 12693, que fornece informações quanto à adequabilidade dos
diversos tipos de extintores.
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9.4.9 Onde a necessidade indicar, devem ser providenciados suprimento de concentrado de espuma
e equipamentos móveis de lançamento de líquido gerador de espuma (LGE).

9.5 Planejamento e treinamento para emergência


9.5.1 Um plano de ação de emergência (PAE), escrito e consistente com os equipamentos e pessoal
disponíveis, deve ser estabelecido para atender a incêndios ou outras emergências. Este plano deve
incluir o seguinte:

a) procedimentos a serem seguidos em caso de incêndios ou de vazamentos de líquidos ou vapores,


como acionamento de alarme sonoro, acionamento do Corporação de Bombeiros, evacuação
do pessoal e controle, combate e extinção de incêndios;

b) planejamento dos exercícios de combate a incêndios, com periodicidade preestabelecida;

c) planejamento, registro e treinamento de pessoas indicadas para desempenhar as tarefas


de segurança contra incêndios (Brigada de Incêndio) inclusive a revisão quanto à delegação
inicial, as responsabilidades específicas ou mudanças nas ações de resposta e, se possível,
antecipação nas mudanças das tarefas;

d) procedimentos para manutenção e operação: (1) dos equipamentos e sistemas de proteção contra
incêndios, (2) sistemas de drenagem e contenção e (3) sistemas e equipamentos de ventilação
e dispersão;

e) procedimentos para o desligamento ou isolamento de equipamentos, visando à redução


ou a eliminação de vazamentos de líquidos ou vapores, incluindo a designação de pessoal
responsável pela manutenção de funções críticas da planta ou pela parada de plantas de processo
e pela partida segura após isolamento ou parada;

f) adoção de medidas alternativas para garantir a segurança do pessoal.

9.5.2 O pessoal responsável pelo uso e operação dos equipamentos de proteção contra incêndio
deve ser treinado no uso de tais equipamentos. Treinamentos de atualização (reciclagem) devem ser
realizados pelo menos anualmente.

9.5.3 O planejamento de medidas efetivas para o controle de incêndios deve ser coordenado com
a Corporação de Bombeiros local.

9.5.4 Devem ser estabelecidos procedimentos para prever a parada segura das operações sob con-
dições de emergência e para a partida segura da instalação após o término das emergências.Devem
ser previstos procedimentos para treinamentos, utilização e desativação de alarmes, interligações
e controles. Devem também ser estabelecidos procedimentos e previsões para a inspeção e ensaios
de alarmes, interligações e controles.

9.5.5 Os procedimentos de emergência devem estar rapidamente disponíveis na área de operações


e devem ser regularmente atualizados conforme indicado em 9.1.2.

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Onde existir a possibilidade de locais ficarem sem atendimento durante um considerável período
de tempo, pelo menos um resumo do plano de emergência deve ser colocado à disposição e localizado
em pontos estratégicos, facilmente acessíveis pelos membros da brigada.

9.6 Inspeção e manutenção

9.6.1 Todos os equipamentos do sistema de combate a incêndio devem ter uma manutenção
correta, além de serem realizadas inspeções periódicas e ensaios obrigatórios, de acordo com
as recomendações dos fabricantes. Os sistemas de proteção com base em água devem ser
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inspecionados, ensaiados e mantidos de acordo Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência,


com a NFPA 25.

9.6.2 As práticas de manutenção e operação devem ser estabelecidas e implementadas para


controlar vazamentos e prevenir derrames de líquidos inflamáveis e combustíveis.

9.6.3 Os materiais inservíveis (estopas, pigs, madeiras etc.) que sejam combustíveis e os resíduos
(borras etc.) das áreas de operação devem ser mantidos em nível mínimo e armazenados em reci-
pientes metálicos fechados, retirados diariamente e estocados em local adequado, de onde devem
ser descartados.

9.6.4 As áreas adjacentes em volta das instalações onde forem armazenados, manuseados ou utili-
zados líquidos inflamáveis ou combustíveis devem ser mantidas limpas de mato, lixo ou outros mate-
riais combustíveis desnecessários.

9.6.5 As passagens determinadas e destinadas à circulação do pessoal devem ser mantidas livres
de obstruções para permitir uma evacuação ordenada e um acesso livre para as atividades de com-
bate a incêndio.

9.7 Gerenciamento de segurança patrimonial

9.7.1 Geral

A metodologia utilizada deve incorporar um sistema baseado nos riscos à segurança patrimonial
da planta e deve ter os seguintes objetivos:

a) identificação e avaliação dos riscos à segurança patrimonial;

b) avaliação do desempenho da segurança patrimonial das instalações;

c) avaliação da proteção aos empregados, à localidade propriamente dita, às comunidades vizinhas


e ao meio ambiente.

9.7.2 Requisitos específicos

9.7.2.1 Operações envolvendo líquidos inflamáveis e combustíveis devem ser revistas periodicamente
a fim de assegurar que as vulnerabilidades identificadas, durante uma análise de vulnerabilidade
à segurança patrimonial, baseada no programa de segurança das instalações, com vistas à adequa-
ção dos planos de ação de emergência e de treinamentos.

9.7.2.2 O balanço das técnicas físicas, eletrônicas e pessoais utilizadas para responder a análise
de vulnerabilidades à segurança patrimonial, deve ser determinado por meio de uma avaliação
de engenharia das operações e da aplicação de bons princípios de segurança. A avaliação deve
incluir, mas não se limitar ao seguinte:

a) avaliação de toda a instalação;

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b) avaliação das vulnerabilidades;

c) avaliação das ameaças e consequências;

d) avaliação dos fatores físicos e atratividades;

e) identificação dos fatores de mitigação;

f) condução das avaliações de segurança patrimonial ou da análise das falhas.


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9.7.2.3 Um plano de ação de emergência escrito que seja consistente com o pessoal e os equipa-
mentos disponíveis deve ser estabelecido para responder aos incêndios, à segurança patrimonial e às
emergências identificadas. Este plano deve incluir o seguinte:

a) procedimentos a serem seguidos, como acionamento de alarmes, notificação às autoridades


apropriadas, evacuação do pessoal e controle e extinção de incêndios;

b) procedimentos e tabulação para desenvolvimento de treinamentos destes procedimentos;

c) registro e treinamento do pessoal para executar as tarefas designadas;

d) manutenção dos equipamentos de proteção e resposta;

e) procedimentos para paradas ou para isolar equipamentos para reduzir os vazamentos de líquidos;

f) medidas alternativas para a segurança dos ocupantes.

9.7.2.4 Tarefas específicas do pessoal devem ser revistas na definição inicial, assim como quando
houver alterações nas responsabilidades ou nas ações de resposta e quando houver previsão
de alterações nas tarefas.

9.7.2.5 A revisão do gerenciamento de segurança patrimonial conduzida de acordo com 9.7 deve ser
repetida sob as seguintes condições:

a) para a revisão inicial de todos os novos ativos e instalações relevantes;

b) quando ocorrerem alterações substanciais nas ameaças ou no processo;

c) após um incidente significativo de segurança patrimonial;

d) nas revalidações periódicas da análise de vulnerabilidades à segurança patrimonial.

10 Eletricidade estática no manuseio de líquidos inflamáveis e combustíveis


10.1 Controle dos riscos da eletricidade estática

10.1.1 Geral

Os riscos de ignição a partir da eletricidade estática podem ser controlados pelos seguintes métodos:

a) removendo a mistura inflamável da área onde a eletricidade estática possa causar uma descarga
a partir de uma ignição;

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b) reduzindo a geração de cargas elétricas e a acumulação de cargas elétricas, ou ambas, por meio
de modificações de processo ou do produto;

c) neutralizando as cargas elétricas, cujos métodos primários podem ser aterramento por condutores
isolados e pela ionização do ar.

10.1.2 Controle de misturas inflamáveis em equipamentos

10.1.2.1 Geral
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A despeito de esforços para prevenir a acumulação de cargas de eletricidade estática através de bons
projetos, muitas operações que envolvem o manuseio de materiais não condutivos ou equipamentos
não condutivos não conduzem por si só as soluções de engenharia. Isto torna desejável ou essencial,
dependendo da natureza dos materiais envolvidos para fornecer outras medidas, como uma
das seguintes:

a) inertização do equipamento;

b) ventilação do equipamento ou da área na qual o equipamento esteja localizado;

c) realocação do equipamento para uma área segura.

10.1.2.2 Inertização

10.1.2.2.1 Onde estiver contida uma mistura inflamável, como em um vaso de processo, a atmosfera
pode ser tornada deficiente em oxigênio pela introdução de gás inerte (por exemplo: nitrogênio)
em quantidade suficiente para tornar a mistura não inflamável. Esta técnica é conhecida
como inertização.

10.1.2.2.2 Onde as operações são normalmente conduzidas em uma atmosfera contendo uma
mistura acima do limite superior de inflamabilidade (LSI), pode ser prático introduzir um gás inerte
omente durante aqueles períodos quando as misturas atravessarem suas faixas de inflamabilidade.
A Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, a NFPA 69 contém os requisitos para os sistemas
de inertização.

10.1.2.3 Ventilação

A ventilação mecânica pode ser utilizada para diluir a concentração de um material combustível para
um ponto bem abaixo do limite inferior de inflamabilidade e explosividade (LIE), no caso de um gás
ou vapor, ou abaixo de sua concentração mínima de inflamabilidade e explosividade, no caso
de poeiras. Usualmente, isto significa a redução pela diluição para uma concentração em um ponto igual
ou abaixo de 25 % do limite inferior. Outro meio pode ser o direcionamento apropriado da movimentação
do ar para prevenir a aproximação do material de uma área de operação onde existam riscos
incontroláveis de eletricidade estática.

10.1.2.4 Realocação

Onde equipamentos que possam acumular uma carga de eletricidade estática forem desnecessariamente
localizados em uma área perigosa, pode ser possível realocá-los em um local seguro onde os meios
para controlar os riscos sejam mais confiáveis.

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10.1.3 Controle da geração de cargas de eletricidade estática

Cargas elétricas podem ser geradas quando alguns materiais são colocados em contato com fluxos
de líquidos inflamáveis ou combustíveis. Procedimentos de redução de velocidades e de vazões reduzem
as taxas de geração de energia elétrica. Estas cargas elétricas ocorrem onde são movimentados
líquidos inflamáveis ou combustíveis com partes e estruturas em material plástico, filmes e telas
de isolamento, líquidos e materiais particulados. Se o material escoar em uma taxa suficientemente
baixa, normalmente pode não acumular um nível perigoso de carga elétricaem excesso. Isto significa
que o controle de eletricidade estática pode não ser viável devido aos requisitos do processo.
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10.1.4 Dissipação de cargas

10.1.4.1 Ligação e aterramento

A ligação é utilizada para minimizar a diferença de potencial entre objetos condutivos, mesmo onde
o sistema resultante não esteja aterrado. O aterramento, por outro lado, equaliza a diferença
de potencial entre o objeto e a terra. Exemplos de ligação e de aterramento encontram-se ilustrados
na Figura A.2.

10.1.4.1.1 Um objeto condutivo pode ser aterrado pela ligação a uma malha de aterramento ou pela
ligação a outro objeto condutivo que já esteja conectado a terra. Alguns objetos são inerentemen-
te ligados ou inerentemente aterrados por causa de seu contato com a terra. Exemplos de objetos
inerentemente aterrados são tubulações metálicas subterrâneas e grandes tanques metálicos
de armazenamento instalados sobre o solo.

10.1.4.1.2 A resistência total entre um objeto aterrado e o solo é a soma das resistências individuais
do cabo terra, seus conectores, outros materiais condutivos ao longo da malha de aterramento
e a resistência do eletrodo de aterramento (isto é, barra de aterramento). A maioria da resistência
em uma conexão de terra existe entre o eletrodo de aterramento e o solo. A resistência da terra
é completamente variável, porque depende da área de contato, da resistividade do solo
e da quantidade de umidade no solo.

10.1.4.1.3 Para prevenir o acúmulo de eletricidade estática em equipamentos condutivos, a resistência


total do sistema de aterramento ao solo deve ser suficiente para dissipar as cargas que estejam
presentes. Uma resistência de 106 ’Ω ou menos é considerada adequada.

Se um sistema de ligação e aterramento seja inteiramente metálico, a resistência de um aterramento


contínuo tipicamente é menor que 10 ’Ω. Tais sistemas incluem aqueles que têm múltiplos componentes.
Maior resistência usualmente indica que o componente metálico não tem continuidade, geralmente
por causa de conexões frouxas ou de corrosão. Um sistema de aterramento que seja aceitável para
circuitos de força ou de proteção contra descargas atmosféricas é mais do que adequado para
um sistema de aterramento para eletricidade estática.

10.1.4.1.4 Onde cabos metálicos forem utilizados como condutores, a dimensão mínima do cabo
de ligação e de aterramento é definida pela resistência mecânica e não pela sua capacidade de escoar
correntes elétricas. Arames trançados ou retorcidos devem ser utilizados como arames de ligação,
quando for previsto que serão conectados e desconectados frequentemente.

10.1.4.1.5 Condutores de aterramento podem ser isolados (por exemplo: cabos jaquetados ou reves-
tidos por plástico) ou não isolados (por exemplo: condutores nus). Condutores não isolados devem ser
utilizados porque os defeitos são mais facilmente detectados.

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10.1.4.1.6 Conexões permanentes de ligação ou de aterramento podem ser feitas por fusão ou
soldagem. Conexões temporárias podem ser feitas utilizando parafusos, grampos de pressão
ou outros grampos especiais. Grampos do tipo de pressão devem ter pressão suficiente para pe-
netrar em qualquer camada de revestimento, poeiras ou ferrugem, para assegurar o contato com
o metal-base.

10.1.4.1.7 Os trabalhadores devem estar aterrados somente através de uma resistência que limite
a corrente a terra em menos que 3 mA para uma faixa de tensão medida na área. Este método,
referido como aterramento leve, é utilizado para prevenir lesões originadas em choques elétricos
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a partir de fiação elétrica ou correntes parasitas.

10.2 Controle de carga estática no pessoal

O corpo humano é um condutor elétrico e pode acumular uma carga eletrostática se isolado da terra.
A carga eletrostática pode ser gerada pelo contato e separação do calçado com o piso pela indução
ou pela participação em várias operações de fabricação. Onde existirem misturas inflamáveis, existe
potencial para provocar uma ignição a partir do corpo humano carregado eletrostaticamente, e podem
ser necessários meios para prevenir acumulação de cargas de eletricidade estática no corpo humano.

10.2.1 Prevenção de acumulação de cargas eletrostáticas

Passos para prevenir a acumulação de cargas eletrostáticas incluem a utilização do seguinte:

a) pisos e calçados condutivos;

b) dispositivos de aterramento do pessoal;

c) roupas antiestáticas e condutivas.

10.2.2 Pisos e calçados condutivos

10.2.2.1 Pisos condutivos ou antiestéticos podem suprir a dissipação efetiva da eletricidade estática
do pessoal. Os materiais podem ser sólidos ou podem ser pinturas que sejam selecionadas com base
nas características de desgaste, resistência química e na área de piso que necessita ser coberta.
Pequenas áreas podem atender ao requisito com a instalação de uma chapa metálica aterrada.
A resistência típica para aterrar sistemas de pisos deve ser no máximo 108 ’Ω. A acumulação de sujeira,
graxas e outros materiais de alta resistividade podem comprometer a condutividade do piso.

10.2.2.2 (*) Calçados que dissipem eletricidade estática utilizados em conjunto com pisos conduti-
vos fornecem um meio para controlar e dissipar cargas de eletricidade estática do corpo humano.
A resistência para terra através destes calçados e dos pisos condutivos deve ser entre 106 ’Ω e 109 'Ω
Para materiais com energia de ignição muito baixa, a resistência para terra através de calçados
e de pisos deve ser menor que 106 'Ω. A resistência pode ser medida com medidores de condutividade
de calçados existentes no mercado.

10.2.2.3 A resistência dos calçados pode ser aumentada com a acumulação de sujeira, a utilização
de solas ortopédicas e áreas reduzidas de contato. A condutividade de calçados pode ser ensaiada
periodicamente para confirmar sua funcionalidade.

10.2.2.4 Calçados condutivos são projetados para ter uma resistência ao aterramento através destes
e do piso com no máximo 106 'Ω. Eles são tipicamente utilizados onde materiais de baixa energia
de ignição, como explosivos e propelentes, são manuseados. Calçados condutivos não podem
ser utilizados onde exista risco de eletrocução por cabos elétricos.

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10.2.3 Dispositivos de aterramento do pessoal

10.2.3.1 Na impossibilidade de utilização de calçados dissipativos de eletricidade estática, para


o aterramento adequado do pessoal, dispositivos suplementares devem ser utilizados. Tais dispositivos
incluem pulseiras, saltos e biqueiras aterrados e galochas condutivas.

10.2.3.2 Dispositivos suplementares devem ser selecionados de forma que a acumulação perigosa
de eletricidade estática seja prevenida ao mesmo tempo em que o risco de eletrocução não seja
aumentado. Na maioria dassituações práticas, o aterramento do pessoal é alcançado pela garan-
tia de que a resistência da pele à terra seja de aproximadamente 108 'Ω ou menos. A necessidade
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para proteger contra a eletrocução via um dispositivo de aterramento, impõe uma resistência mínima
da pele à terra de 106 'Ω. Com base no contato da pele e no contato com o piso, especialmente duran-
te atividades onde toda a sola do calçado não esteja em contato com o piso (por exemplo, ajoelhado),
a eficácia pode ser comprometida. Dispositivos de aterramento devem ter resistência mínima de 106 'Ω
para proteção contra choques elétricos.

10.2.3.3 O tipo mais simples de dispositivo comercial é um bracelete para aterramento com um resistor
interno normalmente fornecendo uma resistência à terra de cerca de 110 'Ω para proteção contra cho-
ques elétricos. Pulseiras deste tipo têm a maior utilidade em locais confinados dotados de ventilação
e em outros locais onde as limitações na mobilidade do operador possam ser toleradas. Sistemas
de pulseiras quebradiças podem ser necessários onde saídas de emergência seja uma necessidade.
Uma campânula pode ser equipada com dois cabos espiralados de aterramento com acessórios
de punho que podem ser removidos rapidamente em situações de emergência e deixados para
usuários individuais.

10.2.3.4 A continuidade de aterramento deve ser verificada periodicamente de acordo com os limites
especificados pelo fabricante, utilizando-se um voltímetro, volt-ohmímetro ou um analisador comercial.

10.2.4 Roupas antiestáticas ou condutivas

10.2.4.1 Embora a seda e a maioria das fibras sintéticas sejam excelentes isolantes e as roupas
de baixo feitas com estes materiais demonstrem características estáticas, não existe uma evidência
conclusiva para indicar que vestimentas como as roupas de baixo constituam em um risco. Entretanto,
a remoção de roupas externas é particularmente perigosa em áreas de trabalho, como em salas
de operação de hospitais, instalações de fabricação de explosivos, ocupações similares e onde existam
roupas contaminadas por líquidos inflamáveis. Roupas externas utilizadas em tais áreas devem ser
adequadas às áreas de trabalho e devem ser antiestéticas.

A Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, a NFPA 99, fornece informações sobre métodos
de ensaio para avaliação do desempenho antiestético de roupas em geral.

10.2.4.2 Embora a possibilidade de ignição por uma pessoa aterrada, vestida com qualquer tipo
de roupa, seja usualmente muito baixa, o carregamento elétrico de pessoas (por exemplo: onde
o pessoal esteja descendo de uma empilhadeira) é significativamente aumentado pela vestimenta que
tenha alta resistividade.

10.2.4.3 (*) Em atmosferas enriquecidas com oxigênio, como aquelas que podem existir em plantas
de produção de oxigênio, os vapores dos gases resfriados permeiam as vestimentas dos empregados
aumentando sua combustibilidade. Uma carga eletrostática que se acumule nos empregados pode
repentinamente descarregar e provocar uma ignição nas roupas.

10.2.5 Luvas

Luvas devem ser antiestáticas ou condutivas com a mesma resistividade prescrita para os calçados.
Luvas devem ser ensaiadas em conjunto com os calçados.

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10.2.6 Limpeza ou secagem de roupas

10.2.6.1 Produtos sintéticos utilizados na lavagem ou secagem de roupas podem desenvolver cargas
eletrostáticas suficientes para produzir descargas capazes de inflamar vapores de solventes. Líquidos
inflamáveis e combustíveis utilizados em temperaturas acima de seus pontos de fulgor, em locais
de lavagens e secagens sintéticas de roupas, aumentam o risco de incêndio. Tipicamente, a geração
de cargas elétricas aumenta com a velocidade e vigor da ação de limpeza. O material que esteja
sendo lavado ou secado, se não condutivo, também pode acumular uma carga elétrica importante.
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10.2.6.2 Algodão ou tecido sintético tratado por um composto antiestético deve ser utilizado
se a geração de carga estática necessitar ser controlada, especialmente se solventes inflamáveis
estiverem sendo utilizados para limpeza ou secagem. Solventes condutivos devem ser utilizados.
Os métodos de ensaios para determinação das propriedades de geração eletrostáticas podem
ser encontrados na Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, na NFPA 99.

10.2.7 Manutenção e ensaios

Todas as provisões para controlar a eletricidade estática do pessoal devem ser mantidas e ensaiadas
para permanecerem efetivas. Procedimentos e recomendações para manutenção preventiva para
roupas, calçados e piso podem ser encontrados na Norma Brasileira aplicável, ou na inexistência
desta, na NFPA 99.

10.2.8 Desconforto e lesões

Choques estáticos podem resultar em desconforto e, sob algumas circunstâncias, em lesões.


Enquanto que as descargas propriamente ditas não são perigosas aos humanos, elas podem causar
uma reação involuntária que resulte em quedas ou em dificuldades na operação de máquinas.
Se a acumulação de cargas elétricas não puder ser evitada e nenhum gás ou vapor estiver presente,
devem ser feitas considerações para os vários métodos pelos quais contatos com partes metálicas
possam ser eliminados. Estes métodos incluem a utilização de corrimãos não metálicos, maçanetas
isoladas e outras proteções não condutivas.

10.3 Avaliação e controle dos riscos de eletricidade estática no manuseio de líquidos


inflamáveis e combustíveis

Esta subseção aborda a avaliação e o controle dos riscos da eletricidade estática envolvidos com
o armazenamento, o manuseio e a utilização de líquidos inflamáveis e combustíveis, seus vapores
e névoas. Enquanto focalizado nos líquidos inflamáveis e combustíveis, os princípios desta subseção
também se aplicam aos líquidos e aos vapores não combustíveis (por exemplo: vapor úmido) onde seu
armazenamento, utilização e manuseio possam causar um risco de ignição por eletricidade estática.
Esta subseçãose inicia com a abordagem das características de combustão dos líquidos de seus
vapores e névoas, seguida por uma abordagem da geração e dissipação de cargas nos líquidos.
É dada ênfase ao processo envolvendo o seguinte:

a) escoamento em tubulações, mangueiras e tubulações de pequeno diâmetro (tubing);

b) operação em tanques de armazenamento;

c) carregamento e descarregamento de veículos-tanque;

d) carregamento e descarregamento de caminhões a vácuo;

e) carregamento e descarregamento de vagões-tanque;

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f) carregamento e descarregamento de navios-tanque e barcaças-tanque;

g) operação em vasos de processo;

h) medição e amostragem;

i) limpeza de tanques;

j) carregamento e descarregamento de tanques portáteis e recipientes;


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k) limpeza a vácuo.

10.4 Características de combustão de líquidos, vapores e névoas

As seguintes propriedades de combustão de líquidos necessitam ser conhecidas para apropriadamente


avaliar os riscos de ignição por eletricidade estática:

a) ponto de fulgor;

b) limite de inflamabilidade e pressão de vapor;

c) energia de ignição;

d) concentração de oxigênio e outros oxidantes;

10.4.1 Ponto de fulgor

10.4.1.1 (*) Ponto de fulgor é a temperatura mínima na qual um líquido libera vapor suficiente
para formar uma mistura com o ar sujeita à ignição próxima à superfície do líquido. Ponto de fulgor
é determinado usando uma variedade de procedimentos e de aparelhos de ensaios. A seleção
dos procedimentos e de aparelhos às vezes depende de outras características físicas do líquido.

10.4.1.2 Se o ponto de fulgor de um líquido for igual ou inferior a de uma temperatura ambiente típi-
ca, é provável que o líquido fique sob um vapor sujeito a uma ignição. Quanto mais baixo for o ponto
de fulgor, maior a pressão de vapor e mais facilmente existirá vapor para iniciar uma ignição.
Por causa da variabilidade dos métodos de ensaios de ponto de fulgor, o ponto de fulgor adotado para
um determinado líquido deve ser o mais próximo da temperatura mais baixa na qual a ignição pode
ocorrer para aquele líquido. Assim, uma avaliação dos riscos de ignição deve ser efetuada em uma
faixa variando de 4 °C a 9 °C abaixo do ponto de fulgor adotado.

10.4.1.3 Em adição às condições descritas em 10.4.1.2, os seguintes efeitos também podem gerar
vapores sujeitos à ignição:

a) liberação de vapores inflamáveis a partir de sólidos ou de líquidos de baixa volatilidade;

b) processamento a pressões abaixo da atmosférica;

c) não homogeneidade de vapores sobre líquidos;

d) névoas, gotículas ou espumas sobre a superfície de um líquido.

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10.4.2 (*) Limites de inflamabilidade/explosividade e pressão de vapor

Vapores ou gases no ar são inflamáveis somente entre certas concentrações – o limite inferior
de inflamabilidade/explosividade (LIE) e o limite superior de inflamabilidade/explosividade (LSE).
As concentrações entre estes limites se constituem na faixa de inflamabilidade/explosividade. Abaixo
do LIE, os vapores são tão pobres que não queimam; acima do LSE os vapores são muito ricos
para queimar. Ambos se estiverem sob pressões maiores (sob pressões superiores à atmosférica)
e a temperaturas maiores, têm a faixa de inflamabilidade ampliada de um hidrocarboneto típico.
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10.4.3 Energia de ignição

A energia necessária para promover a ignição de uma mistura vapor-ar varia com a concentração.
Para a maioria dos materiais, o valor mais baixo da energia de ignição ocorre em uma concentração
próxima do ponto médio entre o LIE e o LSE. O valor mais baixo é referido como a energia mínima
de ignição (EMI). Algumas EMI constam da Figura A.3 que ilustra uma típica relação entre a energia
de ignição e as concentrações.

10.4.4 (*) Concentração de oxigênio

A combustibilidade é normalmente determinada para o ar atmosférico, que contém 21 % de oxigênio.


Com uma atmosfera enriquecida por oxigênio, a faixa de inflamabilidade/explosividade se expande;
isto é, o LIE diminui e o LSE aumenta. Se a concentração de oxigênio for suficientemente reduzida
por inertização, resulta em uma concentração de oxigênio abaixo da qual não é possível qualquer
ignição. A concentração é referida como limite de concentração de oxigênio (LCO). Por meio de uma
inertização eficaz alcançando um nível abaixo do LCO, o risco de uma ignição pode ser eliminado,
como é explanado em Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, na NFPA 69. Outros
oxidantes, se presentes na mistura, podem ser referenciados similarmente. Ensaios de laboratórios
podem ser requeridos para avaliar os riscos.

10.5 Geração e dissipação de cargas em líquidos

10.5.1 Geração de cargas

A geração de cargas ocorre onde os líquidos escoam através de tubulações, de mangotes e de filtros,
onde ocorre turbulência durante as operações de transferência ou onde os líquidos são misturados
ou agitados. Quanto maiores forem as áreas de interface entre o líquido e a superfície, e quanto mais
alta for a velocidade do fluxo, maiores serão as taxas de geração de carga. As cargas se tornam
misturadas com o líquido e são transportadas até os vasos de recepção, onde elas podem se acumular.
As cargas são frequentemente caracterizadas pela sua densidade de carga a granel e seu escoamento
como uma corrente parasita para o vaso. Ver Figura A.4a).

10.5.2 Dissipação da carga

Carga elétrica estática em um líquido contido em um recipiente aterrado dissipará a uma taxa que
depende da condutividade do líquido.

10.5.2.1 Para líquidos com condutitvidade de 1 pS/m ou mais, a dissipação da carga ocorre por
redução exponencial ou ôhmica, como descrito para materiais semicondutivos na Norma Brasileira
aplicável ou, na inexistência desta, na NFPA 77 (ver a ABNT NBR 17505-1:20133,100). Para líquidos
com condutividade menores que 1 pS/m, a dissipação ocorre mais rapidamente do que previsto pelo
modelo de redução, decaindo exponencialmente.

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10.5.2.2 De acordo com o relacionamento Bustin (ver NFPA 77, Anexo E) onde são carregados
líquidos com baixa viscosidade (menores que 30 × 10–6m2/s), o escoamento ocorre por redução,
decaindo de forma hiperbólica. Entretanto, para alguns destes líquidos, a redução exponencial
constante proporciona uma estimativa conservadora para o tempo de escoamento.

10.5.3 Fatores que afetam a acumulação de cargas em um líquido

10.5.3.1 (*) Em sistemas aterrados, a condutividade da fase líquida tem o maior efeito na acumulação
de cargas no líquido ou nos materiais em suspensão. Um líquido é considerado não condutivo (acumu-
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lador de cargas) se sua condutividade for inferior a 50 pS/m, assumindo-se uma constante dielétrica
de 2. O importante é que a redução da carga em um líquido ocorra de modo rápido o suficiente para
anular os riscos de ignição. A condutividade aceitável para qualquer aplicação particular pode ser
maior ou menor, dependendo da vazão e das condições de processo.

10.5.3.2 Líquidos condutivos, definidos como tendo condutividades maiores que 104 pS/m, não
causam risco por acumulação de carga de eletricidade estática em um hidrocarboneto típico,
em um processamento químico e em operações de manuseio. Neste caso, líquidos com condutividades
de 50 pS/m até 104 pS/m são considerados semicondutores.

10.5.3.3 As características de acumulação de cargas de muitos líquidos industriais, particularmente


hidrocarbonetos não polares, são o resultado de traços de contaminantes nos líquidos, às vezes
em concentrações menores que 1 ppm. Assim, líquidos industriais podem tornar-se mais ou menos
condutivos em várias magnitudes, dependendo das concentrações de contaminantes que se originam
de processos, armazenamentos e práticas de manuseio.

10.5.3.4 Líquido condutivo que, a primeira vista, aparenta ser seguro pode representar um risco signi-
ficativo se não estiver aterrado, por estar contido em um recipiente isolado eletricamente ou vaporizado
(névoa). Onde isolado, essencialmente todas as cargas no líquido condutivo podem ser liberadas
na forma de uma faísca. Onde suspenso como uma névoa, um campo significativo de eletricidade
estática pode resultar em uma descarga.

10.5.3.5 Na indústria do petróleo, para o carregamento de tanques e para operações de distribuição


envolvendo derivados de petróleo, os líquidos enquadrados na categoria de semicondutores são
manuseados como sendo líquidos condutivos. O uso de tais procedimentos é possível porque
os regulamentos proíbem o uso de mangotes e tanques de materiais plásticos não condutivos,
misturas multifases e filtros de fim de linha.

10.5.3.6 Em geral, em operações químicas, líquidos semicondutivos representam uma categoria


distinta na qual a tendência de acumulação de cargas varia enormemente com as operações e com
a condutividade dos líquidos. Estas operações podem envolver misturas multifases, revestimentos
não condutivos de tanques e microfiltros, todos estes promovendo a acumulação de cargas
nos equipamentos.

10.6 Escoamento em tubulações, em mangotes e em tubulações de pequeno


diâmetro (tubing)
10.6.1 Sistemas de tubulações metálicas

10.6.1.1 Todas as partes de um sistema de tubulações contínuas totalmente metálicas devem ter uma
resistência ao aterramento que não exceda 10 'Ω. Uma resistência significativamente alta pode indi-
car contato elétrico fraco, embora este dependa do sistema como um todo. Para acoplamentos flan-
geados, não pode ser aplicada nenhuma pintura nas faces dos flanges nem qualquer revestimento
plástico, normalmente utilizado em porcas e parafusos para garantir a estanqueidade após a aplicação
do apropriado torque. Cabos de ligação e arruelas-estrela não são usualmente necessários nos flanges.

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Arruelas estrela podem igualmente interferir com o aperto apropriado. A continuidade elétrica
do aterramento deve ser confirmada após a montagem e verificada periodicamente.

10.6.1.2 Cabos de ligação podem ser necessários ao redor de juntas flexíveis, giratórias ou deslizantes.
Ensaios e experiências têm demonstrado que a resistência nestas juntas é normalmente inferior a 10 'Ω,
que é baixa o suficiente para prevenir a acumulação de cargas estáticas. Entretanto, as especificações
dos fabricantes devem ser checadas ou as juntas devem ser inspecionadas, porque algumas são fabri-
cadas com superfícies isoladas. Onde forem pintados, os flanges deslizantes, utilizando gaxetas não
condutivas, podem causar perda de continuidade no sistema de aterramento. A perda de continuidade
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pode ser remediada pela utilização de uma gaxeta condutiva, como gaxetas flexíveis preenchidas por
grafite ou gaxetas espiraladas, ou pela instalação de um cabo de ligação através das juntas.

10.6.1.3 Ligações e aterramentos não podem ser comprometidos em seções de tubulações que
devam ser isoladas. Por exemplo, flanges de isolamento podem ter sido instalados para evitar
arcos voltaicos oriundos de correntes parasitas ou a partir de sistemas de proteção catódica, que são
supridos por um sistema de aterramento separado.

10.6.1.4 A Figura A.4 a) e a Figura A.4 b) fornecem um guia sobre a carga estimada no escoamento
de um líquido não condutivo através de uma tubulação regular.

10.6.2 (*) Tubulações não condutivas e tubulações revestidas

Superfícies não condutivas afetam as taxas de geração de cargas e a dissipação das cargas durante
o escoamentoatravés de tubulações. A taxa de geração de cargas é similar em tubulações condutivas
ou não condutivas, enquanto que a taxa de perda de carga pode ser significativamente mais lenta
em tubulações não condutivas. Para carregamento, de líquidos não condutivos, o isolamento da parede
da tubulação pode resultar em uma acumulação de carga de polaridade oposta na superfície externa
do isolamento ou do tubo. A acumulação de carga pode, eventualmente, redundar em falha elétrica
e em corrosão alveolar (pontual) tanto no revestimento ou, no caso de tubulações não condutivas,
de toda a parede do tubo (perda de espessura)

10.6.3 (*) Mangotes flexíveis e tubulações de pequeno diâmetro (tubings)

Mangotes e tubulações flexíveis são disponíveis em metais, em metais revestidos, em plásticos não
condutivos, em borrachas reforçadas, em plásticos e tipos compostos.

10.6.3.1 Onde forem utilizados mangotes ou tubulações de pequeno diâmetro (tubing) estes devem
ser não condutivos, por causa das condições do processo. Os riscos da geração de cargas de eletrici-
dade estática devem ser inteiramente investigados.

10.6.3.2 Como uma condição mínima, todos os acoplamentos condutivos (por exemplo: extremidades
dos acessórios) e seus componentes devem ser ligados e aterrados.

10.6.3.3 Se forem utilizados mangotes imediatamente após filtros, em um serviço com líquido não
condutivo, estes devem ser metálicos ou de outro material condutivo. Revestimentos semicondutivos
podem ser necessários para prevenir a acumulação de cargas e os danos causados por corrosão
alveolar (pontual) nos mangotes.

10.6.3.4 Mangotes condutivos devem ser eletricamente contínuos, e a continuidade deve ser periodi-
camente verificada.

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10.6.4 Tubos de enchimento

Tubos de enchimento devem ser condutivos e ligados ao sistema de enchimento.

10.6.4.1 Tubos de enchimento devem estender-se até o fundo do vaso e podem ser equipados com
a extremidade chanfrada a 45° ou devem dispor de um “tê” para direcionar o fluxo horizontalmente
próximo do fundo do recipiente que estiver sendo carregado.

10.6.4.2 O projeto deve prevenir o escoamento turbulento durante o estágio inicial do enchimento. Um
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“início lento” pode ser necessário, de forma que a velocidade de entrada seja mantida inferior a 1 m/s
até que a saída do tubo esteja coberta por no mínimo uma camada correspondente a dois diâmetros
do tubo.

10.6.5 Filtração

10.6.5.1 Microfiltros

10.6.5.1.1 Microfiltros usualmente têm os orifícios de passagem menores que 150 μm. Estes microfil-
tros, devido à sua grande área de contato, geram uma turbulênciamuito grande provocando correntes
emlíquidos não condutivos. As correntes geradas frequentemente são maiores que aquelas existentes
no fluxo dentro da tubulação de entrada nos microfiltros em duas ordens de grandeza, e a densidade
adicionada de carga no líquido pode exceder 2 000 μC/m3.

10.6.5.1.2 Para prevenir o acúmulo de cargas elétricas, como descritoem 10.6.5.1.1, na entrada
de um recipiente receptor, o filtro deve ser instalado longe o suficiente do recipiente de forma que
a carga elétrica possa decrescer para uma magnitude próxima daquela reinante no fluxo dentro
da tubulação. É prática comum nas indústrias prover um tempo de residência de 30 s nas tubulações
ou nos mangotes condutivos instalados depois dos microfiltros, especialmente se a condutividade
do líquido não for conhecida. Para líquidos condutivos que tenham simultaneamente condutividade
muito baixa (isto é, menor que 2 pS/m) e alta viscosidade (isto é, maior que 30 cS), à temperatura
de operação mais baixa, podem ser apropriados tempos maiores de residência. Nestes casos,
o tempo de residência a ser considerado deve ser de três vezes o tempo de escoamento normalmente
adotado para o líquido.

10.6.5.2 Filtros de linha

Filtros de linha com telas que tenham número Mesh maior que 150 μm devem ser tratados como
microfiltros. Filtros de linha que tenham número Mesh menor que 150 μm podem também gerar cargas
de eletricidade estática significativas onde houver acúmulo de impurezas. Se filtros de linha forem
utilizados em serviços onde for esperado o acúmulo de impurezas, então estes filtros devem também
ser tratados como microfiltros.

10.6.5.3 Filtros finais

Um filtro final é muitas vezes colocado na extremidade de uma linha de descarga, a fim de remover
impurezas. Este filtro pode ser um coletor instalado na extremidade de um mangote e diretamente
exposto ao vapor em um tanque. Filtros utilizados em serviços com líquidos inflamáveis devem ser
instalados no interior de corpos metálicos aterrados.

10.6.6 Material em suspensão

Líquidos não miscíveis e fracamente solúveis e sólidos que se dissolvem lentamente podem
se dispersar como gotículas ou como uma emulsão. Onde um líquido não condutivo contiver uma

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fase dispersa, como água em óleo, a fase contínua determina um comportamento de escoamento
de cargas. A geração de cargas tipicamente é maior para tais suspensões do que em um líquido com
uma única fase.

10.6.7 Restrições diversas em linhas

Os componentes de um sistema de tubulações, como placas de orifício, válvulas, cotovelo, curvas


e “tês”, aumentam a turbulência e podem aumentar a taxa de geração de cargas. Um breve contato
com um componente plástico, em particular, pode causar uma geração significante de carga. Materiais
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em suspensão, como água (ver 10.6.6), também podem causar tal efeito.

10.7 Tanques de armazenamento

10.7.1 Geral

Líquidos fluindo para o interior de um tanque podem carrear uma carga de eletricidade estática que
se acumulará no interior do tanque. Esta carga pode ser detectada como um potencial acima
da superfície do líquido no tanque. O potencial máximo atingido na superfície depende não somente
da densidade da carga do líquido entrante, mas também das dimensões do tanque. Para tanques
comerciais de mesmo volume, o potencial máximo será maior em tanques que tenham menor seção
de área, porque a altura de líquido aumenta mais rapidamente a taxa de escoamento da carga. Menores
potenciais, entretanto são gerados no interior, por exemplo, de uma barcaça quase retangular do que
em um tanque cilíndrico vertical com os mesmos volumes.

10.7.2 Tanques de armazenamento condutivos de teto fixo

A acumulação de cargas em um líquido no interior de um tanque pode conduzir a uma descarga


de eletricidade estática entre a superfície do líquido e o costado do tanque, os apoios do teto
ou os acessórios do tanque. A geração de carga é influenciada pela turbulência do líquido e por uma
série de fatores particulares, como gotículas de água, ferrugem ou sedimentos.

10.7.2.1 Precauções

Se o espaço para vapor do tanque for tal que possa conter uma mistura inflamável (por exemplo,
em casos onde sejam armazenados produtos com pressões de vapor intermediárias ou produtos com
baixa pressão de vapor, contaminados com líquidos com alta pressão de vapor) ou onde é praticado
o corte do carregamento através de trocas de produtos, as seguintes medidas de proteção devem
ser adotadas:

a) deve ser evitado o enchimento turbulento e a ocorrência de respingos verticais;

b) o tubo de enchimento deve descarregar próximo ao fundo do tanque, com a mínima agitação
de água e de sedimentos no fundo do tanque;

c) se possível, a velocidade do fluxo na entrada deve ser limitada durante o estágio inicial
do enchimento do tanque para reduzir a agitação e a turbulência, e as seguintes medidas também
devem ser aplicadas:

1) a velocidade do fluxo de líquido entrando não pode ser superior a 1 m/s até que o tubo
de enchimento esteja submerso por duas vezes o diâmetro do tubo ou por 0,6 m, prevalecendo
o menor;

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2) uma velocidade muito baixa pode resultar em gotículas de água em suspensão sedimentando-se
nos pontos baixos de uma tubulação. Por este motivo a velocidade do fluxo na entrada deve ser
mantida o mais próximo possível de 1 m/s, durante o período inicial de enchimento, para prevenir
a subsequente reentrada de água ou outros contaminantes que podem aumentar significativamente
a tendência de cargas elétricas no produto, quando for aumentada a velocidade;

d) (*) os seguintes aspectos devem ser aplicados em tanques de armazenamento com capacidades
maiores que 50 m3 contendo líquidos que sejam ou não condutivos ou para os quais a condutividade
seja desconhecida:
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3) a velocidade do fluxo de entrada pode ser aumentada para 7 m/s depois que o tubo
de enchimento estiver submerso.

4) onde a experiência operacional tenha demonstrado que a prática é aceitável, como na indústria
petrolífera, a velocidade de entrada do fluxo pode ser aumentada acima de 7 m/s mas em nenhum
caso a velocidade pode ser maior que 10 m/s [ver Figuras A.4 a) e A.4 b) para determinação
da vazão];

e) se o líquido for não condutivo e contiver uma fase dispersa, como gotículas de água em suspensão,
a velocidade do fluxo de entrada deve ser restringida a 1 m/s da operação de enchimento;

f) um tempo de residência mínimo de 30 s deve ser previsto no fluxo de líquidos no trecho


da tubulação entre o microfiltro e o tanque (ver 10.6.5);

g) os tanques devem ser inspecionados permanentemente para verificar a existência de objetos


condutivos não aterrados. Tais objetos podem ser: medidor de nível tipo boia ou tubos
de amostragem perdidos. Estes objetos flutuando na superfície dos líquidos podem
promover faíscas;

h) tubulações não podem ser purgadas com ar ou com outros gases, se o líquido a ser armazenado
for de classe I ou for manuseado a temperaturas iguais ou superiores a seus pontos de fulgor,
porque a introdução de quantidades substanciais de ar ou outro gás no tanque pode criar
um risco, devido a geração de cargas, névoas de líquidos e formação de uma atmosfera inflamável.

10.7.2.2 Aterramento

10.7.2.2.1 Tanques de armazenamento para líquidos não condutivos devem ser aterrados. Tanques
de armazenamento montados sobre o piso são considerados aterrados, independentemente do tipo
de fundação (por exemplo, concreto, areia ou asfalto).

10.7.2.2.2 Para tanques montados sobre fundações elevadas ou sobre suportes, a resistência
ao aterramento pode ser no máximo de 106 Ω e estes tanques são considerados adequadamente
aterrados para o propósito de dissipação de cargas de eletricidade estática, mas a resistência deve
ser verificada. O aterramento adicional executado por barras e o sistema similar de aterramento não
reduzem o risco associado aos efeitos da carga de eletricidade estática no líquido.

10.7.2.3 Geradores de faíscas

10.7.2.3.1 Um instrumento de medição de nível, um sensor de nível alto ou outros dispositivos


condutivos que se projetam no espaço de vapor dos tanques podem prover um local para a descarga
de eletricidade estática entre o dispositivo e o líquido; portanto, estes dispositivos devem atender
aos seguintes critérios:

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a) os instrumentos devem ser ligados segura e diretamente em direção ao fundo do tanque por
um cabo condutivo ou uma barra para eliminar a formação de faíscas, ou devem ser instalados
em poços de medição que sejam aterrados ao tanque;

b) os instrumentos devem ser inspecionados periodicamente para assegurar que o sistema


de ligação não tenha sido interrompido.

10.7.2.3.2 Se os acessórios dos tanques forem não condutivos, o potencial de formação de faíscas
não existe e nenhuma medida adicional é necessária. Dispositivos que sejam montados ao costado do
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tanque (por exemplo, chaves de nível ou poços térmicos) e projetados a uma curta distância no inte-
rior do tanque não estabelecem um risco de descarga de eletricidade estática. Estas situações devem
ser avaliadas em bases individuais.

10.7.2.4 Misturadores de tanques

Misturas promovidas por misturadores a jato ou por agitadores de alta velocidade podem espargir
água e impurezas, causando turbulência na superfície, que pode gerar cargas de eletricidade estática.
Se houver uma mistura inflamável na superfície, será possível ocorrer uma ignição. Superfícies
turbulentas devem ser minimizadas. Uma camada de um gás inerte ou outra forma de inertização
pode ser empregada para eliminar o risco de ignição.

10.7.2.5 Agitação com gás

10.7.2.5.1 Ar, vapor ou outros gases não podem ser utilizados para a agitação porque podem produzir
altos níveis de cargas elétricas em líquidos, névoas ou espumas. Em adição, agitação a ar pode criar
uma atmosfera inflamável no espaço de vapor do tanque. Se uma agitação com gás for inevitável,
o espaço de vapor deve ser purgado antes de iniciar a mistura, e o processo deve ser iniciado
lentamente para assegurar que a carga de eletricidade estática não seja acumulada mais rapidamente
do que possa ser dissipada.

10.7.2.5.2 Precauções especiais devem ser tomadas no início do processo de inertização, para pre-
venir agitações do ar. Enquanto houver agitação com um gás inerte, pode eventualmente surgir uma
mistura de vapor não inerte e a carga eletrostática pode se fazer presente devido ao processo de
agitação, que pode resultar em uma faísca e no desenvolvimento de uma ignição antes da inertização
do espaço de vapor do tanque. Um tempo de espera deve ser observado antes de qualquer atividade
de medição ou amostragem.

10.7.3 Tanques de armazenamento condutivos com tetos ou selos flutuantes

Tanques de armazenamento com tetos ou selos flutuantes são intrinsecamente seguros, uma vez que
estes são ligados aos costados dos tanques. Ligações típicas são alcançadas por derivações entre
os tetos ou selos flutuantes ou coberturas e as paredes do tanque. As derivações são instaladas para
proteção contra raios, mas elas também promovem proteção contra cargas eletrostáticas que possam
ser geradas. Se o teto ou selo flutuante for apoiado sobre suportes, pode ocorrer a acumulação das
cargas na superfície do líquido, e as precauções para um tanque de teto fixo devem ser seguidas.
Se um tanque com teto flutuante interno não for adequadamente ventilado, vapores inflamáveis podem
ser acumulados entre o teto flutuante e o teto fixo.

10.7.4 Tanques revestidos ou com pinturas internas

Tanques metálicos com revestimentos ou pintura, não condutivos podem ser considerados como
tanques condutivos desde que atendam a um dos seguintes critérios:

a) revestimento ou pintura interna, não condutiva, que tenha uma resistividade igual ou menor que

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1010 Ωm, tal como fibra de vidro reforçada e revestida para prevenção contra a corrosão e com
uma espessura mínima de 2 mm;

b) revestimento não corrosivo que tenha uma resistividade maior que 1010 'Ωm, como polietileno
ou borracha, mas com um potencial menor que 4 kV.

10.7.4.1 Tanques metálicos com revestimentos ou pinturas internas que não atendam aos critérios
de 10.7.4 a) ou b) devem ser tratados como tanques não condutivos. Independentemente da espessura
ou da resistividade do revestimento ou da pintura interna, o tanque deve ser ligado ao sistema
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de carregamento. O revestimento não é considerado como uma barreira ao fluxo de cargas eletros-
táticas. Sua resistividade é da mesma ordem de magnitude do líquido ou pode ter menores áreas
descobertas no revestimento.

10.7.4.2 Uma fina camada de tinta, um revestimento fino de plástico ou uma camada de óxido metálico
na parte interna das tubulações, dos recipientes ou dos equipamentos não constituem um risco
de eletricidade estática.

10.7.5 Tanques construídos com materiais não condutivos

Não é permitido que tanques construídos com materiais não condutivos para armazenem líquidos
de classe I, de classe II e de classe III A, exceto sob circunstâncias especiais, como definidos na
ABNT NBR 17505-1.

10.8 Carregamento de caminhões-tanque

As precauções recomendadas para o carregamento de caminhões-tanque variam com as características


do líquido que estiver sendo manuseado e o projeto das Instalações da estação de carregamento.
A Tabela A.4 apresenta um sumário das precauções recomendadas, que devem ser utilizadas
onde exista uma mistura inflamável nos compartimentos dos caminhões-tanque. Estas precauções
são direcionadas para caminhões-tanque que dispõem de compartimentos condutivos (metálicos).
Para compartimentos com revestimento não condutivos, ver 10.12.4. Para compartimentos de material
não condutivo, ver 10.12.7.

10.8.1 Carregamento pelo topo (top loading)

A fim de evitar o carregamento turbulento, deve ser utilizado um tubo de enchimento, a ser projetado
de acordo com as recomendações contidas em 10.6.4.

10.8.2 Carregamento pelo fundo (bottom loading)

O bocal de enchimento pelo fundo deve ser projetado com um defletor ou um difusor para prevenir
a turbulência do líquido e a geração de névoa. Para se alcançar este objetivo deve-se utilizar um cap
ou um “tê” para direcionar o fluxo, dentro do tanque do caminhão, para as paredes laterais.

10.8.3 Carregamentos alternados

A prática de carregar um líquido que tenha um alto ponto de fulgor e uma baixa condutividade
em um caminhão-tanque que previamente tenha contido um líquido de baixo ponto de fulgor
é denominada carregamento alternado. Esta prática pode resultar em uma ignição dos vapores
inflamáveis residuais no momento em que o caminhão-tanque estiver sendo carregado. Os métodos
de prevenção de risco são similares àqueles especificados em 10.7.2.1 a), a c) e de 10.7.2.1 e) a h).
As velocidades recomendadas para o fluxo são encontradas na Tabela A.4.

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10.8.4 Transporte pelas rodovias

Como consta em Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, na API RP 2003,
caminhões-tanque normalmente não criam um risco de eletricidade estática durante o transporte,
uma vez que eles são compartimentados ou contêm quebra-ondas. Os compartimentos ou quebra-
ondas minimizam o batimento do líquido no interior do tanque do veículo, que poderia resultar
em uma geração significativa de cargas elétricas. Recomenda-se que tanques de compartimento
único sem quebra-ondas não sejam utilizados com líquidos que possam gerar uma mistura inflamável
no espaço para vapor existente nos tanques. Caso a utilização de tanques de compartimento único sem
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quebra-ondas seja imprescindível para garantir a limpeza total do equipamento na troca de produtos
inflamáveis (produtos químicos), as precauções com aterramento dos equipamentos antes da descarga
devem ser enfatizadas.

10.8.5 Aditivos antiestáticos

A acumulação de cargas eletrostáticas pode ser reduzida pelo aumento da condutividade do líquido
pela adição de um agente que provoque o aumento da condutividade (aditivo antiestético).

10.8.5.1 Os aditivos antiestáticos são normalmente adicionados em concentrações de partes por


milhão e devem ser utilizados de acordo com as recomendações do fabricante.

10.8.5.2 Onde forem utilizados aditivos antiestáticos como um meio primário para minimizar a acumu-
lação de cargas eletrostáticas, os operadores devem verificar a concentração do aditivo nos pontos
críticos do sistema.

10.9 (*) Caminhões-vácuo

10.9.1 Para controlar a eletricidade estática, os mangotes devem ser condutivos ou semicondutivos.

10.9.2 Como alternativa à recomendação contida em 10.9.1, todos os componentes condutivos


devem ser ligados e o caminhão-vácuo deve ser aterrado

10.9.3 Em nenhum caso devem-se utilizar tubos indutores de plástico ou baldes e tambores
de plástico como recipientes intermediários.

10.10 Vagões-tanque

10.10.1 Em geral, as precauções para vagões-tanque são similares àquelas especificadas para
caminhões-tanque em 10.8. A maior diferença é o volume tipicamente maior dos vagões-tanque
(por exemplo, maiores que 87 m3) quando comparados com os caminhões-tanque (por exemplo,
50 m3). O maior volume permite a utilização de maiores taxas máximas de carregamento, até
um máximo de (0,8/d) m/s, onde d é o diâmetro interno do bocal de entrada em metros.

10.10.2 Muitos vagões-tanque são equipados com mancais não condutivos e chapas de desgaste
não condutivas localizadas entre o vagão propriamente dito e o rodeiro ou truque (parte rodante
do vagão-tanque). Consequentemente, a resistência ao aterramento através dos trilhos pode não ser
suficientemente baixa para prevenir a acumulação de cargas eletrostáticas no corpo do vagão-tanque.
Portanto, a ligação do corpo do vagão-tanque com o sistema de enchimento é necessária para
proteger contra a acumulação de cargas elétricas. Em adição, por causa da possibilidade de correntes
parasitas, as linhas de carregamento devem ser ligadas aos trilhos.

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10.11 Navios-tanque e barcaças-tanque

Navios-tanque e barcaças-tanque estão fora do escopo da ABNT NBR 17505. As recomendações


contidas na International safety Code for Oil Tankers and Terminals (ISGOTT) devem ser seguidas.

10.12 Vasos de processo

10.12.1 Meios de acumulação de cargas eletrostáticas


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A acumulação de eletricidade eletrostática em vasos de processo ocorre pelos mesmos métodos


descritos em 10.7 para tanques de armazenamento.

10.12.1.1 Onde um líquido condutivo e um líquido não condutivo são misturados, o líquido condutivo
deve ser adicionado primeiro no vaso, se possível, de forma que a condutividade da mistura seja
a mais alta possível durante o processo de mistura.

10.12.1.2 Reentradas de loop de recirculação devem ser projetadas para minimizar turbulências,
falhas na superfície, como, por exemplo, pela utilização de jatos subsuperficiais que não causem inter-
rupções na superfície do líquido.

10.12.2 (*) Procedimentos para transferência para tanques

10.12.2.1 Quando dois ou mais líquidos não condutivos são introduzidos em um tanque de mistura,
o líquido menos denso (mais leve) deve ser carregado primeiro para evitar a formação de uma cama-
da superficial comprimindo o mais leve pelo peso do componente mais pesado, facilitando a mistura
dos dois componentes.

10.12.2.2 Só podem ser efetuadas recirculações turbulentas se o vaso estiver inertizado ou tiver seu
vapor enriquecido.

10.12.3 Agitação

Agitadores devem estar cobertos com altura suficiente de líquido antes de serem iniciadas as operações
para minimizar a turbulência ou devem ser operados em velocidades reduzidas até que seja alcançada
uma altura de líquido suficiente. Em casos onde não possam ser evitadas acumulações perigosas
de cargas eletrostáticas utilizando-se as medidas recomendadas em 10.10, o vaso deve ser inertizado.

10.12.4 Vasos com revestimentos não condutivos

A acumulação de cargas eletrostáticas pode resultar em danos por corrosão alveolar em equipamentos
tais como reatores revestidos por esmalte ou vidro. Isto é causado pelo fato de que as descargas
eletrostáticas frequentemente ocorrem nas interfaces dos líquidos como na drenagem de líquidos
a partir de paredes molhadas, neste caso também pode ocorrer o risco de ignição do vapor. Em alguns
casos, é possível especificar revestimentos para vasos e agitadores que dissipem a eletricidade
estática. Vasos e acessórios condutivos devem ser ligados e aterrados. Em alguns casos pode
ser necessária a inertização.

10.12.5 Adicionando sólidos

A causa mais frequente de ignições de eletricidade estática ocorre em vasos de processo durante
a adição de sólidos a líquidos inflamáveis. Mesmo onde o vaso for inertizado, grandes adições
de sólidos introduzirão ar no interior do vaso enquanto são expelidos vapores inflamáveis a partir
do vaso. A adição repentina de um grande volume de sólidos pode também resultar em descarga
de eletricidade estática originada na massa flutuante de pó do produto que estiver sendo carregado.

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10.12.5.1 A adição manual de sólidos através de uma porta aberta ou boca de visita deve ser efetu-
ada apenas em bateladas de 25 kg.

10.12.5.2 A adição de bateladas maiores que 25 kg (por exemplo, a partir de recipientes intermediá-
rios para granel flexíveis) deve ser efetuada através de um alimentador intermediário com uma válvula
rotativa ou dispositivo equivalente. O alimentador pode ser inertizado separadamente para reduzir
a entrada de ar no vaso onde será feita a mistura, enquanto a expulsão de vapores na área
de operaçõespode ser evitada pela ventilação do vaso para um local seguro. A adição de sólidos
a partir de sacos plásticos não condutivos pode ser perigosa, mesmo se os sólidos não forem
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condutivos (por exemplo: sílica).

10.12.5.3 Sacos devem ser confeccionados em papel, folhas de papel e plástico nos quais o filme
de plástico não combustível deve ser coberto por papel em ambos os lados ou por plástico antiestático.
Considerando que a colocação de pontos para aterramento pode ser impraticável, estes sacos podem
ser efetivamente aterrados por contato com um vaso condutivo aterrado ou pelo contato com a pele
de um operador aterrado.

10.12.5.4 Tambores ou pacotes de fibra não podem ter um revestimento de plástico aderido que
possa soltar pedaços, destacando-se do tambor ou do pacote, e tornar-se uma impureza

10.12.5.5 Alarmes metálicos devem ser aterrados.

10.12.5.6 As pessoas que estiverem nas proximidades das aberturas de vasos que contenham líqui-
dos inflamáveis devem utilizar vestimentas e EPI adequados, de forma a não gerar eletricidade estática.
Adicionalmente, deve ser dada atenção especial à limpeza do local, evitando o acúmulo de resíduos
não condutivos (por exemplo, resinas) no piso ou sobre itens como terminais de aterramento, que
podem causar descontinuidades elétricas.

10.12.6 Misturando sólidos

Onde os sólidos são dissolvidos ou dispersados em líquidos não condutivos a taxa de geração
de cargas eletrostáticas pode ser grande, dependendo de fatores como os sólidos que estiverem
sendo carregados, tamanho das partículas e taxa de agitação. A dissipação de cargas frequentemente
é alcançada pela elevação da condutividade da fase contínua pela reformulação com solventes
condutivos ou pela adição de aditivos antiestáticos. Alternativamente, o risco de ignição pode
ser controlado por inertização.

10.12.7 Vasos de processo não condutivos

10.12.7.1 Em geral, vasos de processo não condutivos não podem ser utilizados com líquidos
inflamáveis que apresentem riscos externos de ignição se suas superfícies externas se tornarem
carregadas.

10.12.7.2 Se um tanque não condutivo tiver que ser utilizado e existir a possibilidade da atmosfera
ao redor do tanque ou se o espaço de vapor estiver sujeito a uma ignição, os seguintes critérios
devem ser atendidos para assegurar que haja uma dissipação segura das cargas eletrostáticas
e para prevenir descargas:

a) todos os componentes condutivos (por exemplo: a borda e as tampas metálicas) devem ser
ligados entre si e aterrados;

b) onde o tanque for utilizado para armazenar líquidos não condutivos, os seguintes critérios devem
ser atendidos:

1) um escudo condutivo envolvente e aterrado deve ser suprido para prevenir descargas externas;

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2) o escudo deve dispor de uma tela de arame aterrada na parede do tanque e deve conter
as superfícies externas;

c) onde for utilizado para armazenar líquidos não condutivos, o tanque deve ter uma chapa metálica
para prover um condutor através do qual a carga pode fluir do líquido contido para a terra,
e os seguintes critérios devem ser atendidos:

1) a chapa deve ter uma área de superfície maior que 500 cm2/m3 de volume do tanque;

2) a chapa deve ser colocada no fundo do tanque e ligada à terra;


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d) onde o tanque for utilizado para armazenar líquidos condutivos, um cabo de aterramento interno
deve se estender do topo ao fundo do tanque e deve ser conectado à terra, ou deve ser provida
uma tubulação de carregamento aterrada e estendida até o fundo do tanque que deve atender
aos seguintes critérios:

1) a linha de carregamento aterrada deve entrar pela parte inferior do tanque;

2) a linha de carregamento aterrada não pode introduzir um gerador de faíscas.

10.13 Medição e amostragem

Operações de medição e amostragem, incluindo medições de temperatura, podem introduzir elementos


geradores de faíscas no interior do tanque ou no compartimento de armazenamento. Devem ser
utilizados poço e instrumento de medição condutiva para amostragem e medição manuais.

10.13.1 Precauções

As precauções contidas em 10.13 devem ser tomadas onde não for possível utilizar um poço
de medição, onde o material armazenado for não condutivo ou onde o espaço de vapor do recipiente
for passível de ignição.

10.13.2 Operações manuais

Se operações de medição e amostragem forem conduzidas manualmente, as recomendações sobre


vestimentas e EPI contidas em 10.2 devem ser consideradas.

10.13.3 Materiais

10.13.3.1 Os sistemas de medição e amostragem devem ser completamente condutivos ou com-


pletamente não condutivos. Por exemplo, dispositivos de amostragem e medição condutivos devem
ser utilizados com um dispositivo de encaminhamento condutivo, como uma fita ou cabo de aço.

10.13.3.1.1 Correntes de elos que não sejam eletricamente contínuas não podem ser utilizadas em
atmosferas inflamáveis.

10.13.3.1.2 Dispositivos para amostragem e medição condutivos, incluindo o recipiente de amostragem


e o dispositivo de encaminhamento, devem ser apropriadamente ligados ao tanque ou compartimento.

10.13.3.1.3 A ligação especificada em 10.13.3.1.2 deve ser acompanhada pela utilização


de um cabo de ligação ou pela manutenção do contato contínuo de metal com metal entre o dispositivo
de encaminhamento e o bocal de medição do tanque.

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10.13.3.1.4 Quando forem utilizados dispositivos manuais de medição e amostragem não condu-
tivos, não é necessário considerar qualquer período para escoamento das cargas elétricas após
o carregamento ou enchimento do tanque. Entretanto, é observado que estes dispositivos podem
não alcançar o necessário nível de não condutividade devido a fatores ambientais, como umidade
ou contaminação. Portanto um período apropriado para escoamento das cargas elétricas deve ser
adotado onde forem utilizados dispositivos não condutivos.

10.13.3.1.5 Cordas e cabos feitos de materiais sintéticos como náilon não podem ser utilizados
devido à possibilidade de acumular cargas elétricas, se elas correrem rapidamente através de mãos
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enluvadas. Embora cordas e cabos de fibras celulósicas naturais possam, em princípio, ser utilizadas,
tais cordas e cabos são frequentemente compostos de uma mistura natural ou sintética, com a corres-
pondente possibilidade de geração de cargas elétricas.

10.13.4 Medição

Onde possível, medições devem ser executadas utilizando sistemas de medição automáticos.
Estes sistemas podem ser utilizados com segurança em tanques, uma vez que medidores de boia
e dispositivos similares são eletricamente ligados ao costado dos tanques através uma fita condutiva
ou arames-guia condutivos. Boias livres e flutuadores não ligados podem ser geradores efetivos
de faíscas e devem ser evitados. Dispositivos de medição sem contato, como radares e medidores
ultrassônicos são também satisfatórios, uma vez que a continuidade elétrica é assegurada.
Componentes isolados condutivos não podem ser utilizados.

10.13.5 Período de espera

10.13.5.1 Dependendo da dimensão do compartimento e da condutividade do produto que


estiver sendo carregado, um período de espera suficiente deve ser adotado para que a carga elétrica
acumulada seja dissipada.

10.13.5.2 Um período de espera de 30 min deve ser adotado antes das operações de medição
ou amostragem de vasos ou tanques de armazenamento com capacidades maiores que 40 m3,
a não ser que um poço de medição esteja sendo utilizado. O período de espera antes da medição
ou amostragem para vasos ou tanques com capacidade entre 20 m3 e 40 m3 pode ser reduzido para
5 min e para 1 min para tanques ou vasos menores que 20 m3. Períodos de espera maiores podem
ser apropriados para líquidos com condutividade muito baixas (k < 2 pS/m) ou líquidos não condutivos
que contenham uma segunda fase dispersa [como um líquido de classe I com mais que 0,5 % de água
(baseado em massa)]. Se um poço de medição for utilizado, é desnecessário um período de espera.

10.14 Limpeza de tanques (ver também Seção 11)

10.14.1 Lavagem com água

10.14.1.1 A névoa criada no interior de um tanque pela aspersão de água pode ser altamente
carregada eletricamente. Isto é um problema particular com tanques com capacidades maiores do que
100 m3, devido ao tamanho da nuvem de névoa que pode ser formada. A lavagem com aspersão
de água só pode ser feita em uma atmosfera inertizada ou não inflamável.

10.14.1.2 Embora escrita especificamente para tanques de carga marítimos o “International


Safety Guide for Oil Tankers and Terminals (ISGOTT)” apresenta uma boa abordagem sobre limpeza
de tanques. Tanques menores que 100 m3 e com todos os componentes condutivos aterrados têm
um risco de descarga elétrica desprezível. Onde houver uma possibilidade de entrada de vapor d’água
no tanque durante o processo de lavagem com água, as precauções contidas em 10.12.3 devem
ser seguidas.

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10.14.2 Lavagem com solventes

Névoas densamente carregadas eletricamente criadas por solventes inflamáveis, são similares
àquelas oriundas da lavagem com água, e precauções similares devem ser tomadas no que se refere
a componentes condutivos.

10.14.2.1 Se uma atmosfera ou névoa inflamável não puder ser evitada por causa do tipo
de solvente ou processo de limpeza utilizado, o tanque ou vaso que estiver sendo limpo deve ser
inertizado ou enriquecido para reduzir a probabilidade de ignição durante o processo de limpeza.
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10.14.2.2 Se o vaso ou tanque não estiver inertizado ou enriquecido e uma atmosfera inflamável
estiver presente, as seguintes precauções devem ser consideradas onde estiver sendo utilizado
solvente como um agente de limpeza:

a) o solvente deve ser condutivo;

b) se for utilizada uma mistura de solventes, como solvente recuperado, a condutividade deve ser
verificada periodicamente;

c) materiais com alto ponto de fulgor (no mínimo 9 °C acima da temperatura máxima de operação
durante a limpeza) devem ser utilizados e o ponto de fulgor deve ser confirmado diariamente;

d) o sistema de limpeza deve ser condutivo e ligado ao tanque, e devem ser efetuados periodicamente
testes de continuidade de todos os equipamentos ligados;

e) objetos condutivos não aterrados devem ser tratados de acordo com o seguinte:

1) eles não podem ser introduzidos no tanque durante o processo de limpeza;

2) eles não podem ser introduzidos no tanque por um período de tempo suficiente depois do
processo de limpeza que pode levar várias horas devido à geração de névoa.

10.14.3 Limpeza com vapor d’água

Limpeza com vapor d’água pode criar densidades de cargas elétricas muito grandes com amplas
faixas correspondentes de potenciais de cargas elétricas, que aumentam com a dimensão do tanque.
Portanto, as seguintes precauções devem ser tomadas:

a) tanques maiores que 4 m3 devem ser inertizados antes da limpeza com vapor d’água;

b) todos os componentes do sistema de vaporização devem ser condutivos e aterrados;

c) todos os componentes condutivos do tanque devem ser ligados e aterrados.

10.14.4 Jateamento interno abrasivo (com materiais permitidos por Lei)

10.14.4.1 Onde possível, tanques e vasos de processo devem ser limpos e livres de materiais infla-
máveis e explosivos (inferior a 10 % do LIE).

10.14.4.2 Mangueiras utilizadas para o jateamento abrasivo devem ser aterradas, e a resistência
a aterramento de qualquer parte dos assessórios das mangueiras, especialmente os bocais, não pode
exceder 106 Ω (ver B.10.6.3).

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10.15 Tanques portáteis, recipientes intermediários para granéis (IBC) e outros


recipientes menores
As práticas especificadas em 10.15 devem ser seguidas para reduzir os riscos de eletricidade
eletrostática durante o enchimento e o esvaziamento de tanques portáteis, IBC e recipientes em geral.

10.15.1 Tanques e IBC metálicos

10.15.1.1 Tanques e IBC metálicos devem ser cheios pelo fundo, se possível.
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10.15.1.2 Onde utilizados para líquidos não condutivos, os filtros devem ser instalados em uma
posição que permita um deslocamento de no mínimo 30 s até os tanques ou IBC, como recomendado
em 10.6.5.1.2.

10.15.1.3 Os tanques portáteis ou IBC devem ser ligados ao sistema de enchimento antes de serem
abertos e devem ser fechados antes de serem desconectados da ligação.

10.15.1.4 Vazões de enchimento devem ser similares àquelas normalmente utilizadas para encher
tambores, cerca de 225 L/min ou menos, a não ser que o recipiente esteja inertizado.

10.15.1.5 Se o tubo de enchimento não se estender até o fundo e o vaso não estiver inertizado, deve
ser adotada uma velocidade baixa inicial de 1 m/s ou menor, até que o tubo de enchimento esteja
submerso por cerca de 150 mm.

10.15.1.6 Tanques portáteis e IBC com revestimentos não condutivos apresentam riscos mais
severos que com tambores, devido à maior capacidade e à maior energia que pode ser armazenada
para iguais densidades de cargas elétricas.

10.15.2 Tanques portáteis e IBC não condutivos

10.15.2.1 Enchimento de tanques portáteis e IBC não condutivos com líquidos combustíveis
a temperaturas abaixo de seus pontos de fulgor não representam um risco significativo de ignição por
eletricidade estática. O enchimento de tais recipientes com um líquido combustível a temperaturas
acima ou próximo de 9 °C de seu ponto de fulgor deve ser considerado como se o líquido
fosse inflamável.

10.15.2.2 Não é permitido o reenchimento de um recipiente que possa conter vapores inflamáveis
do produto anterior. Adicionalmente, a rotina de manuseio de recipientes não condutivos cheios com
algum tipo de líquido pode gerar uma carga elétrica na superfície externa do recipiente.

10.15.2.3 Tanques portáteis e IBC não condutivos não podem ser utilizados onde estiverem presentes,
no ambiente, vapores inflamáveis.

10.15.2.4 Tanques portáteis e IBC construídos de materiais não condutivos são proibidos para
o uso com líquidos de classe I. Se tais recipientes forem utilizados com líquidos de classe II e de classe III,
as precauções para enchimento dependem da dimensão do recipiente, do projeto do recipiente
e da condutividade do líquido.

10.15.3 Outros recipientes metálicos

10.15.3.1 Se estiverem sendo cheios, os recipientes metálicos e equipamentos de enchimento


associados devem ser ligados entre si e aterrados.

10.15.3.2 A ligação deve ser efetivada por grampos que tenham pontos de aço endurecidos
que penetrem na pintura, áreas corroídas e em materiais acumulados utilizando a força de torção
ou de uma mola forte.

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10.15.3.3 O grampo deve ser aplicado nos recipientes antes de serem removidos os tampões
e em um ponto no topo do recipiente que esteja afastado das aberturas dos tampões.

10.15.3.4 O tubo de enchimento aterrado deve possuir um chanfrado em um ângulo de aproxi-


madamente 45° e deve ser posicionado próximo ao fundo para inibir descargas turbulentas a partir
da superfície do líquido.

10.15.3.5 A extremidade do tubo de enchimento deve se estender para até 25 mm em direção


ao fundo do recipiente e permanecer abaixo da superfície do líquido até que o recipiente
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esteja cheio. Líquidos viscosos que fluam sem turbulência podem ser defletidos por um pequeno
bocal de enchimento para escoar pelas paredes internas do recipiente. A inertização do recipiente
é raramente necessária.

10.15.3.6 Quando o líquido for envasado a partir de um recipiente metálico, o recipiente deve ser
aterrado. Se o recipiente receptor também for metálico, este também deve ser aterrado.

10.15.3.7 Devem ser utilizadas válvulas metálicas de fecho rápido para o envasamento de líquidos.

10.15.3.8 Se o líquido for envasado a partir de um recipiente elevado (escoamento por gravidade),
o tubo de enchimento, a mangueira condutiva e a bomba devem ser ligados ao recipiente e aterrados.
(para funis e recipientes receptores, ver 10.15.6).

10.15.4 Recipientes metálicos revestidos por plástico

10.15.4.1 Os efeitos da eletricidade estática a partir de revestimentos internos de espessura fina,


como pinturas fenólicas ou epóxi, podem ser ignorados, uma vez que o revestimento não tem espes-
sura maior que 2 mm. Estes recipientes podem ser tratados como recipientes metálicos.

10.15.4.2 Onde o tambor tiver um revestimento de plástico não condutivo com espessura maior que
2 mm, ele deve ser tratado como um recipiente não condutivo, a não ser que possa ser demonstrado
que a resistividade da superfície é inferior a 1010 'Ω.

10.15.5 Outros recipientes de plástico

A utilização de recipientes de plástico para líquidos de classe I é limitada pela ABNT NBR 17505
(todas as Partes). Se tais recipientes forem utilizados para líquidos de classe II e de classe III, as
precauções para enchimento dependem da dimensão do recipiente, do projeto do recipiente e da
condutividade do líquido.

10.15.5.1 Uma vez que recipientes plásticos não podem ser aterrados, eles não podem ser
utilizados com líquidos de classe I ou manuseados em atmosferas inflamáveis sem uma adequada
avaliação dos riscos envolvidos.

10.15.5.2 Para líquidos de classe II, os riscos de eletricidade estática podem ser avaliados como
a seguir:

a) onde o líquido possa exceder seu ponto de fulgor durante o enchimento ou esvaziamento;

b) onde um recipiente possa ser estocado ou manuseado em um ambiente cuja atmosfera


seja inflamável.

10.15.5.3 As opções que podem ser utilizadas para conduzir a situação especificada 10.15.2 a)
incluem enchimento pelo fundo eresfriamento de um líquido antes do descarregamento, especialmente
se o recipiente estiver diretamente sob a luz do sol ou em uma área quente. Inertização contínua
durante o descarregamento pode também ser considerada uma boa prática.

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ABNT NBR 17505-5:2015

10.15.5.4 Para a situação especificada em 10.15.5.2 b) os recipientes plásticos podem ser arma-
zenados longe dos recipientes de líquidos inflamáveis, de forma que sejam evitados os riscos de uma
descarga eletrostática, a partir da superfície dos recipientes plásticos.

10.15.6 Recipientes com capacidade de até 20 L, manuseados manualmente

Os riscos de incêndio a partir de eletricidade estática aumentam com o volume dos recipientes
e com a volatilidade do líquido a ser manuseado. Então, os recipientes de menores volumes, capazes
de efetivamente desenvolver um sinistro, precisam ser normalmente selecionados e não podem
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exceder 20 L.

10.15.6.1 Latões de segurança certificados podem ser utilizados, especialmente aqueles tipos
equipados com uma mangueira metálica flexível para o envasamento, tal que possam ser realizados
sem o auxílio do funil.

10.15.6.2 Uma vez que recipientes não condutivos não podem ser aterrados, eles são limitados a 2 L
para líquidos de classe IA e a 5 L para líquidos da classe IB e da classe IC. Uma exceção é a gasolina,
para a qual um recipiente plástico de 20 L tem sido largamente utilizado por muitos anos com nenhum
incidente registrado, devido à eletricidade estática, se comparado com a utilização de latões metáli-
cos. O que se encontra reportado é devido em parte ao rápido estabelecimento do vapor rico (acima
do LSI) da gasolina no interior dos latões.

10.15.6.3 Os recipientes plásticos especificados em 10.15.6.2 não podem ser utilizados para
outros líquidos inflamáveis sem uma avaliação dos riscos. Diferentemente da gasolina, os líquidos
condutivos como os álcoois podem tornar-se indutivamente carregados pelo recipiente plástico carregado
e desenvolver o risco de centelhamento. Em adição, o recipiente pode conter uma atmosfera inflamável.

10.15.7 Recipientes não condutivos

Sujeitos às limitações de volume descritas em 10.15.6 é comum manusear líquidos inflamáveis


em pequenos recipientes de vidro ou de plástico com capacidade de até 0,5 L

10.15.7.1 Se os recipientes especificados em 10.15.7 estiverem envolvidos em operações frequentes,


como operações de pequena escala de mistura de solventes, um funil metálico aterrado com um
tubo que se estenda para o fundo do recipiente deve ser utilizado para o enchimento do recipiente.
Esta prática assegura que qualquer carga induzida no líquido pelo recipiente, como pode acontecer
no recipiente plástico pela fricção, seja dissipada através do funil aterrado.

10.15.7.2 Funis de plástico ou vidro devem ser utilizados somente onde for essencial por questões
de compatibilidade de material.

10.15.8 Recipientes para amostragem

10.15.8.1 Os riscos de ignição são significativamente aumentados onde estiver presente uma
atmosfera inflamável fora do recipiente; por exemplo, onde a amostragem é feita diretamente
de um tanque ou uma amostra é transferida próxima de uma boca de visita, porque tal situação pode
precipitar um grande incêndio ou explosão. Um recipiente para amostra metálico e aterrado ou uma
garrafa de vidro em uma gaiola metálica aterrada pode ser utilizado em tais casos.

10.15.8.2 Por serem mais facilmente carregados eletricamente do que os vidros, recipientes não
condutivos de plástico devem ser evitados, exceto se forem utilizados em áreas bem ventiladas.
Se a amostragem externa for executada através de registros para amostragem que estejam localizados
longe das aberturas do tanque em áreas livremente ventiladas e se as quantidades amostradas forem
de no máximo 1 L, o risco de incêndio é, na maioria dos casos, insuficiente para justificar qualquer
outro procedimento especial que não a ligação dos componentes metálicos.

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10.15.9 (*) Limpeza

10.15.9.1 Recipientes devem ser ligados entre si e aterrados antes de serem abertos para opera-
ções de limpeza como vaporização.

10.15.9.2 Os equipamentos de limpeza devem ser ligados entre si e aterrados.

10.16 (*) Limpeza a vácuo


O recolhimento de líquidos e sólidos em uma atmosfera inflamável utilizando um equipamento
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de limpeza a vácuo pode criar um risco significativo devido à ignição a partir de descargas eletrostáticas.
Se for necessário utilizar tal equipamento em uma área de processo, os riscos e os procedimentos
para a utilização segura devem ser cuidadosamente revistos e claramente comunicados aos
usuários potenciais.

10.17 Escoamento de gases limpos


10.17.1 Usualmente ocorre uma geração insignificante de eletricidade estática em escoamento
de gases em fase simples. A presença de sólidos, como ferrugem ou líquidos em suspensão como
água ou condensado, cria cargas elétricas que são transportadas pela fase gasosa. O impacto
da corrente carregada eletricamente em objetos que não estejam aterrados pode, então, criar riscos
de centelhamento. Por exemplo, dióxido de carbono descarregado sob pressão gera neve sólida.
Em atmosferas inflamáveis, este fenômeno pode criar um risco de ignição. Por esta razão, dióxido
de carbono a partir de cilindros de alta pressão ou de extintores de incêndio nunca pode ser utilizado
para inertizar recipientes, tanques ou vasos.

10.17.2 Gases que requerem energia de ignição muito baixa, como acetileno e hidrogênio, que
contenham materiais em suspensão, podem sofrer ignição pelo efeito corona da liberação dos gases
em altas velocidades. O fenômeno está associado com a queda da eletricidade na periferia de uma
corrente carregada eletricamente sendo ventada. Descargas elétricas podem ocorrer mesmo em equi-
pamentos apropriadamente aterrados.

10.18 Filmes e envelopamento em plástico


10.18.1 Filmes e envelopamentos em plásticos não condutivos, como aqueles utilizados para
envolver paletes para embarque, apresentam riscos similares àqueles de sacos plásticos. Estesfilmes
podem gerar descargas elétricas dispersas a partir de suas superfícies devido à fricção e separação
das superfícies. Remendos isolados e úmidos também podem criar riscos de centelhamento.

10.18.2 Um problema adicional é o carregamento eletrostático do pessoal que manuseia as folhas


e os pacotes plásticos. Folhas e pacotes plásticos não podem ser conduzidos em áreas que
possam conter atmosferas inflamáveis. O plástico do envelopamento de paletes pode ser removido fora
da área e, se necessário, recolocado por um encerado adequado ou outra cobertura temporária.
Plásticos para envelopamento antiestáticos são disponíveis. Folhas de tecidos (utilizadas fora
de muitas áreas limpas) podem gerar cargas significativas de eletricidade estática, quando são puxadas
de uma bobina e precauções similares àquelas recomendadas para folhas de plástico devem
ser tomadas.

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ABNT NBR 17505-5:2015

11 Salvaguardas para entrada, limpeza ou reparo em tanques e em recipientes


11.1 Precauções básicas
11.1.1 Geral

11.1.1.1 Deve ser adotada extrema cautela quando um trabalho for realizado em um tanque
ou recipiente que contenha ou tenha contido líquidos inflamáveis, combustíveis ou outros
produtos perigosos.
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11.1.1.2 Deve ser adotada extrema cautela quando um trabalho for realizado em um tanque
ou recipiente que contenha vapores relativos a produtos que tenham sido armazenados.

11.1.1.3 Antes de qualquer trabalho ser desenvolvido em um tanque ou recipiente que tenha líquidos
inflamáveis, combustíveis ou outro produto perigoso armazenados, o tanque ou recipiente deve ser
tornado seguro.

11.1.1.4 As pessoas que desenvolverão o trabalho devem ter o conhecimento do seguinte:

a) características do produto que está armazenado ou foi armazenado anteriormente no tanque


ou recipiente;

b) potencial dos riscos associados à saúde e segurança com o trabalho a ser desenvolvido;

c) procedimentos de segurança exigidos para o trabalho em tanques ou recipientes.

11.1.1.5 Trabalhos em tanques ou recipientes que contenham ou tenham contido produtos perigosos
somente devem ser desenvolvidos por pessoas treinadas que entendam os riscos associados
ao trabalho e que sejam suficientemente capacitadas, treinadas ou educadas para conduzir com
segurança estas operações.

11.1.1.6 Trabalhos em tanques ou recipientes somente serão permitidos após serem conhecidas
às características dos riscos dos produtos contidos ou que tenham sido previamente contidos,
identificada e medida a atmosfera no interior dos tanques ou recipientes, identificados os riscos
específicos e estabelecidos os procedimentos de segurança. Quando forem estabelecidos os procedi-
mentos de segurança, deve ser checado o seguinte:

a) todos os compartimentos de um tanque ou recipiente compartimentado;

b) espaço intersticial da contenção secundária do tanque ou recipiente;

c) selos de vapor;

d) espaço sob o fundo do tanque;

e) todos os tipos de pontão ou suportes de tubulação;

f) qualquer outra área onde vapores ou resíduos possam estar retidos.

11.1.1.7 Todas as permissões requeridas devem ser obtidas antes de iniciar o trabalho (por exemplo,
proprietário das instalações, autoridades responsáveis por áreas públicas, comandantes de embarca-
ções etc.).

11.1.1.8 Os trabalhos não se iniciarão em tanques ou recipientes que contenham ou tenham contido
líquidos instáveis ou materiais reativos até que sejam obtidas informações relativas à segurança e
procedimentos de limpeza.

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ABNT NBR 17505-5:2015

11.1.1.9 Materiais de limpeza não reativos devem ser utilizados onde requeridos.

11.1.1.10 A Seção 11 não isenta a necessidade de verificar todos os detalhes necessários para
desempenhar as atividades com segurança nos trabalhos de entrada, limpeza ou reparo em tanques
e recipientes. Esta Seção não isenta o atendimento a outras normas ou procedimentos quanto
a alguns detalhes.

11.1.1.11 Antes de abrir ou acessar tanques ou recipientes, qualquer pressão interna deve ser
reduzida à pressão atmosférica. Os vapores contidos nos tanques ou recipientes devem ser removidos
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para um local seguro ou, quando requerido, degasados.

11.1.1.12 Um procedimento deve ser estabelecido para notificar de forma apropriada as equipes
de resposta à emergência nos casos de fogo ou de outros sinistros.

11.1.1.13 Uma pessoa qualificada deve estabelecer os requisitos necessários, a fim de proteger


as pessoas que trabalhem nas redondezas do tanque, quanto aos riscos à exposição aos produtos
perigosos.

11.1.1.14 Se produtos perigosos forem utilizados para enxaguar ou limpar um tanque ou recipiente,
uma pessoa qualificada deve estabelecer todos os equipamentos de proteção individual (EPI) reque-
ridos para resguardar o trabalhador contra possíveis danos à saúde.

11.1.1.15 Quando um produto de limpeza for utilizado, as instruções do fabricante quanto ao manu-
seio e segurança devem ser totalmente seguidas.

11.1.2 Considerações sobre ignição

Aplica-se aos tanques e recipientes que contenham ou tenham contido líquidos inflamáveis,
combustíveis ou seus vapores, o descrito em 11.1.2.1 a 11.1.2.7.

11.1.2.1 Onde existir potencial da presença de vapores inflamáveis em tanques e recipientes,


uma permissão de trabalho a quente deve ser emitida para ser executada qualquer operação que
possa constituir em uma fonte de ignição.

11.1.2.2 Antes de executar qualquer procedimento, a área ao redor do tanque ou recipiente deve
ser verificada quanto à presença de qualquer fonte de ignição.

11.1.2.2.1 A área protegida e os métodos de controle a serem utilizados devem ser estabelecidos por
pessoa qualificada, baseados no potencial de ignição ao redor do tanque ou recipiente.

11.1.2.2.2 Complementando o descrito em 11.1.2.2.1, a área deve ser inspecionada quanto à presença
de líquidos inflamáveis e ensaiada quanto à presença de vapores inflamáveis.

11.1.2.2.3 Barreiras e sinalização de alerta com a inscrição “NÃO FUMAR – INFLAMÁVEL” devem ser
providenciadas e colocadas de acordo com os requisitos estabelecidos nos procedimentos escritos.

11.1.2.3 Equipamentos que sejam capazes de gerar uma fonte de ignição não são permitidos na área
do tanque ou recipiente e no seu entorno até que os locais sejam ensaiados e considerados seguros.

11.1.2.4 (*) Antes do início da operação, a pessoa qualificada deve determinar procedimentos
de segurança para trabalhos em tanques e recipientes que tenham potencial para ação pirofórica,
que tenha armazenado nitro-celulose, solução de piroxilina, nitratos, cloratos, per-cloratos, peróxidos
e outros materiais que contenham oxigênio na sua molécula, suficiente para manter combustão.

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ABNT NBR 17505-5:2015

11.1.2.5 A pessoa qualificada deve determinar quais e quantos equipamentos para combate
a incêndios devem ser previstos na área, baseado nos riscos reais e potenciais. A pessoa qualificada
deve exigir que os equipamentos estejam no local antes de emitir a permissão do trabalho a quente
e assegurar que as pessoas presentes sejam qualificadas e treinadas na utilização dos equipamentos
de combate a incêndios.

11.1.2.6 (*) A pessoa qualificada deve estabelecer as medidas necessárias para prevenir
a acumulação e descarga de eletricidade estática.
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11.1.2.7 Qualquer equipamento elétrico a ser utilizado deve atender o seguinte.

a) ser aprovado para zona 0 ou zona 1 de classificação de risco como definido na


ABNT NBR 17505-6;

b) estar relacionado na permissão de trabalho emitida;

c) ser inspecionado por pessoa qualificada para assegurar que o equipamento esteja em condições
adequadas de operação.

11.2 Preparação para segurança


11.2.1 Bloqueio/etiquetagem

11.2.1.1 Todos os circuitos elétricos ou outras fontes de suprimento de energia para bombas
ou outros equipamentos conectados ao tanque ou recipiente, que tenham um potencial de risco
para os trabalhadores na área do tanque ou recipiente devem ser desconectados ou desacoplados
e bloqueados, etiquetados ou ambos, de acordo com os procedimentos aplicáveis.

11.2.1.2 Onde houver necessidade de ensaio, posicionamento ou ativação de equipamentos pela


remoção temporária do bloqueio ou da etiquetagem ou ambos um procedimento deve ser desenvolvido
e implementado para controlar os riscos potenciais para os trabalhadores e somente deve ser
autorizado por pessoa qualificada.

11.2.1.3 Qualquer remoção do bloqueio, etiquetagem ou outras medidas de proteção deve estar
de acordo com os procedimentos aplicáveis e atender 11.2.1.2.

11.2.1.4 Bloqueio ou etiquetagem ou ambos de equipamentos, sistemas e processos devem ser


confirmados por pessoa qualificada antes de iniciar o trabalho no tanque ou no recipiente.

11.2.2 Remoção de inflamáveis, combustíveis ou outros produtos perigosos líquidos


ou gasosos

11.2.2.1 Antes da abertura de um tanque ou recipiente, como acontece com muitos produtos perigosos,
a água e os sedimentos existentes no tanque ou recipiente, devem ser removidos dos equipamentos,
utilizando tubulações e conexões fixas. Este processo inclui a remoção de líquidos ou gases a partir
de tubulações internas, purgadores e de tubos pescadores que podem ser drenados ou bombeados
sem a necessidade da abertura do tanque ou recipiente.

11.2.2.2 Todas as tubulações para escoamento de produtos inflamáveis ou combustíveis conectadas


ao tanque ou recipiente devem ser drenadas, sopradas ou bloqueadas.

11.2.2.3 Onde a reatividade e solubilidade não sejam problemas, a água, o óleo combustível
ou um produto químico aprovado devem ser bombeados para o interior do tanque ou recipiente
através de tubulação, conexão fixa para remover qualquer líquido remanescente de um ponto baixo,
de forma a permitir que ele possa ser drenado e bombeado do tanque ou recipiente.

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11.2.2.4 Se líquidos ou vapores inflamáveis ou combustíveis estiverem ou estiveram contidos


em um tanque ou recipiente, devem ser utilizadas bombas elétricas à prova de explosão, bombas
acionadas a vapor ou bombas pneumáticas.

11.2.2.5 (*) Motobombas, mangueiras de sucção, bocais e tubulações, bem como tanques receptores,
recipientes, caminhões-tanque ou vasos devem ser ligados ao tanque ou recipiente que esteja sendo
esvaziado, a fim de prevenir os riscos de ignição por eletricidade estática (ver B.11.1.2.6).

11.2.2.6 Todos os líquidos, enxágues, resíduos sólidos e vapores que sejam gerados como resultado
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desta limpeza devem ser descartados de acordo com a legislação aplicável.

11.2.2.7 Qualquer produto remanescente no interior do tanque, que não possa ser removido como
determinado em 11.2.2.1 a 11.2.2.6, deve permanecer no mesmo até que novas medidas
de segurança sejam providenciadas e só então o tanque pode ser aberto para a remoção do produto
(ver 8.7 para requisitos para a entrada no tanque).

11.2.3 Isolamento (bloqueio) do tanque

11.2.3.1 Antes da abertura do tanque ou recipiente, estes devem estar bloqueados em relação aos
sistemas de tubulação de suprimento e descarga.

Se o tanque ou recipiente, no qual o trabalho esteja sendo executado, for equipado com um cavalete
“manifold” de respiro, sistema de recuperação de vapor, linha de enchimento, sistema de sifonamento
ou outros métodos de conexão, compartilhados com outros tanques ou recipientes, uma pessoa
qualificada deve determinar quais são as medidas requeridas para bloquear o tanque ou recipiente
dos outros tanques ou recipientes.

11.2.3.2 Toda tubulação conectada ao tanque que seja capaz de produzir um risco, deve ser bloqueada
pela desconexão ou isolamento através de raquetes (ver Norma Brasileira e, na inexistência
desta, a API 2015), serem duplamente bloqueada e, se adotada, drenada e ventada. As de tubulações
de pequeno diâmetro devem ser plugadas.

11.2.3.3 O isolamento de tubulação só é permitido após a realização de uma análise por pessoa
qualificada, para assegurar que o método selecionado seja adequado e capaz de suportar qualquer
potencial de pressão.

11.2.4 Os respiros do tanque ou recipiente no qual o trabalho será executado devem ser isolados dos
respiros de outros tanques que possam ainda estar em serviço. Um respiro temporário e separado
dos demais respiros deve ser providenciado para o tanque no qual será executado o trabalho,
se necessário.

11.2.5 Válvulas não podem ser acionadas para evitar o fluxo de material, e, portanto, devem ser
providenciados um travamento, etiquetagem e um duplo bloqueio com dispositivo para sangramento.

11.3 Procedimentos de ensaios


11.3.1 Procedimentos gerais

11.3.1.1 Para determinar se uma atmosfera é segura para entrada ou para desenvolver trabalhos
de limpeza ou reparos, devem ser feitos ensaios adequados para verificar as concentrações
de oxigênio, de inflamáveis, de combustíveis ou de outros produtos perigosos, de vapores, fumaças
ou de poeiras, utilizando-se instrumentos adequados, conforme a seguir:

a) antes da entrada ou da reentrada;

b) antes do início de alterações ou reparos;

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c) antes e durante qualquer trabalho a quente, corte, solda ou de operações que promovam calor;

d) continuamente durante o curso do trabalho;

e) após a limpeza do interior de cada tanque ou recipiente, para determinar se o procedimento


de limpeza foi adequado;

f) após a ocorrência de qualquer processo ou atividade que possa alterar a atmosfera dentro
do tanque ou do recipiente.
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11.3.1.2 Devem ser tomadas precauções para assegurar que tanques ou recipientes que tenham
contido líquidos com altos pontos de fulgor não se tornem perigosos durante operações de corte
e solda.

11.3.1.3 Uma pessoa qualificada deve determinar se são requeridos ensaios contínuos para detectar
vapores inflamáveis e toxicidade, se ensaios prévios indicarem que vapores e toxicidade associados
ao produto anteriormente armazenado foram eliminados ou, se não forem capazes de regeneração
acima dos níveis permitidos de exposição.

11.3.1.4 As pessoas qualificadas responsáveis pelos ensaios devem ser treinadas quanto à utilização
dos instrumentos, ser conscientes de suas limitações e ter conhecimento de suas leituras.

11.3.1.5 (*) Todos os ensaios para verificar oxigênio, inflamáveis ou vapores tóxicos devem ser
conduzidos utilizando um instrumento calibrado e ajustado.

11.3.1.5.1 O instrumento deve ser calibrado com um gás de calibração que seja apropriado aos
riscos potenciais.

11.3.1.5.2 O ajuste do instrumento deve ser checado antes de cada dia ou de cada turno ou,
mais frequentemente, se uma pessoa qualificada determinar que haja necessidade de fazê-lo.

11.3.1.5.3 A calibração do instrumento deve ser executada antes de sua primeira utilização.

11.3.1.5.4 A recalibração do instrumento deve ser feita como uma rotina regular, conforme determi-
nado pelo procedimento do usuário, as recomendações do fabricante, dados históricos que indiquem
a necessidade de recalibração e antes de sua utilização após um longo período de inatividade.

11.3.1.5.5 O instrumento deve ser mantido de acordo com as recomendações do fabricante.

11.3.1.6 A quantidade e a localização dos pontos de amostragem devem ser determinadas por
pessoa qualificada baseada na dimensão e configuração do tanque ou recipiente, de forma
a ter leituras representativas da atmosfera no interior do tanque e o risco potencial na área no entorno
do tanque.

11.3.2 Ensaios para determinação da concentração de oxigênio

11.3.2.1 Um indicador calibrado de oxigênio deve ser utilizado para determinar a concentração
de oxigênio.

11.3.2.2 Devem ser aplicadas as seguintes precauções

a) quando um tanque ou recipiente contiver um gás inerte ou outro material que libere ou gere
oxigênio, um indicador de gás combustível não permitirá obter uma leitura correta;

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b) um indicador de oxigênio deve ser utilizado antes de ensaiar a presença de gás combustível para
assegurar a quantidade correta de oxigênio presente, de acordo com o fabricante do instrumento,
para suprir uma leitura precisa do gás ou vapor medido.

11.3.3 Ensaios para determinação de vapores inflamáveis

11.3.3.1 Para determinar a concentração de vapores inflamáveis, deve ser utilizado um indicador
calibrado e ajustado de gás combustível.
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11.3.3.2 (*) Todos os trabalhos no interior ou no entorno do tanque ou recipiente devem ser paralisa-
dos imediatamente quando os vapores inflamáveis/explosivos na atmosfera excederem 10 % do LIE.
A fonte dos vapores deve ser localizada e eliminada ou controlada.

11.3.3.3 Equipamentos que possam fornecer uma fonte de ignição não podem ser permitidos dentro
e no entorno da área de segurança de um tanque ou recipiente que esteja sendo adentrado, limpo
ou reparado, até que a área tenha sido ensaiada (ver 11.1.2 ), seja constatada como livre de vapores
de acordo com 11.5.2.4 e seja emitida uma permissão de trabalho a quente por pessoa qualificada.

11.3.3.4 Durante a ventilação ou purga de qualquer tanque ou recipiente, a concentração de vapo-


res inflamáveis do efluente deve ser ensaiada com a frequência requerida pela pessoa qualificada,
para determinar a inflamabilidade e a toxicidade dos vapores liberados.

11.3.3.5 A pessoa qualificada deve determinar a direção do efluente liberado para assegurar que este
não atinja uma fonte de ignição.

11.3.3.6 (*) Se for utilizado um edutor para ventilação, ele deve criar um vácuo que arraste o ar através
de no mínimo uma abertura do tanque ou recipiente e descarregue através de uma abertura à qual
esteja conectado.

11.3.3.6.1 Ensaios para vapores inflamáveis devem ser executados utilizando indicador de gás
combustível com sua sonda inserida no bocal de sondagem existente na lateral do edutor.

11.3.3.6.2 Os ensaios devem ser executados com o edutor fixado adequadamente e ligado ao tanque
ou recipiente.

11.3.3.6.3 Quando for obtida uma leitura de 10 % ou menos do LIE, o edutor deve ser paralisado
e a leitura deve ser feita outra vez após alguns minutos de tempo de espera.

11.3.3.6.4 Se as leituras no tanque ou recipiente forem obtidas através do bocal de enchimento,


que se estenda no interior do tanque ou recipiente, este deve ser removido antes das operações
de purga ou ventilação.

11.3.3.6.5 O edutor deve ser imediatamente acionado após o último ensaio nos tanques ou recipientes,
e o efluente dos tanques ou recipientes deve ser ensaiado logo após a ventilação ter sido efetuada
e com frequência determinada como necessário pela pessoa qualificada.

11.3.3.7 Se um soprador de ar for utilizado para ventilação, o soprador deve insuflar ar no interior
do tanque ou recipiente através de, no mínimo, uma abertura do tanque ou recipiente e ser descarre-
gado através de outra abertura.

11.3.3.7.1 Ensaios para concentrações de vapores inflamáveis devem ser executados com um indica-
dor de gás combustível, cuja sonda seja colocada em aberturas dos tanques ou recipientes.

11.3.3.7.2 Quando for obtida uma leitura de 10 % ou menos do LIE, o soprador de ar deve ser
paralisado e a leitura deve ser feita outra vez após alguns minutos de tempo de espera.

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11.3.3.7.3 Se as leituras no tanque ou recipiente forem obtidas através do bocal de enchimento, que
disponha de um tubo de enchimento que se estenda no interior do tanque ou recipiente, este deve ser
removido antes das operações de purga ou ventilação.

11.3.3.7.4 O soprador de ar deve ser imediatamente acionado após o último ensaio nos tanques
ou recipientes e o efluente dos tanques ou recipientes deve ser ensaiado logo após a ventilação
ter sido efetuada e com a frequência determinada como necessário pela pessoa qualificada.

11.3.3.8 (*) Quando um tanque ou recipiente for ensaiado antes de iniciar um trabalho a quente,
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qualquer indicação de gás ou vapor em excesso do limite admissível estabelecido deve requerer
ventilação, purga, nova limpeza ou salvaguardas adicionais por um dos métodos descritos nesta
Parte da ABNT NBR 17505, como especificado pela pessoa qualificada, antes da emissão
da permissão para serviço a quente.

11.3.3.9 (*) Quando do ensaio de um tanque ou recipiente durante um trabalho a quente, qualquer
indicação de gás ou vapor inflamável em excesso ao limite estabelecido como admissível deve reque-
rer o imediato cancelamento da permissão de trabalho a quente.

11.3.3.10 (*) Ventilação adicional, nova limpeza ou qualquer salvaguarda adicional por um dos
métodos descritos nesta Parte da ABNT NBR 17505, como especificados pela pessoa qualificada,
devem ser conduzidas antes para reensaio e reemissão da permissão de trabalho a quente.

11.3.4 Ensaios para determinação de gases e vapores tóxicos

11.3.4.1 Não se aplicam a produtos que não tenham efeitos adversos à saúde.

11.3.4.2 Ensaios para vapores e gases tóxicos com instrumentação apropriada são requeridos
para identificar o nível de exposição.

(*) Guias referentes aos níveis máximos destes produtos podem ser encontrados nas Fichas
de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) para cada substância e regulamentos
aplicáveis.

11.3.4.3 A pessoa qualificada deve obter assistência na seleção de procedimentos apropriados


de ensaios de uma Agência Reguladora aplicável ou a partir de um profissional especializado
em segurança e saúde ou em higiene ocupacional.

11.4 Controle ou remoção de vapores

11.4.1 Geral

11.4.1.1 (*) Vapores inflamáveis, existentes em um tanque ou recipiente, podem ser soprados com
ar ou purgados com gás inerte, água ou vapor d’água (ver também 11.7.5).

11.4.1.2 A pessoa qualificada deve selecionar o método de ventilação ou purga do tanque ou recipiente,
no qual o trabalho será executado de acordo com os requisitos estabelecidos em regulamentos,
programas das instalações ou do contratante e procedimentos e normas da indústria.

11.4.1.3 Líquidos inflamáveis ou combustíveis e seus vapores, encontrados em espaços adjacentes


ou dentro de espaços contendo ou que tenham contido produtos perigosos, devem ser removidos
ou controlados antes de qualquer procedimento. Estes espaços incluem, mas não se limitam a,
espaços intersticiais, colunas, boias, estruturas ocas, tetos flutuantes, pontões, tetos de tanques,
tanques ou recipientes multicompartimentados, selos de vapor, suportes de tubulações e quaisquer
outras áreas onde vapores ou resíduos possam estar retidos.

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11.4.1.4 Outros produtos e vapores perigosos que não sejam inflamáveis ou combustíveis, mas que
tenham efeitos adversos ao meio ambiente ou à saúde humana devem ser eliminados ou controlados
antes de qualquer procedimento.

11.4.1.4.1 Os métodos identificados em 11.4.2 a 11.4.5 devem ser aplicados para remoção
ou controle destes outros produtos perigosos, se eles forem líquidos, sólidos, gasosos, poeiras,
fumaças ou névoas.

11.4.1.4.2 Um produto perigoso específico e os métodos de sua remoção ou controle devem ser
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identificados pela pessoa qualificada antes de proceder com a ventilação ou purga.

11.4.1.5 Antes da remoção de vapores de um tanque ou recipiente, devem ser verificados


regulamentos, códigos enormas aplicáveis pela pessoa qualificada, que deve identificar qualquer
requisito específico para o manuseio, degasagem ou descarga de vapores ou líquidos, enquanto
as atividades descritas nesta Parte da ABNT NBR 17505 estiverem sendo desenvolvidas, e indicar
requisitos e controles apropriados na permissão.

11.4.1.6 Se um tanque estiver localizado em ambiente interno, em área enclausurada, confinada,


incluindo, mas não se limitando a situações como: sob uma edificação, sob uma escada,
ou em estrutura coberta, a pessoa qualificada deve estipular as medidas a serem tomadas para
prevenir a acumulação de vapores e gases inflamáveis ou tóxicos dentro da edificação ou em áreas
confinadas ou enclausuradas.

11.4.2 Remoção de vapores inflamáveis pelo deslocamento com ar (ventilação)

11.4.2.1 Onde houver aberturas grandes o suficiente para acomodá-los, edutores e/ou sopradores
de ar, que não introduzam uma fonte de ignição, devem ser instalados de forma que o ar seja arrastado
ou bombeado através de uma abertura e a atmosfera do interior do tanque ou recipiente seja
descarregada através de outra abertura em uma distância suficientemente longe da primeira abertura,
a fim de promover uma ventilação cruzada no tanque.

11.4.2.2 Se a abertura não puder acomodar um dos equipamentos, o tanque ou recipiente deve
ser ventilado para remover vapores inflamáveis pela introdução de ar fresco que circulará através
do tanque ou recipiente e será desgaseificado ou descarregado para o exterior.

11.4.2.3 Devem ser tomadas precauções para controlar ou remover todas as fontes de ignição
da área, uma vez que vapores podem estar presentes na faixa de inflamabilidade tanto no interior
do tanque ou recipiente quanto no ponto de descarga.

11.4.2.4 Uma ligação deve ser mantida entre o edutor ou soprador de ar e o tanque ou recipiente que
esteja sendo ventilado de forma a reduzir a chance de ignição por eletricidade estática.

11.4.2.5 (*) Devem ser tomadas precauções para controlar a acumulação de eletricidade estática
através de ligação e aterramento, de forma a prevenir a possibilidade de descargas de eletricidade
estática durante as operações de ventilação.

11.4.2.6 Onde um tanque estiver sendo ventilado com ar, a pressão do ar no tanque não pode
exceder a pressão máxima admissível de projeto para o tanque.

11.4.2.6.1 Para prevenir o excesso de pressão do ar, a linha de respiro deve ser checada para garantir
que ela esteja livre de bloqueios, obstruções ou vazamentos.

11.4.2.6.2 Todas as descargas ou alívios para a atmosfera durante a ventilação devem estar no mínimo
a 3,7 m acima da superfície do piso e longe de qualquer área que possa conter fontes de ignição.

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11.4.2.7 O arraste da atmosfera do tanque ou recipiente com ar deve ser acompanhado por um dos
seguintes métodos:

a) uma pressão negativa ou vácuo deve ser utilizado para succionar ar externo para o tanque
ou recipiente, utilizando um edutor para movimentar o ar ou outro equipamento;

b) (*) uma pressão positiva ou um soprador de ar difuso deve ser utilizado para introduzir ar externo
no interior do tanque ou recipiente.
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11.4.2.7.1 Quando o método descrito em 11.4.2.7 a) for utilizado, deve ser aplicado o seguinte:

a) a conexão entre o edutor e o tanque ou recipiente deve ser hermética ao ar;

b) o ar deve ser arrastado através do tanque ou recipiente para permitir a ventilação cruzada
e a remoção de vapores;

c) todos os equipamentos devem estar ligados entre si para prevenir descargas de eletricidade
estática.

11.4.2.7.2 Quando o método descrito em 11.4.2.7. b) for utilizado, deve ser aplicado o seguinte

a) se for utilizado um tubo de enchimento, que se estenda no interior do tanque ou recipiente,


como um ponto de suprimento de ar, esta porção deve ser removida;

b) o ar deve ser suprido a partir de um compressor ou soprador que tenha sido checado para entregar
ar limpo que seja isento de vapores inflamáveis ou tóxicos;

c) o tubo de difusão de ar, se utilizado, deve ser ligado ao tanque ou recipiente para prevenir
descargas de eletricidade estática.

11.4.3 (*) Remoção de vapores inflamáveis pelo deslocamento com gás inerte

11.4.3.1 Onde um tanque ou recipiente deva ser inertizado com outro propósito que não seja a entrada,
a pessoa qualificada deve estar familiarizada com as limitações e as características do gás inerte que
está sendo utilizado.

11.4.3.2 Próximo da complementação da inertização, a concentração de oxigênio deve ser monitorada


com a frequência necessária, como determinado pela pessoa qualificada, e mantida a menos de 8 %
do oxigênio total ou inferior a 50 % da concentração mínima de oxigênio, requerida para manter uma
combustão, adotando-se o menor valor.

11.4.3.3 A condição especificada em 11.4.3.2 deve ser mantida durante todo o período em que
se estiver desenvolvendo o trabalho e até o tanque ou vaso tiver retornado ao serviço e for considerado
limpo e permanecer fora de serviço. Ver os procedimentos para inertização contidos em 11.4.3.4
a 11.4.3.14.

11.4.3.4 Todas as aberturas do tanque ou recipiente devem permanecer seguramente fechadas,


exceto para aberturas de acesso e respiro.

11.4.3.5 O gás inerte deve ser introduzido no tanque ou recipiente através de uma tubulação
ou mangueira, que se estenda até o ponto que se situe próximo do fundo do tanque e a uma distância
adequada, quanto possível, da parte do tanque onde os reparos serão executados, de forma a permitir
uma redução uniforme do oxigênio no tanque ou recipiente.

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11.4.3.6 O gás inerte deve ser introduzido no tanque de uma forma que permita a sua distribuição,
através do tanque ou recipiente, baseado na sua estrutura interna.

11.4.3.7 Qualquer componente metálico do equipamento utilizado para introduzir o gás inerte deve
ser ligado ao tanque ou recipiente.

11.4.3.8 Todos os espaços a serem inertizados devem estar suficientemente intactos para reter
o meio de inertização.

11.4.3.9 Quando o gás inerte for introduzido sob pressão, uma pressão baixa deve ser utilizada,
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de forma a reduzir a geração de eletricidade estática.

11.4.3.10 A concentração de oxigênio deve ser medida diretamente por meio de um monitor
de oxigênio.

11.4.3.11 (*) Uma placa deve ser visivelmente colocada para alertar dos riscos do gás inerte
e da proibição da entrada no tanque por pessoas não autorizadas durante o processo de inertização.

11.4.3.12 A entrada no interior de espaços inertizados para inspeção, testes e trabalho só deve
ser permitida quando autorizada por uma permissão de entrada, emitida pela pessoa qualificada,
que tenha avaliado os riscos e providenciado os controles e proteções adequados.

11.4.3.13 Quando o trabalho estiver concluído e antes de entrar no tanque sem restrições, o meio
de inertização deve ser removido para alcançar as concentrações de oxigênio, de vapor ou de gás
tóxico, de acordo com 11.5.2.1. Se o meio de inertização for mantido no tanque, este deve estar seguro
e a placa de alerta deve permanecer localizada de acordo com 11.4.3.11.

11.4.3.14 Requisitos especiais para dióxido de carbono (CO2).

Quando o dióxido de carbono for utilizado para inertização, as seguintes condições devem ser aplicadas:

a) extintores de incêndio portáteis de dióxido de carbono não podem ser utilizados como fonte
de gás inerte;

b) quando for utilizado dióxido de carbono sólido, este deve ser triturado e distribuído uniformemente
sobre a maior área possível para rápida sublimação;

c) (*) o percentual de oxigênio aceitável serve para calcular a porcentagem de dióxido de carbono
no tanque ou recipiente, medido por meio de um indicador de dióxido de carbono.

11.4.4 Remoção de vapores inflamáveis pelo deslocamento por água, óleo combustível
ou produtos químicos

11.4.4.1 Se tiverem sido armazenados previamente produtos inflamáveis, combustíveis ou outros


produtos perigosos e se houver conhecimento sobre seu deslocamento ou solubilidade em água,
óleo combustível ou por um produto químico aprovado, então a remoção dos vapores pode ser
permitida, desde que adotado o completo enchimento do tanque ou recipiente com o fluido escolhido
e em seguida efetuada a drenagem do tanque ou recipiente, repetindo-se a operação quantas vezes
forem necessárias para eliminar a atmosfera inflamável.

11.4.4.2 Se este método for utilizado, o tanque ou recipiente deve estar completamente cheio com
água, óleo combustível ou um produto químico aprovado, a fim de remover todos os vapores.

Cuidados extremos devem ser tomados para eliminar qualquer espaço contendo vapor,
providenciando-se a ventilação e/ou o posicionamento do tanque ou recipiente durante a operação
de enchimento.

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11.4.4.3 Todos os líquidos, enxágues, resíduos sólidos e vapores que sejam gerados como resultado
destes procedimentos de limpeza e segurança devem ser descartados de acordo com os requisitos
regulamentares.

11.4.4.4 Água, óleo combustível ou um produto químico aprovado não podem ser utilizados para
a remoção de vapores, se estes reagirem violentamente com produtos inflamáveis, combustíveis
ou outros produtos perigosos que anteriormente tenham sido armazenados no tanque ou no recipiente.

11.4.5 (*) Remoção de vapores inflamáveis pelo deslocamento por vapor d’água
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11.4.5.1 A pessoa qualificada deve rever e aprovar todos os procedimentos para executar a tarefa
seguramente.

11.4.5.2 O deslocamento deve ser executado pela introdução de vapor d’água no tanque ou recipiente
através de uma tubulação inserida em uma abertura próxima do fundo do tanque ou recipiente.

11.4.5.3 A tubulação ou a linha de conexão de vapor d’água deve ser ligada ao tanque ou recipiente.

11.4.5.4 Uma boca de visita, um bocal de medição ou outra abertura, que seja localizada no topo
do tanque ou recipiente e que tenha dimensão suficiente para prevenir uma pressão interna excessiva,
deve permanecer aberta durante toda a operação de vaporização para aliviar os picos de pressão
durante a vaporização e a formação de vácuo durante o resfriamento.

11.4.5.5 De forma a remover todos os vapores inflamáveis, a taxa de suprimento de vapor d’água
deve exceder a taxa de condensação, de maneira que o tanque ou recipiente seja aquecido à tempe-
ratura próxima do ponto de ebulição da água.

11.4.5.6 O tanque ou recipiente deve ser vaporizado por tempo suficiente para vaporizar ou facilitar
a remoção dos resíduos de todas as partes das paredes (costados e tetos).

11.4.5.7 Uma vez que o vapor d’água desloca oxigênio, quando a atmosfera no tanque ou recipiente
for ensaiada por um indicador de gás combustível, o tanque ou recipiente deve ser resfriado até que
o excesso de vapor seja condensado, ou a amostra deve ser drenada através de um tubo secador,
preenchido com cloreto de cálcio ou com outro agente secante (ver recomendações do fabricante
do instrumento) para eliminar o vapor d’água do interior do instrumento.

11.4.5.8 As seguintes precauções devem ser adotadas

a) o deslocamento de vapores inflamáveis e combustíveis com vapor d’água é extremamente


perigoso e não é recomendado se puderem ser utilizados métodos alternativos;

b) o deslocamento com vapor d’água é capaz de gerar cargas de eletricidade estática.

11.5 Inspeção e certificação de tanques e recipientes

11.5.1 Geral

11.5.1.1 Uma vez que os procedimentos aplicáveis constantes em 11.1 a 11.4 estejam completos,
a pessoa qualificada deve ensaiar e inspecionar o tanque ou recipiente e certificar por escrito
(usualmente pela emissão de uma permissão), que certas atividades como entrada, trabalho a quente
ou trabalho a frio (seguro), estejam liberadas para prosseguir, utilizando as designações contidas
em 11.5.2.

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11.5.1.2 Os certificados (permissões) devem incluir a descrição do trabalho autorizado a ser


executado e os critérios para proteção do pessoal e para manutenção das condições seguras durante
o trabalho.

11.5.2 (*) Designações

As designações contidas em 11.5.2.1 a 11.5.2.7 devem estar consistentes com os requisitos regulatórios
e com as normas industriais.
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11.5.2.1 Entrada sem restrições

11.5.2.1.1 Tanques, recipientes ou espaços designados como “Entrada sem restrições” devem aten-
der às seguintes condições:

a) a concentração de oxigênio deve ser de no mínimo 19,5 % e no máximo de 23,5 % em volume;

b) o LIE deve ser menor que 10 %;

c) quaisquer gases ou vapores tóxicos referentes a produtos perigosos, revestimentos do tanque ou


meio de inertização devem estar dentro das concentrações permitidas;

d) os resíduos ou materiais associados ao trabalho não podem produzir gases ou vapores acima
das concentrações permitidas e as quais devem ser mantidas como especificadas na permissão.

11.5.2.1.2 Se qualquer das condições estabelecidas em 11.5.2.1.1 não for atendida, então o espaço
não pode ser designado como “Entrada sem restrições”.

11.5.2.2 Entrada não permitida

A designação “Entrada não permitida” deve significar que o pessoal não está autorizado a entrar
em tanque, em recipiente ou em espaço assim designado.

11.5.2.3 (*) Entrada com restrições

A designação “Entrada com restrições” deve significar que a entrada para trabalho, no tanque,
no recipiente ou no espaço assim designado, está condicionada à adoção de equipamentos de proteção,
vestimentas ou tempo de permanência, como aplicável, conforme especificado na permissão.

11.5.2.4 Permitido o trabalho a quente

Tanques, recipientes, tubulações ou espaços designados como “Permitido o Trabalho a Quente” devem
atender as seguintes condições:

a) a concentração de oxigênio deve ser igual ou inferior a 23,5 % em volume;

b) antes de um trabalho a quente ser iniciado, o limite inferior de inflamabilidade, dentro do tanque
ou recipiente deve ser de 0 %;

1) durante o curso do trabalho a quente, se o LIE subir a 10 %, todo o trabalho deve ser paralisado,
o pessoal deve deixar o tanque e a ventilação deve ser acionada até que o LIE se situe outra
vez a 0 %.

2) a permissão então deve ser reemitida para continuar o trabalho a quente.

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c) os resíduos, ferrugens ou revestimentos devem ser removidos adequadamente para prevenir


a propagação de fogo e não podem ser capazes de produzir uma concentração de oxigênio maior
que 23,5 % ou uma concentração atmosférica de vapores inflamáveis acima de 10 % do L II
quando necessário um trabalho a quente, durante sua execução, como direcionado na permissão
de trabalho a quente;

d) líquidos ou vapores inflamáveis encontrados em espaços adjacentes ou no interior de espaços


contendo ou tendo contido produtos perigosos devem ser removidos ou controlados como
especificado pela permissão de trabalho a quente.
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11.5.2.5 Trabalho a quente não permitido

A designação “Trabalho a quente não permitido” deve significar que o trabalho a quente no tanque,
recipiente, tubulações ou em espaços assim designados, não pode ser autorizado pela emissão
de uma permissão de trabalho.

11.5.2.6 Trabalho a quente limitado permitido

11.5.2.6.1 A designação “Trabalho a quente limitado permitido” significa que no tanque, recipiente,
tubulações ou em espaço assim designado, todas as seguintes condições devem ser aplicadas:

a) tanques ou espaços com resíduos ou revestimentos cujo ponto de fulgor seja de 82,2 °C ou maior
e que sejam livre de resíduos em suspensão devem ser parcialmente limpos para um trabalho
a quente limitado;

b) a pessoa qualificada deve verificar os pontos de fulgor e as características tóxicas e perigosas


dos resíduos ou dos revestimentos e implementar os controles aplicáveis antes da emissão
do trabalho a quente e da permissão de entrada;

c) a pessoa qualificada deve também levar em consideração quaisquer fumaças ou vapores que
possam ser emitidos a partir dos resíduos e revestimentos sujeitos ao calor durante o trabalho
a quente;

d) para prevenir a propagação do fogo, uma área deve ser limpa em uma distância suficiente
e em todas as direções, incluindo abaixo do trabalho a quente, de forma que centelhas ou escória
não se desprendam ou sejam projetadas nas áreas não limpas do espaço. A área deve ser limpa
para atender aos requisitos da designação de segurança “trabalho a quente permitido”;

e) um sistema fixo de detecção e alarme de incêndio não pode ser utilizado no lugar da limpeza,
para estabelecer uma condição segura;

f) a natureza, localização e extensão do trabalho a quente devem ser definidas na permissão


de trabalho emitida pela pessoa qualificada;

g) a porção do tanque ou recipiente sujeita ao trabalho a quente deve atender aos requisitos
de 11.5.2.4 c);

h) o tanque ou recipiente inteiro deve atender aos requisitos 11.5.2.4 a), 11.5.2.4 b) e 11.5.2.4 d);

i) a natureza ou tipo do trabalho a quente deve ser limitado ou restrito e deve ser assim indicado na
permissão de trabalho a quente.

11.5.2.6.2 Esta designação deve incluir uma declaração que descreva a localização exata do trabalho
a quente, a natureza e o tipo do trabalho a quente e as limitações ou restrições do trabalho a quente.

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11.5.2.7 Inertizado

11.5.2.7.1 A designação “inertizado” significa que, o tanque, o recipiente, a tubulação ou espaço


assim designado, atende a todos os critérios constantes em 11.4.3.

11.5.2.7.2 Esta designação deve incluir uma declaração que descreva o meio de inertização utilizado
e sua disposição final.

11.6 Procedimentos para acesso e entrada no tanque


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11.6.1 Geral

11.6.1.1 Antes da emissão da permissão para acesso ou entrada no tanque, a pessoa qualificada
deve verificar se os vapores inflamáveis foram controlados ou removidos do tanque, de acordo com
os procedimentos e requisitos de 11.4 e 11.5.

11.6.1.2 Devem ser desenvolvidos ensaios, de acordo com 11.3, para verificar a existência de uma
atmosfera que seja adequada à entrada.

11.6.1.3 Medidas de controle aplicáveis para quaisquer outros riscos ou riscos potenciais que
tenham sido identificados para os materiais ou produtos previamente armazenados no tanque e para
os materiais a serem utilizados na purga e limpeza do tanque ou recipiente devem ser indicados
na permissão e monitorados pela pessoa qualificada.

11.6.2 Acesso aos tanques

11.6.2.1 Se uma escavação for necessária para obter um acesso ao tanque, o poço ou trincheira
de acesso deve ter dimensão suficiente para permitir a entrada e a saída do tanque, e deve estar
de acordo com os regulamentos aplicáveis. Nestes casos, a pessoa qualificada e o pessoal devem
estar familiarizados e devem atender aos regulamentos aplicáveis cobrindo escavações e trincheiras.

11.6.2.2 Se uma boca de visita for utilizada para o acesso ao tanque, os parafusos e o flange devem
ser removidos.

11.6.2.3 Quando o trabalho for concluído durante o final do turno do dia ou a qualquer momento,
quando o tanque for deixado desguarnecido, antes de estar limpo, isento de vapor e toxidez e classifi-
cado como um espaço confinado que não requeira permissão (ou um espaço não confinado). A boca
de visita deve ser recolocada utilizando no mínimo a metade dos parafusos para proteger o tanque
de acessos não autorizados.

11.6.2.4 (*) Se não existir boca de visita, uma abertura que tenha dimensão suficiente para permitir
a entrada e a saída do tanque e que esteja de acordo com os regulamentos aplicáveis deve ser
cortada no costado do tanque.

11.6.2.4.1 A seção a ser removida deve ser marcada e um furo desenvolvido com uma furadeira
pneumática em um canto da seção, utilizando um material lubrificante para reduzir a fricção, o calor
e as possíveis centelhas.

11.6.2.4.2 Após o furo ser concluído, a atmosfera do tanque deve ser ensaiada para verificar
se a atmosfera está segura, pela introdução da sonda de um instrumento de ensaio em uma distância
apropriada do furo executado.

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11.6.2.5 O corte não pode ser permitido em tanques contendo uma atmosfera inflamável ou combus-
tível, a não ser que as seguintes condições sejam atendidas:

a) o tanque seja antes purgado ou ventilado até que a atmosfera interna esteja igual ou abaixo
de 10 % do L II;

b) se a purga ou ventilação não alcançar uma atmosfera que esteja igual ou abaixo de 10 % do LIE,
o tanque deve ser inertizado para eliminar ou reduzir a quantidade de oxigênio na atmosfera;
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c) uma permissão deve então ser emitida para cortar a abertura do acesso ao tanque utilizando
uma ferramenta pneumática e utilizando um lubrificante de material não inflamável para reduzir
a fricção, calor e para prevenir as possíveis centelhas;

d) antes de finalizar o corte, a chapa deve ser suportada para prevenir que não caia dentro
do tanque.

11.6.2.6 A seguinte precaução deve ser observada: operações de furação e corte têm o potencial
de criar calor e centelhamento na superfície interna do tanque que podem resultar em uma ignição
se o ar e vapores inflamáveis estiverem presentes no interior do tanque em uma faixa de explosividade
ou se resíduos inflamáveis estiverem presentes no interior do tanque. O tanque deve ser inertizado
ou desvaporizado por ventilação e mantido livre de vapores antes e durante as operações de corte.

11.6.3 Entrada no tanque

11.6.3.1 Antes da entrada nos tanques, a pessoa qualificada que estiver emitindo as permissões
de entrada e o pessoal designado como entrante, vigia de serviço e responsável pelo resgate, devem
estar familiarizados com os procedimentos descritos em Normas Brasileiras aplicáveis e, na inexistência
destas, com as API 2015, API 2016, API 2017.

11.6.3.2 As linhas de respiro ou as bocas de visita devem permanecer limpas e desobstruídas para
permitir a ventilação contínua e prover um número apropriado de trocas de ar durante a entrada
e o período de trabalho, de acordo com os requisitos de 11.4.2.1.

11.6.3.3 Outras linhas e aberturas devem ser isoladas de acordo com os procedimentos da instalação
e do contratante, para evitar a entrada de líquidos ou vapores no tanque.

11.6.3.4 Se ventilação natural não for capaz de controlar os níveis de vapor no ar, na atmosfera,
no interior do tanque, dentro dos limites permitidos ou para manter as mudanças requeridas
de ar e a qualidade do ar, deve ser utilizada uma ventilação mecânica contínua enquanto o espaço
confinado estiver ocupado.

11.6.3.5 A pessoa qualificada deve determinar e estipular na permissão quaisquer precauções


e controles adicionais que devam ser adotadas se o fundo do tanque for perfurado, de forma que
líquidos ou vapores possam estar presentes no solo sob o equipamento ou no seu fundo duplo,
que possam entrar novamente no tanque através da perfuração.

11.6.3.6 A pessoa qualificada deve determinar e implementar os controles requeridos para prevenir
líquidos ou vapores entrando no tanque a partir de poços, colunas de suporte do teto, pontões,
tubulações internas, acessórios ou por outros meios.

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11.6.4 Fechando a abertura de acesso ao tanque

11.6.4.1 Se uma abertura de acesso for cortada no tanque designado como confinado ou uma
permissão tenha sido requerida para espaço confinado, a abertura deve ser fechada, protegida
temporária ou permanentemente, dependendo da disposição do tanque, como ao final do período
de trabalho ou quando o tanque for deixado sem supervisão.

11.6.4.2 Abrindo o tanque novamente, o ensaio da atmosfera deve ser conduzido e a pessoa
qualificada deve emitir ou reemitir a permissão para trabalho e entrada.
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11.7 Limpando tanques e recipientes


11.7.1 Geral

11.7.1.1 Os procedimentos descritos em 11.1 a 11.4 devem ser seguidos na extensão aplicável
ao tanque ou recipiente a ser limpo.

11.7.1.2 Se for necessária a limpeza em área interna, a ventilação deve ser suficiente para prevenir
a acumulação de vapores inflamáveis no interior da edificação.

11.7.2 Propósito e extensão da limpeza

Se a limpeza for necessária para a preparação de um trabalho a quente, mudança de serviço


ou outros propósitos, os procedimentos contidos em 11.7.2.1 a 11.7.2.3, devem ser aplicados.

11.7.2.1 (*) Limpando na preparação para serviço a quente

Tanques ou recipientes devem ser limpos antes do trabalho a quente, e o trabalho a quente deve
ser executado de acordo com os requisitos desta Parte da ABNT NBR 17505, outras normas
e regulamentos aplicáveis.

11.7.2.2 Limpando para mudança de serviço

11.7.2.2.1 Tanques e recipientes devem ser limpos antes de ser promovida a mudança de serviço,
se os resíduos puderem contaminar ou se forem incompatíveis com o novo material a ser armazenado
no tanque ou no recipiente.

11.7.2.2.2 A seleção de um procedimento de limpeza deve ser baseada na natureza química,


nas características do resíduo e nas características do novo material a ser armazenado no tanque.

11.7.2.3 (*) Limpando para outros propósitos

A seleção de um procedimento de limpeza deve ser baseada na atividade a ser conduzida, no uso
pretendido para o tanque ou para o recipiente e nas propriedades químicas e físicas do material
armazenado.

11.7.3 Remoção de líquidos e sólidos residuais

11.7.3.1 Acumulação

A acumulação de resíduos líquidos ou sólidos inclui todas as misturas visíveis, no fundo do tanque,
que devem ser removidas e colocadas em recipientes aprovados.

11.7.3.2 Precauções adicionais

Se não for possível remover todos os resíduos líquidos ou sólidos que possam liberar vapores durante
o trabalho porque os resíduos possam ficar retidos nas partículas pesadas ou na ferrugem e não

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são facilmente detectados ou removidos, a pessoa qualificada pode avaliar o risco potencial e
determinar quais são as medidas necessárias de controle, bem como assegurar que precauções
requeridas sejam tomadas.

11.7.4 Inspeção de limpeza

11.7.4.1 Após a limpeza, o tanque ou recipiente deve ser inspecionado internamente para determinar
a eficácia de tal limpeza.

11.7.4.2 Recipientes ou tanques que não permitam a entrada devem ser inspecionados visualmente.
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11.7.4.3 Ensaios de acordo com 11.3 devem ser executados antes, de forma que a inspeção assegure
que nenhum vapor perigoso esteja presente.

11.7.4.4 Se após a inspeção for determinado que o tanque ou recipiente não se encontre limpo,
a limpeza deve ser repetida.

11.7.5 (*) Métodos de limpeza

11.7.5.1 Os seguintes métodos de limpeza podem ser utilizados:

a) jateamento abrasivo;

b) água a baixa pressão (por exemplo, tripla lavagem);

c) jateamento com água a alta pressão (por exemplo: de 1 750 kg/cm2 a 2 800kg/cm2);

d) vapor d’água a alta pressão;

e) agentes especiais de limpeza (por exemplo, solventes, desengraxantes, agentes neutralizadores


ou emulsificantes);

f) removedores físicos (por exemplo, vácuo, raspagem ou absorção).

11.7.5.2 A seguinte cautela deve ser observada: limpeza com vapor d’água, a utilização de agentes
de limpeza especiais ou jateamento com água a alta pressão podem resultar na geração de cargas
de eletricidade estática.

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Anexo A
(normativo)

Tabelas e figuras

Tabela A.1 – Localização de vasos de processamento em relação aos limites de propriedade


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e às edificações importantes mais próximas, dentro da mesma propriedade, quando for


prevista proteção da vizinhança contra exposição
Distância mínima até o limite da propriedade, Distância mínima do lado mais próximo de
desde que na área adjacente haja ou possa uma via de circulação interna, ou de uma
haver construção, inclusive no lado oposto da edificação importante que não seja integrante
Capacidade
via pública do processo
máxima m m
dos vasos
Alívio de emergência Alívio de emergência Alívio de emergência Alívio de emergência
operando com
de líquido estável de líquido instável de líquido estável de líquido instável
líquidos
Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão
L
abaixo de acima de abaixo de acima de abaixo de acima de abaixo de acima de
17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa 17,2 kPa
(2,5 psig) (2,5 psig) (2,5 psig) (2,5 psig) (2,5 psig) (2,5 psig) (2,5 psig) (2,5 psig)
1 050 ou menos 1,5 3,0 4,5 6,0 1,5 3,0 4,5 6,0
1 051 a 2 950 3,0 4,5 7,5 12,0 1,5 3,0 4,5 6,0
2 951 a 45 500 4,5 7,5 12,0 18,0 1,5 3,0 4,5 6,0
45 501 a 113 600 6,0 9,0 15,0 24,0 1,5 3,0 4,5 6,0
113 601 a 189 250 9,0 13,5 22,5 36,0 3,0 4,5 7,5 12,0
189 251 a 378 650 15,0 22,5 37,5 60,0 4,5 7,5 12,0 18,0
Acima de
24,0 36,0 60,0 90,0 7,5 12,0 19,5 30,0
378 651
NOTA Dobrar todas as distâncias acima mencionadas nos casos em que não houver uma proteção da vizinhança ou proteção para
exposição (ver a ABNT NBR 17505-1:2013, 3.88).

Tabela A.2 – Distâncias mínimas de afastamento de edificações ou estruturas utilizadas


na operação e no manuseio de líquidos
Distância mínima até o limite da propriedade,
Distância às ruas, passagem
desde que na área adjacente haja ou possa
Classe de líquido ou via de circulação interna
haver construção
m
m
Líquidos de classe I, líquidos instá-
veis de qualquer classe e líquidos
15,0 3,0
de qualquer classe aquecidos acima
de seus pontos de fulgor
Líquidos de classe II 7,5 1,5
Líquidos de classe III 3,0 1,5
NOTA 1 As distâncias aplicam-se às propriedades que tenham proteção da vizinhança ou proteção para exposição, conforme definido
na ABNT NBR 17505-1:2013, 3.88. Se não houver proteção da vizinhança contra exposição, todas as distâncias devem ser duplicadas
NOTA 2 Para líquidos estáveis de qualquer classe, aquecidos acima de seus pontos de fulgor, ver 9.1.1.2 e B.9.1.1.2.
NOTA 3 Não se aplicam as distâncias desta Tabela para a localização de tanques (para localização de tanques ver Tabelas contidas
na ABNT NBR 17505-2:2013).

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Tabela A.3 – Proteção típica contra incêndios em cais e terminais marítimos


Extintores de
Hidratantes Mangueiras
incêndio de pó
monitoresa de incêndio
Demanda químico seco Concentrado Conexão
Número de
de água Número de de espuma para
conexões em
Locais abrigos de requerido barco de
Quantidade

Quantidade

Diâmetro
terra (Padrão
Vazão
L/min Carretas emergência combate a

mín.
20 B:C internacional)
L/min 40 B:C L incêndio
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Terminais
De 1 900 a
de 2 1 900 2 38 mm 2 NR NR 1 380b NR
3 800
barcaças
Navios-
tanques De 3 800
2 1 900 2 38 mm 2 1 1 1 1 140b 2
de até 20 a 7 600
000 DWT
Navios-
tanques
de 20 001 7 600 2 3 800 4 38 mmc 2 2d 2 1 7 600 2
a 70 000
DWT
Navios-
tanques
a partir 7 600e 2 3 800 4 38 mmc 3 2d 2 1 7 600f 2
de 70 001
DWT
De 7 600
Ilhas
a 3 3 800 4 38 mmc 4 2 3 2 11 400 2
marítimas
15 200e
NR - Não requerido

a Um mínimo de duas saídas com 38 mm devem ser previstas para cada coluna de hidrante.
b Pode ser suprido pelo equipamento móvel de terra.
c Um dos conjuntos de mangueiras em cada berço deve ser adequado a operações com espuma.
d A proximidade entre os berços adjacentes pode reduzir o número de carretas requeridas.
e Sistemas sob as docas são opcionais. Água adicional para sistemas sob as docas (0,6 L/min × área a ser protegida).
f Sistemas sob as docas são opcionais. Espuma adicional para sistemas sob as docas (5,5 L/min × área a serprotegida).

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Tabela A.4 – Sumário das precauções para o carregamento de veículos tanque


Líquido que está sendo carregado
Não condutivo Condutivo
Precauções recomendadas no carregamento a Pressão Pressão Pressão
Líquidos
de vapor de vapor de vapor
condutivos c,d
baixa intermediária alta b
Ligação e aterramento – Os caminhões-tanque devem ser ligados
ao sistema de carregamento e todas as ligações e aterramentos
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devem ser efetuados antes de se iniciarem as operações. Indicadores


de aterramento, frequentemente interligados com o sistema
de enchimento, são muito utilizados para assegurar que o aterramento
Sim e Sim Sim Opcional
esteja efetivado. Componentes de aterramento, como clipes,
e a continuidade do sistema de enchimento devem ser periodicamente
verificados. Para carregamentos pelo topo, o tubo de enchimento deve
formar um conjunto condutivo contínuo e deve estar em contato com
o fundo do tanque
Carregamento inicial – Os tubos de enchimento de sistemas
de carregamento pelo topo e os sistemas de carregamento pelo fundo
devem ser equipados com defletores, e o enchimento turbulento deve ser
evitado. Uma velocidade baixa (isto é, velocidade menor que 1 m/s) deve
Sim Sim Sim Sim
ser adotada até que a entrada do tubo de enchimento no compartimento
esteja coberta por uma coluna igual a 2 vezes o diâmetro do tubo
de enchimento para prevenir o respingamento e para minimizar
a turbulência superficial
Taxa máxima de carregamento – A taxa máxima de carregamento
deve ser limitada de forma que a velocidade na tubulação
de enchimento ou na conexão de carga não exceda 7 m/s ou
(0,5/d) m/s (onde d = diâmetro interno da conexão da entrada
em metros), adotando-se o menorf. A transição do início lento para Sim e Sim Opcional c Opcional
a taxa de bombeamento normal pode ser alcançada automaticamente
utilizando um dispositivo especial de regulagem (no qual a mudança
da taxa de carregamento se dê quando o tubo estiver submerso em uma
profundidade segura)
Escoamento das cargas elétricas – Um tempo de residência
de no mínimo 30 s deve ser provido entre qualquer micro filtro ou filtro
e a entrada do caminhão-tanque g. Um período de espera de no mínimo
1 min deve ser adotado antes de medir ou amostrar o compartimento Sim e Sim Sim Opcional
do tanque carregado através do domo ou da escotilha. Entretanto,
a amostragem e a medição via um poço de amostragem (poço
de medição) pode ser efetuada em qualquer momento.
Geradores de faíscas – Uma vareta de medição de tanque, um sensor
de nível alto ou outros dispositivos condutivos que sejam projetados no
interior do espaço de vapor de um tanque podem prover um ambiente para
a descarga de eletricidade estática entre o dispositivo e o líquido e devem
ser evitados. Estes dispositivos devem ser ligados segura e diretamente
ao fundo do tanque por um cabo ou uma vareta condutiva (para eliminar Sim Sim Sim Opcional
uma faísca) ou devem ser instalados no poço de medição que esteja ligado
ao fundo do tanqueh. Inspeções periódicas devem ser conduzidas para
assegurar que o sistema de ligação não esteja interrompido e que não haja
nenhuma falha nos componentes do aterramento ou exista a presença de
objetos estranhos

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Tabela A.4 (continuação)


Líquido que está sendo carregado
Não condutivo Condutivo
Precauções recomendadas no carregamento a Pressão Pressão Pressão
Líquidos
de vapor de vapor de vapor
condutivos c,d
baixa intermediária alta b
a As precauções no carregamento variam com o produto que esteja sendo manuseado. Em operações de carregamento onde uma grande
variedade de produtos seja manuseada e onde seja difícil controlar os procedimentos de carregamento, como em carregamentos autosservidos,
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deve ser seguido um procedimento padrão simples que inclua todas as precauções.
b Se forem manuseados produtos com altas pressões de vapor (próximas ou ligeiramente abaixo de seus pontos de fulgor), devem ser seguidas
todas as precauções recomendadas para o carregamento.
c Onde forem utilizados aditivos para aumentar a condutividade, devem ser exercidos cuidados especiais (ver 10.8.5).
d Líquidos semicondutores podem acumular cargas elétricas onde taxas de carregamento sejam extremamente altas ou onde elas sejam
efetivamente isoladas da terra. Eles podem ser manuseados como sendo líquidos não condutivos (ver 10.5.3.6).
e Precauções recomendadas no carregamento não precisam ser aplicadas se apenas líquidos combustíveis com baixa pressão de vapor
na temperatura ambiente forem manuseados na estação de carregamento e se não existir qualquer possibilidade de haver trocas de cargas
ou contaminação cruzada de produtos. Todas as precauções do carregamento devem ser seguidas onde forem manuseados produtos com baixa
pressão de vapor a temperaturas próximas (entre 4 o C e 9 oC) ou acima de seus pontos de fulgor.
f Se os produtos que estiverem sendo manuseados forem líquidos não condutivos de um único componente (como tolueno ou heptano), a taxa
máxima de enchimento deve ser de (0,38/d) m/s.
g Produtos de condutividade muito baixa e alta viscosidade podem requerer um tempo de residência adicional de até 100 s (ver 10.6.5.1.2).
h Se estes dispositivos forem não condutivos, o potencial para centelhamento não existe e nenhuma medida específica é requerida. Dispositivos
que sejam montados nas paredes do tanque (por exemplo, chaves de nível e termômetros) que se projetem a uma curta distância no interior
do tanque e que não tenham projeção para baixo podem não constituir em um risco eletrostático. Estas situações devem ser avaliadas
em casos individuais.

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15 m 15 m
7,5 m 7,5 m
Piso
Envoltório da área de

7,5 m
operação e posição de
repouso de braços ou
Poço aberto no piso para mangotes de carga
drenagens de linhas e/ou mangotes
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15 m

7,5 m
0,6 m

Acesso pier

Costa

Nível de água

Legenda

Zona 1

Zona 2

Não classificada

NOTA 1 As fontes de vapores inflamáveis devem estar caracterizadas por um “envelope” de operações,
que inclui a posição de conexão do flange externo (ao navio) do braço de carga ou mangotes.

NOTA 2 A área do berço de atracação, próxima ao navio transportador e aos tanques de carga
da embarcação, deve ser classificada como zona 2 . A área deve ter a seguinte extensão:

a) 7,5 m horizontalmente em todas as direções na lateral do píer, a partir do ponto de acostagem do navio,
onde situam-se os tanques de carga;

b) desde o nível da água até 7,5 m acima do tanque de carga, em suas posições mais altas.

NOTA 3 Localizações adicionais podem ser classificadas quando requeridas pela presença de outras
fontes de líquidos inflamáveis no atracadouro ou pela autoridade portuária.

Figura A.1 – Terminal marítimo para manuseio de líquidos inflamáveis

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Ligação
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Aterramento

Ligação e aterramento

Figura A.2 – Ligação e aterramento

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1 000

Limite superior de inflamabilidade


100
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Energia de ignição mínima (mJ)

Limite inferior de inflamabilidade

Estequiométrico

10

1
Energia
de ignição
mínima
inferior

0,1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Concentração em volume (%)

Figura A.3 – Energia mínima de ignição do benzeno como uma função da concentração

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F
gal/min (m³/hr)
S υ 105
(μC/m³) (m/sec) d

10 105 1m

Is 104
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24 in.
(μA)
20 in.
5 500 mm
100 104
16 in.
14 in.
100 103
12 in.
10 10 in.
3
10 8 in.

50 100 6 in.
1

1 4 in. 100 mm
100
0,1 3 in.
10

0,5 2 in. 50 mm
0,01 10

10 1

10-3 1 in.

5 10-4

0,1 10 mm

NOTA 1 Uma linha reta através das escalas simultaneamente resolve o seguinte:

Is = 2,5 × 10 – 5 v 2 d 2 S = 3,18 × 10– 5 v F = (π/4) v d 2

NOTA 2 Para converter de pé por segundo para metro por segundo, multiplicar por 3,28. Para converter de barril
por hora para metros cúbicos por hora, multiplicar por 0,159.

Figura A.4 a) – Gráfico para estimar a carga elétrica em um líquido não condutivo fluindo
através de uma tubulação lisa

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υ
ft/sec (m/sec)

100
F
20 gal/min (m³/hr)

50 105
d
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10 105 1m

7 104
24 in.

5 υd 20 in.
104 500 mm
(m²/sec) 16 in.
103 14 in.
10 1
12 in.
0,8
10 in.
0,5 8 in.
103

100 6 in.

1 0,1 4 in. 100 mm


100
3 in.
10

0,5 2 in. 50 mm
10

1 1

1 in.
1

0,1 10 mm

NOTA 1 Uma linha reta através das escalas resolve a seguinte relação:

F = (π/4) v d 2

NOTA 2 Para converter barris por hora para metros cúbicos por hora, multiplicar por 0,159.

Figura A.4 b) – Gráfico para estimativa de parâmetro de vazão de fluidos

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Anexo B
(informativo)

Material explanatório

Introdução
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Este Anexo contém material explanatório numerado de forma a corresponder aos textos das diversas
seções, subseções ou parágrafos desta Parte da ABNT NBR 17505. O número associado à letra B
corresponde à Seção e/ou subseção do texto desta Parte da ABNT NBR 17505.

B.1.1 g) Estas provisões podem não fornecer proteção adequada para todas as operações envolvendo
produtos perigosos ou reações químicas nem consideram os riscos à saúde resultantes das exposições
a tais materiais.

B.1.1 h) A avaliação para o gerenciamento dos riscos de incêndio deve considerar a possibilidade
da ocorrência de uma mistura sujeita a ignição, a presença de uma fonte de ignição e as consequências
de uma ignição. Onde o risco for inaceitável para a autoridade competente, proteções contra detonação,
de acordo com a Norma Brasileira ou na inexistência desta com a NFPA 69, ou proteção contra
deflagração, de acordo com a Norma Brasileira aplicável, ou na inexistência desta, com a NFPA 68
ou uma combinação das duas Normas deve ser providenciada.

B.3.9 A designação ou seleção de pessoas qualificadas deve ser dada para assegurar que
as designações são apropriadamente aplicadas ao tanque ou recipiente inspecionado. A seleção
de pessoas qualificadas deve incluir cuidadosa consideração daqueles aspectos da formação
da pessoa qualificada, experiência e treinamento especializado necessário para reconhecer condições
inseguras, medidas específicas de controle necessárias e assegurar a proteção do pessoal trabalhando
no interior ou próximo dos tanques e recipientes, dentro do escopo desta Parte ABNT NBR 17505-5.

Habilidades individuais e experiência necessária para agir como pessoas qualificadas devem ser
condições a serem exigidas dos empregados de instalações de armazenamento, de empresas
contratadas ou de terceiras partes (empresas de inspeção).

Quando selecionando ou revendo as credenciais de pessoas qualificadas, existem vários fatores que
devem ser considerados, incluindo os seguintes:

a) experiência com o projeto, funcionamento e operação de tipos de tanques e recipientes;

b) experiência com as propriedades físicas, químicas e perigosas dos materiais previamente


armazenados;

c) experiência com as atividades industriais a serem desenvolvidas dentro ou em tanques


ou recipientes;

d) experiência com a instrumentação e as técnicas de inspeção utilizadas na determinação


dos critérios de ensaios associados com as designações;

e) conhecimento das normas e regulamentos aplicáveis na indústria nos níveis Federal, Estadual
e Municipal quanto à segurança e os parâmetros referidos nas normas e regulamentos.

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B.4.2.6 Equipamentos operando a pressões manométricas acima de 6900 kPa podem requerer
maior espaçamento.

B.4.4.7 A API 2218 contém um guia para seleção e instalação de revestimentos para proteção
contra a exposição dos suportes de aço submetidos a exposições a altas temperaturas. A norma
também contém uma análise geral para determinar a necessidade de tal proteção e a estimativa
da extensão da área exposta.

B.4.4.9 NFPA 204 supre mais informações sobre o assunto.


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B.4.4.10 A NFPA 101 supre mais informações sobre o assunto.

B.4.6.1 Isto pode requerer soleiras, orifícios ou sistemas especiais de drenagem para controlar
a abrangência do incêndio. A NFPA 15, Anexo A, supre mais informações sobre o assunto.

B.4.7.2 O equipamento localizado em áreas fechadas de processamento pode deteriorar-se com


o decorrer do tempo e, portanto, deve ser feita uma amostragem periódica para garantir que as taxas
de vazamento não aumentaram ou que as taxas de ventilação são adequadas para qualquer aumento
nas taxas de vazamento.

B.4.7.7 As NFPA 91 e NFPA 90A suprem mais informações sobre o assunto.

B.4.8 Nos casos em que o espaço de vapor do equipamento se encontrar normalmente dentro
da faixa inflamável, a probabilidade de danos por explosão pode ser limitada, por inertização, provendo
um sistema de supressão de explosão, ou projetando um equipamento para conter os picos de
pressão, o que pode ser feito através de um dispositivo de alívio de explosão. Onde os riscos especiais
de uma operação, as fontes de ignição ou as exposições indicarem a necessidade real, deve-se
considerar prover esta proteção por meio de um ou mais dispositivos acima mencionados. Ver NFPA 68
e NFPA 69 para informações adicionais sobre os vários métodos para mitigação de perdas
por explosões.

B.5.2.8 A área de processo não é projetada para ser uma área de armazenamento de recipientes
para líquidos. Entretanto, é reconhecido que recipientes são levados na área de processo ou para
transferir os líquidos para o processo ou para envasar os líquidos em recipientes na área de processo
produzidos nos recipientes.

A quantidade de líquidos deve ser limitada ao mínimo possível. Recipientes cheios não podem ser
estocados na área de processo, mas podem ser provisoriamente armazenados no local. Somente
a quantidade de líquido necessária para um turno contínuo de 24 h deve ser admitida na área
de processo na condição de recipientes cheios. Recipientes parcialmente cheios podem permanecer
na área de processo de forma que não comprometam a segurança do local. Recipientes que tenham
sido cheios na área de processo podem permanecer no local durante o turno em que foram enchidos,
mas devem ser removidos para o armazenamento adequado antes do final de um dia de trabalho
ou do turno no caso de operações 24 h por dia.

B.5.3.1 Operações incidentais significam que a utilização de líquidos inflamáveis e combustíveis


são apenas uma atividade limitada, no que diz respeito à classificação da atividade. Exemplos incluem:
montagem de veículos; montagem de equipamentos elétricos; fabricação de mobiliário; áreas dentro
de refinarias, destilarias e plantas químicas; oficinas de manutenção (de veículos, equipamentos
de escritório etc.) onde o uso de líquidos inflamáveis ou combustíveis é eventual, não se constituindo
numa atividade de armazenamento.

B.5.3.4 a) A intenção do requisito é permitir as quantidades de líquidos inflamáveis e combustíveis


necessários para operar de forma segura e eficiente pelas horas de trabalho em operações

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em períodos de 24 h. Um exemplo: se a instalação operar somente 8 h por dia (isto é, um único turno)
e utilizar 190 L de líquido durante este tempo, então 190 L é o que deve ser a quantidade admitida
para um período contínuo de 24 h. Se a instalação aumentar as operações para dois turnos, então
a quantidade admitida dobra para 380 L

B.5.3.6 c) A NFPA 91 fornece informações quanto ao projeto e instalação de ventilação mecânica.

B.5.4.3 Um “local seguro” deve ser selecionado como o local para a descarga de um respiro para
minimizar o potencial de desenvolver a ignição de vapores na direção de uma fonte de ignição depois
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da descarga de um respiro. Equipamentos elétricos que não atendam aos requisitos para um local
perigoso podem servir como uma fonte de ignição. Aconselha-se que a localização das descargas
de respiros considere fatores como os a seguir:

a) características do material descarregado (densidade do vapor, toxidez, velocidade da descarga


etc.);

b) proximidade de fontes de ignição potenciais;

c) aberturas das edificações, como portas, janelas, tomadas de ar e outras;

d) características da dispersão (distância para descarga dentro de uma faixa de inflamabilidade),


direção da descarga, condições climáticas e influência dos vapores descarregados na edificação
e nas edificações vizinhas;

e) probabilidade de acumulação de vapor em continuidade de descarga, como acumulação


sob reentrâncias em fachadas de edificações;

f) probabilidade de volume da descarga suficiente para permitir uma concentração tal que promova
a ignição caso seja atingida uma fonte de ignição.

Historicamente, a ABNT NBR 17505 (todas as Partes) tem provido uma orientação que serve de guia,
frequentemente baseado nos requisitos de classificação de área, e os resultados têm sido aceitáveis.
Distâncias mais curtas podem ser aceitas somente se uma análise por um profissional qualificado
justificar distâncias menores. Similarmente, as distâncias especificadas podem não ser aceitáveis
para todas as Instalações, embora a orientação acima as indique.

B.6.1.1 Têm ocorrido explosões de vapores quando um fluido de transferência de calor, com
temperatura acima do ponto de ebulição, vaza em uma área fechada. Precisam ser feitas considerações
quanto à localização de aquecedores ou vaporizadores tanto em uma edificação destacada quanto
em um recinto com construção de risco limitado.

B.6.1.2 Nos casos de incêndio, pressões muito baixas ou má operação do sistema, o sistema
de transferência de calor deve ser bloqueado para promover a paralisação da circulação do fluido
e paralisar os sistemas de vaporização e aquecimento. Se o refratário, no interior do vaporizador
ou do aquecedor, puder reter calor suficiente que cause o rompimento da tubulação e o vazamento
do fluido, se a circulação do fluido for paralisada, a circulação deve ser mantida. Na hipótese
de ocorrência de incêndio, é recomendado subdividir o sistema de tubulação através de válvulas
de segurança e de bloqueio. Uma maneira prática para acompanhar tal situação é isolar todos
os circuitos secundários do circuito primário que passem no interior ou no exterior do vaporizador
ou do aquecedor.

Uma chave de parada de acionamento remoto ou de corte da eletricidade deve ser prevista para
promover a paralisação de todo o sistema nos casos de emergência. Tal chave deve estar localizada
em um ponto constantemente atendido ou em um ponto acessível para os casos de vazamento
ou incêndio.

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Se houver linhas de processo ou utilidade passando através de áreas que contenham partes
do sistema de transferência de calor, devem-se prever válvulas de parada de

Onde o nível do líquido no sistema de expansão for mantido através emergência. Elas devem estar
localizadas em pontos de fácil acesso para os casos de incêndio.de uma bomba de reposição por
acionamento automático, com sucção a partir de um tanque de armazenamento de fluido de transferência
de calor, deve ser previsto um intertravamento para desligar a bomba quando o instrumento de nível
alto for acionado, independentemente de a bomba estar no modo automático ou manual.
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B.6.2.1 Sistemas de transferência de calor têm um potencial de liberação de grandes quantidades


de líquidos inflamáveis ou combustíveis aquecidos. Os drenos dos pontos baixos devem ser
encaminhados para locais seguros que permitam a remoção desse fluido de transferência
de calor dos pontos de rompimento, de forma a minimizar a quantidade total de fluido acumulado.
Uma análise adequada de engenharia deve ser desenvolvida para determinar os locais e o projeto
desses drenos dos pontos baixos. Uma analise de engenharia deve considerar um inventario
do sistema, a quantidade de fluido de transferência de calor que possa ser liberado em uma determinada
área de risco e incêndio, a exposição criada pelo vazamento e a proteção contra incêndio prevista.

B.6.1.2.2 Se possível, os tanques de coleta de drenagem devem ser localizados abaixo dos pontos
de drenagem mais baixos, para permitir o escoamento por gravidade. Devem ser previstos alívios
baseados nos fluxos máximos de esvaziamento ou enchimento.

B.6.1.3 Se o gás liberado pelo aquecedor ou vaporizador for recuperado para suprir fonte
de calor auxiliar para outros equipamentos (por exemplo, secadores rotativos), abafadores adequados,
portas de isolamento, controles lógicos dos queimadores ou outros meios devem ser previstos para
assegurar que todos os equipamentos sejam apropriadamente purgados e operem de uma forma
segura. O controle lógico deve antecipar todos os modos operacionais possíveis de todas as partes
dos equipamentos, se estiverem operando isoladamente ou em conjunto, para garantir partidas
e paradas seguras sob condições normais ou de emergência.

Devem ser previstos instrumentação e intertravamentos para fazer soar um alarme e promover o corte
automático do combustível que estiver alimentando o aquecedor ou o vaporizador quando quaisquer
das seguintes condições forem detectadas:

a) baixa vazão do líquido de transferência de calor através dos tubos do trocador de calor
do aquecedor, como medido na descarga;

b) alta temperatura ou pressão do fluido na saída do aquecedor ou do vaporizador. O sistema


de intertravamento para alta temperatura deve atuar no valor recomendado pelo fabricante;

c) baixa pressão na saída do aquecedor ou do vaporizador ou em qualquer ponto do sistema.


O intertravamento pode requerer um by pass para permitir a partida;

d) baixo nível do fluido no tanque de expansão;

e) baixo nível de líquido no vaporizador;

f) o acionamento do sistema de chuveiros automáticos, em qualquer parte da área contendo


equipamentos ou tubulações de transferência de calor.

Os pontos de ajuste dos alarmes devem ser previstos em níveis abaixo ou acima dos pontos de parada
automática para monitorar as variáveis acima mencionadas e possibilitar chances aos operadores
para corrigir os problemas, antes que as condições atinjam níveis inseguros.

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B.6.1.4.1 Se possível, as tubulações devem ser instaladas subterrâneas, externamente


ou em canaletas no piso. Trechos aéreos de tubulações de sistemas de transferência de calor devem
ser minimizados.

B.6.1.5.1 Registros históricos mostram que incêndios envolvendo fluidos de transferência de calor
podem ser muito severos e de demorada extinção. É recomendado que sejam previstos sistemas
de chuveiros automáticos ou sistema de dilúvio em todas as áreas da edificação potencialmente
expostas a um vazamento do fluido de transferência de calor.
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B.6.1.6.1 Alguns fatores que devem ser considerados parte de tal revisão incluem os seguintes:

a) infiltração do produto que estiver sendo aquecido no fluido térmico:

b) Neste caso, o sistema deve ser paralisado e o ponto de vazamento interno deve ser localizado
e reparado o mais rápido possível;

c) vazamentos no sistema:

Qualquer vazamento deve ser corrigido prontamente, independentemente de dimensão (mesmo


os menores vazamentos). As correções devem ser permanentes, como o reengaxetamento
de válvulas e a substituição de gaxetas que apresentem vazamentos. Qualquer fluido
de transferência de calor liberado, como resultado de um vazamento ou da operação de uma
válvula de segurança, deve ser limpo imediatamente, se houver possibilidade do fluido entrar
em contato com uma superfície quente. Outros vazamentos podem ser limpos posteriormente;

d) isolamento de tubulações ou de equipamentos que estejam saturados por fluido de transferência


de calor:

Neste caso, a causa do vazamento deve ser corrigida prontamente e o isolamento refeito com isolante
seco e limpo;

e) alta temperatura em qualquer parte do sistema:

Neste caso, os procedimentos operacionais devem especificar a parada do suprimento


de combustível para o aquecedor ou para o vaporizador assim que a temperatura do fluido
de transferência de calor ultrapassar a temperatura máxima recomendada pelo fabricante do fluido
a granel. Quaisquer ações corretivas levadas a efeito para corrigir a condição de alta temperatura
somente devem ser feitas com a fonte de calor paralisada.

B.6.2.4.1 Se o tanque de expansão utilizar uma bomba para a remoção automática do líquido,
devem ser feitas considerações no sentido de prever um alarme e corte por baixo nível, a fim de evitar
a operação da bomba a seco, resultando em uma fonte potencial de ignição.

B.6.2.6.2 Invólucros elétricos que necessitem ser abertos frequentemente para manutenção
(isto é, invólucros para controle de vapores de processo) têm um alto potencial para danos mecânicos
que podem resultar em invólucros inadequados para conter uma explosão. Inspeções adicionais
podem ser necessárias para assegurar a integridade do invólucro.

B.6.2.6.3 As NFPA 77 e API 2003 podem ser utilizadas como uma referência para proteções contra
eletricidade estática.

B.6.2.6.4 Ignição espontânea pode ser um problema nas seguintes situações:

a) unidades onde podem ser acumulados depósitos pirofóricos a partir do manuseio de vapores
de sistemas pobres em oxigênio, contendo compostos de enxofre ou materiais asfálticos. Quando

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o ar é introduzido no sistema, os materiais pirofóricos podem reagir, resultando em potencial de


ignição e em incêndio;

b) unidades que manuseiem fluidos de tal forma que possam ocorrer uma mistura de materiais
hipergólicos (líquidos ou materiais que quando em contato um com o outro entram em ignição
espontânea) ou outros incompatíveis. Tais misturas podem ocorrer com fluidos remanescentes
no sistema de recuperação de vapor antes das atividades de carregamento;

c) instalações manuseando hidrocarbonetos oxigenados em unidades de absorção de carbono.


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Alto calor de absorção para estes tipos de vapores podem potencialmente conduzir
a um superaquecimento de leitos de carbono e aumento da probabilidade de se iniciar uma
reação de oxidação.

B.6.2.6.6 O potencial de ignição de um sistema coletor de vapores necessita ser avaliado caso
a caso. Se a ignição ocorrer, a propagação da chama no sistema de tubulação contendo misturas
de vapores inflamáveis normalmente inicia com uma queima em baixa velocidade (deflagração). Como
as chamas se movem através da tubulação ela acelera e, dentro de uma pequena distancia pode
alcançar velocidades supersônicas (detonação). A propagação inicial da chama em baixa velocidade
pode ser contida através de abafadores de chama, selos hidráulicos ou sistemas de válvulas de atuação
automática rápida quando projetados, operados e ensaiados de acordo com os requisitos da Norma
Brasileira aplicável, se existente, ou na NFPA 69. A propagação da chama também pode ser paralisada
tanto na deflagração quanto na detonação pelo uso de abafadores de detonação ensaiados de acordo
com Normas adequadas ou outros procedimentos aceitáveis pelas autoridades competentesou por
sistemas de válvulas automáticas rápidas ensaiadas sob condições apropriadas.

B.7.1.1.2 O uso de material não condutor na montagem da tubulação de enchimento deve ser
evitado para prevenir uma descontinuidade elétrica na tubulação do sistema. Já ocorreram sérios
acidentes quando materiais não condutores, como mangueiras plásticas ou de borracha foram aplicados
na montagem da tubulação de enchimento.

B.7.2.2 O uso de sistema fixos de proteção contra incêndio, diques ou barreiras ou uma combinação
destes, podem dar proteção adequada contra exposições.

B.7.5 O propósito é prevenir o vazamento descontrolado de um líquido, para além da área de carga
e descarga, expondo equipamentos e edificações circunvizinhas.

B.7.7.1.5 A Seção 10 supre mais informações sobre proteção contra eletricidade estática.

B.7.7.2.2 A Seção 10 supre mais informações sobre proteção contra eletricidade estática.

B.7.7.3 O termo “carga com potencial de ignição” (switch loading) define uma situação que requer
considerações especiais. Quando um tanque que continha carga de produto líquido de classe I
encontra-se vazio, ele contém uma mistura de vapores de produto e ar, a qual pode estar,
e frequentementeestá, dentro da faixa de inflamabilidade. Quando este mesmo tanque recebe
uma nova carga de produto líquido de classe I, qualquer descarga elétrica que atingir o costado
do tanque é escoada pelo sistema de aterramento do tanque. Também não pode ser mistura na faixa
de inflamabilidade na superfície do novo lote de produto no interior do tanque, pois um líquido de classe I
produz em sua superfície uma mistura muito rica, ficando, portanto, fora dos limites de inflamabilidade.
Esta situação ocorre frequentemente durante o enchimento dos caminhões-tanque nos serviços com
distribuição de gasolina.

Eventualmente, se houver a acumulação de uma carga estática na superfície de um líquido,


suficiente para produzir uma centelha, tal fato ocorrerá em uma atmosfera muito rica e fora da faixa

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de inflamabilidade, não causando, portanto, qualquer dano. Uma situação completamente diferente
ocorre se o líquido tiver “potencial de ignição”, o que acontece quando o tanque de um veículo que
continha um líquido de classe I recebe um carregamento de um líquido de classe II ou de classe III.
Estes últimos não são necessariamente mais geradores de estática do que os líquidos de classe I,
contidos previamente no tanque do veículo, mas a atmosfera em contato com o nível do produto que
está subindo não fica suficientemente rica para sair dos limites de inflamabilidade. Se as circunstâncias
forem tais que surja uma centelha ao longo da superfície do líquido ou da superfície do líquido
para algum outro objeto, a centelha vai encontrar uma atmosfera que pode estar dentro dos limites
de inflamabilidade e, como consequência, pode ocorrer uma explosão com resultados desastrosos.
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Já foi enfatizado que apenas o aterramento do tanque não é suficiente para evitar este problema.
A maioria dos registros de explosões resultantes deste problema aconteceu quando se acreditava que
o tanque estava adequadamente aterrado.

O potencial eletrostático responsável pelo centelhamento existe no interior do tanque e na superfície


do líquido; e não é ou não pode ser eliminado apenas pelo aterramento do tanque. Algumas das
seguintes medidas podem ser adotadas para alterar ou reduzir o potencial dessa fonte interna
de ignição:

a) evitar geradores de centelhas e objetos com potencial de condutividade flutuando na superfície


do líquido que aumentam a carga estática para as paredes do tanque. Hastes de metal
de medidores ou outros objetos que se projetem no espaço ocupado pelos vapores do produto
contido no tanque podem criar uma centelha enquanto o nível estiver aproximando-se da projeção
dessas superfícies. Uma precaução comum é a de se introduzir os tubos direcionadores de fluxo
(como bicos de carregamento ou braços de carregamento) o mais próximo possível do fundo
do tanque. Qualquer operação a ser realizada, como coleta de amostras, medição de nível, medição
de temperatura ou outra operação que resulte na introdução de um objeto condutivo através
de um bocal do tanque e que venha a ter contato com a atmosfera interna, deve ser retardada
em pelo menos 1 min após a parada total do fluxo no tanque. Esta medida visa a assegurar que
as cargas estáticas possivelmente existentes na superfície do líquido já tenham se dissipado;

b) reduzir o potencial de geração de eletricidade estática através de uma ou mais das seguintes
medidas:

— no início das operações de carregamento, pela parte inferior do tanque, evitar fluxos turbulentos
que possam esparramar respingos do líquido para cima ou para os lados;

— no início das operações de carregamento pelo topo, quando são utilizados tubos direcionadores
de fluxo ou braços de carregamento, iniciar a operação com vazão reduzida até que a ponta
do dispositivo destinada à saída do fluxo esteja totalmente submersa. Uma velocidade máxima
de 1,0 m/s é considerada segura para esta fase da operação;

— quando forem utilizados filtros no alinhamento, deve-se adotar um enchimento lento do sistema,
para que ocorra uma acomodação do líquido na tubulação a jusante do filtro. Como referência,
um tempo de 30 s é considerado adequado para que haja acomodação do líquido;

c) eliminar as misturas inflamáveis antes do carregamento de líquidos com potencial de ignição,


através de adequada ventilação do tanque ou de purga com gás inerte (inertização).
NOTA Para informações adicionais, ver Seção 10.

B.8.1.25 Quando for mais prático, o poço coletor deve ser drenado para um local mais remoto.

B.8.1.28 Em decorrência das muitas variáveis envolvidas, os requisitos exatos não podem ser
previstos. Entretanto, a Tabela A.3 supre um guia do nível de proteção contra incêndios típicos
disponibilizados em cais e em terminais marítimos que manuseiem líquidos inflamáveis.

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B.9.1.1.1 A amplitude da faixa em dimensão, projeto e localização de Instalações de processamento


de líquidos prescreve a inclusão de sistemas detalhados de prevenção e controle de incêndio
e de riscos e métodos aplicáveis a todas as instalações. O usuário deve observar como guia documentos
como Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, a NFPA 551.
B.9.1.1.2 O armazenamento, o processamento, o manuseio e o uso de líquidos de classe II
e de classe III a temperaturas acima de seus pontos de fulgor podem produzir ignição de vapores
se o líquido for liberado ou se os vasos forem aliviados. Requisitos para líquidos de classe I consideram
tais eventos para minimizar a probabilidade de ignição e as consequências se a ignição vier a ocorrer.
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Desta forma, torna-se necessário um estudo comparado para projetar as características da Instalação
também quando líquidos de classe II e III forem manuseados a temperaturas acima dos seus
pontos de fulgor. Entretanto, suas características diferem daquelas quando se manuseiam líquidos
de classe I. Por exemplo, a extensão da onda dos vapores de líquidos de classe II e III é limitada pela
rápida condensação dos vapores liberados, uma vez que eles esfriam a baixas temperaturas. Isto
pode justificar a classificação de área elétrica mais limitada, as diferentes ventilações, a eliminação
da ventilação de explosão e assim por diante. Em adição, o processo de manuseio destes líquidos
de classe II e de classe III aquecidos pode incorporar aspectos de segurança no projeto que
acompanham as intenções da ABNT NBR 17505 (todas as Partes), observando os riscos da liberação
de vapores. Além disso, as maiores restrições aos requisitos construtivos das edificações contidos
na Tabela A.2 podem não ser necessários para um determinado processo envolvendo as operações
com líquidos de classe II e de classe III aquecidos à temperaturas acima de seus pontos de fulgor.
A opção pela condução de uma avaliação de engenharia de acordo com a Seção 9 foi incluída para
permitir o uso de projetos alternativos que observam os níveis de risco identificados.
B.9.2.1 h) Com respeito ao calor gerado por fricção ou centelhamento é reconhecido que há
necessidade de controlar as fontes de ignição, incluindo as centelhas mecânicas geradas por
ferramentas manuais, que têm energia suficiente para provocar a ignição de vapores inflamáveis.
Estudos, códigos e normas referenciadas (Por exemplo, API 2214) demonstram que há um potencial
para centelhas oriundas de ferramentas manuais provocarem a ignição de vapores inflamáveis
de um número limitado de produtos químicos e sob certas condições específicas. Estes produtos
incluem líquidos inflamáveis com uma energia de ignição mínima, operações nas quais líquidos
inflamáveis ou combustíveis são aquecidos e a geração atípica de uma centelha pode ocorrer entre
tipos específicos de ferramentas manuais e o choque com uma superfície (Por exemplo: reação térmita
[reação em que o metal alumínio é oxidado pelo óxido de outro metal] ou impacto de ferramentas
de aço em materiais contendo quartzo). Mesmo ferramentas resistentes ao centelhamento podem
não prover proteção adequada contra a ignição. Por exemplo, partículas de metal duro podem
tornar-se incrustadas em um metal relativamente macio de ferramentas resistentes ao centelhamento,
e estas partículas podem causar centelhas quando as ferramentas estiverem em uso.
A ABNT NBR 17505 requer análise, como uma análise de trabalho seguro ou análise de atividade
de risco, dos perigos e riscos de uma dada tarefa e a aplicação de medidas apropriadas de proteção
para prevenir ou mitigar os perigos e riscos. Isto inclui a identificação e a mitigação do risco
de ignição a partir de múltiplas fontes, incluindo ferramentas manuais. Devido a complexidade das
em umerosas operações envolvendo líquidos, a ABNT NBR 17505 (todas as Partes) não pode indicar
todas as condições nas quais ferramentas resistentes ao centelhamento são mandatórias, podem ser
recomendadas ou para as quais são desnecessários os controles de risco de ignição para qualquer
operação específica.
B.9.2.4 A prevenção da ignição eletrostática em equipamentos é um assunto complexo
(ver Seção 10).
B.9.3.1 Um método para atender a este requisito pode ser através da instalação de um sistema
de alarme contra incêndio manual e/ou automático, de acordo com a Norma Brasileira aplicável, ou na
inexistência desta, com a NFPA 72.

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B.9.4.1 Outros fatores reconhecidos para prevenção e controle de incêndio envolvendo construção,
localização e separação são também focalizados na Seção 9.

B.9.4.3 Conexões permanentes entre linhas de água de processo com linhas do sistema de água
de incêndio representam um grande risco de contaminação da água de incêndio por fluidos
de processo. Vários incidentes têm ocorrido em locais onde a água de incêndio foi contaminada por
líquidos de processo inflamáveis, acarretando o aumento significativo dos danos causados pelo
incêndio e, em alguns casos, ferimentos em pessoas. São permitidas conexões temporárias visando
a atender às necessidades extraordinárias, como períodos de parada e inspeção, operações
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de limpeza de tanques etc.

Entretanto, todos os cuidados necessários devem ser tomados para evitar a contaminação potencial
que tal conexão enseja. Nos casos em que situações venham a ocorrer com grande frequência, deve-se
prever um arranjo de tubulação especial dotado de duplos bloqueios, adotando-se válvulas que
permitam a purga e peças removíveis de tubulação (carretéis), ou podem ser adotados outros meios
que assegurem que nenhuma contaminação possa ocorrer. Notar que a adoção de apenas válvulas
de retenção não é uma solução aceitável, pois não introduz a segurança almejada.

A utilização de fontes de água de serviço, como água de alimentação de caldeira, que garantidamente
não sejam contamináveis, é aceitável como um suprimento complementar da água de combate
a incêndio.

B.9.4.5 Ver NFPA 13 e NFPA 15 para mais informações sobre este assunto.

B.9.4.8 A NFPA 10 supre mais informações sobre a adequabilidade dos vários tipos de extintores.

B.10.2.2.2 Ver Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, a ANSI Z41.

B.10.2.4.3 Ver Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, a NFPA 53.

B.10.4.1.1 Líquidos inflamáveis de classe I, que têm pontos de fulgor menores que 38 °C, podem formar
misturas vapor-ar inflamáveis sob a maioria das condições de meio ambiente. Líquidos combustíveis
de classe II e de classe III, que têm pontos de fulgor iguais ou maiores que 38 °C, requerem maior
grau de preaquecimento antes que eles desenvolvam quantidade significativa de misturas vapor-ar
inflamáveis. Certos líquidos de baixo risco de incêndio, como formulações de solventes que contêm
grandes parcelas de água, ainda assim podem gerar vapores ou vapor-ar inflamáveis em recipientes
fechados em temperaturas inferiores a 38 °C. Similarmente, certos líquidos que não têm um ponto
de fulgor podem ser capazes de gerar uma mistura de vapor-ar inflamável como um resultado
da degasagem ou da lenta decomposição, especialmente onde o espaço vapor-ar for menor quando
comparado com o volume de líquido.

B.10.4.2 Operar a temperaturas inferiores ao LIE é frequentemente mais seguro do que operar
a temperaturas superiores ao LSE, particularmente em tanques e em outros vasos grandes. Igualmente,
se o líquido em um tanque gerar rapidamente vapor suficiente para operações em temperaturas acima
do LSE, a mistura inflamável pode ainda estar presente no momento da abertura do tanque, mesmo
que no bocal de amostragem a faixa de inflamabilidade possa ser atravessada dentro do tanque
durante a partida ou durante algumas outras condições operacionais. Frequentemente, a atmosfera
em um vaso pode ser inertizada, como descrito na Norma Brasileira aplicável ou, na ausência desta,
na NFPA 69. Esta técnica reduz a concentração de oxigênio abaixo daquela requerida para sustentar
uma combustão. A inertização pode não ser eficaz próxima dos bocais do tanque, especialmente
nos casos onde puder entrar ar durante a adição de materiais sólidos. Também, para tanques
de armazenamento, o suprimento de gás inerte pode ser capaz de compensar as mudanças
de temperatura ou na admissão de ar durante o esvaziamento do tanque.

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B.10.4.4 A prevenção da formação de uma atmosfera inflamável pode ser realizada utilizando
qualquer dos métodos descritos na Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, na NFPA 69.
Daqueles métodos, o mais comum é adicionar um gás inerte adequado, como nitrogênio,
de forma que a concentração de oxigênio resultante seja insuficiente para suportar uma chama. Um fator
de segurança é usualmente aplicado. Para a maioria dos gases e vapores inflamáveis, a inertização
normalmente requer a redução da concentração de oxigênio para cerca de 5 % em volume.

B.10.5.3.1 O mecanismo de geração de cargas elétricas é altamente complexo. Para um escoamento


de líquidos em tubulações, a corrente de cargas elétricas gerada depende da condutividade elétrica,
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da constante dielétrica, da viscosidade e das características do escoamento do líquido, que envolve


fatores como velocidade de escoamento, diâmetro da tubulação e rugosidade da superfície do tubo.
Para características idênticas de escoamento, a de condutividade elétrica é um fator preponderante.
Isto é mais pronunciado para líquidos de baixa condutividade, devido aos contaminantes existentes.
Traços de contaminantes têm um efeito desprezível na constante dielétrica e na viscosidade de líquidos,
mas têm um efeito dominante na condutividade. Líquidos condutivos são muito menos afetados pelos
traços de contaminantes. Em muitos sistemas, como tubulações muito longas, a densidade da carga
elétrica alcança um estado estável no qual a taxa de geração de cargas elétricas é balanceada pela
taxa de escoamento de cargas para terra.

B.10.6.2 Tubulações não condutivas inteiramente de plástico não podem ser utilizadas para manusear
líquidos não condutivos ou semicondutivos, exceto onde possa ser demonstrado que as vantagens
superem quaisquer riscos associados com a descarga externa de eletricidade estática ou vazamentos
por pequenos furos ou onde testes tenham demonstrado que não existe possibilidade da ocorrência
do fenômeno. Tubulações metálicas com revestimento plástico aterradas não conduzem diretamente
aos riscos mencionados, mas deve ser considerada uma tolerância com possíveis falhas
no revestimento. Por exemplo, se o líquido for corrosivo à tubulação metálica, haverá perda
de espessura do metal por causa dos pontos corroídos, podendo conduzir a uma contaminação
inaceitável do produto e uma eventual perda do conteúdo. Reciprocamente, danos menores por
corrosão pontual podem ser aceitáveis, uma vez que o revestimento tem a função somente de minimizar
a introdução de cor ao produto por ferrugem ou limalha.

Onde for necessário transferir líquidos não condutivos ou parcialmente condutivos através de sistemas
de tubulações plásticas, podem ser adotadas as seguintes estratégias para mitigação:

a) reduzindo a taxa de geração de carga elétrica pela diminuição da velocidade do fluxo;

b) eliminando ou realocar microfiltros adicionais à montante;

c) reduzir a resistividade das paredes, possivelmente para menos de 108 Ωm;

d) aumentar o esforço de ruptura elétrica da parede da tubulação pelo aumento da espessura ou


pela mudança do material de construção;

e) incorporar uma camada externa, condutiva e aterrada na tubulação.

Podem ser consideradas combinações destas estratégias. Por exemplo, em muitos casos, a presença
de uma camada externa condutiva em uma tubulação de plástico pode não ser adequada para eliminar
corrosão pontual daparede interna de plástico e se a camada não fornecer contenção, assim ela não
prevenirá vazamentos externos.

B.10.6.3 Para mangotes inteiramente de metal condutivo, a resistência ao aterramento de alguns


pontos normalmente devem ser iguais ou inferiores a 10 'Ω exceto onde forem utilizados flanges
de isolamento para evitar centelhas a partir de correntes parasitas. Para mangotes condutivos

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que contenham um elemento de ligação contínua, tal como um arame ou uma fita, a resistência
ao aterramento de qualquer conector metálico normalmente será igual ou menor que 1 000 'Ω/m,
com a mesma exceção sendo aplicável. Resistência a terra através de mangueiras semicondutivas,
com um projeto limitando as correntes que elimina um elemento de ligação de baixa resistência
e aterramento através de flanges de isolamento, deve ser entre 103 Ω/m e 105 Ω/m. Em qualquer caso,
a resistência total ao aterramento de um conector de um mangote metálico não pode exceder 106 Ω.

Enquanto a resistência ao aterramento for menor que 106 Ω há a prevenção da acumulação


de cargas eletrostáticas na maioria dos casos, se testes periódicos revelarem um significativo aumento
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na resistência como instalada, cujo aumento pode ser o resultado de corrosão ou de outros danos que
podem conduzir a perda súbita de continuidade.

O mangote, o flange de isolamento ou ambos devem ser inspecionados para determinar a necessidade
de substituição.

Onde mangotes condutivos forem de espirais duplos, um para ligação e a outro para reforço
mecânico, a continuidade entre os conectores finais confirmam a continuidade de só uma das espirais.
Um incêndio foi reportado durante a drenagem de tolueno a partir de um caminhão-tanque através
de um mangote similar. Foi verificado que a espiral interna não só estava rompida mas não era
projetada para ser ligada aos conectores finais. Para o manuseio de líquidos não condutivos, uma
opção é o uso de um mangote com um revestimento semicondutivo ou condutivo, de forma que
o rompimento da espiral interna não o torne isolado da terra e forme uma falha quanto ao centelhamento.
Preferencialmente, a espiral interna deve ser separadamente ligada aos conectores extremos.

É especialmente importante assegurar a continuidade com os conectores extremos (ou bocais) onde
o mangote for utilizado em uma atmosfera inflamável. Em geral, é mais seguro utilizar um sistema fixo
de enchimento apropriadamente projetado, tal como um arranjo de tubo de enchimento para carregar
caminhões-tanque, preferencialmente ao uso de mangotes.

Onde forem utilizados mangotes de utilidades em atmosferas inflamáveis, tais como no interior
de tanques, estes mangotes devem ser condutivos ou semicondutivos. Em particular, todos
os conectores e bocais metálicos devem ser aterrados. Conectores de mangotes não aterrados para
mangotes não condutivos podem se tornar carregados eletricamente por uma variedade de meios, tais
como pela inserção de um mangote com nitrogênio no interior do tanque contendo líquido ou névoa
carregada, por fricção ou pelo impacto de vapor d’água. Embora os gases secos para limpeza não
gerem cargas, um mangote não condutivo se tornará altamente condutivo pelo fluxo de vapor d’água.

B.10.7.2.1 d) Para mais informações ver Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta,
API RP 2003.

B.10.9 Para recomendações gerais ver Norma Brasileira ou, na inexistência desta, a API 2219.

B.10.12.2 Para mais informações, ver Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta, a NFPA 69.

B.10.15.9 Ver Norma Brasileira aplicável ou, na inexistência desta a Seção 11.

B.10.16 Se utilizados para coletar vazamentos de líquidos inflamáveis, que possam envolver uma
segunda fase, como a aplicação de pós ou fragmentos para controlar vazamentos, ou a aplicação
de limpadores úmidos ou a vácuo, podem acontecer em problemas, incluindo os seguintes:

a) geração de eletricidade estática;

b) classificação elétrica para os equipamentos acionados eletricamente;

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c) compatibilidade química;

d) higiene industrial (referente aos gases exaustos oriundos dos limpadores a vácuo).

Os mangotes de suprimento de ar e de recuperação do líquido devem ser condutivos e fabricados


de material semicondutivo. Os filtros também devem ser semicondutivos ou condutivos. O projeto deve
ser tal que todas as partes sejam continuamente ligadas e aterradas. Normalmente, a continuidade
de aterramento deve ser verificada, como prescrita, nos pontos preestabelecidos antes de cada
utilização. Boias ou mecanismos similares são empregados para cortar a sucção, uma vez que o tanque
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de recuperação tenha alcançado o seu nível máximo. Precauções adicionais podem ser necessárias
para evitar o extravasamento via efeito sifão (se o mangote de recuperação estiver completamente
submerso no líquido) ou onde agentes antiespuma não forem utilizados. Para vazamentos de líquidos
inflamáveis em particular, medidas devem ser tomadas, incluindo o treinamento e aterramento
do pessoal, para assegurar que o pessoal não constitua em uma fonte de ignição.

B.11.1.2.4 A pessoa qualificada deve estar consciente de determinar os necessários controles para
os riscos associados aos materiais que contenham oxigênio suficiente para sustentar uma combustão
em atmosferas inertes.

B.11.1.2.6 Para informações sobre acumulação e descarga de eletricidade estática, ver a Seção 10
e API 2003; API 2219; API 2015; API 2016.

B.11.2.2.5 Para informações sobre riscos de ignição por eletricidade estática, ver Seção 10
e API 2003; API 2219; API 2015; API 2016.

B.11.3.1.5 O ar fresco pode ser utilizado para 20,8 % de oxigênio, 0 % de LIE e para a maioria das
substâncias tóxicas.

B.11.3.3.2 Os ensaios do interior de um tanque ou recipiente para verificar a presença


de concentrações sujeitas à ignição de gases ou vapores inflamáveis são a mais importante fase
de um procedimento de limpeza, determinando se uma limpeza adicional é necessária. A maioria dos
indicadores de gás combustível mede a concentração do vapor presente como uma porcentagem
do LIE. Quando um tanque ou recipiente está deficiente em oxigênio, a leitura pode estar errada.
É essencial que aqueles utilizando o indicador estejam bem treinados no seu uso e calibração e que
o instrumento esteja em condição de operação. A calibração deve ser feita de acordo com as instruções
do fabricante.

Em adição, quando o tanque ou recipiente está rico em oxigênio (o nível de oxigênio está acima
do verificado no ar ambiente fora do tanque), a leitura apresentará erro. A pessoa qualificada deve
determinar e controlar a fonte de oxigênio adicional, antes de prosseguir com o ensaio.

B.11.3.3.6 Se um edutor de ar for utilizado para exaurir um tanque ou recipiente, a descarga deste
deve ser diluída com o ar utilizado no dispositivo. O resultado de quaisquer testes feitos neste ponto
indicará somente a alteração na concentração do vapor no interior do tanque ou recipiente e não
será uma medida precisa da verdadeira concentração. Quando a desejada baixa concentração
for alcançada, o interior do tanque ou recipiente deve ser verificado para determinar a verdadeira
atmosfera.

B.11.3.3.8 As API 2015 e API 2016 contêm requisitos específicos para trabalho a quente e práticas
seguras e os requisitos que devem ser revistos pela pessoa qualificada, permitindo o trabalho a quente
no interior de espaços confinados.

B.11.3.3.9 Ver 11.3.3.8.

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B.11.3.3.10 Ver 11.3.3.8.

B.11.3.4.2 Muitos produtos perigosos armazenados em tanques e em recipientes, ou utilizados


na limpeza ou na reparação destes podem ter efeitos adversos à saúde humana.

B.11.4.1.1 Referir-se também às API 2015, API 2016 e API 2217A, para práticas seguras utilizando
gás inerte para livrar um tanque ou recipiente de vapores.

B.11.4.2.5 Para mais informações, ver Seção 10, API 2003, NFPA 69, API 2015 e API 2016,
para práticas e requisitos de ligação.
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B.11.4.2.7 b) Para informações sobre tanques de armazenamentos subterrâneos ver API 1604.

B.11.4.3 Gás inerte é um meio de tornar seguro um tanque ou recipiente pela redução do oxigênio
contido no ponto no qual uma combustão não pode ser realizada. Exemplos de gases inertes
comumente utilizados são: dióxido de carbono, nitrogênio, argônio, hélio, gases de combustão que
atendam aos critérios do oxigênio e misturas destes gases. Estes gases podem ser obtidos em cilindros
e em carretas. Dióxido de carbono (não contido em extintores de incêndio) pode também ser obtido
na forma sólida. Para informações sobre o trabalho em espaços inertizados ver também a API 2217 A.

B.11.4.3.11 Precauções especiais são necessárias para trabalhar em um tanque contendo uma
atmosfera inerte. Estas atividades estão além do escopo desta Parte da ABNT NBR 17505, e a pessoa
qualificada deve consultar as seguintes fontes de referência antes de permitir a entrada em um tanque
ou recipiente que contenha uma atmosfera inerte. Referir-se às API 2217 A, API 2015 e API 2016
para práticas seguras e requisitos, quando utilizando um gás inerte para livrar um tanque ou recipiente
de vapores.

B.11.4.3.14 c) A concentração de oxigênio pode ser determinada utilizando o seguinte cálculo:

% O2 = 100 – % CO2 / 100 × 20,8

B.11.4.5 Ver também a Seção 10, API 2015 e API 2016.

B.11.5.2 Para informações sobre designações para entrada, referir-se às API 2015 e API 2016.

B.11.5.2.3 A entrada deve ser classificada como “entrada com restrições” se as seguintes condições
existirem:

a) o oxigênio contido estiver entre 19,5 % e 23,5 % em volume;

b) os vapores inflamáveis estiverem entre 0 % e 10 % do LIE;

c) as concentrações atmosféricas de substâncias tóxicas estiverem acima do nível de exposição


permitido ou no limiar do valor-limite (TLV) e imediatamente abaixo do nível de risco de morte
ou à saúde (IDLH) e não expuserem empregados ao risco de morte, incapacidade, impedimento
da possibilidade de se autorresgatar ou doenças agudas devido aos efeitos à saúde.

B.11.6.2.4 A localização da abertura no tanque pode ser limitada pela estrutura interna do tanque.

B.11.7.2.1 Ver também API 2015, API 2016, API 2217A, API 2207, API 2027, API 2009 e NFPA 51B.

B.11.7.2.3 Outras atividades onde a limpeza de tanques ou recipientes é necessária incluem


transporte, armazenamento, manutenção, reparos e inspeção interna.

B.11.7.5 Ver API 2015 e API 2016 para segurança. Para informações sobre jateamento abrasivo, ver
API 2027.

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Bibliografia

[1] NFPA 15, Standard for water spray fixed systems for fire protection

[2] NFPA 16, Standard for the Installation of foam-water sprinkler and foam water spray systems
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