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HISTÓRIA
O francês Nicolas Léonard Sadi Carnot (1796-1832) desenvolveu conceitos que
fundamentaram a Segunda Lei, sendo que na época em que ele viveu a Primeira Lei nem era
conhecida. Mesmo assim, foi ele quem estabeleceu o último padrão de eficiência de uma
máquina térmica.
De acordo com Bernal, Carnot foi o responsável pela criação das duas leis da termodinâmica.
Além disso, este autor atribui o não reconhecimento de Carnot como responsável pela
elaboração destas leis ao fato dele não ter tido tempo de publicar seus conhecimentos, visto
que morreu de cólera, e a sua descoberta permaneceu enterrada nos seus cadernos de
apontamentos durante 50 anos. Entretanto, pensamos que não podemos chegar a atribuir a
Carnot o mérito pela elaboração das leis da termodinâmica, mas sim o germe para sua
formulação, uma vez que tais leis só são elucidadas quase 30 anos depois após uma série de
estudos.
2. não existe máquina mais eficiente do que a de Carnot, pois ele descobriu o processo
cíclico mais eficiente para converter calor em outras formas de energia.
Além de Carnot, Rudolf Clausius (1822-1888), Lord Kelvin (1824-1907) e Max Planck (1858-
1947) contribuíram para que a Segunda Lei fosse formulada. Dessa forma, temos a seguir os
dois enunciados que definem a Segunda Lei da Termodinâmica:
Uma conclusão importante, que relaciona estes dois enunciados, é de que sempre deverá
existir energia térmica sendo rejeitada para a fonte fria (corpo com temperatura menor). Se a
fonte fria não existisse para receber esta energia, não seria possível a saída de energia térmica
da fonte quente (corpo com temperatura maior). A figura a seguir mostra como este processo
é fundamental para o funcionamento da máquina térmica.
Se a máquina térmica da figura 1 funcionar segundo o Ciclo de Carnot (duas isotermas e duas
adiabáticas), então ela é uma Maquina de Carnot e pode-se afirmar a seguinte relação:
|Qb|/|Qa|=Tb/Ta
2. EXPLICAÇÃO
A Primeira Lei da Termodinâmica nada nos diz sobre o sentido em que ocorrem
espontaneamente os processos termodinâmicos. Na Natureza muitos processos são
irreversíveis. Ora, qualquer que seja a natureza dos processos, há sempre uma parte
da energia que se degrada, ou seja, que não é aproveitada de uma forma útil.
Porém, a degradação da energia nunca pode ser totalmente evitada, por isso é
necessário um melhor aproveitamento da energia disponível para aliviar a exploração
de recursos energéticos, que são limitados, procurando afastar crises energéticas.
Nos aparelhos elétricos há sempre energia dissipada por efeito joule, que diminui o
seu rendimento.
Nos sistemas de produção de eletricidade ou nos sistemas de aquecimento há sempre
transferência de energia para a vizinhança. Essa energia não se perde: fica na
vizinhança, mas não pode ser aproveitada de forma útil.
Nos aparelhos elétricos há sempre energia dissipada por efeito Joule, que diminui o
seu rendimento.
Como só uma parte da energia pode ser aproveitada de forma útil, o rendimento de
uma máquina (Fig. 48) é sempre inferior a 100%.
Esta Lei não proibe, por exemplo, um fenómeno como o seguinte: dois corpos a
temperaturas diferentes estão em contacto e o corpo a maior temperatura aquece e o
corpo a menor temperatura arrefece! Ora isto nunca acontece, sabe mos bem que o
corpo quente arrefece e o corpo frio aquece!
É a Segunda Lei da Termodinâmica que indica como evoluem espontaneamente os
sistemas. Para o exemplo anterior essa Lei afirma que, espontaneamente, a transfe
rência de energia se faz do corpo quente para o corpo frio.
Claro que o arrefecimento de um corpo frio pode ocor rer (nos frigoríficos, por
exemplo), mas esse não é um processo espontâneo: é necessária a ação de uma
máquina.
Na Natureza, sempre que ocorre um processo espontáneo, isto é, sem recurso à ação
do homem (por exemplo, usando uma máquina), há diminuição da energia útil. A
evolução espontânea é sempre no sentido da degra dação da energia.
ou
Exprime-se, normalmente, em
percentagem.
3. APLICAÇÕES / EXEMPLOS PRÁTICOS
A 2ª lei da termodinâmica, nomeadamente os postulados de Clausius, e de Lord Kelvin
estabelecem limitações, tanto na transferência de energia sob a forma de calor entre objectos,
como na possibilidade de transformar energia de uma forma noutra.
Tais factos implicam que apenas possam existir máquinas, em que o seu princípio de
funcionamento não viole a segunda lei da termodinâmica.
● Máquinas térmicas
● Máquinas frigoríficas
Segundo o postulado de Clausius, é impossível transferir energia sob a forma de calor de forma
espontânea, de uma fonte fria para uma fonte quente. Para que tal aconteça, é necessário
fornecer trabalho ao sistema, e, nesse caso, temos uma máquina frigorífica.
Deste modo, a energia sob a forma de calor que é transferida para a fonte quente é igual à
soma da energia sob a forma de calor retirada à fonte fria, com o trabalho necessário para que
ocorra esse fluxo de energia:
|Qq| = W + |Qf|
4. EXERCÍCIOS
Verdadeiro e Falso
● Foi com base nas ideias de Newton, que Clausius e Kelvin basearam seus
estudos sobre a Termodinâmica. FALSO,FOI COM BASE EM CARNOT
A Primeira Lei da Termodinâmica nada nos diz sobre o sentido em que ocorrem
como calor nesse condutor (efeito Joule). A energia elétrica fornecida pelo
ou
Exprime-se, normalmente, em
percentagem.