Você está na página 1de 16

INDICE

1. INTRODUÇÃO
A termodinâmica associada á entropia permitu que a ciência descobrisse que tudo no
universo é resultado de uma tranformação que com este pensamento pode-se dizer que
tudo é uma entropia, pois esta se faz presente em todos os momentos das nossas vidas,
neste contexto abordar-se á assuntos relacionados a processos reversiveis e irreversiveis,
ou seja processos que podem ser feitos novamente, pelos mesmos caminhos e mesmas
condições e processos irreversiveis que não podem ser recuperados após estes
acontecrem.

Na natureza, é impossivel acontecer um processo reversivel, devido a várias condições,


meios, por se tratar de matéria consumivel e que gera residuos, desta feita
automaticamente se tornam irreversiveis, os processos reversiveis apenas acontecem no
contexto ″ideal″.

Tratando-se da segunda lei da termodinamica que defende e frisa acerca da


irreversibilidade, ou seja, esta diz que é impossível que um sistema ou aparelho receba
uma energia a 100% e realize o trabalho com a mesma percentagem, ou sempre havera
diminuicao, a energia em falta tranforma-se noutra forma de energia.
2. OBJECTIVO
2.1. Objectivo Geral
 Conhecer os processos reversíveis e ireversiveis.

2.2. Objectivo Específico


Os objectivos específicos compreendem:

 Detalhar os processos reversiveis e ireversiveis;


 Enunciar a segunda lei da termodinamica;
3. PROCESSOS REVERSÍVEIS E IRREVERSÍVEIS
De um modo geral, numa linguagem leiga a reversibilidade traduz-se como
(DICIONARIO, 2023) ″a propriedade de um sistema físico de retornar ao estado inicial
A quando revertida a causa que o levou de A ao estado final de B distinto de A″,
enquanto que a irreversibilidade “é a propriedade de um sistema de sofrer alterações
que o leve de um estado inicial A para um estado final B, contudo de forma que se torne
impossivel o regresso ao estado inicial, mesmo cambiadas as causa da transição inicial″.

3.1. Noções preliminares


De acordo com (Brum, 2012):
Ao modelar o mundo através da mecânica clássica, atribuída a Sir Isaac Newton, ao
deparar-se com o que é chamado de simetria de inversão temporal, ou seja, de acordo
com a mecânica clássica, ao realizar-se a transformação t →−t , absolutamente nenhum
aspecto da natureza iria mudar, assim, a mecânica clássica não prioriza nenhum evento
"indo" ou "vindo" no tempo.

Analisará-se agora, alguns pares de exemplos:

1) Um cubo de gelo submetido a temperatura ambiente superior à de fusão que derrete


- Uma poça d’água a mesma temperatura, que se solidifica formando um cubo de
gelo.
2) Uma pedra, que ao ser abandonada de uma certa altura (h) cai sobre a ação da
gravidade e alcança uma superfície arenosa (ou qualquer terreno que proporcione
uma colisão totalmente inelástica) - Uma pedra no chão (mesma superfície) que
sobe até uma mesma altura h.
3) A abertura de um recipiente contendo algum gás que por sua vez se espalha pelo
ambiente ao redor - Um gás, que estando espalhado em um ambiente, entra em um
recipiente.

A ocorrência de cada par de exemplos é totalmente justificada pela mecânica clássica,


pois em todos obedece-se o princípio da conservação da energia. Mas é obviamente
explicito estar faltando algum detalhe de uma importância, pois o segundo elemento de
cada exemplo simplesmente não é observado. A resposta para este problema está
diretamente ligada ao número de configurações microscópicas do sistema″
3.2. De Volta ao Problema
(Brum, 2012): ″Vamos trabalhar melhor com esta ideia através do exemplo:”

2): Quando a pedra chega ao solo, sua energia cinética é convertida em vibração e calor,
que será dissipado pelo chão. Várias podem ser as formas de soltar a pedra, porém todas
produzirão resultados muito parecdidos que são: a pedra caindo, a pedra encontrando o
chão e este dissipa a energia cinética da pedra, que faz com que ela fique em repouso.
Ao analisar o que é necessário para a acorrência do segundo elemento deste par: um
número indescritivelmente preciso de constituintes do chão ao redor da pedra devem
vibrar de forma única de tal modo, que esta composição de modos de vibração
impulsione a pedra até que esta alcance uma altura (h). O que se conclui disto é que a
simetria de inversão temporal na mecânica clássica quebrada por alguma grandeza
associada ao número de configurações possíveis para a ocorrência de eventos.
Afirmando que, esta grandeza é a entropia.

4. SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA


A segunda lei da termodinâmica distingue a termodinâmica das outras áreas da física.
Ao mesmo tempo, é uma lei da física. Diversos são seus enunciados e seus significados.
Sua introdução foi feita de forma independente por Rudolf Julius Emanuel Clausius
(1822-1888) e Lord Kelvin (1824-1907) tendo como base as idéias de Carnot sobre
máquinas térmicas e processos cíclicos. Por este motivo, os enunciados originais dessa
lei fundamentais referem-se à operação de máquinas térmicas e a processos cíclicos. De
acordo com Lord Kelvin (1824-1907), é impossível construir uma maquina térmica que
converta todo calor recebido em trabalho. De acordo com Clausius, é impossível
construir um aparelho refrigerador que opere sem consumo de trabalho. Posteriormente,
Clausius (1822-1888) define que, a entropia como uma função de estado e a formulação
da segunda lei da termodinâmica como um princípio de maximização da entropia.
(Brum, 2012):
De uma forma mais sucinta, a segunda lei tem como consequência a seguinte afirmação:
Em um sistema isolado, a entropia nunca decresce. Desta forma, podemos fazer uma
correspondência com os processos reversíveis e irreversível como segue:

Processos reversíveis são aqueles em que a variação total da entropia é nula (∆S = 0).
Processos irreversíveis são aqueles em que a variação total da entropia é positiva
(∆S > 0).

De uma maneira prática, não existe um processo que seja completamente reversível,
pois não podemos fazer com que a variação da entropia se anule, por menor que seja, a
entropia sempre aumenta em sistemas isolados, porém, é sempre possível encontrar
óptimas aproximações. Se voltar para os exemplos da última secção, pode-se agora,
atribuir para o primeiro elemento de cada par de exemplos como tendo em seu processo,
variação total da entropia positiva, assim, chega-se a conclusão que tais processos são
irreversíveis (Brum, 2012).

A segunda lei pode ser usada para determinar se um dado processo é reversível ou
irreversível.

5. ENTROPIA
Segundo (Brum, 2012), a mesma forma que em processos isocóricos, isobáricos e
isotérmicos tem como grandezas correspondentes invariantes, a pressão e a temperatura,
respectivamente podemos também ter para adiabáticas uma grandeza conservada, a esta
grandeza dá-se o nome de entropia (indicada por S). Tem, para a entropia, os seguintes
postulados: "Existe uma função (denominada entropia S) dos parâmetros extensivos de
um sistema definida para todos os estados de equilíbrio termodinâmico deste sistema e
com a seguinte propriedade: dentre todos os estados de equilíbrio possíveis que
satisfazem as restrições físicas impostas ao sistema o estado de equilíbrio assumido pelo
sistema será aquele para o qual os valores dos parâmetros extensivos neste estado levem
à maximização do valor de sua entropia (S). Em um sistema sem restrições internas a
entropia é a maior possível."; "A entropia de um sistema composto é aditiva sobre os
subsistemas que o constituem. A entropia é contínua e diferenciável e é uma função
monótona crescente da energia interna U." A variação da entropia em um processo
quase estático é definida através da integral de Clausius (Rudolf Julius Emanuel
Clausius (1822-1888):
final
dQ
∆ S=S final −S inicial = ∫ T
inicial

Exemplo:

Durante uma transformacao reversivel e isotermica a 25 ℃ , a variação de entropia de


um sistema termodinâmico foi de 20 cal/℃

Detrmine a quantidade de calor trocada entre o sistema e o meio externo.

a) 0.8 cal;
b) 0,25 cal;
c) 500 cal;
d) 20 cal;
e) 30 cal.
Resolução:

∆Q ∆Q
∆ S= =20= =∆ Q=500 cal
T 25

5. IRREVERSIBILIDADES DO PROCESSO
(Brum, 2012): “diversos são os factores que influenciam nos processos e fazem com que
eles deixem de ser reversíveis e fujam da idealidade. Dentre elas pode-se citar:”

 Atrito – de rolamento e escoamento de fluidos. Esse é a forma mais comum de


irreversibilidade associada a corpos em movimento. Normalmente o atrito gera
calor na superfície em que está ocorrendo, energia essa proveniente de um
movimento, que é desperdiçada em relação ao desejado. Quanto maior o atrito,
mais irreversível é o processo;
 Transferência de calor através de uma diferença finita de temperatura. A
transferência de calor somente pode ocorrer quando houver uma diferença de
temperatura, gradiente de temperatura, entre um sistema e sua vizinhança.
Portanto, é fisicamente impossível existir um processo reversível de
transferência de calor;
 Reacção química espontânea;
 Fluxo de corrente elétrica através de uma resistência;
 Magnetização ou polarização com histerese;
 Deformação inelástica. Essas irreversibilidades nos mostram que todos os
processos reais são irreversíveis;
 Expansão não-resistida de um gás ou líquido até uma pressão mais baixa;
Mistura espontânea de matéria em estados ou composições diferentes.

6. VARIAÇÃO DA ENTROPIA EM CADA PROCESSO


Segundo (Brum, 2012) a primeira pergunta que podemos nos fazer é: Qual será a
variação total da entropia para todos estes processos? Sabe-se que a variação total da
entropia para cada interacção j é a soma da variação da entropia do sistema com a
variação da entropia do reservatório térmico em questão. Seja ∆Ss (N;∆T) a variação da
entropia do sistema após o contato com o reservatório térmico j e o estabelecimento do
novo estado de equilíbrio. Pode-se encontrar ∆Ss (N;∆T) através da integral de
Clausius:

Tj Tj
dQr T
∆ S s ( N )= ∫ = ∫ A1 dT = A 1 (Tj−Tj−1)
Tj−1 T Tj−1 T

7. CICLO DE CARNOT
De acordo com (Brum, 2012), proposto em 1824 pelo engenheiro francês Sadi Carnot, o
ciclo de Carnot é uma máquina térmica teórica que representa o modo mais eficiente
que se pode obter trabalho. O sistema que está executando um ciclo de Carnot
passa por uma série de quatro processos internamente reversíveis: dois
processos adiabáticos alternados com dois processos isotérmicos e pode ser
executado por um sistema fechado ou um sistema aberto com escaomento em
regime permanente. Considerando um sistema fechado de um gás dentro de um
cilindropistão adiabático, os quatro processos reversíveis que formam o ciclo de
Carnot são:

Processo 1-2: Compressão Adiabática Reversível. Há elevação da temperatura durante o


processo de compressão do reservatório de menor temperatura para o de maior.

Processo 2-3: Expansão Isotérmica Reversível. A expansão para ser isotérmica deve ser
lenta o suficiente para que o reservatório de maior temperatura transfira calor ao gás de
modo que possa ser considerada constante.
Processo 3-4: Expansão Adiabática Reversível. Para que essa expansão seja adiabática
deve haver isolamento no sistema afim de que o calor transferido seja todo
transformado em trabalho e haja a diminuição da temperatura.

Processo 4-1: Compressão Isotérmica Reversível. A compressão é lenta


o suficiente para que o reservatório de menor temperatura seja capaz de retirar
o calor e mante a temperatura do sistema constante.

A seguir é apresentado o diagrama pressão-volume para o ciclo de


Carnot. A área compreendida pelas curvas do ciclo (1-2-3-4-1) representa o
trabalho líquido realizado durante o ciclo

A partir dessa análise podemos tirar duas conclusões referentes a eficiência de máquinas
térmica reversíveis e irreversíveis conhecidas como Princípios de Carnot:
1. A eficiência de uma máquina térmica reversível é sempre menor que a eficiência
de uma reversível operando entre os mesmos dois reservatórios.
2. A eficiência de todas as máquinas térmicas reversíveis operando entre
os dois mesmos reservatórios é a mesma.

CICLO DE POTÊNCIA DE CARNOT

De acordo com o ciclo de potência mostrado na figura a seguir, a eficiência, para


qualquer máquina térmica reversível ou irreversível, é dada por:

q ciclo =w ciclo +∆u

∆ u=0

q ciclo =w ciclo

w ciclo=w sai −w entra

q ciclo =q entra −q sai

wciclo qciclo ( qentra −q sai )


ŋ= = =
q entra qentra q entra

q sai
ŋ+
q entra

Nas máquinas térmicas reversíveis, a razão entre as quantidades de


calor na expressão da eficiência pode ser substituída pela razão das
temperaturas absolutas dos dois reservatórios.
Qc T c
=
QH T H

Tc
ŋmáx =1−
TH

Lembrando que as temperaturas são absolutas e, portanto devem ser dadas em Kelvin ou
Rankine.
Essa é a maior eficiência que um ciclo de potência pode atingir operando entre dois
reservatórios de energia térmica a temperatura T c e T H . Com isso, fica evidente que uma
máquina de Carnot tem maior eficiência quanto maior for T H ou quanto menor for Tc.

CICLO DE REFRIGERAÇÃO E BOMBA DE CALOR DE CARNOT

Da mesma maneira é possível fazer uma análise para os sistemas de refrigeração. Para
os ciclos de refrigeração e bomba de calor temos os seguintes processos:

Processo 1-2: Expansão Isotérmica, recebendo H q e T c.

Processo 2-3: Compressão Adiabática, até T H .

Processo 3-4: Compressão Isotérmica, descarregando Q H .

Processo 4-1: Expansão Adiabática, até T C.


Tc
Ciclo de refrigeracao: β máx =
T H −T c

TH
Bomba de calor: γ máx =
T H −T c

Exemplos
1) Uma máquina térmica de Carnot recebe 500 kJ de calor por ciclo de uma
fonte à temperatura de 625°C e rejeita calor para uma fonte à temperatura
de 30°C. Determine:

a) A eficiência térmica dessa máquina de Carnot.

b) A quantidade de calor rejeitada por ciclo.

Resolução:
a)

Tc 273 , 15+30
ŋmáx =1− =1−
TH 273 , 15+625

ŋmáx =0,6625 ou 66 ,25 %

b)

Qc T c Qc 303 , 15
= → =
QH T H 500 898 , 15

Qc =168 , 76 kj

2) Uma bomba de calor deve ser usada para aquecer uma casa durante o inverno. A casa
deve ser mantida a 21°C o tempo todo. Supõe-se que a casa esteja perdendo calor a uma
taxa de 135000 kJ/h quando a temperatura externa cai para -5°C. Determine a potência
mínima necessária para operar essa bomba de calor.

Resolução:
Tc 294 , 15
γ máx = =
T H −T c 294 , 15−268 ,15

γ máx =11, 31

kj 1 h
135000 ( )
Q h 3600 s
γ máx = entra →W ciclo =
W ciclo 11 ,31

W ciclo =3 ,32 kw
CONCLUSÃO

O estudo desta área da termodinâmica, permitiu o avanço significativo da ciência, ou


seja, por meio desta aconteceram aprimoramento de equipamentos e máquinaria
concretamente o aumento do rendimento destas, o que permitiu o aproveitamento de
uma maior parte da energia, evitando perdas significativas no funcionamento normal.

Segundo esta lei da termodinâmica (segunda lei), não há possibilidade do


aproveitamento de 100% da energia em uma máquina, ou seja, outra parte desta é
dissipada em outra foma de energia, onde a mais comum é a energia calorifica, ou seja,
o efeito Joule, pode se achar em alguns casos a energia cinética, como o resultado de
uma transformação assim como a deformação de alguns corpos.
Livros usados

 Processo Reversível e Irreversível, Ciclos (Potência,


Refrigeração e Bomba de Calor) de Carnot
 Fundamentos da termodinamica, autor claus borgnakke e richard E.
sonntag, 8 edicao, 2013

 Estudo dos processos termodinamicos reversiveis e ireversiveis.


Autor rafael mynssem brum, 2012 , local Niteroi-RJ

Você também pode gostar