Você está na página 1de 2

1.Amanhecer – o som da natureza - Um casal deitado em um colchao o chao se olha mas nada fala.

Depois de um tempo ela se levanta, vai ao banheiro, demora um pouco, ele se mantem deitado,
imovel, compenetrado em pensamentos. Ela volta e a camera foca ela parada na porta do quarto.

2.eles saem de casa, atravessam o quintal gramado.

3. som de ferro batendo no onibus – o espelho do onibus mostra o rosto do motorista, devido a
tremedeira do onibus, a imagem fica cheio de rastros

4. opcional – o casal sentado no onibus, ainda em silencio

5. os dois esperam na frente de um consultorio medico obstetricio de um pronto socorro publico, ele
mexe no celular, ela lê, e logo são chamados. No consultorio (dialogo completo a ser inserido, de
preferencia esse plano sera um plano sequencia) a medica diz que devido as complicações da
gravidez eles não poderão ter o filho la, precisam de uma cidade com um hospital mais bem
equipado.

Inicio das perturbações sonoras, os sons do campo e da cidade começam lentamente a se dissolver e
se misturar

6. noite, ele escreve – “Nem mesmo o mais doce poema pode ser escrito sem dor, sem carma. Nao
ha comtro fugir, por mais longe que se va a vida te forca a voltar e encarar as magoas, os cacos, os
restos de ti confrontando aquilo que você sempre quis ser, quis ver em si. A vida se dissolve em
magoa, ate que se quebre o ciclo.”

imagem do moinho do engenho de cana

7. a volta – plano alegorico (talvez seja necessario algum outro plano antes desse para que a
transição do realismo para a “fantasia” seja mais sutil) – sozinho ele caminha na estrada vazia,
nenhum carro passa, trazendo todo o peso possível: malas, bolsas, carrinhos de mao, como se a
mudanca toda do casal estivesse sendo feita a pe.

8.close-up na boca de um anciao - “Meu filho, só quando você tiver perdido tudo encontrara a
liberdade para caminhar”

9. o desprezo

10. o homem planta pega o metro

11. a multidão como um organismo vivo e independente do indivíduo

12. a camera observa livremente a multidao no centro de são paulo. Permite-se interessar e
desinteressar, acompanha alguns, outros rapidamente são substituidos por outros passantes, com
golpes alucinantes de camera. No fim do plano, um homem chega e rouba o protagonista,
quebrando a quarta parede, dando a impressao de que esta assaltando o espectador.

13. o homem volta sem nada para sua esposa, que o aguarda em uma kitnete minuscula e vazia, mas
dessa vez é ela que o rejeita, o despreza, e pede que ele se va.

14. o choro, o desespero, a sensacao de não ter lugar no mundo.

15. o homem desesperadamente tentar encontrar algo no concreto, se fere. Se lança contra o muro, e
do seu corpo em frangalhos nasce uma criança.

Você também pode gostar