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Veículo elétrico

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Veículo elétrico

Um bonde histórico
ainda em uso em Milão.
Tipo veículo automóvel
meio de transporte (en)
Funcionamento
Energia corrente elétrica
Motor motor elétrico

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 Nota: Este artigo é sobre veículos elétricos em geral. Para o especificamente o


veículo "carro", veja Carro elétrico.
Veículo elétrico é um tipo de veículo que utiliza propulsão por meio de motores elétricos.
É composto por um sistema primário de energia, uma ou mais máquinas elétricas e um
sistema de acionamento e controle de velocidade ou binário. Os veículos elétricos fazem
parte do grupo dos veículos denominados zero emissões, que por terem um meio de
locomoção não poluente não emitem quaisquer gases nocivos para o ambiente, nem
emitem ruído considerável, uma vez que motores elétricos são mais silenciosos
que motores de combustão interna.
História

Veículo elétrico de Thomas Parker de 1880.

Camille Jenatzy na direção do La Jamais Contente em 1899.

O primeiro projeto de motor elétrico começou com o húngaro Ányos Jedlik em 1828,


contudo, o primeiro veículo elétrico foi construído por Thomas Davenport em 1835.A partir
desse momento e pelo resto do século XIX, veículos elétricos começaram a ser adaptados
para funcionarem em trilhos.
O primeiro automóvel a ultrapassar os 100 Km/h foi o carro elétrico La Jamais
Contente no Parc agricole d'Achères, Paris, em 29 de abril de 1899.[1] Projetado
por Camille Jenatzy, sua aerodinâmica era revolucionária [1] (ver: aerodinâmica
automotiva).
No início do século XX algumas companhias como Baker Electric, Columbia Electric,
e Detroit Electric fabricavam veículos elétricos. Inclusive, no ano de 1900, 28% dos
veículos produzidos nos Estados Unidos eram elétricos. O declínio veio principalmente
após o início da produção em massa por Henry Ford dos veículos de combustão, que fez o
custo de produção desses tipos de veículo caírem drasticamente.

Fabricação
A fabricação desses veículos em países como Brasil, Estados Unidos e Japão partiu
da indústria automobilística, que estava preocupada com o avanço do preço do petróleo.
Já no caso do Brasil, a Gurgel fez um carro elétrico totalmente brasileiro, o Gurgel Itaipu,
em 1974, estando bem a frente de outras empresas automobilísticas brasileiras. Anos a
frente, no Salão do Automóvel, a Fiat apresentou o protótipo do Palio elétrico, em junho de
2006. Desde então, mantém parcerias para o desenvolvimento de veículos e
equipamentos de energia limpa.

No Brasil
Gurgel Itaipu
Gurgel Itaipu de 1975, primeiro veículo elétrico desenvolvido no Brasil.

Em 1974, a Gurgel Motores apresentou no Salão de São Paulo daquele ano o Itaipu,


um minicarro capacidade para dois passageiros que foi o primeiro automóvel elétrico
desenvolvido na América Latina. Apesar da proposta interessante, o conceito não ganhou
produção em série. Mas acabou servindo de base para o E-400, um utilitário produzido
entre os anos de 1981 e 1982 e que foi o primeiro carro elétrico produzido em série no
Brasil.
Oferecido nas carrocerias furgão e picape e com capacidade para 400 kg (E-400) e 500 kg
(E-500) de carga, tinha uma carroceria em fibra de vidro de linhas bem arredondadas e
estava equipado com um motor elétrico de apenas 13,6 cv, que combinado a um câmbio
de quatro marchas de origem Volkswagen permitia ao E-400 atingir os 80 km/l. Além da
baixa velocidade máxima se comparado aos carros com motores a combustão, tinha outro
problema comum aos elétricos daqueles tempos: a combinação de pequena autonomia
(127 km no uso urbano) e a demora na recarga das oito baterias de chumbo-ácido, que
variava entre seis e oito horas.
O utilitário acabou sendo vendido em pequenas quantidades, sendo empregado
principalmente nas frotas de empresas estatais. A sua carroceria, porém, foi reaproveitada
no modelo G-800, que empregava a mecânica VW a ar no lugar do motor elétrico e das
baterias e durou até 1988.

Pratyko
Em Santa Catarina foi desenvolvido com o apoio do estado, um carro voltado
especificamente para cadeirantes, nele não é necessário sair de sua cadeira de rodas para
entrar e dirigir o carro, ainda na fase de protótipo, é um dos únicos carros brasileiros que
possuem um motor elétrico da WEG. Os criadores do modelo são apenas três amigos,
Gilberto Mesquita, João Frank Gil e Marcio David.[2]

Projeto VE

Renault Zoe em teste patrocinado por Itaipu e o PNUD.

O Projeto VE[3] consiste no desenvolvimento e pesquisa de veículos movidos a energia


elétrica. Sediado em Itaipu, é composto por três grupos de trabalho para o
desenvolvimento do Fiat Palio Weekend Elétrico (carro para uso urbano), Daily Elétrico[4]
(caminhão elétrico para pequenas cargas) e Granmini Elétrico (miniônibus elétrico).[5]
A iniciativa teve início com a assinatura de um acordo internacional de cooperação técnica
firmado pela Itaipu e pela Kraftwerke Oberhasli (KWO), controladora de hidrelétricas
suíças em 15 de maio de 2006. Desde então, reúne parcerias com a montadora Fiat, além
de empresas de tecnologia, concessionárias de energia elétrica e instituições de pesquisa
do Brasil, Paraguai e Suíça.
No campo acadêmico, o projeto possibilita o intercâmbio de informações e conhecimentos
entre institutos de pesquisas e universidades brasileiras, paraguaias e europeias, que
agem como catalisadores para o desenvolvimento desta nova tecnologia. Além disso, o
projeto VE proporciona a capacitação de profissionais e geração de emprego e renda.

CPFL Energia e o Projeto de P&D de Mobilidade Elétrica


A CPFL Paulista em cooperação com a CPFL Piratininga e Rio Grande Energia, três
empresas pertencentes ao Grupo CPFL Energia, formataram o Projeto de Pesquisa &
Desenvolvimento ANEEL “PA0060 INSERÇÃO TÉCNICA E COMERCIAL DE VEÍCULOS
ELÉTRICOS EM FROTAS EMPRESARIAIS DA REGIÃO METROPOLITANA DE
CAMPINAS”, integrando veículos elétricos nas frotas de grandes empresas da região,
visando construir um laboratório real de Mobilidade Elétrica na Região Metropolitana de
Campinas (RMC), com o intuito de criar condições para a realização dos estudos de
impacto da mobilidade elétrica no setor elétrico.
Entre os objetivos do projeto, podemos destacar a avaliação dos impactos do veículo
elétrico na rede de distribuição de energia (possíveis interferências, demanda de energia
necessária, adequações dos padrões construtivos, etc), estudo e proposição de
regulamento tarifário para a cobrança das recargas (ex: horário de carregamento,
cobrança em roaming), realização diversos outros estudos acadêmicos para a
desmistificação do tema de mobilidade elétrica no país, estudar e entender o modelo de
negócio das distribuidoras de energia elétrica com os veículos elétricos e desenvolver
competências de provedor, instalador e explorador de infraestruturas de recarregamento.
Participam desse projeto como entidades executoras: o CPqD (Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento em Telecomunicações), a Universidade Estadual de Campinas (FEEC,
FEM e DPCT) e a Daimon Engenharia.
A CPFL possui grandes empresas envolvidas no projeto, as quais utilizam os veículos em
suas atividades, permitindo a compreensão real do uso dos veículos elétricos a partir da
construção do laboratório real.
O projeto teve início em 2013 e terá encerramento em maio de 2018, quando a CPFL
Energia apresentará todas conclusões e propostas de enquadramento legislativo e
regulatório, modelos de negócios e políticas de incentivo ao Regulador, a ANEEL (Agência
Nacional de Energia Elétrica). Principalmente por esse ser um Projeto de P&D ANEEL.
Pontos de carregamento públicos e semipúblicos

Motoneta elétrica estacionada no primeiro eletroposto do Brasil no Rio de Janeiro.

O primeiro eletroposto (estação de carga) para veículos elétricos do Brasil entrou em


operação em 10 de outubro de 2010, no Rio de Janeiro.[6] Este eletroposto
converte energia solar em energia elétrica para carregar os veículos ou efetua a troca das
baterias descarregadas.[6]
Hoje, os usuários dos carros elétricos contam com cinco pontos de recarregamento em
operação no âmbito do Projeto de Mobilidade Elétrica. Quatro estão localizados
em Campinas, um em frente à sede da CPFL, o segundo na área externa do posto de
serviços da Bosch, no bairro Jardim do Trevo, o terceiro no Centro de Convivência, no
bairro do Cambuí, e o quarto no Shopping Iguatemi Campinas. O quinto eletroposto foi
instalado no Posto Graal 67, na Rodovia Anhanguera, na altura de Jundiaí (SP).
O projeto expandirá a rede de carregamento, dentro da Região Metropolitana da Campinas
e em alguns pontos na rodovia, chegando em até 25 eletropostos.

Universidade de São Paulo


A Universidade de São Paulo (USP) recebeu em 2011 a doação de quinze Scooters
elétricas que estão distribuídas pelos Campi da Universidade.[7]

Nissan Leaf operando como taxi carregando em um eletroposto da Petrobras no Rio de Janeiro.

Dentre as Universidades brasileiras a USP é a mais envolvida no tema. Além do uso de


Scooters elétricas para o patrulhamento nos campi, a Universidade de São Paulo está
implementando um eletroposto de carga lenta para carros elétricos. Ademais, também
existe um estudo acadêmico patrocinado pelo CNPq (Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico) conduzido por professores da Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA-USP), sobre impactos
socioeconômicos e sobre as perspectivas de modelos de negócios para o Veículo Elétrico
na região da grande São Paulo.[8]

Nissan Leaf

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