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(Divulgação/Audi)
Carro elétrico leva óleo, sim. E muito. Ao contrário da percepção geral, os EVs (electric vehicles) demandam
lubrificantes em várias partes. E não só óleo, graxa e líquido de arrefecimento também. Muitas vezes, os elétricos
usam fluidos iguais aos dos modelos a combustão. Mas a indústria se dedica a desenvolver produtos específicos
para esse novo tipo de veículo, trabalho visto como desafiador pelos especialistas.
A condutividade elétrica que muitos fluidos atuais têm em suas características químicas representam uma
preocupação para as engenharias. Essa condutividade nos fluidos hidráulicos geralmente tem maior poder
eletrostático, o que pode acarretar em desgaste do sistema elétrico, incluindo risco de acidentes.
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Na procura por soluções, os aditivos podem fazer a diferença. Muitas empresas olham para a base de seus fluidos de
arrefecimento e procuram aditivos que diminuam essa condutividade, mas que possam fazer a troca de calor
eficiente do conjunto. Como a glicerina de alta pureza já usada.
Transmissão
Outro desafio está nos lubrificantes das transmissões. “Existem tecnologias em que o fluido de transmissão também
é utilizado na imersão do motor elétrico. Nesse sentido, a compatibilidade com novos materiais, como o cobre, é
importante. E também a parte de condutividade térmica e elétrica, porque muitas vezes ele vai ser utilizado como
um fluido direto de refrigeração do próprio motor elétrico”, diz Roberta Teixeira, diretora de sustentabilidade e
tecnologia da Iconic.
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Carros elétricos também mantêm seus óleos para as caixas automáticas. Nestes casos, a base dos fluidos é
praticamente a mesma de uma caixa de um veículo a combustão. O que muda, aqui também, é o pacote de aditivos.
Isso porque os carros elétricos, em geral, têm uma transmissão com conjunto único de engrenagens. Nos motores de
corrente alternada, é preciso adequar a rotação do eixo do motor com o eixo da roda.
“Geralmente são transmissões com uma única relação e engrenagens basicamente de dentes helicoidais, cicloidais
ou por pinhão e coroa. É preciso um óleo lubrificante que normalmente usa aditivação de extrema pressão à base de
fósforo e enxofre”, explica Eduardo Polati.
Ruídos em evidência
Outro ponto em que os veículos elétricos pedem a atenção para lubrificantes específicos tem a ver com o silêncio do
funcionamento do conjunto motriz. Como motores elétricos não emitem ruídos, os ouvidos dos ocupantes do
veículo passam a identificar barulhos vindos de outras partes mecânicas.
Os propulsores têm rolamentos e mancais que necessitam ser lubrificados. Aqui, o desafio é duplo. As graxas
precisam garantir uma lubrificação que minimize ruídos de funcionamento, e que ao mesmo tempo não sejam
condutoras de eletricidade.
Por esta razão, os veículos elétricos se valem de graxas especiais. São produtos geralmente à base de poliureia e
compostos de óleos básicos isolantes.
“Mesmo hoje, os motores a combustão são mais silenciosos, porém mascaram o barulho dos rolamentos. Por isso,
são usadas graxas muito mais nobres, com requerimentos específicos para contatos elétricos”, destaca Roberta
Teixeira.
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Quem responde é o engenheiro Ricardo Takahira, do Comitê de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE
Brasil. Segundo ele, o risco de choque ao se tocar partes úmidas na presença de energia elétrica sempre existe.
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Existe sim um risco, mas ele é bem reduzido devido as normas de instalação de todos os eletropostos disponíveis no
país.
Um outro mito sobre carros elétricos que QUATRO RODAS já publicou é a de que baterias de carros “viciam”
como a de celulares. Os veículos elétricos têm um sistema de gerenciamento de bateria que assegura as recargas e
descargas nos limites do estado de carga da bateria e portanto elas não estão sujeitas a um desgaste maior conforme
a utilização.
CARREGADOR
CARRO ELÉTRICO
ELETRICIDADE
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