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DO ALDEAMENTO À VILA:

LUTAS E VISÕES NO PROCESSO DE


APROPRIAÇÃO DO TERRITÓRIO COLONIAL
NA CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE

Rubenilson Brazão Teixeira


INTRODUÇÃO

OBJETIVO:
Apreender o processo
histórico de fundação dos
aldeamentos e vilas como
instrumentos de conquista e
ocupação do território e,
principalmente, os conflitos
entre os diferentes agentes
sociais envolvidos nesse
processo.
INTRODUÇÃO
 O trabalho se estrutura em
três itens :

1.Os conflitos relacionados à


escolha do sítio urbano dos
aldeamentos ou missões, bem
como das vilas, mas também ao
desenvolvimento inicial desses
núcleos (micro-escala);
2.As considerações de ordem
geográfica que se manifestam
de forma explícita ou não nessa
mesma escolha (macro-escala);
3. As visões, percepções e
justificativas dos diferentes
atores sociais envolvidos
quanto ao papel funcional
desses núcleos, incorporando
uma dimensão simbólica,
subjetiva ou ideológica ao
debate.
 A base principal da investigação: o surgimento de duas pequenas cidades do
interior do Rio Grande do Norte, Apodi e Portalegre. Ambas nascem mantendo
profundas relações entre si, e servem de modo exemplar à análise dos conflitos sociais
envolvidos na criação dos núcleos urbanos coloniais.
 Cabe destacar inicialmente a importância do estudo de pequenas
aglomerações aparentemente Insignificantes, inclusive para o entendimento de
questões bastante amplas, que ultrapassam em muito as de natureza local.
 Tendo em vista a exigüidade do tempo, a exposição se limitará às conclusões
de cada um dos três itens em que se compõe o trabalho (20 páginas, espaço simples).

INTRODUÇÃO
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

Nesse primeiro item, é analisado o processo histórico de surgimento das atuais


cidades de Apodi e de Portalegre, no sertão potiguar. Discussão do tema em sua
relação com o sítio urbano propriamente dito (micro-escala)

Apodi se origina de dois pequenos núcleos urbanos, um aldeamento ou missão


jesuítica indígena (São João Batista do Apodi), em 1700 ou mais provavelmente
antes desse ano, e uma pequena povoação de fazendeiros e curraleiros, chamada
Outeiro, em 1703.
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

Apodi surge no contexto da chamada Guerra


dos Bárbaros (1687-1720), e Portalegre depois,
em 1761..

O sertão potiguar e, em especial, a área em


torno da lagoa Itaú ou Apodi, é
profundamente disputada por índios,
militares, missionários, outras autoridades,
fazendeiros.

Neste item, são discutidas as possíveis


localizações em torno da lagoa dos dois
assentamentos que originaram a cidade de Apodi,
os conflitos que geraram esses deslocamentos,
bem como a fundação da vila de Portalegre em
1761, na chamada serra do Regente, a 60,5 km
de Apodi, também fruto dos conflitos na região.
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

Sobre o surgimento de Apodi, a análise dos


dados permite, num primeiro momento,
algumas conclusões preliminares:

1) a missão foi instalada em 1700 no sopé da


elevação, entre a lagoa e o Córrego das
Missões, portanto, aproximadamente no
núcleo inicial da cidade atual de Apodi;

2) uma aglomeração de colonos surgiu em 1703


num sítio diferente do da missão, à margem
direita da lagoa;

3) essa aglomeração foi deslocada para a


pequena elevação onde se encontra o centro
da cidade atual em data ignorada.

Percebemos, portanto, que se trata de dois


pequenos núcleos iniciais, uma missão e uma
povoação de colonos, ambos situados nas
imediações da lagoa.
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

A continuidade da análise sobre o surgimento do


Apodi altera as conclusões preliminares:

1) A missão Apodi foi instalada na margem esquerda da


lagoa Itaú, num local posteriormente denominado
Córrego das Missões. Deve ter existido antes de
1700. Quanto à localidade Outeiro, iniciada em 1703,
ela se situava na margem direita da mesma lagoa;

2) As duas localidades coexistiram entre 1703 e 1761,


com interrupções, especialmente no caso da missão
(transferida em 1704; missão interrompida em 1712 e
reiniciada em 1734, ou antes);

3) O estabelecimento físico da antiga missão foi


demolido entre 1761 e 1764 (residência dos
missionários até 1772);

4) A povoação de Apodi (cidade atual) teve sua origem


direta ou não no antigo Outeiro e na missão, (mesmo
sítio, em épocas diferentes). Sede de freguesia em
1766 e vila em 1833.
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

• A vila de Portalegre, criada em 8 de


dezembro de 1761, surgiu para “aliviar as
tensões sociais” entre os diferentes agentes
que ocupavam o entorno da lagoa do Apodi
e áreas circunvizinhas.

• A continuidade de Apodi em Portalegre:

a) Primeiros colonizadores: Carlos Vidal


Borromeu;

b) População indígena transferida de Apodi e


de outros locais para Portalegre;

c) Nomes dos oragos ou santo padroeiro (de


“Nossa Senhora da Conceição” (1761)
para “São João Batista e Nossa Senhora
da Conceição (1766)”.
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

A análise do surgimento das duas aglomerações, Apodi e Portalegre é bastante


reveladora dos muitos conflitos entre os atores sociais que integravam a sociedade
colonial ao longo do século XVIII. Resumidamente, podemos destacar 5 categorias
de conflitos:
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

1. Entre os próprios colonos (questão de terra entre os Rocha Pita e os Nogueira;


conflitos e pressões dos fazendeiros sobre o local onde deveria se situar a vila;
embates entre esses e as autoridades constituídas sobre a mesma questão);
2. Entre os fazendeiros e os missionários (reclamações tanto dos fazendeiros e
dos colonos contra a atuação dos missionários quanto em sentido inverso no que
diz respeito ao uso da mão de obra indígena);
3. Entre as diferentes etnias indígenas, como os Paiacu e Janduís e os Icós;
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

4. Entre os colonos e os índios, que aconteceram durante toda a existência da


missão;
5. Entre os missionários e os índios (revolta dos índios contra os seus
missionários, fuga das missões, violência perpetrada contra os próprios padres).
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

Em todos esses casos, gravita a questão da fixação da colonização


luso-brasileira no sertão, em particular em Apodi e em Portalegre e,
indiretamente, em torno da escolha do sítio onde essas localidades
deveriam se fixar e se desenvolver.
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

Figura n° 1. Vista aérea: cidade de Apodi atual.


Fonte: Google Earth, modificado pelo autor.
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

Figura n° 2. Vista aérea do centro histórico e entorno:


cidade de Apodi atual. Fonte: Google Earth, modificado pelo
autor.
I. FUNDAÇÕES URBANAS, AGENTES E CONFLITOS E
INTERESSES PELA CONQUISTA DA TERRA

Figura n° 3. O centro da cidade de Apodi.


Vista da praça central a partir da fachada da Igreja Matriz. Ao fundo, a lagoa do
Apodi. Fonte: acervo do autor.
II. ALDEAMENTOS E VILAS COMO
INSTRUMENTOS DA CONQUISTA DO SERTÃO

 No segundo item, são analisadas as implicações em termos de macro-escala da


escolha do sítio urbano (questão territorial)
 A documentação disponível demonstra que, também na capitania do Rio Grande (do
Norte), a fundação de aldeamentos e vilas, como Apodi e Portalegre, esteve
associada a questões de conquista e apropriação do território.
 Apodi vai manter profunda relação com Assu, um arraial ou presídio fundado em
1698 em pleno coração do sertão potiguar cuja função precípua era ser uma “cidade de
conquista” do território, servindo de suporte para novas localidades.
 Cumpria, assim, o mesmo papel que Natal, cidade de conquista fundada cem anos
antes e da qual Assu era ponta-de-lança para a penetração no interior.
No dizer do padre Manoel de Araújo Dadim, escrevendo do arraial do Assu em 02 de outubro
de 1701 em favor dos serviços prestados pelo sargento-mor José de Morais Navarro:

(...) Certifico que no ano de mil setecentos e um, visitando nos sertões de minha comarca, e dando
cumprimento a outras obrigações de meus cargos, cheguei a esta campanha do Assu ao arraial
dos paulistas, de que é mestre de campo Manoel Álvares de Morais Navarro, e nele achei o
sargento maior José de Morais Navarro governando o terço por suspensão do dito mestre de
campo com toda a satisfação e zelo do serviço de S. Majestade que Deus guarde e por mim foi
visto em alguns tempos que assisti no dito arraial o grande cuidado que tinha na conservação da
infantaria, animando os soldados a tolerarem as muitas calamidades que experimentavam na dita
campanha, na falta de todo o necessário, por haver dois anos que se lhes não pagavam os seus
soldos, andando por esta causa todos nus e impossibilitados para o exercício das campanhas,
acudindo o dito sargento maior a remediar a desnudez de muitos com as roupas de se próprio uso,
sem mais interesse que o real serviço, não consentindo que a infantaria fizesse insultas aos
missionários, nem ofendessem pessoa alguma, por cujo respeito achei os ditos missionários bem
satisfeitos na vizinhança do dito terço, aplaudindo a boa disposição e zelo com que o dito sargento
maior doutrinava seus soldados (...) todas as pessoas que por ele passam no serviço de S.
Majestade, ou de S. __, dando-lhes toda ajuda e favor para seguirem suas viagens pelo áspero
destes sertões e (...) a todos os missionários que passam para o sertão de Jaguaribe, Ceará
Grande, Serra da Guepaba e outras mais partes, socorrendo a uns e outros com alguns
provimentos necessários (...) a custa de sua fazenda (...) o que tudo é grande serviço de Deus e
utilidade com uma destas povoações, pois só com o amparo do dito terço se aumentam estas, se
franqueiam os caminhos para uns e outros sertões, se conduzem para as praças os gados, se
reprime os gentios dos ordinários insultos que costuma fazer e finalmente da assistência dos
paulistas na dita campanha do Assu, resulta evidentemente o chegar-se o gentio ao grêmio da
igreja e acomodar-se nas aldeias com missionários que lhes assistam para a sua redução (...)
II. ALDEAMENTOS E VILAS COMO INSTRUMENTOS
DA CONQUISTA DO SERTÃO.
Uma questão intrigante: por que essa missão foi fundada num local tão
distante, de difícil acesso por volta de 1700?

Figura n° 4. Localidades do Rio Grande do Norte mencionadas no texto.


Fonte: produção do autor sobre mapa de uso público.
II. ALDEAMENTOS E VILAS COMO
INSTRUMENTOS DA CONQUISTA DO SERTÃO

As evidências históricas indicam, no entanto, que nem Apodi, nem Portalegre


surgiram “aleatoriamente” em determinados pontos do sertão potiguar. Havia, por
parte das autoridades, uma consciência mais ou menos clara do papel estratégico
de suas respectivas localizações.
1. A ribeira do Apodi: região fértil, rica em recursos hídricos e “infestada de gentio
bárbaro” era, portanto, de grande interesse: a) para fazendeiros ávidos por terra e
riquezas; b)”, a os missionários em seu trabalho de evangelização; c) a fundação de
uma missão liberaria terras para os colonos mediante a reunião dos nativos em uma
gleba destinada a esse fim (a légua em quadra de 1700);
2. A localização da
missão, depois
reforçada pela criação
da vila de Portalegre,
fazia parte de uma
política de controle
territorial bem mais
amplo, pois tinha a ver
com a ocupação e
controle das
comunicações e do
comércio em todo o
vasto interior

Desde fins do século


XVII, necessidade de
ligação do Maranhão e
Piauí à Bahia por uma
rota de comunicação
pelo vasto sertão, com
fundações de
aglomerações ao
longo dessa rota: o
caso de Icó, no
Ceará).
II. ALDEAMENTOS E VILAS COMO
A missão Apodi e a vila de INSTRUMENTOS DA CONQUISTA
Portalegre: dois pequenos
elementos de uma « rede » DO SERTÃO
de localidades de suporte ao
processo de penetração no
vasto sertão do Nordeste
brasileiro (s. XVII e
sobretudo XVIII);

Um sistema precário de
comuniicação baseado nos
caminhos do gado que
atraversavam esta grande
região (ligando Salvador a
São Luís);

O interior da capitania do Rio


Grande era parte integrante
desse processo em escala
regional.
II. ALDEAMENTOS E VILAS COMO INSTRUMENTOS
DA CONQUISTA DO SERTÃO.

Figura n° 5. Os caminhos de penetração no Nordeste do Brasil, no


século XVIII.
Fonte: ANDRADE, Manuel Correia de. A questão do território no Brasil.
São Paulo-Recife: Editora HUCITEC /IPESPE, 1995, p.34.
II. ALDEAMENTOS E VILAS COMO INSTRUMENTOS
DA CONQUISTA DO SERTÃO.

Figura n° 6. As principais estradas de penetração na capitania do Rio Grande


entre os séculos XVI e XVIII.
Alguns dos itinerários foram fornecidos por CASCUDO, Luiz da Câmara. História do Rio
Grande do Norte. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, Serviço de
Documentação, 1955, pp. 307-312. Fonte: produção do autor sobre mapa de uso
público.
À GUISA DE CONCLUSÃO:
AS VISÕES SOBRE OS ALDEAMENTOS E AS VILAS AO LONGO
DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO

No terceiro e último item, se discutem as percepções e valores dos diferentes atores


envolvidos na criação e desenvolvimento da missão do Apodi e na vila de Portalegre.
Em relação à missão, pode-se destacar resumidamente, que, na percepção das
autoridades coloniais, as funções que elas deveriam cumprir podem ser resumidas nos
seguintes itens:
1. fornecimento de mão-de-obra;

2. otimização dos recursos da Coroa empregados na administração dos índios;

3. liberação de terras para a expansão colonial;

4. formação de uma “barreira militar de defesa” contra os inimigos;

5. facilitação da conversão, da aculturação e da incorporação do índio ao processo


colonial.
À GUISA DE CONCLUSIÃO:
AS VISÕES SOBRE OS ALDEAMENTOS E AS VILAS AO LONGO
DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO

A visão das autoridades e dos colonos quanto ao papel dos aldeamentos não era
totalmente estranha à dos missionários, ainda que houvesse diferenças:

A função primordial desses assentamentos, na visão dos religiosos, era a


evangelização dos índios. A própria organização espacial dos aldeamentos, muitas
vezes concebidas e projetadas pelos próprios padres, era dotada de profundos
significados simbólicos (espaço cristão por excelência).
Os colonos: seus interesses quanto à preservação dos aldeamentos eram bem mais
seculares.

O processo de incorporação dos nativos à colonização, para o qual o aldeamento era


um instrumento essencial: opinião compartilhada por todos (padres, colonos,
autoridades).
À GUISA DE CONCLUSIÃO:
AS VISÕES SOBRE OS ALDEAMENTOS E AS VILAS AO LONGO
DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO

A vila de Portalegre também estava


impregnada de determinados valores
para os diferentes atores envolvidos.

O discurso, as idéias e concepções


ideológicas que tanto caracterizaram
a política de fundação de vilas no
século XVIII, que se manifestavam,
no plano formal, pelo traçado urbano
fortemente regular, já são bastante
conhecidos.

O « projeto urbano » da vila: traçado


urbano regular.

Figura n° 7. O projeto urbano da vila de Portalegre de 1761.


Fonte: produção do autor.
À GUISA DE CONCLUSIÃO:
AS VISÕES SOBRE OS ALDEAMENTOS E AS VILAS AO LONGO
DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO

Figura n° 8. Vista aérea: cidade de Portalegre atual.


Fonte: Google Earth, modificado pelo autor.
À GUISA DE CONCLUSIÃO:
AS VISÕES SOBRE OS ALDEAMENTOS E AS VILAS AO LONGO
DO PROCESSO DE colonização

Figura n° 9. O centro da cidade de Portalegre.


Vista da praça central a partir da fachada da Igreja Matriz.
Não há qualquer semelhança com o centro geométrico, altamente regular, do projeto
original.
Fonte: acervo do autor.
À GUISA DE CONCLUSIÃO:
AS VISÕES SOBRE OS ALDEAMENTOS E AS VILAS AO LONGO
DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO

• O papel da vila como ente civilizador dos


nativos: no aldeamento, a evangelização
precede a civilização; na vila, os papéis se
invertem. O Diretório impõe uma série de
determinações tendo essa mudança sutil em
foco.

•Finalmente, é preciso tentar desvendar a


visão que os nativos tinham das missões e das
vilas (muitas dificuldades). O que podemos
entrever são os seus efeitos: oposição,
revoltas, subordinação forçada.
À GUISA DE CONCLUSÃO:
AS VISÕES SOBRE OS ALDEAMENTOS E AS VILAS AO LONGO
DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO

Essas reações são também freqüentes


no Rio Grande do Norte, tanto nas
missões quanto nas vilas de índios
criadas na capitania (fuga das missões
e vilas; acordos de paz quebrados;
aldeamentos que não vingaram, etc.

O estudo das duas aglomerações,


Apodi e Portalegre: parte de um
processo que foi bem mais amplo e
que se verificou em muitas regiões
para além da capitania do Rio Grande
(do Norte);

O estudo demonstra, ainda, que os


conflitos em torno da conquista
territorial por meio dos núcleos urbanos
nascentes continua sendo de grande
relevância para a compreensão do
processo histórico de nossa formação
nacional.

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