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Aula: 03/05/2022 – Geografia – 9º ano A

Relevo e hidrografia da Europa (pp. 31)

De maneira geral, as paisagens naturais europeias apresentam os elementos seguintes.

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 Relevo: destacam-se as extensas planícies (com até 100m) na porção setentrional (Norte) do
continente;
 Os planaltos (acima de 300m), de altitudes modestas, nas porções centro-oriental (Leste
europeu), meridional (Sul) e setentrional (Norte);
 Nas porções meridional (Sul) e ocidental (Centro), há áreas elevadas, com formações
montanhosas antigas e recentes, como os Pirineus, entre a França e a Espanha; os Alpes, que
se estendem da França até a Eslovênia; o Cáucaso, na divisa entre Ásia e Europa; os
Apeninos, na Itália; os Montes Urais, na Rússia; os Bálcãs, da Eslováquia ao norte da Grécia.

A extensa planície europeia merece destaque no relevo europeu, especialmente porque sua
gênese reuniu condições favoráveis para o desenvolvimento do carvão mineral. Há cerca de 300
milhões de anos, essa região era ocupada por pântanos que, com o tempo, foram cobertos por
sucessivas camadas de sedimentos. A pressão de forças tectônicas sobre os restos orgânicos
resultou na formação do carvão mineral. Durante a Revolução Industrial, a exploração desse
recurso nas bacias sedimentares de Reino Unido, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Polônia,
Ucrânia e Rússia resultou na reconfiguração do espaço geográfico. Isso se deu com o
crescimento de muitas cidades, e a integração entre elas, as minas de carvão e as indústrias
por meio de ferrovias.
A hidrografia da Europa rica e diversificada, é utilizada como meio de transporte e geração de energia
elétrica, em muitos trechos. A maioria dos países europeus com economia desenvolvida investe
no transporte hidroviário por ser mais barato, principalmente para o transporte de grandes
volumes de mercadorias e cargas pesadas. Embora o deslocamento seja mais lento, a ampla
rede hidroviária, que liga quase todo o território europeu, reduz o custo final dos transportes.
Grandes civilizações do passado se desenvolveram próximo a rios do continente, dando
origem a importantes cidades: Londres, capital do Reino Unido, às margens do Rio Tâmisa;
Paris, capital da França, às margens do Rio Sena; e as cidades alemãs Hamburgo, no Rio Elba,
e Colônia, no Rio Reno. (Europa ocidental +or população).

Os Alpes são um dobramento moderno (movimento das placas tectônicas) que se destaca na
região ocidental da Europa (Centro), incluindo principalmente a Suíça e a Áustria. Nessa cadeia
montanhosa, encontra-se o Monte Branco (Mont Blanc) (perto dos Alpes/Itália), o segundo mais
alto da Europa, com 4 810 metros.

Ainda na porção ocidental, cabe destacar as planícies dos Países Baixos, formadas pela
planície marinha e a do baixo curso do Rio Reno, onde estão os territórios da Bélgica e dos Países
Baixos; a Parisiense, uma área de sedimentação dos rios Sena e Loire; as planícies do leste e do sul
das ilhas britânicas, incluindo a bacia de sedimentação de Londres; e a da região do Rio Elba, na
Alemanha, que, por ter se formado em grande parte sobre bacias sedimentares no fim da Era
Paleozoica, apresenta significativas jazidas carboníferas.

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Nessa região, estão localizados rios de grande importância local: o Tâmisa, que atravessa a
capital inglesa; o Sena, o Loire e o Ródano, na França; o Elba e o Spree, na Alemanha.

O Rio Ródano é uma via de transporte fundamental para o petróleo, que chega à Europa pelo
Porto de Marselha, no sul da França. Contudo, é o Rio Reno que cumpre papel essencial na
interligação regional. Ele nasce nos Alpes Suíços, percorre 1 326 quilômetros – banhando Suíça,
Liechtenstein, Alemanha, França e Países Baixos – e desemboca no Mar do Norte, ao lado do Porto
de Roterdã. Cidades alemãs de grande porte se alinham ao longo do Reno: Friburgo, Mannheim,
Colônia, Essen e Bonn (capital da Alemanha Ocidental no período em que o país esteve dividido). Na
bacia do Rio Reno, situa-se ainda uma das áreas industriais mais desenvolvidas da Europa. O Rio
Ruhr, um de seus afluentes, centraliza o que muitos consideram o maior complexo industrial europeu.
Nas margens do Rio Meno, outro afluente, localiza-se o centro comercial de Frankfurt, o mais
importante da Alemanha.

O vale do Tâmisa é habitado há séculos, desde a época dos romanos. Sua importância como
rota de comércio também foi fundamental durante a Revolução Industrial, quando diversas indústrias
se instalaram em suas margens, em especial na região de Londres. Por esse motivo, ele se tornou
extremamente degradado, até que passou por um grande projeto de despoluição, conforme explica o
texto.

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Na Europa Setentrional, os Alpes Escandinavos são a principal formação montanhosa da


região. Eles se estendem próximos ao litoral, no sentido norte-sul. Suas elevações são
acompanhadas de planaltos, com lagos e vales glaciais formados pela erosão do gelo e, depois,
invadidos pela água do mar, originando os fiordes, comuns principalmente no litoral norueguês.

Nessa região, existem também planícies e depressões. Criadas pela erosão glacial, essas
depressões originaram considerável quantidade de lagos, pelo movimento do gelo maciço que havia
sobre elas, que recuou após a última idade do gelo, há cerca de 20 mil anos.

Os lagos são bem numerosos no sul da Finlândia, e os de maior extensão se localizam entre a
Estônia e a Rússia (Peipus) e ao sul da Suécia (Vänern e Vättern). A Rússia também apresenta
grande quantidade de lagos glaciais, entre os quais se destacam o Ladoga, com cerca de 18 mil km²,
e o Onega, com quase 10 mil km².

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Já os rios de maior destaque nascem na região dos Alpes Escandinavos (Europa Setentrional),
alguns em lagos glaciais, e são aproveitados especialmente para a produção de eletricidade.

Na porção centro-oriental (Europa do Leste) entre, os Montes Urais, considerados a


fronteira natural entre a Europa e a Ásia, constituem o elemento físico mais expressivo. Em seu
entorno, encontram-se importantes jazidas de carvão, ferro e cobre, que são exploradas
economicamente. Destaca-se ainda o Planalto Central Russo, outro maciço antigo.

Mais ao sul dessa região, estão localizados: as formações do Cáucaso, na fronteira entre a
Geórgia e a Rússia, onde se encontra o Monte Elbrus, pico mais alto da Europa, com 5 633 metros de
altitude (observe sua localização no mapa de relevo e hidrografia da Europa, página 31); e os
Cárpatos, cadeia que se estende da Eslováquia à região da Transilvânia, na Romênia, onde há picos
que ultrapassam os 2 mil metros.

Quanto à hidrografia, os dois rios mais extensos do continente europeu estão nessa região: o
Volga e o Danúbio, o qual banha capitais importantes, como Viena (Áustria), Budapeste (Hungria) e
Belgrado (Sérvia).

A posição da bacia do Danúbio (rio principal da bacia, com 2 860 quilômetros de


extensão/ Alemanha/Romenia) é extremamente importante para a navegação. O motivo é que
ele permite o escoamento de toda a produção do centro-leste para o Mar Negro e o Mar
Mediterrâneo, o qual é ponto de partida para os principais mercados mundiais. (Economia da
Europa).
O Rio Volga é o mais extenso da Europa, com 3 531 quilômetros. Ele nasce no Planalto
Central Russo e percorre áreas relativamente baixas, em grande parte planícies. É muito utilizado
para a navegação, embora o transporte em seu curso seja dificultado pelo congelamento de suas
águas no inverno, em especial na porção norte. (Página 38/ exercícios)

Clima e vegetação da Europa (Página 39)

 Página 40:

A Europa apresenta climas predominantemente temperados ou frios. Uma das características


mais marcantes desses climas é a presença de quatro estações bem definidas. Observe os fatores
que interferem nos climas do continente europeu (Mapa).

No extremo norte do continente, porção setentrional, nas áreas de clima polar, manifestam-se
as mais baixas temperaturas de todo o continente europeu. Em muitos locais, uma vegetação
herbácea (erva rasteira), composta principalmente de liquens e musgo, que constituem a
tundra, só consegue se manifestar com o degelo. Essa formação vegetal se desenvolve no
permafrost, (subsolo da crosta terrestre que passa a maior parte do ano congelado). No verão,
quando a luz solar chega a incidir durante 24 horas durante um longo período, o permafrost
descongela, e suas plantas brotam, florescem e frutificam em poucos meses.

O aumento do aquecimento da atmosfera verificado nas últimas décadas tem produzido


transformações na região ártica. De acordo com estudos da Nasa divulgados em 2018, o gelo
marinho restante do verão no Ártico vem cobrindo uma área cerca de 30 a 40% menor que no final da
década de 1970.

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Em uma relação interdependente, essa redução da camada de gelo aumenta ainda mais a
taxa de aquecimento no Ártico, pois reduz a área de reflexão dos raios solares. Assim, mais luz solar
é absorvida pelo oceano, que fica mais aquecido e pode afetar os padrões climáticos globais. No
futuro, se nada for feito para diminuir o aquecimento da atmosfera, estima-se que grande parte do
Oceano Ártico pode ficar livre de gelo durante o verão. Essa tendência tem levado os países com
litoral ártico – Estados Unidos, Canadá, Rússia, Noruega e Dinamarca (Groenlândia) – a disputar
direitos de exploração sobre os recursos naturais dessa região. Isso porque se calcula que ela
abrigue 13% das reservas de petróleo ainda não descobertas e 30% das reservas de gás natural.

Nas porções centro-oriental (Leste Europeu) e setentrional (Norte) da Europa, ocorre o clima
frio, que apresenta grande amplitude térmica, com invernos muito frios, verões acentuadamente
quentes e chuvas menos regulares.

No litoral norueguês, ocorre a influência direta da Corrente do Golfo, proveniente do Golfo do


México. Nascendo em área de baixa latitude, próximo ao Trópico de Câncer, essa corrente quente vai
até o noroeste europeu, circula entre as ilhas do Arquipélago Britânico e, depois, pela Península
Escandinava, atingindo o litoral da Noruega. Nessas altas latitudes, a Corrente do Golfo ameniza o
rigor dos invernos e contribui para elevar a umidade atmosférica.

Essa corrente quente é importante para a Noruega, pois evita a formação de gelo no mar, o
que possibilita o uso do sistema portuário durante o ano todo. Associadas a esse tipo de clima,
manifestam-se as formações de floresta temperada, de coníferas (ao norte) e de estepes (ao sul),
onde se desenvolvem plantas herbáceas rasteiras e arbustos de pequeno porte.

Um aspecto importante das estepes (vegetação rasteira/herbáceas) é a presença de solos


muito ricos, apropriados para o cultivo de cereais. Essas formações vegetais aparecem
principalmente na Rússia e na Ucrânia. Nas regiões onde a vegetação dominante é formada por
estepes, o clima é semiárido.

As variações térmicas diárias são expressivas: os dias são muito quentes, e as noites,
relativamente frias. Nessa região, a amplitude térmica anual também é acentuada: no verão, a
temperatura média é de 22 °C; no inverno, cai para 1 °C. Os índices pluviométricos são baixos
(inferiores a 700 milímetros por ano).

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Por ter sua área inserida quase totalmente no Hemisfério Norte, a floresta de coníferas também
é chamada de floresta boreal (em áreas altas). Na Europa, essa floresta é mais conhecida como
taiga, onde os pinheiros e os abetos são muito utilizados para fins industriais, principalmente na
produção de madeira, celulose e papel. A Finlândia é um dos grandes produtores e exportadores
desses produtos, com a madeira extraída da taiga. Na Rússia, a extração de madeira levou a uma
redução da área de cobertura vegetal da floresta boreal.

O clima dominante na maior parte da porção ocidental da Europa é o temperado. Esse tipo
climático, em geral, apresenta as quatro estações do ano bem definidas, mas com algumas variações:
a oceânica (mais úmida e com menor amplitude térmica) e a continental (com grandes amplitudes
entre o verão e o inverno).
Esse clima está associado a florestas temperadas ou de folhas caducas (caducifólias), as quais
apresentam árvores que perdem as folhas no inverno, como carvalhos, bétulas, faias, freixos, olmos e
plantas frutíferas (macieira, pereira e cerejeira, por exemplo). Durante esse período, a planta “hiberna”
para entrar novamente em atividade no início da primavera, com o renascimento de suas folhas.

Porém, a floresta temperada já foi devastada por milhares de anos de ocupação humana.
Originalmente, essa vegetação cobria quase toda a extensão do continente, desde as coníferas, ao
norte, até as estepes, pradarias e formações mediterrâneas, ao sul.

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Na Europa Meridional e na porção ocidental do continente, o tipo climático mediterrâneo é


característico. Trata-se de um clima subtropical de elevada amplitude térmica anual, com invernos
frios e chuvosos e verões quentes e muito secos, assumindo, assim, algumas características de
semiaridez.

A região sofre influência das massas quentes e secas originadas no Deserto do Saara. Além
disso, as elevações que existem ao norte, representadas sobretudo pelos Alpes, dificultam a
penetração dos ventos frios do norte do continente. Os ventos úmidos do Atlântico também não
atingem toda a região, apenas a Península Ibérica. O comportamento do clima mediterrâneo é
favorável ao cultivo de vinhedos e oliveiras; por isso, essa região é muito conhecida tradicionalmente
pela produção de vinho e azeite de oliva, de qualidade internacional.

As condições naturais do sul da Europa, como as praias ensolaradas, oferecem muitos


atrativos para os turistas, que procuram a região em diferentes épocas do ano.

A vegetação típica do clima mediterrâneo é constituída por árvores pequenas e arbustos


dotados de espinhos.

Fazer ou PC - páginas: 43, 44, 45 e 46.

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