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Autor: Otávio Souza – PMMINAS

Ed.23.01.02

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apenas para o comprador), todos os direitos reservados. Muito cuidado com a investigação social, fase
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Otávio Souza ∙ Método OBA . @pmminas


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MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS


- Machado de Assis –

[Capítulos 41 a 80 – Fichamento 2/4]


LUÍZA RESENDE GUIMARÃES

CAPÍTULO XLI: A ALUCINAÇÃO

• Ao chegar na casa de Virgília, Brás Cubas tem alucinação na qual é ela quem tem a doença de Marcela, estando
seu rosto tomado pela enfermidade. O amor do passado e o do presente/futuro se misturam em sua mente e ele
começa a enxergar uma na outra. Diante da alucinação, ele trata Virgília com repulsa, o que a causa muita irritação.

CAPÍTULO XLII: O QUE ESCAPOU A ARISTÓTELES

• Ainda pensando em Virgília e Marcela (pois o encontro com esta segue o atordoando), Brás Cubas reflete sobre
os caminhos das duas se cruzando em razão da peça comum em suas vidas (= ele mesmo). Ele afirma que ele é
responsável pelo encontro desses extremos sociais e que isso pode ser chamado de “solidariedade do aborrecimento
humano”. Questiona-se, de maneira arrogante, como algo assim pode ter escapado da análise de Aristóteles, como
se ele (que certamente se acha um gênio) teria percebido algo que o grande filósofo grego – um dos pilares do
pensamento ocidental clássico – teria deixado escapar.

CAPÍTULO XLIII: MARQUESA, PORQUE EU SEREI MARQUÊS

• Vírgília, ambiciosa, acaba trocando Brás Cubas por Lobo Neves. Segundo o narrador, Lobo Neves não era
mais esbelto, elegante, culto ou simpático do que ele, mas ainda assim fez ele perder Virgília e a candidatura.

• Brás Cubas afirma que Virígilia comparou a águia (Lobo Neves) e o pavão (Brás Cubas) e optou pela águia.
O que fica entendido é que a jovem viu em Lobo Neves alguém mais com sede de poder, alguém mais disposto e
ambicioso; já que durante toda a narrativa fica claro como Brás Cubas, apesar de todos os seus privilégios, era um
homem acomodado; que queria glória de graça, mas jamais fazia nada para conquistá-la.

CAPÍTULO XLIV: UM CUBAS!

• O pai de Brás Cubas, muito orgulhoso da própria família e conquistas, fica inconformado com a perda do
casamento e da candidatura de seu filho. Repete incansavelmente que isso não poderia acontecer a “um Cubas”!
Diante do golpe e da frustração de todas as expectativas que colocou no filho, acaba adoecendo (na verdade,
piorando sua condição) e morre depois de quatro meses.

CAPÍTULO XLV: NOTAS

• O narrador descreve – com palavras soltas, como se fizesse uma lista – o luto imediato após a morte do pai e
como ocorrem as cerimônias seguidas de sua morte. Ao final, utilizando a metalinguagem, afirma:

“Isto que parece um simples inventário, eram notas que eu havia tomado para um capítulo triste e vultar que
não escrevo”.

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CAPÍTULO XLVI: A HERANÇA

• Com a morte do pai, Brás Cubas e Sabina iniciam uma briga pela herança. Também está envolvido na briga
Cotrim, marido de Sabina. Discutem sobre o valor dos bens, sobre para quem deve ficar a prataria, quem deve
ficar com os escravos (cita-se, neste diálogo, que Prudêncio já está liberto há dois anos). Em geral, todos se
mostram inflexíveis quanto à divisão. Ao final, o narrador demonstra tristeza ao brigar com a irmã, já que sempre
foram amigos.

CAPÍTULO XLVII: O RECLUSO

• Brás Cubas se isola e fica pensando, continuamente, nas mulheres de sua vida: Marcela (primeiro amor), Sabina
(irmã com quem brigou) e Virgínia (futura noiva que o trocou por homem mais ambicioso e mais próximo do poder
político).

• Durante certo tempo, Brás Cubas conta que viveu meio recluso, raramente frequentando eventos culturais e
sociais; deixando-se levar pela vida, “entre a ambição e o desânimo”. Escrevia literatura e também sobre política
(muito provavelmente de forma medíocre, pois é o que fica entendido sobre todas as empreitadas do narrador-
personagem). Ele se pergunta porque não seria melhor deputado ou marquês [uma referência a uma fala de Virígila
para Lobo Neves, que diz que ele um dia será marquês, pois ela quer ser marquesa] do que Lobo Neves, já que
era muito melhor do que ele.

CAPÍTULO XLVIII: UM PRIMO DE VIRGÍLIA

• Luís Dutra era um primo de Virgília que, assim como Brás Cubas, se aventurava na escrita. Seus versos eram
melhores, agradavam mais e valiam mais do que os de Brás Cubas (ele mesmo admite). Tomado pela inveja (que
fica subentendida), Brás Cubas faz de tudo para que o homem duvide de seu talento, já que se trata de alguém
muito insegura, que muito busca aprovação externa.

“Minha intenção era fazê-lo duvidar de si mesmo, desanimá-lo, eliminá-lo”.

CAPÍTULO XLIX: A PONTA DO NARIZ

• Nos dois capítulos anteriores, ao se comparar com Lobo Neves e com Luís Dutra e se afirmar melhor do que
eles, Brás Cubas afirma que faz isso “a olhar para a ponta do nariz”. Este capítulo é para explicar isso.

• Olhar para o próprio nariz significa pensar de forma egoísta; como se a própria existência importasse mais do que
o resto do universo. Para exemplificar, ele cita a história de um chapeleiro mais antigo, que entra na loja de seu
rival, muito mais nova e melhor equipada, e tudo o que se pergunta é porque o outro tem mais sucesso do que ele,
que é “muito melhor chapeleiro”.

A conclusão, portanto, é que há duas forças capitais: o amor, que multiplica a espécie, e o nariz, que a
subordina [a espécie] ao indivíduo. Procriação, equilíbrio.

CAPÍTULO L: VIRGÍLIA CASADA

• Luís Dutra fica sabendo da história de Brás Cubas com sua prima Virgília.

• Brás Cubas reencontra Virgília já casada (ele também encontra o marido, que elogia seus escritos políticos) em
mais de uma ocasião em eventos sociais; há uma reaproximação da parte de ambos.

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CAPÍTULO LI: É MINHA!

• Brás Cubas insiste em pensamento que Virgília é sua (ou deveria ser), e não de outro homem.

• Ao chegar em casa de um baile, o narrador encontra uma moeda de ouro no chão e a pega para si. Em seguida,
porém, sente-se culpado porque não era dele a moeda (há uma clara comparação entre a história da moeda e
Virgília; ele sabe que nenhuma das duas é, de fato, dele; ao contrário do que diz o título do capítulo). Ele devolve
a moeda ao chefe de polícia para que encontre seu dono.

• A devolução, que poderia ser um gesto nobre e preocupado com o próximo, na verdade apenas ocorre porque
Brás Cubas precisa se sentir bem consigo mesmo (“meu ato era bonito porque exprimia um justo escrúpulo, um
sentimento de alma delicada [...]. Eu espairava todo o meu ser na contemplação daquele ato, revia-me nele, achava-
me bom, talvez grande”). Ele passará vários capítulos se vangloriando da própria ação e gostando de ser bem visto
pela sociedade por essa devolução.

• O narrador cria a lei da equivalência das janelas: compensar uma consciência fechada é abrir outra, a fim de que
a moral possa arejar continuamente a consciência. Ou seja, ele estava disposto um caso com uma mulher casada;
mas, para compensar, tinha devolvido a moeda de ouro encontrada.

CAPÍTULO LII: O EMBRULHO MISTERIOSO

• O protagonista tropeça em um embrulho na praia e encontra cinco contos de réis (uma grande quantidade de
dinheiro na época). Esta quantidade, muito maior do que a moeda de ouro, ele não devolve. Ainda assim, vai até a
casa de Virgília e Lobo Neves e recebe os louros do chefe de polícia e da mulher amada por ter devolvido aquela
moeda. Depois, também recebe os louros das pessoas do Banco do Brasil, ao levar os cinco contos de réis para
depósito. A ironia é utilizada de forma abundante mais uma vez.

CAPÍTULO LIII: ......

• Fica claro para o leitor a paixão que nasce (não renasce, porque antes não tinha sido paixão) entre Brás Cubas e
Virgília. Os dois se beijam na chácara em que a mulher mora com o marido.

CAPÍTULO LIV: A PÊNDULA

• Brás Cubas fantasia com o beijo que deu em Virgília e com seu futuro juntos. Antes de dormir, ele se imagina
com ela, eternamente a repetir “o velho diálogo de Adão e Eva”.

CAPÍTULO LV: O VELHO DIÁLOGO DE ADÃO E EVA

• Graficamente, este é o capítulo mais inventivo do livro. Temos apenas o nome dos personagens (ora Brás Cubas,
ora Virgília), seguido de ... e interrogação ou exclamação.

• Ao invés de escrever tudo o que se passa entre um típico diálogo de casal, ele utiliza apenas reticências,
interrogações e exclamações; pois não há necessidade dessa descrição. Enquanto um autor romântico faria uma
descrição detalhada e emocional, esses símbolos bastam para Machado de Assis.

CAPÍTULO LVI: O MOMENTO OPORTUNO

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• O narrador fala sobre como faz diferença o momento oportuno para uma paixão: quando ele e Vírgilia se
conheceram, se deram bem; mas não houve sofrimento em sua separação, justamente porque não havia paixão.
Agora, por outro lado, a paixão era fulminante, porque o momento era oportuno (“não era oportuno o primeiro
momento, porque, se nenhum de nós estava verde para o amor, ambos o estávamos para o nosso amor”).:

CAPÍTULO LVII: DESTINO

• Brás Cubas segue falando de Vírgilia, afirmando que se amam, mesmo impedidos pelas leis sociais (afinal, ela
era casada); e que deixa a solução do amor deles entregue ao destino – ou “nas mãos de Deus”, como preferia
Virgília, que era religiosa (embora de forma discreta; ele desconfia que ela se envergonha levemente de ser
religiosa).

CAPÍTULO LVIII: CONFIDÊNCIA

• Relato de que Lobos Neves amava Virgília e via nela todas as qualidades possíveis. O homem desabafa com
Brás Cubas sobre o amor pela esposa e sobre as frustrações com a vida pública e política (“um tecido de invejas,
despeitos, intrigas, perfídias, interesses, vaidades”). Brás Cubas o consola.

CAPÍTULO LIX: UM ENCONTRO

• Ao encontrar um antigo companheiro de colégio que é ministro, Brás Cubas se pergunta porque ele mesmo não
é ministro. Esquece imediatamente as tristezas relatadas por Lobo Neves no capítulo anterior e foca nesta ideia.

• Brás Cubas encontra um mendigo, que descobre ser Quincas Borba, antigo colega de escola que ele cita no
início do livro. Fica chocado com a situação maltrapilha de um colega que ele lembrava ser tão inteligente e rico. O
homem conta para ele sua vida de misérias, atribulações e lutas. Brás Cubas diz para procurá-lo que irá ajudar,
mas Quincas Borba afirma que muitos já prometeram isso antes e não cumpriram. Brás Cubas doa 5 mil-réis
para ele e diz para ir trabalhar para ter dinheiro.

CAPÍTULO LX: UM ABRAÇO

• Ao final do encontro, Brás Cubas tenta dizer onde mora para que Quincas Borba o procure, mas este não aceita;
pede dinheiro, mas também que o colega permita que ele não vá buscá-lo em sua casa, por uma espécie de orgulho.
Ao se despedir, pergunta se pode abraçar Brás Cubas; este não vê como negar. Ao sair dali, percebe que Borba
furtou seu relógio.

CAPÍTULO LXI: UM PROJETO

• Brás Cubas lamenta ter sido furtado por seu antigo colega. Pensa voltar ao local para procurá-lo novamente,
sente uma necessidade de regenerar o mendigo, de levá-lo ao trabalho e ao respeito. Mais uma vez, o que busca é
se sentir bem com aquilo: afirma que só de pensar nisso, sente um bem-estar, uma elevação, uma admiração por
si mesmo.

CAPÍTULO LXII: O TRAVESSEIRO

• Ao encontrar com Virgília, Brás Cubas rapidamente esquece Quincas Borba. Ele afirma que a amada é “o
travesseiro de seu espírito”; que quando ele está com ela, nada importa que existam misérias e dores dos outros,

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pois isso não interesse se ele tem um “travesseiro divino” para fechar os olhos e dormir. Fica explícito, mais uma
vez, o egoísmo e egocentrismo do narrador.

CAPÍTULO LXIII: FUJAMOS

• Virgília tem medo de que o marido esteja desconfiando do caso extraconjugal. Brás Cubas começa a fantasiar
com uma vida em que ela não seja casada e propõe que eles fujam juntos, insistentemente. A mulher responde que
não, que o marido a mataria.

• Quando começa a fantasiar sobre estrangular o marido da amada, Brás Cubas se dirige ao leitor para acalmá-lo
e afirmar que as páginas que escreve não serão manchadas com um pingo sequer de sangue.

• Brás Cubas janta com Virgília e o marido, e a forma gentil e educada (até com ar superior) que Lobo Neves o
trata causa grande irritação, deixando-o amargo.

CAPÍTULO LXIV: A TRANSAÇÃO

• Brás Cubas vai embora e segue incomodado com a situação. Sente raiva de Virgília e pensa que ela não o ama.
No dia seguinte, vai visitá-la e é ela quem está chateada com a forma como foi tratada no jantar anterior. Os dois
têm uma breve discussão, ele fala novamente em fugir. Ela pergunta para que fugir – insinuando que poderiam ter
algum lugar para se encontrar na cidade mesmo. O narrador a acusa de egoísta, mas ela explica que não pode
deixar o filho e que, se o levar, será morta pelo marido.

• O casal se resolve, pedem perdão e começam a planejar encontrar uma casa onde possam se encontrar sempre
(já que, até então, se encontram na casa da própria Virgília, correndo grande riscos de serem descobertos).

CAPÍTULO LXV: OLHOS E ESCUTAS

• Neste capítulo, o autor descobre que o caso de Brás Cubas e Vírgilia, na verdade, é percebido por várias pessoas,
como uma baronesa e dois primos da mulher (Viegas e Luís Dutra, que já foi apresentado antes e que o narrador
“compra” com elogios e apresentações para pessoas importantes, que elogiam seus escritos). Havia “uma verdadeira
floresta de olheiros e escutas”.

CAPÍTULO LXVI: AS PERNAS

• Saindo da casa de Virígilia, Brás Cubas caminha – sem sequer perceber – até um restaurante que geralmente
vai para comer. Afinal, estava com fome. Como não foi um caminho consciente (sua cabeça estava pensando nos
planos com a amada), ele agradece às pernas, que o levaram até lá sozinhas.

CAPÍTULO LXVII: A CASINHA

• Brás Cubas encontra um bilhete de Virgília em que ela afirma que o marido desconfia e que está tudo perdido.
Ele a procura e insiste novamente na fuga. Ela nega e eles retomam o plano de encontrar a casinha.

• O narrador percebe que a amada não fugiria com ele porque queria o amor deles, mas jamais abriria mão da
consideração pública. Queria ter os dois ao mesmo tempo.

“Virgília era capaz de iguais e grandes sacrifícios para conservar ambas as vantagens, e a fuga só lhe deixava
uma”. Uma = o amor; pois ela perderia a consideração pública se fugisse com o amante.

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• Eles encontram a casinha e colocam para morar ali uma mulher conhecida de Virgília, que trabalhava para sua
família (Dona Plácida). O plano é que aparente que ali é a casa da mulher, para encobrir os encontros do casal.

CAPÍTULO LXVII: O VERGALHO

• Brás Cubas encontra na rua um negro que leva um outro negro como escravo. Percebe que o primeiro é
Prudêncio, que muito maltrata o outro. Conclui que faz isso para devolver todas as pancadas que recebeu antes
de ser liberto; especialmente suas, que o humilhava e espancava, montava como se fosse um cavalo, quando ainda
era criança.

CAPÍTULO LXIX: UM GRÃO DE SANDICE

• Brás Cubas relaciona a cena que acabou de presenciar (de Prudêncio com o escravo) com um outro sujeito –
doido, segundo ele – que conheceu: Romualdo, que dizia ser Tamerlão (um general tártaro, fundador do II Império
Mongol):

“Eu sou o ilustre Tamerlão, dizia ele. Outrora fui Romualdo, mas adoeci, e tomei tanto tártaro, tanto tártaro,
tanto tártaro, tanto tártaro, que fiquei Tártaro, e até rei dos Tártaros. O tártaro tem a virtude de fazer
Tártaros”.

CAPÍTULO LXX: DONA PLÁCIDA

• Após encontrar a casa para viver seu romance, Vírgilia a arruma e coloca para morar lá D. Plácida, que custa
aceitar o arranjo, porque sente vergonha da situação. Ela acaba cedendo por necessidade de ter onde morar, mas
chorava e tinha nojo de si mesma.

• Brás Cubas afirma que tratava bem D. Plácida e, com o tempo, ela deixou que ele contasse sua “história de
amor” com Virgília; afinal, essa era uma forma dela se sentir menos culpada.

• O protagonista também doa uma quantia em dinheiro para ela (os cinco contos que encontrou no embrulho da
praia), ela fica muito grata e começa a rezar por ele. Ele termina com uma insinuação de que a mulher foi comprada:

“foi assim que lhe acabou o nojo”.

CAPÍTULO LXXI: O SENÃO DO LIVRO

• Um dos capítulos mais importantes do livro, pois frequentemente é cobrado em questões fechadas.

• É o capítulo em que a metalinguagem fica mais evidente. Brás Cubas afirma começar a se arrepender de escrever
o livro porque ele é enfadonho e mórbido, mas tem um defeito ainda pior: o próprio leitor, que tem pressa de ler,
que quer uma narrativa linear e rápida e não entende sua forma digressiva de escrever.

• Evidencia-se a genialidade de Machado de Assis, que ironiza com o próprio leitor da época, acostumado ao
romantismo, ainda não adaptado ao realismo, que espera uma narrativa cronológica e romântica, que evidencie
amores e pessoas idealizados, que siga uma linha reta. E não é isso que é entregue neste livro em nenhum momento.
Ele compara sua escrita, que é digressiva, com o caminhar de um bêbado: não anda reto, pende para a direita,
depois para a esquerda...

“O livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o
maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração

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direita e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e
à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem…”

CAPÍTULO LXXII: O BIBLIÔMANO

• Brás Cubas divaga sobre talvez apagar o capítulo anterior, porque acredita que leva ao despropósito, e não quer
deixar espaço para esta crítica quando alguém for ler seu livro.

• Ele também divaga sobre um bibliômano (colecionar obsessivo de livros) encontrando seu livro e se deliciando
com o fato de se tratar de um exemplar único. A felicidade de um bibliômano com tal conquista seria tanto que ele
não se importaria com qualquer outro acontecimento histórico importante a ocorrer. Apenas importaria ter
encontrado um exemplar único de um livro.

CAPÍTULO LXXIII: O LUCHEON

• O narrador reflete sobre seu estilo de escrita, diz que perdeu mais um capítulo sem propósito e que seria melhor
“dizer as coisas lisamente, sem todos estes solavancos!”.

• Brás Cubas conta da felicidade de sua vida com Virgília na casinha, em um na presença de D. Plácida.

CAPÍTULO LXXIV: HISTÓRIA DE D. PLÁCIDA

• A história de D. Plácida é a seguinte: nasceu pobre e trabalhava fazendo doces desde cedo. Perdeu o pai ainda
criança, casou aos 16 anos. O marido morreu de tuberculose após alguns anos, deixando-lhe uma filha. Teve que
sustentar a mãe e a filha. Não encontrou outro homem que quisesse casar com ela. Ficou doente, perdeu a mãe,
continuou a trabalhar. A filha, aos 14 anos, era muito fraca e exigia muitos cuidados. Mais velha, foge com um
homem e abandona D. Plácida, que pensa em retirar a própria vida. Mas é nessa época que conhece a família de
Virgília e começa a trabalhar para eles. Revela que tinha muito medo de acabar na rua, pedindo esmola. Brás
Cubas apenas fica em silêncio.

CAPÍTULO LXXV: COMIGO

• Já sozinho, o narrador reflete sobre a história de D. Plácida e pensa que ela nasceu para sofrer. Para queimar os
dedos nos tachos (instrumento de fazer doce), os olhos na costura, para comer mal ou não comer, para adoecer,
viver triste e desesperada, sempre com as mãos no tacho e os olhos na costura, até um dia acabar na lama ou no
hospital.

CAPÍTULO LXXVI: O ESTRUME

• Após ouvir o relato de D. Plácida, pesa a consciência de Brás Cubas, que pensa que está colocando a senhora
em uma situação vexatória (de encobrir um caso extraconjugal) após uma vida de várias tragédias e privações. Ele
sabe que ela apenas aceita aquele arranjo pois não tem outra opção, é a necessidade que faz com que se preste
àquele papel (que ele chama de medianeira). Também sabe que se aproveita da fascinação e gratidão que D.
Plácida tem pela família de Virgília.

• Logo em seguida, porém, passa sua crise de consciência e ele se convence de que, na verdade, faz um bem à D.
Plácida, salvando-a da miséria.

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CAPÍTULO LXXVII: ENTREVISTA

• Brás Cubas e Virgília já estão muito confortáveis com a situação do caso extraconjugal. Já não sentem vergonha
ou têm muitos cuidados para esconder ou despistar que estão indo para a casinha se encontrar. Subentende-se que
estão ficando cada vez mais desleixados.

• O casal tem uma pequena discussão porque ele não compareceu a uma reunião na casa de Virgília e do marido
na noite anterior. Ele admite que foi por ciúmes, pois em outra noite viu ela dançar e se divertir com outro homem.
Após breve desentendimento, acabam rindo e fazem as pazes.

CAPÍTULO LXXVIII: A PRESIDÊNCIA

• Certo dia, Lobo Neves afirma que talvez assuma a presidência de outra província, o que significa que ele e Virgília
teriam que ir embora, separando-a de Brás Cubas. A ideia se consolida ao longo dos próximos dias e Virgília se
desespera.

• Vírgilia afirma, sem maiores explicações, que Brás Cubas terá que ir com ela. Ele responde que é impossível, e
que toda a sua felicidade está nas mãos dela (no sentido de que ela pode decidir fugir com ele, fica subentendido).

CAPÍTULO LXXIX: COMPROMISSO

• Apesar de ter insisto para que Vírgilia fugisse com ele, neste capítulo Brás Cubas dá a entender que não tem
certeza se este é mesmo o caminho que deseja. Na verdade, ele apenas está jogando o problema para ela resolver
sozinha e se sentir culpada sozinha por não escolher o amor deles; quando ele mesmo não estaria disposto a fazer
sacrifícios, na verdade. Ele também está confortável com aquela situação e com aquele relacionamento em que ela
não pode cobrar muito dele; afinal, tem marido.

“Às vezes sentia um dentezinho de remorso, parecia-me que abusava da fraqueza de uma mulher amante e
culpada, sem nada sacrificar nem arriscar de mim próprio. [...] Estava desejoso de a ver e receoso de que a
vista me levasse a compartir a responsabilidade da solução”.

CAPÍTULO LXXX: DE SECRETÁRIO

• Brás Cubas vai visitar Virgília e o marido. Ela triste com a partida, o marido, alegre.

• Para a surpresa do narrador (e do leitor), Lobo Neves diz que ainda não encontrou secretário para ir com ele e
propõe que Brás Cubas assuma esse cargo. O protagonista busca vestígios de pensamentos ocultos no marido de
Virgília, mas não encontra.

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