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Violação de Direito Autoral é crime (art.184, do CP). Nos Termos do inciso I do art. 29 da Lei 9.610/1998, a reprodução parcial ou total da
obra de outros autores requer a autorização expressa do autor ou titular dos direitos autorias, mesmo que para fins didáticos e sem
intuito lucrativo.
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MÓDULO I

Aplicação dos métodos nas


questões do XXVI Exame

Violação de Direito Autoral é crime (art.184, do CP). Nos


Termos do inciso I do art. 29 da Lei 9.610/1998, a
reprodução parcial ou total da obra de outros autores
requer a autorização expressa do autor ou titular dos
direitos autorias, mesmo que para fins didáticos e sem
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Violação de Direito Autoral é crime (art.184, do CP). Nos Termos do inciso I do art. 29 da Lei 9.610/1998, a reprodução parcial ou total da
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__________ESCLARECIMENTOS INICIAIS SOBRE O MÉTODO OAB______

Antes de começarmos a aplicarmos o método de resolução de questões, devemos


conhecê-lo. Então, vamos lá:

Quando eu estava me preparando para fazer o Exame da Ordem, treinei bastante com
questões da Banca FGV, não somente questões da OAB, mas de outros concursos
aplicados pela referida banca. Porém, andei observando algumas coisas...

A Banca FGV segue um padrão de prova que pode ser dominado pelo candidato.

>>>PRESTEM BEM ATENÇÃO NO QUE VOU EXPLICAR.

➢ Primeiro: tenham uma noção de que no direito NADA É ABSOLUTO, para toda regra
vai ter uma exceção ou exceção da exceção.
➢ Segundo: um dos pontos base desse método de estudo se faz na observação de
algumas palavras que têm o poder de deixar a alternativa INCORRETA em mais 70%
das vezes que aparecem.
➢ Temos também outras palavras que quando aparecem nas alternativas, podem indicar
a resposta CORRETA em mais de 70% das vezes que aparecem.
➢ Temos também expressões que podem indicar uma possível alternativa incorreta como
também uma correta.

VAMOS CONHECER UM POUCO QUAIS SÃO ESSAS PALAVRAS E EXPRESSÕES:

➢ Alternativas que trazem a ideia de RESTRIÇÃO DE DIREITOS, poderão indicar que a


alternativa está INCORRETA.
➢ Palavras que carregam a ideia de CONDICIONANTES DE DIREITOS também
poderão ser um indicativo de que a alternativa está incorreta, mas temos que tomar
cuidado.
➢ Se estivermos diante de um condicionamento de direito, e logo em seguida
encontrarmos palavras que trazem a ideia de ressalva, isso poderá ser um indicativo
do gabarito. Pois as ressalvas acabam neutralizando a ideia negativa.
➢ Alternativas que trouxerem no seu contexto a IDEIA DE POSSIBILIDADE, serão um
indicativo de que a alternativa tem grandes chances de ser O GABARITO DA
QUESTÃO, pois no direito tudo é possível e tudo depende (risos).

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➢ Um outro indicativo do gabarito da questão são as palavras EXPLICATIVAS OU QUE


FAZEM RESSALVAS, isso pode nos direcionar também ao gabarito da questão.
➢ Palavras NEGATIVAS geralmente deixam a alternativa ERRADA. Logicamente que
teremos exceções.
➢ Atente-se à partícula – IN, pois trata-se de um prefixo negativo formador de palavras
negativas. Porém, tomem cuidado, não é qualquer palavra NEGATIVA que deixará a
alternativa INCORRETA, atentem-se para as palavras negativas que NEGAM
DIREITOS. Veja um exemplo:

1ª FRASE: “ A MÃE DE JOÃO DISSE QUE ELE NÃO IRÁ AO CINEMA” (AQUI EU TENHO
NEGAÇÃO DE DIREITO, DIREITO À LIBERDADE DE IR E VIR).

2ª FRASE: “ JOÃO NÃO QUER IR AO CINEMA” (AQUI TENHO APENAS A EXPRESSÃO


DE UMA VONTADE, OU SEJA, DE NÃO IR AO CINEMA).

ESTÁ CAPTANDO A IDEIA?

VAMOS LÁ QUE TEM MAIS COISAS PARA VOCÊ APRENDER SOBRE A


BANCA.

AGORA VAMOS CONHECER AS PALAVRAS E EXPRESSÕES QUE SE RELACIONAM


COM O QUE FORA EXPOSTO ACIMA.

➢ PALAVRAS DE CARÁTER ABSOLUTO: tudo, todo, todos, nenhum, ninguém,


jamais, sempre... > indicam que a alternativa poderá está incorreta.

➢ EXPRESSÕES DE CARÁTER ABSOLUTO: em hipótese alguma, em hipótese


nenhuma, em nenhuma hipótese, em caso nenhum, em nenhum dos casos...>
indicam que a alternativa poderá estar incorreta.

➢ PALAVRAS DE CARÁTER RESTRITIVO: somente, apenas, exclusivamente, tão


somente, só... > indicam que a alternativa poderá estar incorreta.

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➢ PALAVRAS E EXPRESSÕES QUE INDICAM IDEIA DE POSSIBLIDADE: pode,


poderá, possível, se possível, é possível, poderá ser... > indicam que a alternativa
pode estar correta.

➢ PALAVRAS E EXPRESSÕES COM CARÁTER EXPLICATIVO E DE RESSALVA:


pois, porém, mas, no entretanto, salvo, salvo se, uma vez que, desde que, salvo
quem...> indicam que a alternativa pode estar correta.

➢ PALAVRAS DE CARÁTER NEGATIVO: não, nenhum, ninguém,


independentemente, e palavras com o prefixo negativo – in. > indicam que a
alternativa poderá estar incorreta.

➢ PALAVRAS QUE CONDICIONAM: caso, caso se, desde que...

➢ OBS.: palavras que condicionam direitos podem trazer a ideia de negação, mas
tomem cuidado, se for uma condição com alto grau de realização, ou seja, com ideia de
possibilidade de alcance do direito condicionado, podemos estar diante do gabarito.

Obs.: Outros pontos serão abordados no decorrer do material. Leia e entenda as questões.
Tem muita coisa nesse material. O que você até agora não é o suficiente para dominar a banca,
INSISTO que leia e estude o máximo que puder esse material.

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ESCLARECIMENTOS INICIAIS SOBRE COMO ESTUDAR PARA A PROVA


DA OAB

Depois que dominar como aplicar o método, lembre-se que este


deve ser aplicado de forma subsidiária, ou seja, como último recurso.
Primeiramente, você deverá tentar responder as questões com o
conhecimento que você adquiriu durante sua preparação, e, caso não
domine o conteúdo, aí sim você poderá usar o método

A sua preparação deve basear-se em domínio de:

1. base teórica mínima, não precisa de muita teoria);


2. estudo de letra de lei;
3. treino com questões.

Você já sabe que a o fundamento das respostas é tirado quase que


na totalidade da letra da lei. Então, estude muito letra de lei e treine com
questões.

No estudo da letra de lei, atente-se aos parágrafos, estes funcionam


como exceções ao referido artigo no qual se encontram, e é em cima de
muitos deles que a FGV elabora suas questões, então, atente-se a eles.

Com esse entendimento inicial, já podemos partir para a parte onde


aplicamos os macetes. Evidentemente que à medida que você for
avançando no material, poderá encontrar outros macetes que não
apareceram nessa introdução.

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APROVA OAB – RUMO AO XXXII EXAME – DICAS E MACETES – PROF. ARTHUR BRITO

1) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Rafaela, advogada, atua como árbitra em certa lide. Lena, também regularmente inscrita como
advogada perante a OAB, exerce atualmente a função de mediadora. Ambas, no exercício de
suas atividades, tomaram conhecimento de fatos relativos às partes envolvidas. Todavia,
apenas foi solicitado a Rafaela que guardasse sigilo sobre tais fatos.

Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.

a) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos
de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra,
bem como em caso de defesa própria.

b) Apenas Lena, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de
que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que
configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem
como em caso de defesa própria.

c) Ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao dever de guardar sigilo


dos fatos de que tomaram conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida
e à honra, bem como em caso de defesa própria.

d) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos
de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra.
Porém, não se admite a relativização do dever de sigilo para exercício de defesa própria.

Comentário: Gabarito letra C.

Vamos lá! Olhem essa questão dada!

Fiquem sempre atentos a essa palavra “APENAS”, ela apareceu na letra A, B, e D, elimina
tudo e só sobra o gabarito da questão, letra C.

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Lendo a letra correspondente ao gabarito, percebe-se a famosa relativização que existe no


Direito, ou seja, não há nada absoluto, sempre terá espaço para exceções, como bem
informa o nosso gabarito.

2) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

O advogado Fabrício foi contratado por José para seu patrocínio em processo judicial, por meio
de instrumento firmado no dia 14/11/2012. No exercício do mandato, Fabrício distribuiu, em
23/11/2012, petição inicial em que José figurava como autor.

No dia 06/11/2013, nos autos do processo, Fabrício foi intimado de sentença, a qual fixou
honorários advocatícios sucumbenciais, no valor de dez mil reais, em seu favor. A referida
sentença transitou em julgado em 21/11/2013.

Considerando que não houve causa de suspensão ou interrupção do prazo prescricional, de


acordo com a disciplina do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) A pretensão de cobrança dos honorários sucumbenciais, fixados em favor de Fabrício,


prescreve no prazo de cinco anos, a contar de 14/11/2012.

b) A pretensão de cobrança dos honorários sucumbenciais, fixados em favor de Fabrício,


prescreve no prazo de cinco anos, a contar de 06/11/2013.

c) A pretensão de cobrança dos honorários sucumbenciais, fixados em favor de Fabrício,


prescreve no prazo de cinco anos, a contar de 21/11/2013.

d) A pretensão de cobrança dos honorários sucumbenciais, fixados em favor de Fabrício, é


imprescritível, tendo em vista seu caráter alimentar.

Comentário: Gabarito letra C.

Essas questões de prazos e prescrições apertam o cabra, mas vamos tentar resolvê-la sem
saber o prazo certo.

Primeiramente veja se há repetência nas alternativas, pois se passarem de três a resposta


está em uma delas e já se elimina uma alternativa. Veja que repetiu a informação sobre o
prazo de cinco anos na A, B e C, menos na letra D. Elimina a letra D.

Na alternativa A o candidato tem que ser um pouco sagaz e lógico, pois não faz sentido contar
o prazo a partir da data do contrato do advogado como patrono da causa. Elimina a letra A.

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Agora meu patrão, surgiu a dúvida dos 50%, um pouco de sorte cairia bem, mas um pouco de
expertise também, faz mais sentido o prazo se iniciar a contar depois do trânsito em
julgado da sentença, não acha? Pois bem, eliminamos a letra B e nos restou nosso
gabarito com a letra C.

Fundamentação Jurídica:

Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994.

Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o
prazo:

I - do vencimento do contrato, se houver;

II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;

III - da ultimação do serviço extrajudicial;

IV - da desistência ou transação;

V - da renúncia ou revogação do mandato.

Agora meus queridos, tomem nota de mais uma dica.

Quando estiverem estudando lei seca, fiquem atentos a artigos que trazem enumerações,
como o art.25 acima, pois dessas enumerações são tiradas muitas questões. Crie também
o hábito de criar sentenças verdadeiras com esses artigos e seus incisos, tipos as que inseri
logo abaixo, isso ajuda na memorização e entendimento da literalidade da lei. É o que eu
chamo de “destrinchamento de lei” ou “técnica do destrinchamento”.Veja:

1° - Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo


do vencimento do contrato, se houver;

2° - Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo


do trânsito em julgado da decisão que os fixar; (GABARITO DA QUESTÃO)

3° - Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo


da ultimação do serviço extrajudicial;

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4° - Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo


da desistência ou transação;

5° - Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo


da renúncia ou revogação do mandato.

3) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

O advogado Fred dirigiu-se, em certa ocasião, a uma delegacia de polícia e a um presídio, a


fim de entrevistar clientes seus que se encontravam, respectivamente, prestando depoimento
e preso. Na mesma data, o advogado Jorge realizou audiências na sede de um juizado especial
cível e no interior de certo fórum regional da comarca. Considerando o disposto no Estatuto da
Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) É direito de Fred e Jorge a instalação de salas especiais permanentes para os advogados


nos seguintes locais visitados: sede do juizado especial cível e fórum regional da comarca.
Quanto aos demais, embora seja recomendável a existência de salas especiais, não há dever
legal de instalação.

b) É direito de Fred e Jorge a instalação de salas especiais permanentes para os advogados


em todos os locais visitados. Quanto aos quatro locais, há dever legal de instalação das salas.

c) É direito de Fred e Jorge a instalação de salas especiais permanentes para os advogados


nos seguintes locais visitados: sede do juizado especial cível, fórum regional da comarca e
presídio. Quanto à delegacia de polícia, embora seja recomendável a existência de salas
especiais, não há dever legal de instalação.

d) É direito de Fred e Jorge a instalação de salas especiais permanentes para os advogados


nos seguintes locais visitados: fórum regional da comarca e presídio. Quanto aos demais,
embora seja recomendável a existência de salas especiais, não há dever legal de instalação.

Comentário: Gabarito letra B.

Mais outra questão dada meus queridos, puxa a dica da NEGAÇÃO e aplique que vai dar
certo.

A negação apareceu em todas, menos no nosso gabarito, letra B.

Fundamentação Jurídica:

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Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994.

Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Art. 7º São direitos do advogado:

§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns,


tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os
advogados, com uso assegurados à OAB.

Lembrando mais uma vez, artigos que trazem enumerações sempre vão cair, se tiver
parágrafos no final, pode ter certeza que eles aparecerão também, como esse parágrafo
4° do art.7° do Estatuto da Advocacia

4) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Júlio Silva sofreu sanção de censura por infração disciplinar não resultante da prática de crime;
Tatiana sofreu sanção de suspensão por infração disciplinar não resultante da prática de crime;
e Rodrigo sofreu sanção de suspensão por infração disciplinar resultante da prática de
crime ao qual foi condenado. Transcorrido um ano após a aplicação e o cumprimento das
sanções, os três pretendem obter a reabilitação, mediante provas efetivas de seu bom
comportamento.

De acordo com o EOAB, assinale a afirmativa correta.

a) Júlio e Tatiana fazem jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante
provas efetivas de bom comportamento, nos casos de qualquer sanção disciplinar. O pedido
de Rodrigo, porém, depende também da reabilitação criminal.

b) Apenas Júlio faz jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante provas
efetivas de bom comportamento, somente nos casos de sanção disciplinar de censura.

c) Todos fazem jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante provas
efetivas de bom comportamento, nos casos de qualquer sanção disciplinar, independentemente
se resultantes da prática de crime, tendo em vista que são esferas distintas de
responsabilidade.

d) Ninguém faz jus à reabilitação, que só pode ser concedida após dois anos mediante provas
efetivas de bom comportamento, nos casos de sanção disciplinar de censura, e após três anos
nos casos de sanção disciplinar de suspensão.

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Comentário: Gabarito letra A.

Vamos lá, primeiro atente-se às penas aplicadas a Júlio, Tatiana, e Rodrigo, percebem que
apenas RODRIGO sofreu suspensão por ter praticado crime, com isso fica fácil.

Agora minha gente, aplique as DICAS de eliminação!

Vajamos na letra B. O que temos nela de errado? Um baita de um APENAS, elimina a letra
B.

Na letra C temos um TODOS que deu direito para todo mundo, mas lembre-se de Júlio que
cometeu crime e tira ele dessa, elimina a letra C também.

Na letra D temos o inverso da letra C, NINGUÉM tem direito nessa P*...srs, lembrando que
NINGUÉM é uma NEGAÇÃO. Eliminamos a letra D, sobrou nosso gabarito letra A.

Observem no nosso gabarito que temos a tal da relativização do direito travestido na


palavrinha DEPENDE. Olharam? “Rodrigo DEPENDE de reabilitação...”

Fundamentação Jurídica:

Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994.

Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Art. 35. As sanções disciplinares consistem em:


I - censura;
II - suspensão;
III - exclusão;
IV - multa.
Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após
seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento.

Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de


reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal. (NOSSO
GABARITO)

UMA DICA IMPORTANTE: No estudo de lei seca, extraia todos os parágrafos únicos que
encontrar e forme frases, pois eles vão aparecer na sua prova.

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5) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Juan e Pablo, ambos advogados, atuaram conjuntamente patrocinando uma demanda


trabalhista em favor de certo trabalhador empregado. Tiveram bastante sucesso no exercício
dessa função, tendo se valido de teses jurídicas notórias. Em razão disso, após o fim desse
processo, duas pessoas jurídicas contrataram, respectivamente, Juan e Pablo, como
integrantes de seus departamentos jurídicos, em relação empregatícia.
A sociedade que empregou Juan determinou que ele atue de forma consultiva, emitindo
parecer sobre a mesma questão jurídica tratada naquele primeiro processo, embora adotando
orientação diversa, desta feita favorável aos empregadores. A pessoa jurídica que emprega
Pablo pretende que ele realize sua defesa, em juízo, em processos nos quais ela é ré, sobre
a mesma questão, também sustentando o posicionamento favorável aos empregadores.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.

a) Juan e Pablo podem, de maneira legítima, recusar a atuação consultiva e o patrocínio das
demandas judiciais, respectivamente, sem que isso implique violação aos seus deveres
profissionais.

b) Apenas Juan pode, de maneira legítima, recusar a atuação consultiva sem que isso implique
violação aos seus deveres profissionais.

c) Apenas Pablo pode, de maneira legítima, recusar o patrocínio das demandas judiciais sem
que isso implique violação aos seus deveres profissionais.

d) As recusas quanto à atuação consultiva e ao patrocínio das demandas judiciais, por Juan e
Pablo, respectivamente, implicam violações aos seus deveres profissionais.

Comentário: gabarito letra A.

Bom dia, boa tarde ou boa noite! Vamos continuar a responder as questões do XXVI exame
aplicando algumas dicas de eliminação.

Analisando a questão, temos um enunciado enorme e cansativo. Digo aqui uma coisa para
vocês, esses enunciados só servem para cansar o candidato, às vezes é possível se chegar a
resposta sem eles.

Então vamos ao que interessa!


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Olhando as alternativas encontramos logo de cara uma das palavrinhas que anulam o
enunciado – APENAS. Elimina logo a alternativa B e C. ficamos com duas, mas aí entra a
dúvida.

Agora vamos pensar um pouco.

Você como advogado é obrigado a aceitar as causas que lhe aparecem? LÓGICO QUE NÃO,
NÉ?

Então meus caros, logicamente que na hora da dúvida você optaria por marcar a alternativa
A, até por que ela não NEGA, RESTRINGE, AMPLIA DEMAIS, e etc...Além disso, ela traz no
seu bojo uma palavra com ideia de POSSIBILIDADE ( PODEM), sendo bem mais sensata do
que a letra D.

Assim, eliminamos a letra D e ficamos com nosso gabarito, letra A.

Fundamentação Jurídica:

Art. 7º São direitos do advogado:

I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;

XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar,
ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando
autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo
profissional;

6) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

O Conselho Seccional X pretende criar a subseção Z, que abrange três municípios. Estima-se
que, na área territorial pretendida para a subseção Z, haveria cerca de cinquenta advogados
profissionalmente domiciliados. O mesmo Conselho Seccional também pretende criar as
subseções W e Y, de modo que W abrangeria a região norte e Y abrangeria a região sul de um
mesmo município.

Considerando o caso narrado, de acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a


afirmativa correta.

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A) Não é autorizada, pelo Estatuto da Advocacia e da OAB, a criação da subseção Z com a


área territorial pretendida. Quanto às subseções W e Y, poderão ser criadas se contarem, cada
qual, com um número mínimo de cem advogados nela profissionalmente domiciliados.

B) Não é autorizada, pelo Estatuto da Advocacia e da OAB, a criação da subseção Z, em razão


da área territorial pretendida. Quanto às subseções W e Y, poderão ser criadas se contarem,
cada qual, com um número mínimo de quinze advogados nela profissionalmente domiciliados.

C) A criação da subseção Z, com a área territorial pretendida, é autorizada pelo Estatuto da


Advocacia e da OAB. Da mesma forma, as subseções W e Y poderão ser criadas se contarem,
cada qual, com um número mínimo de quinze advogados nelas profissionalmente domiciliados.

D) A criação da subseção Z, com a área territorial pretendida, é autorizada pelo Estatuto da


Advocacia e da OAB. Já a criação das subseções W e Y, em razão da área territorial pretendida,
não é autorizada pelo Estatuto da Advocacia e da OAB, independentemente do número de
advogados nela profissionalmente domiciliados.

Comentário: Gabarito letra C.

Mais uma questãozinha da OAB para detonarmos fácil.

Vamos lá!

Essa questão sem aplicação das técnicas de eliminação é um pouquinho complicada caso não
tenha estudado o Estatuto da Advocacia. No entanto, com as dicas, fica super fácil.

Procuremos as negações e possíveis palavras com prefixos negativos. Logo de cara


temos um NÃO na letra A e B. Eliminamos letra A e B. Para fechar o pacote, temos um NÃO
no meu meio da alternativa D e uma palavra com prefixo negativo “INDEPENDENTEMENTE”.
Eliminamos a letra D e sobrou nosso gabarito letra C. Pronto, tudo certo.

Fundamentação Jurídica:

Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994.

Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).


Da Subseção
Art. 60. A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa sua área territorial
e seus limites de competência e autonomia.
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§ 1º A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais municípios, ou parte de


município, inclusive da capital do Estado, contando com um mínimo de quinze advogados,
nela profissionalmente domiciliados.

Assim, vemos que a Subseção pode abranger mais de um município ou parte deste, desde
que conte com um mínimo de 15 advogados profissionalmente domiciliados na área territorial
abrangida pela subseção.

Obs.: Leia o máximo possível o Estatuto, pois exige-se memorização da sua literalidade.
Assim, dá para gabaritar tranquilamente se dominar o conteúdo e saber aplicar as dicas
para não perder tempo.

7) Filosofia Jurídica- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame
de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase

Em tempos de mudanças e reformas, é comum assistirmos a diferentes tipos de lutas sociais,


especialmente visando à garantia de direitos e à conquista de novos direitos. Em A Luta pelo
Direito, o jurista alemão Rudolf Von Ihering afirma que o fim do Direito é a paz, mas o meio de
atingi-lo é a luta.

Considerando essa afirmação e de acordo com o livro citado, assinale a opção que melhor
caracteriza o pensamento jusfilosófico de Ihering.

A - O Direito é sempre o produto do espírito do povo, que é passado de geração em geração.


Por isso, quando se fala em Direito é preciso sempre olhar para a história. O Direito romano é
a melhor expressão desse processo social histórico.

B - O Direito de uma sociedade é a expressão dos conflitos sociais dela e resulta de uma luta
de pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjetivos. Por isso, o Direito é uma força
viva, e não uma ideia.

C - O Direito resulta exclusivamente da ação institucional do Estado. É no parlamento que são


travadas as lutas políticas que definem os direitos subjetivos presentes no Direito Positivo de
uma dada sociedade.

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D - O Direito é parte da infraestrutura da sociedade e resulta de um processo de luta de


classes, no qual a classe dominante usa o Direito para manter o controle sobre os
dominados.

COMENTÁRIO: gabarito letra b.

Vamos analisar essa questão de filosofia e tentar acertá-la com algumas dicas.

Na alternativa A temos uma das palavrinhas sagradas que deixam a questão incorreta.
Lembrando que as vezes iremos nos deparar com exceções verdadeiras. Então elimina a letra
A, pois temos um SEMPRE.

Pula na letra C. temos outra palavrinha – EXCLUSIVAMENTE. Elimina a letra C.

Na letra D temos uma informação que foge o tema proposto na questão. Elimina a letra D e
sobrou nosso gabarito letra B. Cuidado! Temos um NÃO no nosso gabarito, mas é um não
de ressalva.

Agora uma dica. As questões de filosofia jurídica estão voltadas para interpretação textual, por
mais que traga algo sobre um livro ou autor que você desconhece ou nunca leu suas obras,
relaxe, pois eles darão a chave no enunciado da questão. Depois é só tentar tirar uma
interpretação do que foi exposto. O enunciado que fugir à interpretação deve ser eliminado
até que sobre o mais coerente, e sabendo utilizar as dicas de eliminação, fica bem ais
fácil e rápido de se chegar a resposta.

8) Filosofia Jurídica- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Em seu livro Levando os Direitos a Sério, Ronald Dworkin cita o caso “Riggs contra Palmer” em
que um jovem matou o próprio avô para ficar com a herança. O Tribunal de Nova Iorque (em
1889), ao julgar o caso, deparou-se com o fato de que a legislação local de então não previa o
homicídio como causa de exclusão da sucessão. Para solucionar o caso, o Tribunal aplicou o
princípio do direito, não legislado, que diz que ninguém pode se beneficiar de sua própria
iniquidade ou ilicitude. Assim, o assassino não recebeu sua herança.

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Com base na obra citada, assinale a opção que melhor expressa uma das pretensões
fundamentais da jusfilosofia de Ronald Dworkin.

a) Revelar que a responsabilidade sobre o maior ou menor grau de justiça de um ordenamento


jurídico é exclusiva do legislador, que deve sempre se esforçar por produzir leis justas.

b) Mostrar como as Cortes podem ser ativistas quando decidem com base em princípios, não
com base na lei, e que decidir assim fere o estado de Direito.

c) Defender que regras e princípios são normas jurídicas que possuem as mesmas
características, de forma que se equivalem; por isso, ambos podem ser aplicados livremente
pelos Tribunais.

d) Argumentar que regras e princípios são normas com características distintas, mas
igualmente vinculantes e, em certos casos, os princípios poderão justificar, de forma mais
razoável, a decisão judicial.

Comentário: gabarito: letra D.

Estão botando quente nos estudos? Se sim, continue. Se não, aproveite para começar a se
preparar de verdade para o XXXII exame.

Vamos a mais uma questão básica de filosofia jurídica.

Se bem lembrarem da primeira questão de filosofia jurídica acima, lembram do que falei sobre
essas questões, que são fáceis, trabalham mais a interpretação do enunciado exposto do
que propriamente a matéria filosofia jurídica.

Vamos tentar entender a questão. Lendo a questão, percebe-se que o cerne da história
relatada é fazer você entender que pode o julgador se valer não somente da lei para julgar
casos concretos, mas também dos princípios.

Se se bem lembram, toda nova matéria da faculdade, antes de ser aprofundada era/é rodeada
de noções introdutórias, dentre elas, sem falta, temos os princípios, que podem ser
explícitos (escritos) ou implícitos (não escrito).
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Agora vamos para as questões. Na letra A temos uma palavrinha que vocês já conhecem, ela
apenas apareceu sem o sufixo “mente”. Encontrou? Sim. É essa mesma, EXCLUSIVA, e
temos também o SEMPRE. Elimine a letra A.

Na alternativa B temos uma NEGAÇÃO, mas também tem a informação de que julgar com
base em princípios fere o estado de Direito, o que não é correto afirmar. Elimine a letra B.

Na letra C temos uma informação que já deu muito pano para manga na doutrina pátria e
estrangeira, que sobre REGRAS e PRINCÍPIOS.

Essa assertiva poderia levá-lo a marcar a alternativa C como gabarito, o que seria um erro. Mas
vou ensiná-los a utilizar a língua portuguesa para responder algumas questões. Vamos
lá.

Vocês já estudaram sinônimos nas aulas de português, então sabem que sinônimos são
palavras iguais que usamos para não repetir a mesma palavra. CERTO??????? ERRADO
MEUS QUERIDOS.

Sabe por quê?????? Por que não existe sinônimos perfeitos, ou seja, as palavras
utilizadas como sinônimos não são iguais no seu significado, elas SÃO SEMELHANTES, se
fossem iguais, não haveria necessidade de se usar MAIS UMA PALAVRA QUE NADA
ACRESCENTARIA AO VOCABULÁRIO.

Sendo assim, na alternativa C temos a informação de que REGRAS e PRINCÍPIOS


POSSUEM AS MESMAS CARACTERÍSTICAS, OU SEJA, SÃO IGUAIS, E ISSO NÃO É
VERDADE, POIS NÃO SÃO PALAVRAS SINÔNIMAS E MUITO MENOS SINÔNIMAS
PERFEITAS.

Portanto, sobrou letra D como nosso gabarito.

Além do mais, a alternativa trouxe a informação de que REGRAS e PRINCÍPIO SÃO COISAS
DIFERENTES (DISTINTAS) e que os PRINCÍPIOS PODEM SER UTILIZADOS PARA
EMBASAR DECISÕES JUDICIAIS.

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OBS.: AS DUAS QUESTÕES DE FILOSOFIA JURÍDICA DO XXVI EXAME NÃO FORAM


DIFÍCEIS, É APENAS UMA QUESTÃO DE SABER INTERPRETAR O ENUNCIADO.

9) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Uma nova Constituição é promulgada, sendo que um grupo de parlamentares mantém


dúvidas acerca do destino a ser concedido a várias normas da Constituição antiga, cujas
temáticas não foram tratadas pela nova Constituição. Como a nova Constituição ficou
silente quanto a essa situação, o grupo de parlamentares, preocupado com possível lacuna
normativa, resolve procurar competentes advogados a fim de sanar a referida dúvida.

Os advogados informaram que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro,


a) as normas da Constituição pretérita que guardarem congruência material com a nova
Constituição serão convertidas em normas ordinárias.

b) as matérias tratadas pela Constituição pretérita e não reguladas pela nova Constituição
serão por esta recepcionadas.

c) as matérias tratadas pela Constituição pretérita e não reguladas pela nova Constituição
receberão, na nova ordem, status supralegal, mas infraconstitucional.

d) a revogação tácita da ordem constitucional pretérita pela nova Constituição se dará de forma
completa e integral, ocasionando a perda de sua validade.

Comentário: Gabarito letra D.

Essa questão foi um pouquinho mais complexa, pois o candidato precisaria saber um pouco
mais sobre o PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO.

Aplicando as técnicas de eliminação, eliminaríamos a alternativa B e C por conta da


NEGAÇÃO, muito embora não seja UMA NEGAÇÃO REAL, no entanto, daria de aplicar a
técnica.

Agora, meus caros, atentem-se para uma coisa, ficaria fácil se o candidato soubesse sobre a
questão do silêncio da nova constituição em face da constituição pretérita, pois o silêncio
implica uma situação, pois em relação à Constituição nova, quando entra em vigor, ab-roga
(revoga integralmente) a Constituição anterior, sem necessidade de cláusula de revogação.

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Entretanto, se quiser manter alguns dispositivos da Constituição anterior poderá fazê-


lo, desde que por meio de cláusula expressa.

Assim, no enunciado encontramos a palavrinha SILENTE (SILÊNCIIO – NÃO SE


MANIFESTOU SOBRE...). Desta feita, eliminaríamos a letra A e sobraria nosso gabarito, letra
D.

Vejam agora algumas informações pertinentes ao caso e as possíveis novas questões


que cobrem tal assunto:

O PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (PCO), também denominado inicial, inaugural,


genuíno ou de 1º grau, é aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo
com a ordem jurídica precedente. O PCO possui as seguintes características:

- Inicial - Inaugura um novo ordenamento, instaurando uma nova ordem jurídica.

- Autônomo - A estruturação da nova Constituição será determinada, autonomamente, por


quem exerce o poder constituinte originário.

- Ilimitado Juridicamente - Ele é ilimitado juridicamente, assim não tem que respeitar os
limites postos pelo direito anterior.

- Soberano e Incondicionado na Tomada de Suas Decisões - Este não tem que se submeter
a qualquer forma prefixada de manifestação.

O exercício do poder constituinte originário implica na revogação de todas as normas


jurídicas inseridas na Constituição anterior, ainda que compatíveis com a Constituição ora
vigente.

De acordo com a Teoria da Desconstitucionalização [NÃO ADOTADA!], as normas


constitucionais que não sejam materialmente constitucionais e que tenham compatibilidade
com a nova ordem constitucional vigente podem ser mantidas com natureza de lei,
desconstitucionalizando-se. Em regra, não é admitida no direito brasileiro. A aplicação da
Teoria da Desconstitucionalização deve ter previsão expressa, a exemplo do que ocorre com a
Constituição de Portugal (art. 292). No Brasil, o art. 147 da Constituição de 1967 do Estado de
SP também trazia tal possibilidade.

No que tange à legislação infraconstitucional, o exercício do PCO pode importar


na recepção das normas infraconstitucionais anteriores à vigência da nova Constituição, desde
que sejam materialmente compatíveis com ela, mediante o fundamento imediato de validade.
Trata-se de instituto que prevê que um ordenamento jurídico acolha e torne suas as normas de
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ordenamento jurídico anterior. Não havendo compatibilidade, a hipótese será de não recepção,
e não de inconstitucionalidade.

10) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Durante ato de protesto político, realizado na praça central do Município Alfa, os


manifestantes, inflamados por grupos oposicionistas, começam a depredar órgãos públicos
locais, bem como invadem e saqueiam estabelecimentos comerciais, situação que foge do
controle das forças de segurança.
Diante do quadro de evidente instabilidade social, o Presidente da República, por Decreto,
institui o estado de defesa no Município Alfa por prazo indeterminado, até que seja
restaurada a ordem pública e a paz social. No Decreto, ainda são fixadas restrições aos
direitos de reunião e ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica.

Acerca do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.

a) Durante o estado de defesa, podem ser estabelecidas restrições aos direitos de reunião e
ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, mas o referido decreto não poderia
estender-se por prazo indeterminado, estando em desconformidade com a ordem
constitucional.

b) Ao decretar a medida, o Chefe do Poder Executivo não poderia adotar medidas de restrição
ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, o que denota que o decreto é
materialmente inconstitucional.

c) O decreto é formalmente inconstitucional, porque o Presidente da República somente


poderia decretar medida tão drástica mediante lei previamente aprovada em ambas as casas
do Congresso Nacional.

d) O decreto presidencial, na forma enunciada, não apresenta qualquer vício de


inconstitucionalidade, sendo assegurada, pelo texto constitucional, a possibilidade de o
Presidente da República determinar, por prazo indeterminado, restrições aos referidos direitos.

Comentário: Gabarito letra A.

Mais outra questão tranquila da OAB, rápida de fazer, mas tem uma nova dica a ser observada
na hora das eliminações. Então, vamos conhecê-la.

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Primeiramente encontre as negações e restrições!

Bem, temos negação na letra A, B, C e D. E agora? Como eliminar e ficar somente com a
resposta correta?

Callllmaaa, vamos observar os enunciados de baixo para cima.

Na letra D temos “NÃO APRESENTA QUALQUER VÍCIO”, elimina a letra D. Atentem-se as


negações absolutas, está é uma. São negações que não trazem se quer uma RESSALVA.

Na letra C temos uma palavrinha RESTRITIVA, o tal “SOMENTE”. Elimina a letra C também.

Na letra B temos “NÃO PODERIA ADOTAR”, elimina a letra B, outro caso de negação
absoluta.

E no nosso gabarito, letra A, temos uma NEGAÇÃO.

Como saber se ela é o possível gabarito?

Nesses casos, temos que procurar as ressalvas, e palavras que trazem a ideia de
possibilidade, como “POSSÍVEL”, “PODEM”...pois essas ressalvas, neutralizam a
negação.

Assim, na alternativa A temos um “PODEM” e uma ressalva à negação em “MAS O REFERIDO


DECRETO NÃO PODERIA...”. Pronto, mais uma dica para ajudar na hora da dúvida. ]

Fundamentação jurídica:

CF, art. 136, § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua
duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei,
as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:

I - restrições aos direitos de:

a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

b) sigilo de correspondência;

c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

[...]
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser
prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua

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decretação.

O ESTADO DE DEFESA é medida de exceção mais branda do que o estado de sítio e


corresponde às antigas medidas de emergência, que vigoravam no regime constitucional
pretérito. Como medida mais branda, não exige autorização prévia do Congresso Nacional
para a sua decretação.

Entretanto, a decretação do estado de defesa exige a prévia audiência do Conselho da


República (CF, arts. 89 e 90) e do Conselho de Defesa Nacional (CF, art. 91). A manifestação
desses dois Conselhos é OBRIGATÓRIA, sob pena da inconstitucionalidade da decretação do
estado de defesa. Porém, a manifestação deles é MERAMENTE OPINATIVA, não vinculante.
Significa que mesmo tais Conselhos opinando contra a decretação da medida, o Presidente da
República poderá decretá-la, se assim entender conveniente.

O estado de defesa não é situação de arbítrio, mas sim situação extraordinária


constitucionalmente regrada. É verdade que o juízo de conveniência da decretação da medida
cabe ao Presidente da República, desde que ocorra uma das situações constitucionais
autorizadoras. Mas, para decretá-la e executá-la, deverá o Presidente da República observar
fielmente as normas constitucionais de regência, sob pena da inconstitucionalidade da medida
e da responsabilização decorrente. Exatamente por esse motivo, a decretação do estado de
defesa sujeita-se a controles político e jurisdicional.

Cabe ressaltar que a doutrina e jurisprudência convergem em afirmar que a fiscalização


jurisdicional do estado de defesa deverá se restringir ao chamado controle de legalidade.
Esse ato discricionário do Presidente da República, de natureza essencialmente política, não
se sujeita à fiscalização do Poder Judiciário.

Direito Constitucional descomplicado / Vicente Paulo, Marcelo Alexandrino. - 16. ed. rev.,
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017.

DICAS E MACETES – OAB – XXXII EXAME – ARTHUR BRITO


E aí pessoal? Tudo joia? Espero que sim, pois vamos a mais algumas dicas.

A dica é o seguinte!

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É de suma importância que você, na sua preparação, resolva o máximo possível de questões
passadas da OAB e da FGV de outros concursos. Mas por quê?

Isso faz com que você perceba que ocorreu uma mudança na elaboração das provas. Diz-se
por aí que ficaram mais difíceis as questões e etc., mas isso é só historinha meu povo. Quem
propaga tal informação são os cursinhos espalhados pelo Brasil. Pois se todos soubessem
que não tem bicho de sete cabeça, deixariam de pagar preparatórios caros.

O que aconteceu foi o seguinte. Em virtude de um déficit crescente de analfabetos funcionais,


ou seja, aqueles que leem, mas não entendem o que leem e até se confundem, a OAB viu
uma forma de tentar dificultar a vida dos candidatos, colocando textos enormes antes
de cada pergunta a ser respondida.

Mas por que fizeram isso?


Primeira hipótese: Isso é uma forma de condicionar o novo profissional à capacidade de
interpretar e compreender textos, pois muitos profissionais de diversas áreas formam-se de
forma deficiente, e muitos dos novos advogados são exemplos de tal deficiência.

Segunda hipótese: para a OAB o fato de você não saber interpretação ou compreensão de
textos vai levá-lo a confusão mental, pois as vezes você conhece bem a lei, mas o texto lhe
fará ficar confuso, além de lhe roubar tempo.

Sim, Arthur, e o KIKO? KKKKK

Vamos lá! A dica é o seguinte, quer ficar bom em interpretação de textos?

Resolva questões de interpretação de textos de concursos. Só isso!

Assim, meus queridos, os textos são grandes propositadamente para aqueles que não
dominam interpretação e compreensão se enrolarem, pois quem domina interpretação e
compreensão vai perceber que o texto NÃO é a chave central para se responder muitas
das questões que você poderia facilmente responder sem necessitar ler o texto.

A prova disso é uma questão de 2011 que não tem TEXTÃO e uma de 2018 que tem
TEXTÃO, mas ambas têm a mesma chave de resposta. Vejam:
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QUESTÃO - Aplicada em: 2011 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem
Unificado - V - Primeira Fase
No âmbito dos direitos humanos, a respeito do Incidente de Deslocamento de Competência,
instituído pela Emenda Constitucional 45, assinale a alternativa correta.

Gabarito: Para assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais


de direitos humanos de que o Brasil seja parte, o Procurador-Geral da República pode
suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal, nas hipóteses de graves violações aos direitos
humanos.

QUESTÃO - Aplicada em: 2018 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem
Unificado - XXVI - Primeira Fase
No estado em que você reside há cerca de quinze anos, cinco homens foram assassinados
por tiros disparados por pessoas encapuzadas. Houve uma alteração da cena do crime,
sugerindo a mesma forma de atuação de outros assassinatos que vinham sendo praticados
por um grupo de extermínio que contaria com a participação de policiais.
Na época, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos, mas concluiu pela
ausência de elementos suficientes de autoria, encaminhando os autos ao Ministério Público,
que pediu o arquivamento do caso. A Justiça acolheu o pedido e alegou não haver
informações sobre autoria, motivação ou envolvimento de policiais.
Segundo opinião de especialistas, a apuração policial do caso foi prematuramente
interrompida. A Polícia Civil teria deixado de realizar diligências imprescindíveis à
elucidação da autoria do episódio. Manter o arquivamento do inquérito, sem a investigação
adequada, significaria ratificar a atuação institucionalmente violenta de agentes de
segurança pública e, consequentemente, referendar grave violação de direitos humanos.

Para a hipótese narrada, como advogado de uma instituição de direitos humanos, assinale
a opção processual prevista pela Constituição da República.

Gabarito: O Procurador Geral da República deve suscitar, perante o Superior Tribunal


de Justiça, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.

Assim, rememorando dicas anteriores, estude a legislação na sua literalidade, não perca
tempo com teorias e mais teorias (deveria ter feito isso nos 5 anos de graduação, agora o
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objetivo é passar na OAB), pois o fundamento da maioria das questões é tirado diretamente
da lei.

11) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

O deputado federal Alberto propôs, no exercício de suas atribuições, projeto de lei de grande
interesse para o Poder Executivo federal.
Ao perceber que o momento político é favorável à sua aprovação, a bancada do governo
pede ao Presidente da República que, utilizando-se de suas prerrogativas, solicite urgência
(regime de urgência constitucional) para a apreciação da matéria pelo Congresso Nacional.
Em dúvida, o Presidente da República recorre ao seu corpo jurídico, que, atendendo à sua
solicitação, informa que, de acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o pleito
da base governista
a) é viável, pois é prerrogativa do chefe do Poder Executivo solicitar o regime de urgência
constitucional em todos os projetos de lei que tramitem no Congresso Nacional.

b) não pode ser atendido, pois o regime de urgência constitucional somente pode ser solicitado
pelo presidente da mesa de uma das casas do Congresso Nacional.

c) viola a CRFB/88, pois o regime de urgência constitucional somente pode ser requerido pelo
Presidente da República em projetos de lei de sua própria iniciativa.

d) não pode ser atendido, pois, nos casos urgentes, o Presidente da República deve veicular a
matéria por meio de medida provisória e não solicitar que o Legislativo aprecie a matéria em
regime de urgência.

Comentário: Gabarito letra C.

Vamos lá tentar responder essa questão utilizando as dicas de eliminação.

Primeiramente, procurem as palavras que NEGAM, RESTRINGEM OU GENERALIZEM


DEMAIS, TIPO: NÃO, SOMENTE, TODOS, NENHUM, JAMAIS, NUNCA...

E agora meu povo? Perceberam que em todas as alternativas temos palavras com as
características ditas acima?

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É por isso que digo para vocês fazerem a leitura da CRFB/88 rotineiramente. Atentando-se
aos parágrafos, pois eles aparecem demais nas provas. Porém, podemos aplicar a dica da
possiblidade e observa a palavra PODE que indica possiblidade.

Fundamentação Jurídica:

A leitura da CRFB/88 é essencial, pois é do parágrafo 1° do art.64 da CRFB/88 que se extrai a


resposta. Veja:

Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
§ 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de
sua iniciativa.
Portanto, nosso gabarito ficou sendo a letra C.

12) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Afonso, nascido em Portugal e filho de pais portugueses, mudou-se para o Brasil ao


completar 25 anos, com a intenção de advogar no estado da Bahia, local onde moram seus
avós paternos.

Após cumprir todos os requisitos exigidos e ser regularmente inscrito nos quadros da OAB
local, Afonso permanece, por 13 (treze) anos ininterruptos, laborando e residindo em
Salvador. Com base na hipótese narrada, sobre os direitos políticos e de nacionalidade de
Afonso, assinale a afirmativa correta.

a) Afonso somente poderá se tornar cidadão brasileiro quando completar 15 (quinze) anos
ininterruptos de residência na República Federativa do Brasil, devendo, ainda, demonstrar que
não sofreu qualquer condenação penal e requerer a nacionalidade brasileira.

b) Uma vez comprovada sua idoneidade moral, Afonso poderá, na forma da lei, adquirir a
qualidade de brasileiro naturalizado e, nessa condição, desde que preenchidos os demais
pressupostos legais, candidatar-se ao cargo de prefeito da cidade de Salvador.

c) Afonso poderá se naturalizar brasileiro caso demonstre ser moralmente idôneo, mas não

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poderá alistar-se como eleitor ou exercer quaisquer dos direitos políticos elencados na
Constituição da República Federativa do Brasil.

d) Afonso, por ser originário de país de língua portuguesa, adquirirá a qualidade de brasileiro
nato ao demonstrar, na forma da lei, residência ininterrupta por 1 (um) ano em solo pátrio e
idoneidade moral.

Comentário: Gabarito letra B.

Vamos lá a mais uma dica.

Utilizando as técnicas de eliminação que muitos já conhecem, vamos fazer as eliminações.

1° - temos um SOMENTE na letra A. A possibilidade de não ser resposta é de 95%. Elimina a


letra A.

2° na letra C temos uma restrição de direito a brasileiro naturalizado, o que está errado,
mas o bizú é observar a negação, o NÃO. Elimina a letra C.

3° - na letra D não temos negações, nem restrições, nem generalizações ou amplitude, no


entanto, o candidato deveria ter em mente uma coisa, que há duas formas alguém ser
considerado brasileiro NATO aqui no Brasil, uma é pelo critério do jus soli (nasceu aqui
brasileiro nato será – com exceções) e outra pelo critério do jus sanguinis ( se filho de brasileiro
nascido no estrangeiro - com exceções), com isso, já saberíamos que Afonso não é brasileiro
NATO como informa a alternativa D. Elimina a letra D.

A questão fala que Afonso NASCEU em Portugal e é filho de Portugueses, assim, ficamos
com nosso gabarito letra B. E diante da naturalização, Afonso possui capacidade eleitoral
passiva e ativa, direito de votar e ser votado.

Fundamentação Jurídica:

CF, art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:

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a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários


de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral;

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor


de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.

Nessa hipótese (naturalização ordinária), é concedida a naturalização aos estrangeiros,


residentes no país, que cumpram os requisitos previstos na lei brasileira de naturalização
(capacidade civil de acordo com a lei brasileira; visto permanente no país; saber ler e escrever
em português; exercício de profissão etc.).

No caso dos estrangeiros originários de países de língua portuguesa (Portugal, Angola,


Moçambique, Guiné Bissau, Açores, Cabo Verde, Príncipe, Goa, Macau e Timor Leste),
somente são exigidos dois requisitos presentes no art. 12, II, "a", da CF.

A principal característica da naturalização ordinária é que ela é discricionária (dependerá de


avaliação de conveniência e oportunidade do Chefe do Poder Executivo).

A hipótese do § 1º do art. 12, da CF não se trata de concessão aos portugueses da


nacionalidade brasileira (se assim o desejarem, deverão instaurar o processo de
naturalização ordinária, nos moldes do art. 12, II, "a", da CF). Os portugueses residentes no
Brasil continuam portugueses e os brasileiros que vivem em Portugal continuam com a
nacionalidade brasileira. O que acontece é que, uns e outros, recebem direitos que, no geral,
somente poderiam ser concedidos aos nacionais de cada país.

CF, art. 12, § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

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Assim como a capacidade eleitoral ativa diz respeito ao direito de votar (alistabilidade),
a capacidade eleitoral passiva diz respeito ao direito de ser votado, de ser eleito
(elegibilidade).

No Brasil a elegibilidade não coincide com a alistabilidade (não basta ser eleitor para ser
elegível; nem todo eleitor é elegível). Porém, não basta ser eleitor para ser elegível, porquanto
é exigido o cumprimento de outros requisitos para a elegibilidade.

Para que alguém possa concorrer a um mandato eletivo nos Poderes Executivo ou Legislativo
(ser elegível), é necessário o cumprimento de alguns requisitos gerais, denominados condições
de elegibilidade, e a não incidência em nenhuma das inelegibilidades, que consistem em
impedimentos à capacidade eleitoral passiva.

O primeiro desses requisitos é possuir nacionalidade brasileira ou condição de equiparado


a português, sendo que para Presidente e Vice-Presidente da República exige-se a condição
de brasileiro nato.

13) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

José leu, em artigo jornalístico veiculado em meio de comunicação de abrangência nacional,


que o Supremo Tribunal Federal poderia, em sede de ADI, reconhecer a ocorrência de
mutação constitucional em matéria relacionada ao meio ambiente. Em razão disso, el e
procurou obter maiores esclarecimentos sobre o tema. No entanto, a ausência de uma
definição mais clara do que seria “mutação constitucional” o impediu de obter um melhor
entendimento sobre o tema.
Com o objetivo de superar essa dificuldade, procurou Jonas, advogado atuante na área
pública, que lhe respondeu, corretamente, que a expressão “mutação constitucional”, no
âmbito do sistema jurídico-constitucional brasileiro, refere-se a um fenômeno
a) concernente à atuação do poder constituinte derivado reformador, no processo de alteração
do texto constitucional.

b) referente à mudança promovida no significado normativo constitucional, por meio da


utilização de emenda à Constituição.

c) relacionado à alteração de significado de norma constitucional sem que haja qualquer


mudança no texto da Constituição Federal.

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d) de alteração do texto constitucional antigo por um novo, em virtude de manifestação de uma


Assembleia Nacional Constituinte.

Comentário: Gabarito letra C.

Vamos lá galera!

Temos aqui uma questão que não dá de aplicar nenhuma nas nossas dicas matadoras, essa
danada aqui requer o conhecimento do conceito de mutação constitucional, então, fique
atento a esses conceitos soltos de Direito Constitucional, pois uma hora ou outa eles estarão
aparecendo.

Então, não daria nem para associar a nomenclatura de forma lógica a uma possível resposta
correta, visto que mutação traz a ideia de mudança visível, mas aqui não é uma mudança
visível, pois a mutação constitucional nesse contexto refere-se a mudança da
interpretação e a interpretação não é algo visível de plano.

Assim, o segredo é saber mesmo o conceito, ou seja, a mutação constitucional é a alteração


na interpretação da lei, sem que haja alteração em seu texto. Portanto, gabarito letra C.

Fiquem agora com mais esclarecimentos sobre o assunto.

O Poder Constituinte Derivado Reformador (PCDR) também é chamado de instituído ou


constituído e possui a prerrogativa de alterar a Constituição Federal vigente.

REFORMA (CF, art. 60)

→ meio ordinário de alteração da Constituição.

→ exige quórum de 3/5 dos votos do Senado Federal e da Câmara dos Deputados (em cada
casa legislativa), em 2 turnos.

REVISÃO (ADCT, art. 3º)

→ via extraordinária de alteração da Constituição.

→ exigiu maioria absoluta do Congresso Nacional (sessão unicameral), em turno único.

MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL → “mudança não-formal da Constituição, provindo de


convenções e usos parlamentares, em convívio com o texto, que a mutação altera no seu
espírito e significado, sem tocar na regra escrita” (Raul Machado Horta).

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Há processos informais de alteração da Constituição, sem que ocorra alteração no texto


magno. Sem reformar (sem alterar o texto), extrai-se uma nova intepretação do que está escrito
com base nas alterações das circunstâncias fáticas (contexto econômico, social, político,
ideológico...).

REFORMA
→ emenda com procedimento específico e dificultoso (CF, art. 60) = formal.

MUTAÇÃO
→ alteração do sentido do texto (interpretação ou costumes) = informal.

A mutação terá lugar, especialmente, se se alteram os costumes ou se a interpretação que


se dá do texto normativo se altera em vista do contexto sócio-jurídico.

É importante lembrar que texto e norma são coisas distintas: texto é o que está escrito; norma
é o que se retira do texto (interpretação). Assim, a mutação é justamente a alteração da norma
(da interpretação), sem alteração do texto.

Canotilho indica algumas limitações à mutação constitucional. Para o autor português, o


suporte textual deve comportar a interpretação pretendida (não dá para forçar a barra) e a
interpretação não pode derruir princípios estruturantes do texto.

14) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Juliano, governador do estado X, casa-se com Mariana, deputada federal eleita pelo estado
Y, a qual já possuía uma filha chamada Letícia, advinda de outro relacionamento pretérito.
Na vigência do vínculo conjugal, enquanto Juliano e Mariana estão no exercício de seus
mandatos, Letícia manifesta interesse em também ingressar na vida política, candidatando-
se ao cargo de deputada estadual, cujas eleições estão marcadas para o mesmo ano em
que completa 23 (vinte e três) anos de idade.

A partir das informações fornecidas e com base no texto constitucional, assinale a afirmativa
correta.
a) Letícia preenche a idade mínima para concorrer ao cargo de deputada estadual, mas não
poderá concorrer no estado X, por expressa vedação constitucional, enquanto durar o mandato
de Juliano.

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b) Uma vez que Letícia está ligada a Juliano, seu padrasto, por laços de mera afinidade,
inexiste vedação constitucional para que concorra ao cargo de deputada estadual no estado
X.

c) Letícia não poderá concorrer por não ter atingido a idade mínima exigida pela Constituição
como condição de elegibilidade para o exercício do mandato de deputada estadual.

d) Letícia não poderá concorrer nos estados X e Y, uma vez que a Constituição dispõe sobre
a inelegibilidade reflexa ou indireta para os parentes consanguíneos ou afins até o 2º grau nos
territórios de jurisdição dos titulares de mandato eletivo.

Comentário: Gabarito letra A.

Vamos lá meu povo. É hora de plicar as dicas e macetes da aprovação.

Eu já avidei por aqui que a leitura da lei seca é muitíssimo importante para ajudar na aplicação
das dicas. Veja:

A Constituição Federal, em seu Art. 14, 3º, aduz:


- São condições de elegibilidade, na forma da lei:
(...)
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição.

Para responder essa questão eu preciso saber as idades mínimas para se candidatar para o
cargo de deputado, que é 21 anos. Depois preciso saber que parentes consanguíneos ou
afins até o segundo grau de Presidente, Governador Estadual ou Distrital e Prefeito, são
alcançados pela inelegibilidade reflexa, não podendo ser candidatos.
Vamos lá!

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Na letra B temos uma inflexibilidade, pois a palavra “INEXISTE”, negou qualquer tipo de
impedimento, o que a deixa incorreta.

Na letra C fala que Letícia não atingiu a idade mínima, o que deixa logo errado, pois sabemos
que a idade mínima é 21 anos e ela já alcançou tal idade, não precisa nem ler o resto e
perder tempo.

Na letra D temos a uma alternativa falando da inelegibilidade reflexa, o problema é que a


assertiva afirma que Letícia não poderá concorrer em nenhum dos dois Estados,
generalizou demais o alcance, deixando a letra D incorreta, pois Letícia poderá se
candidatar a deputado pelo Estado Y, pois a inelegibilidade reflexa só se aplica aos
cargos de Chefe do Executivo (PRESIDENTE, GOVERNADOR E PREFEITO). No caso da
mãe de Letícia ser deputada federal pelo Estado Y, não há nenhum impedimento.

Obs.: Se fossemos aplicar as dicas, eliminaríamos todas, pois todas têm negações, no
entanto, no gabarito TEMOS UMA RESSALVA-NEGAÇÃO (MAS NÃO).

Então meus caros, muito cuidado! E dominem a lei seca na sua literalidade. A prova da OAB
é quase 100% retirada de lei seca, só incrementam as historinhas para fazer o candidato
perder tempo e se confundir.

Fundamentação Jurídica:

Sobre o parentesco por afinidade:

No caso, Letícia é enteada de Juliano, sendo sua parente por afinidade em primeiro grau na
linha reta.

CC, art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra
origem.

Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e,
na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente
comum, e descendo até encontrar o outro parente.

Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo
da afinidade.

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§ 1º O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e


aos irmãos do cônjuge ou companheiro.

§ 2º Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união


estável.

PARENTESCO POR AFINIDADE

Existente entre um cônjuge ou companheiro e os parentes do outro cônjuge ou companheiro.


Deve ser atentado o fato de que marido e mulher e companheiros - inclusive homoafetivo -, não
são parentes entre si, havendo outro tipo de vínculo, decorrente da conjugalidade ou da
convivência.

Como novidade, o CC/2002 reconhece o parentesco de afinidade decorrente da união estável


(art. 1.595 do CC).

O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do
cônjuge ou companheiro (art. 1.595, § 1º). Desse modo, há parentesco por afinidade na linha
reta ascendente em relação ao sogro, à sogra e seus ascendentes até o infinito. Na linha reta
descendente, em relação ao enteado e à enteada e assim sucessivamente até o infinito. Na
linha colateral, entre cunhados.

Na linha reta, até o infinito, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da
união estável, havendo um vínculo perpétuo (art. 1.595, § 2º, do CC). Nessas últimas relações
há impedimento matrimonial (art. 1.521, II, do CC)

15) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Antônio, líder ativista que defende a proibição do uso de quaisquer drogas, cientifica as
autoridades sobre a realização de manifestação contra projeto de lei sobre a liberação do
uso de entorpecentes.
Marina, líder ativista do movimento pela liberação do uso de toda e qualquer droga, ao tomar
conhecimento de tal evento, resolve, então, sem solicitar autorização à autoridade
competente, marcar, para o mesmo dia e local, manifestação favorável ao citado projeto de
lei, de forma a impedir a propagação das ideias defendidas por Antônio.

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Nesse sentido, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a afirmativa


correta.

a) Marina pode dar continuidade à sua iniciativa, pois, com fundamento no princípio do Estado
Democrático, está amplamente livre para expressar suas ideias.

b) Marina não poderia dar continuidade à sua iniciativa, pois o direito de reunião depende de
prévia autorização por parte da autoridade competente.

c) Marina não poderia dar continuidade à sua iniciativa, já que sua reunião frustraria a
reunião de Antônio, anteriormente convocada para o mesmo local.

d) Marina pode dar continuidade à sua iniciativa, pois é livre o direito de reunião quando o
país não se encontra em estado de sítio ou em estado de defesa.

Comentário: gabarito letra C.

E aí pessoal? Estão mesmo estudando? A prova está chegando e não podemos dá moleza
nessa reta final de preparação. Então, vamos lá!

Essa questão é bem simples, trata da liberdade de reunião em espaços livres ao público.

ATENÇÃO! Quando falo para vocês que a leitura da lei seca é extremamente importante, é por
que sei que caem questões desse tipo aí, que não cobram nada demais, apenas que você
tenha decorado a literalidade da lei.

Vejamos o que a Constituição Federal traz sobre o assunto:

CF, art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso
à autoridade competente;

Viram como bastava conhecer o parágrafo XVI do art.5°?

Aprendem a destrinchar os parágrafos. Vejam como faço.

1° todos podem reunir-se pacificamente em locais abertos ao público;

2° nessa reunião é proibido o uso de armas;

3° essa reunião não precisa ser autorizada por nenhum órgão público;

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4° essa reunião não pode frustrar/atrapalhar outra reunião que fora anteriormente convocada
para o mesmo local;

5° precisa-se, apenas, avisar a autoridade competente que acontecerá uma reunião aberta
em determinado lugar X.

6° preciso avisar justamente para saber se outra reunião já fora convocada para o mesmo local,
para evitar constrangimentos no local.

Sendo assim, fica mais fácil entender a questão, pois Antônio já tinha se manifestado primeiro
sobre a reunião que pretendia fazer, e Marina resolver realizar a dela depois, e ainda mais,
a questão fala que ela iria pedir autorização, o que está errado. Assim, agora é só eliminar
as questões erradas.

Na Letra A, a questão ampliou demais o direito no trecho ESTÁ AMPLAMENTE LIVRE, o que
a deixa incorreta.

Na Letra B, a questão trouxe a imprescindibilidade da autorização, o que vimos que não é


necessário, basta o prévio aviso. Assim, incorreta também.

Letra C, nosso gabarito. Observem uma coisa, temos uma negação, mas fique atento a ela, é
uma negação relativa, pois traz a possiblidade de que ela PODERIA realizar a reunião,
mesmo que de forma incorreta. É só observar o trecho NÃO PODERIA DAR
CONTINUIDADE. Assim, não poderia é diferente de não pode.

Na letra D, temos uma ampliação do direito novamente, o que já vimos que não é possível.
Incorreta também.

16) Direito Penal- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame
de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Jorge foi condenado, definitivamente, pela prática de determinado crime, e se encontrava


em cumprimento dessa pena. Ao mesmo tempo, João respondia a uma ação penal pela
prática de crime idêntico ao cometido por Jorge.
Durante o cumprimento da pena por Jorge e da submissão ao processo por João, foi
publicada e entrou em vigência uma lei que deixou de considerar as condutas dos dois como
criminosas. Ao tomarem conhecimento da vigência da lei nova, João e Jorge o procuram,
como advogado, para a adoção das medidas cabíveis.

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Violação de Direito Autoral é crime (art.184, do CP). Nos Termos do inciso I do art. 29 da Lei 9.610/1998, a reprodução parcial ou total da
obra de outros autores requer a autorização expressa do autor ou titular dos direitos autorias, mesmo que para fins didáticos e sem
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Com base nas informações narradas, como advogado de João e de Jorge, você deverá
esclarecer que

a) não poderá buscar a extinção da punibilidade de Jorge em razão de a sentença condenatória


já ter transitado em julgado, mas poderá buscar a de João, que continuará sendo considerado
primário e de bons antecedentes.

b) poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos civis e
penais da condenação de Jorge, inclusive não podendo ser considerada para fins de
reincidência ou maus antecedentes.

c) poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos penais
da condenação de Jorge, mas não os extrapenais.

d) não poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, tendo em vista que os fatos foram
praticados anteriormente à edição da lei.

Comentário: Gabarito letra C.

Questão bem simples que trata da abolitio criminis, ou seja, é a transformação de um fato
típico em atípico, onde determinada conduta antes tipificada como crime, perde a
tipicidade em razão de nova lei que a torna fato atípico.

A abolitio criminis é uma das formas de extinção da punibilidade (artigo 107, III, do Código
Penal), e lembre-se, no sistema penal vige o princípio da irretroatividade da lei, SALVO se
for para beneficiar o réu, que é o caso da presente questão.

Agora, como vocês já sabem que o dois serão alcançados pelo direito da extinção da
punibilidade, procurem palavras negativas, genéricas, restritivas e etc., nem precisa ler o
enunciado por inteiro depois que as encontramos, vamos lá.

Letra A, temos um NÃO logo de cara, elimina essa e pula para outra.

Letra B, temos um TODOS que faz o alcance do direito ficar amplo demais, elimina essa
também e pula para outra.

Letra C, esse é o nosso gabarito. Observe que temos a palavra TODOS, no entanto ela é
freada mais a frente pela expressão, MAS NÃO OS EXTRAPENAIS, o que diminui a sua
amplitude, deixando-a correta.

Letra D, temos um não bem no início, elimina e nem precisar ler o resto para perder tempo.

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Obs.: o segredo para não ficar na dúvida entre C e B, é lembrar que existe uma independência
em relação a aplicação das sanções PENAIS, CIVIS e ADMINISTRATIVAS. No presente
caso, seria necessário o candidato saber que a abolitio criminis só alcança efeitos penais.
Assim, se o réu foi condenado a pena de prisão e multa civil de R$ 30.000 (30 mil reais), e
posteriormente ocorreu abolitio criminis daquele crime pelo qual fora condenado, isso não o
eximirá de cumprir com o pagamento da multa civil.

Portanto, na letra B se diz que os efeitos CIVIS serão alcançados pela abolitio criminis, o
que deixa a alternativa INCORRETA.

PARA REFORÇAR O ENTENDIMENTO.

A abolitio criminis é uma hipótese de supressão da figura criminosa, e não afasta todos os
efeitos de uma sentença condenatória, somente os efeitos penais. A abolitio criminis faz
desaparecer todos os efeitos penais, principais e secundários. Entretanto, subsistem os efeitos
civis (extrapenais), consoante dispõe artigo 2º, caput, parte final, do Código Penal.

A abolitio criminis é causa de extinção da punibilidade, de acordo com o artigo 107, III,
do Código Penal.
É necessário, fazer distinção entre os efeitos penais e os efeitos extrapenais da sentença
condenatória. Os efeitos extrapenais estão positivados nos artigos 91 e 92 do Código Penal e
não serão alcançados pela lei descriminalizadora. Assim, mesmo com a revogação do crime,
subsiste, por exemplo, a obrigação de indenizar o dano causado, enquanto que os efeitos
penais terão de ser extintos, retirando-se o nome do agente do rol dos culpados, não podendo
a condenação ser considerada para fins de reincidência ou de antecedentes penais.
Tratando sobre o tema, Paulo Queiroz esclarece o porquê da permanência dos efeitos
extrapenais: “Cumpre notar que a expressão descriminalizar (= abolir o crime), como o indica o
étimo da palavra, significa retirar de certa conduta o caráter de criminoso, mas não o caráter de
ilicitude, já que o direito penal não constitui o ilícito (caráter subsidiário); logo, não pode, pela
mesma razão, desconstituí-lo. Por isso que, embora não subsistindo quaisquer dos efeitos
penais (v.g. reincidência), persistem todas as consequências não penais (civil, administrativo)
do fato, como a obrigação civil de reparar o dano, que independe do direito penal”.

17) Direito Penal- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame
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Patrícia foi a um shopping center a fim de comprar um celular para sua filha, Maria, de 10
anos, que a acompanhava. Não encontrando o modelo desejado, Patrícia saiu da loja,
esclarecendo o ocorrido para a criança que, inconformada com o fato, começou a chorar.
Patrícia chamou a atenção de sua filha, o que fez com que seu colega de trabalho Henrique,
que passava pelo local, a advertisse, de que não deveria assim agir com a criança, iniciando
uma discussão e acabando por empurrá-la contra a parede. Em razão do comportamento
de Henrique, Patrícia sofre uma pequena lesão na perna. Ela efetuou o registro e a perícia
confirmou a lesão; contudo, dois dias depois, ela compareceu à Delegacia e desistiu da
representação.
Em razão de a vítima ser do sexo feminino, o Ministério Público ofereceu denúncia contra
Henrique pela prática do crime de lesão corporal no âmbito da violência doméstica e familiar
contra a mulher, previsto no Art. 129, § 9º, do Código Penal.

Considerando as informações narradas, o advogado de Henrique deverá alegar que

a) apesar de o crime ser de lesão corporal no âmbito da violência doméstica e familiar


contra a mulher, será cabível, em caso de condenação, a substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direito.

b) o crime em tese praticado é de lesão corporal leve simples, de modo que, apesar de
irrelevante a vontade da vítima para o oferecimento da denúncia, pode ser oferecida proposta
de suspensão condicional do processo.

c) apesar de o crime ser de lesão corporal no âmbito da violência doméstica e familiar


contra a mulher, deverá ser rejeitada a denúncia por depender de representação da vítima.

d) o crime em tese praticado é de lesão corporal leve simples, devendo a denúncia ser rejeitada
por depender de representação da vítima.

Comentário: gabarito letra D.

Pela leitura do enunciado, temos que ter em mente que isso não tem nada a ver com
violência em ambiente domésticos, sendo assim, eliminamos logo A e C.

No entanto, agora o bicho pega, pois, o candidato deveria ter uma noção básica sobre a Lei
Maria da Penha, tendo em vista que, a ação penal relativa ao crime de lesão corporal
resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada (independe
de representação da vítima) (súmula 542 do STJ).

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Assim, o presente caso não se enquadra, portanto, aos efeitos da Lei Maria da Penha. Assim,
elimina-se a letra C e resta apenas nosso gabarito, letra D, sendo caso de ação penal
pública condicionada à representação da vítima.

PARA SABER MAIS...

Sabemos que, o crime de lesão leve, na lei Maria da Penha é de ação pública incondicionada,
nós temos da Súmula 542 do STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante
de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. Além disso, a retratação só
poderia acontecer, nos termos do art. 16, até antes do recebimento da denúncia: Nas ações
penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada
com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

Ocorre que, nem toda lesão leve, contra pessoa do sexo feminino, é considerada relativa a lei
Maria da Penha (violência doméstica). Diz o art. 129, §9º: Ofender a integridade corporal ou a
saúde de outrem: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. §9º - se a lesão for praticada
contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou
tenha convivido, ou ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação
ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.

Note-se que Henrique era apenas colega de trabalho, não se enquadra, portanto, aos efeitos
da Lei Maria da Penha. De tal forma, a ação é pública condicionada a representação: artigo 88
da Lei 9.099/95: Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de
representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.

Além disso, o art. 25 do CPP dispõe que: A representação será irretratável, depois de oferecida
a denúncia. Como houve a retratação da representação antes do oferecimento da
denúncia, não restou adimplida a condição de procedibilidade para oferecimento da denúncia
e esta deve ser rejeitada.

Em síntese: O delito em comento é de ação penal pública condicionada à representação,


quando na modalidade leve, salvo no caso de incidência da Lei Maria da Penha
(11.340/2006) que será pública incondicionada.

A) INCORRETA. Não se trata de crime no âmbito da violência doméstica e familiar.


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B) INCORRETA. A vontade da vítima para o oferecimento da denúncia é altamente relevante.


C) INCORRETA. Não se trata de crime no âmbito da violência doméstica e familiar.
D) CORRETA. Fundamento no art. 129, CP, caput, pelos motivos acima justificados.

18) Direito Penal- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame
de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Cadu, com o objetivo de matar toda uma família de inimigos, pratica, durante cinco dias
consecutivos, crimes de homicídio doloso, cada dia causando a morte de cada um dos
cinco integrantes da família, sempre com o mesmo modus operandi e no mesmo local. Os
fatos, porém, foram descobertos, e o autor, denunciado pelos cinco crimes de homicídio,
em concurso material.

Com base nas informações expostas e nas previsões do Código Penal, provada a autoria
delitiva em relação a todos os delitos, o advogado de Cadu

a) não poderá buscar o reconhecimento da continuidade delitiva, tendo em vista que os crimes
foram praticados com violência à pessoa, somente cabendo reconhecimento do concurso
material.

b) não poderá buscar o reconhecimento de continuidade delitiva, tendo em vista que os crimes
foram praticados com violência à pessoa, podendo, porém, o advogado pleitear o
reconhecimento do concurso formal de delitos.

c) poderá buscar o reconhecimento da continuidade delitiva, mesmo sendo o delito praticado


com violência contra a pessoa, cabendo, apenas, aplicação da regra de exasperação da pena
de 1/6 a 2/3.

d) poderá buscar o reconhecimento da continuidade delitiva, mas, diante da violência contra a


pessoa e da diversidade de vítimas, a pena mais grave poderá ser aumentada em até o triplo.

Comentário: Gabarito letra D.

Vamos lá pessoa! Mais uma questão para analisarmos e tentar aplicar as dicas de
eliminação.

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Temos logo de cara duas alternativas iniciando com negações (A e B), o que nos dá vantagem,
pois não precisamos ler essas duas alternativas. INCORRETAS, PORTANTO.

Logo em seguida, temos POSSIBILIDADES da letra C e letra D com a palavra PODERÁ,


então, a resposta está por aqui.

Analisando um pouco mais, encontra-se uma palavrinha mágica que gosta de deixar as
assertivas erradas. Já sabe qual é? Sim, é o vocábulo APENAS. Bingo, elimina a letra C e
restou nosso lindo gabarito, letra D.

Fundamentação Jurídica:

Essa resposta coaduna-se com o que está escrito ipsis literis no Código Penal.

Trata-se da hipótese de crime continuado qualificado ou específico, cuja orientação é


aumentar a pena de somente um dos crimes se iguais, ou se diferente, o mais grave é
aumentado em até 3 vezes. Deve, entretanto, ser o crime doloso e praticado contra vítimas
diferentes.

É a redação do artigo 71 do CP, parágrafo único.

71 do CP - Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com
violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste
Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Uma última dica que cabe aqui!

Nas questões de direito penal ou processo penal. Na dúvida, fique com aquelas assertivas
que mais beneficiam o meliante. Lembrando-se que no direito a uma relativização de quase
tudo. Por isso que se diz por aí que no direito tudo DEPENDE.

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NÃO DESANIMEM. O MOMENTO DA VITÓRIA DE VOCÊS ESTÁ


CADA DIA MAIS PRÓXIMO.

19) Direito Penal- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame
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Pretendendo causar unicamente um crime de dano em determinado estabelecimento


comercial, após discussão com o gerente do local, Bruno, influenciado pela ingestão de
bebida alcoólica, arremessa uma grande pedra em direção às janelas do estabelecimento.
Todavia, sua conduta imprudente fez com que a pedra acertasse a cabeça de Vitor,
que estava jantando no local com sua esposa, causando sua morte. Por outro lado, a janela
do estabelecimento não foi atingida, permanecendo intacta.
Preocupado com as consequências de seus atos, após indiciamento realizado pela
autoridade policial, Bruno procura seu advogado para esclarecimentos.

Considerando a ocorrência do resultado diverso do pretendido pelo agente, o advogado


deve esclarecer que Bruno tecnicamente será responsabilizado pela (s) seguinte (s)
prática(s) criminosa(s):
a) homicídio culposo e tentativa de dano, em concurso material.

b) homicídio culposo, apenas.

c) homicídio culposo e tentativa de dano, em concurso formal.

d) homicídio doloso, apenas.

Comentário: gabarito letra B.

Pessoal, vamos resolver essa questão com apenas o domínio de coisas básicas e um pouco
de lógica. Observe.

Primeiro, Bruno não queria matar ninguém, sendo assim, a morte ocorrida será enquadrada
como homicídio culposo, que todos vocês já sabem que é aquele que ocorre quando não se
tem a intenção de matar. Pronto, com isso, eliminamos a letra D que fala em crime doloso.

Outra coisa a se fazer, é tentar lembrar que o crime mais grave absorve o menos grave
(princípio da absorção), então, não há que se falar em Bruno responder pela prática

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tentativa de dano, elimina-se com isso a letra A e a letra C que trazem a tentativa de dano,
restando, assim, nosso gabarito, letra B. Pronto, chegamos a resposta sem mais delongas.

Fundamentação Jurídica:

Trata-se de um caso referente ao art. 74, CP (Resultado Diverso do Pretendido): "(...) quando
por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente
responde por CULPA, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado
pretendido, aplica-se a regra do artigo 70 deste Código (referente ao concurso formal de
crimes)"

Como podemos observar, houve um erro na execução na conduta de Bruno, que queria
provocar um delito de dano, mas acabou atingindo a cabeça de Vitor, permanecendo a janela,
que queria atingir, intacta. Assim, conforme o artigo citado, Bruno deveria responder pelo que
efetivamente praticou, se o crime estiver previsto na modalidade culposa. Destarte, conforme
o artigo 121, §3º, CP: Se o homicício é culposo - Pena, detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.

A) INCORRETA. Conforme o art. 74, CP, Bruno não responderia pela tentativa de dano e,
muito menos, no concurso material (art. 69, CP);

B) CORRETA. Conforme o art. 74, CP;


C) INCORRETA. Conforme o art. 74, CP, Bruno não responderia pela tentativa de dano;
D) INCORRETA. Não houve dolo no homicídio.
Obs.: Lembrem-se que não existe crime de dano na modalidade culposa, somente de
forma dolosa.
20) Direito Penal- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame
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Mário foi denunciado pela prática de crime contra a Administração Pública, sendo imputada
a ele a responsabilidade pelo desvio de R$ 500.000,00 dos cofres públicos. Após a instrução e
confirmação dos fatos, foi proferida sentença condenatória aplicando a pena privativa de
liberdade de 3 anos de reclusão, que transitou em julgado. Na decisão, nada consta sobre a
perda do cargo público por Mário.

Diante disso, ele procura um advogado para esclarecimentos em relação aos efeitos de sua
condenação. Considerando as informações narradas, o advogado de Mário deverá esclarecer
que

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a) a perda do cargo, nos crimes praticados por funcionário público contra a Administração, é
efeito automático da condenação, sendo irrelevante sua não previsão em sentença, desde
que a pena aplicada seja superior a 04 anos.

b) a perda do cargo, nos crimes praticados por funcionário público contra a Administração, é
efeito automático da condenação, desde que a pena aplicada seja superior a 01 ano.

c) a perda do cargo não é efeito automático da condenação, devendo ser declarada em


sentença, mas não poderia ser aplicada a Mário diante da pena aplicada ser inferior a 04
anos.

d) a perda do cargo não é efeito automático da condenação, devendo ser declarada em


sentença, mas poderia ter sido aplicada, no caso de Mário, mesmo sendo a pena inferior a 04
anos.

Comentário: Gabarito letra D.

E aí pessoal? Tudo joia? Espero que sim, e que todos estejam preparados para essa prova.

Vamos a mais umas dicas. Dessa vez, nos deparamos com uma questão um pouco complicada.

Nesse caso, a leitura do Código Penal é essencial. Se vocês não sabem, mais de 90% das
questões de provas objetivas da OAB e dos concursos em geral têm como fundamentos das
respostas a literalidade dos dispositivos das leis.

E outra coisa, temos negações nas assertivas, mas NÃO significa que devemos logo encará-
las com incorretas. Quando temos negações em quase todas as assertivas, possivelmente
a resposta é uma dessas alternativas com negações, ou seja, temos exceções as nossas
dicas, srs..., mas tudo bem, vamos dá um “drible” nisso.

A questão trata sobre os efeitos da condenação de um servidor público que praticou crimes
contra a administração pública. Desta feita, no Código Penal - art. 91 e 92 - temos informações
sobre os efeitos da condenação. O segredo é saber se os efeitos são automáticos ou não.

Uma dica aqui é lembrar que o Direito Penal sempre tenta passar um pouco a mão na
cabeça do condenado/réu/indiciado/acusado e etc. Assim, já teríamos uma noção de que
os efeitos NÃO SÃO AUTOMÁTICOS. Com isso, eliminamos a letra A e B.

Agora nossa chance de acertar é de 50%.

Obs.: Eu já tinha feito essa dica, mas perdi ela por aqui. Refazendo, mudei a análise e
parece que encontrei um bizus melhores, sr.
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Vamos lá, agora entre a letra C e D, vem um bizu que vocês já conhecem, qual seja, temos
uma restrição de direitos na letra C, veja: “mas não poderia ser aplicada a Mário”. E como
eu disse, o Direito Penal vai tentar passar a mão na cabeça do réu, e aqui a questão tirou
essa possibilidade, deixando-a incorreta. Pronto, ficamos com nosso gabarito, LETRA D.

Fundamentação Jurídica:

Art. 91 - São efeitos da condenação (EFEITOS AUTOMÁTICOS):

I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;

II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:


(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso,
porte ou detenção constitua fato ilícito;

b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo
agente com a prática do fato criminoso.

Obs.: no artigo 91 temos os EFEITOS AUTOMÁTICOS, não precisam vir expressos na


sentença.

Art. 92 - São também efeitos da condenação (EFEITOS NÃO AUTOMÁTICOS):

I - a perda de cargo, função pública OU mandato eletivo: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)

a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual OU superior a um ano,
nos crimes praticados com abuso de poder OU violação de dever para com a
Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos
nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos,
sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;

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III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de
crime doloso.

Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo
ser motivadamente declarados na sentença.

Obs.: aqui nós temos efeitos NÃO automáticos, ou seja, devem vir EXPRESSOS na
sentença e MOTIVADOS para poder surtir efeitos na condenação.

Pessoal, agora vamos a algumas análises gramaticais aqui sobre O ARTIGO 92:

Art. 92 - São também efeitos da condenação (EFEITOS NÃO AUTOMÁTICOS):

I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)

a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano,
nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública;

Com esse artigo 92 c/c com a alínea “a” eu posso construir 12 (DOZE) frases independes e
com significação correta.

SÉRIO ARTHUR? SÉRIO.

As leis são feitas de maneira trucada propositalmente, pois não é para qualquer um ler e
entender o que se pode extrair delas, se vocês dominaram essa interpretação gramatical,
a facilidade de estudos de lei e resolução de questões objetivas aumentará muito.

As vírgulas, os conectivos “e”, “ou”, tem muita importância aqui. O conectivo “ou” passa a
ideia de que está ligando orações coordenadas, ou seja, orações independentes, ou seja,
posso separá-las e fazer outras orações independentes. Vejam agora as 12 (dozes
orações independentes):

Primeira parte:

1) Oração: A perda do cargo é um dos efeitos da condenação quando aplicada pena


privativa de liberdade por tempo igual a um ano, nos crimes praticados com abuso de
poder;

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Violação de Direito Autoral é crime (art.184, do CP). Nos Termos do inciso I do art. 29 da Lei 9.610/1998, a reprodução parcial ou total da
obra de outros autores requer a autorização expressa do autor ou titular dos direitos autorias, mesmo que para fins didáticos e sem
intuito lucrativo.
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2) Oração: A perda do cargo é um dos efeitos da condenação quando aplicada pena


privativa de liberdade por tempo igual a um ano, nos crimes praticados com violação de
dever para com a Administração Pública;
3) Oração: A perda da função pública é um dos efeitos da condenação quando aplicada
pena privativa de liberdade por tempo igual a um ano, nos crimes praticados com
abuso de poder;
4) Oração: A perda da função pública é um dos efeitos da condenação quando aplicada
pena privativa de liberdade por tempo igual a um ano, nos crimes praticados com
violação de dever para com a Administração Pública;
5) Oração: A perda do mandato eletivo é um dos efeitos da condenação quando aplicada
pena privativa de liberdade por tempo igual a um ano, nos crimes praticados com
abuso de poder;
6) Oração: A perda do mandato eletivo é um dos efeitos da condenação quando aplicada
pena privativa de liberdade por tempo igual a um ano, nos crimes praticados com
violação de dever para com a Administração Pública;

Segunda parte:

7) Oração: A perda do cargo é um dos efeitos da condenação quando aplicada pena


privativa de liberdade por tempo superior a um ano, nos crimes praticados com abuso
de poder;
8) Oração: A perda do cargo é um dos efeitos da condenação quando aplicada pena
privativa de liberdade por tempo superior a um ano, nos crimes praticados com violação
de dever para com a Administração Pública;
9) Oração: A perda da função pública é um dos efeitos da condenação quando aplicada
pena privativa de liberdade por tempo superior a um ano, nos crimes praticados com
abuso de poder;
10) Oração: A perda da função pública é um dos efeitos da condenação quando aplicada
pena privativa de liberdade por tempo superior a um ano, nos crimes praticados com
violação de dever para com a Administração Pública;
11) Oração: A perda do mandato eletivo é um dos efeitos da condenação quando aplicada
pena privativa de liberdade por tempo superior a um ano, nos crimes praticados com
abuso de poder;
12) Oração: A perda do mandato eletivo é um dos efeitos da condenação quando aplicada
pena privativa de liberdade por tempo superior a um ano, nos crimes praticados com
violação de dever para com a Administração Pública;
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obra de outros autores requer a autorização expressa do autor ou titular dos direitos autorias, mesmo que para fins didáticos e sem
intuito lucrativo.
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Não se assustem, mas é isso mesmo, fiz 12 orações somente com o caput do art.92
combinados com sua alínea “a”. A isso chamo de DESTRINCHAMENTO DE LEI, e
faz parte de um dos meus projetos.

21) Direito do Trabalho- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$
4.000,00 mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e
previdência oferecido e aceito pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com
suas atividades de caixa, computando-se o desempenho para suas metas e da agência. Os
produtos em referência não eram do banco, mas, sim, da Seguradora Múltiplo S/A, empresa do
mesmo grupo econômico do empregador de Jorge.

Diante disso, observando o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, bem como as


disposições da CLT, assinale a afirmativa correta.

a) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, por
se tratar de liberalidade.

b) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge,


porque relacionados a produtos de terceiros.

c) Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de Jorge.

d) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge,


uma vez que ocorreram dentro do horário normal de trabalho, para o qual Jorge já é remunerado
pelo banco.

Comentário: Gabarito letra C.

Agora é a vez de Direito do Trabalho.

Bem, questão muito tranquila de resolver aplicando nossas dicas de eliminação, sem titubear,
temos uma negação de direito na letra A, B e D, e sobrou quem? Nosso gabarito, letra C.
Rápido e muito fácil.

Agora, vamos ao fundamento da questão. Essa resposta encontra respaldo na letra seca da
lei.

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Fundamentação Jurídica:

REPITO MAIS UMA VEZ, AS QUESTÕES BUSCAM SEU FUNDAMENTO NA LETRA FRIA
DA LEI, MUITA LEITURA DA LEI NA SUA LITERALIDADE É ESSENCIAL. NÃO PRECISA
FICAR LOUCO LENDO CONTEÚDO E MAIS CONTEÚDO, DEIXE ISSO PARA QUANDO
VCS ESTIVEREM ESTUDANDO PARA PROVAS DE JUIZ E PROMOTOR.

O lance da questão era só saber SE os valores recebidos a título de comissão integrariam ou


não a remuneração de Jorge. E a resposta é SIM, nos termos do art. 457, §1° da CLT. Veja
abaixo:

CLT: Art. 457, § 1° Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e
as comissões pagas pelo empregador.

* Remuneração: salário + gratificação legal + comissão (se vender algo) + gorjeta (pago por
terceiros). Toda a contraprestação paga por terceiro a obreiro. = gorjeta.

* Salário: contraprestação do serviço pago diretamente pelo empregador. = Valor fixo


+ comissão (se vender algo) + gratificação legal.

* Salário Condição: Comissão + Gratificação legal.

22) Direito do Trabalho- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Em 2018, um sindicato de empregados acertou, em acordo coletivo com uma sociedade


empresária, a redução geral dos salários de seus empregados em 15% durante 1 ano.
Nesse caso, conforme dispõe a CLT,

a) uma contrapartida de qualquer natureza será obrigatória e deverá ser acertada com a
sociedade empresária.

b) a contrapartida será a garantia no emprego a todos os empregados envolvidos durante a


vigência do acordo coletivo.

c) a existência de alguma vantagem para os trabalhadores para validar o acordo coletivo será
desnecessária.

d) a norma em questão será nula, porque a redução geral de salário somente pode ser acertada
por convenção coletiva de trabalho.

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Comentário: Gabarito letra B.

A prova está chegando ‘hein’...e a sensação de não saber nada com coisa nenhuma se torna
mais presente. Mas calma pessoal, é assim mesmo. Ninguém se sente 100% preparado
quando se submete a alguma prova ou provação. Porém, devemos ser confiantes e ter um
pouquinho de fé - aquela confiança sobrenatural que acaba trazendo positividade nas nossas
ações.

Então, vamos a mais questões sobre Direito do Trabalho.

Todos vocês sabem que tivemos uma reforma nas relações de trabalho recentemente. Alguns
direitos foram suprimidos, outros mitigados, e alguns intimidados, sr.

No entanto, vamos tentar ainda ter um pouquinho de esperança de aplicar o método da


questão que traz garantias ao emprego.

Let’s go folks!

Na alternativa A, temos a expressão SERÁ OBRIGATÓRIA E DEVERÁ, essa expressão é


muito inflexível, fechada demais. Fiquem atentos a tais termos, eles gostam de invalidar a
assertiva. Elimine a letra A.

Na alternativa B, temos a GARANTIA de que falamos acima. Então, segura essa questão,
nosso gabarito.

Na alternativa C, temos a informação de que NÃO É NECESSÁRIA UMA VANTAGEM AO


TRABALHO. Observam que não temos UMA NEGAÇÃO EXPLICITA, mas IMPLÍCITA,
portanto, elimina-se a alternativa C.

Na alternativa D, temos a danadinha da palavra SOMENTE, que em quase mais de 90% dos
casos onde aparece, invalida a questão, pois restringe demais. Elimine a letra D

PRESTARAM ATENÇÃO COMO FICA SIMPLES ACERTAR O GABARITO QUANDO SE


TEM UMA BASE DOS MACETES DE ELIMINAÇÃO?

BELEZA, AGORA QUE CHEGAMOS COM TRANQUILIDADE AO GABARITO DA


QUESTÃO SEM PERDER AS ESTRIBEIRAS. VEJAMOS O FUNDAMENTO LEGAL.

Fundamentação Jurídica:

Em regra: O salário não pode ser reduzido, SALVO em CONVENÇÃO ou ACORDO


COLETIVO.

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Antes da reforma trabalhista: Quando retira um direito do empregado, em contrapartida, tem


que integrar um novo direito para o empregado.

APÓS REFORMA TRABALHISTA: Sabemos que a convenção e acordo coletivo (Art. 611 -
611-A CLT) quando estão presentes os sindicatos, a convenção ou o acordo coletivo ou seja a
negociação coletiva, ela prevalece a lei quando tem, a participação do sindicato - Art. 8º Inc. III
CLT.

Exceção: Art. 611. Parágrafo 3º CLT. Garantia de emprego, durante 1 ano, o empregado tem
direito a uma garantia até o término desse acordo, o empregado não pode ser dispensado a
não ser por justo motivo.

23) Direito do Trabalho- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Gustavo foi empregado da empresa Pizzaria Massa Deliciosa. Após a extinção do seu contrato,
ocorrida em julho de 2018, as partes dialogaram e confeccionaram um termo de acordo
extrajudicial, que levaram à Justiça do Trabalho para homologação. O acordo em questão foi
assinado pelas partes e por um advogado, que era comum às partes.
Considerando o caso narrado, segundo os ditames da CLT, assinale a afirmativa correta.

a) Viável a homologação do acordo extrajudicial, porque fruto de manifestação de vontade das


partes envolvidas.

b) Não será possível a homologação, porque empregado e empregador não podem ter
advogado comum.

c) Impossível a pretensão, porque, na Justiça do Trabalho, não existe procedimento especial


de jurisdição voluntária, mas apenas contenciosa.

d) Para a validade do acordo proposto, seria necessário que o empregado ganhasse mais de
duas vezes o teto da Previdência Social.

Comentário: Gabarito letra B.

Lembram do que já falei sobre o estudo da lei na sua literalidade, sem comentários, somente
o código? Pois é, essa questão tem uma pegadinha sutil, que poderia dificultar na hora de
marcar o gabarito coreto.

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Bem, aplicando um pouco nossas dicas, poderíamos nos enganar facilmente caso não se
percebesse a sutilidade da questão. Vejam que na letra B temos negação, na letra também
temos negação, e na letra D temos um absurdo, sr. Mas calma pessoal, o gabarito não
seria letra A, sabe por que? O segredo está no enunciado que fala que o acordo foi
assinado pelas partes e por UM ADVOGADO. Hehehe

Lembram que já falei para ficarem atentos aos parágrafos dos artigos? Os parágrafos são
as exceções, observações, e caem muito. E foi justamente o conhecimento do parágrafo
que embasou a resposta. Vejam:

Fundamentação Jurídica:

Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição
conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.

§ 1° As partes não poderão ser representadas por advogado comum.

24) Direito do Trabalho- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
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Marina propôs ação de reconhecimento e extinção de união estável em face de Caio, que foi
regularmente citado para comparecer à audiência de mediação. Sobre a audiência de
mediação, assinale a afirmativa correta.

a) Se houver interesse de incapaz, o Ministério Público deverá ser intimado a comparecer à


audiência de mediação.

b) É faculdade da parte estar acompanhada de advogado ou defensor público à audiência.

c) Em virtude do princípio da unidade da audiência, permite-se apenas uma única sessão de


mediação que, se restar frustrada sem acordo, deverá ser observado o procedimento comum.

d) É licito que, para a realização de mediação extrajudicial, Marina e Caio peçam a suspensão
do processo.

Comentário: Gabarito letra D.

Vamos analisar uma questão de processo civil, logicamente bem mais difícil que as outras, pelo
menos eu acho, já que requer muita leitura do código de processo e memorização de
peculiaridades processuais.

Aplicando algumas técnicas, eliminaríamos a letra C, que traz a palavra APENAS.


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Na alternativa B, deveríamos ficar atento a palavra FACULDADE, eliminaríamos também.

Agora o bicho pega, a chance de acertar ficou na casa dos 50%, e isso é complicado demais.
A resposta está toda no código, e ficaria muito difícil acertar essa questão com convicção.

Pela leitura do ar. 698 do CPC, entendemos que o MP não intervirá nas ações de família,
EXCETO se envolver interesse de INCAPAZ e DEVERÁ ser ouvido PREVIAMENTE à
homologação de acordo.

Entenderam? O MP tem que primeiramente ser OUVIDO antes da homologação do


ACORDO. Com isso, eliminamos a letra A e ficaríamos com o nosso gabarito, letra D. Veja o
artigo abaixo:

Fundamentação Jurídica:

Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse
de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.

O fundamento da letra D encontra-se no parágrafo único do art. 694 do CPC. Veja:

Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução
consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas
de conhecimento para a mediação e conciliação.

Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do


processo enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento
multidisciplinar.

Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões


quantas sejam necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de
providências jurisdicionais para evitar o perecimento do direito.

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