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091-15 - HP14416122892994
MÓDULO I
Quando eu estava me preparando para fazer o Exame da Ordem, treinei bastante com
questões da Banca FGV, não somente questões da OAB, mas de outros concursos
aplicados pela referida banca. Porém, andei observando algumas coisas...
A Banca FGV segue um padrão de prova que pode ser dominado pelo candidato.
➢ Primeiro: tenham uma noção de que no direito NADA É ABSOLUTO, para toda regra
vai ter uma exceção ou exceção da exceção.
➢ Segundo: um dos pontos base desse método de estudo se faz na observação de
algumas palavras que têm o poder de deixar a alternativa INCORRETA em mais 70%
das vezes que aparecem.
➢ Temos também outras palavras que quando aparecem nas alternativas, podem indicar
a resposta CORRETA em mais de 70% das vezes que aparecem.
➢ Temos também expressões que podem indicar uma possível alternativa incorreta como
também uma correta.
1ª FRASE: “ A MÃE DE JOÃO DISSE QUE ELE NÃO IRÁ AO CINEMA” (AQUI EU TENHO
NEGAÇÃO DE DIREITO, DIREITO À LIBERDADE DE IR E VIR).
➢ OBS.: palavras que condicionam direitos podem trazer a ideia de negação, mas
tomem cuidado, se for uma condição com alto grau de realização, ou seja, com ideia de
possibilidade de alcance do direito condicionado, podemos estar diante do gabarito.
Obs.: Outros pontos serão abordados no decorrer do material. Leia e entenda as questões.
Tem muita coisa nesse material. O que você até agora não é o suficiente para dominar a banca,
INSISTO que leia e estude o máximo que puder esse material.
APROVA OAB – RUMO AO XXXII EXAME – DICAS E MACETES – PROF. ARTHUR BRITO
1) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Rafaela, advogada, atua como árbitra em certa lide. Lena, também regularmente inscrita como
advogada perante a OAB, exerce atualmente a função de mediadora. Ambas, no exercício de
suas atividades, tomaram conhecimento de fatos relativos às partes envolvidas. Todavia,
apenas foi solicitado a Rafaela que guardasse sigilo sobre tais fatos.
a) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos
de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra,
bem como em caso de defesa própria.
b) Apenas Lena, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de
que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que
configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem
como em caso de defesa própria.
d) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos
de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra.
Porém, não se admite a relativização do dever de sigilo para exercício de defesa própria.
Fiquem sempre atentos a essa palavra “APENAS”, ela apareceu na letra A, B, e D, elimina
tudo e só sobra o gabarito da questão, letra C.
2) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
O advogado Fabrício foi contratado por José para seu patrocínio em processo judicial, por meio
de instrumento firmado no dia 14/11/2012. No exercício do mandato, Fabrício distribuiu, em
23/11/2012, petição inicial em que José figurava como autor.
No dia 06/11/2013, nos autos do processo, Fabrício foi intimado de sentença, a qual fixou
honorários advocatícios sucumbenciais, no valor de dez mil reais, em seu favor. A referida
sentença transitou em julgado em 21/11/2013.
Essas questões de prazos e prescrições apertam o cabra, mas vamos tentar resolvê-la sem
saber o prazo certo.
Na alternativa A o candidato tem que ser um pouco sagaz e lógico, pois não faz sentido contar
o prazo a partir da data do contrato do advogado como patrono da causa. Elimina a letra A.
Agora meu patrão, surgiu a dúvida dos 50%, um pouco de sorte cairia bem, mas um pouco de
expertise também, faz mais sentido o prazo se iniciar a contar depois do trânsito em
julgado da sentença, não acha? Pois bem, eliminamos a letra B e nos restou nosso
gabarito com a letra C.
Fundamentação Jurídica:
Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o
prazo:
IV - da desistência ou transação;
Quando estiverem estudando lei seca, fiquem atentos a artigos que trazem enumerações,
como o art.25 acima, pois dessas enumerações são tiradas muitas questões. Crie também
o hábito de criar sentenças verdadeiras com esses artigos e seus incisos, tipos as que inseri
logo abaixo, isso ajuda na memorização e entendimento da literalidade da lei. É o que eu
chamo de “destrinchamento de lei” ou “técnica do destrinchamento”.Veja:
3) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Mais outra questão dada meus queridos, puxa a dica da NEGAÇÃO e aplique que vai dar
certo.
Fundamentação Jurídica:
Lembrando mais uma vez, artigos que trazem enumerações sempre vão cair, se tiver
parágrafos no final, pode ter certeza que eles aparecerão também, como esse parágrafo
4° do art.7° do Estatuto da Advocacia
4) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Júlio Silva sofreu sanção de censura por infração disciplinar não resultante da prática de crime;
Tatiana sofreu sanção de suspensão por infração disciplinar não resultante da prática de crime;
e Rodrigo sofreu sanção de suspensão por infração disciplinar resultante da prática de
crime ao qual foi condenado. Transcorrido um ano após a aplicação e o cumprimento das
sanções, os três pretendem obter a reabilitação, mediante provas efetivas de seu bom
comportamento.
a) Júlio e Tatiana fazem jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante
provas efetivas de bom comportamento, nos casos de qualquer sanção disciplinar. O pedido
de Rodrigo, porém, depende também da reabilitação criminal.
b) Apenas Júlio faz jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante provas
efetivas de bom comportamento, somente nos casos de sanção disciplinar de censura.
c) Todos fazem jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante provas
efetivas de bom comportamento, nos casos de qualquer sanção disciplinar, independentemente
se resultantes da prática de crime, tendo em vista que são esferas distintas de
responsabilidade.
d) Ninguém faz jus à reabilitação, que só pode ser concedida após dois anos mediante provas
efetivas de bom comportamento, nos casos de sanção disciplinar de censura, e após três anos
nos casos de sanção disciplinar de suspensão.
Vamos lá, primeiro atente-se às penas aplicadas a Júlio, Tatiana, e Rodrigo, percebem que
apenas RODRIGO sofreu suspensão por ter praticado crime, com isso fica fácil.
Vajamos na letra B. O que temos nela de errado? Um baita de um APENAS, elimina a letra
B.
Na letra C temos um TODOS que deu direito para todo mundo, mas lembre-se de Júlio que
cometeu crime e tira ele dessa, elimina a letra C também.
Na letra D temos o inverso da letra C, NINGUÉM tem direito nessa P*...srs, lembrando que
NINGUÉM é uma NEGAÇÃO. Eliminamos a letra D, sobrou nosso gabarito letra A.
Fundamentação Jurídica:
UMA DICA IMPORTANTE: No estudo de lei seca, extraia todos os parágrafos únicos que
encontrar e forme frases, pois eles vão aparecer na sua prova.
5) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
a) Juan e Pablo podem, de maneira legítima, recusar a atuação consultiva e o patrocínio das
demandas judiciais, respectivamente, sem que isso implique violação aos seus deveres
profissionais.
b) Apenas Juan pode, de maneira legítima, recusar a atuação consultiva sem que isso implique
violação aos seus deveres profissionais.
c) Apenas Pablo pode, de maneira legítima, recusar o patrocínio das demandas judiciais sem
que isso implique violação aos seus deveres profissionais.
d) As recusas quanto à atuação consultiva e ao patrocínio das demandas judiciais, por Juan e
Pablo, respectivamente, implicam violações aos seus deveres profissionais.
Bom dia, boa tarde ou boa noite! Vamos continuar a responder as questões do XXVI exame
aplicando algumas dicas de eliminação.
Analisando a questão, temos um enunciado enorme e cansativo. Digo aqui uma coisa para
vocês, esses enunciados só servem para cansar o candidato, às vezes é possível se chegar a
resposta sem eles.
Olhando as alternativas encontramos logo de cara uma das palavrinhas que anulam o
enunciado – APENAS. Elimina logo a alternativa B e C. ficamos com duas, mas aí entra a
dúvida.
Você como advogado é obrigado a aceitar as causas que lhe aparecem? LÓGICO QUE NÃO,
NÉ?
Então meus caros, logicamente que na hora da dúvida você optaria por marcar a alternativa
A, até por que ela não NEGA, RESTRINGE, AMPLIA DEMAIS, e etc...Além disso, ela traz no
seu bojo uma palavra com ideia de POSSIBILIDADE ( PODEM), sendo bem mais sensata do
que a letra D.
Fundamentação Jurídica:
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar,
ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando
autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo
profissional;
6) Estatuto e código de ética- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
O Conselho Seccional X pretende criar a subseção Z, que abrange três municípios. Estima-se
que, na área territorial pretendida para a subseção Z, haveria cerca de cinquenta advogados
profissionalmente domiciliados. O mesmo Conselho Seccional também pretende criar as
subseções W e Y, de modo que W abrangeria a região norte e Y abrangeria a região sul de um
mesmo município.
Vamos lá!
Essa questão sem aplicação das técnicas de eliminação é um pouquinho complicada caso não
tenha estudado o Estatuto da Advocacia. No entanto, com as dicas, fica super fácil.
Fundamentação Jurídica:
Assim, vemos que a Subseção pode abranger mais de um município ou parte deste, desde
que conte com um mínimo de 15 advogados profissionalmente domiciliados na área territorial
abrangida pela subseção.
Obs.: Leia o máximo possível o Estatuto, pois exige-se memorização da sua literalidade.
Assim, dá para gabaritar tranquilamente se dominar o conteúdo e saber aplicar as dicas
para não perder tempo.
7) Filosofia Jurídica- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame
de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase
Considerando essa afirmação e de acordo com o livro citado, assinale a opção que melhor
caracteriza o pensamento jusfilosófico de Ihering.
B - O Direito de uma sociedade é a expressão dos conflitos sociais dela e resulta de uma luta
de pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjetivos. Por isso, o Direito é uma força
viva, e não uma ideia.
Vamos analisar essa questão de filosofia e tentar acertá-la com algumas dicas.
Na alternativa A temos uma das palavrinhas sagradas que deixam a questão incorreta.
Lembrando que as vezes iremos nos deparar com exceções verdadeiras. Então elimina a letra
A, pois temos um SEMPRE.
Na letra D temos uma informação que foge o tema proposto na questão. Elimina a letra D e
sobrou nosso gabarito letra B. Cuidado! Temos um NÃO no nosso gabarito, mas é um não
de ressalva.
Agora uma dica. As questões de filosofia jurídica estão voltadas para interpretação textual, por
mais que traga algo sobre um livro ou autor que você desconhece ou nunca leu suas obras,
relaxe, pois eles darão a chave no enunciado da questão. Depois é só tentar tirar uma
interpretação do que foi exposto. O enunciado que fugir à interpretação deve ser eliminado
até que sobre o mais coerente, e sabendo utilizar as dicas de eliminação, fica bem ais
fácil e rápido de se chegar a resposta.
8) Filosofia Jurídica- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Em seu livro Levando os Direitos a Sério, Ronald Dworkin cita o caso “Riggs contra Palmer” em
que um jovem matou o próprio avô para ficar com a herança. O Tribunal de Nova Iorque (em
1889), ao julgar o caso, deparou-se com o fato de que a legislação local de então não previa o
homicídio como causa de exclusão da sucessão. Para solucionar o caso, o Tribunal aplicou o
princípio do direito, não legislado, que diz que ninguém pode se beneficiar de sua própria
iniquidade ou ilicitude. Assim, o assassino não recebeu sua herança.
Com base na obra citada, assinale a opção que melhor expressa uma das pretensões
fundamentais da jusfilosofia de Ronald Dworkin.
b) Mostrar como as Cortes podem ser ativistas quando decidem com base em princípios, não
com base na lei, e que decidir assim fere o estado de Direito.
c) Defender que regras e princípios são normas jurídicas que possuem as mesmas
características, de forma que se equivalem; por isso, ambos podem ser aplicados livremente
pelos Tribunais.
d) Argumentar que regras e princípios são normas com características distintas, mas
igualmente vinculantes e, em certos casos, os princípios poderão justificar, de forma mais
razoável, a decisão judicial.
Estão botando quente nos estudos? Se sim, continue. Se não, aproveite para começar a se
preparar de verdade para o XXXII exame.
Se bem lembrarem da primeira questão de filosofia jurídica acima, lembram do que falei sobre
essas questões, que são fáceis, trabalham mais a interpretação do enunciado exposto do
que propriamente a matéria filosofia jurídica.
Vamos tentar entender a questão. Lendo a questão, percebe-se que o cerne da história
relatada é fazer você entender que pode o julgador se valer não somente da lei para julgar
casos concretos, mas também dos princípios.
Se se bem lembram, toda nova matéria da faculdade, antes de ser aprofundada era/é rodeada
de noções introdutórias, dentre elas, sem falta, temos os princípios, que podem ser
explícitos (escritos) ou implícitos (não escrito).
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Violação de Direito Autoral é crime (art.184, do CP). Nos Termos do inciso I do art. 29 da Lei 9.610/1998, a reprodução parcial ou total da
obra de outros autores requer a autorização expressa do autor ou titular dos direitos autorias, mesmo que para fins didáticos e sem
intuito lucrativo.
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Agora vamos para as questões. Na letra A temos uma palavrinha que vocês já conhecem, ela
apenas apareceu sem o sufixo “mente”. Encontrou? Sim. É essa mesma, EXCLUSIVA, e
temos também o SEMPRE. Elimine a letra A.
Na alternativa B temos uma NEGAÇÃO, mas também tem a informação de que julgar com
base em princípios fere o estado de Direito, o que não é correto afirmar. Elimine a letra B.
Na letra C temos uma informação que já deu muito pano para manga na doutrina pátria e
estrangeira, que sobre REGRAS e PRINCÍPIOS.
Essa assertiva poderia levá-lo a marcar a alternativa C como gabarito, o que seria um erro. Mas
vou ensiná-los a utilizar a língua portuguesa para responder algumas questões. Vamos
lá.
Vocês já estudaram sinônimos nas aulas de português, então sabem que sinônimos são
palavras iguais que usamos para não repetir a mesma palavra. CERTO??????? ERRADO
MEUS QUERIDOS.
Sabe por quê?????? Por que não existe sinônimos perfeitos, ou seja, as palavras
utilizadas como sinônimos não são iguais no seu significado, elas SÃO SEMELHANTES, se
fossem iguais, não haveria necessidade de se usar MAIS UMA PALAVRA QUE NADA
ACRESCENTARIA AO VOCABULÁRIO.
Além do mais, a alternativa trouxe a informação de que REGRAS e PRINCÍPIO SÃO COISAS
DIFERENTES (DISTINTAS) e que os PRINCÍPIOS PODEM SER UTILIZADOS PARA
EMBASAR DECISÕES JUDICIAIS.
9) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
b) as matérias tratadas pela Constituição pretérita e não reguladas pela nova Constituição
serão por esta recepcionadas.
c) as matérias tratadas pela Constituição pretérita e não reguladas pela nova Constituição
receberão, na nova ordem, status supralegal, mas infraconstitucional.
d) a revogação tácita da ordem constitucional pretérita pela nova Constituição se dará de forma
completa e integral, ocasionando a perda de sua validade.
Essa questão foi um pouquinho mais complexa, pois o candidato precisaria saber um pouco
mais sobre o PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO.
Agora, meus caros, atentem-se para uma coisa, ficaria fácil se o candidato soubesse sobre a
questão do silêncio da nova constituição em face da constituição pretérita, pois o silêncio
implica uma situação, pois em relação à Constituição nova, quando entra em vigor, ab-roga
(revoga integralmente) a Constituição anterior, sem necessidade de cláusula de revogação.
- Ilimitado Juridicamente - Ele é ilimitado juridicamente, assim não tem que respeitar os
limites postos pelo direito anterior.
- Soberano e Incondicionado na Tomada de Suas Decisões - Este não tem que se submeter
a qualquer forma prefixada de manifestação.
ordenamento jurídico anterior. Não havendo compatibilidade, a hipótese será de não recepção,
e não de inconstitucionalidade.
10) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
a) Durante o estado de defesa, podem ser estabelecidas restrições aos direitos de reunião e
ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, mas o referido decreto não poderia
estender-se por prazo indeterminado, estando em desconformidade com a ordem
constitucional.
b) Ao decretar a medida, o Chefe do Poder Executivo não poderia adotar medidas de restrição
ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, o que denota que o decreto é
materialmente inconstitucional.
Mais outra questão tranquila da OAB, rápida de fazer, mas tem uma nova dica a ser observada
na hora das eliminações. Então, vamos conhecê-la.
Bem, temos negação na letra A, B, C e D. E agora? Como eliminar e ficar somente com a
resposta correta?
Na letra C temos uma palavrinha RESTRITIVA, o tal “SOMENTE”. Elimina a letra C também.
Na letra B temos “NÃO PODERIA ADOTAR”, elimina a letra B, outro caso de negação
absoluta.
Nesses casos, temos que procurar as ressalvas, e palavras que trazem a ideia de
possibilidade, como “POSSÍVEL”, “PODEM”...pois essas ressalvas, neutralizam a
negação.
Fundamentação jurídica:
CF, art. 136, § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua
duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei,
as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
b) sigilo de correspondência;
[...]
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser
prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua
decretação.
Direito Constitucional descomplicado / Vicente Paulo, Marcelo Alexandrino. - 16. ed. rev.,
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017.
A dica é o seguinte!
É de suma importância que você, na sua preparação, resolva o máximo possível de questões
passadas da OAB e da FGV de outros concursos. Mas por quê?
Isso faz com que você perceba que ocorreu uma mudança na elaboração das provas. Diz-se
por aí que ficaram mais difíceis as questões e etc., mas isso é só historinha meu povo. Quem
propaga tal informação são os cursinhos espalhados pelo Brasil. Pois se todos soubessem
que não tem bicho de sete cabeça, deixariam de pagar preparatórios caros.
Segunda hipótese: para a OAB o fato de você não saber interpretação ou compreensão de
textos vai levá-lo a confusão mental, pois as vezes você conhece bem a lei, mas o texto lhe
fará ficar confuso, além de lhe roubar tempo.
Assim, meus queridos, os textos são grandes propositadamente para aqueles que não
dominam interpretação e compreensão se enrolarem, pois quem domina interpretação e
compreensão vai perceber que o texto NÃO é a chave central para se responder muitas
das questões que você poderia facilmente responder sem necessitar ler o texto.
A prova disso é uma questão de 2011 que não tem TEXTÃO e uma de 2018 que tem
TEXTÃO, mas ambas têm a mesma chave de resposta. Vejam:
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Violação de Direito Autoral é crime (art.184, do CP). Nos Termos do inciso I do art. 29 da Lei 9.610/1998, a reprodução parcial ou total da
obra de outros autores requer a autorização expressa do autor ou titular dos direitos autorias, mesmo que para fins didáticos e sem
intuito lucrativo.
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QUESTÃO - Aplicada em: 2011 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem
Unificado - V - Primeira Fase
No âmbito dos direitos humanos, a respeito do Incidente de Deslocamento de Competência,
instituído pela Emenda Constitucional 45, assinale a alternativa correta.
QUESTÃO - Aplicada em: 2018 / Banca: FGV / Órgão: OAB / Prova: Exame de Ordem
Unificado - XXVI - Primeira Fase
No estado em que você reside há cerca de quinze anos, cinco homens foram assassinados
por tiros disparados por pessoas encapuzadas. Houve uma alteração da cena do crime,
sugerindo a mesma forma de atuação de outros assassinatos que vinham sendo praticados
por um grupo de extermínio que contaria com a participação de policiais.
Na época, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos, mas concluiu pela
ausência de elementos suficientes de autoria, encaminhando os autos ao Ministério Público,
que pediu o arquivamento do caso. A Justiça acolheu o pedido e alegou não haver
informações sobre autoria, motivação ou envolvimento de policiais.
Segundo opinião de especialistas, a apuração policial do caso foi prematuramente
interrompida. A Polícia Civil teria deixado de realizar diligências imprescindíveis à
elucidação da autoria do episódio. Manter o arquivamento do inquérito, sem a investigação
adequada, significaria ratificar a atuação institucionalmente violenta de agentes de
segurança pública e, consequentemente, referendar grave violação de direitos humanos.
Para a hipótese narrada, como advogado de uma instituição de direitos humanos, assinale
a opção processual prevista pela Constituição da República.
Assim, rememorando dicas anteriores, estude a legislação na sua literalidade, não perca
tempo com teorias e mais teorias (deveria ter feito isso nos 5 anos de graduação, agora o
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Violação de Direito Autoral é crime (art.184, do CP). Nos Termos do inciso I do art. 29 da Lei 9.610/1998, a reprodução parcial ou total da
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objetivo é passar na OAB), pois o fundamento da maioria das questões é tirado diretamente
da lei.
11) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
O deputado federal Alberto propôs, no exercício de suas atribuições, projeto de lei de grande
interesse para o Poder Executivo federal.
Ao perceber que o momento político é favorável à sua aprovação, a bancada do governo
pede ao Presidente da República que, utilizando-se de suas prerrogativas, solicite urgência
(regime de urgência constitucional) para a apreciação da matéria pelo Congresso Nacional.
Em dúvida, o Presidente da República recorre ao seu corpo jurídico, que, atendendo à sua
solicitação, informa que, de acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o pleito
da base governista
a) é viável, pois é prerrogativa do chefe do Poder Executivo solicitar o regime de urgência
constitucional em todos os projetos de lei que tramitem no Congresso Nacional.
b) não pode ser atendido, pois o regime de urgência constitucional somente pode ser solicitado
pelo presidente da mesa de uma das casas do Congresso Nacional.
c) viola a CRFB/88, pois o regime de urgência constitucional somente pode ser requerido pelo
Presidente da República em projetos de lei de sua própria iniciativa.
d) não pode ser atendido, pois, nos casos urgentes, o Presidente da República deve veicular a
matéria por meio de medida provisória e não solicitar que o Legislativo aprecie a matéria em
regime de urgência.
E agora meu povo? Perceberam que em todas as alternativas temos palavras com as
características ditas acima?
É por isso que digo para vocês fazerem a leitura da CRFB/88 rotineiramente. Atentando-se
aos parágrafos, pois eles aparecem demais nas provas. Porém, podemos aplicar a dica da
possiblidade e observa a palavra PODE que indica possiblidade.
Fundamentação Jurídica:
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
§ 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de
sua iniciativa.
Portanto, nosso gabarito ficou sendo a letra C.
12) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Após cumprir todos os requisitos exigidos e ser regularmente inscrito nos quadros da OAB
local, Afonso permanece, por 13 (treze) anos ininterruptos, laborando e residindo em
Salvador. Com base na hipótese narrada, sobre os direitos políticos e de nacionalidade de
Afonso, assinale a afirmativa correta.
a) Afonso somente poderá se tornar cidadão brasileiro quando completar 15 (quinze) anos
ininterruptos de residência na República Federativa do Brasil, devendo, ainda, demonstrar que
não sofreu qualquer condenação penal e requerer a nacionalidade brasileira.
b) Uma vez comprovada sua idoneidade moral, Afonso poderá, na forma da lei, adquirir a
qualidade de brasileiro naturalizado e, nessa condição, desde que preenchidos os demais
pressupostos legais, candidatar-se ao cargo de prefeito da cidade de Salvador.
c) Afonso poderá se naturalizar brasileiro caso demonstre ser moralmente idôneo, mas não
poderá alistar-se como eleitor ou exercer quaisquer dos direitos políticos elencados na
Constituição da República Federativa do Brasil.
d) Afonso, por ser originário de país de língua portuguesa, adquirirá a qualidade de brasileiro
nato ao demonstrar, na forma da lei, residência ininterrupta por 1 (um) ano em solo pátrio e
idoneidade moral.
2° na letra C temos uma restrição de direito a brasileiro naturalizado, o que está errado,
mas o bizú é observar a negação, o NÃO. Elimina a letra C.
A questão fala que Afonso NASCEU em Portugal e é filho de Portugueses, assim, ficamos
com nosso gabarito letra B. E diante da naturalização, Afonso possui capacidade eleitoral
passiva e ativa, direito de votar e ser votado.
Fundamentação Jurídica:
II - naturalizados:
I - a nacionalidade brasileira;
Assim como a capacidade eleitoral ativa diz respeito ao direito de votar (alistabilidade),
a capacidade eleitoral passiva diz respeito ao direito de ser votado, de ser eleito
(elegibilidade).
No Brasil a elegibilidade não coincide com a alistabilidade (não basta ser eleitor para ser
elegível; nem todo eleitor é elegível). Porém, não basta ser eleitor para ser elegível, porquanto
é exigido o cumprimento de outros requisitos para a elegibilidade.
Para que alguém possa concorrer a um mandato eletivo nos Poderes Executivo ou Legislativo
(ser elegível), é necessário o cumprimento de alguns requisitos gerais, denominados condições
de elegibilidade, e a não incidência em nenhuma das inelegibilidades, que consistem em
impedimentos à capacidade eleitoral passiva.
13) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Vamos lá galera!
Temos aqui uma questão que não dá de aplicar nenhuma nas nossas dicas matadoras, essa
danada aqui requer o conhecimento do conceito de mutação constitucional, então, fique
atento a esses conceitos soltos de Direito Constitucional, pois uma hora ou outa eles estarão
aparecendo.
Então, não daria nem para associar a nomenclatura de forma lógica a uma possível resposta
correta, visto que mutação traz a ideia de mudança visível, mas aqui não é uma mudança
visível, pois a mutação constitucional nesse contexto refere-se a mudança da
interpretação e a interpretação não é algo visível de plano.
→ exige quórum de 3/5 dos votos do Senado Federal e da Câmara dos Deputados (em cada
casa legislativa), em 2 turnos.
REFORMA
→ emenda com procedimento específico e dificultoso (CF, art. 60) = formal.
MUTAÇÃO
→ alteração do sentido do texto (interpretação ou costumes) = informal.
É importante lembrar que texto e norma são coisas distintas: texto é o que está escrito; norma
é o que se retira do texto (interpretação). Assim, a mutação é justamente a alteração da norma
(da interpretação), sem alteração do texto.
14) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Juliano, governador do estado X, casa-se com Mariana, deputada federal eleita pelo estado
Y, a qual já possuía uma filha chamada Letícia, advinda de outro relacionamento pretérito.
Na vigência do vínculo conjugal, enquanto Juliano e Mariana estão no exercício de seus
mandatos, Letícia manifesta interesse em também ingressar na vida política, candidatando-
se ao cargo de deputada estadual, cujas eleições estão marcadas para o mesmo ano em
que completa 23 (vinte e três) anos de idade.
A partir das informações fornecidas e com base no texto constitucional, assinale a afirmativa
correta.
a) Letícia preenche a idade mínima para concorrer ao cargo de deputada estadual, mas não
poderá concorrer no estado X, por expressa vedação constitucional, enquanto durar o mandato
de Juliano.
b) Uma vez que Letícia está ligada a Juliano, seu padrasto, por laços de mera afinidade,
inexiste vedação constitucional para que concorra ao cargo de deputada estadual no estado
X.
c) Letícia não poderá concorrer por não ter atingido a idade mínima exigida pela Constituição
como condição de elegibilidade para o exercício do mandato de deputada estadual.
d) Letícia não poderá concorrer nos estados X e Y, uma vez que a Constituição dispõe sobre
a inelegibilidade reflexa ou indireta para os parentes consanguíneos ou afins até o 2º grau nos
territórios de jurisdição dos titulares de mandato eletivo.
Eu já avidei por aqui que a leitura da lei seca é muitíssimo importante para ajudar na aplicação
das dicas. Veja:
Para responder essa questão eu preciso saber as idades mínimas para se candidatar para o
cargo de deputado, que é 21 anos. Depois preciso saber que parentes consanguíneos ou
afins até o segundo grau de Presidente, Governador Estadual ou Distrital e Prefeito, são
alcançados pela inelegibilidade reflexa, não podendo ser candidatos.
Vamos lá!
Na letra B temos uma inflexibilidade, pois a palavra “INEXISTE”, negou qualquer tipo de
impedimento, o que a deixa incorreta.
Na letra C fala que Letícia não atingiu a idade mínima, o que deixa logo errado, pois sabemos
que a idade mínima é 21 anos e ela já alcançou tal idade, não precisa nem ler o resto e
perder tempo.
Obs.: Se fossemos aplicar as dicas, eliminaríamos todas, pois todas têm negações, no
entanto, no gabarito TEMOS UMA RESSALVA-NEGAÇÃO (MAS NÃO).
Então meus caros, muito cuidado! E dominem a lei seca na sua literalidade. A prova da OAB
é quase 100% retirada de lei seca, só incrementam as historinhas para fazer o candidato
perder tempo e se confundir.
Fundamentação Jurídica:
No caso, Letícia é enteada de Juliano, sendo sua parente por afinidade em primeiro grau na
linha reta.
CC, art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra
origem.
Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e,
na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente
comum, e descendo até encontrar o outro parente.
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo
da afinidade.
O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do
cônjuge ou companheiro (art. 1.595, § 1º). Desse modo, há parentesco por afinidade na linha
reta ascendente em relação ao sogro, à sogra e seus ascendentes até o infinito. Na linha reta
descendente, em relação ao enteado e à enteada e assim sucessivamente até o infinito. Na
linha colateral, entre cunhados.
Na linha reta, até o infinito, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da
união estável, havendo um vínculo perpétuo (art. 1.595, § 2º, do CC). Nessas últimas relações
há impedimento matrimonial (art. 1.521, II, do CC)
15) Direito Constitucional- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB
- Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Antônio, líder ativista que defende a proibição do uso de quaisquer drogas, cientifica as
autoridades sobre a realização de manifestação contra projeto de lei sobre a liberação do
uso de entorpecentes.
Marina, líder ativista do movimento pela liberação do uso de toda e qualquer droga, ao tomar
conhecimento de tal evento, resolve, então, sem solicitar autorização à autoridade
competente, marcar, para o mesmo dia e local, manifestação favorável ao citado projeto de
lei, de forma a impedir a propagação das ideias defendidas por Antônio.
a) Marina pode dar continuidade à sua iniciativa, pois, com fundamento no princípio do Estado
Democrático, está amplamente livre para expressar suas ideias.
b) Marina não poderia dar continuidade à sua iniciativa, pois o direito de reunião depende de
prévia autorização por parte da autoridade competente.
c) Marina não poderia dar continuidade à sua iniciativa, já que sua reunião frustraria a
reunião de Antônio, anteriormente convocada para o mesmo local.
d) Marina pode dar continuidade à sua iniciativa, pois é livre o direito de reunião quando o
país não se encontra em estado de sítio ou em estado de defesa.
E aí pessoal? Estão mesmo estudando? A prova está chegando e não podemos dá moleza
nessa reta final de preparação. Então, vamos lá!
Essa questão é bem simples, trata da liberdade de reunião em espaços livres ao público.
ATENÇÃO! Quando falo para vocês que a leitura da lei seca é extremamente importante, é por
que sei que caem questões desse tipo aí, que não cobram nada demais, apenas que você
tenha decorado a literalidade da lei.
CF, art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso
à autoridade competente;
3° essa reunião não precisa ser autorizada por nenhum órgão público;
4° essa reunião não pode frustrar/atrapalhar outra reunião que fora anteriormente convocada
para o mesmo local;
5° precisa-se, apenas, avisar a autoridade competente que acontecerá uma reunião aberta
em determinado lugar X.
6° preciso avisar justamente para saber se outra reunião já fora convocada para o mesmo local,
para evitar constrangimentos no local.
Sendo assim, fica mais fácil entender a questão, pois Antônio já tinha se manifestado primeiro
sobre a reunião que pretendia fazer, e Marina resolver realizar a dela depois, e ainda mais,
a questão fala que ela iria pedir autorização, o que está errado. Assim, agora é só eliminar
as questões erradas.
Na Letra A, a questão ampliou demais o direito no trecho ESTÁ AMPLAMENTE LIVRE, o que
a deixa incorreta.
Letra C, nosso gabarito. Observem uma coisa, temos uma negação, mas fique atento a ela, é
uma negação relativa, pois traz a possiblidade de que ela PODERIA realizar a reunião,
mesmo que de forma incorreta. É só observar o trecho NÃO PODERIA DAR
CONTINUIDADE. Assim, não poderia é diferente de não pode.
Na letra D, temos uma ampliação do direito novamente, o que já vimos que não é possível.
Incorreta também.
16) Direito Penal- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame
de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Com base nas informações narradas, como advogado de João e de Jorge, você deverá
esclarecer que
b) poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos civis e
penais da condenação de Jorge, inclusive não podendo ser considerada para fins de
reincidência ou maus antecedentes.
c) poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos penais
da condenação de Jorge, mas não os extrapenais.
d) não poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, tendo em vista que os fatos foram
praticados anteriormente à edição da lei.
Questão bem simples que trata da abolitio criminis, ou seja, é a transformação de um fato
típico em atípico, onde determinada conduta antes tipificada como crime, perde a
tipicidade em razão de nova lei que a torna fato atípico.
A abolitio criminis é uma das formas de extinção da punibilidade (artigo 107, III, do Código
Penal), e lembre-se, no sistema penal vige o princípio da irretroatividade da lei, SALVO se
for para beneficiar o réu, que é o caso da presente questão.
Agora, como vocês já sabem que o dois serão alcançados pelo direito da extinção da
punibilidade, procurem palavras negativas, genéricas, restritivas e etc., nem precisa ler o
enunciado por inteiro depois que as encontramos, vamos lá.
Letra A, temos um NÃO logo de cara, elimina essa e pula para outra.
Letra B, temos um TODOS que faz o alcance do direito ficar amplo demais, elimina essa
também e pula para outra.
Letra C, esse é o nosso gabarito. Observe que temos a palavra TODOS, no entanto ela é
freada mais a frente pela expressão, MAS NÃO OS EXTRAPENAIS, o que diminui a sua
amplitude, deixando-a correta.
Letra D, temos um não bem no início, elimina e nem precisar ler o resto para perder tempo.
Obs.: o segredo para não ficar na dúvida entre C e B, é lembrar que existe uma independência
em relação a aplicação das sanções PENAIS, CIVIS e ADMINISTRATIVAS. No presente
caso, seria necessário o candidato saber que a abolitio criminis só alcança efeitos penais.
Assim, se o réu foi condenado a pena de prisão e multa civil de R$ 30.000 (30 mil reais), e
posteriormente ocorreu abolitio criminis daquele crime pelo qual fora condenado, isso não o
eximirá de cumprir com o pagamento da multa civil.
Portanto, na letra B se diz que os efeitos CIVIS serão alcançados pela abolitio criminis, o
que deixa a alternativa INCORRETA.
A abolitio criminis é uma hipótese de supressão da figura criminosa, e não afasta todos os
efeitos de uma sentença condenatória, somente os efeitos penais. A abolitio criminis faz
desaparecer todos os efeitos penais, principais e secundários. Entretanto, subsistem os efeitos
civis (extrapenais), consoante dispõe artigo 2º, caput, parte final, do Código Penal.
A abolitio criminis é causa de extinção da punibilidade, de acordo com o artigo 107, III,
do Código Penal.
É necessário, fazer distinção entre os efeitos penais e os efeitos extrapenais da sentença
condenatória. Os efeitos extrapenais estão positivados nos artigos 91 e 92 do Código Penal e
não serão alcançados pela lei descriminalizadora. Assim, mesmo com a revogação do crime,
subsiste, por exemplo, a obrigação de indenizar o dano causado, enquanto que os efeitos
penais terão de ser extintos, retirando-se o nome do agente do rol dos culpados, não podendo
a condenação ser considerada para fins de reincidência ou de antecedentes penais.
Tratando sobre o tema, Paulo Queiroz esclarece o porquê da permanência dos efeitos
extrapenais: “Cumpre notar que a expressão descriminalizar (= abolir o crime), como o indica o
étimo da palavra, significa retirar de certa conduta o caráter de criminoso, mas não o caráter de
ilicitude, já que o direito penal não constitui o ilícito (caráter subsidiário); logo, não pode, pela
mesma razão, desconstituí-lo. Por isso que, embora não subsistindo quaisquer dos efeitos
penais (v.g. reincidência), persistem todas as consequências não penais (civil, administrativo)
do fato, como a obrigação civil de reparar o dano, que independe do direito penal”.
17) Direito Penal- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame
de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Patrícia foi a um shopping center a fim de comprar um celular para sua filha, Maria, de 10
anos, que a acompanhava. Não encontrando o modelo desejado, Patrícia saiu da loja,
esclarecendo o ocorrido para a criança que, inconformada com o fato, começou a chorar.
Patrícia chamou a atenção de sua filha, o que fez com que seu colega de trabalho Henrique,
que passava pelo local, a advertisse, de que não deveria assim agir com a criança, iniciando
uma discussão e acabando por empurrá-la contra a parede. Em razão do comportamento
de Henrique, Patrícia sofre uma pequena lesão na perna. Ela efetuou o registro e a perícia
confirmou a lesão; contudo, dois dias depois, ela compareceu à Delegacia e desistiu da
representação.
Em razão de a vítima ser do sexo feminino, o Ministério Público ofereceu denúncia contra
Henrique pela prática do crime de lesão corporal no âmbito da violência doméstica e familiar
contra a mulher, previsto no Art. 129, § 9º, do Código Penal.
b) o crime em tese praticado é de lesão corporal leve simples, de modo que, apesar de
irrelevante a vontade da vítima para o oferecimento da denúncia, pode ser oferecida proposta
de suspensão condicional do processo.
d) o crime em tese praticado é de lesão corporal leve simples, devendo a denúncia ser rejeitada
por depender de representação da vítima.
Pela leitura do enunciado, temos que ter em mente que isso não tem nada a ver com
violência em ambiente domésticos, sendo assim, eliminamos logo A e C.
No entanto, agora o bicho pega, pois, o candidato deveria ter uma noção básica sobre a Lei
Maria da Penha, tendo em vista que, a ação penal relativa ao crime de lesão corporal
resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada (independe
de representação da vítima) (súmula 542 do STJ).
Assim, o presente caso não se enquadra, portanto, aos efeitos da Lei Maria da Penha. Assim,
elimina-se a letra C e resta apenas nosso gabarito, letra D, sendo caso de ação penal
pública condicionada à representação da vítima.
Sabemos que, o crime de lesão leve, na lei Maria da Penha é de ação pública incondicionada,
nós temos da Súmula 542 do STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante
de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. Além disso, a retratação só
poderia acontecer, nos termos do art. 16, até antes do recebimento da denúncia: Nas ações
penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada
com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
Ocorre que, nem toda lesão leve, contra pessoa do sexo feminino, é considerada relativa a lei
Maria da Penha (violência doméstica). Diz o art. 129, §9º: Ofender a integridade corporal ou a
saúde de outrem: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. §9º - se a lesão for praticada
contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou
tenha convivido, ou ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação
ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
Note-se que Henrique era apenas colega de trabalho, não se enquadra, portanto, aos efeitos
da Lei Maria da Penha. De tal forma, a ação é pública condicionada a representação: artigo 88
da Lei 9.099/95: Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de
representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
Além disso, o art. 25 do CPP dispõe que: A representação será irretratável, depois de oferecida
a denúncia. Como houve a retratação da representação antes do oferecimento da
denúncia, não restou adimplida a condição de procedibilidade para oferecimento da denúncia
e esta deve ser rejeitada.
18) Direito Penal- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame
de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Cadu, com o objetivo de matar toda uma família de inimigos, pratica, durante cinco dias
consecutivos, crimes de homicídio doloso, cada dia causando a morte de cada um dos
cinco integrantes da família, sempre com o mesmo modus operandi e no mesmo local. Os
fatos, porém, foram descobertos, e o autor, denunciado pelos cinco crimes de homicídio,
em concurso material.
Com base nas informações expostas e nas previsões do Código Penal, provada a autoria
delitiva em relação a todos os delitos, o advogado de Cadu
a) não poderá buscar o reconhecimento da continuidade delitiva, tendo em vista que os crimes
foram praticados com violência à pessoa, somente cabendo reconhecimento do concurso
material.
b) não poderá buscar o reconhecimento de continuidade delitiva, tendo em vista que os crimes
foram praticados com violência à pessoa, podendo, porém, o advogado pleitear o
reconhecimento do concurso formal de delitos.
Vamos lá pessoa! Mais uma questão para analisarmos e tentar aplicar as dicas de
eliminação.
Temos logo de cara duas alternativas iniciando com negações (A e B), o que nos dá vantagem,
pois não precisamos ler essas duas alternativas. INCORRETAS, PORTANTO.
Analisando um pouco mais, encontra-se uma palavrinha mágica que gosta de deixar as
assertivas erradas. Já sabe qual é? Sim, é o vocábulo APENAS. Bingo, elimina a letra C e
restou nosso lindo gabarito, letra D.
Fundamentação Jurídica:
Essa resposta coaduna-se com o que está escrito ipsis literis no Código Penal.
71 do CP - Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com
violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste
Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Nas questões de direito penal ou processo penal. Na dúvida, fique com aquelas assertivas
que mais beneficiam o meliante. Lembrando-se que no direito a uma relativização de quase
tudo. Por isso que se diz por aí que no direito tudo DEPENDE.
19) Direito Penal- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame
de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Pessoal, vamos resolver essa questão com apenas o domínio de coisas básicas e um pouco
de lógica. Observe.
Primeiro, Bruno não queria matar ninguém, sendo assim, a morte ocorrida será enquadrada
como homicídio culposo, que todos vocês já sabem que é aquele que ocorre quando não se
tem a intenção de matar. Pronto, com isso, eliminamos a letra D que fala em crime doloso.
Outra coisa a se fazer, é tentar lembrar que o crime mais grave absorve o menos grave
(princípio da absorção), então, não há que se falar em Bruno responder pela prática
tentativa de dano, elimina-se com isso a letra A e a letra C que trazem a tentativa de dano,
restando, assim, nosso gabarito, letra B. Pronto, chegamos a resposta sem mais delongas.
Fundamentação Jurídica:
Trata-se de um caso referente ao art. 74, CP (Resultado Diverso do Pretendido): "(...) quando
por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente
responde por CULPA, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado
pretendido, aplica-se a regra do artigo 70 deste Código (referente ao concurso formal de
crimes)"
Como podemos observar, houve um erro na execução na conduta de Bruno, que queria
provocar um delito de dano, mas acabou atingindo a cabeça de Vitor, permanecendo a janela,
que queria atingir, intacta. Assim, conforme o artigo citado, Bruno deveria responder pelo que
efetivamente praticou, se o crime estiver previsto na modalidade culposa. Destarte, conforme
o artigo 121, §3º, CP: Se o homicício é culposo - Pena, detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
A) INCORRETA. Conforme o art. 74, CP, Bruno não responderia pela tentativa de dano e,
muito menos, no concurso material (art. 69, CP);
Mário foi denunciado pela prática de crime contra a Administração Pública, sendo imputada
a ele a responsabilidade pelo desvio de R$ 500.000,00 dos cofres públicos. Após a instrução e
confirmação dos fatos, foi proferida sentença condenatória aplicando a pena privativa de
liberdade de 3 anos de reclusão, que transitou em julgado. Na decisão, nada consta sobre a
perda do cargo público por Mário.
Diante disso, ele procura um advogado para esclarecimentos em relação aos efeitos de sua
condenação. Considerando as informações narradas, o advogado de Mário deverá esclarecer
que
a) a perda do cargo, nos crimes praticados por funcionário público contra a Administração, é
efeito automático da condenação, sendo irrelevante sua não previsão em sentença, desde
que a pena aplicada seja superior a 04 anos.
b) a perda do cargo, nos crimes praticados por funcionário público contra a Administração, é
efeito automático da condenação, desde que a pena aplicada seja superior a 01 ano.
E aí pessoal? Tudo joia? Espero que sim, e que todos estejam preparados para essa prova.
Vamos a mais umas dicas. Dessa vez, nos deparamos com uma questão um pouco complicada.
Nesse caso, a leitura do Código Penal é essencial. Se vocês não sabem, mais de 90% das
questões de provas objetivas da OAB e dos concursos em geral têm como fundamentos das
respostas a literalidade dos dispositivos das leis.
E outra coisa, temos negações nas assertivas, mas NÃO significa que devemos logo encará-
las com incorretas. Quando temos negações em quase todas as assertivas, possivelmente
a resposta é uma dessas alternativas com negações, ou seja, temos exceções as nossas
dicas, srs..., mas tudo bem, vamos dá um “drible” nisso.
A questão trata sobre os efeitos da condenação de um servidor público que praticou crimes
contra a administração pública. Desta feita, no Código Penal - art. 91 e 92 - temos informações
sobre os efeitos da condenação. O segredo é saber se os efeitos são automáticos ou não.
Uma dica aqui é lembrar que o Direito Penal sempre tenta passar um pouco a mão na
cabeça do condenado/réu/indiciado/acusado e etc. Assim, já teríamos uma noção de que
os efeitos NÃO SÃO AUTOMÁTICOS. Com isso, eliminamos a letra A e B.
Obs.: Eu já tinha feito essa dica, mas perdi ela por aqui. Refazendo, mudei a análise e
parece que encontrei um bizus melhores, sr.
Letrólogo – Professor – Advogado – Instagram: https://www.instagram.com/prof.arthurbrito.adv/
Violação de Direito Autoral é crime (art.184, do CP). Nos Termos do inciso I do art. 29 da Lei 9.610/1998, a reprodução parcial ou total da
obra de outros autores requer a autorização expressa do autor ou titular dos direitos autorias, mesmo que para fins didáticos e sem
intuito lucrativo.
Licensed to RUBEM BARROS DA SILVA - rubemcontador@gmail.com - 473.554.091-15 - HP14416122892994
Vamos lá, agora entre a letra C e D, vem um bizu que vocês já conhecem, qual seja, temos
uma restrição de direitos na letra C, veja: “mas não poderia ser aplicada a Mário”. E como
eu disse, o Direito Penal vai tentar passar a mão na cabeça do réu, e aqui a questão tirou
essa possibilidade, deixando-a incorreta. Pronto, ficamos com nosso gabarito, LETRA D.
Fundamentação Jurídica:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso,
porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo
agente com a prática do fato criminoso.
I - a perda de cargo, função pública OU mandato eletivo: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual OU superior a um ano,
nos crimes praticados com abuso de poder OU violação de dever para com a
Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos
nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos,
sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de
crime doloso.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo
ser motivadamente declarados na sentença.
Obs.: aqui nós temos efeitos NÃO automáticos, ou seja, devem vir EXPRESSOS na
sentença e MOTIVADOS para poder surtir efeitos na condenação.
Pessoal, agora vamos a algumas análises gramaticais aqui sobre O ARTIGO 92:
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano,
nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública;
Com esse artigo 92 c/c com a alínea “a” eu posso construir 12 (DOZE) frases independes e
com significação correta.
As leis são feitas de maneira trucada propositalmente, pois não é para qualquer um ler e
entender o que se pode extrair delas, se vocês dominaram essa interpretação gramatical,
a facilidade de estudos de lei e resolução de questões objetivas aumentará muito.
As vírgulas, os conectivos “e”, “ou”, tem muita importância aqui. O conectivo “ou” passa a
ideia de que está ligando orações coordenadas, ou seja, orações independentes, ou seja,
posso separá-las e fazer outras orações independentes. Vejam agora as 12 (dozes
orações independentes):
Primeira parte:
Segunda parte:
Não se assustem, mas é isso mesmo, fiz 12 orações somente com o caput do art.92
combinados com sua alínea “a”. A isso chamo de DESTRINCHAMENTO DE LEI, e
faz parte de um dos meus projetos.
21) Direito do Trabalho- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$
4.000,00 mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e
previdência oferecido e aceito pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com
suas atividades de caixa, computando-se o desempenho para suas metas e da agência. Os
produtos em referência não eram do banco, mas, sim, da Seguradora Múltiplo S/A, empresa do
mesmo grupo econômico do empregador de Jorge.
a) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, por
se tratar de liberalidade.
Bem, questão muito tranquila de resolver aplicando nossas dicas de eliminação, sem titubear,
temos uma negação de direito na letra A, B e D, e sobrou quem? Nosso gabarito, letra C.
Rápido e muito fácil.
Agora, vamos ao fundamento da questão. Essa resposta encontra respaldo na letra seca da
lei.
Fundamentação Jurídica:
REPITO MAIS UMA VEZ, AS QUESTÕES BUSCAM SEU FUNDAMENTO NA LETRA FRIA
DA LEI, MUITA LEITURA DA LEI NA SUA LITERALIDADE É ESSENCIAL. NÃO PRECISA
FICAR LOUCO LENDO CONTEÚDO E MAIS CONTEÚDO, DEIXE ISSO PARA QUANDO
VCS ESTIVEREM ESTUDANDO PARA PROVAS DE JUIZ E PROMOTOR.
CLT: Art. 457, § 1° Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e
as comissões pagas pelo empregador.
* Remuneração: salário + gratificação legal + comissão (se vender algo) + gorjeta (pago por
terceiros). Toda a contraprestação paga por terceiro a obreiro. = gorjeta.
22) Direito do Trabalho- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
a) uma contrapartida de qualquer natureza será obrigatória e deverá ser acertada com a
sociedade empresária.
c) a existência de alguma vantagem para os trabalhadores para validar o acordo coletivo será
desnecessária.
d) a norma em questão será nula, porque a redução geral de salário somente pode ser acertada
por convenção coletiva de trabalho.
A prova está chegando ‘hein’...e a sensação de não saber nada com coisa nenhuma se torna
mais presente. Mas calma pessoal, é assim mesmo. Ninguém se sente 100% preparado
quando se submete a alguma prova ou provação. Porém, devemos ser confiantes e ter um
pouquinho de fé - aquela confiança sobrenatural que acaba trazendo positividade nas nossas
ações.
Todos vocês sabem que tivemos uma reforma nas relações de trabalho recentemente. Alguns
direitos foram suprimidos, outros mitigados, e alguns intimidados, sr.
Let’s go folks!
Na alternativa B, temos a GARANTIA de que falamos acima. Então, segura essa questão,
nosso gabarito.
Na alternativa D, temos a danadinha da palavra SOMENTE, que em quase mais de 90% dos
casos onde aparece, invalida a questão, pois restringe demais. Elimine a letra D
Fundamentação Jurídica:
APÓS REFORMA TRABALHISTA: Sabemos que a convenção e acordo coletivo (Art. 611 -
611-A CLT) quando estão presentes os sindicatos, a convenção ou o acordo coletivo ou seja a
negociação coletiva, ela prevalece a lei quando tem, a participação do sindicato - Art. 8º Inc. III
CLT.
Exceção: Art. 611. Parágrafo 3º CLT. Garantia de emprego, durante 1 ano, o empregado tem
direito a uma garantia até o término desse acordo, o empregado não pode ser dispensado a
não ser por justo motivo.
23) Direito do Trabalho- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Gustavo foi empregado da empresa Pizzaria Massa Deliciosa. Após a extinção do seu contrato,
ocorrida em julho de 2018, as partes dialogaram e confeccionaram um termo de acordo
extrajudicial, que levaram à Justiça do Trabalho para homologação. O acordo em questão foi
assinado pelas partes e por um advogado, que era comum às partes.
Considerando o caso narrado, segundo os ditames da CLT, assinale a afirmativa correta.
b) Não será possível a homologação, porque empregado e empregador não podem ter
advogado comum.
d) Para a validade do acordo proposto, seria necessário que o empregado ganhasse mais de
duas vezes o teto da Previdência Social.
Lembram do que já falei sobre o estudo da lei na sua literalidade, sem comentários, somente
o código? Pois é, essa questão tem uma pegadinha sutil, que poderia dificultar na hora de
marcar o gabarito coreto.
Bem, aplicando um pouco nossas dicas, poderíamos nos enganar facilmente caso não se
percebesse a sutilidade da questão. Vejam que na letra B temos negação, na letra também
temos negação, e na letra D temos um absurdo, sr. Mas calma pessoal, o gabarito não
seria letra A, sabe por que? O segredo está no enunciado que fala que o acordo foi
assinado pelas partes e por UM ADVOGADO. Hehehe
Lembram que já falei para ficarem atentos aos parágrafos dos artigos? Os parágrafos são
as exceções, observações, e caem muito. E foi justamente o conhecimento do parágrafo
que embasou a resposta. Vejam:
Fundamentação Jurídica:
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição
conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
24) Direito do Trabalho- Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB -
Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Marina propôs ação de reconhecimento e extinção de união estável em face de Caio, que foi
regularmente citado para comparecer à audiência de mediação. Sobre a audiência de
mediação, assinale a afirmativa correta.
d) É licito que, para a realização de mediação extrajudicial, Marina e Caio peçam a suspensão
do processo.
Vamos analisar uma questão de processo civil, logicamente bem mais difícil que as outras, pelo
menos eu acho, já que requer muita leitura do código de processo e memorização de
peculiaridades processuais.
Agora o bicho pega, a chance de acertar ficou na casa dos 50%, e isso é complicado demais.
A resposta está toda no código, e ficaria muito difícil acertar essa questão com convicção.
Pela leitura do ar. 698 do CPC, entendemos que o MP não intervirá nas ações de família,
EXCETO se envolver interesse de INCAPAZ e DEVERÁ ser ouvido PREVIAMENTE à
homologação de acordo.
Fundamentação Jurídica:
Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse
de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução
consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas
de conhecimento para a mediação e conciliação.