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ANÁLISE DO EDITAL

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO


1. O papel do Estado e a atuação do governo nas finanças públicas; formas e dimensões da
intervenção da Administração na economia.
2. Orçamento público: origens e tipos de orçamento. 2.1. Orçamento como instrumento do
planejamento governamental. 2.2. Princípios orçamentários.
3. O orçamento público no Brasil. 3.1. Plano Plurianual (PPA). 3.2. Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO). 3.3. Lei Orçamentária Anual (LOA). 3.4. Outros planos e programas.
3.5. Ciclo orçamentário. 3.6. Classificações orçamentárias.
4. Programação e execução orçamentária e financeira. 4.1. Acompanhamento da execução.
4.2. Sistemas de informações. 4.3. Alterações orçamentárias. 4.4. Créditos ordinários e
adicionais.
5. Receita pública: categorias, fontes e estágios; dívida ativa.
6. Despesa pública: categorias e estágios; restos a pagar; despesas de exercícios anteriores;
dívida flutuante e fundada; suprimento de fundos.
7. Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal): planejamento; receita
pública; despesa pública; transparência, controle e fiscalização.
Reta Final TRF3 (VUNESP)
Prof. Leandro Ravyelle
GESTÃO
ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA E
ORÇAMENTO PÚBLICO
Prof. Leandro Ravyelle
1. O PAPEL DO ESTADO E A ATUAÇÃO DO
GOVERNO NAS FINANÇAS PÚBLICAS;

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INTRODUÇÃO E DIREITO FINANCEIRO
❑ Direito Financeiro é um sub-ramo do Direito Público que estuda a
atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico, disciplinando
normativamente toda a atividade financeira do Estado, compreendendo
todos os aspectos em que se desdobra. [Manual de Direito Financeiro,
Harrison Leite]
❑ Conforme Marcus Abraham (Direito Financeiro Brasileiro), as funções da
atividade financeira se restringem a um papel meramente instrumental,
ou seja, se resumem a uma atividade-meio, relacionada á consecução dos
objetivos estatais, a qual, por sua vez, consubstancia a atividade-fim.
❑ O Direito Financeiro consiste no sub-ramo do Direito Público que estuda
as finanças do Estado em sua estreita relação com a sua atividade
financeira. Ou seja, é o conjunto de regras e princípios, englobando
receita, despesa, orçamento e créditos públicos.
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INTRODUÇÃO E DIREITO FINANCEIRO
❑ Tem estreita relação com a ciência das finanças. Esta consiste na
atividade pré-normativa que alcança os âmbitos econômico, social,
político ou estatístico. Assim, o desenvolvimento das normas do direito
financeiro está estribado também na ciência das finanças, que oferece o
caráter informativo, teórico e especulativo daquela.
❑ Enquanto a ciência das finanças se preocupa com o estudo da atividade
financeira do Estado em seu sentido teórico e especulativo, o direito
financeiro estuda seu aspecto jurídico.

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INTRODUÇÃO E DIREITO FINANCEIRO

OBTER RECURSOS receita pública


DESPENDER
despesa pública
RECURSOS
GERIR E PLANEJAR
orçamento público
RECURSOS
CRIAR CRÉDITO empréstimo público

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COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento; (...)
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-
se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
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FINANÇAS PÚBLICAS NA CF
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias,
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização das instituições financeiras;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e
indireta;

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FINANÇAS PÚBLICAS NA CF
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União,
resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas
ao desenvolvimento regional.
VIII - sustentabilidade da dívida, especificando:
a) indicadores de sua apuração;
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida;
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos
em legislação;
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações;
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da
dívida.
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FINANÇAS PÚBLICAS NA CF
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso VIII do
caput deste artigo pode autorizar a aplicação das vedações
previstas no art. 167-A desta Constituição.
Art. 163-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios disponibilizarão suas informações e dados contábeis,
orçamentários e fiscais, conforme periodicidade, formato e
sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da
União, de forma a garantir a rastreabilidade, a comparabilidade e
a publicidade dos dados coletados, os quais deverão ser
divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público.

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NATUREZA JURÍDICA
❑ Não há consenso entre os doutrinadores com relação à
natureza jurídica do orçamento.
❑O orçamento é uma lei no que se refere ao aspecto formal,
visto que passa por todo o processo legislativo (discussão,
votação, aprovação, publicação), mas não o é em sentido
material. (PALUD0, 2020)
❑Contudo, admite-se o controle de constitucionalidade de leis
orçamentárias, independente de seu caráter especifico,
concreto ou abstrato do objeto.
❑HOJE → LOA → LEI FORMAL E MATERIAL (ADI 5549)
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NATUREZA JURÍDICA
❑Harrison Leite (2022, p. 112), a doutrina majoritária
ainda adota o entendimento de que, “partindo-se
da classificação das normas jurídicas pela sua
origem, e não pelo seu conteúdo, o orçamento tem
apenas forma de lei, mas não tem o conteúdo de
lei, visto que não veicula direitos subjetivos,
tampouco é norma abstrata e genérica”.

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NATUREZA JURÍDICA
O STF, ao reconhecer a possibilidade de controle abstrato
de constitucionalidade de leis orçamentárias, não declarou a
abstração ou a generalidade desses tipos de leis, mas apenas
entendeu que “o Supremo Tribunal Federal deve exercer
sua função precípua de fiscalização da constitucionalidade
das leis e dos atos normativos quando houver um tema ou
uma controvérsia constitucional suscitada em abstrato,
independente do caráter geral ou específico, concreto ou
abstrato de seu objeto”.
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NATUREZA JURÍDICA
É possível a impugnação, em sede de controle
abstrato de constitucionalidade, de leis
orçamentárias. Assim, é cabível a propositura
de ADI contra lei orçamentária, lei de diretrizes
orçamentárias e lei de abertura de crédito
extraordinário.
STF. Plenário. ADI 5449 MC-Referendo/RR, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 10/3/2016 (Info
817).

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NATUREZA/DIMENSÕES DO ORÇAMENTO
Orçamento como resultado do processo de avaliação de demandas e de escolhas entre
POLÍTICA
alternativas

ECONÔMICA Quando destacadas as questões fiscais – receitas, despesas, déficits e dívidas.

JURÍDICA Orçamento como lei que estima a receita e autoriza tetos de despesa

Orçamento como o plano das realizações da administração pública, ou seja, é enfatizar o seu
ADMINISTRATIVA
importante papel como instrumento de gestão

FINANCEIRA Orçamento como iniciativa de antecipação de fluxos de arrecadação e de pagamentos

CONTÁBIL Quando, por meio das contas, antecipa o resultado patrimonial e global da gestão.

o estudo do conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração,


TÉCNICA
aprovação, execução e controle do orçamento.
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Prof. Leandro Ravyelle
TIPOS DE ORÇAMENTO
NOÇÕES DE CICLO ORÇAMENTÁRIO

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TIPOS DE ORÇAMENTO
NOÇÕES DE CICLO ORÇAMENTÁRIO

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PLANO ORÇAMENTÁRIO [PLANO DE ORÇAMENTO]
Instrumento de planejamento financeiro que estabelece as diretrizes, metas e
alocação de recursos para um determinado período de tempo, geralmente um
ano. Ele abrange tanto as receitas quanto as despesas, permitindo uma visão
global das necessidades e prioridades da entidade pública ou privada. O plano
orçamentário é elaborado com base em projeções e estimativas, levando em
consideração diversos fatores, como políticas governamentais, demandas da
sociedade, recursos disponíveis e metas a serem alcançadas. Ele serve como
guia para a tomada de decisões financeiras e para o controle e monitoramento
dos resultados ao longo do período estabelecido. Como canal de comunicação
e coordenação, quando são abordados os propósitos gerais que devem estar
contidos no plano orçamentário, afirma-se que ele incorpora os dados do
cenário aprovado e das premissas orçamentárias.

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PLANO ORÇAMENTÁRIO [PLANO DE ORÇAMENTO]
Conforme a Doutrina de Marcello Lopes dos Santos
[Finanças: Fundamentos e Finanças]:

Canal de incorpora dados do cenário aprovado e das


comunicação e premissas orçamentárias e é instrumento para
coordenação comunicar e coordenar os objetivos da empresa
permite um grau de liberdade de atuação
Instrumento de dentro das linhas aprovadas, sendo instrumento
Motivação importante para o processo motivacional dos
Plano gestores
orçamentário Instrumento de utilização do orçamento deverá servir como
avaliação e instrumento de avaliação de desempenho dos
controle gestores e controle dos objetivos empresariais

Meio para o conjunto de peças orçamentárias será


projeções e utilizado para o processo de projeções e
planejamento planejamento
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1. VUNESP PREF. MORRO AGUDO 2020
A atividade financeira do Estado obedece a regras específicas contidas em diferentes
instrumentos normativos. A respeito dessas regras, é correto afirmar que
a) estão previstas na Constituição Federal, em leis complementares, em leis ordinárias,
em normativos infraconstitucionais e em recomendações dos tribunais de contas.
b) estão previstas apenas na Constituição Federal, que traz o conjunto suficiente de
regras aplicáveis à atividade financeira do Estado.
c) estão previstas apenas em leis complementares, dada a natureza geral dessas regras.
d) são decorrência das práticas reiteradas da Administração Pública ao longo dos anos,
não se apresentando de forma sistemática em nenhum instrumento jurídico.
e) seguem apenas as regras estabelecidas por cada ente federativo levando em
consideração a sua própria realidade local.

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2. VUNESP CM PIRACICABA 2019
O Direito Financeiro consiste num
a) ramo do Direito Público que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista econômico, ou
seja, a atividade financeira do Estado que se desdobra em receita, despesa, orçamento e crédito público.
b) sub-ramo do Direito Privado que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico,
disciplinando normativamente toda a atividade financeira do Estado, compreendendo todos os aspectos em
que se desdobra.
c) ramo do Direito Privado que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista econômico, ou
seja, a atividade financeira do Estado que se desdobra em receita, despesa, orçamento e crédito público.
d) sub-ramo do Direito Público que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico,
disciplinando normativamente toda a atividade financeira do Estado, compreendendo todos os aspectos em
que se desdobra.
e) sub-ramo do Direito Público que disciplina o processo de retirada compulsória, pelo Estado, da parcela de
riquezas de seus súditos, mediante a observância dos princípios reveladores do Estado de Direito e a
atividade financeira do Estado.

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3. VUNESP CM CAMPO LIMPO 2018
Além da Constituição Federal, são fundamentais para o subsistema jurídico de direito financeiro no
Brasil a chamada Lei Geral de Orçamentos (LGO), de 1964, e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF),
de 2000. A respeito destas leis e de sua eficácia normativa, é correto afirmar que
a) ambas as leis foram editadas como leis complementares, apenas podendo ser modificadas por lei
complementar posterior, em linha com o previsto na Constituição.
b) apenas a LGO foi editada como lei complementar, sendo a LRF decorrência da conversão em lei de
Medida Provisória editada em 1999.
c) a LGO foi editada como Decreto-Lei, dada a sua origem e tramitação durante regime de exceção
no Brasil. Não obstante, esta lei foi recepcionada pela Constituição de 1988 como lei ordinária, ou
seja, como lei da mesma espécie da LRF.
d) a LGO foi editada como lei ordinária, sendo, porém, recepcionada pela Constituição de 1988 como
lei complementar, em razão da matéria. A LRF, por sua vez, já foi editada como lei complementar.
e) os dispositivos previstos na LGO e na LRF são de cunho obrigatório apenas para a União Federal,
servindo apenas de referência para os estados e municípios, os quais não se obrigam aos seus termos,
em razão da autonomia federativa constitucional de que gozam.
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4. VUNESP CM CAMPO LIMPO 2018
Segundo a Constituição Federal do Brasil, no seu capítulo II –
Das Finanças Públicas -, a lei complementar disporá sobre
a) as finanças públicas.
b) o plano plurianual.
c) as diretrizes orçamentárias.
d) os orçamentos anuais.
e) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União.

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5. VUNESP CM CAMPO LIMPO 2018
A Constituição Federal de 1988, em clara adoção dos princípios federativos e da teoria dos freios e
contrapesos preconizados por Montesquieu, houve por bem dotar os entes políticos de capacidades
legislativas diversas com o fito de alcançar um verdadeiro “federalismo”. Ocorre que há certas
exceções a estes princípios, notadamente quando mais de um ente “federado” pode legislar sobre a
mesma matéria. Assim, há possibilidade de mais de um ente legislar sobre orçamento?
a) Sim, quando não houver quebra da autonomia superior de que goza o Senado da República como
órgão legislador revisor.
b) Não, pois isso fere o princípio da independência e harmonia dos poderes estampados no Art. 2.º da
Constituição Federal.
c) Sim, desde que haja prévia concordância de todos os entes federados, devidamente homologada
pelo presidente da mesa diretora do Congresso Nacional, nos termos do Art. 53 da Constituição
Federal.
d) Sim, quando houver medida provisória que autorize.
e) Sim, trata-se de competência concorrente.

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6. VUNESP TCM-SP AUDITOR 2023
O Orçamento Público, representado em Lei Orçamentária Anual, LOA, pode
ser bem conceituado como:
a) conjunto de valores para o equilíbrio da situação líquida do tesouro
público.
b) alocação de receitas e despesas para atender as despesas de capital.
c) meio de previsões de valores em função do comportamento da
economia.
d) demonstração das intenções de governantes nos atendimentos
priorizados.
e) instrumento com previsibilidades e limites com vistas ao equilíbrio fiscal.

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7. VUNESP PREF. JUNDIAÍ 2022
A respeito das funções do orçamento público, é correto afirmar que
a) a função política do orçamento consiste em conferir consistência ao planejamento da política fiscal diante
das demais variáveis macroeconômicas do país, permitindo aos demais agentes econômicos conhecer o
impacto da ação do Estado sobre a economia nacional.
b) a função contábil do orçamento consiste em permitir o registro útil, tempestivo e íntegro das informações
relativas à previsão e arrecadação das receitas e à autorização e execução das despesas públicas.
c) a função jurídica do orçamento consiste em dotar o Estado de uma peça de planejamento, por meio da
qual se permita avaliar a adequação dos recursos devotados a cada linha de ação e a sua respectiva conexão
com metas, objetivos e programas.
d) a função administrativa do orçamento é representada pela natureza de lei do orçamento público,
assegurada pelo devido processo legislativo que deve ser observado, conforme mandamento constitucional.
e) a função econômica do orçamento consiste no papel de legitimação política da arrecadação das receitas e
da escolha das despesas públicas, diante do dilema decorrente da escassez de recursos em uma sociedade
democrática e plural.

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8. VUNESP IPSM SJC 2018
O Orçamento Público é uma lei que, entre outros aspectos, exprime, em
termos financeiros, a alocação dos recursos públicos. O governante não está
obrigado a realizar todas as despesas ali previstas, porém não poderá
contrair outras sem a prévia aprovação do poder legislativo. Trata-se de um
orçamento
a) autorizativo.
b) ordinário.
c) flexível.
d) por item.
e) base zero.

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9. VUNESP CM CAIEIRAS 2015
Trata-se de um processo em que todas as atividades operacionais, financeiras e acessórias de
uma entidade são contempladas. Tal processo deve dispor de controles eficientes e eficazes,
capazes de permitir apurar desvios entre valores e tendências, tendo em vista efetuar correções
de rumo em tempo oportuno. Pode-se afirmar, ainda, que se trata de uma ferramenta
fundamental para o processo de planejamento, decisões e até mesmo de sobrevivência das
organizações. Neste caso, destacam-se como ferramentas administrativas: controle de vendas,
marketing, finanças, custos, qualidade, entre outras.
O texto trata de
a) Demonstrações Contábeis.
b) Relatórios Gerenciais.
c) Sistema Financeiro.
d) SIAF.
e) Sistema Orçamentário.

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10. VUNESP CM ARARAS 2015
A lei orçamentária possui processo legislativo diferenciado e de tramitação
peculiar definido no art. 166 e parágrafos da CF/88 e é de iniciativa do
Executivo, trata de matéria específica, ou seja, fixação das despesas e previsão
das receitas, necessárias à execução anual da política governamental. Esse
conjunto de características da natureza jurídica do orçamento é denominado
a) formal.
b) especial.
c) temporária.
d) ordinária.
e) principiológica.

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11. VUNESP PREF. SJC
Quando são abordados os propósitos gerais que devem estar contidos no plano
orçamentário, afirma-se que ele incorpora os dados do cenário aprovado e das
premissas orçamentárias. Entre as alternativas a seguir, identifique aquela que
nomeia corretamente essa explicação. incorpora dados do cenário
aprovado e das premissas
Canal de
comunicação e orçamentárias e é instrumento para
a) Canal de comunicação e coordenação. coordenação comunicar e coordenar os objetivos
da empresa
b) Instrumento de motivação. permite um grau de liberdade de
Instrumento de atuação dentro das linhas aprovadas,
c) Instrumento de avaliação e controle. Motivação sendo instrumento importante para o
processo motivacional dos gestores
Plano
d) Sistema de autorização. orçamentário
utilização do orçamento deverá servir
Instrumento de
como instrumento de avaliação de
e) Meio para projeções e planejamento. avaliação e
controle desempenho dos gestores e controle
dos objetivos empresariais

Meio para o conjunto de peças orçamentárias


projeções e será utilizado para o processo de
planejamento projeções e planejamento
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OBRIGADO
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Assunto
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FORMAS E DIMENSÕES DA
INTERVENÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
NA ECONOMIA.
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FUNÇÃO REGULADORA
Regular as ações do Estado (direta ou indireta), foi agregada adicionalmente, derivada da
função alocativa. A regulação nada mais é do que a ordenação das atividades econômicas.
Assim, a regulação da atividade econômica e a neutralização dos fatores podem levar ao
desequilíbrio de um sistema econômico, servindo, assim, para manter ou restabelecer o
funcionamento do sistema econômico de modo equilibrado.
❑ corrigir falhas de mercado;
❑ corrigir externalidades;
❑ criar as condições de mercado nos monopólios naturais;
❑ criar um sistema de concorrência
❑ promover a eficiência e a equidade econômicas; e
❑ proteger interesses econômicos dos agentes regulados ou de grupos de
❑ interesse.
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POLÍTICA ECONÔMICA

POLÍTICA ECONÔMICA FISCAL


Tributação e Gasto público
(orçamento)

Taxa de juros, oferta de


MONETÁRIA
moeda

Estimular a concorrência e
REGULATÓRIA
corrigir falhas de mercado

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POLÍTICA ECONÔMICA

Falhas de Mercado
Imperfeições na
concorrência

Mercados
incompletos

Externalidades

Bens públicos

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FUNÇÕES DO ORÇAMENTO
Está ligada à alocação de recursos por parte do Governo, que oferece bens e serviços
públicos puros (ex.: rodovias, segurança, justiça), os quais não seriam oferecidos pelo
mercado, ou o seriam em condições ineficientes. Oferece também bens meritórios ou
semipúblicos (ex.: educação e saúde). E ainda cria condições para que bens privados sejam
ALOCATIVA
oferecidos no mercado pelos produtores. Além disso, esta função diz respeito a promover
ajustamentos na alocação de recursos e se justifica quando o funcionamento do mecanismo
de mercado (sistema de ação privada) não garante a necessária eficiência na utilização desses
recursos.
Objetiva promover ajustamentos na distribuição de renda devido às falhas de mercado
(desigualdades sociais, monopólios empresariais, etc.). É uma função que busca tornar a
DISTRIBUTIVA sociedade menos desigual em termos de renda e riqueza, por meio da tributação e de
transferências financeiras, subsídios, incentivos fiscais, alocação de recursos em camadas mais
pobres da população etc.
Trata da aplicação das diversas políticas econômico-financeiras a fim de ajustar o nível geral
de preços, melhorar o nível de emprego, estabilizar a moeda e promover o crescimento
econômico, mediante instrumentos de política monetária, cambial e fiscal, ou outras medidas
ESTABILIZADORA
de intervenção econômica (controles por leis, limitação etc.). É uma função associada à
manutenção da estabilidade econômica, justificada como meio de atenuar o impacto social e
econômico na presença de inflação ou depressão.

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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO

Antigamente, acreditava-se que o mercado por si só resolvia a


maioria dos problemas da sociedade, principalmente os
econômicos. Quem pensava assim eram os teóricos da teoria
clássica, como Adam Smith. Eles pregavam o liberalismo
econômico e a “mão invisível do mercado”, o qual afirmava
que o interesse individual, por si só, poderia resultar na
melhoria do bem comum. Em outras palavras, esta corrente
defendia que o Estado deveria intervir o mínimo possível, tanto
na vida pessoal (liberalismo individual) quanto na vida
econômica (liberalismo econômico).

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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO

Na lógica de Adam Smith, o Estado possui


apenas três funções: a defesa da sociedade
contra os inimigos externos, a proteção dos
indivíduos contra as ofensas mútuas e a
realização de obras públicas que não possam
ser realizadas pela iniciativa privada (BOBBIO,
1992).

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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO
O keynesianismo basicamente estuda as medidas de
intervenção do governo na economia, buscando o pleno
emprego, o desenvolvimento econômico, a estabilização
da moeda e a melhor distribuição da renda. Nesse
contexto, podemos afirmar que o Estado intervém na
Economia para:
❑ Atender as necessidades da sociedade.
❑ Manter a Estabilidade econômica.
❑ Melhorar a distribuição de renda.
❑ Promover o crescimento econômico.
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EXTERNALIDADES POSITIVAS

Serão positivas quando o benefício privado de


uma ação for menor que o benefício social (ou
custo privado maior do que o custo social). Por
exemplo, investimentos em energias
renováveis. Sendo assim, o Estado intervém,
por meio do orçamento público, e incentiva
tais atividades.

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EXTERNALIDADES NEGATIVAS
As externalidades negativas dizem respeito ao
efeito social negativo provocado por um
agente privado (benefício social menor que
benefício privado ou custo social maior que
custo privado). Um exemplo de externalidade
negativa é a própria poluição dos rios por
meio de uma determinada indústria. O Estado
deve combater essas práticas por meio de
fiscalização e regulação.
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ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO
Assimetria de informação justifica a intervenção do
Estado em razão do mercado por si só não fornecer
dados suficientes para que os agentes tomem suas
decisões racionalmente. Em outras palavras, é quando
uma das partes possui mais informações acerca de
determinada transação do que a outra parte. É
considerada uma falha de mercado, tendo em vista
que a assimetria de informação pode ocasionar
desequilíbrio no mercado.
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ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO
O próprio setor público tem mais informação sobre
suas atividades do que o contribuinte e ele deve
mitigar esse problema por meio da transparência (leis
e regulamentos que garantam o equilíbrio das
informações transacionadas). Exemplos de medidas
de solução para a assimetria da informação seria a
exigência de que balanços contábeis das empresas
com capital aberto sejam publicados pela imprensa.

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SELEÇÃO ADVERSA

Seleção Adversa acontece quando


os agentes econômicos
selecionam de maneira incorreta
determinados bens e serviços no
mercado por desconhecerem as
informações relevantes sobre eles.
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RISCO MORAL (MORAL HAZARD).
RISCO MORAL (MORAL HAZARD)
acontece quando uma das partes da
transação, depois da negociação já
concluída, adota condutas mais
negligentes ou perigosas contrárias ao
combinado, sem que a outra parte tenha
meios de controlar ou verificar suas ações.
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MERCADOS INCOMPLETOS
Um mercado incompleto é uma falha que
acontece quando um bem ou serviço não
é ofertado pelo mercado, ainda que o seu
custo de produção esteja abaixo do preço
que os potenciais consumidores estariam
dispostos a pagar. Ou seja, nem sempre o
setor privado está disposto a assumir tais
riscos.
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FEDERALISMO FISCAL
GOVERNOS ALOCATIVA DISTRIBUTIVA ESTABILIZADORA
Bens cujo consumo seja
uniforme, em termos de
preferência e em termos de Destinadas ao governo central do estado
Central quantidade individual federativo
demandada em todo o
território nacional
Provisão de itens com Os esforços
Regional preferências regionais Quando adotadas por desenvolvidos
governos unilateralmente por
subnacionais, em um uma unidade
Bens cujo perfil demandado quadro de ampla federativa seriam
Local seja específico de uma mobilidade de parcialmente
localidade fatores, podem ser neutralizados,
neutralizadas gerando ineficiências
econômicas.
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FEDERALISMO FISCAL
Conclui-se que as funções distributivas e
estabilizadora DEVEM ser conduzidas pelo
governo central, enquanto que a função
alocativa PODE ser conduzida pelas três
esferas de Governo.

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12. CEBRASPE 2023 CNMP - TÉCNICO
“ a assimetria de informação decorrente de comportamentos oportunistas
dos agentes possuidores da informação provoca dois problemas principais:
seleção adversa, quando a assimetria deriva das ações dos agentes que
distorcem o risco e pode ser amenizada com monitoramento e incentivos
em busca de maior lisura nos mecanismos contratuais; e o perigo moral
(moral hazard) quando a assimetria está no diferencial de riscos entre os
diversos agentes econômicos - uma parte sabe suas características privadas
e a outra as desconhece ou não tem acesso a elas-, porém tal risco pode ser
amenizado com melhorias da qualidade e do fluxo de informações”.
CERTO ERRADO
RRADO

Reta Final TRF3 (VUNESP)


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13. VUNESP PREF.JAGUARIÚNA 2023
Uma das funções do governo é contrabalançar os princípios da
equidade e eficiência de forma a não criar incentivos perversos
para os recipientes ou financiadores de políticas sociais. Trata-se
da função
a) alocativa.
b) social.
c) equitativa.
d) distributiva.
e) estabilizadora.
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14. VUNESP PC-PR PERITO 2022
No âmbito do orçamento público, a função que está relacionada às
escolhas orçamentárias na busca do pleno emprego dos recursos
econômicos, da estabilidade de preços, do equilíbrio da balança de
pagamentos e das taxas de câmbio, com vistas ao crescimento
econômico em bases sustentáveis, é a
a) alocativa.
b) distributiva.
c) redistributiva.
d) estabilizadora.
e) de planejamento.
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15. VUNESP TCM-SP AUDITOR 2023
O Orçamento Público, representado em Lei Orçamentária Anual, LOA, pode
ser bem conceituado como:
a) conjunto de valores para o equilíbrio da situação líquida do tesouro
público.
b) alocação de receitas e despesas para atender as despesas de capital.
c) meio de previsões de valores em função do comportamento da
economia.
d) demonstração das intenções de governantes nos atendimentos
priorizados.
e) instrumento com previsibilidades e limites com vistas ao equilíbrio fiscal.

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16. VUNESP PREF. GRU 2023
São três as funções básicas do governo, sendo que uma delas
envolve a utilização de política monetária como forma de evitar
a inflação. Trata-se da função
a) jurídica.
b) estabilizadora.
c) distributiva.
d) alocativa.
e) reguladora.

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17. VUNESP PREF. M. CRUZES 2019
Quando o Estado pratica uma política fiscal restritiva, está cumprindo sua função
a) reguladora, pois dessa maneira toda a população terá acesso a serviços públicos de
boa qualidade em função do aumento dos impostos sobre a parcela mais rica da
população.
b) distributiva, pois dessa maneira os tributos sobre a venda diminuirão, favorecendo a
parcela mais pobre da população.
c) alocativa, pois estará favorecendo a produção de bens privados em função do
aumento dos tributos.
d) estabilizadora, pois esse tipo de política tende a diminuir a demanda agregada e a
taxa de inflação do país, caso essa esteja aumentando.
e) sinalizadora, pois dessa maneira o Estado indicará ao mercado que os investimentos
privados devem ser aumentados em virtude do aumento consequente da demanda
agregada.
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OBRIGADO
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Assunto
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2. ORÇAMENTO PÚBLICO: ORIGENS E TIPOS DE
ORÇAMENTO.
2.1. ORÇAMENTO COMO INSTRUMENTO DO
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL.

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ORÇAMENTO TRADICIONAL
Era um documento de previsão de receitas e
autorização de despesas com ênfase no gasto, o
objeto de gasto. Sua finalidade era ser um
instrumento de controle político do Legislativo sobre o
Executivo, sem preocupação com o planejamento. O
critério utilizado para a classificação dos gastos era a
Unidade Administrativa (classificação institucional) e o
elemento de despesa (objeto do gasto).

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ORÇAMENTO DESEMPENHO
O Orçamento de Desempenho representou uma evolução do Orçamento
Tradicional; buscava saber o que o Governo fazia (ações orçamentárias) e
não apenas o que comprava (elemento de despesa). Havia também forte
preocupação com os custos dos programas. A ênfase era no desempenho
organizacional, e avaliavam-se os resultados (em termos de eficácia, não de
efetividade). Procurava- se medir o desempenho por meio do resultado
obtido, tornando o orçamento um instrumento de gerenciamento para a
Administração Pública. Era um processo orçamentário que se caracterizava
por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto e um
programa de trabalho, contendo as ações a serem desenvolvidas. Ainda
não havia, no entanto, a estreita vinculação com o planejamento, e o
critério de classificação foi alterado para incorporar o programa de trabalho
e a classificação por funções.
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NOVO ORÇAMENTO DESEMPENHO
estrutura de programa
sistema de mensuração de desempenho
sistema de determinação de custos

De acordo com Jack Diamond, na estruturação de cada


programa devem ser considerados os seguintes elementos:
quadro estratégico amplo
apoio à tomada de decisão política e à priorização
assegurar a responsabilização
gestão orçamentária comprometida com o desempenho

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ORÇAMENTO BASE-ZERO
Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a
cada ano é necessário provar as necessidades de orçamento,
competindo com outras prioridades e projetos. Inicia-se todo
ano, partindo do "zero" - daí o nome Orçamento Base-Zero.
Memorizem que no orçamento Base Zero toda despesa é
considerada uma despesa nova, independentemente de tratar-se
de despesa continuada oriunda de período passado ou de uma
despesa inédita/nova. Sua filosofia é romper com o passado, sua
elaboração é trabalhosa, demorada e mais cara, além de desprezar
a experiência acumulada pela organização (DESVANTAGEM) e é
incompatível com qualquer planejamento de médio ou longo
prazos.
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ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
É uma técnica orçamentária em que a alocação de alguns recursos contidos no
Orçamento Público é decidida com a participação direta da população, ou por meio
de grupos organizados da sociedade civil, como a associação de moradores. Até o
momento, sua aplicação restringe-se ao âmbito municipal, e, excepcionalmente,
estadual. O principal benefício do Orçamento Participativo é a democratização da
relação do Estado –sociedade com fortalecimento da democracia. O orçamento
participativo é uma técnica orçamentária caracterizada pela participação da
sociedade, mas não caia na pegadinha de achar que isso se dá em substituição ao
poder público, como agente elaborador da proposta orçamentária que é
posteriormente enviada ao Poder Legislativo, pois isso está equivocado. Há, na
verdade, uma participação popular no processo de elaboração dos orçamentos e não
uma substituição à atribuição devida pelo poder público. No âmbito dos municípios,
o orçamento participativo é de observância obrigatória, de modo que a realização
de debates, audiências e consultas públicas é condição obrigatória para a
aprovação do orçamento anual pela câmaramunicipal.
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ORÇAMENTO INCREMENTAL/INERCIAL
O Orçamento Incremental é o orçamento feito por meio de ajustes
marginais nos seus itens de receita e despesa. O Orçamento Incremental é
aquele que, a partir dos gastos atuais, propõe um aumento percentual
para o ano seguinte, considerando apenas o aumento ou diminuição
dos gastos, sem análise de alternativas possíveis. É possível
identificar algumas características desse tipo de orçamento: as ações
não são revisadas anualmente, logo não se compara com alternativas
possíveis; é baseado no orçamento do último ano, contendo
praticamente os mesmos itens de despesa, com aumentos e
diminuições de valores; o incremento de valores ocorre mediante
negociação política; é uma técnica rudimentar que foca itens de
despesas em vez de objetivos de programas.
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ORÇAMENTO POR RESULTADOS
O orçamento por resultados é um método para elaboração, execução e avaliação de
programas governamentais com o objetivo de contribuir para que o estado
implemente políticas públicas que atendam, a cada dia, mais e melhor, aos
interesses e às expectativas dos cidadãos, criando valor público. O orçamento por
resultados melhora a aceitação dos governos, reforça a confiança nas instituições
públicas estabelecidas e contribui para o desenvolvimento socioeconômico, bem
como para a eficiência, a eficácia e a efetividade da gestão pública. O ponto de
partida do orçamento por resultados é desenhar e planejar os programas do plano
plurianual e dos orçamentos anuais a partir de uma metodologia baseada em
resultados. Coloca em destaque os resultados, de interesse da sociedade, que um
órgão ou entidade busca atingir por meio de sua atuação, torna explícito o vínculo
entre os recursos orçamentários a serem alocados nos programas e esses resultados
e utiliza indicadores para acompanhamento dos programas, com vistas a aprimorá-
los e a subsidiar o processo orçamentário.

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ORÇAMENTO POR RESULTADOS

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PPBS
Como o orçamento de desempenho ainda era falho, faltando-
lhe a vinculação com o planejamento governamental, partiu-se
para uma técnica mais elaborada, que foi o orçamento-
programa, introduzido nos Estados Unidos da América, no final
da década de 50, sob a denominação de PPBS (PLANNING
PROGRAMNING BUDGETING SYSTEM). Este orçamento foi
introduzido no Brasil através da Lei 4320/64 e do Decreto-Lei
200/67. A concepção fundamental do PPBS consiste na
introdução da análise custo/benefício e da análise entre as
prioridades conflitantes.

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PPBS

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ORÇAMENTO-PROGRAMA
OBJETIVOS E perseguidos pela instituição e para cuja execução
PROPÓSITOS são utilizados os recursos orçamentários
instrumento de integração dos esforços
governamentais com o intuito de concretizar os
PROGRAMAS
objetivos
OS CUSTOS DOS meios e insumos necessários para a obtenção dos
PROGRAMAS resultados

MEDIDAS DE medir as realizações (produto final) e os esforços


DESEMPENHO despendidos na execução dos programas

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ORÇAMENTO-PROGRAMA
❑ O Orçamento-Programa incorpora a compreensão horizontal, ou seja, considera
pacotes de despesas alternativos para determinar qual deles contribuirá melhor
para o alcance dos objetivos programáticos. Nesse modelo, as despesas são
agrupadas em programas e projetos, e a alocação de recursos é baseada em
análises de custo-benefício e impacto esperado. O objetivo é direcionar os
recursos para as atividades que têm maior relevância e efetividade na
consecução dos objetivos do governo.
❑ O orçamento tradicional segue uma abordagem mais vertical, em que as decisões
sobre despesas são tomadas anualmente e consideram cada atividade ou
objetivo governamental de forma isolada, sem pré-condições. Nesse modelo,
cada área ou departamento governamental apresenta suas demandas de
recursos para o período orçamentário e a alocação é feita com base nessas
solicitações individuais, sem uma análise comparativa mais abrangente. Essa
abordagem pode levar a um processo de tomada de decisões menos eficiente,
com pouca consideração para o alcance de resultados mais amplos.
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ORÇAMENTO-PROGRAMA
o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções
executivas da organização
a alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas
as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises
técnicas de alternativas possíveis
na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos
programas, inclusive os que extrapolam o exercício
a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e
de planejamento
o principal critério de classificação é o funcional- programático
utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e
de resultados
o controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações
governamentais
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ORÇAMENTO-PROGRAMA
Os objetivos do orçamento programa, segundo Giacomoni, podem
ser divididos conforme esquema abaixo:
fins de toda ação governamental, que servem de
FINAIS OU
orientação para as políticas públicas. Geralmente suas
BÁSICOS
definições são feitas de forma qualitativa
propósitos específicos do governo, representados
quantitativamente e cuja consecução concorre para o
DERIVADOS alcance dos objetivos finais. São estes que orientam a
construção dos planos, bem como a elaboração do
orçamento programa.

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ORÇAMENTO-PROGRAMA
Um programa é caracterizado por três aspectos:

representa o nível máximo de classificação do


trabalho a cargo das unidades administrativas
superiores do governo (ministérios, órgãos,
fundações, autarquias, etc.)
traduzido por um produto final à sociedade
representa os objetivos para os quais a unidade foi
criada

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VANTAGENS DO ORÇAMENTO-PROGRAMA
Melhor planejamento de trabalho
Maior precisão na elaboração dos orçamentos
Maior determinação das responsabilidades
Maior oportunidade para a relação dos custos
Maior compreensão do conteúdo orçamentário por parte do Executivo, do Legislativo e da
população em geral
Facilidade para identificação de duplicação de funções
Melhor controle da execução do programa
Identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação em termos absolutos
e relativos
Apresentação dos objetivos e dos resultados da instituição e do interrelacionamento entre
custos e programas
Ênfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta

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DESVANTAGENS DO ORÇAMENTO-
PROGRAMA
O tratamento dado ao orçamento-programa torna-o pouco gerencial, uma vez que se descola do PPA.
Objetivos e metas deixam de ser meios para verificar o desempenho dos órgãos e dos programas e os
desvios de rota não servem para as correções regulares do PPA
São meros recursos ritualísticos que o distanciam da capacidade de verificar a qualidade do gasto, este
sim essencial para as políticas públicas, uma vez que é o único meio para averiguar se os recursos estão
sendo alocados corretamente
Difícil mensuração e acompanhamento
Dificuldade de adoção de padrões de medição do trabalho, especificamente à definição dos produtos
finais.
Necessidade de que os novos conceitos sejam conhecidos por todos os órgãos executores de atividades
e programas, bem como por todos os técnicos que elaboram e avaliam projetos e programas e por todas
as autoridades que tomam decisões.
As próprias dificuldades em identificar produtos finais fazem com que sejam apressadamente apontados
como tal verdadeiros produtos intermediários ou produtos de segunda linha.
Certas atividades relevantes do Estado são intangíveis, seus resultados não se prestam a medições.

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RECOMENDAÇÕES AO ORÇAMENTO-
PROGRAMA
Os programas devem ser “monofuncionais”, ou seja, cada programa vincular-se-á somente a uma função

Estabelecer critérios para distinguir entre programas de despesas em curso (no âmbito das políticas atuais) e novos
programas de despesas (ao abrigo de novas políticas).

Desenvolver um procedimento prático para calcular o custo aproximado dos programas.

Cada programa terá mais de um subprograma e cada um destes será desmembrado em várias atividades e projetos. Cada
subprograma estará relacionado somente com um programa. Da mesma forma, cada atividade, cada projeto relacionar-se-á
apenas com um subprograma.

Os programas devem levar em conta todas as atividades (incluindo as regulatórias) e projetos relacionados que, juntos,
contribuem para a consecução dos objetivos. Isso significa que as despesas correntes e as de capital devem ser consideradas
em conjunto quando da avaliação de desempenho do programa em relação a seus objetivos.

A responsabilização pelos subprogramas deve explicitar a responsabilidade gerencial, geral e, preferencialmente, em uma
única unidade organizacional.

Estabelecer critérios para a escolha dos gestores de programas e especificar as suas responsabilidades. A implementação de
cada programa específico deve ser atribuída a uma unidade administrativa detentora de crédito

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RECOMENDAÇÕES AO ORÇAMENTO-
PROGRAMA
Estabelecer critérios para distinguir entre programas de despesas em curso (no âmbito das políticas atuais) e novos
programas de despesas (ao abrigo de novas políticas).

Cada programa deve ter o tamanho apropriado para uma gestão eficiente.

As atividades e os projetos devem ser desenhados em níveis elevados de desagregação de maneira a apoiar a
gestão na busca dos objetivos e resultados dos subprogramas.

Aumentar a flexibilidade na gestão financeira e de pessoal.

Incentivar as instituições de controle interno e externo a desenvolver habilidades para a realização de auditorias de
eficiência, eficácia e economicidade.
Expandir o modelo gradualmente a cada ano, adicionando alguns programas específicos e, com base na
experiência, corrigir as medidas de desempenho e a estrutura de monitoramento.

Realizar eventos de divulgação, junto ao pessoal da linha de frente, ministérios setoriais e, possivelmente, aos
legisladores, sobre a lógica da iniciativa e sobre a introdução gradual da orientação para resultados.

Selecionar alguns programas-piloto específicos em ministérios selecionados, com vistas a algumas melhorias iniciais
em termos de eficiência, bem como para a obtenção de experiência.

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ORÇAMENTO-PROGRAMA
ORÇAMENTO ORÇAMENTO-
TRADICIONAL PROGRAMA

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OUTRAS TÉCNICAS

Orçament Critério de alocação de recursos que representa uma variação do chamado "teto
o com fixo", pois trabalha com percentuais diferenciados, procurando refletir um
Teto escalonamento de prioridades entre programações, órgãos e unidades. Em gíria
Móvel orçamentária, conhecido como "teto inteligente".

Critério de alocação de recursos que consiste em estabelecer um quantitativo


Orçament financeiro fixo, geralmente obtido mediante a aplicação de percentual único
o com sobre as despesas realizadas em determinado período, com base no qual os
teto fixo órgãos/unidades deverão elaborar suas propostas orçamentárias parciais.
Também conhecido, na gíria orçamentária, como “teto burro”.

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RESUMO

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18. VUNESP ALESP 2022 ANALISTA
A melhora do desempenho público passa pelo compromisso pelo alcance dos resultados, a
partir de estruturas administrativas e condições para que os instrumentos de controle e
responsabilização sejam, de fato, efetivados. Do ponto de vista do processo orçamentário
brasileiro, uma das formas de se alcançar isso é
a) a desvinculação entre programas, objetivos e resultados, desengessando as peças
orçamentárias.
b) a maior seletividade do controle externo, averiguando apenas unidades administrativas com
alto risco.
c) a centralização da execução orçamentária, com controles procedimentais mais rígidos.
d) a flexibilização da execução orçamentária acompanhada de controles seletivos mais estritos.
e) o fim da necessidade de prévia autorização legislativa para remanejamento de recursos entre
órgãos.

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19. VUNESP ALESP 2022 ANALISTA
“Pensemos no ________________ como incorporando a compreensão horizontal – comparando
pacotes de despesas alternativos para decidir qual melhor contribui para o atingimento de objetivos
programáticos. O ________________, por outro lado, pode ser pensado como incorporando a
compreensão vertical – a cada ano alternativas de despesas são consideradas sem pré-condições para
todas atividades governamentais ou objetivos tratados como entidades discretas.”
(Aaron Wildavsky, A. Budget for All Seasons? Why the Traditional Budget Lasts, Public Administration
Review, Vol. 38, No. 6, Nov. – Dec., 1978, pp. 501-509. Adaptado)
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas, referentes às espécies de
orçamento.
a) orçamento programa ... orçamento por desempenho
b) orçamento tradicional ... orçamento incremental
c) orçamento por desempenho ... orçamento incremental
d) orçamento programa ... orçamento base zero
e) orçamento base zero ... orçamento programa
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20. VUNESP ALESP 2022 ANALISTA
A melhora do desempenho público passa pelo compromisso pelo alcance dos resultados,
a partir de estruturas administrativas e condições para que os instrumentos de controle e
responsabilização sejam, de fato, efetivados. Do ponto de vista do processo orçamentário
brasileiro, uma das formas de se alcançar isso é
a) a desvinculação entre programas, objetivos e resultados, desengessando as peças
orçamentárias.
b) a maior seletividade do controle externo, averiguando apenas unidades administrativas
com alto risco.
c) a centralização da execução orçamentária, com controles procedimentais mais rígidos.
d) a flexibilização da execução orçamentária acompanhada de controles seletivos mais
estritos.
e) o fim da necessidade de prévia autorização legislativa para remanejamento de recursos
entre órgãos.
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21. VUNESP IISM SJC 2022
“O _______ apresenta os propósitos, os objetivos e as metas para os quais a
administração solicita os recursos necessários. Além disso, identifica os
custos dos programas propostos para alcançar tais objetivos e os dados
quantitativos que medem as realizações e o trabalho realizado dentro de
cada programa.” (Adaptado de NUNES, A.; OLIVEIRA, R.; BÉU, R., 2015)
a) orçamento base-zero
b) orçamento por desempenho
c) orçamento inercial
d) orçamento programa
e) orçamento empresarial

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22. VUNESP PC RR PERITO 2022
Tipo de orçamento em que existe: a coparticipação do Executivo e
Legislativo na elaboração dos orçamentos, e a transparência dos
critérios e informações que nortearão a tomada de decisões:
a) Teto fixo.
b) Base-zero.
c) Funcional.
d) Tradicional.
e) Participativo.

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23. VUNESP PC RR PERITO 2022
No âmbito da gestão pública existem alguns modelos de orçamento público, que foram
empregados muitas vezes, em diferentes momentos. Dentre eles estão o orçamento tradicional
(T) e orçamento-programa (P). Indique a alternativa que apresenta correta e respectivamente
uma característica de cada um desses dois modelos sobre a interação entre planejamento e
orçamento.
a) T: decisões com base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis; P: a base
das decisões tem em vista as necessidades das unidades organizacionais.
b) T: processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação; P:
orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização.
c) Em T e P: orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização.
d) T: decisões com base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis; P:
processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação.
e) Em T e P: processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e
programação.
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OBRIGADO
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Assunto
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3. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL. 3.1.
PLANO PLURIANUAL (PPA). 3.2. LEI DE
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO). 3.3. LEI
ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA). 3.4. OUTROS
PLANOS E PROGRAMAS.

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PLANEJAMENTO NO BRASIL

PLANO PLURIANUAL -
PPA

LEI DE DIRETRIZES
ORÇAMENTÁRIAS - LDO

LEI ORÇAMENTÁRIA
ANUAL - LOA

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PLANO PLURIANUAL (PPA)
Segundo o art. 165 da CF/1988:
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal
para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de
duração continuada.
*A exigência de regionalização do plano plurianual é
correta, especialmente quando se tratar do PPA
federal.
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PLANO PLURIANUAL (PPA)
DIRETRIZES

• declaração ou conjunto de declarações que orientam os programas abrangidos no PPA


2020-2023, com fundamento nas demandas da população;

OBJETIVOS

• declaração de resultado a ser alcançado que expressa, em seu conteúdo, o que deve ser
feito para a transformação de determinada realidade;

METAS

• declaração de resultado a ser alcançado, de natureza quantitativa ou qualitativa, que


contribui para o alcance do objetivo;
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PLANO PLURIANUAL (PPA)
PROGRAMAS DE DURAÇÃO CONTINUADA
ações que resultam na prestação de serviços à comunidade
passíveis de quantificação, excluídas as ações de manutenção
administrativa;
ações que resultam na prestação de serviços à comunidade,
excluídos os pagamentos de benefícios previdenciários e os
encargos financeiros;
ações que resultam na prestação de serviços à comunidade de
forma contínua e permanente;

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PLANO PLURIANUAL (PPA)

Reta Final TRF3 (VUNESP)


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PLANO PLURIANUAL (PPA)

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PLANO PLURIANUAL (PPA)

Reta Final TJBA


Prof. Leandro Ravyelle Reta Final TRF3 (VUNESP)
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PLANO PLURIANUAL (PPA)
Estrutura
Reflete a agenda de governo que o chefe do Poder
Executivo, por meio dos seus ministros, pretende
DIMENSÃO
ESTRATÉGICA
implementar. São as prioridades definidas pela cúpula de
governo, e representam tradução dos compromissos do
presidente eleito para o País.

Consiste dos programas, com seus objetivos, metas e


DIMENSÃO indicadores. Nessa etapa, as “Diretrizes” e os “Temas”
TÁTICA são desdobrados em “Programas”.

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PLANO PLURIANUAL (PPA)
A DIMENSÃO OPERACIONAL compreende o
conjunto de ações orçamentárias incluídas na Lei
Orçamentária Anual (LOA), bem como ações não
orçamentárias. Essa dimensão extrapola o conteúdo
do PPA, sendo incluída apenas no âmbito do
monitoramento. É possível adiantar, no entanto, que
os Programas serão desdobrados em Ações
Orçamentárias e Não Orçamentárias, ambas
contribuindo para o alcance dos objetivos dos
Programas.
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PLANO PLURIANUAL (PPA)
❑ Produtos: compreendem as consequências diretas e quantificáveis das atividades
realizadas no âmbito do programa, que podem ser entregues à sociedade. Nesta
categoria, inserem-se bens, serviços, medidas normativas ou qualquer outra
intervenção cuja entrega contribua para a consecução dos objetivos da política;
❑ Resultados: são mudanças na realidade social observadas no curto prazo, como
efeito dos produtos entregues. Estas alterações devem ser observáveis e
mensuráveis, tendo por referência os problemas diagnosticados e os
beneficiários da política pública;
❑ Impactos: são efeitos relacionados ao fim último esperado das ações públicas.
Representam as evidências detectadas, usualmente em prazo mais longo, das
mudanças ocorridas na sociedade. Podem ser definidos como as consequências
geradas a partir dos resultados atribuídos a um conjunto de intervenções. Devem
ser mensuráveis e possuir relação de causalidade verificável. Podem ser definidos
como os resultados dos resultados da intervenção governamental. Possuem
natureza abrangente e multidimensional.
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PLANO PLURIANUAL (PPA)
Projetos, atividades e operações especiais. Elas representam um
detalhamento dos programas, por vezes segmentando os
AÇÕES trabalhos com bases em linhas específicas para atender as
ORÇAMENTÁRIAS necessidades da sociedade ou até de outros entes da federação.
Por meio das ações, o governo executa os programas e avança
nos objetivos para cada uma das áreas (funções).

São aquelas cujos recursos não integram o Orçamento Geral da


União. Desta forma, compõem-se de recursos oriundos de setor
privado, das agências oficiais de crédito, do terceiro setor, dos
AÇÕES NÃO
ORÇAMENTÁRIAS incentivos fiscais, dos fundos constitucionais de financiamento
regional, dos fundos administrados pelo Governo Federal e dos
dispêndios correntes das empresas estatais, bem como de
parcerias e contrapartidas de Estados e Municípios.
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PLANO PLURIANUAL (PPA)
possuem a finalidade de retratar as declarações de
Diretrizes governo e indicam as preferências políticas dos
governantes eleitos.
buscam refletir a estrutura institucional adotada pela
Temas
administração federal.
representam categoria que articula um conjunto de ações
(orçamentárias e não-orçamentárias) suficientes para
enfrentar um problema. São categorias que precisam ser
Programas
construídas de forma harmônica e integrada. Seu
desempenho deve ser passível de aferição.

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ALTERAÇÕES NO PPA (ART.21)
conciliar com o PPA 2020-2023 as alterações promovidas pelas leis orçamentárias anuais e pelas leis de
crédito adicional e poderá, para tanto:
a) alterar o valor global do programa;
b) adequar vinculações entre ações orçamentárias e programas; POR ATO
c) revisar ou atualizar as metas; e
PRÓPRIO
(DECRETO)
d) revisar ou atualizar os investimentos plurianuais constantes dos Anexos III (...)
alterar metas
incluir, excluir ou alterar:
a) a unidade responsável por programa;
b) o valor global do programa, em razão de alteração de fontes de financiamento com recursos não
orçamentários; e
c) o valor dos gastos diretos ou dos subsídios de que trata o § 2º do art. 16.
Modificações realizadas nos termos do disposto no caput serão informadas à Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional e publicadas em sítio eletrônico oficial.

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ETAPAS DO PPA

O processo de gestão do PPA 2020-2023 possui as


etapas
❑ Implementação
❑ Monitoramento
❑ Avaliação
❑ Revisão.

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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO
O conceito da LDO também é fornecido pela Constituição
Federal de 1988. Segundo o art. 165, § 2º, " A lei de diretrizes
orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de
política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória
sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento. ".

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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO
No que se refere às despesas com pessoal, o art. 169, § 1º, estabelece que:
‘’A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão
ser feitas:
I- Se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - Se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista."

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LDO – LRF
equilíbrio entre receitas e despesas
critérios e forma de limitação de empenho
normas relativas ao controle de custos e à avaliação
dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos
demais condições e exigências para transferências de
recursos a entidades públicas e privadas.

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LDO – LRF

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LDO – LRF

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LDO – EXECUÇÃO PROVISÓRIA DO ORÇAMENTO

A LDO pode também ser instrumento de autorização


de despesas, se constar no seu texto a possibilidade
de liberação de duodécimos dos créditos
orçamentários, e se o orçamento anual não for
aprovado até 31 de dezembro. Ou seja, a LDO pode
ser instrumento de autorização de despesas somente
se preenchidas as duas condições anteriores.

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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
ORÇAMENTO FISCAL
• referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.
ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
• abrange todas as entidades e órgãos a ele vinculados, da Administração Direta
ou Indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público. Esse orçamento compreende as despesas relativas à Saúde, à
Previdência e à Assistência Social.
ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO
• das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital
social com direito a voto. As estatais dependentes estão inclusas no Orçamento Fiscal. As
sociedades de economia mista, em regra, são estatais independentes: integram o
orçamento de investimentos; se forem dependentes, integrarão o Orçamento Fiscal e da
Seguridade Social.
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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)

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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)

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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Art. 165
§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de
despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos
investimentos plurianuais e daqueles em andamento.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)

§ 15. A União organizará e manterá registro centralizado de


projetos de investimento contendo, por Estado ou Distrito
Federal, pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de
custos e informações sobre a execução física e financeira.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)

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24. VUNESP CAMPREV 2023
O Plano Plurianual:
a) se inicia no primeiro ano de mandato do presidente e tem vigência de 8 anos.
b) se inicia no terceiro ano de mandato do presidente e tem vigência de 8 anos.
c) se inicia no primeiro ano de mandato do presidente e tem vigência de 4 anos.
d) se inicia no segundo ano de mandato do presidente e tem vigência de 4
anos.
e) se inicia no terceiro ano de mandato do presidente e tem vigência de 2 anos.

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25. VUNESP PREF. GRU 2023
A vigência do Plano Plurianual (PPA) inicia-se no segundo ano do
mandato do Chefe do Poder Executivo e termina
a) no último dia do quarto ano do mandato.
b) no terceiro ano de mandato.
c) quando o chefe do poder executivo publicar o decreto de
encerramento.
d) no último dia do primeiro exercício financeiro do mandato
seguinte.
e) no último dia do primeiro ano de vigência do PPA.

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26. VUNESP PREF. PIRACICABA 2022
O Plano Plurianual
a) tem como princípios básicos a identificação clara dos objetivos e
prioridades do governo.
b) estabelece quais serão as metas e prioridades para o ano
seguinte.
c) traça regras, vedações e limites para as despesas dos Poderes.
d) estabelece os Orçamentos da União, por intermédio dos quais são
estimadas as receitas e fixadas as despesas do governo federal.
e) não é avaliado pelo poder legislativo.

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27. VUNESP CM. MAUÁ 2019
Assinale a alternativa correta no que diz respeito ao Programa de
Duração Continuada.
a) Deve ser autorizado pelo Tribunal de Contas.
b) Deve ter prazo máximo de 20 anos.
c) Deve ter representação fidedigna no Balanço Patrimonial.
d) Possui prazo superior a dois anos.
e) Refere-se a programas finalísticos.

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28. VUNESP PREF. GRU 2023
As metas e prioridades da administração pública para o exercício
seguinte devem integrar o documento denominado:
a) Plano Estratégico Situacional.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) Lei Orçamentária Anual.
d) Plano Plurianual.
e) Lei de Responsabilidade Fiscal.

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29. VUNESP PRUDENCO FISCAL 2022
A Lei de Diretrizes Orçamentárias ganhou destaque ainda maior no Brasil após os anos 2000
como peça de planejamento financeiro e orçamentário. Isto se deve, entre outros fatores, a:
a) aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 101/2000), trazendo a
previsão de diversos itens de planejamento obrigatórios para as leis de diretrizes orçamentárias.
b) repetidos escândalos de corrupção envolvendo a execução do orçamento público,
beneficiados pela pouca transparência dos mecanismos de controle e acompanhamento
orçamentários.
c) previsão desta lei como instrumento normativo adequado para a abertura de créditos
adicionais suplementares e especiais.
d) condição de que investimentos públicos que superem um exercício fiscal apenas possam ser
iniciados se incluídos prévia e expressamente na lei de diretrizes orçamentárias.
e) obrigatoriedade de enumeração exaustiva nesta lei da lista de impostos a serem cobrados
dos contribuintes no exercício fiscal seguinte, como condição para a validade da cobrança.

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30. VUNESP CM. ORLÂNDIA 2019
A Lei de Diretrizes Orçamentárias, entre outras ações,
a) disporá sobre as alterações na legislação previdenciária.
b) orientará a elaboração da lei orçamentária anual.
c) fixará limites de despesas por inversões financeiras para os quatro
exercícios financeiros de mandato.
d) estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as
metas das gestões públicas.
e) estabelecerá limites de compensação da renúncia da receita, conforme
preconiza a lei plurianual

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31. VUNESP PREF. SERTÃOZINHO 2023
A Lei Orçamentária Anual (LOA)
a) não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, a exemplo da
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita.
b) poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos
investimentos plurianuais e daqueles em andamento.
c) orientará a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e disporá sobre as
alterações na legislação tributária.
d) compreenderá o orçamento de investimento referente aos Poderes, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.
e) compreenderá o orçamento da seguridade social, que terá entre suas funções a de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

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32. VUNESP ALESP PROCURADOR 2022
A Lei de Orçamento
a) não poderá conter autorização ao Executivo para realizar operações de crédito por antecipação da
receita, para atender a insuficiências de caixa.
b) poderá conter autorização ao Executivo para operações de crédito por antecipação da receita, para
atender a insuficiências de caixa, desde que tal antecipação seja realizada após o término do primeiro
semestre do exercício financeiro, atendidas as exigências legais.
c) poderá conter autorização ao Executivo para realizar, em qualquer mês do exercício financeiro,
operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa, atendidas as
exigências legais.
d) não poderá conter autorização ao Executivo para realizar operações de crédito por antecipação da
receita, exceto para a constituição de créditos complementares no primeiro trimestre do exercício
financeiro.
e) poderá conter autorização ao Executivo para operações de crédito por antecipação da receita, para
atender a insuficiências de caixa, desde que tal antecipação seja realizada até o término do primeiro
semestre do exercício financeiro, atendidas as exigências legais.
Reta Final TRF3 (VUNESP)
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33. VUNESP DAE BAURU 2022
A respeito das empresas estatais não dependentes, é correto afirmar
que
a) a totalidade das suas receitas e despesas integram o orçamento
público do ente controlador.
b) não se sujeitam aos princípios da Administração Pública em
matéria de licitações e contratos.
c) a lei orçamentária anual do ente controlador compreenderá o
orçamento de investimentos dessas empresas.
d) não está autorizada a realização de operações de crédito.

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34. VUNESP CM. SERTÃOZINHO 2019
Estabelece a Constituição Federal que o orçamento fiscal e o
orçamento de investimento, ambos compreendidos na lei
orçamentária anual e compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério
a) econômico.
b) populacional.
c) social.
d) eleitoral.
e) seletivo.
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35. VUNESP CM. SERTÃOZINHO 2019
O Orçamento Público Anual deverá conter
a) as despesas classificadas de todos os Poderes e órgãos públicos,
na respectiva funcional-programática.
b) cronograma de desembolso financeiro mensal, de acordo com as
prioridades do órgão.
c) superavit fiscal obtido no ano anterior, registrado em balanço.
d) autorização para abertura de créditos suplementares e especiais.
e) anexo de metas fiscais e seus respectivos créditos especiais.

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OBRIGADO
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Assunto
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4.3. ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS.
4.4. CRÉDITOS ORDINÁRIOS E ADICIONAIS.

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CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

CRÉDITOS
ORDINÁRIOS

CRÉDITOS CRÉDITOS
ORÇAMENTÁRIOS ADICIONAIS

OUTRAS
ALTERAÇÕES
ORÇAMENTÁRIAS
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CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

A importância

O ato que abrir


Espécie do
crédito adicional
crédito
indicará

Classificação da
despesa
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CRÉDITOS SUPLEMENTARES
❖ Destinado a reforço de dotação
❖ Na abertura poderão ser incluídos novos grupos de natureza de despesa, observada a
finalidade da ação.
A abertura de créditos suplementares autorizados na LOA deve ser compatível com a
obtenção da meta de resultado primário estabelecida na LDO, e com os limites de
despesas primárias do Novo Regime Fiscal (arts. 107, 110 e 111 do ADCT), e deve
observar a vinculação legal dos recursos (parágrafo único do art. 8º da LRF).
O crédito será compatível com o “teto de gastos” se:
❑ não aumentar o montante das dotações de despesas primárias sujeitas aos referidos
limites;
❑ na hipótese de aumento do referido montante, as dotações resultantes da alteração
observarem os limites individualizados, conforme demonstrado no relatório de
avaliação de receitas e despesas primárias.
Reta Final TRF3 (VUNESP)
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CRÉDITOS SUPLEMENTARES
O crédito será compatível com a meta de resultado primário quando:
❖ mantiver o montante autorizado para as despesas primárias;
❖ no caso de aumento do montante autorizado, o acréscimo estiver
fundamentado no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias,
ou se estiver relacionada à transferência aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios de receitas que tenham vinculação constitucional ou legal.
❖ A abertura de crédito suplementar que amplie os limites do Novo Regime
Fiscal ou impacte o cumprimento da meta de resultado primário impõe o
cancelamento de despesas para recomposição do referido limite, ou a
compensação do impacto da referida meta, em valor correspondente, que
deverá constar de anexo específico do ato de abertura.

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CRÉDITOS SUPLEMENTARES
No caso das ações de sua competência, os créditos
suplementares autorizados na LOA podem ser abertos
por atos próprios dos Poderes Legislativo e Judiciário,
do MPU e da DPU se houver indicação de recursos
compensatórios dos órgãos favorecidos. Ressalta-se
que é vedado o cancelamento de despesas financeiras
para suplementação de despesas primárias, sem
prejuízo às demais disposições aplicáveis.

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CRÉDITOS SUPLEMENTARES

Créditos Suplementares autorizados na Lei Orçamentária: para


SUPLEMENTARES

reforço de dotação insuficientemente dotada na LOA, nas


condições e limites estabelecidos na própria LOA
CRÉDITOS

Créditos Suplementares dependentes de autorização legislativa:


para reforço de dotação insuficientemente dotada na LOA, acima
dos limites autorizados na LOA, ou não autorizada no texto da
referida lei.

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CRÉDITOS ESPECIAIS
❖ Os créditos especiais são os destinados a despesas
para as quais não haja dotação orçamentária
específica
❖ Lei nº 4.320/64
“Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão
autorizados por lei e abertos por decreto executivo.”
❖ Os Créditos Especiais são também destinados a
despesas para as quais não haja subtítulo na Lei
Orçamentária Anual [MTO 2023].
Reta Final TRF3 (VUNESP)
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REABERTURA DE CRÉDITOS ESPECIAIS
❖ A reabertura de créditos especiais, dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social, pode ser realizada por ato próprio dos Poderes após a primeira
avaliação de receitas e despesas a que se refere o art. 9º da LRF.
❖ Fica condicionada à anulação de dotações orçamentárias, relativas a
despesas primárias constantes da LOA, no montante que exceder o limite a
que se refere o art. 107 do ADCT.
❖ A programação da reabertura poderá ser adequada à da LOA, desde que
não altere a finalidade das ações.
❖ Após aberto ou reaberto, a ampliação dessas dotações se dá por Crédito
Especial, ou Crédito Suplementar se a programação reaberta já constar da
LOA do exercício, considerando, nesse último caso, somente os subtítulos
que constaram da LOA.

Reta Final TRF3 (VUNESP)


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REABERTURA DE CRÉDITOS ESPECIAIS

Créditos
especiais
CRÉDITOS
ESPECIAIS

A reabertura de créditos especiais, dos


Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social,
pode ser realizada por ato próprio dos
Reabertura de Poderes após a primeira avaliação de
receitas e despesas (RARDP) a que se refere
créditos o art. 9º da LRF. Contudo, fica condicionada
especiais à anulação de dotações orçamentárias,
relativas a despesas primárias constantes da
LOA, no montante que exceder o limite a
que se refere o art. 107 do ADCT.

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CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS
❖ São destinados a despesas urgentes, imprevisíveis e
relevantes, como as decorrentes de guerra, comoção interna
ou calamidade pública, conforme § 3º do art. 167 da CF/88.
❖ Os créditos extraordinários não dependem de autorização
legislativa. A autorização e abertura do crédito se dará, no
caso da União, por medida provisória, com remessa imediata
ao Poder Legislativo. Como, neste caso, a execução da
despesa independe da existência de recursos disponíveis, a
indicação de fontes de recursos, nos termos da Lei nº 4.320,
de 1964, não é obrigatória.

Reta Final TRF3 (VUNESP)


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CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS

Os créditos extraordinários não dependem de autorização legislativa. A autorização e


abertura do crédito se dará, no caso da União, por medida provisória, com remessa imediata
PARTICULARIDADES

ao Poder Legislativo para que seja submetida ao rito de conversão em Lei.

Como aqui a execução da despesa independe da existência de recursos disponíveis, a


indicação de fontes de recursos, nos termos da Lei 4.320/64, não é obrigatória. Contudo, o
Poder Executivo, no caso da União, usualmente indica as fontes de recursos nas proposições
e atos de abertura, precedida de exposição justificada.

A vigência dos créditos se esgota com o exercício financeiro em que foram abertos. Contudo,
é permitida a reabertura dos saldos para o exercício seguinte, desde que autorizados em um
dos últimos quatro meses do exercício financeiro, caso em que serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente. Para efeito dessa permissão, considera-se a
data de edição da respectiva medida provisória.

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RESUMO
destinados a reforço de dotação orçamentária. a LOA poderá conter autorização para
abertura de créditos suplementares, limitados a determinado valor ou percentual, sem a
SUPLEMENTARES necessidade de submissão ao poder legislativo. Os créditos suplementares terão
vigência no exercício em que forem abertos. Na abertura poderão ser incluídos novos
grupos de natureza de despesa, observada a finalidade da ação.
destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, devendo
ser autorizados por lei. Os créditos especiais não poderão ter vigência além do
exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
ESPECIAIS últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. Os
Créditos Especiais, destinados a despesas para as quais não haja subtítulo na Lei
Orçamentária Anual [MTO 2023].
destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como as decorrentes de guerra,
comoção interna ou calamidade pública, conforme art. 167 da CF. na União, serão
abertos por medida provisória. Os créditos extraordinários não poderão ter vigência
EXTRAORDINÁRIOS além do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos
limites dos seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subsequente
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FONTES PARA ABERTURA
FONTE DEDUÇÃO

o superávit financeiro apurado em balanço os saldos dos créditos adicionais transferidos e as


patrimonial do exercício anterior operações de crédito a eles vinculadas
os provenientes de excesso de arrecadação considerando-se, ainda, a tendência do exercício e
deduzir-se-á a importância dos créditos
extraordinários abertos no exercício.
os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais,
autorizados em lei
o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder
executivo realizá-las
reserva de contingência
os recursos decorrentes de veto, emenda ou somente para créditos suplementares e especiais,
rejeição do projeto de lei orçamentária anual mediante prévia autorização legislativa
reserva do regime próprio de previdência do servidor – RPPS
(*a abertura de créditos adicionais com o objetivo de atender a compromissos desse regime. Assim, é uma
fonte específica para atender ao RPPS, que não pode ser utilizada em outras situações.) – Fonte contida no
MCASP.
SUPERÁVIT FINANCEIRO
O superávit financeiro é apurado no balanço patrimonial do
exercício anterior, pela diferença positiva entre o ativo
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os
saldos dos créditos adicionais transferidos (especiais e
extraordinários reabertos) e as operações de crédito a eles
vinculadas. É consolidado e publicado pela Secretaria do
Tesouro Nacional - STN, juntamente com o Relatório Resumido
da Execução Orçamentária referente ao primeiro bimestre do
exercício financeiro. Por se tratar de receitas de exercício
anterior, o superávit financeiro é classificado no grupo de fonte
“3 - Recursos do Tesouro - Exercícios Anteriores”.
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FONTES E SEUS IMPACTOS NA LOA

FONTE IMPACTO
anulação de dotações valor global permanece o mesmo

reserva de contingência valor global permanece o mesmo

operação de crédito aumenta valor global

excesso de arrecadação aumenta valor global

superávit financeiro aumenta valor global

recursos sem despesas valor global permanece o mesmo.


correspondentes LOA publicada em desequilíbrio
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OUTRAS ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
❑ Transposição, remanejamento ou transferência;
❑ Alteração de GND autorizada na LDO;
❑ Alteração de atributos da programação, mantidos os demais.
✓ Remanejamento de fontes de recursos
✓ Alteração do identificador de uso (IDUSO)
✓ Alteração do identificador de Resultado Primário (RP)
✓ Alteração de esfera orçamentária
✓ Ajustes nas codificações orçamentárias
✓ Ajustes das denominações das classificações orçamentárias
✓ Alteração de modalidade de aplicação (MA)
✓ Alteração dos identificadores de doação e operação de crédito (IDOC)
✓ Remanejamento entre planos orçamentários - POs, inclusive com a criação de PO
“QUALITATIVO” PARA ALTERAÇÕES
ORÇAMENTÁRIAS
Nos casos em que há necessidade de criação de um novo
programa de trabalho que não consta da Lei Orçamentária ou
dos créditos adicionais do ano, como na abertura de créditos
especiais ou extraordinários, deve-se proceder inicialmente com
uma solicitação de uma alteração orçamentária qualitativa. Esse
tipo de alteração implica na criação de uma nova ação com
todos os seus atributos, ou no desdobramento de uma ação
existente em novo subtítulo ou plano orçamentário. A
solicitação de alteração qualitativa pode partir da UO, do OS
ou mesmo da SOF.
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“QUALITATIVO” PARA ALTERAÇÕES
ORÇAMENTÁRIAS

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36. VUNESP TCM-SP ACE 2023
Os Créditos Adicionais para serem abertos por decreto
executivo deverão
a) corresponder ao estabelecido em diretrizes anuais.
b) sempre decorrer de prévia autorização legislativa.
c) obedecer ao limite estabelecido nas metas fiscais.
d) indicar os recursos para acorrer salvo exceção.
e) restringir-se ao atendimento de despesas correntes.

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37. VUNESP TCM-SP ACE 2023
O orçamento anual pode ser alterado por meio de créditos adicionais. Por
crédito adicional, entendem-se as autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual (LOA). São classificados
como créditos adicionais:
a) os extraordinários, destinados a despesas urgentes e imprevistas.
b) os de curto prazo, utilizados para as despesas de valor fixo.
c) os comprobatórios, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios.
d) os flexíveis, em razão do fato gerador e de sua consequência para o
patrimônio.
e) os de exercícios anteriores, não eximindo a apuração de responsabilidade
pelo gestor, se for o caso.

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38. VUNESP PREF. GUARULHOS 2023
Pode(m) ser considerado(s) para efeito de abertura de
crédito suplementar
a) as despesas de exercícios anteriores.
b) os depósitos em caução.
c) os restos a pagar com prescrição interrompida.
d) as despesas liquidadas e não pagas.
e) o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial.

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39. VUNESP ALESP 2022
Sobre a execução orçamentária, assinale a alternativa correta.
a) Após abertos, os créditos adicionais terão acompanhamento especial em virtude dos riscos
de contribuírem para o não cumprimento da meta fiscal.
b) Os créditos adicionais em virtude do excesso de arrecadação poderão ser aplicados em
quaisquer itens de despesas.
c) A Constituição permite a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização
legislativa, desde que feita por medida provisória.
d) Os créditos adicionais têm como prazo o exercício financeiro em que foram abertos, salvo
expressa disposição legal em contrário quanto àqueles especiais e extraordinários.
e) A análise do excesso de arrecadação deve ser feita por fonte, pois a arrecadação a maior de
determinada fonte não pode ser compensada com a arrecadação menor de outra fonte.

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40. VUNESP EsFCEx 2022
No que tange aos créditos adicionais, assinale a alternativa que demonstra a diferença
entre os suplementares e os especiais.
a) Suplementares são destinados a reforço de dotação orçamentária, sendo os especiais
destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
b) Especiais são incorporados ao orçamento, enquanto os suplementares são destinados
à despesa em que não haja dotação orçamentária específica.
c) Especiais são destinados a despesas urgentes e imprevistas, enquanto os
suplementares são considerados para cobrir despesas extra- orçamentárias.
d) Suplementares são abertos para despesas não empenhadas, enquanto os especiais,
para transferências entre os poderes.
e) Suplementares são os destinados a dotações sociais específicas, sendo os especiais
para despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou
calamidade pública.
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OBRIGADO
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Assunto
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2.2. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS.

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DEFINIÇÕES INICIAIS

Os princípios orçamentários estão


sujeitos a transformações de conceito e
significação, pois não têm caráter
absoluto ou dogmático e suas
formulações originais não atendem,
necessariamente, ao universo econômico-
financeiro do Estado moderno.
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DEFINIÇÕES INICIAIS
O pan-principiologismo tem no orçamento público
um dos seus campos mais férteis. Embora a legislação
de regência só mencione três princípios
orçamentários, a doutrina, a par das críticas, alude à
existência de outros tantos, que vêm se submetendo,
ao longo tempo, a transformações de conceito e
significação. Isso se dá porque as formulações
originais nem sempre são capazes de atender ao
universo econômico-financeiro do Estado moderno.
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PRINCÍPIOS - DOUTRINA

Além dos princípios específicos ou


setoriais existentes na legislação
orçamentária (CF, L4320, LRF...), o
administrador público deverá seguir
também os princípios gerais
(genéricos) que influenciam toda a
atividade administrativa.
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PRINCÍPIOS GERAIS OU GENÉRICOS
Legalidade (GERAL)
• na atividade administrativa e orçamentária s[o se pode fazer o que for permitido em lei
Impessoalidade
• A administração tem que tratar todos com quem ela se relaciona de mesma maneira
Moralidade
• Atuação observando os padrões éticos, de probidade e lealdade com a coisa pública, sob pena de se
configurar crime de responsabilidade, cabendo inclusive ação popular
Publicidade
• o conteúdo orçamentário deve ser divulgado por meio de veículos oficiais de comunicação, para
conhecimento público e para a eficácia de sua validade
Eficiência
• Atuação de modo a produzir o melhor resultado com o mínimo de recursos e esforços

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PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS OU SETORIAIS
Garantem efetividade e legitimidade ao orçamento público.

Legalidade
Anualidade Unidade Universalidade
Orçamentária*
Exclusividade Programação Não-vinculação Limitação
Tecnicidade
❑ Uniformidad
Publicidade* e Discriminação Transparência
❑ Clareza
❑ especificação
Sinceridade Sustentabilidad Equidade
Equilíbrio Fiscal
Orçamentária e Orçamentária Intergeracional
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PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO
❑ CF, art. 167, IV e § 4º.
❑ É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as
determinadas pela CF.
❑ Ressalvas
❑ Repartição constitucional das receita
❑ Manutenção do ensino;
❑ Garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
❑ Implementação da saúde;
❑ Realização de atividades da administração tributária;
❑ Vinculação de verbas federais, estaduais e municipais a Fundos de Combate e Erradicação
da Pobreza. [ADCT Art. 82]
❑ Vinculação de verbas estaduais a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa
científica tecnológica. [CF, Art. 218, § 5º]
❑ Vinculação de verbas estaduais a programas de apoio à inclusão e promoção social, até
cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida [Art . 204, Parágrafo único]
❑ Vinculação de verbas estaduais a fundo estadual de fomento à cultura, até cinco décimos
por cento de sua receita tributária líquida, para fins de financiar programas e projetos
culturais [Art. 216, § 6º].
PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO
❖ Importante observar que, no que couber, aos demais entes são
permitidas as mesmas vinculações da União previstas na
CF/1988.
❖ LRF. Art. 8º, parágrafo único. “Os recursos legalmente
vinculados à finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação,
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o
ingresso.”
❖ A Constituição pode vincular outros impostos? Sim! Por
emenda constitucional podem ser vinculados outros impostos,
no entanto, por lei complementar, ordinária ou qualquer
dispositivo infraconstitucional, não pode.
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DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS
ADCT
“Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro
de 2024, 30% (trinta por cento) da arrecadação da União relativa às
contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das despesas do Regime
Geral de Previdência Social, às contribuições de intervenção no domínio
econômico e às taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a referida
data. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
§ 2° Excetua-se da desvinculação de que trata o caput a arrecadação da
contribuição social do salário-educação a que se refere o § 5º do art. 212 da
Constituição Federal . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 68,
de 2011).
§ 4º A desvinculação de que trata o caput não se aplica às receitas das
contribuições sociais destinadas ao custeio da seguridade social. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
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DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS
ADCT
❖ Art. 76-A. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31
de dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) das receitas dos
Estados e do Distrito Federal relativas a impostos, taxas e multas,
já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus
adicionais e respectivos acréscimos legais, e outras receitas
correntes. (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93,
de 2016)
❖ Art. 76-B. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31
de dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) das receitas dos
Municípios relativas a impostos, taxas e multas, já instituídos ou
que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e
respectivos acréscimos legais, e outras receitas correntes.”
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VEDAÇÃO AO ESTORNO
❖ previsto no art. 167, VI
❖ é vedada transposição, o remanejamento ou a transferência de
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa
EXCEÇÕES
O §5º do art. 167 permite a transposição, remanejamento ou transferência de
recursos de uma categoria para outra para atividades de ciência, tecnologia e
inovação, mediante ato direto do poder executivo.
O poder executivo pode transpor, remanejar, transferir se decorrente de
extinção, transformação, transferência, incorporação ou desmembramento de
órgãos/ entidades (ou alterações de suas competências/atribuições), mantida a
categoria de programação.

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TRANSPOSIÇÃO, REMANEJAMENTO E TRANSFERÊNCIA

Os termos transposição, remanejamento e transferência estão associados a


duas situações: realocação de recursos de uma categoria de programação
para outra e destinação de recursos de um órgão para outro. Nesse sentido,
a doutrina faz a seguinte distinção:
❑ Transposições são realocações no âmbito dos programas de trabalho,
dentro do mesmo órgão;
❑ Remanejamento são realocações na organização de um ente público, com
destinação de recursos de um órgão para outro;
❑ Transferências são realocações de recursos entre as categorias
econômicas de despesa, dentro do mesmo órgão e do mesmo programa
de trabalho.

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PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO
❑ Condiciona a realização de despesas e a utilização de créditos ao montante previsto no
orçamento, não podendo excedê-los;
❑ CF Art. 167 São Vedados
❑ II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais;
❖ Relaciona-se também com a Regra de Ouro [III - a realização de operações de créditos que
excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta];
❑ Art. 167, V a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
❑ Art. 167, VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
❑ Art. 167, VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de
empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
❑ VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
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PRINCÍPIO DA TECNICIDADE
❖ Impõe ao orçamento características que permitam ao usuário sua ampla
compreensão, resumindo-se em:
❖ Uniformidade ou padronização na apresentação dos dados
❖ Clareza ou Inteligibilidade na evidenciação do seu conteúdo
❖ Especificação na classificação e na designação das informações
❖ Materializa-se, sobretudo, a partir da adoção de normas estabelecidas
pela contabilidade pública. Através dela, podem-se identificar com clareza,
para fins de acompanhamento e controle, os registros de receitas e de
despesas estimadas e as efetivamente realizadas, bem como as dotações
disponíveis para a respectiva execução (contabilidade orçamentária), as
movimentações de ingressos (receitas) e dispêndios (despesas) de recursos
financeiros (contabilidade financeira) e os bens, direitos e obrigações
pertencentes aos entes públicos (contabilidade patrimonial).
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PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE
❖ O princípio da uniformidade, da consistência ou da padronização é extraído do
que dispõe o artigo 22, inciso III, da Lei nº 4.320/1964 (Tabelas explicativas, das
quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas distintas
e para fins de comparação);
❖ Determina que o orçamento deve apresentar e conservar ao longo dos diversos
exercícios financeiros uma estrutura que permita comparações entre os
sucessivos mandatos;
❖ É um elemento importante para que as informações contidas na peça
orçamentária possam ser devidamente compreendidas e analisadas pelas partes
interessadas;
❖ Novas categorias de programação da lei orçamentária podem ser utilizadas sem
se desrespeitar o princípio da uniformidade.
❖ Os dados apresentados devem ser homogêneos nos exercícios, no que se refere
à classificação e demais aspectos envolvidos na metodologia de elaboração do
orçamento, permitindo comparações ao longo do tempo.
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PRINCÍPIO DA CLAREZA
❖ De caráter meramente formal;
❖ Também chamado de Inteligibilidade
❖ O princípio da clareza exige que a linguagem orçamentária
seja clara e de fácil entendimento;
❖ Exige que as informações orçamentário-financeiras sejam
divulgadas em linguagem facilitada, de forma que as
pessoas comuns consigam entendê-las;
❖ Traz implícita a finalidade de facilitar o controle social,
proporcionando a todos sua compreensão mediante uma
linguagem facilitada.

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PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO
❖ ESPECIFICAÇÃO, ESPECIALIZAÇÃO OU DISCRIMINAÇÃO;
❖ opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem
discriminação, e ainda, o início de programas ou projetos não incluídos na LOA;
❖ exige o detalhamento das projeções de receitas e despesas;
❖ § 1º do art. 15 da Lei nº4.320/1964: "Na lei de orçamento a discriminação da
despesa far-se-á no mínimo por elementos”;
❖ art. 5º da Lei nº 4.320/1964: "a lei de orçamento não consignará dotações
globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material,
serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto
no art. 20 e seu parágrafo único".
❖ confere maior transparência ao processo orçamentário, possibilitando a
fiscalização parlamentar, dos órgãos de controle e da sociedade, inibindo o
excesso de flexibilidade na alocação dos recursos pelo poder executivo;
❖ Visa a identificação e especifica de das receitas e despesas estabelecidas na
LOA, não sendo possível a adoção de dotações genéricas;
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PRINCÍPIO DA SINCERIDADE ORÇAMENTÁRIA
❖ visa coibir os orçamentos considerados “peças de ficção”, que acabam sendo realizados em
desacordo com a realidade econômica e social, com base em receitas “superinfladas” e despesas
subestimadas ou inexecutáveis;
❖ Este postulado pode ser considerado também como princípio orçamentário da exatidão;
[REALISMO ORÇAMENTÁRIO]
❖ Funda-se nos princípios da moralidade, legalidade, transparência e do planejamento, no ideal de
boa-fé daqueles que elaboram, aprovam e executam o orçamento público para com a sociedade, a
qual acaba tendo suas expectativas frustradas diante de promessas orçamentárias não realizadas;
❖ baseia-se na elaboração do orçamento, considerando um diagnóstico que apresente uma exata
dimensão da situação existente, bem como indique a solução dos problemas identificados. No
momento de diagnosticar a situação, o gestor, deverá utilizar uma base realística, sem superestimar
os recursos, nem tampouco subavaliar os gastos necessários para atendimento dos objetivos
previamente fixados;
❖ As estimativas orçamentárias devem ser tão exatas quanto possível, dotando o Orçamento da
consistência necessária para que esse possa ser empregado como instrumento de gerência, de
programação e de controle.

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PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO FORMAL
❖ Art. 4º-, inciso I, alínea a, da LRF que determina que a LDO
disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa (equilíbrio
formal);
❖ A finalidade desse princípio é deter o crescimento desordenado
dos gastos governamentais e impedir o déficit orçamentário;
❖ Relacionado também à regra de ouro;
❖ O fato de um orçamento ser publicado de forma equilibrada não
implica o equilíbrio das contas públicas;
❖ A exigência de que, no orçamento público, haja equilíbrio entre
receitas e despesas totais, ainda que sejam obtidas operações de
crédito para financiar parte das despesas públicas decorre
também do equilíbrio formal;
❖ As despesas não podem superar as receitas;
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PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO MATERIAL
❖ O “equilíbrio material” está mais ligado à execução equilibrada do orçamento do
que à sua publicação com montantes iguais de receita e despesa.
❖ Para garantir o equilíbrio material, o governo busca a manutenção de metas de
superávit, contingenciamentos e limitações de empenho e movimentação financeira,
créditos adicionais com recursos já arrecadados e respeitados os limites das
despesas primárias, etc.
❖ O equilíbrio material (ou real) está mais ligado à execução equilibrada do orçamento
do que à sua publicação com montantes iguais de receita e despesa.
❖ A vedação da aprovação de emendas ao projeto de LOA sem a indicação dos
recursos necessários, admitindo os provenientes de anulação de despesas, reforça o
princípio do equilíbrio;
❖ A maneira como a legislação observa o princípio do equilíbrio orçamentário é útil
para a compreensão dos instrumentos de intervenção econômica disponíveis ao
governo, principalmente no tocante à geração de déficits. Na abordagem desse
princípio, a CF, ao limitar as possíveis razões de endividamento do governo,
interferiu na questão do déficit das operações correntes.
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PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO FISCAL
❖ Recomenda que para toda despesa haja uma receita a financiá-la,
a fim de evitar o surgimento de déficits orçamentários crescentes
ou descontrolados, que possam prejudicar as contas públicas
presentes e futuras;
❖ Apresenta a verdadeira estabilidade financeira e é um dos pilares
do crescimento sustentado do Estado;
❖ Antes de ser uma mera igualdade numérica entre receitas e
despesas, o princípio deve ser encarado como um conjunto de
parâmetros que confiram às contas públicas a necessária e
indispensável estabilidade, a fim de permitir ao Estado a
realização das suas finalidades;
❖ Não previsto na CF;
❖ Previsto nas legislações infraconstitucionais;
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PRINCÍPIO DA SUSTENTABILIDADE ORÇAMENTÁRIA
❖ derivado do ideal de equilíbrio fiscal em uma gestão responsável,
recomenda que para toda despesa haja uma receita suficientemente
bastante para financiá-la, a fim de evitar o surgimento de déficits
orçamentários crescentes ou descontrolados, que possam prejudicar as
contas públicas presentes e futuras.
❖ Através dele almeja-se alcançar resultados eficientes que permitam a
protração no tempo de um equilíbrio de modo estável ou sustentável
para a presente e as futuras gerações, com a gestão racional e prudente
da dívida pública, numa noção de solidariedade e equidade
intergeracional.
❖ Significa a capacidade de o Estado manter a sua solvabilidade;
❖ Capacidade de satisfazer atuais necessidades sem comprometer a
satisfação das necessidades futuras;
❖ Possibilidade de manutenção das políticas públicas atuais.
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PRINCÍPIO DA EQUIDADE FISCAL INTERGERACIONAL

❖ Como desdobramento da sustentabilidade financeira, que


revela a capacidade financeira de uma nação satisfazer
necessidades atuais sem comprometer as futuras.
❖ Pretende-se garantir que não se imporá às gerações futuras
o ônus financeiro da dívida pública contraída no passado, de
maneira que haja uma justa e proporcional distribuição
entre diferentes gerações dos benefícios obtidos com a
atividade estatal e os custos para o seu financiamento.
❖ Ex: LC 159/2017 – regime de Recuperação Fiscal para os
estados em grave desequilíbrio financeiro.

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Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA ECONOMICIDADE

❖ Princípio que objetiva a minimização dos


gastos públicos, sem comprometimento dos
padrões de qualidade. Refere-se à
capacidade de uma instituição gerir
adequadamente os recursos financeiros
colocados à sua disposição.
❖ CF, art. 70.

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Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO IMPOSITIVO
❖ Trata-se de princípio novo que define o dever de execução das programações
orçamentárias, o que supera o antigo debate acerca da natureza jurídica da lei
orçamentária, ou seja, se as programações representavam mera autorização
para a execução (modelo autorizativo) ou se, diante do sistema de planejamento
e orçamento da Constituição de 1988, poder-se-ia extrair o caráter vinculante da
lei orçamentária, o que acabou prevalecendo.
❖ O dever de execução é um vínculo imposto ao gestor, no interesse da
sociedade, que o impele a tomar todas as medidas necessárias (empenho,
contratação, liquidação, pagamento) para viabilizar a entrega de bens e serviços
correspondente às programações da lei orçamentária. A própria Constituição
esclarece que o dever de execução não se aplica nos casos em que
impedimentos de ordem técnica ou legal, na medida em que representam óbice
intransponível para o gestor. É o caso, por exemplo, da necessidade legal de
cumprir metas fiscais, o que requer contingenciamento das despesas.

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Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO IMPOSITIVO

❖ O caráter impositivo da execução do orçamento


importa apenas para as chamadas despesas
discricionárias (não obrigatórias). Isso porque a
execução das despesas “obrigatórias” - aquelas
cujo orçamentação, empenho e pagamento
decorrem da existência de legislação anterior, que
cria vínculos obrigacionais - define-se pela própria
norma substantiva, e não pelo fato de constar da
lei orçamentária.
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Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA REGIONALIZAÇÃO
❖ O princípio da regionalização do gasto público tem como propósito atender à
necessidade de se verificar, na elaboração e na execução da lei orçamentária, o
cumprimento do art. 3º, inciso III, da Constituição. Esse dispositivo elege, como um
dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, a redução das
desigualdades sociais e regionais.
❖ Essa disposição repercute nas normas constitucionais que regem as leis do ciclo
orçamentário. Seu cumprimento é objeto de atenção legislativa e de conflitos
federativos quando da apreciação do projeto de lei orçamentária. O § 7º do art. 165
da CF determina que os orçamentos fiscal e das estatais, compatibilizados com o
plano plurianual (que também é regionalizado, a teor do § 1º do mesmo artigo),
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
❖ Ou seja, a distribuição dos recursos no PPA e na LOA deve estar orientada de modo
a reduzir as desigualdades regionais. Do que decorre a necessidade de especificar o
local onde as ações serão promovidas, notadamente os investimentos públicos.

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Prof. Leandro Ravyelle
PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE

❖ Segundo Maria Teresa de Melo Ribeiro, o princípio da


imparcialidade relaciona-se com a conduta objetiva,
desinteressada, isenta, neutra e independente: imparcial será,
enfim, a atuação de quem, na avaliação ou na ação, na escolha ou
na decisão, se rege unicamente por critérios lógico-racionais, não
se deixando influenciar por sentimentos estranhos ao
circunstancialismo fatual envolvente, qualquer que seja a sua
origem, natureza ou relação com a questão controvertida
❖ [...] conduta verdadeiramente imparcial será apenas aquela que,
para além de obedecer a parâmetros racionais de
comportamento, tenha em atenção a totalidade dos interesses
afetados pela próprio ação.
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Prof. Leandro Ravyelle
PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO
❖ O princípio orçamentário da Precedência da Fonte de Custeio estabelece
que as despesas públicas devem ser custeadas por recursos previamente
arrecadados ou autorizados por lei. Isso significa que antes de realizar uma
despesa, é necessário ter uma fonte de recursos identificada e disponível
para cobrir os gastos.
❖ Esse princípio visa garantir a sustentabilidade das finanças públicas,
evitando o endividamento excessivo e a criação de obrigações financeiras
sem a devida previsão de recursos para o seu pagamento. Ele está
relacionado ao equilíbrio entre receitas e despesas no orçamento público.
❖ Em suma, o princípio da Precedência da Fonte de Custeio implica que as
despesas devem ser planejadas e executadas dentro dos limites das
disponibilidades financeiras do ente público, evitando a geração de déficits
e a dependência excessiva de endividamento.

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41. INÉDITA PROF. LEANDRO RAVYELLE 2023
O projeto de lei orçamentária, relativo ao exercício de 2023, deverá assegurar os princípios da justiça, da participação popular e
de controle social, de transparência e de sustentabilidade na elaboração e execução do orçamento. Acerca dos princípios
orçamentários segundo as diretrizes do Município de São Paulo, assinale a alternativa incorreta.
a) O princípio da sustentabilidade deve ser transversal a todas as áreas da Administração Pública Municipal e assegurar o
compromisso com uma gestão fiscal responsável e comprometida com a qualidade de vida da população, a eficiência dos
serviços públicos e o equilíbrio intertemporal do orçamento público
b) o princípio da participação da sociedade e de controle social implica assegurar a todo cidadão a participação na elaboração
e no acompanhamento do orçamento por meio de instrumentos previstos na legislação
c) o princípio da transparência implica, além da observância ao princípio constitucional da publicidade, a utilização de todos os
meios disponíveis para garantir o efetivo acesso dos munícipes às informações relativas ao orçamento
d) o princípio de justiça social implica assegurar, na elaboração e execução do orçamento, políticas públicas, projetos e
atividades que venham a reduzir as desigualdades entre indivíduos e regiões da cidade, bem como combater a exclusão social,
o trabalho escravo, principalmente por meio da efetividade de mecanismos econômicos
e) o princípio da transparência implica, além da observância ao princípio constitucional da publicidade, a utilização de todos os
meios disponíveis para garantir o efetivo acesso dos munícipes às informações relativas ao orçamento e sua execução, com foco
na transparência passiva dos órgãos e entidades municipais

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42. VUNESP TCM-SP 2023
Em conformidade com a Lei no 4.320/1964, assinale a alternativa que corresponde
de forma fiel à descrição do princípio orçamentário.
a) Orçamento bruto: determina que os valores devem ser apresentados sem
duplicidades.
b) Não afetação das receitas: veda a vinculação de arrecadação à determinada
atividade econômica.
c) Exclusividade: estabelece que os valores do orçamento representam autorizações
financeiras.
d) Unidade: impõe a cada ente federado a apresentação de orçamento
individualizado.
e) Universalidade: condiciona os fundos, as movimentações de valores e a tributação
ao exercício.
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43. VUNESP CAMPREV 2023
Segundo o princípio orçamentário da Universalidade, o orçamento:
a) deve ter todas as parcelas da receita e da despesa em seus valores
brutos, sem qualquer tipo de dedução.
b) deve ter as receitas e as despesas aparecendo de forma
discriminada.
c) deverá conter todas das receitas e todas as despesas.
d) deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de
tempo, geralmente um ano.
e) deve ser único, havendo apenas um orçamento para cada ente
federativo.
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44. VUNESP PREF. GUARULHOS 2023
Segundo o art. 34 da Lei no 4.320/1964, o exercício financeiro
coincidirá com o ano civil. Trata-se do princípio orçamentário
intitulado
a) anualidade.
b) universalidade.
c) temporalidade.
d) totalidade.
e) exclusividade.

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45. VUNESP ALESP 2022
De acordo com a Lei nº 4.320/1964, o exercício financeiro
coincidirá com o ano civil. Trata-se do princípio orçamentário
intitulado de
a) totalidade.
b) temporalidade.
c) periodicidade.
d) universalidade.
e) exclusividade.

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46. VUNESP PREF. JUNDIAÍ 2022
Uma das mais relevantes diretrizes para a organização das finanças públicas consiste
em assegurar que o orçamento público contenha a previsão de todas as receitas e
despesas do Estado, não existindo os chamados “orçamentos paralelos”, por meio
dos quais recursos desconhecidos de toda a sociedade poderiam ser destinados
conforme a discricionariedade de seus gestores, fora do escrutínio do restante da
sociedade. Pode-se afirmar que o princípio orçamentário diretamente relacionado à
diretriz citada é o princípio
a) do orçamento secreto.
b) do orçamento bruto.
c) da anualidade.
d) da universalidade.
e) da exclusividade.
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OBRIGADO
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Assunto
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