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Ficha Catalográfica

Como instituição centenária e que goza de absoluto prestígio entre os mato-


grossenses, a Polícia Militar tem constantemente trabalhado para aprimorar sua
prestação de serviços, fundamentais para a manutenção da Segurança Pública e da
paz social.
O Manual de Procedimento Operacional Padrão é exemplo disso. Um produto
que é fruto de profundos estudos e debates realizados entre renomados militares, que
se debruçaram para atualizar e uniformizar as mais eficientes práticas de
operacionalização da atividade, em consonância com a realidade do estado.
Com este guia, nosso efetivo de todos os comandos regionais de Mato Grosso
passa a ter à disposição uma nova diretriz padrão, o que garante a atuação com maior
firmeza, assertividade, segurança jurídica e, o mais importante, eficiência na proteção
do cidadão.
Temos uma das polícias militares mais equipadas e preparadas do país.
Seguramente, com esta atualização, a corporação avança em sua missão de proteger
a vida e o patrimônio da população, fazendo jus ao orgulho e à confiança depositada
pelo povo de Mato Grosso.

Mauro Mendes Ferreira


Governador do Estado
RESPEITO E EFICIÊNCIA
A renovação do POP – Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar
de MT, sela um novo momento de respeito do Estado com a sociedade.
Uma Polícia organizada, treinada, usando dos mais modernos avanços
tecnológicos, equipada, respeitada e eficiente, tem sido nesta gestão, um dos pilares
de nossa visão buscando a defesa de sua população.
Dar tranquilidade à sociedade, promover a interação das forças com o seu
povo e desenvolver políticas que atendam a todos os municípios, investindo em
monitoramento, equipamentos e valorização de nossas forças de segurança são o
caminho para um Estado que deseja crescer e progredir de forma plena.
Segurança é o alicerce do desenvolvimento sustentável de uma nação, assim
sendo, as práticas policiais devem ser moldadas e adaptadas constantemente ao
crescimento demográfico e populacional de MT.
Uma polícia atuante, forte, justa e qualificada será sempre o melhor caminho
para o futuro de seus cidadãos.

Otaviano Olavo Pivetta


Vice-Governador do Estado
O Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado de Mato
Grosso (POP PMMT) é uma ferramenta de controle de qualidade que serve a
propósitos muitos maiores do que apenas a padronização de atividades de uma
Instituição. A aplicação correta do POP é diretamente responsável por ampliar a
eficácia e o funcionamento dos processos, impactando assim diretamente ao
atendimento do serviço entregue à sociedade mato-grossense.
Nesse viés é importante ressaltar a preocupação com a atualização dos
processos que compõem o POP, demonstrando assim que a Polícia Militar busca a
inovação, modernização e aprimoramento técnico de seus policiais militares,
caminhando em conjunto com as ações de Segurança Pública do Estado.
A Segurança Pública é a garantia da proteção aos direitos individuais de cada
cidadão, baseado na prevenção e na repressão qualificada, com respeito à equidade,
à dignidade da pessoa humana e guiado pelo respeito aos direitos humanos e ao
estado democrático de direito.
Se qualificar e se preparar é essencial para que a Polícia Militar possa com
maestria bem cumprir os preceitos constitucionais garantidores da paz social, pois a
sociedade de bem merece ter uma polícia melhor todos os dias.

Cel PM César Augusto de Camargo Roveri


Secretário de Segurança Pública
A PM também é POP
É com imensa satisfação que trazemos à luz nova edição do Manual de
Procedimento Operacional Padrão da PMMT, comumente chamado de Manual do
POP. Uma polícia que se pretenda profissional não pode prescindir de procedimentos
operacionais sob método científico e contínuo aperfeiçoamento técnico. É preciso
lembrarmos ademais que a profissão policial militar reveste-se tanto do caráter jurídico
como das ciências policiais, objetos da obra que você agora tem em mãos.
Por isso, a atualização do POP ora lançada possui dois eixos: o primeiro, que
é apurar o fundamento legal às nossas ações, e o segundo, aprimorar o estado da
arte das técnicas policiais em termos de padronização para a tropa. Ambos, em
respeito aos direitos humanos.
Dessa forma, respalda-se o trabalho policial militar com ainda mais ressonância
ao que há de mais moderno em matéria de técnica policial e legislação, assim como,
ganha o cidadão ao receber uma polícia melhor preparada.
Nessa segunda edição do POP ainda temos um motivo especial para
comemorar. Trata-se da inserção de novos procedimentos, dentre os quais destaco a
abordagem à pessoa surda. Mais do que mera inserção trata-se, na verdade, de
necessária inclusão social, uma vez que o cidadão surdo passa a ser melhor atendido
pela PMMT. Citaria também uma ampla revisão de aspectos táticos que visam dar
melhor dinâmica na atividade bem como segurança e, reitero, respaldo às guarnições
no serviço operacional.
Por fim, gostaria de manifestar nossa confiança e agradecimento a todos os
colaboradores do presente Manual. Após mais de uma década desde a primeira
edição, teremos enfim meio efetivo a constar em todos os currículos de formação da
nossa PMMT, mas não só. A servir também de fonte de consulta a todos os
profissionais de segurança pública e operadores do direito que militam na área
criminal e da justiça militar.
Por fim, quero unir dois ditos proverbiais como reflexão. Atribui-se ao sábio
Confúcio a frase: “A essência do conhecimento consiste em aplicá-lo, uma vez
possuído”. O segundo dito é o que afirma outro sábio, Salomão: “o conhecimento é a
base da ação prudente”. Assim, faço votos que apliquemos este mais novo
conhecimento de modo a agirmos sempre com mais prudência. Em suma, servir e
proteger sempre com mais ciência.

Cel PM Alexandre Corrêa Mendes


Comandante Geral da PMMT
APRESENTAÇÃO

O presente Manual teve sua primeira edição no ano de 2009, onde naquela
época, o corpo técnico buscou o conhecimento principal na Polícia Militar do Estado
de Goiás, para a produção do Manual.
Com o passar dos anos houve a tentativa de revisão do presente Manual,
porém por alguns fatores, algumas comissões foram criadas, porém nunca houve uma
finalização dos trabalhos.
No ano de 2022, foi instituída a comissão através da Portaria nº
033/DEIP/PMMT/2021, de 18 de outubro de 2021, que tinha como missão promover
a revisão do Manual do Procedimento Operacional Padrão (POP) da Polícia Militar de
Mato Grosso (Boletim do Comando Geral nº 2868 de 17 de fevereiro de 2022).
Após um trabalho extenso, principalmente no que se refere a revisão, e
editoração no mês de julho de 2023, finalmente o Manual do Procedimento
Operacional Padrão teve sua revisão concluída e uma nova edição entregue.
Destacamos que todos os profissionais elencados no corpo técnico deste
Manual, trabalharam incansavelmente para que os policiais militares do Estado de
Mato Grosso tivessem um norte a seguir durante o desenvolvimento das atividades
de policiamento ostensivo.
Nota-se que o objetivo central deste Manual é a uniformização e padronização
de procedimentos, para que a sociedade como um todo saiba como a Polícia Militar,
por meios dos seus agentes de segurança, irão agir e tratá-los. É imperioso destacar
que o policial militar precisa estar preparado tecnicamente e necessita dispor de
equipamentos e ferramentas adequadas para o desenvolvimento de suas atividades.
Por fim, frisamos que esse Manual não é uma fonte esgotável de consultas,
mas sim um balizador da atividade finalística da polícia militar e ainda apresenta um
norte de como o policial militar deve agir ao se deparar com determinadas situações
durante o desenvolvimento de suas atividades policiais, contudo o policial militar deve
sempre ter em mente que o primeiro aspecto a ser respeitado é o legal.

Ten Cel PM Susane Tamanho


Editora-Chefe e Revisora Geral do Manual do POP PMMT
RELAÇÃO NOMINAL DO CORPO TÉCNICO

Comissão Organizadora:
Ten Cel PM Everson Cezar Gomes Metelo - Presidente
Ten Cel PM Fabiano Pessoa - Membro
Ten Cel PM Susane Tamanho - Membro

MÓDULO I - Uso da Força e Técnicas Individuais


Oficial Responsável pela Subcomissão - Ten Cel PM Sávio Pellegrini Monteiro
Ten Cel PM Rui Oliveira Teles Junior
Maj PM Rodrigo Varela Ferreira
Maj PM Marcos Gomes de Freitas
Maj PM Daniel Dias de Brito
Maj PM Abner James Lopes Campos
Maj PM Alexssandro Marcondes Freitag
Cap PM Diogo Pereira Santino da Silva
Cap PM Plinio Cristiano Ortt
1º Ten PM Lucas da Cruz Neves
2º Sgt PM Eduardo Souza Fernandes
3º Sgt PM Joari Dias de Lima Campos
3º Sgt PM Clerismar Santos Pereira
3º Sgt PM Wellington Alves de Souza
3º Sgt PM Allexander Barbosa Camargo Santos de Andrade
3° Sgt PM Luiz Felipe dos Santos
Sd PM Alexandre da Silva Lima

MÓDULO II – Abordagens Policiais


Oficial Responsável pela Subcomissão - Ten Cel PM Susane Tamanho
Cap PM Marcelo Moessa de Souza
1º Ten PM Flávio da Silva Barbosa
1º Ten PM Evandro Luis Mariano Bilhares
Sub Ten PM Dyrceu Leônidas de Almeida
Sub Ten PM Manoel Custodio de Campos
Cb PM Graison Carlos Gonçalves da Silva
MÓDULO III – Procedimentos Diversos
Oficial Responsável pela Subcomissão - Ten Cel PM Almir de França Ferraz
Ten Cel PM Everaldo Laranjeira Silva Filho
Cap PM Lucimar Gonçalves Borges
Cap PM André Parrilha Góes
Cap PM Luiz Fernando Lima Trabachin Façanha
1º Ten PM Vivianne Silva Metelo
1º Ten PM Pedro Henrique Silva Garcia
1º Ten PM Rodrigo Marcos Oliveira de Melo
1º Sgt PM Randalle Silva Hayashi
3° Sgt PM Rogério Francia Farias

MÓDULO IV – Ocorrências Policiais


Oficial Responsável pela Subcomissão - Ten Cel PM Paulo Cesar Vieira de Melo
Júnior
Ten Cel PM Benedito Martins de Carvalho Júnior
Ten Cel PM Ademar Júnior Duarte Lima
Ten Cel PM Ricardo Bueno de Jesus
Cap PM Arthur Merlin Rodrigues Major
Cap PM Daniel Rosa Masiero
Cap PM Késsia Adriane Ferraz Gasparoto
1º Ten PM Victor Agnelo Ribeiro Pizzatto
1º Ten PM Elizabete Cristina Ropck
1° Ten PM Anderson Przybyszewski Silva

MÓDULO V – Eventos Críticos


Oficial Responsável pela Subcomissão - Ten Cel PM Fabiano Pessoa
Maj PM Layo Lomanto de Queiroz
Cap PM Everton Bespalez
Cap PM Victor Hugo de Oliveira Marques
1º Ten PM Juliano da Costa Lima Pazeto
1º Ten PM Robson de Campos Mello Albuês
3º Sgt PM Eleison Rondon Pereira
3º Sgt PM Nivaldo Savala da Silva

MÓDULO VI – Policiamento Especializado


Oficial Responsável pela Subcomissão - Ten Cel PM Fagner Augusto dos Nascimento
Ten Cel PM Rafael Dias Guimarães
Ten Cel PM Robson Fernandes da Silva
Ten Cel PM Matheus Belphman Cacciolari
Maj PM Rafael Juliano dos Santos
Cap PM Alberto Pinheiro Ormond
Cap PM Lorran Leocádio Silva
1º Ten PM Edson Mendes Martins Júnior
1º Ten PM Carlos Manoel Marinho Sanches
1º Ten PM Jeandra Carla M. do Nascimento Pinheiro
1º Ten PM Olenil Natos Corrêa
1º Sgt PM Paulo César Dias Guimarães
Cb PM Gildney Valério de Souza
EDITORAÇÃO

Editora-Chefe: Ten Cel PM Susane Tamanho

Revisão Ortográfica: 3ª Sgt PM Valdirene Lemes da Silva

Diagramação e Design Gráfico: Sd PM Cleyton Rodrigues da Silva


SUMÁRIO
MÓDULO I – NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL

PROCESSO 101 – MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL ...... 22


POP 101.1 – Montagem do EPI – para revolver Cal. 38 e pistola Cal .40 ............................................ 24
POP 101.2 – Posicionamento do EPI .................................................................................................... 28
PROCESSO 102 – USO DE ALGEMAS ............................................................................................... 29
POP 102.1 – Preparação do EPI das algemas ...................................................................................... 30
POP 102.2 – Ato de algemação ............................................................................................................. 32
POP 102.3 – Preparação do EPI das algemas descartáveis (OPCIONAL). ......................................... 37
POP 102.4 – Ato de algemação com algemas descartáveis. REF: Curso de Técnicas de Controle de
Submissão – Portaria 001/DEIP/PMMT/2019. ....................................................................................... 39

PROCESSO 103 – USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA O.C ................................................. 43


POP 103.1 – Uso do espargidor à base de oleoresina capsicum (O.C.) gás pimenta para ação individual
................................................................................................................................................................ 44
POP 103.2 – Uso do espargidor à base de oleoresina capsicum (O.C.) gás pimenta para ação coletiva
................................................................................................................................................................ 47
PROCESSO 104 – USO DE ARMAS ELETROELETRÔNICAS DE INCAPACITAÇÃO
NEUROMUSCULAR TEMPORÁRIA (AINMT) ...................................................................................... 49
POP 104.1 – Emprego da arma (AINMT) em ocorrência policial ......................................................... 51
PROCESSO 105 – USO DO BASTÃO POLICIAL (TONFA) ................................................................ 54

POP 105.1 – Uso do bastão policial em abordagem à pessoa com instrumento contundente ............. 55
POP 105.2 – Uso do bastão policial em situações adversas ................................................................ 59
PROCESSO 106 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 e 357 ..................... 60

POP 106.1 – Inspeção do revólver ........................................................................................................ 61


POP 106.2 – Limpeza do revólver ......................................................................................................... 65
POP 106.3 – Cautela diária de revólver cal. 38 e 357 ........................................................................... 67

PROCESSO 107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5 ......... 68
POP 107.1 – Inspeção da Pistola .......................................................................................................... 69
POP 107.2 – Limpeza da Pistola ........................................................................................................... 73

POP 107.3 – Cautela diária de PT G17, G19 Gen 5, munição 9mm .................................................... 79
POP 107.4 – Check de funcionamento de PT G17, G19 Gen 5, munição 9mm .................................. 80

PROCESSO 108 – USO DA FORÇA POLICIAL .................................................................................. 87


POP 108.1 – Pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei portando instrumento contundente ..... 89
POP 108.2 – Envolvendo pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei com instrumento cortante,
perfurante ou perfurocortante................................................................................................................. 91
POP 108.3 - Envolvendo pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei com má visualização das mãos
................................................................................................................................................................ 94
POP 108.4 – Envolvendo pessoa empunhando arma de fogo ou simulacro ........................................ 96
POP 108.5 – Envolvendo infrator da lei com arma de fogo na mão de costas para a guarnição ......... 98
POP 108.6 – Envolvendo infrator da lei disparando arma de fogo em local com público ................... 100
POP 108.7 – Infrator da lei disparando arma de fogo com colete de proteção balística ..................... 102

POP 108.8 – Elemento causador da crise armado com arma de fogo ameaçando a vítima ............. 104

POP 108.9 – Envolvendo policial civil, federal, militar, militares das forças armadas (fardado ou à
paisana) ................................................................................................................................................ 105
POP 108.10 – Envolvendo pessoas menores de idade e/ou idosos em situações diversas ............. 107

POP 108.11 – Veículo em situação de fuga ........................................................................................ 108

POP 108.12 – Infrator da lei em edificações externas, corredores, janelas, na virada da esquina e
verificação de muros ............................................................................................................................ 110
PROCESSO 109 – APH POLICIAL..................................................................................................... 115

POP 109.1 – Montagem do Kit APH individual e Disposição adequada dos materiais....................... 117

POP 109.2 – Resgate do policial ferido ............................................................................................... 118

POP 109.3 – Protocolo MARC1 equivalente ao Protocolo MARCH da SENASP “M” de Massivo:
Controle do Sangramento Massivo de Extremidades; “A” de Ar: Controle das Vias Aéreas; “R” de
Respiração: Manutenção da Respiração; ............................................................................................ 120

POP 109.4 – Protocolo MARC1 equivalente ao Protocolo MARCH da SENASP “C” Calor: Prevenção
da Hipotermia Evacuação ................................................................................................................... 122

MÓDULO II – ABORDAGENS POLICIAIS


PROCESSO 201 – PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS ......................................... 130
POP 201.1 – Conhecimento da ocorrência .......................................................................................... 131
POP 201.2 – Deslocamento para o local da ocorrência ...................................................................... 133
POP 201.3 – Chegada ao local da ocorrência em viatura ................................................................... 135

POP 201.4 – Busca Pessoal ................................................................................................................ 137

POP 201.5 – Busca e identificação veicular ........................................................................................ 139


POP 201.6 – Condução à repartição pública competente ................................................................... 143

POP 201.7 – Apresentação da ocorrência na repartição pública competente .................................... 144

POP 201.8 – Encerramento da ocorrência .......................................................................................... 146


PROCESSO 202 – ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA ................................. 147

POP 202.1 – Localização da(s) pessoa(s) em fundada suspeita ........................................................ 148


POP 202.2 – Abordagem a pessoa(s) em fundada suspeita ............................................................... 149

POP 202.3 – Abordagem a(s) pessoa(s) surdo(s). .............................................................................. 152

POP 202.4 – Abordagem a pessoa(s) autista (s).. .............................................................................. 156

POP 202.5 – Abordagem a pessoa Caçador, Atirador ou Colecionador (CAC) em situação de porte de
trânsito. ................................................................................................................................................. 159

PROCESSO 203 – ABORDAGEM A INFRATOR(ES) DA LEI .......................................................... 171


POP 203.1 – Localização de pessoa(s) infratora(s) da lei ................................................................... 172

POP 203.2 – Abordagem a infrator(es) da lei ...................................................................................... 173


PROCESSO 204 – ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(S) EM FUNDADA
SUSPEITA............................................................................................................................................ 176

POP 204.1 – Abordagem a veículo ocupado por pessoa(s) em fundada suspeita ............................. 177
PROCESSO 205 – ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR
VIATURA QUATRO RODAS .............................................................................................................. 181

POP 205.1 – Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por viatura quatro rodas ............ 182
POP 205.2 – Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei com apoio de viatura duas rodas.
.............................................................................................................................................................. 186
POP 205.3 – Abordagem a veículo ocupada por infrator(es) da lei com apoio de viatura duas rodas.
.............................................................................................................................................................. 190
PROCESSO 206 – ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA
SUSPEITA POR VIATURA QUATRO RODAS .................................................................................. 194

POP 206.1 – Abordagem a motocicleta ocupada por pessoa(s) em fundada Suspeita por viatura quatro
rodas .................................................................................................................................................... 195
PROCESSO 207 – ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR
VIATURA QUATRO RODAS .............................................................................................................. 199

POP 207.1 – Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei. ............................................ 200
POP 207.2 – Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei com apoio de viatura quatro
rodas. .................................................................................................................................................... 203
POP 207.3 – Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei com apoio de viatura duas rodas.
.............................................................................................................................................................. 207
PROCESSO 208 – ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(S) EM FUNDADA
SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) ......................................................................... 211

POP 208.1 – Abordagem a veículo ocupado por pessoa(s) em fundada suspeita por VTR 02 rodas
(motocicleta) ......................................................................................................................................... 212
PROCESSO 209 – ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR
02 RODAS (MOTOCICLETA).............................................................................................................. 216

POP 209.1 – Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por VTR 02 rodas (motocicleta) . 217

POP 209.2 – Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por VTR 02 rodas (motocicleta) com
apoio de outra equipe em VTR 02 rodas ............................................................................................ 221

POP 209.3 – Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por VTR 02 rodas (motocicleta) com
apoio de outra equipe em VTR 04 rodas. ........................................................................................... 225

PROCESSO 210 – ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA


SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) ......................................................................... 229
POP 210.1 – Abordagem a motocicleta ocupada por pessoa(s) em fundada suspeita por VTR 02
rodas (motocicleta) ............................................................................................................................... 230

PROCESSO 211 – ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR


VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) ..................................................................................................... 234

POP 211.1 – Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei por VTR 02 rodas (motocicleta)
.............................................................................................................................................................. 235
POP 211.2 – Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei por VTR 02 rodas (motocicleta)
com apoio de outra equipe em VTR 02 rodas .................................................................................... 238
POP 211.3 – Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei por VTR 02 rodas (motocicleta)
com apoio de outra equipe em VTR 04 rodas. ................................................................................... 242
MÓDULO III - PROCEDIMENTOS DIVERSOS

PROCESSO 301 – PATRULHAMENTO COM VTR 04 (QUATRO) RODAS ..................................... 247

POP 301.1 – Procedimentos preliminares para o patrulhamento ........................................................ 248

POP 301.2 – Composição da guarnição em patrulhamento ................................................................ 249


POP 301.3 – Patrulhamento ................................................................................................................ 251

POP 301.4 – Paradas da viatura decorrentes do fluxo de trânsito ou outras paradas rápidas ........... 253

PROCESSO 302 – PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA)............. 254


POP 302.1 – Procedimentos preliminares ao patrulhamento .............................................................. 255

POP 302.2 – Composição da guarnição em patrulhamento ................................................................ 256

POP 302.3 – Patrulhamento ................................................................................................................ 258

POP 302.4 – Parada da viatura decorrentes do fluxo de trânsito ou outras paradas rápidas ............ 260
PROCESSO 303 – PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA (PE) ........................................ 261

POP 303.1 – Ponto de estacionamento de viatura 04 (quatro) rodas (PE) ......................................... 262

POP 303.2 – Ponto de estacionamento de viatura 02 (duas) rodas (motocicleta) (PE)...................... 264

PROCESSO 304 – ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO ................................................... 266


POP 304.1 – Acompanhamento e cerco a veículo .............................................................................. 267

PROCESSO 305 – BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA .......................................................... 270

POP 305.1 – Planejamento do bloqueio .............................................................................................. 271

POP 305.2 – Montagem do bloqueio ................................................................................................... 274


POP 305.3 – Comando do bloqueio .................................................................................................... 278

POP 305.4 – Segurança no bloqueio ................................................................................................... 280

POP 305.5 – Seleção de veículos no bloqueio .................................................................................... 282

POP 305.6 – Finalização do bloqueio .................................................................................................. 284


PROCESSO 306 – ATENDIMENTO EMERGENCIAL - 190 .............................................................. 285

POP 306.1 – Atendimento emergencial - 190 ...................................................................................... 286

PROCESSO 307 – PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO ........................................................ 289

POP 307.1 – Passagem de serviço motorizado .................................................................................. 290


MÓDULO IV - OCORRÊNCIAS POLICIAIS

PROCESSO 401 – PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME ............................................................ 296

POP 401.1 – Avaliação do local e dos materiais necessários para a preservação ............................. 297

POP 401.2 – Ação do policial militar para preservar o local de crime ................................................. 299
POP 401.3 – Término da preservação do local de crime e registro da ocorrência ............................. 301

PROCESSO 402 – VIAS DE FATO ..................................................................................................... 302


POP 402.1 – Medidas de resolução da ocorrência de vias de fato ..................................................... 303
PROCESSO 403 – OCORRÊNCIAS DE PERTURBAÇÃO DA PAZ SOCIAL ................................. 305

POP 403.1 – Atendimento de ocorrências de perturbação da paz social .......................................... 306

PROCESSO 404 – OCORRÊNCIAS DE DANO/DEPREDAÇÃO ..................................................... 309


POP 404.1 – Atendimento da ocorrência de dano/depredação .......................................................... 310

PROCESSO 405 – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER ......................... 312

POP 405.1 – Assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar ............................. 313
PROCESSO 406 – OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE(S) ............................................. 316

POP 406.1 – Identificação do nível funcional da autoridade ............................................................... 316

PROCESSO 407 – VEÍCULO LOCALIZADO ..................................................................................... 321


POP 407.1 – Atendimento de ocorrência de veículo abandonado/localizado ..................................... 322

PROCESSO 408 – ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA EM HORÁRIO DE FOLGA ....................... 324

POP 408.1 – Conhecimento da ocorrência estando o policial militar em horário de folga .................. 325
POP 408.2 – Chegada ao local da ocorrência .................................................................................... 326

POP 408.3 – Ação do policial militar após a chegada da GUPM ....................................................... 328
PROCESSO 409 – MORTE DE POLICIAL MILITAR ......................................................................... 329

POP 409.1 – Atendimento de ocorrência envolvendo morte de policial militar ................................... 330
PROCESSO 410 – AVERIGUAÇÃO E APREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL .......................... 332

POP 410.1 – Localização e apreensão de substância ilegal ............................................................... 333


POP 410.2 – Arrolamento de testemunhas ......................................................................................... 335

POP 410.3 – Identificação da substância ilegal ................................................................................... 336

PROCESSO 411 – BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR ............................................................... 337


POP 411.1 – Busca e apreensão domiciliar ........................................................................................ 338
PROCESSO 412 – ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA COM INDIVÍDUOS COM TRANSTORNOS
PSIQUIÁTRICOS ................................................................................................................................ 344
POP 412.1 – Atendimento de ocorrências com indivíduos com transtornos psiquiátricos ................. 345
PROCESSO 413 – OCORRÊNCIA ENVOLVENDO INDÍGENAS ..................................................... 347
POP 413.1 – Ocorrência envolvendo indígenas ................................................................................. 348
PROCESSO 414 – OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO PESSOA(S) TRANSGÊNERA(S) ................. 351
POP 414.1 – Atendimento de Ocorrências envolvendo Pessoa(s) Transgênera. ............................... 353
MÓDULO V - EVENTOS CRÍTICOS
PROCESSO 501 – CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO ............................................. 355

POP 501.1 – Deslocamento, aproximação e confirmação de ocorrência .......................................... 359


POP 501.2 – Constatação de ocorrência de crime violento contra o patrimônio no local .................. 360
PROCESSO 502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS ..... 363

POP 502.1 – Ameaça Falsa ................................................................................................................ 367


POP 502.2 – Ameaça Real ................................................................................................................. 373

POP 502.3 – Localização de Bomba ou Falsa Bomba ....................................................................... 376

POP 502.4 – Localização de Explosivo .............................................................................................. 380

POP 502.5 – Explosão ........................................................................................................................ 385

PROCESSO 503 – REINTEGRAÇÃO DE POSSE ............................................................................ 388


POP 503.1 – Cumprimento de requisição judicial de força policial para reintegração de posse ....... 389

PROCESSO 504 – MEDIDAS INICIAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISES POLICIAIS .............. 392

POP 504.1 – Cumprimento de requisição judicial de força policial para reintegração de posse ........ 393
PROCESSO 505 – MEDIDAS INICIAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISES ................................. 398

POP 505.1 – Primeira intervenção em ocorrências de crise envolvendo agressores ativos ............. 399

MÓDULO VI - POLICIAMENTO ESPECIALIZADO


PROCESSO 601 – ACIDENTE DE TRÂNSITO .................................................................................. 403
POP 601.1 – Atendimento de acidente de trânsito com vítima .......................................................... 405

POP 601.2 – Atendimento de acidente de trânsito sem vítima .......................................................... 411

PROCESSO 602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL ................................................ 413

POP 602.1 – Acionamento da guarnição do policiamento ambiental ................................................. 418


POP 602.2 – Transporte de Produtos de Interesse Ambiental ........................................................... 420

PROCESSO 603 – RADIOPATRULHAMENTO AÉREO .................................................................. 425

POP 603.1 – Pouso de aeronave em área restrita .............................................................................. 426


POP 603.2 – Embarque e desembarque ............................................................................................ 427
PROCESSO 604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS .......................... 432
POP 604.1 – Contato com Entidade Promotora/ Autoridades/ Reunião Estado Maior ...................... 436
POP 604.2 – Documentos necessários .............................................................................................. 439
POP 604.3 – Análise de Riscos .......................................................................................................... 441
POP 604.4 – Relacionamento com Público ........................................................................................ 443
POP 604.5 – Postos de Policiamento ................................................................................................. 446
POP 604.6 – Atuação Policial em Controle de Distúrbios Civis ......................................................... 449
POP 604.7 – Encerramento do Policiamento e Confecção de Relatório ............................................ 453
PROCESSO 605 – OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO COM CÃES ...................... 455
POP 605.1 – Acionamento da guarnição de policiamento com cães ................................................. 456
PROCESSO 606 – USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA RPA ................................ 458
POP 606.1 – Uso seguro de RPA nas Operações de Segurança Pública na PMMT ........................ 460
PROCESSO 607 – POLICIAMENTO FAZENDÁRIO ......................................................................... 465
POP 607.1 – Policiamento em Operações Policial Militar .................................................................. 465
COMENTÁRIOS:
1. PODER DE POLÍCIA: é a liberdade da administração pública de agir dentro dos limites
legais (poder discricionário), limitando se necessário, as liberdades individuais em favor
do interesse maior da coletividade. (Art. 78 do Código Tributário Nacional conceitua Poder
de Polícia). Trata-se de conjunto de atribuições concedidas à administração para
disciplinar e restringir, em favor de interesse público adequado, direitos e liberdades
individuais.
2. DESLOCAMENTO PARA LOCAL DE OCORRÊNCIA: vide art. 29, inciso VII do CTB: “O
Trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes
normas”:
VII – os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de
fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito,
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e
devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições:
1. quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos
os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a
direita da via e parando, se necessário;
2. os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a
via quando o veículo já tiver passado pelo local;
3. o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá
ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência;
4. a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade
reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas
deste Código;
5. atentar para que durante o deslocamento ao aproximar-se do local da ocorrência
reduza a velocidade e procure observar a movimentação, pois quando se está em baixa
velocidade aumenta possibilidade de detectar a ocorrência de fatos que se destacam
dentro da situação normal, fatos estes que podem ter correlação com a ocorrência a ser
atendida.
3. BUSCA PESSOAL: independe de mandado no caso de prisão ou quando houver
fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou
papéis que constituam corpo de delito. (Art. 244 do CPP).
4. BUSCA PESSOAL EM MULHERES: em princípio deve ser realizada por policiais
femininos, porém se houver a necessidade de rápida diligência, excepcionalmente,
poderá ser realizada por homem, para não acarretar o retardamento ou prejuízo da
diligência. (Art. 249 do CPP).
5. CONDUÇÃO DAS PARTES: vide Decreto nº. 8.858/2016, nos artigos 1º, inciso I, II e III,
art. 2º e art. 3º que dispõe sobre o uso de algemas: o emprego de algemas se dá na
condução de delinquentes detidos em flagrante, para proteção da integridade física, ou
que ofereçam resistência ou tentem a fuga; de ébrios, viciosos e turbulentos recolhidos na
prática de infração ou transporte de presos de uma dependência para outra.
6. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: a lei 8.069/90 define, no Art. 2º, como
criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e o adolescente de entre 12 a 18
anos. Também faz as seguintes observações:
7. Apreensão de Adolescente: de acordo com o Art. 172 o adolescente apreendido em
flagrante de ato infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade policial
(Delegado) competente.
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para atendimento de
adolescente e em se tratando de ato infracional praticado em coautoria com maior,
prevalecerá a atribuição da repartição especializada, que, após as providências
necessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria.
8. Apresentação de criança: em se tratando de criança infratora em flagrante de ato
infracional será apresentada ao Conselho Tutelar competente, vedada sua condução a
qualquer unidade policial de acordo com o Art. 262 – Enquanto não instalados os
Conselhos Tutelares as crianças serão apresentadas à autoridade judiciária (Juiz),
na forma a ser regulamentada pelo Poder Judiciário Local.
9. Transporte de Adolescente ou criança: “art. 178. O adolescente a quem se atribua
autoria de ato infracional não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento
fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua dignidade, ou que
impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade”.
10. Observação: “não esquecer de realizar a busca pessoal nas pessoas a serem
conduzidas na viatura”.
11. Constrangimento contra criança ou adolescente: art. 232. Submeter criança ou
adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento:
Pena - detenção de seis meses a 2 anos.
12. RESISTÊNCIA POR PARTE DA PESSOA A SER ABORDADA: tal procedimento implica
em o policial advertir a pessoa quanto ao seu comportamento esclarecendo tratar-se de
crime (desobediência, art. 330 CP). Em persistindo, a pessoa ainda poderá praticar outros
crimes (desacato, art. 331, e resistência, art. 329 CP), comuns nessas situações.
13. INSTRUMENTO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO (IMPO): é o conjunto de armas,
munições e equipamentos desenvolvidos com a finalidade de preservar vidas e minimizar
danos à integridade das pessoas. São características: reduzir os efeitos colaterais da
ação e promover uma intervenção menos gravosa. O emprego dos instrumentos não
pode ser entendido como uma justificativa para o seu uso indiscriminado, mas sim como
um objetivo a ser alcançado através da capacitação e do constante treinamento do
homem para a garantia da obtenção dos resultados desejados. Por isso, o policial deve
atentar-se para: “doutrina/regulamento; treinamento; estratégias e táticas”.
14. RECUSA DE DADOS SOBRE A PRÓPRIA IDENTIDADE OU QUALIFICAÇÃO: artigo 68
das Contravenções Penais (Dec. lei 3688/41).
15. ATO DE ALGEMAMENTO: o ato de algemar se justifica: 1) para garantir a integridade
física do preso e da GU; 2) dissuadir o preso de qualquer reação contra a GU ou fuga; 3) o
preso sabe que aquela poderá ser sua última chance de fuga (cavalo doido). Há que se ter
em mente que o ato de algemar gera uma sensação de incapacidade (pode gerar também
constrangimento), motivo pelo qual muitas das vezes ocorrem reação natural por parte da
pessoa em aceitar tal condição, principalmente quando se trata de pessoas que não
cometeram delitos tidos como “graves” (aqueles que atentem contra a vida ou a integridade
física das pessoas).
MÓDULO – I
NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - I
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
101
PROCESSO MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Materiais obrigatórios:
a. Uniforme Operacional: 4° F ou 4° F2, de acordo com o Regulamento de Uniformes da
PMMT;
b. Carteira de Identidade Funcional;
c. Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
d. Bloco de anotações e caneta;
e. PRIMEIRA LINHA (Cinto de Guarnição):
● Cinto de guarnição preto de material semirrígido com sistema de fixação ao cinto de lona
(velcro ou presilhas de sustentação);
● Arma de porte: Pistola calibre 9mm acondicionada em coldre com, no mínimo, retenção
nível II, na cor preta (a pistola deve ser acompanhada de no mínimo, três carregadores
plenos, um deles inserido nela e os demais, acondicionados em porta-carregadores);
● Torniquete tático homologado pelo CoTCCC ou aprovado pelo Comitê Brasileiro de APH
em Combate, acondicionado em porta torniquete;
● Algemas com chaves, acondicionada em porta- algemas;
● 01 (um) instrumento de menor potencial ofensivo (IMPO), podendo ser espargidor individual
de agente químico, Arma Eletrônica de Incapacitação Neuromuscular (AINM) (esta pode
ser transportada na segunda linha) ou bastão policial;
● Lanterna pequena.
f. SEGUNDA LINHA (Colete)
● Colete balístico (nível III-A) com a capa de revestimento lisa, com acessórios costurados ou
capa tática sistema MOLLE na cor preta;
● Rádio portátil (HT);
2. Materiais facultativos:
a. Apito;
b. Telefone Celular;
c. PRIMEIRA LINHA:
● Protetor lombar;
● Segundo instrumento de menor potencial ofensivo (IMPO);
● Canivete multiuso;
● Fiel retrátil.
d. SEGUNDA LINHA:
● Kit individual de primeiros socorros (IFAK), para aplicação do protocolo MARC1;
● Porta carregadores de arma portátil;
● Bornal para transporte de materiais diversos (bloco de anotação, caneta, luvas descartáveis,
carteira, celular, chaves de algema, apito, etc.);
● Padiola dobrável;
● Bolsa dorsal de hidratação.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Adoção de medidas 1. Montagem do Equipamento.
específicas 2. Posicionamento dos equipamentos nos acessórios do EPI.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Aprova o regulamento para as polícias militares Decreto Federal nº 88.777 de 30 de setembro de
e corpos de bombeiros militares (R-200). 1983.
Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força Portaria Interministerial n° 4.226, de 31 de
pelos Agentes de Segurança Pública. dezembro de 2010.
Aprova o regulamento de uniformes da Polícia
Militar do Estado de Mato Grosso – RUPM/MT Decreto nº 1.400 de 18 de outubro de 2012.
e dá outras providências.

101 – MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL. 22


Decreto 7.904, de 27 de junho de 2006, do
Aprova a Diretriz Conjunta 006/2006.
Governo do Estado de Mato Grosso.
Regulamenta a aquisição uso e porte de arma, Diretriz conjunta 002/2006 da Secretaria de
colete balístico e munições. Segurança Pública.
Define e padroniza as armas de porte a serem
adquiridas e utilizadas no âmbito da Secretaria Portaria nº 096/2021/GAB-SESP/MT de 16 de
de Estado de Segurança Pública de Mato março de 2021.
Grosso e suas unidades desconcentradas.
Padronização de armamento de porte da
Nota Técnica n° 01/2021/SESP/MT de 04 de
secretaria de estado de segurança pública do
março de 2021.
estado de mato grosso.
Ofício nº 03407/2021/GCG/PM de 01 de dezembro
Autorização de uso do novo fardamento 4° F2
de 2021.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia
POP-PMGO. Militar do Estado de Goiás, de 11 de novembro de
2004.
Institui a norma Técnica Atinente à Armas
Eletrônicas de Incapacitação Neuromuscular
Portaria nº 197, de 23 de novembro de 2020 da
para utilização policial (NT-SENASP nº
Secretaria Nacional de Segurança Pública
002/2020- Armas Eletrônicas de Incapacitação
Neuromuscular-AINM).

COMENTÁRIO:
1. ARMA DE PORTE: Arma de fogo de dimensões e peso reduzidos, que pode ser portada por um
indivíduo em um coldre e disparada, comodamente, com somente uma das mãos pelo atirador,
enquadram-se, nesta definição, pistolas, revólveres e garruchas;
2. ARMA PORTÁTIL: Arma cujo peso e cujas dimensões permitem que seja transportada por um
único homem, mas não conduzida em um coldre, exigindo, em situações normais, ambas as
mãos para a realização eficiente do disparo;
3. NÍVEL DE RETENÇÃO DO COLDRE:
I. Nível de retenção, onde a arma de porte, ao ser acondicionada corretamente no coldre, tem
seu gatilho e guarda mato totalmente protegidos, só podendo ser acessados mediante o
saque (remoção parcial ou total desta arma do coldre);
II. Nível de retenção, onde existe algum dispositivo que impeça o saque sem que este seja
desarmado (ex. Alça de proteção tipo capacete, fita de náilon com botão de pressão ou trava
de guarda mato);
III. Nível de retenção onde há mais de um dispositivo que impeça o saque sem ser desarmado
(ex. Alça de proteção tipo capacete e trava de guarda mato simultaneamente).
4. CoTCCC: Comitê do Departamento de Defesa Americano responsável pelo TCCC, protocolo de
Atendimento Pré-Hospitalar (APH) militar daquele país;
5. Comitê Brasileiro de APH em Combate: Comitê responsável pelo MARC3, protocolo de APH
Policial adotado pela PMMT desde 2020.

101 – MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL. 23


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE
PROCESSO: 101
INDIVIDUAL.
PROCEDIMENTO: 101.1 Montagem do EPI.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Montagem do EPI;
2. Ajuste dos acessórios no cinto de guarnição.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Colocar os acessórios do cinto de guarnição, da direita para a esquerda (se destro) ou da
esquerda para a direita (se canhoto), da seguinte forma (orientação com o cinto removido,
esticado e apoiado pela parte interna em uma superfície):
a. Inserção do porta-algemas;
b. Inserção do coldre, para pistola 9mm;
c. Inserção do fiel retrátil (opcional);
d. Inserção do porta-canivete (opcional);
e. Inserção do porta-tonfa e/ou porta-espargidor de gás (caso não opte por portar Arma
Eletrônica de Incapacitação neuromuscular);
f. Inserção do porta-lanterna;
g. Inserção do porta-carregadores para pistola;
h. Inserção do porta-torniquete;
i. Ajuste do fechamento e fixação do cinto de guarnição de acordo com a medida da cintura do
usuário;
j. O policial militar poderá adotar um protetor lombar para melhor ergonomia e distribuição do
peso do equipamento.

Fig. 01 – Cinto de Guarnição

1. Colocar as placas balísticas na capa do colete;

101 – MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL. 24


Fig. 02 – Capa e Placa Balística

2. Colocar os acessórios, caso opte pelo uso destes, no colete balístico da direita para a
esquerda (se destro) ou da esquerda para a direita (se canhoto), da seguinte forma na linha
do umbigo (orientação com o colete removido e apoiado com a parte dorsal em uma
superfície):
a. Coldre para Arma Eletrônica de Incapacitação Neuromuscular (A.I.N.M);
b. Kit individual de primeiros socorros (IFAK) para aplicação do protocolo MARC1;
c. Porta-carregadores de arma portátil;
d. Bornal para transporte de materiais diversos;

Fig. 03 - Placa Balística

3. Colocar o porta-rádio HT no colete, na linha do peito ou próximo ao ombro (do lado da mão
fraca), a padiola dobrável (opcional) no bornal específico ou na capa de colete (face interna
da parte ventral) e a bolsa de hidratação (opcional) na parte dorsal do colete, acoplando a
mangueira na parte dianteira;

Fig. 04- Placa Balística

101 – MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL. 25


4. Colocar o cinto de guarnição ajustando de maneira confortável e firme ao corpo. Em seguida
acondicionar os equipamentos em seus devidos porta-equipamentos;

Fig. 05 – Cinto de Guarnição

5. Colocar o colete balístico ajustando de maneira confortável e firme ao corpo. Em seguida


acondicionar os equipamentos em seus devidos porta-equipamentos;

Fig. 06

6. Será facultado aos policiais militares montarem o cinto de guarnição utilizando coldre de
perna e bornal de perna, desde que estes contemplem, no mínimo, todos os itens obrigatórios
constantes neste procedimento.

Fig. 07

RESULTADOS ESPERADOS
1. Uso diferenciado da força policial, com a perfeita escolha do equipamento correspondente;

101 – MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL. 26


2. Proteção parcial do policial militar contra disparos de arma de fogo, com o uso do colete
balístico;
3. Disposição ergonômica e de fácil acesso aos equipamentos;
4. Disposição dos acessórios do lado da mão que empunhará e manuseará o respectivo
equipamento;
5. Distribuição equilibrada do peso total do EPI.
6. Distribuição equidistante das presilhas de sustentação, quando utilizadas, para fixação do
EPI ao cinto de lona;
7. Disposição dos equipamentos da porção frontal até a porção lateral do corpo, deixando a
porção lombar livre;
8. Cinto de guarnição e colete confortáveis e justos ao corpo;
9. Efetivo acondicionamento de todos os equipamentos colocados no conjunto.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso tenha esquecido a sequência de colocação dos acessórios, reinicie;
2. Caso não seja possível o uso de presilhas, devido ao uso protetor lombar, deve-se utilizar
velcro costurado tanto no protetor lombar, quanto no cinto de lona;
3. Se o EPI não ficar equilibrado e junto ao corpo, verifique o posicionamento das presilhas de
sustentação ou o ajuste de seu comprimento;
4. Se algum acessório ou equipamento estiver com defeito ou em mal estado de conservação,
providenciar sua troca o mais rapidamente possível;
5. Se o EPI não permanecer sustentado trocar os botões do fecho ou até mesmo as próprias
presilhas de sustentação;
6. Se qualquer um dos porta-equipamentos, não se fixar ou não segurarem os respectivos
equipamentos, providenciar a sua troca ou reparo;
7. Se algum acessório dificultar o deslocamento, posicionamento na VTR ou o saque do
equipamento, o policial poderá adequar seu cinto, sem deixar de usar os materiais
obrigatórios previstos neste processo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Posicionamento aleatório do equipamento, dificultando o rápido saque, ocasionando
retardamento do Uso Diferenciado da Força;
2. Falta de habilidade no emprego do equipamento, comprometendo o Uso Diferenciado da
Força;
3. Manter o cinto de guarnição em comprimento maior do que o necessário ao bom ajuste ao
corpo;
4. Montar o equipamento com acessórios dirigidos para outra categoria de usuário;
5. Utilizar acessórios em desacordo com o previsto para sua utilização;
6. Deixar faltar qualquer um dos itens mencionados como obrigatórios;
7. Manter em mal estado de conservação parte ou todo o conjunto do EPI;
8. Não observar o fechamento ideal dos porta-equipamentos, ensejando na perda do material
que nele estava contido ou provocando um incidente.

ESCLARECIMENTOS:
1. A posição de qualquer equipamento pode ser modificada e ajustada no cinto de guarnição,
para melhor comodidade e conforto do policial militar, o que não pode ser modificada é a
sequência dos equipamentos obrigatórios no cinto, que deverá ser mantida como um padrão
para todos;
2. Quando o policial militar tiver cautelado a Arma Eletrônica de Incapacitação Neuromuscular
(A.I.N.M) para o emprego operacional, esta ficará disposta no colete ou, excepcionalmente,
do lado contrário da arma de fogo no cinto de guarnição;

101 – MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL. 27


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E
PROCESSO: 101
PORTE INDIVIDUAL.
PROCEDIMENTO: 101.2 Posicionamento do EPI.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Certificação do bom acondicionamento geral dos equipamentos do EPI.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Acondicionar a lanterna de forma que sua lâmpada fique voltada para baixo;
2. Se for utilizar o espargidor de agente químico, acondicionar o frasco de gás espargidor, de
forma que a válvula fique sempre voltada para frente do policial militar, abotoando o porta-
espargidor de gás;
3. Acondicionar o bastão policial, de forma que o seu polmo lateral fique voltado para trás.
Abotoando no porta-tonfa;
4. Acondicionar os carregadores de todas as armas nos porta-carregadores, de forma
padronizada, da mesma maneira que utilizada nos treinos de recarga de arma portátil e de
porte nas instruções técnicas individuais;
5. Se for utilizado o canivete multiuso, este deverá estar fechado, abotoando ou fechando seu
suporte;
6. Acondicionar a pistola carregada no seu coldre, após a manutenção de 1º Escalão (vide POP
107), abotoar, fechar ou travar o coldre logo em seguida;
7. As algemas devem ser acondicionadas de acordo com o prescrito em seu respectivo
procedimento operacional padrão (vide POP 102).
8. Testar o acesso e o saque de todos os equipamentos tanto na primeira, quanto na segunda
linha, obedecendo os seguintes princípios de acesso:
a. Pistola e Algemas: acessadas pela mão forte;
b. IMPO, carregadores de todas as armas, lanterna, canivete multiuso, rádio HT: acessados pela
mão fraca;
c. Torniquete e IFAK: acessados com as duas mãos.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Posicionamento ergonômico de todos os equipamentos do EPI, permitindo uma utilização
rápida e precisa de qualquer um deles.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Ao constatar alguma irregularidade no acondicionamento de qualquer equipamento, corrigi-la
prontamente;
2. Caso a pistola tenha o sistema ADC (acionador do cão), o policial deverá carregá-la e realizar
o descanso do cão;
3. Em caso de dúvidas, não hesite, verifique novamente o material;
4. Certifique-se dos procedimentos de segurança de cada arma utilizada, verificando qual é o
sistema de acionamento do cão.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Desleixar-se na preocupação de manter todos os equipamentos bem acondicionados no EPI;
2. Deixar qualquer equipamento solto, pendurado ou sem a devida proteção;
3. Acondicionar os carregadores sem a preocupação do posicionamento correto;
4. Utilizar os suportes dos acessórios com velcros sem aderência ou com botões defeituosos.

101 – MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL. 28


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO I
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
102
PROCESSO USO DE ALGEMAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Preparação. 1. Preparação do EPI das algemas.
Execução. 2. Ato de algemação.
Preparação. 3. Preparação do EPI das algemas descartáveis.
Execução. 4. Ato de algemação com algemas descartáveis.
5. Preparação do EPI de cabos ou cordas.
6. Ato de Algemação com improviso de cabos e cordas.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Ato de algemação. Súmula vinculante nº 11 – STF.
Emprego da força. Art. 234 §1o / art. 242 – CPPM.
Curso de Técnicas de Controle de Submissão – Portaria
CTCS
001/DEIP/PMMT/2019

COMENTÁRIOS:

1. PREPARAÇÃO DO EPI E DAS ALGEMAS: O equipamento individual deve ser adequado e


ajustado para seu uso de forma confortável, para que não cause empecilho quando houver
necessidade de seu uso. O policial deve conservar os equipamentos sob sua guarda, a fim
de não afetar seu funcionamento e consequentemente para um melhor aproveitamento.
Entende-se que os equipamentos de proteção individual têm como objetivo principal subsidiar
a ação do policial na execução seu serviço de forma segura e atentando para as normas de
segurança do trabalho. A disponibilidade desses meios ao policial, bem como, o treinamento
para o seu uso correto caracteriza a materialização da aplicação dos direitos humanos aos
agentes responsáveis pela fiscalização do cumprimento das leis (Tratados e Convenções
Internacionais os quais o Brasil é signatário).

102 - USO DE ALGEMAS. 29


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 102 USO DE ALGEMAS.
PROCEDIMENTO: Preparação do EPI das algemas.
102.1
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Montagem do cinto de guarnição;
2. Padronização das algemas a serem utilizadas na PMMT, devido a existência de vários
modelos, acarretando a não uniformidade dos procedimentos;
3. Posicionamento das algemas no interior do porta-algemas;
4. Guarda da chave das algemas.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. O policial militar deverá manter seu cinto de guarnição de forma que o seu porta-algemas
fique na parte frontal do seu cinto de guarnição, preferencialmente antecedendo o seu coldre
(fig. 1). Obs: no caso de uma possível reação por parte do infrator da lei, tendo o PM que
empregar técnicas de imobilizações, as suas algemas sempre estarão acessíveis a ambas
as mãos;
2. Verificar o perfeito funcionamento dos elos de serviço a ser utilizado para o algemação, pois
será sempre o primeiro a ser manuseado pelo policial militar (fig. 2);
3. Durante a operação das algemas, suas fechaduras deverão estarem voltadas para a palma
da mão (fig. 3);
4. A fim de possibilitar tal posicionamento, o policial militar deverá segurar ambas as algemas
com as duas mãos, com os ganchos de fechamento voltados para frente e as fechaduras
voltadas para as palmas das mãos (fig. 5);
5. Verificar se as algemas estão destravadas;
6. Inserir as algemas com a corrente voltada para baixo no porta-algemas, fechando-o logo em
seguida, deixando preferencialmente a fechadura do elo de serviço voltada para o lado
externo e os ganchos de fechamento voltados para o meio do corpo do policial, seja ele
destro ou canhoto (fig. 6);
7. Realizar o teste de eficiência do travamento dos elos de serviço nos ganchos da catraca das
algemas, tentando movimentar os elos de serviço no sentido contrário (fig.7);
8. Guardar a chave das algemas em local de fácil acesso e seguro.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar monte seu EPI, observando o lado a ser posicionado o porta-algemas;
2. Que as algemas estejam destravadas e acondicionadas corretamente no porta-algemas,
para um saque rápido, seguro e preciso;
3. Que o policial militar esteja condicionado a sempre fazer uso das algemas eficientemente,
potencializando sua atuação de contenção e captura do infrator da lei;
4. Que o policial militar esteja sempre portando a chave das algemas em local apropriado e de
fácil acesso.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o porta-algemas esteja avariado, providenciar o reparo necessário ou até mesmo a
substituição do material o mais rápido possível;
2. Caso as algemas estejam em péssimas condições de uso, providenciar sua limpeza,
lubrificação ou a troca se for necessário;
3. Caso as algemas estejam travadas, introduza a chave na fechadura e gire-a no sentido
contrário ao da abertura, liberando o gancho de fechamento;
4. Antes do início do serviço verificar o atual posicionamento das algemas, bem como, realizar
o teste de verificação do seu perfeito funcionamento e de eficiência do travamento da catraca;
5. Caso a chave das algemas esteja em local inadequado, mude-a de posição, antes de sair
para o serviço;

102 - USO DE ALGEMAS. 30


6. Verificar se as chaves das algemas pertencem ao modelo usado.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Montagem errônea do EPI, de forma que o porta-algemas INACESSIVEL a ambas as mãos
do seu portador, dificultando o saque em situações de necessidade;
2. Permanecer com as algemas sem condições de uso, bem como, em porta-algemas
inadequado ao trabalho policial;
3. Manter as algemas em posicionamento incorreto ou desconhecido, podendo causar
embaraço no momento de seu uso;
4. Deixar de verificar o travamento das algemas e o teste de efetividade no início do serviço;
5. O policial militar perder as algemas por ter deixado o porta-algemas aberto;
6. O policial militar guardar a chave em local não sabido ou de difícil acesso, ensejando inclusive
sua perda

ESCLARECIMENTOS:

Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3


Porta-algemas montado na parte frontal Elo de Serviço. Fechadura voltada para a palma da
do cinto (na frente do PM), mão.
proporcionando acessibilidade a ambas
as mãos.

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6


Gancho de fechamento Ganchos de fechamentos voltado para Visão traseira, deixando as costas livre
frente de acessórios, que possam gerar
incomodo durante a jornada de serviço.

Fig. 7
Teste de efetividade das travas.

102 - USO DE ALGEMAS. 31


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 102 USO DE ALGEMAS.
PROCEDIMENTO: 102.2 Ato de algemação.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Posicionamento do infrator da lei para o ato de algemação;
2. Saque rápido das algemas na posição correta;
3. Algemação do primeiro punho do infrator da lei;
4. Correção de um dos elos durante o processo.
SEQÜÊNCIA DE AÇÕES
1. O policial comandante através de um comando de voz deverá posicionar o infrator da lei para
ser submetido ao algemação conforme a situação, levando em consideração o item 1 do
esclarecimento;
2. Após o posicionamento do infrator da lei, que deverá estar em pé, e com as mãos na cabeça,
o policial militar aproxima-se da pessoa abordada, com seu armamento no coldre e presilhado
e com o outro PM fazendo a segurança, realizará a devida busca pessoal (vide POP 201.4);
3. Diante do flagrante de delito o policial militar determinará que o infrator da lei coloque ambas
as mãos para trás;
4. O policial militar segurando em ambos os pulsos do infrator da lei, determinará que este. abras
as mãos e permaneça imóvel;
5. Posição em pé: O Policial segurará o punho do infrator da lei pelo torso da mão, realizará o
saque de suas algemas, e iniciará o procedimento de algemação pelo pulso do braço
controlado, na sequência realizará o algemação do punho restante, certificando-se que o
infrator da lei permaneça com as palmas das mãos imobilizadas para fora e as fechaduras
das algemas voltadas para cima.
a. No caso de uma tentativa de reação do indivíduo ora infrator da lei, o policial poderá
aplicar técnicas de condução ao solo, no intuito de imobilizar o agressor e/ou evitar sua
fuga;
6. Posição deitado: O Policial diante do flagrante de delito determinará que o infrator da lei deite
de bruços no solo, com os braços abertos e palmas das mãos voltadas para cima, e vire o
rosto para o lado oposto;
7. Realizar a aproximação e contato fora do alcance dos braços do infrator da lei;
8. Iniciar o controle sobre o braço do infrator da lei;
9. Imobilização;
10. Posicionamento sobre os calcanhares, ajoelhando-se;
11. Saque das algemas;
12. Aplicação das algemas no primeiro pulso controlado;
13. Alcance e aplicação das algemas no pulso seguinte;
14. Após o algemação o posicionamento dos punhos do infrator da lei devem estar com ambas
palmas voltadas para fora;
a. Verificar o grau de aperto dos ganchos de fechamento;
b. Executar com a mão-fraca ou forte o travamento dos ganchos de fechamento com a chave
das algemas;
c. Verificar se as fechaduras das algemas estão voltadas para cima.
15. Levantamento e Condução: Através de comandos verbais e auxílio físico ajudar o infrator
da lei algemado a virar-se de lado;
16. Através de comandos verbais e auxilio físico auxiliar o infrator da lei a sentar-se;
17. Através de comandos verbais e auxilio físico posicionar o infrato da lei na posição de joelhos;
18. Iniciar o procedimento de levantamento do infrator da lei algemado;
19. Realizar a condução controlado.

102 - USO DE ALGEMAS. 32


RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial saque rapidamente as algemas, minimizando todas as possibilidades de
reação do agressor;
2. Não haja risco do detido se lesionar desnecessariamente ou de que possa tentar reagir ou
retirar as algemas;
3. Que o policial verifique antes do ato de algemação as possibilidades de reação do agressor
com consequente luta corporal e disparo de arma de fogo;
4. Que o policial que está fazendo a segurança (cobertura), verifique durante todo tempo as
possibilidades de reação do agressor ou terceiros, bem como, a necessidade de
intervenção/auxilio ao seu parceiro em caso de resistência física à prisão, e da necessidade
de solicitar apoio de outras equipes policiais;
5. Que ambos os PM tenham o domínio contínuo do agressor e do ambiente ao longo do
processo.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Determinar insistentemente para que o infrator da lei desista da ideia de reagir ou agredir o
policial, evitando o confronto;
2. Caso perceba que o elo de serviço foi posto incorretamente no infrator da lei, somente o
remova em local seguro, (repartição pública pertinente), caso contrário será uma
oportunidade significativa para a reação neste;
3. Caso tenha se esquecido de travar os ganchos de fechamento, trave-os antes de conduzir
o infrator da lei à viatura policial, bem como verifique seu grau de aperto, a fim de evitar
lesões corporais no infrator da lei;
4. Caso haja uma investida do infrator da lei, afaste-se para que tenha possibilidade de defesa
e utilização de outros meios de contenção, como: técnicas de controle e submissão/defesa
pessoal, agente lacrimogêneo (gás de pimenta), arma de energia conduzida, bastão policial
ou, em casos legitimamente justificáveis, a própria arma de fogo, analisando o
escalonamento da força (vide POP 108);
5. Se o infrator da lei tentar fugir, usando de força moderada tente impedi-lo, devendo ser
esgotados os esforços no sentido de impedir sua fuga.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Iniciar o processo sem a devida cautela com a segurança, de ambos os policiais militares,
ou com a arma empunhada, ou coldreada, mas de presilha aberto, pelo PM que realizará o
algemação;
2. Permitir que o infrator da lei permaneça incorretamente posicionado, dando-lhe
possibilidade de reação e agressão contra o policial;
3. Não sacar e posicionar corretamente as algemas, de forma lenta e imprecisa;
4. Não verificar se as algemas estão com seus ganchos de fechamento travados antes e após
o processo de algemação;
5. O indivíduo ser algemado com as palmas das mãos para dentro e com o buraco da
fechadura da algema para baixo, facilitando que ele tente abri-las;
6. Conduzir de forma displicente a mão do infrator da lei;
7. Não observar se as fechaduras das algemas estão voltadas para cima;
8. O policial insistir em não adotar o condicionamento das ações, tendo um comportamento
inseguro para si e para o outro policial;
9. As algemas serem colocadas muito apertadas, lesionando o infrator da lei ou interrompendo
sua circulação sanguínea na região;
10. As algemas serem colocadas muito folgadas, facilitando a fuga do infrator da lei;
11. Fazer uso das algemas em desacordo com a lei.
RESULTADOS ADVERSOS
1. Hematomas nos pulsos causadas pelas algemas:
2. Infratores da lei agitados ou sob efeito de substancias químicas, decorrente da movimentação
excessiva após o ato de algemação, podem ficar com os pulsos lesionadas nas regiões que
ficam em contato com as algemas;
3. Infratores da lei na tentativa de fuga ou em estado de resistência física a prisão, após
algemados é comum decorrente do seu elevado nível de estresse, forçarem seus braços na
tentativa de se libertarem das algemas, podendo ficar com os pulsos lesionadas/marcados
nas regiões que mantem em contato com as algemas.
4. Hematomas/Escoriações pelo corpo:

102 - USO DE ALGEMAS. 33


5. Infratores da lei em estado de resistência física e/ou não cooperativos, precisam ser
imobilizados para suas próprias seguranças e de terceiros antes do ato de algemação.
Podendo virem a sofrer hematomas/escoriações em partes corpo decorrentes da própria
resistência física, não cooperação e desobediências às ordens policiais, sendo necessário o
uso da força física para submetê-lo à posição para algemação;
6. Alguns hematomas/ escoriações podem ser causados pelo tipo de superfície/terreno (asfalto,
terrenos acidentados...) onde o infrator de lei em estado de resistência física a prisão ou
desobediência fora algemado.

ESCLARECIMENTOS:
1. A decisão para posicionar o infrator (em pé ou deitado) deverá ser pautada nos seguintes
critérios:
a) Disponibilidade para posicionamento no local da abordagem;
b) Estrutura física do infrator;
c) Periculosidade do infrator;
d) Violência do crime cometido.

2. FORÇA MODERADA: considera-se a energia necessária para conter uma injusta agressão,
sem abusos ou constrangimentos, objetivando a proteção do PM e o controle do agressor (vide
POP 108);
3. SEQÜÊNCIA DO ALGEMAÇÃO – Posição em pé:

Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3


Após a realização da busca pessoal Determinar ao infrator da lei que Segurando ambos os pulsos do infrator
coloque as mãos para trás da lei, determinar que o mesmo, abras
as duas mãos e permaneça imóvel

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6


Segurar o punho do infrator da lei pelas Realizar o saque das algemas Realizar o algemação, começando pelo
costas da mão (metacarpo) pulso do braço controlado

102 - USO DE ALGEMAS. 34


Fig. 7 Fig. 8 Fig. 9
Subsequentemente realizar a Conduzir o infrator da lei através das Os punhos ficam com a região dorsal
algemação do pulso restante e ajustar algemas. para dentro
devidamente os elos de serviço e o
travamento das algemas

4. SEQÜÊNCIA DO ALGEMAÇÃO – Posição deitado:

Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3


Posicionamento do infrator da lei Realizar aproximação fora do alcance através do controle do punho e pulso do
deitado de bruços no solo, com braços dos braços do infrator da lei, e segurar infrator da lei, iniciar o posicionamento
abertos, palmas das mãos voltadas o pulso do braço a ser controlado. de controle e imobilização
para cima, e rosto virado para o lado
oposto do policial que realizará o
algemação.

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6


Controle do braço Posição para algemação Saque das algemas

Fig. 7 Fig. 8 Fig. 9


Iniciar o algemação pelo pulso do braço Na sequência algemar o outro pulso do Os punhos ficam com a região dorsal
controlado infrator da lei para dentro

102 - USO DE ALGEMAS. 35


Fig. 10 Fig. 11 Fig. 11.1
Solicitar e auxiliar o infrator da lei a virar- Determinar e auxiliar o mesmo a adotar Iniciar o levantamento e preparação do
se de lado e de costas para o policial a posição de sentado controle para a condução

Fig. 12
Controle de condução para evitar
tentativa de fuga ou resistência

102 - USO DE ALGEMAS. 36


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 102 USO DE ALGEMAS
PROCEDIMENTO: 102.3 Preparação do EPI das algemas descartáveis (OPCIONAL).
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Montagem do cinto de guarnição;
2. Padronização das algemas a serem utilizadas na PMMT, devido a existência de vários modelos,
acarretando a não uniformidade dos procedimentos;
3. Posicionamento das algemas no interior da porta-algemas;
4. Posicionamento das algemas descartáveis no cinto de guarnição.
5. Obs: É recomendado o uso de presilhas no cinto de guarnição, fins de que as algemas
descartáveis sejam melhor acomodadas ao cinto policial.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. O policial militar deverá manter seu cinto de guarnição de forma que suas algemas descartáveis
fiquem posicionadas na parte frontal ou traseira do seu cinto de guarnição. Obs: no caso de uma
possível reação por parte do infrator da lei o PM terá sempre as duas mãos livres para o emprego
de técnicas de controle e submissão/defesa pessoal, e suas algemas estão acessíveis a
qualquer uma de suas mãos.
2. Determinar a posição adequada do conjunto das travas, de forma que está fique melhor
acomodada no cinto de guarnição, fins de não ocasionar desconforto durante a jornada de
serviço do policial militar, ou enganchar em objetos ou obstáculos durante sua movimentação;
3. Passar as fitas de serviço entre o cinto de guarnição e demais acessórios (porta-carregadores,
presilhas, porta-algemas etc...);
4. Realizar a conferencia se as algemas descartáveis estão bem ajustadas ao cinto de guarnição,
fins de que não fiquem se soltando em momentos indesejados;
5. Portar um alicate de corte, fins de realizar a remoção segura das algemas descartáveis.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar monte seu EPI, observando o posicionamento adequado de suas algemas
descartáveis;
2. Que as algemas descartáveis estejam acessíveis ao saque, seguro e preciso;
3. Que o policial militar esteja condicionado a sempre fazer uso das algemas eficientemente,
potencializando sua atuação de contenção e captura do infrator da lei;
4. Que o policial militar esteja sempre portando alicate de corte, objetivando a remoção segura das
algemas descartáveis.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso as algemas descartáveis não fiquem bem acondicionadas ao cinto de guarnição,
providenciar presilhas de pressão para o seu melhor ajuste o quanto antes;
2. Caso as algemas estejam em péssimas condições de uso (sinais de ressecamento, rachaduras
visíveis), realizar o seu descarte imediato e substituição;
3. Antes do início do serviço verificar o posicionamento e condições das algemas descartáveis;
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Montagem errônea do EPI, de forma que as algemas descartáveis não fiquem acessíveis a
ambas as mãos durante o saque;
2. Permanecer com as algemas sem condições de uso, bem como, mal acondicionadas no cinto
de guarnição, inadequadas ao trabalho policial;
3. Manter as algemas em posicionamento incorreto ou desconhecido, podendo causar embaraço
no momento de seu uso;
4. O policial militar perder as algemas descraveis por tê-las deixado mal fixadas ao cinto, sem a
utilização de presilhas;
5. O policial militar não portar alicate de corte para a remoção segura das algemas descartáveis.
RESULTADOS ADVERSOS

102 - USO DE ALGEMAS. 37


• Hematomas nos pulsos causadas pelas algemas:
• Infratores da lei agitados ou sob efeito de substancias químicas, decorrente da movimentação
excessiva após o ato de algemação, podem ficar com os pulsos lesionadas nas regiões que ficam
em contato com as algemas;
• Infratores da lei na tentativa de fuga ou em estado de resistência física a prisão, após algemados
é comum decorrente do seu elevado nível de estresse, forçarem seus braços na tentativa de se
libertarem das algemas, podendo ficar com os pulsos lesionadas/marcados nas regiões que
mantem em contato com as algemas.
• Hematomas/Escoriações pelo corpo:
• Infratores da lei em estado de resistência física e/ou não cooperativos, precisam ser imobilizados
para suas próprias seguranças e de terceiros antes do ato de algemação. Podendo virem a sofrer
hematomas/escoriações em partes corpo decorrentes da própria resistência física, não
cooperação e desobediências às ordens policiais, sendo necessário o uso da força física para
submetê-lo à posição para algemação;
• Alguns hematomas/ escoriações podem ser causados pelo tipo de superfície/terreno (asfalto,
terrenos acidentados...) onde o infrator de lei em estado de resistência física a prisão ou
desobediência fora algemado.

ESCLARECIMENTOS:

Fig. 1 Fig. 2
Possibilidade de posicionamento das Possibilidade de posicionamento das
algemas descartáveis no cinto de algemas descartáveis no cinto de
Guarnição, na parte frontal Guarnição, na parte traseira

102 - USO DE ALGEMAS. 38


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 102 USO DE ALGEMAS.
Ato de algemação com algemas descartáveis. REF: Curso de Técnicas
PROCEDIMENTO: 102.4
de Controle de Submissão – Portaria 001/DEIP/PMMT/2019
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Posicionamento do infrator da lei para o ato de algemação;
2. Saque rápido das algemas na posição correta;
3. Algemação do primeiro punho do infrator da lei;
4. Correção do sentido das fitas de serviço durante o processo.
SEQÜÊNCIA DE AÇÕES
1. O policial comandante através de um comando de voz deverá posicionar o infrator da lei para
ser submetido ao algemação conforme a situação, levando em consideração o item 1 do
esclarecimento;
2. Após o posicionamento do infrator da lei, que deverá estar em pé, de joelhos ou deitado de
bruços e com as mãos sobre a cabeça, o policial militar aproxima-se da pessoa a ser
algemada, com seu armamento no coldre e presilhado com o outro PM fazendo a segurança;
3. O policial militar tocando nas costas do infrator da lei algemado dará a ordem para que este
coloque ambas as mãos para trás;
a. Posição em pé: Segura-se ambos os pulsos do infrator da lei e determina que este abra as
mãos e girando-as fiquem com as palmas voltadas para fora e que permaneça imóvel;
b. No caso de uma suposta reação do indivíduo a ser algemado esse posicionamento
contribuirá para a imobilização deste;
c. Segurar o punho do infrator da lei pelas costas da mão (metacarpo);
d. Sacar as algemas descartáveis pelo o seu centro (conjunto da trava);
e. Quanto ao conjunto da trava, estas deverão ser voltadas na direção do Policial Militar que
realiza o algemação, devendo ser posicionada logo após os pulsos do infrator da lei, e apoiada
com o polegar da mão que envolve o punho controlado, fins de deixar livre a abertura da trava
para a introdução das fitas de trabalho;
f. O ajuste das fitas de trabalho nos pulsos do infrator da lei preferencialmente seguirá o sentido
de fora para dentro, envolvendo os pulsos do infrator da lei, de forma que após devidamente
ajustadas, as sobras das fitas de serviço fiquem apontadas em direção ao policial militar que
realizou o procedimento de algemação;
g. Verificar se as fitas de serviço estão travadas e devidamente ajustadas nos pulsos do infrator
da lei;
h. Conduzir o infrator da lei segurando pelo conjunto da trava das algemas descartáveis,
segurando-as com a mão fraca, fins de ter condições de proteger seu armamento em relação
a terceiros.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial saque efetivamente suas algemas descartáveis, de forma a propiciar-lhe o
correto algemação do infrator da lei;
2. Minimização de riscos do detido se lesionar desnecessariamente ou de que possa tentar
reagir ou retirar as algemas descartáveis;
3. Que o policial verifique antes do ato de algemação as possibilidades de reação do agressor
com consequente luta corporal e disparo de arma de fogo;
4. Que o policial que está fazendo a segurança (cobertura), verifique durante todo tempo as
possibilidades de reação do agressor ou terceiros, bem como, a necessidade de
intervenção/auxilio ao seu parceiro em caso de resistência física à prisão;
5. Que ambos os PM tenham o domínio contínuo do agressor e do ambiente ao longo do
processo.

102 - USO DE ALGEMAS. 39


AÇÕES CORRETIVAS
1. Determinar insistentemente para que o infrator da lei desista da ideia de reagir ou agredir o
policial, evitando o confronto;
2. Caso perceba que as fitas de serviço foram postas incorretamente no infrator da lei, somente
o remova em local seguro, (repartição pública pertinente), caso contrário será uma
oportunidade significativa para a reação neste;
3. Caso haja uma investida do infrator da lei, afaste-se para que tenha possibilidade de defesa
e utilização de outros meios de contenção, como: técnicas de controle e submissão/defesa
pessoal, agente lacrimogêneo (gás de pimenta), arma de energia conduzida, bastão policial
ou, em casos legitimamente justificáveis, a própria arma de fogo, analisando o
escalonamento da força (vide POP 108);
4. Se o infrator da lei tentar fugir, usando de força moderada tente impedi-lo, devendo ser
esgotados os esforços no sentido de impedir sua fuga.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Iniciar o processo sem a devida cautela com a segurança, de ambos os policiais militares,
ou com a arma empunhada, ou coldreada mas de presilha aberto, pelo PM que realizará o
algemação;
2. Permitir que o infrator da lei permaneça incorretamente posicionado, dando-lhe
possibilidade de reação e agressão contra o policial;
3. Não sacar e posicionar corretamente as algemas descartáveis, de forma lenta e imprecisa;
4. Não segurar o punho do infrator da lei pelas costas da sua mão, oportunizando que este
agarre a mão do policial que faz o contato físico;
5. Realizar o algemação de forma que as sobras das fitas de serviço fiquem voltadas para as
costas do infrator da lei;
6. Introduzir a fita de serviço no orifício da trava não correspondente a mesma;
7. O policial insistir em não adotar o condicionamento das ações, tendo um comportamento
inseguro para si e para o outro policial;
8. As algemas serem colocadas muito apertadas, lesionando o infrator da lei ou interrompendo
sua circulação sanguínea na região;
9. As algemas serem colocadas muito folgadas, facilitando a fuga do infrator da lei;
10. Fazer uso das algemas em desacordo com a lei.
SEQÜÊNCIA DO ALGEMAÇÃO – Posição em pé:

Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3


Após a realização da busca Determinar ao infrator da lei que Segurando ambos os pulsos do
pessoal coloque as mãos para trás infrator da lei, determinar que o
mesmo, abras as duas mãos e
permaneça imóvel

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6


Segurar o punho do infrator da Realizar o saque das algemas Realizar o algemação, começando
lei pelas costas da mão pelo pulso do braço controlado
(metacarpo)

102 - USO DE ALGEMAS. 40


Fig. 7 Fig. 8
Subsequentemente realizar a Conduzir o infrator da lei através das
algemação do pulso restante e ajustar algemas.
devidamente os elos de serviço e o
travamento das algemas

SEQÜÊNCIA DO ALGEMAÇÃO – Posição deitado:

Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3


Posicionamento do infrator da lei Realizar aproximação fora do alcance Através do controle do punho e pulso do
deitado de bruços no solo, com braços dos braços do infrator da lei, e segurar infrator da lei, iniciar o posicionamento
abertos, palmas das mãos voltadas o pulso do braço a ser controlado. de controle e imobilização
para cima, e rosto virado para o lado
oposto do policial que realizará o
algemação.

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6


Controle do braço Saque das algemas Iniciar o algemação pelo pulso do braço
controlado

Fig. 7
Na sequência algemar o outro
pulso do infrator da lei

Observação:
Procedimentos de levantamento e condução do infrator da lei algemado, (vide pop 102.2)

102 - USO DE ALGEMAS. 41


ESCLARECIMENTO:

Considerando que o profissional Policial Militar decorrente do exercício da sua atividade, na


aplicação da lei, por diversas vezes depara-se com situações que exijam um alto grau de
adaptabilidade às mudanças do seu cenário operacional;
Considerando que já houveram casos em que o número de infratores da lei detidos, foram
maior que o número de algemas portadas pela equipe policial que atendiam a ocorrência (haja
vista que o POP INSTITUCIONAL previa uma algema por policial) e o reforço policial naquele
momento fora impossibilitado, seja pela localização (ambiente rural) da ocorrência ou pelo
limitado efetivo policial no local, a exemplo de algumas regiões pelo interior do Estado de Mato
Grosso onde a policia Militar se faz presente;
Considerando que instrumentos como cabos e cordas podem e já foram utilizados como
alternativos para a restrição temporária dos membros superiores em infratores que lei, em
situações EXTREMAS da ausência de algemas;
Considerando que existem nós específicos para simulação efetiva das algemas;
Sugere-se a possibilidade de implementação do porte e adaptação do uso de cabos e/ou
cordas para nós e amarrações característicos, como alterativos para à restrição temporária dos
membros superiores (algemas) em situações EXCEPECIONAIS, onde o número de algemas
portadas pela equipe POLICIAL seja inferior ao número de infratores da lei detidos em ocorrência.
Adaptadas aos procedimentos de algemação previstos no POP 102/2023.

102 - USO DE ALGEMAS. 42


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO I
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
103
PROCESSO USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA O.C.
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
1. Uso do espargidor à base de Oleoresina Capsicum (O.C.) -
Uso do espargidor.
Gás Pimenta.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Uso do espargidor de Gás
Vide a especificação do fabricante.
Pimenta.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMMT
de Mato Grosso.

103 - USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA O.C. 43


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 103 USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA O.C.
Uso do espargidor à base de oleoresina capsicum (O.C.) gás
PROCEDIMENTO: 103.1
pimenta para ação individual
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificar a situação em que será necessário o uso do espargidor:
a. Ações de autodefesa;
b. Controle de pequenos distúrbios;
c. Saturação de ambientes.
2. Dominar o agressor:
a. Usar técnica de imobilização;
b. Utilizar técnica de uso de algemas.
OBJETIVO DO USO DO ESPARGIDOR
1. O objetivo do uso do espargidor de gás de pimenta é ser utilizado pelo Policial Militar,
habilitado, diante de uma situação em que o agressor esboce resistência para cumprir ordem
legalmente emanada pelo Policial Militar. Contudo, diante da análise do ambiente feita pelo
Policial Militar, o uso da tonfa ou o contato físico poderão ser utilizados antes do uso do
espargidor.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Após o esgotamento das negociações verbais e antes do uso da arma de fogo,
caracterizam-se as situações em que se faz necessário, o uso do espargidor com gás
pimenta;
2. Preferencialmente deve ser empregado em ambientes abertos ou arejados, a favor do vento
(vento deverá estar no sentido do Policial Militar para o agressor) e que permitam rápida
descontaminação após o uso;
3. Adotar uma distância mínima de 1,5m (um metro e meio) do agressor ou resistente;
4. Sacar o espargidor do porta-espargidor preso ao cinto ou capa do colete balístico;
5. Levar o espargidor na direção do tórax do agressor ou resistente (fig.1);
6. Acionar o espargidor durante um segundo, aproximadamente;
7. Manter-se fora do alcance do agressor;
8. Dominar o agressor através do uso das algemas, (vide POP 102.2);
9. Após o domínio do agressor, descontaminá-lo, retirando-o do local impregnado pela
substância e levando-o para um ambiente arejado;
10. Constar no B. O. a utilização do gás pimenta.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Fazer cessar a agressão, diminuindo ao máximo a possibilidade de danos físicos no policial
militar, no agressor, ou em terceiros;
2. Que todo o uso do gás pimenta seja formalmente relatado, citando seu uso em auto de
resistência à prisão.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Orientar-se sobre o uso do material em caso de dúvidas, prazo de validade e verificar
visualmente se há algum mecanismo comprometido (quebrado, não encaixado, furado);
2. Ter sempre a consciência dos efeitos e reações fisiológicas causadas pelo gás pimenta,
processos de descontaminação, técnicas de uso do espargidor, bem como das técnicas de
domínio de um agressor;
3. Saber sobre as consequências legais quando do mau uso ou uso abusivo do gás pimenta;
4. Caso o tempo de exposição tenha provocado queimaduras, procurar auxílio médico com
urgência;
5. Enquanto o auxílio médico não for prestado, deverá lavar o local das queimaduras com água
corrente e em abundância;
6. Utilizar, se for o caso, solução de bicarbonato de sódio a 0,5%;
7. Em caso de excesso, providenciar socorro;
8. O Policial Militar só poderá utilizar o gás pimenta depois de ter treinamento específico.

103 - USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA O.C. 44


POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O policial militar não esgotar as negociações verbais;
2. O policial militar fazer uso do gás pimenta no agressor, após ele acatar suas ordens ou estar
incapacitado de agir;
3. O policial militar não ter checado se havia problemas no mecanismo de dispersão do
espargidor;
4. O policial militar analisar de forma errônea a situação em que deve usar o espargidor;
5. O policial militar ser dominado antes de conseguir sacar o espargidor;
6. O policial militar não saber acionar o espargidor ou acioná-lo de forma incorreta ou contra o
vento;
7. O policial militar acionar o espargidor a uma distância muito longa para que o gás tenha o
efeito desejado;
8. O policial militar usar o espargidor por um tempo muito curto ou muito longo, não atingindo os
objetivos desejados;
9. O policial militar ser contaminado pelo gás pimenta;
10. O policial militar permanecer em uma situação que possibilite ao agressor atingi-lo fisicamente
ou mesmo dominá-lo;
11. O policial militar não dominar o agressor, por demorar a agir ou por não dominar as técnicas
necessárias para a situação;
12. O policial militar usar de força física desnecessária após ter dominado o agressor, vindo a
incorrer em ilícito penal e administrativo;
13. O policial militar deixar de descontaminar agressor, levando-o para ambiente fechado;
14. O policial militar deixar de providenciar atendimento médico em casos de reações adversas
ao gás pimenta sofrida pelo agressor e resistente;
15. Não ter instrução e treinamento prático com gás pimenta;
16. Deixar de constar no B.O. e no respectivo Auto de Resistência a utilização do gás pimenta.

USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA OC EM USO INDIVIDUAL.

GL-108/OC mini GL-108/E mini

Fig. 1
Distância mínima: 1 m

103 - USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA O.C. 45


Fig. 2
Distância mínima: 1 m

Fig. 3
Distância mínima :1 m

ESPECIFICAÇÃO DO FABRICANTE:
CONDOR https://www.condornaoletal.com.br/gl-108-adv-mini/
NonLethal Technologies https://www.nonlethaltechnologies.com/O-A.htm

103 - USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA O.C. 46


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 103 USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA O.C.
Uso do espargidor à base de oleoresina capsicum (O.C.) gás pimenta
PROCEDIMENTO: 103.2
para ação coletiva.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificar a situação em que será necessário o uso do espargidor:
a. Ações de dispersão de pessoas e controle de tumultos;
b. Controle de médios e grandes distúrbios;
c. c) Saturação de ambientes.
OBJETIVO DO USO DO ESPARGIDOR
1. O objetivo do uso do espargidor de gás de pimenta para uso coletivo é ser utilizado pelo Policial
Militar, habilitado, diante de uma situação em que diversos agressores esbocem resistência
para cumprir ordem legalmente emanada pelo Policial Militar.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Após o esgotamento das negociações verbais e antes do uso da arma de fogo,
caracterizam-se as situações em que se faz necessário, o uso do espargidor com gás
pimenta;
2. Preferencialmente deve ser empregado em ambientes abertos ou arejados, a favor do vento
(vento deverá estar no sentido do Policial Militar para o agressor) e que permitam rápida
descontaminação após o uso;
3. Adotar uma distância mínima de 3,0m (três metros) dos agressores ou resistentes;
4. Já estar com o espigador em condições de uso;
5. Levar o espargidor na direção dos agressores ou resistentes (fig.1);
6. Acionar o espargidor durante um segundo, aproximadamente;
7. Manter-se fora do alcance do agressor;
8. Constar no B. O. a utilização do gás pimenta.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Manter o local seguro para a ação Policial Militar;
2. Afastar e dispersar agressores;
3. Que todo o uso do gás pimenta seja formalmente relatado, citando seu uso em auto de
resistência à prisão.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Orientar-se sobre o uso do material em caso de dúvidas, prazo de validade e verificar
visualmente se há algum mecanismo comprometido (quebrado, não encaixado, furado);
2. Ter sempre a consciência dos efeitos e reações fisiológicas causadas pelo gás pimenta,
processos de descontaminação, técnicas de uso do espargidor, bem como das técnicas de
domínio de um agressor;
3. Saber sobre as consequências legais quando do mau uso ou uso abusivo do gás pimenta;
4. Caso o tempo de exposição tenha provocado queimaduras, procurar auxílio médico com
urgência;
5. Enquanto o auxílio médico não for prestado, deverá lavar o local das queimaduras com água
corrente e em abundância;
6. Utilizar, se for o caso, solução de bicarbonato de sódio a 0,5%;
7. Em caso de excesso, providenciar socorro;
8. O Policial Militar só poderá utilizar o gás pimenta depois de ter treinamento específico.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O policial militar não esgotar as negociações verbais;
2. O policial militar fazer uso do gás pimenta nos agressores, após eles terem sido dispersados,
ou após acatarem as ordens ou estarem incapacitados de agirem;
3. O policial militar não ter checado se havia problemas no mecanismo de dispersão do espargidor;
4. O policial militar analisar de forma errônea a situação em que deve usar o espargidor;
5. O policial militar ser dominado antes de conseguir sacar o espargidor;

103 - USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA O.C. 47


6. O policial militar não saber acionar o espargidor ou acioná-lo de forma incorreta ou contra o
vento;
7. O policial militar acionar o espargidor a uma distância muito longa para que o gás tenha o efeito
desejado;
8. O policial militar usar o espargidor por um tempo muito curto ou muito longo, não atingindo os
objetivos desejados;
9. O policial militar ser contaminado pelo gás pimenta;
10. O policial militar permanecer em uma situação que possibilite os agressores atingi-lo
fisicamente ou mesmo dominá-lo;
11. O policial militar usar de força física desnecessária após a dispersão das pessoas ou o controle
do tumulto, vindo a incorrer em ilícito penal e administrativo;
12. Não ter instrução e treinamento prático com gás pimenta;
13. Deixar de constar em B.O. quando confeccionado, a utilização do espargidor.

USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA OC EM USO COLETIVO

Fig. 01
GL-108 ADVANTAGE MAX
Fonte: Manual do fabricante CONDOR

Fig. 02
Distância mínima de 3,0 m

ESPECIFICAÇÃO DO FABRICANTE:
CONDOR https://www.condornaoletal.com.br/gl-108-cs-max/
NonLethal Technologies https://www.nonlethaltechnologies.com/O-A.htm

103 - USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA O.C. 48


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO – I
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
104
USO DE ARMAS ELETROELETRÔNICAS DE INCAPACITAÇÃO
PROCESSO
NEUROMUSCULAR TEMPORÁRIA (AINMT)
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Armas Eletroeletrônicas de Incapacitação Neuromuscular Temporária (AINMT)
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Armas Eletroeletrônicas de
Incapacitação Neuromuscular 1. Emprego da pistola em ocorrência policial.
Temporária (AINMT)
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇAO NORMAS OPERACIONAIS
Código Penal Brasileiro. Art. 23 Exclusão de Ilicitude.
Art. 39 Estado de Necessidade e excludente de culpa. Art. 42
Código Penal Militar.
Exclusão de Crime.
8° congresso da ONU, com relação
ao uso da força pelos Agentes da Disposições gerais nos itens 2 e 4.
Lei.
Portaria n° 020-D Log, Portaria n° Autorização do Exército Brasileiro a Polícia Federal a
001-D Log, Termos da Lei n° aquisição de armamentos, equipamentos e munições não
7.102/83. letais.
PORTARIA Nº 197, DE 23 DE NT-SENASP nº 002/2020 - Armas Eletroeletrônicas de
NOVEMBRO DE 2020/ Incapacitação Neuromuscular Temporária (AINMT).
Ocorrência Policial contra agressor A regra de tueller / objeto cortante vs arma de fogo: excesso
armado com faca: na legítima defesa
Dispõe sobre o uso racional e diferenciado da força e
PORTARIA PMDF Nº 1.196, DE 27 estabelece regras gerais sobre o emprego de Instrumentos
DE AGOSTO DE 2021. de Menor Potencial Ofensivo (IMPOs) no âmbito da Polícia
Militar do Distrito Federal e dá outras providências.

1. ARMAS NÃO-LETAIS: O conceito Não-Letal não pode ser entendido como uma justificativa
para o seu uso indiscriminado, mas sim como um objetivo a ser alcançado através da
capacitação e do constante treinamento do homem para a garantia da obtenção dos
resultados desejados. Por isso, o policial deve atentar-se para: “Doutrina/regulamento;
Treinamento; Estratégias e Táticas.
2. PESQUISAS: Uma equipe médica do Instituto do Coração (Incor), de São Paulo, fez uma
pesquisa que foi apresentada no 62º Congresso Brasileiro de Cardiologia, na capital paulista,
em 2007. O Dr. Sérgio Timerman e equipe analisaram as alterações cardiovasculares
ocorridas em 579 voluntários que se submeteram a seguidos disparos da "Taser". Em 99,60%
dos participantes do estudo, houve o que os médicos classificam de "incoordenação
neuromuscular completa”, que é exatamente o efeito desejável por quem disparou a arma. No
0,4% restante, esse efeito foi parcial, e 48 horas após os voluntários sofrerem os disparos,
nenhum deles reportou sintoma de alterações cardiovasculares, queixa de dor no peito ou
arritmias. Após a avaliação do estudo, os médicos concluíram que a aplicação da "Taser" não
causou danos clínicos detectáveis a nenhum voluntário.

104 - USO DE ARMAS ELETROELETRÔNICAS DE INCAPACITAÇÃO NEUROMUSCULAR TEMPORÁRIA (AINMT) 49


3. ONU: O 8º CONGRESSO DA ONU refere-se ao uso da força pelos agentes da lei, nos
seguintes itens:
4. Os governos e entidades responsáveis pela aplicação da lei deverão preparar uma série tão
ampla quanto possível de meios e equipar os responsáveis pela aplicação da lei com uma
variedade de tipos de armas e munições que permitam o uso diferenciado da força e de armas
de fogo. Tais providências deverão incluir aperfeiçoamento de armas incapacitantes
não-letais, para uso nas situações adequadas, com o propósito de limitar cada vez mais
a aplicação de meios capazes de causar morte, ou ferimento às pessoas;
5. No cumprimento das funções, os responsáveis pela aplicação da lei devem, na medida
do possível, aplicar meios não-violentos antes de recorrer ao uso da força e armas de
fogo.
Fonte:http://www.portais.pe.gov.br/web/sds/exibirartigo.

104 - USO DE ARMAS ELETROELETRÔNICAS DE INCAPACITAÇÃO NEUROMUSCULAR TEMPORÁRIA (AINMT) 50


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
ARMAS ELETROELETRÔNICAS DE INCAPACITAÇÃO
PROCESSO: 104
NEUROMUSCULAR TEMPORÁRIA (AINMT)
PROCEDIMENTO: 104.1 Emprego da arma (AINMT) em ocorrência policial.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coletar informações precisas sobre a ocorrência;
2. Comparação entre a informação do Centro de Operações/CIOSP, e o constatado no local
da ocorrência policial;
3. Certificação dos dados irradiados;
4. Verificar a habilitação do PM para o uso das AINMT;
5. Atribuir responsabilidade ao operador e/ou responsável, para devida cautela das armas
eletroeletrônicas de incapacitação neuromuscular temporária (AINMT), no serviço diário,
quando da disponibilidade;
6. Medidas iniciais (vide POP 505).
7. Em todas as situações em que for utilizada a AINMT, um policial da equipe deverá estar
em condições de uso imediato de força letal, caso o indivíduo se altere passando este a
oferecer resistência ativa letal;
8. Que o uso da AINMT seja feito preferencialmente por uma equipe com pelo menos 3
(três) policiais, uma vez que um deverá fazer o acionamento do equipamento, outro fará
o algemamento do indivíduo e o terceiro policial será responsável em realizar a segurança
da equipe com arma letal.
MEDIDAS PREVENTIVAS
1. O policial militar, ao entrar de serviço, deverá inspecionar e testar o funcionamento da
AINMT, executando o teste de força e centelha, quando o tipo de armamento assim o
permitir.
2. Para inserir o cartucho no armamento, o policial militar deverá observar a seguinte rotina:
a. A arma deverá estar apontada para baixo em um ângulo de 45 graus;
b. O dedo deverá estar fora do gatilho de acionamento;
c. A face da mão nunca deverá estar na frente do cartucho;
d. O cartucho deverá permanecer fora da arma e apontado para um local seguro, sendo
instalado no momento que identificar a possibilidade de utilização, no caso da AINMT tipo
pistola;
e. Manter a trava de segurança, se houver, em todos os cartuchos enquanto estes estiverem
armazenados, bem como durante o transporte.
3. É vedado ao policial militar a utilização em serviço de AINMT, cartuchos e/ou acessórios
de AINMT não fornecidos pela Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Considerando o serviço operacional, o policial militar somente poderá utilizar os
cartuchos e acessórios de AINMT, fornecidos pela Polícia Militar do Estado de Mato
Grosso;
2. Após o recebimento e constatação da ocorrência policial, a guarnição deslocará para o
local do fato;
3. Ao chegar ao local da ocorrência a guarnição deverá analisar as condições do indivíduo
(homem, mulher, porte físico). Verificar se o uso da pistola da AINMT é adequado dentro
do uso seletivo da força a sua resistência.
4. Estabelecer as medidas iniciar do gerenciamento de crise e negociação, caso necessário
(vide POP 505);

104 - USO DE ARMAS ELETROELETRÔNICAS DE INCAPACITAÇÃO NEUROMUSCULAR TEMPORÁRIA (AINMT) 51


5. Cada guarnição deverá posicionar-se com segurança de maneira que todo o perímetro
seja contido e isolado, coordenado pelo policial comandante e com orientação do Centro
do Operações/CIOSP;
6. Após constatação da ocorrência, inicia-se uma negociação emergencial (vide POP 505)
desestimulando o infrator a desistir do seu ato seja contra si ou contra terceiros;
7. Em se constatando a real necessidade de utilização da AINMT durante o atendimento de
ocorrência, o policial deverá iniciar a verbalização com a mesma em condições de
utilização;
8. Que o policial tenha consigo no mínimo 01 (um) cartucho sobressalente em condições
de saque rápido
9. A visada com a AINMT deve ser feita, preferencialmente, no centro corpo e em grandes
áreas musculares e, se possível, nas costas;
10. A AINMT não deve ser utilizada na tentativa de reanimar pessoas que tenham sofrido
parada cardíaca, não podendo ser empregada para outra finalidade senão aquela para a
qual foi destinada no âmbito da ação policial e das suas condições de uso estabelecidas
pelo manual do fabricante;
11. Atendidos os requisitos descritos neste processo, durante a ação operacional, o policial
militar que entender que seja necessário o emprego da AINMT deve, sempre que
possível, comunicar/verbalizar a medida aos integrantes da guarnição;
12. O acionamento da AINMT deve ser efetuado pelo tempo estritamente necessário, para
proporcionar o domínio do indivíduo da ação agressora;
13. Em casos que o policial identificar falhas durante a utilização da AINMT deve informar
por meio de documento relatando a situação.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o acionamento da guarnição policial seja realmente necessário para o local dos
fatos;
2. Se verificar a real necessidade de emprego da (AINMT) nas situações: contenção de
pessoas com agressividade descontrolada, contenção de suicida (desarmado), defesa
contra agressor, contra animais e outros;
3. Nenhum policial militar venha a se ferir e extrapolar no uso de sua autoridade e poder no
local da ocorrência;
4. Que pela rapidez do atendimento a(s) pessoa(s) infratora(s) no local seja(m) detida(s) e
encaminhada(s) à repartição pública;
5. Que seja dado cumprimento às normas existentes sobre uso da AINMT, conforme o
manual de cada fabricante;
6. Que o operador policial da AINMT seja habilitado e credenciado para o seu uso para não
comprometer a imagem do profissional e instituição PM.
7. Que o policial mantenha sempre uma distância segura, de aproximadamente 8 à 10
metros em relação ao indivíduo;
8. Que o operador avalie o cenário e os riscos à integridade do indivíduo, em decorrência
da utilização da AINMT, como em pessoas posicionadas em locais muito afastados do
solo, considerando o risco de queda com ferimentos graves ou até mesmo a morte.
RESULTADOS ADVERSOS
1. Queimaduras;
2. Perfurações;
3. Lesões decorrentes de quedas;
4. E outros tipos de lesões decorrente do uso da arma (AINMT)
AÇÕES CORRETIVAS
1. Que o policial esteja apto a fazer uso da AINMT;
2. Realizar a detenção e encaminhar para atendimento médico para a retirada dos dardos
e solicitar ao médico que especifique se existem lesões decorrentes do uso da AINMT;
3. Nunca aponte a pistola de energia conduzida para outra pessoa se não pretende usá-la;
4. Mantenha a AINMT fora do alcance de crianças;
5. Substituir sempre as baterias descarregadas;
6. Para aumentar a vida útil da arma evite derrubá-la;
7. Mantenha as mãos longe da extremidade frontal da AINMT;
8. Nunca incline a AINMT quando for disparar a menos que o alvo esteja deitado;

104 - USO DE ARMAS ELETROELETRÔNICAS DE INCAPACITAÇÃO NEUROMUSCULAR TEMPORÁRIA (AINMT) 52


9. Não dispare a AINMT próximo a líquidos ou a vapores inflamáveis. A AINMT pode causar
ignição de gasolina ou outros combustíveis. Alguns sprays de auto defesa são inflamáveis
e será extremamente perigoso se usados em conjunto com a AINMT;
10. Não utilizar a AINMT no indivíduo dentro da água, pois poderá afogar-se, devido a
incapacitação temporária causada pela AINMT, a menos que tenha condições de
resgatá-lo com segurança imediatamente após o disparo;
11. Assegurar que a AINMT esteja desligada e carregada quando não se pretende o uso
imediato;
12. Recomenda-se que a AINMT seja transportada somente em coldre ou caixa de transporte
certificado.
13. Caso o circuito não feche, e a descarga elétrica não ocorra gerando assim o efeito
incapacitante, o operador deverá trocar o cartucho, e realizar um novo disparo;
14. Caso o 1º (primeiro) ciclo da AINMT não seja suficiente para cessar a resistência ativa
por parte do indivíduo, o operador deverá repetir o ciclo até que seja possível realizar o
algemamento.
15. O uso da AINMT em contato direto com o corpo não causa o efeito incapacitante
desejado, porém pode ser utilizado com fins de auxiliar no algemamento, ou mesmo caso
haja luta corporal e o indivíduo tente tomar a AINMT ou sua arma de fogo, uma vez que
a essa técnica resultará em um efeito de repelir ou afastar o indivíduo.
POSSIBILIDADES DE ERROS
1. Não tomar os cuidados necessários que a ocorrência requer diante do cenário policial;
2. Não se ater as regras de utilização do modelo e marca específica da AINMT;
3. O operador da AINMT utilizar de forma incompatível e desnecessária;
4. Deixar de se ater ao uso seletivo da força.

ESCLARECIMENTOS:

1. TODAS as dúvidas pertinentes ao uso do equipamento, bem como sua conservação


deverão obrigatoriamente seguir as recomendações do fabricante;
2. Para os fins deste processo, considera-se uso racional e diferenciado da força o conjunto
de técnicas e recursos seletivos disponibilizados para assegurar o cumprimento das
atribuições da Polícia Militar na aplicação da lei, no restabelecimento e preservação da
ordem e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, mediante adequação entre meios
e fins.

104 - USO DE ARMAS ELETROELETRÔNICAS DE INCAPACITAÇÃO NEUROMUSCULAR TEMPORÁRIA (AINMT) 53


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - I
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
105
PROCESSO USO DO BASTÃO POLICIAL (TONFA)
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
1. Uso do bastão policial durante abordagem à pessoa armada
Uso do Bastão policial (Tonfa). com arma branca contundente.
2. Uso do bastão-tonfa em situação adversa.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado de
POP-PMMT.
Mato Grosso, de 11 de Novembro de 2004.

COMENTÁRIO:
1. USO DO BASTÃO TONFA: O bastão tonfa é um armamento individual, portátil, leve, resistente
e durável, destinado ao uso DEFENSIVO nas ações de policiamento, podendo ser utilizado em
ações de controle de multidões, obedecendo às peculiaridades da situação. Embora possua
como característica básica a defesa, poderá ser empregado com técnicas ofensivas, sendo
que as duas técnicas de emprego visam inibir agressões à mão livre (socos, gravatas,
estrangulamentos, agarramentos e etc.), contra chutes, agressores armados com materiais
contundentes (garrafa, bastão de madeira, etc.). No atendimento de ocorrências, o policial terá
um mecanismo de apoio entre a utilização das técnicas de defesa à mão livre e o emprego da
arma de fogo.
2. ARMAS NÃO-LETAIS: O conceito Não-Letal não pode ser entendido como uma justificativa
para o seu uso indiscriminado, mas sim como um objetivo a ser alcançado através da
capacitação e do constante treinamento do homem para a garantia da obtenção dos resultados
desejados. Por isso, o policial deve atentar-se para: “Doutrina/regulamento; Treinamento;
Estratégias e Táticas.
3. RESISTÊNCIA POR PARTE DA PESSOA A SER ABORDADA: Tal procedimento implica em
o policial advertir a pessoa quanto ao seu comportamento esclarecendo tratar-se de crime
(desobediência, art. 330 CP). Em persistindo, a pessoa ainda poderá praticar outros crimes
(desacato, art. 331, e resistência, art. 329 CP), comuns nessas situações.

105 – USO DO BASTÃO POLICIAL (TONFA). 54


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO.
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 105 USO DO BASTÃO POLICIAL (TONFA).
Uso do bastão policial em abordagem à pessoa com instrumento
PROCEDIMENTO: 105.1
contundente.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Aproximação à pessoa armada com material contundente;
2. Contenção do agressor.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Observar a movimentação do suspeito sempre mantendo uma distância segura;
2. Fazer uso do bastão tonfa, utilizando-se as técnicas de defesa consistentes em: Defesa e
desarme do oponente;
3. Surtindo o efeito do item anterior utilizar o bastão tonfa através de chaveamentos, fazendo a
imobilização, contenção e/ou condução do abordado;
4. Em se tratando de uma agressividade com grau de força considerável, o policial deverá fazer
o uso do bastão através de golpes buscando desarmar o oponente obedecendo ao uso
progressivo da força;
5. Após a contenção do agressor, proceder ao ato de algemamento (vide POP 102).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ação do policial seja enérgica;
2. Que a ação do policial seja proporcional à força do agressor até o encerramento de sua
resistência;
3. Que as técnicas de defesa ou ataque sejam efetivas para o encerramento das agressões.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Posicionamento da guarda do PM em relação ao agressor;
2. Atenção e concentração redobrada durante os procedimentos exigidos.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Uso do bastão policial em ocorrência em abordagem a pessoa com arma pérfuro-cortante
(faca ou facão), pérfuro-contundente (punhal ou lanças) ou cortante (foice). Diante destas
situações o policial deverá agir;
2. Manuseio incorreto do bastão policial;
3. Usar de força física excessiva para a contenção do agressor;
4. Falta de concentração.

ESCLARECIMENTOS:
1. Defesa: É composta, mediante uma agressão, de bloqueio sequenciado de uma reação.
2. Bloqueio: É o ato de barrar a trajetória da agressão, parando o objeto contundente com o uso
da tonfa.
3. Reação: Após o bloqueio da agressão o policial deverá utilizar técnicas de golpes ou
estocadas visando neutralizar sucessivos ataques.

ILUSTRAÇÕES:

105 – USO DO BASTÃO POLICIAL (TONFA). 55


DEFESAS

Fig.1 Fig. 2 Fig. 3


Defesa alta Defesa Média Defesa Média

ESTOCADA

Fig.4 Fig. 5
Estocada curta Estocada longa

Fig.6 Fig. 7
Estocada empunhadura Estocada empunhadura Invertida

105 – USO DO BASTÃO POLICIAL (TONFA). 56


GOLPES

Fig.8 Fig.9
Golpe Corte Golpe X

CHAVEAMENTOS:

SEQUÊNCIA DA IMOBILIZAÇÃO DE CONDUÇÃO

Fig. 10 Fig. 11

Fig. 12 Fig. 13

105 – USO DO BASTÃO POLICIAL (TONFA). 57


SEQUÊNCIA DA IMOBILIZAÇÃO DE CONDUÇÃO AO SOLO

Fig. 14 Fig. 15

Fig. 16 Fig. 17

105 – USO DO BASTÃO POLICIAL (TONFA). 58


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO.
MóDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 105 USO DO BASTÃO POLICIAL (TONFA).
PROCEDIMENTO: 105.2 Uso do bastão policial em situações adversas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Para quebrar vidro de veículos automotivos ou de residências, a fim de socorrer vítimas de
acidentes.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Empunhar o bastão policial segurando-o em empunhadura longa;
2. Se o objetivo for danificar o material em partes concentradas, o policial deverá segurá-lo
comomartelo, pela haste longa;
3. Com movimentos curtos e firmes realizar o quebramento do material alvo (vidros de
veículos automotivos ou residências).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Romper obstáculos numa ação de socorro a vítima de acidentes automotivos ou em
ocorrências em edificações.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Atenção e concentração redobrada durante os procedimentos exigidos;
2. Uso de material de proteção contra objetos cortantes, durante o procedimento.
POSSIBILIDADE DE ERROS
1. Ferir-se pela falta de cuidado durante o quebramento dos vidros;
2. Lançar o bastão policial contra pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei;
3. O não quebramento do vidro, devido a sua composição (blindagem).

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 1 Fig. 1
Empunhadura pela haste longa Empunhadura “martelo”

105 – USO DO BASTÃO POLICIAL (TONFA). 59


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO I
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
106
PROCESSO MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 e 357.
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Escova tubular confeccionada em aço, com proteções na haste e na ponta, específica para o
calibre do armamento;
2. Escova tubular confeccionada em crina, com proteções na haste e na ponta, específica para
o calibre do armamento;
3. Escova tubular confeccionada em algodão, com proteções na haste e na ponta, específica
para o calibre do armamento;
4. Escova em cabo de madeira com cerdas de aço inoxidável;
5. Pincel ou trincha de aproximadamente 25 mm (vinte e cinco milímetros);
6. Flanela ou pano de algodão, que não solte fiapos;
7. Produtos limpador e lubrificante de armamentos;
8. Material (jornal, saco plástico, bandeja) para formar uma plataforma de limpeza.
9. Caixa de areia para inspeção, carregamento e descarregamento do armamento antes e
depois das atividades de manutenção e entrada e saída do serviço. Dimensão: comprimento
= 1,20 m; largura = 0,60 m; profundidade = 0,40 m;
10. Mesa de madeira com altura mínima de 0,50 m; comprimento mínimo de 1,00 m e largura
mínima de 0,60 m;
11. Óculos de proteção.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Preparação. 1. Inspeção do revólver.
2. Limpeza do revólver.
Execução.
3. Cautela diária de revólver cal. 38 e 357.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Vide item 6.2.9 do Manual Básico de Armamento, Munição e
Manutenção e limpeza do revólver.
Explosivo da PMMT.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO.
de Goiás, de 11 de novembro de 2004.

ADVERTÊNCIAS
Armas são equipamentos mecânicos de precisão e devem ser submetidas a MANUTENÇÃO
CONSTANTE para evitar funcionamento inadequado que coloque em risco a vida do usuário e de
terceiros.
Armas de fogo são, por natureza, instrumentos potencialmente letais. O manuseio IMPRÓPRIO OU
DESCUIDADO pode causar acidentes graves, inclusive fatais.
O usuário não deve NUNCA, EM QUALQUER HIPÓTESE, apontar sua arma – carregada ou não – para
pessoas ou objetos que não deseja atingir.
Todas as armas devem SEMPRE ser tratadas como se estivessem CARREGADAS E PRONTAS PARA
USO.
Mantenha o dedo LONGE DO GATILHO sempre que a arma não estiver em uso ou não haja a
necessidade de efetuar o disparo.
NUNCA PUXE O GATILHO PARA TESTAR sua arma antes de verificar se ela está descarregada.
Carregue e descarregue sua arma com o CANO APONTADO PARA UM LOCAL SEGURO.
Ao entregar uma arma ou ao recebê-la, faça-o com o TAMBOR ABERTO E SEM MUNIÇÃO NA
CÂMARA.
Em caso de suspeita de obstrução do cano, imediatamente DESCARREGUE A ARMA para só então
verificar o interior do cano e tambor.
NUNCA COLOQUE A MÃO À FRENTE DO CANO de uma arma de fogo.
Nunca tente modificar o curso do gatilho de uma arma, isso pode AFETAR O SISTEMA DE
TRAVAMENTO e causar disparos acidentais.

106 - MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 E 357. 60


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 106 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 E 357.
PROCEDIMENTO: 106.1 Inspeção do revólver.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Utilização de local seguro para inspeção do armamento;
2. Quando da cautela da arma na reserva de armamento, sempre recebê-la aberta;
3. A retirada total das munições antes do início da inspeção;
4. O manuseio do armamento durante a inspeção;
5. Controle do cano e dedo fora do gatilho durante a inspeção do armamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Em local seguro, na caixa de areia, retire todas as munições do tambor do revólver (fig. 1);
2. Verifique a integridade das munições [amassamentos, coloração, projétil solto ou afundado,
espoleta irregular (fig. 2)];
3. Verifique possíveis irregularidades na integridade do armamento, ou seja, falta de peças,
danos provenientes do mau uso ou do desgaste natural;
4. Certifique se há sinais de disparo anterior no armamento a ser utilizado;
5. Verifique os Seguintes pontos no armamento:
a. O interior do cano, procurando detritos, rachaduras ou intumescimento (fig. 3);
b. As câmaras do tambor em cada movimentação;
c. A integridade da ponta do percutor ou percussor (fig. 4);
d. O correto funcionamento ao “armar/desarmar” do cão e do gatilho (fig. 5);
e. O giro do tambor em cada movimentação do cão e do gatilho;
f. O suave movimento de abertura e fechamento do tambor [vareta do extrator solta ou falta
de dedal serrilhado (fig. 6)];
g. O suave deslize do dedal serrilhado;
h. O funcionamento da vareta do extrator nos movimentos de extração;
i. deformações no aparelho de pontaria – alça e massa de miras (fig. 7);
j. Placa da coronha (direita e/ou esquerda) solta(s), trincada(s), deformada(s) ou danificada(s);
k. Argola do zarelho solta (fig. 8).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial execute com segurança a inspeção do armamento;
2. Que o policial consiga detectar eventuais danos, falhas ou falta de peças no revólver e nas
munições;
3. Eliminar poeiras, umidade, resíduos de pólvora, fragmentos de projéteis, detectarem defeitos
e imperfeições, e o mau funcionamento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o revólver estiver carregado, retire todas as munições;
2. Se as munições apresentarem alguma irregularidade, não hesite, substitua-as, comunique
e encaminhe-as a seção competente para solução do problema;
1. Se o revólver apresentar irregularidades que não possam ser solucionadas com a
manutenção de 1º escalão, não hesite, substitua-o;
2. Se o revólver apresentar irregularidade quanto ao funcionamento ou condições gerais
comunicar e encaminhar para a seção competente para solução do problema.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não utilizar local seguro para realizar inspeção do armamento;
2. Não descarregar totalmente o revólver antes de inspecioná-lo;
3. Não constatar sinais de disparo no revólver;
4. Não verificar atentamente os pontos importantes do armamento e das munições;
5. Não comunicar e encaminhar à seção competente sobre os problemas detectados no
armamento durante a inspeção;
6. Tentar solucionar por conta e risco, problemas apresentados no armamento quanto ao
funcionamento, quando este necessita de solução de manutenção de 2º escalão em diante.

106 - MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 E 357. 61


Ilustrações:

Fig. 1
Inspeção do Revólver Cal. 38 e 357

Fig. 2
Tipos de Defeitos na Munição

Fig. 3 Fig. 4
Intumescimento Verificação do giro do tambor, Ponta do Percussor e Gatilho.

106 - MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 E 357. 62


Fig. 6 Fig. 7
“Armar/Desarmar” do Cão e do Gatilho Vareta do extrator

Fig. 8
Alça e Massa de mira com amassamento.

106 - MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 E 357. 63


Fig. 9
Argola do Zarelho

ESCLARECIMENTOS:

1. TESTE DE FUNCIONAMENTO: Para verificar o correto funcionamento do revólver, será


necessária uma caneta modelo BIC. Com o revólver desmuniciado, e já feito o check visual, sendo
constatado que não há munições no referido armamento; feche o tambor; puxe o cão a
retaguarda, armando assim o cão; insira a caneta pelo cano, com a parte traseira da caneta
voltada para o percussor; após isso, efetue o acionamento da tecla do gatilho e verifique se a
caneta será ejetada do armamento, se sim, o percussor está operante. Em sendo constatado o
não funcionamento, fica sob a responsabilidade do referido militar a informação do fato ao setor
responsável.
2. LOCAL SEGURO: É aquele onde o Policial Militar pode manusear a sua arma sem oferecer risco
a qualquer pessoa, normalmente dotado de um anteparo frontal à área de manuseio, ausente de
obstáculos que possibilitem o ricochete e com controlada circulação de pessoas.
3. ATO INSEGURO: É a conduta inadequada do usuário do armamento quando por imprudência,
imperícia ou negligência, deixa de agir preventivamente e utilizar as normas de segurança
relativas à conduta com o armamento.
4. CONDIÇÃO INSEGURA: É proveniente da falta de condições técnicas de uso do armamento ou
munição, no qual o usuário desconsidera tal situação, assumindo os riscos de acidentes ou outro
sinistro relativo ao seu uso indevido.
5. FINALIDADE DA MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO: Aumentar a vida útil do armamento e
garantir o seu bom funcionamento no emprego operacional.
6. VERIFICAÇÃO DA PONTA DO PERCUSSOR: Para verificar se o percussor está em situação de
funcionamento, o policial deverá abrir o tambor da arma segurando-a com a mão forte, pressionar
o dedal serrilhado para trás com o dedo polegar da mão fraca e armar o cão com o dedo polegar
da mão forte. Com o cão armado (a retaguarda) pressione o gatilho e observe visualmente o
orifício de saída do percussor, constatando se ele irá sair para fora do orifício.
Obs.: Caso o percussor não apareça, significa que o armamento apresenta problema, providencie
o encaminhamento à seção responsável para que proceda o conserto do armamento.
7. RESPONSABILIDADES E FINALIDADES DOS ESCALÕES DE MANUTENÇÃO:
a. Montagem 1º escalão: Preventiva destinada ao usuário do armamento;
b. Montagem 2º escalão: Preventiva e de responsabilidade da seção competente pela guarda e
conservação (seção de armamento e/ou reserva de armas);
c. Montagem 3º e 4º escalões: De correção e reparação havendo a necessidade de inspeção de
um técnico especializado. Deve ser encaminhado o armamento a Diretoria de Apoio Logístico e
Patrimônio da PMMT, com o devido relatório para as providências necessárias.

106 - MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 E 357. 64


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 106 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO DE REVÓLVER CAL. 38 E 357.
PROCEDIMENTO: 106.2 Limpeza do revólver.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Retirada de todos os resíduos do revólver e sua secagem.
SEQÜÊNCIA DAS AÇÕES
1. Forre o local com o material necessário para a plataforma de limpeza;
2. Aplique uma quantidade que julgar necessária, mediante as condições apresentadas, o
produto que auxiliará na remoção de resíduos, deixando-o agir por alguns minutos (caso o
revólver apresente sinais de disparo, deixá-lo por 10 (dez) minutos, pois a remoção
efetiva de resíduos de pólvora e chumbo só se dá mecanicamente);
3. Caso o revólver tenha sido disparado, utilize a escova tubular em aço, inserindo-a pela boca
do cano, e girando-a no sentido do raiamento, a fim de não danificar as raias (repetir tal
operação quantas vezes forem necessárias para bem limpá-lo);
4. Igualmente, utilize a mesma escova nas câmaras do tambor, contudo, sem efetuar o
movimento giratório, a fim de evitar a formação de rebarbas;
5. Após tais operações, utilizar a escova em cabo de madeira com cerdas de aço inoxidável na
face anterior do tambor e na antecâmara do cano, pois nesses pontos ficam resíduos de
pólvora e chumbo depois dos disparos;
6. No entanto, caso o armamento não tenha sido disparado, a sequência de ações não
abrangerá a utilização das escovas em aço, as quais só servem para a remoção de acúmulo
de resíduos de pólvora e chumbo necessariamente;
7. Com a escova em crina, cuja finalidade é a remoção de resíduos superficiais, faça uma
limpeza interna do cano e das câmaras do tambor;
8. Utilize o pincel (trincha) para a remoção de partículas em todas as regiões de difícil acesso,
pois se for utilizada a escovas sem proteções na haste ou ponta, haverá danificação e riscos
no armamento;
9. Aplique novamente o produto para a remoção dos resíduos restantes;
10. Utilizando a escova em algodão, secar completamente o interior do cano e as câmaras do
tambor;
11. Com a flanela ou um pano de algodão que não solte fiapos, efetue a secagem do
armamento, retirando o excesso de produto, deixando uma fina película de proteção;
12. Em relação às munições, o policial deve considerar que:
a. Não há recuperação de munições que estejam danificadas ou que apresentem eficácia
duvidosa (munições manuseadas);
b. Não se deve expor as munições ao sol ou calor, nem tampouco utilizar produtos químicos
para limpá-las;
c. Só é permitida a remoção a seco das partículas das munições;
d. O prazo de validade das munições não é auto-determinável, posto que dependerá da forma
de acondicionamento e da conservação diária.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que após a limpeza, o revólver esteja em perfeitas condições de uso;
2. Que seja mantido um bom estado de conservação do revólver;
3. Aumentar a vida útil do armamento e garantir o seu bom funcionamento no emprego
operacional.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Retirar os resíduos de pólvora e de chumbo restantes quando da difícil remoção;
2. Retirar os excessos de produtos químicos de limpeza e lubrificação.

106 - MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 E 357. 65


POSSIBILIDADES DE ERRO
1. A utilização inadequada das diferentes escovas, principalmente as escovas em aço;
2. Utilizar graxa, vaselina ou qualquer produto não indicado que venha a servir para o
acúmulo de partículas, as quais propiciam o emperramento e a deterioração antecipada do
armamento.
Obs: Não é permitido o uso de óleos de origem vegetal ou animal (óleos de cozinha, azeite,
banha, manteiga ou margarina);

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 1
Material para Limpeza

ESCLARECIMENTOS:

1. PRODUTOS LIMPADOR E LUBRIFICANTE: Os produtos limpador e lubrificante auxiliam na


remoção de resíduos de pólvora e de chumbo, contudo, o que realmente importa é a ação
mecânica de escovação. Os produtos a serem utilizados na limpeza e lubrificação deve ser de
origem mineral, preferencialmente isentos de hidrocarboneto (encontrados nos derivados de
petróleo como: querosene, óleo diesel, gasolina e solventes), cuja composição química
provoca a diminuição da vida útil da pistola, em razão de possuir partes confeccionadas em
alumínio e revestido com anodização, processo para o qual se recomenda a utilização de
produtos de origem mineral.
Exemplo: Óleo tipo WD 40
Obs: Não é permitido o uso de óleos de origem vegetal ou animal (óleos de cozinha, azeite,
banha, manteiga ou margarina, etc...).

106 - MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 E 357. 66


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 106 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO DE REVÓLVER CAL. 38 E 357.
PROCEDIMENTO: 106.3 Cautela diária de revólver cal. 38 e 357.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRITICAS
1. Recebimento do revólver cal. 38 ou 357 e munições junto à reserva de armamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber o revólver com 03 (três) cargas de munições, no mínimo.
2. A arma deverá ser entregue ao Policial Militar usuário, ABERTA, descarregada e manutenida;
3. Conferir o número da arma;
4. Conferir a quantidade de munições e suas condições de uso (vide POP 106.1);
5. Assinatura da cautela no livro de controle da reserva de armamento;
6. Dirigir a um local seguro (Caixa de Areia) para municiar e carregar o armamento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o livro da cautela do armamento e munições esteja preenchido corretamente;
2. Que o Policial Militar receba a arma e as munições conforme especificado no livro de cautela.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a numeração da arma ou a quantidade de munições estejam em desacordo com o livro
da cautela, deverá ser corrigido;
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Receber a arma de fogo fechada;
2. Preenchimento incorreto da numeração do armamento e/ou da quantidade de munições no
livro de cautela;
3. Receber a arma e munições com defeito;
4. Não identificar os defeitos na arma e das munições;
5. Não efetuar o Teste de Funcionamento, conforme Item 1 dos Esclarecimentos, prescrito no
Procedimento 106.1;
6. Não proceder com a comunicação/informação ao setor responsável de defeitos identificados;
7. Não efetuar a troca da referida arma, identificada com defeitos.

106 - MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CAL. 38 E 357. 67


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - I
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
107
PROCESSO MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Escova tubular confeccionada em crina, com proteções na haste e na ponta, específica para
o calibre do armamento;
2. Escova tubular confeccionada em algodão, com proteções na haste e na ponta, específica
para o calibre do armamento;
3. Escova com cerdas de material sintético (Nylon e poliéster);
4. Pincel ou trincha de aproximadamente 25 mm (vinte e cinco milímetros);
5. Flanela ou pano de algodão, que não solte fiapos;
6. Produtos limpador e lubrificante de armamentos, que preferencialmente não contenham
hidrocarbonetos;
7. Material (jornal, saco plástico, bandeja) para formar uma plataforma de limpeza;
8. Caixa de areia para inspeção, carregamento e descarregamento do armamento antes e
depois das atividades de Manutenção, entrada e saída de serviço. Dimensão: comprimento
= 1,20 m; largura = 0,60 m; profundidade = 0,40 m.
9. Mesa de madeira com altura mínima de 0,50 m, comprimento mínimo de 1,00 m e largura
mínima de 0,60 m;
10. Óculos de proteção.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Preparação. 1. Inspeção da pistola.
2. Limpeza da pistola.
Execução. 3. Cautela diária de Pistolas G19 e G17, e munições
Cal.9mm.
4. Check de Funcionamento da pistola.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Manutenção e limpeza da Vide artigo 7º, itens 2-61, 2-62, 2-63, 2-64 do Manual Básico de
Policiamento Ostensivo (M-14-PM), que trata sobre inspeção,
pistola.
conservação, regras de segurança e limpeza do armamento.
Curso Armeiro Pistola Glock

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 68


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 107 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen 5
PROCEDIMENTO: 107.1 Inspeção da Pistola.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Utilização de local seguro para inspeção do armamento;
2. A retirada total das munições antes do início da inspeção;
3. O manuseio do armamento durante a inspeção;
4. Controle do cano e dedo fora do gatilho durante a inspeção do armamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Em local seguro, na caixa de areia, retire o carregador do armamento;
2. Puxe o ferrolho para trás, certificando-se do esvaziamento da câmara;
3. Verifique a integridade das munições (amassamentos, coloração, projétil solto ou afundado,
espoleta irregular);
4. Certifique se há sinais de disparo anterior no armamento a ser utilizado;
5. Verifique possíveis irregularidades na integridade do armamento, ou seja, falta de peças,
danos provenientes do mau uso ou de desgaste natural;
6. Verifique os seguintes pontos no armamento:
a. O interior do cano, procurando por detritos, rachaduras ou até o seu intumescimento
[estufamento];
b. A integridade da ponta do percussor, pressionando-o na sua parte posterior;
c. A integridade do aparelho de pontaria – alça e massa de miras;
d. A numeração dos carregadores em relação ao da pistola;
e. Deformações nas bordas superiores e amassamentos no fundo do carregador;
f. A livre movimentação do transportador nas bordas superiores do carregador.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial execute com segurança a inspeção do armamento;
2. Que o policial consiga detectar eventuais danos, falhas ou falta de peças na pistola, no seu
carregador e nas munições.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Após a retirada do carregador, se a pistola apresentar munição na câmara esvazie-a com
segurança;
2. Se as munições apresentarem alguma irregularidade, não hesite, substitua-as, comunique e
encaminhe-as a seção competente para a solução do problema;
3. Se a pistola e/ou seu respectivo carregador apresentar(em) irregularidades que não possam
ser solucionadas com a manutenção de 1º escalão, não hesite, substitua-a;
4. Se a pistola apresentar irregularidade quanto ao funcionamento ou condições gerais,
comunicar e encaminhar à seção competente para a solução do problema.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não descarregar totalmente a pistola antes de inspecioná-la;
2. Não constatar sinais de disparo na pistola;
3. Não verificar atentamente os pontos importantes da pistola, de seu carregador e das
munições;
4. Não comunicar e encaminhar à seção competente sobre os problemas detectados no
armamento durante a inspeção;
5. Tentar solucionar por conta e risco próprio problemas apresentados no armamento quanto
ao funcionamento e quando há necessidade de solução de manutenção de 2º escalão em
diante.

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 69


Fig. 1
Verificação de segurança

Fig. 2
Retirada do carregador

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 70


Fig. 3
Travar o ferrolho aberto

Fig. 4
Inspeção do ferrolho

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 71


Fig. 5
Fase final de inspeção

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 72


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17,
PROCESSO: 107
G19 Gen 5.
PROCEDIMENTO: 107.2 Limpeza da Pistola.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Desmontagem da pistola;
2. Retirada de todos os resíduos da pistola e sua secagem;
3. Remontagem da pistola.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Forre o local com o material necessário para a plataforma de limpeza (fig. 1);
2. Proceda a desmontagem do armamento da seguinte maneira:
a. Aponte a pistola para uma direção segura;
b. O gatilho deve estar na posição à retaguarda para o ferrolho ser desmontado da armação;
c. Segure a pistola com a mão forte, quatro dedos empolgam a parte superior do ferrolho, puxe
para trás e segure o ferrolho cerca de 3mm;
d. Simultaneamente, empurre para baixo o retém do cano e segure os dois lados do retém
usando o polegar e o indicador da mão de apoio;
e. Empurre o ferrolho para frente até separá-lo completamente da armação;
f. Retirar o conjunto haste e mola recuperadora, empurre a mola recuperadora ligeiramente à
frente, enquanto a levanta e retira do cano;
g. Retirar o cano, segure o cano por baixo da câmara, levante a parte de trás do cano, mova o
cano levemente à frente, puxe para trás e retire o cano do ferrolho;
3. Com a pistola desmontada, aplique uma gota por local, mediante às condições apresentadas,
do produto limpador e lubrificante que auxiliará na remoção de resíduos, deixando-o agir por
alguns minutos (caso a pistola apresente sinais de disparo, deixá-la por 10 (dez)
minutos, pois a remoção efetiva de resíduos de pólvora e chumbo só se dá
mecanicamente);
4. Caso a pistola tenha sido disparada, utilize a escova tubular em Nylon, inserindo-a pela
câmara, girando-a no sentido do raiamento e repetindo até o necessário para bem limpá-lo;
5. Após tais operações, utilizar a escova em algodão, fazer a limpeza mecânica da parte interna
do ferrolho, onde se localiza o percussor, e também a limpeza do transportador do
carregador;
6. No entanto, caso o armamento não tenha sido disparado, a sequência de ações não
abrangerá a utilização das escovas em nylon, as quais só servem para a remoção de acúmulo
de resíduos de pólvora e chumbo necessariamente;
7. Com a escova tubular em crina, cuja finalidade é a remoção de resíduos superficiais, faça a
limpeza interna do cano e do alojamento do carregador na armação;
8. Utilize o pincel (trincha) para a remoção de partículas em todas as regiões de difícil acesso,
pois se forem utilizadas escovas sem proteções na haste ou ponta, haverá danificação e
riscos no armamento;
9. Aplique novamente o produto para a remoção dos resíduos restantes;
10. Utilizando a escova tubular em algodão, secar completamente o interior do cano;
11. Com a flanela ou um pano de algodão que não solte fiapos, efetue a secagem do armamento,
retirando os excessos de produto, deixando uma fina película de proteção no metal;
12. Em relação às munições, o policial deve considerar que:
a. Não há recuperação de munições que estejam danificadas ou que apresentem eficácia
duvidosa (munições manuseadas);
b. Não se deve expor as munições ao sol ou calor, nem tampouco utilizar produtos químicos
para limpá-las;
c. Só é permitida a remoção a seco das partículas das munições;
d. O prazo de validade das munições não é auto-determinável, pois o que dependerá na
verdade é a forma de acondicionamento e de conservação diária;

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 73


13. Após a limpeza geral da pistola, proceder a montagem da pistola da seguinte forma:
a. Encaixe o cano no ferrolho;
b. Coloque o conjunto haste guia e mola recuperadora e certifique-se de que a parte traseira da
mola recuperadora esteja apoiada no entalhe em meia lua na base do gancho do cano, cano
e mola recuperadora deverão estar paralelos;
c. Recoloque o carregador vazio no armamento, ciclando o ferrolho da pistola, a fim de verificar
o funcionamento da mola do carregador, uma vez que arma deverá parar com o ferrolho
aberto após esse procedimento;
14. A fim de verificar o funcionamento geral da pistola, puxe bruscamente o ferrolho para trás e
a armação para frente, num mesmo movimento, de forma que o armamento fique aberto;
15. Balance a arma para frente e para trás com o gatilho apertado, aplicando pressão no gatilho
– ouça se o percussor se move livremente;
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que após a limpeza, a pistola esteja em perfeitas condições de uso;
2. Que seja mantido um bom estado de conservação da pistola;
3. Aumentar a vida útil do armamento e garantir o seu bom funcionamento no emprego
operacional.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Retirar os resíduos de pólvora e de chumbo restantes quando da difícil remoção;
2. O encaixe total do ferrolho, certifique-se do correto posicionamento do cano e do conjunto
haste guia e mola recuperadora;
3. Retirar os excessos de produtos químicos de limpeza e lubrificação.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. A utilização inadequada das diferentes escovas, principalmente as escovas em aço para a
remoção de partículas, as quais propiciam o emperramento do mecanismo e a deterioração
antecipada do metal;
2. Utilizar graxa, vaselina ou qualquer produto não indicado que venham a servir para o
acúmulo de partículas, as quais propiciam o emperramento e a deterioração antecipada do
armamento;
3. Fazer a montagem incorreta de forma que o funcionamento do mecanismo seja
prejudicado.

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 1
Material para Limpeza

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 74


Fig. 2
Pistola Glock .9mm Gen5

Fig. 3
Desmontagem em 1º escalão

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 75


Fig. 4
Limpeza do ferrolho

Fig. 5
Limpeza do cano

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 76


Fig. 6
Lubrificação do cano

Fig. 7
Lubrificação do ferrolho

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 77


Fig. 8
Não lubrificar

Fig. 9
Lubrificação do conector

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 78


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 107 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA G17, G19 Gen 5.
PROCEDIMENTO: 107.3 Cautela diária de PT G17, G19 Gen. 5, munição 9mm.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Recebimento da PT G17, G19 Gen5, carregadores e munições Cal 9mm, junto à reserva de
armamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber a PT G17, G19 Gen5 com 03 (três) carregadores, e munições suficientes para
municiá-los com a carga máxima do carregador;
2. A arma deverá ser entregue ao Policial Militar usuário, ABERTA, descarregada e manutenida;
3. Os carregadores devem estar desmuniciados e em condições de uso (vide POP 107.1);
4. Conferir o número da arma;
5. Existindo numeração nos carregadores, conferir se estes correspondem com a numeração da
arma cautelada;
6. Conferir a quantidade de munições e suas condições de uso (vide POP 107.1);
7. Assinatura da cautela no livro de controle da reserva de armamento;
8. Dirigir a um local seguro (Caixa de Areia) para municiar, alimentar e carregar o armamento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o livro da cautela do armamento e munições esteja preenchido corretamente;
2. Que o Policial Militar receba a arma, os carregadores e as munições conforme especificados
no livro de cautela.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a numeração da arma, dos carregadores ou a quantidade de munições estejam em
desacordo com o livro da cautela, deverá ser corrigido.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Receber a arma de fogo fechada;
2. Preenchimento incorreto da numeração do armamento, da quantidade de munições e de
carregadores no livro de cautela;
3. Receber a arma, carregadores e munições com defeito;
4. Não identificar os defeitos na arma, carregadores e munições.

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 79


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 107 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA G17, G19 Gen 5.
PROCEDIMENTO: 107.4 Check de funcionamento de PT G17, G19 Gen 5, munição 9mm.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Recebimento da PT G17, G19 Gen5, carregadores e munições Cal 9mm junto à reserva de
armamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Pressione o gatilho – mantenha seu dedo fora do guarda-mato – cicle o ferrolho rapidamente
– verifique se o gatilho está na posição à frente;
2. Pressione o gatilho – em seguida aplique pressão sobre ele – cicle o ferrolho rapidamente –
solte o gatilho devagar e verifique o dispositivo de segurança do gatilho (trava do gatilho) –
ele deve se armar corretamente;
3. Pressione o gatilho – puxe o ferrolho para retaguarda e em seguida segure a pistola com a
massa de mira apontada num ângulo de 45 ° para cima – deixe o ferrolho ir à frente lentamente
(usando a mão) – verifique se o ferrolho e o cano vão facilmente para frente até a arma fechar
totalmente, ficando em condições de disparo;
4. Coloque um carregador vazio – verifique se ele fica preso pelo retém do carregador;
5. Cicle o ferrolho rapidamente – o ferrolho deve ficar travado aberto, garantindo que o
transportador do carregador empurrou o retém do ferrolho para dentro do entalhe do ferrolho;
6. Pressione o retém do carregador - o carregador deve cair livremente da pistola;
7. Puxe o ferrolho à retaguarda e solte-o – o retém do ferrolho deve ser liberado, permitindo que
o ferrolho vá à frente e que a arma feche totalmente, ficando em condições de disparo.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que após o check de funcionamento da arma feita esteja tudo em pleno funcionamento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a arma não esteja em pleno funcionamento, deseja-se que o Policial Militar relate junto
a reserva de armamento a substituição da mesma.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não realizar o check de funcionamento da arma;
2. Não relatar o funcionamento correto da arma ao setor competente;
3. Não atentar para o pleno funcionamento da arma e ainda a acautelar para o serviço.

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 80


Fig. 1
Teste de funcionamento

Fig. 2
Teste de funcionamento

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 81


Fig. 3
Percussor se movendo livremente

Fig. 4
Trava do percussor

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 82


Fig. 5
Trava do percussor

Fig. 6
Sistema “Safe Action”

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 83


Fig. 7
Barra do gatilho e ressalto do percussor

Fig. 8
Retirar o conjunto do percussor

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 84


Fig. 9
Retirar o conjunto da barra de transferência do extrator - BTE

Fig. 10
Retirada do extrator

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 85


Fig. 11
Retirada do conjunto da trava do percussor

Fig. 12
Indicador no extrator de munição na câmara

107 – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA GLOCK G17, G19 Gen5. 86


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO
GROSSO MÓDULO – I
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
108
PROCESSO USO DA FORÇA POLICIAL
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Espargidor OC ou CS;
3. Armas Eletroeletrônicas De Incapacitação Neuromuscular (AINM);
4. Espingarda cal. 12 gauge, municiada com elastômero.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP
Deslocamento. 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
9. Interação da solicitação e o reconhecimento da natureza
criminal da ocorrência.
Adoção de medidas específicas. 5. Observação do local e confirmação das informações.
6. Atuação do Policial Militar.
Condução. 7. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
8. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública
Apresentação da ocorrência. Competente (vide POP 201.7).
Encerramento. 9. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Modelo básico do uso da força. SENASP – Curso do Uso Diferenciado da Força.
Modelo “Uso escalonado da força
policial SENASP – Curso do Uso Diferenciado da Força.
FBI USA”.
8º Congresso da ONU, Com
relação ao uso da força pelos
Disposições gerais nos itens 2, 4 e 5.
Agentes da
Lei.
Excludente de ilicitude. Art. 23 do CPB.
Opor-se a execução de ato legal. Art. 329 de CPB.
Praticar violência no exercício da
Art. 322 do CPB.
função.
Poder de Polícia. Art. 78 CTN.
Busca Pessoal. Art. 244 CPPB.
Manual Tiro Defensivo na Preservação da Vida Método
Tiro Policial.
Giraldi M-19 PMESP
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do
POP – PMGO.
Estado de Goiás, de 11 de Novembro de 2004.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do
POP – PMESP Estado de São Paulo, estabelecido em 18AGO2014 e
revisado em 13DEZ2018.
Procedimentos Operacionais Padrão Integrados da PMAM
POP – Estado do Amazonas
e PCAM, 2015
Caderno Doutrinário 1 - Intervenção Policial, Processo de
Manual Técnico PMMG
Comunicação e Uso de Força, 2013
DIRETRIZ Nº 004/2015. PMPR Uso Seletivo ou Diferenciado Da Força, 2015

108 - USO FORÇA POLICIAL 87


COMENTÁRIOS:

1. RESISTÊNCIA POR PARTE DA PESSOA A SER ABORDADA: Tal procedimento implica em


o policial advertir a pessoa quanto ao seu comportamento, esclarecendo tratar-se de crime
(desobediência, art. 330 CP). Em persistindo, a pessoa ainda poderá praticar outros crimes
(desacato, art. 331, e resistência, art. 329 CP), comuns nessas situações.
2. USO DA FORÇA: A PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº- 4.226, DE 31DEZ2010 define que
“O uso da força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos princípios da
legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência.
a. Princípio da Conveniência: a força não poderá ser empregada quando, em função do
contexto, possa ocasionar danos de maior relevância do que os objetivos legais pretendidos;
b. Princípio da Legalidade: a força somente poderá ser empregada para a consecução de um
objetivo legal e nos estritos limites da lei;
c. Princípio da Moderação: o emprego da força deve ser proporcional e moderado, de modo a
atingir o objetivo mediante o menor nível possível de uso de força;
d. Princípio da Necessidade: determinado nível de força só pode ser empregado quando níveis
de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos;
e. Princípio da Proporcionalidade: o nível da força utilizado deve ser compatível com a
gravidade da ameaça representada pela ação/agressão do opositor e com os objetivos
pretendidos pelo agente de segurança.
3. INSTRUMENTOS E TECNOLOGIAS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO - IMPO: são as
projetadas e/ou empregadas, especificamente, para conter, debilitar ou incapacitar,
temporariamente, pessoas, minimizando ferimentos e número de mortes. Estes equipamentos
têm por objetivo controlar o abordado resistente, possibilitando sua imobilização e condução,
evitando, sempre que possível, que resulte em lesões do uso de força. Neste nível, o policial
militar recorrerá aos instrumentos disponíveis, tais como: bastão tonfa, gás/agentes químicos,
algemas, elastômeros (munições de impacto controlado), armas de impulso elétrico, entre
outros, com o fim de anular ou controlar o nível de resistência.
4. ONU: O 8º congresso da ONU sobre a Prevenção do Crime e o Tratamento de Delinquentes,
refere-se ao uso da força pelos agentes da lei, nos seguintes itens:
a. 2. Os governos e entidades responsáveis pela aplicação da lei deverão preparar uma série tão
ampla quanto possível de meios e equipar os responsáveis pela aplicação da lei com uma
variedade de tipos de armas e munições que permitam o uso diferenciado da força e de armas
de fogo. Tais providências deverão incluir aperfeiçoamento de armas incapacitantes
não-letais, para uso nas situações adequadas, com o propósito de limitar cada vez mais
a aplicação de meios capazes de causar morte, ou ferimento às pessoas;
b. No cumprimento das funções, os responsáveis pela aplicação da lei devem, na medida do
possível, aplicar meios não-violentos antes de recorrer ao uso da força e armas de fogo.
c. Sempre que o uso legítimo da força e de armas de fogo for inevitável, os responsáveis pela
aplicação da lei deverão:
• Exercer moderação no uso de tais recursos e agir na proporção da gravidade da infração e do
objetivo legítimo a ser alcançado;
• Minimizar danos e ferimentos, respeitar e preservar a vida humana;
• Assegurar que qualquer indivíduo ferido ou afetado receba assistência e cuidados
médicos o mais rápido possível;
• Garantir que os familiares ou amigos íntimos da pessoa ferida ou afetada sejam notificados o
mais depressa possível

108 - USO FORÇA POLICIAL 88


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
Pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei portando instrumento
PROCEDIMENTO: 108.1 contundente.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificação da pessoa em fundada suspeita / Infratora da lei portando instrumentos
contundentes nas mãos que represente risco em potencial para o policial ou terceiros;
2. Manutenção de Distância de Segurança;
3. Observação do ambiente e áreas de risco;
4. Solicitação de apoio policial.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Posicionar-se em local seguro, se possível, utilizar obstáculos de difícil transposição como
abrigo (viatura, muros, etc.);
2. Atentar para a distância que permita estabelecimento de contato resguardado na verbalização
(pelo menos 7 metros);
3. Manter a arma de fogo em pronto baixo, abrigando-se preferencialmente;
4. Verbalizar com a pessoa em fundada suspeita (vide POP 202.2) ou Infratora da lei (vide POP
203.2).
5. Visualizar e identificar o objeto nas mãos do suspeito, determinar a colocação do objeto ao
solo, em caso de cooperação, e posicionar o cidadão para a busca pessoal (vide POP 201.4);
6. Após a colocação do objeto ao solo por parte do suspeito, o policial responsável pela busca
pessoal, posiciona a arma de fogo no coldre travando-a, e realiza o procedimento de busca
pessoal (vide POP 201.4);
7. Se necessário, a equipe policial realizará a detenção e condução do suspeito à autoridade
policial.
Havendo resistência, por parte da pessoa abordada:
8. Solicitar apoio policial;
9. Manter a verbalização, sempre no sentido de cessar a ameaça, se possível, até obter sucesso
no desarme e rendição do envolvido;
10. Um ou mais policiais, deverá manter sua arma de fogo em prontidão, para fazer a segurança
da equipe, durante toda a ocorrência, até que o suspeito esteja detido e/ou não apresente
mais risco aos policiais;
11. Um policial (definido pelo comandante) acondiciona a arma de fogo no coldre travando-a, e
fará a utilização de Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO), tais como: espargidor
de gás pimenta, uso do bastão policial (tonfa), Armas Eletroeletrônicas De Incapacitação
Neuromuscular (AINM) ou Espingarda cal. 12 gauge, municiada com elastômero, com objetivo
de desarmar e conter o agressor;
12. Caso o agressor avance contra o policial, colocando sua vida em risco, este deverá procurar
se afastar, mantendo distância segura, e buscando melhor posicionamento;
13. Em caso de impossibilidade de manter distância segura, (agressor avança contra os policiais,
não acatando as ordens e com intuito claro de atentar contra a vida), na falta de Instrumentos
de menor potencial ofensivo ou na falta de efetividade destes em conter o agressor, fazer o
uso da arma de fogo, em conformidade com a legislação vigente, de modo, somente, a cessar
a conduta agressiva e preservar vidas, sempre respeitando os princípios da legalidade,
necessidade, proporcionalidade e conveniência;
14. Providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade de Resgate
(UR), visando preservar ao máximo a integridade física do agressor.
RESULTADOS ESPERADOS

108 - USO FORÇA POLICIAL 89


1. Conduta segura e com amparo legal por parte do policial, a fim de resguardar sua integridade
física, bem como, o envolvimento desnecessário em processo judiciário ou administrativo;
2. Que os policiais militares estejam preparados para uma reação ativa por parte do infrator;
3. Garantir a integridade física de pessoas inocentes na ocorrência;
4. Garantir, sempre que possível, a vida e a integridade física do agressor, usando a energia
estritamente necessária para fazer com que o abordado cumpra as determinações legais,
utilizando-se da verbalização e escalonamento (seletivo) do uso da força, a contenção da sua
ação agressora;
5. Priorizar a preservação da vida e em seguida promover a lei, trabalhando estritamente dentro
de seus limites e em conformidade com a legislação em vigor no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Após percepção de possível alteração de risco, superior ou inferior, no quadro inicialmente
apresentado, adotar a ação pertinente, referente a outros Procedimentos Operacionais, bem
como solicitar apoio policial;
2. Um policial deverá permanecer sempre, com sua arma de fogo em pronto baixo, realizando a
segurança do policial que irá acondicionar o armamento no coldre, para fazer uso de
Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo;
3. Se houver a não cooperação da pessoa em atitude suspeita (resistência passiva), manter a
visualização e insistir na verbalização;
4. Em caso de agressão contra policial militar, adotar ações com o objetivo de defender sua vida
e integridade física, utilizando técnicas de defesa pessoal e/ou instrumentos de menor
potencial ofensivo (somente se for habilitado para tal), sendo seu último recurso, a utilização
da arma de fogo em conformidade com a legislação vigente, de modo somente, a cessar a
conduta agressiva;
5. Em casos onde a única alternativa restante é a utilização de arma de fogo, deve o policial
militar estar seguro de que não irá expor a risco a integridade de pessoas inocentes.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O PM não realizar a verbalização, ou mesmo, procedê-la de forma inadequada com
ineficiência;
2. O PM não executar corretamente o uso diferenciado da força policial;
3. Deixar de proceder à abordagem, bem como, a busca pessoal conforme Procedimento
Operacional Padrão;
4. O PM que realizar a troca de equipamento sem segurança de outro policial;
5. Deixar de manter a distância de segurança do suspeito durante a abordagem;
6. Deixar de acionar apoio policial, caso esta seja necessária;
7. Deixar de analisar corretamente o cenário da ocorrência (quantidade e motivação dos
envolvidos, estado emocional, presença de curiosos, vítimas e/ou reféns, dentre outras);
8. Deixar de considerar a possibilidade de uma reação ativa e agressiva por parte do infrator da
lei.

108 - USO FORÇA POLICIAL 90


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
Envolvendo pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei com
PROCEDIMENTO: 108.2 instrumento cortante, perfurante ou pérfuro-cortante.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificação da pessoa em fundada suspeita / Infratora da lei portando instrumento cortante,
perfurante ou pérfuro-cortante nas mãos, que represente risco em potencial para o policial;
2. Manutenção de Distância de Segurança;
3. Observação do ambiente e áreas de risco;
4. Solicitação de apoio policial;
5. Utilização de Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Posicionar-se em local seguro, se possível, utilizar obstáculos de difícil transposição como
abrigo (viatura, muros, etc.);
2. Atentar para a distância que permita estabelecimento de contato resguardado na verbalização
(pelo menos 7 metros);
3. Manter a arma de fogo em pronto baixo, abrigando-se preferencialmente;
4. Verbalizar com a pessoa em fundada suspeita (vide POP202.2) ou Infratora da lei (vide POP
203.2);
5. Visualizar e identificar o objeto nas mãos do suspeito, determinar a colocação deste ao solo,
em caso de cooperação, e posicionar o cidadão para a busca pessoal (vide POP 201.4);
6. Após a colocação do objeto ao solo por parte do suspeito, o policial responsável pela busca
pessoal, posiciona a arma de fogo no coldre travando-a, recolhe o instrumento cortante,
perfurante ou perfuro cortante e, em seguida, realiza o procedimento de busca pessoal (vide
POP 201.4);
7. Se necessário, a equipe policial realizará a detenção e condução do suspeito à autoridade
policial;
Havendo resistência, por parte da pessoa abordada:
8. Solicitar apoio policial;
9. Manter a verbalização em distância segura, sempre no sentido de cessar a ameaça, se
possível, até obter sucesso no desarme e rendição do envolvido;
10. Um ou mais policiais, deverá manter sua arma de fogo em prontidão, para fazer a segurança
da equipe, durante toda a ocorrência, até que o suspeito esteja detido e/ou não apresente
mais risco aos policiais;
11. Após a chegada das equipes de apoio, um policial (definido pelo comandante) acondiciona a
arma de fogo no coldre travando-a, e fará a utilização de Instrumentos de Menor Potencial
Ofensivo (IMPO), tais como: Armas Eletroeletrônicas De Incapacitação Neuromuscular
(AINM), com objetivo de desarmar e conter o agressor. Nestes casos, o espargidor de gás
pimenta (OC) e a Espingarda cal. 12 gauge, municiada com elastômero só deverão ser
utilizados caso o operador esteja abrigado por alguma proteção física que dificulte o avanço
do agressor (viatura, paredes, janelas, etc.);
12. Caso o agressor avance contra o policial, colocando sua vida em risco, este deverá procurar
se afastar, mantendo distância segura, sempre verbalizando e buscando melhor
posicionamento;
13. Em caso de impossibilidade de manter distância segura, (agressor avança contra os policiais,
não acatando as ordens e com intuito claro de atentar contra a vida), na falta de Instrumentos
de menor potencial ofensivo ou na falta de efetividade destes em conter o agressor, fazer o
uso da arma de fogo, em conformidade com a legislação vigente, de modo, somente, a cessar
a conduta agressiva e preservar vidas, sempre respeitando os princípios da legalidade,
necessidade, proporcionalidade e conveniência;
14. Após disparos realizar conferência visual;
15. Providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade de Resgate
(UR), visando preservar ao máximo a integridade física do agressor.
RESULTADOS ESPERADOS

108 - USO FORÇA POLICIAL 91


1. Conduta segura e com amparo legal por parte do policial, a fim de resguardar sua integridade
física, bem como, o envolvimento desnecessário em processo judiciário ou administrativo;
2. Que os policiais militares estejam preparados para uma reação ativa por parte do infrator;
3. Garantir a integridade física e moral de pessoas inocentes na ocorrência;
4. Garantir, sempre que possível, a vida e a integridade física do agressor, usando a energia
estritamente necessária para fazer com que o abordado cumpra as determinações legais,
utilizando-se da verbalização e escalonamento (seletivo) do uso da força, para a contenção
da sua ação agressora;
5. Priorizar a preservação da vida, e em seguida promover a lei, trabalhando estritamente dentro
de seus limites e em conformidade com a legislação em vigor no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Após percepção de possível alteração de risco, superior ou inferior, no quadro inicialmente
apresentado, adotar a ação pertinente, referente a outros Procedimentos Operacionais, bem
como solicitar apoio policial;
2. Um policial deverá permanecer sempre, com sua arma de fogo em pronto baixo, realizando a
segurança do policial que irá acondicionar o armamento no coldre, para fazer uso de
Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo;
3. Se não houver a cooperação da pessoa em atitude suspeita (resistência passiva), manter a
visualização e insistir na verbalização;
4. Em caso de agressão contra policial militar, adotar ações com o objetivo de defender sua vida
e integridade física, utilizando técnicas de defesa pessoal e/ou instrumentos de menor
potencial ofensivo (somente se for habilitado para tal), sendo seu último recurso, a utilização
da arma de fogo em conformidade com a legislação vigente, de modo somente, a cessar a
conduta agressiva;
5. Em casos onde a única alternativa restante é a utilização de arma de fogo, deve o policial
militar estar seguro de que não irá expor a risco a integridade de pessoas inocentes.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O PM não realizar a verbalização, ou mesmo, procedê-la de forma inadequada com
ineficiência;
2. O PM não executar corretamente o Uso Diferenciado Da Força policial;
3. Tentar trocar de equipamento sem tempo disponível e/ou sem cobertura de outro policial;
4. Deixar de proceder a abordagem, a busca pessoal, bem como o uso de algemas conforme
Procedimento Operacional Padrão;
5. Deixar de manter a distância de segurança do suspeito, bem como a utilização de abrigos
durante a abordagem;
6. Deixar de acionar apoio policial caso este seja necessário;
7. Realização de Disparo indevido quando houver resistência que não represente risco à
integridade física do policial ou de terceiros;
8. Deixar de considerar a possibilidade de uma reação ativa e agressiva por parte do suspeito;
9. Não disparar a arma de fogo, havendo esboço de agressão letal injusta e iminente do infrator
a uma curta distância;
10. Deixar de analisar corretamente o cenário da ocorrência (quantidade e motivação dos
envolvidos, estado emocional, presença de curiosos, vítimas e/ou reféns, dentre outras);
11. Deixar de realizar a conferência visual após os disparos;
12. Exceder nos disparos, uma vez já contida a agressão do infrator;
13. Deixar de alvejar o infrator diante das situações previstas, colocando em risco a vida de toda
a equipe policial.

ESCLARESCIMENTOS:

AGRESSÃO LETAL X FORÇA LETAL

a) De maneira derradeira, nos casos em que o policial ou qualquer outra pessoa estejam na
iminência de serem alvo de uma AGRESSÃO LETAL, se justifica, para a proteção da vida, o
uso da FORÇA LETAL por parte do agente do Estado;
b) Em se tratando do uso da força letal pelo policial e, por conseguinte, do uso da arma de fogo,
em todos os casos será rigorosamente obedecido o princípio que estabelece ser o uso da
força letal uma medida extrema e que somente é justificado para a legítima DEFESA DA
VIDA!
c) O trinômio de decisão HABILIDADE X OPORTUNIDADE X RISCO, também conhecido como
triângulo ou trinômio do tiro ou da força letal, dá ao policial um referencial tático claro acerca
de quando poderá ser empregada a força letal:

108 - USO FORÇA POLICIAL 92


1. DISPARO INDEVIDO: Disparo realizado sem os requisitos estabelecimentos pelo Triângulo da
Força Letal, em relação ao suspeito:

Habilidade: O suspeito possui capacidade física capaz de causar


morte ou lesão grave, como: arma de fogo, conhecimento de artes
marciais ou força física;

Oportunidade: É a impossibilidade de realizar o tiro, mesmo


tendo habilidade, devido à falta de alcance da agressão;

Risco: Tendo habilidade e oportunidade o suspeito demonstre,


com seu comportamento físico, que deseja provocar a lesão ou
a morte.

2. CONFERÊNCIA VISUAL APÓS OS DISPAROS: Procedimento considerado fundamental a ser


realizado pelo Policial Militar, que na necessidade da realização dos disparos, deverá
necessariamente fazer a varredura e em seguida manter a arma em posição de pronto baixo,
mantendo a visualização no agressor e no ambiente, permanecendo em estado de alerta diante
da necessidade de se realizar outros disparos por motivos diversos tais como: Ter errado os
disparos, o local alvejado for de baixa eficiência, estar o agressor sob efeito de substâncias
tóxicas aumentando sua resistência aos disparos e o intuito de agressão, estar o agressor
utilizando colete de proteção balística no local em que fora atingido.

108 - USO FORÇA POLICIAL 93


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
Envolvendo pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei com má
PROCEDIMENTO: 108.3 visualização das mãos.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Percepção da pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei sem a visão das suas mãos (
no bolso, atrás do corpo, atrás de objeto, etc).
2. Observação do ambiente, abrigos, saídas, possíveis pessoas envolvidas, etc.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Em caso de fundada suspeita, arma em posição pronto baixo, preferencialmente
abrigando-se e reduzindo a silhueta, para aumentar a segurança da equipe policial;
2. Em caso de Infrator da Lei, arma em posição pronto emprego (3° Olho), preferencialmente
abrigando-se e reduzindo a silhueta, para aumentar a segurança da equipe policial;
3. Visualizar e verbalizar com a pessoa em fundada suspeita (vide POP 202.2) ou infratora da
lei (vide POP 203.2), determinando para que saia do ambiente, trazendo-a para um local
com boa visibilidade, com as mãos para cima;
4. Após ter boa visualização do suspeito e suas mãos, um policial acondiciona sua arma de
fogo no coldre e inicia o procedimento de busca pessoal (vide POP 201.4), ficando o
comandante responsável pela segurança da equipe e do perímetro;
5. Havendo resistência por parte da pessoa em fundada suspeita, a equipe manterá a posição
pronto emprego (3° Olho), insistindo na verbalização;
6. Solicitar apoio policial se necessário;
7. Se necessário e com segurança, o policial se posicionará para a visualização das mãos.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Conduta segura e com amparo legal por parte do policial a fim de resguardar sua integridade
física, bem como, o envolvimento desnecessário em processo judiciário ou administrativo;
2. Garantir a integridade física e moral das pessoas inocentes na ocorrência;
3. Garantir, sempre que possível, a vida do agressor, usando a energia estritamente necessária
para a aplicação da lei e contenção da sua ação agressora;
4. Que o policial militar não subestime o potencial ofensivo da(s) pessoa(s) abordada(s);
5. Priorizar a preservação da vida e em seguida promover a lei trabalhando estritamente dentro
de seus limites e em conformidade com a legislação em vigor no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se houver alteração, de risco superior ou inferior, ao quadro inicialmente apresentado,
adotar a ação pertinente a outros POPs;
2. Se for mantida a resistência passiva (não cooperativo) manter a visualização e insistir
verbalização com pessoa abordada;
3. Se o suspeito estiver homiziado ou a ocorrência evolua para uma crise, solicitar apoio
policial;
4. Tornando-se inseguro o processo de angulação para visualização das mãos, solicitar reforço
para promover o cerco policial e aplicação do Uso Diferenciado Da Força.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não realizar a verbalização, ou mesmo, procedê-la de forma inadequada com ineficiência;
2. Não se posicionar em segurança para visualizar as mãos do suspeito, quando possível;
3. O PM não executar corretamente o uso diferenciado da força policial;
4. Deixar de proceder à abordagem, bem como, a busca pessoal;
5. Deixar de se abrigar ou reduzir silhueta, em situação de resistência;
6. Deixar de solicitar apoio policial quando necessário;
7. Disparo indevido quando houver resistência que não represente risco à sua integridade física
ou de terceiros ou ainda em caso de rendição;
8. Disparo indevido, quando em local público, colocando em risco a vida de terceiros;
9. Disparo indevido, deixando de observar os princípios da legalidade, necessidade,
proporcionalidade, moderação e conveniência;
10. Não disparar arma de fogo quando houver agressão letal, injusta e iminente do infrator.

108 - USO FORÇA POLICIAL 94


ESCLARECIMENTOS:
1. CERCO POLICIAL: É a tática policial que visa à contenção e o isolamento do suspeito no
ambiente ou perímetro, devendo ser considerados os níveis do uso diferenciado da força
policial.

108 - USO FORÇA POLICIAL 95


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCEDIMENTO: 108.4 Envolvendo pessoa empunhando arma de fogo ou simulacro.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Priorizar a segurança da Equipe Policial;
2. Percepção da pessoa infratora da lei, de frente ou de lado com as mãos visíveis, empunhando
arma de fogo, na iminência ou não de agressão;
3. Pessoa infratora da lei, com qualquer outro simulacro de arma de fogo, com empunhadura
nas mesmas condições acima especificadas;
4. Pessoa em fuga, com arma de fogo nas mãos, disparando ou não;
5. Observação do ambiente, possíveis abrigos, riscos potenciais à equipe policial, terceiros que
possam vir a ser envolvidos na ocorrência, etc.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Policial empunha sua arma em pronto emprego (3° Olho);
2. Policial procura, preferencialmente, procurar abrigo que ofereça proteção balística e/ou
reduzir a silhueta para iniciar a abordagem, sem deixar de priorizar a segurança policial;
3. Constatar se o objeto se trata de arma de fogo ou não;
4. Verbalizar com a pessoa, determinando a colocação da arma ao solo (vide POP 203.2);
5. Após o infrator desfazer-se de sua arma, um policial (definido pelo comandante) acondiciona
a arma de fogo no coldre travando-a, em seguida iniciará o procedimento de algemamento e
da busca pessoal (vide POP 102.2 e 201.4);
6. Em caso de resistência ativa (agressão letal) iminente ou atual por parte do infrator, o policial
responderá, imediatamente, com disparos na região do tórax do suspeito, até que seja
possível cessar a ação agressora;
7. Realizar conferência visual, após disparos;
8. Em caso de fuga onde o infrator não esteja disparando contra a guarnição ou terceiros, o
policial não deverá atirar, devendo solicitar apoio e realizar o acompanhamento e cerco
policial;
9. Em caso de fuga, com o infrator disparando contra a guarnição ou terceiros, o policial dará
resposta imediata com arma de fogo, permanecendo abrigado e com silhueta reduzida.
10. Providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade de Resgate
(UR), visando preservar ao máximo a integridade física do agressor.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Conduta segura e com amparo legal por parte do policial a fim de resguardar sua integridade
física, bem como, o envolvimento desnecessário em processo judiciário ou administrativo;
2. Que a(s) técnica(s) de aproximação, abordagem, busca pessoal, ou da utilização de algemas,
sejam empregadas de formas corretas;
3. Que sejam protegidos a vida, a integridade física e moral das vítimas e de terceiros;
4. Garantir, sempre que possível, a vida do agressor, usando a energia estritamente necessária
para a contenção da sua ação agressora;
5. Que o policial militar não subestime o potencial ofensivo da(s) pessoa(s) abordada(s);
6. Priorizar a preservação da vida, e em seguida promover a lei trabalhando estritamente dentro
de seus limites e em conformidade com a legislação em vigor no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o infrator cooperar, o policial deverá manter seu armamento em posição de pronto, até
que cesse a ameaça;
2. Se o infrator da lei insistir em não cooperar (resistência passiva), insistir na visualização e
verbalização com o infrator;
3. Se a(s) pessoa(s) demorar(em) a responder ou acatar as determinações, mas não estiver(em)
esboçando resistência, considerar a possibilidade dela(s) ser(em) pessoa(s) com
deficiência(s) (física, auditiva, visual, intelectual etc.), que não compreenda o idioma
português ou que o ambiente tenha barulho excessivo;
4. Após a percepção inicial do PM, diante do quadro apresentado, sendo este risco superior ou
inferior ao quadro percebido, adotar a ação pertinente;

108 - USO FORÇA POLICIAL 96


5. Se pelas circunstâncias os policiais militares identificarem indivíduos em quantidade superior
ao número de policiais presentes, deverão solicitar apoio policial para realizar a abordagem;
6. Constatada a utilização de simulacro de arma de fogo, realizar o uso diferenciado da força
7. Um policial deverá manter sempre a sua arma de fogo em pronto emprego para realizar a
segurança da equipe policial, até que o suspeito nãoapresente mais risco aos policiais ou a
terceiros.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O policial militar deixar de observar as regras de segurança na sua ação, deixando de se
abrigar ou reduzir a silhueta, em situação de resistência ativa;
2. O PM não realizar a verbalização, ou mesmo, procedê-la de forma inadequada com
ineficiência;
3. O policial militar não perceber a necessidade da(s) pessoa(s) com deficiência(s);
4. O PM não executar corretamente o uso diferenciado da força policial,podendo vir a agredir
verbal e fisicamente as pessoas abordadas;
5. Deixar de proceder ao algemamento e a busca pessoal em infrator(es) da lei;
6. Disparo indevido, quando não houver resistência e/ou quando o suspeito não representar
risco à sua integridade física policial ou de terceiros;
7. Deixar de efetuar disparos de arma de fogo, havendo esboço de agressão letal, injusta e
iminente ou atual do infrator;
8. Sendo em local com público, disparar contra o infrator, colocando em risco a vida de terceiros;
9. Deixar de realizar a conferência visual após os disparos;
10. Exceder nos disparos, uma vez já contida a agressão do infrator;
11. Deixar de providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade
de Resgate (UR), em caso de suspeito ferido.

ESCLARECIMENTOS:

1. SIMULACRO: Objeto que tenha características e aparência com uma arma de fogo; A Súmula
nº 174 do S.T.J entende que de fato portar simulacro de arma não é crime, por falta de
previsão legal, mas utilizar um simulacro de arma, como forma de atemorizar alguém para
subtrair coisa alheia móvel é crime de roubo, Artigo 157 do C.P., pois representa a grave
ameaça.
2. POSIÇÃO PRONTO EMPREGO (3º OLHO): arma empunhada com as duas mãos (dupla
empunhadura), mão forte empurra a arma e a mão fraca puxa a arma, dedo fora do gatilho,
erguida na altura dos olhos, abertos, braços semiestendidos, posição do corpo frontal ou
lateral, em pé, ajoelhado, agachado ou deitado. A posição 3º olho também pode ser
empregada com os cotovelos flexionados, quando o ambiente assim necessitar, o cano da
arma sempre será direcionado para o local onde se vistoria, a direção do cano acompanha o
olhar.
3. CONFERÊNCIA VISUAL APÓS OS DISPAROS: Procedimento considerado fundamental a
ser realizado pelo Policial Militar que na necessidade da realização dos disparos deverá
necessariamente fazer a varredura e em seguida manter a arma em posição de pronto baixo,
mantendo a visualização no agressor e no ambiente, permanecendo em estado de alerta
diante da necessidade de se realizar outros disparos por motivos diversos tais como: Ter
errado os disparos, o local alvejado for de baixa eficiência, estar o agressor sob efeito de
substâncias tóxicas aumentando sua resistência aos disparos e o intuito de agressão, estar
o agressor utilizando colete de proteção balística no local em que fora atingido

108 - USO FORÇA POLICIAL 97


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
Envolvendo infrator da lei com arma de fogo na mão de costas para
PROCEDIMENTO: 108.5 a guarnição.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Pessoa infratora da lei com arma de fogo na mão, em local com presença de público;
2. Pessoa infratora da lei, sem realizar disparos;
3. Pessoa infratora da lei, realizando disparos pelas costas;
4. Ausência de potenciais abrigos que ofereçam proteção balística, ou impossibilidade de
utilização dos mesmos.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Policial empunha sua arma em pronto emprego (utilizando as técnicas de Terceiro olho);
2. Policial procura, preferencialmente,abrigo que ofereça proteção balística, devendo reduzir a
silhueta para iniciar a abordagem, sem deixar de priorizar a segurança policial;
3. Verbalizar com a pessoa, determinando a colocação da arma ao solo (vide POP 203.2);
4. Após o infrator desfazer-se de sua arma, um policial (definido pelo comandante) acondiciona
a arma de fogo no coldre travando-a, em seguida iniciará o procedimento de algemamento
e da busca pessoal (vide POP 102.2 e 201.4);
5. Em caso de resistência ativa (agressão letal) iminente, atual e injusta, por parte do infrator,
o policial responderá, imediatamente, com disparos na região do tórax do suspeito, até que
seja possível cessar a ação agressora;
6. Realizar conferência visual, após disparos;
7. Em caso de fuga, quando o infrator não estiver disparando contra a guarnição ou terceiros,
o policial não deverá atirar, devendo solicitar apoio e realizar o acompanhamento e cerco
policial;
8. Em caso de fuga, com o infrator disparando contra a guarnição ou terceiros, o policial dará
resposta imediata com arma de fogo, permanecendo abrigado e com silhueta reduzida.
9. Providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade de Resgate
(UR), visando preservar ao maximo a integridade física do agressor.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Conduta segura e com amparo legal por parte do policial, a fim de resguardar sua integridade
física e jurídica, evitando o envolvimento desnecessário e oneroso em processo judiciário e
administrativo;
2. Que a(s) técnica(s) do uso diferenciado da força policial, bem como as Técnicas de Controle
e Submissão (TCS), durante a abordagem, busca pessoal, ou na utilização de algemas,
sejam empregadas de formas corretas;
3. física e jurídica, evitando o envolvimento desnecessário e oneroso em processo judiciário e
administrativo;
4. Garantir sempre que possível a vida do agressor, usando a energia estritamente necessária
para a contenção da sua ação agressora;
5. Priorizar a preservação da vida e em seguida promover a lei trabalhando estritamente,
dentro de seus limites e em conformidade com a legislação em vigor no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o infrator cooperar, o policial deverá manter seu armamento em posição de pronto
emprego, até que cesse a ameaça;
2. Se o infrator da lei insistir em não cooperar (resistência passiva), insistir na visualização e
verbalização com o infrator;
3. Se a(s) pessoa(s) demorar(em) a responder ou acatar as determinações, mas não
estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade dela(s) ser(em) pessoa(s)
com deficiência(s) (física, auditiva, visual, intelectual etc.), que não compreenda o idioma
português ou que o ambiente tenha barulho excessivo;
4. Após a percepção inicial do PM, diante do quadro apresentado, sendo este risco superior ou
inferior ao quadro percebido, adotar a ação pertinente;
5. Se pelas circunstâncias os policiais militares identificarem indivíduos em quantidade superior
ao número de policiais presentes, deverão solicitar apoio policial para realizar a abordagem;

108 - USO FORÇA POLICIAL 98


6. Um policial deverá manter sempre a sua arma de fogo em pronto emprego para realizar a
segurança da equipe policial, até que o suspeito não apresente mais risco aos policiais ou a
terceiros e a situação esteja sob controle.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O PM não realizar a verbalização, ou mesmo, procedê-la de forma inadequada com
ineficiência;
2. Deixar a equipe policial de estabelecer os princípios da postura tática policial, posição da
arma, controle da arma, controle da área, proteção 360º, agindo sob o “efeito avestruz” e
“efeito imã”;
3. Visão/audição de túnel por parte da equipe policial, deixando de analisar o ambiente com
probabilidade de surgir outras ameaças física contra a equipe;
4. O PM não executar corretamente o uso diferenciado da força policial;
5. Deixar de proceder ao algemamento e a busca pessoal;
6. Disparo indevido, quando não houver resistência e/ou quando o suspeito não representar
risco a integridade física da equipe policial ou de terceiros;
7. Não disparar a arma de fogo, havendo esboço de agressão letal, injusta e iminente do
infrator;
8. Deixar de realizar a conferência visual após os disparos;
9. Sendo em local com público, disparar contra o infrator, colocando em risco a vida de
terceiros;
10. No caso de fuga, deixar de solicitar apoio e cerco policial;
11. Deixar de providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade
de Resgate (UR), em caso de suspeito ferido.

ESCLARECIMENTOS:

1. CONFERÊNCIA VISUAL APÓS OS DISPAROS: Procedimento considerado fundamental a


ser realizado pelo Policial Militar, que na necessidade da realização dos disparos, deverá
necessariamente fazer a varredura e em seguida manter a arma em posição de pronto baixo,
mantendo a visualização no agressor e no ambiente, permanecendo em estado de alerta
diante da necessidade de se realizar outros disparos por motivos diversos tais como: Ter
errado os disparos, o local alvejado for de baixa eficiência, estar o agressor sob efeito de
substâncias tóxicas aumentando sua resistência aos disparos e o intuito de agressão, estar
o agressor utilizando colete de proteção balística no local em que fora atingido.
2. POSTURA TÁTICA: É a postura corporal do policial em situações de risco, estando em
condições de oferecer resposta imediata a uma agressão física.
● Postura Tática – princípios
● Terceiro Olho: a arma sempre acompanha a direção do olhar do policial, que manterá os
dois olhos abertos.
● Visão de Túnel: É uma constrição do campo visual que resulta na perda da visão periférica.
Para evitar, o policial deverá olhar por cima da arma, mesmo quando empunhada na altura
dos olhos, evitando fechar um dos olhos.
● Controle da Arma: sempre desviar o cano da arma da direção de pessoas não suspeitas ou
de outros policiais.
● Visão/Audição de Túnel: Redução da capacidade de visual e auditiva gerada pelo estresse
da ocorrência.
● Controle de área: Domínio de toda área onde se encontre o policial e seus companheiros.
● Proteção 360º: Técnica de controle de área, onde todos os lados devem estar dominados
(auto guardado).
● Efeito imã: Colocar-se muito próximo à proteção (balística), perdendo o controle de área.
● Efeito avestruz: Por não estar vendo o oponente, o policial pensa que está protegido.

108 - USO FORÇA POLICIAL 99


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
Envolvendo infrator da lei disparando arma de fogo em local com
PROCEDIMENTO: 108.6 público.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Estando em público, e o infrator atirar contra os PM e transeuntes;
2. Estando em fuga, o infrator disparar contra os PM e transeuntes.
3. Ausência de potenciais abrigos que ofereçam proteção balística, ou impossibilidade de
utilização dos mesmos.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Policial empunha sua arma em pronto emprego;
2. Policial procura, preferencialmente, abrigo que ofereça proteção balística, devendo reduzir a
silhueta para iniciar a abordagem, sem deixar de priorizar a segurança policial;
3. Verbalizar com a pessoa, determinando a colocação da arma ao solo (vide POP 203.2);
4. Após o infrator desfazer-se de sua arma, um policial (definido pelo comandante) acondiciona
a arma de fogo no coldre travando-a, em seguida iniciará o procedimento de algemamento e
da busca pessoal (vide POP 102.2 e 201.4);
5. Em caso de fuga, na qual o infrator esteja correndo entremeio ao público, o policial não
deverá atirar, devendo solicitar apoio e realizar o acompanhamento e cerco policial
6. Providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade de Resgate
(UR). Caso em que o infrator, durante os disparos,acerte terceiros.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Conduta segura e com amparo legal por parte do policial, a fim de resguardar sua integridade
física, e jurídica, evitando o envolvimento desnecessário e oneroso em processo judiciário e
administrativo;
2. Que a(s) técnica(s) do uso diferenciado da força policial, bem como as Técnicas de Controle
e Submissão (TCS), durante a abordagem, busca pessoal, ou na utilização de algemas, sejam
empregadas de formas corretas;
3. Que sejam protegidos a vida, a integridade física e moral das vítimas e de terceiros;
4. Garantir sempre que possível a vida do agressor, usando a energia estritamente necessária
para a contenção da sua ação agressora;
5. Priorizar a preservação da vida, e em seguida promover a lei trabalhando estritamente, dentro
de seus limites e em conformidade com a legislação em vigor no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o infrator da lei insistir em não cooperar (resistência passiva), insistir na visualização e
verbalização com o infrator;
2. Após a percepção inicial do PM, diante do quadro apresentado, sendo este risco superior ou
inferior ao quadro percebido, adotar a ação pertinente;
3. Se pelas circunstâncias os policiais militares identificarem indivíduos em quantidade superior
ao número de policiais presentes na ocorrência, deverão solicitar apoio policial para realizar
a abordagem;
4. Após a percepção inicial do PM, diante do quadro apresentado, sendo este risco superior ou
inferior ao quadro percebido, adotar a ação pertinente;
5. Caso uma pessoa seja alvejada, providenciar socorro imediato.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O PM não realizar a verbalização, ou mesmo, proceder de forma inadequada com
ineficiência;
2. Realizar disparos com a presença de público, colocando em risco a integridade física dos
transeuntes inocentes;
3. Deixar a equipe policial de estabelecer os princípios da postura tática policial, posição da
arma, controle da arma, controle da área, proteção 360º, agindo sob o “efeito avestruz” e
“efeito imã”;
4. Visão/audição de túnel por parte da equipe policial, deixando de analisar o ambiente com
probabilidade de surgir outras ameaças física contra a equipe;
5. O PM não executar corretamente o uso diferenciado da força policial;
6. Deixar de proceder ao algemamento conforme as técnicas de controle e submissão (TCS) e

108 - USO FORÇA POLICIAL 100


a busca pessoal em caso de rendição do infrator;
7. O PM com público, disparar contra o infrator, colocando em risco a vida de terceiros;
8. No caso de fuga, deixar de solicitar apoio e cerco policial;
9. Deixar de providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade
de Resgate (UR), em caso de vítimas atingidas pelo infrator da lei.
10. O PM deixar de observar as regras de segurança na sua ação, deixando de se abrigar ou
reduzir a silhueta, durante os disparos realizados pelo infrator da lei;
11. Deixar de providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade
de Resgate (UR), em caso de suspeito ferido.

108 - USO FORÇA POLICIAL 101


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
Infrator da lei disparando arma de fogo com colete de proteção
PROCEDIMENTO: 108.7
balística
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Durante a resposta policial com arma de fogo, eleger região a ser alvejada;
2. Visualização redobrada, para conferência da eficácia dos disparos por parte do Policial
Militar;
3. Ausência de potenciais abrigos que ofereçam proteção balística, ou impossibilidade de
utilização dos mesmos;
4. Análise avaliativa do infrator da lei, buscando identificar locais, pontos ou situações para
cessar a agressão provocada pelo infrator.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. O PM deverá manter arma em pronto emprego, abrigando e/ou reduzindo a silhueta;
2. Verbalizar com a pessoa, determinando a colocação da arma ao solo (vide POP 203.2);
3. Policial procura, preferencialmente, abrigo que ofereça proteção balística, devendo reduzir
a silhueta, revidando a injusta agressão provocada pelo infrator, sem deixar de priorizar a
segurança policial;
4. Caso o infrator esteja portando ostensivamente o colete balístico, o Policial Militar deverá
priorizar as regiões vitais, sem proteção balística, para realizar os disparos;
5. Se o infrator estiver portando o colete balístico de forma velada, o Policial Militar ao realizar
os disparos deverá priorizar a região do tórax, se a ação do agressor não for cessada, o
Policial Militar deverá disparar na região vital exposta;
6. Caso o infrator se entregue, um policial (definido pelo comandante) acondiciona a arma de
fogo no coldre travando-a, em seguida iniciará o procedimento de algemamento e da busca
pessoal (vide POP 102.2 e 201.4);
7. Providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade de
Resgate (UR). Caso alguém seja atingido pelos disparos durante o confronto;
8. Realizar conferência visual, após disparos.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Conduta segura e com amparo legal por parte do Policial Militar a fim de resguardar sua
integridade física, bem como, o envolvimento desnecessário em processo administrativo e
judiciário;
2. Garantir a integridade física de pessoas inocentes na ocorrência;
3. Garantir sempre que possível à integridade física do agressor, usando a energia
estritamente necessária para a contenção da ação agressora;
4. Tornar a resposta armada do Policial Militar eficiente mesmo considerando o uso de colete
balístico por parte do agressor.
5. Priorizar a preservação da vida, e em seguida promover a lei trabalhando estritamente,
dentro de seus limites e em conformidade com a legislação em vigor no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Após a percepção inicial do Policial Militar, diante do quadro apresentado, sendo este risco
superior ou inferior ao quadro percebido, adotar a ação pertinente;
2. Percebido a não eficiência dos disparos, partir para outra região exposta do infrator.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de abrigar-se ou reduzir silhueta;
2. Realizar disparos com a presença de público, colocando em risco a integridade física dos
transeuntes inocentes;
3. Deixar a equipe policial de estabelecer os princípios da postura tática policial, posição da
arma, controle da arma, controle da área, proteção 360º, agindo sob o “efeito avestruz” e
“efeito imã”;
4. Durante confronto armado o policial militar busca abrigo, colocando-se muito próximo a
proteção, perdendo o controle da área e consequentemente sua segurança;
5. Visão/audição de túnel por parte da equipe policial, deixando de analisar o ambiente com
probabilidade de surgir outras ameaças física contra a equipe;
6. No caso de fuga, deixar de solicitar apoio e cerco policial;

108 - USO FORÇA POLICIAL 102


7. Deixar de providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade
de Resgate (UR), em caso de vítimas atingidas pelo infrator da lei;
8. O PM deixar de observar as regras de segurança na sua ação, deixando de se abrigar ou
reduzir a silhueta, durante os disparos realizados pelo infrator da lei;
9. Deixar de providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade
de Resgate (UR), em caso de suspeito ferido;
10. Não disparar a arma de fogo, havendo esboço de agressão letal injusta e iminente do
infrator;
11. Deixar de realizar a conferência visual após os disparos.

ESCLARECIMENTOS:

1. CONFERÊNCIA VISUAL APÓS OS DISPAROS: Procedimento considerado fundamental a


ser realizado pelo Policial Militar, que na necessidade da realização dos disparos, deverá
necessariamente fazer a varredura e em seguida manter a arma em posição de pronto
baixo, mantendo a visualização no agressor e no ambiente, permanecendo em estado de
alerta diante da necessidade de se realizar outros disparos por motivos diversos tais como:
Ter errado os disparos, o local alvejado for de baixa eficiência, estar o agressor sob efeito
de substâncias tóxicas aumentando sua resistência aos disparos e o intuito de agressão,
estar o agressor utilizando colete de proteção balística no local em que fora atingido.
2. POSTURA TÁTICA: É a postura corporal do policial em situações de risco, estando em
condições de oferecer resposta imediata a uma agressão física.
● Postura Tática – princípios
● Terceiro Olho: a arma sempre acompanha a direção do olhar do policial, que manterá os
dois olhos abertos.
● Visão de Túnel: É uma constrição do campo visual que resulta na perda da visão periférica.
Para evitar o policial deverá olhar por cima da arma, mesmo quando empunhada na altura
dos olhos, evitando fechar um dos olhos.
● Controle da Arma: sempre desviar o cano da arma da direção de pessoas não suspeitas ou
de outros policiais.
● Visão/Audição de Túnel: Redução da capacidade visual e auditiva gerada pelo estresse da
ocorrência.
● Controle de área: Domínio de toda área onde se encontre o policial e seus companheiros.
● Proteção 360º: Técnica de controle de área, onde todos os lados devem estar dominados
(auto guardado).
● Efeito imã: Colocar-se muito próximo à proteção (balística), perdendo o controle de área.
● Efeito avestruz: Por não estar vendo o oponente, o policial pensa que está protegido.

108 - USO FORÇA POLICIAL 103


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
Elemento causador da crise armado com arma de fogo ameaçando a
PROCEDIMENTO: 108.8
vítima.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Contenção da crise no ambiente específico;
2. Liberação de refém ou vítima;
3. Infrator realizando disparos contra o refém ou vítima;
4. Infrator realizando disparos contra o Policial Militar.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Arma na posição Pronto Baixo, abrigando e/ou reduzindo a silhueta;
2. Não oferecendo resistência, determinar ao captor que coloque a arma ao solo e determinar
que libere o refém ou vítima;
3. O Policial determinará ao infrator que saia com as mãos para cima, e realizar o algemamento
e busca pessoal no infrator e demais envolvidos, (vide POP 201.4);
4. Realizará busca no ambiente;
5. Havendo resistência, manter a visualização e verbalização, aplicando as medidas
preliminares do gerenciamento de crise e negociação (vide POP 505.1);
6. O Policial Militar somente utilizará o armamento contra o infrator, caso a vítima liberte-se, ou
seja, liberada e o infrator passe a tentar contra a vida do Policial Militar ou de terceiros/;
7. Providenciar o acionamento imediato do serviço local de emergência ou Unidade de Resgate
(UR). Caso alguém seja atingido pelos disparos durante o confronto.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Conduta segura e com amparo legal por parte do Policial Militar, a fim de resguardar sua
integridade física, bem como, o envolvimento desnecessário em processo administrativo e
judiciário;
2. Garantir a integridade física e moral da vítima e de pessoas inocentes na ocorrência;
3. Garantir sempre que possível à integridade física do agressor, usando a energia
estritamente necessária para a contenção da ação agressora;
4. Aplicação do gerenciamento de crise e negociação (vide POP 505.1).
AÇÕES CORRETIVAS
1. Após a percepção inicial do Polícia Militar, diante do quadro apresentado, sendo este risco
superior ou inferior ao quadro percebido, adotar a ação pertinente;
2. Insistir na visualização e verbalização com a pessoa infratora da lei;
3. Havendo resistência solicitar apoio especializado.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O Policial Militar não realizar a visualização e verbalização, ou mesmo, procedê-las de forma
inadequada com ineficiência;
2. Precipitação no uso da força letal;
3. Aumentar o estresse do infrator, levando-o a cometer agressões contra as vítimas ou
guarnição;
4. Tomada de ação policial sem aplicação das técnicas de gerenciamento de crises (vide POP
505.1), assumindo os riscos, sem, contudo, ter condições técnicas de atuar;
5. Deixar de passar informações necessárias sobre o evento ao Centro de Operações/CIOSP.

108 - USO FORÇA POLICIAL 104


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
Envolvendo policial civil, federal, militar, militares da forças armadas
PROCEDIMENTO: 108.9 (fardado ou à paisana).
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificação do profissional;
2. Abordagem do profissional;
3. Possibilidade de conflito e intransigência por parte do profissional abordado;
4. Confirmação de tratar-se de falso profissional de segurança;
5. Confirmação de tratar-se de profissional de segurança em atitude ilícita;
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Iniciar o procedimento de abordagem (vide POP 202)
2. Assim que a(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s) se identificar(em) como policial(is), solicitar
e conferir a(s) documentação(ões) entregue(s) pelo(s) abordado(s) junto ao
CIOSP/COPOM, mantendo-o(s) sob atenta vigilância e observando os cuidados com a
segurança da GU;
3. O(s) abordado(s) não será(ão) desarmado(s), nem submetido(s) à busca pessoal, se
entregar(em) a carteira de identidade funcional, comprovando a qualidade de policial;
4. A busca pessoal e o desarmamento do abordado devem ser realizados, se necessário, com
solicitação de apoio, nas seguintes situações:
4.1. Quando o abordado se recusar a obedecer às ordens de comando, principalmente à ordem
para entregar a carteira de identificação funcional;
4.2. Quando o abordado não estiver portando a carteira funcional ou não for possível constatar
a sua qualidade de policial;
4.3. Quando o abordado apresentar sinais de descontrole físico, emocional ou comportamento
agressivo;
5. Após a confirmação da qualidade de policial, devolver os documentos ao abordado e encerrar
a ocorrência;
6. Caso tratar-se de um profissional em fundada suspeita falso, profissional ou profissional em
conduta criminosa a arma em pronto baixo, abrigando e/ou reduzindo a silhueta;
7. Caso o PM seja alvo de abordagem policial, ele deverá observar as seguintes determinações:
7.1. Obedecer aos comandos da equipe, identificar-se imediatamente e apresentar sua
identidade funcional;
7.2. Caso esteja armado, informar o porte da(s) arma(s) de fogo, a quantidade, bem como o(s)
local(is) onde o(s) armamento(s) está(ão), mantendo as mãos afastadas da(s) arma(s) de
fogo e evitando fazer gestos bruscos.
7.3. Se o PM abordado estiver em serviço velado, deverá reportar essa circunstância,
imediatamente, de modo a evitar prejuízo ao trabalho.
7.4. Nas abordagens a agentes de segurança de outras Instituições e poderes, policiais militares
ou civis de outros Estados, a equipe deverá adotar a mesma conduta.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ação policial seja coordenada, segura e eficaz.
2. Que o policial militar não subestime o potencial ofensivo da(s) pessoa(s) abordada(s).
3. Que a intervenção policial seja norteada pelos princípios da legalidade e do respeito para
que ao final, a(s) pessoa(s) abordada(s), não fique(m) com imagem negativa da Instituição,
mas uma imagem positiva, tendo a certeza que ele(s) pode(m) e deve(m) contar com a ajuda
do(s) policial(is) militar(es), a qualquer hora e lugar.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Após a percepção inicial do Policial Militar, diante do quadro apresentado, sendo este risco
superior ou inferior ao quadro percebido, adotar a ação pertinente, conforme outros POP’s;
2. Se a(s) pessoa(s) abordada(s) apresentar(em) nervosismo ou inconformismo com o
procedimento, o policial militar deverá acalmá-la(s) com o seguinte escalonamento de
atitudes:
a. Reduzir a tonalidade de voz para minimizar os ânimos;
b. Solicitar calma ao(s) abordado(s);

108 - USO FORÇA POLICIAL 105


c. Manter equilíbrio independente da alteração da(s) pessoa(s) abordada(s);
d. Informar quais foram as atitudes que levaram à abordagem e que todas as dúvidas serão
esclarecidas ao final do procedimento.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Fazer uma avaliação superficial, provocando erro na atuação;
2. Deixar de colher informações que possibilitem uma identificação segura do suposto
profissional;
3. Deixar de atuar com o uso da força adequada, caso tratar-se de falso profissional ou
profissional em conduta criminosa;
4. Não manter a serenidade, submetendo o(s) abordado(s) a uma situação vexatória
desnecessariamente.

108 - USO FORÇA POLICIAL 106


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
Envolvendo pessoas menores de idade e/ou idosos em situações
PROCEDIMENTO: 108.10
diversas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Percepção de crianças, adolescentes ou idosos envolvidos em infrações penais ou crimes
diversos;
2. Abordagem segura respeitando os princípios legais específicos a menores e idosos, em
conformidade com a legislação em vigor no país;
3. Observância da opinião pública quanto ao trato policial diante de menores e idosos.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Caso a pessoa menor de idade ou idoso estejam em fundada suspeita ou sejam infratores
da lei e que representem grave ameaça a terceiros ou a guarnição, os policiais deverão
abordá-los conforme o caso (vide POP 202. 2 ou 203. 2);
2. Em outros casos, os policiais deverão adotar abordagem conforme (vide POP 202. 2), porém
deverão algemar os infratores/suspeitas somente se presentes os requisitos previstos na
legislação (vide POP 102. 2).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Conduta segura e com amparo legal por parte do policial, a fim de resguardar sua integridade
física, bem como, o envolvimento desnecessário em processo judiciário;
2. Garantir a vida, a integridade física e moral das pessoas envolvidas na ocorrência;
3. Garantir sempre que possível a vida do agressor, usando a energia estritamente necessária
para a contenção de sua ação agressora;
4. Priorizar a preservação da vida, e em seguida promover a lei, trabalhando estritamente
dentro de seus limites em conformidade com a legislação em vigor no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se houver alteração, de risco superior ou inferior, ao quadro inicialmente apresentado,
adotar a ação pertinente a outros POP’s;
2. Insistir na verbalização sempre que necessário.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não realizar a verbalização, ou mesmo, proceder de forma inadequada e com ineficiência;
2. Negligenciar na segurança durante a abordagem e, especificamente, na busca pessoal;
3. Em caso do quadro evoluir a uma necessidade real de legítima defesa, o PM deixar de usar
os meios respeitando princípios do Uso Diferenciado da Força, para contenção da agressão
injusta e iminente;
4. Negligenciar na segurança durante a abordagem e especificamente na busca pessoal.

108 - USO FORÇA POLICIAL 107


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCEDIMENTO: 108.11 Veículo em situação de fuga.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Manutenção da visibilidade do veículo sob acompanhamento;
2. Difusão pelo rádio, da localização em tempo real do veículo suspeito, durante o
acompanhamento veicular;
3. Trânsito ou tráfego intenso com grande concentração de pedestres.
4. Cerco do veículo acompanhado;
5. Abordagem ao veículo.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Com o giroflex ligado, acionar sinais sonoros e sinalizar para o veículo acompanhado parar;
2. Acionar o Centro de Operações/CIOSP, passando informações do veículo e passageiros,
bem como da localidade, iniciando encalço (vide POP 304.1) com segurança;
3. Promover o cerco policial (vide POP 304.1) com a respectiva abordagem (vide POP 205.1 e
POP 209.1);
4. Evitar ao máximo a realização de disparos devido à reduzida precisão provocada pela
movimentação veicular. Realizar disparos somente quando o policial perceber que o infrator
esteja ameaçando gravemente a equipe policial ou terceiros.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o responsável da equipe pelo acompanhamento tenha a necessária calma na
transmissão dos dados e posicionamentos;
2. Conduta segura e com amparo legal por parte do policial, a fim de resguardar sua integridade
física, bem como, o envolvimento desnecessário em processo administrativo e/ou judicial;
3. Garantir, sempre que possível, a vida e a integridade física do agressor, utilizando a energia
estritamente necessária para a contenção de sua ação agressora;
4. Que o policial não realize disparos contra o veículo, sem estar presente a legítima defesa do
policial ou de terceiros;
5. Evitar danos pessoais e materiais durante o acompanhamento da ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Em caso de excesso de velocidade, determinar que o motorista dirija com segurança;
2. Caso o veículo não pare, o policial deverá insistir no acionamento dos sinais sonoros, para
que o veículo acompanhado pare;
3. Caso o local da abordagem seja inapropriado, o policial deverá determinar que o veículo
suspeito se posicione em local seguro para a guarnição.
4. Evitar ao máximo a realização de disparos devido à reduzida precisão provocada pela
movimentação veicular.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Precipitação no uso da força letal, principalmente tratando-se em vias com concentração de
pessoas;
2. Deixar de realizar o acompanhamento, encalço e cerco policial corretamente, ocasionando
acidentes;
3. Disparar arma de fogo no intuito de parar o veículo ou, ainda, para advertência;
4. Deixar de informar corretamente o Centro de Operações/CIOSP acerca das características
do veículo e condutor, bem como da localidade em que está realizando o cerco, a fim de
subsidiar o Centro de Operações/CIOSP para o encaminhamento de reforço.

ESCLARECIMENTOS:

1. ACOMPANHAMENTO À DISTÂNCIA: É o ato de seguir um veículo suspeito ou sabidamente


ocupado por marginais, que se encontra em deslocamento numa via, com variação de
velocidade, conforme as condições normais de tráfego. O acompanhamento deve ser
realizado a uma distância tal que permita aos policiais manter o contato visual com o veículo

108 - USO FORÇA POLICIAL 108


e seus ocupantes, e também seguir, com segurança na sua trajetória;
2. ENCALÇO: É o ato de seguir um veículo suspeito ou sabidamente ocupado por marginais,
em alta velocidade, EVITANDO risco tanto para os policiais militares, como também, o público
e os ocupantes (suspeitos) do veículo a ser abordado. Obs: não pode ser descartada a
possibilidade de haver reféns no interior do veículo.
3. LOCAL APROPRIADO PARA ABORDAGEM:
a. Local de baixo fluxo de pessoas e veículos;
b. Local de poucos pontos de fuga para os suspeitos ou marginais;
c. Pontos de abrigo e cobertura disponíveis aos policiais;
d. Preferencialmente local plano e de boa visibilidade.
4. LOCAL IMPRÓPRIO PARA ABORDAGEM:
a. Pontes;
b. Viadutos;
c. Área escolar;
d. Local movimentado;
e. Outros.

108 - USO FORÇA POLICIAL 109


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 108 USO DA FORÇA POLICIAL.
Infrator da lei em edificações externas, corredores, janelas, na
PROCEDIMENTO: 108.12 virada da esquina e verificação de muros.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Manutenção da segurança durante a verificação dos ambientes;
2. Presença de outros riscos alheios à ocorrência, mas que podem interferir na atuação policial;
3. Impossibilidade de utilização de abrigos ou ausência dos mesmos;
4. Em necessidade de apoio, haver demora excessiva.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Deslocamento com a arma em pronto-retido, pronto-baixo ou em pronto-emprego, de acordo
com o melhor emprego em cada situação;
2. Caso o suspeito estiver no interior da edificação, o Policial Militar não deverá entrar, em vez
disso, determinará que o suspeito saia;
3. Caso não haja obediência na determinação, deverá ser solicitado o apoio policial;
4. O Policial Militar deverá progredir com cobertura policial e com procedimento de segurança
realizar tomada de ângulo, fatiamento ou olhada rápida, dependendo das condições do
terreno, ao fazer a varredura em janelas, esquinas e cantos de parede;
RESULTADOS ESPERADOS
1. Conduta segura e com amparo legal por parte do policial, a fim de resguardar sua integridade
física, bem como, o envolvimento desnecessário em processo administrativo e judiciário;
2. Garantir a integridade física de pessoas inocentes na ocorrência;
3. Garantir sempre que possível a integridade física do agressor, usando a energia estritamente
necessária para a contenção da sua ação agressora.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Após a percepção inicial do Policial Militar, diante do quadro apresentado, sendo este risco
superior ou inferior ao quadro percebido, adotar a ação pertinente, passando a proceder de
acordo com o quadro real apresentado;
2. Insistir na verbalização com o infrator da lei, determinando sua rendição e saída do local de
risco com mãos para cima;
3. Havendo a necessidade de adentrar nos ambientes edificados, solicitar apoio policial.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O Policial Militar não realizar a verbalização, ou mesmo, proceder de forma inadequada com
ineficiência;
2. Precipitar-se no adentramento às edificações;
3. Deixar de se abrigar ou reduzir silhueta;
4. Adentramento em edificação onde esteja ocorrendo uma situação de crise;
5. Efetuar progressões sem a devida cobertura policial;
6. Deixar de solicitar apoio policial.

ESCLARECIMENTOS:

1. CONFERÊNCIA VISUAL APÓS OS DISPAROS: Procedimento considerado fundamental a


ser realizado pelo Policial Militar, que na necessidade da realização dos disparos, deverá
necessariamente fazer a varredura e em seguida manter a arma em posição de pronto baixo,
mantendo a visualização no agressor e no ambiente, permanecendo em estado de alerta
diante da necessidade de se realizar outros disparos por motivos diversos tais como: Ter
errado os disparos, o local alvejado for de baixa eficiência, estar o agressor sob efeito de
substâncias tóxicas aumentando sua resistência aos disparos e o intuito de agressão, estar
o agressor utilizando colete de proteção balística no local em que fora atingido.
2. CONTROLE DO CANO E DEDO FORA DO GATILHO: Em todas as posições previstas
para o uso do armamento acima descritas (no coldre, retenção, pronto retida, pronto baixo,
pronto), o Policial Militar deverá a todo instante ter o controle do direcionamento do cano e

108 - USO FORÇA POLICIAL 110


dedo fora do gatilho, pois não sendo o momento do disparo não se justificará disparos
precipitados ou acidentais durante o desenrolar de uma ocorrência em que, quase sempre,
o policial poderá estar alterado pelo estresse do quadro de risco que se apresenta.
3. TÉCNICA DO “3º OLHO” (PRONTO EMPREGO): É o ato de manter os olhos sempre
alinhados com a alça e massa de mira da arma, mantendo-os em direção do perigo (na hora
do perigo o cano funciona como um “terceiro olho”). Se for à noite ou com pouca
luminosidade, e o policial estiver com lanterna, esta funcionará como um “quarto olho”.
Olhos, cano da arma e lanterna, sempre na direção do perigo.

ILUSTRAÇÕES:

1. Quadro do “MODELO BÁSICO DO USO DIFERENCIADO DA FORÇA”:

Fonte: Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).

2. O uso Diferenciado da força, também pode ser analisado da seguinte forma:

PERCEPÇÃO DO GR AÇÃO RESPOSTA DO


POLICIAL QUANTO AU POLICIAL
AO AGRESSOR
Normalidade 01 Presença policial
Cooperativo 02 Verbalização
Resistência passiva 03 Controle de contato
Resistência ativa 04 Controle físico
Agressão física menos 05 Táticas defensivas menos
letal letais
Agressão letal 06 Força letal

108 - USO FORÇA POLICIAL 111


ILUSTRAÇÕES:

Fig. 01 Fig. 02
Arma no coldre (mãos livres) Mão forte na arma

Fig. 03 Fig. 04
Arma em retenção “posição sul” Arma em retenção “posição sul velada”

108 - USO FORÇA POLICIAL 112


Fig. 05 Fig. 06
Arma em posição “pronto retido frontal” Arma em posição “pronto retido frontal”

Fig. 07 Fig. 08
Arma em posição “pronto retido lateral” Arma em posição “pronto retido lateral”

108 - USO FORÇA POLICIAL 113


Fig. 09 Fig. 10
Arma em posição “pronto baixo” Arma em posição “pronto baixo”

Fig. 11 Fig. 12
Arma em posição “pronto emprego” ou “3º olho” Arma em posição “pronto emprego” ou “3º olho”

108 - USO FORÇA POLICIAL 114


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - I
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
109
PROCESSO APH POLICIAL
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Fardamento orgânico operacional da OPM;
2. Armamentos e equipamentos básicos para o serviço PM;
3. Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como colete balístico;
4. Radiocomunicadores;
5. Bolso APH para Colete Tático Modular;
6. Porta-torniquete.
7. Torniquete Tático: Cat Geração 7 ou/e outro de igual ou similar funcionamento, desde que
devidamente aprovado e homologado pelo CoTCCC;
8. Gazes com agente hemostático, devidamente aprovada e homologada pelo CoTCCC;
9. Gaze de metro;
10. Bandagem tática de 4”: tipo Israelense e/ou Olaes devidamente aprovada e homologada pelo
CoTCCC;
11. Cânula Nasofaringea 28 FR, devidamente aprovada e homologada pelo CoTCCC;
12. Par de Selo de Tórax Valvulado Industrializado, devidamente aprovado e homologado pelo
CoTCCC;
13. Manta Térmica Aluminizada;
14. Fonte de calor instantâneo;
15. Tesoura de Resgate;
16. Pincel marcador permanente;
17. Luva de procedimento nitrílica, NÃO PRETA;
18. Memento do Protocolo MARC1;
ETAPAS PROCEDIMENTOS
1. Montagem do Kit APH individual e Disposição adequada
Adoção de medidas específicas
dos materiais do Kit.
Resgate do Policial Ferido 2. Resgate do Policial Ferido
3. Protocolo MARC1: “M” de Massivo: Controle do
Protocolo MARC1, equivalente ao Sangramento Massivo de Extremidades e de Áreas
Protocolo MARCH da SENASP: Juncionais. “A” de Ar: Controle das Vias Aéreas; “R” de
Respiração: Manutenção da Respiração;
Protocolo MARC1, equivalente ao 4. Protocolo MARC1: “C” Calor: Prevenção da Hipotermia
Protocolo MARCH da SENASP: Evacuação
Esclarecimentos Esclarecimentos e comentários
Passo a passo após a ocorrência em que policial foi
Fluxograma
alvejado ou ferido.
1. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública
Apresentação da ocorrência.
Competente (vide POP 201.7).
Encerramento. 2. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Direito à Vida Art 5 da Constituição da República Federativa do Brasil.
Código Penal Militar. Estado de
Art. 39 Estado de Necessidade e excludente de culpa.
Necessidade e Inexigibilidade de
Art. 42 Exclusão de Crime
conduta diversa.
Lastro Jurídico para Aplicação do Art 4 e 5 da Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013, dispõe sobre
APH o exercício da Medicina.
Capitulo II, Procedimentos Específicos, Portaria Normativa
APH nas Forças Armadas
Ministério da Defesa/GM Nº 16, de 12 de abril de 2018.
APH na SENASP. Portaria da SENASP Nº 212, DE 28 de dezembro de 2020.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMMS.
de Mato Grosso do Sul, de 11 de novembro de 2004.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMPR
do Paraná, de 22 de julho de 2019.
PHTLS 10º Edição Uso de torniquete e preenchimento de feridas
Regulamentou o Curso para Formação de Instrutores de
Portaria nº 19/DEIP/PMMT/2020
Atendimento Pré Hospitalar Policial na PMMT

109 – APH POLICIAL. 115


COMENTÁRIOS:

1. DIREITO A VIDA: A Constituição Federal de 1988, tem em seu Art. 1º, inciso III, o princípio
fundamental da dignidade da pessoa humana, e em seu Art. 5°, caput, também da CF/88,
deixa claro que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”
(grifo nosso), ou seja, deixando claro que o Direito a Vida é o maior bem jurídico tutelado
pelo Estado, sendo inclusive o primeiro a ser elencado.
2. ESTADO DE NECESSIDADE: Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio
ou de pessoa a quem está ligado por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra
perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito alheio,
ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível
conduta diversa.
3. INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA: “A inexigibilidade de conduta diversa
caracteriza-se quando age o autor de maneira típica e ilícita, mas não merece ser punido,
pois, naquelas circunstâncias fáticas, dentro do que revela a experiência humana, não lhe era
exigível um comportamento conforme o ordenamento jurídico. ”
4. LEI QUE DISPÔE SOBRE O EXERCÍCIO DA MEDICINA: Lei nº 12.842, de 10 de julho de
2013.
Artigo 4º: São atividades privativas do médico
(...)
Parágrafo 5º: Excetuam-se do rol de atividades privativas do médico:
(...)
VI - Atendimento à pessoa sob risco de morte iminente
5. APH NAS FORÇAS ARMADAS: CAP. II - Procedimentos Específicos:
Art. 2º. Os procedimentos do Atendimento Pré-Hospitalar Tático, considerados de maior
complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar
decisões imediatas, em pacientes graves com risco de morte, deverão ser executados
somente nas situações previstas no § 1º do art. 1º.
Parágrafo único. Os procedimentos de Atendimento Pré-Hospitalar Tático, para os efeitos
desta Portaria Normativa, são caracterizados por quaisquer dos seguintes atos:
● Aplicação de torniquete
● Garantia de vias aéreas
● Descompressão torácica com agulha
● Acesso venoso periférico
● Acesso intraósseo
● Prescrição tática

6. APH NA SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PUBLICA: Institui o Projeto de


Atendimento Pré Hospitalar Tático para Profissionais de Segurança Pública no âmbito da
Secretaria Nacional de Segurança Pública. Designa unidades e responsáveis pela
estruturação técnica e dá outras providências.
7. CoTCCC: Comitê de Assistência a Acidentes de Combate

109 – APH POLICIAL. 116


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MODULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 109 APH POLICIAL
PROCEDIMENTO: 109.1 Montagem do Kit APH individual e disposição adequada dos materiais.
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM:
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Dispor os materiais na sequência em que for requerida pelo acrônimo M.A.R.C., nível 1, quais
sejam Sangramento Massivo de extremidades e de áreas juncionais, Ar, Respiração e Calor
(prevenção da hipotermia) e Memento;
2. Estar habituado com a sequência em que os materiais foram colocados no IFAK-Individual First-
Aid Kit (Kit Individual de Primeiros Socorros);
3. Realizar o aduchamento correto dos materiais para que ocupe o menor espaço possível;
4. Estar ciente de que em condições de estresse intenso sua coordenação motora estará limitada, e
a familiarização com o seu IFAK é crucial;
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Ter uma bolsa compacta (bornal destacável) que comporte todos os materiais de APH Policial, de
maneira que não ocupe muito espaço e seja levado o que for necessário para o cuidado do policial
ferido;
2. Colocar torniquete de preferência em lugar próprio e separado do IFAK, em local de fácil
visibilidade e de fácil acesso, sendo o ideal em porta torniquete específico, sendo preferido
modelos com velcro;
3. Colocar dentro do IFAK, gazes com agente hemostático e sem agente, em ato continuo seja
colocada as Bandagens elásticas para oclusão do ferimento, se possível, que nos locais próprios
para que seja feita a abertura dos pacotes seja colocado algo que possibilite a identificação tátil
deste local;
4. Colocar posteriormente, a cânula nasofaringe e a os selos de tórax valvulados ou não valvulados;
5. Já no tratamento da hipotermia, letra C do acrônimo, colocamos na sequência a bolsa de calor e
manta aluminizada;
6. Deve conter ainda no IFAK, tesoura de resgate e as luvas descartáveis nitrílicas não pretas;
7. O Policial Militar deve escolher um local no colete ou cinto de guarnição de fácil acesso, onde
possa alcançar o IFAK com ambas as mãos.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o IFAK fique em local visível e de fácil acesso com a duas mãos;
2. Que os materiais fiquem de fácil acesso para os operadores dentro do IFAK;
3. Que o Policial Militar esteja habituado com a localização e no manuseio do material de APH
Policial.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Realizar o procedimento de maneira sequencial e padronizada para identificação e neutralização
de ameaças imediatas para posteriormente realizar o atendimento ao policial ferido ou a si próprio,
de acordo com o protocolo de APH Policial, protocolo MARC 1.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Falta ou desconhecimento do planejamento de resgate por parte de todos os integrantes da
equipe policial;
2. Não buscar o local adequado que proporcione abrigo;
3. Não identificar e não neutralizar a ameaça imediatas, tentando se aproximar o mais rápido
possível, não observando cenário inicial, ou outras ameaças, podendo ocasionar novas vítimas;
4. Na impossibilidade de aproximação ao PM ferido, não realizar o auxílio remoto para que o mesmo
realize o autoatendimento;
5. Deixar de estabelecer um perímetro de segurança para iniciar o atendimento do policial ferido;
6. Realizar a extração do PM ferido do X, sem adotar os procedimentos adequados emergenciais,
seja de controle de sangramento massivo e técnicas de transporte de PM ferido;
7. Realizar outros procedimentos, além da aplicação emergencial do torniquete, no policial militar
ferido, quando este se encontra no “X”;
8. Caso exista algum abrigo bem próximo ao policial ferido, prefira arrastá-lo para este local a fim de
iniciar o APH Policial e se for o caso, realizar a aplicação do torniquete em sua modalidade
emergencial.

109 – APH POLICIAL. 117


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MODULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 109 APH POLICIAL
PROCEDIMENTO: 109.2 Resgate do policial ferido
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM:
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Sair do “X” (denominação dada ao local em que o policial ferido se encontra), abrigar-se,
identificar e neutralizar ameaças imediatas;
2. Estabelecer um perímetro de segurança de área, evitando possíveis ameaças secundárias;
3. Realizar check individual, aonde cada policial da equipe irá buscar e procurar em seu próprio
corpo possíveis ferimentos graves que demandem auto socorro imediato e, em seguida
deverá ser feito o check de equipe, onde a equipe policial se comunica informando o estado
individual de cada membro, caso algum membro não fale, pode ser que esteja gravemente
ferido e por isso não o fez, assim a equipe irá buscar para tratar esse ferido;
4. Informar à Central de Operações e solicitar apoio de outras equipes PM e de serviço de
resgate;
5. Atendimento ao Policial Ferido conforme o Protocolo MARC;
6. Lesões causadas por PAF em atendimento de ocorrência (Confronto);
7. Lesões causadas por objetos (Perfuro-cortantes, contundentes, etc.) durante atendimento de
ocorrência.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Equipe Policial Militar deverá se abrigar imediatamente, saindo e/ou se afastando do local do
confronto;
2. Estabelecer comunicação da equipe policial com o CIOSP e/ou demais viaturas na rede
rádio, informando “policial ferido / confronto / solicito apoio”.
3. Cada Policial Militar deverá se atentar para os cuidados sob fogo;
4. Equipe Policial Militar deverá identificar e neutralizar ameaças imediatas de forma seletiva e
proporcional;
5. Fazer cobertura da “área quente”, estabelecendo um perímetro de segurança, evitando
ameaças secundárias eventuais;
6. Realizar a contagem da Equipe Policial Militar (Check de equipe) procurando por possíveis
policiais feridos não identificados de imediato;
7. Em havendo policiais feridos no X, estabelecer um contato e iniciar o auxílio remoto;
8. Caso o Policial Militar ferido esteja em condições, este deverá procurar abrigo e realizar o
autoatendimento;
9. Em caso de Policial Militar inconsciente ou impossibilitado de realizar seu autoatendimento,
este deverá ser extraído para um local seguro, de maneira rápida e deliberada para receber
o atendimento;
10. Caso o Policial ferido esteja longe de um local seguro (mais de 20 segundos de arrasto),
poderá ser realizado uma triagem rápida no X para contenção do sangramento massivo de
extremidades através do uso do torniquete;
11. Extrair o policial ferido para local de atendimento secundário;
12. Iniciar o Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar Policial - MARC 1.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Neutralização rápida e adequada de ameaças imediatas;
2. Prevenir mortes de Policiais Militares no ambiente operacional;
3. Salvar vidas que possam ser salvas;
4. Evitar que mais policiais sejam feridos;
5. Que toda ação seja coordenada;
6. Que a integridade física de todos os envolvidos seja preservada;
7. Repasse das informações de modo preciso à Central de Operações.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Realizar o procedimento de maneira sequencial e padronizada para identificação e
neutralização de ameaças imediatas para posteriormente realizar o atendimento ao policial
ferido de acordo com o protocolo de APH Policial MARC 1.

109 – APH POLICIAL. 118


POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Falta ou desconhecimento do planejamento de resgate por parte de todos os integrantes da
equipe policial;
2. Não buscar o local adequado que proporcione abrigo;
3. Não identificar e não neutralizar a ameaça imediatas, tentando se aproximar o mais rápido
possível, não observando cenário inicial, ou outras ameaças, podendo ocasionar novas
vítimas;
4. Na impossibilidade de aproximação ao PM ferido, não realizar o auxílio remoto para que o
mesmo realize o autoatendimento;
5. Deixar de estabelecer um perímetro de segurança para iniciar o atendimento do policial
ferido;
6. Realizar a extração do PM ferido do X, sem adotar os procedimentos adequados
emergenciais, seja de controle de sangramento massivo e técnicas de transporte de PM
ferido;
7. Realizar outros procedimentos, além da aplicação emergencial do torniquete, no policial
militar ferido, quando este se encontra no “X”;

109 – APH POLICIAL. 119


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MODULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 109 APH POLICIAL:
Protocolo MARC1 equivalente ao Protocolo MARCH da SENASP
“M” de Massivo: Controle do Sangramento Massivo de Extremidades;
PROCEDIMENTO: 109.3
“A” de Ar: Controle das Vias Aéreas;
“R” de Respiração: Manutenção da Respiração;
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM:
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Proceder o atendimento do policial militar ferido conforme o protocolo MARC1;
2. Sangramento massivo nas extremidades e áreas juncionais, que se caracterizam por
uniforme empapado de sangue, poça de sangue no chão e ferimento pulsando sangue, vítima
letárgica (pelo fria e pegajosa, vítima cianótica) na dúvida, sempre considerar que é
sangramento massivo;
3. Obstrução das vias aéreas;
4. Disparo de arma de fogo na região torácica;
5. Ferimentos ocasionados por objetos perfuro-cortantes na região torácica;
6. Vítima entrando em pneumotórax;
7. Aplicação do selo de tórax;
8. Manobra de “BURP”.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Controle de Sangramento Massivo - M:
a) Buscar por sangramento massivo em extremidades (pernas e braços):
b) Controlar precocemente o sangramento massivo em membros superiores e inferiores, por
meio da auto aplicação e/ou aplicação do Torniquete Tático*, na sua modalidade emergencial
(ALTO E APERTADO);
c) Buscar por sangramento massivo em áreas juncionais (região pélvica, pescoço, axilares e
ombros):
• Retirar o colete tático e balístico do policial ferido para verificação de áreas juncionais, se
necessário for fazer uso da tesoura de resgate para corte das vestimentas.
• Controlar o sangramento massivo em regiões juncionais, por meio do preenchimento de
ferimentos com Gaze Hemostática e/ou Gaze de Metro**.
• Empacotar o ferimento e/ou área preenchida por meio da aplicação da Bandagem Tática e/ou
Atadura**.
1. Buscar por sangramento massivo na cabeça: se localizado e for oriundo de PAF,
EVACUAÇÃO IMEDIATA PARA UNIDADE HOSPITALAR DE REFREÊNCIA E DURANTE
A EVACUAÇÃO REALIZAR O RESTANTE DO PROTOCOLO MARC1;
2. Controle das Vias Aéreas - A:
a) Realizar a Inspeção Visual (USO DE LANTERNA RECOMENDADA) da cavidade oral para
liberar vias aéreas.
b) Caso haja objeto estranho, tente removê-lo com dedo indicador em forma de gancho, COM
MUITO CUIDADO PARA NÃO EMPURRAR O OBJETO MAIS PARA O FUNDO;
c) Realizar a Elevação do Queixo e/ou Tração Mandibular para permeabilizar as vias aéreas
d) Permeabilizar as vias aéreas por meio da aplicação da Cânula Nasofaríngêa.
e) Caso a vítima esteja desacordada, posicioná-la preferencialmente de forma lateralizada
protegendo as vias aéreas de eventual broncoaspiração de líquidos (sangue, por exemplo) e
favorecer a recuperação.
3. Controle da Respiração - R:
a) Busca por ferimentos perfurantes na região torácica;
b) Ocluir todos os ferimentos perfurantes encontrados na região torácica por meio da aplicação
do Selo de Tórax Valvulado Industrializado.
c) Monitorar e avaliar constantemente a respiração;
RESULTADOS ESPERADOS
1. A estabilização dos sinais vitais do policial até a chegada de equipe de atendimento pré-
hospitalar especializada, ou, até a remoção para o hospital de referência;
2. Controle eficaz de sangramentos massivos em extremidades e áreas juncionais;

109 – APH POLICIAL. 120


3. Que a verificação das vias aéreas seja feita da forma correta;
4. Que a verificação das vias aéreas seja feita no tempo correto de atendimento;
5. Que as vias aéreas da vítima sejam desobstruídas de forma eficaz;
6. Que a vítima volte a respirar;
7. Que o policial saiba avaliar os sintomas que antecedem o pneumotórax;
8. Que o policial aplique corretamente o selo de tórax;
9. Que o policial faça corretamente a manobra de “BURP”;
10. Que a vítima volte a respirar normalmente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Intervir na hemorragia massiva de maneira a prevenir o choque hipovolêmico hemorrágico;
2. Caso a vítima ainda tenha sangramento massivo, conter primeiro esse sangramento,
somente após, iniciar a verificação de vias aéreas;
3. Caso PIORE a respiração da vítima mesmo após a utilização dos Selo de Tórax Valvulado
Industrializado, o policial militar deverá Realizar as Manobras Emergenciais de:
a. Abertura de selo de tórax para alívio de hipertensão torácica; (DESNECESSÁRIA CASO
SELO POSSUA VÁLVULA);
b. Limpeza da válvula do selo de tórax e do orifício causado pelo ferimento para retirar
eventuais coágulos;
c. BURP de tórax;
d. Reavaliar todo o protocolo a cada 2min fazendo as correções necessárias;
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Iniciar o Protocolo MARC 1 antes de neutralizar a ameaça (caso houver);
2. Focar nos sangramentos massivos de áreas juncionais ANTES de debelar os sangramentos
massivos de extremidade, com o uso do torniquete de combate em sua modalidade
emergencial;
3. Deixar de apertar o máximo possível o torniquete, devido a dor do policial ferido, aplicando-
o assim de forma ineficaz.
4. Demorar para decidir aplicar o TQ e o policial ferido ficar sangrando.
5. Aplicar o TQ em articulações, joelhos e cotovelos.
6. Afrouxar, retirar ou cortar o TQ antes do tratamento definitivo (médico cirurgião dentro do
Centro Cirúrgico adequado).
7. Cobrir e esquecer de relatar o uso do TQ no hospital;
8. Não esperar o tempo correto de compressão após a aplicação da gaze de combate. Seguir
o tempo especificado pelo fabricante.
9. Caso o ferimento continuar sangrando após a aplicação da gaze de combate, usar outra por
cima.
10. Deixar de conter sangramento massivo antes de iniciar a verificação das vias aéreas;
11. Não colocar a vítima em posição lateral caso haja obstrução das vias aéreas com meios
líquidos.
12. Deixar de avalia para os sinais/sintomas da fratura de base de crânio e assim aplicar a canula
nasofaringea.

109 – APH POLICIAL. 121


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MODULO: I NÍVEIS DO USO DA FORÇA POLICIAL.
PROCESSO: 109 APH POLICIAL
Protocolo MARC1 equivalente ao Protocolo MARCH da SENASP “C”
PROCEDIMENTO: 109.4
Calor: Prevenção da Hipotermia Evacuação
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM:
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Evacuação do militar ferido do local de onde foi aplicado o protocolo até a viatura;
2. Aplicação das técnicas de arrasto e transporte de forma correta e eficaz para realizar o
transporte do militar ferido;
3. Preparação da viatura para receber o policial ferido;
4. Deslocamento do local até o hospital de referência mais próximo seguindo o plano de
evacuação de cada unidade de acordo com o local de patrulhamento;
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Após ter sido iniciado o protocolo seguindo a sequência estabelecida passando pelas letras
M.A.R, é dado início ao processo de evacuação do policial ferido do local onde fora feito o
primeiro atendimento até a viatura;
2. Caso a equipe policial esteja composta somente por 02 (dois) policias, o militar socorrista
deverá utilizar a técnica de arrasto simples ou a que melhor lhe convir para fazer a remoção
do policial ferido, podendo se possível, solicitar o auxílio de transeuntes para assim fazê-lo;
3. Caso a equipe policial esteja composta por 03 (três) ou 04 (quatro) policias, estes, deverão
se dividir entre socorrista, segurança da equipe e quando possível socorrista auxiliar, durante
a realização do protocolo, passando pelas letras M.A.R, aonde só então será dado início ao
processo de extração do militar ferido, utilizando-se das técnicas de transporte duplo (ou
enfileirado) ou “Navy Seals” para levar o militar ferido até a viatura;
4. Em equipes compostas por 03 (três) policiais ou 04 (quatro), estes deverão fazer a remoção
do policial ferido até a viatura, onde ao chegar nesta, o motorista principal ou o motorista
secundário, deverá abrir todas as portas da viatura, incluindo o porta malas, remover todos
os objetos que possam obstruir o banco traseiro, armas longas (não esquecendo de remover
o cabideiro caso tiver), bornais, garrafas d’aguas, mochilas, etc., colocando-os no porta-
malas;
5. Após realizar a remoção dos objetos, que possam obstruir o banco traseiro, rebater o banco
do Comandante da Vtr para frente, até seu limite máximo, reclinando-o também para frente,
pois o mesmo será ponto de apoio para o socorrista;
6. Realizar a produção de calor auxiliar ligando o aquecedor da viatura policial;
7. Colocar o policial ferido dentro da viatura, alojando-o no banco traseiro, caso a equipe esteja
composta por apenas 02 (dois) policias, o policial que está ferido deverá ser lateralizado com
a face do rosto voltada para frente, aonde o motorista deverá posicionar o espelho retrovisor
voltado para a face do policial ferido, como forma de monitoramento do policial ferido durante
o trajeto de deslocamento;
8. Inicia-se a letra C do protocolo, que é de CALOR, para evitar a hipotermia do policial ferido:
aplicação da fonte de calor instantâneo, preferencialmente no tórax, mas não diretamente
na pele.
9. Após ser colocada a fonte de calor instantâneo no policial ferido, deverá ser colocada a
manta aluminizada, com o lado brilhoso voltado para dentro, com fins de conservar o calor
obtido;
10. Realizar a condução do ferido até a unidade hospitalar de referência mais próxima, sempre
que possível deve ser utilizada duas (02) viaturas nesta fase, em que caso qualquer
imprevisto venha a acontecer com a viatura que se encontra o policial ferido, este seja
rapidamente transportado para a outra viatura de apoio;
11. Durante o deslocamento utilizar de sirene e giroflex, faróis altos, pisca alerta, e realizar o
deslocamento com eficiência e SEGURANÇA até o hospital de referência.
12. Sempre que possível o motorista deverá fazer o “cheque” de abandono no local, procurando
por qualquer material policial tais como armas, HT’s carregadores e demais equipamentos
que tenham ficado para trás;
13. Após iniciar o deslocamento até o hospital de referência, a cada 2 minutos, o protocolo inteiro

109 – APH POLICIAL. 122


seguindo a ordem M.A.R.C deve ser revisado e checado, preferencialmente pelo policial que
fez o atendimento ao policial ferido, para ver se não há nada fora do local.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial ferido seja removido o quanto antes para a viatura;
2. Que a viatura seja preparada para receber o policial ferido;
3. Que a condução do policial ferido seja feita de forma eficaz e eficiente.
4. Que o policial ferido não perca calor e entre em hipotermia;
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o motorista se esqueça de realizar o cheque de abandono, este poderá solicitar apoio
de outra viatura para que esta equipe assim o faça o quanto antes;
2. Durante o deslocamento até a viatura, caso algum dos procedimentos realizados se solte ou
mesmo saia do lugar (torniquete, preenchimento), estes devem ser novamente refeitos já
dentro da viatura pelo socorrista, antes mesmo de iniciar o deslocamento para o hospital de
referência.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O socorrista realizar a letra C do protocolo antes de colocar o policial ferido na viatura, se a
viatura estiver próxima ao local de atendimento;
2. Colocar a bolsa de calor na região da nuca, ou panturrilha, pois estas poderão elevar demais
a temperatura corporal do policial ferido. Aos homens utilizar na região genital;
3. O socorrista não verificar o protocolo todo, MARC1, a cada 2 minutos após ter embarcado o
policial ferido na viatura.

ESCLARECIMENTOS:

1. No caso de um policial militar ferido por arma de fogo (FAF) ou arma branca (FAB), é
imprescindível que o(s) outro(s) militar(es) que compõe(m) a equipe realize(m) os
procedimentos, preconizados nos protocolos internacionais de atendimento pré-hospitalar
em combate (TCCC, TECC e MARCH) os quais se estabelece o acrônimo MARC (Massivo,
Ar, Respiração; e Calor).
2. No momento em que um policial militar é ferido (por arma de fogo, ou, por arma branca) o(s)
outro(s) componente(s) da equipe deve(m), se possível for, procurar abrigo e, então, agir de
modo a neutralizar o agressor, de maneira seletiva e proporcional ao meio por ele
empregado.
3. Cessando a agressão, o(s) componente(s) da equipe deve(m) avaliar o perímetro da
ocorrência em busca de novas ameaças.
4. Informar à central de operações via rádio, ou, telefone da situação, destacando o local exato
onde se deu o confronto, o tipo e o local do ferimento do policial militar acometido, bem como,
solicitar o encaminhamento de equipe de resgate pré-hospitalar.
5. Antes de ir até ao encontro do policial militar ferido, deve se estabelecer o contato verbal com
ele, de modo a verificar se está consciente, se consegue iniciar o autoatendimento e se é
possível se deslocar sozinho até um local abrigado.
6. Estando o policial militar ferido inconsciente, ou, não sendo capaz de se locomover, este
deverá ser retirado para um local abrigado por outro policial militar, de maneira rápida e
deliberada. No caso de a equipe contar com outros integrantes, estes devem realizar a
segurança perimetral.
7. Após a remoção do PM ferido para um local mais seguro e, se possível for, que garanta
proteção balística, o policial militar que o resgatou inicia a avaliação das extremidades do
paciente (membros superiores e inferiores), buscando encontrar sangramentos massivos nas
extremidades e também nas áreas juncionais. Nessa fase se inicia o M (massivo). No caso
em que se identifique o sangramento no(s) membro(s), deve, imediatamente, se realizar a
aplicação de torniquete com certificação internacional. O torniquete deve ser aplicado de
maneira emergencial, ou seja, “alto e apertado”, ou seja, próximo da axila, no caso de
ferimento no membro superior, ou, próximo à virilha, sendo o ferimento no membro inferior.
Apertar até verificar que o sangramento cessou. Em seguida anote o horário da aplicação do
torniquete na “etiqueta de tempo” apropriada.
8. No caso em que se identifique foco de sangramentos massivos em áreas juncionais
(pescoço, axilas e virilhas), onde a aplicação de torniquete não é possível, se realiza o
preenchimento da ferida com gaze com agente hemostático. Após identificar a fonte do
sangramento (usando a técnica da “inspeção digital”) introduzir a gaze e preencher todo o
orifício do ferimento, o policial que está prestando o atendimento deve aplicar pressão direta
no foco da ferida por, aproximadamente 5 minutos, em seguida, envolver este local com
bandagem elástica, mantendo uma pequena ponta de gaze para fora (caso o ferimento volte
a sangrar, esta tenderá a ficar vermelha, identificando o retorno do sangramento e a

109 – APH POLICIAL. 123


necessidade de refazer o preenchimento);
9. Após a avaliação das extremidades e do controle dos sangramentos, se inicia o segundo
momento do Atendimento Pré-Hospitalar Policial, o qual se concebe pela letra A (ar), onde
se avaliam as vias aéreas. O policial que está prestando o atendimento ao ferido deve
verificar se ele está respirando, sendo constatado que está inconsciente e que não respira,
deve se realizar as manobras de elevação do queixo, para promover a desobstrução da
faringe. EM VÍTIMAS DESACORDADAS É MANDATÁRIO O USO DA CÂNULA
NASOFARÍNGEA.
10. Ao término da verificação das vias aéreas (A) se iniciará o cuidado com a respiração do ferido
– momento referido pela letra R (respiração).
11. O policial militar que está prestando atendimento deve remover a placa balística anterior do
ferido, bem como, a gandola do fardamento e a camiseta, para, em seguida, expor o tórax
do policial ferido. Tampar com “Selos de Tórax”, todos os orifícios existentes no tórax, que
foram resultado de ferimentos. O policial militar que está atendendo o ferido deve verificar o
tórax nas regiões anterior, laterais e posterior. É importante que o dorso do tronco (as costas)
do policial militar ferido não permaneça em contato direto com o solo.
12. Em seguida, é imprescindível evitar que o policial militar ferido perca calor – referido pela
letra C (calor). Para tanto, deve-se evitar que ele permaneça com peças do fardamento
molhadas, ou, encharcados de sangue, bem como, não manter o corpo desnudo, em contato
direto com o solo e exposto a intempéries. Fazer o uso de manta térmica ou cobertor. Pode
ser usado o tapete da viatura como isolante térmico;
13. Após realizar todos os passos do protocolo MARC, realizar-se-á a reavaliação do ferido,
iniciando pela cabeça e finalizando nos pés, na qual se revisará todos os procedimentos
(torniquetes, gazes, bandagens, cânula, selos de tórax, heat pack e manta aluminizada).
14. Ao término da reavaliação se iniciará a última fase do atendimento pré-hospitalar em
combate, na qual deverá se realizar a remoção do ferido para o hospital de referência mais
próximo do local da ocorrência. O meio ideal para a remoção se dará por aeronave, o meio
aceitável por ambulância e, por fim, em último caso, a própria equipe procederá a remoção
com a viatura.
15. Para fins deste POP se destaca que o protocolo básico de atendimento pré-hospitalar em
combate se denomina MARC1, equivalente ao Protocolo MARCH da SENASP, o qual é
composto por Massivo, Ar, Respiração e Calor.
16. Os níveis avançados do referido protocolo, denominados MARC2 e MARC3 deverão ser
realizados, exclusivamente, por policiais e bombeiros militares que cumpram os requisitos
estipulados por comissão a ser designada pelo Comandante-Geral da PMMT.
17. Quanto a composição do IFAK, este deve ser constituído em nylon CORDURA, com zíper
e/ou velcro, que permita a abertura com ambas as mãos. Pode ser fixado no colete (no caso
da veste modular), no caso do fardamento Rip Stop, pode ser utilizado no cinto de guarnição
somente, ou, com tiras de fixação na perna e no cinto de guarnição (Vide Anexo A).

109 – APH POLICIAL. 124


FLUXOGRAMA

109 – APH POLICIAL. 125


MATERIAIS PARA APHP

Individual First-Aid Kit-IFAK (Kit Individual de Primeiros Socorros)


IMAGEM NOME/DESCRIÇÂO

Torniquete (C.A.T.® Gen 7)


Tira de nylon com velcro e haste de tração.

CELOX RAPID®

Gaze estéril em metro (mínimo de 3m), dobrada


em "z" e acondicionada a vácuo com
componente hemostático

Bandagem Israelense

Bandagem elástica estéril.

Cânula Nasofaríngea

Selo de Tórax valvulado SAM®

Adesivo plástico para tampar ferimentos abertos


em tórax.

Bolsa de Calor

Bolsa de calor para aumentar a temperatura


corporal.

109 – APH POLICIAL. 126


Manta térmica

Manta metálica para manter a temperatura


corporal.

Tesoura de RESGATE.

Tesoura para cortar vestimentas.

Luvas de nitrilo.

Porta-torniquete de polímero OU VELCRO

109 – APH POLICIAL. 127


Bornal para fixação no colete modular

109 – APH POLICIAL. 128


MÓDULO – II
ABORDAGENS POLICIAIS
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
201
PROCESSO PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Farol auxiliar portátil (cilibrim), para VTR 04 rodas;
3. Mapas em mídia ou impresso;
4. Prancheta.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência.
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência.
4. Localização da(s) pessoa(s) em fundada suspeita.
Atendimento. 5. Busca e identificação veicular.
6. Busca pessoal.
Condução. 7. Condução da(s) parte(s).
8. Apresentação da ocorrência na repartição pública
Apresentação da ocorrência.
competente.
Encerramento. 9. Encerramento da ocorrência.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal
Condução das partes. Art. 1º; art. 178 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Deslocamento para o local da
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Desobediência (art. 330), desacato (art. 331) e resistência (art.
Resistência por parte da
pessoa a ser abordada. 329 todos do Código Penal);
Artigo 68 das Contravenções Penais (Dec-Lei 3688/41).
Adolescentee criança
apreendido cometendo ato
Art. 172 da lei 8.069/90, Estatuto da criança e do adolescente.
infracional.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO.
de Goiás, de 11 de Novembro de 2004.

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 130


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 201 PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS.
PROCEDIMENTO: 201.1 Conhecimento da ocorrência.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados da ocorrência;
2. Contato com a(s) pessoa(s) indicada(s) pelo Centro de Operações/CIOSP ou com o
solicitante;
3. Manter a segurança da guarnição durante os atos de contato com o solicitante;
4. Posicionamento da guarnição e da viatura policial;
5. Que a guarnição tenha conhecimento se há envolvimento de armas na ocorrência.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Atender ao chamado do Centro de Operações/CIOSP, ou do solicitante;
2. Coletar os dados acerca dos fatos, local, características físicas, de vestuário do(s)
envolvido(s), sentido tomado e outros necessários, de maneira que possa saber sobre “O
quê”, “Quem”, “Onde”, “Quando”, “Por quê”, além de pontos de referência e dados
particulares do local;
3. Uso exclusivo do “código Q”, alfabeto da ONU e algarismos, nas comunicações com o
Centro de Operações/CIOSP;
4. Atender ao solicitante a pé e em via pública, desembarcado da viatura e em situação de
segurança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial obtenha todos os dados necessários ao conhecimento da NATUREZA da
ocorrência e seu GRAU DE RISCO, a fim de atendê-la com SEGURANÇA, EFICIÊNCIA e
PROFISSIONALISMO.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o rádio estiver com problemas de transmissão, procure outro local, de preferência, mais
alto e livre de obstáculos como: prédios, túneis, etc.;
2. Caso haja dificuldades de comunicação entre o Centro de Operações/CIOSP e uma
determinada viatura, outra guarnição poderá servir de ponte de comunicações entre elas;
3. Havendo dúvidas quanto à veracidade dos dados, ir para a ocorrência preparado para o
grau máximo de risco possível, solicitando o apoio necessário ao Comandante de
Policiamento de Unidade (Oficial de Dia ou Graduado de Área);
4. Havendo impossibilidade de contato com o Centro de Operações/CIOSP, fazer uso de um
telefone mais próximo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Informações incorretas quanto aos dados da ocorrência;
2. Coleta insuficiente dos dados;
3. Uso do rádio fora da técnica de comunicação;
4. Falta de segurança durante a coleta de dados, quando junto ao solicitante.

ESCLARECIMENTOS:

1. ATENDIMENTO AO CHAMADO DO CENTRO DE OPERAÇÕES/CIOSP:


a. É o ato de resposta do patrulheiro, em serviço na viatura no setor de policiamento,
disponibilizando-se para o atendimento de ocorrência.
b. Deve ser utilizada a linguagem técnica de comunicação, exclusivamente, sem variações
impróprias ou gírias, primando pela clareza e agilidade no uso do rádio.
c. Ao receber a mensagem, via rádio, o patrulheiro deve responder: “VTR em QAP”,
guarnição embarcada... tal QTI, ou desembarcada: informando as alterações caso
haja..
d. Em seguida deve anotar os detalhes informados pelo centro de operações e quando tudo
estiver anotado, dizer ao microfone do rádio: "QSL, deslocando”.

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 131


CÓDIGO Q:
QAP – Escuta, escutar.
QAR - Autorização para abandonar a escuta (QAR-20).
QRA - Nome do operador, prefixo da estação.
QRG - Influência exata.
QRI - Tonalidade dos sinais: 01 - BOM; 02 - VARIÁVEL e 03 - MAU.
QRK - Legibilidade dos sinais: 01 - ILEGÍVEL; 02-LEGÍVEL COM INTERMITÊNCIA; 03-LEGÍVEL
COM DIFICULDADE; 04 - LEGÍVEL e 05 - PERFEITAMENTE LEGÍVEL.
QSA - Intensidade dos sinais: 01 - APENAS PERCEPTÍVEL; 02 - MUITO FRACA; 03 - UM
TANTO FRACA; 04 - BOA; 05 - ÓTIMA.
QRM - Interferência de outra estação.
QRN - Interferência estática. QRO - Aumentar potência. QRP - Diminuir potência.
QRQ - Mais depressa. QRS - Mais devagar. QRT - Parar transmitir.
QRU - Novidade, assunto, tens algo para mim?
QRV - Pronto para receber à chamada, às suas ordens.
QRX - Espere, aguarde um momento, dar um tempo.
QRZ - Quem me chama?
QSJ - Dinheiro. QSL - Entendido, confirmado, compreendido.
QSO - Contato direto entre duas estações, contato pessoal entre dois operadores.
QSP - Retransmissão gratuita, ponte entre duas estações através de contato indireto.
QSY - Mudar para outra frequência.
QTA - Última forma cancele a última mensagem. QTC - Telegrama, mensagem.
QTH - Local dos fatos, endereço, localização, ponto de encontro, onde se encontra?
QTR - Hora exata, hora dos fatos, qual o horário?
QTI - Rumo verdadeiro.
QTJ - Velocidade do veículo.
QTU - Horário de funcionamento.
QUA - Notícias.
QUB - Informar visibilidade.
TKS - Obrigado(a), grato(a).
ALFABETO DA ONU:
A - Alfa. J - Juliet. S - Sierra.
B - Bravo. K - Kilo. T - Tango.
C - Charlie. L - Lima. U - Uniform.
D - Delta. M - Mike (maique). V - Victor.
E - Echo (eco). N - November. W - Whiskey
F - Foxtrot. O - Oscar. X - X-Ray ou Xingu.
G - Golf. P - Papa. Y - Yankee.
H - Hotel. Q - Quebec. Z - Zulu.
I - Índia. R - Romeo.

ALGARISMOS:
0 - ZERO ou NEGATIVO; 01 - PRIMEIRO;
02- SEGUNDO; 03 - TERCEIRO;
04- QUARTO; 05 - QUINTO;
06- SEXTO; 07 - SÉTIMO;
08- OITAVO; 09 - NONO.
Obs.: podem ser comunicados os algarismos por números ORDINAIS:
0- NEGATIVO; 01 - UNO;
02- DOIS; 03 - TRÊS;
04- QUATRO; 05- CINCO;
06- SEXTO; 07- SETE;
08- OITO; 09 - NOVE.

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 132


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 201 PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS.
PROCEDIMENTO: 201.2 Deslocamento para o local da ocorrência.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do itinerário até o local de ocorrência;
2. Deslocamento de VTR para o local de ocorrência, utilizando luminosos: farol, giroflex,
sirene, conforme necessidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar o local de origem e o local onde deseja chegar, fazendo uso de mapas em mídia
ou impresso, se for o caso;
2. Traçar itinerário para o local da ocorrência, bem como, os caminhos alternativos (auxílio do
guia, se necessário);
3. Manter os dispositivos de luz intermitente, (“high light”) e faróis baixos ligados. Se em
serviço de urgência, a sirene também deve ser acionada;
4. Utilizar velocidade compatível, com a via e a Segurança do trânsito;
5. Deslocar-se pela faixa da esquerda da via, sempre que estiver em serviço de urgência;
6. Não cometer infrações de trânsito, sem motivo e segurança real.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Chegada ao local com segurança e no menor tempo possível.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Havendo problemas nos dispositivos luminosos ou sonoros, reduzir a velocidade;
2. Registrar em documentação própria tais alterações dos equipamentos, informando de
imediato ao Oficial-de Dia (ou graduado de Área) para providências necessárias;
3. Ocorrendo a falta do guia de endereços na viatura e havendo dúvidas quanto ao itinerário,
buscar informações junto ao Centro de Operações/CIOSP ou transeuntes locais;
4. Se for possível, optar por um caminho alternativo;
5. Se houver algum acidente ou incidente mecânico com a viatura durante o deslocamento, o
PM deve informar ao Centro de Operações/CIOSP para que acione o Oficial-deDia (ou
graduado de Área) e solicitar que a ocorrência seja redistribuída para outra viatura.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de obedecer às sinalizações de trânsito;
2. Velocidade elevada, colocando em risco a guarnição e demais pessoas no trânsito;
3. Velocidade incompatível com a via no deslocamento;
4. Falta de atenção, deixando de usar os recursos sonoros e luminosos disponíveis;
5. Escolher inadequadamente o itinerário;
6. Anotar o endereço errado;
7. Não se acercar dos dados mínimos e necessários ao atendimento da ocorrência.
8. Alertar motoristas e pedestres distraídos, de forma escandalosa e através de gestos e gritos
para que dêem passagem à viatura;
9. Juntamente com o comandante da guarnição, deixar de no trajeto observar os dados
passados, considerando a possibilidade de deparar com os suspeitos.

ESCLARECIMENTOS:
1. MELHOR ITINERÁRIO: é aquele pelo qual a viatura poderá chegar ao local de ocorrência
com rapidez e segurança, evitando congestionamentos e pistas, cujas más condições de
conservação poderão danificar a viatura ou aumentar o risco do deslocamento.
2. DISPOSITIVO LUMINOSO INTERMITENTE: também chamado de sistema emergencial
luminoso da viatura ou “high-light”, é aquele que mantém uma luz piscando periodicamente,
com o propósito de chamar a atenção das pessoas. No Brasil, o sistema luminoso
emergencial se apresenta na cor vermelha, indicando atividades emergenciais; a luz
amarela indica atividades não-emergenciais, ocorrendo o mesmo com as luzes azuis.
3. SERVIÇO DE URGÊNCIA: é aquele em que há risco iminente à vida ou à integridade física

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 133


dos usuários do serviço.
4. VELOCIDADE COMPATÍVEL: é a velocidade dada ao veículo, levando-se em
consideração a fluidez do trânsito, as características da via, o grau de urgência, as
condições climáticas dentre outros critérios do motorista e do encarregado da guarnição,
não ultrapassando, jamais, o limite de velocidade máxima para a via.

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 134


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 201 PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS.
PROCEDIMENTO: 201.3 Chegada ao local da ocorrência em viatura.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Primeiros contatos com os indicados na ocorrência;
2. Posicionamento adequado da viatura no local;
3. Confirmação dos dados obtidos referentes à ocorrência;
4. Verificação da necessidade de reforço policial.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar a viatura em local visível e seguro, com o equipamento de luz intermitente
ligado, mostrando a comunidade local a presença ostensiva da PM tanto no período noturno
como no diurno;
2. Confirmar a ocorrência irradiada através de indícios presentes no local;
3. Observar pessoa(s) segundo as características e atitude(s) apontada(s) pelo Centro de
Operações/CIOSP ou solicitante(s);
4. Constatar o número de pessoas envolvidas e espectadores;
5. Julgar a necessidade de pedir reforço, não agindo até que o tenha disponível, se for o caso.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ocorrência irradiada seja confirmada;
2. Que a guarnição patrulhe em condições ideais de segurança, até que a(s) pessoa(s) em
fundada suspeita seja(m) identificada(s) e devidamente abordada(s), se for o caso;
3. Que o policial tenha plena consciência do número de pessoas envolvidas, observando se
estão armadas ou não;
4. Que sejam obtidos dados fundamentais para melhor conduta policial na ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se a ocorrência irradiada não corresponder à constatação, cientificar ao Centro de
Operações/CIOSP sobre tal situação;
2. Se constatar que o número de pessoas envolvidas é maior do que o esperado e anunciado
pelo Centro de Operações/CIOSP ou solicitante(s), solicitar imediatamente o reforço policial,
protegendo-se suficientemente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Tomar por base somente as informações recebidas do Centro de Operações/CIOSP ou
solicitante(s) e não levar em consideração as possíveis variações que possam existir;
2. Desconsiderar o possível grau de periculosidade da ocorrência, agindo com desatenção,
apatia e sem técnica;
3. Patrulhar de forma insegura, não possibilitando a visualização da(s) pessoa(s) a serem
abordadas;
4. Deixar de considerar as vulnerabilidades do local de ocorrência;
5. Permitir que pessoa(s) supostamente armada(s), envolvida(s) na ocorrência, permaneça(m)
nesta condição sem ser(em) verificada(s);
6. Deixar de dar a devida atenção a(s) pessoa(s) envolvida(s) (solicitante), mesmo que a(s)
pessoas em fundada suspeita não estejam pelo local.

ESCLARECIMENTOS:

1. LOCAL VISÍVEL E SEGURO: é aquele local visível a todos e que propicie retirada rápida
da guarnição, se for o caso.
2. PROTEGENDO-SE SUFICIENTEMENTE: são ações a serem adotadas pelo patrulheiro
com o propósito de minimizar os possíveis riscos no atendimento de uma ocorrência policial,
considerando:
a. Local aberto: abrigar-se utilizando coberturas naturais como postes, paredes, a própria
viatura, etc. O policial deve ter sua retaguarda protegida a todo o tempo.
b. Local fechado: buscar progredir, usando as coberturas existentes (paredes, pilares, e

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 135


outros), evitar posicionar-se atrás de portas ou janelas de edificações, observar acessos.
c. Local íngreme: considerar que numa subida ou descida acentuada, uma surpresa pode
dificultar a reação de defesa, por isso, o patrulheiro deve progredir no terreno pelas laterais,
mais próximo dos abrigos.
3. PESSOA(S) SUPOSTAMENTE ARMADA(S): É(São) pessoa(s) que, em razão de fundada(s)
suspeita(s) e aspectos das vestes, como: portar pacotes, sacolas, malas, etc., cujos formatos
e tamanhos, possam conter qualquer tipo de armamento; camisa muito larga e para fora da
calça ou calção; volume(s) acentuado(s) nas regiões do tórax, da cintura, das costas e das
panturrilhas; vestir jaquetas, blusas de lã, casacos, etc.; em dias quentes; visa(m) despistar
a condição de estar(em) portando arma(s) ou objeto(s) para a prática de delito(s) e, portanto,
podem ser submetida(s) à(s) busca(s) pessoa(is).

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 136


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 201 PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS.
PROCEDIMENTO: 201.4 Busca Pessoal.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Encontrar pessoa(s) que se disponha(m) a servir como testemunha(s);
2. Encontrar objetos ilícitos e que ameacem a integridade física dos policiais.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. O policial militar encarregado da segurança deve estar sempre ATENTO;
2. Antes da aproximação, o policial encarregado de fazer a busca, coldrea e abotoa a presilha
de sua arma antes de iniciar a busca pessoal pelas costas do abordado, a fim de que tenha
as mãos livres e poder de reação em caso de resistência física;
3. Adotar a seguinte sequência:
a. Antes do contato físico com a pessoa a ser revistada, o policial encarregado fará a busca
pessoal na pessoa que estiver do lado oposto ao 1º homem.
b. O policial encarregado da busca deve corrigir detalhes do posicionamento do indivíduo
(posição das mãos, dedos entrelaçados e/ou abertura de perna); determinar tantas quantas
vezes forem necessárias “ABRA MAIS AS PERNAS!”, a fim de que o abordado fique
desconfortavelmente e sem equilíbrio;
c. Posicionar-se firmemente, de forma que o lado da arma sempre seja o mais distante da
pessoa revistada, ou seja, se destro - pé esquerdo à frente ou vice-versa;
d. Segurar firmemente, durante toda busca pessoal, as mãos com os dedos cruzados da
pessoa a ser submetida à busca pessoal;
e. Caso tenha mais de uma pessoa abordada o policial deverá determinar que o revistado dê
um passo atrás;
f. Antes de iniciar a busca pessoal, o policial deve indagar ao revistado: “O(A) SENHOR(A)
ESTÁ ARMADO(A)?”;
g. Escolher primeiro o lado a ser revistado, executando na seguinte seqüência: cintura (frente
e atrás), virilha, parte interna da perna até o tornozelo, parte externa da perna até o
abdômen, peito, costas, ombro, axila, braço, trocar a mão que segura o revistado e iniciar o
outro lado e cobertura;
h. Caso o abordado esboce reação, o policial encarregado da busca deve empurrá-lo para
frente ao mesmo tempo em que se afasta e o 1º homem inicia novamente a verbalização;
i. Em se tratando de pessoa em Fundada Suspeita, após posicioná-lo na calçada de frente
para rua, determinará que retire o capacete, um de cada vez para serem revistados; que
mostre as mãos; abra a boca (se necessário); retire os pertences dos bolsos, confirmando
se ficaram vazios. Determinará que o suspeito abra sua carteira para verificar se há algum
entorpecente;
j. Caso seja detectado algum objeto ilícito (entorpecente, munições, petrechos para uso de
drogas, etc), durante a busca pessoal, o policial procede o algemamento imediato
conforme (vide POP 102);
k. Para os casos de objetos que possam ser usados contra a guarnição (arma de fogo
ou outros), o policial, que realiza a busca verbaliza: “ELEMENTO ARMADO!”
desarmando-o, desde que não ofereça risco à guarnição, agindo conforme item anterior;
l. Após ao algemamento, o policial fará a busca pessoal segurando as algemas pela
corrente;
m. Realizar busca pessoal minuciosa (se necessário);
4. Após a constatação do flagrante delito em relação à(s) pessoa(s) abordada(s), buscar
efetivamente, arrolar e qualificar testemunhas que possam ser devidamente convocadas a
depor a respeito dos fatos, devendo as exceções estarem plenamente justificadas;
5. Caso haja testemunhas oculares pode ser conveniente fazer perguntas ao revistado, tais
como: “Você foi agredido pelos policiais?”; “Seus objetos pessoais estão todos aí ?”; “Sumiu
algum pertence?”
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que os direitos e a integridade física do(s) revistado(s) sejam preservados.
2. Que constatado flagrante delito, a(s) pessoa(s) abordadas sejam algemadas e presas;

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 137


3. Que todo objeto ilegal portado pelo(s) revistado(s) seja detectado e apreendido.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o revistado esboçar reação, o policial encarregado da busca deve empurrá-lo para frente
afastando-se enquanto o 1º homem inicia novamente a verbalização;
2. Se o revistado investir contra a arma do policial, o encarregado da segurança deve estar
pronto para agir rapidamente, observando o uso correspondentemente técnico da força
(vide POP 108);
3. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro médico o mais rapidamente
possível através de acionamento do sistema de socorro e/ou resgate disponível.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não verbalizar corretamente as determinações a serem executadas pelo abordado;
2. Permanecer na linha de tiro do policial encarregado da segurança;
3. Não se posicionar corretamente para fazer a segurança da ação;
4. Não alterar procedimento quando do encontro de qualquer objeto ilícito;
5. Não arrolar testemunhas quando necessário;
6. Pressa durante a realização da busca pessoal.

ESCLARECIMENTOS:

1. ORIENTAÇÃO PARA A BUSCA PESSOAL: O policial militar deve seguir a sequência da


busca pessoal, de forma que não perca o sentido do deslizamento pelo corpo da pessoa, em
fundada suspeita ou infratora da lei. Sendo que, a sequência da busca prioriza os locais onde
há maior facilidade de saque ou possibilidade de esconder objetos que ofereçam risco a
segurança da guarnição;
Evitar apalpações, pois objetos podem deixar de ser detectados, contudo, elas devem ser
utilizadas para verificações externas de bolsos em geral;
Como já foi dito, a região da cintura abdominal deve ser sempre priorizada, pois dá fácil
acesso ao armamento possivelmente portado pela pessoa;
Verificar se não há cheiro característico de substância entorpecente nas mãos da pessoa
submetida à busca pessoal;
2. BUSCA PESSOAL MINUCIOSA: é realizada de forma cautelosa e pormenorizada, de
preferência em um ambiente fechado onde o cidadão deverá se despir para que suas vestes
sejam cuidadosamente verificadas e posteriormente terá seus cabelos, partes íntimas e
demais cavidades do corpo verificadas (boca, ouvido, nariz).

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 01 Fig. 02
Posicionamento do abordado “dedos Priorizando linha de cintura
entrelaçados”

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 138


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 201 PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS.
PROCEDIMENTO: 201.5 Busca e identificação veicular.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Acompanhamento da vistoria pelo proprietário do veículo;
2. Possível reação do proprietário e demais indivíduos abordados;
3. Localização de armas ou drogas;
4. Identificação e inspeção da numeração do chassi estampado em partes específicas da
carroceria do veículo, conferindo-a com o documento;
5. Verificação do porta-malas do veículo;
6. Constatação de irregularidades no veículo.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Antes do início da vistoria o Comandante da guarnição deverá indagar se a documentação
(pessoal e do veículo) está com ele(s) ou no veículo (explicitando em qual local do veículo) do
proprietário e demais ocupantes do veículo (se houver);
2. O Comandante (1º homem) da guarnição permanece com o proprietário e demais abordados
(se houver) posicionado(s) na calçada ao lado oposto da sua arma, todos com as mãos para
trás, de frente para rua, a uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, de forma a
visualizar(em) a vistoria no veículo, dizendo: “SERÁ REALIZADA UMA BUSCA NO SEU
VEÍCULO, ACOMPANHE VISUALMENTE!”. O Comandante, durante a abordagem, deverá
permanecer com a mão forte na arma atento com a segurança periférica;
3. O 1º homem deverá informar que será realizada uma vistoria no interior do veículo e perguntar:
4. “EXISTEM ARMAS, PRODUTOS ILÍCITOS OU OBJETOS DE VALOR NO VEÍCULO?”;
5. O veículo deve ser dividido imaginariamente em 06 (seis) pontos de vistoria, sendo:
1º - Esquerdo dianteiro;
2º - Esquerdo traseiro;
3º - Direito traseiro;
4º - Direito dianteiro;
5º - Porta malas;
6º - Motor/capô.
6. A vistoria externa (conforme figura), será realizada pelo 2º homem, havendo 3º homem este
será responsável, na seguinte ordem:
a. Avarias: para verificar a ocorrência ou não de acidente de trânsito recente;
b. Se a suspensão traseira encontrar-se rebaixada (fig. 01), dando a idéia de se ter algum peso
no porta-malas;
c. Outras peculiaridades externas como: lacre da placa rompido (nos veículos que ainda
possuem emplacamento com lacre), placa adulterada, perfurações na lataria por disparos de
arma de fogo, vestígios de acidentes de trânsito (sangue, tinta de veículos e outros resíduos,
etc.).
7. Perguntar se o porta malas está abrindo corretamente ou se está com defeito e necessita de
algum procedimento diferente do normal.
8. Antes da vistoria veicular o policial militar deverá realizar uma visualização prévia no
porta malas, buscando objetos visivelmente ilícitos ou presença humana.
9. O policial encarregado da vistoria com arma na posição de pronto emprego, posiciona-
se na lateral do veículo e com a mão fraca o policial vistoriador abrirá lentamente o porta-
malas verificando o seu interior, tendo CUIDADO para que o cano da arma não ultrapasse
o limite a ser fatiado; Após o fatiamento no 1º ponto, o vistoriador retorna sua arma ao coldre
e abotoa a presilha iniciando a vistoria do veículo, observando no porta-malas: assoalho,
laterais, pintura mal encoberta nos cantos, no compartimento do guarda-estepe, e outros;
10. Havendo algum objeto ilícito: arma(s), droga(s), etc., o vistoriador informa o Comandante
imediatamente o qual determinará ao(s) abordado(s) que deite(m) no chão realizando o
algemamento (vide POP 102), dando continuidade na vistoria;
11. Encontrando pessoa no porta-malas (vítima ou infrator da lei), o vistoriador fecha a porta
informando o Cmt da guarnição que toma a posição de pronto baixo determinando que o(s)
abordado(s) deite(m) no chão, realizando o algemamento (vide POP 102). Posteriormente,

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 139


os policiais retornam atenção para o 1º ponto, para proceder a retirada da pessoa que se
encontra no porta-malas, se necessário solicitar apoio;
12. Deve ser observado: falta ou adulteração da numeração do chassi no vidro do veículo,
adulteração na lataria do veículo (fundo falso), estando o veículo sujo, verificar marcas de
dedos nas entradas de ar, etc;
13. A vistoria deverá ser realizada de forma idêntica em todas as portas do veículo, como segue:
a. Levantar o vidro (se estiver abaixado) e colocar uma folha de papel atrás da numeração do
chassi (fig. 03 e 04), gravada no vidro e conferir o número existente com o do documento;
b. Abrir a porta ao máximo e verificar nos cantos se há a existência ou não de pintura encoberta
do veículo;
c. Chacoalhar levemente a porta, a fim de verificar, pelo barulho, se não existe algum objeto
solto em seu interior;
d. Verificar se existe algum objeto escondido no forro das portas; usando o critério da batida
com as mãos para escutar se o som é uniforme;
14. O policial realizará a vistoria interna (fig. 02) verificando: quebra-sol, porta-luvas, painel,
entradas de ar, cinzeiros, lixeira, banco (encosto de cabeça, estofamento, parte de baixo),
todos os compartimentos que possam esconder objetos ilegais [michas, cartões magnéticos
com diferentes nomes e outros documentos de veículos, armas de fogo, armas brancas
(estiletes, facas, facões, sabres, adagas, etc.)] nos demais forros, tapetes, assoalho,
parachoque;
15. Se durante a vistoria algum dos ocupantes do veículo fugir, o Comandante da guarnição
determina ao outro indivíduo abordado que ele se deite no chão procedendo algemamento,
enquanto o outro policial faz a segurança, informando em seguida ao Centro de
Operações/CIOSP do ocorrido, passando as características do indivíduo que fugiu para as
guarnições mais próximas para ser procedido o cerco policial;
16. Caso veículo seja do tipo pick-up ou caminhão, será divido em 4 pontos; procedendo a vistoria
da seguinte forma:
1º - Carroceria e/ou baú;
2º - Porta esquerda;
3º - Porta direita;
4º - Capô;
17. Neste caso, deve ser dada uma atenção especial à boleia do caminhão e a possibilidade de
se esconder objetos ilícitos na carroceria de pick-up e no baú dos caminhões, nos lados
externo e interno. Para uma melhor vistoria e com mais segurança sempre que for vistoriar
caminhões solicite apoio;
18. No caso de motocicletas, deverá ser observado debaixo do banco, nos compartimentos de
ferramentas, carenagens, espaço do painel, locais improvisados, o(s) capacete(s) do(s)
abordado(s) e as irregularidades quanto da identificação veicular;
19. Ao localizar o número do chassi, confrontá-lo com a documentação, bem como, verificar se
existem indícios aparentes de adulteração;
20. Terminada a vistoria, já de posse das documentações do proprietário e/ou passageiros, o
vistoriador deverá verificar se há alguma alteração junto ao Centro de Operações/CIOSP e,
caso seja pertinente para a guarnição, preencher as fichas, ou documentos (Auto Vistoriado,
Abordagem, B.O., etc.), anexos I e II;
21. Após a constatação de que a(s) pessoa(s) abordada(s) é(são) idônea(s) e que não
possui(em) antecedentes criminais, tampouco está(ão) com a posse de objetos ilícitos,
solicite que o proprietário verifique se todos os seus pertences se encontram nos devidos
locais e da mesma forma que se encontravam, após afirmação do proprietário solicitar que o
mesmo assine as Fichas de Autos Vistoriados e de Abordagem;
22. Feito isto, use um chavão, tal como: “SENHOR(ES) ESTE É UM PROCEDIMENTO
OPERACIONAL PADRÃO DA POLÍCIA MILITAR, SE O VEÍCULO DO(S) SENHOR(ES)
TIVESSE SIDO ROUBADO ESTARIA SENDO RECUPERADO AGORA, AGRADECEMOS
PELA COLABORAÇÃO E CONTE(M) COM OS NOSSOS SERVIÇOS. TENHA(M) UM BOM
(DIA/TARDE/NOITE)!”.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Proceder à vistoria de forma rápida e segura, buscando a localização de armas, substâncias
entorpecentes, ou outros produtos de ilícitos penais;
2. Constatar efetivamente a condição de ilegalidade do veículo ao apresentar qualquer tipo de
adulteração ou irregularidade;
3. Que o proprietário verifique se seus pertences estão nos devidos locais e da mesma forma
que se encontravam;
4. Que nenhum pertence do proprietário e/ou passageiros, se extravie ou estrague por conta da
vistoria;
5. Que após o procedimento, o proprietário do veículo seja orientado sobre as razões e

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 140


condições da vistoria.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Que o policial solicite ao proprietário para fazer a verificação de seus pertences;
2. Caso o policial não tenha uma lanterna para realizar a vistoria, providenciar uma;
3. Sempre que necessário, solicite apoio;
4. Caso tenha retirado algo do lugar, deverá o policial colocá-lo no local de origem;
5. Que o policial informe o motivo da abordagem ao(s) ocupante(s) do veículo;
6. Se algum abordado fugir, efetuar a detenção do outro abordado e irradiar ao Centro de
Operações/CIOSP sobre o ocorrido.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de solicitar ao proprietário para acompanhar a vistoria do veículo;
2. Não observar a segurança da guarnição e do proprietário/passageiro(s), enquanto é feita a
vistoria do veículo;
3. Proceder à inspeção (vistoria interna) antes da externa;
4. Proceder à vistoria na seqüência diferente da prevista, ou sem qualquer seqüência, perdendo
parâmetro do que foi ou não vistoriado;
5. Deixar que o proprietário abra o porta-malas pelo acionador elétrico;
6. Não saber localizar o número do chassi do veículo vistoriado;
7. Deixar o proprietário e outro(s) ocupante(s) do veículo movimentar(em) livremente enquanto
é feita a vistoria do veículo;
8. Não fazer uso de lanterna quando estiver em ambiente que dificulte ou impossibilite a
visualização dos compartimentos internos;
9. Deixar de checar o veículo junto ao Centro de Operações/CIOSP e não confrontar os dados
do veículo com a documentação;
10. Passar desatentamente por armas, drogas e pelas adulterações dos chassis ou falsificações
das documentações;
11. Deixar o Comandante da guarnição de prestar atenção na região periférica;
12. Não solicitar apoio quando for vistoriar caminhões.

ESCLARECIMENTOS:

ILUSTRAÇÕES:

Sequência: 1º - Esquerdo dianteiro; 2º - Esquerdo traseiro; 3º - Direito traseiro; 4º - Direito dianteiro; 5º - Porta malas; 6º - Motor/capô.

VISTORIA EXTERNA.

Fig. 01 Fig. 02
Suspensão traseira rebaixada. Vistoria interna no veículo.

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 141


ANEXO - I

MODELO - I

Polícia Militar do Estado de Mato Grosso - Procedimento Operacional Padrão

Ficha de Abordagem

Eu, ,
declaro que, acompanhei toda a vistoria em meu (minha) (veículo, bolsa, pasta, residência, etc.) e
conferi e afirmo que todos os meus pertences encontram-se nos mesmos lugares e da mesma forma
que estavam.
Por ser verdade, assino a presente ficha de abordagem, juntamente
com as testemunhas.

Tel (I):
_ RG.:
DN: / / .
Filiação:
End.:

Tel (II):
, RG.:
DN: / / .
Filiação:
End.:

____________________________ - MT, ____/_____/________, às ____:_____.

Proprietário Testemunha (I)

Cmt da Guarnição Testemunha (II)

MODELO - II

Polícia Militar do Estado de Mato Grosso - Procedimento Operacional Padrão

Ficha de Abordagem

Eu,_____________________________________________________ _, declaro que, acompanhei


toda a vistoria em meu (minha) (veículo, bolsa, pasta, residência, etc.) e conferi e afirmo que todos os
meus pertences encontram-se nos mesmos lugares e da mesma forma que estavam.
Por ser verdade, assino a presente ficha de abordagem.

____________________________ - MT, ____/_____/________, às ____:_____.

Proprietário Cmt da Guarnição

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 142


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 201 PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS.
PROCEDIMENTO: 201.6 Condução à repartição pública competente.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados, apreensão de objetos, arrolamento de testemunhas;
2. Apresentação da ocorrência, na repartição pública competente;
3. Colocação das algemas no(s) infrator(es) da lei;
4. Embarque das partes na viatura.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Confirmar a execução do algemamento e busca pessoal (vide POP 102.2 e 201.4);
2. Auxiliar o embarque na viatura, de forma que o conduzido não venha a se auto-lesionar em
portas ou janelas da viatura;
3. Reunir dados e partes da ocorrência, inclusive testemunhas;
4. Verificar qual a Delegacia ou CISC, comum ou especializado, ou outro órgão competente
(Polícia Federal, Juizado da Infância e Juventude, JECrim, etc.) responsável pela respectiva
área;
5. Informar ao Centro de Operações/CIOSP o deslocamento da guarnição para a repartição
pública competente.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as pessoas envolvidas estejam identificadas e revistadas, conforme (vide POP 201.4);
2. Que os infratores da lei já estejam algemados, conforme (vide POP 102.2), caso esse
procedimento tenha sido necessário;
3. Que as pessoas embarcadas na viatura não sejam lesionadas em virtude do embarque;
4. Que todos os dados necessários sejam obtidos e registrados;
5. Que as testemunhas sejam conduzidas, separadamente do(s) infrator(es) da lei;
6. Que todos os objetos, e/ou instrumentos que estejam diretamente relacionados com o de
crime sejam apreendidos e apresentados à autoridade competente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Havendo dúvidas quanto à repartição pública competente para o atendimento da ocorrência,
solicitar esclarecimentos do Centro de Operações/CIOSP;
2. Se alguma das pessoas envolvidas estiver lesionada, arrolar testemunha do fato e
providenciar socorro.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de reunir os dados necessários à apresentação da ocorrência;
2. Deixar de apresentar os envolvidos à repartição pública competente (testemunhas, vítimas
e suspeito);
3. Não algemar infrator(es) da lei para colocá-lo(s) no interior da viatura;
4. Não providenciar socorro à(s) pessoa(s) lesionada(s);
5. Deixar de apresentar instrumentos ou objetos ligados à ocorrência (materialidade do fato);
6. Conduzir na mesma viatura o(s) infrator(es) da lei e os demais envolvidos;
7. Deixar de informar o deslocamento da guarnição para a Repartição Pública Competente.

ESCLARECIMENTOS

1. CONDUÇÃO DO PRESO: em viaturas não dotadas de compartimento para condução de


presos (camburão), e estando a guarnição composta por 03 (três) policiais militares, o preso
deverá ser conduzido sentado no banco traseiro, algemado no sentido contrário ao 3º homem
(patrulheiro). Estando a guarnição composta por 02 (dois) policiais militares o preso deverá ser
conduzido no banco traseiro, sentado e algemado no sentido oposto ao 1º homem (comandante
da guarnição).
2. ENCAMINHAMENTO DOS DADOS E PARTES ENVOLVIDAS NA OCORRÊNCIA. Não
conduzir no mesmo compartimento da viatura, o infrator da lei com qualquer de suas vítimas
ou testemunhas.
3. AUXILIAR O EMBARQUE DO PRESO.

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 143


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 201 PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS.
PROCEDIMENTO: 201.7 Apresentação da ocorrência na repartição pública competente.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Narração da ocorrência de forma clara, precisa e concisa;
2. Constar identificação correta de testemunhas, solicitante e infrator no boletim de ocorrência
(B.O.).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Organizar todos os dados da ocorrência, antes de sua apresentação ao órgão competente;
2. Informar a Autoridade Policial Judiciária de Plantão ou JECrim, acerca de “O quê...?”,
“Quem...?”, “Quando...?”, “Onde...?”, “Como...?”, “Por quê...?”. Nos casos de Infração de
Menor Potencial Ofensivo, orientar as partes envolvidas quanto ao seu comparecimento ao
JECrim;
3. Informar também acerca do que constatou no local; as consultas feitas e seus resultados;
4. Esclarecer se o local foi preservado e da necessidade ou não de perícias no local.
5. Apresentar as partes envolvidas e os objetos apreendidos (se houver);
6. Soltar as algemas somente após entrega definitiva do(s) infrator(es) da lei para o
responsável da repartição pública competente;
7. Antes do desembarque do suspeito apreendido ou preso, o Comandante da guarnição
deverá realizar uma prévia sobre os fatos com a autoridade da repartição pública
recebedora.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Compreensão dos fatos pela Autoridade Policial Judiciária de Plantão ou JECrim;
2. Que todos os dados e partes envolvidas sejam apresentados;
3. Que os objetos apreendidos sejam apresentados;
4. Que o local de ocorrência seja preservado, se for o caso.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se algum dado relevante da ocorrência for omitido, que ele seja alcançado a tempo;
2. Se alguma parte importante não estiver presente, que seja tentada sua localização;
3. Se algum objeto envolvido na ocorrência não foi apresentado, que sejam esclarecidos os
motivos e que, se for o caso, seja tentada sua localização;
4. Constar no BO quais os motivos da não apresentação na repartição pública competente de
testemunhas arroladas.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de fornecer informações indispensáveis a apresentação da ocorrência a Autoridade
Policial Judiciária ou JECrim;
2. Envolver-se emocionalmente durante e na apresentação da ocorrência;
3. Deixar de apresentar objetos apreendidos;
4. Permitir que o(s) infrator(es) da lei permaneça(m) sem algemas durante a apresentação da
ocorrência;
5. Deixar de constar no BO justificativa(s) da não apresentação de testemunha(s) da
ocorrência.

ESCLARECIMENTOS:

1. CONDUTOR: (Noronha Magalhães): condutor, do latim duce (conduzir), é aquela pessoa


que conduz as partes à presença da Autoridade de Polícia Judiciária Civil para que esta
tome ciência de um fato delituoso ou passível de investigação.
2. EMOCIONALMENTE: isenção de ânimo na ocorrência e durante a apresentação da
ocorrência é a não expressão de sua opinião sobre o envolvimento das partes, seu grau de
culpa ou inocência, limitando-se a tomar as providências para a preservação da ordem
pública, registro dos dados e fatos observados, auxiliando assim no esclarecimento da
verdade e auxiliando o Poder Judiciário nas responsabilidades das partes.
3. TEXTO DO HISTÓRICO DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA: A elaboração é obrigação

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 144


exclusiva dos policiais que conduziram a ocorrência. Deve receber toda atenção
necessária para que esteja clara a conduta e a associação à tipicidade. Ressalta-se que o
texto do Boletim de Ocorrência é o principal meio pelo qual se norteia a instrução processual
e os demais desdobramentos da ocorrência.

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 145


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 201 PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS.
PROCEDIMENTO: 201.8 Encerramento da ocorrência.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Informar o encerramento da ocorrência junto ao Centro de Operações/CIOSP para registro
dos dados.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Informar o encerramento da ocorrência junto ao Centro de Operações/CIOSP, transmitindo
a Delegacia de Polícia Judiciária, Centro Integrado de Segurança e Cidadania ou JECrim
(se for o caso) e a(s) providência(s) adotadas;
2. Informar o horário de término repassando ao Centro de Operações/CIOSP (o nº. do BO/PM
e horário inicial normalmente já foram passados no início da ocorrência);
3. Ao término da ocorrência, entregar o BO/PM na OPM ou Centro de Operações/CIOSP, se
for o caso.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ocorrência seja encerrada no Centro de Operações/CIOSP, tão logo tenha sido
concluída;
2. Que o Oficial-deDia (ou graduado de Área) esteja ciente do encerramento da ocorrência;
3. Que os dados da ocorrência estejam devidamente registrados, tanto nos documentos
internos, quanto na repartição pública competente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Havendo dúvidas quanto ao registro dos dados da ocorrência, saná-las de imediato junto às
partes e/ou a Autoridade de Polícia Judiciária de Plantão ou JECrim;
2. Havendo uma quantidade de dados muito grande a serem passados para o Centro de
Operações/CIOSP, fazê-lo via telefone, deixando a rede-rádio livre.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O policial deixar de encerrar a ocorrência junto ao Centro de Operações/CIOSP;
2. O policial registrar a ocorrência de forma incompleta;
3. O policial deixar de entregar a documentação devida, ao término da ocorrência ou no mais
rápido período;
4. O policial deixar de informar ao Oficial-deDia (ou graduado de Área) sobre o encerramento.

201 - PROCEDIMENTOS COMUNS NAS ABORDAGENS 146


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO – II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
202
PROCESSO ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA.
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Arma de Energia Conduzida) (vide POP 104).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
4. Localização da(s) pessoa(s) em fundada suspeita.
Atendimento. 5. Abordagem a pessoa(s) em fundada suspeita.
6. Busca Pessoal (vide POP 201.4).
Condução. 7. Condução da(s) parte(s). (vide POP 201.6).
8. Apresentação da ocorrência na repartição pública competente
Apresentação da ocorrência. (vide POP 201.7).
Encerramento. 9. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Policia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Condução das partes. Art. 1º; art. 178 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Deslocamento para o local da
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Uso da Força (Vide POP 108)

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 147


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 202 ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA.
PROCEDIMENTO: 202.1 Localização da(s) pessoa(s) em fundada suspeita.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento da(s) pessoa(s) em fundada suspeita;
2. Observância das condições de segurança do local, em relação aos policiais de serviço, de
terceiro(s) ali presente(s) e da(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar visualmente a(s) pessoa(s) que se encontra(m) em fundada suspeita ou em local
que desperte suspeita(s);
2. Observar se o local possui grande circulação de pessoas, e agir de modo mais adequado
observando riscos a terceiros;
3. Verificar se a iluminação do local é adequada;
4. Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam acompanhando a(s)
pessoa(s) em fundada suspeita ou dando-lhes cobertura à distância;
5. Observar se é necessário superioridade numérica para abordagem em segurança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. A identificação da(s) pessoa(s) em fundada suspeita, as quais deve(m) ser abordada(s);
2. Análise adequada do ambiente, a fim de que a abordagem seja feita no melhor domínio
possível dos fatores de risco, próprios da atividade policial.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o local não for adequado para a abordagem, evitar fazê-lo, até que seja possível uma
ação com segurança.
2. A depender da necessidade urgente, a abordagem deve prezar pela segurança da
guarnição, dos transeuntes e terceiros não envolvidos.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de observar a(s) pessoa(s) que esteja(m) em fundada suspeita, o que impedirá a
ação preventiva da polícia na questão da Segurança Pública;
2. Escolher local impróprio para a abordagem.

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 148


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MODULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 202 ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA.
PROCEDIMENTO: 202.2 Abordagem a pessoa(s) em fundada suspeita.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Aproximação a(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
2. Impacto da chegada para a abordagem.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A GUPM, antes de agir, deve certificar-se das condições de segurança do ambiente e
comunicarem-se a fim de que todos tomem conhecimento da abordagem, informando ao
Centro de Operações/CIOSP o local da abordagem;
2. A comunicação em rede de rádio, ou ao fiscal do policiamento pode ser posterior à
abordagem caso a urgência da entrevista e busca pessoal forem prioridade;
3. A aproximação deve ocorrer com uma distância de segurança entre 2(dois) a 5(cinco)
metros;
4. As armas devem estar empunhadas, na posição pronto baixo;
5. O 1º homem é o encarregado da verbalização, e através de um comando de voz firme, alto
e claro, determina: “POLÍCIA! PARADO(S)!”, “COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA!”,
“VIRE(M)-SE DE COSTAS PARA MIM!” (se estiver de frente para o policial), “MÃOS NA
CABEÇA, ENTRELACE(M) OS DEDOS!”, “AFASTE(M)-SE UM DO OUTRO!” (se houver
mais de um suspeito), “ABRA(M) AS PERNAS E OLHEM PARA FRENTE!”;
6. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na verbalização enérgica, sem emitir
palavras de baixo calão, e caso estritamente necessário adotar outro nível do uso da força;
7. De forma simples e clara, deve ser determinado para que o(s) abordado(s) se dirija(m) a um
local seguro, onde será realizada a busca pessoal, reduzindo ao máximo o potencial de
reação ofensiva do(s) abordado(s);
8. O 1º homem ficará encarregado da SEGURANÇA DA BUSCA e deverá posicionar-se
aproximadamente a 90º (noventa graus) em relação ao encarregado da busca pessoal (2º
homem), quando houver apenas 01 (um) abordado. Caso a GU aborde mais de 01 (uma)
pessoa o 1º homem se posicionará aproximadamente a 45º (quarenta e cinco graus). Nos
dois casos manterá uma distância de aproximadamente 02 (dois) metros, evitando ter outro
policial em sua linha de tiro, devendo observar atentamente as pessoas envolvidas,
durante a abordagem; chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es),
não perdendo a vigilância das mãos, da linha da cintura do(s) abordado(s) e/ou das
imediações, durante toda a abordagem;
9. O 2º homem, coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o revistado
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS, ABRA AS PERNAS E OLHE PARA
FRENTE”, então procede à busca pessoal (vide POP 201.4);
10. Durante a busca, somente um policial da guarnição se movimenta, para permitir melhor
angulação da segurança;
11. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição toma a posição de mão forte na arma, o 1º
homem determina ao(s) abordado(s) que se posicionem do lado oposto de sua arma, de
frente para a rua e com as mãos para trás, recolhe e confere os documentos atinentes e
realiza a técnica de entrevista;
12. Caso algum abordado esteja fazendo uso de mochila, mala, sacola ou outro volume portátil
o 2° homem deverá realizar a busca desse pertence, antes de iniciar a checagem dos
documentos;
13. O 2º homem realizará a checagem dos documentos e fará uma busca no local da
abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Após
entregará toda a documentação ao 1º homem, que irá proceder a devolução aos seus
respectivos proprietários chamando-os pelo nome;
14. Nada constatado, os policiais serão educados e o 1º homem procederá a liberação do(s)
abordado(s), agradecendo pela colaboração na abordagem, inicialmente dizendo:
“SENHOR(A) ESTE É UM PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DA POLÍCIA

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 149


MILITAR...”;
15. A guarnição aguardará a saída do(s) abordado(s) do local.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, população circulante
e para os abordado(s);
2. Que a guarnição haja com eficiência e segurança observando: superioridade numérica,
superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas
operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s)
abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam educados e enérgicos
durante todo o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a(s) pessoa(s) em fundada suspeita não queira(m) submeter-se à abordagem,
procurar, primeiramente, alertá-la(s) sobre as consequências da desobediência à ordem
legal. Persistindo a desobediência, aplicar o uso da força para compeli-la(s) ao cumprimento
da determinação legal;
2. Se a(s) pessoa(s) em fundada suspeita demorar(em) a responder ou acatar às
determinações, mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de
ser(em) portadores de necessidades física(s), deficiência auditiva(s) ou mental(is) Pessoa
com Deficiência (PcD); e tão logo venha a constatação, permanecer atento, não
esmorecendo na segurança, mas respeitando as limitações observadas e sinalizando com
as mãos a intenção da determinação. (Vide POP 202.3)
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte do outro policial;
2. Não adotar a adequada distância para o armamento antes e durante a abordagem;
2. Deixar de observar os princípios básicos da abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
3. Deixar de prezar pelas regras de segurança e linha de tiro;
4. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
5. O policial militar agredir verbal e fisicamente as pessoas abordadas fora do estritamente
necessário para conter agressão injusta e desarrazoada por parte do abordado;
6. O policial permitir que a(s) pessoa(s) em fundada suspeita empreenda(m) fuga;
7. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma inadequada.
10. O policial militar solicitar para o abordado abrir a mochila, mala, sacola e manusear os
pertencer internos.

TÉCNICAS DE ENTREVISTA
De onde estava vindo?
Para onde está indo?
Qual seu nome completo, data e local de nascimento?
Qual o nome completo da sua genitora?
Quantos irmãos(ãs) tem?
Qual o endereço de sua residência?
Está trabalhando? Qual a localização do trabalho, e horário da atividade?
Tem veículo registrado em sua propriedade?
Tem tatuagem?
Tem antecedente criminal? Quais? Porque?
Faz uso de tornozeleira eletrônica? Está ativa (carregada)?
Já teve ou tem dependência química com álcool ou drogas?

ESCLARECIMENTOS
Sempre que houver a possibilidade, realizar a checagem da autenticidade do documento
apresentado através do aplicativo governamental VIO: QR Seguro.
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.serpro.lince&hl=pt_BR&gl=US
Sempre que houver a possibilidade realizar a checagem dos abordados na plataforma
governamental do Banco Nacional de Mandado de Prisão (BNMP):
https://portalbnmp.cnj.jus.br/#/pesquisa-peca

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 150


ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Busca pessoal Busca pessoal

Fig. 07 Fig. 08
Entrevista e liberação Entrevista e liberação

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 151


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 202 ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA.
PROCEDIMENTO: 202.3 Abordagem a(s) pessoa(s) surdo(s).
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de polícia Art. 78 do Código Tributário Nacional
Busca pessoal Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca pessoal em mulheres Art. 249 do Código de Processo Penal.
Uso progressivo da Força (Vide POP 108)
Dispõe sobre a Língua
Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002
Brasileira de Sinais - LIBRAS
Portaria PMDF nº 1.231, de 27 de outubro de 2021 - Manual de
PMDF - POG
Policiamento Ostensivo Geral
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento da(s) pessoa(s) em fundada suspeita;
2. Observância das condições de segurança do local, em relação aos policiais de serviço, de
terceiro(s) ali presente(s) e da(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s).
3. A identificação de que o abordado é um surdo, seja por LIBRAS e/ou indicação de outro
abordado.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. As abordagens aos surdos em atitude suspeita deverão seguir os procedimentos descritos
anteriormente no manual, devendo o policial atentar-se quanto à necessidade de comunicar-
se através de sinais.
2. Portanto, o policial deve iniciar a verbalização da abordagem policial ao surdo a “viva voz” de
forma clara e enérgica, bradando primeiramente o nome "POLÍCIA" e, em seguida,
“PARADO”.“COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA!”,“VIRE(M)-SE DE COSTAS PARA MIM!”
(se estiver de frente para o policial), “MÃOS NA CABEÇA, ENTRELACE(M) OS DEDOS!”,
“AFASTE(M)-SE UM DO OUTRO!” (se houver mais de um suspeito), “ABRA(M) AS PERNAS
E OLHEM PARA FRENTE!”;
3. Espera-se que o surdo não atenda às ordens, dada a limitação auditiva; momento em que o
policial que estiver mais próximo do suposto surdo pode abrir ângulo de forma a ser percebido
pela visão periférica do suposto surdo ao realizar um movimento de agitação com sua mão
fraca e/ou ainda pode tocar o ombro do abordado visando iniciar o contato em LIBRAS;
4. Dessa forma, visando à segurança, o policial responsável pela comunicação deverá
comunicar-se utilizando apenas a mão fraca, de forma que a sua arma continue em condições
de pronto baixo, uma vez que o cenário da abordagem ainda não se encontra totalmente
seguro, pois não foi realizada a busca.
5. Espera-se que o surdo mantenha as mãos visíveis e se identifique com apenas uma delas,
por meio da língua brasileira de sinais, “LIBRAS”, com o sinal conforme a figura 01;
6. Cabe ao comandante no primeiro momento, realizar a comunicação por meio de sinais / libras,
com o surdo, conforme figura(s) 02, 03, 04, 05 e 06.
7. A comunicação deve ser pausada, sendo que o policial deve esperar pela execução de cada
ordem emanada, para, posteriormente, comandar outra.
8. Os procedimentos de busca pessoal e de objetos seguirão os mesmos procedimentos;
9. Não tendo nenhum ilícito localizado com o abordado, o comandante, ou o outro policial que
possuir melhor habilidade em LIBRAS, deverá tocar o ombro do abordado, que ainda estará
com as mãos na cabeça, e sinalizar para que ele, abaixe as mão – conforme figura 07, se vire
e olhe para o policial que vai entrevistá-lo.
10. O policial deve priorizar uma entrevista direta, com base em informações básicas que visam
identificar a pessoa e eventual prática de alguma infração penal, conforme figuras 08 e 09.
11. Enquanto é realizada a checagem da documentação ou eventual busca veicular, o surdo deve
ser informado para aguardar, conforme figura 02;
12. Não havendo nada ilícito, o interlocutor deve encerrar a abordagem, conforme figuras 10 e 11;
13. Havendo necessidade de prisão e encaminhamento do surdo a Delegacia a equipe policial
deve adotar comunicação conforme figuras 12, 13, 14, 15 e 16.
RESULTADOS ESPERADOS

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 152


1. O primeiro policial, que identificar que o abordado é surdo, deve comunicar à equipe: por “viva
voz: SURDO!”.
2. O policial deve buscar estar visível e olhar no olho do abordado para se certificar da atenção
do surdo para as suas ordens, de maneira a facilitar a comunicação, inclusive pelas
expressões faciais.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Os policiais devem manter sempre a segurança atenta para que o abordado não queira se
passar por surdo, de forma que seja adotado tratamento diferenciado que venha a diminuir a
segurança da equipe.
2. Os policiais se atentarem a qualquer movimento que possa ser interpretado como atitude
suspeita do abordado.
3. Após a busca pessoal, se outro integrante da equipe tiver conhecimento mais aprofundado
sobre o tema, ele poderá realizar a comunicação, enquanto o comandante realizará a
segurança da cena e do perímetro, além de controlar a situação (circunstância) e a equipe.
4. Caso exista entre os abordados alguma pessoa com facilidade de comunicação por língua de
sinais, este somente poderá ser demandando a intermediar a comunicação entre a equipe
policial e o surdo somente após a realização dos procedimentos de busca pessoal e adoção
de providências que reduzam os riscos à segurança.
5. Pode-se considerar a utilização de um recurso escrito para facilitar a comunicação dos
abordados com a equipe policial.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O policial não compreender o sinal em libras de “sou surdo”.
2. O policial deve ter muita atenção à correta realização dos sinais para evitar que o surdo
busque se identificar levando a mão ao bolso para pegar documento, ou qualquer outra forma
que gera perigo à equipe. Pois nesta situação, o policial pode entender que o surdo esteja
buscando uma arma de fogo ou outro objeto que possa gerar risco para os policiais.
3. Se o policial quiser esclarecer sobre algo localizado durante a busca, pode encontrar
dificuldade na comunicação e prejudicar a segurança dos envolvidos na abordagem.

ESCLARECIMENTOS

Obs 1: quando houver a necessidade de individualizar a conversa em LIBRAS com um surdo,


o policial pode utilizar o recurso de utilizar o dedo indicador e espetar em direção a quem se
deseje falar.
Obs 2: quando houver a possibilidade a Central de Intérpretes da Língua Brasileira de Sinais
(Libras) de Mato Grosso pode ser acionada para apoiar, uma eventual condução do surdo a
delegacia de polícia. A CIL está localizada na Rua Pedro Celestino, 291, no centro de Cuiabá.
Dispõe de dois telefones para contato: (65) 3623-2814 e 3623-2835.
Obs 3: agradecimentos à Associação dos Surdos de Cuiabá pelas colaborações e
apontamentos no procedimento.
ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Sou surdo Parado

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 153


Fig. 03 Fig. 04
Policía Mãos na Cabeça

Fig. 05 Fig. 06
Vire-se Abaixe as mãos

Fig. 07 Fig. 08
Por favor Identifique-se

Fig. 09 Fig. 10
CNH Obrigado

Fig. 11
Thau!

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 154


SURDO EM FLAGRANTE DELITO

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Você Está Preso

Fig. 03 Fig. 04
Está detido vamos para...
(a seta indica um movimento onde os braços esticados faz com
que as mãos se aproximam do tórax)

Fig. 05 Fig. 06
Delegacia Agora

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 155


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 202 ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA.
PROCEDIMENTO: 202.4 Abordagem a pessoa(s) autista(s).
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de polícia Art. 78 do Código Tributário Nacional
Busca pessoal Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca pessoal em
Art. 249 do Código de Processo Penal.
mulheres
Uso da Força (Vide POP 108)
Institui a Política Nacional
de Proteção dos Direitos da
Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012.
Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista
PMSC Nota de Instrução n°003/CMDO-G/2021
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Aproximação a(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
2. Identificação do indivíduo com Transtorno do Espectro Autista (TEA);
3. Impacto da chegada para a abordagem, pois a pessoa com Transtorno do Espectro Autista
(TEA) pode apresentar, dependendo do grau do transtorno (ver esclarecimentos ao final do
procedimento), as seguintes características: Dificuldade de interação social; Dificuldade na
comunicação; Reduzida manutenção do contato visual e Sensibilidade tátil, auditiva e visual.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. As abordagens a(s) pessoa(s) com TEA em atitude suspeita deverão seguir os
procedimentos descritos anteriormente no manual, devendo o policial atentar-se quanto à
necessidade de comunicar-se com o abordado.
2. Portanto, o policial deve iniciar a verbalização da abordagem policial em “viva voz” de forma
clara e enérgica, bradando primeiramente o nome "POLÍCIA" e, em seguida,
“PARADO”.“COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA!”,“VIRE(M)-SE DE COSTAS PARA
MIM!” (se estiver de frente para o policial), “MÃOS NA CABEÇA, ENTRELACE(M) OS
DEDOS!”, “AFASTE(M)-SE UM DO OUTRO!” (se houver mais de um suspeito), “ABRA(M)
AS PERNAS E OLHEM PARA FRENTE!”;
3. Em alguns casos, o(s) indivíduo(s) com TEA pode(m), ignorar completamente a presença
policial, sendo assim, deve-se respeitar o espaço de abordagem em relação à pessoa com
TEA, devendo então de maneira objetiva e clara, preferencialmente de forma calma, a fim
de evitar contato físico. Buscar interação com o indivíduo perguntando se ele está
entendendo o que está acontecendo.
4. Na sequência, conquistando a confiança da pessoa abordada com TEA, os policiais devem
verificar se ela porta a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista (CIPTEA), pois nela conterá as seguintes informações:
a. Nome completo, filiação, local e data de nascimento, número da carteira de identidade civil,
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), tipo sanguíneo, endereço
residencial completo e número de telefone do identificado;
b. Fotografia no formato 3 (três) centímetros (cm) x 4 (quatro) centímetros (cm) e assinatura
ou impressão digital do identificado;
c. Nome completo, documento de identificação, endereço residencial, telefone e e-mail do
responsável legal ou do cuidador;
d. Identificação da unidade da Federação e do órgão expedidor e assinatura do dirigente
responsável.
5. Os procedimentos de busca pessoal e de objetos seguirão os mesmos procedimentos
orientados anteriormente;
6. O policial deve priorizar uma entrevista direta, com base em informações básicas que visam
identificar a prática de alguma infração penal.
7. Após estes procedimentos, deve-se verificar se a pessoa com TEA está bem e tem

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 156


condições de deslocar-se sozinha, pois cada um reage de maneira diferente aos estímulos
externos, deve-se dar tempo a ele para que se organize e entenda o que está acontecendo;
8. Após a abordagem o indivíduo com TEA não aparentar condições de seguir destino em
condições de segurança, a equipe policial militar pode acionar o cuidador, indicado na
CIPTEA, para receber o indivíduo.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial Militar se atente às características da pessoa com TEA durante a abordagem,
Que verbalize as ordens com paciência e clareza, Que verifique as informações que constam
na Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA);
2. Em caso de dificuldade na realização da abordagem os policiais militares podem realizar
contato com familiar ou conhecido da pessoa com TEA; ou ainda com a Assistência Social
ou Conselho Tutelar; para que compareçam ao local da abordagem e auxiliem da melhor
forma.
3. Que o Policial Militar, ao realizar a abordagem, compreenda os sinais indicados nos
esclarecimentos de forma a conduzir a abordagem e evitar que o abordado venha a tornar-
se agressivo ou bastante introspectivo.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Os policiais devem manter sempre a segurança atenta para que o abordado não queira se
passar por indivíduo com TEA, e obter tratamento diferenciado que possa a vir diminuir a
segurança da equipe.
2. Embora não seja fácil identificar o TEA, o policial Militar deve estar atento à possibilidade de
se deparar com um solicitante ou um abordado que não faça contato visual, que apresente
ansiedade por meio de falas ou gestos repetitivos, que tente tocá-lo, ou que apresente
reações consideradas incomuns diante do barulho excessivo,quando deve considerar ser
uma pessoa com TEA;
3. De igual forma, o policial militar deve considerar que a pessoa com TEA pode manifestar
reações de torna-se tão introspectivo a ponto de ignorar completamente a presença policial.
4. Em caso de necessidade de elevação do nível de força, a equipe policial militar deve solicitar
apoio de outra equipe policial.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Que o policial militar deixe de observar alguns dos sinais característicos de pessoas com
TEA. Nestes casos, a Guarnição PM deverá redobrar a atenção ao lidar com estas pessoas,
pois geralmente elas não atenderão aos comandos emanados pelos policiais e poderão
tomar atitudes contrárias às ordenadas, vejamos:
a. Apresentação de déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens
verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional);
b. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, como estereotipias, movimentos
contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos;
c. Dificuldade de interagir com outras pessoas e manter relacionamentos;
d. Dificuldade de olhar nos olhos;
e. Dificuldade de entender figuras de linguagem, interpretando tudo de forma literal;
f. Presença de gestos repetitivos ou expressões verbais atípicas sem motivo aparente;
g. Apego a rotinas e/ou padrões ritualizados de comportamento;
h. Costuma mexer com os dedos e mão de forma peculiar;
i. Repete frases e outros conteúdos que ouviu anteriormente em filmes, desenhos animados
ou outro;
j. Repete sons e palavras repetidas fora do assunto;
k. Reage excessivamente a barulhos altos ou contato físico (sirenes, giroflex);
l. A pessoa tem pouca noção de situações perigosas.

ESCLARECIMENTOS
O grau do transtorno do Transtorno do Espectro Autista (TEA), pode ser nivelado, de acordo
com a gravidade, em 3 (três) níveis, relacionados com a interação/comunicação social e
com o comportamento restritivo ou repetitivo.

Quanto à interação/comunicação social:


Nível 1 (necessita suporte): Prejuízo notado sem suporte; dificuldade em iniciar interações
sociais, respostas atípicas ou não sucedidas para abertura social; interesse diminuído nas
interações sociais; falência na conversação; tentativas de fazer amigos de forma estranha
e mal sucedida.
Nível 2 (necessita de suporte substancial): Déficits marcados na conversação; prejuízos
aparentes mesmo com suporte; iniciação limitadas nas interações sociais; resposta
anormal/reduzida a aberturas sociais.

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 157


Nível 3 (necessita de suporte muito substancial): Prejuízos graves no funcionamento;
iniciação de interações sociais muito limitadas; resposta mínima a aberturas sociais.

Quanto ao comportamento restritivo / repetitivo:


Nível 1 (necessita suporte): Comportamento interfere significantemente com a função;
dificuldade para trocar de atividades; independência limitada por problemas com
organização e planejamento.
Nível 2 (necessita de suporte substancial): Comportamentos suficientemente frequentes,
sendo óbvios para observadores casuais; comportamento interfere com função numa
grande variedade de ambientes; aflição e/ou dificuldade para mudar o foco ou ação.
Nível 3 (necessita de suporte muito substancial): Comportamento interfere
marcadamente com função em todas as esferas; dificuldade extrema de lidar com
mudanças; grande aflição/dificuldade de mudar o foco ou ação.

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 158


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 202 ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA.
Abordagem a pessoa Caçador, Atirador ou Colecionador (CAC) em
PROCEDIMENTO: 202.5
situação de porte de trânsito.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de polícia Art. 78 do Código Tributário Nacional
Busca pessoal Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca pessoal em
Art. 249 do Código de Processo Penal.
mulheres
Uso da Força (Vide POP 108)
Dispõe sobre registro,
posse e comercialização de
armas de fogo e munição, Lei n° 10.826, de 22 de dezembro de 2003.
sobre o Sistema Nacional
de Armas – SINARM
PMPR POP nº 100.10
PMMS Portaria nº 001/21-PM3, de 04 de novembro de 2021
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Aproximação do local da abordagem e da(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
2. Impacto da chegada para a abordagem;
3. Desembarque do(s) ocupante(s) do veículo, 02 ou 04 rodas;
4. Realização da busca pessoal e retirada da arma que porventura o abordados esteja
portando junto ao corpo, independentemente de ter se declarado previamente como
Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC) e verificação dos documentos obrigatórios para
porte de trânsito ou transporte de armas;
5. Reconhecer a documentação obrigatória e identificar sua validade;
6. Inconsistência nas informações sobre itinerário e inexistência de locais de treinamento no
trajeto do local da abordagem;
7. Presença de armas portáteis carregadas ou com carregadores municiados;
8. Porte de arma sob efeito de álcool ou substância química ou alucinógena.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. As abordagens a(s) pessoa(s) descrita no procedimento, deve observar a conduta
descrita(s) no(s) Processo(s) 202, 204 e/ou 206 quando em situação de fundada suspeita;
2. Portanto, o policial deve iniciar a verbalização da abordagem policial em “viva voz” de forma
clara e enérgica, bradando primeiramente o nome "POLÍCIA" e, em seguida,
“PARADO”.“COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA!”,“VIRE(M)-SE DE COSTAS PARA
MIM!” (se estiver de frente para o policial), “MÃOS NA CABEÇA, ENTRELACE(M) OS
DEDOS!”, “AFASTE(M)-SE UM DO OUTRO!” (se houver mais de um suspeito), “ABRA(M)
AS PERNAS E OLHEM PARA FRENTE!”;
3. Os procedimentos de busca pessoal e veicular seguirão os mesmos procedimentos
orientados;
4. Verificar se o abordado traz mais armas consigo ou no seu veículo, bolsas, mochilas, caixas
de transporte etc;
5. Solicitar, após finalização da busca pessoal e veicular, a apresentação das documentações
relativas ao porte de trânsito de arma de fogo na condição de trânsito (municiada, alimentada
e carregada), que porventura o abordado estivesse portando junto ao corpo ou no interior
do seu veículo/bagagem, bem como as documentações de outras armas, se tiver;
6. Observar a condição declarada pelo abordado e os respectivos documentos a serem
observados, a saber:
Se o CAC abordado é ATIRADOR DESPORTIVO:
a. Certificado de Registro – CR (Anexo “A”);
b. Certificado de Registro da Arma de Fogo – CRAF (Anexo “B”) do sistema SIGMA (do EB)

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 159


ou SINARM (da Polícia Federal) da arma que de porte utilizada para defesa do acervo, e
CRAF do sistema SIGMA das armas que estavam sendo transportadas;
c. Guia de Tráfego – GT (Anexo “C”);
d. Conferir se todos os documentos citados estão dentro do prazo de validade e se estão dentro
dos padrões apresentados nos modelos anexos ao presente POP;
e. No caso da falta ou irregularidade de qualquer um dos documentos citados, o abordado
deverá ser preso e encaminhado à Delegacia de Polícia (Art. 14 ou Art. 16 da Lei 10.826/03).
Se o CAC abordado é um CAÇADOR:
a. Certificado de Registro – CR (Anexo “A”);
b. Certificado de Registro da Arma de Fogo – CRAF (Anexo “B”) do sistema SIGMA (EB) ou
SINARM (PF) da arma, que porventura estiver carregada para defesa do acervo e CRAF do
sistema SIGMA das armas que estavam sendo transportadas descarregadas;
c. Guia de Tráfego (GT), específica para caça (Anexo “D”);
d. Conferir se todos os documentos citados estão dentro do prazo de validade e se estão dentro
dos padrões apresentados nos modelos anexos ao presente POP;
e. No caso de falta ou irregularidade de qualquer um dos documentos citados, o abordado
deverá ser preso e encaminhado à Delegacia de Polícia (Art. 14 ou Art. 16 da Lei 10.826/03);
f. No caso do caçador, também devem ser apresentados os seguintes documentos adicionais:
Certificado de Regularidade do IBAMA (Anexo “F”) e autorização de manejo de javali
específico da fazenda em que pratica a caça, expedido através do Sistema de
Monitoramento de Fauna (SIMAF), os quais comprovarão a sua atividade de caçador
quando da prática efetiva em regiões rurais autorizadas;
g. No caso de inconsistências nas informações relativas ao local de caça ou de treinamento,
estando o restante da documentação obrigatória em ordem, deverão ser coletados seus
dados para preenchimento do Boletim de Ocorrência e comunicação posterior da infração
administrativa ao Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) da 9ª Região
Militar (9ª RM) do Exército Brasileiro;
Obs.: caso o caçador esteja se deslocando para treinamento em clubes de tiro, mas não
para a prática de abate de animais, comprovando seu trajeto de maneira inequívoca,
mantêm-se apenas as mesmas exigências documentais do Atirador Desportivo.
Se o CAC abordado é um COLECIONADOR:
a. Certificado de Registro – CR (Anexo “A”);
b. Certificado de Registro da Arma de Fogo – CRAF (Anexo “B”) do sistema SIGMA (EB) ou
SINARM (PF) da arma que porventura estivesse carregada para defesa do acervo e CRAF
do sistema SIGMA das armas que estavam sendo transportadas descarregadas;
c. Guia de Tráfego (GT), específica para exposição das armas de coleção;
d. Conferir se todos os documentos citados estão dentro do prazo de validade e se estão dentro
dos padrões apresentados nos modelos anexos ao presente POP;
e. No caso de falta ou irregularidade de qualquer um dos documentos citados, o abordado
deverá ser preso e encaminhado à Delegacia de Polícia (Art. 14 ou Art. 16 da Lei 10.826/03).
7. Observar que, com exceção de uma arma de porte que pode ser utilizada para proteção do
acervo, todas as armas em transporte, para qualquer uma das categorias de CAC, deverão
estar descarregadas e sem carregadores municiados acoplados nas armas;
8. Verificar qual é o endereço de guarda do acervo do abordado (domicílio onde guarda as
suas armas), para identificar se é um CAC local ou se está fora de seu domicílio, conforme
esclarecimentos;
9. Constatar se o CAC está portando arma embriagado ou sob efeito de substância química ou
alucinógena. A referida constatação deve ser realizada por meio de teste de etilômetro
(bafômetro) ou preenchimento do auto de constatação de sinais de alteração da capacidade
psicomotora (anexo G); ainda, em caso positivo, deverá ser preso e encaminhado à
Delegacia de Polícia (Art. 14 ou Art. 16 da Lei 10.826/03);
10. Comunicar ao SFPC/9ª RM qualquer infração administrativa detectada em relação ao porte
de trânsito ou transporte de armas do acervo, por meio de ofício da UPM, juntamente com
cópia do Boletim de Ocorrência para o email: sof@5rm.eb.mil.br. Para saber o nome da
autoridade a ser oficiada no momento da comunicação, entrar em contato com o setor pelo
fone: (41) 3316-4840, onde o Comandante da equipe policial deve observar a cadeia de
Comando e encaminhar a documentação a respectiva sessão de pessoal (P1);
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que os CACs não sejam confundidos com infratores da lei portando armas;
2. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;
3. Revistar o veículo ou bagagens, verificando se existem outras irregularidades que configurem
crime e/ou outras infrações, sem se descuidar da segurança em relação à pessoa abordada;

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 160


4. Que o armamento seja localizado e identificado, sendo que em caso de situação regular o
indivíduo seja posteriormente liberado para seguir destino;
5. Em caso de ilegalidade, que o armamento seja relacionado para apresentação na delegacia
de polícia, com eventuais munições;
AÇÕES CORRETIVAS
1. Em caso de necessidade de elevação do nível de força, a equipe policial militar deve solicitar
apoio de outra equipe policial;
2. Caso não tenha certeza sobre as condições e classificação dos armamentos, levantar
melhores dados junto ao CIOSP, Oficial de Dia, ALI e/ou Fluxograma;
3. Caso seja identificado algum crime no local praticado por CAC com o uso de sua arma de
fogo utilizada para defesa do acervo, tratar da mesma forma que qualquer outro cidadão
portando sua arma legalmente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de proceder a busca pessoal e veicular, bem como, não conferir a documentação do(s)
abordado(s) e do armamento;
2. Não observar a validade da documentação;
3. Deixar de observar os princípios básicos para a abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(m) abordada(s);
4. Não relacionar o armamento localizado;
5. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
6. Extravio do material.

ESCLARECIMENTOS

1. De posse do documento de identificação do abordado, sempre que houver a possibilidade,


realizar a checagem da autenticidade do documento apresentado através do aplicativo
governamental VIO: QR Seguro:
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.serpro.lince&hl=pt_BR&gl=US

2. De posse do documento de Guia de Tráfego (GT), sempre que houver a possibilidade,


realizar a checagem da autenticidade da GT através do site governamental:
https://sgte.eb.mil.br/guiatrafego/

3. De posse do Certificado de Regularidade do Cadastro Técnico Federal emitido pelo


ibama (para caçador), sempre que houver a possibilidade, realizar a checagem da
autenticidade do documento atraves do site governamental:
http://www.ibama.gov.br/consultas/consulta-sobre-a-regularidade-no-cadastro-tecnico-
federal

4. Inconsistências que não caracterizem crimes PODEM ser comunicadas ao Serviço de


Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC/9ª RM) do Exército Brasileiro para apuração
administrativa;

Caso esteja em sua região de domicílio:


Deverá ser questionado sobre seu destino, devendo demonstrar de maneira inequívoca que
está se dirigindo ou retornando de local de competição, treinamento, caça ou exposição, de
acordo com sua categoria registrada no CR, podendo ser feito pela apresentação de carteira
de sócio de clube de tiro, folder de competição, de cursos ou de exposições, da apresentação
de documentos comprobatórios da atividade ou mesmo da indicação do local onde está indo
ou do qual está retornando, mesmo que não seja associado, considerando que a informação
seja coerente em relação à direção de deslocamento. Não será necessário justificar itinerário
específico de deslocamento aos locais citados, bem como a lei não fixa horários para tanto,
porém, caso as informações repassadas sejam desencontradas e incoerentes, mesmo com
a apresentação da documentação regulamentar, na sequência deverá ser lavrado um Boletim
de Ocorrência para posterior encaminhamento ao SFPC/9ª RM para comunicação.
Caso o CAC seja abordado quando estiver fora de sua região de domicílio:
Mesmo com a apresentação de toda a documentação solicitada, o abordado deverá
apresentar de maneira inequívoca o local onde fará ou já fez uso de suas armas, conforme o
item anterior. Caso esteja trafegando em município que não possua clubes de tiro e que não
seja rota para deslocamento a local desta natureza, deverá ser lavrado um Boletim de
Ocorrência, para posterior encaminhamento ao SFPC/9ª RM para comunicação.

Em sua região de domicílio ou fora dela,

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 161


O CAC poderá estar portando sua arma em locais de passagem, como postos de
combustíveis e locais destinados à compra de alimentação, desde que não se configure local
de grande aglomeração de pessoas e que ali permaneça somente pelo tempo necessário
para serviços rápidos, como pagamento de abastecimento ou refeição por curto espaço de
tempo. Caso seja flagrado em situação irregular nos locais descritos, sendo abordado pelo
PM ou nos casos em que alguém perceba sua arma ostensiva ou mesmo o volume sob peças
de roupas e solicite atendimento via CIOSP, será determinado que deixe o local
imediatamente e, na sequência, deverá ser lavrado um Boletim de Ocorrência para posterior
encaminhamento ao SFPC/9ª RM para comunicação.

GLOSSÁRIO

Atirador desportivo: é a pessoa física registrada no Comando do Exército e que pratica


habitualmente o tiro como esporte.
Caçador: é a pessoa física registrada no Comando do Exército vinculada à entidade ligada à
caça e que realiza o abate de espécies da fauna, em observância às normas de proteção ao
meio ambiente.
Certificado de Registro (CR): documento que certifica a regularidade do cadastro do
Colecionador, da Atirador e do Caçador junto ao Exército Brasileiro, sendo um documento
vinculado à pessoa.
Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF): documento de cadastro da arma de fogo
junto ao sistema SIGMA (EB) ou SINARM (PF).
Colecionador: é a pessoa física ou jurídica registrada no Comando do Exército que tem a
finalidade de adquirir, reunir, manter sob a sua guarda e conservar PCE e colaborar para a
preservação e a valorização do patrimônio histórico nacional.
Guia de Tráfego (GT): é o documento emitido pelo Exército Brasileiro que concede a
permissão para o tráfego de armas, munições, acessórios e outros produtos controlados, com
limitação de tempo e definição de finalidade.
PCE: Produto Controlado pelo Exército.
Porte de trânsito: é o direito do CAC de portar uma arma de fogo carregada (arma de porte),
pertencente ao seu acervo (registrada no sistema SIGMA do EB) ou registrada em seu nome
no sistema SINARM da PF, para a proteção do seu acervo durante deslocamentos para a
prática das atividades autorizadas pelo Exército Brasileiro.
SFPC/9ª RM: Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) da 9ª Região Militar
(9ª RM) do Exército Brasileiro.

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 162


ANEXO A

MODELO DE CERTIFICADO DE REGISTRO (CR)

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 163


ANEXO B

MODELO DE CERTIFICADO DE REGISTRO DE ARMA DE FOGO (CRAF)

Modelo 1: Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF) expedido pelo Exército Brasileiro (frente e verso)

Modelo 2: Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF) expedido pelo Exército Brasileiro (frente e verso)

Modelo 3: Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF) expedido pela Polícia Federal (frente e verso)

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 164


ANEXO C

MODELO DE GUIA DE TRÁFEGO (GT)

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 165


ANEXO D

MODELO DE GUIA DE TRÁFEGO PARA CAÇA

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 166


ANEXO E

MODELO DE COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO NO IBAMA (PARA CAÇADOR)

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 167


ANEXO F

MODELO DE CERTIFICADO DE REGULARIDADE DO CADASTRO TÉCNICO FEDERAL


EMITIDO PELO IBAMA (PARA CAÇADOR)

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 168


ANEXO G

MODELO DE AUTO DE CONSTATAÇÃO DE SINAIS DE ALTERAÇÃO DA


CAPACIDADE PSICOMOTORA PARA CAC

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 169


FLUXOGRAMA

202 - ABORDAGEM A PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA. 170


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
203
PROCESSO ABORDAGEM A INFRATOR(ES) DA LEI.
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Pistola de Energia Conduzida (vide POP 104).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
4. Localização do(s) infrator(es) da lei.
Atendimento. 5. Abordagem ao infrator(es) da lei.
6. Busca Pessoal (vide POP 201.4).
Condução. 7. Condução da(s) parte(s). (vide POP 201.6).
8. Apresentação da ocorrência na repartição
Apresentação da ocorrência. pública competente (vide POP 201.7).
Encerramento. 9. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Policia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Art. 1º; art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das partes. Adolescente.
Deslocamento para o local da
ocorrência. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.

203 - ABORDAGEM A INFRATOR(ES) DA LEI. 171


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 203 ABORDAGEM A INFRATOR(ES) DA LEI.
PROCEDIMENTO: 203.1 Localização do(s) infrator(es) da lei.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei;
2. Observância das condições de segurança do local, em relação aos policiais de serviço, de
terceiros ali presentes e da(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar visualmente a(s) pessoa(s) que se encontra(m) infringindo a lei;
2. Ter atenção ao local que possua grande circulação de pessoas, para minimizar os riscos
desnecessários a terceiros;
3. Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam acompanhando a(s)
pessoa(s) infratora(s) da lei ou dando-lhes cobertura à distância.
RESULTADOS ESPERADOS
1. A identificação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei que deve(m) ser abordada(s);
2. Análise adequada do ambiente para que a abordagem seja feita com o melhor domínio
possível dos fatores de risco, próprios da atividade policial.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o local não for mais adequado à abordagem evitar fazê-lo até que seja possível, uma
ação com maior segurança.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de observar a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei, o que impedirá uma ação preventiva
e/ou repressiva imediata da polícia na questão da Segurança Pública;
2. Escolher local impróprio para a abordagem.

203 - ABORDAGEM A INFRATOR(ES) DA LEI. 172


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 203 ABORDAGEM A INFRATOR(ES) DA LEI.
PROCEDIMENTO: 203.2 Abordagem ao infrator(es) da lei.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Aproximação a(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
2. Impacto da chegada para a abordagem;
3. Detenção da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A GU, antes de agir, deve certificar-se das condições de segurança do ambiente e
comunicarem-se a fim de que todos tomem conhecimento da abordagem; informando ao
Centro de Operações/CIOSP o local da abordagem;
2. O 1º homem deverá observar o risco extremado antes de iniciar a verbalização, reduzindo
ao máximo o potencial de reação e ofensividade do(s) abordado(s);
3. A aproximação deve ocorrer a uma distância entre 2 (dois) a 5 (cinco) metros;
4. As armas devem estar empunhadas na posição pronto emprego;
5. O 1º homem é o encarregado da verbalização, e através de um comando de voz firme, alto
e claro, determina: “POLÍCIA! PARADO(S)!”, “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS
ABERTOS E PALMAS DAS MÃOS PARA CIMA!”;
6. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário adotando outro nível do uso da força;
7. Diante de um infrator da lei empunhando arma de fogo, o policial deve abrigar-se mantendo
contato visual e ordenar: “POLÍCIA, SOLTE A ARMA!”, (SEMPRE VISUALIZANDO AS
MÃOS DOS ABORDADOS), insistindo tantas quantas vezes forem necessárias (“SOLTE A
ARMA!”). Caso haja a tentativa por parte do infrator da lei em apontar a arma para os
policiais, empregar-se-á a técnica do 3° olho, em seguida efetuar dois disparos de arma de
fogo por parte do policial pela agressão injusta atual ou eminente;
8. Somente depois do(s) infrator(es) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá fazer a sua aproximação.
9. O 1º homem ficará encarregado da SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO E DA BUSCA,
mantendo-se há uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, com a arma em pronto
baixo, evitando ter o outro componente da guarnição em sua linha de tiro, devendo observar
atentamente as pessoas envolvidas, durante a abordagem; chamando sempre a atenção,
quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância das mãos e/ou das
imediações, durante toda a abordagem;
10. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o infrator
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento e a busca
pessoal (vide POP 102 e 201.4);
11. O infrator será revistado e colocado sentado pelo 2º homem em um local seguro (calçada);
12. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a
documentação será recolhida pelo 2º homem e entregue ao 1º homem, para verificar a
autenticidade e realizar a técnica de entrevista;
13. O 2º homem realizará a checagem dos documentos e fará uma busca no local da abordagem,
visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Após isso, entregará
toda a documentação ao 1º homem;
14. Confirmando que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá
providenciar a condução, sempre que possível de modo separado da condução do detido,
para a repartição pública competente ou ao Pronto Socorro.Havendo duas guarnições na
ocorrência, a 1ª guarnição a chegar no local deverá acompanhar o transporte do(s)
infrator(es), assim como os materiais apreendidos. Sendo a responsável pela condução da
ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro tanto para a Guarnição, como para a

203 - ABORDAGEM A INFRATOR(ES) DA LEI. 173


população circulante e o(s) infrator(es), na medida na viabilidade técnica de segurança;
2. Que a Guarnição aja com eficiência e segurança observando: superioridade numérica,
superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas
operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s)
infrator(es) da lei;
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
infratora(s) da lei.
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s) acalmá-la(s);
3. Não havendo o cumprimento das determinações apresentadas anteriormente, e esgotando
os meios de resposta disponíveis pela GU na gradação do uso de força, realizar o cerco e
contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das Unidades Especializadas, conforme a
necessidade;
4. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar a busca por socorro médico o mais
rapidamente possível;
5. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) ou mental(is); e tão logo venha a constatação, permanecer
atento, não esmorecendo na segurança, mas respeitando as limitações observadas e
sinalizando com as mãos a intenção da determinação. (Vide POP 202.3)
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O policial desatento permitir que o(s) abordado(s) empreenda(m) fuga;
2. Não adotar a posição adequada para o armamento;
3. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
4. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
5. Deixar de observar os princípios básicos para a abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(m) abordada(s);
6. O policial agir de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser abordada e/ou violar
regras de segurança (linha de tiro);
7. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro policial e do
apoio;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional.
10. O policial não abrigar-se ou abrigar-se e perder o contato visual com o infrator da lei.

ESCLARECIMENTOS:

1. DISPAROS: O policial militar realizará disparos defensivos em curto espaço de tempo em


situação de legítima defesa própria ou de terceiros, caso a agressão recebida seja injusta,
ilegal e iminente contra a vida esgotando-se a possibilidade do uso de outros meios de
controle e defesa. A quantidade de disparos a serem realizadas é de caráter discricionário do
policial militar envolvido diretamente com a ocorrência policial, uma vez que esse naquele
momento deverá analisar no menor espaço de tempo se os disparos realizados foram
suficiente para cessarem a injusta agressão recebida. Não obstante devem ser analisados os
princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência,
estabelecidos conforme dispõem os itens 4, 5 e 9, da Declaração de Princípios Básicos sobre
a Utilização da Força e de Armas de Fogo pelos funcionários Responsáveis pela Aplicação
da Lei, adotada pelo oitavo Congresso das Nações Unidas, para a prevenção do crime e
tratamento dos delinquentes, realizada em Havana, Cuba, de 27 de agosto a 7 de setembro
de 1990.
2. CONFERÊNCIA VISUAL APÓS OS DISPAROS: Procedimento considerado fundamental a
ser realizado pelo Policial Militar que na necessidade da realização dos disparos deverá
necessariamente fazer a varredura e em seguida manter a arma em posição de pronto baixo,
mantendo a visualização no agressor e no ambiente, permanecendo em estado de alerta
diante da necessidade de se realizar outros disparos por motivos diversos tais como: Ter

203 - ABORDAGEM A INFRATOR(ES) DA LEI. 174


errado os disparos, o local alvejado for de baixa eficiência, estar o agressor sob efeito de
substâncias tóxicas aumentando sua resistência aos disparos e o intuito de agressão, estar
o agressor utilizando colete de proteção balística no local em que fora atingido.

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Após o algemamento e busca pessoal – Entrevista e Após o algemamento e busca pessoal – Entrevista e
Condução Condução

203 - ABORDAGEM A INFRATOR(ES) DA LEI. 175


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
204
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(AS) EM FUNDADA
PROCESSO SUSPEITA POR VIATURA QUATRO RODAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Mapa da cidade atualizado e/ou aplicativos de mapas;
4. Relação de veículos furtados /roubados;
5. Relação de foragidos da justiça;
6. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
7. Fita zebrada para isolamento de local de crime;
8. Arma de Incapacitação Neuromuscular;
9. Arma longa para o 3º homem ( Espingarda Gauge 12 ou carabina/submetralhadora cal. 40
ou 9mm).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
2. Deslocamento para o local da ocorrência. (vide POP
Deslocamento. 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência. (vide POP 201.3).
4. Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por
Adoção de medidas específicas. VTR 02 rodas (motocicleta).
Condução. 5. Condução da(s) parte(s). (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na repartição pública
Apresentação da ocorrência. competente. (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência. (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Policia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Art. 1º, inciso I, II e III; art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das partes. Adolescente.
Deslocamento para o local da
ocorrência. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
Fiscalização do veículo e do Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Dec. Lei 667/69
Condutor. artigo 3º letra a.
Preservação e Isolamento de local
de crime. Art. 169 do CPP.
Emprego de Algemas. Art. 234, § 1º, e 242 do CPPM.
Art. 54, inciso I; art. 55, inciso I; art. 244, inciso I e II, todos
Equipamentjo de Proteção
do Código de Trânsito Brasileiro; Resolução n° 203 do
Individual.
CONTRAN (29Set06).
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do
POP-PMGO. Estado de Goiás, de 11 de Novembro de 2004.

204 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(AS) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR QUATRO RODAS 176
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(S) EM
PROCESSO: 204 FUNDADA SUSPEITA.
PROCEDIMENTO: 204.1 Abordagem a veículo ocupado por pessoa(s) em fundada suspeita.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem;
2. Desocupação do veículo pela(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à busca pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A GU, antes de agir, deve certificar-se das condições de segurança do ambiente e
comunicarem-se a fim de que todos tomem conhecimento da abordagem; informando ao
Centro de Operações/CIOSP o local da abordagem;
2. A guarnição dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veículo;
3. A viatura deve ser parada a uma distância segura de aproximadamente 5 (cinco) metros,
atrás do veículo alvo, alinhando o farol direito da viatura entre a placa traseira e a lanterna
esquerda do veículo abordado;
4. As armas devem estar empunhadas na posição pronto baixo;
5. A guarnição permanecerá na posição semi-desembarcada.O 1º homem verbaliza:
“POLÍCIA! DESLIGUE O VEÍCULO! DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”,
“VENHA(M) PARA TRÁS DO VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!” VIRE(M)-SE DE
COSTAS!”, “MÃOS NA CABEÇA, ENTRELACE(M) OS DEDOS!”, “AFASTE(M)-SE UM
DO OUTRO!” (se houver mais de um suspeito), “ABRA(M) AS PERNAS E OLHE(M) PARA
FRENTE!”;
6. Caso o veículo tenha película (insul-film), o 1º homem, determinará para que o passageiro
assim que descer do veículo abra a porta traseira lateral (se houver), da seguinte forma:
“PASSAGEIRO ABRA A PORTA DE TRÁS!”;
7. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo com a arma na posição pronto
baixo e se necessário adotando outro nível do uso da força;
8. Quando o(s) abordado(s) estiver(em) posicionado(s) corretamente os policiais fecham as
portas da VTR e se posicionam à sua frente lado a lado e ligeiramente à retaguarda dos
abordados;
9. Neste momento, o 2º homem permanece na segurança em relação ao(s) abordado(s),
enquanto o 1º homem, com a arma em pronto emprego, utilizará a técnica de redução de
silhueta, tomada de ângulo para verificar se há outra pessoa ou objeto ilícito (visível) no
interior do veículo;
10. O 1º homem ficará encarregado da SEGURANÇA DA BUSCA e deverá posicionar-se ao
lado do 2° Homem mantendo uma distância minima de aproximadamente 02 (dois) metros,
evitando tê-lo em sua linha de tiro, devendo observar atentamente as pessoas abordadas e
terceiros durante a abordagem; chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s)
olhar(es), observando principalmente as mãos e a cintura do(s) abordado(s), e imediações
durante toda a abordagem;
11. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o revistado
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS, SE JÁ NÃO ESTIVER ABRA AS PERNAS
E OLHE PARA FRENTE”, então procede à busca pessoal (vide POP 201.4);
12. Durante a busca, somente a guarnição se movimenta, para permitir melhor angulação da
segurança;
13. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição toma a posição de mão forte na arma, o 1º
homem irá dirigir-se até a calçada, ladeando o veículo abordado e determinará ao(s)
abordado(s) que se posicionem do lado oposto de sua arma, de frente para a rua e com as
mãos para trás e realiza a técnica de entrevista, momento em que perguntará aos
abordados se no interior do veículo há alguma arma, produto ilícito e/ou objetos de valor,

204 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(AS) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR QUATRO RODAS 177
como: dinheiro, jóias, eletrônicos etc. Logo após, o 2º homem recolhe toda a documentação
e procede à busca veicular (vide POP 201.5);
14. Após a busca e checagem veicular, o 2 homem realizará a checagem dos documentos e fará
uma busca no local da abordagem, visando localizar objeto(s) dispensado(s) pelo(os)
abordado(s). Após isso, entregará toda a documentação ao 1 homem, que procederá a
devolução aos seus respectivos proprietários chamando pelo nome;
15. Nada constatado, os policiais serão educados, e o 1º homem procederá a liberação do(s)
abordado(s), informando os motivos da abordagem, inicialmente dizendo: “SENHOR(A)
ESTE É UM PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DA POLÍCIA MILITAR...”; A
guarnição aguardará a saída do(s) abordado(s) do local.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, terceiros e para o(s)
abordado(s);
2. Que a guarnição aja com eficiência e segurança observando: agir preferencialmente com
superioridade numérica, superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual
e demais condutas operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial
por parte do(s) abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local (vide POP 304);
4. Não havendo o cumprimento das determinações e esgotados os meios de resposta
disponíveis pela GU, realizar o cerco e contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das
Unidades Especializadas, conforme a necessidade;
5. Se no uso progressivo da força o infrator se ferir, providenciar socorro pré-hospitalar ou
médico o mais rapidamente possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) ou mental(is); e tão logo venha a constatação, permanecer
atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as limitações observadas e
sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
7. Todas as vezes que a guarnição se afastar da viatura, mesmo que momentaneamente,
deverá fechar os vidros e trancar as portas. Caso a situação impossibilite estas ações, a
chave da viatura deverá ser retirada da ignição e guardada pelo 2º homem.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de proceder a vistoria veicular, bem como, não conferir a documentação do(s)
abordado(s) e do veículo junto ao Centro de Operações/CIOSP;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte do outro policial;
3. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
4. Não adotar a posição pronto baixo para o armamento;
5. Deixar de observar os princípios básicos da abordagem e posicionar incorretamente a(s)
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
6. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
7. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
11. Os policiais se afastarem da viatura deixando-a aberta, destrancada e com a chave na
ignição;
Obs: no caso de viatura composta por 03 (três) policiais, estando ou não portando arma
longa, o 3° Homem deverá permanecer na segurança externa da abordagem, podendo
auxiliar em caso de necessidade (a critério do comandante da guarnição).

204 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(AS) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR QUATRO RODAS 178
ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Checagem no interior do veiculo Checagem no interior do veiculo

Fig. 09 Fig. 10
Busca pessoal Busca pessoal

204 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(AS) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR QUATRO RODAS 179
Fig. 11 Fig. 12
Entrevista e liberação Entrevista e liberação

204 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(AS) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR QUATRO RODAS 180
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
205
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI
PROCESSO POR VIATURA QUATRO RODAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Mapa da cidade atualizado e/ou aplicativos de mapas;
4. Relação de veículos furtados /roubados;
5. Relação de foragidos da justiça;
6. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
7. Fita zebrada para isolamento de local de crime;
8. Arma de Incapacitação Neuromuscular;
9. Arma longa para o 3º homem ( Espingarda Gauge 12 ou carabina/submetralhadora cal. 40
ou 9mm).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
2. Deslocamento para o local da ocorrência. (vide POP
Deslocamento. 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência. (vide POP 201.3).
4. Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por
Adoção de medidas específicas. VTR 02 rodas (motocicleta).
Condução. 5. Condução da(s) parte(s). (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na repartição pública
Apresentação da ocorrência. competente. (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência. (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Art. 1º, inciso I, II e III; art. 178 do Estatuto da Criança e
Condução das partes. do Adolescente.
Deslocamento para o local da
ocorrência. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
Fiscalização do veículo e do Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Dec. Lei 667/69
Condutor. artigo 3º letra a.
Preservação e Isolamento de local Art. 169 do CPP.
de crime.
Emprego de Algemas. Art. 234, § 1º, e 242 do CPPM.
Art. 54, inciso I; art. 55, inciso I; art. 244, inciso I e II, todos
Equipamento de Proteção Individual. do Código de Trânsito Brasileiro; Resolução n° 203 do
CONTRAN (29Set06).
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do
POP-PMGO. Estado de Goiás, de 11 de Novembro de 2004.

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 181
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA
PROCESSO: 205 LEI POR VIATURA QUATRO RODAS.
Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por viatura
PROCEDIMENTO: 205.1
quatro rodas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) do veículo para ser(em) submetido(s) à busca pessoal;
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A Guarnição ao deparar com veículo ocupado por infrator(es) da lei, permanece no
acompanhamento e solicita apoio, assim que possível ao Centro de Operações/CIOSP, o
envio de uma viatura para apoiar a abordagem do veículo;
2. O veículo é acompanhado pela guarnição que, durante o deslocamento vai transmitindo via
rádio ao Centro de Operações/CIOSP, as sucessivas posições ocupadas pelo veículo alvo
e o sentido de sua trajetória, a fim de que seja realizado o cerco policial e a abordagem;
3. A guarnição dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veículo;
4. A viatura deve ser parada a uma distância segura de aproximadamente 5 (cinco) metros,
atrás do veículo alvo alinhando o farol direito da viatura entre a placa traseira e a lanterna
esquerda do veículo abordado;
5. As armas devem estar empunhadas na posição pronto emprego e a guarnição
permanecerá na posição semi-desembarcada. O 1º homem verbaliza: “POLÍCIA!
DESLIGUE O VEÍCULO!”, “DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M)
PARA TRÁS DO VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO
PARA MIM;
6. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário adotando outro nível do uso da força;
7. Quando o(s) suspeito(s) atingir(em) a metade da distância entre o veículo e a viatura, o 1º
homem determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E PALMAS DAS MÃOS
PARA CIMA!”;
8. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente, é que a
guarnição irá desembarcar, fechar as portas da VTR e fazer a aproximação com arma em
pronto emprego.
9. Neste momento, o 2º homem permanece na segurança em relação ao(s) abordado(s),
enquanto o 1º homem, com a arma em pronto emprego, utilizará a técnica de redução de
silhueta, tomada de ângulo para verificar se há outra pessoa ou objeto ilícito (visível) no
interior do veículo;
10. O comandante da guarnição) ficará encarregado da SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO E
DA BUSCA, mantendo-se há uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, com a
arma em pronto emprego, evitando ter o outro componente da guarnição em sua linha de
tiro; devendo observar atentamente o(os) abordado(os), chamando sempre a atenção,
quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância das mãos e/ou das
imediações, durante toda a abordagem;
11. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o infrator
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento e a busca
pessoal (vide POP 102 e 201.4);
12. Durante a busca pessoal o 1º homem se posicionará a uma distância segura dos abordados,
atento as suas ações, principalmente com as suas mãos;
13. Os infratores, um por vez, serão revistados e posteriormente conduzidos pelo 2º homem,
sendo colocados sentados na calçada ao lado do 1º homem, do lado oposto de sua arma;
14. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 182
documentação será recolhida pelo 2º homem (1ª viatura);
15. Logo após, o 2º homem procederá à busca veicular (vide POP 201.5);
16. Após a busca e checagem veicular, o 2º homem recolherá e realizará a checagem dos
documentos e fará uma busca no local da abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s)
dispensados pelo(s) abordado(s). Após isso, entregará toda a documentação ao 1º homem;
17. Constatado que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá solicitar
apoio, a fim de providenciar a condução desta separadamente para a repartição pública
competente ou ao Pronto Socorro. A guarnição(1° viatura) deverá conduzir os infratores,
assim como materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, terceiros e para o(s)
abordado(s);
2. Que a guarnição aja com eficiência e segurança observando: agir preferencialmente com
superioridade numérica, superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual
e demais condutas operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial
por parte do(s) abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s)
pessoa(s) abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local (vide POP 304);
4. Não havendo o cumprimento das determinações e esgotados os meios de resposta
disponíveis pela GU, realizar o cerco e contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das
Unidades Especializadas, conforme a necessidade;
5. Se no uso progressivo da força o infrator se ferir, providenciar socorro pré-hospitalar ou
médico o mais rapidamente possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) ou mental(is); e tão logo venha a constatação, permanecer
atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as limitações observadas e
sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
7. Todas as vezes que a guarnição se afastar da viatura, mesmo que momentaneamente,
deverá fechar os vidros e trancar as portas. Caso a situação impossibilite estas ações, a
chave da viatura deverá ser retirada da ignição e guardada pelo 2º homem.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de proceder a vistoria veicular, bem como, não conferir a documentação do(s)
abordado(s) e do veículo junto ao Centro de Operações/CIOSP;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte do outro policial;
3. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
4. Não adotar a posição pronto baixo para o armamento;
5. Deixar de observar os princípios básicos da abordagem e posicionar incorretamente a(s)
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
6. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
7. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
11. Os policiais se afastarem da viatura deixando-a aberta, destrancada e com a chave na
ignição;

ESCLARECIMENTOS:

Obs 1: No caso de viatura composta por 03 (três) policiais, estando ou não portando arma
longa, o 3° Homem deverá permanecer na segurança externa da abordagem, podendo
auxiliar na abordagem em caso de necessidade.

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 183
Obs 2: A busca pessoal e veicular inicial é atribuição do 2° homem (1ª viatura), todavia,
poderá ser realizada por outro policial militar da primeira ou segunda viatura participantes
da abordagem. Executando-se tal procedimento, o policial militar que irá realizá-lo deverá
trocar de função com o 2° homem (1ª viatura).
ILUSTRAÇÕES:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Checagem no interior do veiculo Checagem no interior do veiculo

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 184
Fig. 09 Fig. 10
Após o algemamento e busca pessoal e busca Após o algemamento e busca pessoal e busca
veicular Entrevista e condução veicular Entrevista e condução

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 185
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADA POR INFRATOR(ES)
PROCESSO: 205 DA LEI COM APOIO DE VIATURA DUAS RODAS.
Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei com
PROCEDIMENTO: 205.2
apoio de viatura duas rodas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) do veículo para ser(em) submetido(s) à busca pessoal.
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A Guarnição ao deparar com veículo ocupado por infrator(es) da lei permanece no
acompanhamento e solicita assim que possível, ao Centro de Operações/CIOSP, o envio de
uma viatura para apoiar a abordagem do veículo;
2. O veículo é acompanhado pela guarnição que, durante o deslocamento vai transmitindo via
rádio ao Centro de Operações/CIOSP, as sucessivas posições ocupadas pelo veículo alvo
e o sentido de sua trajetória, a fim de que seja realizado o cerco policial e a abordagem;
3. A guarnição dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veículo;
4. A viatura deve ser parada a uma distância segura de aproximadamente 5 (cinco) metros,
atrás do veículo alvo alinhando o farol direito da viatura entre a placa traseira e a lanterna
esquerda do veículo abordado;
5. Quando presente a segunda guarnição (viaturas duas rodas), estas se posicionarão de
acordo com o POP 209.1;
6. As armas devem estar empunhadas na posição pronto emprego, a guarnição permanecerá
na posição semidesembarcada, o 1º homem (1ª viatura), verbaliza: “POLÍCIA! DESLIGUE
O VEÍCULO!”, “DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO
VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO PARA MIM;
7. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário adotando outro nível do uso da força;
8. Quando o(s) suspeito(os) atingir(em) a metade da distância entre o veículo e a 1ª viatura, o
1º homem determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E PALMAS DAS
MÃOS PARA CIMA!”;
9. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá desembarcar, fechar as portas da VTR e fazer a aproximação com arma na
posição de pronto emprego;
10. Simultaneamente, o 1º homem (viatura duas rodas) se posicionará do lado do 1º homem (1ª
viatura) na função de segurança em relação ao(s) abordado(os) com a arma na posição de
pronto emprego, enquanto o 2º homem (viatura duas rodas) irá se posicionar ao lado do 2º
homem (1ª viatura), com arma na posição pronto emprego apoiando se necessário no
algemamento, na busca pessoal e busca veicular; o 3° homem (viatura duas rodas)
permanecerá no controle de fluxo do trânsito e de pedestres e na segurança da periférica;
11. Neste momento, o 2º homem (1ª viatura) permanece na segurança em relação ao(s)
abordado(s), enquanto o 1º homem (1ª viatura), com a arma na posição pronto emprego,
utilizará a técnica de redução de silhueta, tomada de ângulo para verificar se há outra pessoa
ou objeto ilicito (visivel) no interior do veículo;
12. O comandante da 1ª viatura e o comandante da viatura duas rodas ficarão encarregados da
SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO E DA BUSCA, mantendo-se há uma distância mínima
de aproximadamente 2 (dois) metros, com a arma em pronto emprego, evitando ter o outro
componente da guarnição em sua linha de tiro, devendo observar atentamente o(os)
abordado(os) chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não
perdendo a vigilância das mãos e/ou das imediações, durante toda a abordagem;

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 186
13. O 2º homem (1ª viatura) coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que
o infrator tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e
determina: “MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento e a
busca pessoal (vide POP 102 e 201.4);
14. Durante a busca pessoal, o 1º homem (1ª viatura) e o 1º homem (viatura duas rodas), se
posicionarão a uma distância segura dos abordados, atento as suas ações, principalmente
com as suas mãos;
15. O(s) infrator(es), um por vez, serão revistados e posteriormente conduzidos pelo 2º homem
(1ª viatura), sendo colocados sentados na calçada ao lado oposto da arma do 1º homem (1ª
viatura); em havendo mais de um infrator da lei, o 1º homem (viatura duas rodas)
permanecerá na segurança da busca pessoal e posteriormente irá para a calçada auxiliar na
técnica de entrevista;
16. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a
documentação será recolhida pelo 2º homem (1ª viatura);
17. Durante a entrevista, o 2º homem (viatura duas rodas) recolhe o capacete dos policiais,
colocando-os em suas respectivas motocicletas;
18. Logo após, o 2º homem (1ª viatura) procederá à busca veicular (vide POP 201.5);
19. Após a busca e checagem veicular, o 2º homem (1ª viatura) realizará a checagem dos
documentos e fará uma busca no local da abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s)
dispensados pelo(s) abordado(s). Em seguida, entregará toda a documentação ao 1º homem
(1ª viatura);
20. Constatado que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá solicitar
apoio a fim de providenciar a condução desta separadamente, para a repartição pública
competente ou ao Pronto Socorro, e a guarnição (1ª viatura), deverá conduzir os infratores,
assim como materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, terceiros e para o(s)
abordado(s);
2. Que a guarnição aja preferencialmente com superioridade numérica, superioridade de
armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas operacionais que
minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s) abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s)
pessoa(s) abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local (vide POP 304);
4. Não havendo o cumprimento das determinações e esgotados os meios de resposta
disponíveis pela GU, realizar o cerco e contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das
Unidades Especializadas, conforme a necessidade;
5. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro médico o mais rapidamente
possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is); e tão logo venha a
constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as
limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
7. Todas as vezes que a guarnição se afastar da viatura, mesmo que momentaneamente,
deverá fechar os vidros e trancar as portas. Caso a situação impossibilite estas ações, a
chave da viatura deverá ser retirada da ignição e guardada pelo 2º homem (1ª viatura).
POSSIBILIDADES DE ERRO

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 187
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado.
2. Não adotar a posição de pronto emprego para o armamento;
3. Deixar de observar os princípios básicos para a abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(m) abordada(s);
4. O policial violar regras de segurança apontando a arma de forma não intencional para o seu
companheiro e/ou terceiros (linha de tiro);
5. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
7. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro policial e do
apoio;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Não realizar o bloqueio do fluxo de veículos e pedestres no local da abordagem, bem como,
não realizar a segurança da retaguarda;
11. Os policiais se afastarem da viatura deixando-a aberta, destrancada e com a chave na
ignição;

ESCLARECIMENTOS:
Obs 1: No caso de viatura composta por 03 (três) policiais, estando ou não portando arma
longa, o 3° Homem deverá permanecer na segurança externa da abordagem, podendo
auxiliar na abordagem em caso de necessidade.
Obs 2: A busca pessoal e veicular inicial é atribuição do 2° homem (1ª viatura), todavia,
poderá ser realizada por outro policial militar da primeira ou segunda viatura, participantes
da abordagem. Executando-se tal procedimento, o policial militar que irá realizá-lo, deverá
trocar de função com o 2° homem (1ª viatura).
ILUSTRAÇÕES:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 188
Fig. 07 Fig. 08
Checagem no interior do veiculo Checagem no interior do veiculo

Fig. 09 Fig. 10
Após o algemamento e busca pessoal e busca Após o algemamento e busca pessoal e busca
veicular Entrevista e condução veicular Entrevista e condução

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 189
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A VEICULO OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA
PROCESSO: 205
LEI COM APOIO DE VIATURA DUAS RODAS.
Abordagem a veiculo ocupada por infrator(es) da lei com apoio de
PROCEDIMENTO: 205.3
viatura duas rodas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) do veículo para ser(em) submetido(s) à busca pessoal.
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A Guarnição ao deparar com veículo ocupado por infrator(es) da lei permanece no
acompanhamento e solicita assim que possível, ao Centro de Operações/CIOSP, o envio de
umaviatura para apoiar a abordagem do veículo;
2. O veículo é acompanhado pela guarnição que, durante o deslocamento vai transmitindo via
radio ao Centro de Operações/CIOSP as sucessivas posições ocupadas pelo veículo alvo e
o sentido de sua trajetória, a fim de que seja realizado o cerco policial e a abordagem;
3. A guarnição dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veículo;
4. A viatura deve ser parada a uma distância segura de aproximadamente 5 (cinco) metros, atrás
do veículo alvo alinhando o farol direito da viatura entre a placa traseira e a lanterna esquerda
do veículo abordado;
5. Quando presente a s e g u n d a g u a r n i ç ã o ( viaturas duas rodas) e s t a s se posicionarão
de acordo com o POP 209.1;
6. As armas devem estar empunhadas na posição pronto emprego, a guarnição permanecerá
na posição semidesembarcado, o 1º homem (1ª viatura) verbaliza: “POLÍCIA! DESLIGUE O
VEÍCULO!”, “DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO
VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO PARA MIM;
7. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário adotando outro nível do uso da força;
8. Quando o(s) suspeito(os) atingir(em) a metade da distância entre o veiculo e a 1ª viatura, o
1º homem determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E PALMAS DAS
MÃOS PARA CIMA!”;
9. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá desembarcar, fechar as portas da VTR e fazer a aproximação com arma na
posição de pronto emprego;
10. Simultaneamente o 1º homem (viatura duas rodas) se posicionará do lado esquerdo do 2º
homem (1ª viatura) na função de segurança em relação ao(s) aboradado(os) com a arma na
posição de pronto emprego enquanto o 2º homem (viatura duas rodas) irá se posicionar ao
lado do 2º homem (1ª viatura), com arma na posição pronto emprego apoiando se
necessario no algemamento, na busca pessoal e busca veicular; o 3° homem (viatura duas
rodas) permanecerá no contrle de fluxo do trânsito e de pedestres e na segurança da
periférica;
11. Neste momento, o 2º homem (1ª viatura) permanece na segurança em relação ao(s)
abordado(s), enquanto o 1º homem (1ª viatura), com a arma na posição pronto emprego,
utilizará a técnica de redução de silhueta, tomada de ângulo para verificar se há outra pessoa
ou objeto ilicito (visivel) no interior do veículo;
12. O comandante da 1ª viatura e o comandante da viatura duas rodas ficarão encarregados da
SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO E DA BUSCA, mantendo-se há uma distância minima
de aproximadamente 2(dois) metros, com a arma em pronto emprego, evitando ter o outro
componente da guarnição em sua linha de tiro, devendo observar atentamente o(os)
abordado(os) chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não
perdendo a vigilância das mãos e/ou das imediações, durante toda a abordagem;
13. O 2º homem (1ª viatura) coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 190
o infrator tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e
determina: “MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento
e a busca pessoal (vide POP 102 e 201.4);
14. Durante a busca pessoal o 1º homem (1ª viatura) e o 1º homem (viatura duas rodas) se
posicionarão a uma distância segura dos abordados, atento as suas ações, principalmente
com as suas mãos;
15. O(s) infrator(es), um por vez, serão revistados e posteriormente conduzidos pelo 2º homem
(1ª viatura), sendo colocados sentados na calçada ao lado oposto da arma do 1º homem (1ª
viatura); em havendo mais de um infrator da lei o 1º homem (viatura duas rodas) permanecerá
na segurança da busca pessoal e posteriormente irá para a calçada auxiliar na técnica de
entrevista;
16. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, sera
recolhida toda a documentação pelo 2º homem (1ª viatura);
17. Durante a entrevista o 2º homem (viatura duas rodas) recolhe o capacete dos policiais,
colocando-os em suas respectivas motocicletas;
18. Logo após, o 2º homem (1ª viatura) procederá à busca veicular (vide POP 201.5);
19. Após a busca e checagem veicular o 2º homem (1ª viatura) realizará a checagem dos
documentos e fará uma busca no local da abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s)
dispensados pelo(s) abordado(s). Após isso entregará toda a documentação ao 1º homem
(1ª viatura);
20. Constatado que algum dos detidos está na condição de vítima, a guarnição deverá solicitar
apoio a fim de providenciar a condução, desta à parte para a repartição pública competente
ou ao Pronto Socorro e a guarnição (1ª viatura) deverá conduzir os infratores, assim como
materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, terceiros e para o(s)
abordado(s);
2. Que a guarnição aja preferencialmente com superioridade numérica, superioridade de
armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas operacionais que
minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s) abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s)
pessoa(s) abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de forma
que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de abrigos, ou
coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local (vide POP 304);
4. Não havendo o cumprimento das determinações e esgotados os meios de resposta
disponíveis pela GU, realizar o cerco e contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das
Unidades Especializadas, conforme a necessidade;
5. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro médico o mais rapidamente
possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is); e tão logo venha a
constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as
limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
7. Todas as vezes que a guarnição se afastar da viatura, mesmo que momentaneamente, deverá
fechar os vidros e trancar as portas. Caso a situação impossibilite estas ações a chave da
viatura deverá ser retirada da ignição e guardada pelo 2º homem (1ª viatura).
POSSIBILIDADES DE ERRO

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 191
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado.
2. Não adotar a posição de pronto emprego para o armamento;
3. Deixar de observar os princípios básicos para a abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(m) abordada(s);
4. O policial violar regras de segurança apontando a arma de forma não intencional para o seu
companheiro e/ou terceiros (linha de tiro);
5. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
7. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro policial e do
apoio;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Não realizar o bloqueio do fluxo de veículos e pedestres no local da abordagem, bem como,
não realizar a segurança da retaguarda;
11. Os policiais se afastarem da viatura deixando-a aberta, destrancada e com a chave na
ignição;

1.A.1.1.1.1 ESCLARECIMENTOS:

Obs 1: no caso de vitura composta por 03(tres) policiais, estando ou não o 3° Homem esteja
portando arma longa o 3° Homem deverá permanecer na segurança externa da abordagem.
Obs 2: A busca pessoal e veicular inicial é atribução do 2° homem (1ª viatura), todavia,
poderá ser realizada por outro policial militar da primeira ou segunda viatura participantes
da abordagem. Executando-se tal procedimento o policial militar que irá realiza-lo deverá
trocar de função com o 2° homem (1ª viatura).

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 192
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Checagem no interior do veiculo Checagem no interior do veiculo

Fig. 09 Fig. 10
Após o algemamento e busca pessoal e busca Após o algemamento e busca pessoal e busca
veicular Entrevista e condução veicular Entrevista e condução

205 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOROR (ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 193
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
206
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM
PROCESSO FUNDADA SUSPEITA POR VIATURA QUATRO RODAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Mapa da cidade atualizado e/ou aplicativos de mapas;
4. Relação de veículos furtados /roubados;
5. Relação de foragidos da justiça;
6. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
7. Fita zebrada para isolamento de local de crime;
8. Arma de Incapacitação Neuromuscular;
9. Arma longa para o 3º homem ( Espingarda Gauge 12 ou carabina/submetralhadora cal. 40
ou 9mm).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
2. Deslocamento para o local da ocorrência. (vide POP
Deslocamento. 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência. (vide POP 201.3).
4. Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por
Adoção de medidas específicas. VTR 02 rodas (motocicleta).
Condução. 5. Condução da(s) parte(s). (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na repartição pública
Apresentação da ocorrência. competente. (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência. (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Policia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Art. 1º, inciso I, II e III; art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das partes. Adolescente.
Deslocamento para o local da
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Fiscalização do veículo e do Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Dec. Lei 667/69
condutor. artigo 3º letra a.
Preservação e isolamento de
Art. 169 do CPP.
local de crime.
Emprego de algemas. Art. 234, § 1º, e 242 do CPPM.
Art. 54, inciso I; art. 55, inciso I; art. 244, inciso I e II, todos
Equipamento de Proteção
do Código de Trânsito Brasileiro; Resolução n° 203 do
Individual.
CONTRAN (29Set06).
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do
POP-PMGO. Estado de Goiás, de 11 de Novembro de 2004.

206 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR QUATRO RODAS 194
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM
PROCESSO: 206 FUNDADA SUSPEITA POR VIATURA QUATRO RODAS.
Abordagem a motocicleta ocupada por pessoa(s) em fundada
PROCEDIMENTO: 206.1 Suspeita por viatura quatro rodas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem;
2. Desocupação do(s) ocupante(s) da motocicleta para ser(em) submetido(s) à busca pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A GU, antes de agir, deve certificar-se das condições de segurança do ambiente e
comunicar- se a fim de que todos tomem conhecimento da abordagem, informando ao
Centro de Operações/CIOSP, o local da abordagem;
2. A guarnição dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veiculo;
3. A viatura é parada a distância segura de aproximadamente 5 (cinco) metros, tendo a
motocicleta alinhada ao centro da viatura farol direito da viatura;
4. As armas devem estar empunhadas na posição pronto baixo;
5. A guarnição permanecerá na posição semidesembarcada. O 1º homem verbaliza:
"POLÍCIA! DESLIGUE A MOTO! COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA E NÃO
RETIRE(M) O CAPACETE!”, “DESÇAM COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M)
PARA TRÁS DO VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!” “VIRE(M)-SE DE COSTAS!”,
“MÃOS NA CABEÇA, ENTRELACE(M) OS DEDOS!”, “AFASTE(M)-SE UM DO OUTRO!”
(se houver mais de um suspeito), “ABRA(M) AS PERNAS E OLHE(M) PARA FRENTE!”;
6. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo com a arma na posição pronto
baixo e se necessário adotando outro nível do uso da força;
7. Quando o(s) abordado(s) estiver(em) posicionado(s) corretamente, os policiais fecham as
portas da VTR e se posicionam a sua frente lado a lado e ligeiramente à retaguarda dos
abordados;
8. Neste momento, o 2º homem permanece na segurança em relação ao(s) abordado(s),
enquanto o 1º homem, com a arma em pronto emprego, utilizará a técnica de redução de
silhueta, tomada de ângulo, para verificar se há outra pessoa ou objeto ilícito (visível) no
interior do veículo;
9. O 1º homem ficará encarregado da SEGURANÇA DA BUSCA e deverá posicionar-se ao
lado do 2° Homem mantendo uma distância mínima de aproximadamente 02 (dois) metros,
evitando tê-lo em sua linha de tiro, devendo observar atentamente as pessoas abordadas e
terceiros durante a abordagem; chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s)
olhar(es), observando principalmente as mãos e a cintura do(s) abordado(s), e imediações
durante toda a abordagem;
10. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o revistado
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS, SE JÁ NÃO ESTIVER, ABRA AS PERNAS
E OLHE PARA FRENTE”, então procede à busca pessoal (vide POP 201.4);
11. Durante a busca, somente a guarnição se movimenta, para permitir melhor angulação da
segurança;
12. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição toma a posição de mão forte na arma, o 1º
homem irá dirigir-se até a calçada, ladeando o veículo abordado e determina ao(s)
abordado(s) que se posicionem do lado oposto de sua arma, de frente para a rua e com as
mãos para trás;
13. O 2º homem irá retirar os capacetes do(s) abordado(os) , recolherá e realizará a checagem

206 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR QUATRO RODAS 195
dos documentos e fará as buscas na motocicleta e no local da abordagem, visando localizar
objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Logo após, entregará toda a
documentação ao 1º homem, que irá proceder a devolução aos seus respectivos
proprietários;
14. Nada constatado, os policiais serão educados e o 1º homem procederá a liberação do(s)
abordado(s), informando os motivos da abordagem, inicialmente dizendo: “SENHOR(A)
ESTE É UM PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DA POLÍCIA MILITAR...”;
15. A guarnição aguardará a saída do(s) abordado(s) do local.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, população circulante
e para os abordado(s);
2. Que a guarnição aja com eficiência e segurança observando: agir preferencialmente com
superioridade numérica, superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual
e demais condutas operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial
por parte do(s) abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local (vide POP 304);
4. Não havendo o cumprimento das determinações e esgotados os meios de resposta
disponíveis pela GU, realizar o cerco e contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das
Unidades Especializadas, conforme a necessidade;
5. Se no uso progressivo da força o infrator se ferir, providenciar socorro pré-hospitalar ou
médico o mais rapidamente possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) ou mental(is); e tão logo venha a constatação, permanecer
atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as limitações observadas e
sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
7. Todas as vezes que a guarnição se afastar da viatura, mesmo que momentaneamente,
deverá fechar os vidros e trancar as portas. Caso a situação impossibilite estas ações, a
chave da viatura deverá ser retirada da ignição e guardada pelo 2º homem.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de proceder a vistoria veicular, bem como, não conferir a documentação do(s)
abordado(s) e do veículo junto ao Centro de Operações/CIOSP;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte do outro policial;
3. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
4. Não adotar a posição pronto baixo para o armamento;
5. Deixar de observar os princípios básicos da abordagem e posicionar incorretamente a(s)
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
6. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
7. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
11. Os policiais se afastarem da viatura deixando-a aberta, destrancada e com a chave na
ignição.

206 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR QUATRO RODAS 196
ESCLARECIMENTOS

Obs: no caso de viatura composta por 03 (três) policiais, estando ou não portando arma
longa, o 3° Homem deverá permanecer na segurança externa da abordagem, podendo
auxiliar em caso de necessidade.

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Busca pessoal Busca pessoal

206 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR QUATRO RODAS 197
Fig. 09 Fig. 10
Retirada do capacete Retirada do capacete

Fig. 11 Fig. 12
Entrevista e liberação Entrevista e liberação

206 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR QUATRO RODAS 198
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
207
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI
PROCESSO POR VIATURA QUATRO RODAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Mapa da cidade atualizado e/ou aplicativos de mapas;
4. Relação de veículos furtados /roubados;
5. Relação de foragidos da justiça;
6. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
7. Fita zebrada para isolamento de local de crime;
8. Arma de Incapacitação Neuromuscular;
9. Arma longa para o 3º homem ( Espingarda Gauge 12 ou carabina/submetralhadora cal. 40
ou 9mm).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
2. Deslocamento para o local da ocorrência. (vide POP 201.2).
Deslocamento.
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência. (vide POP 201.3).
4. Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por VTR
Adoção de medidas 02 rodas (motocicleta).
específicas.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s). (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na repartição pública
Apresentação da ocorrência. competente. (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência. (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Art. 1º, inciso I, II e III; art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das partes.
Adolescente.
Deslocamento para o local da
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Fiscalização do veículo e do Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Dec. Lei 667/69
Condutor. artigo 3º letra a.
Preservação e Isolamento de
Art. 169 do CPP.
local de crime.
Emprego de Algemas. Art. 234, § 1º, e 242 do CPPM.
Art. 54, inciso I; art. 55, inciso I; art. 244, inciso I e II, todos do
Equipamento de Proteção
Código de Trânsito Brasileiro; Resolução n° 203 do CONTRAN
Individual.
(29Set06).
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO.
de Goiás, de 11 de Novembro de 2004.

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 199
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES)
PROCESSO: 207 DA LEI.
PROCEDIMENTO: 207.1 Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) da motocicleta para ser(em) submetido(s) à busca pessoal.
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A Guarnição ao deparar com veículo ocupado por infrator(es) da lei, permanece no
acompanhamento e solicita apoio assim que possível, ao Centro de Operações/CIOSP, o
envio de uma viatura para apoiar a abordagem do veículo;
2. O veículo é acompanhado pela guarnição que, durante o deslocamento vai transmitindo via
rádio ao Centro de Operações/CIOSP, as sucessivas posições ocupadas pelo veículo alvo
e o sentido de sua trajetória, a fim de que seja realizado o cerco policial e a abordagem;
3. A guarnição dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veículo;
4. A viatura deve ser parada a uma distância segura de aproximadamente 5 (cinco) metros,
atrás do veículo alvo alinhando o farol direito da viatura entre a placa traseira e a lanterna
esquerda do veículo abordado;
5. As armas devem estar empunhadas na posição pronto emprego, a guarnição
permanecerá na posição seimidesembarcada. O 1º homem verbaliza: “POLÍCIA!
DESLIGUE A MOTO! COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA E NÃO RETIRE(M) O
CAPACETE!”, “DESÇAM COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO
VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO PARA MIM!”;
6. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário adotando outro nível do uso da força;
7. Quando o(s) suspeito(os) atingir a metade da distância entre a motocicleta e a 1ª viatura, o
1º homem determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E PALMAS DAS
MÃOS PARA CIMA!”;
1. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá desembarcar, fechar as portas da VTR e fazer a aproximação com arma em
pronto emprego;
2. Neste momento, o 2º homem permanece na segurança em relação ao(s) abordado(s),
enquanto o 1º homem, com a arma em pronto emprego, utilizará a técnica de redução de
silhueta, tomada de ângulo, para verificar se há outra pessoa ou objeto ilícito(visível) no
interior do veículo;
3. O comandante da guarnição ficará encarregado da SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO E
DA BUSCA, mantendo-se há uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, com a
arma em pronto emprego, evitando ter o outro componente da guarnição em sua linha de
tiro, devendo observar atentamente o(os) abordado(os), chamando sempre a atenção,
quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância das mãos e/ou das
imediações, durante toda a abordagem;
8. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o infrator
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento e a busca
pessoal (vide POP 102 e 201.4);
9. Durante a busca pessoal, o 1º homem se posicionará a uma distância segura dos
abordados, atento as suas ações, principalmente com as suas mãos;
10. Os infratores, um por vez, serão revistados e posteriormente conduzidos pelo 2º homem,
sendo colocados sentados na calçada ao lado do 1º homem, do lado oposto de sua arma;

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 200
11. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a
documentação será recolhida pelo 2º homem ;
12. Logo após, o 2º homem procederá à busca veicular (vide POP 201.5);
13. Após a busca e checagem veicular o 2º homem realizará a checagem dos documentos e
fará uma busca no local da abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados
pelo(s) abordado(s). Em seguida, entregará toda a documentação ao 1º homem;
14. Constatado que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá solicitar
apoio a fim de providenciar a condução desta,separadamente para a repartição pública
competente ou ao Pronto Socorro. A guarnição(1° viatura), deverá conduzir os infratores,
assim como materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, terceiros e para o(s)
abordado(s);
2. Que a guarnição aja com eficiência e segurança observando: agir preferencialmente com
superioridade numérica, superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual
e demais condutas operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial
por parte do(s) abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s)
pessoa(s) abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local (vide POP 304);
4. Não havendo o cumprimento das determinações e esgotados os meios de resposta
disponíveis pela GU, realizar o cerco e contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das
Unidades Especializadas, conforme a necessidade;
5. Se no uso progressivo da força o infrator se ferir, providenciar socorro pré-hospitalar ou
médico o mais rapidamente possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) ou mental(is); e tão logo venha a constatação, permanecer
atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as limitações observadas e
sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
7. Todas as vezes que a guarnição se afastar da viatura, mesmo que momentaneamente,
deverá fechar os vidros e trancar as portas. Caso a situação impossibilite estas ações, a
chave da viatura deverá ser retirada da ignição e guardada pelo 2º homem.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de proceder a vistoria veicular, bem como, não conferir a documentação do(s)
abordado(s) e do veículo junto ao Centro de Operações/CIOSP;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte do outro policial;
3. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
4. Não adotar a posição pronto baixo para o armamento;
5. Deixar de observar os princípios básicos da abordagem e posicionar incorretamente a(s)
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
6. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
7. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
11. Os policiais se afastarem da viatura deixando-a aberta, destrancada e com a chave na
ignição.

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 201
ESCLARECIMENTOS:
Obs: no caso de viatura composta por 03(três) policiais, estando ou não portando arma longa, o
3° Homem deverá permanecer na segurança externa da abordagem, podendo auxiliar em caso
de necessidade.

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Após o algemamento, busca pessoal e busca Após o algemamento, busca pessoal e busca
veicular Entrevista e condução veicular Entrevista e condução

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 202
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES)
PROCESSO: 207 DA LEI COM APOIO DE VIATURA QUATRO RODAS.
Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei com apoio de
PROCEDIMENTO: 207.2
viatura quatro rodas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) da motocicleta para ser(em) submetido(s) à busca pessoal.
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A Guarnição ao deparar com veículo ocupado por infrator(es) da lei permanece no
acompanhamento e solicita assim que possível, ao Centro de Operações/CIOSP, o envio de
uma viatura para apoiar a abordagem do veículo;
2. O veículo é acompanhado pela guarnição que, durante o deslocamento vai transmitindo via
rádio ao Centro de Operações/CIOSP, as sucessivas posições ocupadas pelo veículo alvo
e o sentido de sua trajetória, a fim de que seja realizado o cerco policial e a abordagem;
3. A guarnição dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veículo;
4. A viatura deve ser parada a uma distância segura de aproximadamente 5 (cinco) metros,
atrás do veículo alvo alinhando o farol direito da viatura entre a placa traseira e a lanterna
esquerda do veículo abordado;
5. Quando presente a segunda guarnição (2ª viatura), esta se posicionará à retaguarda e na
diagonal em relação a 1ª viatura, bloqueando o fluxo de pedestres e veículos no local da
abordagem;
6. As armas devem estar empunhadas na posição pronto emprego, e a guarnição
permanecerá na posição semidesembarcada. O 1º homem (1ª viatura) verbaliza: “POLÍCIA!
DESLIGUE A MOTO! COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA E NÃO RETIRE(M) O
CAPACETE!”, “DESÇAM COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA (M) PARA TRÁS DO
VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO PARA MIM!”;
7. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário, adotando outro nível do uso da força;
8. Quando o(s) suspeito(os) atingir(em) a metade da distância entre a motocicleta e a 1ª viatura,
o 1º homem (1ª viatura) determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E
PALMAS DAS MÃOS PARA CIMA!”;
9. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá desembarcar, fechar as portas da VTR e fazer a aproximação com arma na
posição de pronto emprego;
10. Simultaneamente o 1º homem (2ª viatura) se posicionará do lado esquerdo do 2º homem (1ª
viatura) na função de segurança em relação ao(s) abordado(os) com a arma na posição de
pronto emprego, enquanto o 2º homem (2ª viatura), irá se posicionar à esquerda da sua
viatura, com arma na posição pronto baixo permanecendo na segurança da periférica;
11. O comandante da 1ª viatura e o comandante da 2ª viatura ficarão encarregados da
SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO E DA BUSCA, mantendo-se há uma distância mínima
de aproximadamente 2 (dois) metros, com a arma em pronto emprego, evitando ter o outro
componente da guarnição em sua linha de tiro, devendo observar atentamente o(os)
abordado(os) chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não
perdendo a vigilância das mãos e/ou das imediações, durante toda a abordagem;
12. O 2º homem (1ª viatura) coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que
o infrator tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e
determina: “MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento
e a busca pessoal (vide POP 102 e 201.4);
13. Durante a busca pessoal, o 1º homem (1ª viatura) e o 1º homem (2ª viatura) se posicionarão
a uma distância segura dos abordados, atento as suas ações, principalmente com as suas
mãos;

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 203
14. O(s) infrator(es), um por vez, serão revistados e posteriormente conduzidos pelo 2º homem
(1ª viatura), sendo colocados sentados na calçada ao lado oposto da arma do 1º homem
(1ª viatura); em havendo mais de um infrator da lei, o 1º homem (2ª viatura) permanecerá na
segurança da busca pessoal e posteriormente irá para a calçada auxiliar na técnica de
entrevista;
15. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a
documentação será recolhida pelo 2º homem (1ª viatura);
16. Logo após, o 2º homem (1ª viatura) procederá à busca veicular (vide POP 201.5);
17. Após a busca e checagem veicular, o 2º homem (1ª viatura) realizará a checagem dos
documentos e fará uma busca no local da abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s)
dispensados pelo(s) abordado(s). Em seguida, entregará toda a documentação ao 1º
homem;.
18. Constatado que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá solicitar
apoio, a fim de providenciar a condução desta separadamente para a repartição pública
competente ou ao Pronto Socorro, e a guarnição (1ª viatura), deverá conduzir os infratores,
assim como materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, população circulante
terceiros e para o(s) abordado(s);
2. Que a guarnição aja preferencialmente com superioridade numérica, superioridade de
armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas operacionais que
minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s) abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s)
pessoa(s) abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local (vide POP 304);
4. Não havendo o cumprimento das determinações e esgotados os meios de resposta
disponíveis pela GU, realizar o cerco e contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das
Unidades Especializadas, conforme a necessidade;
5. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro médico o mais rapidamente
possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is); e tão logo venha a
constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as
limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
7. Todas as vezes que a guarnição se afastar da viatura, mesmo que momentaneamente,
deverá fechar os vidros e trancar as portas. Caso a situação impossibilite estas ações, a
chave da viatura deverá ser retirada da ignição e guardada pelo 2º homem (1ª viatura).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de proceder a vistoria veicular, bem como, não conferir a documentação do(s)
abordado(s) e do veículo junto ao Centro de Operações/CIOSP;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte do outro policial;
3. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
4. Não adotar a posição pronto baixo para o armamento;
5. Deixar de observar os princípios básicos da abordagem e posicionar incorretamente a(s)
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
6. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
7. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 204
10. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
11. Os policiais se afastarem da viatura deixando-a aberta, destrancada e com a chave na
ignição.

ESCLARECIMENTOS:

Obs 1: No caso de viatura composta por 03(três) policiais, estando ou não portando arma longa,
o 3° Homem deverá permanecer na segurança externa da abordagem, podendo auxiliar em caso
de necessidade.
Obs 2: A busca pessoal e veicular inicial é atribuição do 2° homem (1ª viatura), todavia, poderá
ser realizada por outro policial militar da primeira ou segunda viatura, participantes da
abordagem. Executando-se tal procedimento o policial militar que irá realizá-lo deverá trocar de
função com o 2° homem (1ª viatura).

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 205
Fig. 07 Fig. 08
Após o algemamento e busca pessoal e busca veicular Após o algemamento e busca pessoal e busca
Entrevista e condução veicular Entrevista e condução

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 206
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES)
PROCESSO: 207 DA LEI COM APOIO DE VIATURA DUAS RODAS.
Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei com apoio de
PROCEDIMENTO: 207.3
viatura duas rodas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) da motocicleta para ser(em) submetido(s) à busca pessoal.
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A Guarnição ao deparar com veículo ocupado por infrator(es) da lei, permanece no
acompanhamento e solicita assim que possível, ao Centro de Operações/CIOSP, o envio de
uma viatura para apoiar a abordagem do veículo;
2. O veículo é acompanhado pela guarnição que, durante o deslocamento vai transmitindo via
rádio ao Centro de Operações/CIOSP, as sucessivas posições ocupadas pelo veículo alvo
e o sentido de sua trajetória, a fim de que seja realizado o cerco policial e a abordagem;
3. A guarnição dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veículo;
4. A viatura deve ser parada a uma distância segura de aproximadamente 5 (cinco) metros,
atrás do veículo alvo alinhando o farol direito da viatura entre a placa traseira e a lanterna
esquerda do veículo abordado;
5. Quando presente a segunda guarnição ( viatura duas rodas) estas se posicionarão de acordo
com o POP 209.1;
6. As armas devem estar empunhadas na posição pronto emprego, a guarnição
permanecerá na posição seimidesembarcada. O 1º homem (1ª viatura) verbaliza: “POLÍCIA!
DESLIGUE A MOTO! COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA E NÃO RETIRE(M) O
CAPACETE!”, “DESÇAM COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO
VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário, insista: “OLHANDO PARA MIM!”;
7. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário adotando outro nível do uso da força;
8. Quando o(s) suspeito(os) atingir(em) a metade da distância entre a motocicleta e a 1ª viatura,
o 1º homem (1ª viatura) determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E
PALMAS DAS MÃOS PARA CIMA!”;
9. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá desembarcar, fechar as portas da VTR e fazer a aproximação com arma na
posição de pronto emprego;
10. Simultaneamente o 1º homem (viatura duas rodas) se posicionará do lado esquerdo do 1º
homem (1ª viatura) na função de segurança em relação ao(s) abordado(os) com a arma na
posição de pronto emprego, enquanto o 2º homem (viatura duas rodas) irá se posicionar ao
lado do 2º homem (1ª viatura), com arma na posição pronto emprego apoiando se
necessário no algemamento, na busca pessoal e busca veicular, ao ponto em que o 3°
homem (viatura duas rodas) permanecerá no controle de fluxo do trânsito e de pedestres e
na segurança da periférica;
11. O comandante da 1ª viatura e o comandante da viatura duas rodas ficarão encarregados da
SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO E DA BUSCA, mantendo-se há uma distância mínima
de aproximadamente 2 (dois) metros, com a arma em pronto emprego, evitando ter o outro
componente da guarnição em sua linha de tiro, devendo observar atentamente o(os)
abordado(os) chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não
perdendo a vigilância das mãos e/ou das imediações, durante toda a abordagem;
12. O 2º homem (1ª viatura) coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que
o infrator tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e
determina: “MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento
e a busca pessoal (vide POP 102 e 201.4);
13. Durante a busca pessoal o 1º homem (1ª viatura) e o 1º homem (viatura duas rodas) se

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 207
posicionarão a uma distância segura dos abordados, atento as suas ações, principalmente
com as suas mãos;
14. O(s) infrator(es), um por vez, serão revistados e posteriormente conduzidos pelo 2º homem
(1ª viatura), sendo colocados sentados na calçada ao lado oposto da arma do 1º homem
(1ª viatura); em havendo mais de um infrator da lei o 1º homem (viatura duas rodas)
permanecerá na segurança da busca pessoal e posteriormente irá para a calçada auxiliar
na técnica de entrevista;
15. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a
documentação será recolhida pelo 2º homem (1ª viatura);
16. Durante a entrevista o 2º homem (viatura duas rodas) recolhe o capacete dos policiais,
colocando-os em suas respectivas motocicletas;
17. Logo após, o 2º homem (1ª viatura) procederá à busca veicular (vide POP 201.5);
18. Após a busca e checagem veicular o 2º homem (1ª viatura) realizará a checagem dos
documentos e fará uma busca no local da abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s)
dispensados pelo(s) abordado(s). Após isso entregará toda a documentação ao 1º homem
(1ª viatura);
19. Constatado que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá solicitar
apoio, a fim de providenciar a condução desta separadamente para a repartição pública
competente ou ao Pronto Socorro, e a guarnição (1° viatura), deverá conduzir os infratores,
assim como materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, terceiros e para o(s)
abordado(s);
2. Que a guarnição aja preferencialmente com superioridade numérica, superioridade de
armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas operacionais que
minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s) abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s)
pessoa(s) abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local (vide POP 304);
4. Não havendo o cumprimento das determinações e esgotados os meios de resposta
disponíveis pela GU, realizar o cerco e contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das
Unidades Especializadas, conforme a necessidade;
5. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro médico o mais rapidamente
possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is); e tão logo venha a
constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as
limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
7. Todas as vezes que a guarnição se afastar da viatura, mesmo que momentaneamente,
deverá fechar os vidros e trancar as portas. Caso a situação impossibilite estas ações, a
chave da viatura deverá ser retirada da ignição e guardada pelo 2º homem (1ª viatura).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de proceder a vistoria veicular, bem como, não conferir a documentação do(s)
abordado(s) e do veículo junto ao Centro de Operações/CIOSP;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte do outro policial;
3. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
4. Não adotar a pronto baixo para o armamento;
5. Deixar de observar os princípios básicos da abordagem e posicionar incorretamente a(s)
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
6. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
7. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 208
10. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
11. Os policiais se afastarem da viatura deixando-a aberta, destrancada e com a chave na
ignição.

ESCLARECIMENTOS:
Obs 1: No caso de viatura composta por 03 (três) policiais, estando ou não portando arma longa,
o 3° Homem deverá permanecer na segurança externa da abordagem, podendo auxiliar em caso
de necessidade.
Obs 2: A busca pessoal e veicular inicial é atribuição do 2° homem (1ª viatura), todavia, poderá
ser realizada por outro policial militar da primeira ou segunda viatura participantes da abordagem.
Executando-se tal procedimento, o policial militar que irá realizá-lo deverá trocar de função com
o 2° homem (1ª viatura).

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 209
Fig. 07 Fig. 08
Após o algemamento e busca pessoal e busca veicular Após o algemamento e busca pessoal e busca veicular
Entrevista e condução Entrevista e condução

207 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA QUATRO RODAS 210
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
208
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(S) EM FUNDADA
PROCESSO SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA)
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Mapa da cidade atualizado e/ou aplicativos de mapas;
3. Formulários para relação de veículos vistoriados e pessoas abordadas;
4. Arma de Incapacitação Neuromuscular;
5. 02 (duas) Motocicletas operacionais;
6. 03 (três) Capacetes motociclistico escamoteável;
7. Bota, joelheiras, cotoveleiras e luvas;
8. Arma longa para o 3º homem ( Espingarda Gauge 12 ou carabina/submetralhadora cal. 40 ou
9mm). Obs. O tipo de coldre recomendado é o “coldre de cintura”.
ETAPAS NORMAS OPERACIONAIS
Conhecimento. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. Deslocamento para o local da ocorrência. (vide POP 201.2).
Chegada ao local. Chegada ao local da ocorrência. (vide POP 201.3).
Adoção de medidas 4. Abordagem a veículo ocupado por pessoa(s) em fundada suspeita por VTR
especificas 02 rodas (motocicleta).
Condução. Condução da(s) parte(s). (vide POP 201.6).
Apresentação da Apresentação da ocorrência competente na repartição pública (vide POP
ocorrência. 201.7).
Encerramento. Encerramento da ocorrência. (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Poder de Policia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em
Art. 249 do Código de Processo Penal.
Mulheres.
Condução das partes. Art. 1º, inciso I, II e III; art. 178 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Deslocamento para o
local da ocorrência. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
Fiscalização do veículo Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Dec. Lei 667/69
e do Condutor. artigo 3º letra a.
Preservação e
Isolamento de local de Art. 169 do CPP.
crime.
Emprego de Algemas. Art. 234, § 1º, e 242 do CPPM.
Equipamento de Art. 54, inciso I; art. 55, inciso I; art. 244, inciso I e II, todos do Código de
Proteção Individual. Trânsito Brasileiro; Resolução n° 203 do CONTRAN (29Set06).
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado de Goiás,
POP-PMGO. de 11 de Novembro de 2004.

208 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA). 211
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(S) EM
PROCESSO: 208
FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA).
Abordagem a veículo ocupado por pessoa(s) em fundada suspeita
PROCEDIMENTO: 208.1
por VTR 02 rodas (motocicleta).
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para abordagem;
2. Desocupação do veículo pela(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à busca pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A GU, antes de agir, deve certificar-se das condições de segurança do ambiente e
comunicarem-se, a fim de que todos tomem conhecimento da abordagem; informando ao
Centro de Operações/CIOSP o local da abordagem;
2. O 2º homem dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veículo;
3. Parar as motos lado a lado, aproximadamente 2 (dois) metros entre si, contudo a moto do 2º
homem se posicionará aproximadamente 01 (um) metro à frente e aproximadamente a 45°
do alvo e aproximadamente a 5 (cinco) metros à retaguarda do objetivo;
4. O 3º homem ainda embarcado vira o tronco levemente em direção ao veículo a ser abordado,
de forma a ampliar o ângulo de visualização, não devendo perder mais esta visualização;
5. A arma do 3º homem deve estar na posição pronto baixo;
6. O 3º homem ainda embarcado é o encarregado da verbalização inicial e através de um
comando de voz firme, alto e claro, determina: “POLÍCIA! DESLIGUE O VEÍCULO!”;
7. Simultaneamente, o 1º homem ainda montado, saca sua arma na posição pronto baixo
determinando: DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO
VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário, insista: “OLHANDO PARA MIM!”,
“VIRE(M)-SE DE COSTAS!”, “MÃOS NA CABEÇA, ENTRELACE(M) OS DEDOS!”,
“AFASTE(M)-SE UM DO OUTRO!” (se houver mais de um suspeito), “ABRA (M) AS
PERNAS E OLHE(M) PARA FRENTE!”, podendo esta verbalização ser realizada
completamente pelo 3º homem;
8. Caso o veículo tenha película (insul-film), o 1º ou 3º homem, determinará para que o passageiro
assim que descer do veículo abra a porta traseira lateral (se houver) da seguinte forma:
“PASSAGEIRO ABRA A PORTA DE TRÁS!”;
9. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na pronto baixo e se necessário
adotando outro nível do uso da força;
10. Durante toda a abordagem deve-se manter ligados o pisca alerta (se houver) e giroflex das
motos policiais;
11. Após o posicionamento dos abordados, o 1º homem desembarca mantendo o controle do cano
ganhando o flanco direito e em seguida o 3º homem desembarca mantendo o controle do cano
da arma ganhando o flanco esquerdo e logo após, o 2º homem desembarcará e tomará a
posição do 3º homem que fará a segurança periférica;
12. Neste momento, o 2º homem permanecerá na segurança em relação ao (s) indivíduo(s)
abordado(s), enquanto o 1º homem, com a arma em pronto emprego, utilizará a técnica de
redução de silhueta, tomada de ângulo para verificar se possui outra pessoa no interior do
veículo;
13. O 1º homem ficará encarregado da SEGURANÇA DA BUSCA e deverá posicionar-se para
dar segurança ao encarregado da busca pessoal (2º homem), quando houver apenas 01 (um)
abordado. Caso a GU aborde mais de 01 (uma) pessoa, o 1º homem se posicionará de forma
a obter o melhor ângulo visando a segurança. Nos dois casos manterá uma distância de
aproximadamente 02 (dois) metros, evitando tê-lo em sua linha de tiro, devendo observar
atentamente as pessoas envolvidas, durante a abordagem; chamando sempre a atenção,
quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância das mãos, da linha da cintura
do(s) abordado(s) e/ou das imediações, durante toda a abordagem;
14. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o revistado
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS, ABRA AS PERNAS E OLHE PARA FRENTE”,

208 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA). 212
então procede à busca pessoal (vide POP 201.4);
15. Durante a busca, somente a guarnição se movimenta, para permitir melhor angulação
da segurança;
16. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição toma a posição de mão forte na arma, o 1º homem
irá dirigir-se até a calçada, ladeando o veículo abordado e determina ao(s) abordado(s) que se
posicionem do lado oposto de sua arma, de frente para a rua e com as mãos para trás, recolhe
e confere os documentos atinentes e realiza a técnica de entrevista, momento em que
perguntará aos abordados se no interior do veículo há alguma arma, produto ilícito e/ou objetos
de valor, como: talões de cheques, dinheiro, jóias, etc. Logo após, o 2º homem procede a
busca veicular (vide POP 201.5);
17. Durante a entrevista, o 3º homem recolhe o capacete dos policiais colocando-os em suas
respectivas motocicletas e retorna para a segurança periférica;
18. O 2º homem realizará a checagem dos documentos e fará uma busca no local da abordagem,
visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Após entregará toda a
documentação ao 1º homem, que irá proceder a devolução aos seus respectivos proprietários
chamando-os pelo nome;
19. Nada constatado, os policiais serão cordiais e o 1º homem procederá a liberação do(s)
abordado(s), informando os motivos da abordagem, inicialmente dizendo: “SENHOR(A) ESTE
É UM PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DA POLÍCIA MILITAR...”; A guarnição
bloqueia o fluxo de veículos, aguardando a saída do(s) abordado(s) do local.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, população circulante e
para os abordado(s);
2. Que a guarnição aja com eficiência e segurança observando: superioridade numérica,
superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas
operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s)
abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo o
procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o 1º homem seja surpreendido pela presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo,
quando da inspeção visual interna determina: “DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”,
“VENHA(M) PARA TRÁS DO VEÍCULO!” VIRE(M)-SE DE COSTAS PARA MIM!”, “MÃOS
NA CABEÇA, ENTRELACE(M) OS DEDOS!”;
2. Em caso do veículo abordado evadir do local, (vide POP 304);
3. Caso a(s) pessoa(s) em fundada suspeita não queira(m) submeter-se à abordagem, procurar,
primeiramente, alertá-la(s) sobre as consequências da desobediência à ordem legal.
Persistindo a desobediência, aplicar uso da força para compeli-la(s) ao cumprimento da
determinação legal;
4. Se a(s) pessoa(s) em fundada suspeita demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em) deficiente(s)
físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is); e tão logo venha a constatação,
permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as limitações
observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação;
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de proceder a vistoria veicular, bem como, não conferir a documentação do(s)
abordado(s) e do veículo junto ao Centro de Operações/CIOSP;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte do outro policial;
3. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
4. Não adotar a posição pronto baixo para o armamento;
5. Deixar de observar os princípios básicos da abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
6. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser abordada
e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
7. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;

208 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA). 213
ESCLARECIMENTOS:

POLICIAMENTO MOTOCICLÍSTICO: O policiamento motociclístico não deverá ser realizado


por menos de 03 policiais militares, tendo em vista, principalmente a segurança da equipe, caso
seja utilizado menos de 03 policiais militares será por conta e risco do Comandante de Unidade
que assim o fizer, sendo justificadas as necessidades em casos pontuais e devidamente
documentados.
Obs 1: Obrigatoriamente deverão ser utilizadas 02 motocicletas para a execução do
policiamento, sendo que, o 3º homem deverá estar engarupado.
Obs 2: Independente de estar ou não com a arma longa, o 3º homem deverá executar as
mesmas funções em todas as abordagens.
ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Posicionamento – 2ºH assume o lugar 3ºH Posicionamento – 2ºH assume o lugar 3ºH

208 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA). 214
Fig. 09 Fig. 10
Checagem no interior do veiculo Checagem no interior do veiculo

Fig. 11 Fig. 12
Entrevista e liberação Entrevista e liberação

208 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA). 215
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
209
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR
PROCESSO VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA)
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Mapa da cidade atualizado e/ou aplicativos de mapas;
3. Formulários para relação de veículos vistoriados e pessoas abordadas;
4. Arma de Incapacitação Neuromuscular;
5. 02 (duas) Motocicletas operacionais;
6. 03 (três) Capacetes motociclistico escamoteável;
7. Bota, joelheiras, cotoveleiras e luvas;
8. Arma longa para o 3º homem ( Espingarda Gauge 12 ou carabina/submetralhadora cal. 40
ou 9mm). Obs. O tipo de coldre recomendado é o “coldre de cintura”.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência. (vide POP 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência. (vide POP 201.3).
4. Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por VTR
Adoção de medidas 02 rodas (motocicleta).
específicas.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s). (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na repartição pública
Apresentação da ocorrência. competente. (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência. (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Art. 1º, inciso I, II e III; art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das partes. Adolescente.
Deslocamento para o local da
ocorrência. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
Fiscalização do veículo e do Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Dec. Lei 667/69
Condutor. artigo 3º letra a.
Preservação e Isolamento de
local de crime. Art. 169 do CPP.
Emprego de Algemas. Art. 234, § 1º, e 242 do CPPM.
Art. 54, inciso I; art. 55, inciso I; art. 244, inciso I e II, todos do
Equipamento de Proteção
Código de Trânsito Brasileiro; Resolução n° 203 do CONTRAN
Individual.
(29Set06).
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO. de Goiás, de 11 de Novembro de 2004.

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 216
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI
PROCESSO: 209 POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA).
Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por VTR 02 rodas
PROCEDIMENTO: 209.1 (motocicleta).
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) do veículo para ser(em) submetido(s) à busca pessoal;
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A guarnição ao deparar com veículo ocupado por infrator(es) da lei permanece no
acompanhamento e solicita imediatamente via rede rádio, o envio de uma viatura para
apoiar a abordagem do veículo;
2. O veículo é acompanhado pela guarnição que, durante o deslocamento vai transmitindo via
rádio as sucessivas posições ocupadas pelo veículo alvo e o sentido de sua trajetória, a fim
de que seja realizada a abordagem;
3. Ao avistar o veículo alvo, o 2º homem dará ordem de parada, através dos dispositivos
sonoros e luminosos de alerta (sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem
necessárias para a parada do veículo;
4. Parar as motos lado a lado, aproximadamente 2 (dois) metros entre si, contudo a moto do
2º homem se posicionará aproximadamente 01 (um) metro à frente e aproximadamente a
45° do alvo e aproximadamente a 5 (cinco) metros à retaguarda do objetivo;
5. O 3º homem ainda montado vira o tronco levemente em direção ao veículo a ser abordado,
de forma a ampliar o ângulo de visualização, não devendo perder mais esta visualização;
6. A arma do 3º homem deve estar na posição pronto emprego;
7. O 3º homem ainda montado, é o encarregado da verbalização inicial e através de um
comando de voz firme, alto e claro, determina: “POLÍCIA! DESLIGUE O VEÍCULO!”;
8. Simultaneamente o 1º homem desembarca, se pela esquerda, passa por trás da moto e toma
posição à direita da mesma, utilizando a coluna traseira direita do veículo abordado como
proteção. Ao mesmo tempo em que saca sua arma na posição pronto emprego
determinando: DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO
VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO PARA MIM!”;
9. Quando o (s) abordado (s) atingir a metade da distância entre o veículo e as motos, o 1º ou
3º homem determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E PALMAS DAS
MÃOS PARA CIMA!”;
10. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá fazer a sua aproximação com arma ainda em pronto emprego;
11. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário adotando outro nível do uso da força;
12. Após o posicionamento dos abordados, o 1º homem desembarca mantendo o controle do
cano da arma ganhando o flanco direito, o 3º homem desembarca mantendo o controle do
cano da arma ganhando o flanco esquerdo e o 2º homem desembarca e se posiciona à
esquerda do 3º homem;
13. Durante toda a abordagem deve-se manter ligados o pisca alerta (se houver), e giroflex das
vtrs policiais;
14. O 1º homem utilizará a técnica de redução de silhueta, tomada de ângulo para verificar se há
outra pessoa no interior do veículo;
15. Caso o veículo tenha película (insul-film), o 1º homem, determinará para que o passageiro
assim que descer do veículo abra a porta traseira lateral (se houver) da seguinte forma:
“PASSAGEIRO ABRA A PORTA DE TRÁS!”;
16. Os 1º e 3º homens ficarão encarregados da SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO E DA

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 217
BUSCA, mantendo-se a uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, com a arma em
pronto emprego, evitando ter o outro componente da guarnição em sua linha de tiro,
devendo observar atentamente as pessoas envolvidas, durante a abordagem; chamando
sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância das mãos
e/ou das imediações, durante toda a abordagem;
17. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o infrator
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento e a busca
pessoal (vide POP 102 e 201.4);
18. Durante a busca pessoal, o 1º homem se posicionará na calçada;
19. Os infratores, um por vez, serão revistados e conduzidos pelo 2º homem, sendo colocados
sentados ou em pé na calçada ao lado do 1º homem;
20. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a
documentação será recolhida pelo 2º homem e entregue ao 1º homem, para verificar a
autenticidade;
21. O 3º homem, caso não houver prejuízo à segurança, recolhe o capacete dos policiais
colocando-os em suas respectivas motocicletas e retorna para a segurança periférica;
22. Logo após, o 2º homem procederá à busca veicular (vide POP 201.5);
23. O 2º homem se posicionará também na calçada, à esquerda dos abordados, afastado cerca
de 5 (cinco) metros, para realizar a técnica de entrevista;
24. O 2º homem realizará a checagem dos documentos e fará uma busca no local da abordagem,
visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Após entregará toda a
documentação ao 1º homem;
25. Confirmando que algum dos detidos está na condição de vítima, a guarnição deverá
providenciar a condução, separada do detido para a repartição pública competente ou ao
Pronto Socorro, porém, a equipe deverá acompanhar o transporte do(s) infrator(es), assim
como materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro tanto para a Guarnição, como para a
população circulante e o(s) infrator(es);
2. Que a guarnição aja com eficiência e segurança observando: superioridade numérica,
superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas
operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s)
infrator(es) da lei;
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
infratora(s) da lei.
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local, (vide POP 304);
4. Caso o 1º homem seja surpreendido pela presença de outra(s) pessoa(s) no interior do
veículo, quando da inspeção visual interna determina: “DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA
CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO VEÍCULO!”, “VENHAM DEVAGAR EM MINHA
DIREÇÃO, OLHANDO PARA MIM!”, “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E
PALMAS DAS MÃOS PARA CIMA!”;
5. Não havendo o cumprimento das determinações apresentadas anteriormente, e esgotando
os meios de resposta disponíveis pela GU na gradação do uso de força, realizar o cerco e
contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das Unidades Especializadas, conforme a
necessidade;
6. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro pré-hospitalar ou médico o mais
rapidamente possível;
7. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is); e tão logo venha a
constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as
limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação.

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 218
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
2. Não adotar a posição de pronto emprego para o armamento;
3. Deixar de observar os princípios básicos para a abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(m) abordada(s);
4. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
5. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
7. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro policial e do
apoio;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Não realizar a segurança da retaguarda.

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 219
Fig. 07 Fig. 08
Posicionamento Posicionamento

Fig. 09 Fig. 10
Checagem no interior do veiculo Checagem no interior do veiculo

Fig. 11 Fig. 12
Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular
Entrevista e condução Entrevista e condução

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 220
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA
PROCESSO: 209 LEI POR VTRs 02 RODAS (MOTOCICLETA).
Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por VTR 02 rodas
PROCEDIMENTO: 209.2 (motocicleta) com apoio de outra equipe em VTR 02 rodas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2022.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) do veículo para ser(em) submetido(s) à busca pessoal;
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A guarnição ao deparar com veículo ocupado por infrator(es) da lei, permanece no
acompanhamento juntamente com outra viatura para apoiar na abordagem do veículo;
2. O veículo é acompanhado pela guarnição que, realiza a abordagem assim que o veículo dos
infratores da lei parar completamente;
3. O 2º homem da primeira equipe dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e
luminosos de alerta (sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a
parada do veículo;
4. Parar as motos lado a lado, aproximadamente 2 (dois) metros entre si, contudo a moto do 2º
homem se posicionará aproximadamente 01 (um) metro à frente e aproximadamente a 45°
do alvo e aproximadamente a 5 (cinco) metros à retaguarda do objetivo;
5. A equipe de apoio com duas motocicletas (03 policiais) se postará, na abordagem, à
retaguarda e na mesma posição em relação às motos da primeira equipe, bloqueando fluxo
de pedestres e veículos no local da abordagem e, caso tenha mais de um abordado, o 2º
homem (2ª equipe) duplicará a função com o 2º homem da primeira equipe;
6. O 3º homem ainda montado vira o tronco levemente em direção ao veículo a ser abordado,
de forma a ampliar o ângulo de visualização, não devendo perder mais esta visualização;
7. A arma do 3º homem deve estar na posição pronto emprego;
8. O 3º homem ainda montado é o encarregado da verbalização inicial, e através de um
comando de voz firme, alto e claro, determina: “POLÍCIA! DESLIGUE O VEÍCULO!”;
9. Simultaneamente o 1º homem ainda montado, saca sua arma na posição pronto emprego
determinando: DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO
VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO PARA MIM!”,
podendo esta verbalização ser realizada completamente pelo 3º homem;
10. Quando o (s) abordado (s) atingir a metade da distância entre o veículo e as motocicletas, o
1º ou 3º homem determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E PALMAS
DAS MÃOS PARA CIMA!”;
11. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá fazer a sua aproximação com arma ainda em pronto emprego;
12. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário adotando outro nível do uso da força;
13. Após o posicionamento dos abordados, o 1º homem desembarca mantendo o controle do
cano da arma ganhando o flanco direito, o 3º homem desembarca mantendo o controle do
cano da arma ganhando o flanco esquerdo e o 2º homem desembarca e se posiciona à
esquerda do 3º homem;
14. A guarnição da equipe de apoio, após o posicionamento do 1° homem da primeira equipe,
desembarca e o 1º e 3º homem fazem a segurança periférica, enquanto o 2º homem aguarda
ao lado do primeiro homem para duplicar a função do 2º homem na abordagem, caso
necessário;
15. Durante toda a abordagem deve-se manter ligados o pisca alerta (se houver), e giroflex das
vtrs policiais;

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 221
16. O 1º homem (2ª equipe) posiciona-se na guia da calçada um pouco à retaguarda do restante
da 1ª equipe, enquanto o 3º homem se posiciona ao lado de sua motocicleta de frente para
a via, ambos observando todo o ambiente e fluxo da via com as armas na posição pronto
baixo;
17. O 1º homem (1ª equipe) utilizará a técnica de redução de silhueta, tomada de ângulo para
verificar se há outra pessoa no interior do veículo;
18. Caso o veículo tenha película (insul-film), o 1º ou o 3º homem, determinará para que o
passageiro assim que descer do veículo abra a porta traseira lateral (se houver) da seguinte
forma: “PASSAGEIRO ABRA A PORTA DE TRÁS!”;
19. Os 1º e 3º homens (1º equipe) ficarão encarregados da SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO
E DA BUSCA, mantendo-se a uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, com a
arma em pronto emprego, evitando ter o outro componente da guarnição em sua linha de
tiro, devendo observar atentamente as pessoas envolvidas, durante a abordagem;
chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a
vigilância das mãos e/ou das imediações, durante toda a abordagem;
20. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o infrator
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento e a busca
pessoal (vide POP 102 e 201.4);
21. Durante a busca pessoal, o 1º homem se posicionará na calçada;
22. Os infratores, um por vez, serão revistados e conduzidos pelo 2º homem, sendo colocados
sentados ou em pé na calçada ao lado do 1º homem;
23. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e será
recolhida toda a documentação pelo 2º homem e entregue ao 1º homem, para verificar a
autenticidade;
24. O 3º homem recolhe o capacete dos policiais colocando-os em suas respectivas motocicletas
e fica na segurança da abordagem;
25. Logo após, o 2º homem (1ª equipe) procederá à busca veicular (vide POP 201.5);
26. O 2º homem se posicionará também na calçada, à esquerda dos abordados afastado cerca
de 5 (cinco) metros, para realizar a técnica de entrevista;
27. O 2º homem (1ª equipe) realizará a checagem dos documentos e fará uma busca no local
da abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Após
entregará toda a documentação ao 1º homem;
28. Confirmando que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá
providenciar a condução, separada do detido para a repartição pública competente ou ao
Pronto Socorro, porém, a 1ª equipe deverá acompanhar o transporte do(s) infrator(es),
29. assim como materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro tanto para a Guarnição, como para a
população circulante e o(s) infrator(es);
2. Que a guarnição aja com eficiência e segurança observando: superioridade numérica,
superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas
operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s)
infrator(es) da lei;
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
infratora(s) da lei.
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local, (vide POP 304);
4. Caso o 1º homem seja surpreendido pela presença de outra(s) pessoa(s) no interior do
veículo, quando da inspeção visual interna determina: “DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA
CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO VEÍCULO!”, “VENHAM DEVAGAR EM MINHA
DIREÇÃO, OLHANDO PARA MIM!”, “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E
PALMAS DAS MÃOS PARA CIMA!”;

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 222
5. Não havendo o cumprimento das determinações apresentadas anteriormente, e esgotando
os meios de resposta disponíveis pela GU na gradação do uso de força, realizar o cerco e
contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das Unidades Especializadas, conforme a
necessidade;
6. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro pré-hospitalar ou médico o mais
rapidamente possível;
7. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental (is); e tão logo venha a
constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as
limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
2. Não adotar a posição de pronto emprego para o armamento;
3. Deixar de observar os princípios básicos para a abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(m) abordada(s);
4. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
5. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
7. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro policial e do
apoio;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Não realizar a segurança da retaguarda.

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 223
Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Posicionamento Posicionamento

Fig. 09 Fig. 10
Checagem no interior do veiculo Checagem no interior do veiculo

Fig. 11 Fig. 12
Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular
Entrevista e condução Entrevista e condução

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 224
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI
PROCESSO: 209 POR VTRs 02 RODAS (MOTOCICLETA).
Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por VTR 02
PROCEDIMENTO: 209.3 rodas (motocicleta) com apoio de outra equipe em VTR 04 rodas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2022.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) do veículo para ser(em) submetido(s) à busca pessoal;
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A guarnição ao deparar com veículo ocupado por infrator(es) da lei, permanece no
acompanhamento juntamente com outra viatura para apoiar na abordagem do veículo;
2. O veículo é acompanhado pela guarnição que, realiza a abordagem assim que o veículo dos
infratores da lei parar completamente;
3. O 2º homem (1ª equipe) dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos
de alerta (sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do
veículo;
4. Parar as motos lado a lado, aproximadamente 2 (dois) metros entre si, contudo a moto do 2º
homem se posicionará aproximadamente 01 (um) metro à frente e aproximadamente a 45° do
alvo e aproximadamente a 5 (cinco) metros à retaguarda do objetivo;
5. A viatura de apoio (02 policiais) se postará, na abordagem, à retaguarda e na diagonal em
relação às motos, bloqueando fluxo de pedestres e veículos no local da abordagem;
6. O 3º homem ainda embarcado, vira o tronco levemente em direção ao veículo a ser abordado,
de forma a ampliar o ângulo de visualização, não devendo perder mais esta visualização;
7. A arma do 3º homem deve estar na posição pronto emprego;
8. O 3º homem ainda embarcado, é o encarregado da verbalização inicial e através de um
comando de voz firme, alto e claro, determina: “POLÍCIA! DESLIGUE O VEÍCULO!”;
9. Simultaneamente, o 1º homem ainda montado, saca sua arma na posição pronto emprego
determinando: DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO
VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO PARA MIM!”,
podendo esta verbalização ser realizada completamente pelo 3º homem;
10. Quando o (s) abordado (s) atingir a metade da distância entre o veículo e as motocicletas, o
1º ou 3º homem (1ª equipe) determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E
PALMAS DAS MÃOS PARA CIMA!”;
11. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá fazer a sua aproximação com arma ainda em pronto emprego;
12. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário adotando outro nível do uso da força;
13. Após o posicionamento dos abordados, o 1º homem desembarca mantendo o controle do
cano da arma ganhando o flanco direito, o 3º homem desembarca mantendo o controle do
cano da arma ganhando o flanco esquerdo e o 2º homem desembarca e se posiciona à
esquerda do 3º homem;
14. A guarnição da equipe de apoio, após ou simultaneamente ao posicionamento do 1° homem
da primeira equipe, desembarca e o 1º e 2º homem fazem a segurança periférica;
15. Durante toda a abordagem deve-se manter ligados o pisca alerta (se houver), e giroflex das
viaturas policiais;
16. O 1º homem da equipe de apoio posiciona-se na guia da calçada um pouco à retaguarda do
restante da 1ª equipe, enquanto o 2º homem se posiciona ao lado de sua vtr e de frente para
a via, ambos observando todo o ambiente e fluxo da via com as armas na posição pronto
baixo;

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 225
17. O 1º homem (1ª equipe) utilizará a técnica de redução de silhueta, tomada de ângulo para
verificar se há outra pessoa no interior do veículo;
18. Caso o veículo tenha película (insul-film), o 1º ou 3º homem, determinará para que o
passageiro assim que descer do veículo abra a porta traseira lateral (se houver) da seguinte
forma: “PASSAGEIRO ABRA A PORTA DE TRÁS!”;
19. Os 1º e 3º homens (1ª equipe) ficarão encarregados da SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO
E DA BUSCA, mantendo-se a uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, com a
arma em pronto emprego, evitando ter o outro componente da guarnição em sua linha de
tiro, devendo observar atentamente as pessoas envolvidas, durante a abordagem, chamando
sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância das mãos
e/ou das imediações, durante toda a abordagem;
20. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o infrator
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento e a busca
pessoal (vide POP 102 e 201.4);
21. Durante a busca pessoal, o 1º homem (1ª equipe) se posicionará na calçada;
22. Os infratores, um por vez, serão revistados e conduzidos pelo 2º homem, sendo colocados
sentados ou em pé na calçada ao lado do 1º homem;
23. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a
documentação será recolhida pelo 2º homem e entregue ao 1º homem, para verificar a
autenticidade;
24. O 3º homem recolhe o capacete dos policiais colocando-os em suas respectivas motocicletas
e fica na segurança da abordagem;
25. Logo após, o 2º homem (1ª equipe) procederá à busca veicular (vide POP 201.5);
26. O 2º homem se posicionará também na calçada, à esquerda dos abordados afastado cerca
de 5 (cinco) metros, para realizar a técnica de entrevista;
27. O 2º homem (1ª equipe) realizará a checagem dos documentos e fará uma busca no local da
abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Após
entregará toda a documentação ao 1º homem;
28. Confirmando que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá
providenciar a condução, separada do detido para a repartição pública competente ou ao
Pronto Socorro, porém, a 1ª equipe deverá acompanhar o transporte do(s) infrator(es), assim
como materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro tanto para a Guarnição, como para a
população circulante e o(s) infrator(es);
2. Que a guarnição aja com eficiência e segurança observando: superioridade numérica,
superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas
operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s)
infrator(es) da lei;
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
infratora(s) da lei.
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de forma
que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de abrigos, ou
coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local, (vide POP 304);
4. Caso o 1º homem seja surpreendido pela presença de outra(s) pessoa(s) no interior do
veículo, quando da inspeção visual interna determina: “DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA
CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO VEÍCULO!”, “VENHAM DEVAGAR EM MINHA
DIREÇÃO, OLHANDO PARA MIM!”, “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E
PALMAS DAS MÃOS PARA CIMA!”;
5. Não havendo o cumprimento das determinações apresentadas anteriormente, e esgotando os
meios de resposta disponíveis pela GU na gradação do uso de força, realizar o cerco e
contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das Unidades Especializadas, conforme a
necessidade;

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 226
6. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro pré-hospitalar ou médico o mais
rapidamente possível;
7. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is) e tão logo venha a
constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as
limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
2. Não adotar a posição de pronto emprego para o armamento;
3. Deixar de observar os princípios básicos para a abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(m) abordada(s);
4. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser abordada
e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
5. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
7. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro policial e do
apoio;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Não realizar a segurança da retaguarda.

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 227
Fig. 07 Fig. 08
Posicionamento Posicionamento

Fig. 09 Fig. 10
Checagem no interior do veiculo Checagem no interior do veiculo

Fig. 11 Fig. 12
Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular
Entrevista e condução Entrevista e condução

209 - ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 228
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
210
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM
PROCESSO FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA)
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Mapa da cidade atualizado e/ou aplicativos de mapas;
3. Formulários para relação de veículos vistoriados e pessoas abordadas;
4. Arma de Incapacitação Neuromuscular;
5. 02 (duas) Motocicletas operacionais;
6. 03 (três) Capacetes motociclistico escamoteável;
7. Bota, joelheiras, cotoveleiras e luvas;
8. Arma longa para o 3º homem (Espingarda Gauge 12 ou carabina/submetralhadora cal .40 ou
9mm). Obs. O tipo de coldre recomendado é o “coldre de cintura”.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência. (vide POP 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência. (vide POP 201.3).
4. Abordagem a motocicleta ocupada por pessoa(s) em fundada
Adoção de medidas Específicas. suspeita por VTR 02 rodas (motocicleta).
Condução. 5. Condução da(s) parte(s). (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na repartição pública competente.
Apresentação da ocorrência. (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência. (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Art. 1º, inciso I, II e III; art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das partes. Adolescente.
Deslocamento para o local da
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Fiscalização do veículo e do Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Dec. Lei 667/69
Condutor. artigo 3º letra a.
Art. 54, inciso I; art. 55, inciso I; art. 244, inciso I e II, todos do
Equipamento de Proteção Código de Trânsito Brasileiro; Resolução n° 203 do CONTRAN
Individual. (29Set06).
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO. de Goiás, de 11 de Novembro de 2004.

210 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 229
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S)
PROCESSO: 210 EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA).
Abordagem a motocicleta ocupada por pessoa(s) em fundada
PROCEDIMENTO: 210.1 suspeita por VTR 02 rodas (motocicleta).
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem;
2. Desocupação do veículo pela(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à busca pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A GU, antes de agir, deve certificar-se das condições de segurança do ambiente e
comunicarem-se a fim de que todos tomem conhecimento da abordagem; informando ao
Centro de Operações/CIOSP o local da abordagem;
2. O 2º homem dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veículo;
3. Parar as motos lado a lado, aproximadamente 2 (dois) metros entre si, contudo a moto do
2º homem se posicionará aproximadamente 01 (um) metro à frente e aproximadamente a
45° do alvo e aproximadamente a 5 (cinco) metros à retaguarda do objetivo;
4. O 3º homem ainda embarcado, vira o tronco levemente em direção ao veículo a ser
abordado, de forma a ampliar o ângulo de visualização, não devendo perder mais esta
visualização;
5. A arma do 3º homem deve estar na posição pronto baixo;
6. O 3º homem ainda embarcado é o encarregado da verbalização inicial e através de um
comando de voz firme, alto e claro, determina: “POLÍCIA! DESLIGUE A MOTO!
COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA E NÃO RETIRE(M) O CAPACETE!”;
7. Simultaneamente o 1º homem ainda embarcado, saca sua arma na posição pronto baixo
determinando: DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA TRÁS DO
VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO PARA MIM!”,
“VIRE(M)-SE DE COSTAS!”, “MÃOS NA CABEÇA, ENTRELACE(M) OS DEDOS!”,
“AFASTE(M)-SE UM DO OUTRO!” (se houver mais de um suspeito), “ABRA (M) AS
PERNAS E OLHE(M) PARA FRENTE!”, podendo esta verbalização ser realizada
completamente pelo 3º homem;
8. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para
o cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto baixo e se
necessário, adotando outro nível do uso da força;
9. Durante toda a abordagem deve-se manter ligados o pisca alerta (se houver) e giroflex das
motos policiais;
10. Após o posicionamento dos abordados, o 1º homem desembarca mantendo o controle do
cano ganhando o flanco direito e em seguida, o 3º homem desembarca mantendo o
controle do cano da arma ganhando o flanco esquerdo e logo após, o 2º homem
desembarcará e tomará a posição do 3º homem que fará a segurança periférica;
11. O 1º homem ficará encarregado da SEGURANÇA DA BUSCA e deverá posicionar-se de
forma a manter o melhor ângulo em relação ao encarregado da busca pessoal (2º homem),
quando houver apenas 01 (um) abordado. Caso a GU aborde mais de 01 (uma) pessoa, o
1º homem se posicionará adequadamente de forma a preservar a segurança da busca.
Nos dois casos, manterá uma distância de aproximadamente 02 (dois) metros, evitando
tê-lo em sua linha de tiro, devendo observar atentamente as pessoas envolvidas, durante
a abordagem; chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não
perdendo a vigilância das mãos, da linha da cintura do(s) abordado(s) e/ou das imediações,
durante toda a abordagem;
12. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o revistado
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS, ABRA AS PERNAS E OLHE PARA
FRENTE”, então procede à busca pessoal, inclusive no(s) capacete(s) (vide POP 201.4);
13. Durante a busca, somente a guarnição se movimenta, para permitir melhor angulação da
segurança;
210 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 230
14. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição toma a posição de mão forte na arma, o 1º
homem irá dirigir-se até a calçada, ladeando o veículo abordado e determina ao(s)
abordado(s) que se posicionem do lado oposto de sua arma, de frente para a rua e com
as mãos para trás, recolhe e confere os documentos atinentes e realiza a técnica de
entrevista, momento em que perguntará aos abordados se na moto há alguma arma,
produto ilícito e/ou objetos de valor, como: talões de cheques, dinheiro, jóias, etc. Logo
após, o 2º homem procede à busca veicular (vide POP 201.5);
15. Durante a entrevista, caso não haja prejuízo à segurança, o 3º homem recolhe os
capacetes dos policiais colocando-os em suas respectivas motocicletas e retorna para a
segurança periférica;
16. O 2º homem realizará a checagem dos documentos e fará uma busca no local da
abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Logo
após, entregará toda a documentação ao 1º homem, que irá proceder a devolução aos
seus respectivos proprietários chamando-os pelo nome;
17. Nada constatado, os policiais serão cordiais e o 1º homem procederá a liberação do(s)
abordado(s), informando os motivos da abordagem, inicialmente dizendo: “SENHOR(A)
ESTE É UM PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DA POLÍCIA MILITAR...”;
18. A guarnição bloqueando o fluxo de veículos aguarda a saída do(s) abordado(s) do local.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, população circulante
e para os abordado(s);
2. Que a guarnição aja com eficiência e segurança observando: superioridade numérica,
superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas
operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s)
abordado(s);
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante
todo o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
abordada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. Em caso do veículo abordado evadir do local, (vide POP 304);
2. Caso a(s) pessoa(s) em fundada suspeita não queira(m) submeter-se à abordagem,
procurar, primeiramente, alertá-la(s) sobre as consequências da desobediência à ordem
legal. Persistindo a desobediência, aplicar o uso da força para compeli-la(s) ao
cumprimento da determinação legal;
3. Se a(s) pessoa(s) em fundada suspeita demorar(em) a responder ou acatar às
determinações, mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de
ser(em) deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is); e tão logo venha
a constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando
as limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação;
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de proceder a vistoria veicular, bem como, não conferir a documentação do(s)
abordado(s) e do veículo junto ao Centro de Operações/CIOSP;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte do outro policial;
3. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
4. Não adotar a posição pronto baixo para o armamento;
5. Deixar de observar os princípios básicos da abordagem e posicionar incorretamente a(s)
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
6. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
7. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão.

210 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 231
ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Posicionamento – 2ºH assume o lugar do 3ºH Posicionamento – 2ºH assume o lugar do 3ºH

Fig. 09 Fig. 10
Busca pessoal Busca pessoal

210 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 232
Fig. 11 Fig. 12
Retirada do capacete Retirada do capacete

Fig. 13 Fig. 14
Entrevista e liberação Entrevista e liberação

210 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR PESSOA(S) EM FUNDADA SUSPEITA POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 233
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO – II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
211
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI
PROCESSO POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA)
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Mapa da cidade atualizado e/ou aplicativos de mapas;
3. Formulários para relação de veículos vistoriados e pessoas abordadas;
4. Arma de Incapacitação Neuromuscular;
5. 02 (duas) Motocicletas operacionais;
6. 03 (três) Capacetes motociclistico escamoteável;
7. Bota, joelheiras, cotoveleiras e luvas;
8. Arma longa para o 3º homem ( Espingarda Gauge 12 ou carabina/submetralhadora cal. 40
ou 9mm). Obs. O tipo de coldre recomendado é o “coldre de cintura”.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência. (vide POP 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência. (vide POP 201.3).
Adoção de medidas 4. Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei por
específicas. VTR 02 rodas (motocicleta).
Condução. 5. Condução da(s) parte(s). (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na repartição pública
Apresentação da ocorrência. competente. (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência. (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Art. 1º, inciso I, II e III; art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das partes. Adolescente.
Deslocamento para o local da
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Fiscalização do veículo e do Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Dec. Lei 667/69
Condutor. artigo 3º letra a.
Preservação e Isolamento de
local de crime. Art. 169 do CPP.
Emprego de Algemas. Art. 234, § 1º, e 242 do CPPM.
Art. 54, inciso I; art. 55, inciso I; art. 244, inciso I e II, todos do
Equipamento de Proteção Código de Trânsito Brasileiro; Resolução n° 203 do CONTRAN
Individual. (29Set06).
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO. de Goiás, de 11 de Novembro de 2004.

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 234
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA
PROCESSO: 211 LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA).
Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei por VTR 02
PROCEDIMENTO: 211.1 rodas (motocicleta).
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) do veículo para ser(em) submetido(s) à busca pessoal;
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A guarnição ao deparar com veículo ocupado por infrator(es) da lei, permanece no
acompanhamento e solicita imediatamente, o envio de uma viatura para apoiar a
abordagem do veículo;
2. O veículo é acompanhado pela guarnição que, durante o deslocamento vai transmitindo via
rádio as sucessivas posições ocupadas pelo veículo alvo e o sentido de sua trajetória, a fim
de que seja realizada a abordagem;
3. O 2º homem dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta
(sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a parada do veículo;
4. Parar as motos lado a lado, aproximadamente 2 (dois) metros entre si, contudo a moto do
2º homem se posicionará aproximadamente 01 (um) metro à frente e aproximadamente a
45° do alvo e aproximadamente a 5 (cinco) metros à retaguarda do objetivo;
5. O 3º homem ainda embarcado, deve virar-se levemente em direção ao veículo a ser
abordado, de forma a ampliar o ângulo de visualização, não devendo perder mais esta
visualização;
6. A arma do 3º homem deve estar na posição pronto emprego;
7. O 3º homem ainda embarcado, é o encarregado da verbalização inicial e através de um
comando de voz firme, alto e claro, determina: "POLÍCIA! DESLIGUE A MOTO!
COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA E NÃO RETIRE(M) O CAPACETE!”;
8. Simultaneamente, o 1º homem ainda embarcado, saca sua arma na posição pronto
emprego determinando: DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA
TRÁS DO VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário, insista: “OLHANDO PARA
MIM!”, podendo esta verbalização ser realizada completamente pelo 3º homem;
9. Quando o (s) abordado (s) atingir a metade da distância entre a moto e as vtrs, o 1º ou 3º
homem determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E PALMAS DAS MÃOS
PARA CIMA!”;
10. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá fazer a sua aproximação com arma ainda em pronto emprego;
11. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário, adotando outro nível do uso da força;
12. Após o posicionamento dos abordados, o 1º homem desembarca mantendo o controle do
cano da arma ganhando o flanco direito, em seguida o 3º homem desembarca mantendo o
controle do cano da arma ganhando o flanco esquerdo, o 2º homem desembarca e se
posiciona à esquerda do 3º homem;
13. Durante toda a abordagem deve-se manter ligados o pisca alerta (se houver), e giroflex das
viaturas policiais;
14. Os 1º e 3º homens ficarão encarregados da SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO E DA
BUSCA, mantendo-se há uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, com a arma
em pronto emprego, evitando ter o outro componente da guarnição em sua linha de tiro,
devendo observar atentamente as pessoas envolvidas, durante a abordagem, chamando
sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância das mãos
e/ou das imediações, durante toda a abordagem;
15. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o infrator
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 235
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento e a busca
pessoal (vide POP 102 e 201.4);
16. Durante a busca pessoal o 1º homem se posicionará na calçada;
17. Os infratores, um por vez, serão revistados e conduzidos pelo 2º homem, sendo colocados
sentados ou em pé na calçada ao lado do 1º homem;
18. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a
documentação será recolhida pelo 2º homem e entregue ao 1º homem, para verificar a
autenticidade;
19. O 3º homem, caso não haja prejuízo na segurança, recolhe o capacete dos policiais
colocando-os em suas respectivas motocicletas e retorna para a segurança periférica;
20. Logo após, o 2º homem procederá à busca veicular (vide POP 201.5);
21. O 2º homem se posicionará também na calçada, à esquerda dos abordados afastado cerca
de 5 (cinco) metros, para realizar a técnica de entrevista;
22. O 2º homem realizará a checagem dos documentos e fará uma busca no local da
abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Após
entregará toda a documentação ao 1º homem;
23. Confirmando que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá
providenciar a condução desta separadamente para a repartição pública competente ou ao
Pronto Socorro, porém, a equipe de motopatrulhamento deverá acompanhar o transporte
do(s) infrator(es), assim como, materiais apreendidos sendo a responsável pela condução
da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro tanto para a Guarnição, como para a
população circulante e o(s) infrator(es);
2. Que a Guarnição aja com eficiência e segurança observando: superioridade numérica,
superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas
operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s)
infrator(es) da lei;
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
infratora(s) da lei.
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s) acalmá-la(s);
3. Em caso do veículo abordado evadir do local, (vide POP 304);
4. Não havendo o cumprimento das determinações apresentadas anteriormente, e esgotando
os meios de resposta disponíveis pela GU na gradação do uso de força, realizar o cerco e
contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das Unidades Especializadas, conforme a
necessidade;
5. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro pré-hospitalar ou médico o mais
rapidamente possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is); e tão logo venha a
constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as
limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
2. Não adotar a posição de pronto emprego para o armamento;
3. Deixar de observar os princípios básicos para a abordagem e posicionar incorretamente a(s)
pessoa(s) a ser(m) abordada(s);
4. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
5. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
7. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte de outro policial;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 236
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Não realizar a segurança da retaguarda.

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular
Entrevista e condução Entrevista e condução

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 237
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES)
PROCESSO: 211 DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA).
Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei por VTR 02
PROCEDIMENTO: 211.2 rodas (motocicleta) com apoio de outra equipe em VTR 02 rodas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2022.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) do veículo para ser(em) submetido(s) à busca pessoal;
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A guarnição ao deparar com a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei, permanece no
acompanhamento juntamente com outra equipe para apoiar na abordagem do veículo;
2. A motocicleta ocupada pelos infratores é acompanhada pela guarnição que, realiza a
abordagem assim que a mesma parar completamente;
3. O 2º homem da primeira equipe dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e
luminosos de alerta (sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a
parada da motocicleta;
4. Parar as motos lado a lado, aproximadamente 2 (dois) metros entre si, contudo a
motocicleta do 2º homem se posicionará aproximadamente 01 (um) metro à frente e
aproximadamente a 45° do alvo e aproximadamente a 5 (cinco) metros à retaguarda do
objetivo;
5. A equipe de apoio com duas motocicletas (03 policiais) se postará, na abordagem, à
retaguarda e na mesma posição em relação às motos da primeira equipe, bloqueando fluxo
de pedestres e veículos no local da abordagem e caso de tenha mais de um abordado, o 2º
homem da segunda equipe duplicará a função com o 2º homem da primeira equipe;
6. O 3º homem (1ª equipe) ainda embarcado, deve inclinar-se levemente à direita, de forma a
ampliar o ângulo de visualização, não devendo perder mais esta visualização;
7. A arma do 3º homem deve estar na posição pronto emprego;
8. O 3º homem ainda embarcado, é o encarregado da verbalização inicial e através de um
comando de voz firme, alto e claro, determina: "POLÍCIA! DESLIGUE A MOTO!
COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA E NÃO RETIRE(M) O CAPACETE!”;
9. Simultaneamente o 1º homem ainda embarcado, saca sua arma na posição pronto
emprego determinando: DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA
TRÁS DO VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO PARA
MIM!”, podendo esta verbalização ser realizada completamente pelo 3º homem;
10. Quando o (s) abordado (s) atingir a metade da distância entre sua motocicleta e as vtrs
policiais, o 1º ou 3º homem determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS ABERTOS E
PALMAS DAS MÃOS PARA CIMA!”;
11. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá fazer a sua aproximação com arma ainda em pronto emprego;
12. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário, adotando outro nível do uso da força;
13. Após o posicionamento dos abordados, o 1º homem desembarca mantendo o controle do
cano da arma ganhando o flanco direito, em seguida, o 3º homem desembarca mantendo o
controle do cano da arma ganhando o flanco esquerdo, o 2º homem desembarca e se
posiciona à esquerda do 3º homem;
14. A guarnição da equipe de apoio, após o posicionamento do 1° homem da primeira equipe,
desembarcaa e o 1º e 3º homem fazem a segurança periférica, enquanto o 2º homem
aguarda ao lado do primeiro homem para duplicar a função do 2º homem (1ª equipe) na
abordagem, caso necessário;
15. Durante toda a abordagem deve-se manter ligados o pisca alerta (se houver), e giroflex das
motocicletas policiais;
16. O 1º homem da equipe de apoio posiciona-se na guia da calçada um pouco à retaguarda do

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 238
restante da 1ª equipe, enquanto o 3º homem se posiciona ao lado de sua motocicleta de
frente para a via, ambos observando todo o ambiente e fluxo da via com as armas na
posição pronto baixo;
17. Os 1º e 3º homens (1ª equipe) ficarão encarregados da SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO
E DA BUSCA, mantendo-se a uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, com a
arma em pronto emprego, evitando ter o outro componente da guarnição em sua linha de
tiro, devendo observar atentamente as pessoas envolvidas, durante a abordagem;
chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a
vigilância das mãos e/ou das imediações, durante toda a abordagem;
18. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o infrator
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento e a busca
pessoal (vide POP 102 e 201.4);
19. Durante a busca pessoal o 1º homem se posicionará na calçada;
20. Os infratores, um por vez, serão revistados e conduzidos pelo 2º homem, sendo colocados
sentados ou em pé na calçada ao lado do 1º homem;
21. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a
documentação será recolhida pelo 2º homem e entregue ao 1º homem, para verificar a
autenticidade;
22. O 3º homem recolhe o capacete dos policiais colocando-os em suas respectivas
motocicletas e fica na segurança da abordagem;
23. Logo após, o 2º homem (1ª equipe) procederá à busca na motocicleta do infrator;
24. O 2º homem se posicionará também na calçada, à esquerda dos abordados afastado cerca
de 5 (cinco) metros, para realizar a técnica de entrevista;
25. O 2º homem (1ª equipe) realizará a checagem dos documentos e fará uma busca no local
da abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Após
entregará toda a documentação ao 1º homem;
26. Confirmando que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá
providenciar a condução, separada do detido para a repartição pública competente ou ao
Pronto Socorro, porém, a 1ª equipe deverá acompanhar o transporte do(s) infrator(es), assim
como materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro tanto para a Guarnição, como para a
população circulante e o(s) infrator(es);
2. Que a guarnição haja com eficiência e segurança observando: superioridade numérica,
superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas
operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s)
infrator(es) da lei;
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
infratora(s) da lei.
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso da motocicleta abordada evadir do local;
4. Não havendo o cumprimento das determinações apresentadas anteriormente, e esgotando
os meios de resposta disponíveis pela GU na gradação do uso de força, realizar o
cerco e contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das Unidades Especializadas,
conforme a necessidade;
5. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro pré-hospitalar ou médico o mais
rapidamente possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is); e tão logo venha a
constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as
limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada da motocicleta a ser abordada;

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 239
2. Não adotar a posição de pronto emprego para o armamento;
3. Deixar de observar os princípios básicos para a abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(m) abordada(s);
4. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
5. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
7. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte de outro policial;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Não realizar a segurança da retaguarda.

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionameto

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Posicionamento – 2ºH da 2ª equipe se posiciona no Posicionamento – 2ºH da 2ª equipe se posiciona no
lado esquerdo do 2ºH da 1º equipe lado esquerdo do 2ºH da 1º equipe

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 240
Fig. 09 Fig. 10
Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular
Entrevista e condução Entrevista e condução

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 241
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: II ABORDAGENS POLICIAIS.
PROCESSO: 211 ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES)
DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA).
Abordagem a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei por VTR 02
PROCEDIMENTO: 211.3
rodas (motocicleta) com apoio de outra equipe em VTR 04 rodas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2022.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Polcial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para abordagem;
2. Desembarque do(s) ocupante(s) do veículo para ser(em) submetido(s) à busca pessoal;
3. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A guarnição ao deparar com a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei, permanece no
acompanhamento juntamente com outra equipe para apoiar na abordagem do veículo;
2. A motocicleta ocupada pelos infratores da lei é acompanhada pela guarnição que, realiza a
abordagem assim que a mesma parar completamente;
3. O 2º homem da primeira equipe dará ordem de parada, através dos dispositivos sonoros e
luminosos de alerta (sirene e farol alto), repetindo quantas vezes forem necessárias para a
parada da motocicleta;
4. Parar as motos lado a lado, aproximadamente 2 (dois) metros entre si, contudo a moto do
2º homem se posicionará aproximadamente 01 (um) metro à frente e aproximadamente a
45° do alvo e aproximadamente a 5 (cinco) metros à retaguarda do objetivo;
5. A viatura de apoio (02 policiais) se postará, na abordagem, à retaguarda e na diagonal em
relação às motos, bloqueando fluxo de pedestres e veículos no local da abordagem;
6. O 3º homem ainda embarcado, vira o tronco levemente em direção ao veiculo a ser
abordado, de forma a ampliar o ângulo de visualização, não devendo perder mais esta
visualização;
7. O 3º homem (1ª equipe) ainda embarcado, deve inclinar-se levemente à direita, de forma a
ampliar o ângulo de visualização, não devendo perder mais esta visualização;
8. A arma do 3º homem deve estar na posição pronto emprego;
9. O 3º homem ainda embarcado, é o encarregado da verbalização inicial e através de um
comando de voz firme, alto e claro, determina: “POLICIA! DESLIGUE A MOTO!
COLOQUE(M) AS MÃOS PARA CIMA E NÃO RETIRE(M) O CAPACETE!”;
10. Simultaneamente, o 1º homem ainda embarcado, saca sua arma na posição pronto
emprego determinando: DESÇA(M) COM AS MÃOS PARA CIMA!”, “VENHA(M) PARA
TRÁS DO VEÍCULO, OLHANDO PARA MIM!”, se necessário insista: “OLHANDO PARA
MIM!”, podendo esta verbalização ser realizada completamente pelo 3º homem;
11. Quando o (s) abordado (s) atingir a metade da distância entre sua motocicleta e as
motocicletas policiais, o 1º ou 3º homem determina: “DEITE(M) NO CHÃO!”, “BRAÇOS
ABERTOS E PALMAS DAS MÃOS PARA CIMA!”;
12. Somente depois do(s) infrator(res) estarem na posição determinada anteriormente é que a
guarnição irá fazer a sua aproximação com arma ainda em pronto emprego;
13. Havendo desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmente para o
cumprimento das determinações legais, permanecendo na posição pronto emprego e se
necessário adotando outro nível do uso da força;
14. Após o posicionamento dos abordados, o 1º homem desembarca mantendo o controle do
cano da arma ganhando o flanco direito, em seguida o 3º homem desembarca mantendo o
controle do cano da arma ganhando o flanco esquerdo, o 2º homem desembarca e se
posiciona à esquerda do 3º homem;
15. A guarnição da equipe de apoio, após o posicionamento do 1° homem da primeira equipe,
desembarca e faz a segurança periférica;
16. Durante toda a abordagem deve-se manter ligados o pisca alerta (se houver), e giroflex das
VTRs policiais;
17. O 1º homem da equipe de apoio posiciona-se na guia da calçada um pouco à retaguarda do
restante da 1ª equipe, enquanto o 2º homem se posiciona ao lado de sua vtr de frente para

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 242
a via, ambos observando todo o ambiente e fluxo da via com as armas na posição pronto
baixo;
18. Os 1º e 3º homens (1ª equipe) ficarão encarregados da SEGURANÇA DO ALGEMAMENTO
E DA BUSCA, mantendo-se a uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, com a
arma em pronto emprego, evitando ter o outro componente da guarnição em sua linha de
tiro, devendo observar atentamente as pessoas envolvidas, durante a abordagem;
chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a
vigilância das mãos e/ou das imediações, durante toda a abordagem;
19. O 2º homem coldrea a arma e fecha a presilha do coldre a fim de evitar que o infrator
tenha fácil acesso ao armamento do policial. Aproxima-se do abordado e determina:
“MÃOS NA NUCA, ENTRELACE OS DEDOS”, então procede ao algemamento e a busca
pessoal (vide POP 102 e 201.4);
20. Durante a busca pessoal o 1º homem se posicionará na calçada;
21. Os infratores, um por vez, serão revistados e conduzidos pelo 2º homem, sendo colocados
sentados ou em pé na calçada ao lado do 1º homem;
22. Ao encerrar a busca pessoal, a guarnição tomará a posição mão forte na arma, e toda a
documentação será recolhida pelo 2º homem e entregue ao 1º homem, para verificar a
autenticidade;
23. O 3º homem recolhe o capacete dos policiais colocando-os em suas respectivas
motocicletas e fica na segurança da abordagem;
24. Logo após, o 2º homem (1ª equipe) procederá à busca na motocicleta do infrator;
25. O 2º homem se posicionará também na calçada, à esquerda dos abordados afastado cerca
de 5 (cinco) metros, para realizar a técnica de entrevista;
26. O 2º homem (1ª equipe) realizará a checagem dos documentos e fará uma busca no local
da abordagem, visando localizar objeto(s) ilícito(s) dispensados pelo(s) abordado(s). Após
entregará toda a documentação ao 1º homem;
27. Confirmando que algum dos detidos esteja na condição de vítima, a guarnição deverá
providenciar a condução, separada do detido para a repartição pública competente ou ao
Pronto Socorro, porém, a 1ª equipe deverá acompanhar o transporte do(s) infrator(es), assim
como materiais apreendidos, sendo a responsável pela condução da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro tanto para a Guarnição, como para a
população circulante e o(s) infrator(es);
2. Que a guarnição aja com eficiência e segurança observando: superioridade numérica,
superioridade de armamento, equipamentos de proteção individual e demais condutas
operacionais que minimizem os riscos de fuga ou agressão ao policial por parte do(s)
infrator(es) da lei;
3. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos durante todo
o procedimento;
4. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
infratora(s) da lei.
AÇÕES CORRETIVAS
1. O policial ao verificar a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei ou ao
constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus companheiros, de
forma que lhes permita a adoção de uma medida de contenção e controle ou busca de
abrigos, ou coberturas mais adequadas;
2. Caso constatar que há pessoa(s) na condição de vítima(s), acalmá-la(s);
3. Em caso da motocicleta abordada evadir do local;
4. Não havendo o cumprimento das determinações apresentadas anteriormente, e esgotando
os meios de resposta disponíveis pela GU na gradação do uso de força, realizar o cerco e
contenção do(s) infrator(es), solicitando apoio das Unidades Especializadas, conforme a
necessidade;
5. Se no uso da força o infrator se ferir, providenciar socorro pré-hospitalar ou médico o mais
rapidamente possível;
6. Se a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei demorar(em) a responder ou acatar às determinações,
mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a possibilidade de ser(em)
deficiente(s) físico(s), auditivo(s) (vide POP 202.3) ou mental(is); e tão logo venha a
constatação, permanecer atento, não esmorecendo na segurança, contudo, respeitando as
limitações observadas e sinalizando com as mãos a intenção da determinação.
POSSIBILIDADES DE ERRO

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 243
1. Não sinalizar corretamente para a parada da motocicleta a ser abordada;
2. Não adotar a posição de pronto emprego para o armamento;
3. Deixar de observar os princípios básicos para a abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(m) abordada(s);
4. O policial apontar a arma de forma indevida e precipitadamente para a pessoa a ser
abordada e/ou violar regras de segurança (linha de tiro);
5. Os policiais confundirem suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma
desordenada;
6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo padrão;
7. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte de outro policial;
8. O policial agir com excesso e/ou abuso de poder, envolvendo-se emocionalmente na ação;
9. O policial utilizar os meios menos que letais de forma incorreta ou desproporcional;
10. Não realizar a segurança da retaguarda.

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 01 Fig. 02
Verbalização Verbalização

Fig. 03 Fig. 04
Posicionamento Posicionamento

Fig. 05 Fig. 06
Posicionamento Posicionamento

Fig. 07 Fig. 08
Posicionamento Posicionamento

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 244
Fig. 09 Fig. 10
Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular Após o algemamento, busca pessoal e busca veicular
Entrevista e condução Entrevista e condução

211 - ABORDAGEM A MOTOCICLETA OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VTR 02 RODAS (MOTOCICLETA) 245
MÓDULO – III
PROCEDIMENTOS DIVERSOS
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO – III
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
301
PROCESSO PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS.
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101).
2. Prancheta ou Bloco de Anotação.
3. Guia da Cidade para aquelas unidades que o sinal de internet seja ruim ou unidades que não
tenham internet móvel.
4. Verificar itens de uso obrigatório (chave de roda, triângulo de sinalização, estepe etc...).
5. Relação de Veículo Furtados/Roubados para aquelas unidades que não tem atendente do
CIOSP.
6. Relação de foragidos da justiça das últimas 24h.
7. Formulários para relação de veículos vistoriados e pessoas abordadas.
8. Lanterna Tática Portátil.
9. Fita Zebrada para isolamento de local de crime;
10. Arma de Incapacitação Neuromuscular;
11. Talonário Eletrônico para aquelas unidades que disponibilizaram de Internet móvel, caso
contrário, utilizarem Talão de Auto de Infração.
12. Termo de Remoção de Veículo.
13. Talão de Auto de Resistência para aquelas unidades que o sistema SROP esteja inoperante.
14. Formulário de BO e BA (para aquelas unidades que não tenham órgãos fiscalizadores
municipais).
15. Código Penal Brasileiro (C.P.B) e Código de Trânsito Brasileiro (C.T.B.) com suas
Resoluções, para aquelas unidades militares que não tenham internet móvel.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
1.Procedimentos preliminares no patrulhamento.
ADOÇÃO DE MEDIDAS 2.Função dos Policiais Militares em patrulhamento.
ESPECÍFICAS. 3.Patrulhamento.
4.Parada da viatura em decorrência do fluxo de trânsito.

301 - PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS 247


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 301 PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS.
PROCEDIMENTO:301.1 Procedimentos preliminares para o patrulhamento.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Acionamento do interruptor do farol baixo;
2. Acionamento do interruptor das luzes do “high-ligth
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Embarcar na viatura para inspeção preliminar;
2. Verificar as condições de higiene e limpeza da VTR.
3. Verificar o nível do óleo do motor, bem como o reservatório de água, verificar a calibragem dos
pneus.
4. Verificar possíveis danos do serviço anterior.
5. Ajustar o banco do Veículo;
6. Ajustar os espelhos retrovisores do veículo;
7. Verificar se o veículo está no ponto neutro da transmissão.
8. Verificar se o freio de mão se encontra travado e funcionando corretamente.
9. Ligar o motor da viatura.
10. Acionar o botão interruptor do farol na posição de baixo (vide manual de cada tipo de veículo.
11. Acionar o botão interruptor dos sinais luminosos de emergência da viatura, ligando as luzes
vermelhas(giroflex);
12. Desembarcar do veículo e verificar se os faróis baixos e sinais luminosos vermelhos (giroflex)
do veículo estão corretamente acesos e se não há lâmpadas queimadas ou com defeito;
13. Embarcar novamente na viatura e deslocar para o patrulhamento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o farol baixo do veículo funcione normalmente;
2. Que os sinais luminosos da viatura se acendam normalmente.
3. Que a Viatura esteja em perfeitas condições de deslocamento para o Patrulhamento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Em caso de lâmpadas queimadas dos faróis, providenciar a troca, informando ao setor
responsável da unidade.
2. No caso de defeitos elétricos no veículo, encaminhá-lo a seção competente do quartel para
providências;
3. No caso de defeitos com o sistema luminoso de emergência da viatura, encaminhá-la para
reparos em local autorizado para arrumá-lo.
4. No caso de possíveis danos do serviço anterior informar o setor responsável.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não verificar lâmpadas queimadas.
2. Não providenciar o encaminhamento da viatura para o conserto.
3. Realizar o patrulhamento sem checar os itens obrigatório da Viatura.

ESCLARECIMENTOS:
1. MOTOR: deve ser acionado antes de ser ligado o sistema de iluminação para evitar desgaste
da carga da bateria da viatura.

2. SISTEMAS LUMINOSOS EMERGENCIAIS DA VIATURA: o luminoso sobre a viatura


(vermelho) acionado, também é chamado de sistema emergencial luminoso da viatura
(giroflex), sendo que o sistema luminoso ainda recebe o nome de “high – ligth”.

301 - PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS 248


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 301 PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS.
PROCEDIMENTO:301.2 Composição da guarnição em patrulhamento.
ESTABELECIDO EM: 27/09/09.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Conhecimento da função de cada componente da guarnição;
2. Conhecimento de sua área de patrulhamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A guarnição deverá ser composta de 02 ou 03 Policiais Militares;
2. O Comandante deverá, sempre que possível, ser um Graduado;
3. O 1º homem é o comandante responsável pela coordenação e controle de sua guarnição,
cabendo a ele a iniciativa para resolução de ocorrências, bem como a escrituração da
documentação e relatórios, sendo auxiliado(s) pelo 2º homem e/ou 3º homem, quando houver;
4. A área de patrulhamento do 1º homem é a parte frontal da viatura, lateral direita e retaguarda
pelo espelho retrovisor direito; é o encarregado das comunicações via rádio, e com terceiros
quando nas abordagens;
5. O 2º homem é o motorista da guarnição, responsável pela viatura, sua manutenção, limpeza e
condução;
6. A área de patrulhamento do 2º homem é pela parte frontal à viatura, e retaguarda pelo espelho
retrovisor esquerdo e lateral esquerda;
7. O 3º homem, (quando houver), é responsável pelo equipamento e armamento da viatura,
quando desembarcado é o segurança do comandante da guarnição;
8. Quando em patrulhamento o 3º homem deverá sentar-se atrás do motorista sendo segurança
deste, e também, deverá fazer o balizamento para que a viatura estacione;
9. A área de patrulhamento do 3º homem é pela parte lateral esquerda e retaguarda, quando a
viatura for de camburão fechado, deverá permanecer com o rosto voltado para o lado esquerdo;
10. Quando a guarnição for composta por 03 Policiais Militares, as portas da viatura deverão estar
com os vidros abertos e destravadas;
11. Todo patrulhamento deverá ser realizado com os vidros abertos para permitir melhor
visualização. Em situação de fortes chuvas, a viatura deverá ser estacionada em local coberto
e visível ao público, sendo que os componentes deverão permanecer desembarcados, sem
encostar na viatura, mantendo a postura marcial;
12. Guarnição quando composta por 02 Policiais Militares, as portas traseiras estarão com os
vidros fechados e portas travadas.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o Policial Militar conheça a sua função e posição na viatura quando em patrulhamento;
2. Que o Policial Militar realize um excelente trabalho, observando com atenção e segurança a
sua área de patrulhamento;
3. Que o policial da guarnição, ao detectar algo suspeito, comunique imediatamente o comandante
da viatura.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Que o comandante determine e fiscalize seu(s) comandado(s), a manutenção da atenção em
sua área de patrulhamento;
2. Que não exponha sua arma, quando em patrulhamento;
3. Que Todos os Policiais Militares prime pela segurança da guarnição.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Que o Policial Militar não saiba qual é sua função na guarnição;
2. Que o Policial Militar não conheça sua área de patrulhamento;
3. Que o Policial Militar esteja com o braço para fora da viatura desatento com a segurança e com
sua área de cobertura;
4. Que o Policial Militar exponha sua arma de fogo na viatura;
5. Que o Policial Militar ao detectar algo suspeito não informe o comandante da viatura.

301 - PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS 249


ESCLARECIMENTOS:

1. Todo Policial fardado e viatura atraem a atenção do público, assim sendo, todos devem
observar sua postura, JAMAIS:
a. Permanecer sem cobertura (gorro ou boina);
b. Ficar com o braço pendurado para fora da viatura;
c. Expor sua arma sem necessidade;
d. Jogar lixo pela janela;
e. Assediar mulheres/homens: fazendo gracejos, correspondendo gracejos, gestos obscenos ou
palavras de baixo calão;
f. Dormir ou ficar sentado no interior da VIATURA durante Ponto de Estacionamento (PE).

301 - PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS 250


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 301 PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS.
PROCEDIMENTO:301.3 Patrulhamento
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Deslocamento em segurança da viatura;
2. Manter a atenção durante todo o deslocamento;
3. Deslocamento em alta velocidade.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Iniciar o deslocamento de forma a dirigir defensivamente com a viatura;
2. Manter a velocidade entre 20 km/h e 30 km/h, não ultrapassando a velocidade de 30 km/h;
3. O comandante da guarnição e 3º homem (quando houver) ao adentrar na viatura deverão
estar com arma em punho, dedos fora do gatilho e com o cano voltado para o assoalho;
4. Motorista em patrulha sempre estará com sua arma no coldre;
5. Manter-se pela faixa da direita;
6. Manter uma distância segura do veículo imediatamente à frente da viatura (fig. 1 e 2),
prestando atenção ao fluxo de trânsito e de pedestres;
7. Dar preferência a outros veículos;
8. Atenção aos veículos que ultrapassam a viatura;
9. Respeitar a sinalização de trânsito;
10. Após a irradiação/constatação de ocorrência, cujo caráter é emergencial, acionar os sinais
sonoros emergenciais, bem como, farol alto e pisca alerta da viatura;
11. Aumentar a velocidade da viatura, condicionalmente, à fluidez e segurança do tráfego, à
circulação de transeuntes, às condições climáticas e às condições da pista;
12. Observar a possível desatenção de pedestres e condutores de veículos;
13. JAMAIS ultrapassar sinal semafórico fechado para viatura, exceto quando em ocorrência
de emergência, se houver a certeza de que tal ação não ofereça riscos à guarnição, aos
outros veículos e pedestres;
14. Sempre avaliar o grau de risco assumido em relação ao propósito da ação.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o deslocamento transcorra sem acidentes, visando alcançar seu objetivo;
2. Que o deslocamento transcorra sem desgastes desnecessários da viatura;
3. Que o Policial Militar preste atenção ao fluxo do trânsito, pedestres e veículos, respeitando a
sinalização de trânsito;
4. Que a população identifique a viatura através dos sinais luminosos e sonoros.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Em patrulhamento, se a velocidade exceder à 30 Km/h, reduzir a velocidade;
2. Retornar para a faixa da direita assim que for possível;
3. Manter-se a uma distância de segurança do veículo imediatamente à frente da viatura;
4. Quando em alta velocidade, torná-la compatível com os níveis de segurança local.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Velocidade superior a 30 km/h;
2. Comandante ou o 3° homem quando em patrulhamento mantém arma no coldre;
3. Arma com o cano voltado para a perna e\ou dedo no gatilho;
4. Não se manter na faixa da direita;
5. Não prestar atenção ao fluxo de veículos e de pedestres;
6. Não dar preferência a outros veículos;
7. Não ter atenção aos veículos que ultrapassam a viatura;
8. Não respeitar a sinalização de trânsito;
9. Não manter distância de segurança do veículo imediatamente à frente;
10. Não avaliar o grau de risco proporcional ao propósito da ação;
11. Envolver-se em acidente de trânsito.

301 - PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS 251


ESCLARECIMENTOS:

1. DIRIGIR DEFENSIVAMENTE: deslocamento seguro, dirigindo de modo a evitar acidentes


e danos no veículo. Observando: as condições adversas da via, do tráfego local, de erros
de outras pessoas e/ou motoristas e o que preconiza a legislação de trânsito em vigor. Desta
forma:
• Durante o deslocamento, observa-se a regra dos dois segundos, ou seja, marca-se um
ponto fixo na via (poste, placa, árvore, etc.), quando veículo da frente passar pelo ponto fixo
escolhido, calcula-se dois segundos (51/52 ou 1001/1002 - verbalização que corresponde
aos dois segundos, ou seja, tempo de reação para uma possível frenagem), para que a
viatura passe por este mesmo ponto, caso ocorra antes do tempo de dois segundos, isto
indica que a viatura está muito próxima do veículo à frente, devendo a velocidade ser
reduzida e a distância aumentada.
ILUSTRAÇÕES:

Fig. 1
Dirija defensivamente e de forma segura

2. DISTÂNCIA SEGURA: ao parar a viatura atrás do veículo à sua frente, que seja possível
visualizar os pneus traseiros do veículo à frente em um plano com o capô da viatura, os olhos
do motorista e o chão onde o pneu traseiro toca o solo.

Fig. 2
Ao parar, visualizar os pneus traseiros do veículo à frente.

301 - PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS 252


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 301 PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS.
Paradas da viatura decorrentes do fluxo de trânsito ou outras paradas
PROCEDIMENTO: 301.4
rápidas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Preservação da segurança dos policiais militares quando da parada da viatura decorrente do
trânsito.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Observar o fluxo de trânsito, em especial os sinais semafóricos;
2. Quando observar que irá efetuar um cruzamento, reduzir a velocidade da viatura e atravessar
com segurança;
3. Nas paradas, manter-se atento ao fluxo de trânsito e de pedestres à sua volta, (ao contrário do
que ocorre), pois a guarnição poderá ser alvo de agressão a qualquer momento (fig. 1).
4. Nas paradas deixar um pedaço de 03 à 05 metros, do veículo a frente, pois caso necessário,
facilite a saída imediata;
5. Evitar deslocar-se imediatamente atrás de veículos grandes, como: carretas, caminhões-baú,
ônibus, vans, etc., possibilitando melhor e maior amplitude visual.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a viatura pare a uma distância segura do veículo da frente;
2. Que os Policiais Militares fiquem atentos ao fluxo do trânsito de veículos e de pedestres ao seu
redor, preservando a segurança.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Reduzir a velocidade para aumentar a distância do veículo da frente, quando esta for inferior a
03 metros.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Sistema de freio do veículo com defeito;
2. Desatenção dos policiais;
3. Não manutenção da distância de segurança.

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 1
O Policial Militar sendo surpreendido por um infrator da lei.

301 - PATRULHAMENTO COM VTR 04(QUATRO) RODAS 253


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - III
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
302
PROCESSO PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA).
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Bolsa/mochila administrativa para uso em motocicleta;
3. Botas, capacete modular, cotoveleiras, joelheiras e luvas;
4. 02 (duas) motocicletas operacionais;
5. Caneta (preta ou azul);
6. Folhas de anotações (bloco ou agenda de bolso);
7. Mapa da cidade atualizado e/ou aplicativo de mapas;
8. Informações no CIOSP WEB de veículos furtados e roubados;
9. Informações no CIOSP WEB de infratores da Lei foragidos da Justiça;
10. Formulários para relação de veículos vistoriados e pessoas abordadas;
11. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
12. Fita zebrada para isolamento de local de crime;
13. Arma de Incapacitação Neuromuscular;
14. Rádio portátil;
15. Talonário Eletrônico;
16. Auto de Remoção de Veículo;
17. Auto de Resistência, BO e BA gerados no sistema do SROP;
18. Legislações brasileira em aplicativos de smartphone ou tablet;
ETAPAS PROCEDIMENTOS
1. Procedimentos preliminares ao patrulhamento de motocicletas.
Adoção de medidas 2. Composição da guarnição em patrulhamento.
específicas. 3. Patrulhamento.
4. Parada decorrente do fluxo de trânsito ou outras paradas rápidas.
DOUTRINA OPERACIONAL
Deslocamento para o
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
local de ocorrência.
Dos Condutores. Art. 15 do Decreto n° 2.067, 11 de agosto de 2009.
Velocidade Máxima Art. 61 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB
Velocidade Mínima Art. 62 e 219 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado de
POP-PMGO.
Goiás, de 2014 - 3ª edição ou mais atual.

302 - PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA). 254


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 302 PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA).
PROCEDIMENTO: 302.1 Procedimentos preliminares ao patrulhamento.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Acionamento do interruptor do farol baixo;
2. Acionamento do interruptor de sirene e giroflex.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Ajustar os espelhos retrovisores do veículo;
2. Verificar se o veículo está no ponto neutro da transmissão;
3. Ligar motor da moto;
4. Acionar o botão interruptor do farol na posição de baixo (vide manual de cada tipo de
veículo);
5. Acionar o botão interruptor dos sinais luminosos de emergência da motocicleta, ligando
as luzes vermelhas. (giroflex);
6. Após verificar se os sinais luminosos vermelhos estão ligados, verificar se não há lâmpadas
queimadas ou com defeito.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o farol baixo do veículo funcione normalmente;
2. Que os sinais luminosos da viatura se acendam normalmente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Em caso de lâmpadas queimadas dos faróis, providenciar a troca;
2. No caso de defeitos elétricos na motocicleta, encaminhá-la à seção competente;
3. No caso de defeitos com o sistema luminoso de emergência da moto, encaminhá-la à seção
competente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não verificar lâmpadas queimadas;
2. Não providenciar o encaminhamento da viatura para o conserto.

ESCLARECIMENTOS:

1. MOTOR: deve ser acionado antes de ser ligado o sistema de iluminação para evitar desgaste
da carga da bateria da moto (para veículos com luz independente).
2. SISTEMAS LUMINOSOS DE EMERGÊNCIA DA MOTOCICLETA: o luminoso sobre a viatura
(vermelho) acionado, também é chamado de sistema emergencial luminoso da VTR, sendo
que o sistema luminoso ainda recebe o nome de “high-light” ou giroflex
.

302 - PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA). 255


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 302 PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA).
PROCEDIMENTO: 302.2 Composição da guarnição em patrulhamento.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Conhecimento da função de cada componente da guarnição;
2. Conhecimento de sua área de patrulhamento.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. A guarnição deverá ser composta de pelo menos 03 Policiais militares;
2. O Comandante deverá sempre que possível ser no mínimo um graduado;
3. O 1° homem é o comandante, responsável pelo comando, coordenação e controle de sua
guarnição, cabendo a ele toda iniciativa para resolução de ocorrências, bem como, a
escrituração da documentação, anotações e relatórios, sendo auxiliado pelo Garupa. É
responsável por sua moto;
4. A área de patrulhamento do 1° homem é a parte frontal, lateral direita e retaguarda pelo
espelho retrovisor direito; é o encarregado das comunicações via rádio, e com terceiros
quando nas abordagens;
5. O 2° homem é o piloto do garupa da guarnição, responsável pela sua moto, manutenção,
limpeza e condução;
6. A área de patrulhamento do 2º homem é pela parte frontal, lateral esquerda e retaguarda
pelo espelho retrovisor esquerdo;
7. O 3º homem é responsável pelo equipamento coletivo e parte documental da equipe,
utilizando a garupa da moto do 1° homem para acomodar tais materiais. É o segurança geral
da guarnição;
8. O 3º homem é o responsável por tomar notas das ocorrências e outras informações
pertinentes;
9. A área de patrulhamento do 3º homem são os flancos (tanto esquerdo como direito) e
retaguarda.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o Policial Militar conheça a sua função e posição na motocicleta quando em
patrulhamento;
2. Que o Policial Militar realize um excelente trabalho, observando com atenção a sua área de
patrulhamento.
3. Que o local da abordagem seja seguro para a guarnição, os transeuntes e os abordados.
4. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação externa ou dos abordados.
5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Que o comandante exija de seu(s) comandado(s) a manutenção da atenção em sua área
de patrulhamento;
2. Que os policiais não exponham suas armas, quando em patrulhamento.
3. Caso a abordagem seja a homossexual lésbica, travesti ou transexual, evitar ler o nome de
registro na Carteira de Identidade em voz alta. Tratar a pessoa pelo nome por ela escolhido,
tomando nota do seu nome de registro e nome apresentado;
4. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e cerco.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não saber qual é sua função;
2. Não conhecer sua área de patrulhamento;
3. Que o 3º homem não tome nota das informações pertinentes.
4. Agir isoladamente;
5. Agir de forma desordenada.

302 - PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA). 256


ESCLARECIMENTOS:

1. Todo Policial fardado e viatura atraem a atenção do público, assim sendo, todos devem
observar sua postura, JAMAIS:
a. Dirigir moto sem capacete;
b. Realizar qualquer atitude constante no artigo 244 do CTB;
c. Expor sua arma sem necessidade;
d. Jogar lixo na via; Assediar mulheres/homens: fazendo gracejos, correspondendo gracejos,
gestos obscenos ou palavras de baixo calão;
e. Ficar sentado na moto durante Ponto de Estacionamento (PE).

302 - PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA). 257


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 302 PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA).
PROCEDIMENTO: 302.3 Patrulhamento.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Deslocamento em segurança;
2. Manutenção da atenção durante todo o deslocamento;
3. Deslocamento em alta velocidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Iniciar o deslocamento de forma a dirigir defensivamente com o veículo;
2. Manter uma velocidade entre 20 Km/h e 30 Km/h, não ultrapassando a velocidade de 30
Km/h;
3. A guarnição sempre estará com suas armas coldreadas;
4. A guarnição sempre estará com viseiras baixadas, exceto o 3º homem;
5. Manter-se pela faixa da direita;
6. Manter uma distância segura do veículo imediatamente à frente da viatura, prestando a
atenção ao fluxo de trânsito e de pedestres;
7. Dar preferência a outros veículos;
8. Atenção aos veículos que ultrapassam a viatura;
9. Respeitar a sinalização horizontal e vertical da pista;
10. Após a irradiação/constatação de ocorrência, cujo caráter é emergencial, acionar os sinais
luminosos emergenciais, bem como, farol alto, pisca alerta e os sinais sonoros do veículo;
11. Aumentar a velocidade da motocicleta, condicionalmente, à fluidez do tráfego, à circulação
de transeuntes, às condições climáticas, e às condições da pista (limite de velocidade);
12. Observar a possível desatenção de pedestres e condutores de veículos;
13. JAMAIS ultrapassar sinal semafórico fechado, exceto quando houver a certeza de que tal
ação não ofereça riscos à guarnição, aos outros veículos e pedestres, neste caso em
emergência;
14. Sempre avaliar o grau de risco assumido em relação ao propósito da ação;
15. Manter sempre o campo visual adequado ao local por onde se passa.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que todo deslocamento transcorra sem acidente;
2. Quando a formação for em “coluna”, o espaço entre as motocicletas deve permitir, em caso
de necessidade, uma reação segura (frenagem e/ou manobra);
3. Que todo deslocamento transcorra sem desgastes desnecessários a motocicleta;
4. Que o PM preste atenção ao fluxo do trânsito;
5. Que em caso de condução de suspeitos até a delegacia, seja solicitado o mais breve possível
o apoio de viaturas 04 (quatro) rodas, fins de evitar a exposição excessiva do detido;
6. Que a viatura esteja em boas condições de emprego para o patrulhamento;
7. Que os freios, a luz baixa e o dispositivo luminoso intermitente da viatura estejam funcionando
normalmente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Em caso de chuva, deve-se dar preferência ao PE (vide POP 303) em detrimento do
patrulhamento, devido à especificidade do veículo tipo motocicleta;
2. Em caso de velocidade superior a 30 km/h, reduzir a velocidade;
3. Retornar para a faixa da direita assim que for possível;
4. Manter-se a uma distância de segurança do veículo imediatamente à frente;
5. Quando em alta velocidade, torná-la compatível com os níveis de segurança local;
6. Evitar deslocar-se imediatamente atrás de veículos grandes, como: carretas, caminhões-
baú, ônibus, Vans, etc. Possibilitando melhor e maior amplitude visual (ver e ser visto);
7. Caso sejam constatados defeitos na viatura, encaminhá-la para reparos.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Velocidade superior a 30 km/h;

302 - PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA). 258


2. Não se manter na faixa da direita, no patrulhamento;
3. Não prestar atenção ao fluxo do trânsito e de pedestres;
4. Não dar preferência a outros veículos, no patrulhamento;
5. Não ter atenção aos veículos que ultrapassam a viatura;
6. Não respeitar a sinalização horizontal e vertical da pista (salvo quando em deslocamento de
emergência e comprovadamente necessário);
7. Não manter distância de segurança do veículo imediatamente à frente;
8. Assumir grau de risco altamente desproporcional ao propósito da ação;
9. Não ter o cuidado necessário para evitar possíveis acidentes de trânsito.

302 - PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA). 259


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 302 PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA).
Parada da viatura decorrentes do fluxo de trânsito ou outras paradas
PROCEDIMENTO: 302.4
rápidas.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Observação do fluxo do trânsito;
2. Acionamento do sistema de frenagem da moto.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Observar o fluxo do trânsito, em especial os sinais semafóricos;
2. Quando observar que irá efetuar um cruzamento, reduzir a velocidade, pressionando o pedal
do freio e/ou freio motor;
3. No patrulhamento, quando a guarnição realizar parada em semáforo, atendimentos rápidos
ao público, busca de informações, dentre outras; o 3º homem deverá descer e realizar a
segurança periférica da equipe;
4. Nas paradas, deixar um espaço de aproximadamente 02 metros, do veículo à frente, pois
caso necessário, facilita a saída imediata em qualquer direção (fig. 1 e 2);
5. Evitar o deslocamento imediatamente atrás de veículos grandes, como: carretas, caminhões
baú, ônibus, vans, etc., possibilitando melhor e maior amplitude visual.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as motos parem a uma distância segura do veículo da frente;
2. Que o(s) PM(s) fique(m) atento(s) ao fluxo do trânsito, em especial o 3º homem.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Quando a distância do veículo da frente for muito pequena, reduzir a velocidade.

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Sistema de freio do veículo com defeito;
2. Desatenção do(s) policiais;
3. Não manutenção da distância de segurança;
4. Parar sobre a faixa de pedestre;

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 1 Fig. 2
3° homem em parada de semáforo (veículo à frente) 3° homem em parada de semáforo (veículo atrás)

302 - PATRULHAMENTO COM VTR 02 (DUAS) RODAS (MOTOCICLETA). 260


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - III
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
303
PROCESSO PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA (PE)
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Tenda de proteção (sendo PE fixo);
3. Prancheta;
4. Guia da cidade;
5. Relação de veículos furtados /roubados;
6. Relação de foragidos da justiça;
7. Formulários para relação de veículos vistoriados e pessoas abordadas;
8. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
9. Fita zebrada para isolamento de local de crime;
10. Arma de energia conduzida (spark);
11. Talão de Auto de Infração de Trânsito;
12. Talão de Auto de Apreensão de Veículo;
13. Talão de auto de resistência a prisão e auto de resistência;
14. Código Penal Brasileiro (C.P.B.) e Código de Trânsito Brasileiro (C.T.B.) com suas
Resoluções
ETAPAS PROCEDIMENTOS
1. Ponto de Estacionamento de veículo 04 (quatro) rodas (PE).
Adoção de medidas específicas.
2. Ponto de Estacionamento de viatura 02 (duas) rodas (PE).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Deslocamento para o local de
Art. 29, incisos V e VIII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO.
de Goiás, de 11 de novembro de 2004.

303 - PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA (PE) 261


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 303 PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA (PE).
PROCEDIMENTO: 303.1 Ponto de estacionamento de viatura 04 (quatro) rodas (PE).
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Definição do ponto de estacionamento;
2. Observação do fluxo do trânsito;
3. Observação de obstáculos (pessoas, veículos, buracos, árvores, postes, etc.);
4. Manutenção da segurança do ambiente;
5. Comunicação com o Centro de Operações;
6. Permanência dos policiais desembarcados no PE.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Aproximar-se do ponto de estacionamento em velocidade baixa, observando o movimento
de pessoas;
2. Observar se é seguro e se há espaço para estacionamento da viatura no ponto determinado;
3. Descida do(s) integrante(s) da guarnição, exceto o motorista, após a parada da viatura,
sempre observando o fluxo de trânsito para orientar a realização da manobra de
estacionamento;
4. Observar os veículos estacionados próximo ao local onde a viatura será estacionada;
5. Caso haja pessoas no local o policial que desembarcou solicitará às pessoas que afastem
para o estacionamento da viatura;
6. Observar os obstáculos fixos próximos ao local onde a viatura será estacionada;
7. Observar os pedestres próximos do local onde a viatura será estacionada;
8. Manobrar a viatura para estacioná-la a um ângulo de 45º graus, com a parte frontal no
sentido da via (fig. 1);
9. Estacionar a viatura a uma distância segura da guia da calçada ou no lugar destinado para
tal;
10. O motor deverá ser mantido em funcionamento e com o freio de estacionamento acionado,
enquanto o(s) policial(is) verifica(m) atentamente as condições de segurança no local, como:
pessoa(s) em fundada(s) suspeita(s), fluxo de pessoas nos locais públicos,
estabelecimentos comerciais e financeiros, escolas, etc.;
11. Só depois de certificar(em) de que não há problemas, proceder o desligamento do motor;
12. Desembarque do motorista da viatura;
13. Manter ligado os sinais luminosos da viatura;
14. Cientificar o Centro de Operações quando do início do estacionamento da viatura com os
seguintes dizeres: Centro de Operações/CIOSP, É A VTR “TAL”, ESTACIONADA NO PE
DO QTH “TAL”;
15. Aguardar o retorno do Centro de Operações confirmando o recebimento da mensagem e
anotar o horário de estacionamento no relatório;
16. Permanecer sempre desembarcados mantendo postura e compostura.
17. Manter os policiais um ângulo de visão de 360º graus, de forma que um policial fique de
costas para o outro;
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a viatura estacione de forma segura, estratégica e ostensiva no PE;
2. Que a viatura fique bem posicionada;
3. Que a manobra seja rápida e não cause acidentes;
4. Que a viatura e o(s) policial(is) estejam sempre visíveis aos transeuntes locais;
5. Que a viatura não se constitua em fator de risco aos pedestres e ao trânsito local;
6. Que o(s) policial(is) transmita(m) a sensação de segurança e esteja(m) apto(s) para uma
pronta resposta a qualquer solicitação ou situação de perigo;
7. Que o Centro de Operações seja cientificado do estacionamento da viatura no PE e sua
situação;
8. Que o policial anote os dados básicos do P.E.
AÇÕES CORRETIVAS

303 - PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA (PE) 262


1. Não estacionar a viatura no PE quando não houver condições de segurança e espaço
adequado, dando ciência a quem de direito e estacionando em um ponto secundário;
2. Solicitar as pessoas paradas no PE para que deem espaço ao estacionamento da viatura;
3. Abordar indivíduos em fundada suspeita próximos ao PE;
4. Não estacionar a viatura ocupando toda calçada, atrapalhando o fluxo de pedestre;
5. O comandante da guarnição, providenciará para que os policiais permaneçam
desembarcados no PE;
6. Manter o volume do rádio de modo que possa ser audível pelo(s) policial(is)
desembarcado(s);
7. Em caso de chuva, o policial deverá trancar a viatura, cujos sinais luminosos deverão
permanecer acionados; manter(em)-se conectado(s) com o Centro de Operações através
de rádio portátil disponível e buscar(em) uma cobertura, caso o ponto de estacionamento
seja em local descoberto;
8. Aguardar a oportunidade de comunicação com o Centro de Operações, caso não tenha sido
possível, solicitar que uma outra guarnição faça a retransmissão (ponte) das mensagens;
9. Anotar o horário e a impossibilidade de comunicação com o Centro de Operações,
explicando o motivo (rede congestionada, distância, interferência, etc.);
10. Providenciar sanar dúvidas e questionamentos feitos por transeuntes.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Impossibilidade de estacionar a viatura;
2. Não manter o sistema de freio acionado, após o encerramento das manobras;
3. A manobra ser lenta e imprecisa;
4. A manobra ser causadora de acidentes;
5. Estacionamento da viatura em local inseguro;
6. Estacionar a viatura irregularmente, causando risco à população, ao trânsito local e ao(s)
policial(is);
7. Não estacionar com a frente da VTR voltada para saída;
8. Permanência dos policiais embarcados na viatura (sentado, dormindo, etc.), estando ela no
PE;
9. Estacionar a viatura sem dar ciência ao Centro de Operações;
10. Durante o estacionamento manter a viatura com os sinais luminosos desligados.

ESCLARECIMENTOS:

1. PONTO SECUNDÁRIO: É um ponto de estacionamento alternativo, que pode ser utilizado


quando houver impedimentos para o estacionamento no ponto principal ou quando houver
necessidade de mudanças detectadas pela supervisão.

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 1
Ponto de Estacionamento em local descoberto.

303 - PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA (PE) 263


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 303 PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA (PE).
PROCEDIMENTO: 303.2 Ponto de estacionamento de viatura 02 (duas) rodas (motocicleta) (PE).
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Definição do ponto de estacionamento;
2. Observação do fluxo do trânsito;
3. Manutenção da segurança do ambiente;
4. Comunicação com o Centro de Operações;
5. Permanência dos policiais desembarcados no PE.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Observar o espaço que será utilizado para estacionar as motocicletas;
2. Aproximar-se do ponto de estacionamento em velocidade baixa, observando o movimento
de pessoas;
3. O 3° homem ao desembarcar, realizará a segurança periférica e se necessário, fará o
balizamento da parada (fig. 1);
4. Estacionar as motocicletas com a frente voltada para o fluxo corrente do tráfego, devendo
o 3º Homem fazer o balizamento para o correto estacionamento, respeitando as regras
previstas para o local;
5. Quando estacionadas, as motocicletas devem ficar uma ao lado da outra, com os guidões
à esquerda e os capacetes do 1° e 2° homem em cima do retrovisor direito, e do lado
esquerdo o capacete do 3º Homem;
6. Os policiais devem sempre permanecer desembarcados e perfilados durante o Ponto de
Estacionamento (fig. 2);
7. O 2° homem deverá posicionar o capacete do 3º Homem na motocicleta, já que este se
encontra realizando a segurança;
8. As chaves ficarão nas motocicletas, porém, na posição de desligada;
9. Informar o Centro de Operações quando do início e encerramento do ponto de
estacionamento (PE);
10. Para continuar o patrulhamento a guarnição retornará em segurança, em caso de
emergências, o 3° homem poderá obstruir o fluxo da via, total ou parcialmente, para a saída
das motocicletas.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a posição adotada possibilite melhor segurança aos componentes e as motocicletas;
2. Que a guarnição possa ter todo procedimento padronizado e organizado;
3. Que a guarnição tenha postura e compostura num ponto de estacionamento (PE).
AÇÕES CORRETIVAS
1. O Comandante da guarnição deve primar pela segurança dos componentes da guarnição e
das motocicletas;
2. Caso necessário, a guarnição poderá posicionar os capacetes sobre os bancos das
motocicletas, a critério do comandante;
3. Em caso de chuva, o(s) policial(s) deverá(ao) buscar local que atenda a todas as
necessidades e regras já estipuladas de um PE, porém que o local ofereça abrigo aos
policiais da intempérie e se possível, utilizar um local que abrigue também as motocicletas.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Posicionar erroneamente os PMs e sem tomada de segurança;
2. Posicionar as motocicletas em desacordo com a forma especificada, comprometendo a
segurança das motocicletas;
3. Deixar de descer o 3º Homem, quando demandar tempo e parada;
4. Deixar de posicionar os capacetes das motos ou carregá-los no braço.

303 - PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA (PE) 264


ESCLARECIMENTO:

CAPACETE SOBRE OS BANCOS: Os capacetes deverão ser colocados sobre os bancos


quando o Ponto de Estacionamento for em local exposto ao sol, por isso o capacete terá a
função de proteger o local de assento do(s) policial(is) contra o calor.

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 1 Fig. 2
Parada do trânsito para estacionamento. Posicionamento da guarnição no P.E.

303 - PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA (PE) 265


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - III
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
304
PROCESSO ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Talonário Eletrônico;
3. Body cam;
4. Lista atualizada de veículos furtados ou roubados;
5. Lista atualizada de pessoas desaparecidas;
6. Lanterna tático portátil;
7. Fita zebrada para isolamento de local de crime;
8. Aplicativo contendo legislações, Resoluções, Portarias e orientações administrativas
atualizados
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada no local da ocorrência (vide POP 201.3).
Atendimento. 4. Acompanhamento e cerco a veículo.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência no Órgão Policial
Apresentação da ocorrência.
Competente (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Decreto Nº 2.010/83, Decreto Nº 88.777/83, Art. 144 da CF/88,
Poder de Polícia.
Lei Complementar 555/2014 MT
Deslocamento para o local de
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO.
de Goiás, de 11 de novembro de 2004.

304 - ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO 266


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 304 ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO.
PROCEDIMENTO: 304.1 Acompanhamento e cerco a veículo.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificação do veículo produto de ilícito ou ocupado por pessoa(s) em fundada
suspeita por meio do sistema da tecnologia embarcada;
2. Deslocamento da viatura, mantendo-se a visibilidade do veículo acompanhado;
3. Irradiação, pela rede de rádio, dos posicionamentos ao longo do acompanhamento;
4. Cerco pelas outras viaturas ao veículo a ser abordado;
5. Abordagem ao veículo.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Ao deparar com veículo ocupado por pessoa(s) em fundada suspeita, verificar as placas
através do sistema de tecnologia embarcada ou pelo Centro de Operações/CIOSP para
constatação de ser ou não produto de roubo ou furto;
2. Se for confirmada a suspeita, informar ao Centro de Operações, sua localização e direção;
3. Informar a quantidade de ocupantes do veículo, características e outras informações
necessárias ao planejamento do cerco, bem como a natureza da suspeição;
4. Mentalizar um mapeamento da área para posicionamento das viaturas;
5. Demais guarnições deverão disponibilizar a rede rádio (prioridade) para a ocorrência de
acompanhamento e cerco de veículo;
6. O comandante da guarnição, que acompanha o veículo, é quem deverá dar as coordenadas
para o cerco, em conformidade com o CPU que determinará as Guarnições de apoio ao
cerco;
7. A comunicação deverá ser objetiva;
8. As Guarnições de apoio determinadas pelo CPU deverão modular informando
objetivamente o prefixo, local e rumo que estão se posicionando;
9. Fazer acompanhamento à distância, informando de forma clara e efetiva sempre a
localização;
10. Aguardar apoio e local apropriado para abordagem;
11. Aguardar um correto posicionamento das demais viaturas para a abordagem;
12. Abordar o veículo (vide POP 205), com a viatura de apoio auxiliando a abordagem,
prestando segurança à Equipe que aborda;
13. Vistoriar o veículo (vide POP 201.5);
14. Percorrer em sentido contrário ao acompanhamento à procura de objetos ou armas
dispensadas.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a resposta da consulta das placas seja rápida;
2. Rápida análise pelo Centro de Operações de alguma ocorrência envolvendo o veículo
suspeito;
3. Que o acompanhamento não seja percebido pelos ocupantes do veículo a ser abordado;
4. Que o PM, coordenador do cerco, tenha a necessária calma na transmissão dos dados e
seus posicionamentos;
5. Que não ocorra acidentes nem infrações do Código de Trânsito Brasileiro durante o
acompanhamento ao veículo a ser abordado;
6. Que durante a abordagem, a PM esteja em superioridade numérica e de meios;
7. Que os indivíduos sejam revistados e conduzidos se necessário para as providências legais;
8. Que as guarnições logrem êxito na investida ao veículo suspeito.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se os ocupantes do veículo perceberem a presença da viatura, tentar manter a distância de
acompanhamento e informar a situação ao Centro de Operações;
2. Verificar se será dispensado por parte dos suspeitos: armas, drogas ou objetos ilícitos,

304 - ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO 267


devendo informar a situação aos demais na rede rádio;
3. Se o veículo suspeito parar durante o acompanhamento, somente deverá ser abordado se
houver superioridade numérica por parte dos policiais; caso contrário, aguardar a chegada
de apoio;
4. Em última hipótese, se iniciará o encalço no intuito de abordar o veículo;
5. Ao executar a abordagem, havendo resistência, abrigar-se e empregar os meios
necessários através do uso progressivo da força para neutralizar a ação de reação;
6. Informar as evoluções do acompanhamento ao Centro Operações no caso de resistência
em movimento ou parado, com disparos de arma de fogo por parte dos infratores;
7. No caso da parada do veículo e fuga dos suspeitos a pé, informar o Centro de Operações e
jamais abandonar o veículo utilizado, o qual poderá ter objetos que ligue o envolvimento
destes em algum crime;
8. Não utilizar gírias quanto à transmissão de informações;
9. Parar o acompanhamento e/ou o encalço quando algum dos veículos se envolverem em
acidente de trânsito com vítima, ou ainda quando houver vítimas por disparos de arma de
fogo efetuados pelos envolvidos na ocorrência, devendo a guarnição prestar socorro
imediatamente;
10. Quando no acompanhamento houver mudança de área, circunscrição ou Estado, continuar
o acompanhamento utilizando os meios necessários para informar seu responsável o mais
11. rápido possível, para conhecimento e apoio.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de fornecer via rádio os dados necessários para o apoio das demais viaturas;
2. Agir isoladamente, sem aguardar apoio, quando não houver a superioridade numérica da
guarnição em relação aos abordados;
3. Não solicitar a verificação das placas pelo Centro de Operações antes da abordagem se
possível;
4. Encalçar o veículo, sem qualquer iniciativa anterior de acompanhamento e cerco;
5. Disparar arma de fogo no intuito de parar o veículo, como advertência ou contra o vidro
traseiro e porta-malas, alvejando um possível refém;
6. Dos disparos efetuados acertar transeuntes;
7. Ser surpreendido por escolta do veículo suspeito;
8. Abordar o veículo suspeito em local pré-determinado por estes, sujeito a emboscada;
9. Perder o veículo suspeito;
10. Deixar de realizar inspeção no trajeto e no local da abordagem;
11. Abordar o veículo em local impróprio, causando insegurança aos transeuntes;
12. Resultar baixas de reféns, transeuntes e policiais;
13. Envolver-se em acidente de trânsito principalmente do tipo atropelamento;
14. Não informar a rede após a execução da abordagem e controle dos ocupantes do veículo
suspeito, podendo ocorrer deslocamentos desnecessários ao apoio;
15. Desgastar a Instituição Polícia Militar, ao proceder um encalço por motivo irrelevante tipo:
condutor inabilitado ou com problemas na documentação do veículo.

ESCLARECIMENTOS:

1. LOCALIZAÇÃO E DIREÇÃO:
a. Nome da rua, avenida, estrada, praça, logradouro, etc.;
b. Pontos de referência;
c. Sentido e possíveis rotas a serem utilizadas pelo veículo suspeito;
d. Possíveis itinerários para as viaturas de apoio.
2. FATORES:
a. Condições do tempo: as suas variáveis como: noite – dia, chuva – neblina;
b. Condições do terreno: fatores físicos da área: tamanho da via, inclinação, desfiladeiros,
pontos e vias de fugas (estradas, favelas e matagais, etc.);
c. Comandantes: a personalidade dos CPU. e Cmt de Guarnição deve ser firme, devendo ser
estes preparados para diversas missões. Disto vai depender a correta execução dos planos
estratégicos;
d. Evitar se envolver em acidente de trânsito.
3. ACOMPANHAMENTO À DISTÂNCIA: É o ato de seguir um veículo suspeito ou
sabidamente ocupado por marginais, que se encontra em deslocamento, com variação de
velocidade, conforme as condições normais de tráfego. O acompanhamento deve ser
realizado a uma distância tal que permita aos policiais manter o contato visual com o veículo

304 - ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO 268


e seus ocupantes, e também seguir, com segurança na sua trajetória.
4. ENCALÇO: É o ato de seguir um veículo suspeito ou sabidamente ocupado por marginais,
em alta velocidade, EVITANDO risco tanto para os policiais militares, como também, o
público e os ocupantes (marginais) do veículo a ser abordado. Obs: não pode ser descartada
a possibilidade de haver reféns no interior do veículo.
5. PERSEGUIÇÃO: É o ato de seguir um veículo suspeito ou sabidamente ocupado por
marginais, em alta velocidade, contando exclusivamente com as possibilidades da equipe
policial, COLOCANDO em risco, tanto os policiais militares, como também, o público e os
ocupantes (marginais) do veículo a ser abordado.
6. LOCAL APROPRIADO PARA ABORDAGEM: Local de baixo fluxo de pessoas e veículos.
a. Local de poucos pontos de fuga para os suspeitos ou marginais.
b. Pontos de abrigo e cobertura disponíveis aos policiais.
c. Preferencialmente local plano e de boa visibilidade.
7. LOCAL IMPRÓPRIO PARA ABORDAGEM:
a. Pontes;
b. Hospitais;
c. Viadutos;
d. Área escolar;
e. Local movimentado;
f. Outros.

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 1
Acompanhamento e cerco a veículo.

Fig. 2
Localização do veículo suspeito

304 - ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO 269


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - III
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
305
PROCESSO BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Viaturas;
3. Cones;
4. Sinalizadores intermitentes para apor sobre os cones;
5. Coletes refletivos;
6. Arma longa para o segurança geral;
7. Tábua (Cama) de Faquir (Mike Spike);
8. Prancheta;
9. Formulários de B.O;
10. Planilha para relação de veículos vistoriados e pessoas abordadas;
11. Talão de AIT (Auto de Infração de Trânsito);
12. Talão de Auto de Apreensão de Veículo;
13. Dispositivos de tecnologia embarcada disponíveis
14. CTB (Código de Trânsito Brasileiro);
15. Algemas sobressalentes;
16. Armas eletroeletrônicas de incapacitação neuromuscular temporária;
17. Farol auxiliar (cilibrim).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Preparação do bloqueio. 1. Planejamento do bloqueio;
2. Montagem do bloqueio;
3. Comando do bloqueio;
4. Segurança no bloqueio;
Execução do bloqueio. 5. Seleção de veículos no bloqueio;
6. Busca pessoal (vide POP 201.4);
7. Busca Veicular (vide POP 201.5);
Encerramento do bloqueio. 8. Finalização do bloqueio.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Identificação do Condutor. Art. 68 das Contravenções Penais e art. 159 do CTB
Desobediência (art. 330) do CP. Desacato (art. 331) do CP.
Resistência por Parte da
Resistência (art. 329) do CP.
Pessoa a ser abordada.
Artigo 68 das Contravenções Penais (Dec.-Lei 3688/41).
Trânsito. Código de Trânsito Brasileiro (C.T.B.).
Comando de Trânsito. Diretriz de Ação Operacional (DAO) 021/PM-3/96, item 3, alínea “a”
Bloqueio Relâmpago. Diretriz de Ação Operacional (DAO) 021/PM-3/96, item 3, alínea “e”.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado de
POP-PMGO.
Goiás, de 11 de novembro de 2004.

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 270


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 305 BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA.
PROCEDIMENTO: 305.1 Planejamento do bloqueio.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Estabelecimento de uma programação coerente com o resultado desejado (duração, horário e
local);
2. Observância de todos os itens de planejamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Basear-se nas estatísticas do tipo de delito a ser combatido, observando o local, dias da
semana, dias do mês, horário de maior incidência criminal, valendo-se, dentre outros
elementos, do Princípio de Pareto;
2. Estabelecer quais os objetivos principais a serem atingidos na operação, a fim de que as ações
sejam coerentes;
3. Programar dia, horário e duração da operação, atentando-se para evitar a formação de
congestionamentos e longa permanência no mesmo lugar;
4. Escolher local, observando-se os critérios de objetividade e segurança, com trecho extenso
o suficiente para haver sinalização, bolsão de vistoria, área de veículos recolhidos e
estacionamento de viaturas;
5. Prever efetivo para a distribuição das diversas funções na operação como: selecionador,
vistoriador(es), segurança e anotador.
6. Prever a necessidade de policial(ais) feminino(s) para as buscas pessoais em mulheres;
7. Prever meios de sinalização;
8. Prever viaturas, armamentos, coletes balísticos e comunicação;
9. Para bloqueio noturno, prever sinalização própria;
10. Prever solicitação de meios não existentes na UPM;
11. Divulgar previamente ao efetivo, o propósito da operação e as metas a serem atingidas;
12. Ter sempre um guincho disponível no local do bloqueio, antes mesmo do início das
abordagens, a fim de realizar a remoção dos veículos apreendidos.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as operações sejam realizadas onde e quando realmente haja necessidade;
2. Que haja um resultado positivo perante a sociedade (detenção de criminosos e foragidos da
Justiça, apreensões de veículos roubados e/ou furtados, apreensões de drogas e
entorpecentes, apreensão de armas de fogo, apreensões de materiais ilícitos, orientações de
segurança com distribuição de panfletos, etc);
3. Não ocorrência de acidentes, durante a operação, tanto em relação aos PPMM, quanto aos
cidadãos;
4. Efetividade, considerando os meios humanos e materiais disponíveis e compatíveis ao
tamanho e à periculosidade da operação a ser realizada;
5. Atuação ostensiva e preventiva da Polícia Militar perante a sociedade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se acontecerem imprevistos que reduzam a efetividade da operação, adequar os meios
disponíveis, atentando-se para a segurança dos policiais e da população;
2. Solicitar apoio de efetivo, quando necessário;
3. Solicitar apoio de material, quando necessário;
4. Em caso de mau tempo, (garoa forte, chuva, muita neblina) suspender temporariamente ou
encerrar a operação, a fim de evitar acidentes e/ou danos.
5. Caso a operação tenha que durar algumas horas, verificar a possibilidade de mudanças de
pontos de bloqueio, pois quanto maior é a duração, menor é a sua produtividade no local (salvo
casos específicos);
6. Deve-se ter preocupação com o local escolhido para a realização do bloqueio, procurando
executar no mais adequado e que favoreça os ocupantes dos veículos para que tenham visão
das viaturas, a pelo menos duzentos metros do bloqueio;

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 271


7. A fim de se evitar que motoristas tentem fugir do bloqueio e utilizem vias secundárias para a
fuga, não montar o bloqueio próximo a cruzamentos, antes de rótula, convergências de pistas,
etc.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Utilizar dados estatísticos incorretos ou incompletos;
2. Não divulgar ao efetivo disponível os objetivos e metas a serem atingidas pela operação;
3. Mesmo sem meios humanos e materiais adequados realizar a operação, colocando em risco a
sociedade e os policiais;
4. Não estabelecer coerentemente o horário, local e duração da operação;
5. Não prever a suspensão temporária ou o encerramento da operação, assim que as condições
climáticas determinarem;
6. Distribuir indistintamente as diversas funções para a operação, sem que os meios humanos
sejam otimizados;
7. Deixar de prever limites e controles para as eventuais mudanças necessárias à realização da
operação;
8. Não possuir um guincho para o apoio da operação.
9. Não observar as técnicas de busca pessoal e busca veicular (vide POP 201.4 e 201.5);
10. Na tentativa de fuga do bloqueio de algum veículo, efetuar disparos de arma de fogo, não
sabendo o motivo pelo qual se deu a fuga.

ESCLARECIMENTOS:

1. PRINCÍPIO DE PARETO: Princípio através do qual o administrador deve combater as causas


mais evidentes de problemas, com a maior parte de seus recursos disponíveis, visando a
diminuição real dessas falhas. Na atividade policial militar, o princípio de Pareto deve ser
empregado de forma a usarmos novos recursos, em especial nas operações, buscando os
locais e horários de maior incidência criminal, para termos mais eficácia e consequente
otimização dos meios humanos e materiais.
2. CONGESTIONAMENTO: Evitar formação de congestionamento, ou seja:
a. Fora dos horários de maior fluxo de veículos, geralmente às sextas-feiras e vésperas de
feriados;
b. Em locais que, pelas dimensões e topografia (curvas, aclives e declives), prejudiquem
sobremaneira a fluidez e a segurança do tráfego.
3. DURAÇÃO DO BLOQUEIO: permanecer de 45 a 60 minutos (máximo 60 minutos) no mesmo
ponto de bloqueio.
4. OBJETIVIDADE: Os objetivos do bloqueio devem estar estabelecidos no planejamento,
podendo ser de caráter de fiscalização (administrativa) ou ainda de repressão a ações
criminosas (abordagem em fundada suspeita ou infrator da lei).
a. Abordagem em caráter de prevenção e repressão imediata: O bloqueio será realizado com
04 policiais, sendo que as abordagens estão previstas no Módulo II.
b. Abordagem em caráter de fiscalização de trânsito: Atividade policial que tem objetivo de
verificar se o cidadão que está transitando na via pública está de acordo com as exigências
legais para situações específicas. Como exemplos podemos citar a fiscalização de trânsito,
onde o condutor do veículo é obrigado a possuir CNH e estar com seu veículo devidamente
registrado e licenciado, além de mantê-lo em bom estado de conservação e segurança. Outro
exemplo de atuação da PM em fiscalização, são as ações de apoio a SEFAZ e Órgãos
Ambientais.
5. SEGURANÇA NO BLOQUEIO: Verificar quem não tem experiência em operação bloqueio ou
quem seja estagiário, a fim de ser designado para trabalhar junto aos experientes; outros
critérios:
a. Local que iniba a tentativa de fuga (avenidas ou ruas que sejam largas o suficiente para a
realização da operação, sem travessas ou cruzamentos anteriores ao ponto de bloqueio);
b. Boa visibilidade: pontos para o posicionamento dos policiais (seguranças) mais altos, junto a
muros ou paredes;
c. Extenso o suficiente para a montagem correta do dispositivo;
d. Não ser logo após curvas ou declives.
6. MEIOS DE SINALIZAÇÃO:
a. Básica: cone, coletes refletivos, bastão sinalizador e sinalizadores luminosos para sobrepor nos
cones;
b. Complementar: cavaletes, fitas plásticas de cor amarela e preta e ainda placas de sinalização
e indicação.
7. ARMAMENTOS NO BLOQUEIO: Os armamentos deverão ser compatíveis com a
periculosidade da operação e os objetivos propostos, mas de forma geral:
305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 272
a. Os policiais militares portam seus respectivos armamentos (pistola Glock);
b. O policial militar na função de segurança deve portar arma longa disponível na unidade.
8. BLOQUEIO NOTURNO:
a. Para o selecionador: colete refletivo, bastão sinalizador;
b. Para a sinalização: cone refletivo, faixa refletiva, sinalizador luminoso para sobrepor nos cones.
9. PREVER O EFETIVO COMPATÍVEL: Número suficiente de Policiais Militares para executar as
diversas tarefas, mas sem excesso e ociosidade, preservando-se com isso, o efetivo
operacional da Unidade Policial empregada. Sendo que o mínimo de Policiais a serem
empregados em um bloqueio é de 04 (quatro) PM (para uma base de vistoria) e o máximo de
12 (doze) PM (para três bases de vistoria).
Observação: Somente poderá ser realizado bloqueio em vias com sentido duplo se houver
acostamento, que garanta abordagens com segurança.

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 273


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 305 BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA.
PROCEDIMENTO: 305.2 Montagem do bloqueio.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Montagem rápida do bloqueio;
2. Posicionamento dos policiais militares e viaturas no terreno.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Chegar ao ponto de bloqueio;
2. Começar a sinalização do local desde o ponto de início do bloqueio, de forma breve,
possibilitando o imediato começo das atividades;
3. Estacionar uma viatura no início do bloqueio, com seu sistema de iluminação acionado,
obrigatoriamente fora da faixa de rolamento (acostamento);
4. Caso hajam outras viaturas empregadas, estacioná-las no local do término de bloqueio, sem
atrapalhar o trânsito e a 45º em relação à calçada, a fim de poderem ser prontamente
utilizadas;
5. Os dispositivos luminosos de emergência e os faróis permanecem acionados;
6. Formar as bases de vistoria de veículos de acordo com o efetivo e os meios à disposição;
7. Informar via fone o Centro de Operações/CIOSP da realização e o local do bloqueio;
8. Reservar um local onde se vai colocar os veículos apreendidos até a chegada do guincho,
para posterior condução ao depósito público pertinente;
9. Estando posicionados no terreno, reforçar para cada policial militar de sua função dentro do
10. bloqueio e as providências a serem adotadas quando depararem com alguma irregularidade.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Conferência e controle do efetivo e meios escalados em suas devidas posições;
2. Transmissão rápida de ordens;
3. Brevidade para a montagem da operação;
4. Sinalização adequada do local;
5. A não ocorrência de acidentes durante a montagem do dispositivo;
6. Montagem do dispositivo de bloqueio em local apropriado;
7. Orientação correta das atribuições a todos os policiais militares envolvidos no bloqueio;
8. Que seja designado um policial para contabilizar os quantitativos de pessoas e veículos
abordados.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso alguma viatura ou policial militar estejam mal posicionados, corrigi-los prontamente
antes do início das atividades;
2. Caso um policial militar fique isolado ou alheio às atividades, corrigi-lo prontamente;
3. Sempre observar a comunicação entre os policiais militares;
4. Mudar o local de bloqueio, caso esteja em local impróprio para realizá-lo no momento da
operação ou suspendê-lo temporariamente caso as condições climáticas estejam
desfavoráveis;
5. Ser objetivo nas comunicações via rádio.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não transmissão de ordens gerais e específicas aos policiais;
2. Demora na montagem do bloqueio, ou ainda, em local inapropriado;
3. Falta de sinalização adequada, quer diurna ou noturna;
4. Não solicitar apoio de efetivo ou meios para o auxílio no dispositivo, quando necessário;
5. Não conferir o efetivo e meios escalados previstos;
6. Permanecer no ponto de bloqueio, caso esteja em local impróprio para realizá-lo;
7. Estacionar as viaturas incorretamente;
8. Não orientar tropa a respeito das atividades policiais a serem desencadeadas;
9. Não informar via fone o CIOSP da montagem e realização do bloqueio para um eventual
apoio.

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 274


MODELO DE FORMULÁRIO DE ANOTAÇÕES DO BLOQUEIO:

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO


OPM

LOCAL DO BLOQUEIO:
COMANDANTE: DATA:

FORMULÁRIO DE ANOTAÇÕES DE
BLOQUEIO PM
1. NOME CONDUTOR:
VEICULO: PLACA: CNH:
OBSERVAÇÕES:
NÚMERO DE OCUPANTES: HORÁRIO:
2. NOME CONDUTOR:
VEICULO: PLACA: CNH:
OBSERVAÇÕES:
3. NOME CONDUTOR:
VEICULO: PLACA: CNH:
OBSERVAÇÕES:
4. NOME CONDUTOR:
VEICULO: PLACA: CNH:
OBSERVAÇÕES:
5. NOME CONDUTOR:
VEICULO: PLACA: CNH:
OBSERVAÇÕES:
6. etc.

ESCLARECIMENTOS:

1. VIATURA NO INÍCIO DO BLOQUEIO:


a. Identifica a realização do bloqueio;
b. Serve de proteção física aos Policiais Militares;
c. Apoio de comunicação ao selecionador e seu segurança;
d. Utilizada para acompanhamento de veículos que fujam do bloqueio.
2. DISPOSITIVOS LUMINOSOS DAS VIATURAS: o Comandante da operação pode
determinar que se desliguem os dispositivos luminosos de alguma viatura, dependendo de
sua posição estratégica e condições do terreno.
3. BASES DE VISTORIAS: o número de bases de vistoria de veículos deve ser proporcional:
a. Ao efetivo à disposição da operação;
b. Aos meios disponibilizados para a operação;
c. À topografia do terreno.
Obs.: Cada base de vistoria deve ser composta, minimamente, por 02 (dois) policiais
militares (vistoriadores);
4. 4° HOMEM: Será o responsável pela cautela e distribuição dos cones de acordo com a via.

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 275


ILUSTRAÇÕES:

Fig. 1
Bloqueio com 4 (quatro) policiais em via com sentido duplo.
1º homem – Comandante. 3º homem – Segurança do bloqueio.
2º homem – Selecionador. 4º homem – Vistoriador.

Fig. 2
Bloqueio com 6 (seis) policiais em via com sentido duplo.
2ª Viatura
1ª Viatura
1º homem - Segurança do
1º homem - Comandante.
bloqueio.
2º homem - Selecionador.
2º homem - Anotador
3º homem – Vistoriador 1.
3º homem – Vistoriador 2.

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 276


Fig. 3
Bloqueio com 12 (doze) policiais em via com sentido duplo.
1ª Viatura 2ª Viatura 3ª Viatura
1º homem – Comandante. 1º homem – Anotador 1º homem – Supervisor.
2º homem – Motorista VTR 1. circulante. 2º homem – Selecionador.
3º homem – Segurança do bloqueio. 2º homem – Vistoriador 2. 3º homem – Vistoriador 5.
4º homem – Vistoriador 1. 3º homem – Vistoriador 3. 4º homem – Vistoriador 6.
4º homem – Vistoriador 4.

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 277


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 305 BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA.
PROCEDIMENTO: 305.3 Comando do bloqueio.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Distribuição e coordenação das diversas missões específicas dentro do bloqueio;
2. Supervisão de todas as fases de desencadeamento do bloqueio;
3. Acompanhamento dos casos de prisões, detenções, retenções, confecções de AIT’s e BO,
designando condutores da ocorrência à Repartição Pública pertinente, ou ainda, caso seja
imprescindível, conduzi-la pessoalmente;
4. Fechamento das atividades, coleta de dados da operação;
5. Elaboração e entrega (após o encerramento da operação), do Relatório Final da Operação
em tempo hábil, previamente determinado pelo seu Comandante.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. A fim de evitar que pessoas não-autorizadas, que estejam na escuta da rede-rádio, saibam
sobre o planejamento do bloqueio, informar via fone ao Centro de Operações/CIOSP, todos
os dados da atividade. Bem como, orientar ao controlador do Centro de Operações/CIOSP,
a fim de que não pergunte ou fale sobre os locais de bloqueio durante suas transmissões
na rede- rádio;
2. Atuar ou até interferir nas diversas etapas do bloqueio;
3. Distribuir, em função dos PM escalados, quais as atividades que cada um desempenhará,
detalhando-as, a fim de que não haja dúvidas e efetuar a checagem do armamento e
equipamento disponível;
4. Formar as bases de vistoria da operação;
5. Ficar em ponto onde tenha visão de todo o bloqueio;
6. Decidir sobre a liberação de efetivo, viaturas e ainda sobre os procedimentos a serem
adotados na condução de flagrantes;
7. Acompanhar as detenções, prisões, retenções, elaboração de AIT’s e apreensões
realizadas no bloqueio, deliberando sobre os condutores da ocorrência, conduzindo-a
pessoalmente à Repartição Pública pertinente, quando necessário;
8. Elaborar o relatório da Operação com o maior número de dados possíveis e exigidos para
tal;
9. Ter total controle operacional e disciplinar de seu efetivo.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Não divulgação pela rede-rádio dos horários, prefixos de viaturas e pontos de bloqueio a
serem realizados, somente via-fone;
2. Fazer as mudanças necessárias na estrutura do bloqueio, visando a objetividade e
segurança;
3. Escalar os PM nas funções que lhes sejam mais adequadas, em função do conhecimento
do serviço e de suas características individuais, principalmente no que tange aos: pré-
selecionador ou selecionador;
4. Suspender o bloqueio quando estiver comprometida a segurança da operação;
5. Divulgação dos resultados após 30 minutos do término da operação;
6. Elaboração de Relatório completo da operação;
7. Não envolvimento em ocorrências improdutivas.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Acompanhar todas as fases de desencadeamento do bloqueio;
2. A qualquer momento, fazer as mudanças oportunas;
3. Se necessário, trocar PM de função;
4. Prestar orientação aos policiais militares;
5. Em caso de dúvida, consultar a legislação;
6. Suspender temporariamente o bloqueio, com a retirada do material de sinalização, se

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 278


houver congestionamento ou se começar a chover, garoar fortemente ou excessiva neblina;
7. Conferência dos dados do relatório e seus anexos antes de sua entrega;
8. Formar as bases de vistoria proporcional ao número de vistoriadores, a fim de que não
ocorram filas, as quais diminuem a segurança do bloqueio;
9. Manter a Central de Operações informada, caso seja solicitado ou se envolva em
ocorrências.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Divulgar, pela rede-rádio, horários, prefixos de viaturas envolvidas e ponto(s) de bloqueio,
antecipadamente e durante a realização dos mesmos;
2. Deixar de realizar o bloqueio por falta de algo que pudesse ser providenciado no próprio
local ou antecipadamente, como por exemplo, material necessário;
3. Realizar o bloqueio sem atentar-se para a consecução dos objetivos ou ainda sem
segurança;
4. Não escalar os PM nas funções que lhes sejam mais adequadas;
5. Estar alheio às ocorrências durante a operação (Detenções, notificações, apreensões,
etc...);
6. Não divulgar em tempo hábil os resultados da operação;
7. Não elaborar relatório completo final da operação;
8. Não orientar sua tropa sobre as atividades a serem desenvolvidas por cada integrante do
bloqueio;
9. Não ter o devido controle de sua tropa, vindo a envolver-se em ocorrências improdutivas ou
em fatos que possam denegrir a imagem da Corporação.

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 279


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÒDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 305 BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA.
PROCEDIMENTO: 305.4 Segurança no bloqueio.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Estar devidamente posicionado, a fim de que tenha o campo visual mais amplo possível;
2. Estar atento ao ambiente externo à área do bloqueio, demonstrando grande atenção e
ostensividade;
3. Manter-se pronto para a defesa armada da operação bloqueio, se necessário;
4. Apoio nas abordagens com vários indivíduos.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Após designação para a missão de segurança, pegar o armamento disponível, conferindo-
o;
2. Posicionar-se no local, conforme determinação recebida, observando pontos de cobertura
e abrigo para os casos em que o bloqueio seja alvo de agressão e necessite de pronta e
justa reação;
3. Estar atento às indicações do policial encarregado do rádio (informações pertinentes);
4. Estar atento às indicações do policial militar selecionador;
5. Nos casos de tentativa de fuga do bloqueio, JAMAIS, atirar em direção ao veículo; iniciar
acompanhamento e cerco (vide POP 304);
6. Não permitir que transeuntes passem entre os veículos e as pessoas que estão sendo
abordadas;
7. Tão logo um veículo ocupado com várias pessoas pare para ser vistoriado, o segurança se
aproxima para o devido apoio aos vistoriadores;
8. Manter-se em postura ostensiva, atenta, com seu armamento portátil na “posição sul”.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o nível de segurança seja sempre alto e proporcional ao grau de periculosidade do
local onde está sendo realizado o bloqueio e seus objetivos;
2. Que o policial militar segurança sempre esteja pronto para apoiar os vistoriadores do
bloqueio quando necessário.;
3. Que se mantenha bem posicionado para defender, prontamente, os policiais em caso de
haver ações agressivas contra o bloqueio;
4. Fazer o uso correto do armamento, manuseando-o com destreza e segurança;
5. Interceptar, prontamente, o(s) veículo(s) indicados como sendo ilícitos ou que tenha se
evadido de alguma viatura da região;
6. Executar eficazmente escolta das pessoas detidas durante o bloqueio, até que sejam
encaminhadas;
7. Em caso de fuga ou evasão de veículo do bloqueio, transmitir o mais rápido possível as
características do veículo, ao comunicador de rádio para irradiação na rede rádio,
objetivando o acompanhamento e o cerco policial (vide POP 304.1);
8. Que o PM escalado nesta função, não acumule outras responsabilidades no bloqueio.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Reposicionar-se no terreno caso tenha cessado qualquer apoio aos vistoriadores;
2. Cobrar do operador de rádio se houve alguma irradiação de interesse do bloqueio;
3. Manter-se com o campo visual amplo, dando segurança a todos no bloqueio;
4. Caso haja detenção, prisão em flagrante de pessoas, apoiar e fazer suas escoltas para
condução à Autoridade Policial Judiciária ou órgão competente;
5. Executar a guarda efetiva dos detidos, sem deixá-los sozinhos;
6. Não permitir a comunicação entre os detidos, em qualquer momento;
7. Estar atento com o seu armamento.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Disparar armamento desnecessariamente, principalmente na hipótese de um veículo

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 280


empreender fuga do bloqueio;
2. Permanecer desatento e alheio às atividades do bloqueio;
3. Posicionar-se sem ter amplo campo visual e em desacordo ao ponto determinado pelo
comandante do bloqueio;
4. Não apoiar os vistoriadores quando houver grande número de ocupantes nos veículos;
5. Permitir que transeuntes passem pelo bloqueio, atrapalhando o serviço e pondo em risco a
segurança;
6. Não observar os veículos indicados como sendo produto de crime ou evadidos de outros
bloqueios ou viaturas da região;
7. Não saber manusear o armamento ou não ser habilitado para seu uso.

ESCLARECIMENTOS:

1. TENTATIVA DE FUGA DO BLOQUEIO: JAMAIS efetuar disparo de arma de fogo, mesmo


como forma de alerta, pois:
a. Fuga não é crime;
b. Do disparo do armamento podem resultar em inocentes feridos ou mortos;
c. Do disparo do armamento pode ocorrer a desproporcionalidade e excesso entre a ação do
condutor infrator (ao não obedecer ao sinal de parada tão somente), e a ação do policial
militar (alvejá-lo pelas costas), sem estar amparado pelos institutos das EXCLUDENTES
DE ILICITUDE.

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 281


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 305 BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA.
PROCEDIMENTO: 305.5 Seleção de veículos no bloqueio.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Posicionamento na pista;
2. Contato com o segurança e com os vistoriadores.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. De acordo com os objetivos propostos para a operação, desenvolver e desempenhar o
critério de seleção;
2. Posicionar-se ao lado da sinalização do bloqueio de modo a ser visto com antecedência
pelos condutores dos veículos;
3. Adotar sempre procedimento seguro, principalmente por ser o primeiro PM do bloqueio a
ser visualizado pelos condutores de veículos;
4. Usar primordialmente gestos e também o apito, para a seleção;
5. Manter contato com o policial militar segurança;
6. Selecionar quantidade de veículos correspondente ao número de bases de vistoria
disponíveis, exceto se o veículo selecionado for alvo de alta suspeita ou o declarado como
sendo produto de crime, atentando para a segurança;
7. Avisar ao vistoriador as eventuais irregularidades a serem constatadas nos veículos
selecionados;
8. Controlar o trânsito para que este passe pelo bloqueio em velocidade moderada;
9. Sinalizar a entrada e saída de veículos do bloqueio, solicitando o apoio do Policial Militar
segurança;
10. Se o veículo selecionado for um táxi, ocupado por passageiros, o PM vistoriador deve antes
de qualquer coisa, verificar no taxímetro o valor apresentado, para que após sua liberação
o motorista abata a diferença do valor final da corrida. Caso seja motorista de aplicativo de
mobilidade, deverá orientar que a espera não deve interferir no valor para seu passageiro.
11. Nos casos de abordagens mencionadas no Módulo II, interromper o fluxo de veículo, com
gestos e silvos.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a seleção dos veículos seja coerente aos objetivos propostos para a operação;
2. Que mantenha a sinalização no início do ponto de bloqueio;
3. Que mantenha um posicionamento seguro, fora da faixa de rolamento de veículos;
4. Que mantenha o número de veículos selecionados proporcional ao número de bases de
vistoria, a fim de que não haja fila de veículos a serem vistoriados;
5. Que comunique sempre aos vistoriadores as irregularidades a serem constatadas, devido à
sua suspeita.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso seja necessária abordagem em pessoa em fundada suspeita ou infrator da lei, deverá
interromper o fluxo de veículos. Havendo congestionamento, o supervisor interrompe o
sentido contrário para o revezamento do fluxo;
2. Buscar sempre o posicionamento adequado na pista;
3. Caso as bases de vistoria estiverem completas, selecionar novos veículos quando uma
delas se desocuparem;
4. Buscar comunicação adequada com os vistoriadores e seguranças da operação;
5. Sinalizar para que os veículos passem pelo bloqueio em velocidade baixa;
6. Selecionar os veículos em estado de suspeição;
7. Estar sempre atento com o fluxo de veículo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Ficar em ponto da pista onde não seja convenientemente visto pelos condutores dos
veículos;

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 282


2. Não gesticular ou fazer-se entender para o estacionamento do veículo nas bases de vistoria;
3. Usar inadequadamente gestos e apitos;
4. Selecionar veículos sem critérios ou em desacordo com os objetivos propostos para a
operação;
5. Não avisar aos vistoriadores sobre as irregularidades observadas;
6. Permitir velocidade alta dos veículos ao passarem pelo o bloqueio;
7. Não estar devidamente equipado, principalmente no que tange ao colete refletivo e bastão
sinalizador.

ESCLARECIMENTOS:

1. CRITÉRIO DE SELEÇÃO:
a. Conforme o objetivo do bloqueio, será estabelecido sobre qual tipo de veículo (passeio, carga,
moto, lotação) estará centrada a atenção do selecionador, como nos casos de operações
específicas, bem como, obviamente, a fundada suspeita nas atitudes dos condutores ou
ocupantes dos veículos.
b. Exemplos de operações específicas: Ônibus, Caminhão (crimes como roubo ou furto do
caminhão e sua carga), Táxi (furto ou roubo do auto, "sequestro-relâmpago"), conjunta com
outros órgãos (Polícia Civil, Receita Estadual – ICMS).
2. PROCEDIMENTO SEGURO: a atitude e as ações do selecionador repercutirão para todos
os presentes no local:
a. Para os PM no bloqueio;
b. Para os demais usuários da via.
3. QUANTIDADE DE VEÍCULOS: Deverá selecionar os veículos à medida que há bases de
vistoria disponíveis para a execução das abordagens policiais, evitando-se filas de espera, as
quais diminuem a segurança no bloqueio;
4. VELOCIDADE MODERADA: ao passar pelo bloqueio o veículo deverá estar em
velocidade:
a. Sempre inferior à habitual na via;
b. Que permita observar a sinalização existente;
c. Que permita manter a segurança da operação;
d. Que evite acidentes.

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 283


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 305 BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA.
PROCEDIMENTO: 305.6 Finalização do bloqueio.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Liberação da via;
2. Encaminhamento de todos os documentos referentes à operação.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Dar a ordem de término da operação;
2. Fechar a entrada de veículos;
3. Encerrar as vistorias dos veículos remanescentes;
4. Determinação do responsável pela confecção do relatório final;
5. Recolher os meios utilizados em sentido contrário ao fluxo de trânsito (os últimos meios a serem
recolhidos são os cones que sinalizam o ponto do início do bloqueio);
6. Liberar a via, atentando-se para a segurança do efetivo e do trânsito;
7. Se necessário, o Comandante deixa de retornar ao policiamento e comparece à Repartição
Pública Pertinente para acompanhar a ocorrência;
8. Ao término, divulgação e encaminhamento, pelo comandante, do relatório final da operação e de
outros documentos eventualmente elaborados;
9. Solicitar de forma antecipada o apoio do guincho para um eventual encaminhamento de veículos
apreendidos ao órgão competente.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Encerramento do bloqueio no horário previsto;
2. Não manter desnecessariamente no local os policiais militares após o bloqueio;
3. Transmissão de resultados;
4. Confecção de relatório;
5. Recolhimento de todos os meios, de forma segura;
6. Não haver acidentes ao término do bloqueio;
7. Encaminhamento de todos os documentos produzidos;
8. Prisão de infratores da lei, apreensões de veículos roubados e/ou furtados, de substâncias tóxicas
e/ou entorpecentes, armas de fogo ou materiais ilícitos.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Ser breve para adoção de medidas necessárias ao término da operação;
2. Através de delegação, distribuir responsabilidades para atividades específicas, como escoltar os
veículos apreendidos até o pátio de recolhimento, se for o caso;
3. Checar se todas as providências necessárias estão sendo tomadas para o recolhimento do
material utilizado;
4. Adotar todas as medidas reparatórias necessárias;
5. Ao fim do serviço, conferir se todas as atividades previstas foram feitas;
6. Verificar se não há documentação de algum condutor em meio aos apontamentos ou formulários.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não encerrar a operação no horário pré-estabelecido ou quando as condições climáticas assim
determinarem;
2. Permanência do efetivo no local após o bloqueio;
3. Não haver a transmissão dos resultados finais;
4. Não haver a confecção de relatório;
5. Ocorrer extravio de meios após a operação;
6. Ocorrer acidentes durante o encerramento do bloqueio por falta de sinalização adequada;
7. Atraso no encaminhamento de documentos;
8. Retenção de veículos ou documentos de forma irregular;
9. Ficar com os veículos apreendidos no local, à espera de um guincho para o devido
encaminhamento ao depósito público.

305 - BLOQUEIO POLICIAL NA VIA PÚBLICA 284


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - III
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
306
PROCESSO ATENDIMENTO EMERGENCIAL - 190
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Smartphone institucional
2. Caneta;
3. Planilha de trote;
4. Planilha de SOP (Serviço de Orientação ao Público);
5. Planilha de atualização de cadastro;
6. Guia do município;
7. Planilha de coleta de dados de ocorrência;
8. Relação de ramais;
9. Relação de telefones úteis para a execução do serviço
10.Bina/gravador DVD/Computador.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Adoção de medidas
1. Atendimento telefônico emergencial -190.
específicas.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Apostila de Treinamento do CIOSP – Supervisão e Atendimento
Atendimento Telefônico.
(SEJUSP).
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado de
POP-PMGO.
Goiás, 04 de junho de 2014.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado do
POP-PMPR
Paraná, de 28 de março de 2019.

COMENTÁRIOS:
1. OPERAÇÃO DE SUPERVISÃO: Supervisionar e monitorar as atividades de todos os
atendentes das áreas sob sua supervisão.
2. OPERAÇÃO DE ATENDIMENTO: Atender chamadas telefônicas da população e transferir
para os despachantes ou atendentes informações.

306 - ATENDIMENTO EMERGENCIAL – 190 285


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 306 ATENDIMENTO EMERGENCIAL - 190.
PROCEDIMENTO: 306.1 Atendimento emergencial - 190.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Contato com o solicitante;
2. Compreender o que o solicitante deseja;
3. Classificação da prioridade da ocorrência;
4. Coleta de informações;
5. Repassar informações fidedignas ao setor de despacho
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Atender ao chamado telefônico ao 1º toque do aparelho, primando pela calma, cortesia,
interesse, presteza, eficiência e tolerância, utilizando a verbalização padrão: “Centro de
Operações/CIOSP/POLÍCIA MILITAR EMERGÊNCIA, SD PM... (nome do atendente)”,
seguido de saudação: “BOM DIA, BOA TARDE OU BOA NOITE, EM QUE POSSO
AJUDÁ- LO(A)?”;
2. A voz deve ser clara, expressiva e natural, nem muito rápida nem muito vagarosa;
3. Não havendo resposta repetir a verbalização padrão por mais uma vez antes de desligar o
aparelho telefônico;
4. Ouvir o solicitante com cortesia, educação, atenção e respeito, interrompendo quando
necessário, visando colher mais informações para a triagem orientação e/ou atendimento;
5. Fazer perguntas que sejam fundamentais para o atendimento, utilizando sempre o
tratamento “SENHOR(A)”;
6. Se a ligação estiver ruim, o atendente deverá usar a seguinte expressão: “O(A) SENHOR(A)
PODERIA REPETIR, POR GENTILEZA, POIS ESTÁ DIFÍCIL DE OUVI-LO(A)”;
7. Sendo ocorrência informar ao solicitante que: “PARA QUE EU POSSA ENVIAR A VIATURA
PARA AJUDÁ-LO(A), É PRECISO QUE O SENHOR(A) ME RESPONDA ALGUMAS
PERGUNTAS”;
8. Quando o assunto for relacionado à solicitação de informações referente à segurança
(denúncias/reclamações), orientar para que ligue no número 0800 65 3939 e se o assunto
for de ordem geral, orientar para que ligue no nº. 102;
9. Perguntar: “QUAL É O NÚMERO DO TELEFONE DE ONDE O(A) SENHOR(A) ESTÁ
LIGANDO?”; atentando quanto ao município e registrando se a ligação for residencial,
comercial, pública ou de celular;
10. Perguntar: “QUAL O SEU NOME?”. Transcrever no campo correspondente do Formulário
de Atendimento;
11. Tratando-se de militar, constar graduação, RG, Nome de guerra/identificação e a unidade a
que pertence;
12. Perguntar: “QUAL O ENDEREÇO ONDE ESTÁ OCORRENDO O FATO?” e se “HÁ ALGUM
PONTO DE REFERÊNCIA?”;
13. Classificar a ocorrência de acordo com o nível de alerta para priorização de atendimento por
parte dos despachantes. Sendo classificado como URGENTE toda ocorrência de natureza
grave em andamento que exige empenho imediato, e NORMAL para ocorrências que podem
ter atendimento ordinário;
14. Em se tratando de ocorrência em andamento de crime contra a pessoa ou contra o
patrimônio, permanecer com o solicitante na linha; acionando concomitantemente o
supervisor de atendimento, para que este coordene as ações em link com o despachante e
o atendente, transmitindo informações imprescindíveis para a(s) viatura(s) que esteja(m) ou
serão empenhadas na ocorrência;
15. Nos casos de ocorrências graves (em andamento ou não), encerrada a fase de interação
(atendente / solicitante), verificar com o supervisor de atendimento sobre as providências a
16. serem tomadas no caso;
17. Quando usar o sistema “OFF-LINE”, além de preencher o formulário padrão, anotar em papel

306 - ATENDIMENTO EMERGENCIAL – 190 286


avulso os devidos dados e repassar ao supervisor de atendimento para o controle geral;
18. Se tratando de ocorrência de data anterior em que não esteja em situação de flagrante delito,
o atendente deverá orientar o cidadão a procurar à Polícia Judiciária Civil para o devido
registro da ocorrência;
19. Durante ocorrências de perturbação do sossego alheio, ex: “som alto”, informar ao solicitante
que esta natureza de ocorrência necessita de representação da vítima para a devida
condução do suspeito;
20. Em ocorrências de violência doméstica, desconfiar que o suspeito possa estar perto da
solicitante durante a ligação, desta forma, o atendente deve entender que a solicitante não
está conseguindo informar o que realmente está ocorrendo pelo local;
21. Encerrar a chamada informando ao solicitante que a solicitação foi registrada e encaminhada
para atendimento, quando não se tratar de Segurança Pública orientar que procure o órgão
competente e no caso de trotes o atendimento deverá ser finalizado com a seguinte
expressão: “ESSA É UMA LINHA DE EMERGÊNCIA, ESTOU FINALIZANDO SUA
CHAMADA”.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o nome “CIOSP ou POLÍCIA MILITAR” seja a primeira expressão a ser ouvida por
qualquer solicitante em qualquer lugar do Estado;
2. Que o solicitante saiba para onde ligou e consiga entender claramente o atendente, evitando
repetições e perda de tempo;
3. Que o atendente tenha uma noção prévia do que está acontecendo, e quais as possíveis
medidas a serem tomadas;
4. Que o atendente conduza a conversa de forma calma e eficiente visando obter do solicitante
o maior número de informações possíveis, que possam subsidiar a guarnição que irá atender
à ocorrência, orientando sua chegada. (exemplo: características de pessoa(s), compleição
física, trajes, número de pessoas envolvidas, diferenciar vítimas dos suspeitos, local exato
da ocorrência, tempo do ocorrido até a ligação etc.);
5. Possibilitar uma visão panorâmica do que está acontecendo antes da Guarnição de serviço
chegar ao local;
6. Que haja a correta definição da prioridade da ocorrência, de acordo com as informações do
solicitante, possibilitando a priorização de despachos das ocorrências mais graves;
7. Facilitar a orientação da rede – rádio no emprego das viaturas, e prisão de delinquentes
infratores da lei;
8. Fazer com que o solicitante sinta confiança na polícia militar, e perceba que o atendente,
reconhece a importância de sua chamada e da necessidade de solucioná-la da melhor e
mais rápida forma possível;
9. Nos casos de trote, informar que a pessoa está incorrendo em crime de comunicação falsa
de crime ou de contravenção penal e liberar a linha o mais rápido possível.
10. Que o atendente tenha atenção ao despachar ocorrências de roubo e furto, despachando
de forma precisa a natureza da ocorrência para as Guarnições;
11. Que o despachador conheça a circunscrição do batalhão cuja canaleta está operando.
12. Que as ocorrências policiais militares sejam repassadas com agilidade;
13. Que todos os solicitantes sejam bem atendidos, esclarecidos e orientados, mesmo nas
chamadas que não configurem emergências.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Não sendo possível atender no 1º toque de chamada, atender o telefone mais breve
possível;
2. Se a ligação estiver inaudível, pedir para que o solicitante ligue novamente;
3. Se o solicitante ligar de telefone celular e se encontrar em outro município que não seja da
área que pertence o Centro de Operações, deverá ser realizada a coleta normal de
informações, tomando as medidas necessárias para atendimento da ocorrência
correspondente e informar ao solicitante quanto ao que será feito, dizendo: “JÁ ESTAMOS
DANDO ENCAMINHAMENTO A SUA OCORRÊNCIA, POR GENTILEZA SE O SR
DESEJAR PODERÁ TELEFONAR PARA O NÚMERO (XXX) QUE CORRESPONDE AO
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA LOCAL”;
4. Ocorrendo dúvidas quanto à classificação da ocorrência, despachá-la como URGENTE e
informar o histórico da ocorrência à Guarnição PM que irá atendê-la;
5. No caso de ocorrência em curso, caindo à ligação, o atendente deverá avisar ao supervisor
para que este ligue para o solicitante, mantendo-se a interação;
6. Detectando-se endereços e telefones até então não cadastrados ou alterados, após o
encerramento do atendimento da ocorrência, providenciar a atualização dos dados em

306 - ATENDIMENTO EMERGENCIAL – 190 287


impresso próprio para posterior correção no banco de dados;
7. Se durante o atendimento o solicitante passar a ofender ou pronunciar palavras de baixo
calão, não retribua as ofensas, simplesmente interrompa a ligação;
8. No caso de trote, contabilizá-lo através de planilha ou software próprio;
9. No caso de o solicitante narrar um fato já ocorrido, que não demande o emprego de viatura,
fazer as necessárias orientações e contabilizar tal atendimento como SOP (Serviço de
Orientação ao Público); no entanto se o solicitante insistir pela presença de uma viatura,
informá-lo que a mesma será deslocada, tão logo as ocorrências de maior urgência sejam
atendidas prioritariamente;
10. Não fornecer números de telefones pessoais dos profissionais da Corporação.
11. Caso a chamada seja solicitação de informação ou reclamação, relacionada à segurança
pública, sugerir que ligue para a ouvidoria da PMMT.
12. Caso o local da emergência esteja fora da área de sua unidade operacional, repassar os
dados ao despachador da respectiva canaleta.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não atender a chamada telefônica até o 3º toque;
2. Não usar a verbalização padrão;
3. Permanecer em ligação telefônica inaudível, não havendo compreensão dos dados
apresentados pelo solicitante, ensejando despacho errôneo da ocorrência;
4. Mesmo com dúvidas nos dados coletados, despachar a ocorrência sem antes esgotar os
recursos técnicos e consultar o supervisor ou demais policiais de serviço;
5. Classificar uma ocorrência “URGENTE” como “NORMAL”, ou vice versa;
6. Falar gírias e termos técnicos que causem embaraços ao solicitante;
7. Deixar o solicitante esperando desnecessariamente;
8. Fazer perguntas desnecessárias ao atendimento solicitado;
9. Utilizar o telefone de emergência para diálogos desnecessários e alheios ao serviço;
10. O atendente encerrar a ligação telefônica sem antes informar ao solicitante das medidas que
serão tomadas pela POLÍCIA MILITAR.

ESCLARECIMENTOS:

1. VERBALIZAÇÃO PADRÃO:
Não utilizar: Alternativas:
Oi, tchau. Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite, Até Logo; A Polícia
Militar agradece
Hum, ha-ha, tá, Ok; Certo, Pois não, Sim;
Né (em excesso), olha, viu; Certo, Portanto, Não é;
A gente; Nós;
Você, tu, meu bem, querida, amigo; O(a) Senhor(a), cidadão;
companheiro, cara, jovem
Um minutinho, um pouquinho; qrx, calma Um Instante, Um Momento, por favor;

Espirro, tosse; aspirar ruidosamente pelo Um Momento - colocar no sigilo;
nariz

306 - ATENDIMENTO EMERGENCIAL – 190 288


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - III
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
307
PROCESSO PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Guia da cidade;
4. Relação de veículos furtados /roubados;
5. Relação de foragidos da justiça;
6. Formulários para relação de veículos vistoriados e pessoas abordadas;
7. Farol auxiliar portátil (celibrim);
8. Fita zebrada para isolamento de local de crime;
9. Pistola Taser;
10. Talão de Auto de Infração de Trânsito;
11. Talão de Auto de Apreensão de Veículo;
12. Talão de auto de resistência a prisão e auto de resistência;
13. Formulários de BO e BA;
14. Código Penal Brasileiro (C.P.B.) e Código de Trânsito Brasileiro (C.T.B.) com suas
Resoluções.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Adoção de medidas específicas. 1. Passagem de serviço motorizado.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Passagem de Serviço Decreto nº. 2.067, de 11 de agosto de 2009. Art. 100 incisos I,
Motorizado. II, III e V do RISG (R-1)
Instruções para Transportes Decreto nº. 2.067, de 11 de agosto de 2009. Art. 100 inciso IV
Motorizados da Polícia Militar. do RISG (R-1)
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO.
de Goiás, de 11 de novembro de 2004.

COMENTÁRIO:
1. DO CONDUTOR: vide art. 15 do Decreto n° 2.067 de 11 de agosto de 2009: “Deverá o
condutor dirigir de forma adequada, dentro dos requisitos de segurança, observando
rigorosamente a legislação de trânsito e devidamente habilitados, desde que observada a
categoria de Carteira Nacional de Habilitação – CNH, mediante assinatura “Termo de
Responsabilidade para Condução de Veículos Oficiais e Auxiliares”.

307 - PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO 289


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: III PROCEDIMENTOS DIVERSOS.
PROCESSO: 307 PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO.
PROCEDIMENTO: 307.1 Passagem de serviço motorizado.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Inspeção da viatura;
2. Verificação dos equipamentos da viatura;
3. Preenchimento de Passagem de serviço, via sistema embarcado.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. O responsável pela entrega da Viatura Policial - VTR proceder a higienização e
abastecimento do veículo, caso a passagem do serviço ocorrer na sede da UPM de lotação
da Guarnição PM. Caso a passagem de serviço seja realizada em outra UPM ou outro local
distante da UPM de origem, o abastecimento deverá ser realizado pelo responsável que
assume o veículo no serviço de dia;
2. A guarnição policial de serviço solicita a supervisão (CPU) e/ou (COPOM) a autorização para
deslocar-se ao local de passagem do serviço;
3. Já no local, retiram todos os seus pertences pessoais, materiais de carga individual e informa
ao Centro de Operações a nova situação da viatura para o próximo turno de serviço;
4. Pessoalmente, o condutor que sai de serviço, transmite ao responsável seguinte (novo
condutor e/ou encarregado (almoxarifado ou responsável P4), todas as informações relativas
à viatura, realizando a assinatura do relatório específico;
5. O condutor sucessor, responsável pela VTR, faz a cautela do RSM (Relatório de Serviço
Motorizado) e a Viatura Policial, junto com o seu CRLV, cartão de abastecimento, chaves e
afins, na seção responsável ou com o condutor que passa o serviço;
6. O novo condutor verifica os materiais e equipamentos da viatura previstos para o serviço e
inicia o procedimento de inspeção e manutenção de 1º escalão da viatura, num prazo
máximo de 15 (quinze) minutos;
7. Preencher o RSM/Check List, sistema embarcado, constando todas as novidades
encontradas na viatura e em seus equipamentos obrigatórios e de carga;
8. Verificar a situação do cartão de abastecimento, levando ao conhecimento pelo responsável
do almoxarifado e/ou responsável da P4 qualquer alteração acerca de bloqueio do cartão,
falta de cota de abastecimento, dentre outras;
9. Iniciar o patrulhamento após o contato com o Centro de Operações;
10. Se a viatura a ser utilizada estiver na reserva (veículo reserva), o policial condutor deverá
recebê-la do serviço de dia, procedendo a inspeção e a manutenção de 1º escalão conforme
indicação anterior, mesmo assim preencher o RSM, constando a alteração verificada ao
assumir a viatura;
11. Se ao término do serviço a viatura ficar na reserva ou baixada, o encarregado do serviço de
dia deve assinar o RSM, recebendo-a e procedendo a inspeção geral e a manutenção de 1º
escalão, visando confirmar as novidades apresentadas na viatura;
12. Quando a viatura for permanecer baixada ou na reserva, deverá estar trancada com seus
equipamentos obrigatórios e materiais de carga mantidos em seu interior e conferidos por
ocasião da passagem de serviço.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que qualquer alteração no estado geral da viatura, seja conhecida por ocasião da inspeção
na passagem de serviço;
2. Que haja tempo hábil para ações corretivas, assim que diagnosticadas alteração na
passagem de serviço;
3. Que os equipamentos obrigatórios e materiais carga da viatura sejam preservados;
4. Que os responsáveis pela conservação da viatura sejam identificáveis.
AÇÕES CORRETIVAS

307 - PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO 290


1. Caso haja a constatação de qualquer irregularidade quanto à integridade da viatura e/ou de
seus equipamentos, deverá ser observada e registrada em documento próprio e no RSM/
(relatório pertinente);
2. Que o RSM/ (relatório pertinente) seja preenchido corretamente e entregue ao setor
responsável;
3. Que além do registro das alterações, as ações corretivas sejam encaminhadas a quem de
direito, no sentido de saná-las e ficar em condições para a assunção e continuidade do
serviço;
4. Devolução dos materiais esquecidos pela guarnição que saiu de serviço.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O Centro de Operações não ser cientificado da mudança de situação da viatura;
2. A Guarnição Policial se dirigir ao local da passagem de serviço sem autorização do CPU;
3. Não preencher corretamente o RSM/ (relatório pertinente);
4. O condutor da Viatura não ser habilitado;
5. O condutor da Viatura estar com o seu documento de habilitação vencido;
6. O policial que assume a viatura não proceder à devida e criteriosa inspeção, ou ainda,
quando a realiza, excede o tempo de 15 (quinze) minutos para realizá-la;
7. Deixar o policial condutor que sai de serviço de fazer a passagem da viatura ao serviço-de-
dia, quando da sua não operação no turno seguinte;
8. Não proceder a devolução dos materiais ou objetos esquecidos na viatura quando da
passagem do serviço;
9. Veículo sem condições totais de empenho para prosseguir o serviço;
10. O emprego do serviço diário sem todos materiais necessário.

ESCLARECIMENTOS:

1. INSPEÇÃO DA VIATURA E MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO: O policial militar durante a


passagem de serviço deverá inspecioná-la rapidamente de forma que possa detectar as
eventuais irregularidades e problemas mecânicos ou a não existência nos materiais,
equipamentos, documentação e integridade da viatura. Principais itens a serem observados:
a. Lataria, para-choque e carenagem – amassamentos e riscos na lataria em geral; falta de
prefixos e adesivos onde devem estar fixados.
b. Rodas e pneus – amassamentos nas rodas, falta de parafusos, deformações e rasgos nos
pneus, pneus descalibrados ou desgastados, estepe furado ou vazio.
c. Freios – desgastes das pastilhas e lonas, as quais se não substituídas no tempo certo
acabam por desgastar peças (disco e tambores) de maior valor econômico, pedal/maçaneta
(ao acionar o freio e este ceder gradualmente é sinal de que há problema no sistema,
provavelmente está com algum vazamento de fluido de freio no circuito e consequentemente
após algumas frenagens ficará completamente sem freios).
d. Equipamentos – rádio transmissor da viatura, ferramentas em geral encontradas no porta-
malas, triângulo, antenas e, ainda, se forem cargas da viatura, verificar: rádio Portátil (HT),
bastões do tipo tonfa, algemas sobressalentes e não pessoais. Falta ou trincamentos e
rachaduras nas lanternas, faroletes, “pisca-piscas”, faróis e retrovisores.
e. Mecânica – deve-se observar:
• Motor: arrefecimento (nível de água no reservatório); lubrificação (nível de óleo,
vazamentos, coloração e viscosidade do óleo); escapamentos (barulho anormal,
amassamentos);
• (Procedimento somente pode ser vistoriado com o veículo andando/em movimento.
Provavelmente após a cautela do veículo)
• Suspensão: amortecedores (para verificar se a pressão está satisfatória, apoiar-se sobre o
amortecedor a ser verificado, balançando a viatura, notando se está difícil demais ou se o
veículo continua se mexendo após parar de balançá-la); parafusos dos amortecedores,
molas, excesso de peso comprometerá a estabilidade;
• Pneumáticos: se os pneus estiverem descalibrados, no primeiro momento do início do
patrulhamento buscar calibrá-los conforme especificações técnicas; se estiverem lisos ou
deformados, buscar requerer a troca junto à administração de sua UPM;
• Elétrica: Não insistir na partida caso o veículo não esteja funcionando: os polos da bateria
devem estar sempre limpos; se a bateria não for selada verificar o nível de água destilada,
caso esteja abaixo do nível, completar. Quando do não funcionamento de determinados
equipamentos elétricos verificar os fusíveis, substituindo, se necessário, na mesma

307 - PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO 291


amperagem. Não substituir fusíveis por materiais não especificados tecnicamente (papel
laminado da caixa de cigarros, clips, etc.), ou fazer “gambiarras” ou adaptações perigosas,
pois comprometem o desempenho da viatura numa situação de risco, podendo inclusive
ocasionar um incêndio. Se houver queima periódica de fusíveis, contatar com o eletricista;
• Reabastecimento: A viatura deverá sempre ser passada ao condutor sucessor
reabastecida, salvo em casos impeditivos e de extrema necessidade do serviço operacional;
• Conjunto de Relação: verificar se a corrente se encontra com folga demasiada e desgaste
da coroa.

307 - PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO 292


2. MODELOS DE RELATÓRIO DE SERVIÇO MOTORIZADO (RSM):
A. RSM para veículo quatro rodas:
V I S T O E M: V I S T O E M:
/ / POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO / /
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO
RELATÓRIO DE SERVIÇO MOTORIZADO
Oficial de Dia (CPU) Chefe do Transporte

FICHA DIÁRIA DE PASSAGEM DE SERVICO MOTORIZADO


Nome de Condutor: RG:
Veículo Modelo: Prefixo: Placa:
Data: / / Horas: :

VERIFICAÇÃO DE ACESSÓRIOS/EQUIPAMENTOS:

OK Avaria Descrição OK Avaria Descrição


Chaves de Ignição ( ) ( ) Painel de Instrumentos ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
Chave de Roda Caixa de Fusíveis

Extintor ( ) ( ) Volante ( ) ( )
Sirene ( ) ( ) Giroflex ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
Radiador de Água Radiador do Ar Cond.
( ) ( ) ( ) ( )
Alternador Injeção Eletrônica
Direção ( ) ( ) Bateria ( ) ( )
Motor de Partida ( ) ( ) Óleo do Motor ( ) ( )
Óleo Hidráulico ( ) ( ) Fluído de Freio ( ) ( )
Freio ( ) ( ) Freio Estacionário ( ) ( )
Dirigibilidade ( ) ( ) Água do Lavador de P.B. ( ) ( )
Para-choque dianteiro ( ) ( ) Para-choque Traseiro ( ) ( )
Faróis ( ) ( ) Lanterna ( ) ( )
Luz de Freio ( ) ( ) Luz de Ré ( ) ( )
Setas ( ) ( ) Alerta ( ) ( )
Buzina ( ) ( ) Grade ( ) ( )
Vidros ( ) ( ) Limpador de Para-brisas ( ) ( )
Paralamas ( ) ( ) Rodas ( ) ( )
Pneus ( ) ( ) Calibragem Pneus ( ) ( )
Lataria ( ) ( ) Retrovisores ( ) ( )
Estepe ( ) ( ) Macaco ( ) ( )
Chave de Rodas ( ) ( ) Limpeza da Viatura ( ) ( )

Cuiabá-MT,____/____/_______.
.

Motorista

307 - PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO 293


B. RSM para veículo duas rodas

V I S T O E M: POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO V I S T O E M:


/ / PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO / /
RELATÓRIO DE SERVIÇO MOTORIZADO

Oficial de Dia (CPU) Chefe do Transporte

FICHA DIÁRIA DE PASSAGEM DE SERVICO MOTORIZADO

Nome de Condutor: RG:


Veículo Modelo: Prefixo: Placa:
Data: / / Horas: :

VERIFICAÇÃO DE ACESSÓRIOS/EQUIPAMENTOS:
OK Avaria Descrição OK Avaria Descrição
Chaves de Ignição ( ) ( ) Painel de ( )
( )
Instrumentos
Sirene ( ) ( ) Giroflex ( ) ( )
Direção ( ) ( ) Guidão ( ) ( )
Motor de Partida ( ) ( ) Limpeza da ( )
Viatura ( )
Pneus ( ) ( ) Rodas ( ) ( )
Freio ( ) ( ) Luz de Freio ( ) ( )
Dirigibilidade ( ) ( ) Bateria ( ) ( )
Carenagem ( ) ( ) Óleo do Motor ( ) ( )
Faróis ( ) ( ) Fluído de Freio ( ) ( )
Setas ( ) ( ) Retrovisores ( ) ( )
Buzina ( ) ( ) Banco ( ) ( )
Amortecedores ( ) ( ) Calibragem Pneus ( )
( )
Tanque de ( ) ( ) Tampa do tanque ( )
combustível de combustível ( )
Manete de ( ) ( ) Manete de freio ( )
embreagem ( )
Manopla do ( ) ( ) Medidor de ( )
acelerador combustível ( )
Velocímetro ( ) ( ) Pedal de câmbio ( ) ( )
Pedal de freio ( ) ( ) ( ) ( )

Cuiabá-MT, ____/____/_______.

Motorista

307 - PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO 294


MÓDULO – IV
OCORRÊNCIAS POLICIAIS
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
401
PROCESSO PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Disruptor eletro muscular;
4. Farol auxiliar portátil;
5. Máquina fotográfica ou similar (aparelho eletrônico que possua câmera fotográfica embutida);
6. Para o isolamento: faixas, cordas, cavaletes, tábuas, arames, estacas, lonas plásticas e
outros;
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
4. Avaliação do local e dos meios materiais.
Adoção de medidas
5. Ação do PM para preservar o local de crime.
específicas.
6. Término da preservação do local de crime.
Condução. 7. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
8. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
Apresentação da ocorrência.
(vide POP 201.7).
Encerramento. 9. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Deslocamento para o local de
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Preservação de Local de Art.169 do Código de Processo Penal;
Crime. Art. 339 do Código de Processo Penal Militar.
Remoção de pessoas e
veículos da via em caso de Lei nº 5.970/73.
acidente de trânsito.
Fraude Processual. Art. 347 do Código Penal Brasileiro.
Súmula Vinculante n° 11; Art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das Partes.
Adolescente.
Escola de Enfermagem de Vedana, Kelly Graziani Giacchero. Urgências e Emergências
Ribeirão Preto Psiquiátricas. EERP-USP. 2016.

COMENTÁRIOS:
1. Crime de Fraude Processual: O Código Penal Brasileiro faz previsão do crime de fraude
processual no artigo 347, punindo o agente que dolosamente “inovar artificiosamente na
pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com
o fim de induzir a erro o juiz ou o perito: Pena – detenção, de três meses a dois anos, e multa”.
O Parágrafo único prevê pena dobrada se a inovação se destina a produzir efeito em processo
penal.
2. Art. 6º do Código de Processo Penal: “Logo que tiver conhecimento da prática da infração
penal, a autoridade policial deverá; I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se
alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;”
3. Lei nº 5.970/73: Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro
tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do local, a
imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele
envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego. Para autorizar a
remoção, a autoridade ou agente policial lavrará boletim da ocorrência, nele consignado o fato,
as testemunhas que o presenciaram e todas as demais circunstâncias necessárias ao
esclarecimento da verdade.

401 - PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME 296


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 401 PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME
PROCEDIMENTO: 401.1 Avaliação do local e dos materiais necessários para a preservação.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Avaliação do local e verificação se realmente trata-se de local de cime a ser preservado;
2. Providência dos meios necessários (fitas zebradas, cordas, cavaletes, lonas, tábuas,
arames, estacas e outros) ao seu completo isolamento.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Verificar se no local ainda existe a presença de infratores da lei;
2. Contatar o solicitante/testemunha, se for o caso;
3. Dimensionar as proporções do campo pericial a ser preservado;
4. Aproximar-se do local de crime e observá-lo, avaliando-o mediante inspeção visual, sem
que seja alterado seu estado, disposição e campo para o exame de corpo de delito,
enquanto necessário;
5. Realizar a preservação utilizando os meios necessários ao seu completo isolamento (fitas
zebradas, cordas, cavaletes, tábuas, arames, estacas, lonas plásticas e outros).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar tenha condições de identificar o local de crime e campo para perícia
técnica;
2. Que o policial militar saiba avaliar qual o material mais adequado para o isolamento do local,
de forma que não prejudique sua perícia;
3. Que o campo pericial permaneça incólume até a chegada e liberação pela autoridade
competente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Na impossibilidade de acessar o local ou permanecer nele, solicitar reforço imediato, ou
seja, o ideal é que se desloque duas viaturas: uma para possível condução da vítima e/ou
detenção dos suspeitos e outra para a preservação do local de crime;
2. Caso haja dificuldade de verificação da extensão do campo pericial, pedir auxílio a outro
policial;
3. Caso alguma pessoa desvinculada da atividade de preservação queira permanecer dentro
do campo pericial, retirá-la imediatamente;
4. A conduta operacional recomendada visa não somente procedimentos em locais de crime
contra a pessoa, pois em casos de crime contra o patrimônio e contra a dignidade sexual
por exemplo, a conduta é semelhante, o objetivo é a preservação do local que deixa vestígio
relevante para exames periciais. É dever do policial militar assimilar e adaptar seus
procedimentos para cada caso encontrado.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Delimitar irregularmente a área, por falha na observação e na análise preliminar;
2. Não possuir os meios necessários para a ocorrência, dificultando o isolamento;
3. Tocar ou alterar coisas no local de crime;
4. Agir precipitadamente e não realizar a avaliação/preservação do local;
5. Utilizar meios impróprios ao isolamento.

ESCLARECIMENTOS:

1. LOCAL DE CRIME: é toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a configuração
de delito, demonstrando que haverá repercussão judiciária do fato e que, portanto, exija as
providências policiais para sua preservação e posterior exame pericial (homicídios,
suicídios, acidentes ou morte suspeita, etc).
2. CAMPO PERICIAL: Podemos dividir local de crime, em termos espaciais, em: Local
imediato: aquele abrangido pelo corpo de delito e o seu entorno, local em que estão,

401 - PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME 297


também, a maioria dos vestígios materiais. Em geral, todos os vestígios que servirão de
base para os peritos esclarecerem os fatos concentram-se no local imediato; Local mediato:
área adjacente ao local imediato, ou seja, toda região espacialmente próxima ao local
imediato e a ele geograficamente ligada, passível de conter vestígios relacionados com a
perícia em execução; Local relacionado: é todo e qualquer lugar sem ligação geográfica
direta com o local de crime e que possa conter algum vestígio ou informação que propicie
ser relacionado ou venha a auxiliar no contexto do exame pericial.

401 - PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME 298


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 401 PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME
PROCEDIMENTO: 401.2 Ação do policial militar para preservar o local de crime.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Manutenção do isolamento do local de crime: É importante destacar que antes mesmo de
se tomar as providências quanto à preservação do local de crime, teremos por ordem de
prioridade: sinalização da via pública para evitar um acidente, socorro à vítima e prisão do
criminoso, caso possível.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. O policial militar deverá inicialmente manter um perímetro de isolamento para o local de crime,
impedindo o acesso de pessoas estranhas ao campo pericial, inclusive outros policiais;
2. Isolar o local do crime:
a. Se o local for um ambiente fechado, isolar toda a edificação e, se necessário, sua área
adjacente, utilizando as fitas zebradas e os demais meios auxiliares de isolamento e, retirando
possíveis pessoas presentes do perímetro isolado;
b. Se o local for um ambiente externo, isolar toda a área relacionada tendo como base o vestígio
mais externo ao perímetro, utilizando as fitas zebradas e os demais meios
3. Havendo vestígios frágeis, ou seja, que podem se perder, deteriorar ou alterar seu estado
antes da chegada dos peritos, procurar fotografar de forma panorâmica todo o local, em
seguida identificar o vestígio frágil, e se for o caso coletar e armazenar cuidadosamente o
vestígio frágil para posterior análise pericial.
4. Procurar entender os sentimentos dos parentes, amigos ou conhecidos da(s) vítima(s) sem
contudo deixá-las prejudicar o campo pericial;
5. Solicitar apoio policial, se necessário;
6. Arrolar testemunhas;
7. Dar sequência nas comunicações necessárias, transmitindo o evento delituoso ao seu
sucessor na preservação do local;
8. Acionar a Autoridade de Polícia Judiciária Civil (em caso de ocorrência de crime militar, a
autoridade de Polícia Judiciária que faz o requerimento de exames periciais são os Oficiais
das Forças/Instituições), esta por sua vez requisitará, caso necessário, a Perícia Oficial de
Identificação Técnica, para que a perícia seja realizada o mais rápido possível;
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar faça corretamente o isolamento do local, sem tocar ou alterar o local do
crime;
2. Que o policial militar não permita que pessoas não autorizadas alterem ou toquem no local
de crime, inclusive familiares da vítima.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se for crime contra pessoa, a vítima deve ser socorrida com prioridade;
2. Se houver necessidade de deslocamento de viatura para uma diligência, condução ao Distrito
Policial ou outra missão ligada ao evento delituoso, solicitar apoio para que o local de crime
seja guarnecido.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Alterar a posição da(s) pessoa(s) (cadáver) ou objeto(s);
2. Revistar os bolsos das vestes da vítima;
3. Recolher pertences sem o objetivo de apreendê-los;
4. Deixar resíduos pessoais durante a preservação, como: papéis de bala, cigarro, isqueiro,
copos plásticos, etc;
5. Mexer nos instrumentos do crime (armas principalmente).

401 - PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME 299


ESCLARECIMENTOS:

1. MANUTENÇÃO DO ISOLAMENTO DO LOCAL DE CRIME: Art. 169 do Código de Processo


Penal e Art. 339 do Código de Processo Penal Militar – Para o efeito de exame do local onde
houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se
altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com
fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.

401 - PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME 300


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 401 PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME
PROCEDIMENTO: 401.3 Término da preservação do local de crime e registro da ocorrência.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Registros das pessoas que realizaram o levantamento do local de crime, e dos que foram
responsáveis pelos objetos relacionados ao crime (cadáver, armas, instrumentos, etc);
2. Relacionar corretamente os objetos envolvidos mais diretamente à preservação do campo
pericial;
3. Suspensão da preservação mediante autorização da Autoridade de Polícia Judiciária
competente, após o término das perícias necessárias.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Comunicar a Autoridade de Polícia Judiciária Competente;
2. Transmitir os dados relevantes à Perícia Técnica;
3. Permanecer no local de crime durante a realização dos exames periciais, efetuando a
segurança do local e dos peritos;
4. Registrar as pessoas que realizaram o levantamento do local de crime e daqueles que
ficaram com a responsabilidade pelos objetos do crime (cadáver, armas, etc);
5. Cessar a preservação do local, mediante autorização da autoridade competente;
6. Registrar o Boletim de Ocorrências, arrolar testemunhas, e relatar todas as circunstâncias do
crime ocorrido e da preservação do local, inclusive eventual alteração do local antes da
chegada dos peritos;
7. Descartar adequadamente o material utilizado.
8. Em caso de não comparecimento dos Peritos no local (por impossibilidade estrutural das
Instituições ou por quaisquer outros motivos pertinentes), o policial militar deverá proceder de
modo a coletar o máximo de dados e vestígios, utilizando-se, se possível, de meios como
fotografias panorâmicas do local e dos vestígios, para que seja possível a descrição sucinta
do local e das suas condições para possíveis exames indiretos.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar arrole testemunhas, se houver;
2. Que o policial militar efetue a comunicação com a autoridade competente;
3. Que o policial militar relacione, dados, objetos e vítimas com precisão;
4. Que o policial militar solicite a reposição dos materiais descartados.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Esforçar-se para que os envolvidos no levantamento técnico tenham todos os dados possíveis
para um melhor conhecimento do fato delituoso e abreviem a ida ao local de crime;
2. Caso o Policial Militar necessite adentrar no local a ser preservado, deverá comunicá-lo tão
logo da chegada do perito ou autoridade competente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Realizar registro irregular;
2. Cessar a preservação do local antes do levantamento técnico;
3. Não registrar os apoios e quem ficou responsável por coisas objetos do crime;
4. Passar informações incompletas ou até mesmo incorretas sobre os fatos;

ESCLARECIMENTOS:
1. LEVANTAMENTO DO LOCAL DE CRIME: é o estudo detalhado do local, onde foi praticado
o delito, por meio da observação pessoal, do croqui, da fotografia, das manchas, das
impressões datiloscópicas, da moldagem etc., sempre subordinados às condições
específicas do delito, e realizados por equipe pericial especializada.

401 - PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME 301


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO – IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
402
PROCESSO VIAS DE FATO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Disruptor eletro muscular;
4. Farol auxiliar portátil;
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas
4. Medidas de resolução da ocorrência.
específicas.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
Apresentação da 6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
ocorrência. (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Art. 21 do Decreto Lei nº 3688/41 (Lei das Contravenções Penais -
Vias de Fato.
LCP).
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Deslocamento para o local
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
de ocorrência.
Perturbação do sossego
Artigo 42 da Lei das Contravenções Penais.
público.
Súmula Vinculante n° 11; Art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das Partes.
Adolescente.
Desobediência (art. 330), desacato (art. 331) e resistência (art. 329
Resistência por parte da
todos do Código Penal);
Pessoa a ser Abordada.
Artigo 68 da Lei das Contravenções Penais.
Horário de Silêncio. Legislação Específica Municipal.

COMENTÁRIOS:

1. Art. 21 da Lei das Contravenções Penais: “Praticar vias de fato contra alguém”.
2. Art. 137 do Código Penal: “Participar de rixa, salvo para separar os contendores”.
3. Definição de rixa: ”Briga ou desordem que envolva, pelo menos, 3 (três) pessoas que se
agridem mutuamente”.

402 - VIAS DE FATO 302


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 402 VIAS DE FATO
PROCEDIMENTO: 402.1 Medidas de resolução da ocorrência de vias de fato.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Constatação da ocorrência de vias de fato;
2. Medidas de segurança na aproximação;
3. Análise visual e psicológica da causa da desordem;
4. Avaliação do número de pessoas envolvidas;
5. Realização da tarefa.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Solicitar apoio, caso julgue necessário, em se constatando inferioridade numérica da
guarnição, assim que chegar ao local da ocorrência;
2. Desembarcar com o bastão policial no seu suporte, separar os envolvidos utilizando os meios
menos que letais disponíveis, como: bastão policial, espargidor com agente pimenta e arma
de energia conduzida (tais dispositivos somente deverão ser usados se necessário);
3. Realizar a abordagem conforme POP correspondente;
4. Identificar todos envolvidos, anotando os dados em rascunho, se possível;
5. Ouvir em separado um a um, quando possível, estando os envolvidos de frente para o
comandante da GU, com as mãos para trás, enquanto o seu auxiliar se mantém na segurança,
atento aos demais; tal conversação não deve durar muito tempo, para que não ocorra
tumultos na ocorrência;
6. Ouvir as versões das testemunhas, as quais deverão ser arroladas em BO;
7. Agir com imparcialidade;
8. Relatar no BO caso estejam configurados outros ilícitos penais, tais como: Difamação,
Calúnia, Injúria; Lesão Corporal de qualquer natureza, Rixa, Ameaça e outros;
9. Conduzir os envolvidos para a repartição pública pertinente, com o registro dos fatos em
BO/PM;
10. Providenciar atendimento médico caso exista pessoa lesionada, para depois conduzir à
repartição pública pertinente.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Resolver a ocorrência de acordo com o prescrito no procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Havendo fundada suspeita de que os envolvidos se encontram armados, adotar as
providências no sentido de desarmá-los, observando o POP 203.2 (abordagem a infratores
da lei);
2. Caso a ocorrência se alinhe para outro delito, o comandante da GU deverá aplicar o POP
correspondente;
3. Caso o(s) envolvido(s) seja(m) autoridades com imunidade, (vide POP 406).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não avaliar corretamente a ocorrência. Deve-se solicitar da Central de Operações, minúcias
que sejam relevantes a Ocorrência, tal como: quantos indivíduos estão envolvidos
diretamente no fato; o grau de veracidade; compleição física dos mesmos; vestuário; etc.;
avaliar logo na chegada, o teor da Ocorrência;
2. Não solicitar apoio diante de uma necessidade;
3. Não identificar algum (s) do(s) envolvido(s);
4. Não agir com imparcialidade, envolvendo-se na ocorrência;
5. Permitir que pessoas armadas, envolvidas na Ocorrência, assim permaneçam durante seu
atendimento;
6. Não efetuar, de início, a separação dos envolvidos, não atentando para a busca pessoal
nestes;
7. Permitir que outras pessoas interfiram no atendimento da ocorrência, dificultando o trabalho

402 - VIAS DE FATO 303


dos policiais militares;
8. Não afastar curiosos e pessoas sem envolvimento na ocorrência;
9. Deixar de apaziguar os ânimos, passando a agir de forma inflexível e com truculência;
10. Não conduzir as partes à autoridade policial competente.

ESCLARECIMENTOS:

1. ART. 21 DA LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS: “Praticar vias de fato contra alguém”.
2. VIAS DE FATO: É o contato físico entre pessoas, por motivo de discordância ou desavença,
sem que haja lesão corporal.
3. ART. 137 DO CÓDIGO PENAL: “Participar de rixa, salvo para separar os contendores”.
4. RIXA: ”Briga ou desordem que envolva, pelo menos, 3 (três) pessoas que se agridem
mutuamente”.

ILUSTRAÇÃO:

Fig. 1
Separar os envolvidos na vias de fato

Fig. 2
Ouvir em separado os envolvidos

402 - VIAS DE FATO 304


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
403
PROCESSO OCORRÊNCIAS DE PERTURBAÇÃO DA PAZ SOCIAL
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Arma de disrupção eletromuscular (SPARK, TASER, etc.);
3. Bastão policial (Tonfa);
4. Espargidor de gás de pimenta O.C;
5. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas
4. Atendimento de ocorrências de perturbação da paz social
específicas.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
Apresentação da ocorrência.
(vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Deslocamento para o local
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
de ocorrência.
Perturbação do sossego
Artigo 42 da LCP.
público.
Decreto nº 19.930/50, art. 1º, inciso I, II e III; Súmula Vinculante nº
Condução das Partes.
11; art. 178 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Desobediência (art. 330), desacato (art. 331) e resistência (art. 329
Resistência por parte da todos do Código Penal);
Pessoa a ser Abordada.
Artigo 68 das Contravenções Penais (Dec-lei 3688/41).
Horário de Silêncio. Legislação Específica Municipal.
Juizado Especial Criminal
Lei Federal Nº 9.099/95 cc Lei Federal Nº 10259/01.
(JECrim).

403 - OCORRÊNCIAS DE PERTURBAÇÃO DA PAZ SOCIAL 305


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 403 OCORRÊNCIAS DE PERTURBAÇÃO DA PAZ SOCIAL
PROCEDIMENTO: 403.1 Atendimento de ocorrências de perturbação da paz social
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Constatação da natureza da ocorrência de perturbação da paz social (perturbação do
sossego público, perturbação da tranquilidade alheia ou poluição sonora);
2. adoção das medidas de segurança na aproximação;
3. Identificação da causa da perturbação; (som em veículo/residência), barulho, algazarra etc.
4. Análise visual e psicológica da causa da desordem;
5. Avaliação do número de pessoas envolvidas;
6. Identificar o autor, os ofendidos, se houver, e as testemunhas;
7. Entrada em residência para detenção de pessoas e apreensão de objetos afetos ao delito;
8. Abordagem e apreensão de veículo com equipamento sonoro, objeto de delito.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Recebimento da ocorrência pelo Centro de Operações ou deparar-se com a ocorrência;
2. Avaliar o tipo de perturbação da paz social;
3. Identificar autor, bem como testemunhas, se houver;
4. Nos casos de poluição sonora acionar o órgão competente para autuar. Caso o resultado
da medição realizada por decibelímetro ultrapasse os níveis permitidos, caracterizando
crime ambiental de poluição sonora, conduzir o autor a Delegacia de Polícia Civil,
testemunhas e vítimas se houverem;
5. Na inexistência do órgão competente, verificar a caracterização da ocorrência de
perturbação do sossego público ou tranquilidade alheia;
6. Em caso de perturbação do sossego público ou tranquilidade alheia, a GU PM deverá
identificar a (s) vítima (s);
7. Determinar ao autor que seja interrompida a perturbação (fazer cessar a perturbação da paz
social) e orientá-lo que, caso seja descumprida a ordem, incorrerá também no crime de
desobediência;
8. Havendo recusa do restabelecimento da ordem, conduzir coercitivamente o infrator da lei a
repartição pública pertinente pelo crime de desobediência;
9. Caso possível apreender os instrumentos ou objetos usados na prática da contravenção, ou
crimes, se houver;
10. Solicitar apoio, se necessário;
11. Se houver infração de trânsito que justifique a adoção da medida administrativa de
apreensão ou remoção do veículo, remover o veículo ao órgão competente;
12. Elaborar BO/PM para encaminhamento à repartição pública pertinente;
13. Orientar a vítima quanto a possibilidade de representação criminal e adoção de medidas no
âmbito de direito civil; (direito de vizinhança);
14. Encerrar a ocorrência, passando os dados para o Centro de Operações/CIOSP.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o Policial Militar tenha segurança nas decisões dos procedimentos adotados na
ocorrência;
2. Que o Policial Militar faça contato com as partes da ocorrência, buscando a verdade;
3. Que o Policial Militar saiba distinguir os delitos de perturbação do sossego público,
tranquilidade alheia e poluição ambiental;
4. Que o Policial Militar seja mais ágil nas decisões e elaboração de B.O;
5. Restabelecimento da ordem pública.
6. Que o Policial Militar saiba agir nos delitos de perturbações originado por equipamentos
sonoros fixados em residências, áreas públicas ou acondicionados a veículos;
7. Uso da legalidade na condução do infrator a autoridade competente;
8. Que a intensificação do patrulhamento venha a coibir futuras reincidências da conduta

403 - OCORRÊNCIAS DE PERTURBAÇÃO DA PAZ SOCIAL 306


infratora.
AÇÕES CORRETIVAS
1. No ato da constatação, caso não seja ocorrência de perturbação da paz social, adotar o
POP relativo à ocorrência que deparar e todos os seus procedimentos decorrentes;
2. No caso de perturbação do sossego público ou da tranquilidade alheia, sem vítima
identificada no local dos fatos, a GUPM deverá orientar o autor a cessar a perturbação;
3. Caso os perturbadores da paz social estejam armados (vide POP 108.4);
4. Caso os perturbadores da paz social sejam autoridades com imunidades parlamentares
(vide POP 406.1);
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não elaborar o BO;
2. Não arrolar testemunhas, caso nada for constatado no local;
3. Não avaliar corretamente a extensão da perturbação da paz social;
4. Não identificar corretamente os casos de condução ao Distrito Policial;
5. Não mencionar as versões das partes envolvidas na ocorrência;
6. Não avaliar corretamente o local;
7. Uso indevido de armamento;
8. Ocorrência vir a tornar-se um tumulto generalizado contra os policiais militares;
9. Retorno da conduta infracional tão logo os policiais militares tenham deixado o local;
10. Falta de discernimento e/ou empenho do policial militar no trato com as partes, deixando de
solucioná-la de maneira satisfatória e gerando posteriores reclamações;
11. A não avaliação da intensidade de ruídos com o horário e a classificação da zona urbana,
desconsiderando-se a tolerância legal e/ou social;
12. A não verificação da gravidade da ocorrência, posto que existe o limite de tolerância de
emissão de ruídos.
13. Deixar de distinguir perturbação do sossego público ou tranquilidade alheia, (arts. 42,65 da
LCP) do crime de poluição sonora, previsto na lei de crimes ambientais (Lei n° 9.605/98, Art.
54), e regulada pela Resolução n° 001/90 do CONAMA, referente a NBR 10.151/2000;
14. Não conduzir o autor de crime ambiental de poluição sonora, por não serem identificadas
vítimas e/ou testemunhas;
15. Conduzir os envolvidos ao Distrito Policial, em ocorrência de perturbação do sossego
público ou tranquilidade alheia, sem ter identificado a vítima;
16. Deixar de apreender os equipamentos e objetos da perturbação usados na prática do delito;
17. Deixar de tomar as medidas legais quanto a veículos usados na prática de delitos.

ESCLARECIMENTOS:

1. PAZ SOCIAL: É Caracterizada pelas boas relações de convivência entre comunidades de


indivíduos, que sobrevenha pela ausência de perturbação do sossego público, da
tranquilidade alheia e poluição sonora.
2. SOSSEGO PÚBLICO: É um direito assegurado legalmente a todos os cidadãos nas suas
horas de descanso ou de recuperação das fadigas do trabalho. As fontes do barulho
perturbador são muito difusas: latido de cães, máquinas elétricas, aparelhos de som em
automóveis, batucadas na vizinhança, cultos religiosos, algazarra de crianças em
apartamentos. É oportuno salientar que os dispositivos jurídicos para coibir os abusos,
independem da hora do dia ou da noite em que estejam sendo praticados, ou seja, a
perturbação não se dá apenas depois das 22 horas, como muitas pessoas pensam. Ao
contrário, pode ser durante o dia ou à noite, sem estipular horários, e nem há necessidade de
aparelho aferidor para constatar a perturbação da paz social
3. POLUIÇÃO SONORA E PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO PÚBLICO X PERTURBAÇÃO DA
TRANQUILIDADE ALHEIA.
a. POLUIÇÃO SONORA: é o conjunto de todos os ruídos provenientes de uma ou mais fontes
sonoras, manifestadas ao mesmo tempo num ambiente qualquer. Exposição do ser humano
a níveis superiores aos determinados na legislação ambiental por um período frequente de
tempo que pode provocar danos à saúde. É considerado crime ambiental, do Art. 54 da Lei

403 - OCORRÊNCIAS DE PERTURBAÇÃO DA PAZ SOCIAL 307


9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Para se caracterizar crime de poluição sonora devera
ser feita a medição por decibelímetro.
4. PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO PÚBLICO: é qualquer som ou ruído que não seja frequente
e que não possa causar danos à saúde humana,porém pode incomodar várias pessoas ao
mesmo tempo. Deve ser considerado a perturbação do trabalho ou o sossego alheio: com
gritaria (berros, brados) ou algazarra (barulheira); exercendo profissão incômoda ou ruidosa
em desacordo com as prescrições legais; abusando de instrumentos sonoros (equipamentos
de som mecânico ou não) ou sinais acústicos, ou provocando ou não procurando impedir
barulho produzido por animal que tem a guarda. É considerado contravenção penal do Art.
42 do Decreto Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941.
5. PERTURBAÇÃO DA TRANQUILIDADE ALHEIA. é qualquer som ou ruído que não seja
frequente e que não possa causar danos à saúde humana, e que pode incomodar uma só
pessoa, por acidente (intencionalmente, para contrariar a vítima), ou por outro motivo
reprovável, É considerado contravenção penal do Art. 65 do Decreto Lei nº 3.688, de 3 de
outubro de 1941.
6. DIREITO DE VIZINHANÇA: São regras que limitam o direito de propriedade a fim de evitar
conflitos entre proprietários de prédios contíguos, respeitando, assim, o convívio social. Art.
1.277 do Código Civil, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.
7. IDENTIFICAR: consiste também na detenção dos mesmos, visando neutralizar a ação
delituosa, ressalvados os casos de imunidade, cujo procedimento refere-se a adoção do POP
de ocorrência que envolve autoridades com prerrogativas e imunidades parlamentares.
8. CONTATO COM AS PARTES: Da ocorrência, visa obter dados concretos do ocorrido e a
definição sobre a situação das pessoas envolvidas na ocorrência.
9. NÃO PERMITIR QUE O EVENTO TOME PROPORÇÕES: que prejudique a ação policial e
interfira na segurança das pessoas envolvidas no sítio da ocorrência.
10. VÍTIMA IDENTIFICADA: Pessoa que dirige solicitação à Central de Operações ou a
guarnição PM e se identifica, seja diretamente ou indiretamente.
11. DECIBELÍMETRO: O aparelho medidor da intensidade sonora de uma fonte.
12. JURISPRUDÊNCIA consolidadas acerca do Tema:
a. 34005115 – CONTRAVENÇÃO PENAL – PERTURBAÇÃO DO TRABALHO OU DO
SOSSEGO ALHEIOS – POLUIÇÃO SONORA – PROVA – ALVARÁ – O abuso de
instrumentos sonoros, capaz de perturbar o trabalho ou o sossego alheios, tipifica a
contravenção do art. 42, III, do Decreto-lei nº 3688/41, sendo irrelevante, para tanto, a
ausência de prova técnica para aferição da quantidade de decibéis, bem como a concessão
de alvará de funcionamento, que se sujeita a cassação ante o exercício irregular da atividade
licenciada ou se o interesse público assim exigir. (TAMG – Ap 0195398-4 – 1ª C.Crim. – Rel.
Juiz Gomes Lima – J. 27.09.1995).
b. 34005370 – CONTRAVENÇÃO PENAL – PERTURBAÇÃO DO TRABALHO OU SOSSEGO
ALHEIOS – SERESTA – PROVA PERICIAL – A promoção de serestas sem a devida proteção
acústica, configura a infração prevista no art. 42 do Decreto-lei nº 3688/41, sendo
desnecessária a prova pericial para comprovar a sua materialidade. (TAMG – Ap 0198218-3
– 1ª C.Crim. – Rel. Juiz Sérgio Braga – J. 29.08.1995)
c. 34004991 – CONTRAVENÇÃO PENAL – PERTURBAÇÃO DO TRABALHO OU SOSSEGO
ALHEIOS – CULTO RELIGIOSO – POLUIÇÃO SONORA – A liberdade de culto deve ater-se
a normas de convivência e regras democráticas, tipificando a contravenção prevista no art.
42, I, do Decreto-lei nº 3688/41 os rituais que, através de poluição sonora ou do emprego de
admoestações provocantes dirigidas aos vizinhos, perturbem a tranquilidade destes. (TAMG
– Ap 0174526-8 – 1ª C.Crim. – Rel. Juiz Sérgio Braga – J. 14.02.1995) (RJTAMG 58-59/443).

403 - OCORRÊNCIAS DE PERTURBAÇÃO DA PAZ SOCIAL 308


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
404
PROCESSO OCORRÊNCIAS DE DANO/DEPREDAÇÃO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Arma de disrupção eletromuscular (SPARK, TASER, etc.);
3. Bastão policial (Tonfa);
4. Espargidor de gás de pimenta O.C;
5. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas
específicas. 4. Atendimento da ocorrência de dano/depredação.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
Apresentação da ocorrência. 6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
(vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Súmula vinculante 11, Art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das Partes.
Adolescente.
Deslocamento para o local de Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Crime de dano Art. 163 e 167 do Código Penal.
Juizado Especial Criminal
Lei Federal Nº 9.099/95 cc Lei Federal Nº 10259/01.
(JECrim).

404 - OCORRÊNCIAS DE DANO/DEPREDAÇÃO 309


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 404 OCORRÊNCIAS DE DANO/DEPREDAÇÃO
PROCEDIMENTO: 404.1 Atendimento de ocorrências de dano/depredação
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Constatação do dano/depredação no local;
2. Orientação das partes na ocorrência;
3. Encaminhamento à Delegacia de Polícia e confecção do BO.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar o(s) solicitante(s) e as partes (vítima(s) e autor(es) do delito);
2. Realizar a abordagem conforme POP correspondente;
3. Providenciar socorro à(s) pessoa(s) ferida(s);
4. Observar e avaliar a extensão e tipo de dano, solicitando apoio, se necessário, e adotando as
providências necessárias até a sua chegada, como por exemplo: Corpo de Bombeiros,
Policiamento de Choque, Sinalização de Trânsito, Perícia Técnica, etc. Como também devem
ser contatadas, via Centro de Operações, empresas (públicas ou privadas) responsáveis pela
a remoção, reparação e isolamento do material ou instalação danificada, que coloque em
risco a população.
5. Informar ao Centro de Operações/CIOSP os dados da ocorrência;
6. Realizar o registro detalhado da ocorrência, com a apreensão dos materiais a ela relacionada,
fazendo constar as testemunhas, se houver;
7. Apresentar as partes à repartição pública competente, esclarecendo a importância da
representação por parte da vítima quando não se tratar de Dano Qualificado (com ressalva
do inciso IV);
8. Orientar o solicitante e vítima acerca das providências quanto ao registro da ocorrência caso
não seja possível identificar o(s) autor(es) do crime.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o Policial Militar se certifique da existência da ocorrência;
2. Que o Policial Militar identifique as partes da ocorrência;
3. Que o(s) autor(es) do(s) dano(s) seja(m) detido(s);
4. Que o Policial Militar resolva a ocorrência com imparcialidade e isenção, buscando a verdade
dos fatos;
5. Que o Policial Militar informe, ao Centro de Operações, o andamento e o resultado final da
ocorrência..
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não seja o local designado correspondente ao da ocorrência, o Policial Militar deverá
obter melhores dados junto ao Centro de Operações;
2. Caso não seja possível determinar a autoria do dano ou depredação, informar o Centro de
Operações e arrolar testemunhas para este fim;
3. Caso não seja possível determinar a autoria do dano ou depredação, orientar o solicitante
(vítima), sobre as providências necessárias, como: elaboração de BO, registro do sinistro para
fins de acionamento do seguro patrimonial, atribuições de responsabilidades civis, penais e
administrativas, etc;
4. Caso seja necessário para a detenção do(s) autor(es) do dano, solicitar apoio junto ao Centro
de Operações.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O Policial Militar deixar de informar ao Centro de Operações sobre a não existência da
ocorrência no local apontado;
2. O Policial Militar não realizar contato com o solicitante da ocorrência;
3. O Policial Militar precipitar-se na ocorrência e tornar-se parcial no seu atendimento;
4. O Policial Militar mal observar e avaliar o dano ocorrido;
5. O Policial Militar não arrolar testemunhas quando possível e necessário;

404 - OCORRÊNCIAS DE DANO/DEPREDAÇÃO 310


6. O Policial Militar não orientar corretamente o solicitante e vítima da ocorrência;
7. O Policial Militar não ter o devido zelo com o objeto ou instalações danificadas/depredadas, e
agravar a extensão do prejuízo.

ESCLARECIMENTOS:

1. CRIME DE DANO: “Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. Pena - detenção,
de um a seis meses, ou multa.”
2. DANO QUALIFICADO: “Parágrafo único - Se o crime é cometido: I - com violência à pessoa
ou grave ameaça; II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não
constitui crime mais grave; III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa
concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; IV - por motivo
egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima: Pena - detenção, de seis meses a três
anos, e multa, além da pena correspondente à violência.”
3. O crime de dano objetiva a proteção ou tutela de bens alheios públicos ou particulares, móveis
ou imóveis, no sentido de preservação de suas qualidades no todo ou em parte. O crime de
dano só se admite na forma dolosa, ou seja, quando o agente quer o resultado ou assume o
risco de produzi-lo. Qualquer pessoa pode praticar o delito, com exceção do proprietário do
bem.
4. Estipula o art. 167 que nos casos do art. 163, caput; art. 163, parágrafo único, inciso IV
procede-se mediante queixa-crime. Desta forma, há necessidade do ato de representação da
vítima/ofendido, haja vista que se trata de ação penal privada.
5. DESTRUIR: aniquilar, destroçar, estraçalhar, de modo a atingir o bem na sua própria
essência.
6. INUTILIZAR: é atingir a coisa em sua utilidade, mesmo sem destruí-lo.
7. DETERIORAR: é o mesmo que estragá-lo, levando-o a estado de ruína ou decomposição.
8. AVALIAR: A avaliação deve ser criteriosa e definir qual o tipo de policiamento especializado
é necessário para prestar o devido apoio, devendo adotar as providências necessárias até a
chegada deste apoio, como por exemplo: Corpo de Bombeiros, Policiamento de Choque,
Sinalização de Trânsito, Perícia Técnica, etc. Como também devem ser contatadas, via
Centro de Operações, empresas (públicas ou privadas) responsáveis pela a remoção,
reparação e isolamento do material ou instalação danificada, que tudo que coloque em risco
a população.
9. TIPO DE DANO: Compreende tanto o objeto ou instalação danificada, quanto sua extensão
e periculosidade.
10. CONTATO COM AS PARTES: visa obter dados concretos do ocorrido e definição sobre a
situação das pessoas envolvidas na ocorrência.

404 - OCORRÊNCIAS DE DANO/DEPREDAÇÃO 311


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
405
PROCESSO VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Arma de disrupção eletromuscular (SPARK, TASER, etc.);
3. Bastão policial (Tonfa);
4. Espargidor de gás de pimenta O.C;
5. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP
Deslocamento.
201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas específicas. 4. Atendimento da ocorrência de dano/depredação.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública
Apresentação da ocorrência.
Competente (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Da assistência a família pelo Estado
Art. 226, § 8º, Constituição Federal / 88
em coibir a violência doméstica
Da lesão corporal e das circustâncias Art. 61, II, alínea f; Art. 129, § 9º e Art. 129, § 11, Código Penal
agravantes Brasileiro
Da decretação da prisão preventiva Art. 313, III, Código Processo Penal Brasileiro
Programs de recuperação e
Art. 152. § único da Lei n. 7.210/84, Lei de Execução Penal.
reeducação ao preso
Cria mecanismos para coibir a
violência doméstica e familiar contra Lei nº 11.340, de 7 de Agosto de 2006, Lei Maria da Penha
a mulher
Política Nacional de Enfrentamento à Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as
Violência Contra as Mulheres Mulheres, Brasília, 2011.
Estupro e estupro de vulnerável Art. 1º, V e VI da Lei n. 8.072/90, Lei de Crimes Hediondos.
Convenção Interamericana para
Prevenir, Punir e Erradicar a Decreto 1.973, em 1º de agosto de 1996.
Violência contra a Mulher
Inclui o feminicídio no rol dos crimes
Lei nº 13.104, de 9 de março de 2015
hediondos.
Determina à Corregedoria-Geral que
dê prioridade na instauração,
processamento e solução de
processos administrativos relativos a Portaria nº 074/DGP/QCG/PMMT, de 03 de março de 2015
fatos de violência doméstica e
familiar contra mulher envolvendo
policiais militares
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (Lei n.5.172/66).
Deslocamento para o local da
Art. 29, VII do Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9.503/97)
ocorrência.
Art. 284 do CPP; Art. 329 (Resistência), Art. 330
Resistência por parte da pessoa a ser
(Desobediência) e Art. 331 (Desacato) do Código Penal
abordada.
Brasileiro.
Súmula Vinculante 11; Art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das Partes.
Adolescente.

405 - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 312


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 405 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
Atendimento de ocorrências de violência doméstica e familiar contra a
PROCEDIMENTO: 405.1
mulher
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Constatação da ocorrência de violência doméstica / familiar contra a mulher;
2. Definir/Estabelecer prioridade para o atendimento;
3. Medidas de segurança na aproximação;
4. Análise visual e psicológica da causa da ocorrência;
5. Avaliação do número de pessoas envolvidas;
6. Realização da tarefa.
7. Entrega à Autoridade Policial.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Recebimento da ocorrência pelo Centro de Operações ou deparar-se com ela;
2. Avaliação da ocorrência (tipo de violência cometida contra a mulher);
3. Para o atendimento deste tipo de ocorrência, havendo necessidade de se pedir
apoio/reforço, não hesite;
4. Identificação das partes envolvidas (agressor(es), vítima(s));
5. Realizar a contenção e abordagem;
6. Se for verificado algum tipo de lesão física que exija intervenção médica, encaminhar a
mulher(es) primeiramente para o Pronto Socorro e somente depois, para Delegacia
Especializada (ou outra, como Delegacia de plantão);
7. Encaminhamento do agressor(es) para a Delegacia Especializada (ou outra, como DP de
plantão), para lavratura do flagrante, caso este não tenha evadido do local da ocorrência;
8. Confeccionar BO, fazendo constar todos os dados que forem possíveis de serem
levantados. Arrolamento de testemunhas (que tenham visto ou ouvido alguma coisa
acerca da ocorrência);
9. Durante a condução da ocorrência e elaboração do BO, evitar que a vítima tenha contato
com o agressor e pessoas a ele relacionadas.
10. No caso de crimes de maior potencial ofensivo, que caracterizam ação pública
incondicionada (lesão corporal, cárcere privado, sequestro, etc.), a vítima não poderá se
recusar a acompanhar a guarnição PM, já nos casos de crimes de menor potencial
ofensivo (ameaça, calúnia, injúria, etc), que dependem de representação da ofendida, se
houver recusa da(s) mulher(es) em ser(em) conduzida(s) para a DP, fazer constar no BO
com devido arrolamento de testemunhas, não esquecendo sempre que é mais importante
convencer a pessoa que seu depoimento é fundamental, do que simplesmente obrigá-la a
fazê-lo;
11. Se o local ou o horário forem impedimentos para poder arrolar testemunhas, outra
guarnição PM poderá servir para tal fim;
12. A ocorrência será encerrada quando a Polícia Judiciária Civil assumir a responsabilidade
acerca dos fatos e envolvidos. Pegue o recibo na ocorrência e em seguida informe o CPU
da área e o Centro de Operações/CIOSP.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o Policial Militar tenha segurança nas decisões dos procedimentos adotados na
ocorrência;
2. Que o Policial Militar realize todo contato possível com os envolvidos na ocorrência,
principalmente a (s) mulher (es) em situação de violência doméstica ou familiar;
3. Que o Policial Militar não esqueça de arrolar testemunhas e preencher minuciosamente o
BO, principalmente no caso da recusa da mulher em situação de violência doméstica ou
familiar em ser conduzida para a Delegacia ou para atendimento no PS;
4. Que durante a condução da ocorrência a guarnição PM se atente ao fato que a vítima não

405 - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 313


deve estar no mesmo ambiente que o agressor;
5. Que a guarnição PM não se envolva emocionalmente na ocorrência, agindo com isenção
de ânimos;
6. Que a guarnição PM conduza à ocorrência, absolutamente dentro dos princípios
estabelecidos em lei, assegurando a integridade física, moral e psicológica da vítima bem
como a responsabilidade penal do agressor.
AÇÕES CORRETIVAS
1. No ato da constatação da ocorrência, caso o agressor esteja armado (arma de fogo, arma
branca, outros) e trancado com a vítima(s) dentro de casa e/ou, ainda sob influência de
álcool ou substância entorpecente (Cuidado: esta avaliação é subjetiva), não invadir a
casa. Solicite do Centro de Operações/CIOSP apoio especializado, pois neste caso, a
ocorrência pode evoluir para uma crise com reféns;
2. Caso o agressor(es) seja(m) autoridade(s) com imunidade (vide POP 406);
3. A guarnição PM deverá agir com imparcialidade, não tomando decisão em favor de uma
das partes envolvidas (principalmente por sentimentos de solidariedade, raiva do agressor,
vingança, etc.);
4. Se nos crimes de Ação Pública incondicionada, a vítima se recusar a ir à Delegacia, a
equipe de policiais deverá efetuar a condução da mesma, para tanto o policial deverá
utilizar de persuasão verbal para que convença a mesma a acompanhá-los.
5. Nas situações em que a guarnição já atendeu ocorrência envolvendo a vítima e o agressor,
evitar fazer juízo de valor.
6. Empenhar-se na qualificação do infrator em caso de fuga.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não confecção do BO, caso a(s) vítima(s) se recuse(m) a ser conduzida(s) para o DP ou
PS;
2. Não preencher o BO, com o devido arrolamento de testemunha (s);
3. Deixar de preencher o BO, com o arrolamento de testemunha (s), no caso da ocorrência
configure em natureza de nada constatado;
4. Não mencionar as versões das partes envolvidas na ocorrência, tal qual como a relataram
(não distorcer, manter imparcialidade);
5. Deixar de tomar as medidas necessárias para que a vítima não tenha contato com o
agressor e pessoas a ele relacionadas.
6. Uso indevido de arma de fogo e/ou força física, a não ser que esteja amparado pelas
excludentes de criminalidade;
7. A ocorrência vir a tornar-se um tumulto contra os Policiais Militares, em caso de violência
desnecessária contra o agressor(es);
8. Deixar de solicitar apoio especializado, em caso da ocorrência se transformar em crise
com reféns.

ESCLARECIMENTOS:

1. ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR:


consiste no atendimento em caráter de prioridade (redação dada pelo Art. 10, caput, da Lei
n. 11.340/06) à mulher que esteja na iminência ou sofrendo violência doméstica ou familiar,
adotando-se de imediato as providências legais cabíveis.
2. ART. 226, § 8º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88: o Estado assegurará assistência à
família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a
violência no âmbito de suas relações.
3. ART. 61, DO DEC. LEI 2.848/40 (CPB): São circunstâncias que sempre agravam a pena,
quando não constituem ou qualificam o crime:
II – ter o agente cometido crime:
a. com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou
hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica (Redação dada
pelo Art. 43, da Lei n. 11.340/06).
4. ART. 129, DO DEC. LEI N. 2.848/40 (CPB): ofender a integridade ou a saúde de outrem:
aumento de pena:
§ 9º - se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou

405 - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 314


companheiro ou quem conviva ou tenha convivido, ou ainda, prevalecendo-se o agente das
relações domésticas, de coabitação ou hospitalidade: Pena – detenção, de 3 (três) meses
a 3 (três) anos (Redação dada pelo Art. 44, da Lei n. 11.340/06)...
§ 11 – na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço, se o crime for
cometido contra pessoa portadora de deficiência (Redação dada pelo Art. 44, da Lei n.
11.340/06).
5. ART. 152, § ÚNICO DA LEI N. 7.210/84 (LEP): poderão ser ministrados ao condenado,
durante o tempo de permanência, cursos e palestras, ou atribuídas atividades educativas.
Parágrafo Único. Nos casos de violência doméstica contra mulher o Juiz poderá determinar
o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação
(Redação dada pela o Art. 45, da Lei n. 11.340/06).
Art. 1º - São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Dec. Lei n.
8.848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados: IV – estupro
(Art. 213 e sua combinação com o Art. 223, caput e § único). VI – atentado violento ao pudor
(Art. 214 e sua combinação com Art. 223, caput e § único). (Conforme inteligência do Art.
5º, caput, da Lei 11.340/06 – para efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar
contra mulher, qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial).
6. O ART. 61 DA LEI Nº 9.099/95 AGORA TEM A SEGUINTE REDAÇÃO: "Consideram-se
infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada
ou não com multa." Ao mesmo tempo em que a lei 11.313/06 alterou o conceito da lei
9099/95, suprimiu aquele que constava da lei 10.259/01. Destarte, o conceito é único para
ambas as leis, constando apenas da lei de 1995.
a. As mudanças na Legislação foram abrangentes. Foram criadas penas mais duras para
quem comete crime contra a mulher (violência doméstica e familiar).
b. Trata-se de crime inafiançável. Não há previsão legal de tolerância na atual Legislação para
quem comete violência contra a mulher.
c. Há de se considerar que a população como um todo deposita grande expectativa na ação
preventiva e/ou repressiva por parte da Polícia Militar, a fim de coibir crimes de violência
contra a mulher.
d. Antes da promulgação da Lei n. 11.340/06, a qual trata de violência contra a mulher, muitas
vezes essas ocorrências eram passíveis de TCO, a partir de agora com rigor da presente
lei, as penas variam de três meses a três anos de prisão.

405 - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 315


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
406
PROCESSO OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE(S)
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Arma de disrupção eletromuscular (SPARK, TASER, etc.);
3. Bastão policial (Tonfa);
4. Espargidor de gás de pimenta O.C;
5. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
4. Identificação do nível funcional da autoridade envolvida na
ocorrência.
Adoção de medidas específicas.
5. Agir de acordo com o procedimento específico para cada
autoridade.
6. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6), com as seguintes
Condução.
observações:
Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
(vide POP 201.7), caso necessário, devendo observar a
Apresentação da ocorrência.
condução específica das autoridades com prerrogativa de
prisão em flagrante delito (vide esclarecimentos)
Encerramento. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Naciona
Deslocamento para o local de
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Condução das Partes Segue embasamento legal abaixo:
Diplomatas (Chefes de Estados,
sua comitiva e seus familiares, os
representantes de Governos Art. 5º do Decreto-Lei nº. 2.848/40 (Código Penal), art. 1º, I, do
estrangeiros, sua comitiva e seus Decreto-Lei nº. 3.689/41 (Código de Processo Penal), c/c art.
familiares, os Embaixadores, seu 31 e 39, §3º da Convenção de Viena das Relações
corpo técnico (contador, Diplomáticas, Decreto Legislativo nº 103/64, Decreto nº
intérprete, tradutor etc.), e seus 56.435/65. Art. 43 da Convenção de Viena das Relações
familiares), os Cônsules, seus Consulares, Decreto Legislativo nº 6/67 e Decreto nº.
funcionários, Membros das 61.078/67.
Organizações Internacionais
(ONU e OEA)
Presidente da República Art.86,§ 3º, da Constituição Federativa do Brasil de 1988.
Governadores dos Estados e do Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) nº 1026 do STF,
Distrito Federal e os Prefeitos. c/c Art.102, §2º da Constituição Federativa do Brasil de 1988.
Membros do Congresso Nacional Art.53 §2º, c/c art. 27,§1º da Constituição da República
e das Assembléias Legislativas Federativa do Brasil de 1988, e Art. 29 §2º da Constituição
dos Estados e do Distrito Federal Estadual do Estado de Mato Grosso.
Membros da Magistratura Art.33, II da Lei Complementar nº. 35/79 (Lei de Organização
Nacional da Magistratura Nacional (LOMAN).
Art. 40, III da Lei Complementar nº. 8625/93 (Lei Orgânica
Nacional Ministério Público (LONM), Art. 18, II, alínea “d” da Lei
Membros do Ministério Público da
Complementar nº 75/93 (Organização e atribuições do
União e dos Estados
Ministério Público) e Art. 75, III da Lei Complementar nº 27/93.
(Lei Orgânica e Estatuto do Ministério Público de Mato Grosso).
Art. 89, II e Art.128, II da Lei Complementar nº 80/94. (Lei
Defensores Públicos da União e
Orgânica Defensoria da União e dos Estados)
dos Estados Membros da OAB
Art. 7º, §3º da Lei Ordinária nº. 8.906/94. (Estatuto da

406 - OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE(S) 316


Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Art. 40 da Lei Complementar nº 4.878/65. (Regime jurídico
Delegados da Polícia Federal e
peculiar dos funcionários policiais civis da União e do Distrito
seus Agentes
Federal)
Art. 323 do Decreto-Lei nº. 3.689/41(Código de Processo
Penal), Art.5º, XLII, XLIII, XLIV da CF/88 (Constituição Federal
Crimes Inafiançáveis
do Brasil) e Lei Complementar nº 8.072/90 (Lei dos crimes
Hediondos).
Todos os crimes, exceto os delitos previstos no art. 323 e 324
(prisão civil e militar) do Decreto-Lei nº. 3.689/41 (Código de
Crimes Afiançáveis
Processo Penal), Art.5º, incisos XLII, XLIII, XLIV da CF/88 e Lei
nº 8.072/90.
Art.234 do Decreto-Lei nº 1002/69 (Código de Processo Penal
Militar), Art.42, inciso III do Decreto- Lei nº. 1001/69 (Código
Penal Militar) Art.2º, §único da Lei nº 13.060/14 (Uso de
Instrumentos de menor potencial ofensivo), Artigos 284 e 292
Emprego de Força do Decreto-Lei nº. 3.689/41(Código de Processo Penal), Art.40
da Lei nº. 7210/84 (Lei de Execução Penal), Art.23, inciso III e
§único e Artigos 322, 330, 352 do Decreto-Lei nº. 2.848/40
(Código Penal), Art. 3º, letra “I” e Art. 4º, letra “b” da Lei nº.
4.898/65 (Abuso de autoridade).
Artigos 234, §1° e 242 do Decreto-Lei nº 1002/69 (Código de
Processo Penal Militar), artigo 474, §3º do Decreto-Lei nº.
Emprego de Algemas 3.689/41(Código de Processo Penal), artigo 178 da Lei nº.
8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e Súmula
Vinculante nº 11 do STF
Lei nº 13.060/14 (Uso de instrumentos de menor potencial
Uso de Armas Não Letais
ofensivo).
Lei nº 13.060/14 (Uso de instrumentos de menor potencial
Uso de Arma Letal
ofensivo).
Art. 282, §2° da Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito do
Brasileiro (CTB), referente à notificação de trânsito a pessoal de
missões diplomáticas, de repartições consulares e de
Ocorrência de trânsito
organismos internacionais.
envolvendo veículos missões
Art. 3°, §4° da Resolução n° 404/2012 do Conselho Nacional de
diplomáticas
Trânsito (CONTRAN).
Resolução n° 360/10 do Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN).
AVENA, Norberto. Processo Penal Esquematizado. 5. ed. São
Paulo: Método, 2012.
BRASILEIRO, Renato. Processo Penal. vol único. Rio de
Janeiro: Impetus, 2013.
BARROSO, Darlan. Direito Internacional. 2. ed. São Paulo:
Referência Bibliográfica
Revistas dos Tribunais, 2010.
COIMBRA NEVES, Cícero Robson. Manual de Direito Penal
Militar. 2.ed.São Paulo: Saraiva, 2012.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12. ed.
São Paulo: Saraiva, 2008.

COMENTARIO
Condução:
1. Os diplomatas, gozam de imunidades absolutas. Não serão conduzidas a nenhuma repartição
pública, englobam nesse rol, os Chefes de Estados, sua comitiva e seus familiares, os
representantes de Governos estrangeiros, sua comitiva e seus familiares, os Embaixadores,
seu corpo técnico (contador, intérprete, tradutor etc.), e seus familiares. Todas essas pessoas
não estarão sujeitas a prisão em flagrante, independente da natureza do crime. Não estão
protegidos pela imunidade os empregados particulares das autoridades citadas.
2. Os Cônsules e os funcionários das Organizações Internacionais (ONU e OEA), gozam de
imunidades relativas, portanto, serão conduzidas à repartição pública competente (Delegacia
de Polícia), somente quando cometerem crimes graves fora do exercício da função. Não estão

406 - OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE(S) 317


protegidos pela imunidade os empregados particulares das autoridades citadas.
3. O Presidente da República em hipótese alguma será conduzido à repartição pública
(Delegacia de Polícia), goza de imunidade relativa, portanto, não poderá ser preso em
flagrante delito, enquanto não sobrevier a sentença penal condenatória irrecorrível,
independente da natureza do crime.
4. Membros do Congresso Nacional (deputados e senadores) e os Membros das Assembléias
Legislativas dos Estados e do Distrito Federal gozam de imunidades relativas.Somente serão
conduzidas à repartição pública (Delegacia de Polícia), quando praticarem crimes
inafiançáveis. Nos casos de flagrante delito, a autoridade policial (Polícia Federal e a Polícia
Civil) deverá encaminhar o auto de prisão em flagrante à respectiva casa para que no prazo
de 24 horas, pelo voto aberto da maioria de seus membros, deliberem sobre a prisão. São
isentos de prisões nos crimes decorrentes de suas opiniões proferidas nas tribunas.
5. Os Membros do Poder Judiciário (Magistrados) gozam de imunidades relativas. Somente
serão conduzidas à repartição pública (Tribunal competente), quando praticarem crimes
inafiançáveis. Nesta hipótese, o Magistrado deverá ser apresentado diretamente ao
Presidente do Tribunal a que esteja vinculado.
6. Membros do Ministério Público gozam de imunidades relativas. Somente serão conduzidas à
repartição pública (Procuradoria Geral de Justiça), quando praticarem crimes inafiançáveis.
Nesta hipótese, o Procurador e ou Promotor deverão ser apresentados diretamente ao
Procurador Geral de Justiça a que estejam vinculados.
7. Governadores dos Estados e do Distrito Federal e os Prefeitos dos Municípios não gozam de
imunidade à prisão em flagrante delito, portanto, deverão ser conduzidas à repartição pública
(Polícia Federal e ou Polícia Civil) para as providências legais referentes à prisão. Insta
salientar que a imunidade à prisão em flagrante é garantida somente ao Presidente da
República.
8. Os Ministros da Presidência da República e os Secretários de Estados, não gozam de
imunidade à prisão em flagrante delito, portanto, deverão ser conduzidas à repartição pública
(Polícia Federal e ou Polícia Civil) para as providências legais referentes à prisão.
9. Os Defensores Públicos da União e dos Estados, não gozam de imunidade à prisão em
flagrante delito, portanto, deverão ser conduzidas à repartição pública (Polícia Federal e ou
Polícia Civil) para as providências legais referentes à prisão.
10. Os Vereadores não gozam de imunidade à prisão em flagrante delito, portanto, deverão ser
conduzidas à repartição pública (Polícia Federal e ou Polícia Civil) para as providências legais
referentes à prisão. São isentos de prisões nos crimes decorrentes de suas opiniões
proferidas na tribuna da Câmara da circunscrição a que pertence.
11. Os Advogados gozam de imunidades relativas no exercício da função, e serão conduzidos à
repartição pública (Delegacia de Polícia) somente quando praticarem crimes inafiançáveis.
Nesta hipótese, é assegurado a presença de um representante da OAB, sob pena de nulidade
da prisão. Não estando o Advogado no exercício da função, deverá ser conduzido à presença
da autoridade policial, independente da natureza do crime (afiançável ou inafiançável), neste
caso, comunicará o representante da OAB (atribuição do Delegado de Polícia).
12. Os Delegados da Polícia Federal e seus Agentes, não gozam de imunidades a prisão em
flagrante delito. Portanto, deverão ser conduzidas à repartição pública (Polícia Federal e ou
Polícia Civil) para as providências legais referentes à prisão.

406 - OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE(S) 318


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 406 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE(S)
PROCEDIMENTO: 406.1 Identificação do nível funcional da autoridade
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Determinar o nível funcional da autoridade envolvida na ocorrência;
2. Adequar o procedimento ao nível funcional da autoridade, conforme estabelecido;
3. Conter e fazer cessar a ação delituosa que gerou a ocorrência;
4. Verificar a possível condução dos envolvidos, conforme suas imunidades estabelecidas
neste Processo;
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Comunicar o Oficial de serviço ou Comandante para que compareça ao local e acompanhe
a ocorrência;
2. Arrolar testemunhas dos procedimentos adotados perante a autoridade, se possível, desde
do início da abordagem até a finalização da ocorrência;
3. Após ter contido a situação realizar o devido encaminhamento do expediente à autoridade
pública competente, a fim de adotar as providências legais contra a autoridade autor do fato;
4. Elaborar o boletim de ocorrência policial militar, correspondente;
5. Liberar a autoridade, no caso desta possuir imunidade absoluta, observando ainda àquelas
que possuem prerrogativa de prisão em flagrante (Presidente da República, Magistrados,
Procuradores de Justiça, Promotores de Justiça, Senadores, Deputados e Advogados).
6. 10. Elaborar relatório circunstanciado ao seu superior imediato, anexando cópia do Boletim
de Ocorrência.
7. Tomar as medidas legais em relação às outras pessoas envolvidas na ocorrência;
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a autoridade seja devidamente identificada, a fim de que tenha o tratamento compatível
com o seu nível funcional, de acordo com a Lei;
2. Independente do nível funcional constatado, todo o atendimento da ocorrência deve ser
pautado pelo respeito e isenção;
3. Que o Oficial de serviço ou Comandante, saiba o mais breve possível, da gravidade do
envolvimento da autoridade na ocorrência;
4. Que sejam tomadas todas as medidas cabíveis em relação a terceiros envolvidos na
ocorrência;
AÇÕES CORRETIVAS
1. Existindo dúvidas no procedimento, solicitar esclarecimento o mais rápido possível ao Oficial
de serviço ou Comandante, evitando assim condutas precipitadas;
2. Na demora da constatação da imunidade da autoridade, adotar todos os procedimentos
legais na técnica de abordagem policial até que seja identificada a autoridade;
3. Se durante o procedimento violar a imunidade da autoridade, por desconhecer sua
identidade, reconsiderar imediatamente a atitude, depois de identificada.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não buscar determinar o nível funcional e o tipo da imunidade da autoridade envolvida na
ocorrência;
2. Adotar comportamento incompatível com a imunidade da autoridade;
3. Precipitar-se adotando medidas inadequadas;

ESCLARECIMENTOS:

1. Crimes inafiançáveis:
a. Os crimes inafiançáveis, conforme previstos na Constituição e artigo 323, I e II do CPP, são
os seguintes:
● Racismo (art.5º, XLII, CF/88);

406 - OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE(S) 319


● Ação de Grupos Armados (art.5º, XLIV, CF/88);
● Prática de Terrorismo (art.5º, XLIII, CF/88);
● Tortura (art.5º, XLIII, CF/88);
● Tráfico Ilícito de Entorpecentes (art.5º, XLIII, CF/88);
b. Crimes Hediondos (Lei nº. 8.072/90).
● Homicídio (121, CP) quando praticado em atividade típica de extermínio, ainda que
cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, parágrafo 2º, incisos I, II, III,
IV e V, CP);
● Latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
● Extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o)
● Extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lº, 2º e 3º);
● Estupro (art.213 caput e §§1º e 2º);
● Estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
● Epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o, CP);
● Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos
ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, CP);
● Crime de genocídio previsto nos artigos 1º, 2º e 3º da lei 2889/56.

406 - OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE(S) 320


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
407
PROCESSO VEÍCULO LOCALIZADO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Disruptor eletromuscular;
4. Farol auxiliar portátil (Cilibrim);
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas
4. Procedimentos no local onde se encontra o veículo.
específicas.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
Apresentação da ocorrência.
(vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Preservação do Local de
Art.169 CPP.
Crime.
Competência para remoção
de veículos parados ou Art. 24, item VI do CTB (Código de Trânsito Brasileiro).
estacionados irregularmente
Medida administrativa de
remoção de veículo parado
Art. 181 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro).
ou estacionado
irregularmente.

COMENTÁRIOS:
1. PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME: Art. 169 CPP. “Para o efeito de exame do local
onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que
não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos
com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos”. A correta preservação do local de
crime é de extrema importância para a investigação criminal, haja vista a sua potencialidade
em apresentar a materialidade do delito, provendo a investigação de dados relevantes para
se chegar ao autor da infração. O policial militar, que normalmente é o primeiro profissional a
chegar ao local possui papel importantíssimo nesse contexto, pois tem a vital função de
manter inalterado o estado das coisas.

407 – VEICULO LOCALIZADO 321


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 407 VEÍCULO LOCALIZADO
PROCEDIMENTO: 407.1 Atendimento de ocorrência de veículo abandonado/localizado.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada ao local da ocorrência;
2. Constatação se o veículo localizado é produto de ilícito penal ou está meramente
abandonado em via pública;
3. Preservação do local da ocorrência;
4. A transmissão dos dados à Autoridade de Polícia Judiciária de Plantão;
5. Condução do veículo à repartição pública competente.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Verificar visualmente os aspectos do veículo, buscando indícios que justifiquem tratar-se de
veículo produto de ilícito penal ou se está infringindo a legislação de trânsito (fig.1);
2. Verificar a condição em que o veículo se encontra estacionado em via pública;
3. Preservar o veículo e todo possível campo pericial, quando houver indícios de ilícito penal;
4. Proceder à vistoria visual no veículo, procurando sinais de violação (fig.2);
5. Realizar a checagem do veículo;
6. Não havendo indicação de que o veículo seja produto de ilícito penal, verificar se está em
desacordo com a legislação de trânsito, a fim de constatar eventuais cometimentos de
infrações administrativas. Caso esteja estacionado irregularmente, lavrar as devidas
notificações e acionar o órgão competente para a remoção e encerrar a ocorrência junto ao
Centro de Operações;
7. Em não se constatando ser o veículo produto de ilícito penal e estando este parado ou
estacionado em local permitido, tal situação deverá ser comunicado ao Centro de
Operações, momento em que a GUPM dará por encerrada a ocorrência policial;
8. Comprovado a ilicitude penal, entrar em contato com a Autoridade de Polícia Judiciária de
Plantão através do Centro de Operações (190), transmitindo os dados da ocorrência e
solicitando o comparecimento da perícia técnica no local;
9. Solicitar que o Centro de Operações entre em contato com o proprietário do veículo
informando a situação, caso o proprietário não consiga ser contatado e não havendo meios
públicos para a realização da remoção do veículo, deslocar ao local de registro do B.O para
confecção de boletim de ocorrência informando que o veículo permaneceu no local e não
houve meios estatais e particulares de remoção do veículo;
10. Solicitar apoio de outra viatura ou ostensivo a pé, se necessário;
11. Preservar o veículo até a chegada da equipe de perícia técnica. O não comparecimento
desta por qualquer motivo deve constar no Boletim de Ocorrência;
12. Solicitar a remoção do veículo aos órgãos competentes e meios disponíveis.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o veículo e o local da ocorrência sejam devidamente preservados, fins de serem
submetidos à perícia oficial;
2. Que o veículo seja devidamente apreendido e conduzido pela repartição pública competente
e posteriormente entregue ao seu proprietário nas condições em que fora encontrado;
3. Que os veículos estacionados irregularmente sejam notificados e removidos para o órgão
competente.
4. Que o proprietário do veículo consiga ser contatado e seja informado da situação, caso
contrário, e que não haja meios estatais de remoção do veículo, que seja comunicado à
Autoridade Policial através de boletim de ocorrência da localização do veículo e da
impossibilidade de remoção.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Dar preferência aos meios públicos para condução do veículo;

407 – VEICULO LOCALIZADO 322


2. Verificar com o proprietário, qual o profissional de sua confiança que realizará o serviço de
apoio ao deslocamento do seu veículo (guincho, chaveiro ou outros);
3. Caso o proprietário não consiga ser contatado, deslocar ao local de registro do B.O para
confecção de boletim de ocorrência informando que o veículo permaneceu no local e não
houve meios estatais e particulares de remoção do veículo;
4. Nos municípios onde houver agentes municipais de trânsito, estes devem ser acionados
para que tomem as medidas previstas no CTB quanto à parada e estacionamento em local
proibido.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não verificar se o veículo se trata de ilícito penal ou, caso esteja estacionado ou parado
irregularmente, não tomar as medidas previstas no CTB ou deixar de acionar o órgão
competente para execução das citadas medidas;
2. Não transmitir os dados corretamente ao Centro de Operações/CIOSP;
3. Não preservar o veículo e o local do crime, deixando de cuidar para que se alterem as
condições em que fora encontrado;
4. Executar serviços no veículo, pelo qual o proprietário não se responsabilizará, ou sem sua
anuência;
5. Indicar serviços ao proprietário do veículo.

ESCLARECIMENTOS:

Verificação Visual: A GUPM que primeiro chegar ao local da ocorrência deverá proceder
apenas à verificação visual do local do crime e do veículo que, em tese, trata-se de ilícito penal.
Desta forma, não deverá apreender nem tocar em nada que esteja no local, bem como em peças
do veículo como, por exemplo, maçanetas, portas, porta malas e objetos que se encontrem em
seu interior.

407 – VEICULO LOCALIZADO 323


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
408
PROCESSO ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS EM HORÁRIO DE FOLGA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Traje civil ou qualquer uniforme da PMMT;
2. Arma de fogo de porte legalizado.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência.
2. Deslocamento para o local da ocorrência (obs.: ver
Deslocamento.
comentários)
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência.
Adoção de medidas
4. Atuação do Policial Militar após a chegada da GUPM.
específicas.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
Apresentação da ocorrência.
(vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Deslocamento para o local de
Art. 40, inciso V, alínea “a” do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Súmula Vinculante n 11; Artigos 284 e 292 do Código de Processo
o

Condução das Partes.


Penal; Art. 178 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Obrigatoriedade Artigo 301 do Código de Processo Penal.

COMENTÁRIOS:
1. DESLOCAMENTO PARA O LOCAL DA OCORRÊNCIA: Poderá ser realizado somente se
o policial militar estiver armado com arma de fogo. Deverá ser procedido conforme reza o
Artigo 40, inciso V, alínea “a” do Código de Trânsito Brasileiro, ou seja, em emergência
deverá o condutor utilizar do pisca-alerta do veículo. Deverá também o condutor escolher
o melhor itinerário, utilizando velocidade compatível com a via, evitando cometer infrações
de trânsito durante o deslocamento. Se o deslocamento for a pé, atentar para o “abrigo” e
“cobertura”. Durante o deslocamento a arma de fogo deverá estar na posição velada.
2. OBRIGATORIEDADE DE ATENDIMENTO DA OCORRÊNCIA PELO PM DE FOLGA:
Segundo o Artigo 301 do Código de Processo Penal, qualquer um pode e as autoridades
policiais devem prender quem quer que se encontre em flagrante delito. Assim, o policial
militar, mesmo estando de folga deve agir quando acionado ou em se deparando com uma
ocorrência policial, desde que não imponha em risco a própria vida e a de terceiros. Para
tanto, na oportunidade deverá utilizar dos meios de que dispõem, colhendo o máximo de
informações possíveis sobre a ocorrência e acionando de imediato a Polícia Militar.

408 - ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS EM HORÁRIO DE FOLGA 324


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 408 ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS EM HORÁRIO DE FOLGA
PROCEDIMENTO: 408.1 Conhecimento da ocorrência estando o policial militar em horário de folga.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Contato com o(s) solicitante(s) e/ou com testemunha(s) (se houver);
2. Coleta prévia de informação;
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Contato com o(s) solicitante(s) e/ou com testemunha(s);
2. Avaliação do seu grau de lucidez e isenção;
3. Reconhecer a natureza criminal do fato;
4. Colher junto ao solicitante ou testemunha(s), o máximo possível de informações prévias quanto
ao local, número de participantes, características físicas e vestimentas dos envolvidos, uso de
arma de fogo, meio de transporte, existência de reféns, e outros dados oportunos;
5. Solicitar a presença da guarnição policial militar no local da ocorrência através do número 190
ou outro contato específico. Caso esteja armado com arma de fogo de porte legalizado e
decida ir até o local, deverá informar o seu deslocamento, bem como os trajes que estará
utilizando,para facilitar a sua identificação pela GUPM;
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar, antes de acionar a guarnição policial, tenha convicção de que uma prática
criminal está em curso, coletando todos os dados possíveis da ocorrência objetivando a sua boa
condução;
2. Que seja assegurado o satisfatório atendimento da ocorrência, atendendo os anseios do público
alvo, neste caso em particular, pessoas de bem que estiverem envolvidas no fato;
3. Que a guarnição policial-militar seja devidamente municiada de informações corretas e precisas,
possibilitando o atendimento com segurança a todos os envolvidos.
4. Que a guarnição policial-militar, antes mesmo de deslocar para atender a ocorrência, saiba que
no local existe a presença de um policial militar, com suas vestes e características físicas,
devidamente armado com arma de fogo.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o solicitante demonstrar falta de credibilidade, considerar a possibilidade de ele estar
envolvido na prática criminosa;
2. Na impossibilidade de obtenção de informações prévias, tendo a certeza da natureza criminal da
ocorrência, solicitar reforço imediato, antes de se dirigir às proximidades do local;
3. Caso o policial militar esteja de folga e em trajes civis e deparar-se com ocorrência de natureza
criminal e esteja anônimo de sua condição como policial militar e nem seja solicitado a sua
interferência pelos populares, não se eximir de prestar sua colaboração, devendo, ao menos,
com cautela, comunicar-se com o Centro de Operações passando as informações necessárias,
solicitando imediata presença policial.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não atender à solicitação;
2. Deixar de adotar providências quando deparar-se com ocorrência de natureza criminal estando
anônimo de sua condição de policial militar (trajes civis), mesmo não sendo solicitado sua
interferência;
3. Não dar crédito às informações apresentadas pelo solicitante;
4. Agir precipitadamente, deixando de colher todas as informações dos quais o solicitante é
portador;
5. Não comunicar ao 190 que estará presente no local da ocorrência, devidamente armado, bem
como as vestimentas que estará utilizando;
6. Não perceber que o solicitante estava envolvido com a prática criminosa.

408 - ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS EM HORÁRIO DE FOLGA 325


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 408 ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS EM HORÁRIO DE FOLGA
PROCEDIMENTO: 408.2 Chegada ao local da ocorrência.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada às proximidades do local do suposto crime;
2. Escolha de local adequado para observação;
3. Contatos no local de crime com pessoas presentes;
4. Porte ostensivo de arma de fogo no local da ocorrência.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Com a arma de fogo na posição velada, realizar a aproximação segura do local do suposto
crime;
2. Localizar um ponto estratégico e seguro para se posicionar a fim de iniciar a observação;
3. Constatar pela observação ou outro meio, quando possível, enquanto aguarda o reforço:
a. A existência do fato;
b. O número de pessoas envolvidas;
c. Existência de reféns;
d. Existência de agentes externos;
e. Meios de transportes utilizados;
f. Armas empregadas;
g. Existência de pessoas feridas.
4. Entrar em contato imediatamente com o 190, informando tudo o que foi constatado no local
da ocorrência, com a finalidade de ser transmitido para a GUPM que atenderá a ocorrência;
5. Caso se depare com pessoas em trajes civis e armado com arma de fogo no perímetro
externo do local da ocorrência, o policial militar deverá tentar realizar a sua identificação.
Não sendo possível, não agir por conta própria e aguardar o reforço policial.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar se aproxime do local dos fatos de forma segura e dissimulada, com a
arma de fogo na posição velada;
2. Que o policial militar escolha um local seguro e estratégico para obter o máximo de
informações da ocorrência e possa, ao mesmo tempo, constatar a chegada do reforço;
3. Que obtenha todas as informações necessárias para o planejamento da ação e da reação;
4. Que a GUPM de serviço que atenderá a ocorrência, antes mesmo de chegar ao local dos
fatos, possa estar munida de preciosas informações sobre o acontecimento que a auxiliará
na tomada de decisões;
5. Que o policial militar não tome decisões precipitadas ao se deparar com pessoas com arma
de fogo e em trajes civis no local da ocorrência, pois poderá ser outro policial ou outra
autoridade, bem como cidadão de bem que esteja no local dos fatos.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o local não permitir posto de observação seguro, aguardar o reforço;
2. Se perceber ou for informado de que existem criminosos no ambiente externo ao fato,
aguardar o reforço;
3. Se, enquanto observa o local, verificar a existência de disparo de arma de fogo e/ou pessoas
feridas, ou observar que os infratores estão deixando o local, manter-se abrigado, colher
informações úteis, como características das pessoas e objetos (armas e veículos), direção de
evasão, e, se possível, informar o 190. Em seguida, dar o início ao socorro à vítima ferida, se
as circunstâncias permitirem, senão aguardar o reforço.

408 - ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS EM HORÁRIO DE FOLGA 326


POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Aproximar-se de forma desprotegida e facilitando sua visibilidade por parte do(s) criminoso(s);
2. Aproximar-se portando arma de fogo de forma ostensiva, podendo vir a ser confundido como
autor da empreitada criminosa;
3. Escolha de local de observação inseguro ou de difícil atuação para a coleta de informações;
4. Deixar de constatar a aproximação do reforço policial, para evitar o grau de risco na atuação
dos policiais.
5. Tentar agir ao se deparar com pessoas de bem, como policiais e outras autoridades, que
estejam no local em trajes civis e portando arma de fogo, confundindo-os com os autores da
infração criminal.

408 - ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS EM HORÁRIO DE FOLGA 327


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 408 ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS EM HORÁRIO DE FOLGA
PROCEDIMENTO: 408.3 Ação do policial militar após a chegada da GUPM.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Informar a guarnição PM dos detalhes da ocorrência;
2. Identificar-se com clareza para a guarnição PM;
3. Identificação de ocorrência envolvendo reféns
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Aguardar a chegada da guarnição PM;
2. Contatar a guarnição, informando-lhe do que ocorre;
3. Se estiver fardado e armado com arma de fogo de porte legalizado, poderá participar
ativamente no atendimento da ocorrência, desde que respeitadas as relações hierárquicas
dos policiais militares presentes no local dos fatos. Se estiver à paisana, não interferir na
ocorrência, ainda que seja superior a todos os policiais militares presentes, devendo deixar
que a GUPM de serviço tome todas as providências necessárias para o atendimento e
aguardar do lado de fora em local seguro;
4. Caso esteja fardado e armado com arma de fogo de porte legalizado e decida não participar
ativamente do atendimento da ocorrência, deverá ficar próximo da viatura para comunicar-se
com o 190 informando detalhes do atendimento em tempo real;
5. Se estiver à paisana, procurar comunicar-se a todo o momento com o 190 informando
detalhes do atendimento da ocorrência, bem como com outros policiais militares de serviço
que compareçam posteriormente no local para prestar apoio.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar de folga não seja imprudente e não se exponha a riscos desnecessários;
2. Que o policial militar de folga consiga avaliar com precisão os atos em curso;
3. Que o policial militar de folga consiga identificar-se aos seus colegas de serviço e os informem
sobre os detalhes da ocorrência policial;
4. Que o policial militar de folga e em trajes civis não interfira diretamente na resolução da
ocorrência, e aquele que estiver fardado e armado, atue de acordo com o que foi planejado
para a resolução da ocorrência;
5. Que o policial militar de folga apoie com as informações necessárias à GUPM que atenderá
a ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se os meliantes saírem do local de crime, antes da presença da guarnição, buscar proteção
e, se possível, não reagir. Caso contrário, agir somente em casos de legítima defesa;
2. Se o local do crime está em ambiente onde o policial militar é frequentador ou muito
conhecido, deve evitar expor-se ao máximo, deixando que os policiais militares de serviço
adotem todas as iniciativas.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Ao deparar-se com uma ocorrência, ignorá-la, sem prestar qualquer colaboração;
2. Não aguardar a chegada da guarnição;
3. Não passar as informações para os policiais militares de serviço;
4. Participar das ações de reação, juntamente com os policiais militares de serviço, estando em
trajes civis;
5. Se tiver nível hierárquico superior em relação aos policiais militares de serviço resolver
comandar as ações, estando em trajes civis;
6. Agir por iniciativa própria, sem o planejamento prévio, desrespeitando as ações de comando.

408 - ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS EM HORÁRIO DE FOLGA 328


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
409
PROCESSO MORTE DE POLICIAL MILITAR
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Farol auxiliar portátil (Cilibrim);
4. Para isolamento: faixas, cordas, cavaletes, tábuas, arames, estacas, lonas plásticas e outros.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas
4. Atendimento de ocorrência, envolvendo morte de PM.
específicas.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
Apresentação da ocorrência. 6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
(vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Deslocamento para o local
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
de ocorrência.

409 - MORTE DE POLICIAL MILITAR 329


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 409 MORTE DE POLICIAL MILITAR
PROCEDIMENTO: 409.1 Atendimento de ocorrência envolvendo morte de Policial Militar
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Confirmação que a pessoa morta é Policial Militar, a situação em que ocorreu (em serviço, de
folga, da ativa ou inativo) e as circunstâncias (morte natural, acidente de trânsito, homicídio);
2. Comunicação do fato ao superior imediato (Oficial de Serviço, Comandante do Batalhão ou
CIPM);
3. Confecção do boletim de ocorrência e documento circunstanciado (Parte).
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Chegando ao local da ocorrência, caso o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de
Urgência) não esteja no local, solicitar uma Equipe para constatação do óbito ou prestar
socorro imediato;
2. Havendo indícios de crime, ou em caso de acidente, adotar as medidas iniciais de
preservação de local de crime (vide POP 401.1 e 401.2);
3. Acionar o Oficial de serviço ou o Comandante da Unidade, bem como, comunicar a
Corregedoria (plantão) e o Comandante da Unidade a que pertencia o militar, caso tenha sido
possível identificar que a vítima é Policial Militar (por meio de documentação ou
reconhecimento), caso contrário, aguardar a Perícia Oficial para verificar documentos;
4. Comunicar o fato às demais guarnições de serviço, sem fazer incitações, evitando assim a
adoção de condutas precipitadas ou ilegais. O policial deve preocupar-se em repassar
informações que possam auxiliar na prisão do(s) infrator(es), no caso de crime;
5. Adotar as demais medidas inerentes à preservação do local de crime (vide POP 401.3);
6. Solicitar que o CIOSP faça o acionamento dos órgãos competentes (DHPP, Deletran, Perícia
Oficial, IML) para confecção das medidas pertinentes;
7. Coletar dados e informações das testemunhas do acontecimento;
8. Permanecer ou providenciar que outra guarnição permaneça no local até a remoção do
cadáver;
9. Caso haja, no local, familiares do militar falecido, orientá-los a procurar o Serviço de
Assistência Social (SAS) da Polícia Militar, para que possam obter apoio ou informações
sobre eventuais direitos do militar (seguro DPVAT, auxílio funeral, pensão etc..);
10. Registrar o boletim de ocorrência, constando o maior número de informações possíveis, tais
como: circunstâncias do fato, testemunhas arroladas e providências adotadas.
11. Confeccionar documento circunstanciado (Parte) sobre o fato (anexar cópia do B.O.) e
encaminhá-lo ao Comandante da Unidade, para adoção de medidas pertinentes.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o caso tenha o encaminhamento necessário o mais rápido possível, mediante
comunicação ao Oficial de serviço ou Comandante da Unidade;
2. Que o local seja preservado, viabilizando a pericial do local (vide POP 401);
3. Que a constatação do óbito seja realizada por profissional da área (médico);
4. Que não haja exposição desnecessária (redes sociais) do militar falecido e de seus familiares;
5. Que todos os dados referentes à ocorrência sejam coletados e informados a quem de direito.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não se tenha certeza do óbito, solicitar socorro imediato;
2. Havendo dúvidas quanto à identificação da vítima, utilizar todos os meios para a confirmação
de que se trata de policial militar (documentos, checagem, reconhecimento);
3. Caso haja indícios de crime, preservar o local desde o primeiro momento do conhecimento da
ocorrência;
4. Caso não seja possível o contato com o Oficial de serviço ou Comandante da Unidade, fazê-
lo através do Centro de Operações/CIOSP, para que informe o escalão superior.

409 - MORTE DE POLICIAL MILITAR 330


POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não socorrer a vítima em caso de dúvidas sobre sua morte;
2. Não confirmar se a vítima é realmente policial militar, deixando de adotar as medidas
estabelecidas na sequência de ações;
3. Não preservar o local do fato para posterior realização de perícia;
4. Não informar ao escalão superior sobre os dados da ocorrência.

ESCLARECIMENTOS:

1. CONSTATAÇÃO: através de documentos, verificar se realmente trata-se de policial militar.


2. OFICIAL FUNCIONALMENTE VINCULADO: é o Policial Militar, normalmente Oficial
Subalterno, a quem o Policial Militar está diretamente subordinado quando em serviço.
O Oficial de deve consultar o escalão superior à que estiver subordinado diretamente, sobre
a necessidade de contato imediato e encaminhamento de release e/ou relatório aos órgãos
relacionados através de WhatsApp e/ou e-mail:
a. Corregedoria da Polícia Militar;
b. DACI/PMMT;
c. Assessoria de Comunicação/PMMT;
d. BOPE / CIOPAER;
e. Assistência Social / Serviço Funerário;
f. UPM do policial militar em óbito.
3. DIREITOS A QUE SE FAZ JUZ: Se for o caso, procurar orientar os familiares quanto a
prováveis direitos a que fazem jus, a exemplo do Seguro DPVAT, no caso de o policial militar
ter sido vítima de acidente de trânsito, e auxílio funeral, no caso, do policial militar ter falecido
em serviço (Art. 117 da Lei Complementar nº 555/14 – Estatuto dos Servidores Públicos
Militares de Mato Grosso e o Decreto Estadual no 1717/08 que define conceituação de
acidente de serviço) e pensão para os dependentes serviço (Art. 118 da Lei Complementar
nº 555/14).

409 - MORTE DE POLICIAL MILITAR 331


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
410
PROCESSO AVERIGUAÇÃO E APREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Spark;
3. Prancheta;
4. Farol auxiliar portátil (Cilibrim);
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas 4. Existência de substância ilegal e sua localização.
5. Arrolamento de testemunhas.
específicas.
6. Apreensão da substância ilegal.
Condução. 7. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
Apresentação da ocorrência. 8. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
(vide POP 201.7).
Encerramento. 9. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Súmula Vinculante n° 11, Art 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das Partes.
Adolescente.
Deslocamento para o local de
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Lei de Drogas. Lei Federal 11.343/06.
Entorpecente. Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998, da ANVISA.

410 - AVERIGUAÇÃO E APREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL 332


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO: 410 AVERIGUAÇÃO E APREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL
PROCEDIMENTO: 410.1 Localização e Apreensão de Substância Ilegal
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada ao local da ocorrência;
2. Busca pessoal;
3. Isolamento e vistoria do local de ocorrência;
4. Reconhecimento da ilicitude da substância;
5. Descrição no Boletim de Ocorrência de todas as informações necessárias;
6. Apreensão dos materiais ilícitos e dos demais bens, valores e instrumentos relacionados ao
crime.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Abordagem e busca pessoal em pessoa(s) que, supostamente, porta(m) a substância ilegal;
2. Ao encontrar substância supostamente ilegal, vistoriar o local onde se desenvolve a
ocorrência desta natureza, observando vestes, halitose, cheiro nas mãos, cicatrizes,
vermelhidão nos olhos, picadas nos braços, nariz com coriza, lábios feridos, pontas dos dedos
queimados e amarelos, seringas, cachimbos, apetrechos de fabricação caseira, pequenos
papéis de seda etc.;
3. Quando da verificação dos bolsos das vestes do abordado, JAMAIS, introduzir as mãos, pois
podem conter objetos perfurocortantes, que venham a infectar o policial;
4. Quando a apreensão, seja de portador para uso próprio, seja quando haja indícios de tráfico,
realizar a entrevista e levantamento de onde possa ter advindo a droga, fazendo constar no
boletim de ocorrência quando a diligência for inviabilizada, visando subsidiar atividade de
inteligência
5. Vistoriar o(s) local(is) com a preocupação de verificar se alguma substância ilegal foi jogada
nas imediações ou a existência de materiais que indiquem a sintetização ilegal das
substâncias, como: razoável quantidade de saquinhos plásticos, balança de precisão para
laboratório, pratos com resíduos, tonéis de éter etc.;
6. Durante a abordagem de suspeitos em ambiente fechado, o policial deve descrever o exato
local onde encontrada a substância, o tipo e a quantidade da droga, o modo como estava
disposta (em porções individuais, embaladas ou não, em cápsulas, em pedra etc.),
recolhendo os instrumentos, utensílios ou materiais que possam ter relação com ela, como
balança, pratos, tesouras, embalagens, ou ainda os precursores e insumos como ácidos,
acetona, éter e farináceos;
7. A descrição deve ser, sempre que possível, ilustrada com fotos do local e dos suspeitos, a
fim de instruir o Boletim de ocorrência e o futuro Inquérito Policial, de modo a evitar
conhecidas manobras voltadas a incutir dúvidas quanto à autoria do crime ou mesmo para
dar azo a falsas acusações de que a polícia “plantou” a droga ou alterou a cena do crime;
8. Identificar o possuidor/proprietário da droga, o proprietário ou morador do local, e todos os
presentes, descrevendo a relação de cada um com a substância. Deve constar o exato local
em que foi encontrada a droga (qual cômodo e a descrição do cômodo) e a descrição de qual
substância era portada por cada pessoa (tal constatação visa evitar a negativa de todos os
suspeitos em relação à posse ou mesmo que um inimputável assuma a autoria por orientação
dos traficantes);
9. Se houver veículo vistoriá-lo (vide POP 201.5);
10. Caso haja informação que o local diligenciado trata-se de local de armazenamento de
entorpecentes e existe dificuldade para localização, solicitar apoio do Canil do BOPE;
11. Arrolar testemunhas, preferencialmente alheias aos quadros policiais, ou fazer constar no
Boletim de Ocorrência que não havia testemunhas no local;
12. Realizar a apreensão de bens e valores, instrumentos, veículos e produtos relacionados ao
tráfico de drogas (quando configurado), descrevendo-os e correlacionando-os com as
pessoas envolvidas (a ilustração de fotos desses bens no local é medida útil);
13. Realizar pesagem da substância, consignando o peso, o local onde foi pesado e o número

410 - AVERIGUAÇÃO E APREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL 333


de identificação da Balança no Boletim de Ocorrência;
14. Conduzir as partes e substância apreendida à repartição policial competente, além dos
demais materiais para elaboração de perícia de constatação da substância e demais
providências de polícia judiciária.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Localização e apreensão da substância ilegal;
2. Identificação e detenção do(s) portador(es) ou traficante(s);
3. Correta e circunstanciada descrição dos fatos no boletim de ocorrência, contribuindo para a
definição das figuras do crime de tráfico e/ou simples porte de drogas para uso próprio,
evitando, a soltura de traficantes por falta ou deficiência de informações fundamentais.
4. Identificação de testemunha(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. Em caso de dúvidas quanto à ilicitude da substância, conduzi-la, juntamente com as partes,
à repartição pública competente, considerando-a como sendo ilícita;
2. Sempre manter diálogo com o suspeito no sentido de constatar sua condição de portador ou
de traficante da substância ilegal;
3. Que o policial realize a pesagem da substância;
4. Em caso de novas evidências, retornar e realizar à vistoria novamente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Abordagem e busca pessoal malfeitas, sem êxito na localização da substância ilegal;
2. Não identificar o(s) portador(es) e/ou traficante(s) da substância ilegal, permitindo que se
evada(m) do local;
3. Deixar de vistoriar o ambiente ao redor do local dos fatos;
4. Não recolher os objetos que venham caracterizar a situação ilegal da substância ou
fabricação;
5. Não arrolar testemunhas quando possível;
6. Não realizar a pesagem da substância;
7. Liberação das partes devido ao fato de ter sido encontrada pouca quantidade de substância
ilegal;
8. Falta de conhecimento sobre as variadas substâncias existentes e que surgem
constantemente.

ESCLARECIMENTOS:

1. SUBSTÂNCIA ILEGAL: é toda substância que produz efeitos psicossomáticos nos seus
usuários e cuja utilização é proibida, exceto nos casos de comprovada recomendação
médica. Exemplos: maconha, cocaína, barbitúricos, anfetaminas, craque, heroína, “êxtase”,
lança perfume. “LSD”.
2. A Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998, da ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária)
regula a lista das substâncias de uso prescrito no Brasil.

410 - AVERIGUAÇÃO E APREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL 334


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO: 410 AVERIGUAÇÃO E APREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL
PROCEDIMENTO: 410.2 Arrolamento de Testemunhas
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha da testemunha (Imparcial, tenha conhecimento do fato);
2. Qualificação da testemunha;
3. Lançamento correto no Boletim de Ocorrência – TCO.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Identificar as testemunhas;
2. Classificar as testemunhas;
4. Escolher a mais adequada;
5. Qualificar a testemunha;
6. Esclarecê-la sobre sua condição de testemunha;
7. Separá-la das partes envolvidas;
8. Lançamento no Boletim de Ocorrência - TCO.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a testemunha seja imparcial e tenha conhecimento do fato e testemunhe perante a
autoridade competente;
2. Que possa auxiliar o policial na condução da ocorrência;
3. Que a testemunha seja devidamente qualificada.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Checar os dados fornecidos quanto à classificação;
2. Não permitir que se envolva com as partes;
3. Supervisão constante.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Escolha inadequada da testemunha;
2. Não a qualificar corretamente;
3. Não a informar sobre sua condição de testemunha;
4. Testemunha fornecer dados incorretos, inverídicos, parciais ou incompletos, e ainda não
sendo checados pelo policial.

ESCLARECIMENTOS:

1. ESCOLHER A TESTEMUNHA MAIS ADEQUADA: pessoa que viu ou ouviu o ocorrido, ou


que ouviu dizer acerca do ocorrido. Preferência para a pessoa que viu o fato, que tenha
residência fixa e endereço fixo de seu trabalho e disposta a depor em juízo.

410 - AVERIGUAÇÃO E APREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL 335


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO: 410 AVERIGUAÇÃO E APREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL
PROCEDIMENTO: 410.3 Identificação da Substância Ilegal
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento do material;
2. Qualificação do entorpecente;
3. Separar os diferentes tipos de substâncias ilegais.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Identificar a suposta substância entorpecente;
2. Separar os diferentes tipos encontrados;
3. Relacionar o entorpecente por tipo;
4. Acondicioná-lo separadamente por tipo;
5. Relatar no Boletim de Ocorrência todo material encontrado;
6. Apresentar o entorpecente, perante a autoridade policial competente.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o material seja relacionado e aferido o seu peso antes da apresentação a DP;
2. Que haja diferenciação entre os tipos de entorpecentes encontrados.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Fiscalização do superior de serviço quanto à apreensão do entorpecente;
2. Orientação ao policial sobre a forma correta para condução do entorpecente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Extravio do material;
2. Não relacionar o entorpecente;
3. Mistura dos produtos encontrados;
4. Não acondicionar corretamente em recipientes separados;
5. Policial constatar a substância colocando-a na boca.

ESCLARECIMENTOS:

1. SEPARAR OS DIFERENTES TIPOS ENCONTRADOS: os semelhantes juntos, pois em


muitos casos, somente após exames é que se saberá o(s) tipo(s) de entorpecente(s)
apreendido(s).

410 - AVERIGUAÇÃO E APREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL 336


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
411
PROCESSO BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Máquina fotográfica e/ou filmadora;
3. Mandado Judicial;
4. Farol auxiliar portátil (Cilibrim);
5. Saco plástico;
6. Etiquetas adesivas;
7. Alavancas, alicates “corta fio”, chaves e ferramentas para arrombamentos;
8. Cola ou fita adesiva resistente para lacrar;
9. B.O.;
10. Luvas descartáveis;
11. Escada Retrátil;
12. Malotes/envelopes Oficiais (com timbre PMMT)
13. Lacres;
14. Canetas, estiletes e tesoura;
15. Termo de arrecadação e apreensão;
16. Termo de lacre;
17. Certidão de cumprimento de mandado.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas
4. Procedimentos no local onde se encontra o veículo.
específicas.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
Apresentação da ocorrência.
(vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Deslocamento para o local da
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Art. 5º, inc. XI, da Constituição Federal (CF); Art. 150 do Código
Violação de domicílio/casa
Penal (CP).
Arts. 240 a 248 do Código de Processo Penal (CPP); Arts. 170 a
Busca e apreensão domiciliar.
189 do Código de Processo Penal Militar (CPPM)
Busca Pessoal. Art. 244, do Código de Processo Penal.
Art. 249 do Código de Processo Penal e Art. 183 do Código de
Busca Pessoal em Mulheres.
Processo Penal Militar.
Procedimento Operacional Padrão na repressão pela Polícia Militar
Doutrina e Recomendações. ao tráfico e porte de drogas (Recomendação do Ministério Público
do Estado de Mato Grosso, de 27 de fevereiro de 2012).
Súmula Vinculante 11; Art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das Partes.
Adolescente.
Cadeia de Custódia da Prova Art. 158A a 158F do CPP - incluído pela Lei 13.964/2019 (Pacote
Penal Anti Crime)

411 - BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR 337


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 411 BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR
PROCEDIMENTO: 411.1 Busca e Apreensão Domiciliar.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Compreensão do conteúdo do mandado, no caso de ordem judicial;
2. Estar da posse do mandado judicial;
3. Correta identificação do estado de flagrância, nos demais casos;
4. Cerco do local e adentramento à residência, estando o morador presente ou não;
5. Busca pessoal nas pessoas encontradas no interior da residência;
6. Busca, localização e guarda da(s) pessoas ou objeto(s) descritos no mandado;
7. Apreensão dos materiais ilícitos e dos demais bens, valores e instrumentos ou substâncias
relacionadas ao objeto da busca;
8. Lavratura do Boletim de Ocorrência, de forma circunstanciada.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber o mandado de busca e apreensão (salvo no caso de flagrante delito) e buscar
compreendê-lo, identificando o local onde será realizada a busca e a (s) pessoa(s) ou
objetos(s) a serem apreendidos;
2. Buscar o máximo de informações possíveis sobre o local (quantidade e características dos
moradores, locais de acesso, existência de escadas, pontos vulneráveis, animais etc.),
valendo-se para tanto das mais diversas fontes (outros policiais que conheçam o local, serviço
de inteligência, google maps - street view, etc.);
3. Planejar a operação, atentando-se para o horário de início e emprego dos recursos humanos
(efetivo necessário, definição de atribuições de cada policial) e materiais (viaturas e demais
materiais necessários);
4. Efetuar o cerco do local, de forma a não haver cruzamento de linha de tiro e riscos para os
policiais ali presentes;
5. Acionar apoio especializado, ao observar aspectos de insegurança, que inviabilizem a entrada
6. Se o morador ou responsável estiver presente:
a) Apresentar e ler o mandado ao morador ou responsável;
b) Determinar que franqueie a entrada, sob pena do uso da força, caso não for atendido;
c) Adotar técnicas e táticas de segurança de entrada e varredura em ambientes;
d) Realizar busca pessoal em todas as pessoas encontradas na residência e, a partir de então,
mantê-los sob vigilância;
e) Verificado a segurança do ambiente, solicitar ao morador ou responsável que apresente ou
exiba a pessoa ou objeto da busca;
f) Havendo recusa, ou se tratar de pessoa ou coisa incerta, proceder à busca, a qual deve ser
acompanhada pelo morador ou responsável pela residência;
g) Caso a busca esteja relacionada a tráfico de drogas, deverá ser realizada vistoria em todo o
ambiente, ainda que o morador apresente algum objeto;
h) Se o morador ou qualquer outra pessoa recalcitrar (resistir, não colaborar) ou criar obstáculo,
deve-se usar da força necessária para vencer a resistência ou remover o empecilho e
arrombar, se necessário (e com o menor dano possível), quaisquer móveis ou
compartimentos em que, presumivelmente, possam estar as coisas ou pessoas procuradas;
7. Se o morador ou responsável estiver ausente ou tratar-se de casa desabitada:
a) Tentar localizar o morador para lhe dar ciência da diligência e aguardar sua chegada, se puder
ser imediata;
b) Não sendo encontrado o morador ou, se encontrado, não comparecer com a devida
celeridade, intimar testemunha (s) (preferencialmente vizinhos) para acompanhar a diligência;
c) Adotar técnicas e táticas de segurança de entrada e varredura em ambientes;
d) Realizar a busca, rompendo, se preciso (e com o menor dano possível), todos os obstáculos
em móveis ou compartimentos onde, presumivelmente, possam estar as coisas ou pessoas
procuradas;
8. Em qualquer caso (estando o morador ou responsável presente ou não), a busca deverá ser

411 - BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR 338


realizada de modo a causar o menor dano possível no local;
9. Adotar sequência de vistoria para que nenhum ponto seja esquecido;
10. Prender pessoas ou apreender a (s) objeto (s) encontrados, mantendo-os sob vigilância;
11. Confeccionar relatório circunstanciado, constando o lugar, dia e hora em que foi realizada a
busca, a (s) pessoas ou objeto (s) encontrados (descrever o objeto, com quem ou local onde
foi encontrado, e quem o encontrou) e testemunhas, bem como todos os incidentes ocorridos
durante a sua execução.
12. Descrever os objetos da busca encontrados, sempre que possível, com ilustração, fotos do
local e dos suspeitos, a fim de instruir o Boletim de ocorrência e o futuro Inquérito Policial, de
modo a evitar conhecidas manobras voltadas a incutir dúvidas quanto à autoria do crime ou
mesmo para dar azo a falsas acusações ou alteração da cena do crime;
13. Identificar o possuidor/proprietário do objeto da busca, o proprietário ou morador do local, e
todos os presentes, descrevendo a relação de cada um com o objeto da busca ou de crimes;
14. No caso de entorpecentes, descrever as circunstâncias e o exato local em que foi encontrado
(o cômodo, o tipo e a quantidade, o modo como estava disposto e descrição do estado de
uso);
15. Deve-se descrever as condições sociais e pessoais dos envolvidos;
16. Registrar o boletim de ocorrência, encaminhando os envolvidos e os objetos apreendidos.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que pessoas e/ou outros objetos ilícitos alvo do mandado judicial ou das outras condições
previstas em lei sejam legalmente presas / apreendidas;
2. Que a ação seja segura aos policiais militares envolvidos;
3. Que toda a ação seja coordenada, de forma que os policiais envolvidos saibam sua função e
como deverão atuar;
4. Colher qualquer material que venha a ser elemento de convicção no devido processo legal.
5. No caso de cumprimento de mandado judicial, o Juiz que o expediu deverá ser informado por
escrito, através de relatório circunstanciado da ação, no prazo máximo de até 48 (quarenta e
oito) horas após seu cumprimento.
6. Que não haja danificação do imóvel e/ou mobília, desnecessariamente;
7. Que seja realizada correta e circunstanciada descrição dos fatos no boletim de ocorrência,
contribuindo para definição das figuras do crime relacionado ao objeto da busca, evitando,
principalmente, a indevida soltura de pessoas envolvidas em ações criminosas.
8. Que algum morador possa acompanhar as buscas, se não houver, acionar um vizinho para
estar presentes nas buscas;
9. Que a GUPM feche e lacre o imóvel, no caso da ausência do morador ou a residência seja
desabitada;
10. Que sejam arroladas testemunhas imparciais, de preferência não policiais;
11. Que não haja sacrifício de animais desnecessariamente;
12. Que GUPM, não permita aglomerações de pessoas no local, prejudicando o cumprimento da
execução das buscas;
13. Que o comandante da guarnição informe ao Centro de Operações o encerramento da busca
domiciliar;
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o morador ou responsável não esteja presente no local, intimar qualquer vizinho, se
houver, para assistir a diligência (Art. 245 § 4º do CPP);
2. Caso não tenha certeza sobre as condições do local, levantar melhores dados;
3. Arrolar testemunhas, quando da necessidade de uso de força para a entrada no local;
4. Caso haja necessidade de emprego de força policial, que seja proporcional à resistência
oferecida, obedecendo-se assim o uso progressivo da força;
5. Se à noite, na hipótese de não ser possível e execução da busca, aguardar o horário possível
para realizá-la;
6. Caso haja necessidade de arrombamento de portas, paredes, janelas etc... ao término da
busca providenciar o fechamento e lacre o imóvel;
7. Caso exista animal que ofereça risco, acionar apoio pertinente para controle e busca;
8. Caso no local haja elevadores, mantê-lo parado no andar térreo e sob controle policial;
9. O policial realize a entrada na edificação utilizando a técnica de tomada de ângulo;
10. Caso algum policial se exceda na ação corrigi-lo prontamente;
11. Caso algum policial não esteja atento ao serviço, alertá-lo imediatamente;
12. Caso haja aglomeração próxima a portas, janelas ou escadas, fazer a retirada dos mesmos
rapidamente.

411 - BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR 339


POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Executar a busca sem o devido mandado judicial ou fora previsões legais;
2. Deixar de fazer o planejamento para a execução da busca domiciliar;
3. Deixar de tomar as providências necessárias quando o morador ou responsável estiver
presente, ausente, ou a casa estiver desabitada;
4. Executar a busca em desacordo com a sequência de vistoria;
5. Deixar de adotar técnicas e táticas de segurança de entrada e varredura em ambientes;
6. Não se atentar para os pontos de maior risco no local;
7. Não buscar o maior número de dados possíveis sobre o local a ser alvo da ação policial;
8. Não encontrar pessoas ou os objetos que poderiam ter sido encontrados se a ação fosse
melhor executada;
9. Produzir ruídos que venham a indicar o posicionamento dos policiais, tirando o efeito surpresa
da ação, colocando em risco os policiais envolvidos;
10. Agir com abuso ou excesso durante ação policial;
11. Não arrolar testemunhas, quando possível e necessário à ação policial;
12. Executar o arrombamento de portas, piso, teto, paredes e janelas sem necessidades;
13. Deixar de fazer a busca pessoal em suspeito dentro da residência;
14. Deixar de relacionar corretamente os objetos encontrados da busca ou materiais de flagrante
de crimes;
15. Sacrificar animais de forma desnecessária;
16. Deixar tumultuar o local das buscas com aglomerações de pessoas;
17. Deixar de conduzir para o Distrito Policial os suspeitos de crimes.
18. Não descrever as condições sociais e pessoais dos envolvidos
19. Deixar de relatar o maior número de informações relacionadas à busca e apreensões no B.O.

ESCLARECIMENTOS:

1. APREENSÃO DE ELETRÔNICOS - Em se tratando da apreensão de aparelhos celulares,


materiais de mídias, pen drives, laptops, notebooks, estes deverão ser obrigatoriamente
armazenados em malotes e lacres separados de outros materiais e ou documentos, uma vez
que na maioria das vezes tais objetos são enviados para a POLITEC (Perícia Oficial e
Identificação Técnica);
2. APREENSÃO DE VALORES - Se houver apreensão de dinheiro ou cheques, sendo moeda
nacional ou não, realizar atentamente a conferência e somatória na presença dos moradores
e ou detentoras, bem como das testemunhas, acondicionando tais valores em malotes e
lacres separados dos demais objetos e documentos. Na hipótese da apreensão de joias,
realizar o mesmo procedimento anterior, realizando o armazenamento em malotes e lacres
separados. Essencialmente, em ambos os casos, realizar o registro de imagens e vídeo do
procedimento de conferência, armazenamento e lacre;
3. ACONDICIONAMENTO DE MATERIAIS APREENDIDOS - Acondicionar os
documentos/equipamentos apreendidos em caixas ou de forma apropriada em
malotes/envelopes oficiais (PMMT), preenchendo os documentos formais (Auto de
Arrecadação e Apreensão/Termo de Lacre/Certidão de Cumprimento), atentando para a
inclusão do número do lacre do malote ou número do envelope no Auto de Arrecadação e
Apreensão conforme a sequência dos itens e armazenamento dos materiais nos malotes ou
envelopes;
4. SAÍDA DO LOCAL - Deslocar para o local previamente definido no planejamento da
operação, levando todos os documentos e materiais apreendidos, sempre zelando pelos
cuidados durante o transporte, garantindo a idoneidade da prova que eventualmente vier a
instruir a investigação, trazendo as vias originais das documentações produzidas, a fim de ser
juntado à via original do Mandado de Busca e Apreensão, bem como da Certidão de
Cumprimento de Mandado de Busca e Apreensão.
5. BUSCA DOMICILIAR: É permitida “quando fundadas razões a autorizarem” (art. 240, § 1º do
CPP). Domicílio, portanto, para fins de inviolabilidade, será qualquer compartimento habitado,
aposento ocupado de habitação coletiva ou qualquer compartimento não aberto ao público,
no qual se exerce profissão ou atividade (ex., a sala interna do juiz, o escritório do advogado,
o consultório médico ou dentário ou, simplesmente, atrás do balcão de um bar). Busca
domiciliar é a procura material que se realiza no domicílio alheio, com o fim de apreender
coisas que interessam à Justiça Criminal e que se suspeita sejam ali guardadas, ou de
apreender pessoa vítima de crime, ou prender criminosos” (Curso de direito processual penal,
20 ed. São Paulo: Saraiva: 1990, p. 95).
6. PLANEJAMENTO PARA EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO DE BUSCA DOMICILIAR:

411 - BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR 340


a) Quantidade de policiais necessários para o cerco e execução da busca (mínimo duas
guarnições, ou seja, quatro policiais militares)
b) Acionar apoio de tropa especializada se necessário;
c) Verificação de Materiais necessários;
d) Horário de execução;
e) Localização correta do imóvel;
f) Avaliação dos pontos vulneráveis;
g) Informações gerais (sobre a região, presença de pessoa armada, local de risco, etc.)
7. ADOTAR TÉCNICAS E TÁTICAS DE SEGURANÇA DE ENTRADA E VARREDURA EM
AMBIENTES:
a) Ao abrir portas no local, JAMAIS permanecer na frente destas procurar estar do lado da
fechadura abrindo-a lentamente;
b) Realizar varredura em todos os compartimentos do local, utilizando-se das técnicas
necessárias/adequadas (tomada de ângulo, olhada rápida, uso de espelho, etc);
c) Procurar com a mão fraca um possível interruptor de luz;
d) Comunicar os demais componentes da guarnição, quando o compartimento estiver sem
novidades de riscos;
e) Abrir as portas de armários com a cautela necessária;
f) Observar com cautela embaixo de camas e sobre os móveis altos;
g) A subida de escadas deverá ser feita com maior segurança, pois oferece alto risco e dificulta
uma eventual retirada rápida;
8. ATRIBUIÇÕES DE CADA POLICIAL: Para que a operação de busca e apreensão seja
eficiente, e de forma coordenada, o Comandante deve previamente definir a função de cada
policial no cenário da ação (segurança do perímetro, segurança das pessoas presentes no
local, vistoriador, responsável pela vigilância dos objetos encontrados, etc). Dessa forma, a
ação será coordenada, evitando-se ações isoladas e não planejadas.
9. TÉCNICAS DE BUSCA: O policial militar deverá preocupar-se em realizar a busca de forma
sequencial, de modo a não checar duas vezes um mesmo local ou deixar de vistoriar outro.
10. TÉCNICAS DE VARREDURA: Processo de fazer divisões imaginárias do local a ser
vistoriado, de forma a organizar e minimizar o trabalho:

12. EXECUTAR A BUSCA DURANTE O DIA: no período compreendido entre das 06h00min às
18h00min, salvo se o morador consentir que se realize à noite e, antes de penetrarem na
casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente,
intimando-o a abrir a porta (se possível na presença de testemunhas). Se à noite, buscar a
autorização formal do morador (conforme modelo 1), arrolando testemunha (s).
13. AUTORIZAÇÃO FORMAL DO MORADOR: autorização por escrito constando o nome
completo do morador, RG, CPF, local e data devidamente assinada Conforme Modelo I).
14. TÉCNICA TOMADA DE ÂNGULO: técnica utilizada em perseguição a suspeitos ou vistorias
em edificações. A arma deve estar em posição de pronto emprego e o atirador rente a parede,
ao se aproximar desloca-se lateralmente abrindo o ângulo até a visualização total do ângulo
morto.
15. SEQUÊNCIA DE VISTORIAS: a vistoria deverá ser realizada obedecendo à técnica de busca
de quadrantes e o método de busca de fora para dentro e de baixo para cima (piso, linha da
cintura e teto), tendo como prioridade saber o que se busca, selecionando os lugares
prováveis de forma disciplinada.
(Policiais realizando a sequência de vistorias (piso, linha da cintura e teto).
16. “FINDA AS DILIGÊNCIAS”: Na busca domiciliar, o art. 245, §7º, do Código de Processo
Penal – CPP determina que: os executores lavrarão auto circunstanciado, assinando-o com
duas testemunhas presenciais.

411 - BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR 341


MODELO DE TERMO DE AUTORIZAÇÃO / DECLARAÇÃO:
Frente (autorização):

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO


UPM

AUTORIZAÇÃO PARA ENTRADA EM DOMICÍLIO


Eu,___________________________________________________________, Portador do RG
nº________________,CPF nº ______________________________________________, residente
na ______________________________________________________ na presença da(s)
testemunha(s) abaixo arroladas, autorizo a guarnição do policial __________________, adentrar na
minha residência para realizar a busca domiciliar. Por ser verdade, assino a presente autorização de
busca domiciliar, juntamente com as testemunhas.

Testemunha (I):
_______________________________________________________________________________
RG: ______________ CPF: __________________, DN: ___________________.
Filiação:________________________________________________________________________
_________________________________________________________________

End.:___________________________________________________________________________
Tel.:____________________.

Testemunha (II):
_______________________________________________________________________________
RG: ______________ CPF: __________________, DN: ___________________.
Filiação:________________________________________________________________________
_________________________________________________________________

End.:___________________________________________________________________________
Tel.:____________________.

________________, ____ de ____________ de _______


(Cidade/UF) (dia) (mês) (ano)

________________________ ______________________
Proprietário Testemunha (I)

________________________ ______________________
Cmt guarnição Testemunha (II)

411 - BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR 342


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
UPM

DECLARAÇÃO

Eu, _____________________________________________________, declaro que, acompanhei


toda a vistoria em meu (minha) (veículo, bolsa, pasta, residência, etc.) e conferi e afirmo que todos
os meus pertences se encontram nos mesmos lugares e da mesma forma que estavam. Por ser
verdade, assino a presente ficha de busca domiciliar, juntamente com as testemunhas.

Testemunha (I):
_______________________________________________________________________________
RG: ______________ CPF: __________________, DN: ___________________.
Filiação:________________________________________________________________________
_________________________________________________________________

End.:___________________________________________________________________________
Tel.:____________________.

Testemunha (II):
_______________________________________________________________________________
RG: ______________ CPF: __________________, DN: ___________________.
Filiação:________________________________________________________________________
_________________________________________________________________

End.:___________________________________________________________________________
Tel.:____________________.

________________, ____ de ____________ de _______


(Cidade/UF) (dia) (mês) (ano)

________________________ ______________________
Proprietário Testemunha (I)

________________________ ______________________
Cmt guarnição Testemunha (II)

411 - BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR 343


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
412
ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA COM INDIVÍDUOS COM TRANSTORNOS
PROCESSO
PSIQUIÁTRICOS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Arma de disrupção eletromuscular (SPARK, TASER, etc.);
3. Bastão policial (Tonfa);
4. Espargidor de gás de pimenta O.C;
5. Luvas descartáveis.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas 4. Atendimento de ocorrências com indivíduos com transtornos
específicas. psiquiátricos
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
Apresentação da ocorrência.
(vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Deslocamento para o local de
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Decreto nº 19.930/50, art. 1º, inciso I, II e III; Súmula Vinculante nº
Condução das Partes.
11; art. 178 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Atendimento ao portador de transtornos mentais. Rio de Janeiro,
POP-CBMERJ
20/02/2013.
Política Nacional de Atenção às Urgências - Versão preliminar
Ministério da Saúde
1.a reimpressão, Brasília - DF, 2013.
Associação Brasileira de
Manual para imprensa. Rio de Janeiro: ABP: Ed.. 2009.
Psiquiatria
Escola de Enfermagem de Vedana, Kelly Graziani Giacchero. Urgências e Emergências
Ribeirão Preto Psiquiátricas. EERP-USP. 2016.

412 - ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA COM INDIVÍDUOS COM TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS 344


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA COM INDIVÍDUOS COM
PROCESSO: 412
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
Atendimento de ocorrências com indivíduos com transtornos
PROCEDIMENTO: 412.1
psiquiátricos
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada ao local da ocorrência
2. Constatação se a ocorrência envolve indivíduo com transtorno psiquiátrico
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. A guarnição será acionada pelo Centro de Operações, ou se deparará com a situação;
2. A chegada ao local da ocorrência deve ocorrer de forma discreta, com sirenes e sinais
luminosos desligados, e sem criar tumultos;
3. Estudar inicialmente o local; ao aproximar-se, observar o indivíduo e aqueles que estiverem
com ele. Alguns sinais (linguagem corporal, por exemplo) esclarecem certos fatos. Observar
também o ambiente e certificar-se se de que a vítima e outros presentes estejam protegidos,
verificando riscos potenciais, neutralizando-os ou minimizando-os. Exemplo: objeto ao
alcance do indivíduo que possa ser utilizado como arma.
4. Se a viatura do SAMU ou CBM, que são os órgãos com atuação prioritária, não estiver no
local, a guarnição deverá acioná-los, através do canal competente.
5. Deixar as guarnições de atuação prioritária agir (SAMU ou CBM), prestando apoio quando
solicitado, e também promover a segurança do ambiente;
6. A contenção mecânica (imobilização), quando necessária, deve ser solicitada pela equipe
de atendimento prioritário, devendo ser observado as medidas estabelecidas no POP 102 e
POP 104, caso necessários.
7. Se a pessoa portadora de distúrbios mentais apresentar comportamento que ponha em risco
a sua integridade física ou de terceiros, a guarnição deverá usar os meios necessários para
conter a sua ação, obedecendo os níveis de força adequado para o caso.
8. Caso a ocorrência seja de tentativa de suicídio ou evolua para este tipo de ocorrência, a
guarnição deverá, caso haja disponibilidade, acionar equipe de policiamento especializado
(BOPE), SAMU e o CBM, não havendo disponibilidade, a guarnição deverá, realizar a
intervenção verbal, fins de dissuadir o comportamento suicida da pessoa, bem como acionar
as instituições disponíveis e necessárias para auxiliar no atendimento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar tenha condições de identificar a ocorrência envolvendo indivíduos com
transtornos psiquiátricos, dando o encaminhamento necessário para as equipes de atuação
prioritária.
2. Que o policial militar saiba o seu papel no atendimento de ocorrência envolvendo indivíduos
com transtornos psiquiátricos.
3. Que o atendimento a pessoas com transtorno psiquiátrico ocorra minimizando implicações
para a saúde do paciente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Não havendo equipe de SAMU ou CBM no município, a guarnição deverá tomar as medidas
iniciais de aproximação, a qual deve ser calma, porém firme, com um único policial militar
servindo de interlocutor, identificando-se de forma clara, simples e declarando sua intenção
de ajuda; esse é o primeiro passo para estabelecer vínculo de confiança com a vítima.
Mantenha-se a uma distância confortável e segura durante a abordagem.
2. Os demais componentes da guarnição deverão permanecer à distância, sem interferir no
diálogo, com o objetivo de tranquilizar o ambiente. Muitas vezes a ansiedade dos presentes
dificulta a abordagem e o manejo do caso. É indispensável que o interventor tenha atitudes
firmes, ordens claras e objetivas, mas não arrogantes.
3. Se necessário a contenção mecânica da pessoa com transtornos psiquiátricos apenas pela

412 - ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA COM INDIVÍDUOS COM TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS 345


guarnição, deverá encaminhá-la para tratamento médico, em seguida, proceder o registro do
boletim de ocorrência.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Agir na ocorrência, sem acionar as equipes de atuação prioritária.
2. Não manter atenção e cuidados necessários durante o atendimento, principalmente no
momento de prestar apoio, se necessário, para a contenção mecânica, evitando o uso
desproporcional de força, bem como possibilidades de lesões, tanto ao cidadão como à
guarnição PM.
3. Não realizar o encaminhamento do cidadão para o local de atendimento pertinente, por
ocasião da ocorrência.

ESCLARECIMENTOS:

1. Os órgãos com atuação prioritária, conforme a Política Nacional de Atenção às Urgências,


para o atendimento dessas ocorrências, são as equipes das secretarias municipais e
estaduais de saúde com serviços de atenção pré-hospitalar e Central Samu 192.
2. O apoio às equipes do SAMU ou órgãos similares no atendimento a pacientes com
emergências psiquiátricas se dão nos seguintes casos:
a. Distúrbio de comportamento associado a lesões corporais graves ou quadros de agitação;
b. Risco de suicídio;
c. Comportamento agressivo com ameaça iminente à própria integridade física ou de terceiros;
d. Dificuldade de contenção do paciente pela guarnição de saúde, principalmente pela
composição padrão de três profissionais (condutor, enfermeiro e médico), sendo necessário
05 (cinco) profissionais para a contenção física, segundo os protocolos técnicos dessa área.
Desta forma, fica impossibilitada a sua atuação, sem o apoio da equipe de polícia.
e. Resguardar legalmente a equipe de saúde pela necessidade de realização/procedimento
contra a vontade da pessoa/paciente atendido, que nesse caso, devido ao quadro
psiquiátrico, não consegue decidir por si, uma vez que a equipe de saúde (SAMU) não tem o
poder legal de polícia.
3. A contenção mecânica é indicada nas seguintes situações:
a. Prevenir danos físicos ao próprio paciente;
b. Prevenir danos físicos iminentes a terceiros, especialmente à equipe de saúde e aos outros
pacientes e terceiros;
c. Prevenir a descontinuidade do tratamento ou um dano significativo ao meio ambiente;
d. Ser precursor da contenção química, o que pode agravar o quadro de agressividade, porém
útil em determinadas circunstâncias.
4. Local de Atendimento é definido conforme a situação:
a. Cidadão colaborativo: Encaminhamento para a Unidade de Pronto Atendimento pelos órgãos
de atuação prioritária.
b. Cidadão Agressivo: Encaminhado para Unidade de Pronto Atendimento, pelos órgãos de
atuação prioritária, caso seja solicitado, prestar apoio até a UPA.
c. Cidadão Agressivo que tenha cometido crime: Encaminhado para Unidade de Pronto
Atendimento, pelos órgãos de atuação prioritária, devidamente acompanhada pela guarnição,
a qual após atendimento deverá realizar o encaminhamento do cidadão até a DPJC para
confecção do boletim de ocorrência e demais providências. Em caso que as condições de
saúde do cidadão não possibilitem seu encaminhamento à DPJC, a guarnição deverá lavrar
o devido boletim de ocorrência.

412 - ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA COM INDIVÍDUOS COM TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS 346


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
413
PROCESSO OCORRÊNCIA ENVOLVENDO INDÍGENAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Arma de energia conduzida (Disruptor eletro muscular)
4. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
5. Para o isolamento: faixas, cordas, cavaletes, tábuas, arames, estacas, lonas plásticas e outros.
6. B. O.
ETAPAS/PROCEDIMENTO
Conhecimento. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas específicas. 4. Medidas de resolução da ocorrência.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública
Apresentação da ocorrência.
Competente (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DESCRIÇÃO/ NORMAS OPERACIONAIS
Deslocamento para o local de
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Constituição Federal / 88. Art. 109, XI, Art. 144, § 1º, IV.
STJ Súmula 140.
Estatuto do Índio Lei nº 6001/73
Habeas Corpus RHC nº 85737/PE – STF, DJ 12-12-2006.
Habeas Corpus RE nº 419528/PR – STF, DJ 03-08-2006.
Código Penal Brasileiro. Inteiro Teor
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (Lei n. 5.172/66).
Resistência por parte da pessoa Art. 284 do CPP; Art. 329 (Resistência), Art. 330 (Desobediência
a ser abordada. e Art. 331 (Desacato) do Código Penal Brasileiro.
Súmula Vinculante 11; Art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das Partes.
Adolescente.
Lei de Contravenções Penais Inteiro teor

413 - OCORRÊNCIA ENVOLVENDO INDÍGENAS 347


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 413 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO INDÍGENAS
PROCEDIMENTO: 413.1 Ocorrência envolvendo indígenas
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento da natureza da ocorrência;
2. Medidas de segurança na aproximação;
3. Análise visual e psicológica da causa da ocorrência;
4. Avaliação criteriosa do número de pessoas envolvidas na ocorrência;
5. Identificar o ofendido, o autor e as testemunhas;
6. Constatação que haja indígena envolvido na ocorrência;
7. Identificar o TIPO DE DELITO cometido pelo indígena
8. Realizar a detenção e condução do autor do fato.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Recebimento da ocorrência pelo Centro de Operações ou deparar-se com ela;
2. Chegando ao local da ocorrência, certificar-se da constatação do envolvimento/participação de
indígena na ocorrência;
3. Em caso de existência de pessoas feridas, encaminhá-las para Unidade de Saúde ou acionar o
órgão competente para tal.
4. Havendo indícios de crime, ou em caso de acidente, adotar as medidas iniciais de preservação
de local de crime (vide POP 401.1 e 401.2);
5. Identificar o tipo de delito praticado pelo indígena (Se versa sobre direitos culturais e
propriedade de terras, ou se enquadra na legislação penal comum.):
6. Agir conforme preconiza o POP correspondente;
7. Colher precisamente os dados de testemunhas, vítimas, solicitantes bem como do infrator da
lei;
8. Restabelecer a Ordem Pública;
9. Deslocar para a Delegacia de Polícia, a fim de registrar o boletim de ocorrência, constando o
maior número de informações possíveis, tais como: circunstâncias do fato, testemunhas
arroladas e providências adotadas.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o Policial Militar tenha segurança nas decisões dos procedimentos a serem adotados na
ocorrência;
2. Que o Policial Militar realize todo contato possível com os envolvidos na ocorrência;
3. Que o Policial Militar arrole testemunhas, caso haja, e preencha minuciosamente o Boletim de
Ocorrência;
4. Que a equipe da PM, consiga agir com isenção de ânimos durante o atendimento da ocorrência;
5. Que a equipe PM conduza a ocorrência, absolutamente dentro dos princípios de legalidade,
estampado na Lei, assegurando a integridade física, moral e psicológica da vítima, bem como
do infrator da lei;
6. Que o local seja devidamente preservado, viabilizando o trabalho pericial;
7. Que não haja exposição desnecessária (redes sociais) do envolvimento do indígena na
ocorrência;
8. Que todas as providências previstas na sequência de ações sejam adotadas.
AÇÕES CORRETIVAS
1. A equipe da PM deverá agir com imparcialidade durante todo o atendimento da ocorrência:
2. Havendo dúvidas quanto a natureza do delito praticado pelo indígena, solicitar orientação ao
CIOSP/COPOM/Oficial de área.
POSSIBILIDADES DE ERROS
1. Não socorrer a vítima/infrator em caso de apresentarem ferimentos;

413 - OCORRÊNCIA ENVOLVENDO INDÍGENAS 348


2. Atender a ocorrência ao constatar que, se trata de envolvimento de direitos coletivos dos
índios tais como: questões culturais indígenas e versarem posse e propriedade sobre as
terras indígenas, o que deslocaria a competência para a União;
3. Não atendimento da ocorrência, ao verificar que se trata de situação de aplicação da
legislação penal comum, sob a alegação que ocorrência envolvendo indígenas não são da
competência da Polícia Militar;
4. Deixar de preencher o BO, com o arrolamento de testemunha (s), quando houver;
5. Não mencionar as versões das partes envolvidas na ocorrência, tal qual como a relataram (não
distorcer, manter imparcialidade);
6. Uso indevido de arma de fogo e/ou força física, a não ser que esteja amparado pelas
excludentes de criminalidade;
7. A ocorrência vir a tornar-se um tumulto contra os Policiais Militares, em caso de violência
desnecessária contra os infratores da lei;
8. Deixar de solicitar apoio especializado, em caso da ocorrência se transformar em crise com
reféns;
9. Uso de força desproporcional para efetuar a prisão do infrator da lei.
10. Não preservar o local do crime para posterior realização de perícia;

ESCLARECIMENTOS:

1. Aplicar-se-á as disposições constantes no código penal brasileiro, sempre que os crimes


praticados por indígenas não estiveram correlatos aos direitos coletivos nos termos do que se
encontra elencado no Artigo 231 da Constituição Federal de 1988, vejamos:
Artigo 231 da Constituição Federal de 1988:
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à
União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação
dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física
e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente,
cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º - O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa
e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivadas com autorização
do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada
participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas,
imprescritíveis.
§ 5º - É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do
Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população,
ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
§ 6º - São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a
ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das
riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse
público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a
extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às
benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé.
§ 7º - Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.
2. A competência da Justiça Federal está descrita na Constituição Federal, conforme Art. 109:
Artigo 109 da Constituição Federal de 1988
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
(...)
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
3. A Lei nº 6001 de 1973 de 19 de dezembro de 1973 (Estatuto do Índio), define crimes contra os índios
e a cultura indígena:
Lei nº 6.001 de 19 de dezembro de 1973
(...)
Art. 58. Constituem crimes contra os índios e a cultura indígena:

413 - OCORRÊNCIA ENVOLVENDO INDÍGENAS 349


a. Escarnecer de cerimônia, rito, uso, costume ou tradição culturais indígenas, vilipendiar-los ou perturbar,
de qualquer modo, a sua prática. Pena - detenção de um a três meses;
b. Utilizar o índio ou comunidade indígena como objeto de propaganda turística ou de exibição para fins
lucrativos. Pena - detenção de dois a seis meses;
c. Propiciar, por qualquer meio, a aquisição, o uso e a disseminação de bebidas alcoólicas, nos grupos
tribais ou entre índios não integrados. Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. As penas estatuídas neste artigo são agravadas de um terço, quando o crime for
praticado por funcionário ou empregado do órgão de assistência ao índio.
4. SÚMULA 140/STJ. COMPETÊNCIA. ÍNDIO. SILVÍCOLA. AUTOR OU VÍTIMA. JULGAMENTO PELA
JUSTIÇA ESTADUAL COMUM. CF/88, ARTS. 109, XI E 129, V.
“Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou
vítima”.

413 - OCORRÊNCIA ENVOLVENDO INDÍGENAS 350


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - IV
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
414
PROCESSO OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO PESSOA(S) TRANSGÊNERA(S)
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Arma de disrupção eletromuscular (SPARK, TASER, etc.);
3. Bastão policial (Tonfa);
4. Espargidor de gás de pimenta O.C;
5. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas
4. Atendimento da ocorrência de dano/depredação.
específicas.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública Competente
Apresentação da ocorrência.
(vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Constituição Estadual de Mato Grosso.
Decreto 9.278 - nova carteira de identidade 2018
Decreto estadual nº 854 de 11 de março de 2021, que dispõe sobre
Busca Pessoal em Travestis, o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero
Mulheres Transexuais de pessoas travestis e transexuais no âmbito da Administração
(Mulheres-Trans) e Homens Pública Estadual direta, autárquica e fundacional.
Transexuais (Homens-Trans) Princípios de Yogyakarta
Portaria n° 70/2015/GAB/SESP, DE 10 julho DE 2015 (Portaria que
regulamenta o Nome Social na SESP)
Cartilha abordagem policial sob a ótica dos direitos humanos –
SENASP/2018
Condução das Partes. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
Deslocamento para o local de
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência
Desobediência (art. 330), desacato (art. 331) e resistência (art.331)
Resistência por parte da
e resistência (art. 329 todos do Código Penal); Artigo 68 das
pessoa a ser abordada
Contravenções Penais (Dec-Lei 3688/41).
Adolescente e criança
apreendida cometendo ato Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
infracional
Condução das Partes. Súmula Vinculante 11; Art. 178 do Estatuto da Criança e do
Adolescente.

ESCLARECIMENTOS INICIAIS:

LGBT é a contração dos termos: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.


Identidade de gênero - relaciona-se com a forma como a pessoa se reconhece dentro dos padrões
de gênero: feminino e masculino. Há, ainda, quem não se identifique com nenhum desses dois
gêneros, os chamados agêneros, e quem se identifique com ambos, os intergêneros, andróginos,
bigêneros e crossdresser. Portanto, uma pessoa pode se identificar com um gênero diverso de seu
sexo biológico.
Orientação sexual - refere-se à direção do desejo afetivo e sexual. Este termo diz respeito à forma

414 - OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO PESSOA(S) TRANSGÊNERA(S) 351


como nos sentimos em relação à afetividade e sexualidade. Os conceitos de bissexualidade,
heterossexualidade, homossexualidade e assexualidade são os tipos de orientação sexual.
Quanto à orientação sexual, a pessoa pode se definir como:
• heterossexual: quando os desejos afetivo e sexual têm como direcionamento único ou principal
pessoas do gênero oposto.
• homossexual: quando os desejos afetivo e sexual se direcionam a pessoas do mesmo gênero.
• bissexual: quando os desejos afetivo e sexual estão direcionados a pessoas de ambos os
gêneros.
• assexual: quando não se sente atraída romântica nem sexualmente por outras, seja lá qual for a
identidade de gênero que possuam.
Identidade sexual: refere-se à autopercepção de cada pessoa em relação a sua sexualidade.
Quanto à identidade sexual, a pessoa pode se definir:
• lésbica: homossexual feminina, mulher que sente atração física e sentimentos de amor apenas
por outras mulheres.
• gay: homossexual masculino, homens que sente atração física e sentimentos de amor apenas por
outros homens. Nem todo homem que faz sexo com outros homens se reconhece como gay, mas
tem experiência homossexual;
• bissexual: pessoa que se sente atraída afetiva e sexualmente tanto por pessoas de identidade de
gênero igual quanto por pessoas de identidade de gênero diferente;Tanto o homem quanto a mulher
podem ser bissexuais;
• travesti: pessoa que nasceu com o sexo masculino e que se identifica com o gênero feminino,
exercendo seu papel de gênero feminino. Isso quer dizer que a forma de tratamento com travestis
é sempre no feminino. Atenção: o termo correto é A travesti; O travesti, traveco, travecão, etc são
termos pejorativos e jamais devem ser utilizados para se referir às travestis.
• mulher transexual: pessoa que teve o sexo designado como masculino ao nascer, mas que vive
como e busca reconhecimento social no gênero feminino;
• homem transexual: pessoa que teve o sexo designado como feminino ao nascer, mas que vive
como e busca reconhecimento social no gênero masculino.
LGBTfobia substitui o termo homofobia, é o preconceito em virtude da identidade de gênero ou
orientação sexual. Alcança, além da homofobia: lesbofobia (preconceito contra lésbicas); gayfobia
(preconceito contra gays); bifobia (preconceito contra bissexuais) e transfobia (preconceito contra
pessoas trans). Homofobia é o termo recorrente e de uso mais popularizado. A utilização deste
termo ainda é válida.

CRIMES DE HOMOFOBIA E TRANSFOBIA

No dia 13 de junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal julgou que os crimes motivados por
questões de orientação sexual (homofobia) e por identidade de gênero (transfobia), devem ser
enquadrados na Lei 7.716/89, lei de racismo. Dessa forma os agentes da segurança pública devem
proceder aos registros criminais em campo apropriado dentro do Sistema de Registro de
Ocorrências Policiais (SROP). Vide ADO 026/DF, de 13 de junho de 2019.

414 - OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO PESSOA(S) TRANSGÊNERA(S) 352


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: IV OCORRÊNCIAS POLICIAIS.
PROCESSO: 414 OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO PESSOA(S) TRANSGÊNERA(S)
PROCEDIMENTO: 414.1 Atendimento de Ocorrências envolvendo Pessoa(s) Transgênera
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificar que se trata de pessoa transgênera (homem ou mulher), bem como de travesti;
2. Abordagem segura respeitando os principios legais específicos a identidade de gênero da da
pessoa transgênera;
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Observar a idenntificação social que ora a pessoa abordada se apresentará, devendo respeita-
las como tal, o que poderá ensejar em duas situações;
2. Travestis e mulheres transexuais:
3. respeitar a identificação social feminina, caracterizada pela vestimenta e acessórios femininos
de uso da pessoa abordada;
4. prioritariamente, o efetivo feminino deve realizar a busca pessoal na mulher transexual e na
travesti. Tal orientação objetiva respeitar sua dignidade, reconhecendo seu direito de identificar-
se com o gênero feminino;
5. utilizar termos femininos ao se referir a travestis e a mulheres transexuais, tais como: senhora,
ela, dela;
6. Homens transexuais:
7. respeitar a identificação social masculina e dirigir-se à pessoa com base nessa interpretação;
8. prioritariamente, o efetivo masculino deverá realizar a busca pessoal no homem transexual;
9. durante a busca, se houver a identificação antecipada do homem-trans, poderá ser avaliada a
possibilidade da busca ser realizada por uma policial feminina;
10. utilizar termos masculinos ao se referir a essa pessoa, tais como: senhor, ele, dele;
11. Observadas as especificidades acima, observar os procedimentos de segurança, bem como
realizar a devida busca pessoal (vide POP 201.4);
12. Estabilizada a situação, perguntar de que forma a pessoa abordada gostaria de ser chamada
(nome social);
13. Havendo necessidade de condução à delegacia, constar no Boletim de Ocorrência tanto o nome
de registro (cédula de identidade),bem como o nome social;
14. Observar a identificação social que ora a pessoa abordada se apresentará, devendo respeitá-
la como tal, o que poderá ensejar em duas situações:
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ação policial seja segura e com amparo legal, a fim de resguardar sua integridade física,
bem como, o envolvimento desnecessário em processo judiciário;
2. Que seja garantida a vida, a integridade física e moral das pessoas envolvidas na ocorrência;
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso ameace a segurança, a busca pessoal na travesti e na mulher transexual poderá ser
realizada po um policial;
2. Após a percepção inicial do PM, diante do quadro apresentado, sendo este risco superior ou
inferior ao quadro percebido, adotar a ação pertinente;
3. Caso haja necessidade de emprego de força policial, que seja proporcional à resistência.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O policial militar não realizar a verbalização, ou mesmo, proceder de forma inadequada e com
ineficiência;
2. Não respeitar a Identidade de Gênero do cidadão, bem como fazer uso inapropriado de signos
lingüísticos;
3. Falar em voz alta o nome de registro da pessoa abordada (da cédula de identidade), caso seja
diferente do nome social informado;

414 - OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO PESSOA(S) TRANSGÊNERA(S) 353


MÓDULO –V
EVENTOS CRÍTICOS
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - V
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
501
PROCESSO CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Escudo Balístico;
4. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
5. Estrepe articulado;
6. Cama de faquir;
7. Viaturas descaracterizadas.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
1. Conhecimento e Confirmação da Ocorrência
2. Deslocamento para o local da ocorrência
3. Aproximação
4. Acionamento do Plano de Defesa
Adoção de medidas específicas
5. Bloqueio, Barreiras Policiais e Observação
6. Coleta de dados.
7. Gabinete de Gestão- Inteligência Policial

ESCLARECIMENTOS:

O presente processo tem por finalidade estabelecer a padronização da metodologia do


atendimento de ocorrências de crises (CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO) no
âmbito da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, visando disciplinar e harmonizar o emprego
dos recursos disponíveis.
DEFINIÇÕES:
1. CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO: Roubo de grandes proporções contra
agências bancárias, empresas de transporte de valores e outras instituições financeiras, onde
os criminosos se utilizam de um grupo com grande número de integrantes, armas de calibres
de alta velocidade, explosivos, com um plano de ação e de fuga bem definidos entre os
integrantes, causando pânico na população. Tais ações podem acontecer no período de
expediente bancário ou fora deste, durante a madrugada, onde há utilização de reféns como
escudo humano na frente da agência bancária, bem como disparos intimidativos de armas de
grosso calibre que podem ser ouvidos a longa distância.
2. BOPE: Batalhão de Operações Policiais Especiais. É a unidade da Polícia Militar responsável
pela atuação frente às ocorrências de grandes complexidades em áreas urbanas e rurais.
3. AMBIENTE HOSTIL: Ambiente considerado inóspito, em que se tem força ou resistência à
atuação do poder estatal.
4. AMBIENTE RURAL: Ambiente com predominância vegetal, que possibilite a ocultação de
infrator e necessite de técnicas e táticas especializadas e direcionadas.
5. INTEL: Inteligência.
6. EXPLOSIVOS: É todo produto que, por meio de uma excitação adequada, se transforma rápida
e violentamente de estado, gerando gases, altas pressões e elevadas temperaturas;
7. EOD - EXPLOSIVE ORDINANCE DISPOSAL: Artefatos Explosivos Industrializados e
comercializados.
8. IED: IMPROVISED EXPLOSIVE DEVICE: Artefatos Explosivos Improvisados.
9. NOVO CANGAÇO: Modalidade de roubo a banco, caracterizado pelo emprego de violência e
instalação de pânico e terror na cidade vitimada, utilizando de reféns para retardar a atuação
das forças policiais, tendo como principais alvos potenciais as cidades interioranas, com
objetivo principal a subtração do patrimônio dos bancos evitando o confronto com as forças de
segurança do Estado.
10. DOMÍNIO DE CIDADES: Utiliza os princípios do Novo Cangaço (reféns como escudo humano,
pânico e terror na cidade vitimada), porém, não têm apenas cidades interioranas como alvos,
atacando também os grandes centros urbanos com um número maior de criminosos
envolvidos, especializados em diversas áreas (explosivos, tiros a longa distância...), dominando
o espaço terrestre e aéreo, subjugando as forças de Segurança e não evitando o confronto
com estas, com comportamentos e divisões de atribuições mais objetivas e agressivas que na

501 – CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO. 355


modalidade Novo Cangaço, atacando agências bancárias e empresas transportadoras de
valores, oferecendo maiores riscos às forças de Segurança e à população em geral.
11. OCORRÊNCIAS COM EXPLOSIVOS: Ocorrências que se utilizam de artefatos explosivos
para realizar sabotagens, aberturas de cofres ou caixas eletrônicos, armadilhas para forças de
segurança;
12. ATIVIDADES PRÉ-INCIDENTAIS: Compreendem o desenvolvimento de ações preventivas
que visem a prevenção das atividades delituosas dos criminosos, bem como um plano que
possibilite uma resposta estatal efetiva caso as organizações criminosas realizem essas ações
em sua área de circunscrição.
● Confeccionar o Plano de Defesa da Região envolvendo todas as forças de Segurança Pública,
as instituições financeiras e a população local, descrevendo de forma clara, simples e objetiva
a função de cada integrante da segurança pública no cenário (Policiamento Ostensivo,
Atiradores Designados, Bloqueios, Distâncias de Segurança para aproximação,
Colaboradores, ALI, PRF, PJC...);
● Mapeamento de todas as Instituições financeiras da região, com contatos dos responsáveis,
principais vias de acesso e possíveis rotas de fuga para a realização de bloqueios;
● Levantamento de datas, horários e locais de maior fluxo financeiro dessas instituições, de forma
a direcionar e preparar melhor o Policiamento Ostensivo Preventivo da região;
● Realizar levantamento de pistas de pouso existentes na região, lançando as dimensões da
pista e coordenadas geográficas, bem como de rotas fluviais que possam servir como vias de
fuga, apresentando essas informações em mapa;
● Nominar as guarnições dos municípios vizinhos que devem apoiar em barreiras, pré-
estabelecendo os locais de apoio em que ficarão;
● Determinar a escala de acionamento da rede de comunicação entre as unidades policiais
próximas, confeccionando um plano de acionamento e de chamadas que fique disponível para
todos os policiais da região, porém seguindo sempre uma unidade e uma cadeia de Comando
preestabelecido;
● Realizar um mapeamento das residências dos militares junto ao plano de chamada, para que
caso o militar necessite de apoio, consiga identificar e prestar apoio o mais rápido possível,
uma vez que esta modalidade de crime, antes de iniciar as ações nas instituições financeiras,
realizam ataques a quartéis e residências de policiais da cidade, realizando uma atualização
periódica dos endereços e números de telefone dos policiais;
● Prever um Plano de Defesa de Aquartelamento, de modo que se tenha uma estratégia pré
definida em caso dos ataques de domínios de cidades que venham a realizar atentados contra
os prédios policiais, prevendo rotas de saída da unidade e outras medidas de proteção do
prédio físico;
● Prever o emprego de pessoas de confiança da comunidade (líderes comunitários, lojistas,
gerentes das instituições...) que possam fazer o acionamento da rede em caso de
impossibilidade de membros do sistema de segurança pública;
● Ativar e estruturar a Agência Local de Inteligência do Comando Regional e os Núcleos de
Inteligência (NI) nos Batalhões de Polícia Militar de sua circunscrição, direcionando algumas
pessoas da Atividade de Inteligência para trabalharem exclusivamente em “roubos a
instituições financeiras e transportadoras de valores”, para a busca de dados referente à essa
modalidade de crime, de forma a otimizar o compartilhamento de informações entre as
Agências Locais de Inteligências com os Órgãos de Inteligência de outras forças da Segurança
Pública (PC, PF, PRF...) existentes neste Estado e em outras Unidades Federativas;
● Melhorar o intercâmbio de informações com os Núcleos de Inteligência de Instituições
Financeiras;
● Identificar e recrutar colaboradores ou informantes, principalmente nas cidades do interior do
Estado, disponibilizando para eles o número de um disque- denúncia e outros contatos
telefônicos próprios das Unidades Policiais Militares mais próximas (Como exemplo de
informantes ou colaboradores, cita-se: proprietários, gerentes e funcionários de hotéis, postos
de combustíveis, restaurantes, bares, sitiantes, pousadas, localizados às margens de estradas,
taxistas, mototaxistas, motoristas de ônibus interurbano e etc), criando uma rede de apoio da
região, identificando possíveis alvos e movimentação de pessoas e veículos estranhos na
região;
● Aprofundar a reunião de dados sobre todas as denúncias que mencione planejamento de roubo
a instituições financeira, de forma a concluir sobre procedência, a veracidade ou a possibilidade
de o evento acontecer;

501 – CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO. 356


● Difundir mensagens ou relatórios de inteligência que previnam aos policiais militares sobre
roubos a instituições financeiras.
● Criar mecanismos que estimulem os PPMM do policiamento ostensivo geral a transmitirem os
seus conhecimentos sobre roubos a bancos para a Agência Local de Inteligência.
● Prover capacitação continuada aos policiais, integrando outras forças de segurança, com
táticas e técnicas que viabilizem a efetiva realização do Plano de Defesa;
● Todos os documentos elaborados deverão ser de caráter RESERVADO, fins de segurança de
informações.
● O principal objetivo da Fase Preventiva é preparar o terreno (pessoas e locais) dos possíveis
ataques, para que se tenha condições de um melhor enfrentamento e neutralização das
ameaças. A prevenção é o fator primordial no combate a essa modalidade.
13. ATIVIDADES NA FASE INCIDENTAL OU DE CONFRONTAÇÃO: Compreendem ações de
reação ao fato durante sua ocorrência, de forma a responder, com ações sistematicamente
planejadas, ao delito criminoso para impedir que este se consolide. Será o momento em que
serão colocadas em prática, as ações previstas pelo plano de defesa, tendo como principal
objetivo das forças de Segurança pública, quebrar e/ou desestruturar o planejamento dos
assaltantes, forçando-os a alterarem suas rotas de fuga e locais de homizio, para que seja
possível a confrontação e neutralização da ação desses criminosos. Todos os policias da região
devem estar cientes das ações a serem desenvolvidas, inclusive aqueles em horário de folga,
nunca desconsiderando o princípio da Segurança, mas envolvendo todos nas medidas iniciais
de intervenção do efetivo Policial local.
● Execução do Plano de Defesa, zelando sempre pela integridade física dos policiais militares e
de terceiros;
● Realizar coleta de informações para subsidiar os policiais que irão tomar as primeiras medidas
de intervenção. As cidades vizinhas deverão ser inseridas nesse contexto por razões óbvias de
rotas de fuga, bem como as forças que deslocarão em apoio;
● Os policiais das Agências Locais de Inteligência de toda região, deverão ser deslocados para
auxiliar na busca de informações que subsidiem a prisão do grupo criminoso.
● Os policiais do Policiamento Ordinário serão os responsáveis pelos Bloqueios nas Vias de fuga,
enquanto que as tropas especializadas (ROTAM, Forças Táticas...) farão uma aproximação do
local para melhor observação e coleta de dados, tendo em vista a preparação adequada de
pessoal e equipamentos;
● A prioridade será coleta de informações e bloqueios das possíveis vias de fuga e não a
confrontação, considerando o poderio bélico e o quantitativo de pessoas dos grupos
criminosos envolvidos na ação, lembrando aos policiais que nunca se afastem do
princípio basilar da segurança pessoal e de populares. Para tanto, deverá ser delimitado
um perímetro de segurança do local, mínimo de 200m, devendo sempre os policiais,
serem orientados quanto a esse perímetro de segurança e a função de cada um no
cenário. Um confronto em área urbana envolvendo grandes grupos criminosos
fortemente armados não deverá ocorrer, em virtude da possibilidade de perda de vidas
inocentes e dos próprios policiais, quem primeiro atenderão essas ocorrências.
● Inserir no cenário a figura do Atirador Designado, com Plano de Ação próprio, pré-elaborado,
que terá condições de fazer uma aproximação mais discreta para coletas de informações e
melhores condições de intervir, caso necessário, visto a distância de segurança, equipamento
e treinamento à disposição. Assim sendo, os Comandos Regionais deverão procurar meios de
capacitar parte do seu efetivo e equipá-los com armamento e demais equipamentos
necessários para esse tipo de ação, por uma eventual necessidade de reação no decorrer do
roubo, frustrando antecipadamente, a ação desses Grupos Criminosos.
● As viaturas deverão ser equipadas com equipamentos antiveiculares, estrepes e camas de
faquir, popularmente chamados de miguelitos e jacarés, respectivamente. O objetivo de uso
desses materiais é inutilizar os veículos dos assaltantes, devendo ser tomado o devido cuidado
ao lançar esses objetos, em razão de se tratar de vias públicas, onde, pessoas inocentes ou
desavisadas poderão estar de passagem por essas vias.
● As ações desenvolvidas no momento da confrontação seguirão modelo do Plano de Defesa e
dos processos do POP a seguir.
14. ATIVIDADES PÓS-INCIDENTAIS: Compreendem as atividades de apoio e resposta após a
ocorrência dos crimes, uma vez que os incidentes não puderam ser evitados preventivamente
ou mesmo repressivamente.

501 – CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO. 357


● Busca de dados referentes à atuação criminosa (quantidade de infratores, rotas de fuga, modus
operandi, identificação dos possíveis infratores, veículos utilizados, imagens de circuitos de
segurança;
● Preservação de provas
● Acionamento da Perícia;
● Entrevistas;
● Produção de Relatórios de Inteligência.

501 – CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO. 358


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: V EVENTOS CRÍTICOS.
PROCESSO: 501 CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO
PROCEDIMENTO: 501.1 Deslocamento, aproximação e confirmação de ocorrência
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM: ---
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Aproximação do local;
2. Coleta de dados sobre a situação;
3. Posicionamento das viaturas e dos policiais;
4. Escolha de abrigos que suportem calibres de alta velocidade;
5. Manter a segurança durante os procedimentos.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Ao tomar conhecimento sobre alguma situação envolvendo instituição financeira, inclusive as
de alarme disparado, a GUPM deverá deslocar para o local da ocorrência tomando os
devidos cuidados, fins de verificar se trata de um simples alarme disparado ou de uma
ocorrência real;
2. Deverá para a viatura a uma distância segura, de pelo menos 50 metros do local e aproximar
deste a pé, utilizando de táticas de deslocamento, mantendo disciplina de luzes e ruídos;
3. Deverá ter sempre como prioridade a segurança da equipe;
4. O objetivo é simplesmente confirmar se o alarme foi disparado por situações adversas ou se
realmente trata-se de um ataque contra a instituição financeira.
5. Caso confirme se tratar de ocorrência de Crimes Violentos Contra o Patrimônio, informar
imediatamente ao CIOSP e demais Guarnições sobre o fato e solicitar apoio e presença de
unidades especializadas, em como adotar as medidas iniciais como primeiro interventor na
ocorrência. E ainda, caso seja necessário, a execução do Plano de Defesa.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que toda a ação da Polícia Militar seja organizada sob critérios técnicos, táticos e objetivos
e não somente pautada pelo temor do solicitante e seus objetivos, tendo sempre a segurança
como prioridade;
2. Que a Guarnição Policial Militar consiga colher dados completos e que esses dados reflitam
a veracidade dos fatos;
3. Que a decisão operacional seja sempre a mais segura, menos danosa, mais econômica e
objetiva possível;
AÇÕES CORRETIVAS
1. Aproximar somente com o apoio de outras guarnições policiais, nunca descartar a
possibilidade de confronto;
2. Caso ocorra a explosão de algum artefato explosivo, providenciar o isolamento e apoio
necessários, tais como o Esquadrão de Bombas, Bombeiros, SAMU, POLITEC, Polícia Civil
e outros que sejam necessários;
3. Não encontrado nenhum objeto suspeito, orientar as pessoas para que o local ameaçado
retorne a rotina normal e sugerir para o responsável comparecer ao CISC, a fim de registrar
incidente de ameaça, bem como, deliberar sobre providências futuras.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não avaliar técnica e objetivamente a ocorrência;
2. Para a viatura próximo ao local;
3. Não haver transmissão de dados importantes da ocorrência ao Centro de Operações/CIOSP,
para outras providências, como: acionamento do Plano de Defesa;
4. Realizar a vistoria de forma negligente, não observando seus aspectos técnicos e de
segurança;
5. Classificar o incidente como ameaça falsa de forma equivocada, passando despercebido por
objetos suspeitos de serem artefatos explosivos.

501 – CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO. 359


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: V EVENTOS CRÍTICOS.
PROCESSO: 501 CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO
PROCEDIMENTO: 501.2 Constatação de ocorrência de crime violento contra o patrimônio no local
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM: ---
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados sobre a situação;
2. Posicionamento das viaturas e dos policiais;
3. Escolha de abrigos que suportem calibres de alta velocidade;
4. Manter a segurança durante os procedimentos.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Ao tomar conhecimento de que está havendo um roubo a uma instituição financeira, os policiais
de serviço deverão e policiais de folga poderão certificar da procedência da informação;
2. A confirmação da ocorrência deverá ser feita com a maior rapidez e cautela possível, uma vez
que se o policial for identificado pelos assaltantes, ele poderá ser alvejado;
3. O policial deverá se aproximar até obter contato visual com a agência, de forma que esteja
abrigado de possíveis disparos de arma de fogo;
4. Lembrar que as armas envolvidas nestas ocorrências normalmente são de grandes calibres,
como fuzis e Gauge 12, portanto, ao escolher o abrigo, o policial deverá procurar obstáculos
que suportem tais projéteis;
5. A aproximação da agência até obter o contato visual será feita a pé e, se possível, à paisana,
de forma que o risco de exposição do policial seja menor;
6. A identificação da ocorrência de roubo a instituições financeiras nas modalidades (NOVO
CANGAÇO, CANGAÇO NOTURNO, VAPOR e “DOMÍNIO DE CIDADE”) poderá ser feita a
centenas de metros e em lugar seguro, analisando as seguintes características: movimentação
de pessoas na frente da instituição financeira, utilização de reféns como escudo humano na
frente da agência bancária ou da instituição atacada, disparos intimidativos de armas de grosso
calibre que podem ser ouvidos a longa distância e explosões. Tudo isso facilitará a identificação
visual da ação delitiva a centenas de metros e em lugar seguro;
7. No caso de confirmada a ação criminosa, o policial deverá informar imediatamente o
comandante da cidade alvo ou seu sucessor na cadeia hierárquica da UPM, que deverá acionar
o PLANO DE CHAMADA, como previsto no Plano de Defesa Territorial, dando ciência aos
Policiais Militares do evento crítico ocorrido na cidade, bem como empregando-os de forma
estratégica conforme o planejamento de contingência do efetivo policial;
8. Em caso de não conseguir falar imediatamente com o comandante ou com quem lhe faça às
vezes, o policial que constatou a ação, ou outro por determinação, deverá acionar o PLANO
DE CHAMADA como previsto no Plano de Defesa Territorial;
9. Após a confirmação da ocorrência de roubo a instituição financeira nas modalidades elencadas
nesta instrução, nenhuma viatura ou policial fardado a pé poderá se deslocar para as
proximidades da agência alvo da ação criminosa, uma vez que os assaltantes estarão envoltos
por escudo humano, o que impossibilitará qualquer ação policial de repressão. Por outro lado,
estará o policial como alvo em potencial dos criminosos;
10. Assim que o comandante da cidade alvo ou quem lhe faça às vezes tomar conhecimento da
ação criminosa, deverá coordenar a aplicabilidade do PLANO DE DEFESA local, consistindo
em um Plano de Defesa do Aquartelamento - PDA das UPM´S locais, realização dos cercos,
bloqueios e barreiras de todas as rotas de acesso à cidade local e regional, conforme o Plano
de Acionamento e Bloqueio do local, Plano de ação dos Policiais;
11. Estes bloqueios deverão estar planejados e ensaiados para que não haja erro em sua
execução, bem como para que os executores saibam o tempo estimado de cada tarefa
realizado na fase de prevenção;
12. Os bloqueios terão o objetivo de quebrar o Planejamento dos assaltantes e obrigá-los a entrar
em regiões de mata, ou em lugares não previsto por eles, o que facilitará a ação de equipes
especializadas do BOPE na busca e captura dos infratores;
13. Os bloqueios deverão ser realizados em números de dois por via, e deverão estar a uma
distância de 3 a 5 quilômetros um do outro;

501 – CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO. 360


14. A distância dos bloqueios da cidade, quem será responsável por cada bloqueio, bem como os
meios a serem utilizados deverão ser previstos durante análise do terreno e confecção do
Planejamento, e sempre em redundância para evitar imprevistos;
15. Os bloqueios deverão ter seus locais de confecção antes das bifurcações ou trevos, mesmo
que sejam próximos do perímetro urbano, dando preferência para a utilização de pontes e
formações do relevo que facilite a sua composição e dificulte a sua transposição;
16. Os bloqueios deverão ser montados de forma que não possam ser desfeitos com facilidade ou
transpostos por veículos comuns;
17. O bloqueio mais próximo da cidade, em cada via, será denominado bloqueio 01 da via “nome
da via” e não contará com a presença de policial apenas com materiais para obstruir a
passagem durante a fuga dos criminosos, (Toras, estrepes, miguelitos, jacaré, cama de faquir,
veículos de grande porte entre outros de fácil utilização para a execução de montagem e
remoção mais breve possível);
18. O bloqueio mais distante da cidade, em cada via, será denominado bloqueio 02 da via “nome
da via” e, caso haja efetivo, poderá contar com a presença de policiais, a fim de orientar os
transeuntes, sobre a atividade em andamento, bem com o perigo da sua permanência no
bloqueio, sugerindo então o seu retorno;
19. No caso da presença do policial no bloqueio 02,o agente deve estar atento e ter consciência
do perigo que corre, bem como a todos os veículos e pessoas a pé que transitem no sentido
da cidade para os bloqueios;
20. A presença do policial no bloqueio 02 é simplesmente para orientar as pessoas e em hipótese
alguma, pará-las. Caso o policial tenha chegado até o bloqueio 02 de viatura, esta deverá ser
posicionada após o bloqueio 02 e fora do visual;
21. É esperado que ao depararem com o bloqueio 01, os assaltantes voltem ou abandonem os
veículos e reféns e adentrem no mato. Assim sendo, a primeira guarnição que encontrar os
veículos utilizados durante a fuga deverá isolá-los em um perímetro de 50 metros, com a
finalidade de preservar todos os vestígios deixados;
22. É terminantemente vedado que as guarnições envolvidas na ocorrência adentrem na mata ou
faça qualquer tipo de intervenção na fase da confrontação, ficando resguardado apenas ao
BOPE esta missão, por questões técnicas, de efetivo, armamento, fardamento e expertise no
combate.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar consiga realizar a constatação da ocorrência de maneira segura;
2. Que a ação policial militar seja coordenada para obtenção do maior número de informações e
para conceder o devido apoio e resposta à ação delitiva;
3. Que não haja atitudes isoladas descoordenadas por parte de policiais militares envolvidos;
4. Que o efetivo policial militar consiga quebrar o planejamento dos infratores, de forma segura,
forçando-os a mudarem os planos e evadirem para região não prevista ou desconhecida,
culminando, em seguida na neutralização da Força Adversa;
5. Que seja instalado o Posto de Controle e realizado de modo imediato, o cerco e bloqueio, a fim
de evitar fuga dos infratores;
6. Que se preserve a integridade física dos cidadãos de bem e dos agentes de segurança
envolvidos;
7. Que sejam difundidas informações coerentes e concisas dos fatos, seja pela rede de rádio,
telefone ou aplicativos de troca de mensagens;
8. Que se obtenha sucesso no acionamento em tempo hábil de equipes especializadas, quanto
à neutralização da Força Adversa que tenha se homiziado em área de matas e/ou mananciais;
9. Que se obtenha sucesso no deslocamento das equipes de Operações Policiais Especiais
(BOPE) de serviço, inclusive do Esquadrão de BOMBAS (EOD) do BOPE, para desmantelar
artefatos explosivos que restem apreendidos ou encontrados em baixa ordem no local do
incidente;
10. Que os policiais militares e os aquartelamentos da Polícia Militar não se tornem alvos fáceis
para a investida de grupos criminosos;
11. Que os policiais militares, em qualquer circunstância operacional que envolva a situação
regulada pela presente Instrução, estejam preparados para o confronto.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja pessoas alheias ao processo e que estejam circulando nos perímetros de atuação
e evasão dos infratores, deverá determinar que estes se abriguem dentro de residências,
comércios e locais fora de alcance dos criminosos;
2. Caso alguém tenha lesão grave, durante qualquer procedimento policial militar, a prestação de
socorro ao ferido será prioridade e, caso o desmembramento do efetivo para o referido socorro

501 – CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO. 361


não seja suficiente para a continuidade das diligências, as guarnições deverão retrair da
ocorrência priorizando o apoio a ser prestado;
3. Caso haja explosão de caixa eletrônico, os policiais militares deverão priorizar o cerco e
bloqueio; em caso de deslocamento para as instituições financeiras (ou alvo da ação delitiva)
deve se priorizar o deslocamento a pé e à paisana - ressalta-se que, ocorrida explosão, a
principal intenção dos infratores é deixar o local;
4. Caso haja uso de explosivos durante a ação criminosa, deverão ser realizados os
procedimentos iniciais de verificação do local e presença de artefatos explosivos secundários
ou não detonados, isolando o local e acionando o BOPE nos casos em que objetos suspeitos
forem localizados;
5. Caso sejam abandonados veículos durante a fuga dos infratores, a primeira viatura que deparar
com automóvel deverá realizar isolamento do local, para que seja preservado o máximo de
vestígios, a fim de auxiliar nos trabalhos de rastreamento e perícia;
6. Caso haja existência de reféns durante a ação delituosa, deverão ser evitados, se possível,
disparos em direção aos infratores, visto a possibilidade de atingir os reféns, bem como a
tentativa de resgate das vítimas (importante receber orientações do BOPE);
7. Caso os infratores consigam evadir do cerco e bloqueio, deverão ser reportadas as rotas de
fuga e destino, acompanhando a fuga, de maneira segura;
8. Caso os bloqueios executados não sejam suficientes para forçar que os infratores abandonem
seus veículos, libertem os reféns e acessem áreas rurais, deverá ser ampliado o perímetro de
cerco e bloqueio, a fim de impossibilitar a fuga dos criminosos;
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Parar a viatura próxima à ação delitiva;
2. Aproximar-se das agências financeiras atacadas de modo descuidado, sem supremacia de
força, com viaturas caracterizadas, sem a devida confirmação remota da tipologia do incidente;
3. Precipitação individual, colocando em risco a integridade própria e/ou a de terceiros;
4. Não obter ou deixar de retransmitir dados importantes na rede rádio;
5. Manter-se em local inseguro ou incompatível (sem campo de visão) com a ameaça perpetrada
por parte dos infratores;
6. Deixar de colher dados essenciais para confecção da ocorrência (testemunhas que
presenciaram os fatos, citação de armas, objetos e/ou quantias subtraídas, etc.);
7. Deixar de informar dados importantes para a polícia judiciária;
8. Não acionar o BOPE, Unidades Especializadas e reforço de Frações vizinhas assim que tomar
conhecimento da ação delitiva para demais desdobramentos decisórios, principalmente quanto
ao deslocamento de efetivo especializado em tempo hábil para apoio das frações;
9. Não acionar a DACI, deixando de promover ação integrada das Agências de Inteligência locais
e especializadas;
10. Deixar de verificar se não foram lançados “miguelitos” ou qualquer outro meio visando obstruir
a reação policial nas vias de acesso, próximo a unidades e viaturas que possam causar lesões
nos policiais e danos às viaturas;
11. Acessar região de mata que desconheça, em rastreamento, busca e varredura sem a chegada
da Equipe especializada do BOPE contaminado a área que deveria ser preservada;
12. Manusear artefatos explosivos não detonados no interior de instituições atacadas;
13. Tocar, mexer, mover qualquer material (bolsa, mochilas, bonés, etc) deixados pelos infratores,
sem acionamento e/ou verificação de equipe de perícia; caso não seja possível a realização
de perícia antes da liberação do local do evento, o policial militar empenhado na ocorrência
deverá fotografar ou filmar todo o ambiente do local do crime, estando ele seguro;
14. Arrecadar materiais com potencial interesse pericial, sempre com o uso de luvas descartáveis,
destinando-os em invólucros lacrados, à Polícia Judiciária, exceto explosivo e seus acessórios;
15. Realizado o rastreamento das equipes especializadas do BOPE, providenciar a arrecadação
dos objetos de crime eventualmente encontrados, em embalagens adequadas, com a utilização
de luvas; bem como no caso de localização do veículo utilizado para a prática do crime, mantê-
lo inviolado, exceto para proceder à sua remoção, utilizando de luvas. Nessa hipótese, o
profissional do guincho credenciado;
16. Deixar de se manter atento ao serviço operacional ou desinteressado ao próprio preparo
profissional.

501 – CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO. 362


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - V
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
502
PROCESSO PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Taser;
4. Espelho articulado;
5. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
6. Para o isolamento: faixas, cordas, cavaletes, tábuas, arames, estacas, lonas plásticas e outros.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP
Deslocamento.
201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas específicas. 4. Atuação no local.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública
Apresentação da ocorrência.
Competente (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Deslocamento para o local de
Art 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Instrução Técnica 001/2014 da PMMT;
Decreto número 3665 - R-105 Ministério do Exército (Comando
EB);
Atuação no local.
Portaria 03 de 10maio12, do Exército Brasileiro – Normas relativas
à atividades com bombas e explosivos e seus acessórios;
Art. 251 CPB.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado de
POP-PMGO.
Goiás, de 11 de novembro de 2004.

ESCLARECIMENTOS:

1. O CENTRO INTEGRADO DE COMANDO E CONTROLE (CICC): É o processo de direção


na utilização dos recursos colocados à disposição em um incidente com bombas e explosivos,
visa otimizar o exercício da direção, do controle e da coordenação dos órgãos da Secretaria
de Segurança Pública em operação, possibilitando o acompanhamento em tempo real das
ações em curso. A primeira Unidade da Polícia Militar de Mato Grosso ao chegar no local do
incidente, promoverá o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) para coordenação
das atividades dos órgãos envolvidos.
2. ESQUADRÃO DE BOMBAS: É a unidade da Polícia Militar especializada no atendimento de
incidentes com bombas e explosivos.
3. TÉCNICO EXPLOSIVISTA POLICIAL: É o servidor militar habilitado por Curso Técnico
Explosivista Policial, realizado por Instituição Policial nacional ou estrangeira, que está
legitimado a realizar atendimento especializado em incidentes de bombas e explosivos,
principalmente, no que se refere à realização de atividades de contramedidas e pós
incidentais.
4. EXPLOSIVO: É todo produto que, por meio de uma excitação adequada, se transforma rápida
e violentamente de estado, gerando gases, altas pressões e elevadas temperaturas.
5. BOMBA: São engenhos construídos com a utilização de substâncias explosivas ou
inflamáveis, com a finalidade de causar danos, lesões ou mortes.
6. EXPLOSÃO: É um processo químico e físico caracterizado por uma grande velocidade de
transformação, pela formação de grande quantidade de gases em elevada temperatura e por
uma grande força expansiva que produz efeitos mecânicos e sonoros.
7. EOD - EXPLOSIVE ORDINANCE DISPOSAL: Artefatos Explosivos Industrializados e
comercializados.
8. IED: IMPROVISED EXPLOSIVE DEVICE: Artefatos Explosivos Improvisados.

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 363


9. COMPONENTES DE UMA BOMBA:
a. CONTENEDOR: É todo objeto utilizado para dissimulação da bomba, como por exemplo,
veículos, caixas, mochilas, envelopes e outros objetos que consigam armazenar os demais
componentes da bomba.
b. EXPLOSIVO: Conforme item 4.
c. SISTEMA DE ATIVAÇÃO: É o mecanismo confeccionado para produzir o acionamento da
bomba, poderá ser, mecânico, elétrico ou químico.
d. INICIADOR: São os detonadores, também conhecidos como espoletas, podem ser elétricos,
não elétricos e eletrônicos.
e. FONTE DE ENERGIA: Também denominado fonte de poder, são as baterias, pilhas, objetos
que produzem chispa como fósforo ou acendedores, assim como substâncias químicas
capazes de produzir o acionamento de material explosivo ou inflamável.
10. INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS: São aqueles classificados como ameaça,
localização e explosão de bomba ou explosivo. A ameaça, a localização ou a explosão de
artefato explosivo ou explosivo em local não autorizado, público ou privado, deverão ser
imediatamente comunicadas aos Centros Integrados de Operações de Segurança Pública –
CIOSP, que acionará os órgãos de resposta imediata de acordo com as seguintes hipóteses:
a. AMEAÇA FALSA: Quando as informações ou análise da suspeita são infundadas, não
havendo elementos ou provas materiais e testemunhais que confirmem a real existência da
bomba, como telefonemas ou cartas anônimas.
b. AMEAÇA REAL: quando existirem elementos ou provas materiais ou testemunhais que
comprovem ou confirmem a existência da bomba. São características dessa ameaça,
testemunhas que viram a bomba ou a montagem e instalação da mesma, pedaços de
explosivos, acessórios ou mecanismos da possível bomba e ainda, informações sobre a sua
exata localização.
c. LOCALIZAÇÃO DE FALSA BOMBA: incidente em que é localizado um objeto suspeito com
características similares à de uma bomba, mas que se verifique ser inofensivo. Para a
caracterização de uma falsa bomba, a condição de similaridade com um artefato real deve
ser dolosa, de modo que o objeto confundido por erro de interpretação, não entre nessa
classificação. A localização de um objeto sem dono, em um local que foi ameaçado, mas que
constatou ser apenas um objeto esquecido por alguma pessoa, não deve ser considerado
como falsa bomba. Por outro lado, se o objeto tiver, intencionalmente, inscrições ou sinais
para confundir as pessoas, já será caracterizado como falsa bomba.
d. LOCALIZAÇÃO DE BOMBA: incidente em que é localizado e identificado a presença de uma
bomba, explosiva ou incendiária, armadilhada ou em qualquer outra situação de emprego.
Também independe a forma como foi localizada, como decorrência de uma ameaça de
bomba, de uma busca preventiva, da detenção de pessoas que as conduziam ou a
preparavam. Produtos explosivos convencionais e materiais bélicos não devem ser
classificados nessa categoria, a menos que sejam componentes da bomba ou tenham sido
adulterados para funcionarem de forma irregular, como por exemplo, uma granada de mão
armadilhada em um veículo.
e. LOCALIZAÇÃO DE EXPLOSIVOS: incidente em que é localizado e identificado a presença
de produtos explosivos convencionais, comerciais e militares, tais como dinamites, emulsões,
detonadores e outros acessórios de detonação, bem como materiais bélicos, como granadas,
morteiros e minas.
f. EXPLOSÃO DE BOMBAS E EXPLOSIVOS: compreendem os incidentes em que ocorram a
explosão da bomba ou explosivo, resultando nos efeitos do seu potencial, quer sejam eles
explosivos, incendiários ou de outros resultados danosos. A explosão pode ter sido
decorrência de ação criminosa prevista pelo seu agente como também acidental, por
manuseio errôneo ou falha de algum mecanismo.
11. ATIVIDADES PRÉ-INCIDENTAIS: Compreendem as ações de segurança e de prevenção
que antecedem o incidente com bombas e explosivos, como por exemplo:
a. Elaboração e aplicação de leis e regulamentações sobre o uso de bombas e explosivos.
b. Elaboração e aplicação de procedimentos preventivos em órgãos públicos e privados.
c. Orientação e fiscalização na confecção e aplicação de planos de segurança e planos de
emergências com bombas e explosivos.
d. Treinamento de pessoal leigo em procedimentos preventivos.
e. Treinamento de pessoal profissional de segurança em procedimentos de primeira resposta
em incidentes com bombas explosivos.
f. Treinamento de profissionais de segurança especializados no atendimento de incidentes com
bombas e explosivos.
g. Elaboração de estatística sobre incidentes de bombas e explosivos e relatórios afins.

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 364


h. Realização de buscas preventivas por ocasião de eventos importantes.
i. Realização de buscas preventivas como rotina de segurança.
j. Realização de buscas por ocasião de ameaça de bombas e explosivos.
k. Isolamento por ocasião de ameaça e localização de bombas e explosivos.
l. Desocupação por ocasião de ameaça e localização de bombas e explosivos.
m. Localização de objeto suspeito.
n. Atividades de inteligência para prevenção de incidentes com bombas e explosivos.
12. ATIVIDADES DE CONTRAMEDIDAS: Compreendem as ações de identificação e
desativação, que são desencadeadas após a localização de uma bomba, explosivo ou objeto
suspeito, com a finalidade de tornar os materiais seguros para o manuseio e transporte, assim
como tornar seguro o ambiente para o trabalho das equipes de resgate, perícia, investigação
criminal e demais órgãos ou instituições que porventura possam contribuir no atendimento ao
incidente. São exemplos de atividades de contramedidas:
a. Identificação de objetos suspeitos localizados.
b. Remoção de bombas e explosivos.
c. Desmontagem de bombas e explosivos.
d. Neutralização de bombas e explosivos.
e. Destruição de bombas e explosivos.
13. ATIVIDADES PÓS-INCIDENTAIS: Compreendem as ações realizadas após uma explosão
ou depois de terem sido realizadas as atividades pré-incidentais ou de contramedidas. São
exemplos de atividades pós-incidentais:
a. Isolamento de locais de explosão.
b. Desocupação de locais de explosão.
c. Suporte às vítimas.
d. Controle de incêndios.
e. Análise de estruturas.
f. Buscas em locais de explosão.
g. Coleta de evidências e perícias em locais de incidente.
h. Perícia de bombas, explosivos e elementos materiais de prova.
i. Apoio técnico aos órgãos do Poder Judiciário.
j. Elaboração de avaliações e relatórios técnicos sobre o incidente.
k. Auditoria de segurança no local do incidente.
l. Investigação criminal.
MEDIDAS DE SEGURANÇA EM INCIDENTES COM BOMBAS OU EXPLOSIVOS:
1. Ao atender incidentes com bombas, explosivos e/ou objetos suspeitos:
a. Mantenha distância do objeto suspeito.
b. Conserve o objeto suspeito como está.
c. Não se deve tocar em nenhum dos componentes do objeto, em especial nos detonadores.
d. Não puxe nem corte os fios elétricos que porventura estejam aparecendo junto ou próximo de
um objeto suspeito.
e. Não sacudir ou tentar abrir um pacote que se presuma conter uma bomba.
f. Não levantar a tampa de uma caixa, pois é possível que um fio entre em contato com outro.
g. Não levante o objeto do piso.
h. Não molhe o objeto suspeito.
i. Não faça girar a rosca de um objeto que desconheça seu conteúdo.
j. Não se deve ingerir ou haver ingerido substâncias alucinógenas ou bebidas embriagantes
antes de atender ocorrências com bombas.
k. Não se apure ao atender um incidente com bombas.
l. Não se deve tentar retirar o material explosivo de dentro do artefato/objeto.
m. Não trate de retirar um detonador de uma carga que não tenha sido detonada.
n. Evite pisar ou tropeçar em objeto suspeito.
o. Faça um controle perimétrico da área para evitar a presença de pessoal não experiente e
animais.
p. Escolha uma posição prévia de um setor que ofereça cobertura e proteção.
q. Deve-se saber que é necessário ter equipamentos adequados para realizar trabalhos com
explosivos.
r. Deve-se saber que sempre existe a possibilidade de haver no terreno a presença de cargas
sem detonar.
s. O pessoal não deve guardar nos bolsos materiais que tenha sido encontrado em locais de
incidentes, como cordel detonante, estopim, detonadores e material explosivo.
t. Nunca tente perfurar, atravessar ou tirar uma carga de explosivos que tenha falhado.

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 365


u. Deve-se verificar a necessidade da presença de uma ambulância de primeiros socorros, caso
possa ocorrer algum tipo de acidente.

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 366


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: V EVENTOS CRÍTICOS.
PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS
PROCESSO: 502
EXPLOSIVOS
PROCEDIMENTO: 502.1 Ameaça Falsa
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM: ---
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados sobre características da ameaça;
2. Decisão quanto ao isolamento e contenção do local da ameaça;
3. Decisão quanto à desocupação de pessoas do local;
4. Realização de vistoria em função da ameaça;
5. Confirmação da não existência de objeto suspeito, artefato explosivo ou bomba;
6. Liberação do local para retorno das atividades.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Preencher o(a) atendente do CIOSP, ficha própria para atendimento telefônico em situações
envolvendo incidente com bomba ou explosivo (Esclarecimentos item 4);
2. Transmitir, o operador de rádio, todos os dados obtidos pelo(a) atendente para a guarnição
empenhada no atendimento;
3. Após receber uma chamada para o atendimento de incidente de bomba ou explosivo pelo
Centro de Operações/CIOSP, a guarnição designada deverá deslocar-se imediatamente e,
ao chegar no local, procurar a pessoa responsável ou a pessoa que realizou a informação
para o CIOSP, a fim de inteirar-se do que, de fato, está acontecendo;
4. Preencher, de acordo com os dados colhidos do solicitante ou responsável pelo local do
incidente, a ficha de análise policial (Esclarecimentos item 4);
5. Caso as informações colhidas atenderem os requisitos de uma ameaça falsa, os policiais
militares deverão orientar todos a realizarem uma busca em seus locais de atividades, a fim
de manter ao máximo a rotina da instituição atendida;
6. Após a busca realizada pelos responsáveis ou frequentadores do local ameaçado, os
policiais militares deverão realizar uma vistoria, sempre acompanhados por um representante
do local ameaçado, para identificar os locais vistoriados como:
a. Liberado;
b. Possui objeto ou ponto que necessite confirmação;
c. Possui objeto suspeito localizado;
7. Não se deve alterar a rotina no local, nem provocar alarme geral, pois até o momento, existe
somente uma ameaça e não uma bomba. A precipitação na desocupação, além de
interromper as atividades do local, pode gerar pânico nas pessoas ou mesmo criar situações
vulneráveis para a prática de ilícitos como: furtos, danos materiais ou mesmo contribuir para
o estímulo do fator motivacional do autor da ameaça;
8. Na vistoria, procurar observar tudo que não é normal ou pertinente ao local ou que não havia
sido percebido até então, e esta conclusão será dada pela pessoa que conhece o local de
sua atividade;
9. Os policiais militares deverão orientar quanto a não tocar e não mexer em nada que não
seja de seu conhecimento;
10. Só acender luzes e usar interruptores após confirmar segurança;
11. Não usar elevadores;
12. Não abrir portas armários e gavetas sem que esteja confirmada a segurança;
13. Ao término da vistoria e após confirmação de incidente de ameaça falsa, orientar as pessoas
do local ameaçado para que retornem sua rotina e reestabeleçam o funcionamento das suas
atividades, caso tenham sido interrompidas. Além disso, a guarnição deverá arrolar
testemunhas e confeccionar o Boletim de Ocorrência Policial Militar.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que toda a ação da Polícia Militar seja organizada sob critérios técnicos, táticos e objetivos
e não somente pautada pelo temor do solicitante e seus objetivos;
2. Que os dados colhidos sejam completos e reflitam a realidade;
3. Que a presença da Polícia Militar cause tranquilidade e segurança;

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 367


4. Que a decisão operacional, conforme dados selecionados, seja a mais segura, menos
danosa e mais econômica;
5. Que no local do incidente de bomba ou explosivo seja restabelecida a ordem;
6. Que os incidentes envolvendo artefatos explosivos ou bombas sejam estudados e
catalogados, fins de serem submetidos às ações de inteligência e contrainteligência,
evitando, assim, uma possível rotina e avaliar as suas causas e fatores que as motivaram
conforme o entendimento das leis e normas vigentes no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o fluxo ou a presença de pessoas no local ameaçado sejam intensos, de forma a
prejudicar a vistoria, considerar a possibilidade de realização de isolamento e desocupação,
desde que, de forma organizada sem causar pânico e desordem;
2. Havendo a caracterização de uma ameaça real, temos, então, uma situação de maior risco,
pois existe uma probabilidade maior de explosão, neste caso, pode-se considerar a
necessidade de uma desocupação parcial ou mesmo total da instalação, porém sempre que
houver a mínima condição, as pessoas que porventura forem retiradas do local do incidente,
se possível, não deverão ser liberadas, mas sim, permanecer em uma zona de concentração
previamente determinada e segura o suficiente para aguardarem o desfecho da ocorrência;
3. Caso ocorra a explosão de algum artefato explosivo, providenciar o isolamento e apoio
necessários, tais como o Esquadrão de Bombas, Bombeiros, SAMU, POLITEC, Polícia Civil
e outros;
4. Caso a vistoria seja resultante de uma ameaça de bomba com tempo previamente
determinado, encerrar a busca 30 (trinta) minutos antes da hora prevista e reiniciar somente
30 (trinta) minutos após esse horário. Se não houver tempo estabelecido, procurar relacionar
a ameaça com algum evento de relevância naquele ambiente;
5. Não encontrado nenhum objeto suspeito, orientar as pessoas para que o local ameaçado
retorne a rotina normal e sugerir para o responsável comparecer ao CISC, para registrar
incidente de ameaça, bem como, deliberar sobre providências futuras.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não contatar com a pessoa ameaçada, nem responsável pelo local ameaçado, a fim de obter
os melhores dados;
2. Não avaliar técnica e objetivamente a ocorrência;
3. Desocupar antecipadamente o local e de forma desorganizada;
4. Permitir que ocorram outras ocorrências no local ameaçado, tais como roubo e furto durante
a desocupação;
5. Não arrolar testemunhas do fato;
6. Não manter o fluxo do trânsito em andamento para que equipes de apoio cheguem ao local
rapidamente;
7. Não haver transmissão de dados importantes da ocorrência ao Centro de Operações/CIOSP,
para outras providências, como: acionamento de outros órgãos, Corpo de Bombeiros,
CIOPAER, etc;
8. Fumar ou acender qualquer produto inflamável no local da ocorrência;
9. Permitir ou fazer uso de equipamentos eletrônicos como celulares ou rádios de transmissão
no local ameaçado;
10. Entrar em ambiente que esteja exalando cheiro de produtos químicos em geral;
11. Não coletar dados suficientes sobre o incidente, tomando decisões precipitadas ou indevidas;
12. Realizar a vistoria de forma negligente, não observando seus aspectos técnicos e de
segurança;
13. Classificar o incidente como ameaça falsa de forma equivocada, passando despercebido por
objetos suspeitos de serem artefatos explosivos.

ESCLARECIMENTOS:

1. CLASSIFICAR A AMEAÇA: Para decidir, o policial deverá classificar a ameaça com base
em uma análise da situação, cujos elementos objetivos principais seguem abaixo:
A. Ameaça Falsa:
a. Características de ameaça tipo trote.
b. Não existem provas da ameaça.
c. Não existem antecedentes de incidentes com bombas.
d. Não existe clima ou motivação para um atentado.
e. Local ou pessoa ameaçada não é um alvo em potencial.
f. Segurança no local é eficiente e confiável.

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 368


g. Circunstâncias fúteis relacionadas com a ameaça, como por exemplo, dia de prova em
escolas e vésperas de feriados.
h. Ameaça feita com pequeno lapso de tempo para o acontecimento da explosão.
i. Nenhum objeto suspeito indicado pelo ameaçador.
j. Nenhum objeto suspeito localizado pelos ameaçados.
k. Não identificação de testemunha de preparação do atentado.
l. Não há indicação da localização exata do artefato.
m. Não há resíduos de materiais explosivos ou de componentes do artefato.
n. Vozes de criança ou risos no fundo da ligação.
1. VISTORIA: É a uma técnica operacional para identificar objetos suspeitos de serem artefatos
explosivos ou, ainda, objetos passíveis de estarem relacionados com esse tipo de incidente.
Deve ser realizada por equipes de duas pessoas, no máximo, sempre de fora para dentro e
de baixo para cima, conforme os níveis elencados a seguir:
• 1º NÍVEL – do solo à cintura: compreende o piso, tapetes, cestos de lixo, embaixo dos móveis,
armários, gavetas;
• 2º NÍVEL – da cintura à altura dos olhos: compreende estantes e armários, sobre os móveis,
quadros, janelas;
• 3º NÍVEL – da altura dos olhos ao teto: compreende quadros, luminárias, sobre estantes,
aparelhos de ar condicionado;
• 4º NÍVEL– espaços adjacentes: compreende pisos removíveis, tetos falsos, exterior de
janelas, parapeitos.
2. TÉCNICAS DE VISTORIA: É o processo de fazer divisões imaginárias do local a ser
vistoriado, de forma a organizar e minimizar o trabalho:
a. LONGITUDINAIS: Indicado para corredores, áreas abertas e outros espaços com grande
profundidade.

b. ZIGUE-ZAGUE: Indicado para áreas muito mobiliadas, como auditórios, escritórios, salas de aula.

c. QUADRANTES: Indicado para áreas fechadas, cômodos e outros ambientes com espaço físico
delimitado.

d. ESPIRAL: Indicado para áreas abertas e ambientes sem espaço físico delimitado.

3. FICHAS PARA PREENCHIMENTO:

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 369


a. FICHA PARA ATENDIMENTO TELEFÔNICO NO CIOSP:
Uma vez iniciado o atendimento telefônico e confirmada a ameaça com artefato explosivo, manter o
equilíbrio, demonstrar interesse e procurar manter a pessoa na linha o maior tempo, anotando o
máximo de detalhes possível. Se o ameaçador manter contato direto e demonstrar pouco interesse
em conversar, pedir para repetir a informação, em razão de problemas na ligação telefônica.
1. PERGUNTAS ◻ Vícios de linguagem ◻ Termos
• Quando a bomba irá explodir? técnicos
• Onde a bomba está posicionada? Sotaque:______________________________
• A bomba se encontra (local fictício)? _________
• Você viu essa bomba? Outras
• Por que está denunciando isso? observações___________________________
• Como é essa bomba? ___
• Por que a bomba irá explodir? _____________________________________
• Foi você quem colocou a bomba? _____________________________________
• Por que você está fazendo isso? __________________
• É por causa do (evento fictício)? 6. DADOS DA CHAMADA
• De onde você está falando? • Local da ligação:
• Qual é o seu nome? • Data da ligação:
• Você quer atingir alguém em especial? • Horário da ligação:
2. PALAVRAS EXATAS DA AMEAÇA • Duração da ligação:
___________________________________ • Telefone que recebeu a ligação:
_______ • Identificação da ligação (identificador de
3. CARACTERÍSTICAS DA VOZ chamadas):
◻ Homem ◻ Mulher • Nome do atendente:
◻ Afeminado ◻ Criança • Função do atendente:
◻ Velho ◻ Calma
◻ Excitada ◻ Rápida
◻ Rouca ◻ Anasalada
◻ Nervosa ◻ Lenta
◻ Chorando ◻ Pigarreando
◻ Estridente ◻ Grossa
◻ Gaguejando ◻ Sussurrando
◻ Embriagada ◻ Disfarçado
◻ Gritando ◻ Hesitante
◻ Ofegante ◻ Assustada
◻ Pausada ◻ Rindo

Familiar:____________________________
◻ Outra característica:
___________________________________
4. RUÍDOS DE FUNDO
◻ Rua ◻ Motores
◻ Fábrica ◻ Escritório
◻ Casa ◻ Cozinha
◻ Vozes ◻ Risadas
◻ Animais ◻ Música
◻ Estática ◻ Longa distância
◻ Telefone público ◻ Ramal
interno
◻ Sem ruídos de fundo
◻ Outras observações
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
5. CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM
◻ Educada ◻ Incoerente
◻ Mensagem lida ◻ Irracional
◻ Gíria ou obscena ◻ Gravada

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 370


b. FICHA DE PREENCHIMENTO DA GUARNIÇÃO DESIGNADA – ANÁLISE POLICIAL
1. TESTEMUNHAS
• Atendente da ameaça
Nome_________________________________
Função________________________________
Documento_____________________________
• Responsável pelo local ameaçado
Nome__________________________________
Função________________________________
Documento_____________________________
2. DADOS COLETADOS
Fatores que caracterizam a ameaça como FALSA
a. Característica de trote;
b. Antecedente de falsa ameaça;
c. Circunstâncias fúteis relacionadas com a ameaça (dia de prova em escolas, vésperas de feriado,
incidentes amplamente divulgados na mídia);
d. Pequeno lapso de tempo para a explosão;
e. Nenhum objeto suspeito indicado pelo ameaçador;
f. Nenhum objeto suspeito localizado pelos ameaçados;
g. Não há identificação de testemunha da preparação do atentado;
h. Não há indicação da localização exata do artefato;
i. Não há resíduos materiais de explosivos ou de componentes do artefato;
j. Não há antecedentes de atentado nesse nível no local ameaçado;
k. Não há qualquer circunstância relevante relacionada com a ameaça;
l. Não há alvo (pessoa, instalação, etc.) que possa ser ameaçado;
m. Vozes de crianças ou risos ao fundo da ligação;
n. Outros dados____________________________
Fatores que caracterizam a ameaça como REAL
a. Objeto suspeito indicado pelo ameaçador;
b. Objeto suspeito localizado pelos ameaçados;
c. Identificação de testemunha da preparação do atentado;
d. Indicação da localização exata do artefato;
e. Resíduos materiais de explosivos localizados;
f. Antecedentes de atentados no local ameaçado;
g. Circunstâncias relevantes relacionadas com a ameaça;
h. Existe alvo (pessoa, instalação, etc.) que possa ser ameaçado.
• PERGUNTA-CHAVE Por que esse local poderia ser alvo de um atentado a bomba?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________.
3. ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS
a. Indícios de ameaça falsa
b. Indícios de ameaça real
4. DECISÃO OPERACIONAL
A. EVACUAÇÃO
a. Não evacuar o local
b. Evacuação total do local
c. Evacuação parcial do local
d. Áreas e distâncias da evacuação:
B. BUSCAS
a. Busca com auxílio de pessoas locais
b. Busca com policiais
c. Busca cancelada. Motivo:
d. Necessidade de apoio especializado
e. Objeto suspeito localizado
f. Explosão
g. Outro: ______________________________
C. ACIONAMENTOS
a. Esquadrão de Bombas
b. Corpo de Bombeiros
c. Ambulância

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 371


d. Outros: ______________________________
5. FINALIZAÇÃO DA OCORRÊNCIA
a. Nada localizado, área liberada
b. Ação de equipe especializada
c. Registro no Distrito Policial
d. Outros:_________________________________
6. POLICIAL ENCARREGADO
Nome: ___________________________________
Identidade:________________________________
Unidade:__________________________________

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 372


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: V EVENTOS CRÍTICOS.
PROCESSO: 502 PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS EXPLOSIVOS
PROCEDIMENTO: 502.2 Ameaça Real
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM: ---
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados sobre características da ameaça;
2. Decisão quanto ao isolamento e contenção do local da ameaça;
3. Decisão quanto à desocupação de pessoas do local;
4. Realização de vistoria em função da ameaça;
5. Confirmação da existência de objeto suspeito, artefato explosivo ou bomba;
6. Acionamento de órgãos especializados;
7. Liberação do local para retorno das atividades.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Preencher o(a) atendente do CIOSP, ficha própria para atendimento telefônico em situações
envolvendo incidente com bomba ou explosivo (POP 503.1);
2. Transmitir, o operador de rádio, todos os dados obtidos pelo(a) atendente para a guarnição
empenhada no atendimento;
3. Após receber uma chamada para o atendimento de incidente de bomba ou explosivo pelo
Centro de Operações/CIOSP, a guarnição designada deverá deslocar-se imediatamente e,
ao chegar no local, procurar a pessoa responsável ou a pessoa que realizou a informação
para o CIOSP, a fim de inteirar-se do que, de fato, está acontecendo;
4. Preencher, de acordo com os dados colhidos do solicitante ou responsável pelo local do
incidente, a ficha de análise policial (POP 503.1);
5. Caso as informações colhidas atenderem os requisitos de uma ameaça real, os policiais
militares deverão orientar todos a realizarem uma busca em seus locais de atividades a fim
de manter ao máximo a rotina da instituição atendida;
6. Após a busca realizada pelos responsáveis ou frequentadores do local ameaçado, os policiais
militares deverão realizar uma vistoria, sempre acompanhados por um representante do local
ameaçado, para identificar os locais vistoriados como:
a. Liberado;
b. Possui objeto ou ponto que necessite confirmação;
c. Possui objeto suspeito localizado;
7. Não deve-se alterar a rotina no local, nem provocar alarme geral, pois até o momento, existe
somente uma ameaça e não uma bomba. A precipitação na desocupação, além de
interromper as atividades do local, pode gerar pânico nas pessoas ou mesmo criar situações
vulneráveis para a prática de ilícitos como: furtos, danos materiais ou mesmo contribuir para
o estímulo do fator motivacional do autor da ameaça;
8. Na vistoria, procurar observar tudo que não é normal ou pertinente ao local ou que não havia
sido percebido até então, e esta conclusão será dada pela pessoa que conhece o local de sua
atividade;
9. Os policiais militares deverão orientar quanto a não tocar e não mexer em nada que não seja
de seu conhecimento;
10. Só acender luzes e usar interruptores após confirmar segurança;
11. Não usar elevadores;
12. Não abrir portas armários e gavetas sem que esteja confirmada a segurança;
13. Após confirmação de incidente de ameaça real, ou seja, com existência de objeto suspeito
localizado, o primeiro procedimento a ser adotado é o princípio dos três “não”, ou seja, não
tocar, não mexer e não remover;
14. A guarnição deverá isolar o local sem provocar pânico, anotar a localização exata do objeto,
se possível identificar a pessoa que localizou o objeto, como objeto chegou ao local, a quanto
tempo está no local, já foi tocado ou mexido por alguém e quem mexeu, detectar se é
realmente desconhecido, buscar por imagens de circuito fechado de TV, caso tenha
disponível;

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 373


15. As características físicas do objeto localizado precisam ser registradas conforme a seguinte
orientação:
a. Volume do objeto;
b. Tipo do objeto, se é feito de madeira, papelão, metal, plástico, ou outro tipo de material;
c. Coloração e tipo de marcação externa, tal como, “para o fulano de tal”;
d. Se possui manchas de óleo, ou algum tipo de fio ou componente eletrônico visível;
e. Peso aproximado, que é: Peso (P)= Volume (V) – 20 %;
16. Após a localização do objeto suspeito, a guarnição deverá decidir sobre a desocupação do
local, de forma a realizá-la parcial ou totalmente a depender do tamanho e tipo do artefato,
conforme tabela abaixo:
Distâncias de Desocupação
Peso avaliado do objeto Distância de ação Distância Distância recomendável
suspeito letal mínima
Até 1 kg 10 m 50 m 100 m
Até 4 kg 15 m 100 m 200 m
Até 10 kg 20 m 150 m 300 m
17. Realizar o acionamento do Esquadrão de Bombas, que é a unidade especializada para
atendimento em casos de incidentes com bombas e explosivos;
18. Providenciar acionamento de outros órgãos colaboradores para solução da ocorrência, tais
como, Bombeiros, SAMU, POLITEC, Polícia Civil, agentes de trânsito e outros;
19. Manter a contenção e o isolamento do local enquanto durar os trabalhos de contramedidas;
20. Arrolar testemunhas e confeccionar Boletim de Ocorrência Policial Militar.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que toda a ação da Polícia Militar seja organizada sob critérios técnicos, táticos e objetivos
e não somente pautada pelo temor do solicitante e seus objetivos;
2. Que os dados colhidos sejam completos e reflitam a realidade;
3. Que a presença da Polícia Militar cause tranquilidade e segurança;
4. Que a decisão operacional, conforme dados selecionados, seja a mais segura, menos
danosa e mais econômica;
5. Que no local onde tenha sido encontrado o objeto suspeito, sejam tomadas providências de
contenção e isolamento e que o fluxo de trânsito seja mantido para apoio e reforço de outros
órgãos;
6. Que no local do incidente de bomba ou explosivo seja restabelecida a ordem;
7. Que as ocorrências envolvendo artefatos explosivos ou bombas sejam estudadas e
catalogadas a fim de serem submetidas às ações de inteligência e contrainteligência,
evitando, assim, uma possível rotina e avaliar as suas causas e fatores que as motivaram
conforme o entendimento das leis vigentes no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Sempre que possível e o local permitir, manter a área de isolamento e desocupação sob
constante vigilância;
2. As pessoas que porventura forem retiradas do local do incidente, se possível, não deverão
ser liberadas, mas sim, permanecer em uma zona de concentração previamente determinada
e segura o suficiente para aguardarem o desfecho da ocorrência;
3. Não encontrado nenhum objeto suspeito, orientar as pessoas para que o local ameaçado
retorne a rotina normal e sugerir para o responsável comparecer ao CISC, para registrar
incidente de ameaça, bem como, deliberar sobre providências futuras;
4. Caso ocorra a explosão de algum artefato explosivo, providenciar o isolamento e apoio
necessários, tais como o Esquadrão de Bombas, Bombeiros, SAMU, POLITEC, Polícia Civil
e outros;
5. Caso a vistoria seja resultante de uma ameaça de bomba com tempo previamente
determinado, encerrar a busca 30 (trinta) minutos antes da hora prevista e reiniciar somente
30 (trinta) minutos após esse horário. Se não houver tempo estabelecido, procurar relacionar
a ameaça com algum evento de relevância naquele ambiente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não contatar com a pessoa ameaçada, nem responsável pelo local ameaçado, a fim de obter
os melhores dados;
2. Não avaliar técnica e objetivamente a ocorrência;
3. Desocupar antecipadamente o local e de forma desorganizada;
4. Permitir que ocorram outras ocorrências no local ameaçado, tais como roubo e furto durante
a desocupação;
5. Não arrolar testemunhas do fato;

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 374


6. Não manter o fluxo do trânsito em andamento para que equipes de apoio cheguem ao local
rapidamente;
7. Não haver transmissão de dados importantes da ocorrência ao Centro de Operações/CIOSP,
para outras providências, como o acionamento de outros órgãos;
8. Fumar ou acender qualquer produto inflamável no local da ocorrência;
9. Permitir ou fazer uso de equipamentos eletrônicos como celulares ou rádios de transmissão
no local ameaçado;
10. Entrar em ambiente que esteja exalando cheiro de produtos químicos em geral;
11. Não coletar dados suficientes sobre o incidente, tomando decisões precipitadas ou indevidas;
12. Realizar a vistoria de forma negligente, não observando seus aspectos técnicos e de
segurança;
13. Classificar o incidente como ameaça real de forma equivocada, deixando de buscar
informações detalhadas, a respeito do referido objeto, tal como, deixar de entrevistar pessoas
que conhecem ou frequentam o local, deixar de analisar imagens de circuito fechado de TV,
caso esteja disponível;
14. Não realizar o acionamento do equipes especializadas, como por exemplo, o Esquadrão de
Bombas;
15. Proceder ou permitir que policial não especializado proceda intervenção com intuito de
remover, desmontar, neutralizar, destruir, transportar, ou armazenar o objeto suspeito de ser
uma bomba, sem o domínio de técnicas e equipamentos específicos.

ESCLARECIMENTOS:

1. CLASSIFICAR A AMEAÇA: Para decidir, o policial deverá classificar a ameaça com base em uma
análise da situação, cujos elementos objetivos principais seguem abaixo:
A. Ameaça Real:
a. Objeto suspeito indicado pelo ameaçador;
b. Objeto suspeito localizado pelos ameaçados;
c. Identificação da testemunha da preparação do atentado;
d. Indicação da localização exata do artefato;
e. Resíduos materiais de explosivos localizados;
f. Circunstâncias relevantes relacionadas com a ameaça;
g. Existe alvo (pessoa ou instalação) que possa ser ameaçado;
h. Características de ameaça tipo criminosa ou terrorista;
i. Existe motivação para o atentado;
j. Segurança é ineficiente ou falha.

2. QUADRO DE ANÁLISE DA MOTIVAÇÃO DA AMEAÇA DE BOMBA:


TIPO CARACTERÍSTICAS OBJETIVOS AGENTES
Faz exigências ou condiciona a ameaça a
Ex-funcionários, ex-
pedidos.
Vingança. namorados ou outras
Fala e conversação tensas ou inquietas.
Extorsão. pessoas de um
CRIMINOSA Direciona a ameaça para determinada
Paralisação ou danos na relacionamento anterior.
pessoa ou local.
atividade. Grupos criminosos
Procura dar convencimentos ou provas da
especializados.
veracidade.
Apresenta a ameaça como possibilidade
futura de ocorrer.
Declara suas intenções, motivações e grupo
Criar clima de medo e Extremistas e grupos
a que pertence.
pânico. radicais motivados por
TERRORISTA É receptivo à conversação.
Chamar atenção para política, religião ou
Demonstra conhecimentos técnicos sobre
determinada causa. questões sociais.
explosivos.
Procura dar convencimentos ou provas da
veracidade da ameaça.

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 375


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: V EVENTOS CRÍTICOS.
PROCESSO: 502 PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS EXPLOSIVOS
PROCEDIMENTO: 502.3 Localização de Bomba ou Falsa Bomba.
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM: ---
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados sobre características do incidente;
2. Decisão quanto ao isolamento e contenção do local do incidente;
3. Decisão quanto à desocupação de pessoas do local;
4. Classificação do objeto suspeito como sendo bomba ou falsa bomba;
5. Acionamento de órgãos especializados;
6. Liberação do local para retorno das atividades.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Preencher o(a) atendente do CIOSP, ficha própria para atendimento telefônico em situações
envolvendo incidente com bomba ou explosivo (POP 503.1);
2. Transmitir, o operador de rádio, todos os dados obtidos pelo(a) atendente para a guarnição
empenhada no atendimento;
3. Após receber uma chamada para o atendimento de incidente de bomba ou explosivo pelo
Centro de Operações/CIOSP, a guarnição designada deverá deslocar-se imediatamente e,
ao chegar no local, procurar a pessoa responsável ou a pessoa que realizou a informação
para o CIOSP, a fim de inteirar-se do que, de fato, está acontecendo;
4. Preencher, de acordo com os dados colhidos do solicitante ou responsável pelo local do
incidente, a ficha de análise policial (POP 503.1);
5. Localizar um objeto suspeito significa encontrar em determinado lugar, por casualidade ou
após uma busca, qualquer objeto que possa ser uma bomba ou falsa bomba, ou ainda, um
componente de uma bomba;
6. A localização e identificação de um objeto suspeito é diferente da identificação de uma
bomba. Confirmar se o objeto realmente é uma bomba, é um procedimento que deve ser
realizado apenas por equipes especializadas e com o auxílio de equipamentos de proteção;
7. Os policiais militares deverão orientar quanto a não tocar e não mexer em nada que não
seja de seu conhecimento;
8. Só acender luzes e usar interruptores após confirmar segurança;
9. Não usar elevadores;
10. Não abrir portas armários e gavetas sem que esteja confirmada a segurança;
11. Após confirmação da existência de objeto suspeito localizado, o primeiro procedimento a ser
adotado é o princípio dos três “não”, ou seja, não tocar, não mexer e não remover;
12. A guarnição deverá isolar o local sem provocar pânico, anotar a localização exata do objeto,
se possível identificar a pessoa que localizou o objeto, como objeto chegou ao local, a quanto
tempo está no local, já foi tocado ou mexido por alguém e quem mexeu, detectar se é
realmente desconhecido, buscar por imagens de circuito fechado de TV, caso tenha
disponível;
13. Todo incidente de localização de objeto suspeito deve ser tratado como se fosse um artefato
explosivo verdadeiro, portanto, os procedimentos devem ser os mesmos de uma localização
de bomba real.
14. As características físicas do objeto localizado precisam ser registradas conforme a seguinte
orientação:
a. Volume do objeto;
b. Tipo do objeto, se é feito de madeira, papelão, metal, plástico, ou outro tipo de material;
c. Coloração e tipo de marcação externa, tal como, “para o fulano de tal”;
d. Se possui manchas de óleo, ou algum tipo de fio ou componente eletrônico visível;
e. Peso aproximado, que é: Peso (P)= Volume (V) – 20 %;
15. Após a localização do objeto suspeito, a guarnição deverá decidir sobre a desocupação do
local, de forma a realizá-la parcial ou totalmente a depender do tamanho e tipo do artefato,
conforme tabela abaixo:

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 376


Distâncias de Desocupação
Peso avaliado do objeto Distância de ação letal Distância Distância
suspeito mínima recomendável
Até 1 kg 10 m 50 m 100 m
Até 4 kg 15 m 100 m 200 m
Até 10 kg 20 m 150 m 300 m
16. Deve-se realizar o acionamento do Esquadrão de Bombas, que é a unidade especializada
para atendimento em casos de incidentes com bombas e explosivos;
17. Providenciar acionamento de outros órgãos colaboradores para solução da ocorrência, tais
como, Bombeiros, SAMU, POLITEC, Polícia Civil, agentes de trânsito e outros;
18. É preciso ter claro que as atividades de contramedidas são atribuições da Polícia Militar,
entretanto, exige-se equipamentos e treinamentos especializados, portanto, são de
responsabilidade exclusiva do Esquadrão de Bombas;
19. Manter a contenção e o isolamento do local enquanto durar os trabalhos de contramedidas;
20. Não desconsiderar a existência de artefatos explosivos adicionais;
21. Arrolar testemunhas e confeccionar Boletim de Ocorrência Policial Militar.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que toda a ação da Polícia Militar seja organizada sob critérios técnicos, táticos e objetivos;
2. Que os dados colhidos sejam completos e reflitam a realidade;
3. Que a presença da Polícia Militar cause tranquilidade e segurança;
4. Que a decisão operacional, conforme dados selecionados, seja a mais segura, menos
danosa e mais econômica;
5. Que no local onde tenha sido encontrado a bomba ou falsa bomba, sejam tomadas
providências de contenção e isolamento e que o fluxo de trânsito seja mantido para apoio e
reforço de outros órgãos;
6. Que o Esquadrão de Bombas da Polícia Militar seja acionado para realização de
contramedidas;
7. Que no local do incidente de bomba ou explosivo seja restabelecida a ordem;
8. Que as ocorrências envolvendo artefatos explosivos ou bombas sejam estudadas e
catalogadas a fim de serem submetidas às ações de inteligência e contrainteligência,
evitando, assim, uma possível rotina e avaliar as suas causas e fatores que as motivaram
conforme o entendimento das leis vigentes no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Sempre que possível e o local permitir, manter a área de isolamento e desocupação sob
constante vigilância;
2. As pessoas que porventura forem retiradas do local do incidente, se possível, não deverão
ser liberadas, mas sim, permanecer em uma zona de concentração previamente determinada
e segura o suficiente para aguardarem o desfecho da ocorrência;
3. Caso ocorra a explosão de algum artefato explosivo, providenciar o isolamento e apoio
necessários, tais como Bombeiro, SAMU, POLITEC, Polícia Civil e outros;
4. Sempre que possível e o local permitir, manter a área de isolamento e desocupação sob
constante vigilância;
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não contatar com a pessoa ameaçada, nem responsável pelo local ameaçado, a fim de obter
os melhores dados;
2. Não avaliar técnica e objetivamente a ocorrência;
3. Desocupar antecipadamente o local e de forma desorganizada;
4. Permitir que ocorram outras ocorrências no local ameaçado, tais como roubo e furto durante
a desocupação;
5. Não arrolar testemunhas do fato;
6. Não manter o fluxo do trânsito em andamento para que equipes de apoio cheguem ao local
rapidamente;
7. Não haver transmissão de dados importantes da ocorrência ao Centro de Operações/CIOSP,
para outras providências, como o acionamento de outros órgãos;
8. Fumar ou acender qualquer produto inflamável no local da ocorrência;
9. Permitir ou fazer uso de equipamentos eletrônicos como celulares ou rádios de transmissão
no local ameaçado;
10. Entrar em ambiente que esteja exalando cheiro de produtos químicos em geral;
11. Não coletar dados suficientes sobre o incidente, tomando decisões precipitadas ou indevidas;

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 377


12. Não realizar o acionamento do equipes especializadas, como por exemplo, Esquadrão de
Bombas,
13. Proceder ou permitir que policial não especializado proceda intervenção com intuito de
remover, desmontar, neutralizar, destruir, transportar, ou armazenar o objeto suspeito de ser
uma bomba, sem o domínio de técnicas e equipamentos específicos.
14. Transportar o objeto suspeito para estabelecimentos policiais, como Quartéis, Delegacias ou
CISCs.

ILUSTRAÇÕES:

Fig. 01 Fig. 02
Artefato Explosivo de PVC (Elétrico) Artefato Explosivo de garrafa PET (Pirotécnico)

Fig. 03 Fig. 04
Artefato Explosivo de papelão (Pirotécnico) Artefato Explosivo de fita adesiva (Pirotécnico)

Fig. 05 Fig. 06
Artefato Explosivo de plástico (Pirotécnico) Artefato Explosivo de fita isolante (Pirotécnico)

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 378


Fig. 07 Fig. 08
Carta bomba (Elétrico) Livro bomba (Elétrico)

Fig. 09 Fig. 10
Bomba de tempo (Elétrico) Bomba tubo

Fig. 11 Fig. 12
Bomba de movimento (Elétrico) Bomba de eletromagnetismo (Elétrico)

Fig. 13 Fig. 14
Bomba de fotocélula (Elétrico) Bomba de celular (Elétrico)

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 379


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: V EVENTOS CRÍTICOS.
PROCESSO: 502 PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS EXPLOSIVOS
PROCEDIMENTO: 502.4 Localização de Explosivo.
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM: ---
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados sobre características do incidente;
2. Decisão quanto ao isolamento e contenção do local do incidente;
3. Decisão quanto à desocupação de pessoas do local;
4. Classificação do objeto suspeito como sendo explosivo ou artefato explosivo;
5. Acionamento de órgãos especializados;
6. Liberação do local para retorno das atividades.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Preencher o(a) atendente do CIOSP, ficha própria para atendimento telefônico em situações
envolvendo incidente com bomba ou explosivo (POP 503.1);
2. Transmitir, o operador de rádio, todos os dados obtidos pelo(a) atendente para a guarnição
empenhada no atendimento;
3. Após receber uma chamada para o atendimento de incidente de bomba ou explosivo pelo
Centro de Operações/CIOSP, a guarnição designada deverá deslocar-se imediatamente e,
ao chegar no local, procurar a pessoa responsável ou a pessoa que realizou a informação
para o CIOSP, a fim de inteirar-se do que, de fato, está acontecendo;
4. Preencher, de acordo com os dados colhidos do solicitante ou responsável pelo local do
incidente, a ficha de análise policial (POP 503.1);
5. Os policiais militares deverão orientar quanto a não tocar e não mexer em nada que não
seja de seu conhecimento;
6. Após a localização de objeto suspeito de ser explosivo, o primeiro procedimento a ser
adotado é avaliar se o material apresenta bom estado de conservação e se possui sinais de
ter sido manuseado, tendo suas características originais adulterada ou não;
7. Deve-se verificar se o sistema de acionamento (detonador) está introduzido no interior da
substância explosiva;
8. A desocupação do ambiente pela Polícia Militar, poderá ocorrer, caso seja indispensável para
a realização dos trabalhos e deverá ser justificada por razões técnicas de segurança à vida
e à integridade física das pessoas.
9. O material explosivo encontrado deve ser mantido em condições de segurança, sob tutela da
Polícia Militar e em local que não ofereça riscos à vida e integridade física de pessoas;
10. Deve-se realizar o acionamento do Esquadrão de Bombas, que é a unidade especializada
para atendimento em casos de incidentes com bombas e explosivos, para que o referido
material explosivo seja recolhido para confecção de Relatório Técnico Pericial (RTP),
informando tipo de material, procedência e efetividade do mesmo.
11. É proibido o encaminhamento de material explosivo ou que aparentemente possua
características de material explosivo para Unidades Policiais Militares, bem como para
Delegacias de Polícia Civil ou Federal, exceto o explosivo coletado pelo Esquadrão de
Bombas que será armazenado em local apropriado, para posterior análise dos Técnicos
Explosivistas Policiais.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que toda a ação da Polícia Militar seja organizada sob critérios técnicos, táticos e objetivos;
2. Que os dados colhidos sejam completos e reflitam a realidade;
3. Que a presença da Polícia Militar cause tranquilidade e segurança;
4. Que a decisão operacional, conforme dados selecionados, seja a mais segura, menos
danosa e mais econômica;
5. Que no local onde tenha sido encontrado o material explosivo, sejam tomadas providências
de contenção e isolamento e que o fluxo de trânsito seja mantido para apoio e reforço de
outros órgãos;
6. Que o Esquadrão de Bombas da Polícia Militar seja acionado para a coleta do material;

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 380


7. Que no local do incidente com explosivo seja restabelecida a ordem;
8. Que as ocorrências envolvendo a localização de explosivos sejam estudadas e catalogados
fins de serem submetidas às ações de inteligência e contrainteligência, evitando, assim, uma
possível rotina e avaliar as suas causas e fatores que as motivaram conforme o entendimento
das leis vigentes no país.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Sempre que possível e o local permitir, manter a área de isolamento e desocupação sob
constante vigilância;
2. As pessoas que porventura forem retiradas do local do incidente, se possível, não deverão
ser liberadas, mas sim, permanecer em uma zona de concentração previamente determinada
e segura o suficiente para aguardarem o desfecho da ocorrência;
3. Caso ocorra a explosão de algum artefato explosivo, providenciar o isolamento e apoio
necessários, tais como Bombeiro, SAMU, POLITEC, Polícia Civil e outros;
4. Havendo a localização de sistema de acionamento (detonador) conectado ao material
explosivo, deve-se saber que o incidente se trata de uma localização de bomba, portanto,
todas as medidas previstas no POP 503.3 deverão ser adotadas.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não avaliar técnica e objetivamente a ocorrência;
2. Desocupar antecipadamente o local e de forma desorganizada;
3. Permitir que ocorram outras ocorrências no local do incidente, tais como roubo e furto durante
a desocupação;
4. Não arrolar testemunhas do fato;
5. Não manter o fluxo do trânsito em andamento para que equipes de apoio cheguem ao local
rapidamente;
6. Não haver transmissão de dados importantes da ocorrência ao Centro de Operações/CIOSP,
para outras providências, como o acionamento de outros órgãos;
7. Fumar ou acender qualquer produto inflamável no local da ocorrência;
8. Permitir ou fazer uso de equipamentos eletrônicos como celulares ou rádios de transmissão
no local ameaçado;
9. Entrar em ambiente que esteja exalando cheiro de produtos químicos em geral;
10. Não coletar dados suficientes sobre o incidente, tomando decisões precipitadas ou indevidas;
11. Não realizar o acionamento do equipes especializadas, como por exemplo, Esquadrão de
Bombas;
12. Proceder ou permitir que policial não especializado proceda intervenção com intuito de
remover, manusear, destruir, transportar, ou armazenar material explosivo, sem o domínio
de técnicas e equipamentos específicos;
13. Transportar o material explosivo para estabelecimentos policiais, como Quartéis, Delegacias
ou CISCs, exceto o Esquadrão
ILUSTRAÇÕES:

Fig. 01 Fig. 01
Espoleta comum nº 08 (Detonador) Espoleta comum nº 08 (Detonador)

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 381


Fig. 03 Fig. 04
Espoletopim (Acionamento Pirotécnico) Tubo fr Choque (Acionamento Mêcanico)

Fig. 05 Fig. 06
Espoleta Elétrica (Acionamento Elétrico) Espoleta Elétrica (Acionamento Elétrico)

Fig. 07 Fig. 08
Estopim Hidráulico Cordel Detonante

Fig. 09 Fig. 10
Retardo Retardo

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 382


Fig. 11 Fig. 12
ANFO Emulsão Explosiva Encartuchada

Fig. 13 Fig. 14
Dinamite BOOSTER ( Intensificador)

Fig. 15 Fig. 16
Pólvora Negra Pólvora de Base Simples

Fig. 17 Fig. 18
Pólvora de Base Dupla Pólvora de Base Tripla

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 383


Fig. 19 Fig. 20
TNT (Petardo) Mantex

Fig. 21 Fig. 22
Granada de Mão Granada de 40 mm

Fig. 23 Fig. 24
Granada de Mortero Granada de Fuzil

Fig. 25 Fig. 26
Mina Antipessoal Mina Antitanque

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 384


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: V EVENTOS CRÍTICOS.
PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS
PROCESSO: 502
EXPLOSIVOS
PROCEDIMENTO: 502.5 Explosão.
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM: ---
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados sobre características do incidente;
2. Isolamento e contenção do local do incidente;
3. Desocupação de pessoas do local do incidente;
4. Acionamento de órgãos especializados;
5. Liberação do local para retorno das atividades.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Preencher o(a) atendente do CIOSP, ficha própria para atendimento telefônico em situações
envolvendo incidente com bomba ou explosivo (POP 503.1);
2. Transmitir, o operador de rádio, todos os dados obtidos pelo(a) atendente para a guarnição
empenhada no atendimento;
3. Após receber uma chamada para o atendimento de incidente de explosão pelo Centro de
Operações/CIOSP, a guarnição designada deverá deslocar-se imediatamente;
4. A responsabilidade pela realização de vistoria e análise do local de explosão é da Polícia
Militar;
5. Os policiais militares deverão orientar quanto a não tocar e não mexer em nada que não seja
de seu conhecimento;
6. Só acender luzes e usar interruptores após confirmar segurança;
7. Não usar elevadores;
8. Não abrir portas armários e gavetas sem que esteja confirmada a segurança;
9. Providenciar acionamento de outros órgãos colaboradores para solução da ocorrência, tais
como, Bombeiros, SAMU, POLITEC, Polícia Civil, agentes de trânsito e outros;
10. Ao chegar no local do incidente, a guarnição deverá isolar e conter o local sem provocar
pânico e ainda deverá estabelecer o perímetro de desocupação do local, de forma a realizá-
lo da seguinte maneira (fig. 01):
a. Medir a distância entre o epicentro e o fragmento mais distante D1;
b. Marcar o fragmento mais distante do epicentro;
c. Tomar uma distância adicional D2, desde o fragmento mais distante para fora, uma distância
correspondente a metade de D1;
d. Denominar como anel de proteção a distância calculada, somando D1 e D2;
e. Definir o perímetro na área compreendida entre o epicentro e o anel de proteção, sendo o
campo de ação dos técnicos em explosivos e profissionais de criminalística;
f. Definir o perímetro secundário, medindo uma distância de 3 m, desde o anel de proteção até
o exterior, onde se localizará o CICC;
g. A partir do perímetro secundário se permitirá a localização dos meios de comunicação;
11. No incidente de explosão de bomba ou explosivo que não seja identificado a presença de
vítimas, a Polícia Militar terá prioridade na realização dos trabalhos no local até que seja
descartada a presença de artefatos explosivos adicionais;
12. Se verificado a presença de artefato explosivo adicional em local de explosão sem vítimas, o
Esquadrão de Bombas deverá ser imediatamente acionado;
13. Se verificada a presença de outros tipos de ameaças em um Incidente de Explosão sem
vítimas, tais como, incêndio, suspeita de desabamento, inundação, contaminação e presença
de pessoa em atitude ou circunstância suspeita ou infrator da lei devidamente identificado, o
Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) deverá ser estabelecido e deliberar sobre
quais medidas operacionais deverão ser empregadas;
14. No incidente de explosão de bomba ou explosivo, com a presença confirmada de vítimas,
deverão ser acionados todos os órgãos de Segurança Pública. Neste caso, o Centro
Integrado de Comando e Controle de (CICC) deverá ser estabelecido e deliberar sobre a

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 385


atuação dos referidos órgãos de segurança, preferencialmente respeitando a seguinte ordem
de prioridade nas ações:
a. Busca e localização de novos artefatos explosivos pela PM e a busca e atendimento de
vítimas pelo Corpo de Bombeiros Militar. Estas atividades, sempre que possível, deverão
ocorrer de forma integrada entre as instituições, resguardadas a esfera de suas
competências;
b. Combate a incêndio e pânico, se for o caso;
c. Prevenção e correção das condições físicas e estruturais do local e a desocupação da área,
de forma a evitar ou minimizar os efeitos de desabamento, desmoronamento, inundação,
contaminação ou outro acidente, deliberadamente intencionados ou não, pelos autores da
detonação;
d. Realização dos exames periciais necessários;
e. Investigação Criminal;
15. Se verificada a presença de artefato explosivo adicional no local de um Incidente de Explosão
com vítimas, a Polícia Militar terá prioridade no local e o Esquadrão de Bombas deverá ser o
responsável pelos trabalhos de contramedidas;
16. Se verificada a presença de outros tipos de ameaças em um Incidente de Explosão com
vítimas, tais como, incêndio, suspeita de desabamento, inundação, contaminação e presença
de pessoa em atitude ou circunstância suspeita ou infrator da lei devidamente identificado, o
Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) deverá deliberar sobre quais medidas
operacionais deverão ser empregadas;
17. Deve-se saber que a ordem de prioridade de segurança em local de explosão, segundo
conceito doutrinário mundial é:
a. Em primeiro: as vidas humanas;
b. Em segundo: os bens materiais;
c. Em terceiro: as provas e evidências;
18. Arrolar testemunhas para confecção de Boletim de Ocorrência Policial Militar;
19. O encerramento das atividades realizadas pela PM em casos de explosão deverá ocorrer
após a comunicação do representante de maior Patente ou Graduação da Polícia Militar que
estiver presente no local do incidente.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que toda a ação da Polícia Militar seja organizada sob critérios técnicos, táticos e objetivos;
2. Que os dados colhidos sejam completos e reflitam a realidade;
3. Que a presença da Polícia Militar cause tranquilidade e segurança;
4. Que a decisão operacional, conforme dados selecionados, seja a mais segura, menos
danosa e mais econômica;
5. Que no local onde tenha ocorrido uma explosão, sejam tomadas providências de contenção
e isolamento e que o fluxo de trânsito seja mantido para apoio e reforço de outros órgãos;
6. Que as ocorrências envolvendo a explosão de bombas ou explosivos sejam estudadas e
catalogados fins de serem submetidas às ações de inteligência e contrainteligência evitando,
assim, uma possível rotina e avaliar as suas causas e fatores que as motivaram conforme o
entendimento das leis vigentes no país;
7. Que o suporte a vítimas, caso haja, seja realizado desde a chegada da primeira guarnição
da polícia militar no local do incidente;
8. Que a busca por artefatos explosivos adicionais seja realizada pela primeira guarnição da
Polícia Militar a chegar no local do incidente;
9. Que no local do incidente de explosão seja restabelecida a ordem.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Sempre que possível e o local permitir, manter a área de isolamento e desocupação sob
constante vigilância;
2. As pessoas que porventura forem retiradas do local do incidente, se possível, não deverão
ser liberadas, mas sim, permanecer em uma zona de concentração previamente determinada
e segura o suficiente para aguardarem o desfecho da ocorrência;
3. Caso ocorra a localização de explosivos, providenciar o acionamento do Esquadrão de
Bombas para coleta e análise do material;
4. Havendo a localização sistema de acionamento (detonador) conectado ao material explosivo,
deve-se ter em claro que o incidente se trata de uma localização de bomba, portanto, todas
as medidas previstas no POP 503.3 deverão ser adotadas;
5. Sempre que possível e o local permitir, manter a área de isolamento e evacuação sob
constante vigilância;

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 386


6. Não sendo encontrado nenhum objeto suspeito, artefato explosivo ou explosivo adicional,
liberar a área para o trabalho pericial, bem como para outros órgãos que porventura tiveram
interesse em realizar trabalhos no local.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não avaliar técnica e objetivamente a ocorrência;
2. Permitir que ocorram outras ocorrências no local do incidente, tais como roubo e furto durante
a realização dos trabalhos;
3. Não arrolar testemunhas do fato;
4. Não manter o fluxo do trânsito em andamento para que equipes de apoio cheguem ao local
rapidamente;
5. Não haver transmissão de dados importantes da ocorrência ao Centro de Operações/CIOSP,
para outras providências, como o acionamento de outros órgãos;
6. Fumar ou acender qualquer produto inflamável no local da ocorrência;
7. Permitir ou fazer uso de equipamentos eletrônicos como celulares ou rádios de transmissão
no local de explosão;
8. Entrar em ambiente que esteja exalando cheiro de produtos químicos em geral;
9. Não coletar dados suficientes sobre o incidente, tomando decisões precipitadas ou indevidas;
10. Não realizar o acionamento do equipes especializadas, como por exemplo, Esquadrão de
Bombas;
11. Proceder ou permitir que policial não especializado proceda intervenção com intuito de
remover, manusear, destruir, transportar, ou armazenar material explosivo, sem o domínio
de técnicas e equipamentos específicos;
12. Transportar o material explosivo para estabelecimentos policiais, como Quartéis, Delegacias
ou CISCs, exceto o Esquadrão de Bombas;
13. Não prestar suporte a vítimas, bem como não acionar outros órgãos competentes, tais como
Bombeiro, SAMU, POLITEC, Polícia Civil e outros.

ESCLARECIMENTOS:

1. Pós-Explosão: são todas as atividades realizadas depois de produzida uma explosão.


2. Epicentro: É o ponto de iniciação de uma explosão.
3. Cratera: Em uma explosão, é o buraco de maior destroço.
4. Perímetro: É o limite de área do círculo estabelecido ao redor do epicentro, onde os técnicos
desenvolvem seus labores.
5. Área: medida da extensão de uma superfície demarcada.
6. Sistema de iniciação: É o dispositivo utilizado para ativar artefatos explosivos por meios
elétricos, mecânicos, químicos ou uma combinação dos mesmos.
ILUSTRAÇÃO:

Fig.: 01:
Perímetro de desocupação

502 – PRIMEIRA RESPOSTA A INCIDENTES COM BOMBAS E EXPLOSIVOS 387


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - V
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
503
PROCESSO REINTEGRAÇÃO DE POSSE
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Materiais de controle de tumulto (IMPO) ficará a cargo do Batalhão de ROTAM: Instrumento
de Menor Potencial Ofensivo: Artefatos para projeção de munição de elastômero e granadas
fumígenas e explosivas, escudo balístico, capacete balístico, caneleira, arma de energia
conduzida, granadas: explosivas, fumígenas, identificadora, de sinalização, de cobertura, etc;
3. Equipamentos de filmagens e fotografia;
4. Capacete antitumulto ou multiuso na cor branca;
5. Prancheta;
6. Motosserra;
7. Espargidor OC ou CS
8. Gauge 12 com munições de impacto controlado
9. Alicate corta vergalhão;
10. Extintor de incêndio;
11. Bastão Policial ou tonfa;
12. Barco (em caso de desocupação em área rural possuir lagos ou rios para serem transpostos).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Adoção de medidas específicas. 1. Cumprimento da requisição judicial.
DOUTRINA OPERACIONAL
Deslocamento para o local de
Art 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Cumprimento da requisição judicial. Mandado Judicial da vara competente.
Documentação pertinente. Diretriz de ação operacional n 002/APOEG/2007.
Boletim Administrativo Reservado da PMMT, edição nº 332,
Manual de CDC/PMMT
de 14 de dezembro de 2016.
Uso dos Instrumentos de Menor
Potencial Ofensivo pelos Agentes Lei nº 13.060 de 22 de dezembro de 2014.
de Segurança Pública.
Estabelece diretrizes sobre o uso da
força pelos agentes de segurança Portaria Interministerial nº 4226 de 31 de dezembro de 2010.
pública.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO.
de Goiás, de 11 de novembro de 2004.

503 - REINTEGRAÇÃO DE POSSE. 388


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: V EVENTOS CRÍTICOS.
PROCESSO: 503 REINTEGRAÇÃO DE POSSE.
Cumprimento de requisição judicial de força policial para reintegração
PROCEDIMENTO: 503.1
de posse.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Comandante Regional da área de litígio.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Deficiência de transporte para a tropa da Polícia Militar, e em se tratando de locais distantes
da área urbana, o fornecimento deste, ficará facultado ao proprietário da área a ser
desocupada;
2. Chegada ao local (área) a ser reintegrada;
3. Negociação com a Liderança e Invasores;
4. Leitura do Mandado de Reintegração de posse;
5. Incitação por membros dos invasores;
6. Tumulto decorrente do emprego de força policial e suas consequências penais;
7. Resistência passiva por parte dos invasores;
8. Resistência ativa por parte dos invasores;
9. Bloqueios e barricadas impedindo o acesso da tropa ao local;
10. Interferência de Políticos, ONG’s, Entidades Sindicais, Religiosos, Imprensa, etc;
11. Existência de seguranças armados, postos de observação, destruição de pontes de acessos.
12. Hospitalizações no caso de ocorrência do previsto na letra “6”;
13. Entrada no perímetro interno de pessoas não autorizadas;
14. Passividade da autoridade policial, deixando que as lideranças decidam o que fazer.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Estudo de situação da área a ser reintegrada;
2. Reunião de planejamento da operação apenas com representantes das forças policiais a
serem empregados, 48 horas antes da data prevista para a realização da operação;
3. Oficiar Instituições a serem empregados na operação para participarem de reunião, 48 horas
antes da realização da operação, onde será definido atribuições de cada órgão: Conselho
Tutelar, Juizado local, Prefeitura Municipal, Ouvidoria Agrária, Juizado Volante ambiental,
Ministério Público, OAB, Delegacia de Polícia, Hospitais, Concessionária de energia,
Bombeiro Militar e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU);
4. Filmagem, feita pela PM durante a operação (equipe de inteligência);
5. Reunião prévia, com os comandantes das equipes das UPMs apoiadoras, e posteriormente
destes com todo efetivo envolvido na operação, objetivando uma interação da missão, revista
e orientação, em local preestabelecido e distante da área a ser reintegrada, dando pleno
conhecimento que a Polícia Militar cabe apenas garantir a execução da medida judicial,
coibindo os excessos que possam ocorrer de ambas as partes, preservando a ordem pública,
sem extrapolar como executora da ordem judicial;
6. Definir os perímetros Interno e Externo no local da operação;
7. Delegar frações de tropas, em efetivo de pelotões, a cada oficial subalterno, objetivando um
maior controle do efetivo envolvidos, e de preferência, cada efetivo de apoio, estar sob o
comando do oficial da unidade apoiadora;
8. Dar conhecimento da missão de cada um (equipes, pelotões ou guarnições);
9. Deslocamento ao local para o posicionamento da tropa;
10. Chegada ao local e posicionamento do efetivo;
11. Posicionar tropa especializada (Tropa de Choque), em local AFASTADO do ponto crítico,
longe das vistas dos invasores e utilizá-la caso necessário, ou seja, quando houver
resistência e desobediência à ordem judicial, bem como agressão as equipes policiais;
12. Não permitir que estacionem viaturas e outro, próximo ao local crítico, evitando que este se
transforme em barreiras para um possível recuo ou sejam depredados pelos invasores
(distância a critério do comandante da operação);
13. Conter e Isolar da área da operação, evitando-se o ingresso de estranhos, curiosos e,
principalmente de simpatizantes, para tanto, deverá montar barreiras fixas em vias que dá
acesso ao local;
503 - REINTEGRAÇÃO DE POSSE. 389
14. Providenciar um comitê composto por oficiais comandantes das várias frações, para estarem
presentes quando da leitura, feita pelo Oficial de Justiça, aos líderes dos invasores;
15. Garantir a segurança do Oficial de Justiça no momento da transmissão da ordem de
desocupação aos invasores e durante seu desenrolar;
16. Contatos com a liderança conhecendo, se possível, seus propósitos, evitando posturas
hostis;
17. Em caso de resistência e utilização de tropa especializada, a tropa de área passará a exercer
o apoio a esta, ficando mais recuada, intervindo apenas se necessário;
18. Realização de trabalho assistencial e de hospitalização a ser provido pela Prefeitura do
Município, onde está sendo procedida a reintegração de posse;
19. Busca pessoal e veicular, em casos de fundada suspeita (vide POP 201.4 e 201.5);
20. Acompanhamento dos trabalhos de retirada dos pertences e desarme dos barracos a ser
feito por braçais e veículos a serem contratados pelo proprietário;
21. Revezamento do efetivo empregado;
22. Permanência da tropa especializada (tropa de Choque), até que estabilize o evento crítico e
não haja mais possibilidade de resistência;
23. Racionalização do emprego dos reforços e apoios de outras UPM. (em caso de desocupação
pacífica, priorizar a dispensa, gradativa, das tropas de apoio, objetivando o retorno destas as
UPMs de origem e ao serviço de rotina);
24. Comunicação de cada etapa da operação ao escalão superior;
25. Providenciar varredura em toda área desocupada, e após, providenciar inspeção judicial para
entrega da referida área ao seu proprietário;
26. Acompanhamento da entrega ao proprietário ou seu representante da Certidão de
cumprimento do Mandado a ser fornecido pelo Oficial de Justiça;
27. Reunião do Efetivo;
28. Liberação e agradecimento ao efetivo envolvido na operação;
29. Relatório circunstanciado de acordo com a Diretriz da APOEG.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Garantir a segurança das partes envolvidas na operação (PM, Oficial de Justiça, Proprietário,
Invasores, Imprensa, outros);
2. Cumprimento da Requisição emitida pelo Poder Judiciário com a desocupação da área
invadida e a consequente Reintegração de Posse de acordo com o planejamento;
3. Veiculação positiva da atuação da força policial pelos órgãos de comunicação;
4. Desocupação pacífica dos invasores;
5. Desocupação com resistência, porém sem danos físicos aos invasores e agentes envolvidos;
6. Avaliação da operação, através de imagens gravadas pela Polícia Militar.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o planejamento estratégico não for satisfatório, fazer adequações;
2. Se houver fato novo diverso do previsto, este deve ser criteriosamente avaliado, adiando se
necessário, o cumprimento da requisição, dando ciência ao Poder Judiciário;
3. Intempéries devem ser consideradas, evitando a exposição dos envolvidos aos seus efeitos;
4. Se houver pessoas feridas ou enfermas, estas devem receber atendimento médico de
urgência, promovendo as remoções para hospitais ou outros locais que se fizerem
necessários;
5. Adotar a melhor linha de ação para o cumprimento do mandado judicial;
6. Se ocorrer desobediência, desacato ou resistência contra PM ou Oficial de Justiça, não
prescindir das medidas policiais, mesmo partindo de crianças ou adolescentes;
7. Acionamento do efetivo de reserva (deve estar posicionado em local próximo);
8. Solicitar a presença do juiz da comarca e Ministério Público, para acompanharem a
reintegração, via documento oficial.
POSSIBILIDADES DE ERROS
1. Ausência de levantamentos de informações acerca do quadro que envolve a operação
(Estudo de Situação);
2. Não realizar comunicações com os líderes dos invasores;
3. Permitir que os invasores estabeleçam regras e conduzem as negociações;
4. Permitir que todos falem ao mesmo tempo, causando transtorno durante a negociação;
5. Ameaçar ou agredir membros da liderança;
6. Fazer promessa que não pode ser cumprida;
7. Planejamento ignorando as informações contida no Estudo de Situação;
8. Alocação insuficiente dos meios a serem empregados;
9. Não envolvimento dos órgãos contido no “item 3 das sequências de ações”;
10. Desconsideração das condições climáticas no momento da ação;
503 - REINTEGRAÇÃO DE POSSE. 390
11. Emprego de efetivo sem o conhecimento das ações a serem desempenhadas;
12. Insuficiência numérica entre o efetivo empregado e número de invasores;
13. Não transmitir dados de cada etapa da operação aos órgãos superiores;
14. Realizar a operação sem a presença do Oficial de Justiça;
15. Utilizar policiais militares para o transporte de pertences dos invasores e demolição de
barracos e edificações;
16. Não registrar a operação através de imagens. Se não dispuser de equipamento de filmagem
e fotografia, compor-se com órgão de imprensa para fornecer cópia da cobertura da
operação;
17. Utilizar viaturas para o transporte de pertences dos invasores;
18. Descuidar da segurança das pessoas envolvidas na operação permitindo com isso, a
ocorrência de eventos criminosos;
19. Deixar de adotar medidas policiais contra as pessoas que tenham praticado crimes ou
contravenções;
20. Não manter afastados os profissionais de imprensa que, diante da impossibilidade de
obtenção de dados, venham a veicular matéria jornalística distorcida;
21. Não documentar a operação em vídeo ou por meio de fotografias;
22. Discriminar pessoas ou o grupo como um todo por meio de ações e declarações;
23. Realização da operação em horário impróprio, impedindo ou dificultando as ações da tropa,
sendo recomendado o início por volta de 06:00 horas. (caso não seja possível, iniciar a
operação no dia posterior);
24. Ausência da tropa especializada na elaboração do plano estratégico, bem como na execução
da operação propriamente dita;
25. Utilizar alunos na operação;
26. Deixar de adotar a melhor linha de ação.

ESCLARECIMENTOS:

1. O comandante da operação tem que ser necessariamente o Comandante da UPM da área;


2. Supervisão deverá ser do Comandante do Batalhão da área, tendo seu PC localizado no
perímetro externo da operação;
3. Deverá ser designado um Oficial ou Graduado que cuidará da refeição e serviços de apoio
logístico, não o desviando para outra missão;
4. O comando da tropa especializada deverá ficar a cargo, exclusivo, do Oficial do Batalhão
Especializado, cabendo a ele, após ordem recebida, comandar e executar as missões que
lhe foram repassadas;

503 - REINTEGRAÇÃO DE POSSE. 391


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO V
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
504
PROCESSO MEDIDAS INICIAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISES POLICIAIS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Taser;
4. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
5. Cone;
6. Fita zebrada para isolamento.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
4. Existência de substância ilegal e sua localização.
Adoção de medidas
5. Arrolamento de testemunhas.
específicas.
6. Apreensão da sustância ilegal.
Libertação de Vítimas e
7. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
Condução de autores.
8. Apresentação da Ocorrência na repartição pública competente
Apresentação.
(vide POP 201.7).
Encerramento. 9. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
LUCCA, Diógenes V.D. Gerenciamento de Crises com reféns
Localizados. São Paulo: USP, 2002.
Primeira intervenção em MONTEIRO, Roberto C. et al. Gerenciamento de Crises. 7º ed.
ocorrências com reféns, Brasília: Academia Nacional de Polícia/Departamento de Polícia
suicidas ou barricados. Federal, 2008.
SILVA, Marco Antônio, Primeira Intervenção em Crises
Policiais. 3º edição atualizada, Curitiba, 2020.

504 – MEDIDAS INICIAIS NO GERENCIAMENTO DE CRISE 392


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: V EVENTOS CRÍTICOS.
PROCESSO: 504 MEDIDAS INICIAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISES POLICIAIS
PROCEDIMENTO: 504.1 Primeira intervenção em ocorrências com reféns, suicidas ou barricados
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Deslocamento para o local da ocorrência;
2. Contato com o solicitante;
3. Contenção da crise no ambiente específico e seu isolamento;
4. Contato com o público presente para isolamento do local;
5. Primeiro contato com o elemento Causador do Evento Crítico;
6. Estabelecer contato sem concessão;
7. Liberação das vítimas e possíveis reféns;
8. Rendição do elemento Causador do Evento Crítico;
9. Condução;
10. Apresentação;
11. Preservação do local de crime.
ASPECTOS GERAIS
1. Finalidade
O presente processo tem por finalidade estabelecer a padronização da metodologia de primeira
intervenção em ocorrências de crise
2. Definições
a. Crise: Evento ou situação crucial, que exige uma resposta especial da Polícia, a fim de
assegurar uma solução aceitável;
b. Gerenciamento de Crise: É o processo de identificar, obter e aplicar os recursos necessários
à antecipação, prevenção e resolução de uma crise;
c. Causador do Evento Crítico (CEC): É toda pessoa, que por motivação mais variada possível,
gera uma crise. Exemplos:
CRIMINOSO: Indivíduo que causa uma crise em razão da sua prática delituosa. Geralmente,
torna-se Causador de um Evento Crítico quando flagrado por equipes policiais cometendo
diversos crimes, dos quais o roubo é o mais comum. Nesse estado de flagrância, pode fazer
reféns ou se barricar sozinho e armado no ponto crítico contra a ação da polícia;
MENTALMENTE PERTURBADO: O CEC mentalmente perturbado age com comportamento
alterado e apresenta uma linha de raciocínio confusa. Estes são por consequência, indivíduos
de trato difícil e conduta instável e temerária. De modo geral suas exigências são irreais e
deturpadas. Muitos não prezam pela sua própria vida e são suicidas em potencial. Condições
essas desencadeadas pelos seguintes fatores
d. Transtornos Mentais: Pessoas com diagnósticos de transtornos mentais são comumente
encontradas promovendo uma crise depois de negligenciarem o uso dos medicamentos
controlados. Os transtornos mais verificados nas crises são depressão, transtorno bipolar,
esquizofrenia e afins.
e. Abalos emocionais súbitos: A pessoa tem sua condição mental alterada por fatos repentinos e
inesperados. Por exemplo, encontra o cônjuge em flagrância de traição e afins. A ação de
vingança do CEC contra o desafeto que lhe causou o constrangimento pode ser imediata ou
planejada, levando algum tempo para ser concretizada.
f. Abuso de drogas lícitas ou ilícitas: Por si só, o abuso de álcool e outras drogas causam
transtornos marcantes para a vida em sociedade. Seu uso sem moderação tende a influenciar
o comportamento do indivíduo, que por sua vez, pode causar uma crise.

504 – MEDIDAS INICIAIS NO GERENCIAMENTO DE CRISE 393


g. PROPENSO SUICIDA: É o indivíduo encontrado no ensaio para a própria morte que tenta um
ato de autodestruição. Em razão dos fatores supramencionados.
h. TERRORISTA: Esses agem por motivações religiosas, ideológicas, sociaisentre outras, com o
intuito de intimidar, coagir e desestabilizar o estado constituído, afetando comportamentos pela
instauração do medo. Suas ações são baseadas na violência e traduzidas em assassinatos,
sequestros, explosões em locais públicos, incêndios provocados, captura de reféns ou vítimas
etc. Os alvos dos terroristas geralmente são escolhidos pelo valor simbólico num cunho
propagandístico.
i. Ponto Crítico: É o local onde se instalou a crise, ou seja, onde está localizado o causador da
crise, com ou sem reféns ou vítimas. Em outras palavras, é todo o espaço físico controlado pelo
Causador do Evento Crítico, onde ele tem acesso e pode modificar sua estrutura;
j. Refém: É a pessoa mantida pelo Causador do Evento Crítico para garantir ou forçar o
cumprimento de determinadas ações. Refém tomado é aquele geralmente capturado,
aleatoriamente, após a prática frustrada de qualquer crime por um ou mais indivíduos;
k. Refém sequestrado: É aquele envolvido no crime de extorsão mediante sequestro, o qual
segue todo ritual de planejamento e preparação por parte dos criminosos;
l. Vítima: É a pessoa envolvida na crise por problemas emocionais, como relacionamentos mal
resolvidos, transtornos mentais do Causador do Evento Crítico ou questões de vingança. Nesse
caso, e diferentemente da situação de refém, há o vínculo anterior com o Causador do Evento
Crítico;
m. Gerente da Crise: É a mais alta autoridade policial responsável pelo gerenciamento da crise e
que tem poder de decisão sobre as ações, podendo estar presente ou não na cena de ação ou
teatro de operações (todo o local onde se desenrola a ação, incluindo o ponto crítico e toda área
circundante);
n. Comandante do teatro de operações: É o Oficial da Polícia Militar que administra os recursos
e estabelece os procedimentos operacionais, bem como a organização relativas ao evento
crítico;
o. Suicida: designa tanto a pessoa que consumou o ato autodestrutivo, quanto indivíduo
encontrado no ensaio para a própria morte. Em Gerenciamento de Crise interessa este último,
pois a tentativa de suicídio é uma crise com características peculiares;
p. Primeira Intervenção: é o conjunto de ações técnicas a ser aplicado pelo policial militar ou
equipe de policiais militares que primeiro se deparam com a ocorrência crítica em andamento.
A este policial ou policiais é dado o nome de primeiro interventor ou de primeiros interventores;
q. Perímetros táticos: de fundamental importância para o estabelecimento da segurança, para
que a crise possa ser gerenciada da melhor forma, sendo eles:
EXTERNO - É também um cordão de isolamento, destinado a formar uma zona tampão entre o
perímetro interno e o público, onde nela ficam instalados o posto de comando (PC) do
comandante do teatro de operações ou Gerente da Crise e o posto de comando tático (PCT), do
comandante do grupo tático especial. A mídia e o público devem permanecer fora dos
perímetros;
INTERNO - É um cordão de isolamento que circunda o ponto crítico, formando o que se denomina
de zona estéril. No seu interior, somente devem permanecer os Causadores do Evento Crítico,
os reféns (se houver) e os policiais especialmente designados.
FASES DO GERENCIAMENTO DE CRISES
1º FASE: PRÉ-CRISE: Nessa fase, como o próprio nome denota, a corporação legal e, ou
normativa competente para atender as ocorrências críticas na área territorial sob sua
responsabilidade deve se preparar para sua iminente eclosão investindo em recursos materiais
(logísticos), bem como em treinamentos técnicos gerais e específicos, a fim de evitar todo risco
à vida das pessoas envolvidas.
2º FASE: PRIMEIRA INTERVENÇÃO: Nessa fase, as autoridades policiais que têm
competência territorial devem realizar a primeira intervenção da crise, aplicando as técnicas
adequadas para minimizar riscos enquanto aguardam a chegada das equipes especializadas e
dos demais responsáveis pelo gerenciamento. A chegada desses atores deflagra a próxima
fase: O gerenciamento da crise propriamente dito. A denominada doutrina de primeira
intervenção em crises consiste em procedimentos técnicos chamados dos dez passos da
primeira intervenção em crises que serão sequenciados mais adiante.

504 – MEDIDAS INICIAIS NO GERENCIAMENTO DE CRISE 394


3º FASE: RESOLUÇÃO: Essa fase tem início quando o elemento Causador do Evento Crítico
ainda durante a fase da primeira intervenção, queira liberar o refém ou a vítima e se entregar
antes das equipes especializadas chegarem ao local. Caso contrário, essa fase terá seu início
quando as autoridades responsáveis pela área territorial tomam conhecimento do evento crítico
e assumem seu gerenciamento, bem como a chegada das equipes especializadas, acionadas
na fase anterior. Nesta fase o comandante do teatro de operações e os integrantes das equipes
especializadas têm como missão primordial tomar medidas que, porventura, ainda não tenham
sido adotadas pelos primeiros interventores ou reavaliar as que já foram realizadas. Logo, seria
um ajuste detalhado organizacional no teatro de operações. Nestas circunstâncias ocorre o
Gerenciamento propriamente dito, a participação das equipes especializadas é obrigatória e
insubstituível. Onde a presença da equipe de negociação, a unidade de intervenção tática e o
grupo de atiradores de precisão têm todas as ferramentas necessárias para uma resolução
técnica ao evento em curso.
4º FASE: PÓS-CRISE: Fase que se inicia assim que a crise tiver uma solução após a tomada
das últimas providências para seu encerramento. Entretanto as missões relativas ao evento
ainda não acabaram. Um evento crítico é uma enorme fonte de informações e possibilidades,
como proporcionar mudanças ou correções de procedimentos para as futuras crises.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES NA FASE DA PRIMEIRA INTERVENÇÃO
1. Localizar o ponto exato da crise: “Ponto crítico”, bem como constar a existência da crise;
2. Conter a crise, a fim de não deixar que ela se alastre ou mude de local;
3. Isolar o ponto crítico, não permitindo que o Causador do Evento Crítico faça contato com o
mundo externo e vice-versa, além de dar início aos perímetros de segurança;
4. Estabelecer contato sem concessões ao Causador do Evento Crítico;
a. Enquanto se espera pela chegada das equipes especializadas, o policial militar, primeiro
interventor, obedecerá alguns critérios técnicos básicos, tendo como objetivo ganhar tempo e
abrandar as exigências, preocupado sempre com o objetivo principal do gerenciamento de uma
crise: preservar vidas e aplicar a lei;
b. Falar com os elementos Causadores do Evento Crítico, evitando fazer o contato cara a cara
buscando sempre estar abrigado;
c. Se apresente ao CEC: ‘Atenção você aí dentro, meu nome é ___ e eu sou policial militar’ diga
seu nome verdadeiro, durante a conversação busque sempre ser sincero e verdadeiro em suas
palavra;
d. Caso houver mais de um elemento Causador do Evento Crítico, evitar falar com todos, dirija-
se àquele que aparenta ser o líder;
e. Evitar falar com os elementos Causadores do Evento Crítico através de um refém ou vítima;
f. Não permitir a entrada de armas, coletes balísticos, carregadores e munições, telefone celular,
ou todo material que possa aumentar o potencial do de dano do Causador do Evento Crítico;
g. Não oferecer nada e não permitir a troca de refém;
h. Não permitir que nenhuma pessoa, familiar, amigo, jornalista, fotógrafo, advogado, etc, fale
com o elemento Causador do Evento Crítico sem a devida coordenação e autorização;
i. Não tomar decisão sobre exigências que fogem da sua atribuição;
j. Esclarecer ao elemento Causador do Evento Crítico que você está conversando com ele até a
chegada da equipe especializada em negociação policial;
k. Ganhar tempo em todas as situações possíveis.
5. Solicitar apoio de área, Corpo de Bombeiros ou equipes de pronto socorrismo de urgência;
6. Coletar informações acerca dos reféns, vítimas, Causador do Evento Crítico, armas, prazos,
motivações e detalhes das instalações físicas do ponto crítico;
7. Diminuir o estresse da situação, com intuito de estabilizá-la;
a. Procurar em todas as afirmações tentar acalmar os ânimos;
b. Deixar o elemento Causador do Evento Crítico falar à vontade, mesmo que faça insultos, e
agressões verbais. Os ânimos exaltados são comuns nas primeiras horas do incidente;
c. Anotar toda exigência, inclusive os detalhes;
d. Não dar ordens e nunca discutir com os Causadores do Evento Crítico;
e. Não mentir, pois uma mentira pode custar a vida de alguém;
f. Não utilizar a palavra “refém” para se referir às pessoas que estão em poder dos marginais.
Utilizam-se termos como: “pessoas inocentes”, “senhoras”, “senhores”, “jovens”;

504 – MEDIDAS INICIAIS NO GERENCIAMENTO DE CRISE 395


g. Evitar usar palavras como: “cadeia”, “morte”, “prisão”, ”pena”, “rendição”, e outras que fazem
lembrar aspectos negativos da vida do Causador do Evento Crítico;
8. Permanecer em local seguro;
9. Manter terceiros (imprensa, curiosos e familiares) afastados para resguardar suas vidas;
10. Acionar as equipes especializadas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES DA RESOLUÇÃO DURANTE A FASE DA PRIMEIRA INTERVENÇÃO
1. Atentar para o uso diferenciado da força;
2. Caso o elemento Causador do Evento Crítico queira liberar o refém ou a vítima e se entregar,
coordene o processo de rendição, de maneira tranqüila e seqüencial, pois é neste momento que
devemos ter o maior cuidado, onde se torna propenso a aumentar mais ainda a crise;
3. Avisar o policiamento presente que haverá a saída dos reféns ou vítimas e posteriormente a
saída dos elementos Causadores do Evento Crítico;
4. Orientar os elementos Causadores do Evento Crítico que eles irão ver nos perímetros, vários
policiais armados, porém não devem se preocupar, pois não haverá nenhuma violência ou
intento contra a sua vida;
5. Estabelecer a saída dos reféns ou vítimas com as mãos sobre as cabeças, uma pessoa de cada
vez para efeito de controle e organização;
6. Cada refém ou vítima que sair, a equipe policial deverá submetê-lo a uma busca pessoal (vide
POP 201.4), coletar todos os dados e informações necessárias para os esclarecimentos sobre
tal pessoa, se é autor ou vítima;
7. Após a saída do último refém, depois de todo o cenário estar devidamente preparado, os
Causadores do Evento Crítico deverão deixar suas armas no solo, preferencialmente às vistas
do policial e sair um a um, lentamente, sem movimentos bruscos e com as mãos sobre a cabeça,
deslocando até um ponto determinado para as devidas buscas e colocação de algemas.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES NA FASE DO PÓS-CRISE
1. Uma vez liberado os reféns, após algemados, os Causadores do Evento Crítico deverão ser
colocados em viatura policial;
2. A equipe policial deverá fazer uma varredura no local da ocorrência;
3. Evitar expor as vítimas e reféns à imprensa;
4. Conduzir todos os elementos necessários ao flagrante para a repartição pública pertinente;
5. Manter o local da crise isolado para as devidas perícias técnicas;
6. Prestar a devida assistência médica às vítimas e reféns, se necessário;
7. Elaborar o respectivo relatório da ocorrência de crise;
8. Fazer um “debriefing” da ocorrência sempre com os policiais das UPM’s envolvidas na
ocorrência fins de avaliar os procedimentos e desmobilizações.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as medidas iniciais no local da crise sejam preservadas;
2. Que os objetivos do gerenciamento de crise sejam alcançados, sendo: preservar a vida e aplicar
a lei;
3. Que o primeiro interventor possa organizar o cenário de operações de forma que facilite a
resolução da crise de maneira eficiente por parte do profissional de negociação;
4. Que a crise seja contida em menor tempo possível, evitando que se espalhe para outros pontos
e que outras pessoas sejam tomadas também como reféns;
5. Que o isolamento seja feito obedecendo aos perímetros de segurança, dentro das técnicas que
possibilitem a atuação eficiente do Gerente da Crise, da Equipe de Negociação, do Grupo Tático,
das equipes de apoio e da tropa de isolamento;
6. Que o isolamento mantenha fora da zona de segurança os curiosos, policiais de folga, familiares,
amigos, imprensa e outros;
7. Que o primeiro interventor aplique as técnicas adequadas a fim de garantir a execução de um
trabalho doutrinário profissional que solucione a crise de maneira aceitável;
8. Estabilizar a crise, diminuindo o estresse do causador;
9. Permanecer em segurança durante todo o curso da primeira intervenção;
10. Acionar as equipes especializadas;
11. Que todo PM esteja apto a execução de tais procedimentos.
AÇÕES CORRETIVAS

504 – MEDIDAS INICIAIS NO GERENCIAMENTO DE CRISE 396


1. Não sendo possível conter a crise em um único ambiente, aumentar o isolamento externo
solicitando apoio imediato da tropa especializada;
2. Caso o elemento Causador do Evento Crítico apresente sinais de alto nível de stress e grande
descontrole emocional, além de pedir apoio da tropa especializada, solicitar a presença de um
psicólogo;
3. Definir um local específico fora do perímetro externo para a instalação da imprensa.
4. Realizar um rápido planejamento;
5. Readequação das funções dos policiais concernentes ao isolamento e contenção.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Avaliação errônea da ocorrência, julgando a necessidade de um emprego especial da polícia
para uma ocorrência comum (inobservância dos critérios da ação do Gerenciamento de Crise);
2. Tratamento operacional comum para uma ocorrência de crise;
3. Isolamento e contenção ineficiente pode atrapalhar consideravelmente o andamento do
Gerenciamento de Crise;
4. Falta dos elementos essenciais de informação para a resolução da ocorrência;
5. Contenção mal feita permitindo o contato com terceiros, familiares e até mesmo imprensa;
6. Assumir um compromisso com elemento Causador do Evento Crítico e não cumprir podendo
quebrar o vínculo de confiança e gerar um indicador de violência ou retrocesso na negociação;
7. Implementar uma invasão tática sem que o risco seja iminente e sem a probabilidade de
sucesso, pode chegar a uma resolução inaceitável do ponto de vista legal e ético;
8. Subestimar a capacidade do elemento Causador do Evento Crítico, crendo em adivinhações
baseadas em experiências anteriores, pois um erro pode ser fatal.
9. Não discernir o comportamento do CEC qualificando-o de forma errônea desencadeando
assuntos, ou linha de raciocínio equivocadas durante a conversação trazendo prejuízos à
comunicação;
10. Não acionar as equipes especializadas;
11. Não estabilizar a crise;
12. Estabelecer contato com concessões (barganhas ou trocas) sem o devido aparato das
alternativas táticas empregadas durante o processo de Gerenciamento de Crises.

ILUSTRAÇÃO:

504 – MEDIDAS INICIAIS NO GERENCIAMENTO DE CRISE 397


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO V
MAPA DESCRITIVO DO
PROCESSO 505
PROCESSO MEDIDAS INICIAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISES
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Prancheta;
3. Taser;
4. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
5. Cone;
6. Fita zebrada para isolamento.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da Ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
4. Existência de substância ilegal e sua localização.
Adoção de medidas específicas. 5. Arrolamento de testemunhas.
6. Apreensão da sustância ilegal.
Libertação de Vítimas e
7. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
Condução de autores.
8. Apresentação da ocorrência na Repartição Púlbica
Apresentação.
Competente (vide POP 201.7).
Encerramento. 9. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
LUCCA, Diógenes V.D. Gerenciamento de Crises com
reféns Localizados. São Paulo: USP, 2002;
SILVA, Marco Antônio, Primeira Intervenção em Crises
Policiais. 3º edição atualizada, Curitiba, 2020;
Primeira intervenção em
MOREIRA, Ronaldo de Araújo, Primeira Intervenção em
ocorrências de crise envolvendo
Crise Policiais Envolvendo Atiradores Ativos. Academia
atiradores ativos.
de Polícia Militar/PMMS-CAO. Campo Grande-MS, 2021;
Procedimento Operacional Padrão-POP-PMMS, Primeira
Intervenção em Crise Policiais Envolvendo Atiradores
Ativos, 2021.

505 - MEDIDAS INICIAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISES 398


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: V EVENTOS CRÍTICOS.
PROCESSO: 505 MEDIDAS INICIAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISES
Primeira intervenção em ocorrências de crise envolvendo
PROCEDIMENTO: 505.1
agressores ativos.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados sobre a ocorrência;
2. Definição da crise, distinguindo-a de outras ocorrências de crises policiais;
3. Identificação do Nível de Potencial Ofensivo;
4. Observação de superioridade ou igualdade numérica;
5. Acionamento do BOPE;
6. Identificação do tipo de atirador (barricado, arma de precisão);
7. Estimativa de números de vítimas e potenciais vítimas e localização destas;
8. Aproximação dos primeiros interventores ao local da crise envolvendo atiradores ativos;
9. Início da busca ao atirador mesmo estando sem apoio de outras equipes;
10. Varredura complementar (armadilhas e explosivos);
11. Identificação e neutralização da ameaça;
12. Liberação do local para retorno às atividades.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Chegar ao local da ocorrência com extrema segurança e realizar a análise do cenário
(pessoas em fuga, estampidos de disparos de arma de fogo, gritos etc.), a fim de verificar se
trata de outras ocorrências de crise policial (reféns ou vítimas, marginal barricado, suicida ou
outra diversa da ocorrência objeto deste POP) e nível de potencial ofensivo apresentado;
2. Se houver confirmação, acionar de imediato apoio via canais de comunicação oficial;
3. Dar resposta rápida dos policiais para cessar urgentemente as agressões do(s) causador(es),
objetivando salvar o maior número de vidas possível;
4. Os policiais devem observar a técnica policial, principalmente no que se refere às técnicas de
varredura e entrada compartimentada;
5. Contatar com o CIOPS/Centro de Operações e informar o início da busca ao(s) atirador(s)
ativo(s), que deverá deslocar equipes de apoio e unidade especializada (BOPE), bem como,
oficial PM para coordenação das ações de desocupação, contenção e isolamento;
6. Informar ao CIOPS as próprias características caso esteja agindo em momento de folga e à
paisana;
7. Iniciar deslocamento em busca do atirador ativo, usando técnicas e táticas policiais, bem
como, cobertas e abrigos existente no local;
8. Se possível orientar quanto à direção de desocupação da área, para as vítimas que estejam
em fuga, enquanto, estiver em deslocamento;
9. Coletar informações rapidamente com pessoas que estejam escapando do local da crise,
fazendo-lhes as seguintes perguntas, repassando as informações ao CIOPS, caso tenha
meios:
a. Onde estão?
b. Quantos atiradores?
c. Como estão vestidos?
d. Quais são seus armamentos?
e. Se há várias vítimas;
10. Ficar sempre atento a estampido de tiro, gritos, explosões e outros indicativos de possíveis
localizações do atirador;
11. Neutralizar a ação do atirador ativo de forma efetiva e rápida eliminando o risco que ele

505 - MEDIDAS INICIAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISES 399


proporciona;
12. Solicitar socorro médico para as pessoas feridas que já estiverem em local seguro;
13. Preservar o local e acionar os órgãos competentes para realização das perícias necessárias;
14. No caso do atirador tomar reféns no momento da intervenção, iniciar a tomada das medidas
de resposta imediata para Primeira Intervenção em crises policiais com reféns ou vítimas;
15. No transcorrer da ocorrência de atirador ativo, em caso de localização de eventual artefato
explosivo, deverão ser seguidos os protocolos de crise com relação ao artefato;
16. As guarnições que chegarem em apoio deverão realizar buscas em todos os ambientes para
verificarem se existem mais agressores e, se necessário, evacuar o local;
17. As guarnições que chegarem em apoio e constatarem que já houve emprego de equipe
emergencial e de varredura complementar, deverão ficar fora do ponto crítico auxiliando na
contenção, revista e qualificação das vítimas/testemunhas, demarcação de perímetros e
isolamento, condução para atendimento médico e auxílio no gerenciamento de crise;
18. A entrada de equipe de socorro só pode se dar por autorização do gerente da
crise/comandante do policiamento ou no momento em que o atirador for neutralizado, ou,
ainda, em alguma edificação que se tenha certeza de não haver perigo de encontrar o
atirador;
19. Assim que chegar ao local da crise, se ainda não foi possível deter a ação do(s) atirador(es),
o BOPE, por se tratar de efetivo especializado, assume o gerenciamento de crise em
cooperação com a OPM local e passa ser o efetivo responsável pela continuidade na busca,
prisão ou eventual neutralização do(s) atirador(es) ativo(s).
20. Após determinada a segurança do local, manter a área isolada para levantamentos periciais
e de investigação por parte das instituições responsáveis.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Constatação se a crise policial com atirador ativo está de fato ou não ocorrendo e suas
características;
2. Neutralização do causador da crise (atirador) no menor tempo possível;
3. Solicitação de equipes de apoio de área e das equipes especializadas do BOPE;
4. Acionamento de equipes de socorro médico para atender feridos que estiverem em área
segura;
5. Atuações em segurança de todos os policiais envolvidos;
6. Preservação do local para as perícias e investigações necessárias.
AÇÕES CORRETIVAS
1. No caso do causador da crise estar em ambiente aberto, numa rua, por exemplo, o risco
aumenta, portanto, adotar as medidas de segurança individual apropriadas;
2. Em caso de não localizar a ocorrência, solicitar novas informações à Central de Operações
e também coletar dados com terceiros que estiverem nas proximidades do local indicado;
3. Se perceber que pessoas se aglomeram nas proximidades do local da crise, afastá-las para
que não atrapalhem os trabalhos e não se coloquem em risco;
4. Acionar as equipes especializadas de forma imediata à constatação da ocorrência e auxiliá-
las com as ações necessárias e que lhe forem solicitadas;
5. Ter cuidado com a presença de policiais militares em trajes civis ou outras forças de
segurança no local da ocorrência, para evitar fatalidades.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Perder muito tempo para o início da busca ao causador da crise;
2. Agir como se fosse ocorrência de atirador ativo em se tratando de outras ocorrências de
crises policiais;
3. Posicionar-se "na linha de tiro” do causador da crise (atirador ativo);
4. Demorar para acionar ou não acionar as equipes de apoio da área ou equipes especializadas
do BOPE;
5. Não coletar informações importantes e disponíveis sobre a ocorrência antes da tomada das
ações de busca e neutralização do causador da crise (atirador ativo);
6. Não envidar esforços para afastar todas as pessoas que estiverem nas proximidades e no
raio de ação do atirador;
7. Subestimar a intenção violenta e destrutiva do causador da crise (atirador ativo);
8. Deixar de adotar técnicas de policiais de buscas e varreduras;

505 - MEDIDAS INICIAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISES 400


9. Tocar ou mexer em armadilhas ou materiais suspeitos de conter explosivos.

ESCLARECIMENTOS
1. Finalidade
O presente procedimento tem por finalidade estabelecer a padronização da metodologia de
primeira intervenção em ocorrências de crise envolvendo atiradores ativos.
2. Considerações
As características das ocorrências denominadas Crises Policiais determinam o seu modo
de enfrentamento segundo a doutrina de Gerenciamento de Crises, criada ao longo da
história recente pela necessidade de implementação de capacidade não rotineira para sua
resolução, exigindo uma resposta especial da polícia, haja vista a complexidade de
resolução. Para sanar essas dificuldades, a doutrina estabeleceu as principais regras
básicas ao primeiro interventor, sendo elas: conter, isolar e estabilizar a crise. Todavia, essa
dinâmica se aplica somente às ocorrências de crises estáticas, já nas dinâmicas, com
atirador ativo, a contenção não se utiliza pela demanda urgente de neutralização da
ameaça.
Então a Primeira Intervenção para as ocorrências de crises policiais, tomou dois segmentos,
um, conhecido como crise estática, que envolve uma forma de atuação tendo como
principais ações a contenção, o isolamento e a estabilidade da ocorrência, em que o objetivo
é não deixar que a ocorrência e suas consequências se alastrem, e ainda, mantê-la contida
para a facilidade de seu gerenciamento por meio de alternativas táticas, sendo a principal,
a negociação policial. Outra, conhecida como crise dinâmica, cuja finalidade principal passa
a ser a neutralização da ameaça o mais rápido possível. Esta é a Primeira Intervenção em
Crises Envolvendo Atirador Ativo. Havendo a necessidade de intervenção rápida, pois o
tempo, neste caso, é o maior inimigo das vítimas e dos policiais, sendo o objetivo do
causador do evento crítico matar o maior número de pessoas em um menor espaço de
tempo, o primeiro policial que se deparar com a ocorrência deverá analisar o que percebe
e iniciar a identificação do nível de ataque do causador e sua capacidade de superioridade
em relação a ele. Após analisar, a melhor alternativa tática para a solução será a
neutralização da ameaça, seja pelo policial de serviço ou de folga. Caso o apoio esteja a
segundos de distância, o primeiro interventor deve aguardar, se a ajuda estiver distante,
como dito, o tempo é o maior inimigo das possíveis vítimas do causador, sendo a melhor
opção a neutralização imediata do causador.
3. Definições
3.1 Crise: Evento ou situação crucial, que exige uma resposta especial da Polícia, a fim de
assegurar uma solução aceitável;
3.2 Crises estáticas: São as ocorrências que a evolução doutrinária entende como sendo a
melhor forma de resolução, a imobilidade, para que a suas consequências não se
alastrem. Dessa forma, a primeira conduta consiste na contenção dos causadores e de
possíveis reféns, como forma de iniciar a organização do local da crise, a fim de aplicar o
Gerenciamento da Crise empregando as alternativas táticas na sua resolução;
3.3 Crises dinâmicas: São ocorrências em que a localização do Causador da crise é instável,
bem como suas ações ameaçadoras são constantes, indiscriminadas e aleatórias, não
havendo tempo que possibilite a instalação de um Gerenciamento de crise, nem tempo hábil
para estabelecer contato e estabilizar a crise na primeira intervenção;
3.4 Atirador Ativo: Indivíduo armado que busca matar pessoas aleatoriamente que estiverem
ao seu alcance, bem como não estabelece o cerceamento de liberdade de suas vítimas ou
reféns, possibilitando uma negociação. Podendo ser compreendidos como (Agressores
ativos - Assassinos Ativos e Homicidas Ativos).

505 - MEDIDAS INICIAIS DO GERENCIAMENTO DE CRISES 401


MÓDULO –VI
POLICIAMENTO ESPECIALIZADO
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - VI
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
601

PROCESSO ACIDENTE DE TRÂNSITO


MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Lanterna;
3. Cones de sinalização;
4. Etilômetro.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência (vide POP 201.2).
Chegada. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 202.3).
Adoção de medidas específicas 4. Atendimento ao acidente de trânsito.
Condução. 5. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública
Apresentação da ocorrência.
Competente (vide POP 201.7).
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Deslocamento para o local de
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Lei Federal nº. 9.503/37 (CTB); Lei Federal nº. 9.605/98 (Crimes
contra o Meio Ambiente); Decreto Federal nº. 96.044/88 (RTPP);
Produtos perigosos.
Resolução nº. 091/99 do CONTRAN e Portaria nº.
204/97 do Ministério dos Transportes.
Remoção dos veículos da via. Vide Lei nº. 5.970/73 e Lei nº. 6.174/74.
Classificação do Acidente. ABNT NBR 10697:2020
Elaboração do BOAT. Manual do SROP

COMENTÁRIO:

1. OCORRÊNCIA ENVOLVENDO PRODUTOS PERIGOSOS: Ao atender ocorrência de


acidente de trânsito envolvendo Produtos Perigosos, o PM deve:
a. Fazer uma breve análise da situação, identificando à distância, através do(s) painel(is) de
segurança (placas retangulares de cor laranja) e do(s) rótulo(s) de risco (placas em formato
de losango), o(s) produto(s) transportado(s);
b. Na parte superior do Painel de Segurança, está o número de identificação do(s) risco(s) do(s)
produto(s), como por exemplo: X886 (indica que o produto é muito corrosivo e tóxico, e que
reage perigosamente com água). A letra “X” em qualquer painel de segurança indica que o
produto reage perigosamente com água. Na parte inferior do painel, está o número da ONU,
ou seja, de identificação do produto, como por exemplo: 1831 (corresponde ao produto ácido
sulfúrico fumegante);
c. Na parte superior do rótulo de Risco, está o símbolo do risco do produto, como por exemplo,
uma caveira (indica que o produto é tóxico). Neste caso, veremos no centro da do rótulo a
inscrição “TÓXICO”, e na parte inferior, o número “6”, que indica a que classe pertence o
produto (tóxico ou infectante). A cor do rótulo também indica o risco do produto, ou seja, no
caso, será branca com inscrições em preto;
d. Verificar junto ao condutor do veículo, se possível, informações referentes ao transportador
(proprietário do veículo), expedidor (responsável pelas informações sobre o manuseio do
produto) e documentos de porte obrigatório (envelope de transporte e ficha de emergência),
para adoção de providências adequadas ao caso (isolamento da área e cuidados especiais

601 - ACIDENTE DE TRÂNSITO 403


com o manuseio do produto);
e. Transmitir imediatamente todos os dados possíveis ao CIOSP/COPOM, solicitando, se
necessário, o devido apoio técnico (Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Transportador e
Expedidor, etc.);
f. Sinalizar adequadamente o local, efetuando os necessários desvios e, se o caso exigir, a
interdição da via, impedindo a aproximação de curiosos;
g. Socorrer ou providenciar o socorro às eventuais vítimas do acidente, com toda atenção e
cautela, para não agravar a situação, nem tampouco se tornar mais uma vítima;
h. No caso de vazamento, não tocar no produto, além de manter-se afastado do local e de
preferência de costas para o vento; e
i. i. Preencher o devido Boletim de Ocorrência, anotando no histórico o seguinte: veículo
transportando produto perigoso, regularmente (ou irregularmente), conforme NF nº....,
identificado pelo nº....(transcrever o nº da ONU) e pelo nome.....(transcrever o nome contido
na NF).

601 - ACIDENTE DE TRÂNSITO 404


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO
PROCESSO: 601 ACIDENTE DE TRÂNSITO
PROCEDIMENTO: 601.1 Atendimento de acidente de trânsito com vítima
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Sinalizar eficientemente o local do acidente;
2. Prestar socorro à(s) vítima(s) o mais breve possível, utilizando luvas e materiais descartáveis;
3. Tão logo a situação de fato permita, executar as devidas prisões em flagrante, se for o caso.
SEQÜÊNCIA DAS AÇÕES
1. Avaliar rapidamente o cenário do acidente e condições do local para providenciar a imediata
sinalização, a fim de evitar que outros motoristas venham a ocasionar novos acidentes;
2. Verificar se no acidente está envolvido algum produto perigoso, que ofereça risco à
população e aos policiais envolvidos;
3. Verificar o estado das vítimas e acionar o SAMU ou Corpo de Bombeiros;
4. Havendo vítima fatal acionar a POLITEC;
5. Analisar o cenário como um todo e realizar registros fotográficos;
6. Havendo prejuízo para o tráfego no local, providenciar a retirada das pessoas que tenham
sofrido lesão e dos veículos envolvidos do leito da via, mesmo em caso de vítima fatal;
7. Orientar o tráfego no local, garantindo a fluidez para a chegada da(s) equipe(s) de
atendimento pré-hospitalar;
8. Tomar conhecimento das pessoas envolvidas e testemunhas que saibam efetivamente dos
fatos, cuidando para que não se afastem do local antes de serem devidamente identificadas
e qualificadas, anotando: nome, CPF, telefone, endereço e declarações sobre o acidente;
9. Fiscalizar os documentos de habilitação dos condutores envolvidos, quanto a autenticidade,
validade e categoria, consultando o registro no sistema informatizado;
10. Fiscalizar os documentos dos veículos envolvidos, quanto a autenticidade e licenciamento,
consultando o registro no sistema informatizado;
11. Aplicar as medidas administrativas cabíveis e confeccionar as autuações relativas ao veículo
e ao condutor, desde que não sejam decorrentes do acidente. Excetuam-se as infrações
específicas de circulação, pois estas exigem a presença do agente no local durante o
cometimento;
12. Caso nenhum dos componentes seja cadastrado como agente autuador, solicitar apoio de
outra equipe;
13. Verificar as situações que envolvem o acidente em relação ao cometimento de qualquer crime
previsto no Código de Trânsito Brasileiro - CTB, ou outro texto legal, para possível condução
dos Criminosos a repartição pública competente;
14. Verificar pelas condições que se deram o acidente, se um dos envolvidos estava em fuga de
crime cometido logo anteriormente;
15. Manter os ânimos das partes sempre estáveis, a fim de evitar maiores desentendimentos e
vias de fato;
16. Adotar o preenchimento do BO/BOAT;
17. Ser imparcial quanto à determinação de dolo ou culpabilidade entre os envolvidos, não
fazendo julgamentos precipitados, nem comentar as causas do acidente com pessoas
envolvidas, terceiros ou imprensa;
18. Em caso de acidente com vítima fatal, o policial militar deverá garantir a integridade dos
envolvidos, bem como de seu patrimônio, contra a exaltação de ânimos de terceiros,
garantindo-se também os encaminhamentos necessários, dos envolvidos e dos veículos, às
repartições públicas competentes;
19. Ao término do registro dos dados da ocorrência, ficando detritos no leito da pista que possam
provocar novo acidente, deverá acionar através do Centro de Operações órgão para a
remoção (Corpo de Bombeiro, Prefeitura Municipal, etc).
RESULTADOS ESPERADOS

601 - ACIDENTE DE TRÂNSITO 405


1. Que a sinalização seja eficiente o bastante para evitar novos acidentes no local, durante a
ação policial;
2. Não haver agravamento de lesões nas vítimas;
3. Efetuação das prisões de quem esteja em flagrante delito;
4. Aplicações das medidas administrativas e encaminhamento para a execução das penalidades
referentes ao cometimento de infrações destinadas ao condutor e veículos envolvidos;
5. Restabelecer a fluidez no tráfego de pessoas e veículos, no menor tempo técnico possível;
6. Registro preciso e imparcial dos fatos, para a confecção dos Boletins de Ocorrência (BO e
BOAT);
7. Que os dados e características apresentadas pelo acidente sejam devidamente registrados
e/ou preservados;
8. Restabelecer o equilíbrio emocional dos envolvidos no acidente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Sinalizar a via o quanto antes, para evitar novos acidentes;
2. Solicitar guincho quando da impossibilidade de remoção dos veículos;
3. Caso haja vítimas gravemente feridas, imobilizá-la;
4. Na falta de material de sinalização, utilizar qualquer outro meio disponível;
5. Chamar apoio sempre que necessário;
6. Refazer o BO/ BOAT, no caso de preenchimento incorreto ou incompleto;
7. Não permitir que as partes discutam, pois poderão entrar em vias de fato, separando-as;
8. Em caso de necessidade, preservar o local do acidente para fins de perícia técnica;
9. Agir com imparcialidade e isenção de ânimo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deslocar para a ocorrência sem levar material de sinalização, bem como os demais materiais
necessários;
2. Não buscar meios de sinalização eventuais quando necessário;
3. Não ter à disposição luvas descartáveis;
4. Não tomar cautela na prestação dos primeiros socorros;
5. Remover as vítimas de forma inadequada;
6. Deixar de prender em flagrante quem tenha cometido um delito;
7. Não perceber a presença de criminosos, eventualmente armados, envolvidos no acidente.
8. Não arrolar testemunhas dos fatos;
9. Não procurar dar fluidez ao tráfego, caso contrário, maior será o tempo de chegada do apoio
ou socorro;
10. Ser parcial e envolver-se emocionalmente na ocorrência;
11. Não chamar o apoio devido;
12. Preencher errônea e incompletamente qualquer documento necessário ao registro do
acidente, sem os dados e elementos fundamentais do acidente e das partes envolvidas;
13. Não preservar o local quando possível e necessário;
14. Não perceber produto perigoso envolvido no acidente;
15. Permitir que as partes discutam entre si, vindo a se agredirem mutuamente;
16. Emitir opinião antecipada ou parcial sobre a culpabilidade em relação ao acidente;
17. Permitir que pessoas alheias ao atendimento no local, assim permaneçam;
18. Não efetivar a prisão de quem deva ser alvo;
19. Não realizar as devidas autuações de infrações de trânsito;
20. Não preencher o BO e o BOAT, por solicitação das partes.

ESCLARECIMENTOS:

1. TIPICIDADE DO ACIDENTE: A caracterização do tipo de acidente de trânsito dependerá da


observação pelo policial de circunstâncias específicas, as quais definem os acidentes em:
a. Abalroamento: Ocorre quando um veículo em movimento é colhido lateral ou
transversalmente por outro veículo, também em movimento.
b. Atropelamento: ocorre quando um veículo, em movimento, atinge pessoa ou animal.
Obs.: O impacto de um veículo contra um ciclista, em movimento, não configura
atropelamento e sim, colisão ou abalroamento, conforme o caso, isso porque a bicicleta é um
veículo. Conforme o art. 68, § 1º do CTB se o condutor está a pé, empurrando a bicicleta, o
impacto, neste caso, configura o atropelamento.
c. Capotamento: ocorre quando um veículo, em movimento, gira em qualquer sentido, ficando

601 - ACIDENTE DE TRÂNSITO 406


com as rodas para cima, mesmo que momentaneamente.
d. Choque: é o impacto de um veículo contra qualquer estrutura ou obstáculo (poste, muro,
árvore, cerca...), inclusive contra outro veículo, só que estando este parado ou estacionado.
Obs.: O impacto de um veículo contra outro veículo parado momentaneamente no semáforo,
em situação de trânsito, não configura choque e sim, colisão ou abalroamento, conforme o
caso.
e. Colisão: é o impacto de dois veículos em movimento, podendo ser frente a frente ou pela
traseira.
f. Tombamento: ocorre quando um veículo, em movimento, fica lateralmente posicionado.
g. Outros: Embora menos freqüentes, outras classificações são necessárias tais como:
• Incêndio ou explosão em veículos;
• Submersão (encobrimento por água);
• Soterramento (encobrimento por terra, areia, pedra, etc.);
• Queda (em precipícios, em buracos, de pontes ou mesmo de motocicletas sem influência de
fatores externos, etc.);
• Saída de pista (geralmente seguida de Tombamento, Choque, Capotamento...)
2. PRODUTO PERIGOSO: São substâncias encontradas na natureza ou produzidas por
qualquer processo que coloquem em risco a segurança pública, saúde de pessoas e meio
ambiente, conforme critérios de classificação da ONU, publicadas através da Portaria Nº
204/97 do Ministério dos Transportes.
A classificação adotada para os produtos considerados perigosos no Brasil, é feita com base
no tipo de risco que apresentam e conforme as Recomendações para o Transporte de
Produtos Perigosos das Nações Unidas, sétima edição revista, 1991, compõe-se das
seguintes classes:
Classe 1 – EXPLOSIVOS
Classe 2 – GASES, com as seguintes subclasses:
Subclasse 2.1 – Gases inflamáveis; Rotulo de Risco
Subclasse 2.2 – Gases não-inflamáveis, não-tóxicos;
Subclasse 2.3 – Gases tóxicos.
Classe 3 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS;
Classe 4 – Esta classe se subdivide em:
Subclasse 4.1 – Sólidos inflamáveis;
Subclasse 4.2 – Substâncias sujeitas a combustão espontânea;
Subclasse 4.3 – Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.
Classe 5 – Esta classe se subdivide em:
Subclasse 5.1 – Substâncias oxidantes;
Subclasse 5.2 – Peróxidos orgânicos.
Classe 6 – Esta classe se subdivide em: Painel de Segurança
Subclasse 6.1 – Substâncias tóxicas (venenosas);
Subclasse 6.2 – Substâncias infectantes.
Classe 7 – MATERIAIS RADIOATIVOS
Classe 8 – CORROSIVOS;
Classe 9 – SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS
“X” O produto não pode entrar em contato com água;

Através de retângulos laranjas, que podem ou não apresentar duas linhas de algarismos,
definido como PAINEL DE SEGURANÇA e losangos definidos como RÓTULOS DE RISCO,
que apresentam diversas cores e símbolos, correspondente à classe de risco do produto a
ser identificado. As embalagens devem portar RÓTULOS DE SEGURANÇA e RÓTULOS
DE RISCO com informações sobre manuseio, armazenamento e emergência.
A linha inferior, chamada de NÚMERO DA ONU, sempre composta por quatro algarismos
numéricos, identifica qual é o produto transportado. A relação destes produtos encontra-se
na Portaria Nº 204/97 MT. Quando o painel de segurança não apresentar algarismos,
significa que estão sendo transportados, pelo menos, mais de um produto perigoso.
Somente a classe 1 não apresenta número de risco;
3. PROVIDÊNCIAS NO LOCAL DO ACIDENTE:
a. Manter o vento batendo em suas costas;
b. Isolar o local e proibir o uso de cigarro na área;

601 - ACIDENTE DE TRÂNSITO 407


c. Certificar (à distância) o tipo de produto que está sendo transportado, através da
numeração existente no Rótulo de Risco e/ou Painel de Segurança;
d. Comunicar à Pró - Química – Abiquim 0800- 118270 e informar: O n° da ONU, Número de
Risco e a Natureza do Problema;
f. Localização exata do acidente;
g. Tipo de embalagem e estado físico do produto;
h. Condições do tempo (clima) no local;
i. Os dados do proprietário da carga;
j. Chamar o Corpo de Bombeiro;
k. Não deixar que curiosos tentem interferir em “resgates suicidas” sem o E.P.I. (Equipamento
de Proteção Individual) necessário;
l. Certificar se algum vazamento está preste a atingir alguma corrente de água, caso esteja
desvie o curso do produto para que não atinja a água;
m. Sempre estar atento quanto a qualquer princípio de incêndio ou liberação de gases.
4. SINALIZAÇÃO: geralmente é feita por triângulos refletivos, cones, coletes refletivos,
apitos, contudo, na falta podemos utilizar:
a. Fitas;
b. Cavaletes;
c. Estepe;
d. Galhos de árvore;
e. Todos os materiais que possam indicar aos outros motoristas o acidente no local.
Se à noite, pode-se utilizar lanternas, coletes refletivos, fitas refletivas, faroletes de
sinalização, baldes com lâmpada e em último caso, lata com fogo. Além dos faróis e giroflex
da própria viatura conforme as condições de segurança do local quanto ao seu
estacionamento.
A Resolução Nº 036/98 do CONTRAN estabelece que o condutor deverá acionar de
imediato as luzes de advertência (pisca-alerta) providenciando a colocação do
triângulo de sinalização ou equipamento similar à distância mínima de 30 metros da
parte traseira do veículo quando em situação de emergência, estiverem imobilizados
no leito viário.

🞇 Cone 🗌 Triângulo

🞇 🞇 🞇

🗌 🞇

Sinalização
Luminosa

🞇 🞇 🞇
🞇 🗌

5. LOCAL PRÓXIMO: para a remoção de veículo temos qualquer espaço fora da pista
(acostamento ou refúgio) ou aquele que fica mais à direita ou, em último caso, mais à
esquerda da via.
6. DOCUMENTOS DO(S) CONDUTOR(ES) E DO VEÍCULO:
DO CONDUTOR:
• Documentos de identificação pessoal: Cédula de Identidade ou documento equivalente

601 - ACIDENTE DE TRÂNSITO 408


[Identidade Funcional (FA, PM), Carteiras Profissionais (Ordem dos Advogados do Brasil,
Conselho Regional de Medicina de Engenharia, etc...)], ou a própria Carteira Nacional de
Habilitação que contenha foto (versão atual).
a. Documentos de Habilitação (digital ou impressa): CNH (Carteira Nacional de Habilitação); a
PPD (Permissão para Dirigir), ACC (autorização para conduzir ciclos), além da autorização
para estrangeiro dirigir veículo automotor no Brasil.
b. Obs: Sempre que for obrigatória a aprovação em curso especializado, o condutor deverá
portar sua comprovação até que essa informação seja registrada no RENACH e incluída,
em campo específico da CNH, conforme regulamentação vigente.
DO VEÍCULO:
a. CRLV ou CLA (digital ou impresso): Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo ou
Certificado de Licenciamento Anual.
b. AET: Autorização Especial de Trânsito exigida para os veículos que tenham dimensões,
cargas ou características superiores à previsão legal.
c. ATE: Autorização para Transporte Escolar se for o caso.
d. APVC: Autorização para Pessoas serem transportadas em Veículo de Carga (Exceto para
caminhão basculante e boiadeiro).
DO VEÍCULO EM INSTRUÇÃO (CFC):
O condutor deverá portar sua LADV (Licença de Aprendizagem de Direção Veicular) e
identidade. O instrutor deverá apresentar seu documento de habilitação, com categoria no
mínimo referente à do veículo conduzido pelo aprendiz, além da carteira de instrutor
expedida pelo DETRAN e o veículo estar devidamente registrado como de aprendizagem.
7. ADOTAR O PREENCHIMENTO DO BO/ BOAT:
Lei nº. 5.970 de 11 de dezembro de 1973.

Exclui a aplicação do disposto no art. 6º, inciso I, 64 e 169 do Código de Processo Penal, os casos de
acidentes de trânsito e dá outras providências.
O Presidente da República.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar
conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do local, a imediata remoção das
pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via
pública e prejudicarem o tráfego.
Parágrafo Único Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial lavrará boletim de
ocorrência, nele consignando o fato, as testemunhas que o presenciaram e todas as demais circunstâncias
necessárias ao esclarecimento da verdade.
Art. 2º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Descrição do fato – Nesta parte o policial militar fará um relato objetivo e sucinto do
acidente. A quantidade de informações deve ser a maior possível, desde que necessária
ao esclarecimento dos fatos, mas limitada aos aspectos objetivos, não devendo o
relatório trazer opiniões pessoais do relator, pois os dados subjetivos podem gerar
expectativa de falsos direitos das partes envolvidas.
O relatório deve conter as seguintes informações:
a. Fonte da informação: Por exemplo: De acordo com as testemunhas…. Segundo
versão dos condutores..., pelos vestígios encontrados no local...;
b. Local de circulação dos veículos: especificação do nome da via em que circulavam,
bem como, com ponto de referência que ajude a identificar o local exato do acidente;
c. Sentido de circulação dos veículos;
d. Descrição do acidente: Por exemplo: no cruzamento das vias ocorreu o
abalroamento..., Frente ao nº 251 ocorreu a colisão..., Na altura do posto do INSS
ocorreu o tombamento...;
e. Providências tomadas;
Exemplo de relatório de acidente: “SEGUNDO VERSÃO DOS CONDUTORES (fonte
da informação), VE-1 TRAFEGAVA PELA AV. MIGUEL SUTIL (local de circulação) NO
SENTIDO CENTRO-CPA (sentido de circulação) VE-2 TRAFEGAVA PELA AV LAVA
PÉS (local de circulação) NO SENTIDO CENTRO-SANTA ROSA (sentido de

601 - ACIDENTE DE TRÂNSITO 409


circulação). NO CRUZAMENTO DAS VIAS OCORREU O ABALROAMENTO ENTRE
OS VEÍCULOS (descrição do acidente) QUE PROVOCOU DANOS MATERIAIS DE
MÉDIA MONTA EM VE-1 E PEQUENA MONTA EM VE-2 E VÍTIMA COM
ESCORIAÇÕES LEVES, QUE ERA PASSAGEIRA DO VE-2 (consequência do
acidente). FOI FEITA A REMOÇÃO DO VE-1, ATRAVÉS DO GUINCHO DA PM, COM
FUNDAMENTO NO ART. 230, V DO CTB. VE-2 LIBERADO AO CONDUTOR NO
LOCAL (providências tomadas).
Fotografia do acidente: é admitida como forma de complemento do BOAT,
constituindo-se de prova do acidente, deve ser bastante técnica e demonstrar o cenário
do local do acidente, neste sentido, deve apresentar a visão geral do acidente, local,
vestígios e veículos envolvidos.
Avaliação dos danos: Com base na Resolução nº 297 de 21 de Novembro de 2008,
o Policial Militar, concomitantemente com a lavratura do Boletim de Ocorrência de
Acidente de Trânsito (BOAT), deverá avaliar o nível dos danos sofridos pelo veículo,
dentro de suas respectivas classificações, preenchendo relatório de avarias para
classificação de danos enquadrando-o nas seguintes categorias:
Danos de pequena monta;
Danos de média monta;
Danos de Grande monta;
Deverá ser anexado ao BOAT, fotografias do veículo acidentado – lataria direita e
esquerda, frente e traseira, devendo ser devidamente justificada a impossibilidade de
juntar imagens.
8. IMPRENSA: Para declarações à Imprensa fornecer dados objetivos (número de
envolvidos, veículos, vítimas, danos causados etc.), não fazendo juízo de valor dos
fatos, emitindo uma opinião antecipada dos fatos.

601 - ACIDENTE DE TRÂNSITO 410


POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO: 601 ACIDENTE DE TRÂNSITO.
PROCEDIMENTO: 601.2 Atendimento de acidente de trânsito sem vítima
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Sinalizar eficientemente o local do acidente, caso seja necessário;
2. Confirmar de fato se não há pessoas feridas;
3. Mediação de conflitos entre os envolvidos.
SEQÜÊNCIA DE AÇÕES
1. Avaliar rapidamente o cenário do acidente e condições do local para providenciar a imediata
sinalização, a fim de evitar que outros motoristas venham a ocasionar novos acidentes;
2. Verificar se no acidente está envolvido algum produto perigoso, que ofereça risco à
população e aos policiais envolvidos;
3. Verificar se de fato não houve vítima;
4. Determinar a imediata retirada dos veículos do leito da via, caso esteja prejudicando o fluxo;
5. No caso da impossibilidade de movimentação do veículo, determinar ao condutor que acione
o reboque o mais breve possível;
6. Fiscalizar os documentos de habilitação dos condutores envolvidos, quanto a autenticidade,
validade e categoria, consultando o registro no sistema informatizado;
7. Fiscalizar os documentos dos veículos envolvidos, quanto a autenticidade e licenciamento,
consultando o registro no sistema informatizado;
8. Aplicar as medidas administrativas cabíveis e confeccionar as autuações relativas ao veículo
e ao condutor, desde que não sejam decorrentes do acidente. Excetuam-se as infrações
específicas de circulação, pois estas exigem a presença do agente no local durante o
cometimento;
9. Caso nenhum dos componentes seja cadastrado como agente autuador, solicitar apoio de
outra equipe;
10. Verificar as situações que envolvem o acidente em relação ao cometimento de qualquer crime
previsto no Código de Trânsito Brasileiro - CTB, ou outro texto legal, para possível condução
dos Criminosos a repartição pública competente;
11. Verificar pelas condições que se deram o acidente, se um dos envolvidos estava em fuga de
crime cometido logo anteriormente;
12. Orientar as partes envolvidas para que façam o registro do acidente no sistema da Secretaria
de Segurança Pública pelos meios disponibilizados oficialmente, consignando o relato de
cada envolvido sobre as circunstâncias do fato;
13. Informar as partes que em caso de desacordo quanto à responsabilidade do acidente, poderá
ser acionado o juizado especial criminal.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a sinalização seja eficiente o bastante para evitar novos acidentes no local, durante a
ação policial;
2. Que os veículos sejam removidos do leito da via o mais breve possível;
3. Aplicações das medidas administrativas e encaminhamento para a execução das penalidades
referentes ao cometimento de infrações destinadas ao condutor e veículos envolvidos;
4. Restabelecer a fluidez no tráfego de pessoas e veículos, no menor tempo técnico possível;
5. Restabelecer o equilíbrio emocional dos envolvidos no acidente;
6. Orientar as partes quanto ao registro do acidente e acionamento do JECRIM, se for o caso.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Sinalizar a via o quanto antes, para evitar novos acidentes;
2. Determinar a retirada dos veículos do leito da via ou determinar o acionamento de guincho;
3. Não permitir que as partes discutam, pois poderão entrar em vias de fato, separando-as;

601 - ACIDENTE DE TRÂNSITO 411


4. Agir com imparcialidade e isenção de ânimo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deslocar para a ocorrência sem levar material de sinalização, bem como os demais materiais
necessários;
2. Não buscar meios de sinalização eventuais quando necessário;
3. Deixar de prender em flagrante quem tenha cometido um delito;
4. Não perceber a presença de criminosos, eventualmente armados, envolvidos no acidente.
5. Ser parcial e envolver-se emocionalmente na ocorrência;
6. Não perceber produto perigoso envolvido no acidente;
7. Permitir que as partes discutam entre si, vindo a se agredirem mutuamente;
8. Emitir opinião antecipada ou parcial sobre a culpabilidade em relação ao acidente;
9. Permitir que pessoas alheias ao atendimento no local, assim permaneçam;
10. Não efetivar a prisão de quem deva ser alvo;
11. Não realizar as devidas autuações de infrações de trânsito.

ESCLARECIMENTOS:

1. REGISTRO DO ACIDENTE: No caso de acidentes que não se resultam em vítimas, a


responsabilidade pelo seu registro é dos próprios envolvidos. Atualmente, o registro dos
acidentes sem vítima ocorre da seguinte forma:
a. Em Cuiabá: o registro é realizado presencialmente no BPMTRAN pelas partes envolvidas;
b. Em Várzea Grande: o registro é realizado presencialmente na GMVG pelas partes
envolvidas;
c. Nas demais cidades de MT: a equipe da PM coleta os dados no local e posteriormente o
registra no SROP.
2. Em havendo sistema aberto ao público, os próprios envolvidos poderão acessá-lo através do
celular ou computador, a qualquer momento e local, para registrar os acidentes sem vítima,
dispensando o feito pela guarnição policial.

601 - ACIDENTE DE TRÂNSITO 412


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO – VI
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
602
PROCESSO OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Acionamento da guarnição de policiamento ambiental (vide
Ocorrência de Interesse Ambiental
POP 603.1)
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Constituição Federal Art. 144, § 5º
Polícia Ostensiva Decreto Federal nº 88.777/83
Excludente de ilicitude. Art. 23 do CPB
Opor-se a execução de ato legal. Art. 329 de CPB
Praticar violência no exercício da
Art. 322 do CPB
função.
Poder de Polícia Art. 78 do CTN
Código de Processo Penal Art. 240, Busca Domiciliar
Código de Processo Penal Art. 244, Busca Pessoal
Legislação Federal:
1. Lei nº 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais (Lei da Vida)
2. Lei nº 12.651/12 – Código Florestal;
3. Lei nº 6.938/81 – Institui a Política Nacional do Meio
Ambiente;
4. Lei nº 9.985/00 – Sistema Nacional de Unidades de
Conservação;
5. Decreto nº 6.514/08 – Infrações Administrativas
Ambientais;
6. Lei nº 9.433/97 – Política Nacional de Recursos Hídricos;
7. Instruções Normativas, Resoluções e Portarias diversas.
Legislação Ambiental Extravagante Legislação Estadual:
1. Lei Complementar nº 038/95 – Código Ambiental de
Mato Grosso;
2. Lei Complementar nº 233/05 – Política Florestal de Mato
Grosso;
3. Lei nº 9.096/09 – Lei de Pesca em Mato Grosso;
4. Decreto nº 8.189/06 – Guia Florestal em Mato Grosso;
5. Lei nº 6.945/97 – Política Estadual de Recursos Hídricos;
6. Lei Estadual nº 9.612 de 12/09/2011 – Águas
Subterrâneas;
7. Termos de Cooperação Técnica/Convênios com órgãos
ambientais.

COMENTÁRIOS

1. A Polícia Militar atuará preventivamente e repressivamente, sem necessitar de autorização


ou convênio, em circunstâncias relacionadas a crimes e infrações ambientais;
2. O conhecimento da ocorrência ambiental poderá se dar:
a. Ocasionalmente quando em patrulhamento;
b. Por denúncia popular: pelo telefone da OPM ou Centro de Operações;
c. Por requisição: MP, Judiciário;
d. Por solicitação: órgãos públicos.

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 413


Obs: Exceto no conhecimento ocasional, nos outros casos, o conhecimento da ocorrência
gera uma Ordem de Serviço que é cumprida por uma patrulha ambiental.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL: abrange desde a Constituição Federal até uma simples
portaria editada pelo órgão ambiental da União, dos Estados, do Distrito Federal ou mesmo
do Município. As infrações contra o meio ambiente podem ser: crimes, contravenções penais
e infrações administrativas ambientais. A Lei nº 9.605/98 tipifica uma série de crimes contra
o meio ambiente. O Art. 70 da Lei Federal nº 9.605/98 considera infração administrativa
ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção,
proteção e recuperação do meio ambiente. O Decreto Federal nº 6.514/08, que
regulamentou a Lei Federal nº 9.605/98, estabelece várias condutas como infração
administrativa ambiental.
PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA AMBIENTAL: Poder de Polícia ambiental é a
atividade da administração pública que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou a abstenção de fato em razão de interesse público concernente à
saúde da população, à conservação dos ecossistemas, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício das atividades econômicas ou de outras atividades dependentes de
concessão, autorização/permissão ou licença do Poder Público de cujas atividades possam
decorrer poluição ou agressão à natureza.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
(...)
V - Polícias militares e corpos de bombeiros militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos
corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução
de atividades de defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do
Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios.”
DECRETO No 88.777, DE 30 DE SETEMBRO DE 1983 (R200)
“27) Policiamento Ostensivo - Ação policial, exclusiva das Polícias Militares em cujo emprego
o homem ou a fração de tropa engajados sejam identificados de relance, quer pela farda
quer pelo equipamento, ou viatura, objetivando a manutenção da ordem pública.
São tipos desse policiamento, a cargo das Polícias Militares ressalvadas as missões
peculiares das Forças Armadas, os seguintes:
a. Ostensivo geral, urbano e rural;
b. De trânsito;
c. Florestal e de mananciais;
d. Rodoviária e ferroviário, nas estradas estaduais;
e. Portuário;
f. Fluvial e lacustre;
g. De radiopatrulha terrestre e aérea;
h. De segurança externa dos estabelecimentos penais do Estado;
i. Outros, fixados em legislação da Unidade Federativa, ouvido o Estado-Maior do Exército
através da Inspetoria-Geral das Polícias Militares.”
PARECER GM N° 25 DE 29 DE JULHO DE 2001 (AGU)
“Essa terceira e especial modalidade, a policial-militar, se define por remanência: caberá
sempre que não for o caso da preservação e restabelecimento policial da ordem pública de
competência específica e expressa dos demais órgãos policiais do Estado.
Em outros termos, sempre que se tratar de atuação policial de preservação e
restabelecimento da ordem pública e não for o caso previsto na competência constitucional
da polícia federal (art. 144, I), da polícia rodoviária federal (art. 144, II), da polícia ferroviária
federal (art. 144, III) nem, ainda, o caso em que lei específica venha a definir uma atuação
conexa à defesa civil para o Corpo de Bombeiros Militar (art. 144, § 5º), a competência é
policial-militar.”

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 414


LEI N° 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 (LEI DA VIDA)
“Art. 70, 1º - São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar
processo administrativo, os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema
Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização,
bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.”
CÓDIGO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE (LC N° 038, DE 21/11/1995)
“Art. 7º Compete à Polícia Militar especializada e ao Corpo de Bombeiros militar, em
conjunto com a SEMA, exercer a fiscalização e a autuação por infração à legislação de
proteção ambiental.
Art. 96. São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar
processo administrativo:
I - Os agentes de fiscalização do órgão estadual do meio ambiente;
II - A Polícia Militar especializada - Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental;
III - O Corpo de Bombeiros Militar, em circunstâncias que envolvam queimadas ilegais,
incêndios florestais e transporte de produtos perigosos, tóxicos ou nocivos à saúde humana.
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DA SEMA/MT. DECRETO N° 1986 DE 1º DE
NOVEMBRO DE 2013.
“Art. 2º, § 1º O Auto de Infração e demais termos referentes à prática do ato infracional serão
lavrados por servidor da SEMA/MT, designado para as atividades de fiscalização, bem como
pela Polícia Militar especializada.”
FISCALIZAÇÃO DE FAUNA: ações de policiamento e fiscalização ambiental, visando a
preservação da fauna silvestre; resgate, captura e manejo de animais silvestres que estejam
em situação de risco; Combate a caça ilegal e a pesca predatória.
FISCALIZAÇÃO DE FLORA: ações de policiamento e fiscalização ambiental visando a
preservação da flora; o transporte e comércio de produtos florestais, planos de manejo
florestal sustentável, os desmatamentos ilegais, queimadas não autorizadas e outras ações
agressivas à flora.
FISCALIZAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS: ações de policiamento e fiscalização ambiental
a empreendimento potencialmente poluidores assim definidos em lei ou atos normativos;
consistindo em fiscalizar empreendimento licenciáveis, o cumprimento destas licenças
ambientais, suas condicionantes técnicas, da legislação ambiental voltada para a
preservação dos recursos minerais, recursos hídricos, cursos d'água e de mananciais
(garimpos, dragas, manejo de resíduos sólidos e outros), evitando poluição de qualquer
natureza.
ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS: São todas as atividades, exercidas por
pessoas físicas e jurídicas, utilizadores de recursos ambientais, que são capazes, sob
qualquer forma, de causar degradação ambiental, por possuir substâncias que possam
causar danos à saúde das pessoas, do próprio meio ambiente ou a qualquer bem que
precise ser protegido.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: “Entendem-se por educação ambiental os processos por meio
dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem
de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.” -
Política Nacional de Educação Ambiental.
INTELIGÊNCIA AMBIENTAL: A atividade de inteligência de segurança pública deve possuir
abrangência que lhe possibilite prever, prevenir, neutralizar e reprimir atos que possam
representar ameaça à ordem pública, à incolumidade das pessoas e do patrimônio e ao meio
ambiente, produzindo conhecimento de forma a subsidiar os gestores na tomada de
decisões.
POLICIAMENTO AMBIENTAL: É uma modalidade específica de policiamento que visa a
proteção do meio ambiente, tendo como missão proteger a fauna, a flora, os recursos
hídricos e florestais, as áreas de preservação permanente e as unidades de conservação,
combater a pesca predatória, fiscalizar e repreender os desmatamentos ilegais e queimadas
não autorizadas, apoiar, viabilizar e auxiliar as ações ambientais em conjunto com a SEMA,
IBAMA, JUVAM, DEMA e MP e cumprir requisições dos órgãos oficiais de defesa ambiental.
Operam também em programas na área de educação ambiental, possuindo legalidade

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 415


estabelecida por meio de várias legislações e princípios administrativos, em que o Policial
Militar agindo em nome do Estado, salvaguarda o interesse comum que é o Meio Ambiente,
bem de todos, preservando a Ordem Pública, missão constitucional da Polícia Militar
(Arts.144 e 225 CF).
CRIMES AMBIENTAIS: Crime ambiental é fato típico e antijurídico e ocorre quando há dano
ou prejuízo causado aos elementos que compõem o meio ambiente, (fauna, flora, recursos
hídricos e minerais) protegidos pela legislação. Ocorrendo o crime e sendo ele identificado,
a PM deve atuar independente de autorização.
PESCA PREDATÓRIA: Ocorre quando a pesca é feita em locais e/ou com a utilização de
aparelhos, petrechos e métodos proibidos por lei e no período de defeso, ou quando o peixe
é capturado com o tamanho inferior ou em quantidade superior ao permitido.
TRANSPORTE ILEGAL DE PESCADO: Ocorre quando o pescado é transportado sem as
documentações previstas em lei (Guia de Transporte e Comércio de Pescado - GTCP,
Declaração de Pesca Individual-DPI, carteira de pescador amador, carteira de pescador
profissional, nota fiscal e /ou recibo), em condições insalubres, acima da quantidade
permitida por lei, conforme a categoria, abaixo da medida permitida ou com sinais de captura
por métodos proibidos por lei;
TAMANHO DE PEIXE PERMITIDO PARA CAPTURA: Como há possibilidade de aumento
ou diminuição para tamanho na captura de pescado no Estado, o policial militar deve sempre
sanar a dúvida nas legislações vigentes que tratam do assunto. Focando que o Estado de
Mato Grosso possui três bacias hidrográficas: Amazônica, Paraguai e Tocantins/Araguaia,
onde existe diferença de tamanho permitido de pescado por bacia conforme legislação
vigente de pesca;
QUANTIDADE DE PEIXE PERMITIDO PARA CAPTURA: Como há possibilidade de
aumento ou diminuição de quantidade para a captura de pescado no Estado, o policial militar
deve sempre sanar a dúvida nas legislações vigentes que tratam do assunto.
CAÇA DE ANIMAIS SILVESTRES: Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da
fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou
autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida (Lei nº 9.605/98). É
importante frisar que a caça não é proibida no Brasil, porém, necessita de prévia autorização
do Poder Público. há o crime de caça de animais silvestres quando é feita sem a devida
autorização do Órgão competente (IBAMA).
TRÁFICO E POSSE ILEGAL DE ANIMAIS SILVESTRES: O tráfico de animais é
configurado pela retirada de animais de seus habitats naturais e destinados à
comercialização. Comete o crime quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda,
tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna
silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos,
provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou
autorização da autoridade competente.
DESMATAMENTO ILEGAL: Ocorre quando há a extração da cobertura florestal nativa sem
autorização do órgão competente ou em áreas proibidas por legislação. As consequências
da extração ilegal das coberturas florestais trazem grande dano para o Meio Ambiente,
ocasionando perda da biodiversidade, erosão, mudanças climáticas, degradação do solo e
o aumento do processo de desertificação.
TRANSPORTE ILEGAL DE PRODUTOS E/OU SUBPRODUTOS FLORESTAIS: Ocorre
quando há o transporte de produtos e/ou subprodutos florestais sem a devida Licença ou
autorização do Órgão Ambiental Competente (Guia Florestal – GF, ou Documento de Origem
Florestal -DOF). Deve-se observar na GF ou DOF a data de validade, a correspondência de
placas dos veículos utilizados no transporte, a correspondente numeração da nota fiscal, o
itinerário constante na licença, rasuras e se está preenchida corretamente.
Obs: Entende-se por produto florestal aquele que se encontra no seu estado bruto ou in
natura, enquanto que o subproduto florestal é aquele que sofreu algum processo de
alteração no seu estado original, tipo: madeira serrada, tábuas, pranchões, vigas, ripas,
caibros, etc.
POLUIÇÃO SONORA: É determinada pelo artigo 54 da Lei n. 9.605/1998, que compreende
poluição de qualquer natureza e que possa causar danos à saúde humana ou à de animais,

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 416


além de destruição da flora. Para caracterizar a produção de ruídos como poluição sonora,
deve ser precedida de medição via decibelímetro ou de laudo técnico comprovando a
possibilidade de prejuízos à saúde e à qualidade de vida, bem como a frequência da
exposição.

ESCLARECIMENTOS

1. Necessidade de emprego do policiamento ambiental;


a. Crimes Ambientais de Fauna, Flora, Mineração, Recursos Hídricos e Empreendimentos
Potencialmente Poluidores;
b. Aplicação de Medidas Administrativas Ambientais;
c. Intervenção tática ou patrulha.
2. Isolamento e preservação do local do fato e objetos correlatos;
O local do fato deve ser isolado e preservado, de forma a facilitar a identificação de
suspeitos, dano ambiental e materiais vinculados;
Os indícios e vestígios deixados devem ser preservados, isolando o perímetro de modo
que ninguém contamine a área de busca e possível atuação.
3. Informações coletadas sobre o fato;
a. Descrição da ocorrência;
b. Possíveis rotas de fuga, se for o caso;
c. Condições meteorológicas;
d. Tipos de terreno (elevação, vegetação, alagadiço, arenoso, etc.);
e. Em ambiente rural buscar identificar a localização através de pontos de fácil referência
(postos de gasolina, rios, obstáculos naturais, coordenadas geográficas, etc.).

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 417


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO
PROCESSO: 602 OCORRÊNCIA DE INTERESSE AMBIENTAL
PROCEDIMENTO: 602.1 Acionamento da guarnição do policiamento ambiental
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Surpreender, em flagrante delito, criminosos ambientais;
2. Abordar pessoas em atitude de transporte de pesca predatória;
3. Abordar pessoas em atitude de transporte de produto/subproduto de origem
animal/vegetal ilegal;
4. Abordar pessoas em atitude de transporte de agrotóxicos de modo irregular;
5. Abordar traficantes de animais silvestres;
6. Localizar animal silvestre em ambiente urbano ou sob posse ilegal;
7. Identificar empresas quando no cometimento de crimes ambientais;
8. Isolar o local da ocorrência;
9. Realizar Análise de Riscos;
10. Checar veículos e pessoas abordadas em fundada suspeita e/ou infratores da lei;
11. Determinar a necessidade de acionamento do Policiamento Ambiental;
12. Prisão de pessoas que gozam de boa reputação na comunidade, com poder político ou
com alto poder aquisitivo;
13. Encaminhamento de material apreendido (objetos da infração: produto, subproduto,
pescado, veículo, embarcação, petrechos etc.);
14. Encaminhamento e apresentação das partes envolvidas na repartição pública
competente
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Deslocamento para o local da ocorrência em tempo hábil com estimativa de chegada,
com velocidade moderada;
2. Realização de abordagens ou bloqueios sempre atento para a identificação de ilícitos
ambientais;
3. Conhecimento da missão a ser passada para a equipe de policiamento ambiental
através de acionamento ou ordem de serviço;
4. Para definição do acionamento da guarnição, fazer classificação prévia do tipo de
ocorrência ou patrulhamento ambiental, utilizando os critérios de características do
local, a missão a ser desempenhada, a circunstância e a modalidade da equipe a ser
empregada;
5. Realizar a Análise de Riscos, com a equipe de serviço, estudando os fatores que
podem influenciar na ocorrência ou policiamento ambiental, com avaliação pelo
comandante da guarnição, da viabilidade ou não de emprego;
6. Acionar o policiamento ambiental via CIOSP/SESP-MT ou via telefone funcional da
Unidade;
7. A unidade que acionou o policiamento ambiental deverá fazer o isolamento do local,
identificar e checar os suspeitos, bem como os materiais vinculados, até a chegada do
apoio;
8. Deslocamento para a repartição pública competente em tempo hábil com estimativa de
chegada, com velocidade moderada, onde serão apresentados suspeitos e materiais;
9. Confecção e registro de boletim de ocorrência, acompanhado de autos administrativos
ambientais se for o caso;
10. Deslocamento de retorno para a Unidade de Origem;
RESULTADOS ESPERADOS

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 418


1. Identificar o crime ambiental, seus suspeitos e material vinculado;
2. Realizar o correto acionamento do policiamento ambiental, para situações que lhe são
típicas;
3. Munir o policiamento ambiental com todas as informações que o caso requer para
adoção das providências pertinentes a cada caso;
4. Acompanhar todo o desdobramento da ocorrência, até o seu fechamento;
5. Atender às ocorrências com alto grau de profissionalismo;
6. Promover a educação ambiental através de ações corretivas com a finalidade de
conscientizar o cidadão da importância de se preservar os recursos naturais, além de
tratá-lo respeitosamente;
7. Zelar pela manutenção e preservação da ordem pública;
8. Trazer conhecimento à Instituição e seus membros das atividades desenvolvidas pelo
policiamento ambiental.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Munir-se do instrumental necessário (material e conhecimento);
2. Dirimir dúvidas;
3. Adotar sempre uma postura educacional;
4. Conscientizar-se e tentar conscientizar os outros, sempre;
5. Buscar manter o equilíbrio ambiental;
6. Agir com imparcialidade e isenção de ânimo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não abordar/checar suspeitos e infratores da lei de acordo com o POP de Abordagens;
2. Não identificar o crime ambiental e seus materiais vinculados;
3. Trocar a natureza de uma ocorrência por outra;
4. Não possuir o conhecimento para inspecionar uma atividade e por isso deixar de atuar;
5. Não fornecer informações corretas ou completas para a equipe ambiental;
6. Apreender o objeto, sem ter o amparo legal (abuso);
7. Deixar de preencher o Boletim de Ocorrência adequadamente;
8. Abandonar a ocorrência antes de seu desfecho;
9. Deixar de comunicar imediatamente as ocorrências importantes ao superior
hierárquico, bem como, não fazer logo após atendê-las o relatório;
10. Na dúvida, querer resolver a ocorrência, precipitadamente, sem transmitir as
informações ao policiamento especializado;
11. Deixar de prender em flagrante quem tenha cometido crime;
12. Não perceber a presença de criminosos, eventualmente armados, envolvidos na
ocorrência;
13. Não arrolar testemunhas dos fatos;
14. Ser parcial e envolver-se emocionalmente na ocorrência.

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 419


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO:VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO:602 OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL
PROCEDIMENTO:602.2 Transporte de Produtos de Interesse Ambiental
ESTABELECIDOEM: 27/09/2009
REVISÃO EM: 10/06/2023
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Abordagem veicular conforme (vide POP 204.1);
2. Surpreender, em flagrante delito, criminosos ambientais;
3. Checagem de veículos e pessoas abordadas em fundada suspeita e/ou infratores da
lei;
4. Encaminhamento de material apreendido (objetos da infração: produto, subproduto,
veículo, etc.);
5. Autuação de infratores;
6. Encaminhamento e apresentação das partes envolvidas na repartição pública
competente.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. ABORDAGENS APESSOAS E VEÍCULOS: (vide POP 202.2), (vide POP 204.1);
2. Solicitar do condutor que acompanhe a vistoria e que apresente a documentação
pertinente a cada situação, observando o tipo de produto transportado, caso possua;
3. Analisar a documentação, se for apresentada;
4. Verificar se o produto transportado está em acordo com as normas legais
estabelecidas;
5. Detectando alguma irregularidade, fazer o acionamento da UPM Ambiental ou ainda
de outros órgãos de fiscalização ambiental (IBAMA, SEMA), para orientação no
transcorrer da ocorrência e autuação administrativa;
6. Identificar os responsáveis: Remetente, Transportador, Condutor e etc.;
7. Em caso de irregularidade, encaminhar os suspeitos e materialidade à Delegacia
Especializada ou a mais próxima, para registro do Boletim de Ocorrência;
8. Encaminhar cópia da documentação (Boletim de Ocorrência) à UPM especializada ou
ainda órgãos parceiros (IBAMA, SEMA), logo após o término da ocorrência, sempre
que possível.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Garantir o cumprimento da legislação ambiental;
2. Identificar possíveis crimes ambientais.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Munir-se do instrumental necessário, no momento da vistoria (material e
conhecimento);
2. Evitar manejo de animais silvestres;
3. Em caso de fuga de suspeito e impossibilidade de remoção do material vinculado,
deverá ser justificado no Boletim de Ocorrência;
4. Adotar Sempre Uma Postura Educacional;
5. Considerar o potencial lesivo do infrator apesar de se tratarem de crimes de menor
reprovabilidade social;
6. Considerar a significância ambiental apesar de se tratarem de crimes de menor
potencial ofensivo;
7. Agir com Imparcialidade e Isenção de Ânimo.
POSSIBILIDADES DE ERRO

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 420


1. Não abordar suspeitos e infratores da lei de acordo com o POP de Abordagens;
2. Não identificar o crime ambiental;
3. Não informar a UPM Especializada Ambiental ou ainda órgãos parceiros (IBAMA,
SEMA);
4. Trocar a natureza de uma ocorrência por outra;
5. Não possuir o conhecimento para inspecionar uma atividade e por isso deixar de atuar;
6. Apreender o objeto, sem ter o amparo legal (abuso);
7. Deixar de preencher o Boletim de Ocorrência adequadamente;
8. Na dúvida, querer resolver a ocorrência, precipitadamente, sem transmitir as
informações à UPM Especializada Ambiental ou ainda órgãos de fiscalização
ambiental (IBAMA, SEMA);
9. Deixar de checar veículos e pessoas abordadas;
10. Deixar de prender em flagrante quem tenha cometido crime;
11. Não perceber a presença de criminosos, eventualmente armados, envolvidos na
ocorrência;
12. Não arrolar testemunhas dos fatos;
13. Ser parcial e envolver-se emocionalmente na ocorrência;
14. Não chamar o apoio devido

ESCLARECIMENTOS:

1. TRANSPORTE DE PRODUTOS E SUBPRODUTOS DE ORIGEM FLORESTAL:


LEGISLAÇÃO AMBIENTAL: A Lei Federal nº 9.605/98, em seu Art. 46. estabelece:
“Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros
produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada
pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto
até final beneficiamento:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em
depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem
vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento,
outorgada pela autoridade competente.”
PRODUTO FLORESTAL: aquele que se encontra no seu estado bruto ou in natura,
tipo: madeiras em toras;
SUBPRODUTO FLORESTAL: é aquele que sofreu algum processo de alteração no seu
estado original, tipo: madeira serrada, tábuas, pranchões, vigas, ripas, caibros, etc.
LICENÇAS PARA TRANSPORTE DE PRODUTOS E SUBPRODUTOS DE ORIGEM
FLORESTAL: GUIA FLORESTAL – GF (licença emitida por órgão estadual dos estados
de Mato Grosso e Pará) ou DOCUMENTO DE ORIGEM FLORESTAL – DOF (licença
emitida pelo IBAMA para os demais estados da Federação).
● GF1 (Guia Florestal) e Romaneio: Documentos necessários para o transporte de
madeiras em toras desde a origem até a indústria:
● GF2 (Guia Florestal 2), Nota Fiscal e Romaneio: Documentos necessários para o
transporte de carvão, lenha, toretes, escoramentos, postes não imunizados, palanques
roliços, mourões ou moirões, lascas, palmitos de origem nativa, com exceção do babaçu
orbignya oleífera bur, oriundo de pastagem e cultura agrícola, mudas.
● GF3 (Guia Florestal 3), Nota Fiscal e Romaneio: Documentos necessários para o
transporte de madeira serrada bruta ou semiacabada, produtos semiacabados,
produtos beneficiados, produtos industrializados, toras, nas hipóteses de revenda para
qualquer pessoa jurídica cadastrada no CC-SEMA, resíduos de produtos florestais
oriundos de indústrias, os produtos e/ou subprodutos florestais do art. 4º do Decreto
Federal 8189/2006, na segunda operação, carvão originário de resíduos industriais.
OBS: 1- Ficam dispensadas da emissão de guias florestais (GF), transporte de até 2m 3
de madeiras, bem como as empresas devidamente cadastradas no CC-SEMA para o
transporte de: móveis acabados, portas lisas semi-ocas, portas laminadas semi-ocas,
portas almofadadas, janelas, esquadrias, venezianas, portas fingadas, janelas fingadas,

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 421


madeiras serradas fingadas, parquet, paletes, utensílios domésticos, cabos de
ferramentaria, serragem, brickets e palmito in natura e industrializado, que deverão ser
acompanhados somente de nota fiscal com a identificação da mercadoria;
Deve-se verificar na GUIA FLORESTAL - GF ou DOCUMENTO DE ORIGEM
FLORESTAL - DOF:
● Data de validade da licença (GF ou DOF)
● Itinerário constante na licença (se o local da abordagem corresponde com o constante
na licença)
● Autenticidade da licença (caso tenha disponibilidade de internet no local da abordagem,
consultar a veracidade dos dados)
● Correspondências de placas dos veículos utilizados no transporte.
● Correspondência de material transportado (tipo e essência – caso o militar tenha
expertise na área de identificação de madeira).
OBS.: Qualquer irregularidade configura o crime previsto no Parágrafo Único do Art. 46
da Lei Federal nº 9.605/98 acima indicado.
2. TRANSPORTE DE DEFENSIVOS AGRICOLAS:
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL:O art. 56 da lei federal 9605/1998, estabelece penalidade
de reclusão de um a quatro anos, e multa para quem transportar produto ou substância
tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com
as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos. O Art. 70 da Lei nº
9.605/98 considera infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole
as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
O Decreto Federal 6.514/2008 que regulamentou a Lei 9.605/98, estabelece várias
condutas como infração administrativa ambiental.
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS: São produtos químicos, físicos ou biológicos utilizados
pelos agricultores para controlar as pragas. Têm como função proteger a lavoura do
ataque de insetos, ervas daninhas ou qualquer tipo de doença que pode atingir uma
plantação. Os defensivos agrícolas também são conhecidos por produtos
fitossanitários, agrotóxicos, pesticidas ou praguicidas.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA O TRANPORTE DE DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS: Nota Fiscal, Ficha de Emergência e o Receituário Agronômico.
COMO TRANSPORTAR AGROTÓXICOS DE FORMA CORRETA:
Os agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins devem ser transportados em recipientes
rotulados, resistentes e hermeticamente fechados.
1. É vedado transportar agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, dentro de cabines ou
carrocerias dos veículos que contenha pessoas, animais, alimentos, rações, forragens,
medicamentos, utensílios de uso pessoal e doméstico.
2. Os veículos utilizados para transporte de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins,
devem ser higienizados e descontaminados, sempre que forem destinados para outros
fins.
3. Garantir que os produtos estejam adequadamente estivados para suportar os riscos das
operações de transporte e que atendam às exigências de amarração e proteção da
carga.
3. TRANSPORTE DE PESCADO:
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL: O art. 34 parágrafo único inciso III da Lei Federal
9.605/1998, estabelece penalidade de reclusão de um a três anos, e multa para quem
transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta,
apanha e pesca proibidas. O Art. 70 da Lei nº 9.605/98 considera infração administrativa
ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção,
proteção e recuperação do meio ambiente. O Decreto Federal 6.514/2008 que
regulamentou a Lei 9.605/98, estabelece várias condutas como infração administrativa
ambiental, bem como a Lei Estadual nº 9096/2008, que dispõe sobre a Política da Pesca
no Estado de Mato Grosso, que regulamenta a norma federal, estabelecendo
quantidades permitidas para cada categoria de pesca, medidas mínimas de peixes por
bacia hidrográfica, petrecho, técnicas e métodos permitidos/proibidos para cada
categoria de pesca, bem como espécies proibidas.

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 422


PESCADO: É todo animal que vive normalmente em água doce ou salgada e que é
utilizado para a alimentação, compreendidos entre peixes, crustáceos, moluscos,
anfíbios, quelônios e mamíferos de água doce ou salgada usados na alimentação
humana.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA O TRANPORTE DE PESCADO: Todo o
pescado deverá ser transportado acompanhado da Guia de Trânsito e Controle de
Pescado ou Declaração de Pesca Individual ou nota fiscal ou recibo.
a. Ao comerciante de pescado somente serão permitidos o transporte, armazenamento e
a comercialização do pescado acompanhado da Guia de Trânsito e Controle de
Pescado - GTCP.
b. Ao pescador profissional serão permitidos o transporte, armazenamento e a
comercialização do pescado acompanhado da Declaração de Pesca Individual - DPI.
c. À pessoa física será permitido o transporte e armazenamento do pescado
acompanhado de nota fiscal ou recibo de compra emitido pelo pescador profissional,
constando o número da Declaração de Pesca Individual - DPI e Registro Geral da Pesca
- RGP do pescador profissional, peso e espécie.
d. O pescador profissional poderá capturar até 125 Kg (cento e vinte e cinco quilogramas)
semanalmente e transportar todo o pescado armazenado acompanhado da Declaração
de Pesca Individual - DPI.
e. Pessoas jurídicas poderão transportar, armazenar e comercializar pescado oriundo da
atividade de pesca profissional acompanhado de Guia de Trânsito e Controle de
Pescado - GTCP.
f. O transporte de pescado oriundo dos estabelecimentos atacadistas deverá ser
acompanhado de nota fiscal e Guia de Trânsito e Controle de Pescado - GTCP.
g. É permitido ao portador da Carteira de Pescador Amador uma cota de captura e
transporte de até 5 kg (cinco quilogramas) e um exemplar.
O QUE VERIFICAR NO TRANSPORTE DE PESCADO: O produto pesqueiro será
preservado de modo que permita sua fiscalização, devendo os exemplares ser
mantidos com cabeça, escamas, couro, em local de fácil acesso e com os tamanhos
permitidos conforme os anexos I, II, III e IV da Lei nº 9.983/2013, que altera a Lei
Estadual nº 9096/2009, que dispõe sobre a Política da Pesca no Estado de Mato
Grosso e dá outras providências.
a. a documentação exigível a cada caso (DPI, GTCP, Carteira de Pesca Amadora, Nota
Fiscal ou Recibo);
b. a correspondência de quantidade (kg) e tamanho de cada espécime (consultar tabela
de medidas de cada bacia hidrográfica)
c. a existência de vestígios que caracterizem se tratar de pescado proveniente de pesca
proibida (ex.: sinais de malha que indicam pesca com uso de rede de pesca – proibida
pela legislação estadual de MT).
OBS.: a exigibilidade dos documentos indicados acima, assim como tamanho e cota
não são considerados para fins de transporte de peixes provenientes de piscicultura
(atividade de criação de peixes).
TRANSPORTE DE ANIMAIS SILVESTRES:
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL: Art. 29. Parágrafo 1º inciso III da Lei Federal 9605/1998,
estabelece penalidade de detenção de seis meses a um ano, e multa para quem vende,
expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou
transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória,
bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não
autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente. O Art. 70 da Lei nº 9.605/98, considera infração administrativa ambiental
toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e
recuperação do meio ambiente. O 6.514/2008 que regulamentou a Lei 9.605/98,
estabelece várias condutas como infração administrativa ambiental.
ANIMAIS SILVESTRES: São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes
aos espécimes nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 423


tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território
brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.
Atualmente, animais silvestres só podem ser adquiridos em criadouros autorizados pelo
órgão ambiental competente. Não há autorização para a retirada livre da natureza.
Para transporte de animais silvestres originários de criadouros autorizados pelo órgão
ambiental, necessita-se da Autorização de Transporte - AT, bem como o responsável
deverá apresentar o Guia de Trânsito Animal, documento que atesta a regularidade
sanitária do animal. O Instituto normatiza apenas a comercialização e o transporte de
animais da fauna silvestre brasileira procedentes de empreendimentos de fauna
registrados no Ibama.

602 – OCORRÊNCIAS DE INTERESSE AMBIENTAL 424


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO - VI
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
603
PROCESSO RADIOPATRULHAMENTO AÉREO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Uniforme Operacional: macacão de voo (NOMEX, exclusivo aos Tripulantes do CIOPAer).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência. 1. Conhecimento da ocorrência (vide POP 201.1).
Deslocamento. 2. Deslocamento para o local da ocorrência: (vide POP 201.2).
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência (vide POP 201.3).
Adoção de medidas Pouso de aeronave em área restrita.
específicas Embarque / desembarque.
Condução. 6. Condução da(s) parte(s) (vide POP 201.6).
7.Apresentação da ocorrência na Repartição Pública
Apresentação.
Competente (vide POP 201.7).
Encerramento. 8. Encerramento da ocorrência (vide POP 201.8).
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL (R-200), Decreto Estadual nº. 7.896
Atividade Policial
de 19jul06 e 8.304 de 17/11/2006.
Atividade Aeronáutica RBHA 91 – Subparte K.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado
POP-PMGO.
de Goiás, de 11 de Novembro de 2004.

603 - RADIOPATRULHAMENTO AÉREO 425


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO: 603 RADIOPATRULHAMENTO AÉREO.
PROCEDIMENTO: 603.1 Pouso de aeronave em área restrita.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/06/2023.
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento do local pela equipe de solo, onde se fará o pouso da aeronave;
2. Comunicação terra/ar;
3. Escolha de um local que seja compatível para o pouso da aeronave em segurança;
4. Evitar local com grande movimentação de pessoas;
5. Locais restritos deverão ser bem avaliados, observando se o local está livre de fios e
obstáculos, e se está em condições de pouso;
6. Condições meteorológicas e de visibilidade (chuva, vento, neblina, nevoeiro, granizo,
fumaça, poeira, etc);
7. Varreduras à baixa altura e baixa velocidade;
8. Pouso ocasional em área urbana (terreno inclinado, piso de concreto, asfalto, terra batida).
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Acionamento via Centro de Operações/CIOSP, Viaturas, Iniciativa da Base e outros
meios;
2. Embarque da Guarnição Policial ou de Resgate;
3. Contato com o órgão de controle de tráfego aéreo, acionamento e decolagem da
aeronave;
4. Contato com a Tropa de terra (coleta de dados);
5. Viatura de solo isolar local para pouso seguro da aeronave;
6. Por decisão do Comandante da Aeronave, observar aérea para pouso ocasional;
7. Retorno em patrulhamento para a Base do CIOPAER;
8. Confecção de relatório de Voo pela Tripulação.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o pouso da aeronave, seja feito com segurança;
2. Que a Guarnição PM isole o local para pouso;
3. Cumprimento da missão.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Realizar POUSO em área mais ampla possível, sempre observando os parâmetros da
aeronave;
2. O piloto deverá optar sempre por locais amplos e com menos incidência de poeira ou
detritos, mesmo que seja um pouco mais distante do local da operação;
3. Se o pouso oferecer risco para qualquer um dos tripulantes, aeronave ou terceiros, a
operação deverá ser abortada e reavaliada;
4. Toda movimentação no solo será orientada pela tripulação.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Pouso em áreas com muita poeira;
2. Locais muitos restritos;
3. Tocar a pá do Rotor Principal ou de Cauda em obstáculo;
4. Pouso em terrenos com muito declive;
5. Afundamento da aeronave por falta de potência;
6. Isolamento ineficiente do local de pouso.

603 - RADIOPATRULHAMENTO AÉREO 426


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO: 603 RADIOPATRULHAMENTO AÉREO.
PROCEDIMENTO: 603.2 Embarque e desembarque.
ESTABELECIDO EM: 27/09/2009.
REVISÃO EM: 10/03/2022
RESPONSÁVEL: Comissão de Revisão
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento do local onde se fará o embarque ou desembarque;
2. Embarque e desembarque com rotores girando;
3. Manejo de armas dentro da cabine da aeronave;
4. Passageiro/Tripulante não familiarizado com a aeronave e com as condições do vôo;
5. Varreduras à baixa altura e baixa velocidade;
6. Uso de cobertura (quepe, boina, boné, chapéu, etc);
7. Excesso de Peso: limitado pela disponibilidade da aeronave;
8. Cinto de segurança;
9. Condução de presos e detidos na aeronave;
10. Embarque e desembarque de passageiros em locais restritos.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Briefing da tripulação com os passageiros;
2. Autorização do Comandante da aeronave para embarque ou desembarque;
3. Embarque dos passageiros com auxílio dos tripulantes;
4. Durante o vôo, os passageiros deverão estar com os cintos afivelados e na escuta da fonia
interna da aeronave;
5. Durante o desembarque os passageiros afastar-se-ão para um local seguro, sempre dentro
do campo de visão da tripulação;
6. Quando desembarcado em ocorrência policial, deverá ser colhido o máximo de informações
possíveis e repassados o mais rápido possível para a aeronave;
7. Para o embarque, o piloto realizará um pouso próximo ao local onde se encontram os
passageiros (guarnição PM);
8. Já embarcados, estando todos na segurança e na fonia, o fiel reportará ao Cmt da aeronave
dizendo: “tripulação na segurança e fonia”.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Embarque e Desembarque de Passageiros com segurança.
AÇÕES CORRETIVAS
1. O Embarque de passageiros deverá ser executado sempre com a aeronave pousada, e com
os motores preferencialmente desligados.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Passageiros embarcados sem cinto de segurança;
2. Desequilíbrio dos passageiros durante o embarque e desembarque;
3. Incidente com armas de fogo de posse de passageiros (Policial Militar);
4. Queda de armamento e objetos individual por falta de ancoragem;
5. Interferência por parte dos passageiros nos comandos da aeronave.

ESCLARECIMENTOS:

1. QUANDO ACIONAR?
Em qualquer ocorrência Policial, Bombeiros ou Defesa Civil, em que o comandante da
guarnição julgar necessário o emprego de helicópteros ou aviões, em apoio para alcançar o
melhor resultado no atendimento da ocorrência;
Apoio ao Policiamento Ostensivo Geral:

603 - RADIOPATRULHAMENTO AÉREO 427


a. Busca e captura de delinquente em regiões de difícil acesso;
b. Apoio às operações de cerco e tomada de cativeiros;
c. Repressão a roubo a instituições financeiras e a estabelecimentos comerciais;
d. Repressão à rebelião e fugas em presídios;
e. Transporte de Guarnição Policial para locais de crime;
f. Remoção de policiais feridos em confrontos;
g. Demais situações que se fizer necessário o uso das aeronaves para lograr êxito na operação.
Apoio ao Policiamento Ostensivo de Trânsito Urbano:
a. Auxílio em grande congestionamento de tráfego, orientando os usuários e a força policial
terrestre;
b. Cobertura em eventos de grande envergadura, com grande fluxo de veículos;
c. Localização e socorro a vítimas de acidentes.
Apoio ao Policiamento Rodoviário;
Apoio ao Policiamento Ambiental;
Apoio às Operações de cerco e tomada de cativeiros;
Apoio às Operações de Choque:
a. Observação e informação de locais de concentrações e manifestações populares;
b. Como dissimulador psicológico, pela demonstração de aparato de força;
c. Transporte rápido de armamento convencional e químico para os locais de atuação de
policiais;
d. Controle de tumultos, distúrbios e motins, facilitando a orientação tanto aos policiais quanto
ao público.
Apoio às operações da Polícia Judiciária Civil;
a. Cumprimento de mandados judiciais de prisão, busca e apreensão;
b. Escolta de presos e substâncias apreendidas;
c. Levantamento de informações e atividades de inteligência.
Apoio às operações do Corpo de Bombeiros;
a. Resgate de feridos em acidentes automobilísticos;
b. Busca a pessoa desaparecidas em mata, rios ou em local de difícil acesso;
c. Combate a incêndios urbanos e florestais;
Apoio às ações de Defesa Civil:
a. Realização de vistoria técnica em regiões de risco ou que tenham sido atingidas por algum
tipo de calamidade;
b. Transporte de material e pessoal para as áreas de difícil acesso.
2. COMO ACIONAR?
a. O acionamento poderá ser realizado através do Centro de Operações/CIOSP, rede rádio da
Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil e telefones do Centro Integrado de
Operações Aéreas;
b. O Centro Integrado de Operações Aéreas se mantém constantemente na escuta da rede rádio
de Cuiabá e Várzea Grande, podendo, conforme julgamento da Tripulação, deslocar para a
ocorrência sem o prévio acionamento da Central de Operações/CIOSP ou Comandantes de
Guarnições;
c. Formas de contatos necessários para o acionamento do serviço: Central de Operações/CIOSP
– 190;
d. CIOSP CBM - 193;
e. Oficial de Operações BM – 65 3613-6921; Oficial de Operações PM – 65 3613-5556;
f. Plantão CIOPAer – 065 9987-4056.
3. SOBRE TERMOS TÉCNICOS:
a. PROA: Direção do eixo longitudinal da aeronave (parte anterior, frente da aeronave);
b. ESQUILO: Modelo de helicóptero fabricado pela Eurocopter, montado no Brasil pela Helibras;
c. ÁGUIA: Codinome (código de chamada) dos helicópteros da PMMT;
d. 1P: Primeiro Piloto / Comandante da Aeronave;
e. 2P: Segundo Piloto / Comandante de Operações;
f. TOP: Tripulante Operacional / Observador Aéreo;
g. FIEL: Tripulante Operacional responsável pela comunicação com as VTR.
4. SOBRE AERONAVES:

603 - RADIOPATRULHAMENTO AÉREO 428


Nos dias atuais, o helicóptero não é só um aparelho ou aparato colocado à disposição dos
órgãos de Segurança Pública, representa um recurso de inegável valor com amplas
possibilidades de emprego nas operações policiais militares.
Não obstante, para que todas as potencialidades do processo de radiopatrulhamento aéreo
sejam aproveitadas globalmente, na integração e coordenação dos esforços das equipes em
terra na preservação da ordem pública, a aeromobilidade é fundamental e depende
sobremaneira da aeronave em operação.
O helicóptero policial deve apresentar as seguintes características: custo baixo/médio de
investimento e operação, capacidade de até 05 (cinco) pessoas, apresentar disponibilidade
de potência, possibilidade de uso de equipamentos especiais, capacidade de transporte de
carga externa, alcance/autonomia, velocidade e facilidade de manutenção.
No País, a maioria das polícias militares que operam helicópteros optaram pelo ESQUILO, por
apresentar as características acima mencionadas.
5. SOBRE A TRIPULAÇÃO DE RADIOPATRULHA AÉREA:
É composta por elementos de terra e ar, empenhada em missão de radiopatrulhamento aéreo.
Equipe Embarcada:
1P – Primeiro piloto, Comandante da Aeronave
2P – Segundo piloto, Comandante de Operações;
TOP – Tripulante Operacional Esquerdo; TOP – Tripulante Operacional Direito
FIEL – Tripulante Operacional (3º Homem)
Equipe Aeromédica:
1P – Comandante da Aeronave TOP – Tripulante Operacional MÉDICO ENFERMEIRO
6. SOBRE O EMPREGO OPERACIONAL DO RADIOPATRULHAMENTO AÉREO
Polícias de todo o mundo vêm, há anos, usando o helicóptero como recurso para o
cumprimento de suas missões. Esse tipo de aeronave, pela sua versatilidade, encontra amplo
e insubstituível emprego nas missões de policiamento e de socorro, podendo ser utilizado em:
Ação Isolada:
O helicóptero caracterizado como policial por suas cores e inscrições, empregado
isoladamente em patrulhamentos preventivos, atua como unidade de dissuasão de ilícitos,
reforçando a presença da polícia em sua missão básica, a prevenção.
Procedimentos:
O patrulhamento deve ser realizado em altura e velocidade que compatibilize a segurança de
voo e a finalidade da missão, consistindo basicamente em “ver e ser visto” pela população.
Durante o voo, a tripulação, exceto o piloto em comando, deve procurar observar:
Indivíduos que, avistando a aeronave alterem o comportamento, passando a correr largando
objetos ou demonstrando preocupação com a presença policial;
a. Veículos ou pessoas paradas em atitudes suspeitas nas proximidades de estabelecimentos
de ensino, bancários, comerciais ou industriais;
b. Veículos estacionados em locais ermos;
c. Grupo de pessoas suspeitas em locais isolados;
d. Anormalidades de tráfego, congestionamentos e bloqueios da via pública;
e. Pessoa caída na via pública ou sendo carregada;
f. Aglomerações;
g. Acidentes de trânsito com ou sem vítimas;
h. Viaturas policiais trafegando com dispositivos de alerta acionados.
Caso necessário, acionar o apoio das patrulhas terrestres para averiguação de anormalidades
constatadas, transmitindo as informações via rádio com clareza e exatidão para que a
abordagem seja correta e sem dúvidas.
Durante a averiguação em terra, a aeronave permanece nas imediações para esclarecimentos
e apoio às viaturas empenhadas.
O Comandante da Aeronave em patrulhamento, atém-se exclusivamente ao voo, não se
envolvendo na operação policial.
Ação Conjunta:
O helicóptero é empregado em missão de apoio às demais Unidades em suas atividades
particulares, atuando como plataforma de observação e repressão, Orientação e transporte
rápido, objetivando a ampliação, regionalização e a economia dos meios utilizados.
7. SOBRE OPERAÇÕES NO SOLO (EMBARQUE E DESEMBARQUE)

603 - RADIOPATRULHAMENTO AÉREO 429


O embarque e desembarque mais seguro é quando o helicóptero está pousado e com os
rotores parados. Se não for possível o embarque e desembarque de tripulantes e/ou
passageiros, nas condições acima, os procedimentos a seguir deverão ser rigorosamente
observados:
Procedimentos para Tripulantes:
a. Aproximar-se ou afastar-se da aeronave curvado para frente;
b. Nunca se aproximar ou afastar-se do helicóptero caminhando em direção ao rotor de cauda;
c. Nunca aproximar ou afastar-se da aeronave pelo lado alto de um terreno inclinado;
d. Embarcar e desembarcar da aeronave nos limites estabelecidos pelas portas laterais e dentro
do ângulo de visão do piloto ou co-piloto;
e. Quando próximo à aeronave, carregar todo e qualquer material ao nível da cintura, jamais na
vertical sobre os ombros ou cabeça;
f. Ao embarcar, ajustar o cinto de segurança. No desembarque somente liberar os cintos após
a autorização do comandante da aeronave;
g. Proteger os olhos quando próximo do helicóptero com os rotores girando;
h. Não fumar a bordo.
Procedimentos para Passageiros:
a. Todos os procedimentos prescritos para os tripulantes são válidos para os passageiros:
b. Ao aproximar-se ou afastar-se do helicóptero, não utilizar qualquer tipo de cobertura;
c. Não atirar nada para fora da aeronave, principalmente em voo;
d. Não jogar nenhum objeto próximo à aeronave;
e. Atentar para o cumprimento de todas as instruções ministradas pelas tripulações;
f. Ao desembarcar da aeronave faça-o em um só movimento e sem precipitação;
g. Quando houver mais pessoas para o embarque aguardar sua vez, mantendo-se afastado da
área de pouso;
h. Observar todas as orientações inscritas nos avisos no interior da aeronave.
Procedimentos em Situações de Emergência:
Estas prescrições são válidas tanto para tripulantes quanto para passageiros:
a. Não abandonar o helicóptero sem prévia autorização dos pilotos ou de qualquer membro da
tripulação;
b. Na iminência de um pouso forçado, assumir uma postura de proteção, curvando o corpo para
a frente, colocando a cabeça entre os joelhos e os braços envolvendo as pernas;
c. Verificar previamente todas as possíveis saídas;
d. Manter a calma; e
e. Não entrar em pânico.
Briefing:
É compulsório o briefing antes do voo, para qualquer número de passageiros, devendo ser
especificado, além dos procedimentos previstos para o embarque, desembarque e
emergências as seguintes informações:
a. Quantidade e localização dos extintores de incêndio e instruções de utilização;
b. Localização dos estojos de primeiros socorros e sacos de enjoo;
c. Localização de equipamentos de sobrevivência, bem como, instrução de sobrevivência por
ocasião de voo prolongados sobre água ou selva;
d. Para os voos sobre água, demonstração de uso correto de coletes salva-vidas;
e. Demonstração dos procedimentos corretos para abertura e fechamentos da(s) porta(s)
corrediça(s);
f. Localização e demonstração de como usar os cintos de segurança, antes, durante e pós voo;
g. Oportunidade para o esclarecimento de dúvidas de qualquer natureza, relacionadas ao voo.
8. SOBRE ORIENTAÇÃO REFERENCIAL
A equipe de terra deverá repassar via fonia à aeronave informações que facilitem a orientação
da tripulação, tais como:
a. Localização da própria equipe no terreno;
b. Local exato da ocorrência;
c. Rumos de fuga de marginais;
d. Outras.
Para tanto, o policial informará a posição como se estivesse dentro da aeronave e em termos

603 - RADIOPATRULHAMENTO AÉREO 430


de horas “cheias” de um relógio analógico.
Exemplo:
Viatura às 3 horas, Táxi às 12 horas ou na proa Carreta às 10 horas

603 - RADIOPATRULHAMENTO AÉREO 431


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO – VI
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
604
PROCESSO POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101), com uso restrito de arma de fogo a Oficiais / sargentos;
2. Fita zebrada de isolamento;
3. Coletes refletivos;
4. Escudos e equipamentos para pelotão de CDC;
5. Formulários B.O.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
1. Contato com Entidade Promotora/ Autoridades/ reunião
do Estado Maior (vide POP 604.1)
Preparação da Operação.
2. Documentos necessários (vide POP 604.2)
3. Análise de riscos (vide POP 604.3)
4. Relacionamento com Público (vide POP 604.4)
Execução Operação.
5. Postos de Policiamento (vide POP 604.5)
6. Atuação Policial em Controle de Distúrbios Civis (vide
Adoção de medidas específicas.
POP 604.6)
7. Encerramento do Policiamento e confecção de Relatório
Término da Operação.
(vide POP 604.7)
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Artigo 5, 6 e 144, §5° da Constituição Federal:
Policiamento em eventos públicos
Decreto Federal 667/69. Artigo 3°, alínea “b”
Obrigações Tributárias Art. 77 CTN e Lei 9067/08 – TASEG
Policiamento em Ginásios e Estádios
Diretriz de Ação Operacional 009/PM-3/96 da PMMT
Esportivos
Policiamento Ostensivo em praças
Diretriz de Ação Operacional 023/PM-3/96 da PMMT
desportivas
Estatuto do Torcedor Lei 10.671/03
Polícia Ostensiva Decreto Federal 88777/83
Policiamento em Praças Desportivas M-10-PM da PMESP
Excludente de ilicitude Art. 23 do CPB
Opor-se a execução de ato legal Art. 329 de CPB
Praticar violência no exercício da
Art. 322 do CPB
função
Poder de Polícia Art. 78 CTN

ESCLARECIMENTOS:

1. TAXA DE FISCALIZAÇÃO:
Art. 77 CTN - "As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico
e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas."
A Lei 9067/08 estabelece a Taxa de Segurança Pública (TASEG)
Art. 98 A Taxa de Segurança Pública é cobrada em razão da ocorrência dos seguintes
eventos:
a. Fiscalização, ressalvadas as prerrogativas dos Arts. 144 e 145, da Constituição Federal;
b. Serviços diversos: utilização, efetiva ou potencial, de serviços específicos e divisíveis

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 432


relacionados à segurança pública.
§ 1º Consideram-se casos de incidência da Taxa de Segurança Pública:
a. a emissão, a requerimento do contribuinte, de documentos públicos em geral, certidões,
atestados, certificados, laudos e outros documentos públicos, ainda que não expressos neste
inciso, nos termos das tabelas especificadoras que compõem esta lei;
b. os serviços, requeridos por pessoas físicas, jurídicas ou entidades para quaisquer eventos
públicos, esportivos, culturais e sociais, ainda que patrocinados por particulares, realizados
no âmbito do Estado, nos termos das tabelas especificadoras que compõem esta lei;
c. atos decorrentes do exercício do poder de polícia efetiva ou potencial, especificamente, em
relação à expedição de alvarás para atividades econômico-sociais;
§ 2º Os casos de incidência tributária expressos neste artigo não excluem a cobrança de
taxas de serviços ou de fiscalização decorrentes da realização de outros eventos relacionados
à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública não consignados neste artigo e
previstos em Anexo desta lei.”
Art. 99 São isentos da Taxa de Segurança Pública (TASEG) os atos e documentos relativos:
a. À utilização do serviço por órgão da administração pública direta, e indireta municipal,
estadual, federal e o Distrito Federal;
b. Às finalidades militares ou eleitorais;
c. À entidade de assistência social, de beneficência, reconhecida pelo poder público, desde que
observem os requisitos previstos na legislação específica;
d. Às pessoas jurídicas que promovam eventos de caráter recreativo, desde que o total da renda
seja destinado a instituições de caridade, devidamente reconhecidas;
e. Aos antecedentes criminais, para fins de emprego ou profissão, quando o interessado
comprovar seu estado de desemprego;
f. 1ª via da cédula de identidade para toda pessoa que resida em Mato Grosso.
2. FATO ATÍPICO:
Guardador de Carro – “Flanelinha” - Conduta tipificada como extorsão, definida no art.
158, do Código Penal. Não se confunde com constrangimento ilegal. O mal anunciado deve
ser sério e verossímil. APP Incondicionada.
3. INGRESSO DE ARMAS DE FOGO EM LOCAL DE ESPETÁCULOS
A Lei Federal nº 10.826/03 dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo
e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes, assim estabelece:
Art. 12 – posse irregular de arma de uso permitido.
Art. 14 – porte ilegal de arma de uso permitido.
Art. 16 – posse ou porte ilegal de arma de uso restrito.
Art. 34 – Responsabilidade do Promotor de evento
aglomeração superior a 1.000 pessoas.

Decreto nº 9.847, de 25/06/2019.


Art. 20 – Vedação em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes
ou outros locais onde haja aglomeração de pessoas.
§ 1º - Inobservância: Cassação do porte e apreensão da arma.
Art. 26 - Instituições, Órgãos e Corporações disciplinarão procedimentos fora do serviço.
4. ARTEFATOS EXPLOSIVOS:
Art. 251, do CP.
“Caput” - Arremesso de bomba caseira. § 1º - Rojão.
Lei 10826/03 – Art. 16, inciso III
Possuir ou empregar artefato explosivo ou incendiário
(Bomba caseira).
OBS.: Pena: 3 a 6 anos, insuscetível de liberdade provisória. (obs.: STF)
5. ESTATUTO DE DEFESA DO TORCEDOR (LEI 10.671/03):
Futebol: Patrimônio Cultural do Estado, Instrumento de Comércio e Marketing, Negócio
Lucrativo, Estabelece Relação de Consumo, Direitos e Deveres, Moralização do Esporte,
Afirmação da Cidadania
Art.2º - Conceito de Torcedor
Art.3º - Entidade Organizadora da competição + Entidade detentora do mando de jogo =

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 433


FORNECEDOR
Atribuições dos Fornecedores
Art.5º - Publicidade e transparência na organização.
parágrafo 1°, incisos I a VI
Art.6º - amplo acesso ao ouvidor
Art.7º - Deve ser divulgada a renda obtida pelo pagamento de ingressos pelo sistema de som
imagem do estádio
Art.13 - Deve ser assegurado o acesso ao torcedor portador de deficiência.
Art.14, III - Deve haver orientadores de público em número suficiente.
Art.16 - Dever do organizador
Deve ser disponibilizada uma ambulância, um médico e dois enfermeiros para cada
10.000 torcedores.
Art.17 – Planos de Ação
Apresentados aos responsáveis pela segurança pública
Parágrafo 1°
Art.18 - Deve haver central técnica para viabilizar o monitoramento por imagem do público
presente (capacidade superior a 10.000 mil torcedores).
Art.25 – controle acesso – monitoramento das catracas
Capacidade superior a 10 mil pessoas
Art.20 – Venda antecipada
Bilheterias em número suficiente
Art.22 - Os ingressos emitidos deverão ser numerados.
Art.27 – Serviços de estacionamento (dispensável para eventos esportivos em estádios de
capacidade inferior a 10.000 mil pessoas)
Art.29 – Banheiros em número suficiente
SEGURANÇA DO TORCEDOR
Art.14 – Responsabilidade do clube mandante e seus dirigentes.
I – Solicitação ao Poder Público
II – Informação ao Policiamento
§2º - sanção
PODER PÚBLICO
Fiscalizar
Fornecer elementos p/ bem-estar do torcedor
Os agentes públicos de segurança são responsáveis pela segurança dos torcedores dentro
e fora dos estádios.
Art.39 - MP deve provocar os JECRIM para julgarem os casos
ARBITRAGEM
Art.31 – Direito à segurança
Garantida por agentes públicos de segurança
Convocados pela entidade detentora do mando de jogo e seus dirigentes.
RESPONSABILIDADE CIVIL
● Art.19
Responsabilidade solidária
Entidade organizadora da competição + entidade detentora do mando de jogo
Prejuízos causados a torcedores por falhas de segurança
Responsabilidade Objetiva
Princípio jurídico: Teoria do Risco
⮚ Aquele que desenvolve atividade econômica responde pelo risco que sua
atuação empresarial cria para os consumidores.
⮚ Independentemente da existência de culpa
⮚ O dever de indenizar resulta da relação entre o dano e a atividade profissional.
Nova redação Lei n° 12.299 de 27 de julho de 2010 (altera redação do Estatuto do
Torcedor)
Art, 1°-A – Prevenção da violência (responsabilidade de todos)
Art 2°-A – Torcida organizada (cadastro completo de membros)
Art 13-A – Condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 434


Incisos I a IX, e parágrafo único.
Art.39-A - A torcida organizada que promover tumulto, praticar ou incitar a violência ou invadir
local restrito aos competidores, árbitros, fiscais, dirigentes, organizadores ou jornalistas será
impedida, assim como seus associados ou membros, de comparecer ao local em que se
realize evento esportivo.
Prazo: até 03 (três) anos
Art. 39-B – A torcida organizada responde civilmente, de forma objetiva e solidária, pelos
danos causados por qualquer um dos seus associados ou membros no local do evento
esportivo, em suas imediações ou no trajeto de ida e volta para o evento.
DOS CRIMES
Art 41-B – Promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos
competidores em eventos esportivos.
Pena – reclusão de 01 (um) a 02 (dois) anos e multa.
Parágrafo 1°, incisos I e II
“CAMBISMOʺ
Art 41-F – Vender ingressos de evento esportivo, por preço superior ao estampado no bilhete.
Pena – Reclusão de 01 (um) a 02 (dois) anos e multa.
Art 41-G – Fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço
superior ao estampado no bilhete.
Pena – Reclusão de 02 (dois) a 04 (quatro) anos e multa.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 435


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO:VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO: 604 POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS.
PROCEDIMENTO: 604.1 Contato com Entidade Promotora/ Autoridades/ Reunião Estado Maior.
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Polícia militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reunião com Entidade Promotora do evento em local específico;
2. Definição e Reunião do Estado Maior da Operação.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Recebimento do documento de solicitação de emprego da Polícia Militar em evento
específico, que necessite de atuação especial, com data mínima antecedente ao evento de
05 dias úteis para eventos de pequena proporção, 10 (dez) dias úteis para os de média
proporção e 20 (vinte) dias úteis para os de grande proporção e Extraordinários;
2. Contatar Entidade Promotora, fins de agendar reunião prévia;
3. Reunião para planejamento da operação e diretrizes a serem tomadas, pela entidade
Promotora e demais Instituições (Promotor do evento, Administrador do local, Comissariado
de Menores, Poder Judiciário, Policia Civil, Policia Militar, Corpo de Bombeiros, Profissionais
da Imprensa, Empresa de Segurança, Equipe Médica, Prefeitura, outros órgãos, Federações
de Ligas Desportivas, Protagonistas do evento);
4. Reunião da Polícia Militar para definição de Comando do evento bem como seu Estado Maior,
para planejamento da Operação, baseado nas informações primárias de proporção do
evento;
5. Apresentar os procedimentos legais para a emissão de notificação de efetivo para a
respectiva recolha da taxa de fiscalização (TASEG) e serviços diversos para o fornecimento
de Policiamento Preventivo;
6. Cientificar à entidade promotora do evento que abertura dos portões e entrada do
público só serão permitidas após a chegada da PM e autorização do comandante da
operação para tal liberação.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que se defina e demonstre as Responsabilidades inerentes a cada Entidade/ Instituição
envolvida no evento;
2. Que se mantenha o prazo mínimo para correto planejamento e elaboração de documentos
necessários à Preparação e Execução da operação, evitando improvisações;
3. Que se definam as proporções do evento, para correto emprego de efetivo Policial Militar;
4. Minimizar os riscos à vida e integridade física das pessoas, nos eventos em que a Corporação
se fizer presente, através do Policiamento Ostensivo, racionalizando meios e maximizando
resultados.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Contatar Entidade/Instituição que não tenha sido acionada pela Entidade Promotora do
Evento na Reunião prévia, informando de suas responsabilidades quanto à realização do
Evento;
2. Quanto à falta de dados necessários sobre o Evento, por parte da Entidade Promotora,
estipular prazo de 24 horas para levantamento dos dados.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 436


POSSIBILIDADES DE ERRO
1. A não participação da reunião e envolvimento de qualquer Entidade/Instituição necessária ao
Evento;
2. A Polícia Militar, pelo imediatismo e falta de tempo/previsão do evento, empregar Tropa sem
conhecimento da missão, da proporção do evento e do local de atuação;
3. Falta de definição do Comando e Estado Maior da Operação, não definindo atribuições para
o planejamento;
4. Abertura antecipada dos portões e acesso ao público, sem a presença da PM, colocando em
risco toda segurança do evento.

ESCLARECIMENTOS:

1. Documento de Solicitação - A instrução do pedido de Policiamento deverá conter:


a. Requerimento (Solicitação de Vistoria Prévia), (Reconhecimento de firma da assinatura do
requerente, em razão de ser sujeito passivo da obrigação tributária), qualificação do
requerente.
b. Cópia do Alvará de funcionamento da edificação, onde se realizará o Espetáculo Público,
expedido pela Prefeitura Municipal (com o número de ingressos colocados à venda).
c. Certidão da Prefeitura Municipal com a capacidade de lotação do local, quando esta condição
não constar do Alvará de funcionamento.
d. Cópia do Alvará de funcionamento do Espetáculo Público contendo a capacidade de lotação,
em consonância com a previsão de público (n° de ingressos colocados à venda), quando
houver:
• alteração da destinação de utilização do local;
• ampliação da capacidade de público, ou
• áreas novas implantadas (palco, arquibancada, tribunas, banheiros, etc)
Obs: alguns municípios podem não ter previsão legal para a atribuição à Prefeitura, o
documento não poderá ser exigido.
e. Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB);
• Independe de convênio do Corpo de Bombeiros com a Prefeitura local.
f. Alvará do Juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude, se permitir o ingresso de
menores de 18 (dezoito) anos;
• Protocolo pode ser aceito, sendo exigido na vistoria prévia.
g. Certidão do promotor do Espetáculo Público, onde constará o número de ingressos colocados
à venda, responsabilizando-se pela abertura dos portões somente após a liberação do
comandante do policiamento, bem como atestar a existência de equipes:
• Corpo de Bombeiros.
• Equipe média (OMS - 1 médico e 2 enfermeiros para cada 5 (cinco) mil pessoas), (1 médico
e 2 enfermeiros padrão para cada 10 (dez) mil torcedores presentes à partida). Art. 16, III e
IV Estatuto do Torcedor (1 (uma) ambulância para cada 10 (dez) mil torcedores presentes à
partida).
• Equipe de segurança privada (registro à Polícia Federal e Ministério da Justiça).
• Controle de acesso do público ao local do Espetáculo Público e áreas restritas.
• Segurança de pontos sensíveis (palco, geradores, etc).
Obs: identificar sem dúvidas o promotor do evento, comparar a capacidade do local com o
número de ingressos colocados à venda e qualificações adequadas das equipes.
h. Atestado do Engenheiro responsável, sobre as condições de segurança, de acordo com
normas técnicas:
• sistema de para-raios;
• instalações elétricas comuns à edificações;
• parte estrutural da edificação, de acordo com as normas da Prefeitura;
• das áreas novas implantadas;
• existência de pessoal técnico especializado, para durante o Espetáculo, guarnecer pontos
sensíveis (torres de iluminação, torre de som, casa de força, geradores, etc);
Obs: qualificação adequada do engenheiro e verificação junto ao Conselho Regional;

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 437


i. Não aceitar o pedido de vistoria (não deverá ser protocolado) se estiver em desacordo,
especialmente na falta de documento exigido.
Aceito o pedido de vistoria prévia das instalações, verificar:
• Responsabilidade do referido BPM;
• Atentar ao prazo que antecede o Espetáculo Público.
• Vistoria deverá ser acompanhada:
• Promotor do Espetáculo Público e do engenheiro responsável, ou
• Responsável pelo local.
Pequena Proporção - até 500(quinhentas) pessoas presentes;
Média Proporção - de 500(quinhentas) a 2.500 (duas mil e quinhentas) pessoas presentes;
Grande Proporção - de 2.500 (duas mil e quinhentas) a 10.000 (dez mil) pessoas presentes
Extraordinários - acima de 10.000(dez mil) pessoas presentes.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 438


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO: 604 POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS.
PROCEDIMENTO: 604.2 Documentos necessários.
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Comandante da Operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Recebimento do pedido de Policiamento.
2. Vistoria técnica do local (Laudo de Inspeção de Estádios ou similar).
3. Elaboração da Ordem de serviço.
4. Elaboração da Escala de Eventos.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Realizar análise completa do pedido de solicitação de policiamento em evento se contém
toda documentação necessária (vide esclarecimentos POP 604.1);
2. Após recebimento do pedido, realizar levantamento de dados relativos ao evento,
classificando-o de acordo com suas proporções;
3. Após levantamento prévio dos dados e definição do Estado Maior, a seção de planejamento
da Operação, juntamente com Comandante da Operação, ficará encarregados da realização
da Vistoria Técnica do Local, tendo como base os dados prévios colhidos bem como a Análise
de riscos (vide POP 604.3);
4. Elaboração e Emissão da Guia de recolhimento – TASEG
5. Elaboração da Ordem de Serviço, conforme modelo padronizado pela Gestão de
Planejamento (PM-3) da Instituição, relativa ao emprego de Policiamento em evento,
devendo estipular nesta as Fases da Operação;
6. Elaboração da Escala de eventos, contendo respectivos Postos/Setores de atuação da
Polícia Militar, especificando a atribuição de cada Policial empregado no evento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Garantir a documentação necessária para realização do evento, minimizando riscos quanto
a sua realização, antes, durante e ao seu término;
2. Garantir a integridade física das pessoas envolvidas no evento, entre Policiais Militares,
Protagonistas, Organizadores e Público subsidiada por toda documentação elaborada;
3. Garantir o cumprimento Fiscal de acordo com a legislação em vigor;
4. Cientificar Escalão superior bem como demais autoridades, através do Laudo Técnico e
Ordem de Serviço acerca do Planejamento da Operação;
5. Na elaboração da Escala de Eventos, que cada Policial seja cientificado de suas funções e
atribuições no evento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Após realização do Laudo de Vistoria Técnica, em caso de irregularidades, estipular prazo
de 48 (quarenta e oito) horas para sanar tais irregularidades e realizar nova Vistoria Técnica,
emitindo parecer com modificações necessárias ou indicação de outro local para realização;
2. Prevalecendo ainda tais irregularidades, proceder a análise de riscos (vide POP 604.3) para
posterior deliberação;
3. Se ainda constatado sérias irregularidades, que prejudiquem a segurança do evento, realizar
representação preventiva junto ao Ministério público, antes do evento;
4. Proceder devidas alterações na escala de eventos, conforme se fizerem necessárias, por
motivo de falta/ remanejamento de Policial;

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 439


POSSIBILIDADES DE ERRO
1. A PM não receber corretamente toda documentação pertinente ao pedido de Policiamento;
2. A PM não realizar a vistoria técnica do local;
3. A PM não informar às demais Entidades/Autoridades envolvidas acerca de problemas quanto
à segurança do evento;
4. Deixar de confeccionar Escala de Eventos com suas especificidades;
5. A PM realizar o policiamento sem as documentações necessárias.

ESCLARECIMENTOS:

1. FASES DA OPERAÇÃO: As operações de Policiamento em praças desportivas


deverão ser planejadas, considerando as seguintes fases:
a. Formatura e preleção para Tropa;
b. Embarque, deslocamento motorizado e desembarque;
c. Assunção de Setores e Postos de Policiamento;
d. Abertura dos portões;
e. Movimentação do efetivo entre os postos, conforme a necessidade;
f. Abertura das saídas e evacuação do público, inclusive na parte externa;
g. Escolta dos árbitros e delegações;
h. Formatura, embarque, deslocamento, desembarque e liberação do efetivo.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 440


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO: 604 POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS.
PROCEDIMENTO: 604.3 Análise de Riscos.
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Comandante da Operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Critérios para determinação de efetivo;
2. Realização da primeira Análise de riscos;
3. Realização da segunda Análise de riscos.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Para definição do efetivo, após classificação prévia de proporção do evento, utilizar os critérios
de características do local, o tipo do evento, as características do público (vide POP 604.4), a
missão a ser desempenhada, a circunstância do evento e as características da tropa a ser
empregada;
2. Realizar a primeira Análise de Riscos, estudando os fatores que podem influenciar o
Planejamento da operação;
3. Realizar a segunda Análise de Riscos, verificando, no dia do evento, os fatores que podem
prejudicar o andamento do evento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Correto emprego de efetivo Policial, em guardadas proporções e necessidades;
2. Minimizar riscos ao evento, garantindo um bom planejamento e consequentemente boa
prestação de segurança no local.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Alterar especificidades da escala, quando houver alteração do local ou do emprego dos
policiais;
2. Após realização da primeira Análise de risco, utilizar medidas de redução ou eliminação
destes, realizando a seguinte sequência: contato com órgão competente; contato com
organizador do evento; oficiar ao Escalão Superior, Ministério Público, Federação desportiva;
analisar riscos advindos da nova situação;
3. Durante a data do evento, após realização da segunda Análise de risco, em se constatando
irregularidades, adotar seguinte sequência: contato com organizador do evento; avaliar sobre
interdição parcial ou total do evento; avaliar os riscos de continuar ou de proibir o evento;
4. Produzir provas materiais; Cientificar Escalão superior; Elaborar Boletim de Ocorrência
(quando necessário) e demais documentos;
5. Nos casos de impossibilidade de realização do evento, devido a riscos sérios de
segurança do público, a PM pode interditar o evento parcial ou totalmente, arrolando
devidas provas do problema iminente (fotos, testemunhas, filmagens), juntamente com
Laudo Técnico.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Escala confeccionada erroneamente, desproporcional ao evento;
2. Não realizar primeira Análise de risco, impossibilitando previsão dos riscos ao evento;
3. Não realizar a segunda Análise de risco, inobservando fatores que possam prejudicar o
evento;
4. Deixar de tomar medidas atinentes no caso de interdição do evento.

ESCLARECIMENTOS:

1. ANÁLISE DE RISCOS: Estudo dos fatores humanos, político/sociais, logísticos, estruturais e


naturais que podem influenciar o andamento do evento.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 441


FATORES HUMANOS: Características do público (vide POP 604.4), quantitativo estimado e
tipo de evento (beneficente, religioso, artístico-cultural, esportivo).
FATORES POLÍTICO/SOCIAIS: Fatores que podem influenciar emocionalmente o público
(interesse no evento, momento político, envergadura do evento, clamor público).
FATORES LOGÍSTICOS: Relacionado a estrutura policial e ser empregada, materiais,
transporte, capacidade de gerenciamento de problemas.
FATORES ESTRUTURAIS: Análise da compatibilidade entre o local do evento com o tipo do
evento, bem como a disposição de ingressos, acomodação do público, segurança nas
imediações do local.
FATORES NATURAIS: Efeitos climáticos que possam trazer consequências ao evento.
FATORES HISTÓRICOS: Edições anteriores do evento, que se tenha registrado qualquer
fato que necessite de análise para o correto emprego policial.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 442


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO
PROCESSO: 604 POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS
PROCEDIMENTO: 604.4 Relacionamento com Público.
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificar Tipo de Público, entre Pagantes e não-pagantes;
2. Análise e distinção do Público Pagante, torcedores eventuais e fanáticos;
3. Análise e identificação do público não-pagante;
4. Fatores psicológicos que afetam o público.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Realizar a identificação, através de todos os dados do evento, dos tipos de público presentes,
tendo o tratamento específico para o Público Pagante, sendo os torcedores, fãs, consumidores
(prestação de serviço, através da compra-venda) e para o Público não-pagante, sendo
crianças, idosos, profissionais da imprensa, organizadores, Federações, firmas de segurança,
administradores do local, autoridades;
2. Verificar entre o público pagante, os torcedores/fãs eventuais, aqueles que têm como principais
características a presença irregular nos jogos/shows, comparece descaracterizado em relação
a grupos organizados, de aspecto mais pacato e presente com familiares;
3. Os Torcedores Fanáticos poderão ser identificados como aqueles que apresentam maior
constância nos eventos, geralmente mais extrovertidos, com caracterização de vestes, com
bom conhecimento de seu time/ídolo, com capacidade de cometer atos violentos e de
vandalismo, atuando geralmente em grupos;
4. Levar em consideração o Quadro comparativo entre Torcedores eventuais e fanáticos, com
suas devidas tipicidades de Fanatismo;
5. Realizar antecipadamente, a identificação e separação dos locais destinados ao Público não-
pagante, bem como nunca ultrapassar limites físicos e/ou de atribuições;
6. Levar em consideração, sempre, os fatores psicológicos que podem afetar o público
presente, em especial os fanáticos.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o Policial Militar saiba identificar os Tipos de Públicos presentes no evento, distinguindo
os pagantes e não-pagantes;
2. Que sejam estipulados e bem definidos os limites de atuação, atribuição, bem como espaço
físico utilizado pelo público não-pagante;
3. Que o Policial Militar saiba identificar os fatores psicológicos que podem afetar indivíduos
presentes em espetáculos públicos.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Após a percepção inicial do PM, diante do público presente, de haver risco de conflitos ou
qualquer problema de relacionamento público específico, adotar medidas de inibição de
desordens;
2. Insistir no diálogo e bom tratamento para com o público de maneira geral;
3. Constatada ação ilegal ou em desconformidade com o evento, realizar separação do indivíduo
dos demais, adotando a medida pertinente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O PM não Identificar o tipo de público que se encontra no evento, não reduzindo assim o risco
de problemas futuros;
2. O PM não se cientificar do público não-pagante, tendo seu tratamento devendo ser específico.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 443


ESCLARECIMENTOS:

1. QUADRO COMPARATIVO: Relação de comparação de aspectos dos Torcedores/fãs


eventuais dos fanáticos:
TORCEDOR/FÃ EVENTUAL (LEIGO) TORCEDOR/FA FANÁTICO
- Não conhece rotina do Policiamento/ Evento - Conhece a rotina do Policiamento/Evento
- Questionador - Comportamento automático
- Pode vir a trazer materiais proibidos - Distingue materiais proibidos dos permitidos
- Questiona alguns procedimentos - Consegue se safar em situações críticas
- Alvo fácil para aproveitadores - Ocasionam problemas de maior gravidade
- Público característico de shows artísticos - Público característico de partidas de futebol
2. TIPICIDADES DE FANATISMO: Alguns tipos de torcedores fanáticos apresentam
certas características, as quais podem ser percebidas pelos Policiais Militares sendo os
seguintes:
a. O Leal;
b. O Especialista;
c. O Brincalhão;
d. O Furioso;
e. O Mártir;
f. O Excêntrico.
O LEAL
a. Devota sua vida ao clube/artista.
b. O seu time nunca atua mal, ele apenas “tem algumas dificuldades”.
c. São fiéis consumidores;
d. Parcialidade total e obsessiva;
e. É paciente;
f. É de extrema importância para o clube/ídolo.
O ESPECIALISTA
a. Sabe mais do seu time do que o próprio treinador;
b. É altamente crítico;
c. Atualiza todos ao seu redor;
d. Tem sempre desculpas para suas previsões erradas;
e. Mostra-se sempre erudito após o jogo.

Seção I.01
O BRINCALHÃO
a. É o torcedor que cria um repertório de comentários cáusticos (importunos) e divertidos;
b. É um gozador;
c. As observações são quase sempre grosseiras, insultos.
O FURIOSO
a. Assim como o brincalhão, ele grita, porém suas observações são grosseiras e baseadas
na fúria;
b. Confina-se sempre a insultos simples e com endereço certo;
c. Fala mal do próprio time, a mãe do juiz ou os jogadores adversários como seu inimigo
mortal, estejam eles errados ou não;
d. É comum outros torcedores se reunirem e lhe dizerem para se calar;
e. Em bons momentos do espetáculo ele se cala e não aplaude ninguém;
f. Ele vê o jogo como uma terapia pessoal.

Seção I.02
O MÁRTIR
a. Nunca grita;
b. Geme baixo para si próprio e abana a cabeça tristemente;
c. É um pessimista extremo;
d. Chega a chorar antes mesmo que algo de mal aconteça ao seu ídolo;
e. Teme as derrotas e aterroriza-se perante a ameaça de “descer” de divisão;

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 444


f. Sempre vai ao jogo, mas não sabe bem por que, uma vez que sofre tanto.
O EXCÊNTRICO
a. Uma figura esquisita;
b. Usa trajes exóticos;
c. Fala sozinho;
d. Quer ser percebido por todos;
e. Tem um mundo próprio, mas precisas dos outros espectadores;
f. Deixa de lado todas as convenções.
3. PÚBLICO NÂO-PAGANTE: Presença em todos os tipos de eventos, devendo ser
analisada a concessão de entrada de cada tipo, bem como seus locais de acesso. São
considerados público – não pagante:
a. Crianças, idosos, convidados (concessão do promotor do evento);
b. Profissionais de imprensa;
c. Organizadores do espetáculo;
d. Federações ou Ligas de Desportos;
e. Empresários;
f. Firmas de segurança;
g. Administradores do local;
h. Autoridades.
4. FATORES PSICOLÒGICOS: Todo evento, em especial os esportivos, são formas de
lazer, e estando o homem cercado de problemas, de toda natureza, seja particular ou
profissional, necessita liberar suas tensões, buscando através da prática ou presença
nessas atividades a satisfação do seu lazer. O torcedor/ espectador, quando numa
massa, geralmente deixa de raciocinar e agir como indivíduo isolado, reagindo na
proporção em que a massa na qual se encontra reage, sofrendo influência dos seguintes
fatores psicológicos:
NÚMERO: Consciência que os integrantes da turba têm sobre o valor numérico da
massa - poder e segurança.
SUGESTÃO: componentes da turba aceitam sem discutir as propostas de um líder
influente.
CONTÁGIO: as ideias difundem-se e a influência transmite-se de indivíduo a indivíduo,
nas turbas. Atração de novos manifestantes.
ANONIMATO: dissolvido na turba, sente-se irresponsável por seus atos. Perda do
respeito próprio.
NOVIDADE: circunstâncias novas e desconhecidas. Nem sempre o indivíduo reage
conforme normas habituais.
EXPANSÃO DAS EMOÇÕES REPRIMIDAS: preconceitos e desejos insatisfeitos. O
indivíduo sempre desejou, mas nunca tinha ousado.
IMITAÇÃO: imitar o que os outros estão fazendo, torna-se parte integrante da turba.
5. MEDIDAS DE INIBIÇÃO DE DESORDEM: São consideradas medidas de inibição de
desordens, alguns mecanismos de controle, tais como:
a. O uso de filmadoras, sendo ideal o circuito interno de filmagens, fins de quebrar o
anonimato, na entrada do público e nos respectivos setores;
b. Identificação prévia dos líderes de torcida;
c. Proibição de faixas ou gritos que incitem à violência;
d. Patrulhas se deslocando na massa e se posicionando de forma visível;
e. Proibição de utilização de vestimentas de grupos organizados;
f. Coibir pequenas atitudes inconvenientes para que não se tornem problemas maiores.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 445


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO: 604 POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS.
PROCEDIMENTO: 604.5 Postos de Policiamento.
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Comandante da Operação e Comandantes de Postos.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Provisão do Policiamento a ser escalado nos devidos Postos;
2. Acompanhamento e contato com comandantes de cada Posto, durante a realização do
evento.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. O comandante da Operação realizará uma divisão da área do evento, delimitando setores do
policiamento e seus comandantes, sendo estipulado dentro de cada setor os postos de
policiamento necessários;
2. Na composição das Patrulhas, deverão ser comandadas por graduados, e será adotado um
número mínimo de 04 (quatro) ou mais policiais, podendo chegar até 12 (doze), especificando
suas atribuições e áreas limites de policiamento, podendo ser remanejados conforme
necessidade do evento.
3. As Patrulhas que atuarão no 1°setor/ campo/ isolamento de palco, deverão ter sua atenção
voltada para o público, atentando para postura e compostura, observando todos os presentes,
a fim de facilitar a quebra do anonimato;
4. As Patrulhas deverão primar por locais onde se aumente a premissa de “ver e ser visto”,
tomando cuidados atinentes ao seu material, quando realizar adentramento em locais
aglomerados, atuando conforme o movimento da massa, deslocando nas proximidades de
bares e banheiros nos intervalos, e realizando acompanhamento do público até os portões,
ao final do evento;
5. O Policiamento empregado nos Portões de acesso deverá atentar para a entrada de todo
público, realizando Busca Pessoal, coibindo entrada de materiais proibidos, como armas de
fogo, armas brancas ou objetos que possam ser utilizados como arma, fogos de artifício,
bebidas alcoólicas, substâncias tóxicas, latas, copos, garrafas, mastros de bandeira, podendo
ainda, em alguns eventos ser utilizados bafômetros em indivíduos que apresentam visíveis
sinais de embriaguez, que podem assim causar tumulto durante o evento;
6. As guarnições que atuarão nos portões de acesso deverão ter um efetivo mínimo de 03(três)
policiais por portão, observando as características e extensão de cada acesso, sendo
conveniente o uso de detectores de metais, apoio da equipe de segurança, orientando o
público quanto à correta entrada, respeitando os limites do balizamento;
7. O balizamento deverá ser realizado através de sinalizações e estruturas físicas de metais,
empregadas nas bilheterias e entradas do local, organizando o público em fila, podendo-se
utilizar de bolsões de segurança (espaços laterais isolados e vazios), evitando aglomerações
e início de tumulto;
8. As bilheterias, o controle do trânsito, escolta de protagonistas e policiamento ostensivo
fora do local destinado ao evento ficarão a cargo do Policiamento externo, realizado por outro
efetivo policial da mesma unidade ou de outras unidades de apoio;
9. Observar a sinalização interna, externa e emergencial do local, por ser de suma importância
para o bom andamento do evento, considerado fator de controle de multidão, devido às
seguintes características:
a. Reduz circulação desnecessária de pessoas;
b. Prevenção de eventuais confrontos de facções criminosas;
c. Evita lotação desordenada de setores específicos e consequente pânico;

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 446


d. As Externas deverão orientar o público para entradas, para setores do respectivo ingresso,
da infra-estrutura e serviços;
e. As Internas deverão orientar os deslocamentos, a distribuição e ocupação racional dos
espaços, banheiros e Posto de Comando;
f. As emergenciais deverão estar dispostas de fácil visualização em qualquer circunstância,
para situações de pânico;
Postos previstos para Praças Desportivas:
1. O primeiro Posto a ser previsto deverá ser o Posto de Comando, local destinado
exclusivamente à Tropa Policial Militar, com as seguintes atribuições:
a. Centralização das informações;
b. Guarda de materiais;
c. Elaboração de documentação;
d. Retenção e revista de pessoas detidas;
e. Controle e distribuição de alimentação;
f. Contatos com Administração e Promotor do evento;
g. Quanto a estrutura, deverá conter banheiros, linha telefônica, água potável, mesas, cadeiras
e local apropriado para guarda de materiais.
2. Definição prévia dos Policiais que atuarão na Escolta de árbitros (praças desportivas), pois
estes apresentarão para o evento em local e horário diferenciado, sendo que os eles terão as
seguintes atribuições:
a. Patrulha responsável pela proteção dos árbitros, com prévio contato com estes e uso de
viatura exclusiva;
b. Efetivo mínimo de 03 (três) Policiais Militares, tendo um Graduado como comandante;
c. Escolha por Policiais experientes em eventos, com boa apresentação e bom discernimento;
d. Posicionarão no limite do meio do evento, em local destinado ao centro de arbitragem, onde
deve ser facilitado seu emprego em qualquer local do campo/quadra;
3. A escolta de árbitros só ultrapassará as linhas que delimitam o local da competição em três
casos:
a. A arbitragem solicitar;
b. A arbitragem estiver em sério risco;
c. Houver quebra do princípio da legalidade.
4. Prever antecipadamente o efetivo que atuará como Pinças, pois estes deverão utilizar
uniforme diferenciado, preferencialmente agasalho e chuteiras (campo) ou tênis (competições
em quadra). Estes policiais terão as seguintes atribuições:
a. Atuarão exclusivamente no 1°setor do evento (dimensões de entrada do campo/quadra);
b. Atuação em situação de invasão do 1°setor, por torcedores/fãs;
c. Cuidados no momento da atuação;
d. Deverão ter bom preparo físico, bem como boa noção de técnicas de defesa pessoal;
5. Escalar ao menos 02 (dois) Policiais que atuarão no Posto de arrecadação, pois apesar de
não ser atribuição da PM a guarda de valores, pode ser considerado um ponto de risco de
atuação de criminosos em potencial. Estes Policiais terão as seguintes atribuições:
a. Deverão estar armados e utilizando coletes de proteção balística;
b. Realizarão o monitoramento da segurança do local, do recolhimento de bilhetes, da renda e
público do evento;
6. Escalar ao menos 01 (um) PM na central de Monitoramento do local, fins de realizar a
visualização do Circuito interno de TV, informando o Comandante da Operação/
Comandantes de setores de possíveis intervenções a serem realizadas;
7. Havendo previamente a hipótese de presença de torcidas antagônicas, adotar a Divisão de
Torcidas, devendo ter as seguintes características:
a. Servirá para manter distância entre as torcidas antagônicas;
b. Costuma ser um dos pontos mais críticos;
c. Deverá ser observado anteriormente a presença ou não de obstáculo físico de separação da
torcida, bem como se o material empregado não corre o risco de ser utilizado como arma
pelos torcedores;

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 447


d. Deverão ser estipulados uma distância segura entre as torcidas e os Policiais, para uma
melhor atuação/ intervenção da PM, bem como possível retirada de torcedores, em situação
de prisão ou socorro médico;
e. A Tropa empregada deverá ter sua atenção voltada exclusivamente para as torcidas,
adotando como formação uma coluna, em toda extensão onde se encontram as torcidas;
f. Deverão ser empregados policiais de bom porte físico, com presença de alguns com escudos
e BP 90;
g. Deve ser preferencialmente utilizada a separação através de obstáculos físicos fixos, com
vista bloqueada de uma torcida para outra, evitando assim provocações, insultos, entre outros
problemas.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que sejam previstos corretamente os postos de policiamento e empregados corretamente o
quantitativo de policiais;
2. Que o Comandante da Operação tenha um correto acompanhamento de todas as ações nos
Postos durante o evento;
3. Que seja bem definido o local destinado ao Posto de Comando da PM;
4. Que a arbitragem não sofra problemas antes, durante e após o evento, através da escolta de
árbitros;
5. Que não haja invasão de campo/quadra, através dos Pinças;
6. Que haja devida segurança nos postos de arrecadação e monitoramento;
7. Que não haja encontro de torcidas antagônicas, através da divisão de torcidas;
8. Que impossibilite a entrada de armas e materiais proibidos nos portões de acesso;
9. Que o evento tenha uma correta e completa sinalização.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Realizar o remanejamento de policiais em postos diferentes, de acordo com a necessidade
imediata de cada posto;
2. Havendo a necessidade, realizar intervenção especial de polícia em caso de Controles de
Distúrbio Civis de maiores proporções (vide POP 604.6);
3. Caso o torcedor/fã tentar ingressar com armas ou qualquer outro material proibido, realizar
apreensão do material, elaborar B.O. e encaminhamento das partes até o CISC/Delegacia.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O PM não realizar a correta busca pessoal e vistoria na entrada do público nos portões de
acesso;
2. Na hipótese de intervenções do policiamento, havendo falta de policiais para cobertura de
postos, o comandante deixar de fazer ou de ser informado;
3. Haver ataques do público e dos protagonistas (jogadores, comissão técnica) contra os árbitros,
devido a desatenção da escolta de árbitros;
4. Haver invasão e permanência de torcedores no campo, por inobservância das pinças;
5. Tentativa de furto/roubo nos postos de arrecadação, sem a ciência e intervenção da PM;
6. Falta de sinalizações diversas.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 448


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO: 604 POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS.
PROCEDIMENTO: 604.6 Atuação Policial em Controle de Distúrbios Civis
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Polícia militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Capacitação antecipada dos policiais em Controle de Distúrbios Civis;
2. Identificação pelos Policiais de início do Distúrbio Civil;
3. Atuação em Controle de Distúrbios Civis;
4. Recolhimento de provas e elaboração de Boletim de Ocorrência.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Realizar a capacitação prévia e continuada de CDC do efetivo policial que atuará em eventos
de média e grande proporção, bem como os Extraordinários, em constantes instruções, as
quais deverão:
a. Fazer apresentação e uso dos equipamentos e materiais bélicos de CDC;
b. Demonstrar a constituição do Pelotão de CDC;
c. Aplicar o efetivo instruído nas formações de CDC;
2. O policiamento empregado no evento realizará a identificação do início do Distúrbio Civil,
através das ações que atentem contra segurança do evento, realizadas em grupo, através do
comportamento coletivo;
3. Deverão ser diferenciadas as ações que necessitam de gerenciamento de crise (vide POP –
505), com a adoção de medidas específicas de CDC, utilizando a doutrina de choque e
dispersão do distúrbio;
4. Diante de uma ocorrência de distúrbio civil dentro de um local de eventos, a solução deve ser
alcançada com atuação do próprio efetivo interno;
5. As munições químicas devem ser utilizadas somente no lado externo, onde há vias de fuga
suficientes; a utilização de “carga” também deve ser estudada e usada com critério para não
provocar correrias e machucar quem não está envolvido ou expor sobremaneira o policial;
6. Ao final do emprego do efetivo na contenção e controle do distúrbio civil, deverão ser
providenciadas provas do fato, através de fotos e filmagens prévias à atuação do efetivo,
durante a mesma e após, realizar recolhimento de materiais utilizados e, dentro das
possibilidades, realizar a detenção de pessoas envolvidas, para encaminhamento à
autoridade policial e lavratura do competente Boletim de Ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o efetivo empregado no evento esteja apto e em condições de realizar qualquer
intervenção em CDC;
2. Que qualquer policial empregado saiba identificar o início de um distúrbio civil, através do
comportamento coletivo da massa;
3. Que o distúrbio civil, após seu início, seja devidamente controlado e aceitavelmente
solucionado, primando sempre pela preservação da vida, da ordem pública e da aplicação da
lei;
4. Que na ocorrência de um distúrbio civil em área de evento, seja de imediato localizado seus
autores, reduzindo suas proporções do distúrbio, minimizando riscos à integridade física de
todo público presente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Após a percepção inicial do PM, diante do quadro apresentado de distúrbio civil, adotar a
ação pertinente, informando de imediato o comandante de setor e comandante do
policiamento;

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 449


2. No surgimento de qualquer ocorrência que possa incitar demais pessoas do público presente
a reagirem e desfavor da PM, retirar de imediato os envolvidos, encaminhando ao Posto de
comando;
3. No caso de pessoas feridas, providenciar socorro.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Emprego de efetivo não capacitado para ações em distúrbios civis;
2. Desatenção por parte do policiamento, deixando de inibir início de qualquer distúrbio;
3. Na atuação em CDC, não haver unidade de comando da ação, ou ainda acatamento das
determinações;
4. Não recolher provas do distúrbio, que justifiquem a ação policial.

ESCLARECIMENTOS:

Equipamentos: Comparando-se a atuação externa com aquela que deve ser conduzida para
o controle de pessoas dentro de um local de eventos, temos que considerar algumas
diferenciações com relação ao uso de equipamentos:
Capacete: em eventos, geralmente, não se utiliza capacete de controle de distúrbios civis,
pois o utilizado para este tipo de operação tem uma configuração diferente, apresentando
algumas desvantagens em relação ao anterior. Alguns modelos já atingem os objetivos de
segurança, inclusive com a existência de viseira, porém ainda se mostra muito desconfortável
e aquém daquilo que se espera de um capacete adequado.
Colete balístico: dificilmente utilizado por aqueles que trabalham em eventos, uma vez que,
partindo-se da premissa de que houve uma revista nas pessoas com vistas a inúmeros
objetos, dentre eles armas de fogo, verifica-se desnecessário sua utilização; contrário a isto,
em locais externos, o uso de colete se faz obrigatório pelo fato de haver uma grande
probabilidade de agressões a tiros.
Caneleiras: este equipamento é até levado pelos policiais, porém dificilmente há tempo de
se deslocar até o local onde este equipamento se encontra, colocá-lo e voltar para a
ocorrência; em suma, é quase impraticável a utilização de caneleiras, haja vista a dificuldade
em com ela ficar todo o evento e a perda de tempo em buscá-la quando diante de uma
ocorrência.
Escudos: pelo fato de existir uma atuação a partir de patrulhas o número de escudos é
reduzido a integrantes de Patrulhas móveis ou são dispostos em locais estratégicos (como
portões, PC) para eventual necessidade; seu transporte em meio ao público gera uma série
de problemas, pois gera descontentamento naqueles que sofrem um mínimo choque deste
equipamento, mas não podemos deixar de utilizá-los, pois em algumas situações de confronto
com torcedores ( arremesso de objetos) o que protege a tropa é justamente tal equipamento.
Uniforme: muito importante ao levar em conta o impacto psicológico que causa, em locais de
eventos, alguns uniformes não podem ser utilizados. O uniforme camuflado só é destinado
para ações em presídio e em controle externo de massas e, ainda assim, somente pela tropa
de choque; a instrução com capacete apresenta um impacto psicológico menor que o anterior,
mas é melhor que os demais uniformes.
Munição química: seu uso deve ser rechaçado ao extremo, pois as consequências advindas
trarão problemas maiores que aquele que ensejou seu uso; há que se entender que este
recurso traz um estado de pânico nas pessoas e atinge não só os envolvidos na ocorrência,
mas todos os demais espectadores, tendo em vista a onda de correria que se instala. Em
locais de espetáculo público (obviamente os fechados) não vislumbramos a presença de vias
de fuga adequadas, seja em quantidade seja em tamanho e sabemos que um dos critérios a
ser observado para a utilização de munição química é exatamente este. Há casos em que se
usou munição química e o resultado foi exatamente a instalação de um estado de pânico
generalizado e a ocorrência de várias mortes.
Funções do Pelotão de CDC:
1) Comandante do Pel CDC - 01 PM
2) Auxiliar do Comandante de Pel CDC – 01 PM;
3) Comandante de Grupamento Pel CDC - 03 PM;
4) Escudeiros – 12 PM;

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 450


5) Lançadores – 03 PM;
6) Atiradores – 03 PM;
7) Operador do canhão d’água / Homem extintor – 01 PM;
8) Motorista – 01 PM;
9) Segurança – 01 PM.
A fim de facilitar a comunicação e identificação dos Policiais numa possível intervenção, cada
policial deverá ter um Nº no Pel CDC.
Formações de CDC: Poderão ser ofensivas (Linha, cunha, escalão à esquerda, escalão à
direita) ou defensivas, sendo a última subdividida em dinâmicas (guarda alta, guarda alta
emassada, escudos acima, escudos ao alto) e estáticas (guarda baixa, guarda baixa-
emassada).
Comportamento Coletivo:
Aglomeração: grande número de pessoas temporariamente reunidas. Geralmente os
membros de uma aglomeração pensam e agem como elementos isolados e não organizados.
Poderá resultar de uma reunião transitória e acidental de pessoas tal como acontece em
mercados, pontos de ônibus, em determinados instantes.
Multidão: aglomeração psicologicamente unificada por interesse comum. A formação da
multidão caracteriza-se pelo aparecimento do pronome “nós” entre os membros de uma
aglomeração. Assim, quando o membro de uma aglomeração afirma – “nós estamos aqui
para...”, podemos afirmar que a multidão está constituída e não se trata mais de uma
aglomeração.
Manifestação: demonstração, por pessoas reunidas, de sentimento hostil ou simpático à
determinada autoridade, ou a alguma condição, ou movimento econômico ou social.
Turba: multidão em desordem. Reunião de pessoas que, sob estímulo de intensa excitação
ou agitação, perdem o senso da razão e respeito à lei e passam a obedecer a indivíduos que
tomam a iniciativa de chefiar ações desatinadas.
Tumulto: desrespeito a ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a um desígnio
comum de realizar certo empreendimento, por meio de ação planejada contra quem a elas se
possa opor.
Distúrbio civil: situação que surge decorrente de atos de violência ou desordem, prejudicial
a manutenção da lei e da ordem. Poderá porvir da ação de uma turba ou originar-se de um
tumulto.
Atuação: A atuação da tropa de CDC em locais públicos, como eventos, deve ser diferente,
uma vez que um dos principais fatores a ser observado na dispersão de multidões não é
favorável, pois às vias de fuga são em números insuficientes e em precária largura. A técnica
preconiza que se deve evitar o uso de munições químicas em local de evento, pois estas
funcionarão como potencializadores de pânico, o que pode levar a sérias catástrofes em
decorrência da grande desordem que se instala, haja vista a vontade desesperada de se
salvar. Deve-se evitar seu uso, para que o problema que exista não tome uma proporção
maior, causada por aquilo que deveria solucionar a questão.
Há também algumas diferenças quanto ao modo de atuação entre uma ação externa e uma
dentro de um local de evento:
Planejamento: dificilmente há tempo em fazê-lo, pois as ocorrências dentro destes locais
acontecem muito rapidamente e a atuação para seu controle também requer uma rapidez por
parte dos policiais para que pessoas não se machuquem e para que eles próprios não sejam
alvos de agressões. Em uma ação de choque “normal”, há condições de ter contato com um
mínimo de informações que servirão como parâmetros para um planejamento que norteará o
tipo de atuação dos policiais; e isto pode ser feito no próprio deslocamento da tropa, sendo
possível fazer uma prévia discussão sobre o terreno, a tática, a distribuição e emprego de
materiais etc. Isto é quase impossível em local de evento, pois o fator surpresa é que
prevalece, ou seja, dificilmente se consegue antecipar uma situação de confronto.
Atuação dos policiais: enquanto em uma ação externa é possível atuar em pelotão com
divisão das tarefas e certeza do grupo que ali se encontra; em um local de evento, muitas
vezes, a ocorrência deve ser resolvida por uma patrulha de três policiais que, conforme a
situação apresentada deve pedir apoio a outras patrulhas. Diante disso, haverá um

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 451


deslocamento de policiais para o local e a partir daí começar a estruturar um grupo e passar
a atuar com o efetivo que chegou e com o equipamento presente.
Comando: muitas vezes o comando não tem visualização do que está ocorrendo e cabe a
ele, se possível, deslocar-se até o local ou enviar alguém para assumir a frente da situação.
O importante é se preocupar com os apoios solicitados e não se esquecer de que existem
postos que não podem ser abandonados (portões, divisão de torcida, torcida adversária,
pontos sensíveis etc.), pois a vontade de todos os policiais é de apoiar seus companheiros,
devendo o comandante verificar a melhor opção e não colocar em risco o restante da
operação.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 452


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO: 604 POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS.
PROCEDIMENTO: 604.7 Encerramento do Policiamento e Confecção de Relatório
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Abertura de Portões e saídas de emergência;
2. Deslocamento do efetivo para áreas críticas nas saídas do público e dos protagonistas do
evento;
3. Confecção do Relatório.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Ao aproximar do término do evento, deverão ser abertos os portões de acesso e saídas de
emergência do local, fins de facilitar o deslocamento do público, não gerando aglomerações
desnecessárias;
2. Parte do efetivo empregado nas patrulhas e outros postos deverão deslocar para as
proximidades das saídas do público, porém não desguarnecer por completo qualquer posto de
policiamento previamente escalado;
3. Ao final da saída do público participante, o comandante do policiamento deverá reunir o efetivo,
preferencialmente próximo ao posto de comando, realizando o encerramento do policiamento
e deslocamento do local;
4. O comandante do policiamento deverá ainda receber alterações do policiamento pelos
comandantes de setores, fins de subsidiar a confecção do relatório;
5. Na sede da Unidade, confeccionar o relatório, constando todos os dados do evento;
6. Realizar o encaminhamento da documentação ao escalão superior e arquivamento, contando
todos os documentos pertinentes ao evento, sendo:
a. Relatório dos escalões subordinados junto com o relatório principal,
b. Relações de objetos e documentos encontrados e apreendidos,
c. Impressos de ocorrências,
d. Nota de serviço,
e. Ordens específicas ao serviço,
f. Escala do pessoal,
g. Cópias de parte,
h. Relação de detidos,
i. Processo de espetáculo público,
j. Fotos e recortes de jornais e revistas.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o público desloque para as saídas do local com segurança, sem ocorrências de tumulto e
aglomerações desnecessárias;
2. Que o efetivo atente para a saída do público, evitando o encontro de torcidas antagônicas,
brigas entre torcedores por qualquer desavença, ação de criminosos dispostos a efetuar
roubos, furtos e depredação de patrimônio;
3. Na confecção do relatório, que o comandante da Unidade bem como o Escalão superior seja
informado do desfecho da operação;
4. Que toda operação sirva como subsídio de informações para operações futuras.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Havendo a necessidade de um número maior de efetivo nas saídas do público, remanejar
efetivo de postos que já poderão ser desativados;
2. Na ausência de informações imediatas para confecção do relatório, reunir novamente com
comandantes de setores e/ou entidades participantes do evento.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 453


POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Surgimento de Ocorrências na saída do público;
2. Falta de documentos e dados para confecção do relatório;
3. Não informar o comandante da Unidade bem como o escalão superior alterações sobre o
evento.

ESCLARECIMENTOS:

1. Dados do evento: No Relatório do evento, deverá obrigatoriamente conter o pessoal


empregado da Unidade; meios empregados da Unidade; Meios e pessoal em reforço e apoio;
Ocorrências; Sugestões.

604 – POLICIAMENTO EM EVENTOS E PRAÇAS DESPORTIVAS 454


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO – VI
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
605
PROCESSO OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO COM CÃES
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. EPI para os cães conforme NGA Canil.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Ocorrência Com Apoio De 1. Acionamento da guarnição de policiamento com cães
Policiamento Com Cães (vide POP 605.1)
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Instrução Normativa Nº 001/2018/GAB/SEJUDH

ESCLARECIMENTOS

1. Necessidade de emprego do cão;


a. Detecção de explosivos
b. Detecção de entorpecentes;
c. Rastreamento e captura de pessoas;
d. Busca e salvamento;
e. Detecção de arma de fogo;
f. Intervenção tática ou patrulha.
2. Isolamento e preservação do local do fato e objetos correlatos
O local do fato deve ser isolado e preservado, de forma que o ambiente não se contamine
e dificulte a ação do cão.
Os indícios e vestígios deixados devem ser preservados, isolando o perímetro de modo
que ninguém contamine a área de busca e possível atuação.
O policial não deve alterar o local para fazer busca, pois modificará o odor do ambiente.
3. Informações coletadas sobre o fato;
a. Descrição da ocorrência;
b. Possíveis rotas de fuga, se for o caso;
c. Condições meteorológicas;
d. Tipos de terreno (elevação, vegetação, alagadiço, arenoso, etc.);
e. Em ambiente rural buscar identificar a localização através de pontos de fácil referência
(postos de gasolina, rios, obstáculos naturais, coordenadas geográficas, etc.).

605 - OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO COM CÃES 455


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO
PROCESSO: 605 OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO COM CÃES
PROCEDIMENTO: 605.1 Acionamento da guarnição de policiamento com cães
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Critérios para determinação do acionamento do Canil;
2. Isolamento do local da ocorrência da busca;
3. Contato com o Oficial de dia do Canil;
4. Realização da Análise de riscos;
5. Deslocamento para o local da ocorrência;
6. Efetivo a ser empregado (Binómio: Homem/Cão).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Tomar ciência da missão passada para a equipe de faro por meio de acionamento ou ordem
de serviço;
2. Para definição do acionamento do Canil, fazer classificação prévia do tipo de ocorrência ou
patrulhamento com cães, utilizando os critérios de características do local, a missão a ser
desempenhada, a circunstância e a modalidade da equipe a ser empregada;
3. Realizar a Análise de Riscos, com a equipe de serviço do canil, estudando os fatores que
podem influenciar na ocorrência ou policiamento com cães, com avaliação pelo comandante
da equipe do canil, da viabilidade ou não, no emprego do cão farejador ou cão de
patrulhamento tático;
4. A unidade que acionou o canil em caso de detecção de odores, deverá fazer o isolamento do
local para evitar possível contaminação do ambiente;
5. Chegando ao local de atuação, compartilhar informações sobre a ocorrência ou evento de
policiamento com cães;
6. Em caso de detecção de odores, efetuar, antes do emprego do cão, a vistoria de segurança e
o plano de busca, visando eliminar fontes de risco e distrativos para o emprego do cão farejador
e proporcionar eficiência nas buscas;
7. Em caso de indicação positiva nos acionamentos para detecção de odores, fazer busca
minuciosa nos locais da indicação;
8. Em caso de localização de produto ilícito, a guarnição que acionou o Canil fará a apreensão
dos materiais e a condução da ocorrência;
9. Realizar o compartilhamento dos dados da ocorrência (Boletim e etc.) com a guarnição do
Canil.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Canil prontamente acionado;
2. Correto emprego de efetivo Policial do Canil (Binômio);
3. Dados da Ocorrência devidamente transmitidos;
4. Haver cães farejadores disponíveis;
5. Deslocamento para o local da ocorrência dentro das normalidades.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Transmitir dados concretos, atualizando dados anteriormente transmitidos;
2. Não alimentar, premiar, manejar ou brincar com o cão sem anuência do operador do canil;
3. Seguir sequência de planejamento.

605 - OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO COM CÃES 456


POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Falha na comunicação para transmissão da ocorrência;
2. Transmitir dados incorretos sobre a ocorrência;
3. A guarnição não encontrar material que o cão de detecção indicar;
4. Não atuar de acordo com as técnicas para o policiamento com cães;
5. Cão ferido em policiamento ou ocorrência, por desatenção do policial;
6. Alimentar, premiar, manejar ou brincar com o cão sem anuência do operador do canil;
7. Ambiente sem isolamento, e com contaminação de odor.

ESCLARECIMENTOS:

1. Acionamento para Detecção de Explosivos: A equipe do Canil responsável pela modalidade


de detecção de explosivos (varreduras preventivas e reativas) somente será acionada pelo
Esquadrão Antibombas.
2. A unidade que acionou o canil, deverá fornecer uma cópia do Boletim de Ocorrência com todos
os dados do apoio para a equipe do Canil.

605 - OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO COM CÃES 457


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO – VI
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO
606
PROCESSO USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA RPA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Aeronave Remotamente Pilotada (RPA).
2. Baterias carregadas, quantas estivem disponíveis.
3. Estação de Pilotagem Remota (RPS), homologada pela ANATEL, com bateria carregada
(com ou sem display integrado).
4. Tablet/celular com bateria carregada (para estações de controle remota sem display
integrado).
5. Carteira de identidade funcional.
6. Certificado de cadastro da RPA na ANAC, via SISANT, em meio físico ou digital.
7. Autorização ou ciência do DECEA, via SARPAS, para realizar sobrevoo, em meio físico ou
digital.
8. Avaliação de risco operacional assinada e válida, em meio físico ou digital.
9. Manual da aeronave, em meio físico ou digital.
10. Procedimento Operacional Padrão, em meio físico ou digital.
11. Check list da aeronave em meio físico ou digital.
PROCEDIMENTOS
1. Uso seguro de RPA nas operações de segurança pública na PMMT.
DOUTRINA OPERACIONAL
1. ICA 100-40 - Instrução sobre Aeronaves não tripuladas e o Acesso ao Espaço Aéreo.
2. Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial nº 94, Emenda 02 - Requisitos gerais para
aeronaves não tripuladas de uso civil.
3. MCA 56-4 - Manual que trata de aeronaves não tripuladas para uso em proveito dos órgãos
de Segurança Pública, da Defesa Civil e de Fiscalização da Receita Federal. Rio de Janeiro,
2020.
4. Instrução Suplementar nº E94-003, Revisão A - Procedimentos para elaboração e utilização
de avaliação de risco operacional para operadores de aeronaves não tripuladas.

COMENTÁRIOS:

1. O uso de RPA em ações policiais deverá sempre ser realizado por um piloto de RPA que
esteja devidamente capacitado para manusear o equipamento, através de curso
específico e em acordo com os requisitos constantes no Regulamento Brasileiro de
Aviação Civil Especial nº 94, Emenda 02 de 30/11/21.
2. O piloto remoto, que for realizar qualquer voo, deverá estar acompanhado de outro policial,
que fará sua segurança.
3. É recomendado que na equipe haja outro piloto capaz de assumir a função de piloto
remoto da RPA quando necessário, especialmente em missões com mais de 60 minutos.
4. O Comandante da UPM deverá ser informado do resultado da operação, assim como de
alteração digna de registro durante o voo.
5. Em caso de incidente (não há lesão ou morte de pessoas) ou acidente (em caso de lesão
ou morte de pessoas) com RPA o órgão central de gestão de RPA na PMMT deverá ser
comunicado de imediato.

ABREVIATURAS E SIGLAS:

1 - ANAC: Agência Nacional de Aviação Civil.


2 - ANATEL: Agência Nacional de Telecomunicações.
3 - DECEA: Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
4 - EVLOS: Extended Visual Line of Sight - Operação em Linha de Visada Visual
Estendida.
5 - GPS: Global Positioning System - Sistema de Posicionamento Global.

606 - USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA RPA 458


6 - ICA - Instrução do Comando da Aeronáutica.
7 - IMU: Inertial Measurement Unit - Unidade de Medição Inercial.
8 - RPA: Remotely Piloted Aircraft - Aeronave Remotamente Pilotada.
9 - RTH: Return To Home – ir para casa.
10 - RPS: Estação de Pilotagem Remota.
11- SARPAS - Sistema de Autorização de Acesso ao Espaço Aéreo.
12 - SISANT: Sistema de Aeronaves não Tripuladas.
13 - UPM: Unidade Policial Militar.
14 - VLOS: Visual Line of Sight - Operação em Linha de Visada Visual.

606 - USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA RPA 459


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO
PROCESSO: 606 USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA RPA
PROCEDIMENTO: 606.1 Uso seguro de RPA nas Operações de Segurança Pública na PMMT
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Certificar-se de que as hélices estão seguramente instaladas antes do voo.
2. Certificar-se de que as hélices cinzas estão colocadas nos motores com seta cinza e as hélices
pretas nos motores com seta preta.
3. Check list pré voo devidamente preenchido, antes do voo com a RPA.
4. Planejamento do voo, informação ou solicitação da autorização do DECEA, conforme aplicável.
5. Sobrevoo de pessoas e propriedades.
6. Voo nas proximidades de redes elétricas.
7. Planejamento da operação em decorrência do tempo de duração da bateria (autonomia de voo).
8. Previsão de substituição das baterias das aeronaves.
9. Sincronização da aeronave com o sistema.
10. Voo nas proximidades de locais com concentração de pipas, pássaros e outros semelhantes.
11. As peças rotativas podem se soltar e causar ferimentos.
12. Definir o return to home (ponto de retorno) da aeronave antes de iniciar a missão.
13. Verificar se a aeronave está configurada para retornar ao ponto de decolagem em caso de falha
de comunicação.
14. Os voos realizados no período noturno prejudicam o funcionamento dos sensores anticolisão e
a manutenção do contato visual com a RPA.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
ANTES DO VOO
1. Receber determinação do Comandante da UPM para emprego da RPA (ordem de serviço
supre esta exigência).
2. Planejar o voo atentando para as restrições previstas na legislação, em especial, o MCA 56-4
e a ICA 100-40.
3. Informar (quando atendidos os critérios da legislação – MCA 56-4) ou solicitar autorização para
voo através do SARPAS, disponível no link: https://sarpas.decea.mil.br/login/. Nos casos não
considerados espaços aéreos (áreas confinadas) não há necessidade de informar/solicitar
autorização via SARPAS.
4. Observar as condições meteorológicas antes de realizar o voo: não utilizar a RPA na chuva e
nem com ventos cuja a velocidade seja superior à permitida nas especificações do
equipamento.
5. Conhecer as limitações operacionais da RPA, estudando os manuais de operação e de
emergência do equipamento para saber como agir no caso de ocorrer alguma pane ou em
caso de situação anormal.
6. Realizar a inspeção pré voo conforme orientações do manual, verificar a integridade do cartão
de memória a ser utilizado no voo.
7. Verificar especialmente os rotores, e retirar qualquer resíduo de sujeira que esteja prejudicando
seu funcionamento.
8. Instalar as hélices nos rotores, se for o caso.
9. Remover a trava do gimbal.
10. Verificar limpeza da câmera e dos sensores anticolisão, limpando da forma recomendada pelo
fabricante (geralmente flanela fina e seca).
11. Conectar o tablet/celular na RPS (para estações de controle remota sem display integrado).

606 - USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA RPA 460


12. Ligar a estação de controle remoto e abrir o aplicativo.
13. Inserir bateria carregada na RPA.
14. Ligar a RPA.
15. Checar integridade e níveis de carga das baterias da RPA (verificar voltagem das células da
bateria), da estação de controle remoto e do tablet/celular.
16. Verificar se a RPS está configurada no modo “normal”, referente a RPA Mavick Air 2, ou
equivalente.
17. Verificar a capacidade de armazenamento disponível no cartão de memória a ser utilizado no
voo.
18. Realizar a calibragem da bússola (sempre que o sistema solicitar e quando ocorrer
deslocamento entre cidades) e IMU (uma vez por mês e sempre que o sistema solicitar).
19. Configurar o limite da carga da bateria, em uso na RPA, para acionamento do “return-to-home”
em 30%.
20. Definir o ponto de decolagem e pouso (return-to-home).
21. Definir o modo de retorno para “return-to-home”, em caso de perda do sinal do rádio controle.
22. Checar o número de satélites disponíveis, e só iniciar o voo quando forem conectados ao
menos 10 (dez).
23. Não voar com advertência amarela ou vermelha na tela do aplicativo.
24. Mudar o local de decolagem caso ocorra aviso de interferência eletromagnética ou caso
existam obstáculos que possam colocar em risco a operação ou ameaças que coloquem em
risco o piloto.
DURANTE O VOO
1. Não utilizar comandos bruscos para subir a aeronave.
2. Decolar e manter a aeronave estável a uma altura aproximada de 2 metros por 15 segundos e
verificar se a aeronave se mantém estável.
3. Identificar a altura de segurança, compreendida como a altura da maior elevação, natural ou
não, no local da operação acrescida de cerca de 10 metros.
4. Subir na vertical do ponto de decolagem.
5. Não voar abaixo da altura mínima de segurança.
6. Não afastar a RPA além da linha de visada do piloto ou observador mais próximo dela.
7. Ativar e manter ativos todos os sensores anticolisão.
8. Não ativar o modo Sport ou Cine, referente a RPA Mavick Air 2, ou equivalente. pois estes
inviabilizam a atuação do sistema anticolisão.
9. 9 - Realizar o voo preferencialmente durante o dia.
10. Atentar para obstáculos acima da RPA uma vez que esta área não possui sensores anticolisão.
11. Somente sobrevoar pessoas em ações de defesa civil ou de segurança pública com
equipamento adequado para este fim, conforme definido em avaliação de risco operacional.
12. Receber autorização motivada da autoridade pública competente pelo local, para realizar
sobrevoo no interior de prédios públicos do Estado e construções fechadas similares, mesmo
que parcialmente (ginásios, estádios, arenas a céu aberto, unidades policiais e
estabelecimentos prisionais e socioeducativos), de áreas de segurança, como presídios e
instalações militares, ou sobre infraestruturas críticas, como usinas termelétricas ou estações
de distribuição de energia.
13. Atentar às linhas de energia e obstáculos.
14. Ao avistar qualquer aeronave em voo nas proximidades, iniciar o procedimento de pouso
imediatamente.
15. Caso seja verificada a operação de aeromodelo próximo a área em que se pretenda operar
uma RPA de responsabilidade do Estado, a operação do aeromodelo deverá ser
imediatamente interrompida.
APÓS O VOO
1. Desligar a RPA.
2. Desligar a RPS e desconectar o tablet/celular.
3. Retirar as hélices dos rotores da RPA, se for o caso.
4. Retirar a bateria da RPA.
5. Inserir a trava do gimbal;
6. Colocar as baterias para carregar, somente após esfriamento completo.

606 - USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA RPA 461


7. Preencher o check list pós voo, relatando qualquer incidente ou fato digno de registro durante
a operação.
8. Descarregar os dados em computador próprio e compartilhar conforme autorizado.
9. Esvaziar o cartão de memória e inseri-lo na aeronave.
10. Após esfriamento natural, acondicionar todos os componentes em local adequado.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Padronizar os procedimentos da PMMT quanto ao uso de RPA, classe 3, em operação de linha
de visada visual (VLOS) ou estendida (EVLOS), até 400 pés (120 metros), nas ações e
operações de segurança pública e defesa civil.
2. Realizar operações com atenção aos dispositivos legais, buscando maior segurança e menor
risco.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Somente realizar o voo após ter realizado o devido carregamento das baterias.
2. Manter a RPA e a RPS com as versões dos softwares sempre atualizadas conforme o
fabricante.
3. Atentar-se às recomendações previstas na ordem de serviço.
4. Seguir rigorosamente as autorizações dos órgãos de controle do uso do espaço aéreo brasileiro.
5. Operar observando os preceitos da segurança da equipe e dos equipamentos.
6. Checar manualmente cada rotor e realizar limpeza antes do voo.
7. Caso a RPA seja ligada com a trava do gimbal: desligar a RPA, retirar a trava do gimbal e ligar
novamente a aeronave. A não observância deste item pode acarretar em dano a aeronave e
alto custo para reparo em local especializado.
8. Verificar com cuidado a inserção de cada hélice, se for o caso, atentando para o sentido de giro
de cada uma.
9. Realizar a calibragem da IMU e bússola da RPA sempre que o sistema solicitar, devendo
calibrar a IMU uma vez por mês e a bússola sempre que houver deslocamento entre cidades,
ainda que não seja solicitado pelo sistema.
10. Aguardar o emparelhamento com no mínimo 10 satélites, e se for possível, buscar área aberta
e com pouca interferência.
11. Evitar a rota de pipas e afins.
12. Em caso de negativa da informação ou autorização de voo no SARPAS o voo não pode ser
realizado. O piloto deverá realizar nova informação/autorização estabelecendo novo local de
voo.
13. Sendo necessário operar dentro dos limites de segurança do aeródromo, deve ser feita,
ANTECIPADAMENTE, uma estreita coordenação com o órgão responsável pelo espaço aéreo
utilizado.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Queda do equipamento por perda do controle ou por carga insuficiente da bateria.
2. Pilotos não cadastrados para executar voo conforme a legislação em vigor.
3. Planejamento inadequado na ordem de serviço da missão a ser executada.
4. Não atentar para carga das baterias da RPA e RPS.
5. Rotores com dificuldade no funcionamento por acúmulo de sujeira.
6. Não retirar a trava do gimbal antes de ligar a RPA.
7. Não inserir corretamente as hélices nos rotores, se for o caso.
8. Aplicativo indicar necessidade de atualização.
9. Indicativo de erro na calibragem da RPA.
10. Conexão da RPS com menos de 10 satélites.
11. Decolagem sem que a aeronave esteja configurada para retornar ao local de decolagem em
caso de perda do sinal de rádio.
12. Fazer o sobrevoo sem a configuração do limite da carga final da bateria para o retorno seguro
(return-to-home), qual seja, 30%;
13. Operar próximo a equipamentos que possam causar interferências na radiofrequência
utilizada (radares, linhas de transmissão, auxílios à navegação, antenas de telecomunicação,
etc.), que poderão interferir no controle da RPA.

606 - USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA RPA 462


APÊNDICE A – CHECK LIST PRÉ VOO

DATA PILOTO RPA

CHECK LIST PRÉ VOO


ALTERAÇÃO DESCRIÇÃO
ORD ITEM
SIM NÃO
1 Remoção da trava e/ou protetor do gimbal
2 Nível de carga de bateria da RPA
3 Nível de carga de bateria da RPS e tablet/celular
4 Inspeção pré voo, verificação de rotores e outros
5 Instalação das hélices nos rotores
Inserir o cabo que conecta o rádio ao
6
tablet/celular
7 Ligar o rádio e abrir o aplicativo
8 Inserir a bateria na RPA
Ligar a RPA e realizar calibragem (se
9
necessário) e verificação das baterias
Verificar cartão de memória: integridade e
10
espaço livre
11 Checar o número de satélites disponíveis (10)
12 Configurar o ponto de RTH
Manter voo pairado a dois metros do solo e
13
verificar se há alguma falha no sistema

OBS: Usar o verso para relatos de alterações com a RPA ou operação.

Local, data.

ASSINATURA DO PILOTO

606 - USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA RPA 463


APÊNDICE B – CHECK LIST PÓS VOO

DATA PILOTO RPA

CHECK LIST PÓS VOO


ALTERAÇÃO DESCRIÇÃO
ORD ITEM
SIM NÃO
1 Desligar a RPA
2 Desligar a RPS
3 Retirar as hélices dos rotores
4 Inserir trava do gimbal
5 Retirar bateria da RPA
Retirar e descarregar os dados do cartão de
6
memória
7 Esvaziar o cartão de memória e inseri-lo na RPA
Após esfriamento natural, acondicionar todos os
8
componentes em local adequado
OBS: Usar o verso para relatos de alterações com a RPA ou operação.

Local, data.

ASSINATURA DO PILOTO

606 - USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA RPA 464


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
MÓDULO: VI POLICIAMENTO ESPECIALIZADO.
PROCESSO: 607 POLICIAMENTO FAZENDÁRIO
PROCEDIMENTO: 607.1 Policiamento em Operações Policial Militar
ESTABELECIDO EM: 10/06/2023
REVISÃO EM: ---
RESPONSÁVEL: Policial militar
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Surpreender e identificar pessoas em atitude criminosa nas vias terrestres;
2. Abordar e identificar veículos de cargas nas rodovias de grande fluxo de veículos e vias
definidas no plano de ação elaborado em conjunto com a Superintendência de Fiscalização,
por meio de suas coordenadorias;
3. Garantir o fluxo de veículos nas rodovias, durante a abordagem;
4. Identificar e qualificar as pessoas participantes da operação em trânsito, tais como remetente,
destinatário, transportador e condutor da carga transportada;
5. Identificar e qualificar a carga transportada e o veículo de transporte utilizado;
6. Promover a retenção de cargas que apresentem as seguintes irregularidades:
a) quando estiverem desacompanhados de Nota Fiscal eletrônica, que se apresente grande
volume ou quantidade de itens, apresentando indício de intuito comercial;
b) quando encontrada em situação de carregamento ou descarregamento em local diverso do
indicado na documentação fiscal;
c) quando houver divergência entre a carga transportada e a documentação de Nota Fiscal
eletrônica apresentada pelo condutor;
d) quando encontrados em poder de pessoas diversas as identificadas nos documentos fiscais,
em especial a correta identificação do transportador e destinatário;
e) quando houver indícios de fraude, relativamente aos documentos fiscais e/ou documentos
auxiliares de documentos fiscais eletrônicos, que estiverem acompanhando as mercadorias
ou bens no seu transporte;
f) relativamente a operação e/ou a prestação de serviço ou a contribuintes eleitos para ação
fiscal de trânsito, conforme Plano de Ação conjunta com a Superintendência de Fiscalização.
7. Checagem de veículos e pessoas abordadas em fundada suspeita e/ou infratores da lei;
8. Prisão de motoristas que atentarem contra a integridade física de policial militar e/ou de
servidor fazendário;
9. Encaminhamento e apresentação das partes envolvidas na repartição pública competente.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Ao assumir o serviço, a Guarnição PM deverá entrar em contato com o Batalhão Fazendário,
a fim de receber orientações específicas para o serviço;
2. O planejamento das ações, sobretudo no que atina ao período em que será desenvolvida e a
região onde que será executada, deve seguir alinhado ao planejamento da Coordenadoria de
Fiscalização Volante em Postos Fiscais e Transportadoras – CFPF/SUFIS, otimizando e
ampliando a atuação da fiscalização e evitando sobreposição de equipes ou saturação fiscal;
3. As abordagens que envolvam o trânsito de mercadorias deverão observar os procedimentos
dispostos na Portaria SEFAZ nº 128/2021, devendo a Guarnição PM registrar o documento
de Notícia do Fato tributário – NFT no local da abordagem, com no mínimo as seguintes
informações:
A localização, a data e a hora da sua lavratura;
A identificação do condutor e do veículo da abordagem;
A descrição breve da carga transportada, se houver ou imagem de documento que a
identifique;
A identificação das pessoas, físicas e jurídicas, relacionadas à carga transportada, na
condição de remetente e destinatário, quando possível;
A descrição do fato verificado no momento da abordagem, conforme aplicativo;

607 - POLICIAMENTO FAZENDÁRIO 465


A anotação da chave dos documentos fiscais que tenham sido apresentados pelo condutor;
Indicação e anexo de imagens produzidas para fins de constatação e comprovação dos fatos
relatados;
O relato de forma objetiva e resumida das circunstâncias da ocorrência, se pertinente;
A indicação de condução a posto de fiscalização, se houver;
O nome, o cargo e a matrícula do servidor responsável pela respectiva lavratura, bem como
o órgão de sua lotação.
4. Durante as abordagens em rodovias, a Guarnição PM deverá prezar pela ostensividade,
facilitando a visibilidade da ação, a fim de garantir a segurança nas paradas e saída dos
veículos;
5. Havendo constatada em hipótese de retenção da carga, a guarnição policial militar deverá
conduzir o motorista e o veículo à uma unidade de fiscalização da SEFAZ-MT mais próxima,
para averiguação por parte de servidores da SEFAZ-MT;
6. O policial militar deverá registrar a NFT e liberar o motorista e o veículo com a carga, quando
se tratar de:
a. mercadoria de rápida deterioração ou perecimento;
b. cargas vivas;
c. semovente; ou
d. mercadoria ou carga perigosa.
7. Nas situações em que a distância a ser percorrida ultrapassar de 100Km até o Posto de
Fiscalização da SEFAZ-MT mais próximo, o policial militar deverá registrar a NFT e liberar o
motorista e o veículo com a carga;
8. Caso haja fundada suspeita de que o condutor esteja omitindo a apresentação de
documentos ou de objetos cuja posse possa configurar ilícito de qualquer natureza, a
Guarnição deverá proceder à busca veicular e revista pessoal;
9. A checagem de antecedentes criminais dos ocupantes do veículo e a verificação da
procedência lícita do veículo deverá ser feita em casos de fundada suspeita e com brevidade,
a fim de potencializar a ação de fiscalização da carga transportada;
10. Se houver a ocorrência de qualquer crime, além dos indícios de crime de natureza
fiscal/tributária, a guarnição deverá confeccionar boletim de ocorrência e registrar na
delegacia local, enviando cópia, via WhatsApp, ao Batalhão Fazendário.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Garantia da segurança necessária para o bom desempenho dos servidores da SEFAZ-MT em
serviço;
2. Garantia da fluidez e segurança do trânsito nos locais das abordagens;
3. Proteção dos usuários das rodovias;
4. Condução dos veículos, motoristas e cargas ao Posto de Fiscalização da SEFAZ-MT quando
constatado possível cometimento de crime de natureza fiscal/tributária;
5. Registro das NFTs no aplicativo mobile, de forma adequada, com as informações necessárias
e demais relatos e documentos que considerarem relevantes na abordagem;
6. Promoção de ações que possam contribuir pela Conscientização Tributária;
7. Atendimento de ocorrências com alto grau de profissionalismo;
8. Inibição e coerção de crimes de natureza fiscal/tributária no território de Mato Grosso;
Zelo pela manutenção e preservação da ordem pública.
POSSIBILIDADES DE ERROS
1. Não entrar em contato com o Batalhão Fazendário ao assumir o serviço;
2. Dispor a viatura, os policiais militares e instrumentos de forma não ostensiva;
3. Registro incompleto da NFT, não observando o mínimo citado no item 3 da sequência de
ações;
4. Liberação da carga e do condutor, havendo risco de crime de ordem tributária que deva ser
tratado junto ao Posto de Fiscalização da SEFAZ-MT;
5. Deixar de registrar na NFT imagens da carga e documentos apresentados ou registrá-los de
forma incompleta ou ilegível;
6. Não proceder à busca veicular e revista pessoal quando houver suspeita de que o condutor
esteja omitindo a apresentação de documentos ou de objetos cuja posse possa configurar
ilícito de qualquer natureza;
7. Realizar checagem de veículos e pessoas de forma indiscriminada;

607 - POLICIAMENTO FAZENDÁRIO 466


AÇÕES CORRETIVAS
1. Entrar em contato com o BPMFaz com a maior brevidade possível, sempre que necessário;
2. Inspecionar e readequar o emprego da viatura, dos policiais militares e instrumentos para
propiciar ostensividade;
3. Observar as informações mínimas no momento do registro da NFT;
4. Liberar a carga e condutor somente se não houver risco aparente ou diante de carga perigosa
ou perecível em local com distância maior que 100km do Posto de Fiscalização da SEFAZ-
MT;
5. Observar o registro adequado das imagens e dos documentos apresentados e da carga
transportada de forma legível;
6. Proceder à checagem dos veículos e pessoas, no caso de fundada suspeita.

ESCLARECIMENTOS:

O preenchimento do documento “Notícia de Fato Tributário” - NFT se dará


exclusivamente por policiais militares integrantes do Batalhão de Polícia Militar
Fazendário.
Havendo erros ou inconsistências detectadas no uso do APP de registro da NFT,
este deverá ser comunicado de imediato a unidade do trânsito com envio de
informação via e-mail cfpf@sefaz.mt.gov.br.
Havendo identificado irregularidades em infrações citadas na atividade “6” item “a”
das “Atividades Críticas”, e havendo necessidade de condução ao Posto Fiscal mais
próximo, antes do encaminhamento, poderá o Policial Militar comunicar em contato
telefônico a ocorrência e informar o número do registro da NFT, com objetivo de dar
maior celeridade ao serviço de fiscalização no local.
Nos casos de uma guarnição policial militar integrante das demais unidades da
Polícia Militar do Estado de Mato Grosso deparar com possível cometimento de
crimes de natureza tributária por pessoas em carga em trânsito, esta deverá
encaminhar a carga ao Posto de Fiscalização da SEFAZ-MT mais próximo, colher
dados para fins de registro da NFT assim que possível.
Se as características da carga e distância do Posto de Fiscalização inviabilizar a
condução para fiscalização da SEFAZ-MT e não for possível o registro da NFT, a
guarnição deverá confeccionar Boletim de Ocorrência, atentando para coleta dos
seguintes dados:
a. Carga transportada – inserir quantidade exata e características específicas;
b. Remetente – inserir CNPJ/CPF;
c. Destinatário – inserir CNPJ/CPF;
d. Responsável pelo transporte – inserir CNPJ/CPF;
e. Direção em que a carga estava sendo transportada;
f. Fotos de todos os documentos apresentados, do veículo (placa legível), da carga, do
local e demais itens que julgar pertinente para materializar os dados acima.
Após a confecção do boletim de ocorrência, encaminhá-lo juntamente com todas as
fotos tiradas (documentos e abordagem) para o Batalhão Fazendário
(batalhaofazendario@pm.mt.gov.br) para ciência e providências junto a SEFAZ-MT.

607 - POLICIAMENTO FAZENDÁRIO 467

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