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http://www.meusroteirosdeviagem.com/2012/05/roteiro-de-3-dias-em-santiago-do-chile.

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Chile

• Roteiro de 3 dias............................................................................................02

1 - Dicas de Restaurantes em Santiago..........................................................................

2 - O Aeroporto de Santiago e transfer para o hotel com a Transvip..............................

3 - Santiago – Cerro San Cristóbal e o Museu La Chascona..........................................

4 - Santiago – O Centro da Cidade: Mercado Central, Plaza de Armas, Catedral e


Museus.............................................................................................................................

5 - Casas de Câmbio em Santiago e o Peso Chileno......................................................

6 - Santiago – Cerro Santa Lucía e o mirante para a Cordilheira dos Andes “)...............

7 - Santiago – Tour no Palacio de La Moneda, a sede do governo chileno....................

8 - Dicas de Compras em Santiago: shoppings, outlets e lojas de departamento............

9 - Os Táxis e e Metrô de Santiago: Preços e Mapa........................................................

10 - Vale a pena fazer passeios em Santiago com uma empresa de turismo local?.....

11 - Vale a pena fazer passeios em Santiago com uma empresa de turismo local?.....

12 - Alugando um carro em Santiago e dirigindo pelas montanhas e estradas do Chile..

13 - Santiago – Degustação de Vinhos na Vinícola Concha y Toro..................................

14 - Valle Nevado Ski Resort: a maior estação de esqui da América do Sul...................

15 - Um Passeio em Valparaíso – Chile...........................................................................

16 - Uma tarde em Viña del Mar – Chile...........................................................................

17 - Onde se hospedar em Santiago: dicas de hotéis.....................................................

Roteiro de 3 dias

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Dia da chegada

O dia da chegada geralmente não conta, pois pode não sobrar tempo para passeios se a
chegada for muito tarde. No meu caso, por exemplo, o voo saiu de Guarulhos às 18h30,
chegando em Santiago às 22h30. Só deu tempo de chegar no hotel, largar as malas no quarto
e procurar algum lugar para jantar. Dependendo da sua localização na cidade, há duas boas
opções: Patio Bellavista, próximo ao centro, ou o boulevard do shopping Parque Arauco, no
bairro Las Condes. São locais com uma grande oferta de bons restaurantes e que costumam
fechar bem tarde. No meu primeiro dia, escolhi o Patio Bellavista, cujos restaurantes podem ser
vistos no post “Dicas de Restaurantes em Santiago”

Para quem chegar na cidade mais cedo, pegando o voo da TAM que parte de Guarulhos às
8h20 ou então algum voo da LAN e de outras companhias, o período da tarde vai ficar livre e
pode ser preenchido com as duas primeiras atrações sugeridas a seguir, no dia 1. Para mais
informações sobre o aeroporto de Santiago e as opções de translado para o seu hotel, consulte
o post “O Aeroporto de Santiago e transfer para o hotel com a Transvip“.

Dia 1

O primeiro dia de passeios é uma grande caminhada pela região central de Santiago. Ele
começa no bairro Bellavista com uma visita ao Cerro San Cristóbal, um dos morros mais altos
da cidade, que possui um santuário em seu topo e um visual panorâmico muito bonito de toda
a região. Para subi-lo é preciso pegar o trem funicular, que sobe a cada meia hora, iniciando às
10h. A estação inicial fica na entrada do Parque Metropolitano, na Pío Nono 445. Na subida,
quem quiser pode parar na estação intermediária para conhecer o Zoológico de Santiago. Meia
hora lá em cima no santuário é o suficiente, então você pode subir às 10h e descer as 10h30
para aproveitar melhor o resto do dia.

A próxima atração é o Museu La Chascona, a casa do poeta Pablo Neruda em Santiago,


localizada aos pés do Cerro San Cristóbal, a pouco mais de 100 metros da estação do
funicular, na Fernando Márquez de la Plata 0192. A visita guiada pode ser em espanhol ou
inglês e circula por todo os ambientes da casa que o poeta construiu para sua amante Matilde,
que tinha cabelos ruivos bagunçados e por isso era chamada de chascona (descabelada).
Recomendo essa visita à casa, é muito mais interessante que você pode imaginar. Para mim
foi uma grande surpresa. É importante agendar com antecedência a visita para garantir sua
vaga. Mais detalhes em “Santiago – Cerro San Cristóbal e o Museu La Chascona“.

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Uma opção para o almoço nesse dia pode ser o Patio Bellavista, que fica no mesmo bairro.

Santuário do Cerro San Cristóbal

O passeio continua em direção ao centro da cidade, atravessando o Rio Mapocho e


caminhando aproximadamente 1 km pelo parque que o acompanha até chegar ao Museu
Nacional de Bellas Artes, que tem um acervo com mais de 3 mil itens, entre pinturas e
esculturas de artistas chilenos e europeus. Atrás dele está o Museu de Arte Contemporânea.
A visita a estes dois museus não é tão essencial, mas se você tem interesse pelos temas, vale
a visita.

A poucas quadras dos museus está o Mercado Central, o mercado público municipal de
Santiago. Nas alas laterais estão as peixarias e no vão central os restaurantes. Pode ser uma
opção de almoço para este dia, mas é preciso estar atento aos preços. O lugar é um pouco
fedido, bagunçado e os garçons são bem chatos e insistentes, querendo que você almoce por
ali. Há ainda barracas que vendem frutas, bebidas, artesanatos e souvenirs.

A próxima parada é a Plaza de Armas, considerada o marco zero de Santiago, onde tudo
começou. A praça é bem grande, arborizada, com algumas estátuas e monumentos e rodeada
por diversas construções históricas, como a Catedral, o prédio dos Correios e o Museu
Histórico Nacional. O contraste entre esses prédios antigos e os edifícios modernos
envidraçados é um dos principais cartões postais da cidade.

Não deixe de explorar a Catedral Metropolitana de Santiago, que possui uma riqueza de
detalhes difícil de descrever, com diversas estátuas e imagens de santos, lustres, vitrais e
objetos de prata e ouro. Outra igreja que pode ser visitada é a Igreja de Santo Domingo, no
caminho entre o Mercado Central e a Plaza de Armas. Mais detalhes em “Santiago – O Centro
da Cidade: Mercado Central, Plaza de Armas, Catedral e Museus” .

Depois de visitar a catedral faça um passeio pela Paseo Ahumada, a principal rua de comércio
do centro de Santiago. Nela estão unidades das lojas de departamento Ripley e Falabella, as
melhores da cidade. A região também é um bom local para trocar dinheiro. As melhores casas
de câmbio estão nas ruas Agustinas e Moneda. Detalhes em ”Casas de Câmbio em Santiago
e o Peso Chileno“.

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Mercado Central

Plaza de Armas

A caminhada pelo centro continua em direção ao Palácio de La Moneda, a sede do governo


chileno, localizado entre a Praça da Constituição (rua Moneda) e a Praça da Cidadania
(avenida Libertador Bernardo O’Higigns). Ele abriga o gabinete do presidente, alguns ministério
e outros órgãos ligados ao governo. Antigamente funcionava como a Casa da Moeda chilena.

É possível fazer um tour no interior do Palácio, numa visita guiada que percorre diversos
ambientes, como os três pátios internos e alguns salões oficiais. Para conseguir entrar, é
necessário fazer um agendamento prévio obrigatório (veja como agendar no post “Santiago –
Tour no Palacio de La Moneda, a sede do governo chileno“). O número de vagas é limitado e
se você não agendar com pelo menos duas semanas de antecedência, não consegue entrar.

Recomendo a visita ao Palácio, é muito interessante. O problema é que é um pouco difícil de


conseguir horário e vai depender da disponibilidade deles, não da sua. Minha intenção era
visita-lo as 10h, iniciando meu passeio em Santiago a partir dele. Mas só consegui horário as
16h, por isso tive que reorganizar meu roteiro, deixando o La Moneda para o final da tarde.
Caso você consiga agendamento para a parte da manhã, inverta a ordem de atrações sugerida
neste primeiro dia do roteiro. Se quiser seguir exatamente como eu estou propondo, tente
agendar o tour para as 16h.

(atualização setembro 2013: alguns leitores do blog me informaram que o Palacio de La


Moneda encontra-se em reforma e que as visitas guiadas estão suspensas temporariamente)

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Palacio de La Moneda

O primeiro dia de passeios finaliza no Cerro Santa Lucia, outro morro localizado na região
central da cidade. Ele é mais baixo que o Cerro San Cristóbal e para subi-lo é preciso enfrentar
um grande número de escadas e rampas. Durante a subida há algumas paradas para
descansar, como na Terraza Neptuno, uma grande fonte de água inspirada na Fontana di
Trevi, de Roma. No topo do morro, depois de mais de 200 degraus e a 69 metros do chão, está
o Mirante do Cerro Santa Lucia, que possui um visual tão bonito que compensa qualquer
esforço feito para chegar até ele. Confira as fotos no post “Santiago – Cerro Santa Lucía e o
mirante para a Cordilheira dos Andes“.

Na parte da noite, você pode jantar novamente no Patio Bellavista. Há tantos restaurantes
interessantes lá que certamente você irá nele mais de uma vez. Minhas sugestões: Le Fournil,
no pátio interno, e Como Água Para Chocolate, na área externa, com mesas na rua
Constitución.

Dia 2

Para o segundo dia vou sugerir duas alternativas de roteiro, uma com e outra sem carro. Se
você pretende alugar um carro, pode fazer uma pequena aventura visitando duas ótimas
atrações, mas que estão muito distantes uma da outra: Vinícola Concha y Tora e Valle Nevado.
Se você não quer alugar um veículo, pode escolher uma das duas para visitar no período da
manhã e preencher o resto do dia com compras ou outros passeios. Para o aluguel, indico a
locadora United Rent a Car, sobre a qual eu falo no post “Alugando um carro em Santiago e
dirigindo pelas montanhas e estradas do Chile“.

A visita à Vinícola Concha y Toro é um ótimo programa, mesmo que você não beba vinhos. O
tour guiado faz um giro pela propriedade, passando por locais como o antigo casarão da família
que a fundou, os jardins, os vinhedos e as adegas. Em cada ambiente a guia faz explicações
bem detalhadas, sobre a empresa, o processo de plantio das uvas e produção e
armazenamento dos vinhos, com direito a duas paradas para degustação, a primeira de um
vinho branco e a segunda de um vinho tinto. Há ainda uma opção de tour completo que faz
mais quatro degustações de vinhos, acompanhadas por um sommelier.

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É muito importante agendar a visita no site com antecedência para garantir um horário, pois o
número de vagas é limitado e o passeio é bem concorrido. Tente agendar para o primeiro
horário da manhã, assim sobra bastante tempo para fazer outros passeios depois. Quando eu
fui, tinha agendado para o tour das 11h, mas acabei me atrasando e só consegui fazer o das
12h porque três pessoas faltaram. Por isso perdi um bom tempo que poderia ter sido utilizado
no passeio da tarde.

A vinícola está localizada a aproximadamente uma hora do centro da cidade e pode ser
acessada de três formas: carro, metrô + táxi ou empresas de turismo locais que vendem o
passeio. No post “Santiago – Degustação de Vinhos na Vinícola Concha y Toro” dou todos os
detalhes sobre a visita, com preços, fotos, mapa de localização, como chegar e como fazer o
agendamento.

Vinhedos da vinícola Concha y Toro – Chile

Se você alugou um carro e conseguiu fazer o passeio da vinícola bem cedo, pode fazer o
mesmo que eu fiz neste segundo dia: subir a Cordilheira dos Andes para conhecer a estação
de esqui Valle Nevado. É uma pequena aventura, pois o percurso demora quase duas horas,
mas a longa duração é compensada pelo visual incrível que você vai encontrar ao longo de
caminho. Apesar de a distância ser curta, 50 km do centro de Santiago, o trajeto é demorado
pois a estrada possui dezenas de curvas em sequência, nas mais variadas angulações e
inclinações. Ao longo do caminho há alguns mirantes onde você pode parar para apreciar o
belo visual das montanhas.

Não recomendo o passeio por conta própria na alta temporada, quando há neve acumulada na
pista e ela fica muito perigosa, sendo necessário utilizar correntes nas rodas para o veículo não
derrapar. Nesta época, vale mais a pena utilizar o transfer de empresas especializadas que
oferecem passeios de meio período ou de um dia inteiro. Se você gosta de esquiar, reserve um
dia inteiro para o Valle Nevado. Se quer apenas subir para conhecer a estação e ver a neve,
meio período ja é o suficiente. Detalhes em “Valle Nevado Ski Resort: a maior estação de
esqui da América do Sul“.

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Cordilheira dos Andes

Valle Nevado

Caso você não tenha alugado um carro ou tenha optado por conhecer apenas uma das duas
atrações, pode preencher o resto do segundo dia com compras em locais com o shopping
Parque Arauco, shopping Alto Las Condes ou o outlet Buenaventura Premium. Veja todas
as opções no post “Dicas de Compras em Santiago: shoppings, outlets e lojas de
departamento“.

Dia 3

Minha sugestão para o terceiro dia é uma visita a duas cidades vizinhas e litorâneas
localizadas a 120 km de Santiago, numa viagem com aproximadamente 1h30 de duração:
Valparaíso e Viña del Mar. Você pode ir até elas de carro alugado, pegando um ônibus de linha
ou contratando um passeio com agências de turismo locais. Eu particularmente não recomendo
esta última opção, pois ela acaba custando mais. Além disso você só vai conseguir visitar o
que a empresa achar interessante e se der tempo. Veja minha opinião sobre o assunto no post
“Vale a pena fazer passeios em Santiago com uma empresa de turismo local?“. Eu visitei as
cidades de carro e fiz tudo no meu ritmo, conhecendo o que eu tinha vontade, sem depender
de outras pessoas e sem hora pra voltar.

Em Valparaíso o passeio pode começar pelo canto esquerdo da cidade, subindo Ascensor
Artilleria, um dos elevadores mais antigos da região, que te leva até o Paseo 21 de Mayo, um
mirante com vista panorâmica para toda a orla, incluindo a zona portuária e o centro da cidade.
Junto ao mirante há uma feirinha de artesanatos e próximo a ele está o Museu Naval y
Maritimo, que fala sobre a história do Chile, suas navegações e até sobre o resgate dos
chilenos que aconteceu no ano passado, com direito a exposição da cápsula Fênix, utilizada na
operação.

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Depois você pode caminhar pelo centro da cidade conhecer locais como a Plaza Sotomayor e
a Plaza Victoria. Em seguida, suba a ladeira íngreme da rua Ricardo de Ferrari para visitar o
Museu La Sebastiana, a casa do poeta Pablo Neruda em Valparaíso, numa visita áudio-
guiada em português que conta a história de todos ambientes da casa de 5 andares em que o
poeta viveu boa parte de sua vida. Para terminar o giro pela cidade, vá até o Muelle Baron, um
pier desativado na antiga zona portuária, no início da avenida que faz a ligação com Viña del
Mar. Mais detalhes em “Um Passeio em Valparaíso – Chile“.

Casa em Valparaíso

Porto de Valparaíso

Em Viña del Mar o passeio começa no Relógio de Fores, principal cartão-postal da cidade,
localizado bem na sua entrada para quem veio de Valparaíso pela Av. España. Numa
caminhada rápida você pode conhecer o Castelo Wulff, construído na beira do mar há mais de
100 anos e que abriga atualmente exposições de arte gratuitas. Antes de atravessar as pontes,
visite o Parque Quinta Vergara, onde há um grande anfiteatro utilizado para eventos como o
Festival da Canção de Viña del Mar.

Atravessando as pontes em direção ao centro da cidade, a primeira parada pode ser no Museo
Fonck, que apresenta uma coleção de objetos arqueológicos de povos antigos, incluindo um
exemplar do grande moai da Ilha de Páscoa que está exposto na parte externa do museu.
Depois você pode conhecer o Casino de Viña del Mar e a Av. Perú, a principal da cidade, na
beira do mar. O passeio pode terminar na Praia Reñaca, a mais badalada da região, com

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vários bares, restaurantes e lojas, e prédios com um formato curioso em degraus. Mais
detalhes em “Uma tarde em Viña del Mar – Chile“.

Playa Reñaca – Viña del Mar

Mais dias

Neste roteiro sugeri apenas as atrações que eu considero essenciais para sua primeira viagem
à Santiago. Se você tiver a oportunidade de ficar mais dias na cidade, há várias outras locais
para visitar, como por exemplo:

O teatro municipal:

http://www.municipal.cl/calendario-mensual.php?mes=8&ano=2014

Endereço: Agustinas 794, Región Metropolitana, Chile


+56 2463.8888

Emblema das artes cênicas chilenas, o Teatro Municipal de Santiago é a maior sala do país,
onde se apresentam os principais concertos óperas, ballets e obras teatrais. O teatro não
só é um foco de atração turística pela alta qualidade das representações artísticas
desenvolvidas no seu palco, senão que também pela riqueza inigualável de sua arquitetura e o
valor histórico de sua trajetória.

E é que o edifício em si já é uma obra de arte, com suas linhas de estilo neoclássico francês,
suas cariátides, sua enorme lâmpada de cristal e o luxuoso forro da cúpula, que exibe as
alegorias de Ernesto Kirbach. Desenhado pelo arquiteto Claudio Francisco Brunet des Baines,
o teatro se inaugurou em 1857. A ópera “Ernani”, de Giuseppe Verdi, foi a encarregada de
abrir o telão. Ao longo de sua historia, o teatro foi submetido a numerosas reformas e
atualizações para manter intacto o seu esplendor e aperfeiçoar suas instalações.

O parque das esculturas:

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Endereço:Santa María, 2201, entre as pontes Pedro de Valdivia e Nueva de Lyon, às
margens do Rio Mapocho – Providencia.

Apesar de ser um bairro tipicamente comercial, Providencia esconde um dos locais mais
cativantes de Santiago: o Parque de las Esculturas, o único do tipo na América Latina. Foi
projetado pelo arquiteto Germán Bannen entre 1986 e 1988 com o objetivo de expor obras de
artistas chilenos contemporâneos em um ambiente bem natural. O resultado é de encher os
olhos. Em uma área de cerca de 21 mil metros quadrados espalham-se 30 esculturas de vários
tamanhos, formas e materiais, assinadas por artistas consagrados como Marta Colvin, Claudio
Girola, Federico Assle, Juan Egenau, entre outros. Durante três dias de janeiro rola um festival
de jazz entre as obras. No resto do ano, é um prato cheio para esportistas, turistas, crianças e
adolescentes.

O bairro Brasil:

El Barrio Brasil Santiago de Chile é uma das zonas mais típicas da região metropolitana.
Localizado no oeste da cidade, o setor é caracterizado pela significativa atrações
arquitetônicas. O interior é de notar uma variedade de estilos característicos dos períodos que
se seguiram a sua fundação. Apesar dos danos sofridos por este tipo de bairros, o Brasil
mantém suas características mais significativas.

Obs.: Noitada em Santiago inclui bairro Brasil

Ler matéria em:


http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u2913.shtml

O barro Paris-Londres:

Bairro Paris-Londres é um dos bairros mais charmosos da cidade de Santiago. Foi


construído por volta de 1920 e 1930 nos jardins do Mosteiro de São Francisco. As ruas são
todas de ladrilhos (paralelepípedos) e os edifícios projetados seguindo as tendências da
arquitetura européia. Há quem diga que parece com o Quartier Latin de Paris.

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O nome do bairro é devido as duas ruas principais: Calle Paris e Calle Londres.
Basicamente, é nessas ruas que vale a pena caminhar um pouco.

O Bairro Las Condes:

Vinícolas do Valle Casablanca:

Vinícula Vale do Colchaga..

Pode dedicar também um ou mais dias para o esqui e a neve, visitando também:

A estação Farellones:

A estação La Parva:

Estação: Portillo.

Estrada para o Valle Nevado

Para finalizar este roteiro, confira no mapa a localização de todas as atrações de Santiago
mencionadas, incluindo as que estão nos arredores da cidade (Concha y Toro e Valle Nevado),
além das dicas de restaurantes e de compras. Só não estão relacionadas as dicas de
Valparaíso e Viña del Mar, cujas atrações podem ser localizadas nos mapas apresentados no
final dos respectivos posts.

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Dicas de Restaurantes em Santiago

Comer bem em Santiago não é tão barato quanto muitas pessoas pensam. Os valores cobrados são um
pouco abaixo dos praticados aqui no Brasil em restaurantes do mesmo nível. Até é possível encontrar
alguns pratos individuais na faixa de R$25,00 a R$30,00, mas os melhores não saem por menos de
R$35,00 ou R$40,00. O ponto forte da culinária chilena são os peixes e frutos do mar. As áreas que
concentram a maior quantidade de restaurantes são os bairros Providencia, Bellavista, Vitacura e Las
Condes. Neste post vou dar dicas de locais que eu visite, incluindo fotos e preços dos pratos.

Pisco Sour no Restobar KY – $2.800 (R$11,20)

Os chilenos não almoçam cedo. Talvez seja difícil conseguir almoçar antes das 13h. Teve um dia que eu
entrei no restaurante as 12h40 e fui informado de que a cozinha ainda não estava funcionando. Mas em
compensação eles funcionam até tarde, como os do Patio Bellavista, que fecham por volta das 2h da
manhã. Assim como no Brasil, é cobrado 10% pelo serviço, mas nem sempre ele já vem incluído na
conta.

Independente do restaurante ou bar que você visite, não deixe de provar o drink mais popular do Chile, o
Pisco Sour, feito com a mistura de suco de limão, açúcar e Pisco, uma bebida destilada que fica num
meio termo entre vodka e cachaça. É um drink originário no Peru, mas que também foi adotado pelos
chilenos. Pode-se dizer que o Pisco Sour está para o Chile, assim como a caipirinha está para o Brasil. É
uma bebida leve, fácil de beber, e presente em praticamente todos os cardápios. Vale a pena
experimentar!

Vamos às dicas:

Restobar KY
Peru 631 – Recoleta. www.restobarky.cl
Esse bar e restaurante é um dos locais mais badalados de Santiago atualmente. Descobri ele por indicação
de outro blog, mas não me recordo qual. O lugar é meio secreto, do lado de fora parece ser uma casa
velha e abandonada e não há nenhuma placa indicando o nome do lugar. Só encontrei ele por causa do
endereço mesmo. Dei umas três voltas pela rua até me certificar que realmente era ali. Para facilitar, aqui
vai uma dica: o muro do estacionamento possui vários elefantes pintados e do outro lado da rua há um
posto de gasolina, bem no início da Rua Peru, para quem vem do bairro Bellavista.Para entrar é preciso

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tocar uma campainha. Na recepção há uma hostess que te encaminha por um corredor cheio de estátuas
até o ambiente principal. Lá dentro a decoração é muito colorida, com luminárias, panos, plantas naturais
e artificiais, cadeiras e poltronas de diversos tamanhos e estilos. Há dois ambientes, esse salão principal, e
outro no andar superior com essas para jantar. O mais bacana é ficar na parte de baixo, onde o ambiente é
mais descontraído. Para isso é necessário reservar com antecedência, pois o espaço é disputado.
Chegamos sem reserva e tivemos que sentar no balcão do bar.

O restaurante é caro, mas vale a pena! O cardápio é recheado de pratos apimentados, a maioria à base de
frutos do mar. No KY não jantamos, ficamos apenas nas entradas e sobremesa, pois não estávamos com
tanta fome. Primeiro Brochetas Mixtas, com três espetinhos de carne, três de frango e três de camarão, e
depois provamos o Festival de Piqueo, uma degustação com três unidades de cinco tipos diferentes de
entrada. Para finalizar, uma Degustación de Postres, com 5 tipos de sobremesa em miniatura. As fotos e
os preços destes pratos estão nas fotos abaixo. Alguns exemplos de pratos principais são: Pad Thai
($8.500 CLP / R$34,00), Curry Verde de Pollo ($6.900 CLP / R$27,60) e Atún de Isla de Pascua
($12.000 CLP / R$48,00). Vale a pena provar os diferentes tipos de Pisco Sour, como o Ice ou o com
Gengibre ($2.800 CLP / R$11,20).

Restobar KY

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Brochetas Mixtas – $6.500 CLP (R$26,00)

Festival de Piqueo – $11.000 CLP (R$44,00)

Degustación de Postres – $6.900 CLP (R$27,60)

Patio Bellavista
Constitución 30 – Bellavista. www.patiobellavista.cl
O Patio Bellavista é um centro comercial bem diferente dos shoppings que estamos acostumados. Ele é a
céu aberto, possui lojas pequenas, principalmente de arte e artesanato, e o seu grande foco são os bares e
restaurantes, que abrem às 11h da manhã e funcionam até tarde: fecham às 2h da manhã de domingo a
quinta e às 4h nas sextas, sábados e vésperas de feriado. Pode-se dizer que é um grande complexo
gastronômico, com os mais diferentes tipos de comida. Vale muito a pena, tanto de dia quanto de noite.

Patio Bellavista

Como Água para Chocolate


Constitución 70 – Bellavista. www.comoaguaparachocolate.cl
Localizado na área externa do Patio Bellavista, com algumas mesas na calçada da Rua Constitución, este
restaurante é praticamente unanimidade na indicação de todos os blogs que eu li antes de viajar. Parada
obrigatória para o turista brasileiro. Ele se considera uma “cozinha mágica afrodisíaca”, utilizando

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ingredientes que estimulam o paladar e outros sentidos. O ambiente é bacana, o atendimento é de primeira
e o cardápio possui uma versão em português. A comida é ótima, principalmente as sobremesas. Uma
delas leva o nome do restaurante e é composta de uma trilogia de chocolates belgas com calda de
framboesa. Os pratos principais são individuais e custam na faixa de $9.000 CLP (R$36,00).

Como Agua para Chocolate

Fundido de Camarones y Machas – $7.900 CLP (R$31,60)

Atún a la Criolla – $9.900 CLP (R$39,60)

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Bombón de Pollo a la Cuernavaca – $8.900 CLP (R$35,60)

Marquise de Chocolate – $4.900 CLP (R$19,60)

Le Fournil
Patio Bellavista. www.lefournil.cl
Bristrô francês e café, localizado no nível superior do Patio Bellavista. O ambiente é agradável e a comida
é muito boa. Chegou a ganhar prêmios de “melhor prato” em 2010 e 2011 por duas publicações chilenas.
Os pratos principais variam de $6.900 a $9.950 CLP (R$27,60 a R$39,80).

Le Fournil

Tostadas de Baguete – $4.400 CLP (R$17,60)

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Salmón Premium y Pesto de Rucula – $8.800 CLP (R$35,20)

Salada Cesar Imperial – $5.850 CLP (R$23,40)

Pisco Sour – $2.300 (R$9,20)

Backstage
Patio Bellavista. www.bksexperience.com
Esse restaurante eu só indico em caso de última necessidade. Só fomos nele porque era o único que ainda
estava aberto no Patio Bellavista na noite que chegamos em Santiago. Já era quase 1h da manhã quando
fizemos o pedido e foi curioso ver que várias pessoas que estavam em nosso voo também estavam nele
jantando. A comida é razoável. Não aceite indicação do garçom, pois ele irá te empurrar a entrada ou o
prato mais caro da casa. Aceitamos uma sugestão de entrada, que nem era muito boa e ficamos surpresos
ao descobrir na hora da conta que ela custava $11.000 (R$44,00), quase o dobro do preço dos pratos
principais.

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Backstage

Shopping Parque Arauco


Av. Presidente Kennedy 5413 – Las Condes. www.parquearauco.cl
O Parque Arauco é o principal shopping de Santiago, com as melhores lojas. A praça de alimentação é
bem grande e só tem praticamente fast-food, com a maioria das redes que já estamos acostumados a
encontrar aqui no Brasil. Mas na área externa do shopping há um grande boulevard com vários
restaurantes grande e bons, que valem a pena conhecer.

Boulevard externo do Parque Arauco

Pasta e Basta
Boulevard do Shopping Parque Arauco.
Restaurante italiano no nível térreo do boulevard, próximo ao café Starbucks. Pedi uma massa ao molho
de camarão e limão. Estava boa, mas nada de especial.

Spaghetti Alla Creme – $6.950 CLP (R$27,80)

Le Fourchette
Valle Nevado Ski Resort. www.vallenevado.com

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A estação de Esqui Valle Nevado possui 7 restaurantes, mas no dia que fomos lá só encontramos este
aberto, já que a temporada ainda não havia começado. Fomos preparados para almoçar sabendo que o
restaurante seria um pouco caro, mas com a vista que tínhamos da nossa mesa junto à janela valeu cada
centavo. Por descuido acabei esquecendo de anotar o preço do prato, mas foi algo em torno de $10.000
CLP, aproximadamente R$ 40,00. (veja como foi a visita ao Valle Nevado no post “Valle Nevado Ski
Resort: a maior estação de esqui da América do Sul“.)

Le Fourchette – Valle Nevado

Fettuccini à bolonhesa

Vista da mesa do restaurante

Divino Pecado
Av. San Martín 180 – Viña del Mar. www.divinopecado.cl/
Este foi o restaurante escolhido no dia do passeio em Valparaíso e Viña del Mar. Fica bem em frente ao
casino, junto a um estacionamento, do outro lado da rua. Foi uma ótima escolha, a comida estava muito
boa. Os pratos principais custam na faixa de $8.500 CLP (R$34,00). (veja o relato da visita às duas
cidades “Um Passeio em Valparaíso – Chile” e “Uma tarde em Viña del Mar – Chile“)

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Divino Pecado

Gnocchi Arrabiata – $7.900 (R$31,60)

Os próximos restaurantes eu não fui, por isso não posso dar mais detalhes nem mostrar a foto dos pratos.
Mas são locais que eu recebi indicação quando estava em Santiago ou que eu tinha planejado ir antes de
viajar, mas que acabou não dando tempo.

Bar Constitución
Constitución 62 – Providencia. www.barconstitucion.cl
Um dos melhores locais para sair a noite em Santiago para comer, beber e bailar, segundo algumas
indicações que recebemos de moradores locais e também de acordo com a revista de bordo da TAM.

Bar Constitución

Antojo de Gauguin
Patio Bellavista. www.elantojodegauguin.cl/
Restaurante árabe e mediterrâneo no Patio Bellavista, com direito a show de dança do ventre.

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Antonio de Gauguin

Aqui Está Coco


La Concepción 236 – Providencia. http://aquiestacoco.cl
Outra unanimidade na indicação de praticamente todos os blogs que eu li antes de viajar. Infelizmente não
deu tempo de conhecê-lo. A reserva de mesas só pode ser feita pelo telefone.

Astrid y Gastón
Antonio Bellet 201 – Providencia. www.astridygaston.com
De cozinha peruana, é um dos melhores e mais caros restaurantes da cidade.

Boragó
Av. Nueva Costanera 3467 – Vitacura. www.borago.cl

Tierra Noble
Av. Nueva Costanera 3467 – Vitacura. www.tierranoble.cl
Ambos ficam numa rua do bairro Vitacura que é uma das áreas mais nobres e badaladas da cidade.

Café Haiti
O famoso café con piernas, onde os balcões são abertos na parte de baixo para que seja possível observar
as pernas das atendentes, que trabalham utilizando vestidos apertados e muito curtos. Há várias unidades
deste café espalhadas pelo centro da cidade.

O Aeroporto de Santiago e transfer para o hotel com a Transvip“.

O Aeroporto de Santiago e transfer para o hotel com a Transvip

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O Aeroporto Internacional de Santiago, também conhecido como Aeroporto Internacional Comodoro
Arturo Merino Benítez (código SCL), é principal aeroporto do Chile e porta de entrada para os brasileiros
que desejam visitar o país. Ele está localizado na comuna de Pudahuel, a 25 km do centro de Santiago.
Nesse post vou falar de alguns aspectos do aeroporto, tais como sua estrutura, voos, imigração, duty free
e os meios possíveis de se fazer o translado para a cidade, incluindo detalhes do transfer oferecido pela
empresa Transvip.

Aeroporto Internacional de Santiago

O aeroporto está entre os 10 mais movimentados da América Latina em número de passageiros. Em 2011,
12 milhões de pessoas passaram por ele, um acréscimo de 17,4% em relação ao ano anterior, cuja
demanda foi muito afetada pelo terremoto que devastou o país. Há um único terminal com 18 pontes de
embarque, sendo 10 para os voos internacionais e 8 para os voos nacionais. São 24 companhias aéreas
que atendem 18 destinos domésticos e 44 em outros países, espalhados pelas Américas, Europa e
Oceania.

Área de check-in do aeroporto

Os voos regulares para o Brasil são feitos pelas companhias TAM, LAN e Gol. De Guarulhos partem dois
voos diretos pela TAM e outros quatro pela LAN, enquanto no Rio de Janeiro há um voo direto pela
LAN. Já os voos da Gol partem de Guarulhos e Porto Alegre, porém fazem uma escala em Buenos Aires.
Durante a alta temporada ainda há voos fretados diretos para Florianópolis, operados pelas companhias
LAN, PAL Airlines, Pluna e Sky Airline.

Para o check-in da companhia aérea TAM há aproximadamente 12 balcões operando. As filas costumam
ser imensas, algo que já estamos acostumados aqui no Brasil. Meu voo era as 13h40 e cheguei no
aeroporto por volta das 11h30, a fila já estava bem grande. Por isso aconselho chegar o mais cedo
possível, para fazer o check-in com calma e ter tempo para fazer o controle de passaprotes, raio-x e
compras no duty free. Meu relato sobre o voo da TAM pode ser encontrado no post “Voando com a TAM
de São Paulo a Santiago do Chile“.

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O duty free shop na chegada está localizado logo depois do setor de imigração. Já o da saída está logo
depois do raio-x, antes do acesso às salas de embarque. Este é um pouco menor que o duty free da
chegada do aeroporto de Guarulhos e vende praticamente as mesmas coisas, mas o preço é um pouco
mais barato. Anotei o preço no free shop de São Paulo de alguns itens que queria comprar e notei uma
diferença de 1 a 2 dólares a menos na loja de Santiago. Há várias outras lojas espalhadas pelo setor de
embarque internacional, incluindo grifes de roupa e lojas de vinho.

Na imigração, para entrar no país, os brasileiros não precisam apresentar o passaporte, a cateira de
identidade já é suficiente, mas ela precisa ser recente. Quem quiser entrar com o passaporte deve ficar
atento à data de validade do mesmo, que é verificada na hora do embarque ainda em São Paulo. Durante a
viagem de ida são entregues aos passageiros dois formulários, obrigatórios para estrangeiros que
ingressam no Chile. O primeiro é para o serviço de imigração e o segundo para a aduana. Ao passar pela
imigração uma via do documento fica com o passageiro e deve ser apresentada na hora de sair do país. Já
na aduana é necessário passar as malas por uma máquina de raio-x antes de sair para o saguão do
aeroporto.

Formulário da Imigração

Formulário da Aduana

Há diversas opções de transporte do aeroporto até o centro da cidade. O mais recomendável é utilizar
empresas autorizadas para evitar qualquer tipo de transtorno.

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Taxi – as empresas oficiais são a Taxi Oficial e Taxi Vip (Transvip), com preços que variam conforme a
distância percorrida e o bairro desejado. Os guichês estão localizados logo depois do raio-x da aduana,
antes mesmo de sair para o saguão do aeroporto.

Ônibus – há duas empresas oficiais que levam os passageiros a determinadas estações de metrô
espalhadas pela cidade: a Turbus tem o custo $1.700 pesos chilenos (aproximadamente R$7,00) somente
ida, ou $2.900 CLP (R$11,60); e a CentroPuerto custa $1.600 CLP (R$6,40) somente ida, ou $2.800 CLP
(R$11,20) ida e volta.

Veículos alugados – sete empresas possuem lojas/guichês no aeroporto: Alamo, Avis, Budget, Econorent,
Hertz, Europcar e Rosselot. Mas há outras que, apesar de não estarem localizadas no aeroporto, levam o
carro até lá para o cliente, como a United Rent a Car, empresa que eu aluguei um carro a partir do
segundo dia em Santiago. Veja mais detalhes da locadora no post “Alugando um carro em Santiago e
dirigindo pelas montanhas e estradas do Chile“.

A minha opção escolhida foi um transfer direto para o hotel, com a empresa Transvip, uma das
empresas de taxi oficiais do aeroporto. A reserva do translado pode ser feita pelo site da empresa
(www.transvip.cl) ou diretamente pelo email reservas@transvip.cl. Escolhi esta segunda opção.
Primeiramente enviei um email para fazer orçamento e depois com os dados solicitados: nome completo,
telefone de contato, numero de passageiros, destino, data da viagem, número do voo, companhia aérea e
forma de pagamento, que pode ser em peso chileno, dólar ou cartão de crédito.

Os serviços da Transvip podem ser de três categorias:


Taxi compartilhado com outras pessoas – $6.500 CLP por pessoa (R$26,00), quando houver outros
passageiros indo para o mesmo destino que o seu.
Veículo exclusivo – $18.000 CLP (R$72,00) por veículo, que comporta de uma a três pessoas. Pode-se
dizer que é a mesma coisa que um taxi executivo.
Van excluvisa – $21.000 CLP (R$84,00) por van, com capacidade para até 7 passageiros.

Como não havia mais ninguém indo para o mesmo destino que o nosso, tivemos que optar pelo veículo
exclusivo. O pagamento foi feito em dólar no cartão de crédito, US$36,00, o equivalente a $18.000 ou
R$72,00, ou seja, acabou saindo R$36,00 por pessoa, já que estávamos em dois. Logo que passamos no
raio-x da aduana já encontramos o guichê da empresa e meu nome estava num televisor, com o horário da
minha reserva. O pagamento foi feito ali mesmo e com o recibo em mãos fomos encaminhados para o
veículo, que nos aguardava logo na porta de saída do aeroporto, onde havia alguns funcionários para

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auxiliar. Em pocou mais de 15 minutos já estávamos no hotel. O serviço da Transvip foi eficiente e,
principalmente, seguro, por isso eu recomendo

Santiago – Cerro San Cristóbal e o Museu La Chascona

O primeiro dia de passeios em Santiago começou com a visita a duas das principais atrações da cidade,
localizadas bem próximas uma da outra no bairro Bellavista: o Cerro San Cristóbal, o maior morro da
região central, que possui um santuário no topo e uma bela vista panorâmica de toda a região
metropolitana; e o Museu La Chascona, uma das casas do famoso poeta chileno Pablo Neruda. Nesse post
vou falar mais sobre essas atrações, com fotos, vídeos, preços e um mapa de localização.

Santiago vista durante a subida do funicular do Cerro San Cristóbal

O passeio na verdade deveria ter começado pelo centro da cidade e essas duas atrações seriam as últimas
a serem visitadas no primeiro dia. Mas tive que inverter toda a ordem do passeio, pois só consegui
agendar a visita ao Palácio de La Moneda, sede do governo chileno, para as 16h. Ele seria o ponto de
partida, mas acabou sendo umas das últimas atrações, pois percorri o caminho inverno ao que tinha
planejado.

Para chegar ao Cerro San Cristóbal partimos do hotel, localizado no bairro Providencia, atravessamos o
Rio Maipo e seguimos pela rua Bellavista até chegar à rua Pío Nono. É no início desta que está localizada
uma das entradas para o Parque Metropolitano, o maior parque urbano de Santiago e um dos maiores do
mundo, que se estende por uma boa parte da cidade e possui diversas atrações, como bosques, piscinas,
zóologico, entre outras. A visita ficou restrita apenas ao santuário, localizado no topo do cerro e que é
considerado a principal atração do parque.

Nessa entrada do parque localizada na rua Pío Nono há uma grande praça com um guichê de informações,
mapa do local, uma feirinha de artesanatos e entrada para veículos, além da estação do funicular, o
principal meio de transporte utilizado para subir o cerro. Também é possível subir a pé e de bicicleta, ou
então de carro até uma certa parte.

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Atravessando o Rio Maipo

Entrada do Parque Metropolitano

Mapa do parque

O funicular do Cerro San Cristóbalfunciona nas segundas, das 13h às 20h, e de terça a domingo, das
10h às 21h. A estação interior, junto à entrada do parque, parece um castelinho. Ali dentro está a
bilheteria para comprar o ingresso, que tem os seguintes preços:

Funicular ida e volta:


Adulto – $1.800 (aprox. R$7,20)
Crianças de 3 a 13 anos – $1.100 (R$4,40)

Funicular ida e volta com entrada do Zoológico:


Adulto – $4.800 (R$19,20)
Crianças de 3 a 13 anos – $2.600 (10,40)

Os trens sobem a cada meia hora. Se você chegar as 10h10 terá que esperar mais 20 minutos para
conseguir subir as 10h30. Foi o que aconteceu comigo. Eu tinha me programado para chegar as 10h para
pegar o primeiro trem, mas acabei me atrasando, por isso fiquei quase 20 minutos parado dentro do trem,
aguardando a hora de subir.

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O funicular foi inaugurado em 25 de abril de 1925. São dois vagões que se revezam no transporte, com
uma capacidade de 40 pessoas cada. Eles percorrem 485 metros em um plano inclinado de 45 graus, a
uma velocidade de 110 metros por minuto, unindo as estações Pío Nono, Zoológico e Cumbre. A parada
na estação intermediária ocorre somente na subida e o ingresso é diferenciado pois dá direito à entrada no
zoológico. O Zoológico Nacional do Chile tem mais de mil animais de 158 espécies nativas e exóticas.
Ele pode ser acessado diretamente de carro, sem a necessidade do funicular. Neste caso o ingresso custa
$3.000 CLP (R$12,00) para adultos e $1.500 CLP (R$6,00) para crianças. Não visitei o zoo, por isso não
sei dizer se vale a pena!

Uma curiosidade sobre o funicular… Num dos trens há uma placa que diz: “Neste carro, no 1º de abril
de 1987, subiu até os pés da Virgem Maria Mãe Deus e Nossa Mar, Sua Santidade João Paulo II, para
conferir, a partir do santuário, sua benção apostólica a Santiago e a todo o Chile, na sua visita pastoral
pelo país”

Estação Pío Nono do funicular do Cerro San Cristóbal

Bilheteria e acesso

O funicular

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Parada na estação Zoológico

Cruzando com o outro vagão no meio do caminho

Fiz este vídeo durante a subida do funicular…

Lá no alto, saltando na estação Cumbre, chega-se a uma grande praça, que possui algumas lojinhas e
lanchonetes, além de um grande mirante que proporciona uma visão panorâmica de boa parte da cidade
de Santiago. A visibilidade geralmente está um pouco prejudicada devido a grande camada de poluição
que há sobre a cidade, principalmente no inverno.

Vista panorâmica de Santiago

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Lojinhas junto à estação superior do funicular

O Santuário da Imaculada Conceição (Santuario de la Inmaculada Concepción del Cerro San


Cristóbal) está um pouco mais acima, sendo necessário subir alguns lances de escada ou uma rampa para
acessa-lo. Ele é considerado um dos principais templos da igreja católica do Chile. Há um grande altar
onde são celebradas as missas e arquibancadas ao ar livre para que o público possa acompanha-las, além
de uma grande capela de pedra onde são realizadas outras missas e celebrações. Caixas de som espalhadas
por todos os lados tocam músicas de igreja, deixando o ambiente numa paz total.

Subindo as escadas em direção à santa é possível encontrar algumas imagens de Cristo e monumentos em
homenagem à pessoas mortas. Lá no alto, soberana no topo do Cerro San Cristóbal, está a imagem da
Virgem Imaculada Conceição, abençoando a cidade de Santiago. Ela tem 14 metros de altura, com um
pedestal de 8,3 metros. Foi fabricada em Paris e pesa mais de 36 toneladas. Sua altura sobre o nível do
mar é de 863 metros.

Aos pés da Santa há um espaço onde os visitantes podem queimar velas e deixar suas preces, pedidos e
agradecimentos. Há uma grande quantidade de objetos e bilhetes no local. Não esqueça de deixar o seu!

Escadas entre a estação e o Santuário

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Arquibancadas e escada

Altar do santuário, visto dos pés da Santa

Virgem Imaculada da Conceição

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Vista panorâmica aos pés da estátua

Cordilheira dos Andes vista do alto do Cerro San Cristóbal

Lá do alto fiz outro vídeo com a vista panorâmica da cidade…

Ficamos no santuário meia hora. Foi tempo suficiente para conhecer bem o local, curtir a paisagem, bater
várias fotos e até rezar. Subimos no trem das 10h30 e descemos no das 11h. Depois continuamos nosso
passeio a pé, saindo pelo lado esquerdo da entrada do parque, passando pela frente do hotel Aubrey e
entrando na primeira rua à esquerda, uma rua sem saída que termina justamente na frente do museu.

O Museu La Chascona é uma das casas do poeta Pablo Neruda no Chile e está localizada na rua
Fernando Márquez de la Plata 0192, bairro Bellavista, aos pés do Cerro San Cristóbal. A visita permite
conhecer todo o interior da casa e acontece com a presença de um guia. É um passeio muito interessante,

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mesmo para quem não conhece nada sobre o poeta. Funciona diariamente das 10h às 18h, exceto às
segundas-feiras, quanto está fechado. Nos meses de janeiro e fevereiro tem o horário estendido até as 19h.
O ingresso custa $3.500 CLP (R$14,00) e há tours em espanhol, inglês ou francês. Não é permitido bater
fotos no interior da casa, apenas no jardim.

É importante fazer um agendamento prévio da visita através de um formulário no site oficialdo museu
para garantir sua vaga, pois em determinadas épocas o museu fica muito cheio e pode ser difícil encontrar
disponibilidade. Eu tinha agendado um tour as 11h mas só consegui chegar no local as 11h10. Por sorte
tinha um outro tour em espanhol iniciando as 11h15 com vagas sobrando. Ao todo haviam 7 pessoas no
nosso grupo, além do guia. Três delas eram da Espanha e outras duas do Uruguai. Apesar de a visita ter
sido guiada em espanhol, foi muito fácil de entender e o guia traduzia para o português as palavras mais
difíceis ou desconhecidas.

Área externa do Museu La Chascona

A casa do poeta Pablo Neruda

Casas coloridas em frente ao museu

Pablo Neruda foi um poeta nascido no Chile e considerado um dos mais importantes da língua castelhana
do século XX. Também trabalhou como cônsul do Chile na Espanha e no México. Foi o vencedor do

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Prêmio Nobel de Literatura em 1871. Além desta casa em Santiago ainda tinha outras duas, uma na Isla
Negra e outra na cidade de Valparaíso, chamada La Sebastiana, que eu também tive a oportunidade de
visitar e que será assunto num próximo post.

A casa La Chascona foi construída em 1953 para sua amante Matilde, que tinha o apelido de chascona
(descabelada) por causa de seus cabelos ruivos grandes e bagunçados. O poeta só foi morar nela em 1955,
quando se separou oficialmente de sua primeira esposa. Ele faleceu em 1973 e Matilde continuou
morando na casa até sua morte em 1985.

O museu é constituído de diversos objetos que fizeram parte da vida do casal. O tour acontece por todos
os ambientes da casa, do jardim ao escritório do poeta, passando pela sala de estar, de jantar, cozinha,
quartos e até o banheiro. Boa parte dos objetos encontrados são originais e muitos deles foram trazidos
das outras casas de Neruda para fazer parte do acervo. A casa tem um estilo excêntrico, construída em
formato de navio, com teto baixo e escadas apertadas. Durante o golpe militar de 1973 ela foi muito
danificada e teve muitos dos seus objetos saqueados por vândalos, mas graças ao esforço de Matilde e
seus familiares e amigos foi restaurada e hoje é um dos principais museus da cidade de Santiago.

Recomendo muito a visita, foi uma ótima surpresa mais interessante que eu poderia imaginar. Como não
pude tirar fotos no interior, só posso mostrar essas tiradas no jardim, onde começa o tour.

Museu La Chascona

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Depois do museu aproveitamos a passagem pelo bairro para conhecer o Patio Bellavista, um centro
comercial e complexo gastronômico com diversas opções de restaurantes interessantes. É um ótimo lugar
tanto para almoçar quanto para jantar. Os restaurantes ficam abertos até tarde na madrugada. Mais
informações e dicas de onde comer podem ser encontradas no post “Dicas de Restaurantes em Santiago“.

Patio Bellavista

Para finalizar, segue um mapa com a localização das atrações e o trajeto que percorremos.

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Santiago – O Centro da Cidade: Mercado Central, Plaza de
Armas, Catedral e Museus

No primeiro dia de passeios em Santiago, a parte da tarde foi dedicada a uma longa caminhada pelo
centro da cidade, onde diversas atrações históricas e interessantes estão localizadas, como museus, igrejas
e edifícios do governo. Nesse post vou mostrar como foi a visita a alguns destes locais: o Museu Nacional
de Bellas Artes, o Mercado Central, a Plaza de Armas e a Catedral Metropolitana.

Prédios antigos e modernos na Plaza de Armas

O passeio pelo centro teve início depois de uma pausa para descanso e almoço, após ter visitado algumas
atrações no bairro Bellavista na parte da manhã, como eu relatei no post “Santiago – Cerro San Cristóbal
e o Museu La Chascona“. Numa caminhada de aproximadamente 1 km, atravessamos de volta o Rio
Maipo e chegamos ao primeiro museu.

O Museu Nacional de Bellas Artes está localizado num edifício antigo e muito imponente junto ao
Parque Florestal, esquina das ruas Ismael Valdés Vergara e José Miguel de La Barra, próximo à estação
de metrô Bellas Artes – L5. Seu acervo possui mais de 3 mil itens, entre pinturas e esculturas de artistas
chilenos e europeus. Apesar de ser interessante, com pinturas bonitas e esculturas perfeitas, não é um
local de visita obrigatória. Acabei visitando ele pois era caminho para as outras atrações.

O museu funciona de terça a domingo, das 10h às 18h50. A entrada custa $600 CLP (aprox. R$2,40).
Mochilas e bolsas devem ser deixadas num guarda-volumes que há dentro do museu. As fotografias não
são permitidas nos salões de exibição, apenas no salão central, onde estão localizadas diversas esculturas.

Atravessando o Rio Maipo

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Museu Nacional de Bellas Artes

Salão principal do museu

Museu Nacional de Bellas Artes

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Atrás do Museu Nacional de Bellas Artes está o Museu de Arte Contemporânea, com um acervo de 2
mil itens, entre pinturas, esculturas e gravuras. Tem o mesmo preço do museu de Belas Artes e funciona
de terça à sábado, das 11h às 19h e domingo até as 18h. Não visitei este museu, por isso não sei dizer se
vale a pena! O jardim, pelo menos, é muito bonito e vale uma foto.

Museu de Arte Contemporânea

Caminhando mais uns 700 metros chegamos ao Mercado Central, o principal local para a compra de
peixes e frutos do mar na cidade. Ele está localizado na rua San Pablo 967, próximo à estação de metrô
Puente Cal y Canto – L2. Além das peixarias há lojas e barracas que também vendem frutas, verduras,
bebidas, ervas, queijos e salgados, entre outros.

Nas alas laterais do mercado estão as peixarias e alguns pequenos restaurantes. No vão central estão os
retaurantes maiores e mais bem estruturados, que são o lugar ideal para se provara o centolla, um
caranguejo gigante que é um dos pratos típicos do Chile e também um dos mais caros. Achei que eu fosse
encontrar diversos desses caranguejos enormes expostos nas peixarias chamando a atenção dos clientes,
mas só encontrei dois deles, médios, dentro de uma espécie de vitrine dos restaurantes, como pode ser
visto numa das fotos abaixo.

Eu particularmente não gostei muito do Mercado Central. Achei um local bem sujo e fedido. Até pensei
que poderia comer alguma coisa num dos restaurantes, mas não consegui ficar muito tempo lá dentro.
Além disso, os garçons são chatos e abordam insistentemente todos que passam, oferecendo os cardápios
e convidando os visitantes para entrar nos estabelecimentos.

Mercado Central de Santiago

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Uma das alas laterais

Vão central do Mercado

Centolla na vitrine de um restaurante

Antes de viajar eu tinha lido que esta área do centro da cidade é muito perigosa, com muitos batedores de
carteira praticando assaltos rápidos, principalmente a turistas. Eu não me senti em perigo em nenhum
momento, mas tomei todos os cuidados possíveis, evitando deixar carteira, celular e máquina fotográfica
à mostra.

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Rua do centro de Santiago, próxima ao Mercado Central

Saindo do mercado e caminhando pela 21 de Mayo, encontramos a Igreja de Santo Domingo, na esquina
da rua que leva o mesmo nome. Foi curioso observar que, as 13h30, a igreja estava cheia, mesmo não
tendo nenhuma missa ou celebração acontecendo naquele momento. Essa é uma característica do povo
chileno, uma nação muito religiosa e conservadora, predominantemente católica.

Igreja de Santo Domingo

Continuando o passeio chegamos à Plaza de Armas, a principal praça de Santiago, considerada o marco
zero da cidade e o ponto central da capital chilena. Foi ali que, em 1541, o conquistador espanhol Pedro
de Valdívia fundou a cidade de Santiago. Originalmente ela chamava-se Plaza Mayor, mas depois que os
índios destruiram-na em apenas seis meses, foi rebatizada para o nome atual.

A praça possui uma grande quantidade de árvores e diversas esculturas, estátuas e monumentos. Ela é
rodeada por diversas construções históricas, como a Catedral, o prédio dos Correios e o Museu Histórico
Nacional. Entre eles há um grande prédio comercial com faixada de vidro. O contraste formado entre
estilo moderno e a arquitetura neoclássica forma um dos principais cartões postais de Santiago. Sob a
praça está a estação de metrô Plaza de Armas – L5.

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Plaza de Armas

Mapas antigos da cidade no chão da praça

Plaza de Armas

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Construções antigas e modernas misturadas

A principal construção da Plaza de Armas é a Catedral Metropolitana de Santiago, construída em


1748. Ela é a quinta edificação feita no local. Antes dela já existiram outras quatro igrejas, que foram
derrubadas pelos índios ou pelas forças da natureza, já que duas delas caíram em virtude de fortes
terremotos que aconteceram na cidade.

A catedral possui uma riqueza de detalhes difícil de descrever. Para qualquer canto que se olhe, há
alguma coisa interessante para observar e fotografar, seja no vão central ou nas naves laterais. São
diversas estátuas e imagens de santos, lustres, vitrais e objetos de prata e ouro. Um lugar muito bonito e
interessante que merece ser visitado com bastante calma.

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Catedral Metropolitana de Santiago

Parte central da Catedral

Nave lateral direita

Santa Teresa dos Andes

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Depois de visitar a catedral passamos pela Paseo Ahumada, a principal rua de comércio do centro de
Santiago. Ao longo dela há diversas unidades das lojas de departamento Ripley e Falabella, as duas
melhores. Mais informações sobre compras podem ser conferidas no post “Dicas de Compras em
Santiago: shoppings, outlets e lojas de departamento“. Também passamos pela Rua Agustinas e Moneda,
onde há várias casas de câmbio com boas cotações, sobre as quais eu já falei no post “Casas de Câmbio
em Santiago e o Peso Chileno“.

Paseo Ahumada

Uma atração localizada no centro de Santiago, rua Bandera 361, e que eu infelizmente não tive a
oportunidade de conhecer por estar fechado para reforma é o Museu de Arte Precolombina, que dizem
ser o melhor museu da cidade. Em seu acervo estão diversos itens dos povos astecas, incas e maias, como
esculturas, cerâmicas, pinturas e outros objetos. Há ainda uma grande coleção de múmias chincorro que
pertencem a um antigo povoado que habitava o norte do Chile e sul do Peru, onde todos os cidadãos

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podia ser mumificados. A visita a este museu ficou para uma próxima viagem a Santiago, quando talvez
já esteja reaberto para visitação.

O passeio pelo centro ainda não terminou. Nesta tarde visitamos também outras duas grandes atrações: o
Palácio de La Moneda, sede do governo chileno (veja o post “Santiago – Tour no Palacio de La Moneda,
a sede do governo chileno“); e o Cerro Santa Lucía, um morro localizado na região de Santiago que
possui uma bela vista panorâmica da cidade, tendo como fundo do cenário a grandiosa Cordilheira dos
Andes. Veja as fotos no post ” Santiago – Cerro Santa Lucía e o mirante para a Cordilheira dos Andes ”.

Para finalizar este post, segue um mapa indicando a localização das atrações mencionadas e o caminho
percorrido no passeio pelo centro de Santiago…

Casas de Câmbio em Santiago e o Peso Chileno

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Na hora de viajar pra outro país sempre fica aquela dúvida sobre como adquirir a moeda local. Há quem
prefira levar real ou dólares para trocar, outros preferem cartões de débito pré-pago ou ainda os cartões de
crédito internacional. Nessa viagem para o Chile acabei levando dólares para trocar lá pelo peso chileno.
Poderia ter levado tudo em reais, pois todas as casas de câmbio aceitam facilmente nossa moeda. Nesse
post vou mostrar onde consegui encontrar a melhor cotação para trocar a moeda.

Casa de câmbio da Calle Agustinas

Veja também:
Onde se hospedar em Santiago: dicas de hotéis
Dicas de Restaurantes em Santiago
Dicas de Compras em Santiago: shoppings, outlets e lojas de departamento

A moeda do Chile é o peso chileno, que apesar de ter o mesmo nome, é bem diferente do peso argentino.
Ele é representado pela sigla CLP. As notas são de 1000, 2000, 5000, 10000 e 20000 pesos chilenos e as
moedas de 1, 5, 10, 50, 100 e 500 pesos chilenos. Pode parecer um pouco confuso lidar com valores
aparentemente tão altos, mas é fácil de se acostumar.

Antes de viajar descobri em outro blog que as melhores casas de câmbio se encontravam na Rua
Agustinas, bem no centro da cidade. No primeiro dia em Santiago passei por lá para trocar um pouco do
meu dinheiro e encontrei uma boa casa, a da foto acima, quase na esquina da Agustinas com a Paseo
Ahumeda, bem em frente a uma unidade da loja de departamentos Ripley. Lá a taxa estava de 482 CLP
para cada dólar, a melhor que eu tinha encontrado até então. Mas logo em seguida acabei encontrando
uma casa de câmbio com uma cotação um pouco maior na Rua Moneda, paralela à Agustinas.

Aqui no Brasil eu paguei R$ 1,87 no dólar e lá peguei 482 CLP por dólar então fiz o seguinte cálculo:
100 reais / 1,87 = 53,47 dólares x 482 = 25772 CLP

Se eu tivesse levado reais para o Chile e trocado diretamente por peso na mesma casa de câmbio, cuja
cotação era 244 CLP para cada real, eu teria prejuízo, pois a conta seria:
100 reais x 244 = 24400 CLP

Conclusão: valeu mais a pena ter levado dólar!Na hora de converter valores do peso chileno para o real,
utilizei o seguinte cálculo: dividi o valor em peso por mil (jogando a virgula três casas para a esquerda) e
depois multipliquei o resultado por quatro. Isso me da um valor aproximado ao real, porém nunca exato,

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mas pelo menos dá para ter uma noção. O exemplo abaixo foi feito com base no valor que eu paguei pelo
peso chileno, resultado da primeira conta ali em cima. Com 100 reais, convertidos em dólar no Brasil,
comprei 25772 CLP. Mas vamos supor que eu fosse comprar um produto no Chile que custasse esse valor
(25772) e quisesse converter rapidamente para o real para ter uma noção do preço. Então eu faria uma
conta usando essa fórmula que acabei de falar:

25772 CLP dividido por 1000 = 25,772 multiplicado por 4 = R$ 103,08

(ATUALIZAÇÃO 10/julho/2012): Vale a pena considerar a opção de utilizar o cartão de débito para
sacar a moeda local nos caixas eletrônicos, debitando direto na conta corrente, caso o seu cartão
permita esse tipo de saque. Não fiz isso em Santiago, mas devia ter feito. Na minha viagem para
Montevidéu saquei pesos uruguaios e consegui cotações muito mais atrativas que as praticadas nas
casas de câmbio. Mais detalhes no post “Casas de Câmbio em Montevidéu, Punta del Este e Colonia del
Sacramento“.

Essas são as cotações que eu anotei de casas de câmbio em quatro pontos diferentes de Santiago:

Calle Moneda, centro de Santiago


1 Dólar = 484 CLP

Calle Agustinas, centro de Santiago


1 Dólar = 482 CLP
1 Real = 244 CLP

Aeroporto de Santiago, depois do Duty Free da chegada

1 Dólar = 463 CLP


1 Real = 219 CLP

Patio Bellavista
1 Dólar = 460 CLP
1 Real = 230 CLP

No último dia fui visitar a cidade de Valparaiso e lá precisei trocar um pouco mais de dinheiro. Pedi
indicação de uma casa de câmbio para uma senhora que tinha uma loja de artesanatos e ela me disse para
ir na Praça Sotomayor, no centro da cidade, ao lado do Monumento aos Heróis de Iquique (Monumento a
los Héroes de Iquique) . Só pediu para eu tomar bastante cuidado, pois a área era um pouco perigosa. Fui
lá e não vi perigo nenhum, até encontrei alguns policiais por perto. Acabei encontrando uma cotação
ótima, 1 CLP melhor do que eu havia pago na rua Agustinas, no centro de Santiago. Veja como foi a

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visita a Valparaíso no post “Um Passeio em Valparaíso – Chile“.

Plaza Sotomayor, centro de Valparaiso


1 Dólar = 483 CLP
1 Real = 240 CLP

Monumento a los Héroes de Iquique – Valparaiso

Santiago – Cerro Santa Lucía e o mirante para a Cordilheira dos


Andes

A cidade de Santiago possui alguns morros, que os chilenos chamam de “cerros”. Um deles é o Cerro
Santa Lucía, a poucas quadras do centro da cidade, que possui um pequeno parque urbano, com praças,
uma fonte e escadarias que levam a um mirante localizado no topo e que proporciona um belo visual
panorâmico da região central da cidade, tendo como pano de fundo a Cordilheira dos Andes. Confira
nesse post como foi a minha visita ao local.

Cerro Santa Lucía

Na parte da manhã já tinhamos visitado o Cerro San Cristóbal, um morro maior que o Santa Lucía e que
possui um santuário no topo, cujas fotos podem ser encontradas no post ” Santiago – Cerro San Cristóbal
e o Museu La Chascona ”. Depois fomos para o centro da cidade (veja o post “Santiago – O Centro da
Cidade: Mercado Central, Plaza de Armas, Catedral e Museus ”) e ainda tivemos a oportunidade de entrar
no Palacio de La Moneda, sede do governo chileno e cuja visita eu relatei no post “Santiago – Tour no
Palacio de La Moneda, a sede do governo chileno ”.

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O Cerro Santa Lucía está localizado próximo à estação de metrô Santa Lucía – L1 e é rodeado por três
vias: Avenida Libertador Bernardo O’Higgins, Rua Santa Lucia e Rua Victoria Subercaseaux. Chegamos
até ele de metrô, partindo da estação La Moneda. Apesar de ser um trecho curto que poderia ter sido feito
a pé, já estávamos cansados de ter andado o dia inteiro.

Saindo da estação de metrô já é possível avistar o Cerro. Atravessando uma grande praça chega-se ao
portão principal, onde há duas policiais sentadas fiscalizando a entrada. Elas anotam o nome de todos os
visitantes que entram no local, mas não chegam a pedir nenhum tipo de documento. A presença delas dá
uma certa sensação de segurança ao local, que aparentemente poderia ser perigoso.Para conhecer o cerro
é preciso subir uma série de escadas e rampas, com algumas paradas ao longo do caminho. Não sei a
quantidade exata de degraus para se chegar até o topo, mas deve ser por volta de 200. É um pouco
cansativo, principalmente se você já passou o dia inteiro caminhando, mas o visual lá do alto compensa
qualquer esforço.

Praça na entrada do Cerro Santa Lucía

Portão principal do Cerro Santa Lucía

Primeiro lance de escadas

Depois da primeira escadaria está a Terraza Neptuno, onde há uma grande fonte inspirada na Fontana de
Trevi, de Roma, na Itália.

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Terraza Neptuno – Cerro Santa Lucía

Subindo mais alguns lances de escada e algumas rampas, chegamos ao segundo nível, onde há uma
grande praça, com diversos bancos para sentar, alguns monumentos e obras de arte, lojinhas e lanchonetes
e mirantes que já proporcionam uma boa vista da região.

Praça no Cerro Santa Lucía

Estátuas de madeira no Cerro Santa Lucía

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Cidade de Santiago vista da praça do Cerro Santa Lucía

Cordilheira dos Andes vista da praça do Cerro Santa Lucía

Depois da praça há mais uma grande quantidade escadas, que levam até o mirante no topo do Cerro Santa
Lucía. Essa é a parte mais complicada do trajeto, pois as escadas são bem apertadas e passam no meio de
grandes pedras. Os degraus são pequenos, alguns estão quebrados e a pedra é bem lisa, por isso é preciso
tomar cuidado para não escorregar.Lá em cima está o Mirante do Cerro Santa Lucía, a 69 metros do
chão e a 629 metros acima do nível do mar. O mirante é pequeno, não deve caber mais que 15 pessoas lá
em cima. Os visitantes se esbarram para curtir o visual e conseguir bater fotos. É também um pouco
perigoso, pois é muito alto e os muros de proteção são muito baixos. Apesar de ele não ser tão alto quanto
os mirantes do Cerro San Cristóbal, possui uma vista diferente, mais próxima dos prédios e com o melhor
angulo para bater fotos tendo como cenário de fundo a grandiosa Cordilheira dos Andes, que é muito
mais alta do que eu poderia imaginar. Fiquei um pouco impressionado com a altura das montanhas.

As minhas fotos não ficaram com uma visibilidade tão boa por causa de um fenômeno conhecido como
smog, mistura de smoke (fumaça) com fog (noveiro), ocasionado pela poluição atmosférica existente na
região metropolitana de Santiago e que se agrava durante o inverno.

Mirante do Cerro Santa Lucía

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Cordilheira dos Andes vista do Mirante do Cerro Santa Lucía

Cidade de Santiago vista do Mirante do Cerro Santa Lucía

Smogsobre Santiago

A visita ao Cerro Santa Lucía pode ser complementada com um passeio pelas rua do bairro Lastarria,
onde acontece uma das mais famosas feirinhas de artesanato de rua de Santiago. Por ali também está o
Museu de Artes Visuales e o Centro Cultural Gabriela Mistral. Minha visita a esta área da cidade ficou
para uma próxima oportunidade, dessa vez não deu tempo.

Dicas de Compras em Santiago: shoppings, outlets e lojas de


departamento

Nesse post vou apresentar algumas das principais opções de compras na cidade de Santiago. No geral,
posso dizer que é possível encontrar bons preços, um pouco abaixo dos praticados no Brasil, dependendo
do tipo de produto. Não tive tanto tempo para fazer compras, pois os shoppings fecham cedo (20h ou 21h)

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e eu passava a maior parte do dia fazendo passeios. Mas consegui, por exemplo, comprar uma camisa da
marca brasileira Ellus pelo equivalente a 100 reais na loja Falabella, quando aqui o mesmo modelo não
deve custar menos que 200 reais. Outro item que me chamou bastante atenção foi o iPad 2, numa
revendedora autorizada da Apple, onde modelo de 16 GB Wi-Fi custava $249.990 CLP, algo em torno R$
1.000,00, enquanto aqui no Brasil, na loja Saraiva, ele custa R$ 1.649,00. Confira a seguir algumas dicas
de shoppings, outlets, ruas de comércio e lojas de departamento na capital chilena.

Parque Arauco

Parque Arauco
Av. Presidente Kennedy 5413 – Las Condes. www.parquearauco.cl/

É o maior e mais moderno shopping center de Santiago. As lojas funcionam das 11h00 às 21h00. Possui
lojas que não contam com unidades no Brasil, como GAP e Esprit, além de outras já conhecidas pelos
brasileiros, como Diesel, Armani Exchange, Guess, Lacoste, Hugo Boss, Mango, entre várias outras.
Conta ainda com grandes unidades das lojas de departamento Ripley e Falabella, ambas multimarcas que
vendem diversas grifes internacionais. A praça de alimentação é bem grande e voltada principalmente
para o fast-food. Na área externa do Parque Arauco há um boulevard com mais algumas lojas e bons
restaurantes, que funcionam até tarde. O shopping possui um serviço de transfer gratuito para alguns
hotéis da cidade. A estação de metrô mais próxima é a Manquehue L1, mas será preciso uma pequena
caminhada a partir dela.

Parque Arauco

Alto Las Condes


Av. Presidente Kennedy 9001 – Las Condes. www.cencosudshopping.cl/altolascondes/

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Outro grande shopping de Santiago, localizado na mesma avenida que o Parque Arauco. Possui
aproximadamente 250 lojas, mas não há grifes tão famosas ou exclusivas quanto o outro shopping. As
lojas também funcionam das 11h às 21h.

MallSport
Av. Las Condes 13451 – Las Condes. www.mallsport.cl

Um shopping para os amantes do esporte, com lojas que vendem roupas e acessórios para praticamente
todos os tipos de atividades esportivas. Está numa localização estratégica, na saída da cidade a caminho
das estações de esqui Farellones e Valle Nevado, por isso é um ótimo lugar para comprar esquis e roupas
para aguentar o frio. Possui diversas atividades de lazer e entretenimento, como piscina de ondas, muro de
escalada, boliche e paintball.

Patio Bellavista
Constitución 30 – Bellavista. www.patiobellavista.cl

Centro comercial localizado no bairro Bellavista, com lojas de arte, artesanato, joalherias, produtos
naturais e moda alternativa. Seu ponto forte são os grandes restaurantes, que funcionam diariamente até a
madrugada. Mais detalhes podem ser encontrados no post “Dicas de Restaurantes em Santiago“.

Patio Bellavista

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Buenaventura Premium Outlet
San Ignacio 500 – Quilicura. www.buenaventurapremium.cl

Shopping de descontos com muitas marcas conhecidas, como Tommy Hilfiger, Adidas, Guess, Diesel,
Sprit, Reebok, Billabong e Lacoste. Funciona de segunda à sábado, das 10h às 20h e aos domingos das
11h às 19h. É bem afastado do centro da cidade, a poucos quilômetros do aeroporto. Uma boa opção é
visita-lo voltando do passeio de Valparaiso e Viña del Mar, desde que você volte cedo a tempo de pega-lo
aberto. Eu infelizmente não tive essa sorte e quando voltei para Santiago já estava próximo da hora de o
outlet fechar, por isso nem adiantava ir até lá. A estação de metrô mais próxima é a Vespucio Norte, da
L2, mas a partir dela ainda será preciso andar mais 10km de taxi até chegar ao Buenaventura.

Outlet Adidas e Nike


Calle Pedro de Valdivia 3400 – Providencia.

Loja de descontos das marcas esportivas mais famosas do mundo. São lojas de rua, próximas uma da
outra, na altura 3400 da rua Pedro de Valdivia, no bairro Providencia, quase na esquina com a avenida
Irarrázaval. A estação de metrô mais próxima é a Irarrázaval, da L5, mas a partir dela ainda é preciso
caminhar quase 2,5 km para chegar às lojas.

Avenida Alonso de Córdova - Las Condes e Vitacura

Essa grande avenida, que atravessa dois bairros, é considerada a “Rua Oscar Freire” de Santiago,
contendo as lojas de grifes mais caras da cidade, como Emporio Armani, Louis Vitton, Hermés, Burberry,
Ermenegildo Zegna, MaxMara, Cartier, Swarovski, entre outras.

Paseo Ahumada – Centro

É a principal rua de comércio da cidade e possui diversas unidades das duas principais lojas de
departamento de Santiago: Ripley e Falabella, que dividem suas seções, como masculino, feminino e
infantil, por diversos pontos do centro da capital chilena.

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Paseo Ahumada

Loja de departamentos Ripley

Feirinhas de Artesanato

As feirinhas de artesanato são um ótimo lugar para comprar souvernirs e também jóias feitas com a pedra
lápis-lazuli, de acor azul, encontrada principalmente no Chile e no Afeganistão. Recomendo as feirinhas
da cidade de Valparaiso, onde há uma no alto da praça Paseo 21 de Mayo e outra próxima ao Museo La
Sebastiana, a casa do poeta Pablo Neruda na cidade.

Lojinha no Paseo 21 de Mayo – Valparaiso

Os Táxis e e Metrô de Santiago: Preços e Mapa

A melhor forma de locomover por Santiago é de táxi ou de metrô. As atrações da região central da cidade
podem ser exploradas a pé, porém algumas outras necessitam de transporte público, como por exemplo a
vinícola Concha y Toro e o shopping Parque Arauco. Há uma frota grande de táxis e várias linhas de
metrô que atendem as principais regiões da cidade. Nesse post vou falar como foi minha experiência com
os táxis e o metrô na capital do Chile, mostrando os preços e o mapa da rede de trens.

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Metrô de Santiago

Os taxis em Santiago são pretos com teto amarelo. Durante a noite eles deixam um luminoso aceso no
para-brisa para indicar que o veículo está livre, que facilita enxerga-lo de longe. Os preços são
relativamente baratos, é possível fazer corridas longas pagando um preço aceitável, muito mais baixos
que os praticados no Brasil. A corrida começa com $250 CLP (aprox. R$1,00) e acrescenta $100 CLP
(R$0,40) a cada 100 metros percorridos.

Eu particularmente não tive muita sorte com os táxis. Na primeira noite utilizamos para ao Patio
Bellavista e depois para voltar ao hotel, pois já era tarde da noite e desaconselhável andar a pé pela
regiçao. A corrida foi rápida, aproximadamente 1,5 km. Porém numa delas o taxista nos enrolou, ou não
enxergou direito, e deu o troco errado. O preço era $1350 CLP (R$5,40), demos uma nota de 5 mil pesos
e ele devolveu apenas $650, como se tivéssemos dado uma nota de 2 mil. Só demos conta do erro quando
ele arrancou o carro e já era tarde demais. A corrida acabou custando $4350 CPL (R$17,40), o triplo do
que deveria ser. E no dia seguinte tentamos utilizar um táxi para ir do hotel ao Cerro San Cristóbal, um
percurso de 2 km que o taxista nos recusou a levar, inventando uma desculpa qualquer. Acabamos indo a
pé mesmo.

A maioria dos hotéis possui um ponto de táxi, mas é um tipo diferente, sem taxímetro e um pouco mais
caro. Vale mais a pena ir até a rua e esperar um táxi comum passar. E para ir do aeroporto até a cidade e
vice-versa, ao invés de utilizar táxis comuns é melhor utilizar os serviços credenciados com o aeroporto,
sobre os quais eu falei no post anterior “O Aeroporto de Santiago e transfer para o hotel com a Transvip“.

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Táxis de Santiago

Outra forma de se deslocar pela cidade é utilizando o metrô. Ao todo são 108 estações espalhadas por
cinco linhas (1, 2, 4, 4A e 5). Outras duas linhas (3 e 6) estão planejadas para serem construídas nos
próximos anos. O trens circulam todos os dias, das 6h às 23h. As estações Tobalaba, Baquedano e
Universidad de Chile possuem internet wi-fi gratuita disponível para os usuários.

As tarifas de um bilhete simples do metrô variam conforme o horário:


Horário de pico (7h00-08h59 e 18h00-19h59) = $660 CLP (R$2,64)
Horário normal (6h30-6h59, 09h00-18h00 e 20h00-20h44) = $600 CLP (R$2,40)
Horário baixo (6h00-6h29 e 20h45-23h00) = $550 CLP (R$2,20)

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Mapa do metrô de Santiago

Várias atrações da cidade possuem uma estação de metrô próxima, como por exemplo: Mercado Central
(Estação Puente Cal y Canto – L2); Plaza de Armas (Plaza de Armas – L5); Palacio de La Moneda (La
Moneda – L1); Cerro Santa Lucía (Santa Lucía – L1). Para o Parque Arauco a estação mais próxima e a
Manquehue – L1, mas é preciso caminhar algumas quadras até chegar ao shopping. Também é possível ir
de metrô até bem próximo da vinícola Concha y Toro, pegando o trem até a estação Las Mercedes, a
penúltima da L4. Em seguida é preciso pegar um taxi, mas o trajeto é curto e o preço será baixo.

Utilizei o metrô duas vezes no centro da cidade no primeiro dia de passeios, para chegar ao Cerro Santa
Lucía e depois para voltar para o hotel. Era horário de pico e o metrô estava lotado, tive que esperar dois

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trens para encontrar um menos apertado. Achei o interior dos vagões quente, talvez porque tinha muita
gente. E não gostei das estações que utilizei, achei elas muito escuras e um pouco sujas.

Entrada da estação La Moneda

Bilheteria da estação La Moneda

Estação La Moneda

Trem cheio

Para fazer passeios para regiões mais distantes do centro da cidade, como as estações de esqui ou as
cidades de Valparaíso e Viña del Mar, o mais aconselhável é utilizar o serviço de empresas de turismo
locais que oferecem vários tipos de tours ou então alugar um carro. Falo sobre esses dois tipos de serviços
nos posts “Vale a pena fazer passeios em Santiago com uma empresa de turismo local?” e “Alugando um
carro em Santiago e dirigindo pelas montanhas e estradas do Chile“.

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Vale a pena fazer passeios em Santiago com uma empresa de
turismo local?

Uma das formas de conhecer as atrações nos arredores de Santiago é através de empresas de turismo
locais especializadas em passeios ou tours. Eles podem ser de meio período, ou de um dia inteiro, e em
sua maioria são destinados a locais onde não é possível ir utilizando o sistema de transporte público da
cidade, como a estação de esqui Valle Nevado e as cidades de Valparaíso e Viña del Mar. Mas será que
vale a pena contratar o serviço dessas empresas? Nesse post mostro as vantagens e desvantagens de
comprar passeios prontos, cito as principais operadoras da cidade e digo se eu utilizei o serviço de alguma
delas ou não.

Ônibus da empresa Turistik (fonte: Google)

A minha resposta para a pergunta acima é: depende! Cada pessoa tem suas preferências e vai de cada um
decidir o que é melhor pra si. Alguns gostam de comodidade, outros preferem se aventurar descobrindo as
coisas por conta própria. A seguir mostro as vantagens e desvantagens de contratar esse tipo de serviço,
sob o meu ponto de vista, e depois conto qual foi minha decisão. Daí você pode tirar suas próprias
conclusões para saber se, para você, vale a pena pagar para fazer passeios privados. Aproveite para deixar
um comentário no final do post dizendo sua opinião.

Vantagens
- Os passeios são acompanhados de um guia que podem oferecer diversas informações interessantes e
atualizadas dos locais visitados.
- Comodidade de iniciar e terminar o passeio na porta do hotel.
- Viajar no conforto de um ônibus ou van, sem precisar se preocupar em dirigir, abastecer, estacionar, etc.

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- Não precisa fazer um planejamento nem pesquisar quais locais visitar, pois o passeio certamente irá
passar pelos principais pontos do roteiro desejado.
- Possibilidade de conhecer outros turistas de todas as partes do mundo fazendo o mesmo passeio.

Desvantagens
- Os passeios são caros e o valor pago é por pessoa. (Quando se aluga um carro é possível diluir o custo
do aluguel e combustível com diversas pessoas)
- O ingresso de museus e outras atrações pagas geralmente não está incluído no valor do tour.
- Você só vai visitar os locais que o guia levar, sem poder conhecer outras atrações interessantes que
muitas vezes não são incluídas no roteiro dos passeios.
- As vezes a visita em alguns locais, como monumentos, geralmente só acontece para você ver de
passagem, sem sequer sair do ônibus.
- O passeio tem hora pra acabar, então muitas atrações previstas podem acabar não sendo visitadas caso
haja algum imprevisto no percurso.
- Vai depender de outras pessoas para continuar o passeio, depois de uma parada. (Sempre tem alguém
que desaparece ou atrasa para voltar para o ônibus)
- Em passeios de dia inteiro, o almoço não está incluído e você irá almoçar onde a empresa decidir. Se for
um restaurante ruim ou de um tipo de comida que você não gosta, azar o seu.

Antes de viajar para Santiago eu tinha planejado fazer pelo menos um passeio com operadoras locais, no
último dia, para visitar as cidades de Valparaíso e Viña del Mar. Mas colocando numa balança, as
desvantagens pesaram bem mais, ainda mais depois de eu ter lidoo dois relatos nos blogs Dicas e Roteiros
de Viagens e Dri Everywhere, onde a Carol e a Adriana não recomendaram o passeio que elas fizeram,
justamente pelas duas empresas que eu havia pesquisado.

Acabei encontrando uma locadora de veículos muito barata e então decidimos alugar um carro. O valor da
diária do carro era o mesmo preço que pagaríamos por pessoa para o passeio, ou seja, o valor total que
iria ser gasto dava para ficar com um carro alugado por dois dias e ter liberdade total para ir onde quiser,
a hora que quiser e ficar quanto tempo quiser em cada lugar. No post “Alugando um carro em Santiago e
dirigindo pelas montanhas e estradas do Chile“ dou mais detalhes da locadora e dos valores pagos pelo
aluguel do carro.

Dirigindo em direção à Valparaíso

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Para finalizar o post selecionei três das principais operadoras de turismo local de Santiago e a seguir
apresento os passeios oferecidos e os preços cobrados, para comparação.

Turistik (http://www.turistik.cl/)
A empresa tem um ônibus que circula pelos principais pontos turísticos da cidade e também oferece
passeio em vinícolas, como a Undurraga e outras localizadas na rota do vinho do Valle Casablanca.
Todos os passeios comprados diretamente pelo site ganham 10% de desconto.

- Ônibus Hop-on/Hop-off = $19000 CLP (R$76,00)


- Vinícola Concha y Toro = $29000 CLP (R$116,00)
- City Tour Santiago = $20000 CLP (R$80,00)
- Excursão à montanha / Valle Nevado = $26000 CLP (R$104,00)
- Viña del Mar e Valparaíso = $34000 CLP (R$136,00)

Turistour (www.turistour.cl)
Possui uma grande variedade de passeios, não só na região de Santiago, como também em San Pedro de
Atacama, Puerto Montte e Puerto Varas, visitando o deserto e os lagos e vulcões dos Andes.
- City Tour Santiago = $20000 CLP (R$80,00)
- Vinícola Concha y Toro = $27000 CLP (108,00)
- Excursão à montaha / Valle Nevado = $24000 CLP (R$96,00)
- Viña del Mar e Valparaíso = $32000 CLP (R$132,00)

Bernatour Chile (www.bernatourchile.com)


Preços sob consulta;
- Tour em Santiago de meio dia
- Vinícola Concha y Toro
- Tour em Valle Nevado
- Viña del Mar e Valparaíso

Alugando um carro em Santiago e dirigindo pelas montanhas e


estradas do Chile

Nos dois últimos dias em Santiago alugamos um carro para fazer passeios mais distantes da cidade. A
locadora escolhida foi a United Rent a Car, que possui um escritório no bairro Providencia. Como falei
no post anterior, optamos pelo aluguel ao invés de contratar serviços de empresas de turismo local, pela
liberdade de fazer os passeios no nosso ritmo, sem ficar atado a roteiros pré-programados nem depender
de outras pessoas. Nesse post vou mostrar quanto custou o aluguel, falo da experiência de dirigir nos

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arredores de Santiago e apresento um vídeo da aventura que foi transitar pela Cordilheira dos Andes, a
caminho do Valle Nevado.

Dirigindo a caminho do Valle Nevado

No nosso roteiro de três dias em Santiago, o primeiro dia foi feito utilizando o transporte público, pois a
maioria das atrações ficava na região central da cidade. Minha experiência com o transporte público pode
ser vista no post “Os Táxis e e Metrô de Santiago: Preços e Mapa“. Para o segundo e o terceiro dias
programamos atividades mais distantes da cidade, visitando a vinícola Concha y Toro, a estação de esqui
Valle Nevado e as cidades de Valparaíso e Viña del Mar. Por isso decidimos alugar um carro e acabamos
encontrando no Google a United Rent a Car, localizada no mesmo bairro do nosso hotel, a apenas duas
estações de metrô. (A United Rent a Car agora chama-se Chilean Rent a Car e mudou-se para o bairro
Providencia, na rua Bellavista 0183, próxima ao Pátio Bellavista)

Comparamos o preço da Chilean com outras redes mais conhecidas e constatamos que valia muito a
pena, pois era bem mais barata. Ficamos um pouco em dúvida pelo fato de ela ser desconhecida, então
pesquisamos a opinião de algumas pessoas na internet e encontramos alguns relatos bem positivos de
outras pessoas indicando a locadora. Todo o processo de reserva foi feito através do site. Chegamos a
trocar alguns e-mails para tirar umas dúvidas, mas o site possui uma página de perguntas e respostas
(FAQ) bem esclarecedor, com a resposta para a maioria das dúvidas que os clientes costumam ter.

O carro escolhido foi o Chevrolet Spark. Ele não existe no Brasil e pelo que eu pesquisei não há
previsão para sua chegada por aqui. É um carro que pertence à categoria de subcompactos e pode ser
considerado uma mistura do Chevrolet Agile com o Ford Ka. No site da locadora ele faz parte do grupo
A2-Econômico e vem com 4 portas, câmbio manual, direção hidráulica e rádio com entrada para CD/MP3
e USB. O carro é pequeno, ideal para duas pessoas. No último dia, indo para o aeroporto, as malas
tiveram que ir no banco de trás, pois não cabiam no bagageiro.

Pegamos o carro numa quinta-feira as 10h no escritório da empresa e devolvemos no aeroporto de


Santiago domingo ao meio-dia. O custo total do aluguel do carro para o período de duas diárias mais
duas horas foi de $76255 CLP (R$305,00). Esse valor inclui o aluguel do GPS (opcional $9000 CLP /
R$36,00), o seguro standard, a taxa IVA, as taxas de pedágio e o adicional por entrega fora do horário
comercial.

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Chevrolet Spark alugado com a United Rent a Car

A Chilean não faz parte das locadoras credenciadas pelo Aeroporto de Santiago, por isso não possui
escritório lá. Entretanto é possível tanto receber quanto devolver o carro no aeroporto, pagando uma
pequena taxa adicional. Optamos por devolver o carro no aeroporto, pois essa taxa era mais barata do que
pagaríamos por um táxi ou transfer. No ato da retirada do carro a atendente nos entregou um mapa do
estacionamento do aeroporto indicando em qual setor deveríamos encontrar o funcionário da locadora que
iria até lá para buscar o carro e fazer a cobrança. Foi muito fácil encontrar o local, pois o aeroporto é bem
sinalizado e organizado. Pontualmente ao meio-dia uma funcionária da locadora chegou lá para pegar o
veículo e receber o pagamento.

Dirigir pela cidade de Santiago foi um pouco complicado nas primeiras horas, principalmente porque
nosso GPS não queria funcionar direito. Pegamos bastante trânsito para chegar na vinícola Concha y Toro
e acabamos perdendo nosso agendamento das 11h. Por sorte conseguimos o tour seguinte, que começava
ao meio-dia. Como toda cidade grande, a capital chilena possui muitos congestionamentos nas principais
avenidas. Há algumas rodovias privadas que cruzam a cidade e que necessitam de pedágio eletrônico. Por
isso que o carro já vem equipado com os sensores e que é cobrada a taxa de pedágio junto com o aluguel
do veículo.

Depois fomos para o Valle Nevado e foi uma grande aventura. O caminho não é tão longo, mas
demoramos 2 horas para chegar lá. A subida da Cordilheira dos Andes possui mais de 50 curvas, em
todos os ângulos e direções, muitas delas esburacadas e na beira de abismos gigantes. Dá um certo frio na
barriga mas foi uma experiência incrível. Ao longo da estrada havia alguns mirantes e paramos para
observar as montanhas, um cenário maravilhoso. O relato completo sobre este passeio pode ser
encontrado no post “Valle Nevado Ski Resort: a maior estação de esqui da América do Sul“.

No dia seguinte fomos a Valparaíso e Viña del Mar, que ficam a pouco mais de 120 km de Santiago,
numa viagem que dura aproximadamente 1h30 pela rodovia 68. A estrada é duplicada e possui um asfalto
de boa qualidade, sem buracos. O limite de velocidade varia entre 100 e 120 km/h. No caminho há um
grande túnel que deve ter uns 3 km de de extensão, o maior que eu já passei até hoje. Há também dois
pedágios ao custo de $2300 CLP cada (R$9,20), que não fazem parte do sistema de sensor eletrônico que
tem no veículo e precisam ser pagos. No trajeto pegamos um bom pedaço com neblina, mas nada
perigoso. Conheça as atrações das duas cidades nos posts “Um Passeio em Valparaíso – Chile” e “Uma
tarde em Viña del Mar – Chile“.

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Chilean Rent a Car (antiga United Rent a Car)
Novo endereço: Bellavista 0183 – bairro Providencia, próxima ao metrô Baquedano e ao Pátio Bellavista
Fone: +56 2 2963-8760
Site: http://united-chile.com ou http://www.chileanrentacar.cl

Santiago – Degustação de Vinhos na Vinícola Concha y Toro

Na manhã do segundo dia de passeios em Santiago fui conhecer a vinícola Concha y Toro, a maior do
Chile e uma das maiores produtoras de vinho do mundo. Ela é responsável pela fabricação de 12 marcas
de vinho, entre elas Casillero del Diablo, Marques de Casa Concha, Sunrise, Trio e Don Melchor. Nesse
post vou dar todos os detalhes da visita, falando sobre como chegar à vinícola, os tipos e preço dos tours,
as degustações de vinho realizadas, curiosidades sobre a empresa e sobre os vinhos, e mostrando muitas
fotos da propriedade e até um vídeo contando a lenda de um diabo que habitava uma das adegas.

Visitar a Concha y Toro é um programa indispensável para quem vai passar alguns dias em Santiago,
mesmo para pessoas que não gostam de vinho. Foi uma das atrações que eu mais gostei na cidade. Já fiz
visita e degustação de vinho em outras vinícolas, mas nessa o passeio foi diferente, menos focado em
aspectos técnicos da produção, abordando mais a história da vinícola e as características dos vinhos.

A vinícola está localizada na rua Virginia Subercaseaux 210, município de Pirque, que pertence à região
metropolitana de Santiago, a aproximadamente uma hora do centro da cidade. Há três formas de se chegar
até lá. A forma mais rápida e prática é através do metrô, onde é preciso ir até a estação Las Mercedes, a
última da linha L4 – Azul, e depois percorrer um curto trajeto até a vinícola de táxi ou de ônibus
Metrobus, linhas 73, 80 ou 81. (Mais informações sobre o metrô no post “Os Táxis e e Metrô de Santiago:
Preços e Mapa“)

Outra maneira de se deslocar até a Concha y Toro é comprando o passeio com agências de turismo locais,
como a Turistik ou a Turistour, que cobram em torno de $33.000 (aprox. R$132,00) por pessoa para um
passeio que inclui o tour na vinícola e o translado de ida e volta até o hotel. Na minha opinião não vale a
pena, pois o passeio acaba custando muito mais caro do que se for feito por conta própria. Para saber
minha opinião sobre esse tipo de serviço, não deixe de conferir o post “Vale a pena fazer passeios em
Santiago com uma empresa de turismo local?“.

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A terceira opção é dirigir até a vinícola, caso você tenha alugado um carro. Essa foi a maneira que eu
utilizei para chegar na Concha y Toro. Eu tive um pouco de azar porque meu GPS decidiu não funcionar
durante o deslocamento e eu tive que me guiar pelas instruções retiradas do site da empresa. Mas não foi
tão difícil. É só seguir sempre reto pela Vicuña Mackena, uma longa avenida que corta Santiago de norte
a sul, com início na estação de metrô Baquedano, próxima ao centro da cidade. Para facilitar, essa avenida
acompanha todo o traçado da linha 4 do metrô, cujos trilhos são elevados em relação à rua. A partir de
certo ponto a avenida passa a se chamar Concha y Toro e depois de alguns quilômetros ela cruza o Rio
Maipo e tem o seu final no cruzamento com a Virginia Subercaseaux. Virando então à esquerda já é
possível avistar os portões de entrada da vinícola.

Dirigindo pela Av. Vicuña Mackena

Portão de entrada da Concha y Toro

No local há um grande estacionamento para os visitantes e junto à portaria está a bilheteria para a compra
dos passeios. Há duas opções de tour: o tradicional Concha y Toro, que custa $8.000 CLP (R$32,00); e o
completo com queijos e vinhos Marques de Casa Concha, cujo preço é de $17.000 CLP (R$68,00). A
diferença entre os dois é que o passeio normal dura 1 hora e possui duas degustações de vinho, enquanto
o completo tem duração de 1h30 e conta com seis degustações de vinho. Ambos iniciam juntos e

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percorrem o mesmo roteiro dentro da propriedade, mas no final quem optou pelo completo vai para uma
outra sala onde são feitas as outras degustações, conduzidas por um sommelier.

Independente do tour desejado, é muito importante fazer uma reserva com antecedência no site oficial da
vinícola para garantir um horário, pois os passeios são muito concorridos e possuem vagas limitadas. O
pagamento é feito apenas no dia e no local. Quem chega sem reserva pode perder a viagem ou ter que
esperar um bom tempo pelo próximo horário disponível. Eu tinha reservado o tour completo para as 11h,
mas atrasei e só cheguei na vinícola as 11h50. O próximo começava as 12h30, mas já estava lotado, pois
possui apenas 7 vagas. Por sorte, 3 pessoas que reservaram não apareceram e nós conseguimos realizar o
passeio completo nesse horário. Mas se elas tivessem aparecido, pelo menos poderíamos fazer o tour
tradicional que iniciava no mesmo horário.

Bilheteria

Estacionamento

As 12h30 começou o passeio e todos os visitantes, tanto do tour tradicional quanto do completo, foram
reunidos e apresentados à guia. O passeio é guiado em espanhol, mas também possui alguns horários em
inglês. No nosso horário, um fato curioso: todos os 25 visitantes eram brasileiros! Sendo assim, a língua
falada acabou sendo o “portuñol”, já que a guia traduzia boa parte das palavras para o português.

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A visita começa por um grande corredor formado por plantas. No final dele a guia dá as primeiras
explicações e curiosidades sobre a Concha y Toro, como, por exemplo, que ela é a segunda maior
vinícola do mundo, exporta para mais de 100 países em todos os continentes, produz 12 marcas de vinho
e possui dezenas de vinhedos espalhados por seis regiões do Chile, além de duas unidades no exterior,
uma na cidade de Mendoza (Argentina) e outra no estado da Califórnia (Estados Unidos).

Em seguida somos levados até a frente de um grande casarão amarelo, que antigamente era a propriedade
da família de Don Melchor de Santiago Concha y Toro, que fundou a vinícola em 1883 e dá nome ao
produto top de linha da Concha y Toro, o vinho Don Melchor. Atualmente a companhia é administrada
pelas famílias Guilisasti e Larrain e o casarão é utilizado como escritório por diversos setores da empresa,
por isso seu interior não é visitado.

Os jardins da propriedade são uma atração à parte, um verdadeiro jardim botânico, com amostras de
plantas e árvores de diversas regiões do mundo, incluindo até uma araucária brasileira. Há ainda um
grande lago, que antigamente era utilizado como fonte de água para irrigar as plantações, e alguns
animais soltos pela propriedade, como ovelhas e pequenas aves.

Início do passeio

A guia do passeio

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A antiga casa da família Concha y Toro

Jardins da vinícola

Araucária brasileira

O passeio prossegue então até um grande vinhedo, onde são dadas explicações sobre as plantações, as
uvas e como fatores tipo clima, solo e região podem diferenciar a qualidade e o sabor dos vinhos. A visita
se concentra na beirada do vinho, numa pequena área onde estão plantadas uma pequena amostra de todos

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os tipos de uva cultivadas pela vinícola não só ali naquela propriedade, mas em todas as outras regiões do
Chile.

O lugar é muito lindo para tirar fotos e tivemos a sorte de ver grandes uvas que ainda não haviam sido
colhidas. Entre as curiosidades, aprendemos que a uva Carmenére, que é de origem francesa, foi trazida
para o Chile e se adaptou muito bem ao clima e solo da região, conseguindo produzir safras de melhor
qualidade que as uvas de mesmo tipo plantadas na França e que, por isso, os vinhos chilenos Carmenére
são referências mundias no que se refere à qualidade.

Além disso descobrimos também que as videiras possui um sistema de plantação vertical para aproveitar
melhor a luz solar ao longo do dia e que as uvas são irrigadas num sistema de conta-gotas, para que
fiquem com uma casca mais grossa e com menos suco em seu interior, a forma ideal para produzir vinhos
de qualidade. É por isso elas possuem uma aparência muito diferente dos cachos das uvas que
costumamos encontrar nos mercados, que tem mais suco e uma casca mais fina.

Vinhedos da vinícola Concha y Toro

Em seguida acontece a primeira degustação, de um vinho branco da marca Marques de Casa Concha.
Todos os visitantes recebem uma taça para prova-lo enquanto a guia o descreve, falando de características
como cor, aroma e sabor.

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Degustação de vinho branco

Saúde

O passeio tem sequência com uma visita às adegas, localizadas em grandes galpões climatizados onde
estão armazenados centenas de barris, contendo todos os tipos de vinho tinto produzidos pela Concha y
Toro. Uma dessas adegas é subterrânea e chamada de Casillero del Diablo, o mesmo nome de um dos
vinhos mais conhecidos da vinícola, que inclusive patrocina um grande time de futebol na Inglaterra, o
Manchester United.

A adega e o vinho possuem este nome por causa de uma lenda que por muito tempo assustou os
moradores da região e que foi criada por Dom Melchior, o fundador da Concha y Toro. Ele armazenava
nessa adega os vinhos que considerava de melhor qualidade, mas percebeu que algumas garrafas estavam
sumindo da adega e que havia alguém roubando elas. Então inventou uma lenda de que um diabo
habitava o local e disseminou a história por toda a comunidade, que acreditou e ficou muito assustada
com a história. Desde então ninguém mais teve coragem de entrar na adega e por isso as garrafas pararam
de sumir.

A lenda do Casillero del Diablo é contada de uma maneira inusitada para os visitantes, um pequeno show
meio desnecessário. A guia abandona os visitantes na adega, as luzes se apagam e uma voz assustadora
conta a história do local. No final todos são levados para uma pequena sala, onde, atrás de um portão,
aparece a imagem do diabo protegendo as garrafas de vinho.

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Adega da vinícola Concha y Toro

Entrada da adega Casillero del Diablo

Interior de adega Casillero del Diablo

O famoso diabo da lenda do Casillero del Diablo

Depois da visita às adegas acontece a segunda degustação, um vinho tinto da marca Casillero del Diablo.
Novamente são explicadas as caraterísticas do mundo que está sendo provado. No final, são entregues
pequenas sacolas para guardar a taça, pois ela é um brinde da empresa e pode ser levada embora como
lembrança.

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Degustação de vinho tinto

Para terminar o tour, quem optou pela opção tradicional é encaminhado para uma sala onde há um telão
para assistir um vídeo sobre a vinícola Concha y Toro e em seguida todos são convidados a conhecer o
Wine Bar e a loja de vinhos. Quem optou pelo tour completo não assiste o vídeo e continua o passeio
entrando numa sala climatizada onde acontecem as outras degustações.

Como eu tinha comprado esta opção, entrei na sala, onde um sommelier nos aguardava. A sala é pequena
e a mesa tem capacidade para apenas sete pessoas, por isso o número de visitantes é limitado e é
necessário fazer a reserva com antecedência. São provados quatro vinhos da marca Marques de Casa
Concha, um branco e três tintos. A degustação de cada taça é intercalada com um tipo diferente de queijo,
que melhor harmoniza com a bebida que está sendo degustada. A tábua de queijos também pode ser
levada de brinde no final da visita.

Recomendo o tour completo apenas para quem gosta de vinhos. Se você não gosta, o tour tradicional ja é
o suficiente. Mas se você aprecia bons vinhos, mesmo que não seja um expert no assunto, vai gostar do
tour completo e certamente irá sair dele com um pouco mais de conhecimento, pois as explicações do
sommelier são bem completas e fáceis de entender.

Degustação de queijos e vinhos do tour completo

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Loja de vinhos

Como já falei no início do post, vale muito a pena conhecer a vinícola, é um passeio bonito e interessante.
Dura apenas meio período e é melhor se for feito na parte da manhã. Assim ainda sobra todo o resto do
dia para passear. Neste dia eu saí de lá por volta das 14h e fui visitar a estação de esqui Valle Nevado,
uma grande aventura que pode ser conferida no post “Valle Nevado Ski Resort: a maior estação de esqui
da América do Sul“.

Valle Nevado Ski Resort: a maior estação de esqui da América


do Sul

O Valle Nevado é um grande complexo localizado no meio da Cordilheira dos Andes que reúne pistas de
esqui, hotéis, apartamentos e restaurantes, considerado um dos principais destinos turísticos do inverno
chileno. Na minha viagem para Santiago tive a oportunidade de visita-lo durante uma tarde e nesse post
vou mostrar todos os detalhes, como a estrada para chegar, o que ver e fazer, onde comer e muito mais.
São dezenas de fotos e alguns vídeos de um dos melhores passeios que eu fiz nessa viagem.

Subindo a Cordilheira dos Andes a caminho do Valle Nevado

A temporada de esqui só começa a partir da metade do mês de junho e se estende até o mês de outubro,
mas mesmo sem neve e com as pistas fechadas é possível visitar o Valle Nevado durante o ano inteiro. Eu
fui no final de abril e as montanhas mais altas já estavam cobertas de neve, mas nos arredores do
complexo, onde ficam os hotéis, ainda não havia neve. Mesmo assim o passeio foi muito interessante,

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com paisagens incríveis e que só aumentaram minha vontade de voltar lá durante a alta temporada para
aprender a esquiar.

O Valle Nevado está localizado a pouco mais de 50 km da cidade de Santiago, na Cordilheira dos Andes.
Apesar de ser uma distância curta, o trajeto dura em torno de 2 horas, pois a estrada é bem complicada.
Existem diversas maneiras de se fazer esse deslocamento. Uma delas é através de agências de turismo
locais como a Turistik ou Turistour, que oferecem passeios de meio período com preços em torno de
R$100,00 por pessoa. Estes passeios são mais para conhecer o lugar do que para curtir, pois dificilmente
você terá tempo para esquiar ou curtir a neve com mais liberdade, já que estará numa excursão que
precisa cumprir roteiros e horários. Minha opinião sobre essas agências pode ser encontrada no post
“Vale a pena fazer passeios em Santiago com uma empresa de turismo local?“.

Outra forma é utilizando o transfer de agências especializadas, como a Ski Total ou a Ski Van, que fazem
o transporte dos passageiros geralmente em vans, muito mais seguro que grandes ônibus das agências de
turismo. Elas oferecem diversas opções de passeios relacionados ao esqui e também fazem o aluguel de
equipamentos de esqui e de roupas necessárias para enfrentar o frio e a neve.

A terceira forma é ir por conta própria dirigindo um carro. Não é a maneira mais aconselhável, pois a
estrada possui um nível de dificuldade muito alto e no inverno pode ficar escorregadia e coberta de neve,
sendo obrigatório o uso de corrente nas rodas. Para nós brasileiros, que não estamos acostumados, pode
ser perigoso dirigir nessas condições.

Costanera Norte

Como eu fui em abril e ainda não havia neve, decidimos ir por conta própria dirigindo o carro que
alugamos com a locadora United (veja o post “Alugando um carro em Santiago e dirigindo pelas
montanhas e estradas do Chile“) . Foi uma grande aventura por causa da estrada confusa, esburacada e
cheia de curvas, mas valeu muito a pena e não tivemos nenhum tipo de problema durante o trajeto.

Partindo do centro da cidade é preciso pegar a rodovia Costanera Norte em direção ao bairro Las Condes,
como se estivesse indo para o shopping Parque Arauco. A estrada passa a se chamar Las Condes e segue
em direção à Cordilheira. Uns 200 metros depois do shopping Mall Sport haverá uma bifurcação, onde é
preciso pegar a direita para entrar no Camino para Farellones. Há uma placa indicando a entrada desta

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via. A partir daí começa o caminho entre as montanhas, numa pista estreita, porém com asfalto de boa
qualidade nesta primeira etapa.

Camino a Farellones

As primeiras montanhas

Após percorrer aproximadamente 15 km pela Camino a Farellones aparece a próxima bifurcação e é aí


que a aventura começa pra valer. Há uma grande placa, que pode ser vista na foto abaixo, indicando a
direção das estações de esqui, todas elas pelo menos caminho, à direita.

A partir desse ponto a estrada possui um esquema de horários especial. Durante a semana, de segunda a
sexta, ela é de mão dupla durante todo o dia. Mas aos sábados, domingos e feriados, ela é de mão única
para subida das 8h às 13h e de descida das 16h às 20h. Esses horários podem ser alterados conforme
instruções dos Carabineros de Chile, os policiais que fiscalizam a estrada.

Pode-se dizer que essa estrada é divida em três etapas. A primeira delas é uma sequência de 40 curvas de
todos os ângulos e inclinações. Todas elas são numeradas, assim o motorista pode saber se falta muito
para o sofrimento terminar. O asfalto é de qualidade ruim e há muitos buracos e pedras na pista. Em
determinadas partes a pista está na beira de abismos muito altos.

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Bifurcação

Curvas nº 8

Sequência de curvas numeradas

As primeiras montanhas com neve

Nessa primeira etapa da subida fiz um vídeo que mostra bem como é a estrada… só para constar, eu era o
passageiro, por isso consegui tirar tantas fotos e vídeos no deslocamento. O motorista precisa de atenção
total na estrada o tempo todo!

Ao longo da estrada há alguns mirantes onde é possível parar para curtir o visual. É interessante fazer
pelo menos umas duas paradas, não só para tirar fotos e para o motorista descansar, mas também para ir
se acostumando com a diferença de altitude, já que o passeio se inicia a aproximadamente 800 metros
acima do nível do mar e termina a 3000 metros de altitude. Essa mudança brusca em um curto período de

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tempo pode fazer mal pra algumas pessoas mais sensíveis. Há algumas placas pela estrada indicando a
altitude e várias sinalizações de atenção, principalmente em relação às curvas e ao gelo na pista.

Mirante na estrada a 1800 metros de altitude

A vista do mirante

Após 15 km de curvas e subidas, aparece uma nova divisão na estrada. Ela divide o caminho entre os que
desejam seguir para a estação Farellones à esquerda, ou continuar em direção ao Valle Nevado pela
direita. A partir deste ponto a estrada passa a se Camino Valle Nevado e inicia-se a segunda etapa, que é
uma espécie de planalto, com uma sequência de retas, curvas pequenas e até algumas descidas.

Divisão na estrada para Farellones ou Valle Nevado

A caminho do Valle Nevado

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No final desta segunda etapa fiz outro vídeo, onde já é possível ver os hotéis lá no alto da montanha….

Depois de mais uns 6 km começa a terceira e última etapa, uma nova sequência de curvas com pouca
proteção e muitas pedras e buracos ao longo do caminho.

Montanhas com neve no Valle Nevado

Uma das últimas curvas

A estrada termina no complexo de hotéis e apartamentos do Valle Nevado, onde há um grande


estacionamento para os visitantes. Como era abril e temporada ainda não tinha começado, as obras
estavam a todo vapor, com muitas ampliações e reformas sendo feitas para deixar tudo preparado para o
próximo inverno.

O Valle Nevado Ski Resort possui três hotéis: Hotel Valle Nevado, Hotel Puerta del Sol e Hotel Tres
Puntas. Os preços são extremamente caros. Um pacote de 4 diárias para 2 pessoas no mês de junho custa
a partir de US$1.544,00 dólares, alto em torno de R$ 3.000,00. Já para o mês de julho, um pacote de 7
diárias pode custar a partir de US$ 3.276,00, mais de R$ 6.000,00. Há ainda a opção de alugar um
apartamento num dos quatro condomínios localizados próximos aos hotéis. Durante a alta temporada
funcionam no local 7 restaurantes, 4 bares e várias lojas. Há ainda serviços como academia, sauna, spa,
entre outros.

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Hotel Puerta del Sol

Pistas de esqui do Valle Nevado

Como eu falei no início do post, é possível visitar o Valle Nevado durante o ano todo. Há algumas
atividades de verão para os finais de semana do período de baixa temporada, como tirolesa, escalada,
trekking e cavalgada pelas montanhas. Algumas lojas e restaurantes também ficam abertos fora de
temporada. Aproveitei minha visita para almoçar lá, no restaurante Le Fourchette, sobre o qual eu já falei
no post “Dicas de Restaurantes em Santiago“. Não foi dos mais baratos, mas a comida estava boa e nós
sentamos numa mesa junto à janela, com um visual incrível das montanhas. Não é todo dia que se tem a
oportunidade de almoçar num lugar desses, então compensou!

Restaurante La Fourchette

Vista da mesa do restaurante

Falando um pouco das pistas de esqui e snowboard, que afinal são o principal atrativo do Valle Nevado,
ao todo são 49 divididas em quatro categorias, sendo 9 para esquiadores experts, 19 para avançados, 14

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para intermediários e 4 para iniciantes. Para transportar os visitantes, 14 teleféricos estão distribuídos por
todo o complexo. Um novo está sendo coberto e vai ser o primeiro do Chile com cabine coberta. A
previsão é inaugurar ainda durante este inverno, mas pelo que eu vi, não sei se vai dar tempo.

Valle Nevado

Cordilheira dos Andes

Gôndolas do novo teleférico

Quem vai esquiar ou visitar o Valle Nevado na temporada de neve não pode esquecer de levar
equipamentos e roupas apropriadas. Há algumas lojas no local que oferecem o equipamento destes
acessórios. Fora de temporada não é necessário, mas é bom ir preparado para o frio. Quando eu fui peguei
temperaturas em torno de 5 a 10 graus, mesmo com sol.

Infelizmente não tive contato com a neve, pois ela estava só nas montanhas ao redor do complexo. Mas
quem foi ao local no dia 27 de abril, exatamente uma semana após a minha visita, enfrentou uma nevasca
muito forte que acumulou tanta neve que parecia ser inverno, como pode ser visto nessa foto.

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Valle Nevado – 27 de abril de 2012 (fonte: facebook.com/vallenevadobrasil)

Depois de algumas horas no Valle Nevado, pegamos a estrada de volta, antes do anoitecer. A descida,
obviamente, foi muito mais rápida que a subida, mas sempre com muito cuidado pra não passar direto em
nenhuma curva.

Descendo a montanha

Tivemos o azar de encontrar um caminhão pelo caminho de gás bem na etapa das curvas mais difíceis e
acabamos perdendo um tempo. Para compensar, tivemos a oportunidade de observar o belíssimo por do
sol da Cordilheira dos Andes.

Fim de tarde

Por do sol na Cordilheira dos Andes

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Uma sugestão de parada na volta para a cidade é o shopping Parque Arauco, que fica no meio do
caminho. Mais informações sobre podem ser encontradas no post “Dicas de Compras em Santiago:
shoppings, outlets e lojas de departamento“.

Um Passeio em Valparaíso – Chile

No terceiro dia de passeios em Santiago pegamos a estrada rumo ao litoral, para visitar duas cidades
próximas, porém muito distintas, localizadas à aproximadamente 120 km da capital. A primeira delas, no
período da manhã, foi a cidade portuária de Valparaíso, uma das mais antigas do Chile e que possui uma
área histórica considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Neste post vou mostrar
como foi a visita a algumas das principais atrações da cidade.

Valparaíso

Valparaíso foi fundada em 1544 pelo espanhol Pedro de Valdívia. Atualmente possui cerca de 300 mil
habitantes e é a Capital Legislativa da República do Chile. Uma de suas características mais marcantes é a
geografia repleta de morros na beira do mar. Ao todo são 42 morros e colinas, que os chilenos chamam de
cerros. Para ajudar a população e os visitantes a subirem as ladeiras inclinadas, há 15 elevadores, ou
ascensores, espalhados pela cidade. Quem chega em Valparaíso pela primeira vez pode se assustar com a
altura dos morros e com a aparência desorganizada da cidade. Mas aos poucos se acostuma e pode até se
encantar com a cidade.

Rodovia 68

Há três maneiras chegar em Valparaíso, partindo de Santiago. A primeira é pegando um ônibus de linha,
como os das empresas Pullman e Turbus, que partem do terminal rodoviário Alameda. Outra forma é

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comprando o passeio com agências de turismo locais, como a Turistik e a Turistour, que cobram em torno
de $32.000 CLP, aproximadamente R$132,00 por pessoa, num pacote que inclui também a visita a Viña
del Mar. Eu cogitei utilizar esse método para o meu passeio, mas acabei desistindo. Os motivos podem
ser encontrados no post “Vale a pena fazer passeios em Santiago com uma empresa de turismo local?“.

Acabei escolhendo a terceira alternativa, que foi dirigir até a cidade com um carro alugado. Assim pude
fazer o passeio no meu ritmo, visitando as atrações da minha preferência sem depender de ônibus nem de
outras pessoas. A viagem entre Santiago e Valparaíso teve duração de 1h30 e o caminho é pela rodovia
68. A estrada é muito boa, duplicada, com velocidade máxima variando entre 80 e 120, dependendo do
trecho. Há dois pedágios no caminho, que custam $ 2.300 CLP (R$9,20) cada.

Logo na saída de Santiago a estrada passa por um túnel bem grande, com 3 km de extensão. O caminho
também passa pelo Valle de Casablanca, uma das principais regiões produtoras de vinho do Chile, com
várias vinícolas na beira da rodovia que podem ser visitadas. Nessa região pegamos uma neblina meio
chata por um bom tempo, mas nada que deixasse a estrada perigosa. A rodovia termina bem no centro de
Valparaíso e pouco antes de entrar na cidade ja é possível ver os morros muito altos cheios de casas.

Entrada do túnel a caminho de Valparaíso

Nevoeiro no Valle de Casablanca

Av. Errázuriz – Valparaíso

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Chegando na cidade, viramos à esquerda na Av. Brasil e depois passamos para a Av. Errázuriz, costeando
o mar até o canto esquerdo da cidade, onde está localizado o porto. Estacionamos o carro num terreno que
serve como estacionamento privado, na esquina da Cochrane com a Márquez, que custou $1.500 CLP
(R$6,00) pelo período que ficamos, aproximadamente 1h30.

A primeira atração visitada foi o Ascensor Artilleria, um elevador que faz a ligação entre a Plaza
Wellright, na estação baixa, e o Paseo 21 de Mayo, na estação alta. Inaugurado em 1893, ele percorre uma
distância de 175 metros, numa inclinação de 30 graus, atingindo 80 metros de altura. São dois vagões,
cada um com capacidade para 25 pessoas, que se revezam no trajeto. Enquanto um sobe, outro desce ao
mesmo tempo.

Cada trecho custa $300 CLP (R$1,20). O curioso é que o pagamento é feito somente na estação superior.
Você sobe e só paga lá em cima, antes de passar na catraca de saída. Não faz muito sentido! Ambas as
estações são bem jogadas, mal cuidadas, e os vagões, que são de madeira, também são precários e parece
que vão quebrar a qualquer momento.

Ascensor Artilleria

Fiz um vídeo durante a subida que dá pra ouvir os barulhos estranhos que o elevador faz…

Lá em cima está o Paseo 21 de Mayo, o principal mirante da cidade, com uma bela vista panorâmica de
toda a cidade, tendo à sua frente o porto de Valparaíso. Nesse dia o tempo estava bem cinza, com um
nevoeiro chato e por isso as fotos deste post não ficaram tão bonitas. Junto ao mirante há uma feirinha
com várias barracas de artesanato.

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Paseo 21 de Mayo

Porto de Valparaíso

Junto ao Paseo está o Museo Naval y Maritimo, ou Museu Marítimo Nacional, que retrata a história
chilena, com enfoque principalmente nas grandes navegações, incluindo a Guerra do Pacífico, com direito
a diversas réplicas perfeitas das antigas embarcações. A coleção conta ainda com muitas obras de arte,
objetos antigos, bustos, vitrais, bandeiras e mapas. Os salões são bem amplos e o museu é muito bem
cuidado. O ingresso custa $700 CLP (R$2,80) para adultos e $300 CLP (R$1,20) para crianças. O horário
de funcionamento é de terça à sábado, das 10h às 17h30. É permitido tirar fotos no interior, sem a
utilização do flash.

Escada de acesso ao museu

Entrada do Museu Marítimo Nacional

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Vitrais

Réplicas de embarcações

No centro do museu há um grande pátio e nele se encontra a mais nova atração, acrescentada ao acervo há
poucos meses. Trata-se da cápsula Fênix, utilizada no histórico resgate dos mineiros chilenos, um
episódio que comoveu o mundo no ano de 2011. Junto à ela há alguns murais contando todos os detalhes
do resgate e também estão expostos alguns objetos utilizados, como uniformes e óculos de
proteção.Encontrar a cápsula foi uma grande surpresa, eu tinha lido algumas coisas sobre o museu antes
da viagem, mas nada sobre a presença dela. O Museu Naval y Marítimo já era uma atração interessante de
se conhecer por causa do seu rico acervo, mas agora, com esta nova adição, tornou-se uma atração
imperdível em Valparaíso.

E antes que alguém pergunte… sim, é possível entrar na cápsula apertada para bater fotos à vontade!

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Pátio do museu

Cápsula Fênix

Depois de visitar o Museu, ao invés de pegarmos o elevador para descer, resolvemos ir a pé pelas ruas e
escadarias estreitas do morro, para ver as casa coloridas e sentir um pouco do clima da cidade. Há quem
diga que Valparaíso parece uma grande favela, por causa dos seus morros bem altos e dominados por
casas amontoadas. Até parece, mas é o estilo de vida deles. Praticamente toda a população vive nas casas
espalhados pelos 42 morros.

Caminhando pelo centro da cidade encontramos dois fatos curiosos: uma bandinha, talvez da marinha,
tocando no meio da rua; e várias pessoas de branco, que pensamos ser funcionários de alguma indústria
de peixes, mas que na verdade eram cidadãos voluntários que estavam ajudando a pintar a cidade, para
dar uma aparência menos suja, já que quase 100% das paredes e muros da região central possuem algum
tipo de pichação. Se fosse bem cuidada, Valparaíso poderia ser uma cidade bem bonita. Mas ela é suja e
fedida, parece que foi abandonada, por isso tem um aspecto tão feio. Mas mesmo assim visita-la é um
programa interessante e diferente. Eu gostei.

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Voluntários pintando a cidade

A próxima parada foi a Plaza Sotomayor, a maior praça da cidade que possui diversas construções
históricas. O que mais chama atenção na praça é o Monumento a los Héroes de Iquique, em homenagem
aos mártires que participação do Combate Naval de Iquique. Abaixo do monumento há um mausoléu
onde foram enterrados os corpos de alguns combatentes.Num edifício em frente ao monumento há uma
casa de câmbio onde eu encontrei uma das melhores cotações da viagem. Mais detalhes podem ser
encontrados no post “Casas de Câmbio em Santiago e o Peso Chileno“.

Plaza Sotomayor

Monumento a los Héroes de Iquique

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Saindo da praça fomos visitar o Museu La Sebastiana, a casa do poeta Pablo Neruda em Valparaíso,
localizada na rua Ricardo de Ferrari 692. Para chegar lá foi um sacrifício, pois o nosso GPS ficou
completamente perdido nas ladeiras da cidade, sem saber indicar o caminho exato. Nessa brincadeira
perdemos pelo menos uns 20 minutos. Para facilitar, aqui vai uma dica: encontre a avenida Colón, uma
via paralela às avenidas Brasil e Pedro Montt, e siga até o final dela, nas proximidades da Plaza Victoria.
Quando ela terminar, basta virar à esquerda numa pequena subida para entrar na Ferrari. Explicando
assim pode parecer confuso, mas acompanhando no mapa não tem erro! A Ferrari é uma ladeira estreita e
muito, mas muito íngreme. Alguns carros podem ter dificuldade de subi-la. Lá no alto há uma pracinha,
várias barracas de artesanato e logo depois o museu.

Rua Ricardo de Ferrari

Portão de entrada

Loja e bilheteria

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Café

A La Sebastiana é uma das atrações mais interessantes de Valparaíso. Na entrada há um pequeno café e
uma loja, onde está a bilheteria. Na área externa ainda há um centro de informações turísticas e um
mirante com vista panorâmica para a cidade. O ingresso custa $3.000 CLP (R$12,00) e o museu funciona
de terça à domingo, das 10h10 às 18h (de março a dezembro), e das 10h30 às 18h20 (janeiro e fevereiro).

A visita acontece com o auxílio de um áudio-guia, com a opção de idioma em português. Segurando o
aparelho como se fosse um telefone, o visitante vai caminhando pela casa e digitando os códigos de cada
ambiente para ouvir a explicação. A casa tem 5 andares e é rica em detalhes, com os objetos originais
utilizados pelo poeta. Todos os ambientes são visitados, como a sala de estar, a sala de jantar, o bar do
poeta, o dormitório, o banheiro e o escritório de Pablo Neruda. Ao longo das explicações é possível ouvir
diversos poemas de sua autoria. Não é permitido bater fotos do interior da casa, apenas da vista que se
tem a partir de suas janelas. Mochilas e bolsas devem ficar num guarda-volumes do lado de fora.

La Sebastiana

A última atração visitada em Valparaíso foi o Muelle Baron, um antigo pier, localizado próximo à zona
portuária. O local possui dois guindastes desativados e ainda é utilizado por embarcações de pequeno
porte e também como palco para algumas festas e eventos. Há um estacionamento próximo e o acesso é
feito passando por debaixo do elevando no início da Av. España, que faz a ligação com a cidade de Viña
del Mar.

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Muelle Baron

O passeio nesse dia ainda continuou com uma visita à cidade de Viña del Mar, que pode ser conferida no
post “Uma tarde em Viña del Mar – Chile“.

Uma tarde em Viña del Mar – Chile

Viña del Mar é considerada a “capital turística do Chile” e possui algumas das melhores praias do país,
por isso atrai tantos turistas, principalmente no verão. Também conhecida como “a cidade jardim”, possui
uma grande infra-estrutura hoteleira e gastronômica que ajudam a fazer do turismo a sua principal
atividade econômica. Tive a oportunidade de visita-la após ter conhecido a cidade de Valparaíso e nesse
post vou mostrar algumas praias e outras atrações interessantes do balneário mais chique do litoral
chileno.

Playa Reñaca – Viña del Mar

Localizada a 120 km de Santiago e com uma população de aproximadamente 300 mil habitantes, Viña del
Mar é uma cidade que pode ser visitada durante o ano inteiro. Achei que eu fosse encontrar uma cidade
morta fora da temporada, mas fiquei surpreso em saber que a cidade é muito maior que eu imaginava,
possui vida própria e uma infra-estrutura de dar inveja a muitas cidades litorâneas brasileiras.

Para chegar na cidade dirigimos apenas 5 km pela Av. España, partindo de Valparaíso, a cidade que
visitamos na parte da manhã, cujo relato pode ser encontrado no post “Um Passeio em Valparaíso –
Chile“. Quem vai de ônibus de linha pode fazer o trajeto entre as duas cidades através do Metropolitano
Valparaíso, também conhecido como MERVAL, uma linha de trem que percorre a costa com diversas
estações nas duas cidades.

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Av. España – Caminho entre Valparaíso e Viña del Mar

Ponte Casino

A primeira parada em Viña del Mar foi no seu principal cartão postal, o Relógio de Flores (Reloj de
Flores), um grande jardim bem na entrada da cidade que possui um grande relógio com flores formando
os números e o nome da cidade. É uma parada obrigatória para qualquer turista que visita a cidade. Ele
fica próximo à Playa Caleta Abarca, bem no final da Av. España.

Muitas pessoas acabam vendo o relógio somente pela janela do carro ou do ônibus, porque não há
nenhum estacionamento próximo a ele no sentido Valparaíso-Viña del Mar. Para chegar próximo a ele,
tivemos que dirigir até a região central da cidade, fazer o retorno pela Ponte Casino e voltar em direção a
Valparaíso. Passando o Hotel Sheraton há um estacionamento, próximo ao relógio, mas do outro lado da
rua. Foi ali que deixamos o carro por algumas horas para fazer um passeio a pé pelas atrações mais
próximas.

Relógio de Flores

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Playa Caleta Abarca

Depois do relógio, caminhamos por um grande calçadão que passa em frente ao hotel e segue pela orla da
Playa Miramar, uma pequena praia com muitas pedras, em direção à próxima atração, localizada na outra
extremidade.

O Castello Wullf (Castilo Wullf) foi construído por um comerciante alemão, Gustavo Wulff, no ano de
1906, com traços influenciados pelo estilo francês e alemão. A torre foi acrescentada em 1920 e o local
serviu de residência para seu criador até sua morte, quando passou para o domínio de sua esposa, que
reformou o castelo para então vendê-lo ao município de Viña del Mar. Atualmente é utilizado como sala
de exibição para mostras de arte.

A entrada no castelo é gratuita e ele funciona de terça à domingo, das 10h às 13h30 e das 15h às 17h30.
Eu tive o azar de chegar na hora do almoço, quando ele estava fechado, por isso não consegui visitar o
seu interior, onde há uma parte cujo piso é de vidro, permitindo visualizar a água do mar batendo nas
rochas. Ao lado do castelo há uma pedra bem alta que serve como mirante, com um visual panorâmico da
Playa Miramar, do Oceano Pacífico e da principal orla da cidade, a Av. Peru.

Playa Miramar

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Castillo Wulff

Vista do mirante do Castelo Wulff

Saindo do castelo fomos em direção à cidade, atravessando a Ponte Casino, para almoçar num restaurante
Divino Pecado, que descobrimos na lista de melhores restaurantes de Viña del Mar na opinião dos
leitores do site Trip Advisor. É um restaurante italiano pequeno e bem agradável, localizado bem no
início da Av. San Martín, em frente ao Casino da cidade. O preço é um pouco alto, mas a comida é muito
saborosa, com massa artesanal. Mais detalhes podem ser encontrados no final do post “Dicas de
Restaurantes em Santiago“.

Depois do almoço, atravessando a rua, chegamos ao Casino de Viña del Mar, o casino mais antigo do
Chile, inaugurado em 1930. Ele está localizado junto a um grande hotel resort, num complexo com vários
restaurantes, bares e boate, de frente para o mar. A entrada custa $3.800 CLP (R$15,20) e ele funciona 24
horas por dia, sendo proibido para menores de 18 anos. São 1200 máquinas, mais de 80 mesas de jogos,
além de bingos e outras atividades. Não entramos no casino para não perder muito tempo caindo na
tentação das máquinas.

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Atravessando a Ponte Casino

Restaurante Divino Pecado

Casino

Voltamos para o carro e dirigimos até a próxima atração, o Parque Quinta Vergara, uma grande área
verde na região da cidade, que possui grandes jardins e atrações como o Museo Nacional de Bellas Artes,
no Palácio Vergara, e um grande anfiteatro utilizado com capacidade para 16 mil pessoas utilizado para
grandes eventos, como o Festival da Canção de Viña del Mar.

Parque Vergara

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Anfiteatro do Parque Vergara

Em seguida visitamos o Museu Fonck (Museo Fonck), que abriga uma interessante coleção de objetos
arqueológicos de povos antigos que habitaram todas as regiões do Chile. O destaque fica para a exposição
da cultura rapanui, com objetos trazidos da Ilha de Páscoa, incluindo um exemplar do grande moai, um
dos poucos localizados fora da ilha e que está exposto na parte externa do museu. No andar superior do há
uma coleção de animais empalhados encontramos no país. A entrada custa $2.000 CLP (R$8,00) para
adultos e $300 CLP (R$1,20) para crianças. O museu funciona de segunda à sábado, das 10h às 18h e nos
domingos das 10h às 14h,

Museo Fonck

Moai da Ilha de Páscoa

Exibições do Museo Fonck

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A última parada em Viña del Mar foi na Praia Reñaca (Playa Reñaca) localizada a 5 km da região
central, com acesso pela Av. Jorge Montt. É a praia mais badalada da cidade, com uma grande infra-
estrutura comercial e de entretenimento, com muitas lojas, bares, restaurantes e casas noturnas, além de
alguns dos melhores hotéis da região. Uma das características mais marcantes da praia são os prédios em
formato de degraus. Aproveitamos a parada na praia para fazer o primeiro e único contato com as águas
geladas do Oceano Pacífico.

Av. Jorge Montt, a caminho da Praia Reñaca

Playa Reñaca

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Ainda poderíamos ter visitado a praia Concón, mas preferimos voltar para a capital antes do anoitecer. Na
volta passamos pela Av. Perú, a principal da cidade, uma espécie de Avenida Beira-Mar, com prédios
altos, restaurantes e um grande calçadão, e depois seguimos para a rodovia 68 rumo a Santiago.

Av. Peru

Onde se hospedar em Santiago: dicas de hotéis

Quem vai viajar para Santiago do Chile e ainda não sabe onde ficar hospedado pode conhecer algumas
opções de hotéis neste post. Há mais de 400 estabelecimentos na cidade e a maior concentração está nos
bairros Centro, Providencia e Las Condes. Há opções para todos os gostos e bolsos, como albergues
baratos, hotéis e aparts com preços acessíveis e também hotéis de luxo de redes internacionais. Veja a
seguir algumas sugestões.

Santiago – Chile

Providencia

Este é um dos bairros mais procurados pelos turistas. Não há atrativos turísticos nesta área, mas
Providencia está localizado entre o centro da cidade e o bairro Las Condes, com acesso mais prático a

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estas e outras regiões da cidade, seja de carro ou de metrô, já que há algumas estações ao longo da
Avenida Providência, a principal do bairro.

Uma boa opção é o NH Ciudad Santiago, cujas diárias ficam na faixa de 250 reais. Ele possui suítes
amplas, um bom café-da-manhã, está próximo à estação de metrô Salvador, a poucas quadras dos
restaurantes do Patio Bellavista e a 15 minutos de caminhada do funicular do Cerro San Cristóbal e do
museu La Chascona. Veja mais detalhes no post “Dica de Hotel em Santiago: NH Ciudad de Santiago, no
bairro Providencia” .

Nesta parte baixa do bairro Providência, nos arredores do NH, há algumas opções mais econômicas com
diárias entre 100 e 200 reais, como o Mito Casa Hotel, o Tulip Inn e o Hotel Don Santiago.

Suíte do NH Ciudad de Santiago

Na parte mais alta do bairro Providência, entre as estações de metrô Manuel Montt e Los Leones, também
há diversos hotéis e aparts com diárias entre 100 e 200 reais, como o Ibis Providencia, que segue o
mesmo padrão da rede Ibis que estamos acostumados a encontrar aqui no Brasil. Entre as outras opções
nesta faixa de preço estão o Amoblados Flat, o San Cristobal, o La Fayette e o Chilhotel.

Quem quer ficar em Providência e está disposto a gastar um pouco mais, encontra bons hotéis com diárias
a partir de 200 reais, como o hotel boutique CasaDeTodos, que tem apenas 11 quartos e um clima bem
intimista. Para quem prefere hotéis maiores, algumas opções interessantes são o Santiago Park Plaza, o
City Inn e o Innova Suites, este último com direito a internet wi-fi gratuita, academia e piscina no terraço
do hotel.

Piscina do Innova Suites (fonte: innovasuites.cl)

Las Condes

O bairro Las Condes é considerado a área nobre de Santiago, a parte mais nova e moderna da cidade. Lá
estão alguns dos melhores hotéis da cidade, além de bons restaurantes e lojas. Há uma grande

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concentração de hotéis nos arredores das estações de metrô Tobalaba e El Golf, como o Director El Golf,
um hotel 4 estrelas com diárias na faixa de 250 reais. Por um valor aproximado a este é possível encontrar
hotéis como o Radisson Plaza, o Plaza El Bosque, o Atton El Bosque e o La Sebastiana.

Entre os hotéis mais luxuosos desta região, dois se destacam. Um deles é o renomado Ritz Carlton, que
oferece aos hóspedes duas opções de restaurantes, piscina aquecida e coberta, além de um spa e outros
serviços. O outro é o sofisticado W Santiago, um hotel 5 estrelas que possui suítes com vista para a
Cordilheira dos Andes, uma piscina no terraço e restaurantes de chefs renomados.

Suíte do hotel W Santiago (fonte: starwoodhotels.com)

Também há bons hotéis numa área do bairro chamada de “Alto Las Condes”, onde se encontra o Parque
Arauco, o maior shopping da cidade, e a avenida Alonso de Córdova, considera da “Oscar Freire” de
Santiago. Eles se encontram próximos à estação de metrô Manquehue e apresentam tarifas entre 250 e
300 reias, como o Atton Las Condes, o Best Western Premier e o Regal Pacific, ou acima de 400 reais,
com o o Grand Hyatt e o Marriott.

Suíte do Atton Las Condes (fonte: lascondes.atton.com)

Centro

No Centro de Santiago estão algumas das principais atrações turísticas da cidade, como o Palacio de La
Moneda, a Plaza de Armas e o Mercado Central. Esta região possui uma grande concentração de hotéis e
aparts e lá estão algumas das opções mais econômica da cidade, com diárias na faixa de 100 a 200 reais,
como o San Marino, o Sestri Bellas Artes, o Global-Cityzen e o Soho Santiago.

Também é possível encontrar albergues e hostels com tarifas abaixo de 100 reais, como, por exemplo, o
Santiago Backpackers, o Hostel de La Barra e o Rado Boutique Hostel, este último no bairro Bellavista, a
poucas quadras do centro.

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Plaza de Armas

Aeroporto

Para quem precisa dormir próximo ao aeroporto, há três opções de hotéis. Um deles é o Holiday Inn, que
se encontra em frente ao terminal do Aeroporto Internacional de Santiago, junto ao estacionamento. Os
outros dois, o Hilton Garden Inn e o Diego de Almagro, encontram-e na rota de acesso ao aeroporto, a
menos de 5 minutos do terminal.

Holiday Inn Santiago Airport (fonte: orbitz.com)

Dica de Hotel em Santiago: NH Ciudad de Santiago, no bairro


Providencia

Minha dica de hotel em Santaigo é o NH Ciudad de Santiago, localizado na Avenida Condell 40, bairro
Providencia. É uma ótima opção para quem vai para a cidade pela primeira vez, por estar localizado perto
do centro da cidade e de muitas atrações interessantes e imperdíveis. Neste post vou dar mais detalhes da
localização, do quarto, da estrutura do hotel e do preço cobrado pela estadia.

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O bairro Providencia possui uma localização estratégica em Santiago, está entre o centro da cidade e o
bairro nobre Las Condes. É considerado de classe média-alta e faz parte do centro financeiro da cidade,
com prédios comerciais que abrigam sedes e filiais de empresas de grandes empresas. O hotel NH está a
poucos metros da principal avenida, também chamada de Providencia, que faz a ligação com o centro da
cidade. Junto à avenida há um longo parque linear, muito arborizado, com ciclovias, bancos para sentar,
gramados e uma fonte de água. Este parque é acompanhado pelo Rio Maipo, que corta a cidade.

Há duas estações de metrô a apenas duas quadras do hotel, a Salvador (L1) e a Baquedano (L1 e L5).
Várias atrações de Santiago podem ser acessadas a pé a partir do hotel. Cruzando o Rio Maipo chega-se
ao bairro Bellavista, um dos melhores locais para sair a noite, com diversos bares e restaurantes,
principalmente no entorno do centro comercial Patio Bellavista. Neste bairro também está o funicular
para o Cerro San Cristóbal e o Museo La Chascona, casa do poeta Pablo Neruda, ambos numa caminhada
rápida de 10 minutos partindo do hotel. As atrações do centro, como o Mercado Central, Palacio de La
Moneda ou Cerro Santa Lucía, também podem ser acessadas a pé numa caminhada um pouco mais longa
ou rapidamente pelo metrô.

Rio Maipo, entre o hotel NH e o bairro Bellavista

Os quartos do hotel NH Ciudad de Santiago são enormes e com dois ambientes. Sem exageros, acho que
foi o maior quarto de hotel que eu já fiquei hospedado. Todos eles possuem uma sala com sofá, mesa de
vidro para refeição e uma mesa de trabalho. Nesta mesa, além de uma televisão e uma luminária, há um
extensor com diversas entradas de tomada, incluindo uma para o padrão antigo brasileiro e duas entradas
USB. As tomadas do novo padrão brasileiro não funcionam lá, por isso é interessante levar um adaptador.

No outro ambiente está a cama, muito grande e confortável. Na frente da cama há um aparador com outra
televisão. Nas laterais há espaço suficiente para deixar aberta duas malas grandes. O quarto também
possui um closet, com prateleiros, cabides e um cofre. O chão, tanto do quarto quanto da sala, é de

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madeira. O banheiro também é bem espaçoso, com uma pia grande. A única coisa que eu não gostei foi o
chuveiro, que está junto à banheira. O teto é baixo e a banheira um pouco elevada, por isso pessoas muito
altas podem ter dificuldade para tomar banho. Além disso o vidro do box é pequeno e o chão acaba
ficando ensopado depois do banho.

Sala

Quarto

A estrutura do hotel conta com um bar junto ao lounge da recepção, além de um restaurante. É nele que

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acontece o café-da-manhã, que está incluído na diária e é bem variado, com vários tipos de suco, doces e
pães. Tem até o pão de queijo brasileiro! Há ainda uma piscina e academia, mas que eu não cheguei a
conhecer. O hotel também possui estacionamento gratuito para os hóspedes.

Outro item importante é a internet wi-fi gratuita disponível em todos os ambientes do hotel.

Recepção e lounge do bar

Café-da-manhã

Café-da-manhã

O hotel foi reservado pelo booking.com e o valor da diária custou 135 dólares, aproximadamente 250
reais. Estes valores são de março de 2012. Não é um hotel barato, mas o custo-benefício compensou,
levando em consideração o conforto, a localização e aspectos como internet wi-fi gratuita, café-da-manhã
incluído e estacionamento. Por isso eu posso dizer que recomendo o NH Ciudad de Santaigo.

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