Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
29 de julho a 04 de agosto
O mistério do evangelho
Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Ora, Àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do
que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós, a Ele seja a
glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Ef 3:
20, 21).
Paulo iniciou Efésios 3 com um tema que ele já havia mencionado anteriormente: “que os
gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em
Cristo Jesus por meio do evangelho” (Ef 3:6). Embora isso possa não ser uma grande
surpresa para a igreja no presente, composta em sua maior parte de gentios, era algo que
parecia radicalmente novo para muitos de seus leitores naquela época.
Paulo então seguiu com suas palavras inspiradas, à medida que refletia sobre sua paixão
em pregar o evangelho de Jesus aos gentios.
Também vemos seu compromisso com o mistério central do evangelho, o mistério de que,
na igreja, os gentios estão em pé de igualdade com seus irmãos judeus. Experimentamos
seu entusiasmo pela igreja e sua missão cósmica. Ouvimos enquanto ele orava, louvando
a Deus por expressar Sua graça por meio da igreja.
Em suma, somos inspirados a nos unir a Paulo em sua paixão pelo evangelho.
Resumo da Lição 6
O mistério do evangelho
TEXTO-CHAVE: Efésios 3:20, 21
Introdução: Em Efésios 3:1, Paulo compartilhou sua gloriosa visão da cruz de Cristo e o
que ela realizou tanto para os judeus quanto para os gentios. Em seguida, o apóstolo quis
assegurar a seus irmãos em Éfeso que ele orava para que eles sempre analisassem,
entendessem e fossem guiados e transformados por essa visão da cruz e pela glória,
poder e amor de Deus revelados na cruz. No entanto, assim que Paulo começou a dizer
aos efésios que estava orando por eles, ele, “o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor” dos
gentios (Ef 3:1), decidiu deter-se um pouco mais em seu ministério aos gentios. Esse
ministério consistiu em compreender o glorioso “mistério” de Deus de incluí-los em Seu
plano da salvação e em Sua igreja. Esse mistério, insistiu o apóstolo, não foi uma ideia
posterior acrescentada ao plano original de Deus. Em vez disso, foi o “propósito eterno” de
Deus (Ef 3:11) e agora, na era de Cristo, Deus passou a revelar plenamente esse propósito
ao mundo, cumprindo-o por meio do Salvador, e então por meio de Paulo, apóstolo de
Cristo.
1. A oração de Paulo e o seu ideal para a igreja era vê-la como a nova humanidade,
incluindo os gentios;
2. A inclusão dos gentios era o grande mistério e a surpresa de Deus para a
humanidade. Paulo foi o humilde mordomo desse mistério;
3. Por causa da inclusão dos gentios e, portanto, de toda a humanidade no plano da
salvação, a igreja se tornou a demonstração da sabedoria, do amor, do poder e da
glória de Deus, tanto na Terra quanto em todo o Universo.
Domingo, 30 de julho
Efésios 3 tem uma estrutura interessante. Paulo começou o capítulo com estas palavras:
“Por essa razão eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vocês, os gentios” (Ef
3:1). Em seguida, interrompeu essa ideia e partiu para uma longa divagação focada em seu
trabalho como apóstolo dos gentios (Ef 3:2-13). Depois sinalizou um retorno à sua linha de
pensamento original ao repetir a expressão: “Por essa razão” (Ef 3:14), apresentando seu
relatório de oração interrompido (v. 14-21).
Em Efésios 3:1, Paulo se identificou como “prisioneiro de Cristo”, sua maneira de dizer que,
embora residisse em cativeiro e aparentemente estivesse sob a autoridade do Império
Romano, havia um propósito mais profundo e divino se desenrolando em sua vida. Ele não
era prisioneiro de Roma, mas “prisioneiro de Cristo Jesus”! (Ef 4:1).
A menção de Paulo às suas “tribulações” (Ef 3:13) e a referência posterior a suas cadeias
(Ef 6:20) sugerem que ele não estava em prisão domiciliar relativamente confortável (At
28:16), mas na prisão. Estar preso no primeiro século e em um calabouço romano era
desafiador. As prisões romanas não tinham instalações sanitárias e refeições regulares. O
império tinha pouca necessidade de prisões, já que o encarceramento não era o meio de
punição. As pessoas ficavam presas apenas enquanto aguardavam julgamento ou
execução. Os prisioneiros deviam se manter ou depender de parentes e amigos para
conseguir alimentos e suprir outras necessidades.
Que bênçãos divinas são valiosas para você? Ore e louve a Deus por essas bênçãos.
Segunda-feira, 31 de julho
Ao estudar Efésios 3:1-6, observe o seguinte: primeiro, Paulo escreveu essa parte da carta
especificamente aos crentes gentios nas igrejas- lares de Éfeso (Ef 3:1).
Em segundo lugar, Paulo afirmou ser o destinatário de algo que ele chama de “a
dispensação da graça de Deus”, dada a ele “em favor” dos gentios (Ef 3:2). Essa
dispensação, ou esse ministério da graça, é a maneira como Paulo descreve a comissão
dada a ele de pregar o evangelho (“graça de Deus”) aos gentios (Ef 3:7, 8).
Em terceiro lugar, Paulo afirmou que um mistério lhe fora revelado, um tema sobre o qual
já havia escrito na carta (Ef 1:9, 10; 2:11-22), o “mistério de Cristo” (Ef 3:3, 4). Paulo não
desejava ser considerado como o inventor do evangelho, mas reivindicava o ministério
dado por Deus de proclamar o evangelho.
Em quarto lugar, Paulo não era o único a ter recebido revelação avançada sobre esse
mistério, visto que o Espírito também havia revelado aos “santos apóstolos e profetas” de
Cristo, de uma forma que supera a revelação do plano divino para gerações anteriores (Ef
3:5). É provável que o termo profetas aqui se refira aos que possuíam e exercitavam o dom
de profecia nas primeiras igrejas cristãs, em vez dos profetas do AT. O mistério, que antes
estava escondido, se tornou, então, o que poderíamos chamar de “segredo conhecido”.
Por fim, ele declarou: “O mistério é que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo
corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho” (Ef 3:6).
Paulo era apaixonado pelo evangelho e especialmente pela forma como é expresso na
igreja, a qual é composta de judeus e gentios. Esses dois grupos se tornaram os blocos de
construção da nova comunidade de Deus, Seu novo estilo de humanidade, a igreja (Ef 2:14-
16). Eles foram transformados de inimigos para “coerdeiros”, “unidos no mesmo corpo” (o
corpo de Cristo) e “coparticipantes” da promessa do evangelho (Ef 3:6).
Que atitudes contradizem a inclusão ensinada pelo evangelho? Como se livrar delas?
Terça-feira, 01 de agosto
O plano de Deus para todas as épocas é expressar, por meio da igreja, Sua graça e amor
aos crentes
ulo novamente reivindicou ser “ministro” pelo “dom da graça de Deus” (Ef 3:7; compare
com Ef 3:1, 2). Esse dom, como o próprio evangelho, não é concedido por causa do valor
do destinatário, mas pela graça de Deus. Paulo destacou esse ponto descrevendo-se como
“o menor de todos os santos” (Ef 3:8).
Talvez sua linha de raciocínio explique esta citação de Ellen G. White: “Quanto mais perto
você estiver de Jesus, mais cheio de faltas se sentirá a seus próprios olhos, pois sua visão
ficará mais clara, e suas imperfeições serão vistas em amplo e distinto contraste com a
natureza perfeita de Cristo” (Caminho a Cristo, p. 64).
Paulo escreveu: “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne
conhecida dos principados e das potestades nas regiões celestiais” (Ef 3:10). Quem são
esses principados e potestades? Como a igreja anuncia a “multiforme” sabedoria de Deus
a eles? Embora Efésios 3:10 não descreva a natureza desses poderes, é melhor considerá-
los como o mal descrito em mais detalhes em Efésios 6:11, 12. Se assim for, a
composição da igreja, unificando judeus e gentios, outrora divididos, torna-se para esses
poderes nas regiões celestiais um anúncio ressonante do plano de Deus para o futuro, “de
fazer convergir Nele [Cristo], na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas,
tanto as do Céu como as da Terra” (Ef 1:10). Esses poderes são advertidos de que o plano
de Deus está em andamento e que sua ruína é garantida. A própria natureza de uma igreja
unificada sinaliza sua derrota final.
Se sua congregação leva a sério a missão da igreja descrita por Paulo em Efésios 3:10, isso pode
mudar a forma como você e seus irmãos da igreja se relacionam?
Quarta-feira, 02 de agosto
São semelhantes em pedir que Deus os fortalecesse com poder, mediante Seu Espírito, e
que compreendessem a grandeza do amor de Deus para com eles
Por trás das traduções de Efésios 3:14, 15 há um jogo de palavras. Quando Paulo diz que
se põe de joelhos diante do “Pai, de quem toda a família, nos Céus e na Terra, recebe o
nome”, ele explora a conexão fonética entre a palavra grega para Pai, pat?r, e o termo
grego para família, patria. Em Efésios, o apóstolo celebrou a abrangência do plano da
salvação, que envolve todas as coisas (Ef 1:9, 10) em todos os tempos (Ef 1:21). Ele disse
que “toda a família nos Céus e na Terra” pertencem ao “Pai”. Toda família (patria) recebe o
nome do Pai (pat?r). Isso é uma notícia muito boa!
Avalie o seguinte: sua família, apesar das imperfeições e falhas, pertence a Deus. Sua
família não está no domínio cruel do destino, mas nas mãos divinas. Deus ama famílias
imperfeitas. Elas carregam o nome divino e a marca de Sua propriedade.
Paulo pediu a Deus que concedesse aos crentes uma experiência abundante – marcada
pela força interior mediante a presença do Espírito e a proximidade com Cristo, que
também é retratado como habitando neles – e uma identidade espiritual estabelecida e
segura, sendo “enraizados e alicerçados em amor” (Ef 3:16-19).
Ao louvar a Deus pelo grande alcance das bênçãos oferecidas aos crentes, Paulo incluiu
quatro dimensões: “a largura, o comprimento, a altura e a profundidade” (Ef 3:18). Ele não
identificou a que se aplicam essas dimensões, embora esteja claro que elas descrevem a
vasta proporção de algo importante. Isso resulta em um quebra-cabeça interessante para
os estudantes da Bíblia. Essas dimensões descrevem a sabedoria de Deus (Jó 11:5-9 usa
quatro dimensões), o poder de Deus (Ef 3:16, 17) ou, talvez, o templo espiritual de Efésios
2:19-22 (Ez 43:13-16 usa quatro dimensões; ver Am 7:7, 8; Ap 11:1, 2)? Talvez seja melhor
considerar que elas sejam a descrição do imenso “amor de Cristo” (Ef 3:19), visto que a
expressão “compreender [...] a largura, o comprimento, a altura e a profundidade” (Ef 3:18)
é paralela à seguinte expressão: “conhecer o amor de Cristo” (Ef 3:19; compare com Rm
8:35-39). Seja como for que consideremos essas palavras, elas são boas notícias.
Quinta-feira, 03 de agosto
Pela salvação oferecida por meio de Cristo e pelo poder de Cristo exercido em
favor dos crentes.
Paulo registrou suas orações pelos crentes (Ef 3:14-19). Ele orou de forma direta e
poderosa. Sua doxologia levanta duas questões: 1. A passagem exalta a igreja de forma
indevida, colocando-a em pé de igualdade com Cristo, na expressão “a Ele seja a glória, na
igreja e em Cristo Jesus” (Ef 3:21)? Embora Paulo estivesse bastante interessado na igreja
em Efésios, está claro que Cristo é o Salvador da igreja, pois é Ele que habita no coração
dos crentes (Ef 3:17). Na doxologia, o apóstolo louvou a Deus pela salvação oferecida à
igreja por meio de Cristo Jesus.
2. A expressão “por todas as gerações, para todo o sempre” (Ef 3:21) retrata um futuro
restrito à Terra e interminável para a igreja, adiando o retorno de Cristo? Efésios exibe uma
expectativa sólida para o futuro. Por exemplo, Efésios 4:30 olha para “o dia da redenção”.
Além disso, os crentes experimentarão o poder de Cristo “não só no presente século, mas
também no vindouro” (Ef 1:21). A doxologia de Paulo deve ser lida como celebração do
poder de Cristo exercido em favor dos crentes.
Voltando ao segundo relato de oração de Paulo (Ef 3:14-21; compare com Ef 1:15-23),
vemos que ele encontra forças na extensão cósmica do cuidado do Pai (Ef 3:14, 15), na
disponibilidade do Espírito Santo (Ef 3:16), na parceria do próprio Cristo (Ef 3:17) e no amor
imensurável de Cristo (Ef 3:18, 19). Isso é tão verdadeiro que ele imaginou os crentes
sendo preenchidos “de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:19) e celebrou essas realidades
espirituais em louvor, novamente maravilhando-se com a abundância do poder de Deus
ofertado aos santos (Ef 3:20, 21).
Sempre que sentirmos a pressão de problemas, tentações e dúvidas, podemos nos voltar
para esse relato animado das orações de Paulo. O apóstolo em prisão eleva nosso olhar
ao grande horizonte dos propósitos e da graça de Deus, lembrando-nos de que, sejam
quais forem as circunstâncias atuais, somos participantes do plano final de Deus (Ef 1:9,
10) e Seu poder age em nós.
Que bênçãos divinas são valiosas para você? Ore e louve a Deus por essas bênçãos.
Sexta-feira, 04 de agosto
Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 388-401 (“Reavivamentos atuais”).