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, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA


DIRETORIO REGIONAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

AN.UÁRIO GEOGRÁFICO
DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO


N.º 7 - 1954

PUBLICAÇÃO FEITA COM O CONCURSO DO


DEPARTAMENTO GEOGRÁFICO

RIO DE JANEIRO
SERVIÇO GRÁFICO DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

1955
ANUÁRIO GEOGRÁFICO
DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(Criado pela Res n ° 98, de 1 ° de março de 1948, do Diretório Regional
do Conselho Nacional de Geografia)

Diretor: Lurz DE SovZA


Engenheiro Civil
(Designado pela Res n ° 102, de 15 de dezembro de 1948, do DR G.)

-lil-

REDAÇÃO

DEPARTAMENTO GEOGRÁFICO
SECRETARIA DE VIAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS
ERRATA

Pede-se relevar as segumtes gralhas:


pág. 2, 2a. col. Alcobaca está por Alcobaça
pág. 2, 2a. col.: Voaventura está por Boaventura
pág. 2, 2a. col.: escorço está por escôrço
pág. 4, 1a. col.: Pan se está por Paris e
pág. (i, 1a. col. POSl~ está por JOSÉ
pág. G, 2a. col.: ;11ontello está por Montelo
púg. 10· especzalada está por especiali::ada
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
ORGANISMO FEDERATIVO SUBORDINADO DIRETAMENTE À PRESIDtNCIA DA REPÚBLICA
ESQUEMA ESTitUTURAL nos SERVIÇOS GEOGRÁFICOS

A - ÓRGÃO ADMINISTRATIVO - Secretana-Geral do Conselho


(Os membros do Diretório Central, representando a União Federal, os Presidentes dos
Assembléia Geral. .... .......... ·1f Diretór10s Regionais, representando as Umdades Federadas e dots representantes das
orgamzações particulares integradas). - Reúne-se ordinànamente em uma sessão
anual, inaugurada a 1.0 de Julho, em reunião conJunta com a A. G. do C. N. E., sob
a presidêncta do Presidente do Instituto.
I - Conselho Nacional de
Geografia (Orien- (0 Presidente do Instituto, O Diretor do Serviço de Geografia e Cartografia, como
tação e coordenação B - ÓRGÃOS DELI- Secretáno-Geral do Conselho, um delegado téemco de cada Mimsténo, um representante
gerais). Criado pelo BERATIVOS especial do Mirnstério da Educação e S:>úde, pelas Institmções ofictais do ensmo de
Decreto n.o 1 527, Diretóno Central. . . . . . . . . •. . . . . . . . • . . . . Geografia, um representante especial do Mimstér10 das Relações Exteriores, como
de 24 de março de
1937, e regulamen-
tação pela Resolução
n. 0 31, de 10 de
Julho do mesmo Diretórios Regionais ...
1 elemento articulador das relações 1nternac10na1s do Conselho, um representante do
Govêrno do Distrito Federal e um representante do C. N. E.). - Reúne-se ordinà-
riamente uma vez em cada quinzena.
...... (Nos Estados e no Território do Acre. (Composição variável, mas guardada a possível analogia
ano, da Assembléia l com o Diretório Central).
Geral do C. N. E. 11
Com1ssões Técmcas Pel'manentes" (Levantamentos Territona1s, Cartografia, Geografia
ComIBsões Técmcas ......•... Física, Geografia Humana, Geografia Regional e Didática); tantas "Cormssões Especiais"
{
quantas necessárias.
C - ÓRGÃ0S OPINA-
TI VOS { Consultoria Namonal, articulada com o Diretório Central (40 membros eleitos pela A. G. do
Corpo de Consultores Técmcos .. f Conselho); Consultorias Reg1ona1s, articuladas com os respectivos Diretórios Reg10na1S
l (5 a 20 membros cada uma, eleitos pelo Diretório Central).
Órgão Executivo Central. . . . . . . • • . . . . .. (SERVIÇO DE GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA.
l <Criado pelo Decreto-lei n.0 6 828, de 25 de agôsto de 1944).
(DEPARTAMENTO NACIONAL fDivis1\o de Geologia e Mineralogia
DA PRODUÇÃO MINERAL lDiv1são de Águas
Divisão de Fomento da Produção Mineral
DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO VEGETAL. Divisão de Terras
e Colomzação.
Mimstério da Agncultura DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO ANIMAL. Divisão de Caça
e Pesca.
CENTRO NACIONAL DE ENSINO E PESQUISAS AGRONÔMICAS: Instituto de
Ecologia e Experimentação Agricolas.
SERVIÇO FLORESTAL
SERVIÇO DE METEOROLOGIA
DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS SECAS

!
DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE FERRO
A - ORGANIZAÇÃO Mimsténo da Viação .•• DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM
FEDERAL DEPARTAMENTO DOS CORREIOS E TELÉGRAFOS
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PORTOS, RIOS E CANAIS
DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS E SANEAMENTO
Órgãos coopera-
dores Mimstério do Trabalho. DEPARTAMENTO NACIONAL DE IMIGRAÇÃO
Mimsténo da Educação (MUSEU NACIONAL
e Saúde lOBSERVATÓRIO NACIONAL
Mimstér10 da Fazenda. {SERVIÇO DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO
Mimsténo das Relações fDIVISÃO DE FRONTEIRAS
Extenores l
Mimstério da Justiça. ARQUIVO NACIONAL
I SERVIÇO GEOGR_ÁFICO DO EXÉRCITO - DIRETORIA DE HIDROGRAFIA
DIRETORIA DE ROTAS AÉREAS - (Colaboração
Ministérios Militares. E NAVEGAÇAO -
II - Quadro Executivo
(Cooperação fede-
l condimonada).
rativa) TERRITÓRIO DO GUAPORÉ: Serviço de Geografia e Estatística. - TERRITÓRIO
DO ACRE: Departamento de Geografia e Estatística. - AMAZONAS: Departa-
mento Estadual de Estatlstiea. - TERRITÓRIO DO RIO BRANCO: Serviço
de Geografia e Estatística. - PARÁ: Diretoria de Obras Públicas, Terras e Viação
- TERRITÓRIO DO AMAPÁ: Serviço de Geografia e Estatística. - MARANHÃO:
Diretoria de Obras Públicas . ...,.- PIAUÍ: Departamento Estadual de Estatística. -
CEARÁ: Diretona de Viação e Obras Públicas. - RIO GRANDE DO NORTE
Departamento Estadual de Estatlstic1,, - PARAÍBA: Departamento Estadual de
B - ORGANIZAÇÃO Repartições que funcionam como órgãos Estat!stica. - PERNAMBUCO: Dep irtamento Estadual de Estatística. - ALA-
REGIONAL centralB de geografia GOAS: Departamento Estadual de Esoat!stica. - SERGIPE: Departamento Esta-
dual ele Estatlstica. - BAHIA: Departamento Geográfico. - MINAS GERAIS: De·
partamento Geográfico. - ESPÍRITO SANTO: Serviço Geográfico, Geológieo e Mi-
neralógico. - RIO DE JANEIRO: Departamento Geográfico. - DISTRITO FE-
DERAL: Departamento de Geografia e Estat!stica. - SÃO PAULO: Instituto
Geográfico e Geológico. - PARANÁ: Departamento de Geografia, Terras e Colom-
zação. - SANTA CATARINA: Departamento Estadual de Geografia e Cartografia.
- RIO GRANDE DO SUL: Diretona de Geografia. - MATO GROSSO: Depar-
tamento de Terras e Colomzação. - GOIÁS: Departamento de Geografia e Terras.
C - ORGANIZAÇÃO LOCAL. (Dirctónos Muruciprus, Corpo de Informantes e Serviços Munictprus com atividades
l geográficas.
DIRETóRIO REGIONAL DE GEOGRAFIA

PRESIDENTE:
Engenheiro MANOEL PACHECO DE CARVALHO
Secretário de Viação e Obras Públicas

SECRETARIO:
Engenheiro LUIZ DE SOUZA
Diretor do Departamento Geográfico

SECRETARIO-ASSISTENTE:
JEFFERSON FERREIRA DOS SANTOS
Chefe dos Serviços Auxiliares do Dep Geográfico

***
Engenheiro DÉCIO SILVINO DE FARIA
Chefe da Divisão da Carta do Departamento Geográfico

Dr LUIZ FELIPE DE MORAIS LAMEGO


Professor da Faculdade de Filosofia

Sr ALDEMAR ALEGRIA
Diretor do Departamento Estadual de Estatística

Sr FRANCISCO STEELE
Inspetor Regional de Estatística Municipal

Engenheiro LIBERTÁRIO BoTINO


Chefe da Divisão de Viação e Obras Públicas da Prefeitura Municipal
de Niterói

CONSULTORES TÉCNICOS:
Professor LUIZ PALMIER (vogal)
Engenheiro JosÉ SouzA DE MIRANDA (vogal)
Professor MoACYR PAVAGEAU (vogal)
Professor DÉCIO FERREIRA CRETTON
Professor ADAUTO SOARES MONTEIRO
Coronel DÁCIO CÉSAR
Excelentíssimo Senhor Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
ACADÊMICO ELMANO GOMES CARDIM
Excelentíssimo Senhor Secretário-Geral do Conselho Nacional de Geografia,
ENGENHEIRO FÁBIO DE MACEDO SOARES GUIMARÃES
SUMÁRIO

Págs

REGISTRO XV
CICLO EVOLUTIVO DAS LAGUNAS FLUMINENSES - ALBERTO
RIBEIRO LAMEGO 1

UM BRILHANTE GEóGRAFO FLUMINENSE, ENGENHEIRO ALBER-


TO RIBEIRO LAMEGO - DÉCIO FERREIRA CRETTON 47

A "MINA DE PRATA" DE ITAOCARA E O ITINERARIO DE JOHN


MAWE ATRAVÊS_DAS TERRAS DE CANTAGALO - LUIZ PALMIER 59

DOMÍNIOS DA GEOGRAFIA - LUIZ DE SouZA 67

XIV SESSÃO ORDINARIA DA ASSEMBLÊIA GERAL DO CONSELHO


NACIONAL DE GEOGRAFIA 89
RELATóRIO DAS ATIVIDADES DO D R G EM 1953 103

GUIA DE EXCURSÃO A ANGRA DOS REIS - CARLOS AUGUSTO DE


FIGUEIREDO MONTEIRO 121

XI CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA 149

XVIII CONGRESSO- lNTERNACIONAL DE GEOGRAFIA 159

AREA E POPULAÇÃO DO BRASIL 165

CAMPANHA DE REFLORESTAMENTO .. 167

GRANDES VULTOS FLUMINENSES: - AUGUSTO GUIGON 169

ATAS DAS REUNIÕES ORDINARIAS E RESOLUÇõES DO D R.G


1953/1954 171
LEGISLAÇÃO DE INTERESSE GEOGRAFICO 175

ITINERARIO TURíSTICO PARA CABO FRIO - AS LAGOAS DE


MARICA, SAQUAREMA E ARARUAMA - JosÉ MARIA BoADA 195

DICIONARIO GEOGRAFICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -


VOCABULARIO DISTRIBUíDO POR MUNICíPIOS 207

l
REGISTRO

VEM O "ANUARIO GEOGRAFICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO",


COM PERSISTENCIA, ATINGINDO OS SEUS OBJETIVOS E CUMPRINDO A
SUA MISSÃO. SEM QUEBRA DE CONTINUIDADE, GRAÇAS, T AMBEM, AOS
ESFORÇOS DO SERVIÇO GRAFICO DO I B G E., AS SUAS EDIÇÕES TEM
VINDO À LUZ, COM RELATIVA PONTUALIDADE, TRAZENDO OS SEUS
NUMEROSOS LEITORES A PAR DOS ACONTECIMENTOS PRINCIPAIS
OCORRIDOS EM CADA ANO, NO ÂMBITO DA GEOGRAFIA E NO SETOR
FLUMINENSE.

COM ESPECIAL REGOZIJO TEM-SE VERlFICADO, DE ANO PARA ANO,


UM MAIOR INTERESSE PELA CIÊNCIA E LETRAS GEOGRAFICAS, PRINCI-
PALMENTE, POR PARTE DAQUELES QUE VEEM NA GEOGRAFIA OS RE-
CURSOS BASICOS PARA SE ATINGIR, COM ELES, NOVAS E GRANDIOSAS
CONQUISTAS NA AMPLIDÃO DO SEU IMPERIO.

NÃO DEIXAREMOS DE RESSALTAR A COLABORAÇÃO RECEBIDA DO


CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA, QUE, A.TRAVES DE SEUS TECNI-
COS DAS DUAS DIVISÕES, DE GEOGRAFIA E DE CARTOGRAFIA, MUITO
TEM FEITO NO SENTIDO DE CONTRIBUIR PARA _QUE O DEPARTAMENTO
GEOGRAFICO ESTADUAL POSSA LEVAR A BOM TERMO EMPREENDIMEN-
TOS SUBSTANCIAIS PROGRAMADOS, DENTRE OS QUAIS SOBRESSAEM OS
ESTUDOS PARA A RECUPERAÇÃO ECONôMICA DA BAIXADA FLUMINENSE
E A ELABORAÇAO DE NOVAS CARTAS COROGRAFICAS ESTADUAIS, CAL-
CADAS EM LEVANTAMENTOS AEROFOTOGRAMETRICOS.
NESTE NüMERO DO "ANUARIO", A EXEMPLO DO QUE FIZEMOS NO
NüMERO ANTERIOR, ESTAMOS APRESENTANDO OS TOPôNIMOS SELECIO-
NADOS DE CADA UM DOS MUNIC1PIOS RESTANTES, TRABALHO ESTE
QUE DEMANDOU DEMORADA PESQUISA E CUIDADOSA AVERIGUAÇAO.
E MATERIAL QUE ESTAMOS COLIGINDO PARA A FEITURA DO DICIONÁ-
RIO GEOGRAFICO DO ESTADO, MAS PARA QUE A SUA PUBLICAÇÃO FINAL
SAIA, TANTO QUANTO POSSJVEL, ESCOIMADA DE IMPERFEIÇÕES, CON-
CLAMAMOS TODOS OS FLUMINENSES ESTUDIOSOS A PARTICIPAREM DA
REVISÃO, COLABORANDO PARA UMA OBRA DE INTEMSSE COLETIVO,
QUE SERA DE CONSULTA E QUE, POR ISSO, DEVERA MERECER, DE UM
LADO, PATRiôTICO APOIO, E DE OUTRO, CONFIANÇA NA SUA EXATIDÃO

AS ASSEMBLEIAS GERAIS DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA,


QUE SE REALIZAM ANUAL E NORMALMENTE NA CIDADE DO RIO DE
JANEIRO E QUE AQUI, NO "ANUARIO", SEMPRE TÊM O SEU REGISTRO,
SÃO DE GRANDE UTILIDADE PARA AS UNIDADES FEDERATIVAS QUE
POSSUEM SERVIÇOS GEOGRAFICOS ORGANIZADOS E, DESSA UTILIDADE,
MUITO SE TEM VALIDO O ôRGAO REGIONAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO, NELAS REPRESENTADO, POIS QUE VARIAS RESOLUÇÕES, DE
IMPORT ANCIA FUNDAMENTAL, ALI BAIXADAS, TÊM SIDO EM EXCLUSIVO
ATENDIMENTO AS NOSSAS PREMENTES NECESSIDADES GEOGRAFICAS.
ÊSSE ALTO ESP1RITO COADJUV ADOR PREDOMINA NA ENTIDADE SUPRE-
MA NACIONAL E ESTA CIRCUNSTANCIA REPRESENTA A CHAVE DE
NUMEROSOS ÊXITOS ALCANÇADOS PELO DIRETóRIO REGIONAL DE GEO-
GRAFIA, NA SUA AÇÃO PERSISTENTE DE TRABALHAR, COM O DEPARTA-
MENTO GEOGRAFICO, PELA ECLOSÃO DE TôDAS AS "'RIQUEZAS QUE RESI-
DEM, CLARAS OU OCULTAS, NO SEIO DADIVOSO DA TERRA FLUMINENSE
OU NA SUA VARIADA, IMPONENTE E MAJESTOSA FISIOGRAFIA.

Lurz DE SouzA
\

CICLO EVOLUTIVO DAS LAGUNAS FLUMINENSES

ALBERTO RIBEIRO LAMEGO


Engenheiro de minas, Diretor da Divisão de
Geologia e Mineralogia do Ministério da Agri-
cultura e Membro da Comissão Técnica Perma-
nente de Geografia Física do Conselho Nacional
de Geografia

A SEPETIBA

Entre os grandes quadros geológicos exibidos no litoral fluminense das restingas


'é neste onde melhor poderemos seguir a seqüência de fenômenos que mais tarde iremos
presenciar na origem das lagunas Justa razão teve HILDEBRANDO DE ARAÚJO Górs
ao dizer que "a restinga que vai da ponta de Guaratiba ao pico da Marambaia, formando
:a enseada da Sepetiba, retrata o litoral em seu primeiro estágio evolutivo" 1
Efetivamente, ali observamos uma fase inicial e ainda inconclusa da retificação do
litoral por faixas arenosas, em cuja simplicidade poderemos colhêr elementos analíticos
ajustáveis a modalidades mais complexas das formações de restingas
Compreendendo a origem da Marambaia, estaremos aptos a seguir a evolução da
geomorfologia costeira, a qual, para leste, vai-nos aparecer em fases mais maduras,
onde os velhos pedaços de mar completamente enclausurados já em sua maioria foram
:substituídos por grandes toalhas de água doce.
Com o estudo da Sepetiba iniciaremos pela formação de uma restinga, a partir
.de suas formas mais singelas: os pontais
Em duas variedades morfológicas podem êstes classificarem-se Na primeira,
temos a ponta de areia que avança pelas águas sem um alvo aparente, mas que sabemos
dirigida por correntes secundárias Os tratadistas anglo-americanos a denominam spit,
têrmo para o qual, não existindo uma designação em português, adotamos o vocábulo
espo1ão, devido à sua comum semelhança com os esporões de galo Na laguna de
Araruama há magníficos exemplos desta variedade, cuja origem descreveremos ao lá
.chegarmos
O tômbolo é outro tipo de pontal. A palavra italiana define as restingas projetadas
de terra firme para alguma ilha, ou inversamente, ligando também ilhas entre si. Em
sua forma inicial o tômbola é um esporão.
A Marambaia é um imenso tômbola Um dos mais notáveis do globo. Seu
comprimento excede a quarenta quilômetros e chega a distar dezoito do bordo conti-
nental, sendo então invisível a não ser em dias muito claros Seus poucos metros de

1
ARAÚJO Góis, Hildebrando: "O Saneamento da Baixada Fluminense", Rio, 1939, pág 11
-2-

altitude sôbre o nível do mar próximo bastam entretanto para o transformar num
dique formidável.
Do lado oceânico o declive é forte, e as ondas o batem violentamente Do outro
lado, porém, a restinga aplaina-se para as margens da baía tranqüilíssima
A grande língua de areia é indestrutível Não obstante o martelar contínuo do
mar, é êste mesmo que continuamente a reconstrói por seu próprio mecanismo da
formação de restingas
Para uma tal formação três requisitos são fundamentais: mares rasos, uma corrente
litorânea que roça uma ilha ou o bordo continental e abundância de a1eias sôltas
movimentadas pela água que circula Com êstes requisitos, condições ideais para a
origem de um pontal apresentava a antiga enseada da Sepetiba, aberta entre Guaratiba
e o cordão insular que a limita a oeste, suprida por detritos a1enosos pela descarga
dos rios Guandu e Itaguaí
Tudo nos leva a admitir que a restinga, soldada à ilha da Marambaia e ainda
não ligada à ponta de Guaiatiba, foi formada de oeste para leste Embora nessa faixa
marítima costeira as correntes litorâneas sejam reversíveis, sempre se tornam estas
mais sensíveis quando sopiam os ventos de sudoeste, os quais movimentam as águas
de encontro ao bordo continental em direção ao Rio de Janeiro
Pelo mapa que apresentamos, vê-se que os detritos despejados pelos nos Guandu
e Itaguaí são impedidos de serem carregados para oeste, mmo à baía da Ilha Giande,
pelo cordão de ilhas acima referido, o qual se estende entre a da Madeira e o pico
da Marambaia, e age como ve1dadeira barragem Ao longo dêste arquipélago descem
pois os sedimentos, indo se acumular na costa oriental da antiga ilha da Marambaia,
onde foram tomados pela corrente litorânea que os vão levando para leste
No mapa 1 da fig 1, nota-se porém que a passagem dessa corrente, na bôca da
velha enseada, originou por simples fricção uma nova c01rente circular interna, a qual,
por sua vez, tomando a si a descarga sólida dos dois rios, impede-a de espalhar-se pelos
fundos da Sepetiba
Nesse mapa esquematizamos a foimação da Marambaia Vemos como os detritos
fluviais têm o seu carregamento para oeste impedido pelo cordão insular acima referido,
sendo arrastados para a ilha da Marambaia onde o seu acúmulo se teria verificado
numa faixa de águas mortas entre as duas correntes ali separadas pela base do obstáculo
gnáissico
Iniciada como um primitivo esporão a restinga começa então a desenvolver-se paia
leste A massa de ateias trazidas pela couente interna é também trabalhada pela
externa Há si;mpre uma zona morta na extlemidade da restinga em marcha, entre as
duas correntes, devido ao mais 1ápido avanço da projeção submaiina do pontal É
nesta zona que os sedimentos vão caindo
Os feixes circulantes agem então como pincéis, alisando as orlas da restinga, em
cuja ponta divisória entre as duas correntes, ao adiantar-se, vai levando continuamente
para a frente a referida zona de águas mortas na qual as areias se depositam
Comp1eende-se, pois, a marcha ininterrupta da restinga, cujas areias começam a
subü das águas quando sêcas pela maré baixa, os ventos nelas atuam
Ao ap10xima1-se a ponta de Guaratiba, nota-se que a restinga apresenta uma
concavidade para o sul, não chegando a atingii a extremidade dêsse cabo É que,
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-3-

devido àquela ponta, o feixe circulante externo teve a sua seção reduzida e a sua
velocidade aumentada ao avizinhar-se do cabo que contorna Assim, a Marambaia,
premida pela corrente que a lambe, encurvou-se para o sul após uma primeira concavi-
dade para o continente
Devido à circulação interna que arrasta para essa extremidade da baía de Sepetiba
as águas dos rios que nela desembocam, a restinga não pôde ali soldar-se ao continente,
do qual a separa um pequeno delta lamacento onde o mangue prolifera e onde a
circulação das águas impede a sua completa obstrução
Formada a restinga e desaparecendo a atuação da corrente externa sôbre a interna,
os ventos periódicos agindo sôbre as águas tranqüilas da enseada motivaram o desdo-
bramento da circulação interna em circuitos fechados menores Um dêstes veio a nos
dar pelos mesmos processos da formação da grande restinga o esporão da Pombeba
e a pequena enseada da Marambaia Uma exemplificação mais esclarecedora da origem
dos esporões será, como já dissemos, apresentada quando atingirmos a laguna de
Araruama, cujo secionamento atual por tais esporões assume aspectos impressionantes.
Resta-nos comentar o motivo da não existência de restingas no litoral fluminense
a oeste da Marambaia, permanecendo abertas as duas entradas laterais à Ilha Grande
para a baía de mesmo nome É que, além da barragem do cordão insular que separa êste
braço de mar da Sepetiba, nenhum rio ali descarrega sedimentos que bastem para
alimentar o processo de formação de barragem de areia capazes de um isolamento
similar
De Mangaratiba a Parati, sàmente pequenos cursos descem da cordilheira. E assim
mesmo aos saltos, numa violenta erosão dos leitos que se desblocam em matacões de
rochas cristalinas Nessas pequenas bacias talhadas em abas selvagens de serranias altas
e submetidas a elevadíssima pluviometria, as pesadas descargas intermitentes que entu-
lharam os vales submersos de uma abrupta costa de falhas não trazem consigo suficiente
massa de sedimentos finos para a formação de restingas, a qual só é fornecida pela
moagem longa dos grandes rios através de centenas de quilômetros de curso, ou por
rios de menor volume d' água escavando rochas friáveis e silicosas
Aos mesmos motivos deve-se a ausência de grandes cordões de areia na vizinha
costa paulista, onde sàmente a oeste de Santos o Iguape e afluentes fornecem areias
abundantes para a formação das grandes restingas que se alongam até Cananéia.
Voltando à Marambaia, notemos que é ela o protótipo de semelhantes formações.
Um exemplo clássico a padronizar tôda a vasta série de fechamentos de baías e de
embocaduras de rios e de riachos, tão comuns na costa meridional brasileira Ao
norte dela temos às portas da Guanabara casos igualmente típicos e sempre relacionados
à mesma formação da grande restinga O primeiro dêles é o de Jacarepaguá, onde a
restinga de Marapendi com dezoito quilômetros de extensão fechou a grande planície
empantanada, sendo igualmente a sua marcha de oeste para leste, desde a ponta de
Guaratiba ao pontal de Sernambetiba, e, daí, à ponta da Tijuca, contra a qual as águas
fluviais são atualmente comprimidas
A seguir, temos as praias da Gávea, do Leblon e de Ipanema, as duas últimas
isolando a lagoa Rodrigues de Freitas, uma antiga enseadá A planície de Copacabana
é também formada de restingas que isolaram pequenos brejos, notadamente o que existia
entre o morro de São João e dos Cabritos
-4-

Além da Guanabara, exemplos típicos de fechamentos de antigas enseadas são


visíveis nas lagoas de Pi[apetinga e de Itaipu, onde as línguas de areia retificaram o
velho litoral escalavrado em profundas reentrâncias e áspero de pontas continentais
que em sucessivos espigões penetravam outrora no oceano A última destas pontas,
em marcha pata leste, é o Falso Pão de Açúcar ou Itaipuaçu, tã~ semelhante ao
verdadeiro à entrada da Guanabara que leva à confusão marujos inexperientes
Para além, ainda novas restingas aparecem, desdobrando-se a perder de vista pelas
praias de Maricá Chegamos porém a uma região onde a evolução do litoral atingiu
mais um grau de madureza com o fechamento das enseadas que se transformaram em
lagunas

A MARICÁ

Do pico da Marambaia à ilha de Cabo Frio, a costa fluminense corre singularmente


retilínea de oeste a leste, devido à deposição recente das restingas pelo dinamismo
construtivo do mar. Tôda a rugosidade do velho bordo continental recuou para o fundo
de baías, de lagoas e de planícies resultantes do afastamento do oceano pelos próprios
diques de areia por êle erguidos
O quadro geológico e geográfico preexistente na Sepetiba não permitiu um
completo fechamento do braço de mar, e, das pequenas reentrâncias de ambos os lados
da Guanabara, apenas restam hoje toalhas lacustres de extensão modesta ante as que
agota iremos encontrar
A primeira delas é a Maricá
Em seguimento à retificação do litoral que vimos se processando desde a Maram-
baia, a costa fluminense logo após o morro de Itaipuaçu aplaina-se em decampados de
areais que se alargam por vários quilômetros do friso marítimo para o interior, barrando
pântanos e alagadiços alimentados por pequenos cursos que descem dos relevos serranos
Tôdas estas águas têm saída natural para o brejo de São Bento, canal êste que se
encaminha para a Maricá com a sua foz situada na margem ocidental da laguna Desta
zona para leste as planícies de restingas cedem lugar ao cômoro da praia, o qual numa
extensão de 20 quilômetros vai até à Ponta Negra
A carta geológica que apresentamos desta laguna mostra-nos quão grandes efeitos
podem resultar no campo geográfico de simples fenômenos geológicos de atuação
superficial
As margens internas da Maricá revelam-nos em delineamento irregular o antigo
litoral cariado de angras e de sacos, e tôda uma série de promontórios de rochas crista-
linas que avançavam outrora pelo mar Os mais recônditos confins das velhas concavi-
dades de uma costa de submersão foram entulhados por aluviões trazidas de pequenas
bacias serranas
Todo êste quadro interior, outrora molhado pelas ondas, encontra-se hoje fechado
no interior da laguna pelo contínuo dique de restingas. Quer isto dizer que um
processo geológico de mínima importância em relação aos grandes movimentos que
sucessivamente vêm sacudindo a crosta terrestre, pode vir a tornar-se de profundas
repercussões econômico-sociais na vida dos agrupamentos humanos.
Ao invés de uma costa viva de relevos e de anfratuosidades, aberta para o
Atl~ntico e acessível à navegação de cabotagem, temos um liso litoral inabordável a
não ser por chalupas de pesca. Uma simples língua de areia tudo modificou.
1 1FT.z.occo .fll,,,.•io-o ~.:,!;'.] Rtr.rl•"Sfa l
:Bocio /r1droarofi'co d~ t•f~ricá • .Do 11,1ofor10 da .D.S .JJ.F. d• J9.J4

FIG 2 - Gco l~910 do log~na dr Mcrká por A R Ln;ncgo A rr~lin90 retificou urn lítorol outrora reco1todo de Mseodos
C11

1.

FIG. 3 - Os 20 quilômetros da grande restinga da Mancá ao começarem do ponto de amarração da Ponta Negra para oeste, vendo-se à esquerda
o Atlântico e à direita a laguna.
(Por gentileza do Departamento Nacional de Obras de Saneamento)
-6-

FIG 4 - A tranqüila Maricá dos pescadores, vendo-se ao fundo contrafortes do serrote litorâneo.
- (Foto D N O S )

FIG 5 - Velhas falejas do antigo litoral, atualmente prisioneiras da laguna de Maricá. -


(Foto D N O S )
-·· 7 -

FIG 6 - Uma das ilhas de Maricá, outrora batidas pelo mar - (Foto D N O S )

FIG 7 - Um dos pitorescos recantos da Maricá, onde as margens são elevadas - (Foto D N, O S )
-8-

FIG 8 - Margens elevadas da lagoa de São José, na Maricá, formadas de antigas falejas -
(Foto D N O S )

FIG 9 - Uma das estreitas passagens dágua intercomunicantes das várias seções da Maricá
(foto D N O S )
-9-

FIG 1O - O canal da barra em Ponta Negra ao ser cortado numa saliência aqueana, em subst;tui-
ção às barras instáveis da restinga, intermitentemente fechadas pelas areias - (Foto D N O S )

FIG 11 - O corte da barra de Ponta Negra, executado pelo Departamento Nacional de Obras
de Saneamento, ao atingir e mar (Foto D N O S )
- 10 -

Teve ela a sua origem no Falso Pão-de-Açúcar Os mesmos processos de que


demos notícia ao tratarmos da Marambaia ali tiveram comêço Os sedimentos trazidos
pelos rios, que embota de pequeno curso descem de bacias bem menos escarpadas que
as que vertem pata a baía da Ilha Grande, foram tomados por correntes marítimas
costeiras e alinhados num pontal, cujas taízes ocidentais esgalham-se na planície de
1estingas mencionada, ao sul do brejo de São Bento, a qual se apoia no espigão que
atinge o mar no Falso Pão-de-Açúcar
A marcha do pontal processou-se de maneira idêntica à da Marambaia até a solda-
gem final à Ponta Negra To<los êsses pequenos braços de mar isolados do Atlântico
tiansformaram-se numa laguna onde aos poucos foi a água salgada substituída pela
dos rios que para ela afluem, mantendo-se porém salobta em certas zonas onde a
barragem de areia é mais estreita, permitindo a passagem das altas marés em barras
provisórias
Estas barras têm sido até hoje também utilizadas pata que desça o nível da laguna
em épocas de grandes cheias, sendo o cômoro marítimo artificialmente aberto pelo
homem
Da pnm1tiva configuração costeira <la regiao da Maricá, resultou pelo efeito da
banagem não uma laguna única, mas tôda uma série de lagoas que se aprofundam
pelas concavidades das extintas enseadas A maior delas é a de São José, a mais
ocidental, cujas águas vão até viL.inhanças da cidade de Maricá A seguir vem a da
Barra, assim denominada po1 nela estar localizada a principal ligação com as águas
do mar em tempos de emergência Depois desta, a do Padre que através do canal do
Cordeirinho liga-se à de Guaiapina, com a qual finda a Maricá
Cumpre dizei que não sàmente à primitiva projeção dos promontórios nem exclu-
sivamente às pequenas angtas talhadas na aba continental, é que se deve o secionamento
da Maricá nesta série de lagoas Como já esboçamos no caso da Sepetiba, com a
formação do esporão da Pombeba, aqui também originaram-se esporões internos que
do grande cômo10 costei10 foram avançando pata o interior incrementando a divisão
da gtande laguna Dêste modo foi ampliada a lagoa da Barra, em sua zona marítima
ensacada entre dois espotões, e igualmente quase separada uma da outra as lagoas do
Padre e de Guarapina, por um pontal que estrangulou o canal do Cordeirinho
Todo êsse retalhamento da Maricá se dum lado impede uma visão de conjunto
da grande toalha lacunar, de outro lado contribui para a multiplicação de motivos
paisagísticos parceladamente ricos de cenários belíssimos Mas pata gozá-los, é preciso
navegar pot tôda a laguna Sinuosamente circular por seus canais, penettat nos temansos
de suas enseadas, espelhantes, costear suas falejas vermelhas talhadas em ângulo vivo
como reminiscências de uma costa não há muito ainda batida pelas vagas
Pata o geólogo ftiamente adstrito à pesquisa <los fenômenos que originai am a
laguna, a Maricá é simplesmente a 1esultante de uma ban agem de restingas num antigo
litoral caracterizado po1 uma seqüência de fossas tectônicas submetsas Para o geógrafo,
a laguna dêsse modo originada ofetece elementos notáveis para estudos humanos em
sua coletividade de pescado1es, uma das mais ativas e mais produtivas do Brasil, bem
como também lhe expõe um campo aberto em suas varja1ias, onde as ricas aluviões
cobrüam-se de pastagens e de canaviais com seus engenhos de açúcat e de aguardente
Para o artista, porém, a Maticá é a laguna de amplidões tranqüilas, misteriosas na
neblina ou resplandecentes sob o sol, e sobretudo a laguna dos recantos solitários e
11 -

:silenciosos, esquisitamente recortados outrora pelas ondas e que a restinga encarcerou,


xetalhando-a em cenários amáveis e dignos da delicadeza dos pincéis de mestres.
Resta-nos, ao deixar a Maricá, dizer da experiência que ali pratica o Departamento
de Obras de Saneamento, aproveitando as próprias lições da natureza
Vimos que os pontais enquanto móveis tendem sempre a irem soldar-se a um
ponto firme do litoral Tão só quando uma roch~ firme é encontrada cessa a mobili-
dade das areias transportadas pelas correntes e agitadas pelas vagas Esta contínua
agitação é que, mesmo numa velha restinga já estabilizada, impede a abertura perma-
nente de escoadouros para o mar, sendo as barras intermitentemente fechadas logo que
cesse o pêso d' água das lagunas
Daí, deduzir-se que somente em pontos rochosos dêsse litoral é que se devem
rasgar canais, com o sucesso de mantê-los permanentemente abertos Em conseqüência,
o escoadouro da Maricá foi projetado em sua extremidade oriental, na Ponta Negra,
,onde um canal foi talhado em rocha viva garantindo futuramente a saída das águas e
desafogando as populações marginais de seus vargedos da iminência de dilúvios repeti-
damente catastróficos no Passado, pelo despejo súbito das bacias dos rios serranos no
·reservatório da laguna fechada

A SAQUAREMA

Logo a s::oguir à Maricá, a velha costa azóica afasta-se das praias atuais dando
lugar a uma vasta reentrância onde ao abrigo da tarja marítima das restingas estende-se
a lagoa de Jaconé com suas margens alagadiças e franjada de grandes brejais Mais
para leste, chegamos à Saquareina
Esta laguna, como a Maricá, compõe-se na realidade de uma série de quatro
lençóis d' água unidos entre si por canais Há entretanto nela uma simetria inexistente
na primeira Os dois grandes lagos de sua extremidade, a de Fora e a Uruçanga,
ligam-se através das pequenas lagoas do Boqueirão e do Jardim
O processo de sua formação assemelha-se muito ao da Maricá Ao ocidente, uma
planície de restingas que vem das margens da Jaconá estreitou-se, e com a sua praia
de Itatinga quase retilínea, foi soldar-se ao morro gnáissico de Nazaré, em cuja base
assenta a insignificante cidade de Saquarema :Este morro foi outrora uma ilha apenas
-separada de um cabo de rochas cristalinas Ainda hoje esta passagem continua aberta,
por ali fluindo as águas da laguna para a sua barra intermitente que se apoia contra
o outeiro de Nazaré
A lagoa de Fora e de Uruçanga ocupam duas antigas enseadas bem maiores que
-as da Maricá e separadas por um cabo conforme se vê na carta geológica A rocha
destas margens internas e altas de um modo geral gnaisse granitizado que constitui o
embasamento azóico regional
Ao processar-se o indicamento do pnm1tivo braço de mar pelas restingas, tanto
essas duas lagoas como a de Jaconé não existiam isoladamente, integradas que estavam
num único lençol d' água Correntes circulares internas, porém, originadas posterior-
mente pelos ventos, tomaram consigo as areias do cômoro e as foram depositando ao
longo de esporões
Na Saquarema êste fenômeno geológico é bem apreensível nos três pequenos
pontais de areia que, ao centro da laguna, avançam do sul para o fronteiro cabo divisor
-12-

entre a lagoD- c~c Fora e a de Uruçanga fütes espo1ões .ensacaram entre s1 as pequenas
lagoas do Boqueirão e do Jardim que vão sendo obstruídas de vegetação lacustre, mas
não conseguiram ainda atingir as saliências do cabo para o qual se dirigem, deixando
entre si pequenos canais de circulação er.tre as duas massas d' água principais
Enquanto as margens setentrionais da Saquarem'.l são elevadas, devido à sua cons-
tituição gnáissica, as meridionais são baixas e exclusivamente delimitadas de restingas
Tôda a laguna é muito rasa A cota de um metro é rara, sendo em geral bem
menor, e dessa diminuta profundidade resulta que a vegetação lacustre se alastra pelos
baixios, crescendo assim cada vez mais o aterramento ge1al da lagrn.:i.a, o qual de longa
data vem se processando com as descargas dos rios que para ela correm
Os panoramas que se desfrutam na Saquarema, se bem semelhantes aos da Maricá,
distinguem-se todavia por uma suavidade ainda maior em seus encantos paisagísticos
Sôbre essas imensas extensões de águas tlanqüilíssimas, as distantes vegetações marginai,;
destacam-se em agrupamentos que as perspectivas ilusórias nos fazem crer ilhas perdidas
em neblinas ou suspensas no ar sôb1e a 1everbe1ação das águas que tremulam sob o sol
A impressão que nos deixa a Saquarema, sobretudo vista do alto do morro de
Nazaré, é a de serenas vastidões lacustres que se abatem solitàriamente para os hori-
zontes Amplos descortínios de um deserto líquido, apenas quando em vez humanizados
pela passagem longínqua de alguma canoa Idênticas placidez e inércia às da pequena
cidade, que, fora das rotas comerciais, ali surgiu de primitivos refúgios de marinheiros
desertores em tempos da Colônia, de tôda uma plebe criminosa e fugitiva às masmorras
e galés do Rio de Janeiro dos Vice-Reis
De mistura com raros tamoios remanescentes do massacre de Cabo Frio, ali fun-
diu-se uma etnia quase exclusivamente branca de pescadores A piscosidade das lagoas
rasas e uma fácil e natural adaptação dos métodos de pesca aborígene, uniu-os ao pé
do morro de Nazaré que de longe domina as praias nuas e desérticas.
Na retaguarda montanhosa da laguna, sob outras condições geológicas, surgiu no
Impfrio, com o café, tôda uma riqueza econômica de fazendeiros, muitos dêles nobili-
tados Mas tôda essa atividade econômica vizinha não transpôs as águas da Saquatema,
onde outro quadro geológico bem diverso e contrastante imobilizou as iniciativas da
sua população, tôda entregue às suas canoas, às suas redes e aos seus anzóis
Segundo SAINT HILAIRE que admiràvelmente estuda essa região ao por ali passar,
a barra da laguna por onde outrora penetravam embarcações do oceano fôra entupida
por mal orientados É mais aceitável porém supot que o próprio mecanismo da for-
mação das restingas haja impedido uma abertura permanente, fechando a barra que só
viria a desobstruir-se como atualmente, quando a laguna cresce em tempos de cheias
dos rios, e a mão do homem auxilia o pêso d' água, rasgando o cômoro junto à base
01iental do morro de Naza1é
Por essa época é a laguna reabastecida do pescado pelo mar mantendo-se dêste
modo uma contínua reserva para essa população ribeirinha
Na lagoa de Uruçanga a pesca principal é a do robalo, e na de Fora a de
camarão Dêste último é por vêzes tamanha a colheita que, além da exportação para
o Entreposto de Pesca do Rio de Janeiro, grande quantidade segue para as regiões
vizinhas em lombos de cargueiros que de longe a vêm buscar.
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FIG. 13 - O morro gnáiss1co de Nazaré ponto de amarração das restingas de ltaúna e de ltatinga, em Saqucrrcma, e beirando a qual passa
o canal da barra da laguna. - (Foto D N. O. S.)
-14-

FIG 14 - A grande restinga que forma a praia de ltatinga, e deu arigem à la:;ioa de Saquarema,
vista do morro de Nazaré - (Foto D N O S )

FIG 15 - A restinga da praia de ltatinga, vendo-se o 1nrc10 da fixação das areias pela vegetação
Ao fundo a Ponta Negra - (Foto ·o N O S )
-15-

FIG 16 - Currais de peixe na barra da laguna de Saquarema, vista do alto do morro de Nazaré.
- (Foto D N O S )

FIG 17 - A cidade de Araruama à margem da laguna do mesmo nome (Foto A R Lamego)


- 16 -

A ARARUANA

Da barra <la Saquarema, junto ao morro de Nazaré, de novo as restingas se


estendem num cordão litorânea que forma a praia <le Itaúna além da qual prossegue
por cêrca de quilômetros a grande praia <le Maçambaba cuja formidável barragem de
areia nos deu a mais bela e mais importante das nossas lagunas: a de Araruama
Com ela temos uma das mais encantad01as regiões da terra fluminense A laguna
por excelência com seus famosos cenários de tão fascinantes grandiosidades panorâmicas,
com suas g1andes águas transparentes e licas de tonalida<les cambiantes, com seus inte-
ressantes quadros locais de bem organizadas pescarias e sobretudo com suas salinas,
exclusivas em todo o Brasil meridional
Tôda esta paisagem diferente e nítida, tôda esta vida peculiar à limpa imensidão
lacustre, verdoenga e luzidia ao sol ou azul ferrete e enca1 neirada sob as suestadas,
pontuada de pequenos veleiros que lhe agitam a imutabilidade dos confins desérticos,
tôda essa atividade marginal de suas salinas onde os cataventos pito1escamente giram
por entte a alvura dos alinhamentos das medas de sal, tôda a sua história agitadíssima
em seus primórdios na peleja implacável contra o pitata e o tamoio, tôda essa lenta
e progressiva posse da terra sôbre a qual nos falam ainda hoje os velhos fortes em
desmantêlo e os pesados conventos pteciosamente conservados, tudo isto se deve a
uma só causa geológica e deteuninista de tôda a sua evoluç_ão Ao poder constrntivo
do mar enclausl!lando a laguna À gran<le barragem de línguas de areia que o
dinamismo dos fatôtes supetficiais terresttes sàlidamente consolidou, criando abtigos
seguros numa quina continental preciosa de pau de tinta e de enorme importância
estratégica, ao mesmo tempo que isolava um braç_o do Atlântico numa iegião onde a
ausência de rios de vulto excepcionalmente condicionou uma pu1eza maior das águas
do mar que, penetrando na laguna fracamente alimentada por tiachos, ali concentram-se
dando-nos de uma vez inestimável ieservatório de pesca e o tesouro inesgotável das
salinas
Vejamos como teve início aquela barragem e quais os posterio1es fenômenos
dinâmicos da geologia que, atuando concordantemente num plano submetido às prévias
condições paleog1áficas regionais, deram em resultado a configuração atual da laguna
com seu liv1e e pe1manente acesso pata o mar
Examinando-se atentamente a fisiografia de tôda esta faixa costeira e fluminense
das lagunas, vemos que ao norte dela co11e um serrote azóico vindo de Maricá, o
qual com a diteção de oeste a leste se estende pelos fundos da Saquarema e vai findar
nas p10ximidades de São Pedro d' Aldeia ba11ando ao norte as margens que para êle
se elevam da Araruama Um dos seus mais conspícuos pontos terminais é a serra de
Sapiatiba, entre Iguaba Grande e São Ped10
A leste desta cidade, e na mesma continuidade do serrote há tôda uma série de
morros de rochas da mesma idade O rnmo dêste pequeno cordão de elevações já
não é porém o mesmo, sendo antes de sudoeste pata nordeste, como é bem visível
na orientação do litoral entre a cidade de Cabo Frio e a Ponta dos Búsios O mesmo
alinhamento pode sei verificado no arquipélago costeito, o qual em flanco desvio do
rumo geral da costa desde o pico da Marambaia até a quina continental do Cabo Frio,
que é de oeste a leste, também se dirige agora de sudoeste pata nordeste, quase em
paralelismo à costa fluminense de Barra de São João a Macaé.
-17-

Um notável embora pequeno acidente dentro da própria Araruama confirma a


mudança de rumo a partir de São Pedro d' Aldeia Ê a península em uma das extremi-
dades da qual assenta essa cidade e que se prolonga para sudoeste por vários quilômetros
entre as águas da laguna Ê tôda ela composta de um cordão de colinas gnáissicas,
cuja direção coincide com a da costa entre a Barra de Cabo Frio e a Ponta ~os Búsios
e com a do citado arquipélago o qual nada mais é que um semelhante cordão parcial-
mente submerso
Dessa direção geral dos afloramentos gnáissicos na região oriental da Araruama,
deduz-se a probabilidade de existência de escolhos encadeados na mesma orientação,
os quais teriam necessàriamente influído na direção das restingas quando çomeçaram
estas a ser depositadas, conforme se vê na carta topográfica e geológica da Araruama
que anexamos a êste estudo.
No cômoro da Maçambaba, que separa a laguna do mar, distinguem-se nas suas
restingas duas direções principais indicadoras da provável influência de critas orográ-
ficas submersas, para o fechamento da Araruama em sua zona oriental fütes rumos
tomados pelas línguas de areia são nitidamente visíveis em fotografias aéreas, notada-
mente nas da Diretoria da Navegação, na Ilha Fiscal, que tivemos a oportunidade de
pormenorizadamente examinar para êste fim, graças à gentileza dos oficiais da nossa
Armada que tão competentemente ali executam a carta do litoral
Vindo-se de leste pela Maçambaba, na primeira metade do extenso cômoro a
direção das restingas é para oeste, notando-se por isto a formação de estreitas e longas
lagunas com a mesma orientação, das quais as mais notáveis são a Vermelha e a
Pern'ambuca Chegando-se porém à zona do Zacará, começam a aparecer restingas
que, num curioso cruzamento com as primeiras, demonstram havermos chegado à área
onde influências outras na direção das correntes responsáveis pela deposição das areias
já tendiam a desviar o rumo geral da sedimentação das línguas de areia de oeste
para leste
Ao prosseguirmos por esta margem da laguna, continuamos a verificar continua-
mente os mesmos cruzamentos, sobretudo na base larga dos esporões onde a área maior
de sedimentação apresenta o fenômeno com mais clara i:xibição.
Mas foi a contínua restinga da Maçambaba que acabou por definir e traçar a
linha marítima desta margem da laguna, interrompendo a projeção para sudoeste da
outra série de pontais As pequenas lagunas devidas à formação do cômoro costeiro
e paralelas à praia são dêste modo comumente penetradas pelas extremidades dos
pontais daquela série. Os cruzamentos das restingas acima referidas e perfeitamente
visíveis em fotografias aéreas denotam a luta entre as duas correntes, só terminada
com a ligação da Maçambaba a uma das antigas ilhas que hoje forma o cabo propria-
mente dito
Neste crnzamento, percebem-se as vêzes, semi-apagadas sob as restingas de sudoeste
a nordeste, linhas de restingas primitivas com a direção de oeste a leste, o que
confirma serem estas ali anteriores àquelas só formadas quando a evolução morfológica
da Araruama atingiu na sua parte oriental uma zona onde a corrente costeira, desvian-
do-se do rumo seguido desde o pico da Marambaia, infletiu para o cabo nos Búsios.
Mais clara indicação do rumo seguido pela corrente anteriormente à disposição
das restingas nos é dada pelo paralelismo das fitas de areia na planície ao sul da
cidade de Cabo Frio, onde a orientação de sudoeste a nordeste é absolutamente

-2-
18 -

dominante A sedimentação desta planície efetuando-se de norte para o sul acabou


por desviar completamente a corrente, fazendo-a contornar as ilhas do cabo, e, com
isto, prolongando até esta ponta o cômoro da p1aia da Maçambaba com a mesma
orientação com que viera desde o seu início
Um pequeno cômoro arredondou a linda praia do Pontal devido a uma segunda
corrente circular oriunda da conente principal ao conto111a1 o cabo, entre o qual e o
morro de São Mateus as águas paradas de uma concavidade litorânea movimentaram-se
ao serem roçadas pelo feixe de águas tangenciais
O enclausuramento do braço de mar que formou a laguna é, <lêste modo, apreen-
sível através de uma simples análise dos fenômenos geológicos inerentes ao dinamismo
construto1 do mat A não ser o aparecimento de uma nova série de restingas com
diversa otientação da piimitiva, devido ao desvio da conente costeiia pela quina conti-
nental, o p10cesso da evolução da A1aruama identifica-se ao da Baía de Sepetiba e ao
das lagunas de Maricá, Jaconé e Saquarema O que porém neste caso se torna singular
e excepcionalmente a diferencia <las demais lagunas é a sua permanente ligação ao
mat, po1 um estreito canal: o Itajurn Dessa insignificante e tortuosa passagem <l'água
decorre tôda a incalculável impotlância econômica da Araruama com as suas salinas
A existência do canal ptende-se a uma destas causas tão aparentemente secundátias
mas tão estranhamente excepcionais que a natureza não tem por hábito repetir Há
nela tôda uma sé1ie de concatenações da geologia descritiva e dinâmica, uma das quais
faltasse, a laguna seria bloqueada
Em primeiro lugar vimos que, na sedimentação da planície ao sul da cidade, a
corrente formadora passava ao largo da zona entre São Pedro e os mo11os da barra
atual, orientando as restingas de sudoeste para nordeste Porém no trecho da costa
paleográfica entte a atual cidade de Cabo Frio e a barra do canal, a existência de
duas pequenas ilhas, apenas separadas do continente por poucas dezenas de metros,
determinou entre elas a formação de uma iestinga Sôbre essa restinga é que a cidade
se levanta, sobressaindo as antigas ilhotas no moiro da Guia e nas rochas oistalinas da
margem diteita da foz do canal
A sedimentação dêste tômbola deu naturalmente origem ao canal entre êle e o
continente, ~ primeiro trecho do Itajuru - , cuja permanência até os tempos atuais
deve-se à ptópria língua de areia, impedindo que as restingas da planície ao sul
atingissem o continente, unindo-se potém a ela
Na primitiva configuração da Araruama, a extremidade oriental da laguna eia
mais la1ga, fazendo-se a ligação com o mar apenas attavés do pequeno trecho do canal 1
entre o mono da Guia e a bana
O prolongamento do canal para oeste mm os seus estreitos e sacos atuais deu-se
posteriormente pela formação de esporões, entre os quais destacaremos os que formam
a ponta do Costa e a ponta dos Macacos O primeüo aparenta continuar em sua 1
ma1cha para noroeste O segundo, com mais de um quilômetro, paialisou-se numa
antiga ilhota próxima à península de São Ped10 d' Aldeia, entre as quais passam as
águas da Araruama num canal estabilizado, graças à situação da ilha em tudo seme-
lhante às duas que originaram o primeiro trecho do Itajuru entre a cidade e a foz.
Vê-se dêste modo que, não fôsse a excepcional preexistência das três ilhas tão
próximas ao continente, - pegões naturais de futuras restingas ~, o canal do Itajuru
não teria existido dando livre acesso à penettação do mar na grande laguna, a qual,
-19 -

como as de Saquarema e de Maricá, apresentar-se-nos-ia atualmente como um vasto


lençol de águas doces ou salobras, e não como um imenso reservatóiro de água salgada.

FIG 18 - A ponte de Cabo Frio sôbre o canal do ltajurú, no local em que êste passa entre
o morro da Guia, - à esquerda - , e. as rochas continentais, à direita (Foto A R Lamego)

Com a origem do Itajuru, temos pois um notável exemplo de como, na dinâmica


superficial terrestre, pequenos fatôres aparentemente desprezíveis d.e tal maneira podem
vir a ter influência na evolução morfológica, que os resultados econômicos tomam-se
descomunais.

FIG 19 - O canal do latajurú no pôrto de Cabo Frio, com o seu intenso movimento de barcos de
sal e pesca - (Foto A R Lamego)

Sem as três ilhotas costeiras separadas de terra firme por meras brechas não
teríamos o canal E sem êste, a Araruama com tôda a sua imensa toalha de evaporação
não seria salgada, não existindo por conseguinte tôda a sua grande indústria salineira.
- 20 -

Já mencionamos que o afluxo de água dóce na laguna é pequeno, mantido apenas


por pequenos cursos que não bastam para diminuir a salinidade Ao contráno, a~
águas do mar que ali penetram, vindas de uma costa onde não despejam iios, - a
contribuição do São João e do Una é desviada para o norte pela ponta dos ·Búsios - ,
são excepcionalmente puras e salgadas, e não somente absorvem a descarga dos riachos
que vertem na Araruama, como, submetidas a intensa evaporação, tornam-se quase
amargas, concentrando-se na parte ocidental da laguna onde não chegam as marés

FIG 20 - A barra da Gamboa, foz do canal do ltajuru no Atlântico - (Foto J C


Junqueira Schmidt)

O pequeno desnível destas é que mantém aberto o Itajuru, não bastando porém
pata impedir que o canal venha sendo aos poucos assoreado, necessitando dragagem e
sendo objeto de estudos e projetos para uma permanente e mais intensa navegação
Vimos até aqui a origem da Araruama com tôdas as suas características de uma
enorme laguna salgada, devido a três resultantes da geologia dinâmica através da
sedimentação de línguas de areia pelo mecanismo construtivo do mar A primeira
dessas iesultantes foi a grande restinga da Maçambaba que indicou a laguna ao sul
A segunda, a planície de restingas que lhe tapou a patte oriental A terceira, uma
iata conjugação de ilhotas junto ao litoral, as quais ligadas por um tômbolo deram
01igem ent1e êhe e o continente a uma verdadeira laguna de restinga que é hoje o
canal do Itajuru.
Sem essas três resultantes, provenientes de fatôres geológicos e geog1áficos diversos
e tão extraordinà1iamente conjugados num setor da costa brasileiia, a giande laguna
não existiria
Vejamos agora como, assim originada e em sua máxima expansão lacunar, vem
sendo a Araruama gradativamente seccionada em fiações que cada vez mais tendem
a diminuí-la, continuando o ciclo evolutivo da laguna.
ORJGEH DFI LFJGUIYR DE RG'Fllé''UF/ffFJ
Z::.sca ler: .:/: 400. 000
Por .F1'1berto RiJ,ei,.,o .Lam•sa
_ _1-,;>ocha:s cri.s'ft.7/inas C:;':J.·:{/I k'•sf inga.s

.f - Cosia inicial começo da rorrnaç:ão ~ der 2 - Fa6e n:JC:U.:S cza'iccniada. dcx ...l'tã~:sa:rnhaha .
r.stinga d4!' N"a:ssarr2haba. . Fõ,.rna.yão a'o canal de IfuJc.u,ú. .

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3- ForrnaçcZo do ;olanici~ do Ca.ho J=rio com r-es- 4 - Forrr:u,ç-ão dos e:5po~ões pela:$ correnée::;
tinS'as or-,·enl-crdcr~ de sudoesl-e ;:xrr>cr nordeste . secundarias t.ni-el"nas .

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'· 21
-21-

OS ESPORÕES

Desde o início dêstc estudo, temos vindo repetidamente a mencionar êsse tipo
de restingas secundárias, existentes no interior das lagunas Ao tratarmos da Marambaia,
onde o vimos pela primeira vez no pontal da Pombeba, dissemos relegar o assunto
para quando chegássemos à Araruama, a qual nos ofe1ece tôda uma exemplificação das
mais notáveis destas línguas de areia
Uma das características mais generalizadas dêsses pontais é a sua forma de acúleo
ou de esporão de galo, de onde o batizamos conforme foi dito, em substituição ao
vocábulo spit dos geólogos anglo-americanos
Outra, é a sua comum ocorrência transversal à linha da costa, em contrário à
disposição geral das restingas em paralelismo aproximado aos respectivos trechos do
primitivo litoral
Do ponto de vista da morfologia das lagunas, as funções da restinga e do
esporão, ambos similarmente a trabalha1em para o represamento de toalhas líquidas,
são contudo contrastantemente opostas A restinga cria a laguna O esporão aos poucos
a destrói, parcelando-a
Verdade é que, mesmo sem um tal fracionamento, tôdas as lagunas acabariam por
desaparecer As suas concavidades relativamente rasas tendem a ser continuamente
entulhadas pelos afluentes que, em tempos d' água, lhes trazem intermitentes descargas
de sedimentos Exemplo dos mais notáveis é o da Saquarema, onde em tôda a extensão
dos vários lagos que a constituem, rara é a profundidade excedente a um metro
Embora bem profunda e sem afluentes de monta, a Araruama de maneira diversa
vem sendo aos poucos aterrada A laguna assenta em grandes áreas num leito de
conchas de várias dezenas de metros de profundidade Gerações de moluscos ali
viveram e as suas carapaças, gradualmente acamadas, foram aos poucos levantando os
fundos da laguna
Assim, a tendência de tôdas essas imensas áreas lacustres é semelhante e com
mais sólidos motivos à das inúmeras pequenas lagunas das planícies de restingas que
em sua maioria já desapareceram, entulhadas por meros detritos de vegetação palustre,
sem ponderáveis acréscimos de sedimentos trazidos por águas circulantes O fim de
tôdas as lagunas, a não ser que a mão do homem interfira, retardando-lhes o enxuga-
mento, é a sua gradual transformação em pantanais, por sua vez sucedidos de campinas,
onde as pequenas lagoas e os charcos esparsos a seu tempo sumirão, entupidos pela
própria flora ou por detritos minerais depositados nas grandes cheias
Casos há em que o dessecamento das lagoas se processa por maneira em que a
acumulação de materiais é desnecessária Assim, na planície campista, um grande
número de lagunas originadas de antigas barragens de areia que isolaram longas
depressões transversalmente ao Paraíba, secaram desde que êste rio elevando as próprias
margens crescentemente deixa de invadi-las nas enchentes Com o dique atual que
protege a margem diteita da planície, com outros que se farão e com o sistema de
canais já iniciados, o dessecamento poderá ser definitivo, a não ser em tempo d'água
onde a infiltração poderá periàdicamente reenchê-las
No presente caso, porém, o desaparecimento gradual das lagunas se processa por
cissiparidade O fenômeno atual é relativamente rápido e tende a dividi-las de um
modo transversal ao alinhamento da costa, fracionando-as em sucessivas lagoas
- 22 -

Como já dissemos, o processo é semelhante ao da formação das restingas, porém


ao invés de pôr-se em marcha nas agitadas águas do oceano, aparece-nos em andamento
na ap'.lrente imobilidade das inertes toalhas lacustres.
Deu-se explicação aos esporões como resultantes da intermitente atuação dos
ventos dominantes, - o nordeste e o sudoeste - , ao soprarem sôbre as areias da
restinga de Maçambaba Tal solução é inaceitável, dado que a direção geral do eixo
dos esporões da laguna é normal ao rumo de tais ventos opostos, isto é, todos êles
apontam para noroeste. Mecânicamente essa resultante é impossível, além de que, em
tal caso, seriam os esporões formados de dunas, com ausência de lagunas de restingas,
o que não ocorre Acresce que, ao analisar-se a forma dos esporões, observa-se possuí-
rem êles contornos alisados, mormente na extremidade em marcha laguna a dentro,
numa evidência de correntes líquidas marginais, similarmente ao que se passa com a
formação de uma restinga.
Ao passo que os pontais avançam, nota-se também por seus contornos circulares
a tendência de tais correntes a se isolarem em circuitos fechados e independentes Daí
as formas geralmente elípticas ou circulares que tendem a tomar essas lagoas fracionadas
No lado marítimo da Araruama, as quatro enseadas sucessivas da Tiririca, da
Figueira, do Fundinho e do Tucum já nos apresentam essas curvaturas, características
das futuras lagoas que delas surgirão Entre a ponta dos Macacos e a do Costa e
entre esta e a cidade de Cabo Frio, mais duas enseadas menores são indicativas de
idênticas fôrças atuantes, o mesmo sendo ainda visível na extremidade oposta da
laguna, nas duas secções que defrontam a cidade de Araruama e Ponte dos Leites
Frente às curvaturas do lado marítimo, as enseadas abrem-se para a laguna A
tendência, porém, a uma completa sutura na margem oposta é visível. Não sàmente
os esporões progridem, como dessa margem lhe chegam pontais em busca de suas
extremidades Ê esta uma das observações mais interessantes a serem feitas
Em geral, a tendência do esporão é a de buscar uma saliência na fronteira costa
Tal como nos tômbolos, progredir em busca de um pegão Não raro, porém, antes
que ali chegue a ponta móvel de areia, um novo esporão desprende-se da saliência
oposta vindo em sua busca Impossível negar uma atração mútua de pontais opostos,
a não ser que causas desconhecidas no leito das lagunas provoquem um desvio inespe-
rado das correntes Daí, uma curiosa simetria, de margem para margem da Araruama,
,.mde é comum notar-se as enseadas da margem setentrional de rocas cristalinas, que
representam a velha costa anterior à formação da laguna, defrontarem as recentes
concavidades originadas entre os esporões
Tais correntes ao inicialmente se formarem sob a pressão dos ventos principais
periàdicamente a chegarem de rumos opostos, sôbre as águas da laguna, tenderiam
naturalmente a circularem contornando as velhas enseadas das margens altas setentrio-
nais. De igual modo compreensível é que tais correntes ao atingirem as extremidades
das respectivas enseadas, ao invés de dobrarem os cabos, se projetassem, para o meio
da laguna, dirigidas por essas saliências em direção à oposta margem marítima, de
onde volveriam circulando à margem setentrional.
Clara é a compreensão de partirem todos os pontais da margem marítima, dada
a abundância de material arenoso, escasso na outra, onde por esta razão apenas se
notam esporões minúsculos.
- 23 -

Possivelmente o início do seccionamento da laguna teve lugar em sua extremidade


ocidental, mais estreita, e contra a qual forte deveriam se fazer sentir os efeitos dos
predominantes ventos do nordeste, impelindo as águas para os fundos da Araruama.
O efeito de tais correntes circulares, cavando a margem marítima da laguna, é
fácil de conceber-se, já que estamos agora a par do mecanismo da formação de
restingas As areias arrastadas pelos feixes circulatórios, que vão se depositando nas
faixas imóveis marginais sob a forma de pontais cuja extremidade avança em busca
dos promontórios que abrigam as enseadas da margem setentrional Daí essa aparência
de andarem tais esporões em busca de pontais cristalinos, opostos, e de não marcharem
a esmo através da laguna Daí também o surpreendente paralelismo do eixo dos
esporões, dado que as águas da Araruama, movimentadas em diversos feixes circulató-
rios, tendem êstes a se ampliarem por centrifugismo, mantendo-se paralelos ao se apro-
ximarem uns dos outros na travessia de margem a margem.
Considerando-se agora o fato de tais feixes vizinhos marcharem em direção oposta,
conclui-se por uma faixa entre os dois onde as duas correntes se neutralizam É nesta
faixa que se depositam as areias, formando o esporão, cuja ponta se adianta dirigida
pelas duas correntes laterais Uma que lhe traz o material arenoso de que necessita
e a outra que em direção oposta e paralela vem anular os efeitos da primeira numa
faixa tangencial de águas acalmadas
Idêntica exposição aplica-se aos esporões vindos do norte, enraizados nas barrancas
altas; mas evidentemente bem menores, visto que o volume de areias que lhes é
fornecido provém exclusivamente dos detritos fluviais dos pequenos cursos d' água
Uma objeção que poderá ser lançada contra esta nossa hipótese das correntes
circulares, é a de que a extremidade dos esporões principais da laguna não se dirige
mais atualmente para os promontórios fronteiros, desviando-se para oeste em curvaturas
que acentuam a forma aculear Num caso mesmo, o da ponta da Maçambaba, o
movimento dir-se-ia paralisado como também invertido numa projeção que se lança
para a restinga marítima.
Pode-se porém notar que um tal desvio decorre da própria evolução dos pontais
Assim como as correntes foram primitivamente orientadas pelas enseadas da margem
setentrional, são hoje mais influenciadas pelas da meridional, as quais, com o cresci-
mento dos esporões, se tornaram bem maiores que a.s opostas As longas barragens de
areia é que forçam as águas, contra elas, impelidas pelos ventos a se deslocarem A
atuação das concavidades da margem setentrional, - cada vez menor em relação à
das meridionais que evoluem - , vai-se tornando crescentemente secundária. As vastas
circunferências que limitam os feixes circulantes no interior das lagunas é que orientam
exclusivamente a formação dos longos pontais, não sendo porém improvável que a
maior freqüência dos ventos de nordeste tenda a curvar para oeste a extremidade
dêstes esporões.
O caso acima referido de uma reversão na ponta da Maçambaba, conforme se vê
no mapa, merece notificação especial O pontal ao nascer rumou para noroeste como
os outros Mas tudo indica que as correntes originadas pelos ventos de sudoeste, ao
subirem ao longo da praia dêste nome e ao esbarrarem na extremidade meridional
da península de São Pedro d' Aldeia, dali volvesse.-n a fim de completar o circuito,
conjugada a outra corrente vindo da margem setentrional e originada pelos mesmos
ventos ao impelirem as águas contra a península. A união destas duas correntes,
~ 24 -

convetgindo sôbre a ponta da Maç_ambaba, em tal maneira deve ter sôbre eh atuado
que, encutvando-se em demasia para oeste, o esporão perdeu as possibilidades de con-
tinuar a estender-se pata a matgem oposta
Entre o esporão e o cômoro marítimo formou-se um pequeno saco pot sua vez
sujeito à ação dos ventos periódicos E a ponta do esporão, ao invés de continuar a
se afilar pata noroeste, adquit iu a forma de um gancho e começou a progredir para
o sul A otigem e evolução dêste novo pontal pode ser compteendido pela fotografia
aérea que aptesentamos (Fig 22)
Ao alto e à esquerda dessa figuta nota-se que a extremidade do ptimitivo espotão
ainda aptesenta vestígios de um p10longamento paralisado À direita, potém, a
fotografia mostia-nos, com o novo pontal que surge, uma nítida exposição da maneira
que se formam os esporões
A parti1 da taiz ao sul do gancho, a língua de areia começa a emetgit aos
pedaços, encu1vada ligeiramente pata oeste Êsses ftagmentos do novo esporão desta-
cam-se em ll aços btancos e firmes, a centializatem numa faixa apenas esbranquiçada
que, ao mesmo tempo, nos tevela a largura do fututo pontal yue começa a subir das
águas e a sua já diminuta ptofundidade
À esquetda, os limites dessa faixa são indistintos Mas à direila, uma linha
contínua e branca já denuncia um pequeno bauanco submerso Êste bartanco indica
a passagem de uma cotrente, a c1ual não só deposita as areias sôbte o estteito cordão
imerso, como já lhe vai alisando e definindo a futura margem As areias vêm do
norte, onde uma concavidade no velho espotão nos diz serem elas ali taspadas e
temovidas, formando-se uma enseada miníscula e de contôtno circular
A fotografia apresenta os ventos de nordeste em atuação Ao sôpro do sudoeste,
os fenômenos invettem-se A deposição e o alisamento da futura margem do pontal
processa-se do out10 lado, com co11entes que, embora vindas do norte, escavam a
ptaia do velho esporão ao centro da figura
Os efeitos do vento nordeste nas águas da laguna são visíveis nas estrias pa1alelas
ao centto da fotogtafia Na tombuda extremidade do esporão antigo notam-se fnndos
tasos que se encutvam pata nordeste, os quais são devidos à atuação dos ventos do
quadtante sudoesle, os quais, ao atirarem as águas contta o pontal, bifurcam-nas em
duas correntes, uma das quais vai fotmar, como já vimos, o novo espotão, e a outra
tende a prolongar a velha ponta
Com tais exposições cremos ter explicado o fiacionamento da Araruama, prevendo
o que nela se passatá, caso continuem a livtemente atuai os fenômenos de sua geomoi-
fologia fisiológica
Além do citado lago ao sul da Ponte dos Leites, também o saco da cidade de
Aiaruama tende a citculaimente fechai-se pelo avanço do esporão da ponta do Matias
A ponta das Coroinhas busca a vila de Parati
Com o espot ão da Acaíta deu-se um desvio do feixe citculante O maioi pontal
da laguna, inicialmente p1ojetado em dileção ao ftonteiro ptomontório das Andoiinhas,
ditige-se atualmente para o cabo oposto da mesma enseada de Iguaba Pequena A
ligação de Coroinhas e Acaíra à maigem setentrional dar-nos-á o grande lago da
Figueira
Possivelmente a parte mais larga da Araruama, entte a enseada do Tucum e
Iguaba Giande, tamb~m seiá seccionada quando, após o fracionamento já esboçado,
-25-

FIG 22 - Formacão de um esporão ao sul da ponta da Massambaba, vendo-se os segmentos da futura


língua de areia já emersos (Por gentileza do Instituto Nacional do Sal)
- 26-

outras condições nela virão prevalecer, motivando correntes circulares locais Vários
lagos parece-nos poderem ser previstos para essa zona, onde o acidente singular da
península de São Pedro d" Aldeia deverá criar condições especiais na morfologia fisio-
lógica da laguna
Finalizando a expos1çao do seccionamento da Araruama, damos em fig 23 um
exemplo que nos mostra o extremo a que pode ser levada essa divisão. Ali vemos,
na extremidade ocidental da laguna, um curioso cruzamento de esporões originando
pela mútua atração dos pontais devido a circuitos fechados que os orientam em sua
formação Os três esporões lançados das pontas das Marrecas, das Cobras e do Anzol,
foram se unir num mesmo ponto. Uma pequena lagoa já completamente isolada abre-se
ao norte da Praia Sêca
Conquanto as outras lagunas não nos ofereçam tão expressivamente exemplos de
cissiparidade como o notável caso da Araruama, em tôdas elas, porém, a um exame
mais aprofundado, o mesmo fenômeno vem a patentear-se com a generalizada presença
de esporões Já falamos dêles na Maricá, fraccionada em diversas lagoas por pontais
de areia saídos do cômoro para as margens altas do bordo interior e, igualmente,
apontamos ocorrências idênticas na Saquarema, dividida em quatro secções lacustres
por três póntais que originaram entre as lagoas de Fora e de Uruçanga, as do Boqueirão
e do Jardim.
Nem sempre êsses esporões apresentam as mesmas formas tão características dos
da Araruama, que nos levaram a batizá-los com tal nome Compreendendo, porém,
agora, o que se passa nesta grande laguna ameaçada da extinção por línguas de areia
transversais ao seu eixo maior, com um ligeiro retrospecto às demais cartas geológicas
apresentadas, podemos verificar os mesmos fenômenos a agirem de forma idêntica
nas demais lagunas costeiras fluminenses, as quais tendem a desaparecer por consecutivos
fracionamentos
Do ponto de vista econômico-social é êste um sério problema que se nos apresen-
tará, caso o homem não intervenha com os recursos da sua engenharia
Em resumo, vê-se pois que o ciclo fisiológico das lagunas não termina com a
ação das correntes marítimas Continua com a ação dos ventos, os quais ocasionam
correntes internas circulares, movimentando as águas em circuitos formadores de
esporões Dêste modo, uma incessante mutação dessas formas lacustres se processa,
exemplificando mais uma vez a contínua metamorfose dos aspectos fisiográficos, apa-
rentemente imutáveis mas continuamente modificados pelo ininterrompível dinamismo
dos fenômenos geológicos

Petrologia e Tectônica

A regiao das grandes lagunas fluminenses pode ser dividida em duas faixas
nitidamente diferençadas, para o estudo da sua petrografia: a das restingas de um
lado, e, do outro, os relevos de rochas azóicas do antigo bordo continental
À primeira, pouco temos a adicionar ao que já dissemos em publicações anteriores
Trata-se de camadas de areia, com predominância quase exclusiva de grãos de quartzo,
havendo porém vestígios de mica e de fragmentos de conchas Em Cabo Frio, estas
areias são muito finas e de uma brancura excepcional
- 27-

Devido à maior abundância de resíduos conchilíferos, a finíssima areia da praia


do Pontal consolida-se, dando um piso firme não somente aos banhistas como também
aos automóveis que à beira das ondas se aventuram pelos dezoito quilômetros de seu
lindo percurso até as elevações do cabo.
O mar que borda esta praia, devido à sua extensa pureza, é de uma absoluta
transparência, podendo-se nêle entrar em águas rasas por longas distâncias, sendo
incompreensível que a mais formosa praia das costas fluminenses permaneça quase
desabitada
A finura das areias faz com que, longe da faixa umidecida pelas marés, os ventos
as transportem com facilidade, depositando-as em pequenas dunas no alto do cômoro
que rodeia tôda a praia

Ponla
do !1aflnas

Ponta da lA?rrda

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FIG 23 - Cruzamento de esporões na extremidade ocidental da Araruama Os pontais se buscam


mutuamente, devido à sua própria formação originada de correntes circulares, reversíveis, motivadas
pelos ventos dominantes Esta ilustração como as demais referentes aos esporões, mostram a impossi-
bilidade de serem êstes formados diretamente por ação eólea

Uma análise granulométrica executada no Laboratório da Produção Mineral pelo


engenheiro ROBERTO BORGES TRAJANO, para fins de sua aproveitabilidade em moldes
de fundição, revela-nos serem elas sub-angulares sendo a maioria dos grãos de quartzo
retidos entre as peneiras de 100 a 140 fios por polegada quadrada Mais exatamente,
a peneira de 100 fios retém 71,4% do material ficando, 25,0% na de 140 fios.
Abaixo dêste limite apenas descem O, 7%, e a mais grossa malha que consegue reter
algum resíduo é a de 50 fios
Trata-se, portanto, de um material muito fino e homogêneo, de possível utilização
em moldes para ferro guza, desde que a êle seja adicionada 10% de argila a fim
de torná-lo modelável, visto que em seu estado natural não apresenta resistência alguma
à compressão úmida.
- 28 -

FIG 24 - Um esporão em Cabo Frio inteiramente coberto de salinas Note-se que a sua
extremidade se prolonga sob as águas, demonztrando a sua marcha Fôssem os esporões
originados pelos ventos, em lugar da superfície plana que permite a construção de salinas,
teríamos amontoados irregulares de dunas, cujas areias móveis constantemente obstruiriam
os cristalizadores - (Por gentileza dos Serviços Aéreos "Cruzeiro do Sul")
l>:I
co

FIG. 25 - Sec1onamento de uma antiga pequena laguna de restinga na planície de Cabo Frio pelo fenômeno dos esporões, mostrando-nos o estágio
final da evolução morfológica da Araruama. Note-se que os pequenos lagos Já foram por sua vez reduzidos a minúsculas toalhas dágua circulares, cen-
tralizando bre1os e planícies marginms. - (Por gentileza dos Serviços Aéreos "Cruzeiro do Sul")
- 30 -

O fato citado, de se acharem estas areias como que cimentadas por resíduos de
conchas na faixa banhada pelo mar, parece testemunhar um fenômeno biológico recente,
após a 01igem da enseada protegida pela praia do Pontal, onde as águas limpas e
altamente salinas condicionaram um ambiente propício à eclosão de uma fauna assás
rica de crnstáceos e de moluscos cujos detritos abundantes fornecem o cimento calcário
No período fo1mativo das restingas tal ambiente ainda não existia Daí a maior
raridade de fragmentos de conchas e de carapaças em tôda a zona de areias afastada
do mar A rápida fo1mação das iestingas não COltespondia a uma tão intensa contribui-
ção de detritos calcários da fauna malinha
Passando agota a outra faixa, isto é, à região fronteira de elevações que limitam
as lagunas em seus bordos setentrionais e à qual pet10gràficamente subordinam-se as
ilhas costeiras dos a11edores de Cabo F1io, o outeiro de Nazaré, na Saquarema, a
Ponta Negra e demais pegões de amanação das línguas de areia, enttamos num campo
inteiramente diverso
Algumas dessas ilhas já foiam continentalizadas pelas próp1 ias restingas, como se
vê nas várias e.artas geológicas apresentadas, de cujo exame se verifica o que já expuse-
mos, sôbre o representar essa faixa ctistalina uma velha costa singularmente cariada de
reentrâncias e áspe1a de saliências, denotando uma submersão por rnptura de todo um
imenso trecho do litoral singularmente agreste entre os limites paulistas em Parati e a
costa paleog1áfica de Cabo Frio
Em tôda esta faixa marítima, o que de um modo geral se ve1ifica, na estrutura e
composição das rochas cristalinas, é o estarmos em ptesença de fenômenos metamórficos
condicionados à existência de um batólito de granito, o qual atuou sôbre camadas
gnáissicas preexistentes
Na zona de Parati a Mangaratiba, o granito é a rocha mais evidente em todo o
friso marítimo, onde os grandes bolders arredondados são muito comuns à bei1 a mar,
testemunhando afloramentos do próprio batólito Tais afloramentos parecem ocupar
tôda a extensa área dep1imida em que se encontram as diversas baías de Parati e
Sepetiba
Em ambos os lados dessa longa depressão aparecem logo, todavia, rochas gnáissicas,
quer na Ilha Grande, quer nas encostas da Seira do Mar Nas subidas da co1dilheira
que efetuamos de Angia dos Reis e de Mangaratiba, o gnaisse desponta imediatamente
se deixe o bordo matítimo, notando-se um metamorfismo de contacto visivelmente
exposto através de vários subtipos de gnaisses graníticos, onde a rocha <lo magma é
injetada no primitivo p10tognaisse
Mais para o alto, à medida que se atinge os divis01es, diversas formas de
metamo1fismos dinâmicos podem ser registradas, nas quais se verifica a atuação do
magma granítico sôbre a rocha p1imitiva e fundamental attavés de elementos ascen-
dentes 2
Essas dive1sas formas de gnaisses gianitizados são as que iremos encontrar embora
com mais variedades no Distrito Federal, e que também iremos iever na região azóic.a
das lagunas
Em geial, as elevações dêste bordo interno são constituídas de gnaisses g1aníticos,
não sendo porém estranha a presença do p10tognaisse Assim, na serra de Itaitindiba,

LAMEGO, A R : 'O Maciço do Itatiaia e regiões circundantes" Boletim n Q 88 do Se1v Gcol e


Mineralógico
FIG. 26 - A omorroção de um longo esporão do Aroruomo o uma outro ilha no ponto dos Macacos. Note-se um•
língua de areia que já se projeto desta ponto através do laguna, e como ~ originam as logunos na praia d•
mesmo processo das restingas. Com o origem cáleo, tal morfologia serio impossiTel o cristalização de sol isento d'
gentileza dos Serviços A6reos "Cruuiro do Sul").
-31-

do lado setentrional, pode-se observar a predominâcia desta rocha que ali fo1ma o
arcabouço do c01dão divisor ent1e a laguna de Maricá e a bacia da Guanaba1a
Os gnaisses gianíticos caractelÍsticos do lado maiítimo são um tanto claros, de
grã média e, foia dos maciços serranos, onde uma iegião mais deprimida vem a
ma1ginar tôda a á1ea das lagunas, acha-se em decomposição bastante adiantada.
A mencionda região founa por assim dizer um patamar entre as lagunas e o
cordão serrano que de um lance vem do norte de Malicá até proximidades de São
Pedro d' Aldeia, onde os relevos da Sapiatiba de súbito iematam a continuidade do
serrote litorâneo
A nordeste de São Peclro ocorre um testemunho do prosseguimento do serrote
paia leste no morro do Milagre hoje isolado da Sapiatiba por uma abertura de vários
quilômetros Finalmente, de Cabo Frio aos Búsios, novo cordão se orienta pa1a
no1deste, acidentando o bordo marítimo até a ponta das Ca1avelas do qual um notó1io
segmento destacado à do cabo dos Búsios, grnpo de ilhas, ligadas ao continente p01
uma planície de 1estingas
Destas observações poderemos deduzir inte1essantes conclusões estratigráficas e
tectônicas
A <li1 eção de leste a oeste do serrote que limita ao n01 te as lagunas e as diversas
pequenas bacias que pa1a elas veitem, e, a mudança de rumo no segundo cordão que
para elas vertem, e, a mudança de rumo no segundo cordão c1ue de Cabo F1io se
düige aos Búsios, paralelo aliás ao pequeno arquipélago fronteiro, ao eixo maio1 das
elevações de Cabo Frio e à curiosa península de São Pedro d' Aldeia, revelam-nos uma
súbita mudança nos fenômenos tectônicos responsáveis pela configuração do antigo
litoral, e, com esta, a sua extrema importância para a sedimentação das restingas
Frisemos preliminarmente que, em nossas observações nas rochas regionais, sempre
coligimos indícios de uma intensa fraturação dos pacotes oistalinos, quer pela constante
presença de pegmatitos, de veios de quartzo ou mesmo de rochas básicas filona1es,
quer pela direta verificação de juntas no gnaisse, mormente em Cabo Frio onde avizi-
nhamos a quina continental
A evidência de um intenso tectonismo é indiscutível E às suas 1esultantes no
fraturamento das rochas gnáissicas devem-se antes de tudo ielacionar as origens dessa
velha costa escabrosamente recortada, onde as zonas mais quebradiças facilitaram a
penetração das vagas demolidoras, responsáveis em parte pot tôda a série de pequenas
angras ali cavadas
Tratando-se aqui da morfologia fisiológica das lagunas, cumpre-nos mais porme-
norizadamente minucia1 as causas orientadoras do dinamismo constrntivo do mat em
sua criação de restingas
Quanto às lagunas de Maricá e de Saqua1 ema, quase nada há que acrescentar aos
nossos dizeres sôbre a formação dos 1espectivos cômoros c1ue isolaram antigos biaços
de mar, consecutivamente balizados entie o Itaipuaçu e a Ponta Negia pata a ptimeira,
e entre esta ponta e o morro de Naza1é pa1a a segunda O fechamento oriental da
Ararnama, po1ém, liga-se a causas excepcionais que se enríazam na própria tectônica
regional
Já relatamos como se originou 3 planície arenosa de Cabo Frio e o por quê da
01ientação das línguas de areia de sudoeste para nordeste, subordinadas à direção dos
cordões litorâneos cristalinos Resta-nos porém vet que êstes mesmos alinhamentos
32 -

nos relevos preexistentes correspondiam a movimentos regionais que talharam a costa,


afundando no Atlântico extensões continentais de limitação desconhecida
Uma das mais interessantes verificações para o tectonista na zona de Cabo Frio
é a ocorrência de fraturas paralelas nas rochas cristalinas primitivas
Anteriormente a nós já dois investigadores as haviam mencionado em trabalho
visando o interêsse da Araruama por sua economia salineira, mas onde alguns fatos
principais da sua geologia são anotados e discutidos Trata-se dos engenheiros MÁRIO
DA SILVA PINTO e RpJMUNDO RIBEIRO FILHO, os quais assim descrevem as suas obser-
vações relativas a rochas básicas filonares: "Os diques que vimos dessas rochas são de
pequena espessura, - o maior encontrado tinha 4 metros - , e só dobraram o granito
localmente; a sua influência sôbre a fisiografia foi muito diminuta, e só os morros
<la Guia e do Telégrafo podem ser atribuídos a êles: são oriundos da mesma intrusão
de diabase que levantou o gnaisse e que lhes constitui o espigão Verificamos que
êles se apresentam quase sempre no quadrante N-E, nas vizinhanças de 459, paiecendo
que é esta a dileção da linha de nzenot 1esistência do gnais s 11

Com o período final que subscrevemos, verifica-se uma ocorrência de importância


capital para o tectonismo, não especificada pelos observadores, provàvelmente por não
interessar os fins de sua excelente monografia Ê que a orientação das fraturas é a
mesma da península de São Pedro d'Aldeia, da do lito1al de Cabo Ftio aos Búsios e
do arquipélago costeiro
Todos êsses acidentes relacionados entre si por desabamentos simultâneos coinci-
dem com um sistema de fraturas paralelas, comprovadas pelos diques e resultantes dos
esforços radiais que afundaram sob o Atlântico a parte oriental do velho continente
A configuração dos limites continentais em Cabo Frio, anteriormente à sedimen-
tação das restingas, é por conseguinte uma conseqüência daquele sistema de fraturas,
deduzindo-se pois que o acabamento da Araruama nesta zona deve-se a causas bem
remotas, as quais de longo tempo haviam predisposto condições fisiográficas regionais
para o fechamento da laguna por uma planície de areia, conforme explicamos ao tratar
da sua formação
Foi o tectonismo que, ao partir do continente, criou pontos de apoio costeiros ou
insulares, aos quais vieram se unir as sucessivas restingas, atualizando os contornos
prévios de um litoral anfratuoso com os retoques suaves de extensas curvaturas de
praias Houve um determinismo geológico bem anterior à sedimentação das barras
de areia, o qual de há muito pretraçara o encerramento de um braço de mar nas
condições hoje apresentadas pelo quadro da laguna
A êste sistema de fraturas, resultante do desabamento, correspondem por vêzes,
como já dissemos, intrusões de rochas básicas São elas diabasitos, basaltitos e anfibo-
litos Muito mais interessantes, porém, são outras ocorrências que excepcionalmente
surgem na região de Cabo Frio Trata-se das rochas foiaíticas
ÜRVILLE DERBY foi quem primeiro as desoeveu Infelizmente o sábio geógrafo
não se dilatou em sua exposição dos afloramentos foiatíticos dessa 1egião, limitando-se
a poucas linhas: "Em Cabo Frio, uma ilha rochosa de cêrca de três milhas de extensão
e de 400 metros de largura é composta quase exclusivamente de foiaíto de dois tipos

a SILVA, PINTO, Mrio da, e RIBEIRO FILHO, Raimundo: "A Indústria do Sal no Estado do Rio", Bol
no 52 do Serv Geol e Mineralógico do Brasil, Rio, 1930, pág 22
- 33 -

distintos, ao menos abundante dos quais refere-se o professor RosENBUSH que bando-
-sarnente associou por estudos microscópicos estas rochas a um augita-sienito nefelínico.
Um único ponto da ilha é ocupado por massa considerável de tufo feldspático A costa
do continente vizinho é composta de gnaisse, cortado por numerosos diques de fonolito,
anfibolito, diabásio e outras rochas" 4 Prometera o autor referir-se mais alongada-
mente sôbre o assunto Infelizmente, porém, não chegou à nossa vista o trabalho
prometido
DERBY acredita serem as instrusões de idade permiana, correlacionando-as aos
núcleos eruptivos do Tinguá, de Caldas e de Fernando Noronha, formados de rochas
similares Em vista porém de estudos mais recentes, passaremos brevemente discutir
a sua antiguidade.
Os citados autores de "A Indústria do Sal no Estado do Rio" limitam-se a
duvidar da sugestão do eminente geólogo: "Não julgamos suficientemente firmes as
bases para uma asserção desta natureza: a ausência de terrenos sedimentares em tôrno
de quase todos êsses pontos, a falta de derrames intermédios, a distância exagerada de
alguns centros e também a falta de estudo petrográfico e químico suficientemente
detalhados, nos inspiram reservas para o estabelecimento de uma correlação segura" 5
Como já também expusemos idéias sôbre as rochas foiaíticas brasileiras, 6 passa-
remos a sumariar opiniões dos mais acatados estudiosos da questão, antes de expor a
nossa própria
Ao estudar uma das numerosas variedades do magma foiaítico, - o jacupiran-
guito - , o qual é considerado como veículo das magnetitas titaníferas, EuzÉBIO DE
OLIVEIRA a dá como de idade permo-carbonífera 7
À mesma idade são referidas as eruptivas nefelínicas de São Paulo por MORAIS
RÊGO, 8 o qual, porém, ao falar do magma sódico de Santa Catarina, o considera
como carbonífero. 9
As rochas do Itatiaia foram dadas como post-carboníferas por PAIS LEME, sem
maiores precisões 10
DJALMA GUIMARÃES filia as nossas rochas nefelínicas ao magma basáltico do
sul do Brasil, o que talvez explique o aparecimento dos dois tipos de rochas em
Cabo Frio O mesmo petrólogo estuda uma brecha termal de cimento fonolítico, a
qual encerra xenolitos de arenito do Rio do Rasto Mais tarde, revelando a atuação
do magma da cratera de Poços de Caldas sôbre o arenito de Botucatu, diz ser esta
intrusão de idade eo-jurássica. 11

4 DERBY, Orville A : "On Nepheline Rocks in Brazil with a special Reference to the Association of
Phonolite and Fayaite" Quaterly Journal of thc Geological Society, Aug 1897, pág 458
' SILVA PINTO, Mário da, e RIBEIRO FILHO, Raimundo: Obr cit, pág 23
o LAMEGO, A R : Obr cit , pág
7 OLIVEIRA, Euzébio de: "Rochas melallogênicas do Brasil", Boi n• 13 do Serv Geol e Mineralógico,
"Rio, 1925, pág 124
8
MORAIS RÊGO, Luís Flores de: "A Geologia do Petróleo do Estado de São Paulo", Boi n• 46 do
Serv Geol e Mineralógico, Rio, 1930
9 MORAIS RÊGO, Luís Flores de: "Jazida de Magnetita de Anitápolis", Boi n• 21 do Serv Geol e
Mineralógico, pág 17
10 PAIS LEME, Alberto Betim: "Notas geológicas sôbre o Maciço do Itatiaia", Boi n• 1 do Museu
.Nacional, Rio, 1923, pág 23
11 BARBOSA OTÁVIO: "Resumo da Geologia do Estado de Minas", Serv Geogr e Geol de Minas Gerais,
.Boi n• 3, págs 23-24

-3-
34 -

Em pesquisas petrológicas em amostras dos rochedos de São Pedro e São Paulo,


chegou D JALMA GUIMARÃES às seguintes conclusões: "Fiz referências às idades pro-
váveis admitidas para a atividade vulcânica de rochas alcalinas no Brasil e que corres-
pondem ao interválo permotriássico Entretanto, a observação dos fragmentos angulares
de rocha fosfática contendo amônia, em um tufo vulcânico, levou-me a admitir uma
nova fase de atividade vulcânica explosiva que ficou explicitamente indicada pertencer
a período muito mais moderno. Basta considerar que, tendo os dejetos animais sofrido
metamorfismo hidro-termal, êste fenômeno já teria que ser considerado de idade mais
moderna que o Triássico Assim, seria possível que a formação de depósito fosfático
e posterior deposição de cinzas vulcânicas se tivesse passado do Terciário para cá 12
Conclui-se de tôdas essas referências que, afinal, 1as rochas foiaíticas brasileiras
são provenientes de diversas épocas eruptivas A idade mais antiga dessas erupções
é a que nos dá LUCIANO DE MORAIS, o qual refere ao período Cambrio-silúrico os
rocalitos e sienitos sódicos do Nordeste 13
Dêste recuo no tempo, viemos vendo o parecer de pesquisadores de crédito, cada
qual a patrocinar uma certa idade para diferentes intrusões, até que DJALMA GUIMARÃES
atinge o Terciário
Em estudos no Itatiaia, chegamos por caminhos diversos baseados na formação
das bacias terciárias vizinhas a admitir para as rochas foiaíticas do maciço uma idade
entre o Cretáceo Superior e o Pliocênio Devemos acrescentar que a ocorrência de
diques básicos nas redondezas da montanha favorece a correlação de D JALMA
GUIMARÃES entre as eruptivas nefelínicas e as rochas basálticas do sul, o que mais
uma vez sugere condições petrogenéticas idênticas às das ocorrências de Cabo Frio,
onde neste caso a referência é mais avigorada pela contiguidade dos afloramentos.
Note-se, ademais, que a própria ilha do Cabo, constituída quase exclusivamente
de foiaítos, é alongada, concordando aproximadamente em paralelismo com a direção
do sistema de fraturas regional
Sem nos cingirmos por conseguinte a uma lógica muito cerrada, podemos porém
razoàvelmente admitir um sincronismo entre os movimentos que talharam a borda
azóica do continente e as intrusões de rochas básicas e foiaíticas Ao mesmo tempo
que se dava o afundamento e consideráveis áreas de rochas submergiam, a ascensão
do magma se fazia pelo sistema de fraturas paralelas com as respectivas diferenciações
litológicas nas intrusões
Disto se conclui não ser aceitável uma idade muito remota para um tal rompi-
mento, o que aliás parece estar de acêrto com o que daí para o norte começa a vigorar
em relação às rochas sedimentares do litoral
Nada sabemos sôbre as rochas constituintes da plataforma continental ao largo
da nossa costa de Cabo Frio para o sul Mas é por demais evidente que imensas
extensões de rochas terciárias devem compor os fundos do Atlântico a partir daquele
cabo para o norte Começam elas a aparecer ao sul de Macaé sob a forma de arenitos,
continuando os seus repetidos afloramentos a serem vistos ao longo de tôda a nossa
costa de leste até os Estados setentrionais

12GUIMARÃES, Djalma: "Rochas provenientes dos rochedos de São Pedro e São Paulo" Ann da Acad
Bras de Ciências; tomo IV, n• 2, pág 6
13 MORAIS, Luciano Jacques: Serras e Montanhas do Nordeste", Jnsp Fed de Obras contra as Sêcas;
Rio, 1924, vol II, pág 48
- 35 -

A súbita inflexão litorânea em Cabo Frio, seguida a de uma reentrância além


do cabo dos Búsios, sugere os limites de uma bacia, na qual os testemunhos do arenito
de Macaé seriam os atuais indícios de uma sedimentação que provàvelmente não se
teria processado ao sul do cabo
O tectonismo causador daquela bacia seria portanto justamente anterior à deposição
dos arenitos que, por nós estudados em trabalhos anteriores, foram referidos ao
Miocênio Quer isto dizer que as conclusões de DERBY sôbre a idade paleozóica dos
foiaítos é inaceitável Essas rochas em Cabo Frio devem ter sido intrusas em princípios
do Terciário, o que concorda com as nossas anteriores deduções sôbre a idade do
Itatiaia, ao mesmo tempo que as confirma
Relativamente ainda aos arenitos dos tabuleiros, temos a dizer que não anotamos
exposições dessas rochas na região das lagunas, nem tão pouco ao longo da referida
curva costeira entre o cabo dos Búsios e Macaé, além dos já citados testemunhos nas
vizinhanças desta cidade.
Quem vai de São Pedro d' Aldeia a Campos Novos pela rodovia atravessa uma
zona de topografia muito semelhante a dos tabuleiros campistas Colinas muito baixas
e aplainadas no tôpo, de solo comumente arenoso e de rala vegetação, relembram'
certas áreas do norte fluminense, ao norte de Campos, que representam a superfície
de formações terciárias vastamente ali presentes Tal é por exemplo o divisor entre o
chamado "Afluente do Una" e as cabeceiras opostas que vertem para o Una Em
ambos os lados dessa pequena elevação, ao longo da qual segue a rodovia com grandes
tangentes e com insignificantes desníveis, abrem-se largas planícies alagadiças, idênticas
às dos brejais que sulcam os tabuleiros campistas e sanjuanenses
Os pequenos cortes da estrada desfazem todavia uma tão sugestiva aparência de'
rochas sedimentares, visto que, a um atento exame do terreno, verifica-se que tais
cortes são talhados num gnaisse granítico muito decomposto Essas colinas nada mais são,
onde as pudemos observar, que longas bossas quase tabulares de formações azóicas
As típicas ondulações de tais rochas, na Baixada Fluminense, foram ali rebaixadas
numa peneplanagem local, com cotas que em geral não atingem a uma dezena de
metros
Uma das mais curiosas observações geofísicas regionais foi feita em Campos
Novos por uma turma de geólogos da Divisão de Geologia e Mineralogia, a qual
verificou que o embasamento gnássico inatacado pelos agentes superficiais, paradoxal-
mente mergulha da costa para o interior, o que poderá ser considerado como reflexo,
da ruptura continental, a qual afundando uma de suas partes elevou os bordos da,
outra numa reação compensadora
:Este fenômeno refletiu maleficamente na regiao, visto que, segundo os autores
das pesquisas, a êle se deve a penetração de água salgada no subsolo O mar se
infiltra subterrâneamente, contaminando o lençol aquífero, tornando precárias as pos-
sibilidades de água doce em Campos Novos 14
Entre São Pedro e a cidade de Araruama, há uma zona de topografia semelhante,
porém um tanto mais acidentada É desta faixa marginal que se projetam os espigões
por água a dentro, dando origem às enseadas que entre êles se abrigam

14 "Trabalhos Geofísicos - Aplicações de Métodos Elétricos", por MARCK MALAMPHY, H CAPPER A DE


SOUSA, IRNACK DO AMARAL e DÉcro ÜDDONE Boi no 81 do Serv Geai e Mineralógico, págs 38-49
- 36-

Uma das mais interessantes observações a serem registradas nesta faixa, onde há
bons cortes na rodovia, sulcando uma argila ve1melha, é a da presença de camadas
de seixos de quartzo, alinhados a vários metros abaixo da superfície

flG 27 -As ruinas do velho forte de São Mateus em Cabo Frio, sôbre o pontal gnaiss1co e seten-
trional de amarração da grande restinga que forma a linda praia - (Foto A R Lamego)

FIG 28 - Restinga que data de poucos anos na foz do rio São João, ligando a ilha do Telégrafo
ao promontório da Saudade À direita o Atlântico e à esquerda a margem do rio - (Foto
A R Lamego)

À primeira vista, dir-se-ia que tais seixos são rolados, pôsto que muitos exemplares
aptesentem um aspecto arredondado, sugerindo uma formação sedimentar Mais
minuciosamente obset vados, porém, vê-se que em sua maio1ia se distinguem dos seixos
típicos ttabalhados por água corrente
- 37 -

Temo-los de vários tamanhos, sendo que os maiores em geral apresentam-se


irregulares, como pequenos baldeis, levando-nos mesmo a cogitar po1 momentos no
famoso d1 ift de AGAssrz e HAR1 T, idéia essa hoje em abandono

FIG 29 - Camac'as de seixos num corte da rodovia entre São Pedro d' Aldeia e Ara rua ma -
(Foto J C Junqueira Schmidt)

f!G 30 - Trecho do corte anterior ampliado, mostrando o caráter sub-angular dos seixos (Foto
J C Junquzira Schmidt)
-- 38 -

Em trabalhos anteriores, por mais de uma vez assinalamos a existência de simi-


lares ocorrências de seixos em outros pontos do território fluminense e no Distrito
Federal, sendo em muitos casos a sua origem racionalmente explicável por um período
de violenta erosão, quando as zonas de ocorrência são vizinhas de relevos montanhosos
Ao norte da Araruama, entretanto, onde tais condições topográficas não existem nem
existiriam num passado geologicamente contemporâneo da formação das camadas de
seixos, é necessário admitir-se uma origem diferente
Comecemos por expor que o caráter tipicamente residual do solo que os envolve
'e os cobre, o qual passa incenslvelmente ao sub-solo numa lenta e contínua transi\:ão,
indica uma origem local.
Teremos pois de aceitar o arredondamento de tais seixos como um fenômeno
inerente à própria decomposição das rochas regionais, não sendo inaceitável a idéia
de um descascamento um tanto semelhante aos dos bolders graníticos, com a preservação
das faces poliédricas
Estas, como se sabe, resultam do fraturamento natural dos veios pela expansão e
retração devidas a diferenças térmicas, ou mais generalizadamente da própria estrutura
dos veios sempre fendilhados A destruição do gnaisse sendo bem mais rápida e
acentuada pela decomposição química da mica e dos feldspatos, deixaria os seixos
dos veios envolvidos pela massa de argila vermelha
Uma objeção poderá todavia smgir contra tal hipótese É a da tendência ao
horizontalismo das camadas de seixos rolados Ciemos, porém, que o fenômeno poderá
?er explicado por várias causas parciais, agindo isoladamente ou conjugadas entre si
A primeira delas é o fraco pendor dos mergulhos das rochas, podendo a camada
de seixos nada mais ser. que o próprio veio deitado em sua primitiva posição, e
originalmente intercalado entre as camadas Embora nos vários casos que observamos
a rocha regional completamente decomposta não nos permitisse verificar o mergulho
do gnaisse, é esta uma possibilidade que não deve ser rejeitada
Outra é a da lenta descida do solo ao longo das encostas, a qual acarretaria um
reajustamento gradual dos seixos com uma tendência a se disporem paralelamente à
superfície Uma terceira, ainda, seria a possível descida dos seixos conseqüentes a
movimentos telúricos vibratórios através de longos peiíodos de tempo
Estas três hipóteses poderão sei ou não ap10vadas, mas o cetto é que as camadas
de seixos parecem contestar qualquer indicação de um transpotte fluvial para a sua
formação, e a de ser esta aceita como iesultante de um prolongado rolamento por
águas correntes
Ao finalizarmos êste rápido bosquejo petrológico, queremos focalizar uma exceção
interessante ao predomínio geral dos tipos de gnaisses ácidos na região do bordo
cristalino das lagunas Em Cabo Frio, o moiro de São Mateus coroado pelas ruínas
do velho forte e os penedos anexos que limitam a praia do Pontal, são constituídos
de uma rocha muito escura e laminada A sua análise microscópica, executada pelo
Dr EVARISTO PENA ScoRZA, revelou tratar-se de um anfibolito, cujos constituintes
são Horneblenda, Plagioclásio, - Andesina - Labradorita - , Quartzo, Magnetita e
Titanita O seu mergulho e a sua direção variáveis denunciam fortes tectonismos
provàvelmente contemporâneos da ruptura do bordo continental
GEOLOGIA.
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Por
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FIG. 31
RESULTANTES ECONôMICAS DA MORFOLOGIA FISIOLóGICA
DAS LAGUNAS

A importância dos fenômenos geológicos que acabamos de expor pode agora ser
bem compreendida pelos efeitos morfológicos dêles resultantes
Sem essa preliminar conjugação de elementos fisiográficos na paleografia da costa
das lagunas, não se teriam estas formado Cabos, ilhas e enseadas, o alinhamento
do litoral, a orientação das correntes e demais fatôres preexistentes é que associadamente
possibilitaram a criação dos longos pontais de areia, enclausurando braços de mar
Condições bem diversas das que mais ao norte iriam determinat a formação de enormes
pantanais nos vales do Una, do São João, do rio das Ostras e do Macaé, e, mais
adiante ainda, a sedimentação das planícies de areia que se alastram até vizinhanças
do Espírito Santo
Indo-se ao fundo da questão, verifica-se que desde tempos mui remotos um
determinismo geológico inevitável pré-estabelecia a fututa origem das lagunas, e, com
estas, tôda uma seqüência de fenômenos históticos e econômicos indesviàvelmente
adstritos às condições geog1áticas tesu]tantes
Desde a primitiva história do Rio de Janeito podemos ver a influência dessa
geografia na sua evolução Se as descubiçadas e estéteis restingas tiveram a sua atuação
direta limitada nos p1imei10s tempos da futura Capital, resumida por assim dizet ao
acolhimento de matinheiros desettores e demais delinqüentes em apertos com a
justiça, por outro lado, a quina continental de Cabo Ftio, com seu abrigo providencial
às naus da piratatia, desde o comêço torna-se um foco de contínuas ameaças contia a
vida emb1ionária do núcleo pottuguês da Guanabara
Tais condições geográficas, fomentadoras da ttemenda luta inicial contra os ftan-
ceses, é que entijaram os primeiros cariocas e definitivamente solidificaiam o domínio
luso no Bi asil meridional Passado porém êsse estágio guerreiro e primitivo é que,
com o andar do tempo, i1 ia ressaltai a verdadeira função das lagunas com seus
impositivos econômicos
Tôda essa faixa de a1 eias costeiras começaram a ser invadida, como dissemos
linhas acima, por indesejáveis ao Rio de Janeito, mas bem aceitos como desbravadotes
na terra áspera de selvajatia tamoia Somente após a sang1enta conquista de Cabo
Frio é que as entradas amiudando-se, já eram feitas por elementos socialmente supe-
riores, ativos sesmei10s e negociantes de pau-b1asil, jesuítas e franciscanos que sob o
pulso dos capitães-mores em breve disseminariam tôda uma sétie de pequenas cidades,
vilas e atraiais, núcleos de uma crescente população dispersa pelas restingas ou pelas
encostas florestosas das elevações
Com a luta pela vida iniciou-se então uma níti<la sepatação de atividades, imposta
pelo meio natu1al Na faixa colinosa e se11ana desenvolveram-se as lavouras, os
engenhos e, no século findo, as grandes fazendas de café de ampla magnitude na
economia provincial Na faixa estéril das restingas, o mesquinho individualismo he1e-
ditá1io da patuléia evasiva aos esgátulos do Rio de Janeiro, multiplicando-se na descen-
dência disseminada em casebres esparsos pelos ateais, voltou-se para as lagunas p10vi-
denciais, fartas de peixes
Na Ma1icá e na Saquarema, inte1mitentemente alimentadas pelo mar atiavés de
ba1 ras provisórias, a pesca desenvolveu-se num processo adaptativo natural, consentâneo
- 40 -

com a ambiência criada pelos fenômenos geológicos Na Saquarema, o robalo e o


camarão ainda hoje excedem as necessidades locais, vindo sobtetudo o crustáceo a
tornar-se um produto de incrementada exportação pata as zonas vizinhas Em 1940,
esta laguna forneceu ao Entreposto de Pesca do Rio de Janeiro 102 148 quilos de
peixe, avaliados em Cr$ 446 921,60
Na Maricá, emb01a com menor númeto de pescadores, os resultados impressionam
pelo vulto que atingiram, visto que nesse mesmo ano saíram da sua colônia de pesca
pata o Entreposto nada menos que 3 415 650 quilos de pescado, correspondente a
Cr$ 1 931 312,30 Para se ter uma idéia desta produção, saiba-se que uma tal tonelagem
representa mais de um quarto do total de pescado tecebido pelo Entreposto das 26
colônias de pesca fluminenses e cariocas
Também na Araruama a pesca além de organizada pata o alto mar é uma das
principais ocupações da gente <la laguna Fora do consumo local em fábricas de
conserva, as colônias de Cabo Frio e de São Pedro contemporâneamente exportaram
1 559 3'53 quilos num valor de Ct$ 2 919 741,40
A exportação total de peixe das três lagunas já excede portanto a Cr$ S 000 000,00
anuais 15
É êste o ptimeiro resultado econômico decorrente do fenômeno geológico das
testingas nessa região, originador das grandes toalhas lacunates O segundo, porém,
ultrapassa de longe as cifras mencionadas Trata-se da salicultura, restrita à Araruama
pela fotmação tôda especial do seu canal do Itajum, constantemente permitindo a
entrada das marés no imenso reservatório lacustre

pré-histõticamente aproveitado pelos indígenas, o sal de Cabo Frio teve,
entretanto, a princípio a sua exploração opressivamente retardada por decretos régios
coloniais, protetores das salinas metropolitanas, e, mais tarde, por monopólios conce-
didos a beneficiários favoritos
Por isso é que só em começos do Império pôde surgir a salicultura fluminense
com as instalações de "Ferinas", organizadas por luís lINDENBERG nas vizinhanças
da cidade, o qual, abandonando os velhos processos de colheita que danificavam o
produto, foi o verdadeiro fundador da exploração moderna do sal que hoje vemos
incrementada por tôda a laguna
longa porém foi a sua .evolução, dado que, somente em fins do sécul<J, a sa1irnl-
tura começa a desenvolver-se na Araruama, após a suspensão da cabotagem estrangeira,
ficando restrita a importação do maior dos concorrentes que era o sal de Cadiz
Não ilemos aqui historiar o que foi a acirrada luta econômica dos salineitos
contra variados empecilhos tendentes a reprimit as suas atividades, bastando apenas
citar entre os maiores a técnica ptecária, os caríssimos transpottes e um truste açam-
barcador
Com a criação do Instituto do Sal e de leis reguladoras, já o Govêrno parcialmente
conseguiu resolver o problema do sal da Araruama, cuja máxima produção anual po<lerá
chegar a 140 000 toneladas, sendo potém limitada a cêrca de metade, a fim de não
ser prejudicada a safra do norte do País
A irradiação econômica da Ataruama vai muito longe Além do Rio de Janeito
e dos Estados vizinhos, - Disttito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Espírito

J:J As cifras nos foram fornecidas pelo Serviço de Caça e Pesca


- 41-

FIG 32 - Cruzeiro de pedra em Cabo


Frio, relíquia de sua vida colonial (Foto
A R Lamego)

FIG 33 - Matriz de N S da Assunção de Cabo Frio, coeva éa fundação da cidade - (Foto


A R Lamego)
- 42 -

Santo - , milhares de toneladas de sal de Cabo Frio seguem para o Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul De São Paulo são abastecidos Goiás e Mato Grosso

FIG 34 - O histórico e velhíssimo Colégio dos Jesuítas em São Pedro d'Aldeia, núcleo fundador
da cidade (Foto A R Lamego)

As salinas da Aratuama são as únicas no Brasil meridional, podendo servu a


parte mais indust1ial do nosso teiritório que é também a de maior densidade demográ-

FIG 35 - O convento franciscano de N S dos Anjos de Cabo Frio, monumento histórico da velha
cidade colonial - (Foto A R Lamego)

fica E esta situação excepcional e singular, deve-mo-la exclusivamente aos fatôtes geo-
lógicos preexistentes e determinantes <la formação das lagunas fluminenses, cuja morfo-
-43-

logia fisiológica nos apresenta mais um notável exemplo dos impositivos da Terra
condicionando as atividades humanas

FIG 36 - Os moinhos de vento da Ararua-


ma que alimentam as salinas com as águas
concentradas da laguna (foto A R
Lamego)

FIG 37 - Aspecto de uma salina das margens da Araruama, com os tanques cristalizadores,
medas de sal e depósito - (Foto A R Lamego)
- 44 -

FIG 38 - O côco da Bahia é uma das grandes possibilidades econom1cas


da planície de restingas de Cabo Frio - (Foto J C Junqueira Schmidt)
- 45 -

Uma terceira grande possibilidade econômica, afinal, jaz latente nos volumosos
depósitos de conchas dos fundos da Araruama, os quais fo1am estudados em 1928-1929
pelos engenheiros D L DARRON e J WooDGERS através de uma rêde de sondagens
pelas margens da laguna, efetuada em alinhamentos paralelos e equidistantes 200
metros Nestas sondagens, executadas de 100 em 100 m, foram anotadas a profundi-
dade das águas, a espessura da camada de conchas e a sua pe1centage:n em relação ao
lodo e à areia
A cubagem provou um volume de 44 300 000 metros cúbicos de conchas ou
um total de cêrc.a de 3 7 000 000 de toneladas
A insignificância do teor de magnésia, sempre bem inferior a 1 o/o, bem como a
percentagem mínima de sílica, óxido féirico e alumina, reveladas pelas análises quí-
micas, denotam um material excepcionalmente condicionado para a indústria do cimento
Baseando-nos nessas análises efetuadas no bboratório do Serviço Geológico e
Mineralógico do Brasil, em 1930, pelos químicos ARMANDO MARCONDES DA Luz e
JORGE CUNHA, e na menciona<la cubagem confitmada pelos engenheiros MÁRIO DA
SILVA PINTO e RAIMUNDO RIBEIRO FILHo, 10 somos de parecer que as jazidas de
conchas da Aramama comportam a sua indusl1ialização em grande escala no fabrico
de cimento.
A fácil extração de maté1i1-prima, o seu trrnsporte em ba1caças, a liberdade de
escolha do combustível devido ao pôrto de mat - óleo e carvão - , e às turfeiras
vizinhas, as p1oximidades do Rio de Janeiro barateando a ida do p10duto pari um
grande centro distribuid01 e de consumo, poderão transfo1ma1 a Araruama, quanto
ao cimento, num dos giandes centros industriais do Brasil

16 SILVA PINTO, Málio da, e RIBEillO FILHO, Raimundo: "A lndústtia do Sal no Estado do Rio", pág 17
UM BRILHANTE GEÓGRAFO FLUMINENSE
ENGENHEIRO ALBERTO RIBEIRO LAMEGO

PROF DÉCIO FERREIRA CRETTON


Consultor Técnico do Diretório Regional
de Geografia

Profundo geólogo brasileiro, autotidade eminente em Geografia Física e Humana,


sociólogo de mérito, erudito culto1 do vernáculo, do francês e do inglês - o ilustre
engenheiro de minas, Ditetor da Divisão de Geologia e Mineralogia do Ministério da
Agricultura, ALBER'IO RIBEIRO LAMEGO é exp1essivo e inconfundível valor do meio
geográfico e cultural do Btasil contemporâneo
Aliando à perfeita competência a magnífica
operosidade, tornou-se, em pouco tempo, ele-
mento de vulto da biilhante equipe de enge-
nheiros do Se1viço Geológico e Mineralógico
do Brasil, que tanto tem contribuído para a
geografia Nacional com pesquisas técnicas e
científicas da mais alta importância
Nascido em 9 de abril de 1896, na cidade
de Campos, Estado do Rio de Janeiro, é filho
do saudoso e ilustre casal ALBERTO FREDE-
RICO DE MORAIS LAMEGO, advogado e his-
toriador, e D JOAQUINA MARIA RIBEIRO LA-
MEGO, ambos brasileiros e fluminenses Seus
avós paternos: JosÉ MARIA DE MORAIS LA-
MEGO e D SOFIA JARDIM LAMEGO eram
portuguêses e acatados senhores de engenho
de açúcar na fazenda de S Tomé, no muni-
0
cípio fluminense de Itaboraí, por sua vez, na Eng Dr Alberto Ribeiro Lamego
ascendência, materna, são seus avós: SERAFIM
DOS ANJOS SAMPAIO RIBEIRO, português, e D EUGÊNIA DE SouzA LIMA RIBEIRO,
brasileira, também senhores de engenho da fazenda de Airises, à margem direita do
Pa1aíba, em plenos Campos dos Goitacazes - a ma1avilhosa e fertilíssima planície da
civilização açucareira do Estado do Rio de Janeiro
Descendente de tradicionais Senhores de Engenho, herdou LAMEGO FILHO, attavés
da educação e do saber da casa paterna, a lhaneza do trato e o imenso amor à terra
e às populações rurais brasileiras, que caracteriza a sua esplêndida obra
Do pai - pesquisador infatigável dos fatos históricos da nossa Pát1ia, autor
consagrado da Te11a Goitacá, obia em 9 volumes, membro emélito do Instituto Histó-
rico - assimilou o gôsto pela cultura científica, pela investigação minuciosa da Terra
-48-

e do Homem do Brasil, tendência que teve a felicidade de aprimorar em afamados


Colégios e Universidades da Europa
Ê o segundo (F2), na prole ilustre de oito filhos, dessa tradicional família
campista; irmãp de MARIA SOFIA (Fl), MARIA FRANCISCA (F3 - pintora de talento,
falecida em 1928), CLÁUDIO RIBEIRO LAMEGO - químico-industrial diplomado pelo
"Royal College of Science", de Londres e que exerce a profissão em Usina de Cam-
pos-, MARIA EUGÊNIA, MARIA DA CONCEIÇÃO, JosÉ MARIA e MARIA DE JEsus (F8),
residentes na Capital da República.
Viveu o período feliz da infância em Campos, entre a cidade e o solar dos
Airises - Casa Grande de seus avós - justamente na época em que a civilização
rural dos nobres Senhores de Engenho cedia o seu lugar ao império das Usinas, à
era da concentração industrial Tudo isto êle estudará mais tarde com exatidão e
brilho inexcedíveis.
Iniciou o estudo das primeiras letras no próprio lar paterno, em. Airisés, e em
1906 seguiu com a família para Portugal, onde permaneceu até 1910, concluindo como
interno no Colégio de Campolide, dos Jesuítas, o curso primário
No mesmo estabelecimento começou e fêz parte do curso secundário Em 1910,
viajou para a Bélgica, onde foi internado em Bruxelas, no Colégio de Saint Michel,
tambtm dos Jesuítas, em que veio a terminar os estudos do grau secundário - Huma-
nités Modernes - fazendo, em seguida, os preparatórios especiais de matemática para
o curso de engenharia.
Em 1913, foi aprovado em exames e matriculou-se na Universidade de Louvain,
no Curso de Engenharia de Artes, Manufaturas e Minas. Com a grande guerra de
1914, transferiu-se para Londres, onde se matriculou na Royal School of Mines do
Imperial College of Science and Technology e, ao mesmo tempo, no curso de Licenciado
em Engenharia de Minas na Universidade de Londres
O móvel principal dessas passagens por diferentes colégios de Portugal, da Bélgica
e da Inglaterra, reside no fato da família acompanhar o seu culto chefe em laboriosas
e patrióticas pesquisas por Bibliotecas e Arquivos da Europa, em busca da verdade
histórica dos fatos nacionais Foi justamente em Bruxelas, na Bélgica, que ALBERTO
FREDERICO DE MORAIS LAMEGO, seu pai, publicou os dois primeiros volumes da
Tetra Goitacá - À luz de Documentos Inéditos, em 1913.
Essas estadas em excelentes meios culturais de Lisboa, Bruxelas e Londres, em
plena mocidade, influíram muito favoràvelmente na sua notável cultura lingüística,
distinta e aperfeiçoada em três facetas diversas: o português, o francês e o inglês
Em 1918, diplomou-se em Engenharia de Minas, pela Royal School of Mines, e
na mesma ocasião colou grau de Licenciado em Ciências de Engenharia Civil e de
Minas, pela University of London
Durante o curso superior, nos períodos de férias, seguindo a sábia e objetiva
·orientação do processo inglês de educar, trabalhou na sua especialidade como mineiro,
nas minas de "Levant" e "Basset", de estanho e cobre, em Cornwall, na Inglaterra,
bem como nas minas de carvão de Coalville, no mesmo país.
Em 1919, depois de haver concluído o curso superior, trabalhou igualmente como
simples operário na fábrica de máquinas de usinas de açúcar "Watson and Laidlaw",
em Glasgow, na Escócia
-49-

Em fevereiro de 1920, apenas com 24 anos de idade, portador de sólida cultura


e de títulos valiosos, adquiridos nos grandes centros de ciência e técnica do continente
europeu, regressou ao Brasil, confiante e cheio de fé na aplicação leal ao território
pátrio de tudo quanto aprendera no estrangeiro, com entusiasmo e muita dedicação
Chegado ao torrão natal, inicia logo a jornada gloriosa que constitui a sua extensa
e profunda obra de ciência e patriotismo - revelada por quatro faces diferentes:
como engenheiro de minas, geólogo, geógrafo e sociólogo Ingressa, em 19 de setembro
de 1920, no Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil, na simples qualidade de
engenheiro-ajudante diarista da Comissão da Cachoeira de Sete-Quedas, chefiada pelo
Dr GUILHERME BASTOS MILWARD.
Em quatro meses apenas, procede com zêlo e proficiência a estudos topográficos
e geológicos nas Sete-Quedas e nos Saltos do Iguaçu, no Estado do Paraná, levantando
expeditamente o rio Paraná entre a foz do rio Paranapanema e a cachoeira de Sete-
Quedas, numa extensão de 180 km, bem como o delta e o rio Ivinheima, por mais
100 km.
Durante o ano de 1921, como engenheiro contratado da turma do pessoal técnico
mensalista para Estudo de Fôrças Hidráulicas, seguiu para S Paulo e Mato Grosso
(fronteira do Paraguai) com o Prof GUILHERME B MILWARD, tendo executado
levantamentos dos rios Dois Irmãos e caminhamentos de Aquidauana ao rio Tabôco e à
serra da Cascavel, e de Miranda à alta serra da Bodoquena
Em 1922, contratado como geólogo ajudante, prestou serviços de campo no Estado
de São Paulo, seguindo em fins do ano para Goiás, com o seu colega AURÉLIO DE
BuLHÕEs PEDREIRA; lá, executou um reconhecimento geológico entre Ipameri, Caldas
Novas - onde foi estudada a geologia das fontes termais - , Morrinhos, Santa Rita
do Paranaíba, Santa Rita do Pontal, Palmeiras e cidade de Goiás (mapa geológico
inédito), percorrendo 936 km a cavalo, por ínvios caminhos, matas e serras
Pelo S. G M B , de outubro a dezembro de 1923, até janeiro do ano seguinte,
efetuou caminhamentos e estudos geológicos em Minas Gerais, partindo de Araxá -
onde fêz a geologia das fontes minerais - por Sacramento e Conquista foi a Uberaba,
regressando a Sacramento por Jaguará; subindo a setra da Canastra - divisor de
águas entre as bacias do São Francisco e do Paraná - passou por Desemboque e
desceu ao vale do rio Grande, que percorreu até Delfinópolis Estudou a geologia
desta zona (Dôres de Ponte Alta, Passos, Pratápolis e Santa Rita de Cássia), prosse-
guindo com os levantamentos até Alpinópolis, na serra da Ventania, e passando por
São José da Barra, na foz do Sapucaia, subiu a Piumhi, voltando ao Rio Grande até
Lavras Levantou 732 km a cavalo e 136 por via fluvial Tudo isto está brilhantemente
exposto no seu primeiro Boletim do S G M , n9 70, Cont1ibttição à Geologia do
Vale do Rio Grande, publicado somente em 1933
De 1924 a 1932, deixou o Serviço por sua livre vontade e fixou residência em
Campos, em companhia dos pais, passando a executar trabalhos particulares de topo-
grafia, e a estudar a geologia regional por sua própria conta, observando argutamente
o meio social em que nasceu
Dessas pesquisas e observações do ambiente físico e humano da região campista,
sai através da sua pena encantadora "em estilo vivo e de ricos matizes" - "A Planície
do Solar e da Senzala" - brilhante ensaio de geografia humana, livro de 193 páginas,
prefaciado por OLIVEIRA VIANA, que assim se exprime sôbre o seu conteúdo: "Há

-4-
- 50-

nêle uma mistura estranha de imaginação e realidade, de inspiração literária e preocupa-


ção científica Espírito novo, túmido de cultura moderna, o seu livro toca nos temas
mais variados - antropologia, etnografia, antropogeografia, economia, história etc.
Sente-se o tumulto da cultura em efervescência, ansiosa por descobrir-se, revelar-se,
expandir-se
Volta, em 1932, ao Serviço Geológico, sendo nomeado ajudante de engenharia e
trabalhando ativamente, em serviço de campo, no Estado do Rio De 32 a 1936, passa
aos cargos de sub-assistente técnico do Instituto Geológico e Mineralógico do Brasil,
assistente técnico interino do Departamento Nacional da Produção Mineral, efetivado
por decreto federal de 13 de novembro de 1934, por concurso de títulos em que teve
ótima classificação De 37 a 1952, passa a exercer, por merecimento, os cargos de
engenheiro de minas classe K, L, M e N, sendo muito recente a sua promoção a esta
última classe
Nesta segunda fase de sua atuação em setor de tanta importância para a Corografia
Brasílica, revelou-se conhecedor profundo da topografia, da geologia e dos recursos
minerais de extensas regiões do solo pátrio, principalmente nos Estados do Rio e de
Minas Gerais e no Distrito Federal Para confirmação do alegado, aí estão os seus
numerosos boletins da D G M , magníficos de exatidão científica, de fé profissional
e de valiosas observações sociais, ao lado das suas impressionantes teses de Antropogeo-
grafia Brasileira
Num resumo muito pálido da sua dinâmica profissional e cultural, do labor fecundo
de ensinamentos geográficos, enfeixemos nesta síntese a atividade exercida de 19 32
até hoje:
De início, organizou a carta geológica de Minas Gerais, de acôrdo com os dados
existentes no Serviço, processou o levantamento minucioso da baía de Guanabara,
diferenciando os tipos de gnais, as formações quaternárias, os veios exploráveis de
quartzo e os sambaquis; durante 1933 e 34, estudou uma jazida de argila refratária
em Mauá (E do Rio), o depósito de calcáreo terciário de São José (ltaboraí), colhendo
fósseis entre os quais um gênero novo - ltabo1ahia Lamegoi, Maury e a geologia
das nascentes do rio da Aldeia (município de São Gonçalo) e das águas minerais de
"Itaí"; em 35 e 36, fêz parte da comissão que estudou as causas das inundações do
Núcleo Colonial de Santa Cruz, executou a geologia do Maciço do Itatiaia e regiões
circunvizinhas, delimitando a bacia terciária de Resende e descobrindo o novo maciço
foiaítico de Morro Redondo, cartografou e analisou a geologia da cidade do Rio de
Janeiro, diferenciando minuciosamente as suas rochas e elaborando a Te01ia do P1otog-
nais (Bol n9 88) -- bem como discriminou a geomorfologia do Distrito Federal,
baseado na estatigrafia de numerosos cortes, finalizando com uma síntese tectônica do
maciço carioca, estratigràficamente ligado às formações da serra do Mar (Bol nQ 93);
por esta época, e partindo dos estudos estratigráficos e petrográficos já efetuados,
concluiu que os micachistos não fazem parte do Arqueano, como é universalmente
aceito, mas devem ser induídos na Série de Minas ( Algonquiano) .
De 1937 em diante, estudou as jazidas de gipsita da Boa Vista, no Cabo de São
Tomé e de calcita e mármore do Muriaé, em São Joaquim (município de Campos),
dando a cubagem das minas: estudos que serviram de base para a formação da Cia de
Cimento Portland Paraíso, que será em breve uma das maiores do Brasil; executou a
carta topográfica do Município de Campos, na escala de 1: 100 000 para a Prefeitura
-51-

Municipal; fêz o mapa geológico do médio e baixo Muriaé (Bol nQ 97), e reconheci-
mentos nos vales dos rios Imb:'.: e Urubu e nas zonas de Itaoca, Guriri e Lagoa Feia,
rio Prêto, Itareré e Lagoa da Onça etc, destinados às fôlhas da Carta do Norte Flumi-
nense, escala de 1: 100 000, com minuciosa topografia e geologia, em execução final,
verificou as possibilidades de existência de petróleo na região de Campos (Bol ) e
colheu fósseis na zona de Santo Amaro; prestou informações geológicas no campo à
Diretoria de Saneamento da Baixada Fluminense; executou estudos sôbre o recuo do
mar na planície campista e estendendo-se pelo litoral escreveu o trabalho Restingas
na Costa do Biasil (Bol. nQ 96) etc
Em 6 de julho de 1934, contrai núpcias com D MARINA RAMOS BARRETO.
natural da Bahia, e filha do casal JosÉ DO AMARAL BARRETO e D. ELVIRA RAMOS
BARRETO, residentes em São Paulo Dêsse consórcio nasceram-lhe, no lar feliz, quatro
filhos: Lurz CLÁUDIO, AUGUSTO CELSO, MARIA LÚCIA e MARIA CLÁUDIA RIBEIRO
BARRETO LAMEGO que contam hoje, respectivamente, 18, 16, 15 e 12 anos de idade
O lar, sob os cuidados da espôsa prestimosa, fixa melhor a sua atividade de
gabinete, equilibra o dinamismo e predispõe o espírito para as obras de maior vulto
Ao contacto da família, é que elabora os seus mais importantes boletins e, essencialmente,
as suas profundas teses de Geografia Humana Fluminense: O Homem e o B1ejo e
O Homem e a Restinga etc, prometendo novos e fecundos volumes de igual sentido,
repletos de ensinamentos para a organização nacional
O que mais caracteriza a produção científica de ALBERTO RIBEIRO LAMEGO, e
sua vibrante personalidade, é a figura do Geólogo, que êle realiza entre nós de forma
perfeita, pela independência da cultura especializada, adquirida em Universidades
européias, e pela coragem das atitudes no campo da ciência
Rompendo com conceitos clássicos da Geologia que êle considera inaplicáveis às
nossas formações arqueanas, LAMEGO não se limitou, porém, a repudiar concepções
geológicas universais. Estudando profundamente o Arqueano da Serra do Mar e da
Mantiqueira, contrariou a teoria de BRANNER, sôbre o "Complexo cristalino brasileiro"
submetendo-o à interpretação analista e objetiva do Protognais e seus derivados.
Das observações de campo, das análises microscópicas de rochas, dos seus conheci-
mentos científicos, elaborou uma nova concepção da Petrogênese das nossas rochas
arqueanas Fêz escola com a sua Teotia do P1otognais (publicado no Boletim nQ 88,
do S G M ) que revolucionou o campo da Geologia Mundial, angariando logo
prosélitos e inimigos.
Mas, pela lógica, objetividade, simplicidade e metodização do seu corpo de
doutrina geológica vai se firmando com nitidez nos meios científicos nacionais e, de
há muito, vem ultrapassando as fronteiras da Pátria para se projetar em centros cultos
do estrangeiro
Extraímos da Economic Geology (Vol XXXIV, nQ 7, November, 1939) -
Revista da Yale University, New Haven, Connecticut, o seguinte parecer de autoria
do Prof ALAN MARA BATEMAN: "Teoria do Protogneiss - A R. LAMEGO: Revolu-
tionary concept that the whole Archean series of rocks in the Rio de Janeiro district,
including the dolomites, were derived from a single type of fundamental orthogneiss
- protogneiss - through the metamorphic action of a granitic magma. The protogneiss
represents the primitive shell of the carth solidified from a molten condition The
Brazilian Archean is the only true Archean known at present and is named the
-52-

Brazilian Era T his is the antithesis of the mode1 n concept that many types of Archean
gneisses are derived from the action of a granitic magma on sedimentary rocks". O
Prof. A GrLBERT, da Universidade de Lyon (Rhône, France) dirigiu-se-lhe nesses
têrmos: "De votre travai! sur Escarpas do Rio de Janeiro, qui m'avait beaucoup
interessé, j'ai l'intention d'ecrire, pour la Revtte de Geogtaphie Alpine, à Grenoble,
un article sur cette question, qui sera en même temps ttn rompte-1end1e de vo!te
Théo1ie " - E a opinião de HIDEZO TANAKADATE, da Universidade Imperial de
Tóquio, é a seguinte: "Il lavoro su Escarpas do Rio de Janeiro e manifico, e molto
interesanto, cosiche potrei traduire alla lingua japonese"
Além disso, é imensa a sua ficha de trabalhos geológicos efetuados em cêrca de
14 anos de ação nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Getais, São Paulo, Goiás, Mato
Grosso e Paraná, e no Distrito Federal; serviços de intenso valor para, a geografia
física, revelados na lista de mapas geológicos da bibliografia anexa Os seus boletins
denominados Esca1pas do Rio de Janeiio, O Maciço do Itatiaia e 1egiões ci1cttndantes,
Má1mo1es do Mmiaé, e outros, valem bem por ótimos compêndios de geologia regional
brasileira
A Geologia, entretanto, em vez de abs01vê-lo, foi por êle dominada e empregada
como sólida base de onde se p10jetaram, com absoluta segurança, o engenheiro de
minas, o geógrafo e o sociólogo
Outra faceta brilhante de sua personalidade polimorfa de cientista, que se ressalta
com fulguração nas manifestações de sua cultura, é a do Geóg1afo, que êle soube
tão bem cristalizar com exttaordinária intensidade na geografia física e humana do
Brasil.
Aí estão, para atestar a sua já extensa bagagem de obras de cunho eminentemente
geográfico, as suas publicações da D G M , os valiosos trabalhos cartográficos, ensaios
e artigos de revistas e, sobretudo, as suas teses de antropogeografia publicadas pelo
Conselho Nacional de Geografia
Comparecendo ao IX Congresso Brasileiro de Geografia de Florianópolis, em
setembro de 1940, como delegado da Divisão de Geografia e Mineralogia, apresentou
a tese de geografia humana: O Homem e o Bi ejo, trabalho de fôlego, com 241
páginas de texto, 144 ilusttações fotográficas, 4 mapas geológicos e 3 gráficos, para
cuja confecção consultou uma bibliografia de 134 autores O livro - dividido segundo
o plano unive1sal de RÉcLus, em três partes: a Terra, o Homem e a Cultura -
mereceu os mai01es elogios e foi aprovado com louvo1 no Congresso, de acôrdo com
a opinião do relator ilustre, Dr IvENS DE ARAÚ ;o, laYtada nos seguintes têrmos:
"Somos de patecer que a tese aptesentada pelo St ALBERTO RIBEIRO LAMEGO, sob o
título O Homem e o Biejo, seja aprovada para inserção nos anais dêste Congresso,
propondo ainda ttm voto de lottvoi ao autor pela fulgurante e valiosíssima contribuição
trazida aos nossos trabalhos"
Seguindo igual orientação já consagrada, confeccionou e publicou: O Homem
e a Restinga, O Homem e a Gt1anabara, volumes completados por O Homem e a
S,~1'!:ª' com que encerrou de forma brilhantíssima a série de estudos da geogtafia
hµ,IT\fl.Q,?- do Estado do Rio, intitulada Os Seto1 es da Evolttção Flttminense
l.Gi.......il,~-

'.);' ['É ftQ,tável ainda, attavés do erndito labor de sua pena, o aspecto sociológico dos
tmbalhg~L<;tl;le executa com tanta maestria; é constante a sua preocupação para com os
- 53 -

fatos sooa1s, principalmente no que se refere às soluções dos problemas básicos da


economia das sociedades rurais brasileiras
Quer nos serviços do engenheiro de minas, quer ao fazer geologia e geografia
humana, ultrapassa sempre os limites da especialidade profissional ou científica, para
se projetai como "sociólogo de capacidade e erudição", no dizer de GILBERTO FREIRE,
no campo objetivo <los fatos sociais de nossa terra
Em todos os trabalhos que publicou aparece nitidamente mais esta face patriótica
dos seus conhecimentos; os boletins de geologia terminam quase sempre com um
capítulo de sociologia regional brasileira, síntese magnífica da projeção do meio
físico tratado, sôbre o ambiente social; as teses de geografia humana transcendem do
âmbito exclusivamente para tirar conclusões econômico-sociais corajosas e necessárias
ao reajustamento exato entre a Terra e o Homem brasileiros, através da Cultura bem
dirigida
Neste sentido, revela-se um euclideano perfeito - destemido e completo discípulo,
sob todos os aspectos, do grande mestre EucLIDES DA CUNHA - pleno do mais sadio
patriotismo
Figura relevante de técnico e cientista nacional, o seu nome ilustie de perito é
acompanhado hoje dos seguintes títulos:
- Bacharel em Humanités Modernes pelo Colégio de Saint Michel, na Bélgica,
em 1911; bacha1el em preparatórios de matemática para o Curso de Engenharia, pelo
mesmo instituto, em 1912; engenheiro de minas pela "Royal School of Mines'', de
Lond1es, em 1918; licenciado em engenharia civil e de minas pela "Univc1sity of
London", na mesma data; de 1920 a 1943, respectivamente engenheiro-ajudante, enge-
nheiro contratado, geólogo-ajudante, assistente técnico, engenheiro de minas classes K,
L, M e N, em sucessivas promoções por merecimento, na Divisão de Geologia e
Mineralogia do Ministério da Agricultura, em 1933, professor de inglês no Colégio
Brasil de Niterói; em 1937, colaborador fluminense do Se1viço do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional; em 1940, delegado da D G M ao IX Congresso Brasileiro de
Geografia, onde serviu como secretário da Secção de Geografia Física; sócio e atual
presidente da Associação Campista de Engenheiros; membro efetivo da Academia
Fluminense de Letras e membro fundador da Academia Campista de Letras; sócio da
Associação de Imprensa Campista; em 1952, Vice-presidente da Carta Geológica Inter-
nacional (diretor da Carta da América do Sul) ; direto1 da Divisão de Geologia e Mine-
ralogia do Ministério da Agricultura
Homem dinâmico, o eminente geógrafo fluminense contemporâneo - ALBERTO
RIBEIRO LAMEGO - trabalha febrilmente, de olhos fitos no futuro da Pátria Btasileira,
para aumentai o seu patrimônio cultural, fazendo crescer ainda mais a excelente
Bibliografia que a seguir se classifica:

LIVROS, BOLETINS E AVULSOS

1923 - 1 - Cont1ibuição à Geologia do Vede do Rio Gitmde, Boletim n Q 70, do Se1viço Geo-
lógico e Mineialógico, publicado em 1932 Com uma caita e secções geológicas
do Vale em Minas Geiais - Rio de Janeüo
1934 - 2 - Notas Geológicas sôb1e a Bt1ixadtt de Santa C1uz Avulso n Q 4, do Se1viço Geo-
lógico e Minetalógiw, publicado em 1936 Rio
3 - A Planície do Solai e da Senzctla Ensaios de Geogiafia Humana, em liv10 de
193 págs, publicado pela Liv1aiia Católica do Rio de Janei10, 1934
- 54-

1936 - 4 - O Maci, o do Itaticlia e Regiões Ci1 ctmdantes Boletim n Q 88, do S G }.f do


Ministétio da Agrirnltura Com 93 págs, 37 ilustia,ões fotográficas, várias
secções e uma carta geológica Rio
1937 - - Teo1ia do p1otognair Boletim n • 86, <lo Se1viço Geológico e Mineialógico do
Btasil Uma Nova Intetp1etação Pet10genética do Aiqueano Btasileüo e Mun-
dial Rio de Janeüo
6 - A Gipsita da Boa Vista Avulso n • 16, do S G M Estudo das Jazidas de
Gipsita da Baixada Goitacá Município de Campos Estado do Rio de Janeit0
7 - A Gipsita da Boa Vista, em Campor, ln "Mineiação e Metalmgia", vol Ii,
1937, Rio de Janei10
1938 - 8 - Esta1pas do Rio de fanei10 Boletim n • 93, do Serviço Goelógico e Mineialó-
gico do Btasil Com 2 tartas, nume10sos perfis e secções geológicás e ilustra-
ções Rio de J aneüo
9 - Sôh1e uma C1ítica à Ye01ia do P1otognais Publirndo nos "Anais da Academia
Btasileüa de Ciências", tomo X, n • 3, 1938 Rio
1940 - 10 - Má1mo1es de Mmiaé Boletim n • 97, do S G M do Brasil Com 48 págs,
20 fotogiafias, uma catta e vá1ias secções geológicas Baixo Mmiaé e Médio
Mu1iaé, Município de Campos, Estado do Rio
11 - Mcí111zo1er do Mt11ic1é ln "Mine1ação e Metalmgia" Vol V, 1940
12 - Rertingctr na Costa do B!asil, Boletim n • 96, do Se1viço Geológico e Minera-
lógico Com 63 págs, 47 ilustiações fotog1áficas, caltas e petfis geológicos
Rio de Janeüo 1940
13 O Homem e o Biejo Tese de Ant10pogeogtafia, ap10vada com um Voto de
Louvo1 no XI Cong1csso Btasileilo de Geografia, de Flo1ianópolis, em 1940
Com 241 págs , 144 ilustlações, 4 mapas e 3 g1áficos, em publicação nos Anais
do Cong1esso e em Sepatata, na Biblioteca Geog1áfica Biasileüa
14 - A Geologia nct Cit•ilizaião Cc1m/1ista ln "Revista da Semana'', Ano XI, n • 40,
Rio de Janeüo
15 - O Homem e a Restinga Liv10 de Geog1afia Humana, 2 • Seto1 da "Evolu,ão
Fluminense", com quase 300 págs, muitas ilustiações, pe1fis geológirns etc,
publicado pelo Instituto Btasileüo de Geogrnfia e Estatística
1944 16 A Bc1cia de CamjJOs na Geologia Lito1ânea do Pet1óleo
17 O Desabamento do Mo110 do Fmol em Maceió
1945 18 Ciclo evoluti1•0 de1s Le1gunas Flttminenser
19 A Geologie1 de Nite1ói na Tectônice1 dei Gucme1he11a
1946 20 Gic1fita em Concei,ão de Macahu
1947 21 Ai eia de Fundição de Mc1cc1é
1948 22 - O HOMEM E A GUANABARA ( 3 ° volume dos Seto1es da Evolução Flu-
minense)
1919 - 23 Fôlha do Rio de fanei10
24 - A Faixa cortei1a de Vitó1ic1
1950 - 25 Análise tectônicc1 e mo1 /olgicct do Sisteme1 dct McmtiqtteÍJa
26 - O Cong1e1so lnte1nacione1l de Geologia de Lo11d1es
27 - O HOMEM E A SERRA ( 4 • volume dos Seto1es da Evolu,ão Fluminense)
28 - Relató1io Anuctl da Dii•isão de Geologic1 e Mine1alogic1 (1951), pelo Diletor
29 Idem, 1efetente ao ano de 1952
30 Além disso, ARTIGOS científicos lite1átios ou a1 tísticos em jornais de Campos
("Monito1 Campista", "Fôlha do Comé1cio", "Semanátio de Campos" e "A
Gazeta"), no "País", "O Jornal" e "Coueio da Manhã" do Rio de Janei10, e
no "O Estado de São Paulo"

li - TRABALHOS CARTOGRÁFICOS

192'\ - 1 - Cont1ih11i1ão à Geologia do Estado de Minas Ge1ais Escala 1/500 000


Ca1t1 Geológirn de Aiaxá, Ubenb1, Saciamento-J1~ua1a, Desenóoqu~. Delfi:-i5-
- 55-

polis-Cássia, Patrápolis, Passos-Alpinópolis, Piumhi, Capetinga e Ribeirão Verme-


lho Publicação do Se1viço Geológico e Mineralógico Rio de Janeiro 1932
1936 - 2 - Esbôço geológico da Região do Mo110 Redondo Escala: 1/100 000 Em anexo
ao Boi n Q 88, do S G M - Rio de Janeiro
3 - Geologia do Maciço do Itatiaia e suas ve1tentes, inclusive a bacia te1ciária de
Resende (E do Rio) Escala 1/600 000 Anexo ao Boletim n Q 88, do S G M
- Rio de Janeiro
1937 - 4 - Â1eas Aiqueanas do B1asil Esbôço anexo ao Boletim n Q 86, do Se1viço Geo-
lógico e Mineralógico Rio de Janeiro
5 - Localização de Tipos de Gnais no Dist1ito Fedeial e Nite1ói Mapa anexo ao
Boi n Q 86, do S G M - Rio
1938 - 6 - Geologia do Maciço U1ca-Pão de Açúcai Escala: 1/15 000 Em anexo ao
Boletim n 93, da Divisão de Geologia e Mineralogia, do Ministério da Agricul-
Q

tura Rio
7 Ca1ta Geológica da Cidade do Rio de Janei10 Escala: 1/30 000 Anexa ao Boi
n 93, da D G M - Rio
Q

1939 - 8 - Geologia do Rio Muriaé e das 1edondezas de Campos Escala: 1/100 000
Mapa anexo ao Boi n Q 97, do S G M Rio de Janeiro
9 - Calcá1io de São Joaquim, em Pa1aíso Esbôço geológico anexo ao Boi n Q 97,
do S G M - Rio
1940 10 - Mapa Geológico da Foz do Rio Pataíba do Sul Anexo ao Boletim n Q 96, do
S G M - Rio
11 - Mapa Geológico da Zona de Ca1apebus, no Estado do Rio de Janeiro - Anexo
ao tiabalho Restingas na Costa do Btasil - Rio
12 - Geologia da Cidade de Macaé Estado do Rio - Anexo ao Boi n Q 96, do
S G M - Rio
13 - Esbôço Geológico do Estado do Rio de Janeiio Anexo ao trabalho sôbre Ar
Restingas Rio 1940
14 - Geognose da Te11a Goitacá 4 mapas na Escala 1/400 000 Em anexo à Tese:
O Homem e o Biejo, aprovada com louvor pelo IX Congresso Brasileiro de
Geografia, de Florianópolis
1941 - 15 - Mapa da Faixa de Restingas no Estado do Rio de Janeiio Anexo à Tese: O
Homem e a Restinga, em poder do Instituto füasileiro de Geografia
1946 - 16 - Localização das Jazidas de Aieia de Fundição, em Macaé
1948 - 17 - Geologia da Faixa Costei1a de Vitó1ia

Ili - SECÇÕES DE RECONHECIMENTOS GEOLÓGICOS

1923 - - Secção Geológica Patos-A1axá-F1anca - Anexa ao Boletim n Q 70, do S G M


Rio
2 - Idem A1axá-Ube1aba Anexa à Cont1ibuição à Geologict do Vale do Rio Giande,
em Minas Geiais
3 - Secção Conquista-Sac1amento-Cipó Anexa ao Boi n Q 70
4 - Idem Jagua1a-Desemboque Idem, idem
5 - Secção Geológica Se11a da Canast1a e Vale do Rio Giande Anexa ao Boi
n Q 70
6 - Idem Desemboque-Se11a da Saudade - Idem
7 - Idem Delfinópolis-Cássia - Idem
8 - Secção Se11a da Babilônia-Passos Anexa ao Boi n Q 70
1936 - 9 - Secção Geológica at1avés do Maciço do Itatiaia, de Aüuoca ao Rio Paraíba
Anexa ao Boletim n Q 88, do S G M - Rio
10 - Idem de São Lou1enço a Mangaiatiba, at1avés das Se11as da Mantiqueha e do
Ma1 Anexa ao trabalho sôb1e o Maciço do Itatiaia Rio 1936
11 - Idem Angai-Aiu1uoca-Se11a do Papagaio - Idem
- 56-

12 - Secção Seiia da Cuba-Mina de Níquel de Liviamento Boi n 9 88


13 - Idem And1elândia-Ped1eiia - Idem
14 - Secção attavés das Seiras da Mantiqueita e do Ma1, entre And1elândia e Man-
ga1atiba - Boi n 9 88, do S G M - Rio
1917 - 15 - Secção atiavés do Rio Fa1ias1 no Distiito Fedeial - Anexa ao Boletim n 9 86
- Rio
16 - Coite Geológico no Engenho Pequeno (São Gonçalo) - Anexo ao tiabalho
sôb1e a "Teoria do P10tognais"
17 - Secção Geológicct atiavés da Seua do Mai, do Rio de Janei10 ao Vale do Pa-
iaíba Anexa ao Boletim n • 86, do S G M
18 - Secção ao longo da Se11a da Ca1ioca - Idem, idem
1938 - 19 - 01igem das escaipas e Vales do Rio de Janeiio Anexo ao Boletim n • 93, do
S G M - Rio
20 - Est1utu1a Geológica do Pão de Açúcai Anexo ao Boi n • 93
21 - Fo1mação Tectônica da Ent1ada dct Baía de Guanabaia Anexo ao llabalho
ttabalho Escaipc1s do Rio de Janeiio - Rio - 1938
22 - Pei fil N-S do Pão de Açúca1, rnost1ando a esfoliação pela clivagem tectônica
- Anexo ao Boi n • 93 - Rio
23 - Bloco-Diag1ama1 ilustiando a estiatigiafia e a tectônica, do Bo1do Ocidental da
Entiada da Guanabaia - Boi n • 93
24 - Secção geológica atiavés dos Mo11os do Leme, Babilônia e São João - Idem,
idem
25 - Est1atig1afia e Tectônica do giupo U1ca-Pão de Açúca1 Idem
26 - Secção da E12t1ada da Baía de Gua12abaic1 - Boi n ° 93
27 - Secção atiavés do Giupo do Co1covado Idem
28 29 e 30 - Secções geológicas atravé.s dos Dois Ii mãos Anexas ao Boletim n 9 93,
do S G M - Rio
31 Secção atiavés da Gávea - Em o tiabalho "Esca1pas do Rio de Janeiro"
Rio - 1938
32 - Idem atiavés do Pico da Tijuca - Idem
33 - Idem através do 1110110 da P10vidência - Idem
34 - 41 - Secção através da cidade do Rio de Janeito - Idem
42 - Origem da Escarpa da Nova Cintra - Boi n • 93
43 - Bloco-Diag1 ama expondo o en1 ugamento pi imitii10 da Se11 a da Cai ioca e de
seus Contia/ 01tes
1939 44 a 46 - Secção atiavés dos Calcáieos de São Joaquim, em Campos - Anexas aos
"Má1mo1es do Mmiaé" Boi n 9 97 do S G M
1940 - 47 - A Foz e a Ba11a do Rio Paiaíba do Sul Anexo ao Boletim n ° 96, "Restingas
da Costa do Btasil" Rio 1940
1942 - 48 - A Bacict de Campos na Geologia Lito1 ânea do Pet1 óleo
49 Ciclo evolutivo das Lagunas Fluminenses
50 01igem da Restinga da Me11ambaic1
51 Geologia da Lagu12a de Ma1icá
52 Geologia da Laguna de Saquaiema
53 01igem da Laguna de A1a111ama
194'.> 55 Secção Geológica de Giagoatá à Ilha da Boa Viagem
56 - Ped1ei1c1 de Leptinito no Moiio do Cavalão
1944 - 57 - Secção Geológica do Mo110 da Aimação
58 - Estiutma Geológica do Mo1io da Boa Vista
59 Esboçnr tectônicos at1a11és da Baixada Fluminense
60 Secções geológicas atiavés do Mo110 do Paiol em Maceió
1946 - 61 Secções Geológicas dos aflo1amentos de Giafita em Macabu
- 57-

IV - TRABALHOS INÉDITOS E EM PREPARO

- Ca1ta topog1áfica e geológica do Noite Fluminense


2 - Reconhecimento geológico nas Fazendas de Itaitindiba e São João
3 - Esbôço geológico dos Vales dos Rios Guandu e Itaguaí
4 - Ca1ta geológica do Distiito Fede1al
5 - Caita geológica da Baía de Guanabaia
6 - Mapa geológico do Estado do Espí1ito Santo
7 - Levantamento expedito do Rio Pautná, da Foz do Paiapanema à Cachoei1a das
Sete-Quedas
8 - Reconhecimento geológico no Estado de Goiás
9 - Reconhecimento do Rio Dois Iimãos, no Estado de Mato Grosso
10 - Reconhecimento de Aquidauana à Se11a da Cascavel, Mato G10sso
11 - Idem, de Aquidauana ao Rio T aboco, em Mato Grosso
12 - Idem, de Mi1anda à Se1ia da Bodoquena, Mato Grosso
13 - Secções geológicas at1avés da Seiia da Itaitindiba
14 - Teses ap1esentadas ao Cong1esso Pan-Ame1icano de Engenha1ia de Minas e Geo-
logia, Ap1ovadas (Rio, 1946)

a) Uma Chaminé Vulcânima no Dist1ito Fede1al


b) O Estudo Pe11ogenético Sistemático do Azóico B1asilei1 o
A "MINA DE PRATA" DE ITAOCARA E O ITINERÁRIO
DE JOHN MAWE ATRAVÉS DAS TERRAS
DE CANTAGALO

Professor LUIZ PALMIER


Membro da Academia Niteroiense de Letras,
Presidente do Instituto Fluminense de Cultura,
Membro da Sociedade Brasileira de Geografia e
Consultor Técnico do Diretóiio Regional de
Geografia

São de real valor as riquezas minerais do Estado do Rio de Janeiro Ainda não
foram suficientemente exploradas e menos ainda estudad::is e pesquisadas Conhecidas,
entretanto, desde as mais remotas eras, talvez mesmo desde os séculos XVI e XVII,
foram objeto de grandes preocupações no século XVIII, para passarem a segundo
plano nos modernos tempos, exceção feita das explorações de calcá1io, mica e grafite,
das que mais têm merecido as atenções dos industriais, com as atividades aplicadas,
mais ou menos intensivamente, nesses setores
Ainda uma referência especial deve merecer o estudo dessas mesmas riquezas,
mandado proceder no govêrno do Dr ALFREDO BACKER, quando foram realizadas
amplas pesquisas, em quase todos os municípios, com o objetivo de enriquecer a
representação fluminense na Exposição Nacional de 1908, comemorativa do centenário
do decreto de D JoÃo VI, relativo à abertura dos portos do Brasil à navegação
internacional.
Encarregado dessa delicada missão, com nobilíssimas finalidades, o engenheiro
NoRBERT apresentou magnífico relatório, ainda hoje considerado dos mais completos
repositórios dessas mesmas explorações, na Terra Fluminense
Também ainda não foi mais amplamente estudado, para maior conhecimento dos
coevos, o "ciclo da mineração" ou mais propriamente o "ciclo do ouro" no Estado
do Rio de Janeiro Será motivo de mai01es preocupações dos estudiosos e, particular-
mente, dos mais interessados nas coisas do nosso passado, êsse período áureo da nossa
História Colonial, assim tão rico de lendas e não menos das audacios:is explorações
do precioso metal
Foram essas recordações dêsse passado de glórias e as dessas reminiscências,
assim lendárias, que nos levaram a empreender maio1es investigações para um capítulo
sôbre o "ciclo da mineração", integrante da tese "Mutações Econômicas do Médio
Paraíba do Sul", contingente da representação fluminense ao XI Congresso Brasileiro
de Geografia, reunido em Pôrto Alegre, em maio de 1954, delegação essa constituída
pelo autor e pelo engenheiro Lurz DE SouzA, Diretor do Departamento Geográfico,
Secretário do Ditetório Regional de Geografia e Diretor do "Anuário Geogtáfico do
Est:ido do Rio de Janeiro".
São ainda as mesmas recordações que nos conduzem às referências, embora per-
functórias, à "suposta mina de prata", de Itaocara, estudada por JOHN MAWE, por
- 60-

ordem do conde de LrNHARES e que foi considerada, pelo mesmo cientista, uma das
mais audaciosas mistificações daquela época, correspondente à primeira década do
século XIX (1809) Foi realmente das maiores e, de todo o ehrêdo forjado pelos
mistificadores, pata gáudio dos contemporâneos e ainda maior das modernas gerações,
ficaram no admirável livro "Viagens ao Intelior do Brasil" a belíssima descrição da
região de Cantagalo e as referências à exploração aurífera dos vales dos rios Negro,
Grande e Macuco, representativas de uma era de grandes riquezas e ainda maiores
preocupações em tôrno dessas mesmas reservas minerais
Foram, na realidade, essas explorações, do nosso subsolo, das de maior projeção
da nossa história econômica, embora não correspondendo, em tôda a plenitude, aos
interêsses especulativos dos ambiciosos mineradores e, menos ainda, à expectativa do
Govêrno colonial, assim tão ávido de riqueza fácil e, neste caso, bem mais próximas
da sede da administração do que as ricas jazidas das Minas Gerais
Foram durante muitos anos, desde o último quartel do século XVIII até as
primeiras décadas do XIX, preocupação constante dos mineradores, também chamados
garimpeiros, os depósitos auríferos de Cantagalo, mesmo quando ainda não tinha sido
devassada, para a civilização, essa magnífica região do territólio fluminense, tão tradi-
cional, tão rica, tão bela, tão próspera e tão interessante, menos por êsses famosos
depósitos auríferos do que pelas tradições de cultura do seu povo, pelos gloriosos
capítulos da sua História, pelo renome alcançado pelos seus pró-homens, pelas lendas
que enriquecem os seus fastos, pelo apogeu da sua economia cafeeira ou agro-pecuária,
pela glória intelectual dos seus eminentes filhos, enfim pelo esplendor maior da sua
aristocracia social, quer seja a de origem rural, quer ainda a dos seus limitados mas
ativos núcleos urbanos.
Antes e depois de receber êsse original topónimo, a região de Cantagalo já era
conhecida, em terras do Brasil e de além-mar, pelo muito interêsse que havia despertado,
no sentido da preocupação de fácil riqueza, através da ocupação e da lendária fortuna
de MANOEL HENRIQUE - o "Mão de Luva" - e do seu bando, vivendo miseràvel-
mente e ainda assim atraindo as atenções gerais pelas famosas minas que exploravam.
Todos os contemporâneos que hoje percorrem essas mesmas terras, não somente
alcançando um só município e sim diversos da região serrana, desmembrados do antigo,
criado em 1814, não podem avaliar e menos ainda constatar, salvo por alguns, bem
poucos topônimos - Lavras, Lavrinhas - que ainda são conservados, o muito que
contribuíram essas jazidas auríferas para o povoamento, conseqüente desenvolvimento
e extraordinário progredir de tão decantada região central do Estado do Rio de
Janeiro
Abundante o documentário já reunido, por dedicados pesquisadores, em tôrno
dêsse empolgante movimento migratório, <lutante muito tempo limitado às incursões
do famoso grupo, chefiado pelo "Mão de Luva", mas, incontestàvelmente, com as
máximas possibilidades, conforme foi mais tarde confirmado, para uma intensiva colo-
nização e exploração das mesmas terras, por valores humanos de várias origens, mesmo
antes de alcançarem o apogeu, ql!ando passatam a ser exploradas pelas famílias suíças
e alemãs que constituíram, primitivamente, a colônia do Morro Queimado, atual cidade
de Nova Friburgo, também outrora integrante dos vastíssimos territórios de Cantagalo
Muito haveria ainda para respigar em tôrno dêsses fatos e dêsses feitos, tão
dignos de maiores minúcias, caso não fôsse o único objetivo dêste despretensioso
estudo, de tão limitadas proporções, relembrar aos perquitidores do nosso passado e
-61-

aos estudiosos em geral o extraordinário esfôrço do cientista inglês JOHN MAWE,


que, vencendo dificuldades mil, conseguiu desvendar, ao mundo civilizado, o conheci-
mento de uma terra, assim tão maravilhosa e que apesar da exuberância das, suas
matas, da fertilidade do solo e da variedade dos minérios do seu subsolo, ainda jazia
esquecida e abandonada, sàmente prêsa fácil dos aventureiros e exploradores, aos
quais daria mais fama do que fortuna
Muitos os livros de autoria de brasileiros e alienígenas, publicados em várias épocas,
com as mais minuciosas referências à terra cantagalense, em parte ou no todo.
Reunindo documentário abundante, para a História, de tão vasta região, três são os
magníficos livros que melhor focalizam aspectos fisiográficos, históricos e sociológicos,
particularmente objetivando o estudo dos mesmos panoramas que em outras épocas
tanto impressionariam os visitantes estrangeiros que a mesma percorreram Publicados
pelos distintos intelectuais: M DE TOLEDO PIZA, AcÁCIO FERREIRA DIAS e CLADO
RIBEIRO LESSA, os maravilhosos estudos - "Itaocara - Antiga Aldeia de Indios",
"Terra de Cantagalo" e "Ensaio Biográfico, do Padre Antônio João de Lessa" repre-
sentam valiosíssima contribuição para o conhecimento mais perfeito da região de
Cantagalo
Ampla e eruditamente documentados, os dois primeiros, com verdadeiras precio-
sidades históricas, agora, mais uma vez revestidas, não encontramos, em ambos, nota
alguma referente à viagem de JoHN MAWE, incontestàvelmente, o autor que melhor
descreve a região nos primórdios das explorações agrícolas e da indústria extrativa,
particularmente mineração, esta última já, nessa época, em franco declínio.
Na última das obras citadas, datada de 1929, não menos erudita que as demais,
embora limitada ao estudo da vida de um antepassado do autor, são transcritos alguns
períodos do referido livro "Traveis in the Interior of Brazil", mais tarde traduzido
por SoLENA BENEVIDES VIANA, ainda com uma excelente introdução e notas de
CLADO RIBEIRO LESSA, o incansável estudioso da nossa História, também autor de
tantos outros trabalhos de real valor
Preocupado em salientar a terra cantagalense, nas proximidades da cidade, onde
atuou politicamente o padre JoÃo AN fÔNIO DE LESSA, sàmente transcreve o relato
da viagem no que se refere à vila de São Pedro de Cantagalo, quando é certo que
mais interêsse deve despertar, de um modo geral, o que foi escrito sôbre a mineração;
no caso particular dêste estudo, ainda o que diz respeito ao atual município de
Itaocara, descrevendo a exaustiva caminhada, com a conseqüente estafa, antes e depois
de encontrar o verdadeiro oásis, representado pela confortável residência do Padre
ToMAZ, até chegar à "suposta mina de prata'', mereceria referência mais detalhada
do cientista inglês, em missão oficial do conde de LINHARES, ministro de D J o Ão VI
Representa, na realidade, dos mais preciosos documentários de uma época, de uma
terra e de uma civilização, em período embrionário, êsse entusiástico relatório, em
tôrno das riquezas e belezas naturais dessa vastíssima região, desde as margens pito-
rescas da Guanabara, na foz do Macacu, até as do lendário Paraíba do Sul, no deslum-
brante panorama proporcionado pela antiga aldeia da Pedra, mais tarde curato e
freguesia de S. José de Leonissa, e, após a proclamação da República, município, vila,
-cidade e comarca de Itaocara.
- 62 -

Iniciaremos a transcrição pelo capítulo referente a Cantagalo, seguindo o viajante


ilustre até a "suposta mina de prata", ponto final dessa espinhosa jornada, em tão
boa hora confiada, pelo Govêrno, à competência técnica dêsse cientista

"Cantagalo, embora tão próximo da sede do govêrno só se tornou conhecido há


cêrca de vinte anos
"Está situado no centro de uma região bem arborizada, cheia de nascentes, entre-
cortada por vales estreitos e ravinas"

Prossegue a viagem já com as referências às explorações auríferas, assunto da


predileção do viajante, em excursão oficial de inspeção e preocupado também com
as cogitações de âmbito da História, mais tárde tão bem focalizadas pelo erudito histo-
riógrafo DIOGO DE VASCONCELOS, em sua "História Média das Minas Gerais", ainda
dedicando-se ao estudo das "Áreas Proibidas" e do "Distrito das Minas de Macacu".

"No fundo destas ravinas, outrora existiu ouro, descoberto acidentalmente po1
alguns garimpeiros de Minas Gerais numa de suas explorações no grande rio
Paraíba e no rio Pomba A iiqueza dêsses leitos auríferos e a fertili<lade do terri-
tório circunvizinho atraíram muitos aventureiros que se colocaram sob a direção
de um chefe capaz apelidado "Mão de Luva" porque perdera uma das mãos e
usava uma luva acolchoada em substituição O bando não tardou a atingir a
duzentas ou trezentas pessoas Tiveiam tempo de garimpar todos os lugares da
vizinhança, dignos de serem explorados, antes de se dar por sua presença Homens
muito resolutos, viviam livres do contrôle, desafiando as leis"

Após referências minuciosas à região percorrida e menos amplas à lenda relativa


ao nome Cantagalo, "os agentes, vagando pelas florestas solitárias e amplas nos arredo-
res, descobriram o lugar pelo cantar de um galo: daí o nome Cantagalo, que posterior-
mente lhe foi dado", continuou descrevendo a situação dos índios encontrados, para
prosseguir com a visita ao garimpo de Santa Rita, talvez o único existente, na época,
e terminar com o estudo das demais riquezas.

São do máximo interêsse essas descrições:

"Numa das muitas excursões nos arredores de Cantagalo, antes da minha visita
à pretendida mina de prata, obtive alguns informes sôbre os semi-civilizados abo-
rígines do distrito, de um homem que se dedicava à procura da ipecacuanha e
que é uma espécie de chefe entre êles Habitam as florestas, em condições mise-
ráveis; suas moradas, algumas das quais visitei, são construídas de ramos de ár-
vores, inclinados de forma a suportai o colmo teto de fôlhas de palmeiras; os
leitos, de capim sêco Possuindo poucos conhecimentos da lavoura, dependem para
a sua alimentação, quase por completo, dos arcos e das flexas e das raízes e
frutos selvagens, que eventualmente enrnntrem nas florestas O chefe a que me
referi veio visitai-me, com cêlca de cinqüenta índios, visita que muito me agiadou,
pois me deu oportunidade de examinar suas feições e conversar com os poucos
dentle êles que trocavam algumas palavras em português Os homens vestiam colête
e calças; as mulheres, camisa e saia, com um lenço amanado em volta da cabeça,
à moda das mulheres portuguêsas Tinham as características gerais da raça: a
pele bronzeada, atairacados, rosto redondo, nariz chato, cabelo neg10 e liso, esta-
tura regular, com tendência pata o tipo baixo e musculoso
"Desejoso de assistir à prova da sua perícia e precisão na pontaria, de que tanto
ouvüa falar, coloquei uma laranja a trinta jardas de distância, que foi atingida por
todos que desfecharam seu arco contra ela Apontei, a seguir, uma bananeira, com
-63-

cêrca de oito polegadas de diâmet10, a distância de quarenta jardas; nem uma só


flecha eirou o alvo, embora atirassem de ligeira elevação"

"Durante a minha permanência em Canfagalo, empreendi uma viagem ao garimpo


de Santa Rita, distante cêrca de cinco léguas, a noroeste Depois de at1avessar o
teireno desnivelado, dos arredores da cidade, chegamos ao Rio Negro, co11ente
considerável fo1mada por muitos 1iachos, que desemboca no Pataíba; attavessando-a
penetramos numa bela 1egião descampada, cuja fettilidade se evidenciava pelo vigó1
com que aí cresciam o fumo e outras plantas; mas jazia em estado quase de
abandono e as poucas famílias nela espalhadas apresentavam o mais baixo nível
de indolência e miséria Perconemos mais uma milha, po1 trecho inteiramente desa-
bitado, e chegamos, às duas da tarde, a Santa Rita O minerador recebeu-nos com
muita gentileza e levou-nos a visitá-lo, enquanto preparavam o jantar A lava-
gem faz-se numa profunda ravina, limitada, de um lado, pela colina abrupta e
ablindo-se, do out10, para a planície O humus parece extremamente rico, coberta
a terra de luxuriante vegetação e, nas colinas, de ambos os lados, crescem ái vores
de todos os tamanhos O stiatum de cascalho, abaixo de uma camada de quatro
a cinco pés de profundidade, é muito fino e inegular, não ap1esentan<lo além de
dois pés de espessura e, em muitos lugares, não mais de sete ou oito polegadas
A te1ra inútil é removida com gtande trabalho e despesa, cavada e ca11egada em
caçambas; o cascalho é conduzido com grande cuidado a luga1 conveniente para a
lavagem, aí realizada pelos mineiros mais expelÍentes, de maneira semelhante à
usada nas minas de Jaraguá
"A proporção de ouro produzida eia pequena; fui informado de que rendia para
o chefe de quatorze pence a dois shillings, por dia, o trabalho de cada negro, o
que representava grande lucro, pois a subsistência diária de cada um custa menos
de um penny''

"Depois de investigar êstes trabalhos, fizemos uma excursão de sete ou oito milhas,
principalmente a urna rica planície onde abundava a melhor madeira Nas margens
dos rios, que atravessamos, observei musgo incrustado, alguma coisa semelhante
à turfa, de Matlock; e, com um exame mais acurado, encontrei um sflatum de
turfa em todos os vales, algumas milhas abaixo da superfície, que, como conjeturei,
deve p10ceder de depósitos de substância calcária, pelos transbordamentos dos rios,
depois das grandes chuvas As montanhas mesmo nesta distância compunha-se do
mesmo espato calcário que o garimpo Seria pata desejai que o valo1 dêste ma-
terial fôsse devidamente apreciado na capital, onde o custo da madeira pata ttans-
forrnar as conchas em cal ultrapassa o preço que custalÍa a trazida de Santa Rita,
se se constrníssern estradas transitáveis dêste distrito a Pôrto das Caixas"

Continuaria agora o viajante em verdadeira peregrinação, através de montes e


vales, excursão das mais arrojadas, com destino às margens do Paraíba do Sul, já bem
próximo da a_ntiga Aldeia da Pedra, atual Itaocara, quando fui hóspede do Padre
ToMAZ DE NossA SENHORA DA CONCEIÇÃO, o famoso Frei ToMAZ, fundador da
aldeia e tão justamente elogiado pelo consagrado historiógrafo desembargador TOLEDO
PIZA, autor dessa admirável obra já citada "Itaocara - Antiga Aldeia de Indios".
Será esta a etapa final desta modesta contribuição para o estudo das nossas
reservas minerais, particularmente dêsse passado de glórias, tão justamente exaltado
pelo excursionista inglês, assim contribuindo, com valioso contingente, para focalizar
alguns dos mais empolgantes aspectos da nossa natureza, bem como dos nossos depó-
sitos de minérios, dos costumes de uma época, na qual predominavam os semi-civilizados
ao lado dos selvagens e alienígenas civilizados, mas todos tendo o objetivo comum de
explorar, mais ou menos intensivamente, as riquezas dessa terra, outrora tão pródiga
- 64-

e dadivosa, para apresentar-se, agora, devastada, espoliada e esgotada, pela incúria


maior dos seus possuidores Contrasta, na realidade, tôda essa descrição, correspondente
a uma pujança e aos esplendores, tão bem caracterizados, uns e outra, com o estado
atual de um quase deserto, onde apenas confundem-se, nesta última fase, as pastagens
infindas, muitas vêzes sem a sombra protetora de uma única árvore para o descanso
do gado, com as reservas abundantíssimas do melhor calcá1io, somente agora, quase
século e meio após as pesquisas do cientista inglês, sendo alvo, ainda estas, da espe-
culação por parte das poderosas emprêsas interessadas na fabricação do cal e do
cimento
A "pretensa mina de prata", motivo principal de uma excursão por terras
precàriamente exploradas, em princípios do século XIX, constituiu, entretanto, motivo
de máxima valia para uma das mais brilhantes páginas da nossa história econômica,
escrita por um viajante estrangeiro, identificado com as coisas da nossa terra e com
a nossa gente, na época, talvez o único capaz de avaliar da amplitude da mistificação,
tão bem urdida, por alguns ignorantes, com o objetivo lucrativo da valorização das
terras e conseqüentes transações das mesmas por elevados preços Dos mais empolgantes
é o capítulo referente ao encontro com o Padre TüMAZ e com os forjadores dessa
grosseira encenação da "mina de prata"; ainda mais decepcionante o resultado final
de tão arriscada quão temerária emprêsa

Merece transcrição integral todo êsse final do minucioso relato:

"Pe1manecemos dois dias em Santa Rita e nos seus a11edo1es e, no te1ceüo, pre-
paiamo-nos parn pa1tir, voltando pelo mesmo caminho Em alguns lugares vimos
nume10sos bandos de pássa10s, p1incipalmente papagaios, alguns espécimes de galos
selvagens da f101esta, sendo estas as únicas coisas que nos despeltatam atenção
Chegamos a Cantagalo sem encontta1 nenhuma se1 pente monst1 uosa ou quaisquer
out10s se1es ano1mais, que os viajantes, em geia!, vêem ou fantasiam, num país
estianho
"Depois de alguns dias de 1epouso, palti, acompanhado de um guia, pata a su-
posta mina de ptata, mandando p1eviamente p1evenü os homens da minha chegada
"Andamos cê1ca de duas milhas, por vale p10fundo e chegamos a um rio de foi te
co11ente>:a denominado Macuco que co11e ent1e duas montanhas quase pe1pendicu-
la1es, de pouca altu1a, e po1 uma delas se estende a estiada, em petcmso de
milha e meia
"Deixando pata tiás esta somblia e peligosa iavina continuamos po1 meia légua,
fazendo alto em agiadável fazenda, denominada Machado, com uma átea de te11a
boa, bem cultivada, ao seu 1edo1, que se assemelhava a oásis no dese1to"

"Deixamos essa habitação tlanqüila e, avançando po1 seis milhas atiavés de matas
e f101estas e sôb1e algum te11eno plano, alcançamos a fazenda denominada Santo
Antônio, pe1tencente à uma viúva chamada DoN' ANA, que é conhecida em tôda
a 1egião po1 fablica1 excelente manteiga e queijo"

"Exibüam-nos va11as amostlas de te11a, cuidadosamente embrulhadas e gua1dadas


em giande seg1êdo, sob os nomes de platina, p1ata etc Não eiam senão nistais de
minélio de fe110 biilhante e püitas
"Andamos uma légua por essa bonita 1egião, alcançando o 1io Gtande, coirente
tão la1ga quanto o De1went, em De1by, que attavessamos de canoa, com as mulas
a nado, como de costume Passamos po1 vá1ios grnpos de abo1ígenes e ocasional-
mente vimos muitas de suas cabanas e aldeias"
- 65 -

"Depois de prog1esso vagaroso, difícil e tardio, chegamos, ao pôr do sol, à casa


do Padre ToMAZ DE NoSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, que bondosamente nos acolheu
para passar a noite
"A casa era nova e bem construída, possuindo apenas quatro l?eças, tôdas assoa·
lhadas, confÔrto raro nestas paragens
"Estava completamente circundada por belas correntes, com inúmetas cascatas, que
tornavam as estradas, em qualquer época, ruins e, na estação das chuvas, quase im-
praticáveis O padre, homem inteligente e industtioso, contou-nos que tomata rnnta
dêste terreno quat10 anos antes, possuía um neg10 e o único capital de que dis-
punha para prosseguir com a empieitada eram sete ou oito libras por ano, que
iecebia de sua profissão religiosa e despendia nos pagamentos aos tiabalhadoies
Most10u-nos a sua horta, cheia de bonitos pés de café e conservada na mais per-
feita ordem; seus campos estavam cobertos de milho; possuía apenas uma boa
vaca leiteira, alguns porcos e uma mula Ao indagar lhe como negociava sua pro-
dução, respondeu-me que os compradores vinham até ali adquiri-la"

"Padie ToMAZ vivia mais confortàvelmente do que qualquei outia pessoa que
eu encontrata até então, neste distiito; era econômico, mas não usuráiio; de sen-
timentos liberais, conversação franca e comunicativa e maneiras polidas
"Aqui me encontrei com os descobridoies da pretensa mina de prata, que vietam
sei vir-me de guia Paitimos a pé e, depois de caminharmos por seis milhas,
vadeando 1ios e atravessando ceiradas matas, que não me deixavam uma peça de
roupa sem tasgão, chegamos à miseiável cabana dêsses pobres homens; conttaste
perfeito com a asseada residência do Padre ToMAZ
"Nunca, em minha vida, me sentira tão extenuado; atitei-me ao chão, incapaz
de prosseguir, e descansei cêrca de uma hora, quando, sentindo-me mais reviJiorado,
acompanhei os homens, pelas maigens de uma linha corrente, até o sopé da
montanha, onde me mostratam um buraco poi êles cavado, com cêrca de dois
pés de profundidade, informando-me estai a aieia do fundo cheia de grãos de
prata Oidenei removessem celta quantidade e fui examinar a base da montanha,
que descobri sei de gianito, semelhante ao gnaisse, com gtahadas e pequenos cris-
tais de piritas
"Pióximo dêste lugar, na maigem do lÍacho, existem pedtas tedondas e areia, mas
em paite alguma encontrei qualquer substância metálica, exceto a acima mencionada
Na verdade, a própria idéia de aqui existir ptata em pó ou em gtãos, seria absurda
e contrária a qualquer princípio da natureza, porque, em tal estado, provàvelmente
seria atacada pelo enxôfre das piritas e tomaria a forma de sulfuieto
"Voltei exausto à casa do Padre ToMAZ, onde piocedi ao exame da areia e das
pedras ieco!hidas na suposta mina de ptata Mas não encontrei a menor partí-
cula do metal Pedi aos homens deixassem-me ver suas amostras e tratei-as pelos
ácidos e do maçarico, mas a piata não apareceu Depois de muitos equívocos, admi-
titam havei esfregado e batido as substâncias até ieduzi-las a pó e, quando encon-
ttaram minério de feno especular, pensatam tratar-se de prata, sem a menor
dúvida
"Parecia piovir, poiém, segundo tôdas as possibilidades, de um balde ou de co-
lher velha, esfregados numa pedia e misturados com uma substância pulverizada
A farça não podia manter-se; acuseio-os de maneira franca, de impostura, o que,
depois de alguma hesitação, confessaram; um oficial que estava comigo, tê-los-ia
prendido, mas eu o contive, pois, tendo obtido a confissão, não me encorajava a
puni-los ou a torná-los mais miseráveis do que eiam mandando-os para b exéicito".

"Concluída a investigação despedi-me do Padre ToMAZ e voltei a Cantagalo, onde


prepan;i meus papéis para um relatório, conforme me pedita o Conde de Linhares".

-5-
- 66 -

"Fiquei dois dias com o Capitão FERREIRA e, no te1ceÍlo pa1ti, pela manhã, paia
Pôito das Caixas, onde cheguei às duas hoias, com uma jornada de t1inta milhas,
tendo ficado detido, p01 algum tempo, pois o rio estava cheio de navios caue-
gados de toros de madeiia, destinados à capital Assim que a navegação ficou
suficientemente liv1e, embarquei num giande ba1co, com cêrca de dez toneladas
de ca1ga e, iemando tôda a noite até a foz do iio, navegamos com biisa teues-
tle e chegamos ao Rio de JaneÍlo ao meio dia Meu piimei10 cuidado foi in-
fo1ma1 Sua Excelência, o Ministro, do meu iegresso, depois do que gastei dois
dias elabotando um ielató1io da minha viagem, paia lhe sei ap1esentado Êle 1eLe-
beu-o de maneila a mais simpática e levou-o a Sua Alteza Real, que teve a com-
placência de declarar merecei sua aprovação o meu relatório sôb1e a região po1
onde viajara"
DOMÍNIOS DA GEOGRAFIA(")

Confe1ência iealizada a 18 <le novemb10 de 1954,


pelo engº Lurz DE SouzA, no Salão Nob1e da
Associac,ão Come1cial de Nite1ói, no Palácio do
Comé1cio, sob o pat10dnio da Associac,ão Flumi-
nense de Engcnhci10s e Atquitetos

A REDAÇÃO

CAPÍTULO I

ESSÊNCIA, CONCEITUAÇÃO E POTENCIAL DA GEOGRAFIA

Ao instala1em-se os ttabalhos do XI Congresso Brasileiro de Geografia, na e.idade


de Pôtto Alegre, no Rio Grande do Sul, em maio dêste ano de 19'54, compareceram
afeiçoados e estudiosos da geografia de todos os quadrantes do país Sem dúvida, a
preocupação máxima, de todos quantos ali se achavam c.ongregados, era a de conttibuir,
com a sua parcela, para a maior difusão de conhecimentos geográficos de feic,ão inédita,
conquistados no labor cotidiano, no âmbito de ação em que cada qual se achava
colocado
Os assuntos, objeto de estudo, discussão e apuração de seus verdadeitos valores,
distribuíram-se pelos setôres da geografia histórica e história da geografia; pela geo-
grafia matemática, física, humana, econômica, política e regional, pela biogeografia,
didática da geografia, metodologia da pesquisa geográfica e nomendatma geográfica.
Até há uns trinta anos atrás o estudo da geografia limitava-se a uma descrição,
um tanto árida, da tena e de seus habitantes, acompanhada de leituras perfuntórias
de atlas e mapas murais
No entanto, o progresso ultimamente alcançado, neste ramo da oencia, vem
projetando o plano da geogiafia, numa das mais elevadas posições em ielação às
demais atividades científicas E é bem justificado êsse avanço de vez que a influência
da geogiafia não atinge tão sàmente o domínio da histótia, como até bem pouco se
consideiava, mas invade o terreno das realizações humanas, nas ttansfo1mações operadas
pelo homem, nas conquistas do saber e nas suas aplicações, nesse movimento, enfim,
que resplandece na imponência da civilizac,ão atual, cravejada das mais empolgantes e
surpreendentes cristalizações do engenho evolutivo
Dêste modo concebida, longe estamos de reconhecer na geografia hodierna aquela
concepção antiga que a igualava quase a um catálogo de nomes As suas raízes hoje

::: Não fotam taquigtafadas as exposições orais do conferencista, razão pela qual não constam do texto
aqui publicado Por outro lado foi inserida a paite da conferência que não pôde ser lida pela necessi<l.ade de
limitar o tempo
68 -

aprofundam-se e prolongam-se em vários sentidos, sem perder a unidade central, de


onde lhes advém o senso controlador e o seu sentido substancial. Nos seus amplos
horizontes nem só se cogita de pesquisar os contornos dos acidentes geográficos,
expostos aos fenômenos telúricos ou a influências cósmicas exercidas sôbre o planeta,
mas das relações do homem com o meio físico a que está sujeito e em que atua,
com as reservas do seu desenvolvimento intelectual Prodigiosas fôrças que impulsionam
o crescimento vertiginoso de nossa pátria, apoiam-se na ciência geográfica, de onde
tiram recursos poderosos para a alimentação das fontes produtivas para o planejamento
e conseqüente execução das vias para o transporte e para outros valiosos adventos da
riqueza nacional.
Empolgados pelos memoráveis êxitos da cultura geográfica, alguns milhares de
técnicos, disseminados pelo orbe, dedicam tôdas as suas horas à patriótica tarefa de
revelar, não só as realidades latentes dos seus territórios, como as perspectivas edifi-
cantes de um viver superiorizado, em planos mais elevados da civilização. Para êstes
aspectos con,vergem os pensamentos de todos os geógrafos, ocupados com os problemas
da geografia, n-0 sentido universal, e dessa fôrça condensada pela união dos anseios da
mesma natureza é que as iniciativas e as realizações brotam, florescem' e frutificam,
oferecendo ao mundo o espetáculo invulgar de uma soma considerável de empreendi-
mentos, direta ou indiretamente associados aos princípios fundamentais que norteiam
os trabalhos relacionados com as pesquisas geográficas E, no entanto, estamos apenas
no início de um programa revolucionário de ação e reação da própria ciência na
batalha travada pela emancipação dos direitos humanos, em que ocupa a geografia o
seu lugar de insofismável destaque e de projeção
Muitos dos que se interessam pelos estudos das questões sociais acompanham,
com entusiasmo, o desdobramento das especialidades que têm a sua origem em alguns
dos aspectos da geografia cientifica E isto, não porque a sociologia seja matéria
que se possa qualificar na órbita das generalidades geográficas, em que o homem e a
terra se confundem em suas influências recíprocas, mas devido à circunstância de que
os reflexos das cintilações geográficas se reproduzem no campo da sociologia, para
resplandecer em suas atividades. De igual modo a geologia, botânica, zoologia, etno-
logia, economia política etc. são ciências colaterais que se dilatam caminhando ao lado
das evoluções geográficas. Entretanto é de se notar que os traços que separam a
geografia das ciências vizinhas não se definem por linhas rígidas, senão por zonas ou
faixas em que as influências se interpenetram de maneira suave e em contactos harmo-
niosos e um tanto indefiníveis.
A cartografia, com a apresentação de mapas corográficos, históricos, econom1cos,
regionais e outros presta à geografia contribuição valiosa no sentido gráfico e constitui
um dos veículos mais eficientes para o seu estudo e difusão. A cartografia deve a
sua mais expressiva representação à geografia matemática, ciência de nível superior
que nestes últimos tempos tem alcançado, especialmente no campo da aerofotograme-
tria, as mais brilhantes conquistas A cartografia assinala o objeto ao passo que a
geografia articula a técnica da sua representação Acontece, entretanto, que grande
parte do público leigo imagina que a principal tarefa da geografia cartográfica se
resume em traçar, com justeza, as novas fronteiras territoriais, quando elas periodica-
mente se alterem, em função da evolução política. Felizmente, graças ao evidente
surto geográfico universal e ao crescente número de geógrafos que surge nos campos
selecionados, em que se acham os problemas ligados a essa especialidade, é que, pouco
69 -

a pouco, a luz vai se fazendo no espírito daqueles que não se haviam apercebido da
realidade patente
Nos planos elevados da cultura, nunca chegaremos a esgotar o assunto a êles
pertinente Atendendo às próprias condições de expansão a que está submetido o
Universo, tôda a ciência obedece a essa mesma lei expansional e indeclinável, não se
excetuando, bem se vê, a ciência geográfica Contida, como esteve, nos limites de
acanhadas proporções, eis que, forçando passagem pelas numerosas fendas que se vão
abrindo nas desgastadas muralhas contendoras do seu progresso, avança hoje, desteme-
rosmente, a procura de novos horizontes, nos confins distantes Corrobora, na formação
dessas correntes torrenciais, o gênio dos geógrafos que se dedicam, integralmente, com
o poder das suas convicções e a fôrça dos seus conhecimentos, a essa sua formosa e
cívica tarefa profissional Como pela união tem-se a fôrça, a coligação de pensamentos
geográficos atua como incentivo permanente, na descoberta de novos rumos, na dila-
tação de normas estabelecidas e na difusão de princípios firmados, sôbre bases cons-
truídas com o auxílio de concepções, cada vez mais apuradas, seguras e modernas O
ser humano, de modo geral, manifesta-se atraído pela geografia, muito embora nem
sempre perceba que o objeto do seu interêsse repousa no setor geográfico Já na
infância, qual o aluno que não se sente encantado diante de um atlas colorido, em
que possa traçar planos de viagens maravilhosas? Além da idéia de proporção que
lhe dá a visão cartográfica, no cotejo das ampliações territoriais, inda divaga o seu
pensamento, ordenando imagens quanto à maneira de viajar, sôbre o modo de viver
de outros povos, dos quais já tem ouvido falar, e daí advindo uma série de evocações,
muitas delas tatpbém sugeridas pelo cinema Assim se inicia o ser na disciplina
geográfica, para adquirir com o tempo o que os geógrafos denominam de "senso
geográfico'', princípio pelo qual começa o adolescente a compreender a sua posição
na comunidade humana e a encontrar no "senso mundial" o caminho para a sua
educação social e cívica Cabe, evidentemente, aos professôres de geografia armarem
o cenário, co~ os painéis precisos, para que o efeito seja justamente o apontado
Na realidade, conduzir o aluno a raciocinar geogràficamente em relação aos fatos
terrestres, inclusive os que passam por cima das fronteiras, é levá-lo a compreender
a vida pelo seu verdadeiro sentido, demonstrando que a pátria é uma simples parcela
de um todo universal, habitado por uma comunidade semelhante a de que faz parte
Com êste critério pode-se concluir que o estudo da geografia, tomrndo-se por base
o intercâmbio artístico, intelectual, social, comercial, cultural e moral, aproxima os
povos, quebrando, em parte, o isolamento estabelecido pelo rigorismo das fronteiras.
No estudo da geografia econômica e humana divisam-se as diferenciações exteriores
com que se assinalam as peças completivas, cada qual com o seu formato, que consti-
tuem a estrutura do conjunto geo-humano, edificada com uniformidade, harmoniosa-
mente, como convém às leis sistemáticas da Natureza Dentro desta criação idealista
do pensamento repousa o princípio de unidade da geografia
Para que os discípulos, no entanto, adquiram essa mentalidade geográfica venti-
lada forçoso é que sejam encaminhados no estudo dessa disciplina por mestres capaci-
, tados, que não tenham obedecido ao método da improvisação, mas que sejam realmente
devotados ao mister Fácil é reconhecer que não basta fazer um curso universitário
para se tornar alguém um professor de geografia de nível superior Do mesmo modo
que biologistas, físicos e químicos completam os seus conhecimentos nos trabalhos de
laboratório, assim também os mestres de geografia necessitam de um estágio no labo-
- 70-

ratório terrestre a fim de consolidarem os ensinamentos e apurarem o preparo peda-


gógico Uma cuidadosa formação cultural e profissional não é suficiente para capacitar
o professor na lide especializada, mormente no campo da geografia, porque a vocação
precisa ser o fator aliado fundamental A perfeita consciência desta verdade assume
dia a dia maiores proporções, em benefício do conhecimento, cada vez mais aperfei-
çoado, da matéria As escolas de filosofia estão contribuindo de maneira vig01osa no
preparo de uma elevada mentalidade geográfica, ministrando aos seus discípulos conhe-
cimentos teóricos e práticos no terreno da geografia humana, econômica e física Nos
vários Congressos de Geografia que se vêm realizando no país, lá estão, de cadernos
de apontamentos em punho, turmas de estudantes, àvidamente interessadas nos proble-
mas em foco, quando se lhes dá a oportunidade de ouvirem os debates, de trabalhos
ainda não divulgados, adredemente preparados por mestres ou por dedicados estudiosos
do assunto :Êstes conclaves culturais geográficos são considerados como da maior
relevância no sentido de erguer, sempre mais, o nível do saber, daqueles que se
encontram na linha avançada de estudos com base científica, pois dêles, dos conclaves,
emana a ordenação dos princípios que irão nortear os trabalhos p1áticos e os ensinos
teóricos Graças a tal compreensão e entendimento, a evolução desta especialidade se
processa num ritmo acelerado e emancipador. Os novos geógrafos auxiliares eficientes
que são do progresso, entram na vida prática, saídos das escolas especializadas, com
cabedal valioso para enfrentar os variados aspectos da conceituação geográfica e,
agindo com o preparo que lhes foi incutido, enveredam por caminhos seguros que os
conduzem à meta exata Há, hoje, dados numerosos, conquistados pela experiência,
em pesquisas demoradas, que emprestam ao profissional os meios indispensáveis de
encontrar as soluções dos seus problemas técnicos Dêste modo, no campo da geografia,
os resultados têm sido amplos e satisfatórios e a coletividade vem usufruindo dêles
os seus benefícios Assim, bem aplicado o senso geográfico no exame das transforma-
ções dos panoramas terrestres, pela ação do homem, melhor se verifica a extensão desta
influência, que atinge significativa atuação nos liames que distinguem a solidariedade
humana Com esta percepção vemos a geografia estender as suas raias, de maneira
persuasiva, pelos campos adornados da filosofia Dentro de perspectivas culturais a
geografia alarga e aprofunda os seus domínios à medida que se expandem seus
estudos, suas pesquisas e aumenta a equipe dos devotados e especialistas
O Brasil, através de sua entidade geográfica máxima, o Conselho Nacional de
Geografia, mantém-se atualizado com todos os progressos dessa ciência; no âmbito
da geografia matemática está o Conselho intimamente ligado ao Geodetic Survey, de
Washington, nos Estados Unidos, para onde envia, anualmente, alguns de seus
técnicos de maior aptidão, com o fim de ali estagiarem o tempo necessário ao aperfei-
çoamento de determinada técnica especializada. De igual modo, aquela modelar Insti-
tuição norte-americana também manda para cá, de quando em vez, um ou dois dos
seus assistentes, com o fim de aumentar o vigor das nossas equipes e colaborar na
solução dos nossos problemas, num verdadeiro intercâmbio de confraternização geo-
gráfica Os países americanos, por intermédio da União Geográfica Pan-Americana,
em que todos êles estão representados, encaram o problema geodésico das três Américas,
no sentido de firmar uma unidade única, daí advindo uma comunhão de idéias, ,.uma
assodação de pontos de vista na padronização dos trabalhos, de alto valor para uma
realização de conjunto. Técnicos franceses, dos mais abalisados, têm sido contratados
pelo Conselho, para, em cursos especializados naquele órgão e nas Universidades do
-71-

Rio de Janeiro e de São Paulo, iqiplantarem os melhores métodos de ensino e de


pesquisas, adotados na alta esfera ,da civilização européia com º'·objetivo, plenamente
vitorioso, de despertar em nosso meio um interêsse crescente, superiorizado, pela
geografia econômica, de recursos naturais, pela geografia física, didática, de transportes,
humana e regional. Hoje, dentre os nossos intelectuais da geografia, contamos co.ni
figuras de mérito excepcional, patrícios que em qualql!er país podem sobressair pelo
brilho da sua cultura e da sua especialidade geográfica Estes são os que em nossa
Terra animam os Congressos, dando-lhes um cunho expressivo de substancioso valor
educativo e moral, com que muito elevam, no exterior, os foros conquistados, na for-
mação estrutural de nossa civilização
Deve-se, pois ao Conselho Nacional de Geografia e à excelência da sua organiza-
ção, o auspicioso evento de figurar o Brasil na vanguarda do progresso geográfico
mundial O seu esquema estrutural, arquitetado genialmente, encerra um sistema de
serviços geográficos 'que, na realidade, merece exaltação Dispõe o Conselho do
Diretório Central, na Capital da República, de vinte Diretórios Regionais, ~om sede
na Capital de cada Estado da União e de quatro Diretórios, cada qual situado na
respectiva sede dos Territórios continentais. Os Diretórios são órgãos federais delibera-
tivos e opinativos, na Unidade Federada, e atuam, harmoniosa e coerentemente, com os
órgãos geográficos executivos estaduais, na consumaçãd' dos mesmos objetiv9s e para
maior êxito dos empreendimentos O ôrgão Central dispõe de recursos próprios
consignados no Orçamento Geral da República, e é o Düetório Regional das Unidades
o veículo competente para, não ~ó estabelecer a articulação dos serviços técnicos esta-
duais, com os federais, como ainda canalizar recursos financeiros para a realização de
importantes trabalhos do domínio estadual, que sàmente por êsse meio chegam a ser
executados, mormente em se tratando de Estados em que as receitas são relativamente
dimfoutas O fator cooperação, nesta comunhão de interêsses, atinge a sua mais alta
expressão Anualmente, reune-se o Conselho, erri Assembléia Geral, em que tomam
parte os membros do Diretório Central, que é constituído de um represntante de
cada Ministério, e um delegado de cada Diretório Regional Aí são 2preciadas e
discutidas as atividades geográficas verificadas em todo o Brasil, no ano recém-extinto,
e votadas as Resoluções que melhor sustentem, a posição cada vez mais ampla, do~
trabalhos em desenvolvimento Estes conclaves anuais revelam-se de incalculável
proveito, de vez que são os problemas e dificuldades atacados de frente, por uma
equipe especializada e que, de ano para ano, se torna mais experiente e com maior
tirocínio, nq exercício das suas funções geográficas É de se louvar a ação patriótica
do Conselho Nacional de Geografia que, além das operações descritas, ainda exerce
a sua influência de confraternização, estimulando aquêles que, de longe, apelam para
os seus recmsos, com aquela ansiedade cívica de ver a sua tarefa geográfica atingir o
coroamento planejado
O Conselho Nacional de Geografia e o Conselho Nacional de Estatística formam
as duas alas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ôrgão paraestatal,
diretamente ligado ao Presidente da República Deve-se ao eminente brasileiro Dr
MÁRIO AUGUSTO TEIXEIRA DE FREITAS, como expoente principal, a criação do I B G E
e, conseqüentemente, estará essa figura idealizadora, de invulgar capacidade intelectual,
intimamente ligada, por tod.o o sempre, aos trabalhos geográficos do Brasil O seu
nome é mencionado nas solenidades geográficas, como um dever de gratidão a quem
tanto fêz pela pátria comum, insti~ujndo, com organização moc;!e!ar, essas duas ativi-
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dades de inestimável valor: a Estatística e a Geografia Ambas se completam, ambas


correm paralelamente em busca da realidade, procurando demonstrar o que é o
Brasil, na sua imponente grandeza E essa demonstração vem sendo feita, objetivamente,
com dados palpáveis e concretos, que se acham ao alcance daqueles que dêles necessitem
Pelo lado geográfico poderemos dar maior incisão às nossas afirmativas e é o que
nos estamos propondo a fazer.

* * *
CAPÍTULO II

REALIDADES GEOGRÁFICAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

a) Recuperação econômica da Baixada Fluminense

A Baixada Fluminense ainda é um vasto celeiro em potencial A sua área, de


cêrca de dezoito mil quilômetros quadrados, abrange no todo ou em parte os municí-
pios de Campos, Macaé, Conceição de Macabu, São João da Barra, Casimiro de Abreu,
Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Araruama, Silva Jardim, Rio Bonito, Saquarema,
Maricá, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Cochaeiras do Macacu, Magé, Duque de
Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis e ltaguaí, e, além dêstes, o
Distrito Federal. A sua população, segundo o recenseamento de 1950, excluindo êste
último, é de 1 268 596 habitantes
Verifica-se que, no cômputo da área rural da Baixada alguns milhares de quilô-
metros quadrados de terras estão em completo estado de abandono Evidentemente não
é possível manter por mais tempo essa situação, quando, nos centros de consumo
próximos, a carência de gêneros alimentícios se faz notar de maneira impressionante
A utilização das glebas incultas da Baixada é pois uma nc;cessidade que se impõe,
dia a dia, com maior urgência e a transformação delas num amplo parque agropecuário-
industrial será imperativo inadiável.
Vale reafirmar que a transformação que se operar, no ato de recuperação econô-
mica da Baixada, há de abranger o desenvolvimento industrial correlato, uma vez que
a indústria não passa, em grande parte, de uma atividade integrante, interdependente,
das produções do solo e subsolo
Os proprietários das numerosas terras incultas da Baixada são, em boa parte,
latifundiários, herdeiros desprovidos do interêsse agrícola, e ex-credores hipotecários,
que passaram a donos do imóvel, os quais podem aguardar que a valorização atinja
níveis mais elevados. Esta situação não se modificará ràpidamente, pelo menos enquanto
não se promover a colonização dirigida, baseada em lei, em que os aspectos variados
do problema tenham de ser atendidos.
Não se concebe, para exemplificar, que os Estados do Rio Grande do Sul, São
Paulo e Goiás tenham de mandar arroz para o mercado do Rio de Janeiro, quando,
a uma hora de automóvel dessa Capital, existam, na Baixada, terras próprias para
a cultura dêsse cereal, que poderá ser produzido em quantidade suficiente para
atender às necessidades de consumo da grande metrópole citada A iniciativa parti~
cular, mais desenvolvida neste caso, nada teria que esperar dos poderes públicos, para
realizar, na região referida, um considerável incremento da produção rizícola, pois as
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estradas de rodagem, de primeira classe, cortam em vanos sentidos as terras sem


cultura, ali situadas. Por aí se vê que, sem a iniciativa particulai; transformadora,
sem o recurso do capital popular aplicado, adequadamente, em regiões favorecidas
pelo serviço público, não se poderá atingir o objetivo, tão procurado, de minorar
as dificuldades reinantes, derivadas do alto custo de vida
As terras abandonadas em tôrno das grandes metrópoles são uma das causas
determinantes do encarecimento da vida e do desassossêgo, da inquietação em que
vivem os povos torturados pela insuficiência da ração alimentar É o caso da
Baixada Fluminense; é uma área imensa, em tôrno da qual está concentrad.a cêrca da
metade da população do Brasil, tendo em vista os habitantes do próprio Estado do
Rio de Janeiro e Distrito Federal e mais os dos Estados circundantes de São Paulo,
Minas Gerais e Espírito Santo, área essa que não pode deixar de ser aproveitada,
intensivamente, com tôda a brevidade, se não quisermos correr o risco de ver cada
vez mais agravados os já cruciantes problemas de alimentação, nesta região do país.
Pela sua importante localização geográfica tornou-se a recuperação econômica da
Baixada um assunto de âmbito nacional, porque, como estamos observando neste
registro, a sua solução exercerá influência direta e preponderante na parte do território
nacional ocupada pelas populações mencionadas e, com especialidade, na que se refere
ao Distrito Federal.
Três poderes públicos, a saber, os governos Federal, do Distrito Federal e do
Estado do Rio de Janeiro, hão de se unir à iniciativa particular para, em ação con-
junta, promoverem a recuperação econômica da Baixada Fluminense Esta patriótica
tarefa terá de ser regulada por lei federal e os seus dirigentes escolhidos dentre técnicos
de abalisada reputação,
Há no território em aprêço um número considerável de moradores, dispersos,
vivendo em palhoças de barro, cobertas de sapé, em estado de miserabilidade, devido
ao isolamento em que se encontram, desprovidos de elementares noções de higiene,
atacados pela doença e pelo desânimo, com minguadas esperanças de sair daquela
situação calamitosa. É gente que pode e precisa ser recuperada, pois não deixa de
constituir um valor humano apreciável, desde que convenientemente tratado
O caboclo da Baixada é homem de confirmada resistência física e, não obstante
os males que o assoberbam, é capaz de suportar grandes sacrifícios e sair vitorioso de
árduas tarefas, que lhe sejam atribuídas Habituado à renúncia e à carência das
principais utilidades humanas, encara resignado a realidade da vida e com formação
cristã enfrenta corajosamente as agruras da existência Ao tempo em que havia impa-
ludismo na Baixada, viu êle o alfange da morte ceifar vidas do seu conjunto familiar
e essa prova contribuiu para retemperar a sua alma, e enrijecer as suas fibras morais
Pode-se assegurar que o caboclo da Baixada que resistiu aos duros embates na luta
pela subsistência, já está automàticamente selecionado pela Natureza e em condições
de participar, quando fôr o momento, das novas lides, que forem planejadas, para a
recuperação econômica, do seu torrão natal e da sua grei
Para a recuperação do valor humano radicado na Baixada torna-se útil a mescla
com o alienígena, conhecedor de outra técnica, habituado a viver diferentemente,
animado quiçá de melhores esperanças e ambicionando a seú modo, as suas conquistas
A êstes o aborígine dará também a sua contribuição, através de seus conhecimentos,
suas experiências e dificuldades. Ambos se integrarão numa realização de maior
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equilíbrio, em que entram em linha de conta as compensações mútuas e os resultados


de ações práticas
Muito se tem dito e escrito acêrca de colonos portuguêses, espanhóis e italianos,
dentre os latinos, com respeito aos seus invulgares atributos, mas pouco se conhece
da colonizaçfo francesa. No entanto, o colono francês distingue-se, também, por
excelentes qualidades; é persistente, idealizador, profundamente apegado ao solo,
planejador, evolucionista e hábil controlador das suas finanças Não são aventureiros;
gostam do cooperativismo e empenham-se a fundo nas suas realizações Gozam de
saúde, são fottes e alimentam-se sadiamente O Brasil, para êles, será um país ideal
Os agricultores franceses não se estão sentindo bem nas Colônias, Possessões e Proteto-
tados da Fiança Há por ali inquietude e mal-estar Os pequenos agricultores franceses
da Indo-China talvez sejam os que mais almejem transladar-se para climas tropicais,
menos expostos às incertezas do dia de amanhã Grande número dêles possui as
economias suficientes para encetai novo rumo em novas terras São, pot isso, colonos
indicados, que, além de especializados em determinadas culturas, particularmente de
cereais, podem suportai económicamente a primeira fase do desbravamento, com os
recursos financei10s próptios, e manterem-se, enquanto não se fizerem as colheitas
1111oa1s Colonos franceses-marroquinos estão em semelhantes condições, desejosos de
poderem encontrar terras colonizáveis na Baixada Fluminense, onde possam desenvolver
as suas aptidões agrícolas, no cultivo de gêneros de primeira necessidade O mais
difícil no problema de colonização da Baixada, com o fim de se conseguir a fixação
do homem selecionado ao solo, está em se poder criar condições propícias a êsse
homem, na remoção de tôdas as dificuldades que embaracem o objetivo Para isso,
só um órgão Público, convenientemente planejado e aparelhado, daria ao colono as
referidas condições adequadas, indispensáveis ao êxito da colonização Com esta fórmula
consumar-se-ia uma secular aspiração, em parte nacional, que é a recuperação econômica
da Baixada Fluminense Esforços estão sendo desenvolvidos no sentido de ser criado
o citado órgão, pois a sua necessidade é uma idéia já amadurecida, no espírito de
quantos vêm focalizando o problema, e com ansiedade desejam a sua solução.
Um dos pontos de valor fundamento.! para a exeqüibilidade do plano recuperador
é a facilidade dos meios de transporte Esta facilidade já existe em parte, pois três
giandes rodovias federais sulcam, em sentidos opostos, a grande área em aprêço; são
elas a Rio-São Paulo, a Rio-Belo H01izonte e a Rio-Vitória Duas estão asfaltadas e a
terceira está recebendo o mesmo revestimento, havendo numerosos quilômetros já
concluídos Nas duas margens dessas importantes 10dovias, podem ser vistas glebas
imensas de terras, inteiramente abandonadas Como não lançar mão delas, para
cultivá-las, se o seu abandono significa a miséria, a insuficiência, a subalimentação para
milhares ou milhões de brasileiros ! ?
Ao longo das estradas estaduais e municipais verifica-se o mesmo aspecto de terras
ínvias Para colonizá-las, pode-se contar, desde já, com os meios de acesso, o que
constitui largo avanço no plano colonizador Há de ser mister asfaltá-las, no entanto,
para que se obteQha o máximo rendimento no custo da produção, pois tal benefício
nem só atinge o preço do produto, pata diminuí-lo, como ainda valoriza tôda a região,
facultando, aos lavradores decadentes, as possibilidades de venderem as suas proprieda-
des, por preços compensadores, e de ligarem-se, com os J ecursos obtidos, a outros ramos
de atividade, mais consentâneos com as suas vocações, de modo a deixa1em que
- 75 -

outros, lavradores autênticos, possuidores de melhores recursos, materiais e morais,


consigam realizar o que êles não puderam
O progresso é um movimento contagioso Todos aquêles que se sentem imbuídos
do sentido criador, que possuam iniciativa própria, que almejem, ambiosamente, operar
em transações lucrativas, são contaminados pela onda do progresso, envolvidos por
ela, e levados a agir como fôrças construtivas, para alcançarem, alfim, quase sempre,
os mais surpreendentes resultados O mesmo não se dá com o indivíduo apático,
indiferente, desiludido, pessimista, conformado com o pior; êste está imunizado contra
o progresso, não compartilha dêle, não vibra com êle, antes prefere responsabilizar
te1ceiros pela sua improdutividade, descansar de um cansaço psíquico e desvalorizar o
esfôrço alheio Por isso, o simples recurso de financiar a lavoura, indistintamente,
não resolve na campanha da produção; conquanto seja uma medida de gtande alcance,
dentro de certas modalidades, não será, por certo, a disciplina fundamental É indis-
pensável corra sangue novo, .revigorante, nas artérias entumecidas de um velho sistema,
de uma rotina antiquada, sujeita a métodos adotados no século passado Há decênios
foi preciso o braço escravo pata fazer ou salvar a nossa lavoma; hoje necessitamos
do braço e da cabeça para atingit o mesmo objetivo; precisamos da experiência e da
ação, do conhecimento e da ptática; e há de ser ainda o elemento alienígena que nos
ajudará a ttansfo1mar o quadro 1eal da nossa situação A iniciativa individual, o apoio
financeiro inicial próprio, a experiência adquirida, a saúde mental e física te1ão de
ser as molas mestras de uma 1essurreição agrícola
A velha Europa tangida por uma desorganização social, convulsioqada num
entrevêro de correntes ideológicas, mal refeita de uma espetaculai catást10fe, e premida
pela sufocante impressão de outra e maior tormenta, não está em condições de cuidar
da sua evolução, como precisaria, não obstante o alto coeficiente de seu valot humano
Mas lá estão os elementos que nos convêm; e aqui está o meio de que necessitam, na
ansiedade de conciliar os seus interêsses e as suas aspirações com as possibilidades de
<1ue dispõem Grandes agricultores italianos, depois de reunirem os seus haveres, vie-
ram, recentemente, para o sul do Brasil, pata o norte do Paraná, restabelecer, com êxito,
as suas finanças abaladas, em decidida consagração agrária É de se supor que atendendo
ao impulso de energias congregadas para ativar a recuperação econômica da Baixada
Fluminense, não faltarão agricultores, europeus, do mais alto padrão, que queiram
vir implantar-se nas nossas terras e participar conosco das dádivas da Produção Este
caldeamento de brasileitos e europeus, dentro da família agrícola, no âmbito da Baixada,
trará, sem dúvida, no setor das realizaçÇíes biológicas, a recuperação máxima do nosso
homem do campo De trinta a cinqüenta mil famílias européias, selecionadas, agricul-
toras em linha de gerações, que se estabeleçam na Baixada, serão a seiva nova, a seiva
exuberante, que poderá transformar o aspecto social, econômico e humano da região,
da era tradicional do passado para a era atômica do presente e do porvir
Estas convicções fundamentam-se em fatos verificados bastante ilustrativos O
Govêrno do Estado do Rio de Janeiro não tem poupado esforços para que a recuperação
da Baixada se torne uma realidade Mantém um Núcleo Co!onial no Município de
Trajano de Morais, não só para colonizar terras devolutas que o Estado ali possui,
como para testaurar o valor humano nacional e fluminense, oferecendo-lhe novas
possibilidades; ainda produz tal tarefa mais um benefício, que é o de estudar-se o
assunto da recuperação em todos os seus ângulos, daí derivando uma coleta valiosís-
sima de dados, de elementos, de observações, para o objetivo final que é a colonização
- 76 -

da Baixada Na pesquisa entram em equação a expenencia que se está ali fazendo


com dezenas de famílias de colonos, para tirar-se o substratum que deverá ser aplicado,
no futuro, a milhares de outras famílias
O consumo de arroz na cidade do Rio de Janeiro é de cêrca de um milhão e
duzentas mil sacas de sessenta quilos, por ano Os milhares de hectares de terias
disponíveis e apropriadas ao cultivo dêsse cereal acham-se, em tôrno da Capital
Federal, à espera das mãos experimentadas dos lavradores que queiram transformá-las
em campos produtivos Os camponeses nacionais, ali sediados, estão com as suas
atenções voltadas para as grandes possibilidades da região e procuram meios de se
inscrever na batalha dos cereais Nessa oportunidade seria de grande proveito que se
introduzisse nessa região o colono francês da Indochina, especialista na rizicultura, o
qual encontraria fácil ambientação, visto como as condições climáticas e geofísicas são
de natureza semelhante às de seu hábito Da mesma maneira que com o trato do
arroz podem ser os interêsses despertados para outras culturas básicas, e assim, sem
rumores declamatórios, em ação serena, discreta e seguia, poder-se-ia promovei o
soerguimento das fâtças regionais adormecidas sôbre os antigos faustos da Baixada

* * *
Durante os anos de 1951, 19)2 e de 1953 técnicos do Conselho Nacional de
Geografia, da Divisão de Química Agrícola, hoje Departamento de Conservação do
Solo, e do Departamento Geográfico do Estado do Rio de Janeiro, estiveram empe-
nhados em estudos relacionados com a recuperação econômica da Baixada Fluminense
e os resultados acima relatados já decorrem dessa ação Dividida esta, nas Baixadas
de Sepetiba, com 1 546 quilômetros quadrados, da Guanabata, com 3 873 quilômetros
quadrados, de Araruama, com 4 241 quilômetros quadrados, e dos Goitacazes, com
8 340 quilômetros quadrados, concentraram-se os e~tudos nas três primeiras, ficando
a última de ser estudada mais tarde, em ocasião oportuna A síntese dêsses trab:ilhos
foi enfeixada em um livro que devetá sair a lume brevemente Será uma obra editada
pelo Conselho Nacional de Geografia e destinada a oferecer subsídios de real valor,
não só para a continuação dos estudos, como também para a divulgação de conheci-
mentos úteis que interessem o lado prático da questão Exemplificando e focalizando
um ângulo dêsse trabalho diremos que as pesquisas feitas revelaram os milhões de
pés de banana existentes em determinadas regiões e como estavam distribuídos Eis
aí uma riqueza que não está sendo convenientemente explorada É sabido que o
caule da bananeira fornece a melhor celulose para o fabrico de papel, vernizes, maté1ias
plásticas, filmes, explosivos, celulóide e celofane O ftuto pode também ser indus-
trializado servindo para a produção de álcool anídtico, uisque e farinha de banana,
além de outros produtos O p1ocesso de extração da celulose do caule da bananeira
ainda é pouco conhecido, não obstante o seu excepcional valor econômico, pois, o
seu custo é de duas a três vêzes menor do que o da celulose extraída de qualquer
madeita ou bagaço de cana Para ter-se uma idéia do que reptesentaria a indústiia
da celulose instalada na Baixada Fluminense, como fator de recuperação, basta dizer
que ela podetia evitar um gasto de divisas da importância de 650 milhões de cruzeiros,
anualmente O consumo interno do país em celulose, avaliado em 130 mil toneladas,
poderá ser suprido pelo cultivo, para êsse fim, de 26 milhões de pés de banana Em
se reservando uma área de 10 m 2 para cada pé, precisaremos de 260 milhões de m 2 ,
ou sejam 260 km2 de área, o que bem pouco representa diante dos 18 mil km 2 que
77 -

constituem a Baixada Fluminense Resta ressaltar que após atingida uma produção
de celulose, extraída apenas do caule, que baste ao consumo do país, ficam ainda
26 milhões de cachos de bananas para serem consumidos no mercado interno, ou
exportados, ou tratados industrialmente Aí está uma perspectiva animadora no tocante
às possibilidades que se apresentam de se poder ver transformada a Baixada Fluminense
num grande parque agro-industriatde elevada expressão, sem se desprezar a pecuária,
que também poderá oferecer estimhel contribuição na batalha da recuperação dêsse
território.

* *
Outro assunto que merece especial registro é a cultura do rami, uma planta
têxtil da família das urticáceas, que fornece uma fibra mais resistente e dmável do
que a do linho Em São Paulo, norte do Paraná e Santa Catarina a sua cultura está
correspondendo às esperanças dos seus entusiastas, em face das boas condições econô-
micas que oferece e por haverem conseguido um tipo aclimatável e de ótimo rendimento
Agricultores japonêses, em São Paulo, segundo dados informativos divulgados, formam
entre os que mais se esmeram no lançamento dessa cultura no Brasil Na Baixada
Fluminense, experiências foram feitas com êxito, podendo hoje afirmar-se que o rami,
se cultivado com a orientação técnica adequada, será uma fonte de riqueza de inestimá-
vel valor No município de Cachoeiras do Macacu há uma átea de 100 ha cultivada
com o rami, e a produção é, tôda absorvida pelas indústrias paulistas Na França e
na Inglaterra há numerosas fábricas que aplicam o fio do rami na confecção de
cambraias de lã, de tecidos do gênero tropical brilhante e de outros tipos empregados
na manufatura de lingerie Como se vê o fio do ramí é um produto de utilidade
variada e que entra na composição de artigos importados, em alta dosagem Em
sendo a Baixada Fluminense um éampo propício a sua cultura, nada mais razoável
do que promover o seu incentivo, em favor da sua recuperação
Mais uma vez põe-se em evidência a ajuda que nos poderia trazer a colonização
francesa na Baixada, pois é êste um elemento habilitado a cultivar o rami, pela
experiência de que dispõe e pelo hábito de manejar com um plantio cujos resultados
compensadores conhece
Esta possibilidade de transferirem-se colonos franceses para a Baixada não é
uma hipótese distante, mas um acontecimento realizável, tendo-se em vista que é
assunto que já entrou na cogitação de industriais franceses, os quais estudam a maneira
de transferir colonos, seus patrícios, para a cultura do rami, na Baixada, a fim de,
em seguida, cuidarem da sua industrialização. Será êste um grande refôrço ao plano
de recuperação, que precisa da ação fecunda da iniciativa alienígena e de seus capitais
para mais depressa alcançar os objetivos programados

* * *
Onde as terras da Baixada começam a elevar-se, pelas encostas dos contrafortes
da serra do Mar, há regiões propícias à criação do gado vacum da Bretanha e do
gado caprino Os referidos gados da Bretanha e caprino são comuns quanto às exigên-
cias alimentícias, pois se servem de uma forragem simples, repudiada por outros animais
erbívoros O gado da Bretanha, estabulado, e mesmo tratado com forragem de quali-
dade inferior, produz tanto leite quanto o gado holandês; não é quase conhecido em
78 -

nossos meios pecuários e, no entanto, para a produção de leite e seus derivados, é a


sua criação muitíssimo indicada. O gado caprino nacional, cruzado com o de Ankara;
na razão de 5/8, dá um produto excelente com respeito à produção de leite e de
fios para tecelagem; experiências obtidas neste sentido acusaram os resultados mais
animadores Com a provável vinda de agricultores e criadores franceses para a
Baixada e cercanias, deverão ser criadas essas duas espécies de gado, pelos métodos
adotados nas herdades da França

* *
No planalto anexo à Baixada está o Núcleo Colonial de Sodrelândia mantido pelo
Govêrno Estadual Estão reservados os onze últimos lotes dêste Núcleo para colonos
franceses especialistas na criação de gansos, coelhos e abelhas. O ganso exige uma
técnica muito apurada para a sua criação, com fins industriais Os ,franceses são
peritos na confecção do "pâte de foie gras'', conhecendo com maestria todos os
pormenores da sua manipulação, desde a origem. Estes animais recebem um tratamento
muito especial, alimentando-se de rações balanceadas, que precisam ser introduzidas
artificial e mecânicamente em seu órgão digestivo, com cuidados que só exímios
tratadores possuem, pois êles se afogam com facilidade e morrem O fígado, bem
cultivado, do animal, é produto muito apreciado e adquirido, por importação, pelos
hotéis de primeira classe à razão de 800 cruzeiros o quilo Um fígado de ganso pode
chegar a pesar mais de um quilo Também há um processo francês de tornar a sua
carne macia e saborosa Os colonos franceses do Núcleo de Sodrelândia irão desenvolver
atividades relacionadas com a industrialização da carne, fígado e ovos de gansos,
carne e pele de coelho e produçã9 de mel em alta escala. As abelhas serão fornecidas
parte pelo Ministério da Agricultura, de origem italiana, e parte pela Secretaria de
Agricultura estadual, da espécie alemã, visto serem ambas as que melhor resultado
oferecem na produção do mel, e os gansos serão de uma espécie existente no Departa-
mento de Toulouse, na França, cuja raça está classificada como a melhor de quantas
são conhecidas; para os fins mencionados estas aves atingem um pêso até 15 quilos
Os coelhos serão também de procedência francesa e de grande porte. É de se esperar
que outros colonos franceses, atraídos pelos pioneiros, os quais estão alcançando resul-
tados bastante favoráveis, venham engrossar as fileiras daqueles e por êste modo chega-
remos a preencher os vazios computados nos estudos de recuperação da Baixada. A
etapa mais difícil parece vencida que é essa de começar Os colonos que forem
chegando encarregar-se-ão de uma parte da grande tarefa colonizadora Serão êles
que darão o testemunho mais valioso aos seus compatriotas, sôbre as possibilidades
reais desta terra dadivosa; serão êles que ajudarão a criar clima favorável à expansão
do plano oficial; serão êles que, sem suspenção, dirão a verdade convincente sôbre os
resultados econômicos do seu próprio trabalho. Atentemos para o que fêz a colonização
francesa, no Canadá e mesmo nos Estados Unidos Certas peculiaridades dêste colono
não se encontram em nenhuma outra raça e são de comprovada e reconhecida impor-
tância na consumação de um objetivo como êste, que se desdobra nas mãos do govêrno
fluminense e que é a recuperação econômica de grande parte de seu território. A
França; com as suas Colônias, Possessões e Protetorados teve ensejo de estabelecer uma
mentalidade colonizadora vigorosa, consciente dos revezes e das dificuldades, e cuja
virtude foi a de formar no espírito dos emigrantes uma concepção dominadora de
-'19-

situações e um estado de confiança, perseverança e tenacidade que se sobrepõe aos


eventuais contratempos.

* * *
A extensa costa do Estado do Rio de Janeiro é um dos limites da Baixada
Fluminense, por onde confina, longitudinalmente, com o Oceano Atlântico. Sàmente
os municípios litorâneos de Mangaratiba, Angra dos Reis e Parati estão excluídos da
zona da Baixada Não podem, porém, ficar à margem do estudo que se fizer para
a industrialização do peixe. Uma das grandes riquezas a serem exploradas na planifi-
cação dos recursos dessa imensa região do Estado, há de ser forçosamente a que se
deriva da pesca. O litoral fluminense é dos mais piscosos do Brasil, especialmente o
do quadrante sul, devido ao grande número de pequenas e grandes enseadas de um
magnífico rendilhado Centenas e centenas de pescadores natos vivem em trechos da
costa do Estado em lugares ermos sem outra ocupação senão a da pesca, mas por falta
de orientação ou direção nas suas atividades estão reduzidos a urri viver misérrimo
Conhecem bem os segredos da arte de pescar; dizem com precisão e antecedência,
quantos balaios de peixe pode dar um cardume que se aproxima, de que tamanho
são os peixes e de que espécie Navegando em mar alto, em fragílimas canoas,
mostram-se verdadeiros gigantes à frente do perigo Ali estão ao lado um do outro,
o peixe abundante para abastecimento farto dos grandes centros e o homem perito
para apanhá-lo, faltando, no entanto, entre êsses dois elementos, a ação coordenadora,
os meios complementares, a fôrça inteligente capaz de transformar ou de construir
Há de ser, por isso, o da pesca, um dos capítulos mais expressivos, no planejamento
e na restauração da vitalidade da Baixada As colônias de pesca tecnicamente apare-
lhadas podem estender-se desde o município de São João da Barra ao de Parati e
não faltarão, no litoral fluminense, homens habilitados, pescadores de profissão, para
lotá-las completamente Estão êles, apenas, a espera dessa grande oportunidade.
Teremos aí a recuperação do homem do litoral, que receberá, em troca do seu trabalho
e da sua experiência, as oferendas da civilização O peixe precisa ser vendido por
preço mais ao alcance do povo, que dessa alimentação se priva, em sua grande maioria,
pelo seu custo excessivo O alto preço vem justamente da míngua do pescado, que
não supre senão uma pequena parte do mercado Isto porque a pesca não está
organizada de maneira a atender às necessidades do consumo, desperdiçando-se, desta
forma, não só as energias daqueles que as possuem para serem aproveitadas nesta
especialidade, como também a riqueza em volume e quantidade de cardumes que,
libertos, emigram para outras paragens O valor econômico da orla marítima da
Baixada na exploração do pescado atingirá a níveis elevados, como se poderá inferir
mesmo em exame perfuntório Uma vez intensificada a pesca nas águas oceúnicas da
Baixada, por ~ção dirigida, estaremos alimentando melhor a classe pobre, dando trabalho
a um grande número de famílias e reduzindo ou eliminando a importação do peixe
em conserva, com apreciável benefício para a economia do país.

* * *
Em 1952 a importância gasta pelo Brasil éàm a aqms1çao de soda cáustica e
barrilha, no estrangeiro, atingiu a 207 milhões de cruzeiros O consumo dêsses dois
produtos vem crescendo de ano para ano, no país, em consonância com o desenvolvi-
/

80 -

menta de nosso parque fabril, que dêles se utiliza São fornecedores principais dessa
matéria os Estados Unidos e a Inglaterra, dois países em que são escassas as nossas
divisas
Em Arraial do Cabo, Município de Cabo Frio, em plena Baixada, instala-se a
Companhia Nacional de Alcalis, com capacidade para produzir um elevado percentual
do consumo interno d<:: soda cáustica, barrilha e bicarbonato de sódio. utilizando-se de
sal, calcáreo e amoníaco, matéria-prima nacional

Os trabalhos para instalação de uma fábrica de cimento em Macaé, estão seguindo


o seu curso Fazem-se os prepa1ativos para começar a construção de um pôrto de
mar em Arraial do Cabo Prosseguem os estudos para a elaboração do projeto de
um pôrto em Itacuruçá. Aceleram-se as obras para a conclusão da Usina Hidrelétrica
de Macabu e concluem-se os estudos para o aproveitamento do potencial hidráulico
de Quartéis e Itabapoana Constroem-se campos de aviação para estabelecimento de
uma têde de táxis aéreos ligando à Capital as cidades da Baixada O Govêrno
constrói hotéis de turismo em Araruama e Cabo Frio Rasgam-se novas rodovias de
primeita classe e o asfaltamento das existentes prossegue com regular intensidade.
Erguem-se edifícios escolares, de moderna arquitetura, em que se adotam as normas
mais exigentes da pedagogia O Departamento Nacional de Obras de Saneamento
executa um programa de larga envergadura, na abertura de canais, na desobstrução
de rios e na execução de obtas preventivas contra as cheias.

* * *
A patriótica iniciativa de se dat corpo à idéia de se promover a 1ecuperação
econômica da Baixada será de resultados imprevisíveis quanto à sua grandeza e aos
impulsos de prosperidade O Estado do Rio de Janeiro pode se tornar uma Holanda
dentro do Brasil, com capacidade para exportar centenas de gêneros de primeira
necessidade Possui terras aráveis de boa qualidade, dispõe de um clima variável
segundo as diferentes regiões, de um território bem irrigado e de vasta rêde de
comunicações Só falta a ação do homem, incisiva, persistente, criadora As recom-
pensas serão generosas Não haverá, talvez, outra porção do território nacional em
posição tão invejável pelo lado geográfico e demográfico Ê um Estado favorecido
pela Natureza como disso deu provas tanto no Primeiro como no Segundo Império
Sofreu um colapso, é bem verdade, com a abrupta abolição da escravatura, mas dêsse
mal já se encontra em parte refeito e com tôdas as perspectivas a seu favor, para
reconquistar a sua florescente e pujante posição perdida Ê uma questão de chamar
a atenção dos brasileiros para a Baixada, para a Canaã do Brasil, para as suas fôrças
vitais latentes, estuantes e privilegiadas A indústria, a lavoura e a pecuária encontram,
cada qual, meios satisfatórios de expansão, incomuns a outras regiões, sobretudo pela
menor distância aos centros consumidores Os quadros estatísticos comparativos realçam
os prós quando entram em aprêço as inigualáveis condições oferecidas ao desenvolvi-
mento, pelas terras semi-adormecidas da Baixada Fluminense.

* * *
- 81-

b) U1 banização das cidades e vilas flttminenses

A urbanização dos conglomerados humanos é ação que ~ão se enquadra, exclusi-


vamente, na geogiafia humana, mas encontra aí os fundamentos principais da sua
exteriorização Tanto influi ela na ordera geográfica dos fatos, que_ o Conselho
Nacional de Geografia, numa de suas Assembléias Gerais, resolveu pat10cinar .ª sua
evolução em todo o país São os seguintes os têrmos dessa ResoluÇão, de n 9 355,
cujos resultados, através dos Diretórios Regionais, alcançam todo o território da Nação:

"A Assembléia Geia! do Conselho Nacional de Geogiafia, usando das suas


attibuições:
Consideiando que os tiabalhos de utbànização de cidades e vilas tiansfounam a
fisionomia das mesmas, dando novas caiacte1ísticas à sua 1ep1esentação cattográfica;
Consideiando que os tiabalhos de u1banização se enquadiam no campo da Geo-
g1afia Humana;
Consideiando que os ttabalhos de urbaniz1ção de nossas vilas e cidades estão
ainda numa fase emb1ionátia;
Considernndo que êsses tiabalhos devem sei intensificados em todo o país, de
modo geia!, rnmo medida essencial ao desenvolvimento do tu1isrno, melho1ia das
condições de salub1idade e incentivo do p10g1esso,
RESOLVE:

Att lQ - Fica a Seneta1ia-Geial incumbida de 1ecomenda1, pelos meios ao


seu akance, a instalação de sei viços de mbanização nos ó1gãos executivos geog1á-
ficos regionais, nos Estados em que tais se1 viços não tenham sido ainda objeto
de cogitação
Art 2 9 - A Secreta1ia-Geial, em tempo oportuno, elabo1a1á um caderno de
normas técnicas mbanísticas que sü vam de padrão pata as povoações biasileüas,
atendidos os casos de soluções comuns e as düettizes nacionais"

Por meio desta Resolução firmou o Conselho Nacional de Geografia o seu


autorizado e oficial conceito acêrca da posição dos trabalhos de urbanização, na órbita
da geografia humana
Nestas condições vem se desincumbindo o Departamento Geográfico estadual da
tarefa árdua mas progressista que lhe foi confiada de dotar as cidades e vilas flumi-
nenses, de planos urbanísticos
A princípio pa1eceu, a alguns, que em face da autonomia municipal não seria
possível ao Govêrno estadual ministrar às Prefeituras esta espécie de auxílio, visto
como a planificação das povoações é atribuição da alçada das Comunas respectivas
Esta conjectura, por falta de consistência, em breve perdeu a sua razão de ser, pois,
como era de se supor e de esperar, as Prefeituras receberam e estão recebendo, com
entusiasmo e gratidão, o apoio que o Govêrno estadual lhes vem oferecendo, com o
preparo de planos urbanísticos para os seus centros de atividade humana. Por vários
motivos é perfeitamente compreensível êsse regozijo manifestado pelos Prefeitos,
ciuando atendidos no apêlo que êles mesmos fazem, de se lhes dar um plano urbanístico
para as suas cidades e vilas, porque, com plena e justificada razão, não dispõem, de
modo geral, de meios de nenhuma ordem, material ou técnica, de levar a efeito um
emp1eendimento dessa natureza. Com raras exceções, as Prefeituras Municipais não
estão em condições de formar uma equipe especializada de técnicos para elaborar e
executar o seu plano de urbanização A medida viável é esta, adotada pelo Estado do

6
- 82 -

Rio de Janeiro, secundada por outros Estados e com o patrocínio do Conselho Nacional
de Geografia, de formar uma equipe de técnicos no órgão geográfico estadual e aí,
obedecendo a um critério regional, uniforme e unificado, elaborarem-se os planos que
satisfaçam os ànseios das populações, atendendo, em condições de equilíbrio, as realida-
des de aspecto local e as exigências normalmente aquilatadas
Debaixo destas perspectivas o problema adquiré uma feição racional e nestas
circunstâncias a viabilidade torna-se um fato As experiências que o Govêrno estadual
vem colhendo com a aplicação do método que estamos revelando, são as mais satisfa-
tórias e constituem um estímulo no tocante ao acêito da iniciativa Bem certo é que
os n;sultados surpreendentes não se fazem sentir de imediato, senão progressiva e
paulatinamente, e são de alcance imprevisível quanto à segurança e consumação do
êxito.
Não se pode pensar em elaborar o plano e abandoná-lo depois nas mãos das
Prefeituras para que elas o executem. Assim como lhes faltam os meios de projetar,
também em igual situação se encontram para executá-lo Esta circunstância força o
Estado a ampliar a sua equipe de técnicos de maneira a supervisionar a parte propria-
mente executiva Esta particularidade ficou resolvida com a resolução de se criar uma
residência em cada uma de cinco zonas em que o Estado foi para isso dividido,
tocando, em média, doze municípios a cada residência Esta providência em marcha
trará, sem dúvida, os melhores resultados, pois, permitirá, não só uma fiscalização
direta e permanente sôbre a execução dos planos, como promoverá assistência técnica
às Prefeituras que, em maioria, não dispõem de tais elementos para a solução dos
seus numerosos problemas municipais, direta ou indiretamente ligados à urbanização
Esta lacuna deverá ser sanada dentro de pouco tempo para regozijo, satisfação, e
tranqüilidade dos chefes dos executivos municipais, responsabilizados, tantas vêzes, por
falhas que êles de maneira nenhuma podem evitar, em face da absoluta carência de
meios e de cabedal humano especializado
As Comunas devem e precisam ser auxiliadas, e não podendo ser pelo Govêrno
federal, que o sejam pelo estadual, como acontece com o caso das urbanizações. Um
Estado só será importante e próspero se as suas Unidades Municipais o forem, e
estas somente poderão alcançar um desenvolvimento, já não diremos de exceção, mas
proporcional aos seus valores intrínsecos, se contarem com uma ajuda eficaz e oportuna,
de impulsionamento O urbanismo é a melhor forma que se conhece de se animar o
p10gresso, de se despertar o interêsse pelo local, de se estabelecer um clima de bem-estar
que todos desejam, como um direito de conquista
THOMAS ADAMS, uma das autoridades destacadas em todo o mundo nesta especia-
lidade, assim sôbre ela se expressou: - "o urbanismo é a arte de planejar o desenvol-
vimento das cidades, com o objetivo de assegurar saúde, segurança e condições de
trabalho aos seus habitantes, provendo eficientes formas de circulação e fomentando o
bem-estar geral."
A administração pública precisa da urbanização para solucionar os seus problemas
vitais assim como o ser humano precisa da luz do sol para equilíbrio da sua saúde.
As cidades que não dispuseram de plano diretor para o seu crescimento, apresentam-se
atrofiadas, deformadas, defeituosas, anti-higiênicas, de aspecto triste ou contristador
E, psicologicamente, está provado que o meio ambiente influi direta e poderosamente
nos sêres que o formam, prejudicando ou beneficiando-os, segundo a sua natureza
~ 83 -

empobrecida e descuidada ou paisaglsticamente florida e bem tratada. Uma vez se


tenha chegado a êsse resultado de saber que o úrbanismo transforma para melhor o
bom humor pessoal, a disposição para o trabalho, a inclinação para o amadorismo
recreativo, a alegria de viver, tudo ,isto importarido num melhor estádo de saúde e
nu' a mais perfeita confraternização, então as maiores glórias e hosanas devem ser
elevadas a essa arte magistral, a que os psicólogos atribuem tão sagradas virtudes
Diante dessa feliz perspectiva, não há como não pôr mãos à obra, não pugnar pela
idéia, se ela é vencedora, idealista e opera no superlativo, para atingir padrões de vida
cada vez mais superiorizados e eufóricos
A maior riqueza de uma Nação não está, evidentemente, nas minas de ouro,
platina e diamante, não está na uberdade do seu solo, no potencial de suas quedas
d' água, nas suas belezas naturais, mas no patrimônio humano. Esta é que é a riqueza
das riquezas, a riqueza máxima, a riqueza fundamental Tudo quanto se fizer para
aumentar o valor dêsse acervo patrimonial de um país, não será demais, ou melhor,
não será bastante Mas aí está a urbanização como medida salvadora das cidades
que se formam, como ainda das cidades decadentes e também daquelas que se esforçàm
por não cair nessa angustiosa situação Uma cidade abandonada ao seu crescimento
é como uma mulher descalça e maltrapilha; descalça simbolizando a rua sem calçamento;
maltrapilha num plágio aos rombos que se vêem nas calçadas, nos muros e mesmo
em edifícios Ao passo que a cidade urbanizada representa a rainha vitoriosa do
concurso, suprida, alinhada, rescendente, participante dos belos adornos, realçados os
dons da natureza. Enquanto a primeira olha para baixo abatida e envergonhada, a
segundà olha para o alto confiante, fisionomia reluzente e radiante, encantada com
a própria vida
Sem um plano diretor previamente estabelecido que se estenda aos contornos da
cidade, não sabe o Prefeito Municipal por onde há de começar a fazer alguma cousa,
mesmo imbuído das melhores intenções, dos mais firmes propósitos de realização E
quando chega a remodelar uma praça, a construir um edifício, ou a calçar uma rua,
o esfôrço não corresponde ao resultado, por falta de harmonia com o conjunto, o
que não se dá quando a obra acompanha os traços gerais do plano diretor, como parte
integrante de uma obra muito maior.
O urbanismo exerce ainda uma acentuada função educativa As cidades urbaniza-
das obedecem a uma disciplina de antemão estudada, como sejam as disposições ofere-
cidas pelo zoneamento, em que há lugar previsto para as fábricas, para a habitação
dos operários, das classes remediadas e abas_tadas, em obediência ao estilo das constru-
ções e sua importância, relativamente ao valor dos terrenos O ser humano sente-se
animado ou induzido a manter o belo, mas não tem a mesma predisposição para
conservar o que se apresenta decadente, em estado de senilidade O ajardinamento
e a arborização são ornamentos urbanísticos que têm sempre o seu lugar privilegiado
no planejamento das cidades. Assim, pois, na disciplina e no cultivo ao belo está
o valor educativo A criação de cidades-jardins é obra de puro senso urbanístico e os
seus idealizadores são figuras expressivas de inconfundível feição educativa
Não obstante, muitos séculos antes de CRISTO haverem os antigos planejado várias
de suas cidades, somente nos fins do século XIX da era Cristã é que o pensamento
de urbánização começou a concretizar-se como arte e ciência A primeira lei sôbre
-84-

urbanismo de que se tem notícia foi promulgada na Itália, em 1865. Em seguida


aparece a Suécia, com sua lei, em 1874 Segue-se a Prússia, em 1875 A primeira
lei norte-americana veio à luz, na Pensilvânia, em 1891, e ao findar o século, em
1898, coube à Inglaterra alinhar-se às outras nações, pioneiras do urbanismo
Nos albores do século XX foi a Suécia a terra em que a semente do planejamento
das povoações mais depressa frutificou Sentiu necessidade de ampliar e renovar o
seu código urbanístico, o que realizou em 1907, e ainda por efeito de estudos mais
persistentes, apóiados em experiências demoradas, elaborou novo código, modernizado
em 1917 Também nos Estados Unidos, em 1900, a idéia de se estabelecerem planos
urbanísticos para algumas de suas cidades, começou a tomar incremento Hoje, nesses
citados países, o urbanismo é considerado como medida imprescindível para qualque1
administração municipal e os tratados sôbre a matéria, que daí se originam, contêm
clássicos princípios que se impõem à apreciação de todos os estudiosos De igual
modo a Rússia tem investido com segurança e rapidez pelo terreno do urbanismo
Os americanos do norte, procurando melhor resolver os seus problemas urbanísti-
cos, de maneira a atender os casos especiais, na sua justa modalidade, e tendo em
vista a sua extensão territorial e a variedade de usos e costumes, provinda do cosmo-
politismo reinante, em determinadas regiões, criaram comissões oficiais de planejamento
urbanístico, contando hoje, aquêle país, com cêrca de 1 200 dessas comissões Com
esta providência a evolução urbanística está ali se processando, vertiginosamente
No Chile há uma lei federal sôbre a planificação urbanística, a qual determina
que tôdas as povoações com mais de 8 000 habitantes tenham o seu plano de urbani-
zação Na Inglaterra lei idêntica estabelece a obrigatoriedade de se elaborai o plano
diretor para populações que tenham, no mínimo, 25 000 habitantes '
Na Argentina, leis orgânicas distinguem-se pelas disposições referentes à elaboração
de planos reguladores para as suas Províncias Em Santa Fé, por exemplo, a lei básica
urbanística estabelece instruções para a elaboração de planos diretores para as Comuni-
dades de 500 habitantes para cima
No Uruguai são afamados sete lindos balneários da costa Atlântica, para onde
convergem, de tôda a parte, numerosos turistas, graças ao encanto das concepções
urbanísticas ali aplicadas e que constituem, por isso, centros de atração universal
Consideiam os americanos, apesar do ardor com que se dedicam às idéias vito-
riosas, que estão ainda na infância da evolução urbanística Em face dessa conclusão
tudo quanto se disser que se está fazendo no Brasil, no âmbito da urbanização, há
de ficar, po1 certo, muito aquém dêsse período de infância Não há motivos, porém,
para esmorecer porque também em nosso meio a idéia está vitoriosa e temos visto
que a nossa gente custa um pouco a começar, mas depois recupeia todo o tempo
passado em vão
Aqui no Brasil, atua como bandeira desfraldada no alto de uma torre, pugnando
pela implantação da consciência urbanística, a benemérita Associação Brasileira dos
Municípios, além, como já dissemos, do Conselho Nacional de Geografia Esta
Associação tem por principal objetivo, fortalecer econômicamente os municípios para
que disponham dos recursos necessários à execução de um planejamento previamente
organizado, que a seu ver, muito ajustadamente, "é o meio prático que melhor se
coloca a serviço do espírito municipalista". A Carta de Princípios, Direitos e Reivin-
- 85 -

dicações Municipais votada pelo l 9 Congresso Nacional dos Municípios Brasileiros,


realizado em Petrópolis, destaca-se pelo seguinte texto:

"Os Municípios brasileitos 1econhecem a necessidade do planejamento e consideiam-no


como ponderável fator de bem-estai, segmança e p10g1esso geia!, indispensável à
melhor participação da administiação municipal nas atividades econômicas, sociais e
cultmais desenvolvidas em benefício da comunidade local
"A ausência de planejamento bem elabo1ado 1eduz a capacidade econômica dos Muni-
cípios e compromete o êxito de p10vidências destinadas a assegma1 aos municípios esta-
bilidade social, ao mesmo tempo que agtava consideràvelmente, a situação de p1ernii-
dade em que se encontla a maio1ia dos povoados, vilas e cidades
"Constitui o planejamento elemento de modernização e ape1feíçoamento ela aclmi-
nisttação local e, attavés de sua elabo1ação, torna-se possível aos Municípios p101110-
ve1em melho1 utilização dos 1ecmsos humanos, natmais e institucionais da co-
munidade"

Nestas palavras, formuladas com o assentimento e a aptovação de todos os Prefeitos


do Brasil, presentes ao Congresso, divisamos o amadurecimento da consciência urbanís-
tica brasileira :Este fato constitui um passo gigantesco na senda da realização É desta
consciência que partirão as iniciativas cada vez mais vigorosas. Para passarmos dêsse
estado de concepção para a prática, a distância é curta Ademais, não nos esqueçamos
de que o ideal urbanístico está apoiado por sentimento cívico, o que representa uma
fôrça inexpugnável, quando orientada no bom sentido, fortalecida pela união de muitos,
como é o caso, e posta em marcha pela ação conjunta, de sêres convictos na exuberância
dos grandiosos resultados futuros.
No Brasil fêz-se urbanismo sadio planejando e construindo as capitais de Minas
Gerais e Goiás; fêz-se urbanismo parcial, de grande oportunidade, remodelando trechos
das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Pôrto Alegre. Tôdas essas cidades sentiram
profundos ou radicais efeitos na sua estruturação econômica e social pelo mafejo da
valorização, que não se limitou ao fator "pecúnia", mas se estendeu pelo terreno fértil
e generoso das retribuições de ordem motal
Dentro da comunidade brasileira procura fazer a sua parte, mbanizando os seus
povoados, cidades e vilas, o Estado do Rio de Janeiro Já dispõem de planos urbanís-
ticos as seguintes localidades: - Barra Mansa, Volta Redonda, Cachoeiras do Macacu,
Sumidomo, Natividade do Carangola, Sodrelândia, Cabo Frio, Araruama, Angta dos
Reis, Bom Jardim, Abtaão, Atafona, Grussaí e São João da Bana Estão em elaboração
no Departamento Geográfico, os planos de Miracemo, Santo Antônio de Pádua, Nova
Friburgo, Parati, Resende, Agulhas Negras, Cordeiro, Magé, Macaé, Conceição de
Macabu, Duas Barras, Morrerá, Mendes, Arraial do Cabo e Itaperuna;
Dentro dêste ritmo e sem quebra de continuidade, é possível que ao cabo de
alguns anos teremos preparado os planos de urbanização para tôdas as cidade e vilas
do Estado Daí por diante há de se cuidar das ampliações e da efetivação integral
de todos os ptojetos É serviço permanente que acompanha a evolução e como, para
o Estado do Rio de Janeiro, estão previstas grandiosas transformações no terreno evolu-
tivo, pode-se esperar, concomitantemente, intensas atividades no seu setor urbanístico
O Oceano Atlântico banha a costa estadual numa extensão de 562 km e precisamos
reconhecer que, na acepção ampla do vocábulo, não possuímos, ainda, um único
balneário que, com verdadeira propriedade, se possa aplicar êsse têrmo No entanto
há, nessa imensa costa atlântica, regiões maravilhosas, em que se poderiam instalar
-86-

com a ajuda da Natureza, os mais belos balneários do mundo. Pata exemplificar,


citaremos, de relance, a região de Cabo Frio, abrangendo Arraial do Cabo e Armação
dos Búzios, num trecho da longa costa fluminense, rendilhado de pontas e enseadas,
de um pitoresco indescritível e encantador. Não nos encontramos, poré~, imobilizados
diante daquele belo qüadro que tanto seduz. Estamos em ação com o objetivo de
ver traçado, para aquela região, graças ao apoio da iniciativa particular que se levanta,
um estudo urbnístico, moldado nos princípios técnicos de nova escola, capaz de revo-
lucionar muito do que se tem feito até agora, pelo que possui de novo, peculiar e
racional, no cálculo das soluções Estão tomando a frente dessa iniciativa particular,
em efetiva articulação com o Dep1rtamento Geográfico, os conceituados arquitetos
urbanistas M M M ROBERTO, os. quais se estão desincumbindo galhardamente da
parte que lhes está confiada, não sendo demais acrescentar que, uma vez realizado o
majestoso projeto de suas idealizações, ficarão ligados os nomes dêsses ilustres arquitetos
mencionados ao desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, pelo sentimento de
gratidão e pela reverência constante das nossas homenagens
Arraial do Cabo, Cabo Frio e Armação dos Búzios, transformados pela genial
concepção urbanística que está sendo idealizada, atrairão turistas do mundo civilizado,
constituirão um centro social de classificação ímpar e implantarão, no Brasil, a primeira
fonte turística de relêvo mundial.
XIV SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLÉIA GERAL
DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
Flagrante da salcnodadc de lnstalacâa das Assembléias Gerais das Conselhos Nacionais de Estatistica e Geografia, no momento cm que o Exm. 0 Sr. De-
sembargador Florêncio d" Abreu, digno Pruidente do 1 B G E , proferia o discurso de abertura dos trabalhos A direita, o Dr Francisco Badoró
Junior, roprcscntontc do Sr M1n1stro do Justic;:o e Negócios Interiores
XIV SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLÉIA GERAL
DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA

Sob a presidência do Desembargador FLORÊNCIO DE ABREU, 1 Presidente do


I.B G E, realizou-se entre os dias l 9 e 12 de julho de 1954, na Capital Federal, a
XIV Sessão Ordinária da Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia.
Tomaram parte nos trabalhos os seguintes delegados:

DELEGAÇÃO FEDERAL

Presidente: Desembargador FLORÊNCIO DE ABREU


Secretário-Geral: Tte -Cel DEOCLÉCIO DE PARANHOS ANTUNES
Secretário Assistente: Prof JosÉ VERÍSSIMO DA COSTA PEREIRA

MINISTÉRIO DA AERONAUTICA

Brig. ANTÔNIO A CASTRO LIMA


Cap A v ODAIR FERNANDES

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

EngQ ALBERTO RIBEIRO LAMEGO


EngQ ALBERTO ILDEFONSO ERICHSEN

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Prof HILGARD O'REILLY STERNBERG

Representantes Especiais

Prof CARLOS DELGADO DE CARVALHO


Prof VICTOR RIBEIRO LEUZINGER

MINISTERIO DA FAZENDA

Dr JESUINQ DE FREITAS RAMOS

MINISTERIO DA GUERRA

Gal NELSON DE CASTRO SENNA DIAS


Cel. JACYNTHO DULCARDO MOREIRA LOBATO
- 90 -

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Dr EUGÊNIO VILHENA DE MoRAES

MINISTÉRIO DA MARINHA

Contra-Almirante EDMUNDO JORDÃO AMORIM DO VALLE


Comte. HÉLIO RAMOS DE AZEVEDO LEITE

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

Cel. RENATO BARBOSA RODRIGUES PEREIRA

MINISTÉRIO DO TRABALHO

Dr. PÉRICLES MELLO CARVALHO

MINISTÉRIO DA VIAÇÃO
Eng9 FLÁVIO VIEIRA
Eng9 HERMELINDO DE BARROS LINS

CONSELHO NACIONAL DE ESTATíSTICA

Eng9 MOACIR MALHEIROS FERNANDES SILVA

PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL

Dr SEBASTIÃO NASCIMENTO

TERRITóRIO DO ACRE

Sr ROMANO EVANGELISTA SILVA

TERRITóRIO DO AMAP A

Sr JosÉ RAIMUNDO BARATA

TERRITóRIO DO GUAPORÉ

Sr JosÉ BEZERRA DUARTE

TERRITóRIO DO RIO BRANCO

Dr. JEROCÍLIO GUEIROS

INSTITUIÇõES CULTURAIS
Almirante JORGE DoDSWORTH MARTINS

INSTITUIÇÕES TÉCNICAS
EngQ JoÃo ANTÔNIO PIRES NETO
-91-

DELEGAÇÃO ESTADUAL

ALAGOAS

Dr MANOEL DIEGUES JúNIOR

AMAZONAS

Prof LEOPOLDO PERES SOBRINHO


Prof ELMACINO MARTINS DE ARAÚJO FILHO

BAHIA

Eng9 LAURO DE ANDRADE SAMPAIO

CEARA
Eng9 PAULO ToRcÁPIO FERREIRA

ESP1RITO SANTO

Eng9 CÍCERO MoRAEs

GOIAS
Sr NAPOLEÃO DA CosTA FERREIRA

MARANHÃO

Professôra MARIA JosÉ SAMPAIO DE FREITAS

MATO GROSSO

Dr JosÉ VILANOVA TORRES

MINAS GERAIS

Eng9 WALDEMAR LOBA10

PARA
Prof FRANCISCO CRONJE DA SILVEIRA

PARAíBA

Dr HILDEBRANDO MENEZES

PERNAMBUCO

Dr MÁRIO CARNEIRO po REGO MELO

PIA Ui

Dr JosÉ LOPES DOS SANTOS


- 92 --

RIO DE JANEIRO

Eng9 LUIZ DE SOUZA

RIO GRANDE DO NORTE

D1 AMÉRICO DE OLIVEIRA COSTA

RIO GRANDE DO SUL

D1 CLÁUDIO OZÓRIO PEREIRA

SANTA CATARINA

Eng9 CARLOS BÜCHELE JúNlOR

SÃO PAULO

Eng9 VALDEMAR LEFJlVRE

SERGIPE

Prof ALFREDO MONTES DE ARAÚJO P1N10

DISCURSO INAUGURAL DO DESEMBARGADOR FLORÊNCIO DE ABREU

Foi o seguinte o discurso pronunciado pelo Presidente do I B G E , Desemba1gador


FLORÊNCIO DE ABREU, na solenidade de instalação das Assembléias Gerais dos
Conselhos Nacionais de Geografia e de Estatística:

"Exulto com esta nova opoitunidade que se me apiesenta de tei o homoso piivilégio, du1ante
alguns dias, de piesidit à Assembléia Geia! dos Conselhos Nacionais de Geogiafia e de Estatística
Reunem-se aqui, neste ensejo, expoentes dessas especialidades fecundas, p10cedente de todos os
quadtantes do país, ofeiecendo um dos 1etiatos do Biasil de coipo inteito num dos seus aspec-
tos mais inteiessantes e expiessivos, pois configma um conjunto de atividades p1áticas da mais
alta ielevância pata o exato conhecimento da iealidade biasileita, de molde a p10po1ciona1 às
elites ditigentes o inst1umento imp1escindível pata oiienta1, p10pelit e fitmat em bases segmas
1J desenvolvimento do país

No meu discu1so ele posse no Instituto Histó1 ico e Geogiáfico B1asilei10, no ano passado,
tefeii-me à impo1tância ela nia,ão elo Conselho Nacional de Geogiafia pata o prng1esso elos
estudos gcog1áficos no Biasil Fundado en1 193 7, tornou-se êle, desde então, um giande p10-
pulso1 de estudos especializados, que tomaiam desde iogo novo alento e novos 1umos, atuali-
zando-se em ha1monia com os novos métodos, as novas aquisic,ões, os novos hoiizontes da mo-
derna ciênLia geog1áfica "A geogiafia se havia desmoializado com as p1óp1ias mãos", imle-
mente conceituava o saudoso P10fessoi EVERARDO BACKEUSER; mas auescenlava que em iazão
da niação do Conselho Nacional de Geogrnfia, de pai com a instalação dos cu1sos especiais
nas Faculdades de Filosofia, a geogiafia esta\ a attavessan<lo no Biasil uma fase eufóiica "de
extiavasamento, de incan<lescente entusiasmo e de infiltiação nas camadas sociais do país" É
que se passava a tei nítida compieensão do 1eal valoi, pata o bem-estai e p10g1esso humano,
dn inciemento das pesquisas e estudos geogiáficos, sob a luz solai elos seus novos métodos Como
esneve MAX SoRRE, a geog1afia assumiu hoje a posição de um instrnmento de meditação da
vida, que nos põe em piesença dos mais agudos p10blemas da atualidade
Pôsto que desde muito tempo melho1 compreendida entte nós a impoltância da esta-
tística, ainda no ano de 19?6 o mesmo P10fesso1 Backeusei, em seu conhecido ttabalho intitu-
- 93 -

lado "A estrutuia política do Brasil", filmava que, salvando a organização da estatística de
caráter comercial por JOAQUIM MuRTINHo no Ministé1io da Fazenda, o nosso aparelhamento
censitátio eia simplesmente 1udimentar; e, lamentando a .carência de estatísticas, entendia que a
curva rigo10sa dos estágios da civilização na nossa páttia só queria desenhada a partit da
abcissa co11espondente aos tempos em que se começasse a te1 o sei viço de estatística organizado
Oia, Srs Delegados, pa1ece-me lícito asseguiat que a abcissa, nesse caso, te1ia sido obtida com
a instalação e amplo funcionamento do nosso Instituto, metcê do eficaz apatelhamento de
que dispõe e da competência e do devotamento dos seus servido1es, que, diga-se a bem da
ve1dade, vêm agindo com admüável espítito cívico em o desempenho do seu átduo mi5te1
Por outto lado, se faz ainda pouco tempo se aludia a certo attaso na apuração dos dados
estatísticos, já agota nos foi possível o lançamento do "Anuá1io Estatístirn", 1efe1ente a 1952,
em 15 de dezemb10 de 1953 Não se podetia exigit maio1 atualização Ressalte-se ainda que
o esquema de publicação básica do Conselho Nacional de Estatística ofe1eceu uma sétie de ino-
vações com o objetivo de atender à necessidade de mais p10nta difusão das estatísticas brasi-
leitas, de modo a poder inserir nesse mesmo "Anuá1io", no seu elenco de infounações numé-
1icas, elementos 1efe1entes ao p1óp1io ano de 1953
O ape1feiçoamento constante, po1ém, das estatísticas nacionais depende, essencialmente, do
concu1so de técnicos e cientistas p10fissionaís bem fo1mados e ptogressivamente especializados
Essa fo1mação p1ofissional encerra complexidade da maio1 monta, po1que exige não apenas pon-
de1áveis 1ecu1sos mate1iais como, especialmente, p10fessô1es unive1sitá1ios de latga experiência
e comp10vada cultuta Essas complexidades explicam po1 que, apesar das constante<:. recomen-
dações de cong1essos inteinacionais e pan-ame1icanos de estatística, nenhum país da Amé1ica
Latina, até hoje ousou 01ganiza1 e mante1 um estabelecimento de ensino superiot de ciências
estatísticas A ptojeção cultmal do Btasil, potém, ent1e os países dêste Hemisfétio, impunha a
ct iação de uma Escola dêsse gêne10, pata sei vü não sàmente à founação de técnicos pattícios,

mas, também, às nações itmãs, attavés da concessão de bôlsas escola1es Daí, a auspiciosa cria-
ção da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, o empreendimento mais a11ojado do Instituto
nos últimos tempos, em benefício da cultma btasileira
Enconttei, de parte dos ilust1es memb10s da Junta Executiva Central do Conselho Nacional
de Estatística, o mais elevado espírito de coopetação e de comp1eensão, quando, em março de
1953, lhes propus a criação da Escola Brasileira de Estatística, a qual nesse mesmo ano já
funcionava 1egula1mente e dava ao Btasil a p1imeira tmma de 33 estatísticos de nível inte1-
mediá1io, quase todos, hoje em dia, a sei viço da entidade, em dife1entes pontos do territó1io
nacional Posterio1mente se 1econheceu a necessidade de expandir a Escola e de conformá-la à
legislação orgânica do ensino supe1io1, de forma a dar-lhe, consoante o 1ecomendado pot esta
ilustte Assembléia Geia!, em 1953, o caráte1 de Faculdade Gtaças, uma vez mais, à colaboração
da Junta Executiva Centtal, da Congtegação da Escola e do Professor JuRANDIR LoDI, Düetor
do Ensino Supetior dó Ministé1io da Educação e Cultura, tornou-se possível, a 29 de maio de
1954, no "Dia do Estatístico'', ttansfounar a Escola Btasileita de Estatística em Escola Nacional
de Ciências Estatísticas, que ora mantém o cutso inte11nediá1io e o cu1so superiot
Entteguei a sua düeção, com o aplauso unânime de sua ilustre Congtegação, a um velho
e devotado sei vido1 da estatística btasileita, tantas vêzes delegado a esta Assembléia, o Professo1
LoURIVAL CÂMARA Já eleitos seus membros, na founa da Lei, se encontiam em plena atividade
o Conselho Técnico, o Conselho Administtativo e a Congtegação da Escola, que se constituem
de pe1sonalidades eminentes do magisté1io superio1 do País Representa a Escola, a meu ve1,
o ma1co definitivo no p1epa10 da consciência do estudo da estatística como ciência em nosso
País, obia patriótica po1 excelência, e indispensável ao Brasil, mas, ao mesmo tempo, obta das
mais difíceis, cujo êxito 1eclama a nossa melho1 atenção, o nosso desvêlo, a nossa coopeiação e,
sob1etudo, idealismo consciente e 1ealizador A esta altma, a Escola Nacional de Ciências Esta-
tísticas já tepercutiu no cená1io internacional, a ponto, mesmo, de a 01ganização das Nações
Unidas pleiteai, com insistência, a concessão de bôlsas pata estudantes de diversos países Isto
significa que estamos sendo úteis, que estamos 1ealizando obta honesta e sé1ia, o que confotta
e dignifica o Instituto
Patalelamente, e com análogo objetivo, teve o Düetó1io Central do Conselho Nacional de
Geografia importante iniciativa na espeta que lhe é peculia1 Ao ter a homa de assumir a pte-.
-94-

sidência dste benemérito Instituto, ieferi-me à diminuta cooperação de geógrafos, salientando


então que a quase totalidade dos profissionais da Divisão de Geografia vinha sendo iecrutada
nas Faculdades de Filosofia, tornando-se mister quase sempie um celta estágio de tteinamento no
Conselho Nacional de Geogtafia, pata que os geógtafos provenientes das Faculdades se inte-
grassem na profissão; e aludi, com justo encômio, à resolu1,ão do mesmo Conselho que autoiizata
a respectiva Secietaria-Getal a admitü como estagiáiios pata a Divisão de Geogtafia alunos do
curso de geogtafia das Faculdades de Filosofia, Ciências e Lettas
Essa providência, poiém, não seiia bastante, pois se impunha ainda a instalação de um
tentro de apeifeiçoamento de geógtafos anexo à Seoetaiia-Getal, atenta a necessidade cada vez
mais sensível de geógtafos capazes de realizai, no te11itólio nacional, ttabalhos de pesquisa, em
confo1midade com a moderna metodologia geog1áfica e de molde a pô1 os b1asileiros ao c01-
rente da plena 1ealidade geogiáfica brasileüa Tenho, hoje, a nímia satisfação de anunciai a
expedição, pelo Diretó1io Central, da Resolução n 9 475, que oiou o "Centro de Aperfeiçoamento
de Geógtafos" na Seoetaria-Geial do Conselho Nacional de Geogiafia e que se1á agota apie-
ciada e, sem dúvida, ap10vada pela egrégia Assembléia Geral, tal o akance da p10vidência que
nesta Resolução se contém
Apraz-se ainda comunicai aos Sis Delegados havei o Seoetá1io-Getal do mesmo Con-
sellJO tornado, po1 sua vez, uma iniciativa de grande alcance pata o conhecimento opoltuno,
sistemático e p10g1essivo da ma1cha das atividades da Seoeta1ia-Geial, attavés de breves co-
municações de seus dife1entes técnicos junto ao Diietó1io Cential A paltÍl de 19 de setem-
b10 do co11ente ano, pôs em prática o Secretário-Geral a iealização de pequenas palestias pe-
iante os membros do Diretório Central, reunidos poi ocasião de suas sessões ordinárias As
palestias, de dez a quinze minutos de dmação e proferidas por servidoies do Conselho, visam
a piopoiciona1 o conhecimento da maicha dos trabalhos geog1áfirns, caitog1áficos e culturais em
andamento, ou já levados a efeito pelas Divisões Técnicas da Secietaiia-Geial Ficando diieta-
mente a pai da situação de tais sei viços, pode o Diietório sentü, cada vez mais, os p10blemas
e as realizações da instituição a que supei v1s10nam, e, dessa forma, tomai com acêlto cada vez
maior as p10vidências que se fizerem necessárias à fiel execução dos p10giamas elaboiados ou
a elaboia1

Os tiabalhos da Seoeta1ia-Geial do Conselho Nacional de Geogiafia vêm se desenvolven-


do com louvável intensidade Em atenção às deteiminações da Assembléia, a Seoeta1ia-Geial
tomou as providêndas necessáiias à execução das vinte e cinco iesoluções apiovadas, algumas
das quais de ielevante impoltância, a começai pela de n 9 414, p1esoevendo a elaboiação de
um Atlas do Btasil que traduza, g1àficamente, todos os fenômenos de oidem física, humana,
econômica e política, relativas ao te11itóiie nacional Levantado de confoimidade com a meto-
dologia geográfica moderna e repiesentando, quanto possível, o estado atual dos conhetimentos
geog1áficos do país, constitui a elaboiação dêsse Atlas p10vidência há muito iedamada pela
administração e pelos meios científicos em geia!
Em obediência ao a1t 4 9 da citada Resolução, foi designada uma Comissão de cinco mem-
bros incumbida de organizar o plano geia! do iefeiido Atlas, plano êsse já ap10vado pelo Se-
c1etá1io-Getal, compieendendo quatio paites plincipais: 1") Caltog1afia e pesquisas geog1áficas
de campo; 2") Geogiafia física e biogeog1áfica; 3'') Geogiafia econômica; 4") Geogiafia
iegional De acôido com as iesoluções ofe1ecidas pela Comissão no que tange à execu1,ão do
Atlas, a cooidenação do ttabalho incumbe à Divisão de Geogiafia, p01 se tiatai de assunto piecl-
puamente geogiáfico, mediante uma "Unidade Cooidenadota" oiganizada, dent10 da Divisão Os
assuntos se1ão, tanto quanto possível, iepiesentados num caitogiama na escala de 1: 10 000 000,
vasado em fôlhas sôltas, o que facilitaiá a sua divulga1,ão à medida que fica1em p10ntas,
contribuindo destatte pata que a matétia não petca a conveniente atualidade, especialmente a
relativa à geogiafia econômica O Atlas sera unpiesso em cÔles básicas chapadas e ietículas,
cumptindo estudai a melhoi maneüa de imprimi-lo com o mínimo de côtes pata melhoi cla-
reza do ttabalho
Acredito que não seião gastos mais de seis anos na sua execução; e já posso mesnw rn-
formar que fotam entregues à Secção de Desenho da Divisão de Ca1tografia, pata desenho final
e impressão, quat10 fôlhas iefeientes à densidade da população, à divisão iegional do país, ao
clima e à vegetação original Além dessas quatro fôlhas enttegues à Secção de Desenho, duas
- 95 -

outras estão sendo encaminhadas à citada Unidade de sc1viço, uma já p10nta e 1elativa ao
relêvo e hid1ografía do Brasil, e out1a ainda em desenho, ou seja, o mapa geológiw do Btasil
Em conclusão, a Sec1etaria-Geral espeta que, dent10 de curto piazo, possa tet a opo1tunidade
de apresentai ao público, devidamente impressas, as seis ptimeüas fôlhas do Atlas do Btasil
de objetivo popular
A necessidade mgente de se 01ganizat e publícat o dicionátio de tê1mos técnicos 1elativos
à geog1afia, geologia, ca1togiafia e ciências afins, levou a Assembléia Geia! a baixai, em 8 de
julho de 19~3, a Resolução nº 418 Consideiando a conveniência de se1 dado ao dicioná1io
cunho nacional, a Assembléia autorizou a Sec1eta1 ia-Geia! do Conselho a elaboia1 o 1efe1ido
dicionário com o concmso dos Düetótios Regionais, Consulto1es Técnicos e todos os órgãos téc-
diLOS ligados aos mencionados assuntos A fim de iniciai os tiabalhos, o Seuetá1io-Gc1al está
dando os p1imei10s passos nessa dileção, intensificando pata isso, bem como pata outros fins,
a atividade concernente ao pleno funcionamento dos Düetótios Regionais, de cujo pt0nuncia-
mento depende a fase final do tiabalho p1elimina1, a extinguit-se em 31 de dezmbro de 1954
Dent10 dêsse ponto de vista, a Seueta1ia-Getal julgou melhot ouvit, numa das "Mesas-
-Redondas", p10giamadas pata a p1esente Assembléia Geia!, os p10nunLiamentos dos senh01es
Delegados Regionais inte1essados na discussão do impottante assunto Aliás, as "Ivfesas Re-
dondas" oiadas pela Resolução n 9 425, de 9 de julho de 1953, se1ão em núme10 de tiês
na p1esente 1eunião da Assembléia Afoia a discussão do tema 1elativo à elaboiação do Dicio-
ná1io Térnico de têtmos geog1áfiws, geológicos e out10s afins, figutam como assunto das "Mesas-
-Redondas" o debate acê1ca do "P10g1esso do cálculo das áieas estaduais, municipais e disttitais'',
e "P10blemas geiais do Ensino da Geogtafia" Finalmente, a otientação das "Mesas Redondas"
fica1á a caigo das Divisões de Geogtafia, de Cirtogiafia e Cultuial da Sec1eta1ia-Gcial
A instituição dêsse tipo de debate anual dewueu da necessidade de urna a1 ticulação nu1s
íntima entie os ó1gãos técnicos da Secietatia-Geial e os ó1gãos executivos tegionais, a fim
de se dai rnaio1 unidade de 01ientação e de execução aos tiabalhos gog1áfiws e caitog1áficos
Os p1óprios problemas de administia~ão, quando 1elacionados com a colaboiaçào 1ecíp10ca e
mais estieita entie os ó1gãos da Sec1etatia-Geial e os ó1gãos 1egionais, pode1ão também sei
consideiados e diswtidos nessas "mesas tedondas" anuais Evidentemente, tais 1euniões pe1-
de1iam tôda a sua objetividade se o att 2" da Resolução 425, que as institui, não estipulasse
de modo taxativo que dos debates ve1ificados deve1ão resultai conclusões objetivas, quando à
rnaté1ia em disrnssão, de modo a se1ern postas em ].>tática tanto pela Secietatia-Ge1ál como pelos
ó1gão 1egionais
À falta de inte1câmbio e de assistência financeita, eia, com iaias exceções, desanimado1a
a situação dos Ditctótios Regionais Desde 1952, potérn, giaças a urna nova wmp1eensão do
problema, e maiot agudesa no exame dos 1eais inte1êsses e comp10missos do Conselho Nacionc1l
de Geog1afia no plano nacional, foi possível à sua XII Assembléia Gctal p10va1 a Resolução
n 9 395, de 31 de outub10 de 1952, dispondo sôb1e a 1estauiação e f01talecirnento dos Dite-
tótios Regionais, mediante a inclusão no otçamento do Conselho de veiba p1óp1ia, destinach
a p1esta1 auxílio financeüo a êsses ó1gãos, na base de um mínimo anual de C1$ 25 000,00
(vinte e cinw mil uuzei10s) Pot fô1ça dessa nova e objetiva düetiiz, pôde-se, desde 1953,
obse1va1 um sutto de inte1êsse e tcvitalização dos Düetótios Regionais, de que é exp1essivo
1eflexo a 1e01ganizai,ão sof1ida po1 cinw dêles e a ciescente couespondência twcada ent1e êsses
ó1gãos e a Seoetatia-Geial do Conselho
Tnfelizrnente, nem todos os Ditctótios Regionais têm comp1eendido, de maoeita conve-
niente, ce1tos dispositivos 1egulamenta1es que 1egem a sua composição e gaiantem o seu pleno
funcionamento A Resolução n 9 12, da Assembléia Geia!, datada de 17 de julho de 1937, que
1egula a wnstituição e o funcionamento do w1po de Consulto1es Técnicos, po1 exemplo, tem
sido p1ete1ida po1 vá1ios Düetó1ios Pôsto que elementos de wlaboiação técnica dos Düe-
tó1ios, consoante estipula o att 3" da citada Resolução, os Consulto1es Técnicos não são mem-
b10s do Ditetó1io, cump1indo ficai bem entendido que somente êstes, e não aquêles, pode1ão
sc1 oedemiados wmo 1ep1esentantes das unidades fedei adas na Assembléia Gc1 ai como é exp1esso
nos a1tigos 4° e 59 do Regimento da Assembléia Gemi do Conselho Nacional de Geogiafia
Com base na legislação cm vigo1, 1espeitadas as normas 1egulamenta1es e tendo em vista
os objetivos que o notteüun, celeb10u o Conselho, em anos ante1io1es, alguns Convênios com
- 96-

os Governos de ceitas unidades fedeiativas e com importantes instituições públicas Em conse-


qüência dos comptomissos assumidos, a Seneta1ia-Getal, at1avés da Divisão de Geogiafia, exe-
rntou vá1ios tiabalhos nos têlmos dos 1espectivos acô1dos Em 1953, dois geógiafos tiaba-
lhaiam peunanentemente nos "Estudos de Recuperação Econômica da Baixada Fluminense' As
atividades se desenvolveiam em tôwo da 01ganização do mate1ial 1ecolhido nas pesquisas
de campo e nas fontes de estatística Foi redigido, outtossim, um texto pa1a a ap1esentação
ao públirn dos estudos empreendidos na 1efe1ida Baixada, texto que constituüá um volume
comp1eendendo 16 capítulos, além de uma int10dução, e se1á emiquecido po1 dive1sas ilustiações
:Êsse tiabalho já se encontta em sua fase final
P1osseguindo, no decmso de 1953, os tiabalhos de p1epaiação das fôlhas geomo1fológicas
1efe1entes à Bacia do São Ftancisco e te1minados em dezemb10 do mesmo ano, pôde a Sectetatia-
Getal ent1ega1 à 1eferida comissão os elementos do se1 viço que lhe coube executai nos tê1mos
dos Convênios e Atos Aditivos filmados entte a Comissão e o Conselho Nacional de Geogtafia
Releva especialmente 1efe1ir que, em fins de novemb10 último, foiam solenemente entregues os
ttabalhos do Convênio firmado com a Comissão do Vale do Rio Doce
Na esfeia de atividades da Divisão de Ca1tog1afia, destacaiam-se como trnbalhos de 10tina:
19 -A triangulação ao longo da linha Noite-Sul, atualmente no município de Euclides da
Cunha, na Bahia; 2" - o nivelamento de alta p1ecisão nas áieas da Bahia e Espí1ito Santo; 3º
medição de bases e obse1 vações astronômicas nos pontos escolhidos, de acô1do com o
rewnhecimento
A Secção de Ast10nomia, Bases e Giavimet1ia deve1á iniciai dentto do segundo semest1e
dês te ano as obse1 vações giavimétlicas Neste assunto cump1e dizê-lo com fianqueza, o Biasil
está lamentàvelmente 1eta1dado, po1que é das últimas nações amelicanas a iniciai tão impoltante
trabalho As plimeilas dete1mina1.ões se1ão feitas com um giavímet10 peltencente ao Obse1va-
tó1io Nacional, enquanto se espera a cobe1 tma cambial, já auto1izada, pata a aquisição de um
outto pa1a o Conselho Nacional de Geogtafia As plimeüas obse1 vações se1ão feitas com o
objetivo de estabelecei uma base que pe1mita a calibiação, não só dêsse instrnmento, como
dos que fo1em adquiridos ulteiio1mente Não é demais insistii sôb1e a necessidade e utilidade
dêsse tiabalho, po1quanto dêle muito dependem as p10porções geológicas e o Brasil te1á neces-
sàliamente muitas smp1esas no que conce1ne a seus 1ecmsos natuiais
Os serviços de campo co11eiam com a almejada 1egula1idade cump1indo o se1viço p10gra-
mado, com insignificantes alternações Os cálculos geodésicos levados a efeito no escritório
acompanhatam na medida do possível as obse1vações de campo; e digo "na medida do pos-
sível", po1 isso que a insuficiência financeila com que ainda luta a Senetaiia-Getal não peunitiu
removei a deficiência do pessoal da Divisão Caltog1áfica Velifica-se em todo caso que, nesta
palte, o Conselho Nacional de Geog1afia vem cumpiindo galhatdamente a sua missão, com inten-
sidade talvez não igualada por qualque1 outia instituição do gênero
A p10dução dos mapas segue o litmo no1mal Aiém das fôlhas da Ca1ta em escala de
í: 1 000 000, 1: 500 000 e 1: 2 50 000, estão sendo elaboiados os mapas do Amazonas, da Hiléia e
de Pernambuco
P1epa1ou a Divisão Cultutal o plano de execução dos ttabalhos pata o Anuáiio Geog1á-
fico do Biasil e ent1ou cm entendimentos pata a cont1ibuição do Conselho às comemoiações
do tti-centenálio da 1estamação pernambucana Foi elaboiado e executado, out10ssim, o plano
do Cmso de Féiias pata ape1feiçoamento com a Farnldade Nacional de Filosofi~
As p1incipais atividades desenvolvidas pela 1efe1ida Divisão, especialmente pela Secção de
Divulgação Cultu1al, conve1güam pata os ttabalhos 1elacionados com o XI Cong1esso füasi-
!ei10 de Geogiafia, 1ealizado em Pôito Aleg1e onde o Conselho 01ganizou uma exposição geo-
g1áfica e ca1tog1áfica, muito ap1eciada pelos visitantes, em núme10 superiot a dois mil, confotme
registrou o liv10 de p1esença É de salientai, também, que p1àticamente tôdas as publicações da
Seuetaiia-Getal estão sendo postas em dia e que novos exempla1es da Biblioteca Geog1áfica
Biasileiia já fo1am lançados ao público
Os se1 viços a ca1go do Conselho Nacional de Estatística também se desenvolveiam satisfa-
tà1iamente no ·pe!Íodo wmpreendido ent1e a última Assembléia Geia! e esta que hoje se inau-
gura Os inquélitos da alçada do sistema estatístico biasilei10 p10cessarnm-se dentro dos piazos
fixados e em peifeita concordância com os clitélios técnicos recomendados A execução da XVIII
- 97-

Campanha Estatística alcançou resultados auspiciosos, pois lançada no início dêste ano, encon-
tra-se hoje, seis meses depois, pràticamente concluída Em data de 15 de junho último, haviam
sido coletadas quase 60 mil fôlhas do Caderno A e cê1ca de 109 mil questionários, o que
conesponde a mais de 97% e de 98%, respectivamente, da coleta efetuada Dos totais de
fôlhas e questionários recolhidos já haviam sido entregues, na data em aprêço, aos ó1gãos téc-
nicos regionais incumbidos dos trabalhos de apuração, mais de 94% dos formulários, evidenciando
o acêtto das providênciàs tomadas pelas Inspetorias Regionais e pelas Agências Municipais de
Estatística, em cumprimento das determinações emanadas do órgão próprio da Secretaria-Geia!
do Conselho
Os reflexos do bom andamento da coleta sôb1e os tiabalhos a cargo dos Depa1tamentos
1egionais se fizeram sentir em escala apreciável, de vez que, a 15 de junho último, a Secre-
taria-Geia! já havia encaminhado aos órgãos centrais federais conttibuições pertinentes a 17
unidades federadas, num total de 543 tabelas de apuração E êsse rápido processamento das
tarefas compreendidas no plano da XVIII Campanha Estatística vai permitir, provàvelmente, a
inclusão de info1mações relativas aos divetsos aspectos pesquisados e conespondentes ao ano
de 1953, na próxima edição do "Anuário Estatístico do Btasil", programada para dezembro
p1óximo
Do esfôrço conjunto dos dive1sos ó1gãos que integram o sistema estatístico nacional vem
dependendo, por completo, o feliz desempenho das ta1efas attibuídas ao Conselho Os inqué1itos
que se processam no interêsse das classes armadas e dos órgãos centtais fedeiais continuam a
ser executados normalmente, e no primeiro semestte dêste ano fotam divulgados elementos co1-
1espondentes à produção industrial, relativa ao ano de 1952, de nove unidades <la Fedeiação
À divulgação em aprêço, fruto da colaboração da SeGeta1ia-Ge1al e dos se1viços de estatística
dos Ministé1ios do Trabalho e da Agricultura, veio atendei ao grande interêsse manifestado
pelos estudiosos em tôrno da situação do parque industrial brasileüo, e deve1á p10sseguü de
maneira a serem cada vez mais reduzidos os prazos entre a fase de coleta e a de apresentação
dos resultados
A criação de novos Municípios vem oneiando as disponibilidades da "Caixa Nacional de
Estatística Municipal" e dificultando p1evisões no que se 1efere à melhoria da aparelhagem
:la 1êde nacional de Agências de Estatística A adoção, porém, de um regime de compressão de
gastos propiciou condições financeiras para atender ao reajustamento dos salários dos sei vidores
da Secretaria-Geral e tornou possível a extensão dêsse benefício ao pessoal do interior A rees-
trutuiação dos quadros de pessoal, objeto de Resolução da Junta Executiva Central, não se
pôde completar até o momento, com o enquadramento recomendado, em alguns casos, e com
as promoções necessárias dos servidores que a isto fazem jus Esta Presidência, contudo, espera
que a situação em breve esteja normalizada, a fim de que se adotem as medidas adequadas,
objetivando a melho1ia do nível de remuneração do pessoal da Secreta1ia-Ge1al, inclusive das
Inspetorias Regionais e Agências Municipais de Estatística
No setor censitário do Conselho, completou-se a série de "Seleções dos Principais Dados"
do Censo Demog1áfico, de 1950, com a publicação 'dos volumes couespondentes aos Estados
de Minas Geiais, São Paulo e Paraná, seguindo-se, imediatamente, a divulgação 1eferente ao
Brasil Prosseguiu, de foima regular, a publicação dos 1esultados dos Censos Econômicos bem
assim da documentação censitária do interêsse para estudiosos e responsáveis pelas opeiações
vindouras
Os elementos correspondentes ao censo de população do Btasil, de 19 de julho de 1950,
foram ratificados pelo Govêtno Federal, em outubro do ano passado, sendo de destacar-se a
<itcunstância de, t1ês anos depois de iniciada a coleta censitária, esta1em divulgados os 1esultados
definitivos das principais caracte1ísticas da popula~ão do País Com base nesses dados, o Labo-
iatório de Estatística do Conselho ptocedeu a uma sé1ie de pesquisas, difundidas inicialmente
em edições mimeografadas e, em alguns casos, através das 1evistas técnicas mantidas pela Se-
cteta1ia-Geral
Expostas, assim, em linhas gerais, as atividades dos Conselhos Nacionais de Geogiafia e
Estatística durante o ttanscurso de tempo entte a última e a p1esente reunião da Assembléia
Geia!, tenho cump1ido o indeclinável dever de prestar contas públicas do esfôrço 1ealizado pelo
Instituto, durante êsses doze meses, a fim de corresponder à confiança que deve êle inspüar

-7-
- 98 -

i 'NaÇão -A exposii;io detalhada e minuciosa dos trabalhos levados a efeito, ó.o 1efeiido decu1so
de tempo, os S1s Delegados encontrarão nos Relatáiios , que serão apresentados pelos S1s.
Secretálios-Gerais
A todos dfrijo as minhas mais efusivas saudações, cffnscio de que os tlabalhos da Assem·
bléia-Gelal akanç~rão Ô mais perfeito êxito, para a consecução das altas finalidades do Insti-
tuto e eng1andecimento de nossa Pátria"

DISCURSO PROFERIDO PELO DELEGADO DO ESTADO DO RIO


DE JANEIRO, ENGENHEIRO LUIZ DE SOUZA

·Na sessão solene da instalação da Assembléia, o Delegado do Estado do Rio de


Janeiro, Engenheiro LUIZ DE SOUZA, em saudação à Delegação Federal, proferiu o
seguinte discurso :

"Desvanecidamente, p10cu10 desicumbü-me, nesta solenidade dê exp1essiva significação pala


a geografia nacional, da elev~da missão que me foi confeiida de englandece1, em nome da
Delegação estadual, a saudação a esta düigida pelo ilust1e engenheilo FLÁVIO VIEIRA, 1ep1esen-
tante, na ala geog1áfica, do Ministéiio da Viação e eminente figma da Delegação fedelal
Coube, desta vez, po1 injunção do 10dízio, evidentemente, ao delegado do Estado do Rio
de Janeüo esta giata opoit~nidade de, nesta festa de família - família geogiáfica - dizer
duas palavias de soJidaliedade afetiva, o que oia faço na linguagem do co1ação Esta confia-
tetnização de companneüos do mesmo ofício faz lembiai a festa do Natal, quando os memb10s
da família se _reúnem pa1a matai saudades e estieitai, cada vez mais, os laços afins, de uma
aliança imortal ,Assim também, de ano em ano, em data ceita, vindos de todos os quadrantes
do Blasil, unem-se neste edifício estandalte, sob um clima de saúde e vigor, de cultura e civismo,
os iÍ:ígeanos vanguaideiros das atividades estatísticas e geog1áficas do Pavs, pala formulares planos
para o futuro e encaminhar soluções 1ealistas, ao campo das 1ealizações
Todos quantos viemos dos Estados para esta Capital a fim de palticipai dêste impoltante
Cdnciave tla~emo~ 'a expeliência de mais dóze meses de labôies, cmtidos em severa faina coti-
diana e assim poderemos nos louvai de nos encolitia1mos p1epaiados pala, num interrâmbio de
1esultai:los objetivos, juntai mais algumas pa1celas de valores ao patrimônio da geografia
E em meio dêsses esforços não há canseiras a lastimai, pÓ1que, a suavü as lidas pelas
quais nos empenhan~os, está a satisfação eufóiica da convivência confo1 tadoia que ire1~os rnante1
d~rante os trabalhos, numa atmosfeta de sadia cpmpteensão, de afetividade e de legítima
confraternização
Bem avisada andou a inteligência que ciiou esta possibilidade de unilem-se os del~gados
regi_onais, anualmente, em p1oveitosa companhia dos iepiesentantes fedetais, paia, numa asso-
ciação de boa camatadagem, : conf eiiarem sôb1e os p10blemas pátlios de 01dem geogiáfica e
da1em as soluções aceitadas e úteis às conveniências nacionais e estaduais Os frutos já colhidos
poi influência desta prática dão-nos a p1ova cabal da assei tiva e' habiiltam-nos a confiai no êxito
que espetamos pala os emp1eendinientos do po1 vil
A jornada pe1co11ida pelos ibgeanos desde a fundação dêste Sodalício - o I B G E - tem
sido po1 estiada luminosa, tais os benefícios, as conquistas e os valoies alticulados num tempo
1elativamen_te cmto, em relação à soma aunazenada de efetivas e p1eciosas 1ealiza(;ões Deve-se
esta vitóda ao fato de sei, cada ibgeano, tocado po1 uma fô1'ça -idealista, que o mantém em
plano supelio1 e o ~nima e o encoraja a pe1manece1 pe1seveiante no campo da luta, sejam
qufli~ fo1em as vicissitudes E êsse idealismo assoma nas cari1panhas cen'sitálias, , nas làboliosas
pesquisas estatvsticas, nos levantamentos e estudos geográficos feitos em 1egiões ,insalub1'es,
ou no desco1fôrto de acampamentos imp10visados, ou quando se é foiçado a passai semanas,
é até meses, longe do aconchêgo acaleritado1 dos 1espectivos la1es E êsses sacrifícios e úscos
sãO encarados pelos ibgea:n0s' cóm natmalidade; com iacional desp1endimento, seni afetações mar-
tiriéilógicas, porque se sentem sustentá.dos 'pela chama interio1 do idealismo;'' que sé! consuma,
na prática, ein tlabàlhos de superação: Logo, a equipe ibgeana teni de ser; como é, fo1madá
Flagrante do sessão solene do instalação dos Assembléias Germs dos Conselhos de Geografia e Estatístico, quando discursava o Eng. 0 Luiz de
Souza, delegado do Estado do Rio de Janeiro, em saudação à representação federal.
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de convictos no otimismo da vida e de adeptos de uma filosofia própria, que se saibam wnduzit,
com espí1ito de renúncia, como operadores anônimos na átdua tarefa de descobrit as g1andeza5
nacionais
Selecionados no ematanhado das competições humanas e convocados a patticipar do áspeto
progtama ibgeano, aguatdam êsses voluntários da boa causa, ele ano em ano, as novas e melho-
tadas ditettizes que são inttoduzidas em suas atividades, metcê dos esfo1ços desta Assembléia
Geral, que em seus atos também se inspita nas mais apu1adas fontes de pat1iótico idealismo
Sente-se bem o delegado fluminense em se1 vil como intél p1ete de seus colegas de delegação,
pois que o Estado do Rio de Janeüo, pelas suas excepcionais e peculia1es condições fisiográficas
e climáticas, pode sei considerado, em certo sentido, como uma amostta do Brnsil Possui
climas tão va1iados como os mais variados climas dos demais Estados; o suntuoso 1io Paiaíba
do Sul faz 1emb1ar o São Francisco, o Tocantins e o Amazonas, conse1 vadas as ptoporções te11i-
toriais; as salinas Lagoa de Aiaruama evocam as de Mossotó; os coqueirais de Cabo Fiio le-
vam-nos a pensar na Bahia, em Sergipe e Alagoas; as usinas de açúcar de Campos evocam as
congênetes de São Paulo e Pernambuco; as montanhas imponentes da 1egião seuana tef!etem
a paisagem majestosa das te11as altetosas de Minas Gerais; a zona lacustre do litoial, na 01la
de uma extensa baixada, leva o nosso pensamento pata o exttemo sul, pata o Rio Gtande, rendi-
lhado em sua costa rnaiítima po1 formosas lagoas, encrnstadas em esplêndida baixada
Dêste modo credenciado pela natmeza dadivosa fluminense e pelo p1ecla10 Presidente desta
Casa, Senhor Desemba1gado1 FLORÊNCIO DE ABREU, fala com dupla auto1idade o 1ep1esentante
do Estado do Rio de Janeüo, em seu p1óp1io nome e no de seus ilustres pares, pata agradecer,
com a mais vibrante das emoções, a homenagem que receheiam com a saudação há instantes
p10fe1ida pelo emé1ito 1epresentante da nobre e culta Delegação Federal"

RELATÓRIO DOS TRABALHOS DA ASSEMBLÉIA

o Ten Cel DEOCLÉCIO DE PARANHOS ANTUNES, Secretá1io-Geral do c N G , telatou


na 1eunião de encerramento as atividades levadas a efeito dmante a 1ealiza~ão da Assembléia
Eis o 1elató1io apresentado:
"Depois de doze dias de intensa atividade mental, eis-nos chegados ao término de nossos
ti.abaihos Muito fizemos e muito 1ealizamos nestes dias de ptofícuo labor nos campos da
Geografia e da Cattogiafia nacionais
Houve, durante os debates em plenário e nas mesas-1edondas uma espécie de mútua ptes-
tação de contas
Assim, dando cumprimento à honrosa incumbência 1egimental de relatar as atividades da
Assembléia Geral da ala geog1áfica do Instituto, devo acentuai, de início, que à semelhança
das reuniões anteriores, esta de que vos darei notícia com justificado ptaze1, pela ptofícua atua-
ção dos seus ilustres membtos, pela 1elevância de suas decisões, assegurou novas bases para o
desenvolvimento das atividades geog1áficas no país, através do compottamento que houve por bem
fixai para o Conselho Nacional de Geografia, órgão coo1denado1 dessas atividades
Empenhada, por outto lado, em possibilitai aos patticipantes da Assembléia-Geia! exato
conhecimento de aspectos da 1ealidade geográfica biasileüa, a Sec1eta1ia-Geral, como lhe cabia, deu,
uma vez mais, o melho1 do seu esfô1ço no sentido de qüe fôssem atendidas em tôda sua plenitude
as elevadas finalidades do seu sup1emo órgão delibeiativo Assim, p1epa10u e ptomoveu a 1eali-
zação de duas notáveis confe1ências, ptoferidas po1 dois cientistas de renome unive1sal: o Ptof
FRANCIS RUELLAN e o Ptof PIERRE MONBEIG Na ptimeita sôbte o tema "A vocação do pla-
nalto central do füasil", o P1of RuELLAN, com a autotidade de giande especialista que é, fo-
calizou as condições, excelentes do ponto de vista geog1áfico, da grande área cential do País em
que deve1á se1 edificada a futma Capital Fedetal
Na segunda o Ptof MoNBEIG, mestre de invulga1 cultu1a, disse1tou sôb1e o valor da
geografia na foimação intelectual dos jovens, sôb1e o papel da Geog1afia na foimação do
cidadão, finalizando o ilustre confe1encista suas sábias apreciações com o estudo da Geografia
aplicada
- 101-

Iniciando oportuna e p10veitosa prática, prevista em Resolução da Assembléia-Geral pas-


;ada, com o objetivo de estudar espedfícamente p10blemas relacionados com a execução dos
ttabalhos de geografia, de cartografia, de ensino e divulgação geográfica, a Secretaria-Geral fêz
fealizai, dutante a reunião dêste ano, tlês mesas-redondas: a l" sôbie processo de cálculo das
áreas estaduais, municipais e distritais; a 2• sôbre a elaboração de um Dicionário Técnico iefe-
rente a têrmos geogiáficos, geológicos e outros afins, e, finalmente, a 3• sôbie problemas gerais
do ensino da Geografia
O elevado padrão dos debates vetificados e o sentido objetivo empiestado às discussões,
pelos técnicos e especialistas presentes, deram ensejo a proveitosas medidas visando ao equacio-
namento e solução dos problemas focalizados, cumprindo destacat a designação de comissões
de estudo e várias providências cometidas à Secietaria-Geral do Conselho e aos seus ó1gãos
regionais
Como paite integtante do p10grama cultuial da Assembléia, foi p10po1cionada sob os aus-
pkios do Exmo Si Minist10 da Marinha, Almitante RENATO GUILLOBEL, a boido do Ctuza-
dor Tamandaié, uma excuisão à Angra dos Reis, que a todos encantou
A pai da paisagem geográfica da iegião, tiveiam os ilust1es delegados, além de acolhimento
de excepcional fidalguia, a feliz opoltunidade de obseivai, de peito, a gtandiosa obra da Nossa
Marinha de Gueua e especialmente da Ditetoria de Hidrografia e Navegação, de cuja inesti-
mável cont1ibuição no levantamento da costa litotânea muito se têm valido os estudiosos e pes-
quisadoies da ciência geogiáfica
Disciplinando noimas de ttabalho, pronunciando-se de maneita eloqüente sôbte vatiados
assuntos geográficos e afins, manifestando o seu sentimento coletivo, a Assembléia Geral, com
muita ope10sidade, aprovou dezoito Resoluções, numeradas de 429 a 446; 12 indicações e 3
Moções Dentre essas delibetações, pela sua televância, merecem 1egist10 especial

As iesoluções de números:

437 - que se p10nuncia sôbie a situação da geografia no cuuículo do cuiso secundá1io


"na qual a Assembléia expressa a sua p1eocupação pela tendência, apresentada por
alguns planos de tefoima do ensino, de desconhecei o papel formativo da Geografia,
reduzindo-lhe o hoiário ou 10ubando-lhe a individualidade pela diluição nas cha-
madas ciências sociais"
439 - dispondo sôbre a conttibuição a sei prestada pelo Conselho na oiganização e rea-
lização do XVIII Congiesso Internacional de Geografia, de molde a que seja p10-
porcionado aos ilusttes congtessistas p10veitosa ieunião científica, bem como lhes
seja patenteado o vigoroso smto de desenvolvimento geogiáfico e ca1tog1áfico no
País, de que é um dos piincipais propulsotes o Conselho Nacional de Geografia,
como óigão coordenadoi dessas atividades
441 que dispõe sôbie estudos ielativos a regiões geoeconômicas do País
440 fixando, em definitivo, a estiutma oigânica da Secietaiia-Geial e ap10vando seu
iegimento
445 - que institui piêmio pata uma bieve "Históiia da Cartogtafia Brasileita'

INDICAÇÕES

Uma sugeiindo ao Si Piesidente do I B G E que promova medida junto ao Govêrno


Fedetal e às aut01idades municipais no sentido de sei constituída uma Comissão, destinada a
elaboiai e p10por aos podeies competentes um plano de unifounização, sistematização e peuo-
dica ievisão da Divisão político-administtativa do Disttito Fedeial, capaz de atendei, simultâ-
neamente, aos inteiêsses dos serviços municipais e fedetais
Outia indicação encaiecendo medidas pata os estudos da Geogtafia Regional
Outta, ainda, sugeiindo seja confeiido diploma de benemeiência aos Consultoies Técnicos
do Conselho Nacional de Geogtafia
Enfeixando num só p10nunciamento a Assembléia Geia! aprovou em Resolução os atos,
delibeiações e resoluções dos Diretórios Regionais, dados ao conhecimento do plenátio pelos
- 102 -

Relató1ios ap1esentados Me1ece1am especial acolhida e louvm da Assembléia as atividades geo-


gtáficas desenvolvidas nos Estados do Rio de Janei10, São Paulo, Minas Geiais, Rio Gtande do
Sul, Bahia, EspÍlito Santo e Pa1á

Senhotes:

As Assembléias do Conselho Nacional de Geogiafia, pelo clima supetiot em que se desen-


volvem, pelos g1andes e belos p10blemas que debatem em tôtno da teua e do homem, pelos
conhecimentos geog1áficos que p10po1cionam, são ve1dadeüas 1euniões de pma biasilidade, mas
de biasilidade sem ufanismo, em que se estudam e focalizam ieallsticarnente as nossas possibili-
dades e as nossas deficiências, apontando-se tum os ou co11etivos
Concluindo êste b1eve telatótio e corno p1eito da mais lídirna justiça, a Senetaiia-Getal
do Conselho manifesta os seus calo10sos aplausos aos ilust1es patticipantes da Assembléia, po1
havê-la conduúdo na giande ttilha já tiadicional de 1ealizações em ptol do desenvolvimento da
ciência geog1áfica e do rnaio1 engiandecimento da Páttia"
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES GEOGRÁFICAS ,
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, VERIFICADAS
DURANTE
'
'
O ANO DE 1953 E APRESENTADO
'
PELO
DIRETÓRIO REGIONAL DE GEOGRAFIA À XIV
SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLÉIA GERAL
DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA

INTRODUÇÃO
O Diretório Regional de Geografia continua organizado nos têrmos da regulamen-
tação vigente, havendo os seus membros atendido às convocações, com o espírito cívico
de. bem servir os altos interêsses coletivos, atribuídos à geog~afia
Um dos Consultores Técnicos, Desembargador MYRTHARÍSTIDES DE TOLEDO PIZA,
teve de deixar as suas funções no Diretório que julgou , incompatíveis com as que
recém recebera de Desembargador, havendo, em seu lugar, sido eleito o não menos
digno Prof MoACYR PAVAGEAV, conceituado técnico, de projeção nacional; na ciência
dos solos Na mesma ocasião foram eleitos mais três Consultores Técnicos, a saber,
o ilustre militar Coronel DÁCIO CÉSAR, integrado nos Serviços Geográficos do Exército
e radicado na cidade de Niterói onde é proprietário, o emérito cultor das letras
geográficas, professor e engenheiro civil, Reverendo ADAUTO SOARES MONTEIRO e o
preclaro jurisconsulto Dr DÉCIO FERREIRA CRETTON, eminente escritor e pesquisador
de assuntos geográficos
Com a plêiade de conspícuos intelectuais que compõem o corpo de Consultores
Técnicos, ora enriquecido com os nomes que acabamos de citar, encontra-se o Diretório
em condições de apreciar, com elevação doutrinária, os mais delicados aspectos da
Geografia Regional.
Tarefas de cunho geográfico, de alta relevância para a administração estadual,
foram realizadas pelo Departamento Geográfico, durante o ano, e o registro delas
está assinalado sucintamente neste Relatório, obedecendo à classificação estrutural do
órgão que dispõe da Divisão da Carta, Divisão Sanitária e de Urbanização, Comissão
de Terras e Serviços Auxiliares.

GENERALIDADES
O Departamento Geográfico manteve, durante o ano de 1953, o ritmo das suas
atividades, rigorosamente dentro dos recursos financeiros que lhe couberam O progra-
ma anual, preparado antes do início do exercício, foi cumprido em todos os seus
pormenores As atividades consubstanciaram-se na elaboração de planos urbanísticos;
no auxílio aos municípios quanto à execução de seus planos diretores, já aprovados;
em estudos destinados a solucionar o problema de enchentes em várias localidades; em
- 104 -

levantamentos altimétricos, para a confecção de uma nova Carta estadual, na escala de


1 :250 000; na instalação de colonos franceses, agricultores especializados, na região
da baixada; em promover a recuperação humana de colonos nacionais; em coligir
elementos e agrupar facilidades para o estabelecimento de indústrias no território
estadual - de celulose, de álcool anídrido, de uísque, de farinha de banana, de
montagem de automóveis, de armação de barcos, e conserva de peixe, de pesca e de
produtos têxteis. Estenderam-se, ainda, as atividades no preparo de condições favoráveis
ao cultivo do rami e em estimular a cultura da banana para exportação
O intento de atrair indústrias e de fomentar a colonização das terras incultas e
aráveis obedece à orientação de promover e incentivar a recuperação econômica da
Baixada Fluminense, para cujo fim conta o Departamento em seus estudos com a
colaboração do Departamento de Conservação de Solos da Secretaria de Agricultura e
da Divisão de Geografia do Conselho Nacional de Geografia
Cuidou, também, o órgão, da publicação do "Anuário Geográfico do Estado do
Rio de Janeiro" e do enriquecimento do vocabulário para o Dicionário Geográfico
em preparação.

DIVISÃO DA CARTA
A Divisão da Carta preencheu plenamente os seus fins, no desempenho de suas
atribuições, cumprindo dedicadamente o programa traçado para 19 53, o qual constou
do seguinte, em linhas serais:

1- NOVA CARTA COROGRÁFICA DO ESTADO NA ESCALA DE 1:400 000

Em junho do ano em lide, ficou concluída uma nova Carta Corográfica do Estado,
na escala de 1 :400 000 Foram feitas restituições de fotografias aéreas que abrangeram
um têrço do território estadual O mapa anterior, da mesma escala, havia sido feito
com fotografias aéreas tiradas pelo sistema trimetrogon, em que são aproveitadas as
chapas laterais inclinadas, e depois reduzidas pelo cálculo, ao passo que na Carta atual
já figuramos um têrço do território com a restituição de fotografias verticais Representa
êste trabalho um aperfeiçoamento de reconhecido valor, que significa enriquecimento
da cattografia estadual. Fêz-se uma edição de 5 000 exemplares, havendo sido requisi-
tados 1 662 dêles, no período de junho ao fim do ano

2 - CARTA COROGRÁFICA DO ESTADO NA ESCALA DE 1:250000

A orografia do Estado não pode ser bem representada em mapas de escalas peque-
nas, como, por exemplo, na escala de 1 :400 000 Há necessidade de se ir ampliando as
escalas para que, cada vez mais e melhor, possam ser assinalados, caitogràficamente,
os contornos horizontais e verticais dos acidentes geográficos de menor proeminência.
Ainda mais, é preciso que sejam registrados os cursos dágua pequenos, os povoados
de menor expressão, as fazendas, as indústrias; é indispensável que haja espaçó na
Carta para a grafia dos topônimos, que são numerosíssimos, na esfera da área territorial
fluminense Além disso, de cada vez que aumentamos a escala, apresentaremos um
trabalho mais preciso, melhor interpretativo da realidade geográfica. Portanto, a exe-
cução da Carta Corográfica do Estado na escala de 1 :250 000, iniciada no presente
período governamental, constitui mais uma grande conquista no terreno da cartografia
- 105 -

estadual Os trabalhos prosseguem ativamente em campo e no escritório Com o


objetivo de podermos apresentar uma produção bem substancial até o fim de 1954,
foram aumentadas as turmas de campo, de 5, mantidas em 1952, para 8 em 1953.
O rendimento foi apreciável, em área, enquanto as turmas se distribuíam pela baixada,
mas hoje que se encontram embrenhadas pelas matas das serras, as dificuldades têm
crescido bastante Há a notar que nem sempre se pode contar com estradas de acesso
para os topógrafos e que êstes têm de pôr à prova as suas melhores qualidades profis-
sionais, a fim de levarem a bom têrmo as suas tarefas Os embaraços que as turmas
de campo encontram em zonas agrestes são realmente grandes Os imprevistos, as
doenças, as machucaduras, as chuvas e muitas vêzes temporais que se registram durante
as operações no interior das matas tiram-nos a possibilidade de fazer seguras estimativas,
quanto a prazos, para conclusões de trabalhos de campo O Estado do Rio de Janeiro
possui cêrca de um têrço da sua área territorial em baixada e dois terços em superfície
acidentada; êstes últimos são de uma variação de nível tão pronunciada e abrupta que,
para vencer tais condições desfavoráveis no trabalho de campo, os maiores esforços
são reclamados dos operadores
A Carta, na escala em referência, será impressa em sete fôlhas que se justapõem
Temos, ao fim dêste exercício, material de levantamento, devidamente calculado, para
compor a primeira fôlha, dependendo ainda de ser cartografado Ao fim de 1954,
se ocorrências imprevisíveis não se antepuserem ao cadenciado ritmo atual, deveremos
ter duas fôlhas prontas e parte da terceira

3 - MAPAS MUNICIPAIS

A Divisão empenha-se em atualizar os mapas mumCipais Coleta das Repartições


federais, estaduais, municipais e de firmas idôneas, cujos documentos mereçam fé,
todos os levantamentos que sirvam para enriquecer os mapas dos municípios Assim,
estamos com a coleção dos mesmos valiosamente melhorada. Tais mapas são da
escala de 1:100 000 e 1 :50 000, consoante o tamanho dos municípios Todos os
elementos que irão compor a Carta de 1: 250 000 estão sendo nêles introduzidos.

4 - ESTUDOS PARA A RECUPERAÇÃO DA BAIXADA FLUMINENSE

Durante os anos de 1951, 1952 e 195 3 êste Departamento, em estreita articulação


com técnicos do Departamento de Conservação do Solo da Secretaria de Agricultura
e com outros da Divisão de Geografia do Conselho Nacional de Geografia, promoveu
um substancioso estudo da Baixada Fluminense, relacionado com a sua recuperação
Esse estudo atingiu as Baixadas de Guanabara, Sepetiba e Araruama, ficando a de
Goitacazes para ser estudada em seguida Quando se efetuou a Assembléia Geral
do Conselho Nacional de Geografia, em julho de 1953, o representante credenciado
do Estado do Rio de Janeiro, que êste Relatório subscreve, apresentou um projeto de
Resolução, que mereceu ser aprovado, segundo o qual ficará a Secretaria-Geral do
Conselho com a incumbência de publicar em um volume, o que ~e dará no ano de
1954, a resenha dos estudos feitos nas regiões acima indicadas. Será l,lma obra destinada
a oferecer subsídios ~e real valor, não só para a continuação dos estudos, como
também para a divulgação de conhecimentos úteis, objetivos e de interêsse prático
Atraídas pelos rumores dêsses estudos procuraram o Departamento pessoas visivel-
mente empenhadas nas riquezas da Baixada, dispostas a nela fazer inversão de capitais,
- 106 -

muitas das quais se encont1am articuladas com êste órgão, no intuito de verem facili-
tados os seus propósitos e alcançados os seus objetivos Tem o órgão Geográfico tudo
feito, sem esmorecimentos, para que todos sejam atendidos, na medida dos seus recursos
Assim, entre outros, o Sr MORGAN HACKMAN estuda com os elementos dêste Depar-
tamento a localização dos bananais que melhor lhe possa convir para promover a
exportação da banana em larga escala; o Dr ALCIDES VASCONCELOS parelha-se, através
de dados informativos aqui colhidos, para produzir, na Baixada, celulose, farinha de
banana, álcool anídrido e uísque, com o fim de exportai e suprir o me1cado interno;
o Dr CLAUDE SoUDIEUX encontrou tôdas as facilidades, neste setor da Administração,
para introduzir colonos franceses na Baixada, especialistas na , rizicultura, o que está
sendo realizado com excepcional sucesso; o mesmo senhor, profundo conhecedor da
cultura do iami, com o nosso auxílio, desenvolveu uma atuação profícua no sentido
de ser essa fib1a cultivada nos municípios de Macaé e Trajano de Morais, com o fim
de transfe1it da França pata cá indústrias têxteis; através ainda do Dr CLAUDE, arti-
culam-se industriais franceses que desejam estabelecer no Estado fáb1ica de conservas
de peixe, estalei10 para barcos de pesca de grande tonelagem e uma organização de
pesca de avultados recursos para explorar o litoral fluminense nas suas fecundas
1eservas pesqueitas Tôdas as informações 1elacionadas com os assuntos supra mencio-
nados foram p10fusamente prestadas pelo Departamento

5 - TRABALHOS DE ESCRITÓRIO

1 - Cópia em vegetal, na escala de 1: 100 000, com colocação de novos topôni-


mos, dos mapas municipais de: Bom Ja1dim, Tiês Rios, Sapucaia, Patati, Bom
Jesus do rtabapoana, Tiajano de Moiais, Macaé, Santo Antônio de Pádua,
São Sebastião do Alto Resende e Petiópolis;
2 - cópia em vegetal, na escala de 1: 50 000, com colocação de novos topôni-
mos, dos mapas municipais de: Saqua1ema, São Gonçalo, Ca1mo, Rio Bo-
nito, Rio das Flôres, Conceição de Macabu e São Ped10 da Aldeia;
3 cópia em vegetal, na escala de 1:250 000, dos mapas municipais de: Angta
dos Reis, Aia1uama, Baua do Püaí, Baua Mansa, Bom Ja1dirn, Bom Jesus
do Itabapoana, Cabo F1io, Cachoeüas do Macacu, Carnbuci, Campos, Canta-
galo, Cauno, Casimi10 de Abteu, Conceição de Macabu, Cotdeüo, Duas
Banas, Duque de Caxias, Itaboiaí, Itaguaí, Itaocaia, Itapernna, Itave1á, Ma-
caé, Magé, Mangaiatiba, Maiicá, Ma1quês de Valença, Miiacema, Nativi-
dade do Caiangola, Nova F1ibmgo, Nova Iguaçu, Paiaíba do Sul, Paiati,
PetJ ópolis, Piiaí, Po1ciúncula, Resende, Rio Bonito, Rio das Flô1es, Sa-_
qua1ema, Santa Ma1ia Madalena, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São
João da Baua, São Ped10 da Aldeia, São Sebastião do Alto, Sapurnia, Silva
Ja1dim, Sumidou10, Te1esópolis, Tiajano de Moiais, Tiês Rios e Vassouras;
4 - cópia em vegetal do mapa de Mendes (1edução da escala de 1: 25 000 paia a
de 1:50 000);
5 - cópia em vegetal do mapa de Nilópolis ( 1edução da escala de 1: 10 000 paia
a de 1: 20 000) ;
6 - cópia em vegetal do mapa de Nitc1ói (1edução da escala de 1: 25 000 paia
a de 1: 100 000);
7 - cópia em vegetal do mapa de São Gonçalo (1edução da escala de 1:50 000
pata a de 1: 100 000);
8 - cópia em vegetal do mapa de São João de Me1eti (1edução da escala de
1:25 000 paia a de 1:50 000);
9 avivamento dos limites municipais e dist1itais, numa cópia do mapa do Es-
tado na escala de 1: 2 50 ooo, paia o C N _G ;
-107 -

10 - esquema paia localização de uma refinaria de petróleo em Itaguaí;


11 - desenho em canson e vegetal dos limites entte Ca1mo, Sumidouro e Duas
Banas;
12 - localização dos marcos, no vegetal, da linha divisória entti: o Estado do
Rio de JaríéÜo e o de São Paulo;
13 - cópia em vegetal da planta dos tios Pavuna e Merlti, desde a sua foz até a
Estiada de Ferro Rio d'Outo;
14 - cópia em vegetal do mapa da cidade de Pet1ópolis, na escala de 1:20 000;
15 ~ cópia em vegetal de um ttecho ( entte os municípios de Parati e Itave1á) da
linha de limites Rio de Janeirn-São Paulo;
16 - cópia em vegetal da linha divisó1ia entle os municípios de Cambuci e São
Ficlélis, na escala de 1: 100 000;
17 - cópia em vegetal da planta do imóvel "João Manoel", situado na divisa Rio
de Janeito-São Paulo (1edução da escala de 1:20 000 pata a de 1:100 000);
18 - duas cópias coloridas' do trabalho citado no item ante1ior;
19 - ampliação de um ttecho do projeto da estiada de 10dagem ent1e Conse-
lheito Paulino e Bom Ja1dim e colocação do mesmo na tela que contém
o plano de utbanização de Bom Ja1dim;
20 - cópia em vegetal do mapa do município de Nilópolis, na escala de 1: 10 000;
21 - cópia em vegetal do mapa de São João de Me1iti, na escala de 1: 25 000;
22 - cópia em vegetal da planta da cidade de Te1esópolis, na escala de 1:20 000;
23 - confecção em vegetal 9e um croqui das cidades de Cachoeitas do Macacu,
Rio Bonito, Magé, Ma1icá e Nite16i com as esttadas de 10dagem e suas
quilometiagens;
24 - 1edução de ttês estudos pata constt ução da estrada Sod1elândia-Ttiunfo, da
escala de 1: 1 000 paia a de 1: 5 000;
25 - cópia em vegetal do pôlto de Imbitiba no município de Macaé (planta geia!
de localização da 1° etapa de const1 ução e do plano de expansão futu1a) ;
26 - cópia em vegetal da linha divisó1ia inte1municipal Ca1mo, Duas Bairas,
Sumidouro e Cantagalo (ampliação da escala de 1: 100 000 paia a de 1: 50 000);
27 - confecção de 8 giáficos dos trabalhos 1ealizados pelo Depa1tamento Geo-
g1áfico, para exposição do Departamento de Divulgação do Estado;
28 - cópia em vegetal da planta batimétrica da baía de Guanabaia;
29 - cópia em vegetal da planta do Pôrto de Niterói, na escala de 1: 2 000;
30 - cópia em vegetal do mapa do litoial biasileiro (Vitó1ia à lagoa dos Patos),
com as prnfundidades do oceano em cô1es, na escala de 1 :450 000

6 - DIVISAS MUNICIPAIS

Algumas Prefeituras não estão satisfeitas com a pos1çao das suas divisas intermu-
nicipais Como é sabido a lei que as estabelece não pode ser modificada senão por
outra lei O Departamento tem sido freqüentes vêzes solicitado para dar esclarecimen-
tos, afastar confusões, fornecer detalhes de plantas, oferecer a interpretação cartográfica,
segundo a lei, para mandar ao local do dissídio um de seus técnicos a ouvir as razões
contraditórias Os casos continuam insolúveis porque ambas as partes controvertidas
julgam estar com a razão No entanto, o Depa1tamento não tem poupado esforços
para levar a cada um dos contendo1es a sua contribuição técnica, elucidativa e de
sentido elevado

7 - TRABALHOS DIVERSOS

- Confecção de 34 placas de fe110, de 0,70 x 0,30, com suportes de tubos


galvanizados, para implantação nas divisas municipais;
2 - acabamento da constrnção de um galpão anexo às oficinas e garagem do De-
partamento Geog1áfico;
- 108 -

3 - consti ução de um pôsto para abastecimento dos carros que se1 vem ao De-
partamento;
4 - aparelhagem completa pata lavagem de ca11os;
S - fôrça e luz pata oficinas e garagem;
6 - confetção de um mmo ent1e as dependências da garagem e as da Seoeta1ia
de Agricultma;
7 - limpeza geia! dos prédios das oficinas, da garagem e da 1esidência do en-
ca11egado;
8 - providências pata conse1vação do n1aterial técnico e 10dante do Depattamento;
9 - p10vidências relativas à compra de matetial mecânico e equipamento do se1-
vi~o de campo;
10 - serviços mecânicos executados na pequena oficina dêste Depattamento, com
1epa10s, ajustagein e conservação dos ca11os, bem como aquisição de ma-
te1ial mgente, inclusive combustível e Jub1ificante;
11 01ganização e cont1ôle do fichátio de entrada e saída do matetial petten-
cente ao Depattamento e sob a guaida da thefia da Divisão da Ca1ta

DIVISÃO SANITÁRIA E DE URBANIZAÇÃO


Tem sido de grande utilidade para as Prefeituras Municipais o auxílio que o
Govêrno estadual lhes tem oferecido com o preparo de planos utbanísticos Quase
tôdas elas estão desprovidas de pessoal técnico em condições de realizar um programa
que envolva soluções dessa ordem, o que não é de se estranhar levando-se em conta
a limitação de recursos de que possam dispor Em se tratando de uma especialização
que exige trabalho de equipe, só mesmo uma organização central pode, de maneira
harmoniosa e eficiente, cuidar do problema A prática tem demonstrado a veracidade
dessa afirmativa Quinze povoações, entre cidades e vilas, dispõem nesta data de
planos de urbanização e servem-se dêles para orientar o seu desenvolvimento Outras
tantas estão com os seus levantamentos atacados O Govêrno estadual, no entanto,
além de promover com os seus recursos técnicos e materiais a elaboração dêsses planos,
ainda auxilia a execução dos mesmos, num esfôrço demonstrativo de interêsse e coope-
ração Esta é a tarefa confiada à Divisão Sanitária e de Urbanização No exercício de
195 3 salientaram-se os seguintes trabalhos:

- NOVA FRIBURGO

Esta cidade está com o serviço de campo concluído Tal se1viço abrangeu levan-
tamentos geodésicos, planimétricos, altimétricos e cadastrais Em se tratando de uma
cidade serrana e de veraneio, foi alvo de um desenvolvimento muito rápido nestes
últimos anos Estava a cidade crescendo desordenadamente e alarmando a administração
municipal O Senhor Prefeito apelou para o auxílio dêste D G e o resultado tem-se
feito sentir, pois ao passo que íamos procedendo aos levantamentos, dava-se, concomi-
tantemente, auxílio técnico à P1efeitura, na solução dos problemas urgentes que se
aptesentavam de maneira constante Presentemente está a Divisão concluindo os cálculos
pata iniciar a pa1te de desenho e traçar, em seguida, as linhas do plano diretor

2 - MIRACEMA

Esta importante cidade fluminense em breve tetá o seu plano de urbanização


Estão prontos mais de dois terços do serviço de campo e parte dos cálculos. O
Departamento espera concluir os tiabalhos ao fim do segundo semestre de 1954, visto
como vêm êles sendo conduzidos num ritmo capaz de oferecer essa previsão.
- 109 -

3 - SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

O levantamento desta cidade foi integralmente feito no correr do exercício; pri-


meiramente foi estabelecida uma rêde de triangulação geodésica, em que tôdas as poli-
gonais ficaram amarradas Graças ao esfôrço e dedicação dos operadores de campo
empenhados na tarefa, obtiveram-se resultados muito compensadores, não só quanto
ao rendimento, como com relação à qualidade da produção Estão sendo concluídos
os cálculos e iniciados os desenhos

4 - RESENDE, AGULHAS NEGRAS, ENGENHEIRO PASSOS E ITATIAIA

Foram encetados os trabalhos na cidade e nas duas mencionadas vilas do município


de Resende Agulhas Negras, para a composição urbanística, está sendo considerada
como parte integrante da cidade de Resende. A presença, em Agulhas Negras, da
Escola Militar, com as suas magníficas edificações, está exigindo, com urgência, uma
composição harmônica e bem estudada destas duas povo:ições adjacentes, que, com o
correr dos anos, se identificarão cada vez mais, marchando na direção de uma unidade
homogênea.

5 - MENDES

Atendendo ao apêlo do operoso Prefeito desta cidade, recém-criada, fêz o Depar-


tamento um esfôrço para corresponder a êsse chamado, havendo dado início aos traba-
lhos preliminares Esta cidade é sujeita a enchentes, de modo que o levantamento a
ser feito há de prever os pormenores que possibilitem o seu estudo

6 - MAGÉ

Deveria ter-se conduído o trabalho de campo desta cidade, em 1953, não fôsse
o surto de progresso que a atingiu e que trouxe como conseqüência um acréscimo de
trabalho com a necessidade de cadastrar as novas indústrias que se instalaram e os
conjuntos de casas operárias

7 - MACAé

Foram iniciados os trabalhos em novembro de 1953 Até o fim do ano ficou


pronto o levantamento geodésico da rêde de triangulação

8 - CONCEIÇÃO DE MACABU

Concomitantemente com os de Macaé foram iniciados os trabalhos em Conceição


de Macabu Por instância do Senhor Prefeito fizemos em primeiro lugar o levantamento
da Praça central da cidade, para atender à oferta graciosa do arquiteto MAX BURLE
de se incumbir da elaboração do projeto paisagístico da mesma; êsse projeto está
pronto e um nosso topógrafo procede a sua locação.

9 - BOM JARDIM

Ficou concluído o plano urbanístico da cidade Constitui a sua obra principal a


construção de um novo canal para o ribeirão Floresta. Esta construção virá solucionar
o problema das enchentes Neste ano foram feitos cento e cinqüenta metros de canal
- 110

e a obra está convenientemente equipada para prosseguir até o fim, com bom rendi-
mento; para tanto basta assinalar que, com o nosso equipamento, estamos obJendo
pedra britada à razão de Cr$ 85,00 por m 3 , quando, se tivéssemos de adquiri-la em
Nova F1iburgo, lugar mais próximo onde pode ser adquirida, teríamos de pagar, com
o transporte, cêrca de Cr$ 200,00 por m 3 Estamos, outrossim, habilitados a fornecer
pedra britada para a construção do grupo escolar local, a cargo do Departamento de
Engenha1ia A construção do novo canal é uma aspiração antiga do povo da cidade,
ora plenamente atendida

10 - ESTUDOS DE OBRAS PREVENTIVAS CONTRA AS CHEIAS

A Divisão promoveu estudos nas povoações de Cordeiro, Duas Banas, Sumidouro


e Monerá para a execução de obras contra as enchentes periódicas O estudo de
Cordeiro está concluído, devendo a execução do mesmo ser feita em 1954 Os estudos
de Monetá e Duas Barras estão em sua fase final Em Sumidouro os serviços de
abertuta ·das margens do Paquequer foram atacados e, embora não concluídos, revelaram
a sua eficiência na enchente do ano, que, conquanto não tivesse sido das maiores, foi
bastante volumosa Os levantamentos efetuados em Cordeiro, Duas Barras e Monerá
serão utilizados quando no próximo exercício tivermos de completá-los para a prepa-
ração dos planos urbanísticos respectivos

11 - CIDADES E VILAS SERVIDAS DE PLANOS DE URBANIZAÇÃO

São as seguintes as cidades e vilas do Estado já servidas por planos de urbanização


e que continuam recebendo do Estado auxílio técnico, a maioria das quais diretamente
do Departamento Geográfico, para que não sofram êsses planos nenhuma deturpação
na sua execução: - Cabo Frio, Arraial do Cabo, Barra Mansa, Volta Redonda, São
João da Barra, Atafona, Grussaí, Araruama, Natividade do Carangola, Sumidouro,
Abraão, Sodrelândia, Cachoeiras do Macacu, Angra dos Reis e Bom Jardim.

* * *
É evidente que a assistência téçnica precisará ser dada, permanentemente, aos
municípios, não só para a efetivação dos seus planos, que exige um cabedal de
conhecimento superior ao de que dispõe o topógrafo comum, como pata prosseguir
nos levantamentos impostos pelo crescimento normal das povoações; nestas circunstân-
cias há de se impedir que o lugar para onde se distender o aglomerado humano, nem
sempre previsível, não se assemelhe a um quisto, mas que tenha o sentido de um
p10longamento natural e oiientado da povoação Tomando por base os meios de
comunicação, estudou o Departamento um plano em que ficam os 58 municípios
distilbuídos em cinco grupos No centro geográfico de cada grupo será ideal estabe-
lecer-se um centro de operações de onde se atenderia, com facilidade, pr~steza e econo-
mia qualquer chamado urgente de um dos Prefeitos do grupo Idealizamos para sede
do primei10 grupo o município de Barra Mansa, de onde o operador, um técnico
especializado, fiscalizaria e orientaria o movimento urbanístico dos municípios em
1edor, que no caso são . os de Resende, Itaverá, Angra dos Reis, Parati, Piraí, Barra
do Pirai, Marquês de Valença, Vassouras, Mendes, Rio das Flâres e Paraíba do Sul
Para a construção da casa residencial do nosso técnico prontificou-se o Sr. Prefeito de
Barra Mansa a doar um terreno 1 bem localizado na cidade, e do valor aproximado
- 111 -

de Cr$ 200 000,00, convencido que se mostrou da grande objetividade do empreendi-


mento As outras cidades, sedes e centros de operações, seriam Nova Friburgo, Macaé,
Itaperuna e Niterói Através dêsses seus pequenos órgãos auxiliares, estará o Departa-
mento aparelhado para prestar um concurso mais efetivo e ptonto aos municípios, em
matéria de urbanização, com grande proveito para à coletividade beneficiada

COMISSÃO DE TERRAS

Preparou-se a Comissão de Terras para receber, neste ano de 195 3, onze famílias
de colonos franceses, especialistas no plantio de arroz e rami. Chegaram sete dessas
famílias e foram encaminhadas, primeiramente, para o Núcleo Colonial de Sodrelândia
No trajeto da viagem verificaram que havia, no Estado, as terras planas da Baixada
e por elas se decidiram com verdadeiro entusiasmo Assim foram êsses colonos insta-
lados em teuas próprias para a rizicultura, onde quatro dessas famílias desenvolve uma
bem cuidada cultura de arroz; as três famílias restantes alojaram-se em tenas próximas
e se dedicarão, além do arroz, a outras culturas, sob o regime de lavoura mecanizada.
Aguarda, no entanto, a Comissão a chegada de outros colonos franceses, possivel-
mente êstes na companhia do Marquês AMAURY PREAULX, próspero agricultor na
França e que deseja adquirir a fazenda de Crubixais, para nela desenvolver a cultura
do rami É seu pensamento trazer da França, de suas terras, vários de seus colonos,
os delas excedentes, para colocá-los no Núcleo Colonial de Sodrelândia e nas terras
adjacentes que está procurando adquirir Êstes, por certo, não preferirão a Baixada
porque o seu maior interêsse estará em ficar perto ou à sombra do seu orientador,
responsável pela sua vinda Os colonos franceses que aqui chegaram são sadios, inte-
ligentes, ativos, têm iniciativa, perseverança e muita vontade de trabalhar; demonstram
ser ambiciosos e dispostos a fazer fortuna A última vez que os vimos, ao findar o
ano, revelavam-se confiantes, satisfeitos e esperançosos

- ALMOXARIFADO

No Almoxarifado é mantido o estoque de material necessário aos trabalhos.


Passou,. assim, para o exercício de 1954, a seguinte espécie de mat~rial de consumo:
cimento, inseticidas, acessórios para veículos, pregos, enxadas, Jerramentas agrícolas,
madeira serrada, canos, material sanitário, óleo, tintas e ferramentas mecânicas :Esse
estoque poderá atender às necessidades .da Cqmissão de Terras e da construção da
estrada para Triunfo, no exercício de 1954, com renovação apenas do material de
maior consumo, tais como: gasolina, cimento, pregos e, eventualmente, peças de
caminhão

2 - CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO

Empregou-se tôda a atividade nas reconstruções e con~ervações de estradas e de


casas de colonos
. .
Durante o ano, foram executados os seguintes serviços:

a) Constiução, no Campo Experimental, de um galpão de 4,00 X 6,00 m, paia


a fab1icação de "biiquetes" destinados a mudas de fiuteÍlas e café;
b) conclusão da const1 ução de duas casas de colonos, iniciàda no ano ante1ior,
i; e const'ruída · mais uma, passando paia· 11 o rtúíne10' de casas destinadas aos
colonos franceses, que deve1ão ocupá-las em 1954;
- 112 -

e) caiação geia! da casa em que funciona a Escola do Núcleo e 1econstruçâo de


Jl7 C de 2,00 X 2,00 m;
d) obias executadas em casas de colonos:

1 Substituição de 100 telhas e 1epa10s gerais, na casa n• 38;


2 constru~ão de 2 tanques, nas casas 34 e 3 5;
3 caiação e pintuta de esquad1ias, nas casas 33 a 40;
'Í colocação de instalações sanitá1ias, com água encanada, nas casas nú-
me10s 34, 35, 36, 40 e 43, completando o número de 11 rnsas que
tiveram instalações dêsse tipo, com as 6 do exe1cício antetio1;
~ reparos geiais e construção de uma caixa para 1eservató1io de água,
na casa n• 1 do lote do colono ANANIAS J PEREIRA;
cí limpeza geia!, 1econstrnção do fogão, substituição de 2 pottas, cons-
trnção do piso da cozinha, na casa n 9 28;
7 - caia~ão geia!, 1econstrução do fogão e substituição do assoalho, na casa
n• 26;
n
u 1econstrnção do fogão, substituição do madeitamento de um pé diteito
e caiação geia!, na casa n• 29;
9 - 1econstrnção do fogão, substituição de 2 po1tas, 1econstrnção do piso
da cozinha, na casa n'' 27;
10 caiação geia! e 1econstrnção do fogão da casa n• 9;
11 1epa10s geiais com substituição de um baldrame, na casa n• 8;
12 1epa10s geiais e caiação nas casas núme10s 5 e 10

3 - ESTRADAS DE PENETRAÇÃO DO NúCLEO COLONIAL DE SODRELÃNDIA

Relação dos trabalhos 1ealizados com essas estradas:

1 - Desobstrnção e reconstrnção do frecho da Variante Campista-Cóuego Ve1me-


lho, onde fotam colocados 6 drenas de manilhas e 4 de pedra de 0,30 Êstes
tiabalhos vá1ias vêzes fotam recomeçados, em vittude dos estiagos p10venien-
tes das chuvas em um teueno muito íngreme e de pouca resistência, num
ttecho de 3 quilômet10s;

2 a estiada que liga a Vila de Sodrelândia ao Núcleo do Campista demandou


menos tlabalho no t\echo inicial, onde o teueuo é 11120.os iucliuado e é de
natuteza mais 1esistente O sen tronco p1incipal com a vatiante pe1faz 10
quilômettos, que fotam continuamente 1etocados com as seguintes ob1as de
maio1 vulto:

a) Revestimento com saib10 de 4 quilômet10s;


b) desobstrução e 1epa1os pesados em 3 quilômetros;
e) alargamento em um ttecho de 15 met10s em 10cha;
d) 1epa10s pesados na pequena variante que se1ve pa1te dos lotes destinados
aos colonos frauceses;

3 - a estiada do Có11ego Ve1melho, wm 10 quilômetros de extensão, sof1eu os


seus maio1es danos no pe1íodo de novemb10 a dezemb10 A situação foi tão
giave que tivemos vá1ios ttechos impedidos po1 cê1ca de 4 dias Foram os
seguintes os tiabalhos executados:

a) Repa10s pesados em 6 quilômet10s, ap1oveitando-se a ocasião para me-


lhota1 as suas condições técnicas;
l) novo 1evestimeuto de saib10 tm 7 quilômet10s;
t) 1econstrução de 10 boeiros e constrnção de mais 6, de pedia;
d) 1econstrnção da ponte sôb1e o có11ego "Gtaças a Deus" e substituição
do esttado de madeira das pontes próximas aos lotes 3 e 9 e do pou-
tilhão "Joaquim Peixoto"
-113 -

Além dêsses trabalhos, manteve-se a conserva de rotina de tôdas as estradas do


Núcleo que, com os trechos citados, perfazem um total de 25 quilômetros.

4 - OFICINA MECÂNICA

A oficiha mecânica estêve à altura de atender a todos os reparos exigidos pelos


veículos da Comissão, destacando-se os seguintes:
- Reforma geral do caminhão Ford 46, como seja: retificação de máquina,
reparos gerais no "Chassis", refo1ma da caixa de ma1cha, substituição dos
feixes de molas com supoltes e jumelos, substituição da instalação elétiica,
reforma do sistema de freios, colocação de 6 peneus novos, troca do estufa-
mento, pintura e colocação de nova carroce1ia;
2 - caminhão Ford 46, com caixa de redução, teve o bloco do motor e o gerador
substituídos bem como o gerador Foi adaptado no mesmo um tanque para
100 litros de gasolina e t10cado todo o embuxamento dianteüo; sofieu reparos
gerais de lanternagem e teve os seus peneus substituídos;
3 a camioneta Fo1d 46 sofieu também uma reforma geial, com lanternagem,
leforma do freio, embuxamento da dileção e manga de eixo, leparos n~
caixa de mudança, substituição dos peneus e pinturas geiais

5 - CARPINTARIA E SERRARIA

Além dos trabalhos de rotina para atender a tôdas as obras já citadas nas cons-
truções e reconstruções, ressaltamos os seguintes:
Constrnção de duas ca1rocerias paia os caminhões da Comissão e reparos
com substituição do assoalho de duas;
2 construção de 4 caaoce1ias paia galiota;
3 construção de 20 estrados pa1a casal e 30 paia solteiro, para distribuição
aos colonos;
4 construção de 32 bancos, 15 pequenas mesas e 10 estantes, para os colonos
do Núcleo;
5 - construção de um armá1io e uma mesa para a administração, bem como dois
po1tões e uma porta;
6 :___ confecção de 10 caixões mortuários;
7 - constlução de 17 portas e 20 janelas, para casas de colonos;
8 - colocação de fundos de madeira em 15 bacias, paia colonos;
9 - preparação de 100 cruzetas para iluminação, de 2,20 x 10 x 8;
10 construção de 80 proteções de madeiras para arborização;
11 constrnção de 1 prensa, 1 maceüa, 2 rodos e 2 pás, paia a casa de farinha,
destinados ao colono AN1ÔNIO RUFINO DE FARIA;
12 preparação de 5 000 piquetes dive1sos, 1 200 de caibros, 800 met10s de peças
de 9" x 6", 12 000 met10s de tipas e 1 200 metros de léguas; as réguas
foiam destinadas ao colono ]OVINO ]uNGER, paia um cmral de porcos;
13 - p1epaiação de 500 tábuas de 3,00 x 0,20 x 0,25, 200 tábuas de 3,00 para
fôrro, 600 peças de 7,60 de 12 x 12 e 40 de 18 x 18;
14 - p1epaiação de 100 postes

As toras tiradas perfazem um total de 150 em média de 3,00 por 1,30 de


circunferência

6 - TRANSPORTES

Foram feitas 19 viagens de ida e volta a Niterói, para o transporte de material.


Não temos a lamentar nenhum acidente com os nossos veículos Todo o transporte

-8-
- 114 -

interno foi feito regularmente e foram atendidos dentro do possível os pedidos dos
colonos para transportes extras. A camioneta atendeu sempre àos serviços de assistência
médica aos colonos, para visitas domiciliares e transportes para o hospital.

7- CAMPO EXPERIMENTAL

No Campo Experimental manteve-se o mesmo ritmo dos trabalhos. Durante o


ano, foram executados os seguintes trabalhos:

JANEIRO
- Plantio de 19 mudas de laran)a tipo Bahia e 14 de laranja lima;
2 - do dia 2 ao dia 20 procedeu-se a uma capina geral em todo o campo com
exceção do cafezal;
3 - de 20 a 31 os tiabalhos se desenvolve1am no replantio das falhas do cafezal

Além dêsses trabalhos o pessoal do Campo Experimental atendeu a trabalhos de


~mergência nas estradas com 184 serviços diversos

FEVEREIRO
Confecção de 91 balaios porta-enxe1tos e transplante de igual número de
enxe1tos de laranjeiras para os mesmos;
2 ~ preparo do terreno para viveiro de polta-enxê!to de limão;
3 - plantio de 5 !eiras de batata-doce, com 70 m de extensão;
4 - plantio de 400 mudas de limão bravo em cêrca viva paia o Campo;
5 - plantio de mudas de eucaliptos paia um pequeno bosque;
6 - p10cedeu-se à segunda capina no Campo Experimental;
7 - plantio de 20 quilômetros de feijão;
8 - trabalhos de eme1gência nas est1adas, com 127 serviços dive1sos.

MARÇO
- Procedeu-se ao enviveramento de 800 mudas de limão para po1ta-enxêrto;
2 - replantio de café;
3 - plantio de 150 mudas de laianja;
4 - capina geral no cafezal e no mandioca!, em uma área aproxii'nada de 10 000,00
metros quadiado

ABRIL
Neste mês foram apenas executados os pequenos tratos culturais, uma vez que os
trabalhos nas estradas absorveram 343 serviços. É oportuno esclarecer que o número
de homens no Campo Experimental é variável, porquanto temos períodos em que
trabalham muitos colonos dentro do máximo de 15 dias para cada um.

MAIO
Colheita de milho e feijão; colheu-se 30 sacos de milho e 5 de feijão; esta
plantação em pequena escala é destinada apenas à p1odução de sementes para
distiibuição aos colonos;
2 - foram plantadas 600 mudas de iepolho;
0

3 limpeza do vivei10 de limão;


4 - tlaba!hos de emergência nas estladas com 308 serviços

JUNHO
1 Capina geral no campo de fruteüa;
2 tlabalhos de eme1gêricia nas estradas com 144 sei viços
-115 -

JULHO
- P1eparo de 80 suportes de madeira para as videilas, com arame galvanizado;
2 - confecção de 200 balaios para po1ta-enxeitos e transplante de 200 mudas
de laranjeiras paia os mesmos;
3 - colheita de caiá e inhame;
4 - prepa10 do teireno e plantio de 195 quilos de cará e 150 quilos de inhame;
5 - trabalhos de eme1gência nas estradas com 56 serviços

AGôSTO
- Capina da lavoura de café;
2 - plantio de 56 mudas de <li.versas frnteilas, para completar talhões do Campo
Experimental;
3 - foram praticadas 212 enxertias de fruteÍlas dive1sas (videiras, macieiras, pes-
segueiros e caquizeiros), todos com bom êxito;
4 - plantio de 400 covas de mandioca

SETEMBRO
1 - Continuou-se a capina do cafezal;
2 - plantio de 10 quilos de feijão e 6 de milho para p10dução de sementes;
3 - envive1amento de 400 mudas de limão para po1ta-enxertos e dive1sos de
marmelei10s, figueiras, macieüas e videüas

OUTUBRO
1 - Continuou-se as capinas no cafezal e frutei1as;
2 - colheita de 100 quilos de café paia sementes;
3 - plantio de mais 15 quilos de milho;
4 - confecção de 72 balaios para porta-enxertos de abacateüos

NOVEMBRO
1 Continuação das capinas gerais;
2 - preparo de teneno e semeadura de 5 quilos de café para mudas e essência;;
florestais;
3 - confecção de 3 grandes esteiras para cobertuia dos canteiros;
4 -- limpeza em tôda a á1ea da cultuia de milho;
- 1eplantio das falhas na lavouia de café

DEZEMBRO
1 - Prosseguimento das capinas gerais;
2 - confecção de mais 100 balaios pa1a mudas de abacateiros e 5 mai01es com
alça pala tiansporte de ce1eais e tubé1culos

* * *
Além de todos os trabalhos mencionados, foi dado, continuamente, combate às
formigas "carregadeira preta" e "quenquém vermelha'', num total de 300 aplicações
de formicida O combate às demais pragas das fruteiras foi feito em 8 aplicações de
inseticidas com pulverizadores costais.
O Campo Experimental prestou assistência aos colonos, quer na orientação técnica
dada pelo seu Encarregado, Sr. LAUDELJNO DA SILVEIRA DIAS, quer na distribuição
de mudas e sementes O total de enxertos distribuídos aos colonos foi de 800 mudas
de fruteiras diversas, sendo 80% de citrus Distribuímos ainda aos colonos 10 000
mudas de café.
- 116 -

8 - TOPOGRAFIA

Foram executados os seguintes trabalhos:


- Reconhecimento dos estudos A, B e C do início da ligação da Estiada de
Rodagem para Triunfo, em um total de 20 quilômetros;
2 - levantamento da linha de transmissão pata o Cóirego Vermelho, com a loca-
ção de postes de 50 em 50 met10s (Linha da futura rede para o Núcleo
Colonial, trecho inicial) ;
3 - levantamento planimétrico e altimétrico da Fazenda de Crnbixais, situada no
8 9 distrito de Macaé Este levantamento cob1iu uma átea de 7 107 020,00 m 2 ,
com curvas de nível e com o.s seguintes detalhes:
a) Delimintação de tôdas as áteas cultivadas, com cafezais e lavomas biancas,
em um total de 539 065,00 m';
b) delimitação de tôda a área de rochas e matas em um total de 3 416 276,00
metros quadrado;
e) levantamento de córregos, estiadas, linha de transmissão e casas de colo-
nos e outias benfeito1ias
Para êstes ttabalhos fotam lançados 2 5 503 met10s de poligonais taquio-
métticas, além de pequena ttiangulação;

4 - levantamento da posse do Sr Ovlmo ANTÔNIO DE SOUSA, vizinho ao Núcleo


Colonial, pata inst1 ução de ptocesso encaminhado pelo Domínio do Estado
A átea cobe1ta foi de 93 500,00 m';
5 - 1eavivamento de rumos em lotes de colonos onde sutgiram dúvidas de limites;
6 - desenhos e croquis diversos entte os quais o desenho da planta planimét1ica
e altimét1ica da fazenda de Crnbixais, co11espondentes aos ttabalhos citados
no item 3;
7 - todos os cálculos topog1áficos referentes aos trabalhos acima relacionados e
todos os alinhamentos e locações na vila de Sod1elândia para efeito de urba-
zação da mesma

9 - COLONOS

Em sua maior parte os colonos continuam trabalhando 15 dias por mês, ora no
Campo Experimental, ora nas estradas, dedicando os outros 15 dias à sua lavoura.
A colheita neste ano ainda não atingiu os cafezais porquanto todos ainda estão
muito novos, contando os mais velhos 4 anos.
Têm os colonos sempre para o seu consumo tubérculos· diversos, cana-de-açúcar,
banana etc Suas fruteiras de pequeno porte ainda não frutificaram.
A completa independência dos colonos somente estará assegurada quando as
suas lavouras de café estiverem produzindo Todo o café plantado, até agora, totaliza
50 000 pés, de idade entre 1 e 4 anos.

10 - URBANIZAÇÃO DA VILA DE SODRELÂNDIA

Foram executados os seguintes trabalhos, além da conservação das ruas, arboriza-


ção etc.
1 - Locação de lotes e alinhamento pata const1ução de casas pa1ticula1es;
2 - dema1cação do p10longamento do canal, nas obtas contra enchentes e demais
tiabalhos topog1áficos deco11entes;
3 - 1econstrnção de 12 metros de muro, em alvenaria de tijolos, do cemitério
local, além de pequenas obras internas;
4 - desobstrução e abertuia dó trecho do canal na avenida "A", com a cons-
ti ução de 30 met10s de fundação e 15 metros de mu10 de a11imo;
- 117 -

5 - atê110 na rna "N" junto à ponte sôb1e a Avenida "A";


6 - fundição e coloca~ão de mais 5 postes de concreto, oitavados com 2,20 me-
t10s, e construção de 10 bancos para a Praça local;
7 - a1bo1ização da rua "B'', com 60 unidades de essências florestais;
8 - ieplantação de 40 outlas essências flo1estais da arborização existente;
9 - repaiação das iêdes de iluminação pública, fornecimento de mais 60 postes
e 100 ctuzetas de madeita, para êsse mesmo fim;
10 - ieforma pa1cial das duas pontes sôb1e o cóuego "Mata Cachorro" Nestas
pontes foram empregados 5 vigas de 5 mettos e 66 pianchões

11 - ESTRADA DE RODAGEM SODRELÂNDIA-TRIUNFO

Ficaram a cargo da Comissão de Terras os trabalhos de construção da Estrada


de Rodagem Sodrelândia-Triunfo A verba destacada para êsses trabalhos iniciais foi
de Cr$ 200 000,00 e foi empregada em reconhecimentos, exploração, projeto, locação,
picadões, terraplenagem, obras de arte e aquisição e estocagem de ferramentas e de
material de consumo

Assim, foram executados:

1 - Reconhecimentos em um total de 20 quilômet10s;


2 - estudos A, B e C, constante de exploração e p10jeto com tôdas as plantas,
perfis e cálculo ap10ximado de movimento de teua Êstes estudos abian-
geiam 18 quilômet10s;
3 - locação do estudo "A", aprovado pelo Exmo S1 Secretário de Viação e
Obias Públicas, e a abeitura dos picadões paia início da constrnção;
4 - abe1tuia do trecho inicial em uma extensão de 1 000 met10s Cabe assinalai
que êste trecho inicial tem uma extensão de 60 met10s de rocha decom-
posta em encosta muito abrnpta Os ttabalhos continuam com a tuuna de
operários, enquanto o tiato1 p10ssegue na tenaplenagem dos trechos em tena
mais adiante Ê prnvável, salvo contiatempo, que sejam cobertos um total
de 3 quilômetros, com mais 60 dias de tiabalho;
- início de constt ução do p1imeilo pontilhão com 8 metros de vão, com fun-
dação em conoeto e esttado de madeita de lei;
6 - estoque de ferramentas, óleo diesel, explosivos, cimento etc , paia prosse.
guimento das obias, ainda com a vetba destacada

SERVIÇOS AUXILIARES

1- SERVIÇO DE SECRETARIA E PESSOAL

a) Protocolo

Foiam registrados, no Protocolo, 950 documentos e a expedição dos volumes do


59 número do "Anuário Geográfico'', cuja edição foi de 1 000 exemplares, estêve a
seu cargo.

b) Expediente

A chefia dos S A. expediu 133 ofícios, redigiu 297 dos 433 expedidos pelo
D R G e pela chefia do D G , e funcionou na maioria dos processos que transitaram
pelo Protocolo Estêve aos seus cuidados a compilação e a revisão da matéria enviada
para o prelo, referente ao 69 número do "Anuário Geográfico".
- 118 -

e) Mecanografia

Foram extraídas 2 363 copias heliográficas de mapas, cartogramas, gráficos e


outros documentos, diversas cópias mimeográficas, datilografados 597 ofícios, diversos
relatórios, informações, ofícios individuais, relações, tabelas, resumos de ponto do
pessoal, mapas de diárias, requerimentos, recibos, fôlhas de pagamento de diaristas e
os respectivos cartões de ponto, bem assim todos os trabalhos que irão compor o 69
número do "Anuário Geográfico", num total de cêrca de 450 fôlhas.

d) Pessoal

Os S.A mantêm atualizados o fichário e o arquivo relativos ao pessoal do D G.


No primeiro são anotados os dados de cada servidor e os acontecimentos referentes
à sua vida funcional; no segundo são arquivados, por cópia, em pastas individuais, os
respectivos documentos

2- CONTABILIDADE

Os serviços de contabilidade vêm sendo mantidos em dia Compreendem êsses


serviços: escrituração e movimentação das verbas orçamentárias; requisição de adianta-
mento; organização e exame das prestações de contas; confecção das fôlhas de paga-
mento dos diaristas e dos respectivos cartões de ponto; cálculo de diárias.

3 - MATERIAL

O contrôle do material aos cuidados dos S A continua em ordem As entradas,


as saídas e os preços vêm sendo devidamente anotados nas fichas próprias As coletas
de preços e as compras de todo o material permanente adquirido pelo D G , para os
seus diferentes serviços, estiveram a cargo dessa chefia

4 - SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO

A mapoteca, a biblioteca, a fototeca e o arquivo corográfico constituem o Serviço


de Documentação que, durante o ano, foi constantemente consultado por funcionários
do Departamento, da Secretaria, de diversas repartições estaduais, federais e municipais
e, também, por particulares.
Na mapoteca estão registrados e devidamente guardados 1 429 documentos, entre
os quais são encontrados mapas do Estado, dos municípios fluminenses, do Brasil, de
diversas regiões, e plantas referentes a planos de urbanização de localidades fluminenses,
a levantamentos topográficos e cadastrais, a loteamentos submetidos à apreciação do D G

ANUÁRIO GEOGRÁFICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


Saiu à lume, em abril, o 59 número do Anuário Geográfico do Estado do Rio
de Janeiro, correspondente ao ano de 1952 A impressão foi de mil exemplares de
348 páginas Foi um número especial comemorativo do primeiro lustro da sua exis-
tência O Serviço Gráfico do 1 B G E incumbiu-se da sua confecção artística e saiu-se
magnificamente bem da tarefa Em dezembro de 1953 foi enviado ao prelo tôda a
matéria pàra o 69 número do Anuário, devendo a sua impressão estar concluída em
abril de 1954.
- 119 -

XI CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA


A última reunião do Diretório, realizada em 30 de dezembro de 1953, teve por
principal escopo tratar da representação fluminense ao XI Congresso Brasileiro de
Geografia Ficou resolvido, nessa sessão, que o Diretório desse a sua adesão ao
Certamem, na qualidade de Membro Protetor e enviasse ao mesmo uma delegação.
Ficaram também assentadas várias medidas que seriam postas em prática nos meses
seguintes com o fim de divulgar entre os Diretórios Municipais e Associações Culturais
a grande objetividade científica e cultural do Congresso.

CONCLUSÃO

Ao findar êste Relatório não deixaremos de realçar a ação coadjuvadora da


Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Geografia, que sempre tem atendido com
benevolência e solicitude os apelos do Diretório, quando se torna necessária a sua
ajuda, para se levar a bom têrmo uma tarefa por demais penosa, em face dos recursos
disponíveis Grande parte dos empreendimentos realizados, de cunho geográfico,
alcançou o seu êxito, graças a essa cooperação valiosa, que é bem compreendida e
sentida na alta administração fluminense, em tôda a sua importância e grandeza A
obra do C N G é exaltada no Estado do Rio de Janeiro não só porque ela se tem
feito notar através de seu território, como também porque se reveste de uma concei-
tuação cívica, que de modo especial enobrece a administração pública nacional
O Diretório Regional de Geografia e o Departamento Geográfico estadual pro-
curam, dentro de suas atribuições e articulando tôdas as suas reservas, manter alto o
seu rendimento para melhor atingir os seus objetivos Aceitamos, prazeirosamente,
tôdas as sugestões exeqüíveis que visem o progresso em nossa esfera de ação, na
certeza de que trabalhar, na órbita geográfica, pela nossa Unidade Federativa, será
trabalhar pelo Brasil.
O Diretório do Estado do Rio de Janeiro apresenta, por êste meio, aos dignos
delegados presentes a esta Assembléia Geral as mais afetivas e cordiais saudações,
jubiloso de poder contribuir com a sua parcela para o aprimoramento e a valorização
do serviço geográfico no Brasil.

LUIZ DE SOUZA
Secretário do Diretório Regional de Geografia
GUIA DE EXCURSÃO A ANGRA DOS REIS (~)

Prof CARLOS AUGUSTO DE FIGUEffiEDO


MONTEIRO
Geógrafo do C N G

SíNTESE DA EVOLUÇÃO GEOMORFOLóGICA DA FAIXA LITORANEA


DA BAíA DE GUANABARA À BAíA DA ILHA GRANDE

As feições geomorfológicas gerais do Brasil oriental e do litoral do Atlântico Sul


estão ligadas à ocorrência de importantíssimos movimentos tectônicos aos quais foi
submetido o escudo cristalino brasileiro** já longamente desgastado através dos
tempos geológicos.
Em período não muito distante, possivelmente durante o fim do Cretáceo ou
início do Cenozóico, na opinião de LAMEGO, a antiga estrutura foi submetida a
fortes movimentos tectônicos que produziram um sistema de falhas longitudinais
paralelas, as quais, talhando abruptamente a costa, fizeram desabar em blocos escalo-
nados a parte oriental do continente no Atlântico.
Herdeiras dêstes falhamentos, desenvolvem-se, paralelamente ao litoral, as linhas
gerais do relêvo atlântico A serra do :rv,t:ar que se estende na direção SW-NE rece-
bendo denominações variadas (órgãos, Estrêla, Tinguá, Araras, Bocaina etc) nada
mais é do que um bloco falhado e basculado para o norte, descendo assim em escarpa
íngreme para o mar e em declive suave para o vale do rio Paraíba, que corre na
depressão de ângulo de falha ao pé do bloco falhado da Mantiqueira.
Paralelos ao bloco da serra do Mar, desenvolvem-se os maciços litorâneos, mode-
lados no bloco falhado fronteiro ao anterior, que repete, em escala reduzida, o que
acontece com o precedente.
Enquanto a serra do Mar se apresenta de modo geral como uma frente contínua,
o bloco que lhe fica em frente perdeu sua continuidade, sendo freqüentemente rompido
por brechas e perturbado por falhas longitudinais e veios eruptivos, formando assim
uma linha de maciços separados - os maciços litorâneos (O maciço de Niterói, os
do Distrito Federal, que se prolongam nas ilhas da Marambaia e Ilha Grande).

• Guia que serviu de ~rientação à visita feita, em 10-7-1954, a Angra dos Reis pelos membros da XIV
Sessão Ordinária da Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia
** De estrutura "complexa" segundo BRANNER e sistematizado por LAMEGO como uma crosta gnáissica
na qual a intrusão de um batólito granítico produziu um sistema de rugas isoclinais (Diastrofismo Brasílico)
agrupadas em um gigantesco anticlinal
- 122 -

Dentre as brechas que fracionaram os maciços litorâneos (vide mapa) destacam-se


a brecha estreita e profunda da Guanabara e as duas outras, largas e também profundas,
de ambos os lados da Ilha Grande
Uma intensa ação erosiva tem atacado, desde então, a nova sµperfície, cujas
formas estão já muito distantes daquelas da antiga estrutura
Os blocos falhados vêm sendo atacados fortemente dando lugar a "frentes disse-
cadas de blocos falhados" Mas o modelado atual revela, de certo modo, uma adaptação
à primitiva estrutura dobrada; pode-se observar uma série de vales paralelos na
direção SW-NE
A heterogeneidade das rochas do complexo cristalino contribui para a grande
variedade das formas do relêvo De ação mais incisiva sôbre os biotita-gnaisse, granitos
e dioritos, a erosão encontra maior resistência por parte dos leptinitos e mais ainda
pelo gnaisse lenticular, que dá origem aos pães de açúcar.
Sob o clima quente e quase sempre úmido da encosta tropical atlântica, as rochas
estão sujeitas a uma forte desintegração pela ação química da água Alteram-se em
uma profundidade dez vêzes superior à das rochas submetidas a outros climas A
lixiviação dos álcalis e da sílica, pela hidratação, incorpora às arenas lateríticas uma
forte proporção d' água e enriquece-as em ferro
A inexistência de uma estação sêca prolongada apressa a desintegração das rochas
Dêste modo, as secções dos vales alargam-se cada vez mais, enquanto que as vertentes
recuam, conservando uma forte inclinação. Formam-se assim os vales em manjedoura,
típicos do modelado da encosta atlântica, que apresenta no aspecto morfológico geral
caracteres de juventude e maturidade ao mesmo tempo
A floresta tropical é o sustentáculo das arenas e argilas de decomposição Uma
vez destruída a floresta, a camada de rocha decomposta, que cobre em geral vertentes
íngremes, em pouco tempo sofre ação dos deslizamentos, acelerando-se assim a erosão
pela contribuição do homem.
Nos maciços litorâneos destacam-se as escarpas de formas tão características, em
caninos, penedos, pães-de-açúcar e corcovados Tais formas podem ser explicadas pela
ação conjunta de fatôres variados, como a natureza e estrutura das rochas, a orientação
da rêde de diáclases e fraturas, os ptocessos erosivos por hidratação e ainda pela
esfoliação térmica
Entre os blocos falhados da serra do Mar e dos maciços litorâneos, estende-se
uma depressão de ângulo de falha, ocupada pela faixa das baixadas fluminenses que
terminam a oeste na baixada de Sepetiba, ligada às outras pela brecha do rio Guandu,
e a dos rios Cabuçu e Sarapuí (afluente do Iguaçu)
Os riachos que descem a escarpa da serra do Mar chegam à baixada em entalhes
afunilados tendo, daí por diante, seus perfis modificados subitamente, reduzida as
velocidades e, conseqüentemente, o poder erosivo, passando a divagar na planície que
se torna pantanosa e de drenagem irregular
Ao lado dos movimentos tectônicos, responsáveis pelas linhas gerais d.o relêvo
atual, um outro fator veio influir no modelado da faixa atlântica - as oscilações do
nível do mar Se bem que sua ação não seja do mesmo teor dos movimentos tectônicos,
sua importância na evolução elo relêvo é considerável
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Fig. 1 - Mapa Geomor/o'lógfco da Bafa de Guanabara e regillea vfdnhaa - de autoria do Prof. FranelB Ruellan.
("A EtloJuçilo Geomor/oló(lf.ca da Baf.a da Guanabara e das regtt1e11 vizinhas") ln Rev. Bras. de Geografia, ano VI, n.o :4.
- 123 -

Analisando a topografia da baixada fluminense percebe-se que ela apresenta uma


série de pequenos morros esparsamente semeados pela baixada e correlacionados entre
s1 por certo número de níveis de erosão
Tal modelagem ocorreu, possivelmente, por volta do Quaternário Médio, produ-
zindo rebaixamento dos rios, em virtude de um movimento negativo do mar, que
recuou a algumas dezenas de metros abaixo do nível atual. Êste recuo do nível de
base geral possibilitou uma retomada de erosão que, na depressão de ângulo de falha,
produziu nos morros dissecados uma série de patamares.

O desenho de Percy Lau, baseado em fotografia aérea, dá uma magnífica idéia da posição <le
Angra dos Reis, localizando-a no quadro geral do relêvo atlântico
a) Pôrto de Angra dos Reis; b) Baía da Ribeira; c) Enseada da Japuíba; d) Serra do Mar (Bocaina);
e) Vale do Paraíba; f) Serra da Mantiqueira

Pelo movimento positivo do mar, ocorrido possivelmente na época das grandes


glaciações, as águas penetraram no continente ocupando as depressões preparadas pela
retomada de erosão
Pela brecha estreita da Guanabara, ocupada na fase precedente por um rio que
seria o principal coletor, as águas por êle penetraram e pelos vales afluentes prossegui-
iam para o interior da baixada, formando uma ria ramificada que originou -a atual
baía da Guanabara *
A oeste, os maciços litorâneos constituídos pelo eixo alcantilado da Marambaia
e da Ilha Grande, separados por largas brechas, permitiram uma invasão muito mais
ampla das águas que ocuparam a depressão de ângulo de falha e atingiram a própria
encosta da serra do Mar
A morfologia atll'.ll da orla marítima empenhada na regularização das costas oferece
aspectos dos mais intetessantes e pitorescos os quais analisaremos mais adiante

* Tal é a oprniao de RUELLAN sôbre a evolução geomorfológica da baía de Guanabara Para LAMEGO,
cujas idéias no coni.unto não se distanciam muito àas do precedente, a formação dâ Guanabara foi "originada
por um desabamento geral resultante da formação da serra do Mar e acentuado posteriormente por fraturas
circulares em funil em sua margem oriental" ("O Homem e a Guanabara")
II

A OCUPAÇÃO HUMANA

A ocupação humana da região processou-se, desde os primórdios de nossa coloni-


zação, em função das dificuldades apresentadas pelo meio físico e das possibilidades
econômicas, que interessavam aos nossos primitivos exploradores e as primeiras socie-
dades locais
É bem sabido que o traço característico desta ocupação foi o obstáculo que a serra
ofereceu ao colonizador no Brasil Meridional Se as costas foram hospitaleiras, a
serra alcantilada revestida de floresta luxuriante constituiu o grande obstáculo para
o interior Em nenhum outro trecho do litoral êste fato foi mais expressivo
Durante o primeiro século da colonização processou-se o desenrolar das expedições
exploradoras, a coleta do pau-brasil, o estabelecimento dos piimeiros núcleos de
povoamento e as primeiras tentativas de penetração do interior
Embora oferecessem, a Guanabara e as bacias do oeste, a mais franca acolhida
aos navegantes, do ponto de vista da fixação, houve, desde o início, uma diferença
de possibilidades entre elas
Foram ambas largamente visitadas pelos europeus, que percorriam tôda a costa
atlântica à cata do pau-brasil, sàmente após a expulsão dos franceses os portuguêses
se fixaram à entrada da Guanabara E o núcleo de povoamento, mudando de sítio,
procu1ou o morro mais seguro, de onde deveria descer pouco a pouco para a conquista
da baixada e das restingas Na Guanabara, graças à baixada, estabelecia-se assim uma
explotação ag1ícola e pastoril condizente com as aspirações da sociedade da época, e
que se desenvolveria pelos séculos seguintes, emoldurada pela barreira da sena
Nas bacias de oeste, onde o mar chega ao pé dos flancos íngremes da serra,
aproveitavam-se apenas as raras faixas de terra plana e as encostas menos íngremes
Enquanto na Guanabaia houve unificação do núcleo, nas baías em tôrno da Ilha
Grande criaram-se núcleos pequenos e esparsos - Parati, Angra dos Reis, e Ilha
Grande - desenvolvendo, na medida do possível, a atividade agrícola-pastoril da
época
Entretanto, os núcleos do oeste entravam em contacto com São Vicente e o
planalto paulista, já então atingido. Quando da eclosão do ciclo do ouro, Parati
captou o transporte das minas, situando-se no célebre "Caminho dos Goianases" que
ligava o planalto à Guanabara Por todos os séculos XVI e XVII foi esta a única
via praticável entre o Rio de Janeiro e o interior Era o chamado "Caminho Velho"
que, do pôrto de Parati, por Cunha, ia ligar-se à rota dos bandeirantes em Lorena e
rumava para as Minas Gerais. Esta função comercial deu grande prosperidade àquele
pôrto que chegou a possuir fundições próprias
No início do século XVIII, quando os bandeirantes haviam descido o Paraíba e
atingido o interior do planalto mineiro por Barbacena, o "Caminho Novo" de Garcia
Rodrigues Pais atingiu a baixada da Guanabara, descendo a serra e ligando-se com o
pôrto da Estrêla
O Rio de Janeiro obtinha assim um novo acesso, inteiramente terrestre, às minas
A lavoura cafeeira estabelecida na baixada da Guanabara e ganhando o vale do
Paraíba não fêz sentir a diminuição do rendimento das minas, criando o ciclo do
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Estrada de Rodagem Federal


E S C A L A Estrada de Rodagem Estoduol
Estrado de Rodagem Mu11lc1pol
- 125 -

café O alargamento vertiginoso da lavour~ cafeeira no vale do Paraíba e nas serras


fêz com que, do eixo daquele vale, novos caminhos descessem a serra para escoar
sua produção. Entre o Rio de Janeiro e Parati surgiram, dos fins do século XVIII
até meados do século XIX, êstes caminhos que desciam de vários pontos da serra
(Bananal, Barra Mansa, São João Marcos etc) Nas baías de oeste, de fácil acesso,
os portos multiplicaram-se: Mambucaba, Frade, Jurumirim, Ariró, ltapema Parati
perdeu sua posição de destaque pela hegemonia de Angra dos Reis, que se tornou,
com o Rio de Janeiro, um dos maiores portos do sul do Brasil nos meados do século
passado
A atividade que alcançou o litoral desde a Guanabara à Ilha Grande, durante o
período áureo do ciclo cafeeiro, foi largamente exaltado pelos cronistas da época Ao
embarque do café juntava-se o desembarque de escravos, que pela Marambaia e Man-
garatiba passavam às fazendas da serra
Do Caminho Novo, desmembraram-se caminhos como o que descia ao pôrto da
Estrêla da Paraíba do Sul por Cebolo e Padre Correia e o de Pati do Alferes
O advento da era ferroviária trouxe uma profunda modificação no equilíbrio
comercial entre a Guanabara e as baías de oeste.
O eixo ferroviário orientado através do vale do Paraíba atingiu Barra do Piraí
em 1864 (ano do apogeu de Angra dos Reis) Em 1871, os trilhos da E F D Pedro
II chegam a Pôrto Novo do Cunha e, rumando para São Paulo, atingiram Cruzeiro
em 1874. Tal desenvolvimento provocou uma mudança nos rumos de tráfego o que
ocasionou a decadência dos portos das baías do oeste
Angra dos Reis, centro econômico, perde sua importância no comércio do café,
continuando com a produção agrícola, à qual a libertação dos escravos trouxe outro
rude golpe.
Enquanto isto o café se expande Paraíba abaixo ( Itaperuna) e, vale acima, atingiu
o planalto paulista A rêde dos transportes ia sendo traçada à procura dos outros
centros econômicos do planalto - Minas Gerais - e do litoral - baixada açucareira
de Campos - irradiadas do Rio de Janeiro que centraliza assim a produção comercial
A migração da lavoura cafeeira para São Paulo fêz crescer a exportação de Santos,
que passa a adquirir grande importância.
A abolição da escravatura e o esgotamento das terras levam ao colapso a economia
monocultora fluminense que, nos fins do século XIX, cedeu lugar à hegemonia cafeeira
paulista, a qual recorrera à imigração em larga escala.
Já no século XX a rêde rodoviária em desenvolvimento, visando aos mesmos
centros econômicos que a rêde ferroviária, não alterou a situação.
Dêste modo, a faixa costeira nos dias atuais reflete o antagonismo existente entre
a Guanabara e as baías do oeste.
Assim os dois primitivos núcleos do povoamento, ambos voltados para a explota-
ção e o desenvolvimento das zonas internas de difícil acesso, comunicando-se primiti-
vamente pelo mar, e posteriormente ligados ao continente pelo mesmo interêsse, estão
hoje separados pela captura do feixe de transportes por parte de um dêles, e, econô-
micamente, por uma distância de séculos
Verifica-se, hoje, na geografia humana da faixa litorânea uma divisão em duas
zonas distintas, às quais certas diferenças fisiográficas emprestam maior individualidade.
- 126 -

A leste na baía fechada da Guanabara o Rio de Janeiro tornou-se uma grande


metrópole Sua situação política e a conseqüente centralização dos transportes fizeram
dêle um dos centros mais importantes do continente Até mesmo os problemas
decorrentes da decadência do ciclo econômico anterior vêm sendo superados O sanea-
mento da baixada, abandonada após o colapso da agricultura escravocrata tornou possível
o seu reaproveitamento Nela a cidade tem-se expandido, localizaram-se suas indústrias;
provocando grande valorização das terras
Enquanto isto a oeste, Angra dos Reis, representante do conjunto de portos
esparsos nas baías de oeste, perdendo sua função comercial, permaneceu como uma
relíquia dos tempos imperiais, ensaiando ainda novos rumos para seu sbérguimento
econômico
Contrastando com a regtao metropolitana o habitat é aí disperso, espalhando-se
os pequenos agrupamentos humanos pelas numerosas enseadas e ilhas, vivendo da
pesca e da lavoura, sobretudo da banana
A função comercial de Angra dos Reis continua através do seu pôrto que, ª?
invés de desaparecer, foi aparelhado e ligado por ferrovia a Minas Gerais Mas sua
impoitância é secundária, pois ressente-se da vizinhança dos dois maiores portos:
Rio de Janeiro e Santos e da insuficiente comunicação com o hintetland.
Atrás das duas alça-se a serra e o vale do Paraíba, que, após o colapso da lavoura
cafeeira, evoluiu para a pecuária e mais recentemente, com a instalação da grande
siderurgia de Volta Redonda, para a industrialização. Esta última deverá constituir o
fator de ressurgimento da importância de Angra dos Reis dentre os portos nacionais

III

AS PAISAGENS GEOGRÁFICAS AO LONGO DA LINHA COSTEIRA

Baía da Guanabara

Sôbre as águas da Guanabara o •iajante não pode fugir à admiração de sua


moldura montanhosa
Ao norte, após a baixada, ergue-se abruptamente a serra dos órgãos, cuja silhueta
caprichosa se avista nos dias sem névoa
A leste e oeste, barrando a entrada da Guanabara, os maciços de Niterói e os
do Distrito Federal apresentam entre si uma diferença que salta aos olhos Do lado
carioca um relêvo montanhoso, onde os picos são freqüentes e as serras atingem
uma altitude média de 800 a 900 metros; em Niterói o relêvo forma um conjunto
de morros arredondados, que se mantêm a um nível entre 400 e 600 metros isolados,
vales amplos
Tal fato foi de grande importância na ocupação humana e no desenvolvimento
das duas cidades. Em Niterói a facilidade de circulação possibilitou a ocupação disse-
minada Do centro da cidade os bairros irradiam-se pelas praias e pelos vales fàcil-
mente comunicáveis com o interior No Rio de Janeiro é muito marcado o contraste
entre a estreita planície litorânea e a montanha alcantilada e difícil a circulação. A
cidade teve que aproveitar ao máximo as baixadas e espraiou-se também pela orla
exterior da baía. Inicialmente apoiada no morro, a cidade tem desenvolvido um árduo
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ROTEIRO da EXCURSÃO aANGRA DOS REIS.

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Conforme a Carta de Navegação 1.600-(D. H.N.)


- 127 -

trabalhó na conquista dá planície Do morro do Castelo desceu para as estteita:s faixâs


planas e desde então, acelerando o trabalho que a natureza realizaria, tem aterrado
lag1.gias, arrasado morros, avançado constantemente, sempre na conquista de novos
ten;enos ao mar
A silhueta do morro do Castelo, que as gravuras antigas nos deixaram, foi
substituída pela dos arranha-céus; a ponta do Calabouço foi transformada na península
do Aeroporto, enquanto as curvas das enseadas ainda estão sendo modificadas~ Isto
para falar apenas na parte central, pois não menos intenso tem sido o trabalho da
conquista do solo nas áreas interiores da zona norte
Na realização desta emprêsa o homem tem aprendido a lição com a natureza.
Enquanto no fundo da baía a ausência de sedimentos arenosos, em virtude da distância
da serra, dá lugar a uma deposição de vasa que os mangues sustêm e ressecam na
entrada da baía, graças à descida de abundantes sedimentos, grande tem sido o trabalho
de regularização da costa Os exemplos dos acidentes litorâneos aí formados são
abundantes Mortos que, pela subida do nível do mar, haviam sido transformados
em ilhas, agora estão sendo unidos ao continente pela acumulação de areias formando
tômbolos, cujos exemplos são abundantes A cidade de Niterói, por exemplo está
estabelecida num duplo tômbola que liga do continente o morro da Armação Foi
êste também o caso do outeiro da Glória, do morro da Viúva e do Pão de Açúcar
e Urca.
Esta regularização, acelerada pelo homem, tem criado para a cidade o problema
das inundações durante os grandes aguaceiros do verão Descendo dos morros em
torrentes, as águas acumulam-se sôbre a planície urbana por algum tempo, deixando
sôbre ela grande parte dos sedimentos que arrastavam para o mar.

A barra da Guanabara

Apresenta-se como um gargalo estreito originado por uma brecha profunda (ver
mapa) que atinge 1 600 metros entre as pontas de Santa Cruz e São Jorge e uma
profundidade de 56 metros entre as fortalezas da Laje e Santa Cruz.
Na saída da barra o Pão de Açúcar pode ser observado de ângulos diferentes
dos que se observam da cidade São de notar as reentrâncias apresentadas pelo bloco
de gnaisse lenticular de estrutura dobrada or_ientadas pelos planos de fratura e pro~u·
zidos pela esfoliação térmica.
Na entrada da barra está em formação um cordão litorâneo, Apoiando-se ao s1,1l
da ponta de Santa Cruz, o banco de areia está apenas a 11 metros abaixo da µlédia
do nível das sizígias Quando, por ação do vento sul, o mar escava êste banco a
passagem torna-se perigosa para os navios de grande calado.

A orla marítima do Distrito Fedaral

Na direção geral de WSW o litoral carioca se caracteriza por uma intensa regu-
larização da linha de costas, pois os maciços da Carioca e da Tijuca e Pedra Grande
oferecem amplamente o material necessário Apoiando-se nas pontas rochosas e nos
cabos, desenvolvem-se as praias arenosas, formando lagunas no interior
Uma grande extensão já foi ocupada peia zona urbana da cidade do Rio dé
Janeiro, pelos bélos bairros residenciais da zona sul O desenvolvimento extraordinário
128 -

da :Atividade urbana tem, a exemplo do que sucede no interior da baía, acelerado a


retificação Assim, Copacabana ocupou, em curto espaço de tempo, tôda a restinga
e a laguna que lhe havia ficado atrás (Bairro do Peixoto) A lagoa Rodrigo de
Freitas continua a emprestar sua beleza à cidade mas o cordão litorâneo já está total-
mente urbanizado pelos bairros de Ipanema e Leblon A linha costeira é uma sucessão
de belíssimas praias (Copacabana, Ipanema, Leblon, Gávea etc ) , separadas por
pontas rochosas (Leme, Copacabana, -Arpoador, Dois Irmãos, cabo da Gávea), enquanto
que para o interior desenha-se a silhueta caprichosa dos maciços - (O Gigante
Deitado)
A frente dissecada do bloco dos maciços emerge algumas vêzes formando os
grupos de ilhas - Cagarras e Tijucas e as ilhas Rasa e Redonda
Do cabo da Tijuca até a ilha Rasa de Guaratiba, a retificação é consíderàvelmente
aumentada com o material proveniente dos maciços da Tijuca e da Pedra Grande,
resultando na formação de uma vasta baixada - Jacarepaguá - com restingas e
grandes lagoas Esta é uma zona de explotação agrícola, domínio de granjas e sítios,
11ue contribuem para o abastecimento do Rio de Janeiro

Sepetiba - Marambaia

Da ilha Rasa de Guaratiba, a linha costeira que se mcurvara para o interior,


formando a baía de Sepetíba, é retificada pela gigantesca restinga da Marambaia que
mantém a direção geral WSW.
Neste trecho houve uma ampliação do fenômeno observado no trecho precedente
A bacia do rio Guandu, cavada níl depressão de ângulo de falha entre os maciços
litorâneos e a serra do Mar,. forneceu os sedimentos à linha arenosa de 43 quilômetros
de extensão que, apoiando-se na ilha rochosa da Marambaia e orientada pela ação
das vagas e correntes, represou as águas na baía de Sepetiba. As areias límpidas são
cobertas pela flora típica e complexa dás restingas, onde as plantas procuram adaptar-se
às especialíssimas condições ecológicas Começa então o domínio intenso da pesca,
praticada na restinga e no interior da baía
O fundo da baía de Sepetiba é emoldurado em parte pela serra do Mar, que ai
atinge o Atlântico, e em parte pela Baixada, constituindo assim o limite das duas
áreas de que falamos anteriormente A parte serrana começa a apresentar as caracterís-
ticas comuns ao rendilhado litoral de oeste - (Mangaratiba, Itacuruçá) enquanto que
a baixada, zona agro-pastoril antiquíssima - (Fazenda de Santa Cruz) - vem
sofrendo a evolução atualmente verificada nas baixadas em tôrno do Rio de Janeiro

Pico da Marambaia - Ilha Grande

Chegados à antiga ilha da Marambaia entramos no domínio da baía da Ilha


Grande, ampla reentrância bastante recortada entre aquêle acidente e a ponta da
Jacutinga situada 30 milhas a WSW
O pico da Marambaia e a Ilha Grande, do ponto de vista orográfico integram-se
no eixo dos maciços litorâneos. Ambas apresentam grandes altitudes, sobretudo a
segunda que atinge 990 metros (O pico da Marambaia tem 640 metros).
-e- 129_-,--

A Ilha Grande, de cêrca de 29 quilômetros de comprimento e 12 quilômetros de


largura, representa por si m~sma um verdadeiro maciço de grande número de pico~,
entalhado por vales íngremes e coberto de espêssas matas
No seu contôrno espalham-se importantes núcleos de pesca, atividade caraé:terística
da ilha
A face NE da Ilha Grande, a exemplo do que acontece em tôda sua borda
apresenta-se bastante recortada por numerosas pontas, enseadas e ilhas Apoiada na
Ponta Grossa, fica a enseada do Abraão, principal pôrto da ilha

Baía da Ilha Grande - Parte Central

Após atravessar o estreito entre a Ponta do Pasto, no continente, e a ilha dos


Macacos, próxima à costa da Ilha Grande, atinge-se a parte central da baía da Ilha
Grande (a NW da ilha homônima) onde a costa apresenta o máximo de recortes e o
pitoresco da paisagem é indescritível
Merece especial atenção o perfil das pontas e ilhas, os quais freqüentem<:nte
revelam terraços escalonados.
Três reentrâncias principais baía de Jacttacanga, Ang1a dos Reis e baía da
Ribeiia - desenham o contôrno geral dêste rendilhado caprichoso, cujo clímax é
alcançado na última
A penetração das águas oceânicas atingiu a serra do Mar, num trecho onde a
predominância dos granitos produziu um modelado de formas mais caprichoso, dando
lugar a um dos mais belos exemplos de costas afogadas

Desenho de Percy Lau baseado em fotografia aérea, mostrando a situação de Angra dos Reis
em relação à costa
a)Angra dos Reis; b) Baía de Jacuacanga; e) Enseada da Japuíba

A escarpa íngreme da serra, afastando a possibilidade de um derrame de sedi-


mentos. finos faz com que as águas apresentem uma coloração das mais belas e sobretudo
uma extrema limpidez.

-9-
- 130 -

Aliado ao pitoresco da paisagem física a ocupação humana dispersa por êstes


recôncavos contribui para aumentar a beleza das perspectivas que por aí se desenrolam.
No fundo de uma enseada tranqüila ou numa ilha, uma igrejinha, um vilarejo de
pescadores tendo por pano de fundo o verde escuro da floresta com a mancha clara
dos bananais é a paisagem humana típica destas paragens tranqüilas.
Transposto o estreito, defronta-se a baía de Jacuacanga de rara beleza e que ficou
célebre por ter sido teatro da catástrofe do encouraçado "Aquidabã'', ocorrido em 21
de janeiro de 1906, que roubou grande número de vidas à nossa marinha. Logo
após, chega-se a Angra dos Reis.

IV

ANGRA DOS REIS

Sua história começou com a primeira expedição exploradora do litoral que a


batizou A fixação do homem ao solo foi dificultada no início pela oposição dos
índios goianazes e pelas dificuldades topográficas.
A primitiva povoação dos Santos Reis Magos originou-se em 1556 por obra' dos
filhos do capitão-mor ANTÔNIO DE OLIVEIRA, tendo sido categorizada como vila
em 1608.
As condições desfavoráveis do me10 físico em que se encontrava fizeram com
que a vila fôsse mudada, em 1624, para o sítio atual, em posição mais abrigada, na
parte ocidental da angra, voltada para o SE
O aspecto atual da cidade revela a dificuldade que a encosta da montanha mer-
gulhando abruptamente no mar ofereceu o seu estabelecimento Ela se estende linear-
mente, aproveitando a estreita plataforma entre o mar e a encosta rochosa, aí chamada
serra do Ariró.
O aspecto da cidade é dos mais pitorescos pois ela guardou, graças aos golpes
econômicos por que passou, uma fisionomia colonial das mais puras
Um grande atêrro foi necessário para a construção do cais do pôrto. Atrás dêste
alonga-se o casario vetust~ de onde sobressaem as fachadas de velhas igrejas e conventos.
Na rua do comércio, como o nome indica, concentra-se a quase totalidade do comércio
local e o centro social da cidade
Percorrendo as ruas estreitas e calçadas de grandes pedras irregulares o visitante
interessado em nossa arquitetura colonial encontrará casas do mais puro estilo, com as
características janelas de guilhotina, balcões de ferro batido e longos beirais.
Nos últimos anos na cidade que se havia conservado como uma relíquia, vêm
surgindo novas construções que contrastam profundamente com a feição original.
Surgiram ruas, abriram-se avenidas, enquanto novas áreas estão sendo loteadas nas
praias e na encosta.
A vida da cidade adquire um aspecto especial que lhe é emprestado pela Marinha
Nacional que aí estabelece seu centro de manobras Em 1914 foi instalado na antiga
enseada da Tapera, atual Batista das Neves, um estabelecimento de ensino que se desti-
nara originàriamente à Escola Naval e onde, após haver funcionado uma Escola de
-131-

Grumetes, foi instalado o atual Colégio Naval (abril de 195 2) que se àestina à
preparação de alunos para a Escola Naval.
A vida da cidade foi profundamente modificada após a fundação do Colégio.
Durante os fins de semana os hotéis da cidade são lotados pelas famílias dos alunos
que, apesar da deficiência de comunicações com o Rio de Janeiro, vêm visitá-los.
A cidade de Angra dos Reis é sede do município fluminense do mesmo nome,
cuja área é calculada em 740 quilômetros quadrados dos quais um têrço é insular,
pois sàmente a Ilha Grande possui mais de 200 quilômetros quadrados Nêle vivem
20 929 habitantes, segundo o recenseamento de 1950 A população urbana é calculada
em 6 970 habitantes. *

Clima

O clima de Angra dos Reis merece atenção pelas especiais características que lhe
emprestam o relêvo e a proximidade do mar.
Enquanto no restante da faixa litorânea fluminense o clima se apresenta quente
e úmido com estação chuvosa no verão (tipo Aw de Koppen) neste trecho é modifi-
cado, passando a apresentar características de grande umidade e aumento nas precipi-
tações Estas atingem a média de 2 279,3 mm, o que constitui um índice amazônico.
Entretanto as precipitações não se distribuem regularmente no decorrer do ano como
naquela região
A grande pluviosidade que aí se verifica é função da escarpa íngreme e costeira
que produz chuvas de convecção Pràticamente não se verifica uma estação sêca
característica do inverno do restante da faixa litorânea fluminense, pois apenas três
meses têm índices inferiores a 100 mm (junho a agôsto). Dêste modo, no contôrno
da baía da Ilha Grande verifica-se um clima do tipo Af de Koppen, isto é, clima
quente e úmido sem estação sêca. Na encosta e no alto da serra, reduzem-se as condi-
ções de umidade elevada e o clima torna-se mesotérmico (tipos Cfa e Cfb)

Recursos econômicos

Já tendo observado a evolução econômica de Angra dos Reis no conjunto do


litoral, vejamos agora suas possibilidades atuais.
Na economia atual a pesca merece um destaque especial por constituir a principal
atividade e fonte de rendas da região Dispondo de uma costa extremamente favorável
nesse verdadeiro mar mediterrâneo semeado de ilhas, um dos mais piscosos trechos
da costa brasileira, a pesca é uma atividade muito antiga e é praticada pela população
local e ainda por elementos vindos do Rio de Janeiro e Santos
A produção do pescado alimenta desenvolvida indústria de conserva e de salga
de peixe, exportado, tal como o peixe fresco, para os mercados de São Paulo e Rio
de Janeiro Subsidiárias da pesca existem em Angra duas fábricas de gêlo
O grande centro de pesca é a Ilha Grande onde se localiza a maioria das indústrias
do pescado, sobretudo de sardinhas, alimentado com o produto das pescas do largo,

*Distribuição da população por .distritos:


Cidade - 6 970; Cunhambebe - 4 13~; Jacuacanga - 2 373; Mambucaba - 691; Abraão - 3 389;
Praia de Araçatiba - 3 371 habitantes
- 132 -

feita nas "traineiras" A pesca de cercado é feita no interior das baías e visa mais
à produção de peixe fresco O período de maior intensidade da pesca vai de setembro
a janeiro, ou seja a época das águas quentes", isto é, o verão
A banana é um traço característico na paisagem humana e ocupa o primeiro lugar
na lavoura do litoral.
Cultura facilitada pelas condições climáticas favoráveis da região, a banana atingiu
produção considerável e procma, em geral, o me1cado do Rio de Janeiro, para onde
por via tetrestre ou por via marítima até Mangaratiba de onde segue pela ferrovia
Existem fazendas com grandes bananais espalhadas pelo recôncavo - Bracuí, Manhu-
caba, Camorim e Monçuaba - e também na Ilha Giande Estas são, em geral, expor-
tad01as do produto, enquanto que a cidade é abastecida pela banana proveniente do
pequeno agricultor
A lavoura da cana-de-auíca1 é muito antiga na região e alimenta a tradicional
fabricação de aguardente dêstes recôncavos (Parati - Azulzinha)
Fora dêstes p10dutos a p1odução ag1ícola reduz-se a culturas de subsistência:
mandioca, milho, feijão, notando-se mesmo a falta de verduras que, em geral vêm
de São Paulo trazida pelos caminhões que levam o peixe fresco
Como a floresta ainda não foi totalmente destruída há uma extração de lenha e
fabrico de carvão para o abastecimento do Rio de Janeiro, além de fornecer madeilame
para as construções da cidade onde há duas serrarias Tal explotação vem contribuindo
para exte1minar o restante da floresta da encosta, que havia escapado à lavoura do café.

Rêde de comunicações

Angra dos Reis é um dos portos organizados do Brasil Num grande atê110 que
avança para o mar localiza-se o cais de atracação, construído sôbre estacas e pranchas
de aço coroadas por vigas de cimento armado e com 275 metros de extensão. Sua
p1ofundidade é de 8 metros e a oscilação máxima das marés, (2,40 metros) muito
fracas nesta costa É servido por 4 guindastes móveis sôbre um pequeno ramal férreo
e possui 2 armazéns com capacidade para 10 500 metros cúbicos *
Há uma comunicação regular com os portos vizinhos, do recôncavo - Parati,
Mangaratiba etc - e com a Ilha Grande Mesmo as pequenas povoações do recôncavo
ligam-se a Angra dos Reis por via marítima uma vez que as estradas são inexistentes
ov muito precárias
A organização do pôrto ligou-se à cnaçao da linha férrea para Minas Getais,
via Barra Mansa, conseqüente da política desenvolvida na década de vinte no sentido
de dar um escoadouro marítimo àquele estado central Os trilhos chegaram a Angia
dos Reis em 1928 enquanto a aparelhagem do pôrto foi completada em 1930. Em
verdade, a posição de Angra dos Reis a credencia para tal função, mas até agora, o
pôrto fluminense não se pôde libertar da concorrência de Santos e do Rio de Janeiro.

* O movimento do pôrto em 1952 foi o seguinte:

V apoies Tonelttgem
nacionais 242 importação 32 265 toneladas
estrangeiros 67 exportação 19 018

Total 309 Total 51 283


- 133 -

O papel da linha de ferro da Rêde Mineira de Viação é muito importante na


economia do pôtto com que se articula.
Dentre os produtos que sobem por esta ferrovia com destino ao interior destaca-se
o sal Desde os tempos do ciclo do café que êste produto subia a serra no retôrno
das tropas que traziam o café ao pôrto Uma emprêsa de beneficiamento recebe sal
de Cabo Frio e o expede para Minas, penetrando pelo interior do país até Goiás.
De volta, o pôrto recebe café, gado bovino e alguns produtos agrícolas, dentre os
quais batata e feijão, do sul de Minas,
A instalação da grande siderurgia em Volta Redonda veio dar maior importância
à ferrovia e ao pôrto, integrando-os no plano siderúrgico nacional. O carvão vindo
do sul do país, as madeiras do Paraná e o enxôfre do estrangeiro por êles transitam
enquanto uma parte da produção da usina por êles se escoa.
Infelizmente êste mecanismo ainda não atingiu um nível satisfatório em virtude
das deficiências de que se ressente a ferrovia que, apesar do plano, ainda não foi
eletrificada
Outro produto importado no pôrto é o trigo destinado ao moinho de Barra
Mansa, importação essa que sofre as conseqüências da instabilidade comercial daquele
produto Um grande silo de 40 metros de altura foi construído em 1932 para tal fim
No que diz respeito às rodovias o panorama de Angra dos Reis é dos menos animadores
A serra do Mar foi vencida por uma bela rodovia que, por inúmeras curvas e três
túneis, liga o pôrto a Getulândia, na rodovia Rio-São Paulo Ê a única rodovia que
a liga com aquelas duas metrópoles, mas o péssimo estado de conservação em que se
encontra faz com que ela não corresponda as suas finalidades
A ligação mais comumente feita com a Capital Federal é através de ligação
marítima com o pôrto de Mangaratiba, término de um ramal da E F. Central do
Brasil.
A esta deficiência da rêde de comunicações terrestres vem aliar-se o problema da
falta de energia elétrica, que constitui o maior obstáculo ao progresso de Angra dos
Reis Ê inexplicável que uma cidade localizada no pé de uma escarpa íngreme, onde
as quedas d' água são abundantes, * se apresente com um aproveitamento de energia
insuficiente até mesmo para sua iluminação. Tal fenômeno impossibilita o estabeleci-
mento de pequenas indústrias que teriam de lutar com os seus próprios recursos
Basta dizer que as duas fábricas de gêlo da cidade, subsidiárias da indústria do peixe
fresco, possuem energia própria
Ao que parece o meio mais viável para o soerguimento econômico de Angra dos
Reis é o do fomento à criação de pequenas indústrias que, transformando-a em centro
produto1, a venham tirar de uma função sobretudo comercial a que a deficiência da
rêde de transportes vem trazer sérios problemas
Articuladas tôdas estas possibilidades tão variadas, e sanadas as deficiências atuais,
Angra dos Reis poderá desempenhar na economia nacional a situação de destaque
que se~ dúvida já deveria ter ocupado.

* Existem no município, pelo menos três quedas d'água que poderiam ~er aproveitadas: Mambucada,
Bracuí e Jacuacanga, com potencial calculado em cêrca de 200 000 H P
O Canal entre o continente e a Ilha Grande, visto da ponta oeste da enseada Batista das Neves, na direção SE. Observa-se no último plano o perfil das pontas
que, de ambos os lados, exibem sensíveis ruturas de declive. No plano médio, à extrema esquerda, vê-se a ilha Franciscana, na entrada da Angrada dos Reis.
Fototeca do C.N.G. - Foto TIBOR JABLONSKY
Ao fundo da Baía de Jacuacanga a enseada da Monsuaba abriga uma pitoresca povoação que se alonga entre o mar e a montanha aí bastante desse-
cada. O deflorestamento permite observar o largo vale que aí chega, e CUJO cone de de1eção foi ocupado pelo- bananal.
Fototeca do C. N.G. - Foto TIBOR JABLONSKY
A paisagem atinge requintes de beleza bucólica. Esta fotografia da ensead!I do Camorim, na parte oeste da Baía da Jacuacanga, dá uma idéia das pm-
sagens magníficas que se verificqm ne:;tCI costq. fototeca do C.N.G. - Foto TIBOR JABLONSKY
Na enseada da Japuíba, ao norte da cidade de Angra dos Reis, no recôncavo da baía da Ribeira, o afogamento da encosta dissecada em colinas
produzn1 a formação de surpreendente número de ilhotas. A ilhg Redo1Jda, no primeiro plano, é uma típica meia laran1a afogada na direção SW
fototeca do C.N G, - Foto TIBOR JABLONSKY
O cars do pôrto vrsto do fundo do Angra dos Rers, desenhando-se atrás dêle uma série de terraços escalonados que do continente se sucedem pela ilha de
Gipora. Fototeca do C. N. G. - Foto TIBOR JABLONSKY
Vista parcial da cidade, tomada da ponta orumtal da enseada Batista das Neves, na qual se pode observar a escassez da superfície plana que a
obrigou a estender-se na borda do mar. Fototeca do C.N.G. - Foto TIBOR JABLONSKY
Vista parcial da cidade de Angra dos Reis tom(lda do (ldro do çonvento de São Bernc;irdino. Ao fundo, escondida pelo nervoeiro, a silhueta da Ilha Grande.
Fototeca do C. N. G. - Foto TI BOR JABLONSKY
Magnífico terraço modelado na ponta oriental da enseada Batista das Neves, visto do atêrro do cais do pôrto.
Fototeca do C.N.G. - Foto TIBOR JABLONSKY
O mercado de Angra dos Reis fica localizado funcionalmente à beira-mar. A fotografia, tomod<J ao meio dia {28-6-54), fixa um aspecto do retôrno
dos pescadores que aí vieram vender o peixe fresco e abastecer-se. Fototeca do C.N G. - Foto TIBOR JABLONSKY
Um aspecto da rua da Conceição, uma das mais interessgntes da cidade pela conservação do seu caráter colonial típico.
Fototeca do Ç.N.G, - foto TIBQR JABLQNSKY
A 1gre1a de Santa Luzia, na rua do Comércio, velho templo (1632), que vem sendo atualmente cercada por novas construções que substituirão os sobrados
colon1a1s. Fototeca do C.l,/.G. - Foto TIBOR JABLONSKY
Vista da interessante igrejinha da Lapa em frente ao cai. À extrema direita da fotografia vê-se .uma das fábricas de gêlo da cidade.
. .. . . .. . . . Fototeca do C. N. G. - Foto TI BOR JABLONSKY
A fachada arruinada do convento de São Bernardino (1763)
Fototeca do C N G - Foto TIBOR JABLONSKY
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1.1..
XI CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA
Realizou-se, entre os dias 5 e 13 de maio de 1954, na cidade de Pôrto Alegre,
Rio Grande do Sul, o XI Congresso Brasileiro de Geografia, promovido pela Sociedade
Brasileira de Geografia e patrocinado pelo Conselho Nacional de Geografia
A Comissão Organizadora Central do Congresso constituiu-se dos seguinté;s
membros:

Presidente de Honra: - Dr GETÚLIO VARGAS


Presidente: - Desembargador FLORÊNCIO DE ABREU
19 Vice-Presidente: - General FRANCISCO JAGUARIBE GOMES DE MATOS
29 Vice-Presidente: - Dr SALADINO DE GUSMÃO
Secretário-Geral: - Tenente-Coronel DE PARANHOS ANTUNES
19 Secretário: Eng9 MoACIR MALHEIROS FERNANDES SILVA
29 Secretário: - Jornalista CARLOS PEDROSA
39 Secretário: - Professôra IsA ADONIAS
Tesoureiro: - Dr ALVACY GERALDO LOUSADA
Assistentes técnicos: - Prof FÁBIO DE MACEDO SOARES GUIMARÃES, Prof.
HILGARD STERNBERG e Comte Luís ALVES DE OLIVEIRA BELO.

A Comissão Organizadora Local foi integrada pelas seguintes pessoas:


Presidentes de Honra: - General ERNESTO DORNELES, Dr. ILDO MENEGHETTI
e Dr MANUEL V ARGAS
Presidente: - Ministro GUILHERMINO CÉSAR
19 Vice-Presidente: - Dr CLÁUDIO OzóRIO PEREIRA
29 Vice-Presidente: - Padre BALDUINO RAMBO
19 Secretário: - Prof DANTE LAYTANO
29 Secretário: - Dr OTACÍLIO RIBAS
Tesoureiro: - Dr JoÃO BATISTA DA SILVA PEREIRA FILHO
Assessor técnico: - Professôra LIA PIRES
Assessôres: - Desembargador LOURENÇO MÁRIO PR UNES, Dr AMADEU DE
OLIVEIRA FREITAS, Prof AscÂNIO ILo FREDIANI e Professôra MARIA
FAGUNDES DE SouzA DocA PACHECO.

* * *
O Congresso recebeu para exame e pronunciamento 56 teses, as quais foram
distribuídas por 11 Comissões Técnicas constituídas para êsse expresso fim, de acôrdo
com os itens do temário que fôra previamente organizado e amplamente difundido
pelo país O mencionado temário foi o seguinte:

1 - Geografia Histórica e História da Geografia


2 - Geografia Matemática
- 150 -

3 Geografia Física
4 Biogeogiafia
5 Geografia Humana
6 Geografia Econômica
7 Geografia Política
8 Geografia Regional
9 Didática da Geografia
10 Metodologia da Pesquisa Geográfica
11 Nomenclatura Geográfica

* * *
A Delegação Fluminense, composta de dois representantes, o Prof LUIZ PALMIER
e o Eng9 Lurz DE SOUZA, ambos membros do Ditetório Regional do Conselho Nacional
de Geografia, o primeiro como Consultor Técnico e o segundo como Secretário nato,
apresentou duas teses, sôbre Geografia Econômica, as quais alcançaram apreciáveis
referências e foram classificadas dentre as que serão publicadas nos "Anais" do
Congresso A tese do Prof LUIZ PALMIER intitula-se: - "Mutações Econômicas do
Médio Paraíba do Sul" e a do Eng9 Lurz DE SOUZA: - "Movimento de Recuperação
Econômica da Baixada Fluminense" Ambos os membros da Delegação foram eleitos
para presidir, respectivamente, as Comissões Técnicas de Geografia Econômica e de
Geografia Humana
Em plenário, apresentou a Delegação u' a moção e uma propos1çao, tendo sido
ambas aprovadas, a primeira com uma estrepitosa salva de palmas, havendo provocado,
por parte da delegação paulista, uma eloqüente manifestação de agradecimento Ê o
seguinte o teor dêsses dois documentos:

MOÇÃO

Ao iniciarmos os trabalhos do XI Congresso Brasileiro de Geografia, em que


se reúnem representantes credenciados de todos os quadrantes do Brasil, numa demons-
tração efetiva de devoção aos altos e imperiosos interêsses da Geografia no âmbito
Nacional, cabe-nos registrar nos Anais dêste Congresso a viva satisfação de realizarmos
êste Conclave no mesmo ano de 1954, em que São Paulo comemora, em festejos
sucessivos, o IV centenário da sua fundação
Lembrando-nos do que representa paia o Brasil, com respeito a sua magnífica
extensão geográfica, a ação imorredoura dos Bandeirantes Paulistas, nas suas audazes
e vigorosas marchas de penetração pelo interior do País, bem se justifica que, nesta
Assembléia de apurado sentimento de brasilidade, se elevem as nossas homenagens ao
povo da histórica Püatininga, num gesto de efusiva solidariedade cívica
Com êste propósito de assinalar, nos registros dêste Congresso, um tal aconteci-
mento histórico de notabilíssima ressonância, a que tôda a Nação presta justa e merecida
reverência, proponho seja esta Moção de júbilo e de congratulações, pelos motivos
ressaltados, cristalizada num pronunciamento vibrante de simpatia, aplauso e regozijo
para com o nobre, operoso e dinâmico povo de São Paulo
Mesa de m-;talação dos trabalhos do XI Congresso Brasileiro de Geografia, em Pôrto Alegre, quando discursava o Presidente do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística e do Congresso, Desembargador Florêncio de Abreu.
- 152 -

PROPOSIÇÃO

O Estado do Rio de Janeiro tem se feito representar nos Congressos anteriores,


dentre os seus geógrafos, pela pessoa ilustte do Ministro JosÉ MATTOSO MAIA FoRTE.
Profundo estudioso dos assuntos geográficos, impôs-se à admiração dos que o conhece-
ram pelo cabedal volumoso de conhecimentos que possuía, sôbre a geografia regional
fluminense
Os que tiveram a ventura de participar dos IX e X Congressos Brasileiros de
Geografia, em Florianópolis e Rio de Janeiro, são testemunhas destas afirmações, uma
vez que, em ambos, colaborou MAIA FORTE, com o brilho da sua inteligênc!a e da
sua cultura.
A representação do Estado do Rio de Janeiro comparece a êste XI Congresso
Brasileiro de Geografia, pela primeira vez desfalcada dessa valiosa e imprescindível
figura, pois que a morte o levara, em sua decisão inexorável, razão pela qual a delegação
presente, do mesmo Estado, pede seja consignado em ata um voto de reconhecimento
pelos trabalhos prestados à geografia pelo preclaro Ministro JosÉ MATTOSO MAIA
FORTE, e de profunda saudade pela sua sentida ausência

* * *
Foram aproveitadas tôdas as manhãs para estudo e apreciação das teses, no seio
das Comissões Técnicas, e à tarde, depois das sessões plenárias, que tinham início
às 14 horas, empenharam-se os congressistas nos debates, em mesa-redonda, de assuntos,
dos mais palpitantes, em matéria geográfica, como foram os de "Recursos Naturais",
"A Geografia e as Comunicações' e "A Didática da Geografia".
Despertaram invulgar interêsse as conferências proferidas pelo Prof CARLOS
DELGADO DE CARVALHO sôbre "Geografia Política e a Geopolítica", pelo Almirante
JoRGE DoDSWORTH MARTINS sôbre "o Destino do Planêta Terra", e pelo EngQ
JERÔNIMO COIMBRA BUENO sôbre "Problema da Escolha da Nova Capital".

* * *
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul realizou uma sessão
solene em homenagem aos congressistas, em que tomaram parte, usando da palavra,
o Presidente, Ministro GUILHERMINO CÉSAR, e os associados Desembargador FLORÊN-
CIO DE ABREU, fundador, o Desembargador LOURENÇO MÁRIO PRUNES, que fêz o
discurso oficial de saudação, o Dr EDUARDO DUARTE, que o Des FLORÊNCIO DE
ABREU classificou como "um dos mais eficientes obreiros da cultura histórica do Rio
Grande do Sul", o Dr CANABARRO REICHARDT e o Comandante OLIVEIRA BELo;
finalmente o Eng9 LAURO SAMPAIO, representante do Estado da Bahia, proferiu a
oração oficial de agradecimento dos congressistas

* * *
No pavimento térreo do edifício Wilson, situado à Praça Senador Florêncio,
instalou-se a Exposição Geográfica e Cartográfica do Congresso, que permaneceu
franqueada ao público do primeiro ao último dia de duração dos trabalhos O ato
de instalação foi presidido pelo Desembargador FLORÊNCIO DE ABREU, que ali com-
- 153 -

pareceu acompanhado de altas autoridades federais e estaduais' Conferida a palavra


ao Secretário,Geral, Tenete-Coronel DE PARANHOS ANTUNES, proferiu um discurso
alusivo à solenidade

* * *
Foram realizadas duas excursões científicas, uma à Central Térmica de São
Jerônimo e às minas de carvão do Arroio dos Ratos, e outra à Caxias do Sul, uma
das mais importantes cidades do Estado, situada a cêrca de 700 m de altitude; no
trajeto puderam os congressistas constatar as variações fisiográficas da baixada, da
encosta da serra e do planalto; três regiões com características próprias, verificando-se
na primeira etapa as amplas várzeas, de fundo plano que se espalham por entre colinas
arredondadas umas, semi-tabulares outras; a seguir galga a rodovia a encosta da serra
formada pelos derrames basálticos, que atestam um relêvo dissecado, e, finalmente, em
contraste com esta última região, o planalto, de superfície regular e de excelentes
perspectivas econômicas Caxias do Sul viceja à sombra de suas poderosas indústrias,
dentre as quais sobressaem os ramos metalúrgico, têxtil e vinícola Quanto ao primeiro
ramo, basta citar a "Metalúrgica Abramo Eberle", considerada a primeira da Aménca
do Sul, em que se fabricam mais de quinze mil artigos de metal, desde máquinas,
motores, ferramentas, talheres, aos mais finos trabalhos de cutelaria e ourivesaria; no
ramo têxtil destacam-se as malharias e no vinículo digno é de nota o fato de existirem
na cidade 20 cantinas de grandes proporções, em que podem ser vistos tonéis com
capacidade para 115 000 litros cada um, além de 435 cantinas rurais localizadas dentro
do município

* * *
Desde o primeiro dia ao último, o rendimento dos trabalhos foi de elevado
índice. O mundo oficial estêve atento, vivendo as horas de atividade do Congresso,
quando possível ao lado dos congressistas Não houve a menor interrupção nas
diretrizes programadas Todos os problemas presentes foram estudados e analisados
com superior visão de conjunto Manteve-se em evidência o interêsse nacional e todos
os pensamentos convergiam para essa meta principal

* * *
O Governador do Estado, General ERNESTO DoRNELLES, deu o seu apoio moral
ao Congresso, comparecendo à sessão de instalação, no Teatro São Pedro, acompanhado
de seus auxiliares de Govêrno e do Prefeito da Capital, e ali, onde lhe ofereceu a
Presidência de Honra o Desembargador FLORÊNCIO DE ABREU, proferiu um discurso
geográfico, que mereceu o aplauso entusiasta de tôda a assistência que superlotava o
magnífico edifício; foram as seguintes as suas palavras:
\
"Minhas senhoras e meus senhores Senhores cong1essistas

A ex'tensão do território brasileiro, as dificuldades opostas à colonização do


hinterland; bem como a necessidade com que nos deparamos, de tornar cada
dia mais produtivas as regiões afastadas da costa, eis alguns dos fatôres que mais
colaboiam pata dar atualidade e candente interêsse aos p10blenus da Geografia,
entre nós
- 154 -

Condições espeoa1s, p1óptias de um País novo, impuseiam aos p1imei10s ex-


plorado1es e geógrafos do passado a adoção de p1ocessos empí1icos, fi utos muita
vez de intuição p1ernunitó1ia, os quais não deixai am, ainda assim, de p10duzit os
mais benéficos 1esultados, abiindo caminhos à civilização e cultu1a
Nos dias de hoje, quando os métodos emp1egados 1espondem de fato aos
1cclarnos da ciência, quando no tiato da Geog1afia e das pesquisas de campo inte1-
vêrn 1ern1sos jamais sonhados pelos g1andes pionei1os de out10ia, a atividade do
geógiafo, apoiado em ciências auxilia1es que log1a1am amplo desenvolvimento,
assume uma feição nitidamente 1enovadoia Com a ptosciição dos velhos métodos
de pesquisas, valo1izou-se em conseqüência o p1óp1io ensino da maté1ia nos cu11í-
culos oficiais e pa1ticula1es de tal solte que a Geogiafia é hoje uma especialização
ab1angente, a que se dedicam podewsas inteligências e giandes cultmas, no afã
nobilíssimo de desvendai os atcanos da te11a e da natu1eza à posse do homem, 8
sua fixação ao solo e à sua felicidade coletiva
Eís po1 que o vosso porfiado Jabo1, senho1es cong1essistas, no campo da sedu
to1a especialidade, tem logrndo a rnaio1 1essonância no País, inte1essando o adrninis-
tiado1, à cátedia, à economia, à política - numa palavia - à p1ópiia soh1evivên-
cia Jo Biasil como potência que se deve conhecei fisicamente pata melho1 se conhe-
cei espiiitualmente
A escolha de Pô1to Aleg1e pa1a sede do XI Cong1esso Nacional de Geog1afia
iep1esenta uma honta parn o Rio Giande do Sul, cujo te11itó1io, conquistado palmo
a palmo pela ousadia do handeiiante, do lagunense e do a,01iano, 1chata exatam::ntc
os giandes p10blemas que a a,ão política def10ntou quando da fixação ao solo de
nossos antepassados
É com satisfação e júbilo que o Rio Giande do Sul vê aco11e1em à nossa
mél1Ópole altos expoentes e estudiosos da ciência geog1áfica, aos quais desejo, em
nome do Govê1110 e do povo gaúcho, feliz pe1manência em nossa te11a, ao mesnn
tempo que fo1mulo votos pelo mais wmpleto êxito dêste ce1tame científirn
Na pessoa do nob1e p1esidente dêste Cong1esso, o eminente desernba1gado1
FLORÊNCIO DE ABREU, saúdo os ilust1es senho1es cong1essistas, ao mesmo tempo
que lhes t1ibuto a antecipada giatic.lão do Rio Grnnde po1 mais êsse csplênc.lido se1-
v1ço que, em Pôito Aleg1c, p1estam a tôdas as 1egiões do B1asil"

Por p1oposta do congressista, Cel ERNESTO BANDEIRA COELHO, Chefe da Co-


missão Brasileita Demarcadora de Limites, o plenário fixou a cidade de Belém, capital
do Pará, para a sede do XII Congresso Btasileiro de Geografia.

* * *
Na sessão de encerramento do Congresso, o Secretário-Geral, Tenente-Co10nel
DEOCLÉCIO DE PARANHOS ANTUNES, ap1esentou o seguinte "Relatório'', que, em
resumo, enfeix:i as principais ocorrências do XI Cong1esso Brasilei10 de Geografia:

'Exmo Si P1esidente

Exmo S1s Cong1essistas

Na qualidade de Secretário-Ge1al do XI Cong1esso Biasileito de Geog1afia,


cabe-me a homa de ap1esenta1 aos Exmos S1s Cong1essistas o 1elató1io de nossas
atividades, duiante êstes memo1áveis dias de confiaternização cultmal de pu1a
biasilidade, em que geógiafos de todos os quad1antes do País rnatcaiam encont10
neste lindo limão da Pátiia
Nestes dias sola1es, em que a p1óp1ia natmeza do Rio G1ande colabo10u wnosco,
t1ahalhamos e ventilamos assuntos dos mais 1elevantes, nos váiios iamas da ciê11Lia
geog1áfica
Sessão de instalação do XI Congresso Brasileiro de Geografia, em Pôrto Alegre, no Teatro São Pedro, quando pronunciava o seu discurso o Governador do
Estado, General Ernest'l Dornelles
- 156 -

A tiadicional hospitalidade sulina ab1iu as portas do seu coração aos pat1Í-


cios vindos de outias p10víncias e aqui confraternizamos todos ao redor do fogão
gaúcho
Realizamos a nossa sessão preparatótia na tarde de 5 do co11ente, em que foiam
eleitos os membros da mesa do Congresso, proclamados os presidentes de homa
e os benemé1itos, e nomeada pelo Sr Presidente do Congtesso a Comissão de
Coordenação e Iniciativas Na mesma ocasião o S1 Presidente indicou us nomes
dos congressistas que deveriam compor cada uma das doze Comissões Técnicas, de
acô1do com o temário proposto, tendo o Secretário-Geia!, po1 sua vez, lido o
nome das várias rep1esentações credenciadas perante o Congresso
As 17 horas do dia 5 inauguramos a gtande exposição cartog1áfica, no Edifício
Wilson, na Piaça Senador Flo1êncio, ocasião em que o Sec1etário-Geral salientou o
valo1 da documentação exposta pelo Conselho NrKional de Geografia, Servil.O Geo-
g1áfico do Exército, 1" Divisão de Limites do Itamaiati, Sei viço Geográfico do Estado,
Comissão Estadual de Energia Elétrica, Departamento Autônomo de Fstiadas de
Rodagem, Livratia do Globo etc , ficando daí em diante fianqueada ao Público,
que não tem cessado de a visitai, até agota
A noite, no Teat10 São Pedro foiam instalados solenemente os nossos traba-
lhos, com a presença de altas autoridades, civis, militares e eclesiásticas, tendo à
frente os Exmos Srs Governador do Estado, Gal ERNESTO DORNELLES, e Pte-
feito Municipal, Dr ILDo MENEGHETTI Depois de executado o Hino Nacional
pronunciou o S1 Presidente do Congresso, Desembargado1 FLORÊNCIO DE ABREU,
notável confe1ência, ressaltando a importância da reunião científica, que ia iniciar
seus trabalhos A segui! discu1saiam o Vice-P1esidente da Mesa, D1 CLÁUDIO
ÜSÓRIO PEREIRA, saudando os cong1essistas, e o P1esidente da Sociedade Blasileira
de Geogiafia, Almirante JORGE DoDSWORTH MAR1!Ns, agiadecendo as boas-vindas
Ao enceuar a sessão o Exmo S1 Gal ERNESTO DORNELLES fêz bela oração emi-
tindo conceitos honrosos sôb1e o Cong1esso, sendo muito aplaudido ao terminar
Na manhã do dia 6, ieunimos as Comissões Técnicas, às quais a Comissão de
Coordenação fêz a distribuição das teses 1ccebidas, de acôrdo com as suas
especialidades
Desde o dia 4, inúmeras delegações e iepresentações chegaram a Pô1to Alegre,
destacando-se g1ande número de alunos dos cu1sos de geogiafia das faculdades de
filosofia do Rio, São Paulo e Pa1aná A Secreta1ia do Congresso continuou seu
tiabalho, exaustivamente, da manhã à noite, atendendo aos Srs Cong1essistas e
fazendo insc1iç'ões de novos ade1entes O p10fessoiado de geogiafia dos cursos se-
cundários desta Capital e do intetior acudiram em massa ao certame destacando-se
nume10sa delegação das cidades de Santa Maria e Aleg1ete
Dmante o Congresso, organiz:imos t1ês mesas-1edondas, a p!ÍmeÍla sôbte Re-
cmsos Naturais, a segunda sôbre o Ensino da Geografia e a te1ceira sôb1e Trans-
po1tes e Comunicações, ditigidas, respectivamente, pelos Professô1es JORGE ZARUR,
ANTÔNIO J MATOS MIJSSO e WALTFR HAETINGER, tôdas elas com pleno êxito,
tendo despe! tado vivo interêsse entre o p1ofessorado, pelas maté1ias ventiladas da
mais alta atualidade
Realizamos quatlo sessões plená1ias nos dias 7,8, 10 e 11, nas quais foiam
lidos e votados os pa1ece1 es dos 1elato1es das Comissões Técnicas sôb1e as Teses
ap1esentadas, tendo sido ap10vadas 30, 1elacionadas 17, recusadas 3 po1 não serem
geog1áficas e retüadas 3 Os debates em tôrno dos assuntos expostos nos tiabalhos
ap1esentados estiveiam vivos, po1ém cordiais e os nossos mestres de geogiafia pu-
deram demonsüa1, mais uma vez, os seus grandes conhecimentos da matéria, tendo
passado pelo Cong1esso um sôp10 de renovação científica, com ve1dadeüas aulas
sôb1e geogiafia moderna
Na noite de 6, realizou o Prof DELGADO DE CARVALHO, expoente das Jet1as
geog1áficas do país, a p1imeÍla confe1ência da sé1ie p10giamada, ve1sando o tema
"A Geografia Política e a Geopolítica", ouvida com a maio1 atenc,ão pelo numeroso
- 157 -

e seleto auditório que superlotou o salão de honra da Faculdade de Filosofia


Católica A consagradora e demorada salva de palmas que coroou suas últimas pala-
vras atestaram bem o entusiasmo e a satisfação de quantos o ouvüam Na noite
de 7, pronunciou o Almirante JoRGE DoDSWORTH MARTINS sua oração sôb1e "O
Destino do Planêta Terra'', tema que abordou com leveza e segurança, demons-
trando seus profundos rnnhecimentos de astronomia e cosmografia Também suas
denadeiras palavras foiam saudadas com estrepitosa salva de palmas Vamos agora
ouvir o ilustre Engenheiro D1 JERÔNIMO COIMBRA BUENO, o dinâmico constluto1
de Goiânia, a cujo batismo cultu1al tivemos a ventura de assisti! em 1942, o qual
tratará do magno problema da mudança da Capital do Brasil para o Planalto
Centtd, tantas vêzes falada e tantas vêzes p10telada, desde os primó1dios da na-
cionalidade e que está desafiando a nossa geração para iesolvê-lo, pois chegamos
a um ponto em que não é mais possível hesitai entre o litoial e o ponto de colagem
das três grandes bacias hid1ográficas do tetritório nacional
No deco11e1 dos nossos trabalhos, desde a primeira sessão plenária, inúmeras
moções e indicações fotam apresentadas à Assembléia, como as de saudade pelo
desapa1ecimento de ilustres companheüos e outras ventilando assuntos geográficos,
como a de autoria do P1ofesso1 AROLDO AZEVEDO, que pediu ao Cong1esso mani-
festasse ao Exmo Sr Geneial Governado! do Estado a espeiança de que fôSse
criado o Departamento Geog1áfico do Rio Giande do Sul, a exemplo de que acon-
tece em outlas unidades da Fedeiação
É-nos grato declarar que as comissões técnicas ieunidas pela manhã, em vanas
salas desta Faculdade, estudaram com atenção as teses iecebidas e elaboraram pare-
ce1es concisos e precisos, que levados a plenário, quase semp1e foiam aceitos
Domingo último, dia 9, a P1efeitura Municipal houve por bem ofe1ece1 um
farto churrasco aos Congressistas, no "Country Club", que deconeu em ambiente
de fianca cordialidade, tendo usado da palavia, ofe1ecendo-o, em nome do Exmo
S1 P1efeito, o Eng• GERMANO PETERSEN FILHO, agradecendo o Secretário-Gera!
do Congresso A seguir, em vários ônibus, a ca1avana percotreu diversos lugares
pitorescos dos airabaldes de Pô1to Alegre, que foram muito ap1eciados por todos
Mais duas excursões fa1emos amanhã e depois de amanhã, às Minas do Butiá e a
Caxias do Sul, ambas de caráter geográfico e para as quais foiam confeccionados
guias explicativos A noite de domingo, o "Centro de Tiadições 35" ofe1eceu-nos,
em sua sede social, uma festa folcló1ica gauchesca, de danças típicas, canções e
declamações tegionais, a qual constituiu um ve1dadeiJo sucesso, tendo falado o
P10f WALTER SPALD!NG, fazendo um pa1alelo entre o folclo1e e a geografia hu-
mana, e o Dr CLÂNDIO ÜSÓRIO PEREIRA pata agiadecer
O Instituto Histótico do Rio Grande do Sul, por sua vez, iecepcionou os
Senhores Cong1essistas, na pessoa do ilust1e Presidente dêste Cong1esso, na noite
de ontem, dia 10, falando em nome daquele sodalício o Desemba1gado1 MÁRIO
LOURENÇO PRUNES e agiadecendo o Dr LAURO SAMPAIO, do Instituto Histótico da
Bahia e memb10 do Diretório Regional de Geografia daquele Estado
Na manhã de hoje, num inte1valo da reunião das comissões o P10f Aziz
AB'SABER, po1 espaço de 40 minutos, ocupou a atenção dos p1esentes, falando
sôbre "Aspectos Geográficos da Cidade de Pô1to Alegre", tema que ve1sou com
absoluta segurança
Cabe-nos, ainda, o devei de exp11m11 os nossos agradecimentos ao digno Dire-
tor da Faculdade Católica de Filosofia, Iunão JosÉ ÜTÃo, pela acolhida fidalga
que nos dispensou, p1oporcionando-nos a iealização das sessões no Salão de Honra
desta Faculdade e cedendo-nos dive1sas salas para a Sec1etaria e as Comissões Téc-
nicas, tomando-se assim um ve1dadeüo benemérito dêste Congresso
Senho1es e senhoras Que1emos agoia, antes de te1mina1, testemunhai o nosso
teconhecimento eterno a todos aquêles que nos ajudaiam nas ho1as ne1vosas dos
preparativos pata a instalação dêste Cong1esso e durante os dias de sua realização
Não esquecetemos seus nomes e entte êstes queremos agradecei pa1ticula1mente
- 158

a CLÂNDIO ÜSÓRIO PEREIRA, J BA11STA DA SILVA PEREIRA F', ÜSMAN VELASQUES


e MARIA SOUZA DOCA PACHECO, desta Capital, por tudo quanto fizer:'.111 para a bo:t
ma1cha de nossos tiabalhos Dos elementos do Conselho Nacional de Geog1afia,
que são muitos, destacamos o nome do geógtafo DoRA AMARAN 1E ROMARIZ, tta-
balhadota, eficiente, emp1eendedora, na pessoa de quem saudamos e agtadecemos
o auxílio dos demais
Quanto ao sucesso e êxito rnltmal do Congresso, devemo-lo, p1incipalmente,
aos Exmos S1s Congressistas e os 1esultados do mesmo aí estão patenteados pelas
inúmeras e excelentes teses ap10vadas

Pôtto Aleg1e, 11 de maio de 1954

a) DE p ARANHOS ANTUNES
Seuetátio-Getal do Cong1esso"

* * *
CONGRATULACõES DO INSTITUTO HISTÓRICO BRASILEIRO
A SUA EXCELiNCIA O SENHOR PRESIDENTE DA REPúBLICA

Texto do telegrama: ~ "O Instituto Brasileiro aprovou, unânimemente, em sessão


de hoje, a proposta de congratulações a V Exa pelo êxito alcançado pelo XI Congresso
Brasilei10 de Geografia, realizado em Pôrto Alegre, e devido em grande parte por
ter sido altamente prestigiado pelo Govêrno da República Atenciosas saud2-ções.
a) TosÉ CARLOS DE MACEDO SOARES, Presidente"
XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES GEOGRÁFICAS

A União Geográfica Internacional, reunida em Assembléia Geral, em 1952, na


cidade de Washington, nos Estados Unidos, decidiu que realizar-se-ia no Brasil, na
cidade do Rio de Janeiro, em meados de 1956, o XVIII Congresso Internacional de
Geografia.
Firmado êsse propósito deliberou o Conselho Nacional de Geografia, em Assem-
bléia Geral, criar a "Comissão Nacional da União Geográfica Internacional" "Esse
órgão, por sua vez, logo após a sua instalação, criou a "Comissão Organizadora do
XVIII Congresso Internacional de Geografia". É esta última entidade que vem, nas
suas funções executivas, planejando e incentivando todos os trabalhos preparatórios,
para a realização daquele importante Conclave, de projeção internacional
Os Congressos Internacionais de Geografia são realizados a intervalos de três ou
quatro anos O primeiro, reunido em agôsto de 1871 na cidade de Antuérpia, teve a
designação oficial de "Congresso de Ciências Geográficas, Cosmográficas e Comerciais".
Houve cêrca de 600 adesões, sendo 300 da Bélgica, 283 de outros países europeus, 7
dos Estados Unidos e 4 da América do Sul É particularmente digno de nota a
circunstância de que entre estas últimas adesões figurava a de Sua Majestade Imperial,
o Senhor Dom PEDRO II.
Ao findar o ano de 1954 encontra-se a Comissão Organizadora empenhada no
preparo de três excursões para os congressistas cujos pormenores serão oportunamente
divulgados O temário está organizado em treze secções, da maneira pela qual se
segue:

Secção 1 - Cartografia e Fotogeografia

1 - Problemas da representação simultânea da estrutura e da morfologia e padroni-


zação das convenções.
2 - Nor~as para a representação cartográfica dos fatos da ocupação humana.
3 - Problemas da representação cartográfica de fenômenos demográficos
4 - Métodos de reconstituição da vegetação original.
5 - Mapas regionais: representação simultânea de fatos característicos referentes à
geografia física e humana
6 Utilização de fotografias aéreas na cartografia e no estudo geográfico do relêvo
e da vegetação.
7 - O emprêgo das fotografias aéreas no estudo do habitat urbano e rural, bem
como no levantamento dos tipos de utilização da terra
8 - O emprêgo das fotografias aéreas na determinação dos recursos naturais dos
países subdesenvolvidos.
9 - Métodos a serem empregados na cartografia das regiões de florestas tropicais.
- 160 -

Secção li - Geomorfologia

1 Mo1fologia comparada dos escudos cristalinos


2 Morfologia das regiões basálticas
3 Formas de tipo cá1stico em terrenos não calcários
4 Morfologia climática O papel da erosão em lençol nas regiões tropicais
úmidas e semi-áridas
5 Relações entre a evolução morfológica e o ciclo pedogenético Os solos fósseis
como índice de evolução climática
6 - As concreções late1íticas e outras coneteções fermginosas Suas relações com
o clima e a morfologia
7 - Estudos morfoscópicos dos sedimentos e suas relações com os processos de
erosão
8 Morfologia litorânea e suas relações com o eustatismo
9 Dinâmica litotânea e depósitos antropógenos
10 Novas contribuições sôbre a te01ia da translação dos continentes

Secção 111 - Climatologia

1 Classificação de climas: dificuldades e críticas


2 Climatologia das regiões tropicais e subtropicais
3 Sucessão de tipos de tempo nas regiões tropicais e subtropicais
4 Anomalias climáticas das regiões tropicais e subtropicais
5 índices de aridês: critérios e aplicações
6 Delimitação dos climas áridos e semi-átidos e suas flutuações
7 Ctitérios geográficos para o estabelecimento de uma rêde conveniente de postos
meteorológicos
8 - Vatiações do clima e possíveis influências do deflorestamento

Secção IV - Hidrografia

1 - Regimes fluviais típicos das regiões tropicais úmidas e semi-áridas Suas relações
com a navegabilidade
2 Variação do regime fluvial em função do tipo de utilização da terra
3 A ocorrência de enchentes extraordinárias e sua explicação: interferência de
fatôres físicos e humanos
4 Relações entre o regime fluvial e os perfis transversal e longitudinal dos tios
5 Variação cíclica do nível hidrostático nas planícies aluviais.
6 Variação do nível hidrostático em conseqüência da atividade humana

Secção V - Biogeografia

1 Escalonamento de formas de vegetação nas montanhas das regiões tropicais


2 Fo1mas de vegetação das ilhas oceânicas
3 Cottespondência entre os tipos de vegetação dos vários continenles nas regiões
tropicais
4 O problema da origem dos campos nas reg1oes tropicais e subtropicais
5 A análise polínica, método de estudo da distribuição das formações vegetais
do passado.
- 161-

6 - Relações solo-vegetação nas reg10es tropicais.


7 - Balanço d' água e forma biológica das espécies vegetais das regiões áridas e
semi-áridas.
8 - A vegetação das regiões áridas e semi-áridas e o seu aproveitamento econômico.
9 - O problema da restauração da vegetação natural nas áreas agrlcolamente esgo-
tadas.
JO Origens e dispersão das plantas cultivadas; conseqüências da extensão de cultu-
ras além dos seus limites ecológicos.

Secção VI - Geografia Humana - Temas diversos

1 - O fator religioso na paisagem geográfica


2 - Problemas da alimentação nos países tropicais.
3 - Modificação de hábitos alimentares nos países novos em conseqüência das imi-
grações recentes.
4 - A habitação rural típica de diversas áreas geográficas: suas relações com o meio
físico, a herança cultural, os gêneros de vida e a estrutura social.
5 O problema da água nas regiões áridas e semi-áridas e sua influência nos hábi-
tos da população rural.
6 - Gêneros de vida nas regiões tropicais úmidas e semi-áridas.

Secção VII - Geografia da População e do Povoamento

1 - Colonização européia nas regiões tropicais e subtropicais Colonização expontâ-


nea e dirigida
2 - As migrações intercontinentais e os problemas de aclimatação e adaptação dos
imigrantes
3 - O desbravamento e a ocupação do solo nos trópicos. Frentes pioi;ieiras.
4 - Técnicas de ocupação do solo e capacidade de povoamento
5 As migrações internas e suas causas :Sxodo rural e concentração urbana; suas
relações com o desenvolvimento econômico de um país.
6 Conceituação de urbano, suburbano e rural
7 - Geografia urbana comparada
8 - As grandes aglomerações urbanas contemporâneas das regiões tropicais.
9 - A descentralização das indústrias como fator de restrição ao crescimento das
cidades.
10 Conurbações e áreas de influência das grandes cidades.
11 - Habitat rural nas regiões tropicais úmidas e semi-áridas.

Secção VI 11 - Geografia Médica

1 Importância geográfica das moléstias tropicais


2 Problemas geográficos do câncer.
3 Distribuição geográfica do tracoma e suas causas
4 - Distribuição geográfica e aspectos ecológicos do Kwashiorkor
5 - Distribuição geográfica e aspectos ecológicos da esquistosomose.
6 - A doença de Chagas e sua ecologia.
7 - Inventário das correlações clímato-patológicas na América

-11-
- 162 -

8 As técnicas modernas de saneamento e seus reflexos geográficos


9 Métodos e objetivos da geografia médica

Secção IX - Geografia Agrária

1 - Tipos de uso da terra e sistemas agrícolas nas reg1oes trop1ca1s e subtropicais.


Relação com o nível de vida e o habitat 11nal. Sugestões para sua classificação.
2 Tipos e formas da vida pastoral nas regiões tropicais e subtropicais
3 A estrutura agrária, o espírito de emp1êsa, a acumulação de capital e o
desenvolvimento das técnicas agrícolas nos países novos
4 - Conseqüências geográficas de reformas agrárias ou da subdivisão expontânea
de grandes propriedades rurais
5 Comparação da pequena propriedade que resulta de uma divisão primaria de
terras virgens com a pequena propriedade resultante da fragmentação fundiária
6 - Estudo comparativo da utilização do solo pela agricultura em diversas épocas,
de acôrdo com os recenseamentos cadastrais ou out10s documentos análogos
7 O uso da terra e a economia da água nas regiões semi-áridas
8 Diferença entre paisagens culturais de áieas especializadas em um mesmo
produto
9 - Solos das regiões tropicais e subtropicais: sua classificação e tepresentação
cartográfica. O problema dos solos lateríticos
10 - Efeitos da ação humana sôbre os solos t10picais A recuperação dos solos e o
rejuvenescimento de uma região agrícola

Secção X - Geografia da Indústria, do Comércio e dos Transportes

1 Condições geográficas da produção de energia.


2 Os problemas demográficos da industrialização nas regiões tropicais.
3 Problemas da geografia das indústtias nas regiões tropicais Localização meio-
nal de centros industriais
4 - Conseqüências geog1áficas da aplicação dos planos de desenvolvimento econô-
mico nas colônias européias
5 Industrialização e desenvolvimento agrícola: suas relações recíprocas.
6 A concorrência e a coordenação dos diferentes meios de transporte nas regiões
tropicais
7 O desenvolvimento dos portos e suas relações com a rêde de transportes
8 Utilização industrial permanente das áreas flo1estais
9 Comércio internacional após a segunda grande guerra
10 A geografia dos capitais e dos investimentos

Secção XI - Geografia Histórica e Política

1 Estudos de gêneros de vida baseados em fontes pré-históricas


2 Utilização, para estudos geográficos das tegiões tropicais, das descrições de
viagens dos séculos XV e XIX
3 Mudança de uma capital - problemas da escolha de novo sítio e repercussões
geográficas
4 - Problemas geográficos da redivisão territorial de um país
-163 -

5 - Formação das unidades político-administrativas de um país.


6 - Relações entre a Geopolítica e a Geografia Política.

Secção XII - Metodologia, Ensino da Geografia e Bibliografia

1 - Rumos modernos da pesquisa geográfica.


2 - rendências atuais do ensino da geografia.
3 - Estudo crítico do conteúdo e da programação do ensino da geografia em nível
secundário e superior.
4 - O filme documentário e o ensmo da geografia
5 A formação do pesquisador e do professor de Geografia.
6 - A utilização da geografia para fins de planejamento e administração
7 - Sugestões para uma classificação bibliográfica de interêsse geográfico.

Secção XIII - Geografia Regional

1 - Geografia regional comparada das regiões tropicais úmidas.


2 Geografia regional comparada das regiões subtropicais úmidas.
3 Geografia regional comparada das regiões semi-áridas.
ÁREA E POPULAÇÃO DO BRASIL(~)
AREA E POPULAÇÃO ABSOLUTA E RELATIVA DAS UNIDADES FEDERADAS
E DAS GRANDES REGIÕES DO BRASIL

ÁREA - 1952 POPULAÇÃO (1°-VII-1950)


Densidade
Relativa de
UNIDADES FEDERADAS Relativa população
Absoluta Absoluta hab/km'
krr2) 3 do 3 das (hab) % do 3 das
BrasH Regiões Brasil Regiões
- - - - - - - - - - - - - - - ---- - - - - - - - -
1 Gnaporé 242 983 2,85 6,79 36 935 0,07 2,00 0,15
2 Ac1e 152 589 l,79 4,26 114 755 0,22 6,22 0,75
3 Amazonac:. 1 583 281 18,fiO 44,23 514 009 0,99 27,87 0,32
Região a ser demarcada AM/PA 3 192 0,04 0,09 - - - -
4 Rio Branco 230 660 2,71 6,44 18 116 0,04 0,98 0,08
5 Paiá 1 229 983 14,45 34,36 1 123 273 2,16 60,90 0,91
(j Amapá 137 303 1,61 3,83 37 477 0,07 2,03 0,27

Noite 3 579 991 42,05 100,00 1 844 655 3,55 100,00 0,52

7 Maranhão 332 174 3,90 34,26 1 583 248 3,05 12,67 4,77
8 Piauí 251 683 2,96 25,96 1 045 696 2,01 8,37 4,15
Região a ser demarcada PI/CE 2 460 0,03 0,25 - - - -
9 Ceará 147 895 1,74 15,25 2 695 450 5,19 21,57 18,23
10 Rio Grande do No1 te 53 069 0,62 5,47 967 921 1,86 7,75 18,24
11 Paraíba. 56 556 0,66 5,83 1 713 259 3,30 13,71 30,29
12 Pern~mbuco 98 079 1,15 10,11 3 395 185 6,54 27,17 34,62
!3 Alagoas 27 793 0,33 2,87 1 093 137 2,11 8,75 39,33
.581 0,01 21,52
LI Fernando de Noronha (1) 27 0,00
º·ºº 0,00

Noideste 96 736 11,39 100,00 12 494 477 €4,06 100,00 12,88

t5 Sergipe 22 027 0,26 1,75 644 361 1.24 3,41 29,25


!6 Bahia 563 367 6,62 44,67 4 834 575 9,31 25,59 8,58
17 Minas Gerais 581 975 6,84 46,15 7 717 792 14,86 40,85 13,26
Região a sei dem~1cada MG/ES 10 137 0,12 0,80 160 072 0,30 0,85 15 79
18 Esp!rito Santo (2) 39 577 0,46 3,14 861 562 1,66 4,56 21 77
19 Rio de J aneit o 42 588 0,50 3,38 2 297 194 4,42 12,16 53,94
20 Díst1 ito Fede1al - 1 356 0,01 0,11 2 377 451 4,58 12 58 1 753,28

Leste 1 261 027 11,,81 100,00 1 895 OC7 30,37 100,00 14,98

21 São Paulo 247 222 2,90 29,95 9 134 423 17,59 53,81 36,95
22 Paraná 200 857 2,36 24,34 2 115 547 4,07 12,46 10,53
23 Santa Cata1ina 94 798 1,11 l !,48 1 560 502 3,00 9,19 16,46
24 Rio Grande do Sul 282 480 3,32 34,23 4 164 821 8,02 24,54 14,74

Sul 825 357 9,69 100,00 16 975 293 32,68 100,00 20,57

25 Mato Grosso 1 254 821 14,74 66,83 522 044 1,00 30,05 0,42
26 Goiás 622 912 7,32 33,17 1 214 921 2,34 69,95 1,95

Centi o-Oeste 1 877 733 22,06 100,00 1 7.~6 965 5,34 100,00 0,93

BRASIL 8 513 844 100,00 - 51 944 397 100,00 - 6,10

ÁREAS -
(!) Inclui as áreas dos penedos São Pedro e i:lão Paulo e do atol das Rocas
(2) Inclui as áreas das ilhas de Trindade e Ma1 tim Vaz
POPULAÇÃO -
Recenseamento Geral do Brasil - Lº de iulho de 1950.
(*) Transcrito do Boletim Geográfico", n ° 116 1 setembro-outubro de 1953
CAMPANHA DE REFLORESTAMENTO
Foi instituída pela Sec1 etaiia de Ag1 icult!i1 "' Indtis-
t1 ia e Comé1cio, nerte ano de 1954, '' "Campanhct de
Re/lo1es1<1mento" em todo o Estctdo, i11iiie1tivct dcts me1is
lo111ái·eis e opo1!1t11cts O Depct1tctme12to Geog1áfico, po1
todor os meios "º sett ctlcctnce, d,11á decidido e incondi-
cional e1poio t1 tão benéfict1 "Cmnpe1nhe1" e derde já 1egis-
t1e1 neste m!111e10 do "Anucíiio" o texto da pa11if>tha ieso-
lu1ão qtte ti in1tit11i, pme1 o conhecimento de qtt?mtos
p11de1em p1estigie11 errct luminosa bt1tctlht1 cí1,icct
A REDA(,ÃO

PORTARIA N. 0 305

O Senetá1io da Ag1icultu1a, Indúst1ia e Comé1cio do Estado do Rio de Janeito, usando


da attibuição legal e,
Consideiando que é devei da Senetatia de Ag1icultuta, Indúst1ia e Comé1cio, atiavés o
Depattamento da P10dução Vegetal, fomentai a fo1mação e 1estamação de f101estas, inclusive
01ganiza1 pa1ques estaduais, 1ese1vas f101estais e fl01estas típicas;
Consideiando que, paralelamente, devem sei p1ese1 vadas as 1ese1 vas flo1estais, mediante
fiscalização e 01ientação, evitando-se as de11ubadas, sem o ime<liato plantio de novas áivo1es;
Consideiando que, um p10g1arna de 1ef101estamento deve se1 pôsto em p1ática sob a founa
de campanha feita em cada um dos municípios, e ainda atiavés de out10s ó1gãos de Sei vi~o
Público inte1essando todos os funcionátios da Seoetatia, as autotidades municipais, os p10-
ptietá1ios 1utais e diligentes de seto1es 10doviá1ios:

RESOLVE:

I - Fica instituída a Campanha de Reflo1estamento que te1á luga1, anualmente, <lutante


60 (sessenta) dias, a rnnta1 do dia 21 de setemb10 e até 19 de novemb10, a qual se1á 1eali-
zacla sem p1ejuízo da attibuição elo seto1 p1óptio
II - A Campanha ele Ref101estamento impõe o plantio, no mínimo de 10 (dez) áivo1es
diá1ias, em cada Munidpio
III - O plantio da ál\ 01e se fatá, de p1efe1ência, nos limites das p10p1iedades 1mais, nos
patques e ja1dins públicos, em teueno do Estado, União e dos Municípios
IV - A Campanha de Ref101estamento te1á, também, luga1 em todos os estabelecimentos
Ag10pecuá1ios do Estado
V - Compete ao Depa1tamento da P10duçiio Vegetal, atiavés o Se1viço de Reflo1estamento
e dos Disttitos Ag10pernáiios, a exeLuçiio da Campanha, forneLendo as mudas, otientando o
plantio e a conse1 vação da á1 vo1e
VI - O Depaltamento da P10dução Vegetal podetá 1equisita1 mudas dos dive1sos estabe-
lecimentos ag1ícolas do Estado, a fim de faLilita1 a Campanha
VII - Compete à Divisão de P10teção aos Recu1sos Natuiais colaboia1 ditetamente com
a Campanha, p1ese1 vando as 1ese1 vas fio testais mediante 01ientaçiio no sentido da p10teção da
á1 vote e evitando, tanto quanto possível, as deu ubadas
- 168 -

VIII - No corrente ano, a Campanha de Reflorestamento te1á lugar no pe1íodo comp1een-


dido entte 7 de novembro e 5 de dezembro.
IX - O Düetor do Departamento da Produção Vegetal adotará tôdas as providências no
sentido do êxito da Campanha, inclusive organizando o cadastto das árvo1es plantadas, com
indicação do lornl, fazendo colocar uma pequena placa de metal, com a inscrição "Campanha
do Reflorestamento", e o ano, sempre que a árvore fôr plantada em logradouro público
X - A Campanha se1á feita por intermédio de todos os servido1es da Seoeta1ia
XI - O Direto1 do Departamento da P10dução Vegetal oficiará aos Senho1es P1efeitos
Municipais e Direto1es dos Departamentos Nacional e Estadual de Estradas de Rodagem, no
sentido de que colaborem na Campanha

SECRETARIA DE AGRICULTURA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO, em Niterói, 21 de


outubro de 1954

ass) JosÉ DECARVALHO }ANNOTTI


Secretário
GRANDES VULTOS FLUMINENSES

AUGUSTO GUIGON

O nome de AUGUSTO GUIGON é saudosamente lembrado na Secretaria de Viação


e Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro, pelo traço da sua passagem, quando
nelâ exerceu atividades técnicas de reconhecida importância. Serviu-a, primeiramente,
como Engenheiro-Chefe do Escritório Técnico da Diretoria-Geral de Obras Públicas
e, depois, como Engenheiro-Chefe da Comissão da Carta Geral do Estado, nutp
período total que se estendeu de 1919 a 1926
Desincumbiu-se brilhantemente a sua árdua tarefa, organizando em três anos,
com exíguos recursos, a Carta Corográfica do Estado do Rio de Janeiro, litografada
nas escalas de 1 :400 000 e 1 :200 000, para comemorar, em 1922, o Centenário da
Independência do Brasil
Essa Carta constituiu no Govêrnó RAUL VEIGA, em que foi lançada, um marco
de alto relêvo daquela Adminístração, e a sua utilidade manteve-se inalterável durante
vinte e oito anos, tempo décorri~o antes de aparecer, em 1950, uma nova Carta
Corográfica do Estado, com o advento de uma fase renascente e renovadora de
concepções geográficas.
AUGUSTO GUIGON nasceu no Distrito Federal a 7 de abril de 1876 e faleceu,
com a idade de 68 anos, a 4 de março de 1944, quando exercia as funções de Consultor
Técnico da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência.
O Diretório Regional do Conselho Nacional de Geografia, neste Estado do Rio
de Janeiro, reunido em sessão solene a 5 de junho de 1944, registrou a singular
personalidade dêsse eminente profissional patrício, a quem a ciência geográfica ficou
devendo inestimáveis serviços.
Formou-se em engenharia civil, em 1899, pela antiga Escola Politécnica, hoje
Escola Nacional de Engenharia, da Capital Federal.
Dedicou-se inteiramente a sua profissão e a ela emprestou tôdas as reservas dos
seus conhecimentos, do seu saber e da sua experiência largamente trabalhada
AUGUSTO GUIGON
ATA DAS REUNIOES ORDINÁRIAS E RESOLUÇÕES
DO D.R.G. - 1953-1954

Ata dct ttigésima p1imei1a 1eu1iião 01diná1ia do Di-


1etó1io Regional do Conselho Nacional de Geog1afia,
no Estado do Rio de Jaizei1 o ' '

Aos cinco dias do mês de junho do ano de mil novecentos e cinqüenta e três, às dez hoias
e vinte minutos, no Gabinete do Excelentíssimo Senho1 Senetário de Viação e Obtas Públicas,
nesta cidade de Niterói, capital do Estado do Rio de Janeüo, tealizou-se a tiigésima primeita
1eunião ordiná1ia do Düetótio Regional de Geogiafia, sob a p1esidência do Douto1 MANOEL
PACHECO DE CARVALHO, sec1eta1iada pelo Engenheito Lurz DE SouzA e p1esentes o Consultor-Téc-
nico Douto1 Lurz PALMIER, os Memb10s: Senho1es ALDEMAR ALEGRIA, Engenhei10s DÉcro
SILVINO DE FARIA e ALuls10 BELARMINO DE MATOS, e o Sec1etá1io-Assistente JEFFERSON FER-
REIRA DOS SANTOS Depois de os Senho1es Conselheüos te1em apôsto as suas assinatu1as no liv10
de p1 esença, o Senhor P1esidente decla10u abetta a sessão e detetminou que se p10cedesse à
leitma da ata da sessão ante1io1, finda a qual foi ap10vada, sem debates O Senho1 Senetário
leva ao conhecimento dos Senho1es Conselheiros que, por indicação do Düetótio Regional, o
Ditetótio Cential do Conselho elegem mais os seguintes Consulto1es-Técnicos pata êste ó1gão
geog1áfico: P1ofessô1es MoACYR PAvAGEAU, DÉcro FERREIRA CRETON e ADAUTO SOARES MoN-
TEIRO e o Co10nel DÁcro CÉSAR P10sseguindo, passou-se à leitma do expediente, a sabei: a)
Ofício S/1 361, de 18-1-953, do Senetáiio-Geial do Conselho ao Sec1etário do Ditetóiio, comu-
nicando a eleição dos novos Co::isultoies-Técnicos; b) ca1ta do P10fessor DÉcro FERREIRA CRETTOH,
de 1-6-1953, agiadecendo a sua eleição pata compoi o coipo de Consultoies-Técnicos do Dire-
tótio; c) ofício S/562, de 16-3-1953, do Secretáiio-Getal do Conselho ao Secietátio do bite-
tório, rnmunicando que o P10fessoi ZIEDE MOREIRA, indicado pelo Düetótio Regional, fie-
qüentou o Curso de Féiias piqmovido pelo Conselho, tendo logtado ap10va<,ão; d) "Boktim
de Seiviço" do I B G E , publicação da Poitatia de 11-3-1953, do Secietátio-Getal do Con-
selho Nacional de Geogtafia, que designa uma comissão pata ap1esentai um piojeto de noimas
técnicas mbanísticas Finda essa pa1te, o Senho1 Senetá1io fêz as seguintes comunicações: a) que
tinha o ptazei de apresentai, o quinto núme10 do ':Anuátio Geogiáfico", 1elativo a 1952, que
acabava de sait do pielo A publicação é apreciada e elogiada pelos piesentes São p10postos
e ap10vados os seguintes votos: do Doutoi Lurz PALMIER, congiatulando-se com o Senhoi Sene-
tátio, Engenheito Lurz DE SouzA, pela excelente publicação dêsse último núme10 do "Anuáiio",
do Senhoi ALDEMAR ALEGRIA, i:ongiatulando'se com o Senhoi Govetnadot do Estado, Almüante
ERNANI DO AMARAL PEIXOTO, e com o Senho1 P1esidente do Ditetótio, Engenhei10 MANOEL
PACHECO DE CARVALHO, pela maneita com que vêm p1estigiando as atividades do Ditetóiio e,
conseqüentemente, a publicação do "Anuáiio"; b) que estava p10nta e acabava de sei entlegue
pelo Sei viço Gráfirn do I. B G E a Catta Geia! do Estado, impiessa em cinco côies, na escala
de 1:400 000, edição de 1953, a qual, no momento, apiesentava aos piesentes O trabalho é
ap1eciado pelos Senhoies Conselheiros Poi p10posta do Doutor Lurz PALMIER, é ap10vada a
consignação em ata de um voto de congiatulações com todos aquêles que colabotaram na confec-
ção dessa edição da Caita do Estado; c) que havia sido designado para repiesenta1 o Estado
e o Ditetóiio nos trabalhos da XIII Sessão 01dinária da Assembléia Geia! do Conselho 01dem
do dia - Iniciada essa pai te dos ttabalhos, o Senhor Secretáiio leu o relatório das atividades
do Ditetório dmante o ano de 1952, a ser apiesentado à XIII Sessão Oidináiia da Assembléia
Geral do Conselho, o qual é finalmente aprovado - durante a leitma são feitos comentáríos
- 172 -

elogíosos pelos Senhores Conselheíros e solicitados, por alguns, esclarecimentos sôb1e dive1sos
serviços, tendo o Senhor Secretário prestado as necessá1ias informações Em prosseguimento,
foram apresentadas, submetidas a julgamento e, finalmene, aprovadas as -seguintes Resoluções:
N' 124 - Aprovando as despesas efetuadas pela Secreta1ia do Diretório, <lutante o segundo
semestre de 1952, na importância total de Cr$ 4 940,00 (quatro mil novecentos e qua1enta cru-
zeiros); N' 125 - Encaminhando à consideia~ão da XIII Sessão 01dinária da Assembléia Geral
do Conselho Nacional de Geogtafia o 1elatólio das atividades do Diretório, ve1ifícadas durante
o ano de 1952 Interêsses ge1ais - Nessa parte dos trabalhos, é proposta e aprovada a consig-
nação em ata dos seguintes votos de congiatulações: apresentadas pelo Diretor LUIZ PALMIER:
wm o Senho1 P1esidente do I B G E e com os 1epresentantes da ala estatística, no Diretório,
pela passagem de mais um aniversário do Instituto, comemorado em 29 de maio, e com os Membros
do Düetó1io, pela passagem do aniversário do D R G ; apresentados pelo Senho1 ALDEMAR
ALEGRIAS com os Membros do Diretório, pela eleição do P10fessor MoACYR PAVAGEAU para as
funções de Consultor Técnico, como vogal, e com os organizadores da Comissão de Folclore, pela
eleição do Douto1 LUIZ PALMIER para a ptesidência dessa Comissão O Doutor Lurz PALMIER
agradece a aprovação dêsse último voto de congratulações Nada mais havendo a tiata1, o Senho1
P1esidente enceirou os trabalhos às doze hoias e trinta e cinco minutos E, para constai, eu,
JEFFERSON FERREIRA DOS SANTOS, Sectetário-Assistente, !aviei a ptesente ata, que vai assinada
pelo Senho1 P1esidente, pelo Senho1 Sec1etá1io e pot mim subsctita
aa) M PACHECO DE CARVALHO
LUIZ DE SOUZA
JEFFERSON F DOS SANTOS

Ata da t1igésima segunda 1eunião 01diná1ia do


Di1etó1io Regional do Conselho Nacional de Geog1afíc1
no Estado do Rio de Janeiio

Aos trinta dias do mês de dezemb10 do ano de mil novecentos e cinqüenta e ttês, às nove
hotas e quarenta e cinco minutos, no Gabinete do Excelentíssimo Senhor Sectetário de Viação e
Obras Públicas, nesta' cidade de Niterói, Capital do Estado do Rio de Janeiro, 1ealizou-se a
ttigésima segunda 1eunião ordinária do Diretório Regional de Geogiafia, sob a presidência do
Doutor MANOEL PACHECO DE CARVALHO, secretariada pelo Engenheilo LUIZ DE SOUZA e p1e-
sentes os Consultores Técnicos: Doutores LUIZ PALMIER, JosÉ SOUZA DE MIRANDA e MoACYR
PAVAGEAU, os Membros: Engenheiros DÉcio SILVINO DE FARIA e ANTÔNIO QUEIROZ L!NHARES,
e o Sectetátio-Assistente JEFFERSON FERREIRA DOS SANTOS Depois de os Senhotes Conse-
!hei10s te1em apôsto as suas assinatu1e1s no lív10 de p1esença, o Senho1 P1esidente declarou abe1ta
a sessão e detetminou que se procedesse à leitu1a da ata da sessão ante1io1, finda a qual foi
ap10vada, sem debates Na parte resetvada à leituia do expediente, foi lido um teleg1ama em
que o Senho1 P1esidente do I B G E comunica que o Diietório Cential do Conselho ap1ovou
um voto de congratulações e aplausos ao Diretório Regional pela publicação do quinto núme10
do "Anuáiio Geográfico", que mereceu giandes elogios pela sua ap1esentação material e pelo
seu conteúdo cultural P10sseguindo os ttabalhos, o Senhor Sectetário fez as seguintes com11-
nicações: a) XI Congresso Brasileiro de Geogiafia - comunica a sua realização, em Pô1to
Alegre, no p1óximo mês de maio, e lê alguns altigos do Regimento dêsse Conclave O assunto
é debatido po1 todos os presentes, sendo finalmente delibeiado, por p10postas dos Doutores
LUIZ PALMIER e JosÉ SouzA DE MIRANDA, que o Düetólio aderisse ao 1efeiido Cong1esso,
como sócio-p10teto1, com a quantia de mil crnzeilos, e que a Secretalia enviasse expediente
aos Diretórios Municipais, à Imprensa e às Associações Cultuiais, divulgando a matélia da
realização do Ce1 tame e solicitando adesões; b) XIII Sessão 01diná1ia da Assen1bléia Geia! do
C N G - o Senhor Secretá!Ío faz um ligei10 relato das atividades desenvolvidas durante a
realização dessa Assembléia, a que compa1eceu como 1epresentante do Estado e do Düetólio, e
lê as Resoluções ap1ovadas que dizem 1espeito ao Estado do Rio de Janeiro, dentre as quais
a que se refe1e à continuação dos estudos para a elabotação do plano de 1ecupe1ação econômica
da Baixada Fluminense O assunto é comentado.· peles p1esentes, que abordam a questão da
colonização estrangeira, da erosão, da coireção dos solos e de válios aspectos 1elacionados com o
- 173 -

plano em aprêço O Douto1 MoACYR PAVAGEAU comunica, então, que a Secretaria de Agiicultura,
em colaboração com o Departamento Geográfico e o Ministério da Agricultura, está procedendo
estudos paia a elaboração do Mapa do Solo do Estado, que será o piimeiro, no gênero, no País
Esclareceu o Douto1 PAVAGEAU que êsses estudos, iniciados no Estado, destinam-se à confec-
ção da Carta Geral do Solo do Brasil; explica, a seguir, como são executados os tiabalhos para
a elaboração dêsses mapas 01dem do dia - Nesta parte dos trabalhos é apresentada, subme-
tida a julgamento e, finalmente, aprovada pela Resolução n' 126 a prestação de contas das
despesas efetuadas pela Sec1etaiia do Diretório durante o 1Q semestle de 1953, na impo1tância
total de Cr$ 110 900,000 (cento e dez mil e novecentos cruziros) Inte1êsses ge1ais - O Senhor
Secretário, em b1eves palavras, regozija-se com os presentes pelo comparecimento dos novos
Conselhei10s, Douto1es MOACYR PAVAGEAU ·e ANTÔNIO QUEIROZ LINHARES, e enaltece as suas
qualidades Os Doutores PAVAGEAU e LINHRES, agiadecem O Senho1 Secretário p1opõe, e é
aprovado, um voto de congratulações da Casa com Sua Excelência o Senhor Governador Almi-
iante ERNANI DO AMARAL PEIXOTO, pelas suas manifestações de interêsse pela vitalidade dêste
órgão e pelo apoio que vem dando às atividades geog1áficas ri.o Estado, desejando-lhe, ao mesmo
tempo, um Ano Novo pleno de glórias e satisfações Em p10sseguimento, po1 p10posta do
Doutor Lurz PALMIER, são ap10vados os seguintes votos de aplauso: ao Douto1 MoACYR PAVA-
GEAU, pelos estudos que vem p10cedendo na Baixada Fluminense; ao Senhor Sec1etário, Enge-
nheiro Lurz DE SouzA, pela maneüa biilhante com que iep1esentou o Es.tado e o Diretó1io na
XIII Sessão Ordinária da Assembléia Geia! do C N G ; ao Senhor Presidente e aos demais
Conselheüos, pelas atividades profícuas desenvolvidas pelo Diretó1io durante o exe1dcio de 1953
Finalizando, o Doutor Lurz PALMIER deseja aos p1esentes um feliz e p1ós.pe10 Ano Novo
O Senho1 P1esidente ap1esenta e distribui aos Senhores Conselheüos o novo Mapa Rodoviário
do Estado, edição de 1953, que é ap1eciado e elogiado Nada mais havendo a tratai, o Senhor
Presidente enceuou os tlabalhos às onze ho1as e vinte e cinco minutos E, paia constai, eu,
JEFFERSON FERREIRA DOS SANTOS, Secretário-Assistente, lavrei a presente ata, que vai assinada
pelo Senhor P1esidente, pelo Senhor Secretário e po1 mim subscrita
aa) M PACHECO DE CARVALHO
Lurz DE SOUZA
JEFFERSON f DOS SANTOS

RESOLUÇÃO N. 0 126

Ap1ova as desperas efetuadas pelo D R G du1ante


o 1' semest1e de 1953

O Diretório Regional do Conselho Nacional de Geogiafia, no Estado do Rio de Janeiro,


usando das suas attibuições e,
Considerando que, na presente reunião, f01am tomadas as suas contas referentes às des-
pesas efetuadas no 1Q semestre de 1953;
Conside1ando que, por fôrça do disposto no parágrafo único do artigo 2Q da Resolução nQ 103,
de 26 de julho de 1941, da Assembléia Gemi do Conselho Nacional de Geografia, compete ao
Düetóiio Regional aprová-las, uma vez esteja de acôrdo com as mesmas:

RESOLVE:

Artigo único - Ap10va1 as contas das despesas efetuadas pela Secretaiia do Düetório Re-
gional, durante o 1Q semestre de 1953, na imp01tância de Cr$ 110 900,00 (cento e dez mil e
novecentos cruzeiros), de acôrdo com os documentos encaminhados a esta Presidência, pelo otíc10
n" 259, de 21-12-1953, do Secretálio do D R G
Niterói, 30 de dezemb10 de 1953
Conferido e numerado a) JEFFERSON FERREIRA DOS SANTOS, Secretá1 ia-Assistente
Visto e rnbricado a) Lmz DE SOUZA, Secretário - Publique-se a) MANOEL PACHECO DE
CARVALHO, Presidente
- 174 -

RESOLUÇÃO N.º 127

Encaminha o Relató1io das ati1•idades do D R G ,


1efe1entes ao ano de 1953, à consideiação da XIV Ses-
são 01diná1ia da Arsembléict Geial do C N G

O Düetó1io Regional do Conselho Nacional de Geog1afia, no Estado do Rio de Janeito,


usando das suas attibuições e,
Consideiando as exigências regulamenta1es:

RESOLVE:

Attigo único - Fica encaminhado à considetação da XIV Sessão 01diná1ia da Assembléia


Getal do Conselho Nacional de Geogtafia o Relatório anexo das atividades dêste Ditetó1io Re-
gional, refetente ao ano de 1953
Nite1ói, 7 de ab1i1 de 1954
Confetido e numetado a) JEFFERSON FERREIRA DOS SANTOS, Seoetá1io-Assistente
Visto e rnblicaclo a) LUIZ DE SOUZA, Sec1etálio - Publique-se a) MANOEL PACHECO DE
CARVALHO, Ptesidente

RESOLUÇÃO N ° 128

Api 0Vt1 as despesas efetttc1das pelo D R G dttiante


o 2 9 semest1e de 1953

O Düetó1io Regional do Conselho Nacional de Geogiafia, no Estado do Rio de Janeito,


usando das suas attibuições e,
Conside1ando que, na p1esente 1eunião, foiam tomadas as suas wntas 1efe1entes às despesas
efetuadas no 29 semestte de 1953;
Consideiando que, po1 fô1ça do disposto no pa1ágiafo único do attigo 2• da Resolução n• 103,
de 26 de julho de 1941, da Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geogiafia, compete ao
Ditetó1io Regional aptová-las, uma vez esteja de acôrdo com as mesmas:

RESOLVE:

A1tigo único - Ap10va1 as contas das despesas efetuadas pela Seoeta1ia do Diretóiio Re-
gional, <lutante o 2° semestte de 1953, na impottântia de C1$ 1 000,00 (mil ouzei10s) de acôtdo
com os documentos encaminhados a esta P1esidência, pelo ofício n• 74, de 8-3-1954, do Se-
c1etá1io do D R G
Nite1ói, 7 de abtil de 1954
Confe1ido e numeiado a) JEFFERSON FERREIRA DO SANTOS, Seoetá1io-Assistente
Visto e rnb1icado a) LUIZ DE SOUZA, Seoetá1io - Publique-se a) MANOEL PACHECO DE
CARVALHO, P1esidente
LEGISLAÇÃO DE INTERÊSSE GEOGRÁFICO
Ementário

Decreto n° 32 889, de 29-5-1953 (federal)


"Dispõe sôbre assistência financeira aos pequenos e médios produto1es agropecuários, em
todo o tenitóüo nacional"
Lei nº 2 054, de 23-11-1953
"Estabelece os limites do Município de Mendes"
Lei nº 2 114-A, de 31-12-1953
"Dá a denominaçãó de "Govetnado1 Amaial Peixoto" ao povoado "Paineüas" ou "Ad1ia-
nópolis", situado no 3º dist1ito do Município de Nova Iguaçu"
Lei nº 2 163, de 5-1-1954 (federal)
"Çria o Instituto Nacional de Imigração e Colonização"
Lei nº 2 115, de 7-1-1954
"Dá a denominação de São Sebastião de Campos ao 4° distrito do Município de Campos"
Lei nº 2 168, de 11-1-1954 (fedeial)
"Institui o seguro agrário"
Lei nº 2 123, de 26-2-1954
"Altera a Lei nº 2 054, de 23-11-1953, na parte 1elativa aos limites municipais Mendes-Baua
do Piraí"
Decreto nº 4 683, de 27-3-1954
''Autoriza a S V O P a aceitai doação da área de tetras situada em Mangaratiba, pata
nela ser fundada uma povoação que 1ememo1e a cidade submersa de São João Marcos"
Lei n° 2 157, de 28-5-1954
"Cria os distlitos de Campos Elíseos ( 2º) Xetém ( 4°), no Município de Duque de Caxias"
Lei Constitucional nº 6, de 11-6-1954
"Altera o Ait 96 da Constituição do Estado, que versa sôb1e a eleição dos ptefeitos
e v~ce-p1efeitos"
Lei nº 2 161, de 8-6-1954
"Ctia o distrito de Iguaba Giande, 2º do Município de São Ped10 da Aldeia"
Lei nº 2 185, de 17-7-1954
"Clia o Município de Volta Redonda"
Decreto nº 4 789-A, de 31-7-1954
"Convoca o eleitoiado dos distiitos de Governado1 Po1tela e Miguel Pe1eira, do Muni-
cípio de Vassouias, pata se pronunciarem sôb1e a conveniência de ser ou não criado o Muni-
cípio de Miguel Pereira"
Lei nº 2 218, de 10-8-1954
"Determina providências pata a instalação do Município de Volta Redonda"
DeCleto nº 4 844, de 17-9-1954
"Ap10va o plano de urbanização da Enseada de São Lourenço"
Deoeto-Lei nº 311, de 2-3-1938 (fedeial)
"Dispõe sôbre a divisão tetritolial do país e dá outras providências"
Lei nº 2 237, de 19-6-1954 (federal)
"Dispõe sôbre financiamentos destinados à Colonização Nacional e dá outras providências
Dec de 23-3-1833 (Regência)
"Inco1poiação da Ilha de Paq~etá ao Distrito Federal"
- 176 -

DECRETO FEDERAL N. 0 32 889, DE 29 DE MAIO DE 1953

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confe1e o a1tigo 87, n 9 I, d3


Constituição, deneta:
Art l9 - Em cada município onde houve1 coletoria fedeial seiá foimada uma comissão
compostas dos seguintes elementos:

Coletor Fede1al;
2 Prefeito do Munidpio, especialmente convidado;
3 Delegado ou representante local do Ministério da Ag1icultura, 1esidente no muni-
cípio, se houve1;
4 - 1epresentante da Associação local dos ptodutores agrícolas ou agropecuálios, ou, na
falta, da Associação Come1cial ou entidade semelhante;
5 - Ge1ente da agência local do Banco do Blasil ou co11espondente dêsse Banco, se
houve1, com as seguintes finalidades especiais:

a) organizai uma coopeiativa de pequenos e médios p10duto1es ag1ícolas, pecuáiios e


agropecuá1ios;
b) levantar, na base do impôs to teu ito1ial pago no último tliênio, o cadast10 dos bens
imóveis dos associados da coope1ativa, inclusive os que estejam ou possam vii a se1 utilizados
po1 airendamento;
e) 1ecebei da coopeiativa os pedidos de nédito destinados ao financiamento da pequena
ou média p10dução dos associados da coopeiativa, submetendo-os à agências mais p1óxima do
Banco do füasil ou enviando-os düetamente à Suj)etintendência da Moeda e do C1édito do
Rio de Janeito;
d) estudai e suge1ü aos ó1gãos fedeiais, estaduais ou mumc1pais outias medidas que re-
dundem em innemento ou redução de custo da produção agropecuá1ia na 1espectiva zona
Ait 29 - As opeiações de nédito paia essa pequena e média p10dução serão baseadas na
cédula 1uial
Pa1ágrafo único - Enquanto fôi convertido em lei o projeto de niação da cédula 1uial,
a Supe1intendência da Moeda e do C1édito e o Banco do füasil ptocuia1ão, dentro da legisla-
ção vigente, fatilita1 a 1ealização das operações de crédito que se destinem a desenvolvei a pto-
dução ag1opecuáiia at1avés das cooperativas, especialmente as que reunam pequenos e médios
produtores
Ait 39 - O Ministéiio da Ag1icultma indica1á anualmente à Supetintendência da Moeda
e do C1édito quais as atividades ag1operná1ias do tipo pequeno e médio que rnmp1e estimulai
pelo funcionamento, info1mando também as zonas e 1egiões mais aconselháveis, as coopeiativas
existentes, o g1au e a fo1ma de assistência financeüa a ser p1estada, bem como outros elementos
necessá1ios ao aumento da p10dução
Ait 49 - Competitá a cada Coletor Fedem!:
a) indicai ao Ministro da Fazenda, dent10 do piazo de 30 dias a contai dês te Decreto, os
nomes que devem compo1 a comissão de que trata o a1ligo 19 ;
b) p10move1 desde logo, em a1ticulação com o delegado ou 1ep1esentante 1egional do
Ministéiio da Ag1icultuia, se houve1, as medidas necessáiias à criação, no 1espectivo município,
da coopeiativa de p10duto1es p1evista neste Dec1eto, obédécendo as presnições legais vigente
na matélia
Alt 5º A comissão especial de que trata êste Decreto será nomeada por ato do Minis
t10 da Fazenda e se1á p1esidida pelo Coleto1 Fedem! da localidade
A1t 69 - Nos munidpios onde já houver coopeiativa 01ganizada nos moldes indicados neste
Deneto, a comissão especial desempenhará tôdas as funções citadas no altigo 19 , exceto as
constantes da letia "a"
Parágiafo único - Se a cooperativa já existente tive1 composição diferente da estabelecida
neste Deoeto, caberá à Comissão adaptá-la às novas no11nas ou, se entendei conveniente,
01ganiza1 out1a
- 177 -

Art 7' - Terão preferência na concessão os financiamentos que objetivam diretamente ao


aumento da produção, dent10 do programa daborado pelo Ministério da Aglicultma
Art 8° - A concessão dos empréstimos fica a ca1go da Carteira de Crédito Agrícola e In-
dustrial do Banco do Brasil, atiavés das agências daquele estabelecimento sediadas nas zonas
de p10dução
§ 1• - São redescontáveis os contratos de empréstimos às cooperativas de pequenos e médios
produtores, a p1azo não excedente de 12 meses
§ 2• - Uma vez conve1tido em lei o projeto que disporá sôbre a concessão de margens
adicionais de 1edesconto, nelas serão incluídas as opeiações dos bancos privados que se en-
quadrem neste Decreto
Ait 9º - Para supe1intender os trabalhos 1egionais de cnaçao das coopeiativas e sua
adaptação ao sistema nacional de crédito, o Ministro da Fazenda designará uma Comissão Central,
sediada no Distrito Federal e composta de 5 membros, sendo um representante do Ministé1io
da Aglicultura, o Diretor das Rendas Internas, um representante da Supe1intendência da Moeda
e do C1édito, um representante do Banco do Brasil e um técnico espedalizado no p10blema
Ait 10 - :Êste Decreto entra em vigor na data de sua publicação
Ait 11 - Revogam-se as disposições em cont1á1Ío

Rio de Janeüo, 29 de maio de 1953; 132º da Independência e 65º da República

aa) GETÚLIO VARGAS


HORÁCIO LAFER

}oÃo CLEOFAS

LEI N. 0 2 054, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1953

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro dec1eta e eu sanciono a seguinte Lei:


Art 1• - O município de Mendes, ciiado pela Lei n• 1 559, de 11 de julho de 1952,
te1á os seguintes limites e confrontações:
a) Limites Municipais
1 - Com o município de Bana do Piraí ( *)
Começa na confluência do 1io Piraí com o libeirão da Sacra Família do Tinguá, sobe
po1 êste até o centro da ponte do Cunha, da Estiada de Feiro Central do Brasil; daí, sobe
pela linha de vertente do espigão mais próximo até atingir um ponto f1onteiro e mais pró-
ximo da nascente principal do libeirão dos Focinhos, a qual vai atingir, descendo pelo res-
pectivo grotão
2 - Com o município de Vassouias
Começa na nascente principal do iibeüão dos Focinhos, e, em uma linha reta, segue
até o suspüo do Túnel Grande da Estrada de Ferro Central do Brasil e, dêste ponto, segue
pela linha de cumiada da serra do Mar até um ponto fronteiro e mais próximo da nascente
principal de um afluente do ribeirão dos Macacos, que desemboca acima da rep1êsa do En-
genho da Serra
3 Com o município de ltaguaí
Começa na linha de cumiada da Se11a do Ma1, em um ponto f10ntei10 e mais p1óximo
da nascente p1incipal do cóuego afluente do libeüão dos Macacos, que desemboca acima
da 1ep1êsa do Engenho da Sena; segue pela linha de cumiada da seua do Ma1 até atingir o
ponto de intercessão desta linha decumiada com a linha de ve1tentes do diviso1 de águas
ent1e os tios Piraí e Sacra Família do Tinguá
4 - Com o município de Pirai
Começa no ent10ncamento da linha de cumiada da Sena do Mar com a linha de ver-
tentes do divisor das águas do rio Piraí das do ribeüão Sacra Família, também denominado

( *) Alte1ado pela Lei n• 2 123, de 26-2-1954

-12 -
- 178 -

dos Mendes, desce pelo mesmo diviso1 até um ponto f10nteiro e mais próximo da nascente
p1incipal do córrego Fabião, e, por êste, até a sua confluência wm o tio Piraí, descendo por
êste tio até a sua confluência com o 1io Ribeüão Sacra Família do Tinguá
b) Limites Dist1itais
Êste município tem apenas 1 (um) distrito denominado Mendes
Art 2• - A presente Lei entra em vigot na data de sua publicação
Palácio do Govêrno, em Niteri, 23 de novembto de 1953

aa) ERNANI DO AMARAL


DERMEVAL MoRAES
ROBERTO SILVEIRA
]osÉ DE MOURA E SILVA
ADELMO DE MENDONÇA
AGENOR FEIO
ALFREDO MARTINS
MANOEL PACHECO DE CARVALHO
PAULO FERNANDES

LEI N.º 2 114-A, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1953

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janei10 decreta e eu promulgo, nos têunos


do parágiafo 4• do a1tigo 24, da Constituição Estadual, a seguinte Lei:
Art 1• - Fica homologada, nos têrmos do parágiafo 5• do a1t 17 "in-fine", da Lei
n• 109, de 16 de feve1eiro de 1948 a Resolução n• 286, de 1• de dezembt0 de 1952, da
Câmara Municipal de Nova Iguaçu, que denomina "Governado1 Amaral Peixoto" o atual povoado
da Paineiras, também wnhecido po1 Adrianópolis, situado no 3• distrito do Município de
Nova Iguaçu
Ait 2° - Revogam-se as disposições em contrário

Paço da Assembléia Legislativa, em Niterói, 31 de dezemb10 de 1953

aa) TAQUES HORTA - P1esidente

LEI FEDERAL N. 0 2 163 DE 5 DE JANEIRO DE 1924

O P1esidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decteta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art 1• - É oiada, na fo1ma do aitigo 162 da Constituic,ão, uma autarquia federal,
denominada Instituto Nacional de Imigiação e Colonização
Ait 2• - O Instituto é dotado de personalidade jmídica, tem sede no Disttito Federal
e fim sob a jurisdição do Ministério da Agticultma
Ait 3• - Cabe ao Instituto:
ct) assistit e encaminhar os tiabalhadores nacionais mugiantes de uma pata outta região;
b) orientar e promover a seleção, entiada, disttibuição e fixação de imigiantes;
e) traçar e executai, dileta e inditetamente, o progiama nacional de colonização, tendo
em vista a fixação de imigrantes e o maior acesso aos nacionais da pequena p10priedade agticola
Art 4• - O Instituto expedirá instrnções aos órgãos federais que exercerem atribuições
relacionadas com a imigiação e colonização e decidirá, em giau de recmso, sôbre a sua execução
Art 5• - O Instituto, para desempenho de seu objetivo, firmará acôrdo ou contiatos
com os Estados, Municípios ou entidades públicas e particulares, pata execução de serviços
de imigração e colonização
- 179 -

Parágrafo único - Poderá o Poder Executivo outorgar, ficando pata isso autorizado, a
garantia do Tesouro Nacional a empréstimo até um montante global de Cr$ 1 000 000 000,00
(um bilhão de cruzeiros), feitos segundo as condições do mercado
Art 6• - O Instituto terá anualmente, no Orçamento da União, uma dotação global não
inferior a Cr$ 200 000 000,00 (duzentos milhões de cruzeiros), durante 5 (cinco) anos, e
disporá do produto dos bens que integrarem o seu patrimônio e da cobrança da taxa de imi-
gração, além das doações, legados ou subvenções que receber de entidades públicas ou particulares
Parágrafo único - Da dotação anualmente recebida no Orçamento da União o Instituto
prestará contas, na forma do que a legislação estabelece, para os demais órgãos do Minis-
tério da Agricultura
Art 7• - São tiansferiâos para o patrimônio do Instituto todos os imóveis e outros direitos
que, pertencendo à União, se encontiam atualmente sob a administiação da Divisão de Terras
e Colonização do Ministério da Agricultura e do Departamento Nacional de Imigiação do Minis-
tério do Trabalho, Indústria e Comércio
Art s• - O Instituto será administrado por uma Direto1ia Executiva, assistida por um
Conselho Consultivo e um Conselho Fiscal
§ 1 • - A Düeto1ia Executiva compor-se-á de um Presidente, um Diretor-técnico e um
Ditetor-tesourei10, todos de livre escolha do Presidente da República
§ 2• - O Conselho Consultivo, ao qual compete 01ientar e planejar a política do povoa-
mento e colonização do te11itório brasileiro, será composto de 8 (oito) memb10s, nomeados,
em comissão, pelo P1esidente da República, e dos quais sete indicados na seguinte forma:
2 (dois) pelo Ministério da Agricultma; 1 (um) pelo Ministé1io da Justiça e Negócios In-
terio1es; 1 (um) pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comé1cio; 1 (um) pelo Minis-
tério das Relações Exteriores; 1 (um) pelo Banco do Brasil, quando houve1 niado a Caiteira
de Colonização e ainda 1 (um) pela Confederação Ruia! Brasileira, sendo esta última indicação,
em lista tríplice, de pessoas conhecedoras de assuntos relacionados com a imigração e coloniza-
ção e o meio rural
§ 3• - O Conselho Fiscal, ao qual competem as atiibuições dos Conselhos fiscais nas
sociedades po1 ações, será composto de 5 (cinco) membros, nomeados pelo Presidente da
República, sendo um indicado pelo Ministério da Fazenda, outro pelo Banco do Brasil, quando
houver realizado financiamentos ou gaiantido empréstimos acima de C1$ 50 000 000,0 (cinqüenta
milhões de cruzei10s) e outro pelos Estados e outtas entidades de direito público, quando, em
conjunto, hajam feito doações superiores a C1$ 25 000 000,00 (vinte e cinco milhões de cruzeiros)
Art 9• - O Instituto terá a organização e o pessoal necessário aos seus serviços de acôrdo
com as normas e quadro aprovados em decreto do Poder Executivo
Parágrafo único - As atribuições e a remuneiação do P1esidente e dos membros do Conselho
Consultivo constarão dêsse decreto.
Ait 10 - O 01çamento do Instituto será aprovado po1 decreto do Presidente da República,
na segunda quinzena do mês de dezembro de cada ano
Ait 11 - O Instituto e seus se1viços gozam de ampla isenção fiscal
Art 12 - ~ o Poder Executivo autorizado a abrii o crédito especial até C1$ 20 000 000,00
(vinte milhões de cruzeiros) para instalaçilo e funcionamento do Instituto
Art 13 - O Poder Executivo expedirá, dent10 em 60 (sessenta) dias, o regulamento
que se fizer necessário à execução desta Lei
Parágtafo único - O 1egulamento estabelece1á as bases da coordenação e coopeiação entre
os serviços de colonização do Instituto Nacional de Imig1ação e Colonização e o Ministério
da Ag1icultma
Ait 14 - São extintos o Conselho de Imigração e Colonização, o Departamento Nacional
de Imigração do Ministé1io do Tiabalho, Indústria e Comércio e a Divisão de Tenas e Colo-
nização do Ministério da Ag1icultma cujas funções serão desempenhadas pelo Instituto Nacional
de Imigração e Colonização
§ 1• - O acervo e as dotações orçamentárias dos ó1gãos ora extintos são transferidos
para o Instituto
- 180 -

§ 2• - O pessoal dos ótgãos extintos no Ministéiio da Agticultuta e no Ministério do


Tiabalho, Indúst1ia e Cométcio teiá opção paia sei, quando possível, ap10veitado no Instituto
Nacional de Imigiação e Colonizar,,ão e ao Conselho de Imigtação e Colonização é assegutado a
tiansfetência paia o mesmo Instituto, na situac,ão juiídica em ql.le se encontia cada funcionáiio
A1t 15 - Esta Lei enttatá em vigoi na data de sua publicação, tevogadas as disposições
cm contt :hio

Rio de Janeito, em 5 de janeiro de 1954, 133• da Independência e 66• da República

aa) GETÚLIO V ARGAS


]oÃo CLEOFAS
TANCREDO DE ALMEIDA NEVES
VICENTE RAo
ÜSVALDO ARANHA
]OÃO GOUIART

LEI N. 0 2 115, DE 7 DE JANEIRO DE 1954

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeito decieta e eu sanciono a sequinte Lei:


Att 1• - Fica homologada a Delibetação n• 40, de 8 de setemb10 <le 1948, da Càmarn
Municipal de Campos, que dá a denominação de São Sebastião de Campos, ao 4° disttito daquele
município
Att 2• - Revogam-se as disposições em conttáiio, entiando esta lei em vigot na data
de sua publicação

Palácio do Govêrno, em Niteiói, 7 de janeito de 1954

aa) ERNANI DO AMARAL


DERMEVAL MoRAES
ROBERTO SILVEIRA
]osÉ DE MOTJRA E SILVA
ADELMO DE MENDONÇA
AGENOR FEIO
V ALFREDO MARTINS
MANOEL PACHECO DE CARVALHO
PAULO FERNANDES

LEI FEDERAL N. 0 2 168, DE 11 DE JANEIRO DE 1954

O Piesidente da República:
Faço sabei que o Congiesso Nacional decieta e eu sanciono a seguinte Lei:
Att l• - É instituído o seguto agiátio destinado à pieseivação das colheitas e dos iehanhos
contia a eventualidade de iisco que lhes são peculia1es, na founa da piesente Lei
Att 2• - Na concessão de financiamento e atividades rniais, quando garantidas poi apó-
lice de segu10, êste seiá rnnsideiado fatoi de iedução de jmos, de confotmidade com o que
dispuset o tegulamento
Ait 3• - O Instituto de Ressegutos do Btasil ptomoveiá os estudos, levantamentos e pla-
nejamentos paia a institui1,ão do seguro agtáiio em todo o te11itó1io nacional
Pa1ág1afo únirn - Pata os fins dêste altigo, o Instituto de Ressegu10s do Biasil enttad
em colabotação mm os set viços técnicos das 1epa1 tições fede1ais, estaduais, municipais, de auta1-
quias e dos estabelecimentos bancá1ios oficiais de financiamento à lavoma e pecuá1ia

NOTA - O Regulamento do Instituto Nacional de Imigração e Colonização foi aprovado pelo Decreto
n• 35 519, de 19, pub no D O Fed de 22-5-1954
- 181-

Art 4 9 - As condições das apólices e tarifas de prem10s de seguros serão elabotadas pelo
Instituto de Resseguras do Brasil, e, depois de aprovadas pelo Departamento Nacional de Seguros
P1ivados e Capitalização, postas em vigo1, mediante decretos
Att 59 - O Instituto de Ressegu10s do Brasil opera1á como 1essegurador e retrocedente,
estabelecendo, na fotma da legislação em vigo1, o início, alcance e condições das opetações de
resseguro, pata cada uma das modalidades de seguros agrários
Parágrafo único - O Instituto de Resseguras do Brasil poderá organizar e ditigir consó1cio
de seguradores, na forma prevista em seus estatutos, dispensada, porém, a exigência constante do
parágrafo 19 , do alt 57, dos referidos estatutos, na parte refe1ente à anuência expressa de 2/3
(dois terços) das sociedades
Art 69 - Os documentos e atos relativos às opetações de seguros ag1ários ficam isentos de
selos, impostos e taxas federais
Art 7" - A comissão de agenciamento do segu10 ag1á1io não excederá o máximo de 5%
sôbre os p1êmios cobrados
A1t 89 - É instituído o Fundo de Estabilidade de Segmo Ag1ário com a finalidade de
ga1antü a estabilidade dessas ope1ações, atendei à cobertura suplementar dos iiscos de catástrofe,
pe1mitit o giadual ajustamento das ta1ifas de prêmios, bem como de quaisque1 outtas iniciativas
atinentes ao ape1feiçoamento e genetalização do mesmo segmo
Pa1ágrafo único - O Instituto de Ressegmos do Btasil, pelo seu Conselho Técnico, exerce1á
a administração dos 1ecursos do Fundo e estabelece1á as bases do seu emprêgo na fotma ptevisla
neste a1tigo
Att 99 - O Fundo será constituído:
a) pelas contiibuições de que ttata o art 11;
b) po1 uma cota-pa1te correspondente a 50% dos lunos líquidos da União, disttibuídos nos
têrmos do att 70, parágrafo único da letta "d", dos Estatutos anexos ao Decreto n 9 21 810, de
4 de setemb10 de 1946;
e) por contribuições e participações dive1sas, que venham se1 estabelecidas pelo Conselho
Técnico do Instituto de Resseguras do Brasil, nas opeiações de seguros agrátios ou quaisquer outras;
d) po1 dotações orçamentá1ias anuais, <lutante os dez primeitos exe1cícios e po1 outtos
te( ursos p1evistos em Lei;
e) po1 uma cota de 10% dos lunos líquidos dos estabelecimentos bancá1ios da União
destinados ao financiamento da lavoura e pecuátia;
f) pela conttibuição dos Estados e municípios, em virtude dos acô1dos auto1izados pelo art 12
Pa1ágtafo único - As conttibuições a que se referem as alíneas "d", "e" e "f", se1ão
efetuadas nos dez p1imeitos exe1cícios, apôs a ap10vação desta Lei
Art 10 - O Fundo será aplicado para 1eembolsa1 as 1et10cessioná1ias do Instituto de Res-
segu10s do Btasil, no País, com a quantia couespondente aos p1ejuízos excedentes do máximo
admissíveis tecnicamente pata as opetações de ret10cessão dos segui os agrários
Pa1ágtafo único - Pata cada modalidade de segmo agrátio o plano de opetações do Insti-
tuto de Ressegu10s do Btasil, estabelecido na fauna do art 59 , desta lei e da legislação em
vigo1, fixatá o máximo de ptejuízo admissível, pata fins de aplicação dêste attigo
Att 11 - As 1et10cessioná1ias 1eembolsa1ão ao Fundo a quantia couespondente aos lucros
excedentes do máximo admissível tecnicamente pata essas opeiações de segu10s, segundo o
plano que fôt estabelecido na fauna do art 59 desta Lei e da legislação em vigo1, que fixará
êsse limite
Att 12 - É o Govêrno Fedetal auto1izado a celebta1, com os Estados e municípios, acordos
para a execução desta Lei
Pa1ágtafo único - Pata atender ao disposto neste artigo poderão ser instituídos, junto aos
depa1tamentos administtativos da União e ao Instituto de Resseguras do Btasil, órgãc!' con-
sultivos ou de assistência técnica de que pa1ticipem os Estados e municípios
Art 13 - Os documentos e atos de empréstimos bancários, destinados exclusivamente ao
financiamento de p1êmios de seguro agrá1io, gozam da isenção fiscal estatuída no attigo 69
- 182 -

Att 14 - Os estudos e antep10jetos elaboiados pelo Instituto de Ressegu10s do Btasil,


ielativos às condições básicas de apólices e tarifas de piêmios ( art 4°), serão publicadas no
Diá1io Oficial
Parágrafo único - Dent10 de piazo de 60 (sessenta) dias, contados da publicação dete1-
minada neste attigo, as classes i urais e as demais classes inteiessadas envia1ão ao Instituto de
Resseguras do Brasil, por intermédio das iespectivas associações p1ofissionais ou sindicais, legal-
mente reconhecidas, suas sugestões e iep1esentações sôh1e a matétia
Art 15 - Pata o comêço da obrigatotiedade dos decretos a que se iefe1e o alt 4°, se1ão
estatuídos prazos mínimos e máximos de 90 (noventa ) e J 80 (cento e oitenta) dias, computados
da data da publicação
Att 16 - A obtenção ilícita de vantagens pelo segu1ado na liquidação de indenizações,
bem como o desvirtuamento da aplicação do Fundo de Estabilidade do Segu10 Aglá1io, constituem
uime contia a economia popula1, puníveis com as penas do artigo 3• da Lei n• 1 521, de 26 de
dezemb10 de 19 51
Att 17 - A União contiataiá de p1eferência com as segmadoias que, na confoimidade
desta Lei, vie1em a opeia1 em segu10s ag1átios, a cobe1tuia dos tiscos contia incêndios de
seus p1óptios
Att 18 - As sanções administiativas poi infrações desta Lei e de seu iegulamento 1egu-
lam-se pelas disposições aplicáveis da legislação sôbie segu10s piivados
Ait 19 - Continua em vigor a legisla<,ão fedeial e estadual sôb1e segu10 ag1á1io, na
pai te em que não colidi! com as normas ge1 ais estabelecidas nesta Lei
A1t 20 - Pata atendei despesas com a execução desta Lei, o Podei Executivo ab1ilá,
pelo Ministéiio do Tiabalho, Indúst1ia e Coméicio, um oédito especial de C1$ 10 000 000,00
(dez milhões de c1 uzeilos), que se1á colocado à disposição do Instituto de Ressegu10s do Biasil
Pa1ágiafo único - O saldo veiificado na aplica<,ão dêsse oédito se1á atiibuído ao Fundo
de Estabilidade do Segu10 Agrátio
Att 21 - É o Podei Executivo auto1izado a 01ganiza1 uma sociedade po1 ações, com
sede e fô10 na cidade do Rio de Janeilo, destinada a desenvolvei p10g1essivamente ope1ações
de segmos ag10pecuáiios, sob a denominação de Companhia Nacional de Segu10 Agiícola
A1t 22 - O capital inicial da sociedade se1á de C1$ 100 000 000,00 (cem milhões de crn-
zei10s), dividido em 100 000 (cem mil) a<,Ões oidinátias, de C1$ 1 000,00 (um mil cruzeilos)
cada uma
§ 1• - Ficam rese1vadas à subsoição do Tesou10 Nacional 30 000 (tlinta mil) ações; às
entidades de economia mista, bancátias, 1essegmadoias e às autaiquias destinadas ao amparo e
fomento da lavoma, 50 000 ( cinqünta mil); e às sociedades de segu10 e capitalização, nacionais
ou estiangeilas, em funcionamento no País, 20 000 (vinte mil)
§ 2• - A subsoição das ações pelas entidades bancá1ias, 1essegmadoias, autárquicas e socie-
dades indicadas, fa1-se-á na piopoição do ativo, apuiado no último exeicicio
§ 3º - Os Estatutos da Sociedade e o quad10 disniminativo das ações, que coube1em a
cada uma das entidades subsoitoias do capital, seião ap10vados po1 ato do Podei Executivo
§ 4° - As ações subsoitas pelas sociedades de segmos e capitalização conside1am-se como
aplicação de suas iese1 vas técnicas e dêsse modo seião computadas
A1t 23 - As ações em que se divide o capital inicial se1ão integializadas no ato da
subsnição
Ait 24 - A Sociedade se1á administrada po1 uma Dileto1ia composta de P1esidente, Diieto1-
Supe1intendente e Dileto1 Técnico
§ 1° - O P1esidente da Sociedade seiá de liv1e escolha do P1esidente da República, dentl.:
pessoas de compiovada capacidade administiativa no seiviço público ou em atividade p1ivada
§ 2° - Os demais Direto1es se1ão eleitos po1 tiês anos, podendo se1 1eelitos
Art 2 5 - A Sociedade goza1á de isenção tlibutáiia ampla e iuestiita de quaisque1 impostos,
taxas e emolumentos fedeiais, inclusive de sêlo fedeial exigível em apólices, papéis e documentos
em que a Sociedade seja pai te ou inte1 veniente
-183 -

Art 26 - Ií a Sociedade autorizada a celebrar ditetamente com os Estados, municípios e


quaisquer entidades federais, estaduais, municipais e particulares acôrdos e convênios para a
execução desta lei
Parágiafo único - A Sociedade adotará, concomitantemente, medidas tendentes a facilitar
ao máximo a obtenção, por parte dos agriculto1es, dos elementos indispensáveis à efetivação da
operação de seguro, especialmente promovendo, quando as circunstâncias o justifiquem, o esta-
belecimento de Comissões locais de assistências aos segurados, sempre que possível integradas
pelos membros das entidades de fomento agrícola e asociaÇões rurais em funcionamento
Art 27 - A Socied(lde instituitá uin Fundo de Estabilização além dos fundos de reserva
normais, pata manter o nível das tarifas de prêmios em bases razoáveis e atender aos casos
de catástrofe
§ 1• - Destinar-se-ão a êsse Fundo dez por cento dos lucros da Sociedade e outros recursos
que forem estipulados pelos Estatutos
§ 2• - O capital e reserva serão aplicados da maneira a propo1cionar o maior rendi-
mento, na forma que os estatutos dete1minarem
§ 3• - Destinai-se-ão ao Fundo de Estabilização os dividendos que couberem às a~ões
~ubscritas pelo Tesouro Nacional

Art 28 - O Presidente da República designará, por decreto, a Comissão Organizado1a


da Companhia Nacional de Seguro Agrícola, composta de tiês membros
§ 1• - A Comissão 01ganizadora terá pode1es para p10mover as medidas e p10vidências
indispensáveis à realização da assembléia geia! de constituição da sociedade, na forma da legis-
lação vigente, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias
§ 2• - Nenhuma vantagem se1á concedida aos membros da Comissão Organizadora da
Sociedade, pelo desempenho das atiibuições que lhes competem
Art 29 - As repartições públicas federais, entidades autárquicas e sociedades de economia
mista deverão prestar à Sociedade tôda colaboração que lhes fôr solicitada, inclusive no tocante
ao pessoal que se fizer necessário ao desenvolvimento de suas atividades
Art 30 - O mandato da primeira Diretoria será de 3 (três) anos
Art 31 - Ií o Poder Executivo autorizado a abrir, pelo Ministério da Fazenda, o crédito
especial de Cr$ 30 000 000,00 (trinta milhões de uuzeiros), para atender à subscrição de ações
pelo Tesou10 Nacional
Art 32 - Esta lei se1á 1egulamentada no piazo de 90 (noventa) dias, a partii da sua
publicação
Art 33 - Revogam-se as disposições em contlário

Rio de Janeito, 11 de janeiro de 1954; 133• da Independência e 66 9 da República

a:i) GETÚLIO VARGAS


TANCREDO DE ALMEIDA NEVES
OSVALDO ARANHA
JOÃO CLEOFAS
JoÃo Gour AR1

LEI N. 0 2 123, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1954

A Assembléia legislativa do Estado do Rio de Janeiro dec1eta e eu sanciono a sequinte lei:


Ait 19 - O item 1 do art 1• da lei n• 2 054, de 23-11-53, passa a ter a seguinte
redação:
"1) Com Bana do Piraí: - Começa nas cabeceiras do Córrego do Fabíão e em linha
reta vai atingir o quilômetro 100 da E F C B , acompanha essa via féirea até a Ponte do
Cunha e daí por diante vai acompanhando as divisas das Fazendas da Boa Esperança, São
José das Palmeiras e São Joaquim com as Fazendas Ponte Alta e Santa Maria; depois segue
- 184 -

em linha reta até atingÍ! um ma1co existente na Fazenda São Paulo; dêste ma1co en1 linha
reta até a Ponte do Rocha"
Att 29 - Esta lei entra1á em vigo1 na data de sua publicação, 1evogadas as disposições
em contiário
Palácio do Govêrno, em Nite16i, 26 de feve1eito de 1954

aa) ERNANI DO AMARAL


DERMEVAL MoRAES
JoÃo ROMEIRO NETO
JosÉ DE MOURA E Sn VA
ADELMO DE MENDONÇA
ALVIM flELLIS DE SOUZA
V ALFREDO MARTINS
MANOEL PACHECO DE CARVALHO
JOAQUIM S1SINO RocHA, 1espondendo pelo
expediente da Seneta1ia da Ag1icultma,
Indúst1ia e Cométcio

DECRETO N ° 4 683, DE 27 DE MARÇO DE 1954

O Goveinad01 do Estado do Rio de Janei10, com fundamento no alt 40, item I, da Cons-
tituição Estadual, de 20 de junho de 1947

DECRETA:

Ait l Q - Fica a Seneta1ia de Viação e Obrns Públicas autotizada a aceitai a doação que a
foma Giacie & Cia Ltda , estabelecida no Dist1ito Fedem!, à 1ua Gonçalves Dias n 9 59,
fa1á ao Estado do Rio de Janei10 de uma áiea de te11as de 90 873,10 m' (noventa mil oito-
centos e setenta e tlês met10s quadiados e dez decímet10s), situada na Fazenda "Rubião", com-
p1eendida pelas Fazendas "Dos Mendes" e "Fo1taleza", no Município de Mangaiatiba, pata
o fim de nela set fundada, com caiacte1es mbanísticos, uma povoa~ão que 1ememo1e a cidade
submetsa de São João Ma1ws
Ait 2Q - A áiea a que se 1efe1e o aitigo antetio1 dista ap10ximadamente 1 200 m da
Fazenda do "Rubião", pela estiada de 10dagem "Fazenda do Rubião-Mangaiatiba", que a coita
ap10ximadamente ao meio, tiansve1salmente A sua fo1ma é a de um ttapézio 1etângulo, cuja
base mede 423,60 m ( quat10centos e vinte e ttês rnet10s e sessenta centímet10s) e o seu lado
oposto a esta, paialelo poltanto a mesma, mede 357,20 m (tiezentos e cinqüenta e sete met10s
e vinte centímet10s), aptesentando pata o lado nounal aos dois já citados co11spondentes dois
à altma, a extensão de 233,80 m (duzentos e tlinta e tiês met10s e oitenta centímetlos) e
pata o lado oposto a êste a extensão de 241,40 m (duzentos e qua1enta e um met10s e
qua1enta centímet10s) :Este último lado fo1ma um ângulo interno de 74" 37' (setenta e quat10
giaus e tlinta e sete minutos) com a base do tiapézio e 105 9 23' (cento e cinco giaus e vinte
e tiês minutos) com o outlo lado oposto à base O te11eno é de topogiafia ondulada, ap1e-
sentando-se iuigado pot có11egos de rna1gens alagadiças na paite esque1da da estiada "Fazenda
do Rubião-Mangaiatiba" Conf10nta em todos os seus lados com te11as da Fazenda "Rubião"
Ait 39 - O ptesente deneto entia1á em vigo1 na data de sua publicação
Palácio do Govêino, em Nite1ói, 27 de matço de 1954

aa) ERNANI DO AMARAL


MANOEL PACHECO DE CARVALHO
V ALFREDO MARTINS
- 185 -

LEI N. 0 2 157, DE 28 DE MAIO DE 1954


A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu promulgo, nos têrmos
do parágrafo 4• do artigo 24, da Constituição Estadual, a seguinte Lei:
Ait 19 - Ficam criados no Município de Duque de Caxias, dois (2) novos distritos,
com a denominação de Campos Elíseos ( 2• distrito) e Xerém ( 4 9 distrito)
Parágrafo único - As áreas destinadas a constituírem o território dos disttitos ora criados,
serão desmembradas do teiritório do atual 29 distrito de Imbatiê, que passará a ser o 39 distrito
Att 29 - O 2• distrito terá sua sede na localidade de Campos Elíseos, delimitando-se
poi uma linha que pa1tindo do cruzamento da linha de trnsmissão da Cia Carris, Luz e Fôrça
do Rio de Janeito com o canal Saiapuí, segue por essa até encontrar o Canal de Saracurnna;
seguindo o Canal de Saracuruna até encontlat a sua foz no Rio Estrêla e por êsse até a sua
foz da Baía de Guanabara; segue pela Baía de Guanabata da foz do Rio Estrêla até o Rio
Iguaçu, 5eguindo por êsse até encontrr a foz do Canal Sa1apuí, por êste seguindo até enconttat
a linha de transmissão da Cia Canis, Luz e Fôiça do Rio de Janeiro
Confronta: - Ao Noite cóm o Canal de Saiacuruna, ao Sul com o Canal de Satapuí e
Rio Iguatu, a Leste com a Baía de Guanabara e Rio Estiêla, a Oeste com a linha de
tlansmissão da Cia Carris, Luz e Fôrça do Rio de Janeiro
Art 3• - O 3• disttito teiá sua sede na localidade de Imbariê, delimitando-se por uma
linha que pa1tindo do cruzamento da Cia Carris, Luz e Fôiça do Rio de Janeiro com o Canal
de Saracuruna, segue poi esta até encontrar a linha de divisa com o Município de Petrópolis,
pela qual continua até encontrar o marco F P E e dêste pela linha de divisa com o Município
de Magé até encontiar o Canal de Imbariê; segue pelo Canal de Imbariê até o cruzamento
com o Rio Sa1acutuna e poi êste e pelo Canal de Saiacmuna até encontrai o ponto de pattida
Confronta: - Ao norte, com a linha de divisa com os Municípios de Pettópolis e Magé;
ao sul, com o Canal de Satacutuna e Rio Saracutuna; a leste, com o Canal de Imbariê; a oeste
com a linha de transmissão da Cia Carris, Luz e Fôiça do Rio de Janeiro
Art 4• - O 4• disttito terá sua sede na localidade de Xerém, delimitando-se por
uma linha que partindo do cruzamento da linha de transmissão da Cia Carris, Luz e Fôrça
do Rio de Janei10 com o Canal de Iguaçu; segue poi êste até encontrar a foz do Rio
Tinguá e por êste continua até encontlai o Rio Mutum, pelo qual segue até o Rio das Piabas;
segue por êste até a linha de cumiadas da Serra do Couto, divisa com os Municípios de Nova
Iguaçu e Vassomas; segue pela linha de cumiadas da Se11a do Couto até o Pico da Boa Vista
ou do Couto, divisa com os Municípios de Vassoutas e Pettópolis; daí pela linha de cumiadas
da Serra da Esttêla, divisa com o Município de Petrópolis, seguindo o leito do Rio Sapucaia e
do Mantiquita até o ponto onde encontlat o Morro do Freitas; daí em linha teta segue até o
marco P H B 500; dêste ao marco I F P 165 e, daí, em diteção ao marw F P E até en-
conttar a linha de tlansmissão da Cia Carris, Luz e Fôiça do Rio de Janeito, dêste ponto segue
pela linha de ttansmissão até o ponto de paitida
Conf10nta: - Ao noite, com os Municípios de Vassouras e Petiópolis; ao sul, com o Muni-
cípio de Nova Iguaçu; a leste, com a linha de tiansmissão da Cia Cairis, Luz e Fôrça do
Rio de Janeito; a oeste com o município de Nova Iguaçu
Att s• - Esta Lei entiará em vigoi na data de sua publicação, ievogando-se as dispo-
sições em contiáiio
Paço da Assembléia Legislativa, em Niterói, 28 de maio de 1954

a) ALCIDES PEREIRA - P1esidente

LEI CONSTITUCIONAL N. 0 6

A Mesa da Assembléia Legislativa, em cumpiimento ao disposto no § 39 do art 163, da


Constituição Estadual, promulga a seguinte Lei Constitucional e manda a tôdas as autoridades
as quais couber a sua obseivância que a executem e façam executar fiel e inteiramente como
nela se contém:
- 186 -

Art único - O artigo 96 da Constituição do Estado passa a te1 a seguinte 1edação:


"Art 96 - O Prefeito será eleito cento e vinte dias antes do término do período anterior
e exercerá o cargo por quatro anos
§ 1• - Simultâneamente, será eleito, também, com mandato por quat10 anos, um Vice-P1efeito
§ 2 9
- Substitui o Prefeito, em caso de impedimento, e sucede-lhe, no de vaga, o Vice-
Prefeito
§ 3º - O Vice-Prefeito, quando em exercício do catgo de P1efeito, pe1ceberá o subsídio
igual ao dêste e só neste rnso te1á remuneiação, p10ibidas quaisquer outras, ainda que a título
de rep1 esentação
§ 4• - Em caso de impedimento do P1efeito e do Vice-Prefeito, se1á chamado ao exercício
das funções do cargo o Presidente da Câmara Municipal
§ 5• - As condições de elegibilidade pata o Vice-Prefeito são as mesmas estabelecidas para
o cargo de Prefeito"

DISPOSIÇÃO TRANSITóRIA

Art único A p1esente Lei Constitucional não se aplica ao co11ente pe1Íodo de 01ga-
nização Municipal
Paço da Assembléia Legislativa, em Nite1ói, em 11 de junho de 1954

aa) ALCIDES PEREIRA - P1esidente


DOMINGOS GUIMAR.:\Es - 1• Seuetá1io
PEDRO GOMES - 2• Sec1etá1io

LEI N.º 2 161, DE 8 DE JUNHO DE 1954

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro dec1eta e eu sanciono a sequinte Lei:


Art 1• - Fica ctiado o distrito de Iguaba Gtande, que se1á o segundo do município
de São Pedro d'Aldeia, com os seguintes limites:
pa1tindo da Ponta <la Patinha, na lagoa de Aratuama, em linha reta ao Mo110 do
Macedo, daí à localidade de Pau Ferro, continuando em linha teta até à Venda do Buraw
e daí pela estiada de 10dagem até encontrai o caminho do Capim Melado, segundo até o mono
dêste nome e daí em linha teta ao ponto mais alto do mo110 do Igarapiapunha, divisa com o
município de Araruama
Att 2• - Esta Lei entlatá em vigot na data de sua publicação, revogadas as disposições
em conttátio
Palácio do Govêrno, em Nite1ói, 8 de junho de 1954

aa) ERNANI DO AMARAL


DERMEVAL MoRAES
ROMEIRO NETTO
TosÉ DE MouRA E SILVA
ANTÔNIO VAZ CAVALCANTI, 1espondendo
pelo expediente da Secretatia de Saúde
e Assistência
ALVIM SOUZA
PAULO LYRA
MANOEL PACHECO DE CARVALHO
]osÉ DE CARVALHO ]ANNOTTI
- 187 -

LEI N. 0 2 185, DE l7 DE JULHO DE 1954

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a sequinte Lei:


Att 19 - Fica criado o município de Volta Redonda, com sede na atual vila do mesmo
nome e constituído do atual território do dist1ito de Volta Redonda, ora desanexado do muni-
d pio de Barra Mansa
Art 29 - Esta Lei entrará em vigor em 1• de janeiro de 1955, tomadas, desde já no
entanto, as medidas que forem necessárias à instalação do munidpio em data posteriot àquela
Art 39 - Revogam-se as disposições em cont1ário
Palácio do Govêrno, em Niterói, 17 de julho de 1954

aa) ERNANI DO AMARAL


DERMEVAL MORAES
ROMEIRO NETTO
JosÉ DE MOURA E SILVA
ADELMO DE MENDONÇA E SILVA
A F s LEAL JÚNIOR
PAULO LYRA
MANOEL PACHECO DE CARVALHO
JosÉ DE CARVALHO JANNOTTI

DECRETO N. 0 4 789-A, DE 31 DE JULHO DE 1954

O Governador do Estado do Rio de Janeiro, com fundamento no artigo 40, item I, da


Constituição do Estado, de 20 de julho de 1947 e de acôrdo mm o artigo 11, § 1º, n• 4,
alínea "a", da Lei n• 109, de 16 de fevereiro de 1948,

DECRETA:

Art 1 9 - De acôrdo com delibeiação tomada pela Assembléia Legislativa, são convocados
os eleitorados dos 99 e 10 9 dist1itos (Governador Pottela e Miguel Pereita) do Município
de Vassouras, para que se pronunciem, pelo voto, sôbre a conveniência de ser ou não ctiado
o Município de Miguel Pereira
Art 2• - O plebiscito a que se refere o art ante1io1 será realizado no dia 15 de novembro
do cotrente ano, obse1vadas as normas da legislação em vigor
Att 39 Êste decreto enttará em vigor na data de sua publicação
O Sectetário do Inte1ior e Justiça assim o tenha entendido e providencie o que necessá1io
fôr ao seu cump1imento
Palácio do Govêrno, em Nitetói, 31 de julho de 1954

aa) ERNANI DO AMARAL


ROMEIRO NET10

LEI N. 0 2 218, DE 10 DE AGôSTO DE 1954

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janei10 decreta e eu sanciono a sequinte Lei:


Art 1• - O município de Volta Redonda, criado na confo11nidade da lei n• 2 185, de
17 de julho do ano em curso, será instalado a 6 de feve1eito de 1955, constituindo-se a sua
Câmara inicialmente, de 13 vereadores
Parágrafo único - O ato de instalação será ptesidido pelo Juiz de Direito que exe1ce1
na região as funções de Juiz Eleitoral
- 188 -

Att 29 - Em dia que fôr designado pelo Ttibunal Regional Eleitoral procede1-se-á .'t
eleição do Ptefeito e Vereadotes do município
Art 39 - Dentto de 30 dias da posse, o Prefeito fará publicar e em seguida temetetá
à Câmata ptoposta de Orçamento para o exercício de 1955
Art 4° - A legislação vigente no município de Barra Mansa setá aplicável no muni-
cípio de Volta Redonda, enquanto neste não se fixatem as notmas ptóprias
Art 59 - O Depattamento das Municipalidades ptestatá a assistência necessária à orga-
nização dos sei viços do município a set instalado
Art 69 - Esta lei enttatá em vigot na data de sua publicação, tevogadas as disposições
em conttário
Palácio do Govêrno, em Nite1ói, 10 de agôsto de 1954

aa) ERNANI DO AMARAL


DERMEVAL MORAES
ROMEIRO NETTO
JosÉ DE MOURA E SILVA
ADELMO DE MENDONÇA
A F s LEAL JÚNIOR
PAULO LrRA
MANOEL PACHECO DE CARVALHO
JosÉ DE CARVALHO JANNOTT!

DECRETO N. 0 4 844, DE 17 DE SETEMBRO DE 1954


O Govetnadot do Estado do Rio de Janeiro, com fundamento no att 40, item I, da Cons-
tituição Estadual, de 20 de junho de 1947, e na Lei n• 1 964, de 25 de novembto de 1952, e,
Considetando que o Estado do Rio de Janeito, na esctituta de petmuta de imóveis, que fêz
com a Prefeituta Municipal de Nitetói, ]aviada em 8 de agôsto de 1928, nas notas do Cartó1io
do 2 9 Ofício desta Capital, obtigou-se a resetvat um terreno com 9 100,00 1112 para a consttução
do metcado daquela Ptefeitma, teptesentado no plano de utbanização da enseada de São Lou-
1enço, aptovado pelo Decteto fedem! n 9 17 980, de 12 de novembto de 1927 e Decteto estadual
n 9 2 269, de 15 de dezembto de 1927;
Considetando que, em 19.24, aquela Ptefeituta solicitou ao então Intet ventot Fedeial no
Estado e dêle obteve assentimento, pata que a aludida átea de 9 100,00 m2 , fôsse localizada
na quadta 11 do aludido plano de utbanização;
Considetando que, pelo Decteto n• 822, de 15 de maio de 1936, o Govêrno da União
modificou aquêle plano, a pedido do Govêrno do Estado, pata que êste pudesse efetivai a loca-
lização citada;
Consideiando, ainda, que, pata outros fins, o plano sof1eu novas altetac,ões, aptovadas
pelos Dectetos fedeiais ns 9 018, de 16 de ma1ço de 1942, e 30 568, de 20 de fevereito de 1952,

DECRETA:

Att 1° - Fica aptovado o Plano de Utbanização da Enseada de São Lou1enço, a que se


refete o Decteto Fedetal n 9 17 980, de 12 de novembto de 1927, com as modificações autoti-
zadas pelo Govêrno da União, constantes dos Dectetos ns 822, de 15 de maio de 1936; 9 018,
de 16 de ma1ço de 1942, e 30 568, de 20 de feve1ei10 de 1952
Att 29 - Devetá ser ]aviado, pot intetmédio do ótgão competente da Sec1eta1ia das Finan-
ças, instt umento aditivo à escrituta de peunuta dos imóveis, fitmado entte o Estado do Rio
de Janeiro e a Ptefeitura Municipal de Niterói, ern 8 de agôsto de 1928, nas notas do Cattó1io
do 2° Ofício desta Capital, em que se iatifiqtw a mesma e se tetifique a situação da área desti-
nada ao Metcado Municipal, confotme planta organizada pela Divisão do Domínio do Estado
e que fatá parte integtante da~uele instt umento
- 189 -

Art 3• O presente decreto entra em vigo1 na data de sua publicação


Art 4• Revogam-se as disposições em conttá1io
Palácio do Govêrno, em Nite1ói, 17 de setembro de 1954

aa) ERNANI DO AMARAL


MANOEL PACHECO DE CARVALHO
PAUTO LYRA

DECRETO-LEI FEDERAL N. 0 311, DE 2 DE MARÇO DE 1938

O Presidente da República, usando das atlibuições que lhe confe1e o artigo 180 da Cons-
tituição:
consideiando que o a1t 15 da Constituição confere à União a competência de resolver defi-
nitivamente sôbre os limites do território nacional e fazer o recenseamento geia! da população;
considerando que essa faculdade implica a de promover a delimitação uniforme das citcun5-
crições territoriais;
consideiando, ainda, os comp1omissos assumidos nas cláusulas XIV e XV da Convenção
Nacional de Estatística, a Resolução n• 59, de 17 de julho de 1937, da Assembléia Geia! do
Conselho Nacional de Estatística, e, finalmente o ctitério por êste filmado na Resolução n• 60,
de 17 de julho de 1937, da Assembléia Geia!, pata o cômputo das unidades do quadro
territorial da República,

DECRETA:

A1t l" Na divisão tenitoriaJ do país serão observadas as disposições desta lei
Art 2• Os municípios compreenderão um ou mais distritos fotmando á1ea contínua
Quando se fize1 necessário, os disttitos se subdividirão em zonas com seliação 01dinaL
Pa1ág1afo único - Essas zonas poderão ter ainda denominações especiais
Art 3• A sede do município tem a catego1ia de cidade e lhe dá o nome
Att 4• O dist1ito se designará pelo nome da respectiva sede, a qual, enquanto não
fôr erigida erri cidade, terá a catego1ia de vila
Pa1ágrafo único - No mesmo dist1ito não have1á mais de uma vila
Art s• - Um ou mais municípios, constituindo área contínua, founam o têrmo judiciátio,
cuja sede será a cidade ou a mais impo1tante das cidades compreendidas no seu territótio e datá
nome à circunsctição
Art 6• - Observado, quanto à sede e à continuidade do territólio, o disposto no attigo
anterior, um ou mais têrmos foimam a comarca
Art 7" Os tenitórios das comarcas e têrmos se1ão definidos, nos respectivos atos de
triação, pela 1eferência às circunscrições imediatamente infetio1es que os constituí1em O ato de
criação de cada município, porém, indicará os distritos que no todo ou em pa1te vie1em a
constituir o seu tenitó1io e fará a descrição dos antigos ou novos limites do disttito que passarem
a formar a linha divisó1ia municipal, discriminadas as secções conespondentes às sucessivas con-
f10ntações inter-dist1itús Anàlogamente, nenhum disttito se1á c1iado, sem a indicação exp1essa
da anterio1 jmisdição distrital do tenitório que o deva constituir, descritos os respectivos limites
com cada um dos distritos que fo1ma1em suas conftontações
Att s• - Os limites inter-disttitais ou inte1-municipais serão definidos segundo linhas
geodésicas ent1e pontos bem identificados ou arnmpanhando acidentes natmais, não se admitindo
linhas divisólias sem definição exp1essa ou catacte1izadas apenas pela coincidência com divisas
pretéritas ou atuais
Att 9• - Em nenhuma hipótese se consideiaião incorporados ou a qualquer título subor-
dinados a uma ci1cunsc1ição, terri,tóriios compreendidus no perímetro de circunsc!Íções vizinhas
Ait 10 - Não haverá, no mesmo Estado, mais de uma cidade ou vila com a mesma
denominação
- 190 -

Art 11 - Nenhum novo distrito será instalado sem que previamente se delimitem os quadtos
utbano e suburbano da sede, onde haverá pelo menos trinta moradias
Parágiafo único - O ato de delimitação será sempre acompanhado da 1espectiva planta
Art 12 - Nenhum município se instalará sem que o quad10 urbano da sede abtanja
no mínimo duzentas matadas
A1t 13 - Dentro do prazo de um ano, contado da data desta lei, ou da iespectiva instalação,
se ulteri01, os municípios depositarão na Secretatia do Diretó1io Regional de Geografia, em
duas vias autenticadas, o mapa do seu territótio
§ 19 - O mapa a que se refere êste artigo, ainda quando levantadq de modo rudimenta1,
deverá satisfazer os requesitos mínimos fixados pelo Conselho Nacional de Geografia
§ 29 - O município que não der cumprimento ao disposto neste artigo terá cassada a
:rntonomia e o seu território será anexado a um dos municípios vizinhos, ao qual fica deferido
n enca1go, aberto novo prazo de um ano, com idêntica sanção
Art 14 - A competência dos governos estaduais pata a c1iação dos distritos não impede
que os governos dos municípios, pata fins exclusivos da respectiva administiação, os subdividam
em sub-distritos
Art 15 - As designações e a discriminação de "coma1ca", "tê1mo", "município" e "dist1ito"
se1ão adotadas em todo o país, cabendo às respectivas sedes as categorias correspondentes, e abian-
gendo os distiitos que existiam somente na 01dem administiativa ou na judiciária
§ 1• - Ficam mantidos, para os efeitos dêste a1tigo, os distritos de uma ou de out1a 01dem,
já instalados, que, em virtude de disposição constitucional, houve1em sido c1iados po1 atos
municipais
§ 2• - Ficam excetuados da confomação e ala1gamento de investiduta dete1minados neste
attigo os vários distiitos judiciá1ios ou administiativos que tive1em sede na mesma cidade, aos
quais se aplica1á, desde já, o critétio fixado na última patte do art 2•
Art 16 - Somente po1 leis gerais, na forma dêste artigo, pode ser modificado o quad10
tetritorial, tanto na delimitação e catego1ia dos seus elementos, quanto na respectiva toponímia
§ 1• - No primeiro semestre do ano conente, e para entrar em vigo1 a 1 de julho, os
governos dos Estados e, para as circunscrições ditetamente submetidas à sua administração, o
govêrno federal, fixarão, de acôrdo com instruções gerais baixadas pelo Conselho Nacional de
Geogiafia, o novo quadro teuitorial respectivo, ao qual selá apensa a descrição sistemática dos
limites de tôdas as citcunscrições disttitais e municipais que nêle figutarem
§ 2• - Até então, subsistem os têrmos que forem atualmente subdivisões de municípios,
tendo as respectivas sedes a categoria de vila
§ 39 - Entrando em vigor a nova definição do quadro teuitorial, só poderá êste se1
alte1ado por leis gerais qüinqüenais, promulgadas no último ano de cada período pata entrar
em vigor a 1 de janeiro do ano imediato A segunda destas revisões qüinqüenais só se datá
se se houver realizado o recenseamento do Estado no segundo ano do período
Art 17 - A instalação das novas citcunsc1ições e a investidma das 1espectivas sedes em
seus novos fotos 1ealiza1-se-ão dent10 do prazo de seis meses a contar da vigência da lei de
divisão tenitorial que as houver c1iado, mas em data marcada po1 deoeto do govêtno estadual
Parágrafo único - Os governos dos Estados, por deoetos baixados no último dia útil do
piazo a que se 1efere êste a1tigo, declaração a caducidade das circunscti~ões cuja instalação,
po1 inadimplemento dos 1equisitos legais, não tiver sido ordenada.
Art 18 - Os governos dos Estados, por dec1etos baixados até 31 de ma1~0 de 1938,
publicarão a 1elação das circunscrições administtativas e judiciárias já instaladas ao tempo desta
lei, feitas as alteiações de classificação e toponímia bem como de catego1ia das sedes decorrentes
dos oité1ios na mesma fixados, e de acôrdo com o modêlo geral que o Conselho Na<.ional
de Estatística fotmula1á
Parágrafo único -- As alteiações de denominação decotrentes do disposto no art 10 só
serão efetivadas no novo quadro a que se 1efere o § 1• do art 16
Art 19 - As disposições desta lei estendem-se, no que fôr aplicável, ao Distrito Fede1al
e ao Território do Acre
- 191 -

Art 20 - Esta lei enttará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições
em contrário

Rio de Janeiro, em 2 de março de 1938, 117º da Inde1Jendência e 50° da República

aa) GETÚLIO VARGAS


FRANCISCO CAMPOS

LEI FEDERAL N. 0 2 237, DE 19 DE JUNHO DE 1954

O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decieta e eu sanciono a


seguinte Lei:
Art 1° - li o Poder Executivo autorizado a prestai assistência financeüa ao desenvol-
vimento da colonização nacional, na forma e sob as condições previstas nesta lei
Ait 2° - li o Podei Executivo autorizado a contiatar com o Banco do Brasil S A a
execução das operações e serviços previstos nesta lei, mediante criação de uma Carteiia de
Colonização
Art 39 - A assistência compreenderá financiamentos destinados aos seguintes fins:
I - Aquisição de pequenas propriedades rnrais, loteadas ou não, situadas em regiões p10pícias
à colonização e que apresentem condições geoeconômicas favoiáveis à exploração miai, em
qualquer de suas modalidades
II - Aquisição de áreas adequadas à colonização, para o fim de loteamento e venda
III - Custeio da medição, demarcação, tapumes, construção de benfeitorias, obras de
irrigação, açudagem, fôrça e luz, saneamento e outias que foiem indispensáveis ao loteamento,
formação e exploração da pequena prop1iedade ruia!, colônias ou núcleos ag1ícolas, sob planos
que se enquadrem nas bases de orientação da política oficial de povoamento e colonização
IV - Formação de culturas permanentes, de produtividade econômica compensadora à
exploração da pequena propriedade ou de núcleos ag1ícolas, e ainda, de culturas temporárias,
dmante os dois anos iniciais, recomendáveis ao melhor ap10veitamento de tais á1eas e que
sejam de consumo essencial e escoamento fácil
V - Aquisição de móveis, utensílios, animais de serviço, plantéis de criação, máquinas
agrícolas, viaturas, sementes, adubos, inseticidas, fungicidas e out10s bens ou utilidades necessárias
à fixação dos beneficiários, seus tiabalhadoies e colonos nas p10p1iedades objeto de financiamento
VI - Construção de estiadas internas e de acesso às vias de comunicação que sejam neces-
sárias ao transporte da produção dos imóveis financiados
VII - Deslocamento, transpo1 te e colocação de agricultores, criadores, trabalhadoies do
campo, nacionais e estiangeiros, mediante planos p1eviamente ap10vados
VIII - Despesas de manutenção dos trabalhadores, colonos e suas famílias, até o término
dos trabalhos de colheita da segunda safra, após sua fixação dos imóveis a que se destinarem,
financiados ou não
IX - Constrnção ou custeio de obias de assistência sotial e religiosa, inclusive escolas
indispensáveis ao bem-estar moral e à saúde individual e coletiva dos núcleos ou colônias
agrícolas
X - Despesas de organização e instalação de coope1ativas de trabalhado1es e colonos
XI - Fomento e 01ganização de emp1êsas de colonização, que se proponham a observar
a orientação da política de colonização adotada pelo Govêrno Federal, inclusive no que tange
à imigração dirigida
XII - Recuperação de capital aplicado a qualquer dos fins desta lei, por emprêsas de
imigração e colonização, nacionais ou estrangeüas, desde que os recursos assim defetid ~~ se
destinem a novas inversões da mesma natmeza ou enquadradas nas atividades imigratórias e
colonizadoras
- 192 -

XIII - Explotação de imóveis iurais, em molde de colonização, por agricultores que se


p10ponham a exerntá-la mediante planos e 01çamentos organizados tecnicamente em conso-
nância com as finalidades desta Íei
Parágrafo único - Poderá também a Catteita de Colonização executar ditetamente os planos
de sua p1ópria iniciativa, adequados à consecução dos objetivos acima
Art 49 - Do conttato com o Banco do Btasil poderá constai cláusula que assegure ao
Banco o 1essa1cimento de eventuais p1ejuízos oriundos das operações e serviços lealizados
Art 5• - A Catteira de Colonização se1á dirigida po1 um ditetor com as mesmas vantagens,
regalias e deve1es dos demais Diteto1es do Banco, de liv1e escolha do P1esidente da República
Ait 6• - O Regulamento das opetações e serviços da Catteita de Colonização setá baixado
p:H dec1eto do Podei Executivo
Pa1ág1afo único - Se1ão especificadas no Regulamento p1evisto neste artigo, de acôrdo
com as condições e demais circunstâncias atendíveis, as gaiantias teais e pessoais dos financia-
mentos, bem como a respectiva taxa de juros e comissões
Art 7° - É o Tesou10 Nacional auto1izado a fornecei ao Banco do Brasil S A , para
;.e1 aplicado pela Catteira de Colonização o capital inicial de C1$ 1 000 000 000,00 (um bilhão
de cruzeitos) em cinco pa1celas de Cr$ 200 000 000,00 (duzentos milhões de cruzeitos) cada uma
§ 1• - As pi estações se1âo entregues mediante ordem de ctédito ao Banco, a débito da
conta do Tesou10 Nacional devendo a primeira se efetuar tlinta dias após a publicação da
presente lei ou da instalação da Carteita de Colonização se esta ainda não estivei em funcionamento
§ 2• - As p1estações seguintes se1ão enttegues em pe1íodos anuais sucessivos, sob dota-
~ões orçamentá1ias
Att s• - Além do capital p1evistos no a1tigo ante1io1 e da ve1ba anual que lhe consignai
a Diteto1ia do Banco do füasil S A , à Catteita de Coloniza~ão são attibuídos mais os seguintes
iecursos:
a) o produto apurado na colocação de Jetias hipotecádas que o Banco do Btasil S A
emitit nos tê1mos previstos nos a1tigos 9• e 10 desta lei;
b) o p1oduto obtido na alienação de tenas devolutas doadas ao Banco pela União, Estado~
ou Municípios, pata o fim de loteamento e' venda pela Catteita às pessoas físicas ou jurídicas
mota! e financeiramente aptas a colonizá-las ou a explo1á-las por conta ptópria e de acô1do
com a sua destinação econômica;
e) o p10duto da alienação de quaisque1 bens doados ao Banco pela União, Estados ou
Municípios, para venda em proveito da Carteira;
d) quaisque1 ve1bas de que a União dispuse1, em vittude de acô1dos internacionais ou
de outta origem, destinadas à imigração e colonização, e cuja apfüação a juízo do Poder Exe-
rntivo possa ficai a caigo da Catteita;
e) o valo1 dos emp1éstimos que o Banco do füasil S A 1ealiza1, no país ou no estian-
geito para a aplicação pela Cai teita
Pa1ágrafo único - Os emp1éstimos p1evistos no inciso antetio1 se1ão contiatados sob a
1e~ponsabilidadedo Tesou10 Nacional e não pode1ão exceder o limite de C1$ 2 000 000 000,00
(dois bilhões de ctuzeitos) ou o equivalente em moeda estiangeita
Att 9• - Os emp1éstimos a que se ieferem os incisos I, II, III e XII do a1t 3• se1ão
feitos, de p1efe1ência em lettas hipotecá1ias que o Banco do Brasil S A é auto1izado a emitir
nos têunos do Dec1eto n• 370, de 2 de maio de 1890
§ 19- As letias hipotecá1ias se1ão ao po1tado1, negociáveis em Bôlsa, nos valo1es de
C1$ 100,00 (cem crnzeÍlos), C1$ 200,00 (duzentos ciuzeiros), C1$ 500,00 (quinhentos cru-
zeiros), C1$ 1 000,00 (mil cruzeiros) e Cr$ 5 000,00 (cinco mil crnzeiros), emitidas ao piazo
máximo de vinte anos, com os jmos que fo1em fixados pelo Conselho da Supe1intendência da
Moeda e do C1édito, pagáveis por meio de cupões, em qualque1 agência do Banco, de seis em
;eis meses, em janeito e julho de cada ano
§ 2• - O se1viço de ju10s e amo1tizações dos emp1éstimos poderá sei atendido com Ietias
hipotecárias ao pai
- 193 -

§ 39 - Os empréstimos serão efetuados pelo valor pai das letras, até o preço integral
das aquisiçõés ou obras
Ait 10 - É também o Banco do Brasil S A autorizado a colocai düetamente pelo seu
valo1 pai, letias hipotecárias de sua emissão cujo produto será destinado aos financiamentos
em geral da Cai teira de Co!Ónização
Art 11 - Além das garantias e preferências estudadas nos arts 327 e 329 do Dec1eto
nº 370, de 2 de maio de 1890, te1ão as letias hipotecárias, p1evistas nesta lei, a garantia
especial do Tesomo Nacional
Ait 12 - São isentas de quaisquer impostos, taxas ou contiibuições federais as letias
hipotecárias que o Banco do füasil S A emitir com base na p1esente lei
Art 13 - As cauções de qualquer natmeza, p1estadas perante repartições públicas federais
em gaiantia de execução de contlatos, pode1ão ser feitas com letras hipotecárias do tipo de
emissão 01a autorizada, 1ecebidas ao par
Art 14 - Na composição de indenização de percepção sob 1enda fixa de títulos, devidas
pelos vencidos em ações relativas a atos ilícitos ou de out1a natu1eza, os Juízes e Ttibunais em
seus julgados condenatórios da1ão prefe1ência às letras hipotecá1ias desta lei, adquüidas em
Bôlsa ou no Banco do füasil S A , vinculando-as pelo seu valor pai até final cumplimento
da condenação
Parágiafo único Em caso de so1teio ou 1esgate de letias assim vinculadas, aplica1-se-á
o p10duto do 1esgate na aqu1Slçao de outras, em igual valo1, pata a devida substituição
Ait 15 - Os prêmios lotéricos acima de Cr$ 20 000,00 (vinte mil ct uzeiros), e de ext1ação
sob sorteio, pagáveis em dinheilo, se1ão constituídos com 50% (cinqüenta por cento) do seu
valor em letras hipotecá1ias previstas nesta lei
§ 1° - Nenhuma concessão de sorteio se1á feita sem exp1essa observância do disposto
nesse artigo
§ 2• - É o Poder Executivo auto1izado a p10move1 pelos me10s am1gaveis, sem ônus
pata o Tesouro Nacional, a alteração da atual concessão da Lote1ia Federal, de modo a se
estabelecei o pagamento dos piêmios pela fo11na constante dêste dispositivo
Ait 16 - A Caixa de Mobilização Bancária 1eceberá ao par as lettas hipotecá1ias desta
lei, que lhe fo1em ofe1ecidas em gaiantia de emp1éstimos, por bancos ou casas bancáiias
Ait 17 - Esta lei entia1á em vígo1 na data de sua publicação, 1evogadas as disposições
em contrátio

Rio de Janeüo, 21 de junho de 1954; 133• da Independência e 669 da República

aa) GETÚLIO VARGAS


ÜSVALDO ARANHA

DECRETO DE 23 DE MARÇO DE 1933 (*)

A Regência, em nome do Impetadot, tomando em conside1ação o que lhe 1epresenta1arn


os morado1es das ilhas de Paquetá e adjacentes, sôb1e os p1ejuízos e incômodos que sofrem,
de pertence1em ao Município de Vila de Magé, onde não têm relações algumas de comércio
e cuja viagens, além de dispehdiosas, são de giande dificuldade, 1equerendo por isso fica1em
anexos ao município desta capital que, fornecendo-os de todo o necessáiio, torna a sua comu-
nicação mui vantajosa pelas 1elações de 1ecíp1oco interêsse, ligações de amizade e viagens cômodas
e mui f1eqüentes, há por bem 01dena1 que dita Ilha de Paquetá com as outias adjacentes, que
pertencem à mesma F1eguesia, faião patte dora em diante do município desta Capital, sendo

* Esta publicação deve-se ao fato de o Sr Ministro da Justiça, em resposta a pedido de informações da


Câmara dos Deputados, ter esclarecido que a ilha de Paquetá foi incorporada ao Distrito Federal pelo Decreto
em aprêço

-13 -
- 194

desmembradas da Vila de Magé, a que até agora estão anexadas, ficando nesta patte alterada
a disposição dos arts 1• e 10 do deCleto de 15 de janeiro do corrente ano
NICOLAU PEREIRA DE CAMPOS VERGUEIRO, Minist10 e Secretá1io de Estado dos Negócios
do Império, o tenha entendido e faça executar com os despachos necessá1ios
Palácio do Rio de Janeiro, em 23 de ma1ço de 1833 Décimo Segundo da Independência
e do Império

aa) FRANCISCO DE LIMA E SILVA


]osÉ DA COSTA CARVALHO
]oÃo BRÁuuo MoNrz
NICOLAU PEREIRA DE CAMPOS VERGUEIRO
ROTEIROS FLUMINENSES

ITINERÁRIO TURÍSTICO PARA CABO FRIO,


AS LAGOAS DE MARICÁ, SAQUAREMA E ARARUAMA

JOSÉ MARIA BOADA


do Corpo Técnico do Departamento Geográfico

"Fo1moso país anelado, a trôco de que


êxtases e de que 1epouso difundes a tua
magnitude sob uma cálida luz dou1ada?"
ANDRÉ GrnE

Na parte central da Baixada Fluminense há uma zona que, por suas privilegiadas
condições naturais, bem se rivaliza, em importância turística, corri a região do Alto
da Serra em que estão situadas as conhecidas cidades de Petrópolis, Teresópolis e
Nova Friburgo Referimo-nos à chamada zona da Baixada de Araruama

Ilha de Cabo Frio

Sua proximidade de grandes capitais, como Rio de Janeiro e Niterói; suas vias
de comunicação, das quais se sobressai a rodovia "Amaral Peixoto'', asfaltada até
São Pedro da Aldeia; sua indústria hoteleira em desenvolvimento, como se nota nas
cidades de Araruama e Cabo Frio; seu clima ameno e a delicada beleza de suas paisa-
gens, em variados coloridos, fazem daquele litoral e suas adjacências o recanto mais
indicado para um futuro desenvolvimento turístico, que se apoiâ em bases firmes de
bem lançadas concepções urbanísticas
- 196 -

Como aconteceu em tôda a Baixada Fluminense, esta zona teve, nos tempos
coloniais, faustoso brilho sustentado pela aristocracia, graças ao trabalho escravo. As
lembranças daquela época estão ali desaparecendo, com o desmembramento dos lati-
fúndios, que se transformam em pequenas p10priedades, e com os retalhamentos em
lotes de pequenas dimensões, que se destinam a residências individuais
O clima é amenizado por brisas frescas que sopram durante a noite O regime
pluviomét1ico caracteriza-se pela diminuição das precipitações no sentido de Niterói
a cabo Frio, pois enquanto no mês de janeüo registra-se para a primeira destas duas
cidades uma precipitação máxima de 150 mm, para a segunda cidade esta máxima
atinge, somente, 100 mm, no mesmo mês Determinam esta diferença o desvio para
Ne da Serra do Mar, de um lado, e a penetração das terias pelo Oceano a dentro,
de outro Apenas o bloco montanhoso da ilha de Cabo Frio, com sua altitude escassa,
consegue dete1 e condensar pequena paite da umidade transportada pelos ventos oceâ-
nicos. Com respeito à temperatura pode-se consideiar que, em Cabo Frio, ela é de
7 graus inferior à de Niterói
Geologicamente a região é composta de depósitos fluviais integrando um subsolo
de terrenos terciátios e quaternários, com insistente afloramento de rochas cristalinas,
formando um maciço litorâneo que imprimiu à costa, desde Cabo Frio até a entrada
da Baía de Guanabara, um traçado pitoresco de acentuada irregularidade. Atingido
o processo de formação da planície costeira, passaram os rios a ter um curso lento; o
mar foi unindo as saliências rochosas com grandes cordões de areia-restingas; foi dando
:uniformidade ao lit01al e, enfim, dotou a zona da Baixada de Araruama de um de
:seus maiores encantos: as lagoas de água salgada

AS LAGOAS - São três as principais: a de Maricá, a de Saquarema e a de


Araruama; esta última comunica-se com o mar junto à cidade de Cabo Frio

2 Crepúsculo na lagoa de Araruama

É a lagoa de Araruama considerada a terceira do Biasil em extensão, com


400 km2 de superfície e 40 km de comprimento, a contar da Ponte dos Leites até
- 197 -

o canal de Cabo Frio Suas águas dispõem de alta salinidade devido à ação intensa
elos raios solares, da pequena profundidade e da constância dos ventos Ela se asse-
melha a um imenso cristalizador Desde o século XVII reconheceram-se as grandes
p,ossibilidades que oferecia ao desenvolvimento da indústria salineira Atualmente, a
produção anual das salinas instaladas em suas margens ascende a 100 000 toneladas.
Outra de suas riquezas é constituída por um fato biogeográfico particularmente
notável: o seu fundo é revestido por uma espêssa camada homogênea de conchas, cujo
volume é avaliado, sem grandes sondagens, em dezenas de milhões de toneladas Esta
formidável jazida de carbonato de cálcio está, até o momento, intacta, podendo ser
utilizada em importantes e rendosas indústrias Nas proximidades de Arraial do Cabo
fazem-se os preparativos para a exploração de parte dessa riqueza, pela Cia Nacional
de Alcalis

3 Armação dos Búzios - Primeira praia

As praias mais importantes da lagoa de Araruama, tôdas mui belas, são as de


Iguaba Pequena e Iguaba Grande, as de Araruama e São Pedro da Aldeia, na margem
norte, e em situação oposta, junto à restinga, as da Enseada e do Pau Vermelho.

4 Armação dos Búzios __.:: Praia dos Ossos

Algumas de suas penínsulas avançam tanto pela lagoa que, com isso, formam recantos
belíssimos, como os que se observam na Ponta Grossa e na Ponta do Macaco, no
lugar denominado "Boqueirão", próximo à bacia de Maracanã
- 198 -

A população, sediada nas margens cla lagoa, com exceção daqueles que trabalham
nas salinas, vive da pesca, principalmente da do camarão, seguindo-se a da tainha, em
certas épocas do ano.
A segunda lagoa a considerar é a de Maricá, muito menor do que a de Araruama,
mas nada inferior a ela quanto às suas belezas naturais e à variedade dos quadros
paisagísticos É menos grandiosa em seu conjunto, por ser menor, não nos trazendo,
como a outra, já descrita, a imagem do oceano, quando de uma de suas margens,
em certos pontos, vemos a outra quase confinar-se com a linha do horizonte A
lagoa de Maricá tem a cidade do mesmo nome situada em uma de suas margens

5 Armação dos Búzios - Clube Náutico

Rodeada de florestas e colinas que oferecem sombra e encanto a sua orla, esta
lagoa forma parte de um sistema de outras que se sucedem Assim, a lagoa de
Maricá une-se a de Bacopari, pela Ponta do Boqueirão, e esta última, por sua vez,
liga-se a de Barra, pela Ponta da Preguiça Esta lagoa está separada do oceano apenas
por uma restinga arenosa de cêrca de 200 m de largura e une-se à lagoa seguinte,
denominada do Padre, a qual vai ter, por um canal, à lagoa de Guarapina, que se
junta ao mar ao lado do promontório rochoso de Ponta Negra
:Este conjunto de lagoas apresenta perspectivas maravilhosas e deslumbrantes
quadros coloridos à hora do crepúsculo Suas águas mansas convidam ao passeio de
canoa Garças, frangos d' água e gaivotas espalham-se por ali Pesca-se abundantemente
tainha, anxova e pescada Citamos entre as suas melhores praias, a de Araçatiba,
onde há um núcleo de pescadores Constitui, pelo seu pitoresco, mais uma reserva
de atração turística
A terceira lagoa de sumo interêsse neste litoral da Baixada de Araruama é a de
Saquarema, igualmente separada do oceano por uma estreita restinga Comunica-se
com o Atlântico por um canal que passa pela cidade do mesmo nome
Nada se nos afigura tão belo, tão sugestivo, tão atraente, como contemplar o
painel que ali se apresenta ao espraiar-se a vista pela lagoa e seus contornos encanta-
- 199 -

dores; à margem da cidade ergue-se um morrote alcantilado pelo lado do mar, em


cujo cimo uma evocadora igreja, simples e ereta, fala de um passado distante, dos
tempos coloniais Ao fundo do painel descortina-se o cenário das montanhas costeiras,
representadas pelas serras do Jaconé, do Padece e do Mato Grosso, revestidas tôdas
elas de espêssa mata.
Saquarema apresenta uma dualidade de aspecto que lhe empresta certa caracterís-
tica peculiar e inconfundível. Enquanto na lagoa de Araruama predominam planuras
e distâncias, na lagoa de Saquarema divisam-se os contrastes das águas e dos montes

6 Arraial do Cabo - Praia do Anjo

Para terminar êste rápido bosquejo acêrca das três lagoas, diremos que a de
Araruama lembra-nos o mar, com suas dimensões aparentemente infinitas; a de Maricá,
um lindo parque natural com lagos e florestas, e a de Saquarema, um belo postal
colorido dos que temos adquirido, quando das nossas caminhadas por terras amigas, e
que, de vez em vez, apanhamos do fundo de uma gaveta, para contemplar com saudade.

AS CIDADES - A mais importante, na zona da Baixada de Araruama, é a


cidade de Cabo Frio, com mais de 300 anos de existência. Conta atualmente com
7 000 habitantes, em sua zona urbana.
O município de Cabo Frio, cujas terras eram primitivamente habitadas pelos
índios Tamoios, é uma das mais antigas cidades brasileiras, podendo ser considerada
como o marco inicial da história do desbravamento da velha província fluminense
A descoberta do seu território é atribuída ao navegador AMÉRICO VESPÚCIO que, por
volta do ano de 1503, teria aportado no local a que denominou Praia do Cabo da
Rama, hoje conhecida por Praia do Anjo, no atual distrito de Arraial do Cabo.
Os historiadores são unânimes em afirmar que o seu topônimo é proveniente
do intenso frio que se constata na referida zona, durante os meses de junho, julho
e agôsto.
As terras do município de Cabo Frio foram teatro de sangrentas lutas, que se
feriram entre os portuguêses e os flibusteiros e navegadores de outras Nações, que
pretendiam fazer contrabando de pau-brasil, então abundantíssimo nessa região A
partir do ano de 1615, com a vitória das armas lusitanas e a expulsão dos franceses,
iniciou-se um grande movimento emigratório para aquela zona, fundando-se a cidade
de Santa H\:!lena, hoje Cabo Frio
- 200 -

Depois da abolição da escravatura manifestou-se, ali, notável declínio pelo aban-


dono de grande parte da lavoura, fato que se estendeu a tôda a Baixada Fluminense
Arraial do Cabo e Armação dos Búzios, localidades habitadas por pescadores
especializados em pesca de alto mar, são importantes distritos dêste município e estão
fadados a um futuro promissor, graças ao movimento que já se esboça de concentrar
nessas paragens a atenção turística do país

7 Cabo Frio - Cidade

Araruama é a segunda cidade, em importância, nesta zona da Baixada Tem


3 000 habitantes em seu núcleo urbano Possui um bom hotel, o Parque Hotel, e
três outros de menor categoria, assim como alguns restaurantes

8 Cabo Frio - Ponte da estrada de rodagem

A palavra indígena "Araruama" pode ser traduzida, segundo TEODORO SAMPAIO,


por "bebedouro e comedouro das araras" Consoante outros autores, o significado dêste
vocábulo tupi é "fartura de ostras".
- 201 -

CORTINES LAXE, em seu livro intitulado "Municipalidades do Brasil" menciona:


"Em 1799 foi criada, com natureza coletiva, a freguesia de São Sebastião de
Araruama".
A terceira cidade, pela ordem do número de habitantes é Maricá com 2 000
moradores em seu núcleo urbano. A palavra "Maricá" é proveniente, segundo alguns
autores, dos têrmos indígenas "mari" - espinheiro, "caa" - mato; os gentios desig-
navam essas terras com tais nomes, em virtude da abundância de "acácias espinhosas"
que se verificava em suas matas As origens do seu desbravamento ainda se encontram
envoltas nas brumas do passado, tendo-se, porém, como certo que os primeiros coloni-
zadores de Maricá aí chegaram graças à doação das primeiras sesmarias

9 Crepúsculo nas lagoas de Maricá

A paróquia de Maricá foi criada em 1755 com a denominação de Santa Maria


de Maricá Foi elevada à categoria de cidade em 1889
Segue São Pedro da Aldeia como quarta cidade na zona lacustre da Baixada de
Araruama, com 1 500 habitantes em seu perímetro urbano
A história da colonização das terras, que atualmente constituem êste mumop10,
remonta aos princípios do século XVII Foi em 1617 quando se verificou a fundação
da "Aldeia de São Pedro", com o início da construção da capela dedicada a São
Pedro A fundação da aldeia foi devida aos missionários da Companhia de Jesus,
possuidora da concessão de uma sesmaria Tudo faz crer já existisse, no lugar escolhido
para sede, um arraial indígena Segundo notícias chegadas até nós, pela tradição,
acredita-se fôssem êsses selvagens pertencentes às tribos dos Tamoios e Goitacazes
Em 1783 foi terminada a velha Igreja Matriz Em 1795 foi criada a freguesia de
São Pedro da Aldeia , Adquiriu foros de cidade no ano de 1929
Por último, a ciciade mais modesta da zona litorânea da Baixada de Araruama,
com 1 000 habitantes em seu centro urbano, é Saquarema A história do desbrava-
mento do território do atual município tem seu início nos princípios do século XVI,
- 202

poucos anos após a descoberta do Brasil Foi visitada, primeiramente, pela frota de
MARTIM AFONSO DE SouzA, no ano de 1531, para abastecer os seus navios de água,
lenha e frutos nativos O nome de "Socó-Rema", dado pelos indígenas, de acôrdo
com a tradição, à zona lacustre dessa região, foi em virtude da existência, nela
observada, de numerosos bandos de aves pernaltas, conhecidas pelo nome de "socós".

lO Salinas na lagoa de Ara rua ma

Muitos anos se passaram antes que as terras de Saquarema recebessem os bene-


fícios da civilização Em 1594 os padres da Ordem do Carmo por elas se interessaram,

11 Contraluz na Praia dos Búzios

obtendo algumas sesmarias Em 1755 foi criada a freguesia de Nossa Senhora da


Nazaré de Saquarema A Igreja Matriz atual data do ano 1837. Em 1890 a vila
atingiu a categoria de cidade
- 203 -

Sim, perdidos na vida dinâmica das cidades, buscamos, com freqüência, o repouso,
a quietude, o isolamento Sim, simplesmente somos amantes da Natureza, como
artistas que procuram uma inspiração para plasmar na tela seus sonhos imprecisos
Sim, gostando da água e do ar livre, ansiamos por um cenário adequado aos desportos
preferidos e sentimos as emoções da caça Sim, somo apenas o turista viageiro que
recreia seus ócios em qualquer uma destas circunstâncias; para tantó nunca encontrare-
mos lugares mais propícios do que os descritos sumàriamente nestas linhas Nunca
poderemos olvidar, tampouco, o tempo passado nessas plagas, na solidão das lagoas,
vagando, em dias azuis, sôbre suas águas mansas, emolduradas pelos contornos verde-
jantes das florestas Também não olvidaremos as horas de luz crespuscular, quando os
montes se cobrem de púrpura e a água troca seu verde ou seu azul pela malva e
pela violeta Hora mística em que, como expressa a exímia GABRIELA MISTRAL:
"há algum coração em que a tarde e1olha com algo daquele cume ensangüentado
12 - Crepúsculo em ltaipu
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DICIONÁRIO GEOGRÁFICO DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
VOCABULÁRIO DISTRIBUÍDO POR MUNICÍPIO

APÊLO

O Diretório Regional de Geografia e o Departamento Geográfico estadual estabe-


leceram normas para a publicação do "Dicionário Geográfico do Estado do Rio de
Janeiro'', em que ficarão assinalados os acidentes geográficos do território e demais
topônimos ligados à geografia do Estado
No número anterior foi impressa a metade da matéria, abrangendo os topônimos
dos municípios das letras "A" a "M", ou sejam os de Angra dos Reis a Maricá
Estamos publicando neste número os restantes verbetes catalogados, sempre pela
ordem alfabética dos municípios, para que cada Comuna disponha da relação oficial
dos que lhe pertencem e, assim, possam os munícipes, das unidades respectivas, verificar
a exatidão ou propriedade dos mesmos e dar-nos ciência das possíveis omissões ou
enganos
:estes topônimos, que ao todo são da ordem de seis mil, foram reunidos e selecio-
nados com a participação do Conselho Nacional de Geografia e do Departamento
Estadual de Estatística; agora, como da vez anterior, apelamos para os estudiosos do
assunto, no sentido de que nos enviem as suas an:)tações ou alvitres acêrca da toponímia
geográfica fluminense aqui apresentada, de modo a podermos enriquecer, com o fator
confiança, na maior exatidão possível, o vocabulário existente
O Dicionário, a bem de ver, será reeditado de largo em largo espaço de tempo,
devendo servir por um período longo à coletividade, sem alteração, daí sobrevindo a
necessidade de se promover uma publicação escoimada de falhas e imperfeições A
maneira mais segura de alcançarmos tal objetivo, pareceu-nos esta, de fazer uma publi-
cação prévia, como a que se verifica nestas duas últimas edições do "Anuário", em
que os topônimos são apresentados em tantos grupos quantos são os municípios do
Estado Esta distribuição permitirá fazer-se com que os interessados num determinado
grupo se ocupem apenas dêle O Departamento Geográfico, por intermédio da sua
Secção de Documentação, receberá tôdas as contribuições oferecidas, que, oportuna-
mente, hão de ser revistas por Consultores-Técnicos do Diretório, e fará um fichário
dessas colaborações com o nome de seus autores E desde já, por antecipação, a
Redação do "Anuário" manifesta a sua gratidão a todos os que, atendendo a êste
apêlo, se disponham a colocar os seus conhecimentos na matéria a favor de um
empreendimento que distinguirá a geração que passa

A REDAÇÃO
MUNICÍPIO DE MARQUÊS DE VALENÇA

A
ALTO DAS MINHOCAS - Pico, no limite ANDRADE - Lugarejo, se1vido pela Rêde
com o Município de Barra do Püaí Mineüa de Viação

B
BARÃO DE JUPARANA (EX-DESENGANO) BARROSO - Sena (do), entre as cabeceiras
- Vila, e sede do distlito de Barão de Ju- do córrego da Prata
paraõa, que pe1tence ao município, tê1mo e BETA - Córrego, afluente do córrego da
comarca de Marquês de Valença Na re- Prata
gião meridional do município, à margem es-
BOA VISTA - Moiro (da), no limite com o
querda do rio Pa1aíba do Sul, com estação da
município de Rio das Flo1es
E F C do Brasil
BOA VISTA - Ribeüão (da), afluente da
BARBOSA GONÇALVES - Luga1ejo, à ma1- margem direita do rio das Flores Serve de
gem do rio P1êto, com estação da E F C do limite com o município de Rio das Flores
Btasil '
BONITO - Rio, afluente da margem esquerda
BARREIRO - Serra (do), a sudoeste da Serra do rio das Flores, com as nascentes na serra
da Charneca das Minhocas

e
CACHOEIRINHA - Ribeüão, afluente da iegião ocidental do município, à margem do
ma1gem direita do ribeirão do Indaiá iio Bonito, com estação da Rêde Mineira de
CANTA GALO - Se11a (de), entre os rios das Viação
Flores e Bonito COROAS - Lugarejo, no distrito de Pentagna,
a 2 quilômetros da seqe distrital, com esta-
CARVALHO BORGES - Lugarejo, com esta-
~ão da E F C do füasil
ção da E F C do Btasil
COROAS - Ribeirão ("das), afluente da mar-
CHACRINHA - Luga1ejo, a sudoeste da ci-
gem direita do rio Prêto, no limite com o
dade de Ma1quês de Valença, com estação da
município de Rio das Flo1es
E F C do Brasil
COROAS - Serra (das), a nordeste da vila
CHARNECA - Serra (da), a sudoeste da vila de Pentagna
de Pentagna
CORONEL CARDOSO - Povoado, à margem
CONSERVATóRIA - Cachoeira (de), no rio da confluência do rio de São Fernando com
Bonito e nas imediações da vila de igual o rio Prêto, com estação da E F C do Brasil
nome COUTINHO - Lugarejo, à margem do rio
CONSERVATÓRIA - Vila, e sede do distrito Prêto, com estação da E F C do Btasil
de Conservatória, que pe1tence ao município, CRUZES - Se11a (das), no limite com o mu-
t~1mo e comarca de Ma1quês de Valença Na nicípio de Ba11a do Püaí

E
ENGENHEIRO ALBERTO FURTADO - Lu- ESPÍRITO SANTO - Córrego (do), afluente
garejo, à margem do rio Prêto, com estação da ma1gem düeita do rio Prêto
da E F C do Brasil, linha auxiliar
ENGENHEIRO DUHAM - Lugarejo, com es- ESTEVES - Luga1ej_o, a 7 quilômettos da sede
tação da E F Ç. do Brasil, linha auxiliar municipal, com estação da E F C do Brasil

-14-
- 210 --

F
FERNANDES FIGUEIRA - Lugarejo, à mar- cípio de Rio das Flôres, desembocando na
gem düeita do rio Prêto, com estação da margem direita do rio Piêto
E F C do Brasil FLORESTA - Cachoeira (da), no rio das
FLORES - Rio (das), nasce na região meri- Floies
dional do município de Marquês de Valença FURRIEL - Cachoeira (do) , no córrego da
e, seguindo para nordeste, entra no muni- Piata, afluente do tio Bonito

G
GENERAL OSóRIO - Lugarejo, com estação GOMES - Lugaiejo, servido pela Rêde Mi-
da E F C do Brasil neila de Viação
GLÓRIA - Lugaiejo, à margem direita do rio GUIMARÃES - Lugarejo, com estação da
Prêto, com estação da E F C do füasil E F C do Brasil

I
INDAIA - Ribeirão (do), afluente da margem düeita do iio de São Fernando

J
JACUBA - Lugaiejo, com estação da Rêde JOSÉ LEITE - Povoado, do disttito de Mat-
Mineüa de Viação quês de Valença

L
LEITE DE SOUZA - Lugarejo, mm estação LUIZ VELHO E MANDEMBO - Se11a (do),
da Rêde Mineüa de Viação a no10este da vila de Pentagna

M
MACUCO - Ribeirão (do), afluente da mar- MINHOCAS - Ribeirão (das), nasce na re-
gem direita do rio Prêto gião meridional do município e vai desem-
MADALENA - Ribeirão (da), afluente da bocai na margem esquerda do rio Pataíba do
matgem düeita do rio Prêto Sul, no município de Ba11a do Püaí
MARQUÊS DE VALENÇA (EX-VALENÇA) MINHOCAS - Sena (das), sei ve de limite
- Cidade, sede do distrito, do município, do com o município de Ba11a do Píraí
têuno e comarca de igual nome Na iegião MONTE ALEGRE - Cóirego (do) afluente
otiental do município, ent1e as nascentes do da ma1gem esquerda do rio Paraíba do Sul,
tio das Flôtes, com estação da E F Lc'.J- no limite com o município de Ba11a do
poldina Piraí

p
PARÀíBA DO SUL - Rio, otiundo do Estado seguida Cantagalo e Itaocata, à direita; Santo
de São Paulo, entta no te11itótio fluminense Antônio de Pádua e Cambuci, à esquerda;
pnvco abaixo do povoado e estação do Salto; atiavessa os te11itó1ios de São Fidélis, Cam-
attavessa os municípios de Resende, Batia pos e, em paite, São João da Baua até a
Mansa e Ba11a do Piraí, depois de flanqueai sua foz no Oceano Atlântico
o de Pilaí; sepata adiante Vassouras, à düei-
ta de Marquês de Valença e Rio das Flôtes, PARAPEúNA (EX-RIO PRÊTO) - Vila, e
à esquerda, antes de cruzar os municípios de sede do distiito de Parapeúna, que pertence
Paraíba do Sul e Tiês Rios; limita Sapucai•t ao município, têrmo e comatca de Marquês
e Carmo com o Estado de Minas, deixa em de Valença Na região setentrional do muni-
- 211 -

cípio, à margem do rio Prêto, com estação PENTAGNA (EX-SÃO SEBASTIÃO DO RIO
da E F Central do Brasil BONITO) - Vila, e sede do distrito de
Pentagna, que pertence ao município, têimo
PAU D'ALHO - Queda d'água, no rio das e comarca de Marquês de Valença Na re-
Flôres, com 35 m de altura gião oriental do município, à margem do
rio Bonito, com estação da E F C do Brasil
PAULO ALMEIDA - Lugarejo, com estação
PRATA---,- Córrego (da), afluente da ma1gem
da Rêde Mineira de Viação
esque1da do rio Bonito
PEDRO CARLOS - Lugarejo, entre as nascen- PRÊTO - Rio, nasce na Seira Negia, e, ser-
tes do có11ego da Prata, com estação da Rêde vindo de limite entre os Estados do Rio de
Mineira de Viação Janeiro e Minas Gerais, passa ao noite dos
municípios de Resende, Bana Mansa, Mar-
PEDRO CARLOS - Queda d'água, no cónego quês de Valença, Rio das Flôtes e Paraíba
da Piata, com 30 m de altura do Sul

Q
QUIRINO - Lugarejo, à ma1gem do rio de QUIRINO - Rio (do), afluente da margem es-
igual nome, com estação da E F C do querda do rio Paraíba
Brasil

R
RANCHO NOVO - Povoado, do distrito de município com os de Ma1quês de Valença e
Marquês de Valença, distando 8 quilômetros Baira Mansa
da sede municipal ROCHEDO - Cachoeira (do), no 1io de São
Fernando, afluente do rio P1êto
RIO BONITO - Serra (de), a noroeste do ROCHEDOS - Rio (dos), afluente da mar-
município de Bana do Piraí e no limite dêste gem direita do rio de São Fernando

s
SANTA CLARA - Luga1ejo, à margem direita SÃO FERNANDO - Rio (do), afluente da
do rio Prêto, com estação da E F C do margem direita do rio Prêto
Brasil SÃO FRANCISCO - Córrego (de), afluente
SANTA INÁCIA - Lugarejo, com estação da da ma1gem direita do tio Prêto
E F C do füasil
SÃO JERÔNIMO - Cachoeüa (de), no rio
SANTA ISABEL DO RIO PRÊTO - Vila, e das Flo1es
sede do distrito de Santa Isabel do Rio Prêto,
SÃO LUIZ - Povoado, do disttito de Marquês
que pertence ao município, têrmo e comarca
de Valença
de Ma1quês de Valença Na região ocidental
do município, à margem do rio São Fernando, SÃO MANUEL - Se11a (de), limite com o
com estação da Rêde Mineira de Viação município de Barra do Pitaí
SANTA LUZIA - Se11a (de), entte o rio SÃO PAULO - Cachoeira, no córrego de São
Bonito e o ribeirão de Madalena Fernando, afluente do tio P1êto
SANTANA VELHA - Ribeirão (de), afluente' SETE LÉGUAS - Pico (das), ent1e o 1ibeirão
da margem esquerda do rio Paraíba do Sul da Madalena e o tio Bonito

T
TAQUARA - Sena, ent1e os 1ios Bonito e TAQUARA - Sena (da), na região norte-oci-
Prêto, na 1egião central do município dental do município de Rio das Flôres, pro-
longando-se pelo município de Marquês de
Valença
- 212 -

u
UBÁ - Ribeitão (do), afluente da ma1gem diteita do 110 P1êto

V
VELHACOS - Có11ego (dos), afluente do tio VELHACOS Seu a (dos), entle os tios de
dos Rochedos São Fernando e dos Rochedos

MUNICÍPIO DE MENDES

A
ALTO DA SAPUCAIA - Pico, ao noite do o município de Mendes
município de Itaguaí e no limite dêste com

e
CAMBOTAS - Mouo (das), ent~e o tio Pitaí CINCO LAGOS - Povoado, distando 2 km da
e o iibeitão da Sana Família do Tinguá sede municipal

F
FABIÃO - Có11ego (do), afluente da ma1gem tle os municípios de Pitaí e Mendes
diteita do tio Pitaí e sei vindo de limite en-

H
HANSEN - Povoado, ent1e o tio Pitaí e o 11- HUMBERTO ANTUNES - Luga1ejo, com es-
beitão da Sacra Família do Tinguá tação da E F C do Btasil

M
MARTINS COSTA - Luga1éjo, a 4 km da ental do município, à ma1gem do tibeitão
sede municipal, com estação da E F C do de igual nome, com estação da E F C do
Btasil
Btasil
MENDES - Cidade, sede do disttito, do mu-
nicípio e tê11110 de Mendes, que pe1tence à MORSING - Luga1ejo, a 6 km da sede mu-
wma1ca de Bana do Püaí Na tegião sul-oti- nicipal, com estação da E F C do Btasil

p
PIRAí - Rio, nasce na scua de Capiva1i, no ma1gem diteita, no município Je Ih11a do
município de Itave1á, coue pata o municí- Püaí
pio de Pitaí, limitando-o com o de Mendes, PONTE DO ROCHA Povoado, distando 4
indo desaguai no tio Pataíba do Sul, pela km da sede municipal

s
SACRA FAMÍLIA - Rio (da), afluente da municípios de Baua do Pitaí e Mendes, iece-
ma1gem direita do Püaí, nascendo na iegião bendo os nomes de Saoa Família do Tinguá
centtal do município de Vasc,o:uas; coue pelos e Mendes
- 213 -

SANTA MARIA - Serra (de), entte o rio Focinhos, servindo de limite entre os muni-
da Sacra Família do Tinguá e o ribeirão dos cípios de Barra do Piraí e Mendes

MUNICÍPIO DE MIRACEMA

A
AGUA LIMPA - Córrego (da), afluente da ALTO DO CABORÉ - Pico, na linha de
margem direita do ribeirão de Santo Antônio
cumiada do limite Rio-Minas, e ao mesmo
AREAS - Povoado, do disttito de Mitacema,
distando 15 km da sede municipal tempo limite com o município de Santo An-

AREIAS - Povoado, à beira do ribeitão do Bo- tônio de Pádua


nito, ao norte da vila de Paraíso do Tobias

B
BANANAL - Có11ego, ao sul da vila de Ven- BOA VISTA - Se11a (da), limite com o mu-
da das Flotes nicípio de Itaperuna
BARREIRINHA - Có11ego (da), afluente da
margem esquerda do tio de Santo Antônio BONITA - Córrego (da), fotmador do cór-
BARRO BRANCO - Có11ego (do), nasce nas rego do Sobteito
vertentes do pico da Lagoa Preta, corre pelo
BONITO - Rio, formado pelo cóirego de
município de Santo Antônio de Pádua e de-
semboca na margem esquerda do rio Pomba Duas Barras; desce na direção do sudoeste
BOA ESPERANÇA - Córrego, afluente da até a ponte de José Félix, servindo de limite
matgem direita do rio de Santo Antônio com o município de Santo Antônio de Pádua

e
CAPIVARA OU PONTÃO STO ANTÔNIO CASCATA;:--- Se11a (da), limite com o muni-
- Pico (da), no limite entre os Estados do cípio de Cambuci
Rio e Minas Geiais e limite exttemo-ociden-
tal dos municípios de Itaperuna e Mitacema

D
DESENGANO - Córrego (do), afluente da DUAS BARRAS - Có11ego (das), afluente
ma1gem direita do córrego do Sobreiro da margem esquetda do tibeitão Bonito, no
limite com o município de Santo Antônio de
Pádua

F
FLORES - Seira (das), localizada na região FUMAÇA - Có11ego (da), afluente da ma1-
setenttional gem esquetda do tio de Santo Antônio

G
GAVIÃO - Córrego (do), afluente da mat- GAVIÃO - Pico (do), a no10este da vila de
gem direita do ribeirão Bonito Paiaíso do Tobias, sede do 2• distrito
- 214 -

I
INHAMAL - Córrego (do), afluente da margem diteita do cóirego da Cachoeira Bonita

L
LAGOA PRETA - Cóirego (da), afluente da LIBERDADE - Có11ego (da), afluente da ma1-
ma1gem esquerda do rio de Santo Antônio gem esque1da do 1io de Santo Antônio
LAGOA PRETA - Pico (da), a sudeste da
cidade e sede do 1• distiito

M
MIRACEMA - Cidade, sede do dist1ito, do \10NTEPIO - Có11ego (do), afluente da mat-
município, do tê1mo e coma1ca de igual gem esque1da do iibeitão de Santo Antônio
nome Na região central do município, à
ma1gem do 1ibeirão de Santo Antônio, com MORRO AZUL - Pico, no limite dos Estados
estação da E F Leopoldina do Rio de Janei10 e Minas Geiais

p
PARAÍSO DO TOBIAS - Vila e sede do dis- PINHEIRO - Có11ego (do), afluente da ma1-
tiito de Paiaíso do Tobias, que pe1tence ao gem direita do có11ego da Cachoeita Bonita
município, têimo e comarca de Milacerna Na
1egião sul-01iental do município, à ma1gem PIRINEUS - Cóuego (dos), afluente da
do ribeirão Bonito margem esquerda do 1ibeüão Bonito
PEDRA DA CACHOEIRA - Pico, ent1e as PONTÃO DE SANTO ANTÔNIO - Pico, no
nascentes do cónego da Barreirinha
limite entle os Estados do Rio e Minas Ge-
PERISSfí - Cónego, afluente da ma1gem direi-
rais, e limite com o município de Itaperun1
ta do rio de Santo Antônio
PINDUCA - Có11ego (do), afluente da ma1- PROSPERIDADE - Cóuego (da), afluente da
ge111 esque1<la do tio Santo Antônio ma1gem di1eita do Iibeiião Bonito

R
RASO - Cónego, afluente da rna1gem diieita RICARDO SIMÕES - Pico (do), ao sul, no
do 1io de Santo Antônio limite com o município de Santo Antônio
de Pádua

s
SANTA CRUZ - Có11ego (de), afluente da SÃO PEDRO - Cóuego, afluente da margem
maigem esquerda do có11ego de Pelissé esque1da do 1io Santo Antônio
SANTA MARIA - Pico (de), limite entie SERRA NOVA - Có1 tego (da), afluente da
os Estados do Rio e Minas Geiais, na região ma1gem esque1da do Iio de Santo Antônio
ocidental do município
SOBREIRO - Cónego (do), afluente da ma1-
SANTO ANTõNIO - Rio (de), afluente da
gem diieita do 1io de Santo Antônio
ma1gem esque1da do tio Pomba, no mum-
cípio de Santo Antônio de Pádua e com as SOSSÊGO - Sena (do), entle o tÓ11ego do
nascentes na se11a das Flo1es Perissé e o có11ego da Água Limpa

T
TIROL -- Có11ego (do), afluente da ma1gem TOLDA - Cónego, afluente da margem di-
esque1da do có11ego do Pe1issé 1eita do córrego do Desengano
- 215 -

V
VENDA DAS FLôRES - Vila, e sede do dis- VENTANIA - Córrego (da), afluente da ma1-
trito de Venda das Flôres, que pe1 tence ao gem esquerda do córrego da Cachoeüa Bu
município, têrmo e comarca de Miracem.1 nita
Na região setentrional do município, emre
as cabeceiras do ribeirão de Santo Antônio

MUNICÍPIO DE NATIVIDADE DO CARANGOLA

A
ALTO DA PIRRAÇA - Pico, na serra domes- Aleg1e, e ponto de limite com os munmp10s
mo nome, entre as nascentes do có11ego Pouso de Bom Jesus do Itabapoana e Itapernna

B
BANANEIRA - Lugarejo, localizado à mar- BOA SORTE -- Ribeirão (da) , afluente da
gem direita do có1rego da Bandeirinha, a leste margem direita do rio Itabapoana, na região
do povoado de Querendo, na 1egião ocidental norte-01iental
BANANEIRAS - Povoado, entre o lÍo Caran- BOA VISTA - Pico (da), entre o 1ibeirão
gola e o ribeirão de São Lourenço, com esta- do Tesouro e o córrego da Gabi10ba, no li-
ção da E F Leopoldina mite com o município de Po1ciúncula
BANDEIRA - Có11ego (da), afluente da mar- BOM JESUS DO QUERENDO - Povoado,
gem esquerda do ribeüão da Conceição, a do distrito de Ourânia, distando 21 km da
leste do povoado de Que1endo, na 1egião sede municipal
oriental
BOM RETIRO - Córrego (do), afluente da
BANDEIRINHA - Córrego, afluente da mar-
margem esquerda do ribeirão da Conceição,
gem direita do córrego da Bandeira, a leste
na região oriental
do povoaào de Que1endo, na região oriental
BOM RETIRO - Lugarejo, entre as nascen-
BARRA MANSA - Córrego (da), afluente
tes do córrego de igual nome
da margem direita do rio Carangola, na 1e-
gião sul da cidade de Natividade do Caran- BONSUCESSO - Ribeirão, nasce ao norte da
gola vila. de Purilândia, no município de Po1-
ciúncula, desaguando na margem esquerda do
BASILEA - Pico (da), entre o oeste da
rio Carangola, no município de Natividade
Coimbra e o cónego do Engenho, a oeste da
do Carangola
vila de Ourânia, sede do 3º distlito
BATATAL - Cónego, afluente da margem es- BREJAúBA - Có11ego (da), afluente da mar-
querda do ribeirão de São Lomenço gem esque1da do 1ibeüão do Bom Sucesso
BOA SORTE - Córrego (da), afluente da BREJO DOS UBÁS - Lugarejo, à margem do
margem direita do có11ego da Couenteza có11ego da Palestina

e
CABO FRIO - Cónego (de), afluente da CANDONGA - Ribeitão (da), afluente da
111a1gem esquerda do ribeitão do Coimbra margem direita do ribeirão da Conceição, a
oeste do povoado de Querendo
CABO FRIO - Pico (do), entre os có1rngos CAPANEMA - Cónego, afluente da margem
do Cabo Frio e da Jaboticaba direita do lÍbeitão de São José
CARANGOLA - Rio, nasce do Estado de Mi-
CAFONHO - Lugarejo, entre as nascentes nas Gerais, e, correndo para o sul, atravessa
do ribeirão de Varre Sai os municípios de Porciúntula e Natividade
- 216 -

do Ca1angola e vai desaguar na margem COIMBRA - Serra (do), ent1e os córregos


esque1da do no Muriaé, no município de da Matinada e do Coimbta a noroeste da
Itape1una vila de Ourânia, sede do 3º dist1ito do mu-
CARAPINA - Córrego, afluente da ma1gem nicípio
esque1da do Jio Carangola CONCEIÇÃO - Ribeirão (da), afluente da
CAROLINA - Cónego (do), afluente da mar- ma1zcm csquc1da do tio C:uangola
gem esque1da do Varre Sai CORRENTES - Córrego (das), afluente do
CÊU - Pico (do), entJe as nascentes do Ji- ribeüão da Conceição
beüão do Ciga110, a oeste do povoado de CRISSiúMA OU DO PIMENTÃO - Córrego
Que1endo (do), afluente da margem direita do ribeirão
CIGARRO - Ribeüão (do), afluente da ma1- do Vane Sai e limite com o município ele
gem direita do rio Candonga Bom Jesus de Itabapo:i.na
COIMBRA - Có11ego (do), afluente da ma1- CRUZEIRO - Cótrego (do), afluente da mar-
gem esquerda do rio Bom Sucesso gem esquerda do rio Caiangola

D
DEGRÊDO - Pico (do), na se11a do Coimbra, D ESO RD EM - Pico (da) , a leste do ribei-
a no10este da vila de Ourânia, sede do 3° 1ão da Conceição
disttito DIVISA - Córrego (da), afluente da ma1gem
düeita do 1io Ca1angola

E
ENGENHO - Córrego (do), afluente d1t ma1- ESPERANÇA - Cótrego (da), afluente da
gem esquerda do rio Carangola, a sudeste margem esquerda do rio Caiangola
da cidade de Natividade do Carangola ESPERANÇA - Luga1ejo, à ma1gem do ribei-
1ão da Conceição

F
FLORESTA - Cóuego (da), afluente da mar- FUNDO Córrego, afluente da margem es-
gem düeita do (Ónego da Conenteza querela do Jio Ca1angola

G
GABIROBA - Có11ego (da), afluente da GAVIÃO - Mono (do), entte o rio Cai an-
ma1gem esquerda do ribeüão do Bom Su- gola e o cótrego do Santiago; limite com o
cesso município de Itaperuna
GATO - Cachoeira (do), no rio Ca1angola, a
jusante da confluência com o có11ego do Tta-
vessão

H
HONÓRIO - Cóuego (do), afluente da mat gem esque1da do cóuego de Cabo Fiio

1
INDAIÁ - Se1ra (do), entte o Jio Bom Su- cuia, Natividade do Caiangola, Bom Jesus
cesso e a se1ra das Palmeiras de Itabapoana, Campos e São João da Barra
IT ABAPOANA - Rio, p10veniente do Estado
de Minas Gerais, limita os Estados do Rio IT APERUNA - Pico (de), entre os cótregos
e EspÍlito Santo nos municípios de Porciún- da Espeiança e do Ou10 Fino
- 217-

1
JABOTICABA - Córrego (de), afluente da JARDIM - Cónego (do), afluente da mar-
margem direita do ribeirão do Cigarro gem direita do córrego da Vista Alegre
JABOTICABA - Córrego (da), afluente da
margem esquerda do ribeirão da Conceição

L
LAJINHA - Cónego (da), afluente da mar- LARANJEIRAS - Ribeirão (das), afluente da
gem direita do ribeirão Varre Sai margem diteita do rio Carangola
LAJINHA - Cónego (da), afluente da mar-
gem direita do rio Carangola

M
MACUCO - Córrego (do), formador do ri- MINGUÇU - Córrego (do), afluente da mat-
beitão da Candonga gem direita do ribeirão do Coimbra
MALUCA - Córrego (da), afluente do ribei- MOINHO - Cachoeira (do), no rio Caian-
rão do Coimbra gola, nas imediações do córrego da Lajinha
MAÓ - Cónego (do), afluente da margem
MONTE AZUL - Serra (do), se1 ve de limite
direita do rio ltabapoana
com o município de Bom Jesus de Itabapoana
MAÓ - Povoado, à margem do córrego de
igual nome MONTElROS - Córrego (dos), afluente da
margeni direita do ribeirão de Capanema
MARAMBAIA - Córrego (da), afluente da
margem direita do córrego de São Tomé MORRO AZUL - Pico, entre o ribeirão da
MATINADA - Córrego (da), formador do Candonga e o córrego da Ventania
córrego da Providência
MUNDO NOVO - Córrego (do), afluente
MATIPó - Córrego (de), afluente da mar- da ma1gem esquerda do córrego da Bananeita
gem esquerda do rio do Tesouro
MURICI - Córrego, formado do córrego do
MATO DE DENTRO - Pico (do), limite
Paraíso
entre os municípios de Natividade do Ca-
rangola e Porciúncula, a leste da cidade de MUTUCA - Córrego (da), afluente da mar-
Po1ciúncula gem esquerda do ribeirão do Coimbra

N
NATIVIDADE DO CARANGOLA - Cidade, do mumc1p10, à margem do rio Caiangola,
sede do distrito, do município, do têrmo e com estação da E F Leopoldina
comarca de igual nome Na iegião cential

o
ONÇA - Có11ego (da), afluente da margem têrmo e coma1ca de Natividade do Caiangola
direita do ribeitão do Ciga1ro Na região cent10-oriental do município, à
ONÇA - Ribeirão (da), afluente da margem màlgem do córrego do Omo Fino
direita do rio Itabapoana e limite com o mu-
OURO FINO - Córrego (de), afluente da
nicípio de Porciúncula
margem direita do ribeitão da Conceição
OURÂNIA (EX-OURO FINO) (EX-SANTA
RITA DO OURO) ~ Vila, e sede do dis- OUTEIRO DA BELA VISTA - Pico, na serra
trito de Ourânia, que pertence ao município, do Coimbra, a no1oeste da vila de Ou1ânia
-- 218 -

p
PALESTINA - Córrego (da), afluente da PILATOS - Cónego (de), afluente da mar-
margem esquerda do ribeitão da Conceição gem esquerda do tibeirão do Cigano
PALMITAL - Cóu ego (do) , afluente da mat-
PIRINEUS - Córrego (dos), afluente da
gem direita do ribeirão do Ciga110
margem direita do rio Bom Sucesso
PALMITOS - Cóuego (dos), afluente da mar-
gem esquerda do rio Carangola PIRRAÇA - Córrego (da), afluente do ri-
beítão <la Conceição
PÃO DE AÇÚCAR - Pico (do), no ponto
extremo-ocidental do município de Bom Jesus PITEIRA - Lugatejo, entte o cónego da Ba-
do Itabapoana e no limite dêste município naneira e o córrego do Mundo Novo
com o de Natividade do Catangola
PONTEIRO -· Pico (do), na se11a das Sete
PARAÍSO - Cóuego (do), afluente da mar-
Voltas, no limite entre os Estados do Rio
gem diieita do tibeitão Va11e Sai
de Janei10 e Minas Getais, na região notte-
PAULISTA - Cóuego, afluente da matgem
ocidental
esquerda do có11ego da Correnteza
PEDRA DA PREGUIÇA - Pico, entte o ti- POUSO ALEGRE - Cóuego (do), afluente da
beirão da Conceição e o cóuego da Espe- matgem esquetda do cóuego da Palestina
iança
PRATA - Có11ego (do), afluente da 1m1gem
PEDRA DA SAPUCAIA - Pirn, na seua de diteita do !Ío Caiangola
igual nome entte os tibeitões do Bom Sucesso
e do Coimbra PROVIDÊNCIA - Có11ego (da), afluente da
matgem esquerda do cóuego do Pataíso
PEDRA MONTADA - Pico (da), entte o tio
Bom Sucesso e o tibeirão do Tesomo, no li- PROVIDÊNCIA - Có11ego (da), afluente da
mite com o município de Potciúncula ma1gem diteita do ribeitão da Candonga

Q
QUEBRA CANOA - Cachoeita, no rio Ca- QUEBRA CANOA - Lugatejo, nas imedia-
tangola, a jusante da confluência com o ri- ções do ribeirão de São Lourenço
beirão de São Loutenço QUERENAL - Povoado, entte os có11egos da
Palestina e da Ventania

R
RAIMUNDOS - Có11ego (dos), afluente da Loutenço e o cótrego do Santiago, no limite
margem diteita do tibeitão da Onça com o município de Itapetuna
ROSEIRA Lugatejo, entre as nascentes do
REDONDO - Mouo, entte o tibeitão de São tibeirão do Ciga110

s
SANTA CRUZ - Ribeitão (de), afluente da SÃO LOURENÇO - Ribeitão (de), afluente
matgem esquetda do ribeitão do Vaue Sai da matgem díteita do rio Catangola
SÃO TOMÉ - Có11ego, afluente da matgem
SANTA RITA - Pico (de), entte as nascen-
diteita do tibeítão da Laranjeita
tes do tibeirão do Cigatro
SÃO VICENTE - Cótrego (de), afluente da
SANTA RITA DO PRATA - Povoado, no matgem díteita do rio Itabapoana
limite do Estado do Rio de Janei10 com o de
SAPUCAIA - Se11a (da), entte o iibeirão
Espítito Santo, à-maigem diteita do tio Ita-
Bom Sucesso e o cóuego do Minguçu
bapoana
SETE VOLTAS - Seu a (das), no limite en-
SÃO JOSÉ - Ribeitão (de), afluente da mar- tre os Estados do Rio de Janeito e Minas
gem diteita do tio Carangola Gerais, na tegião noroeste
- 219 -

SOLEDADE - Cónego (da), afluente da mar- SOSSÊGO ~ Córrego (do), afluente da mar-
gem esquerda do córrego Crissiúma gem esquerda do ribeirão do Bom Sucesso

T
TAMANDUÁ - Lugarejo, nas imediações do TORMENTA - Córrego (da), afluente da
pico da Desotdem margem direita do rio Itabapoana
TAQUARA BRANCA - Córrego (da), afluen-
te da margem direita do córrego do Paraíso TRAVESSÃO - Córrego, afluente da margem
TESOURO - Ribeitão (do), nasce no muni- diteita do rio Carangola
cípio de Potciúncula e deságua pela margem
esquerda no tibeitão do Bonsucesso, no mu- TRIUNFO - Ribeirão (do), afluente da mar-
nicípio de Natividade do Carangola gem esquetda do rio Carangola

V
VAI E VOLTA - Cótrego, afluente da mar- VARRE SAI - Vila, e sede do distrito de
gem direita do cótrego da Cato!ina Vatte Sai, que pertence ao município, têrmo
V ARRE SAI - Ribeirão (do), afluente da e comatca de Natividade do Catangola Na
matgem diteita do rio Itabapoana, servindo tegião ocidental do município, à matgem do
de limite entre parte dos municípios de Na- ribeitão do Varre Sai
tividade do Carangola e Bom Jesus do Ita- VENTANIA - Córrego (da), afluente da mar-
bapoana gem diteita do ribeitão da Conceição
V ARRE SAI - Serra (do) , a nordeste da vila VISTA ALEGRE - Cónego (da), afluente
de igual nome e de onde descem as águas para da margem esquetda do ribeitão do Varre
o ribeirão de nome idêntico Sai

MUNICÍPIO DE NILÓPOLIS

N
NILôPOLIS - Cidade, sede do distrito, do lios Pavuna e Satapuí, com estação da E F
município, do têrmo e comarca de igual nome Centtal do Btasil
Na tegião metidional do município, entre os

o
OLINDA - Vila, e sede do distrito de Olinda, nicípio, com estação da E F Central do
que pertence ao município, têtmo e comatca Brasil
de Nilópolis Na tegião meridional do mu-

s
SARAPUí - Rio ou Canal, tributário da baía cípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e
de Guanabara, fotmado pela junção dos rios São João de Mer!ti
Bangu e da Cachoeira e passando pelos muni-
- 220 -

MUNICÍPIO DE NITERÓI

A
ALTO DO MOIRÃO - Pico, ao noite da ARMAÇÃO - Ponta (da), na tegião norte-oci-
ponta de Itaipu-Açu no limite com o nrnm- dental do município de Niterói, e a sudoeste
cípio de Ma1icá do morro de igual nome
APERTA A CINTA - Rio, nasce no moiro
ARROTA CONTOS - Lugatejo, a sudeste da
do Hospital e desemboca na lagoa de Pita-
vila de Sete Pontes e no limite com o muni-
tininga, na iegião sul-ocidental
cípio de São Gonçalo
AREIA - Ponta (da), ponta e bai110 na baía
de Guanabara, ao noite do mo110 da Armação ARROZAL - Rio, nasce entte os mo11os do
AREIA GROSSA - Piaia (de), no saco de Cantagalo e Santo Inácio, desembocando na
maigem setenttion'.l! da lagoa ele Pitatininga
Jutujuba
ARMAÇÃO - Mo110 (da), na iegião norte- ATALAIA - Mo110, no bai110 de Santa Rosa
ocidental onde nasce o tio Icataí

B
BALDEADOR - Se11a (do), na iegião noite BOA VIAGEM - Ptaia (da), ao lado da ilha
do município de igual nome e ao sul da ponta do Gragoatá
BOA VISTA - Mo110 (da), entre os bai11os
BARRETO - P1aia (do), no bai110 de igual
nome do Cubango e São Lomenço
BOMBA - Rio, deságua na baía de Guana-
BOA VIAGEM - Ilha (da), na baia de Gua- baia no bai110 do Ba11eto, município de Ni-
nabata, ao sul da ponta do Giagoatá te1ói, e, depois da tua Pad1e 1Vfarcelino, sei ve
BOA VIAGEM -- Mo110 (da), na zona m- de limite entte êste município e o de São
bana da cidade de Nite1ói, ao sul da ponta Gonçalo
do G1agoatá BOTELHO - Piaia (do), no saco de Ju1ujuba

e
CACHIMBAU - Ilha (do), a notdeste da ilha CANTA GALO - Mo110 (de), a oeste do po-
da Conceição voado de Jaca1é e no limite do disttito de
CACHOEIRA - Rio (da), com as nastentes Itaipu com o distlito de Nite1ói
nos mo11os da Atalaia e de Santo Inácio, des- CANTO DOS PONTES - Povoado, do distti-
te pelo bai110 de igual nome e desemboca to de Itaipu, distando 8 km da sede muni-
no saco de São Fiancisco cipal
CACHORROS - Lagoa (dos), na baía de Gua-
CARAMUJO - Rio, afluente da ma1gem es-
nabaia em f1ente ao bai110 do Ba11eto
que1da do tio de Ma1ia Paula
CAIXA D'AGUA - Mo110 (da), na zona
u1bana CARDOS Ilha (dos), f 10nteita à ptaia das
Flexas
CAJU, DOS MOTAS OU DO CAJUEIRO -
Ilha (do), a no1deste do 1110110 da A1mação CARECAS Ilha (dos), f10nteita à ptaia de
CALABOCA - Povoado, do disttito de Itaipu, Jutujuba
distando 22 km da sede municipal CAVALÃO - Mouo, entte o tio da Cathoeita
CALABOCA - Se11a, iamificação da se11a de e o tio Icaiaí, cujo espigão sepata a piaia
Inoã. de Icaraí da p1aia do Saco de São Fiancisco
CAMBOAT A - Canal, liga a lagoa de Itaipu CAVALÃO - Ponta (do), entte a p1aia de
à de Piratininga Icataí e a piaia do Saco de São Ftantisrn
- 221 -

CÉU - Morro (do), entre as nascentes do CONCEIÇÃO OU DA BICA - Ilha (da), a


iio da Vicência nordeste da ilha do Caju
CHARITAS (cá) - Praia, no Saco de Juru-
juba CORTUME - Praia (do), no saco de Jururnba
CHIBANTE - Rio, na iegião oriental do
CUBANGO OU BUMBA E CALIMBA
município
CONCEIÇÃO - Molfo (da), na zona urba- Rio, afluente da margem direita do rio
na da cidade de Niterói Icaiaí

E
ENGENHOCA - Morro (da), na iegião se- ENGENHO DO MATO - Povoado, do dis-
tentrional do município trito de ltaipu, distando 12,5 km da sede
municipal

F
FLEXAS - Piaia (das), entre as piaias de FORA OU DOS CACHORROS - Ilha (de),
Icaraí e da Boa Viagem, na cidade de Ni- na baía de Guanabata, nas p10ximidades do
terói
litoial do bai110 do Baneto
FONTES - Povoado, do distiito de Itaipu,
distando 12,5 km da sede municipal FUNDÃO - Ilha (do), na lagoa de Pira-
FORA - Piaia (de), a leste da fortaleza de tininga
Santa Crnz

G
GALHETA - Ponta (da), a sudoeste da lagoa GRANDE - P1aia, entre a praia de São Do-
de Püatininga mingos e a ponta da Aunação, zona mbana
GRAGOATA - MoHo (de), junto à ptaia de da cidade de Niterói
igual nome, na zona urbana da cidade de
Nite1ói GRANDE ~ Seua
GRAGOATA - Piaia (de), ent1e as ptaias
de São Domingos e Ve1melha, na zona u1- GROTA FUNDA - Luga1ejo, entre as nas-
bana da cidade de Nite1ói centes do iio Mmiqui

H
HOSPITAL - Mono (do), a no10este da lagoa de Püatininga

1
ICARAÍ - Mo110, f10nteiro à praia de igual ITAIPU - Lagoa, na extiemidade sul-01iental
nome, no pe1ímet10 mbano da cidade de do município
Nite1ói IT AIPU - Praia (de), a oeste da vila e lagoa
ICARAÍ - Piaia (de), entre a ponta do Ca- de igual nome
valão e a pedia da Itapuca, no perímetlo u1- ITAIPU - Vila, e sede do distrito de ltaipu
bano da cidade de Nite1ói que pertence ao município, têrmo e comarca
ICARAÍ - Rio, nasce no mono do Vüádouro de Nite1ói Na região meridional do muni-
e desemboca no Canto do Rio, extremo da cípio, à beüa do Oceano Atlântico
praia de Icaraí ITAIPU OU DAS ANDORINHAS Ponta
TTACOATIARA - Ptaia (de), ao sul da vila (de), ao sul da vila de Itaipu
de Itaipm 1TAOCAIA - Maciço (de)
- 222 -

J
JACARÉ - Povoado, a leste da se11a Grande JURUJUBA - Enseada (de), entte a ponta
JACARÉ - Rio, ttibutá1io da lagoa de Pira- de igual nome e a de São Francisco
tininga JURUJUBA - Ponta (de), a leste do mo110
JOÃO GOMES - Riacho (do) do Macaco
JOÃO MENDES - Rio, tributá1ío da lagoa de JURUJUBA Piaía (de), no saco de igual
Itaipu nome

L
LARGO DA BATALHA - Lugarejo, entre as cabeceitas do tio da Cachoeira

M
MACACO - Moiro (do), a nordeste da fo1- MATO GROSSO - Mono (do), entte os t1I
taleza de Santa Crnz butá1íos do rio Caiamujo
MANUEL JOÃO OU DOS CACHORROS - MERO - Ponta (do), no litoial da baía de
Ilha (do), na baía de Guanabaia, em frente Guanabaia
ao baiuo do Barreto MOCANGUÊ GRANDE - Ilha (do), a no-
MARIA PAULA - Povoado, na confluência 10este do mono da Aimação, na baía de
do rio Catamujo com o 1io de Maria Paula Guanabara
MARIA PAULA - Rio, nasce nas imediações MOCANGUÊ PEQUENO - Ilha (do), na
do mo110 de Cantagalo, no município de Ni- baía de Guanabara, a noroeste do moiro da
te1ói e desemboca na ma1gem esquerda do A1mação
tio Mmiqui, no município de São Gonçalo MODESTO - Ilha (do), na lagoa de Pirn-
MARUí - Enseada (de), na extremidade se- tininga
tentrional do município
MORROS - Ponta (dos)
MARUÍ - Morro (de), na zona mbana da MURIQUI - Có1nego, afluente da margem
cidade de Nite1ói düeita do rio de Maria Paula
MATA PACA - Lugarejo, à margem do tio MURIQUI - Lugarejo, entre o rio Chibante
Maria Paula e o 1io de Maria Paula

N
NITERÓI - Cidade, sede do distrito, do mu- da baía de Guanabaia, com estações da E F
nicípio, do têrmo e comarca de igual nome Leopoldina e E F C B , iama! de Ma1itá
Na 1egião ocidental do município, à beita

p
PACIÊNCIA - Lugarejo, na 1egião 01ient:il PENDOTIBA - Se11a, entte o largo da Ba-
PAI - Ilha (do), a sudoeste da vila de It:iipu talha e a vila P10g1esso, na legião centtal
do município
PAIOL - Ilha (do)
PICO - Mo110 (do), na 1egião exttemo-oci-
PASSARINHO - Rio
dental
PEDRA - Moiro (da), na zona urbana
PIRATININGA - Lagoa (de), na 1egião sul
PEÇA - Mono (da), nas imediações da vila
de Itaipu, sede do 29 distrito PJRATININGA - Piaia (de), no Oteano
Atlântico, ao sul da lagoa de igual nome, na
PEDRAS - Rio (das), nasce no mono do
Zumbi no município de Niterói, e deságua 1egião metidional
pela margem esquerda no rio Muriqui, no PIRATININGA - Rio, ttibutá1io da lagoa de
município de São Gonçalo, servindo em palte igual nome
de limite entre os dois municípios PRAIA GRANDE - Enseada
- 223 -

R
RIO DOURO - Povoado do distrito de Itaipu, distando 14 km da sede municipal

s
SACO DE FORA - Enseada, entre as pontas SANTA TERESA - Moiro, na zona urbana
de Fota e Santa Cruz SANTO INÁCIO - Morro (de), entre as
SACO DE SÃO FRANCISCO - Enseada, en- nascentes do rio da Cachoeira
t1e a ponta de igual nome e a do Cavalii:Ó' SÃO DOMINGOS - Motto, na zona utbana
SACO OU DA CACHOEIRA - Rio (do), de- SÃO DOMINGOS - Ptaia (de), em segui-
semboca no saco de São Fiancisco e nasce mento da praia de Gragoatá, para leste, na
no morro do Atalaia zona utbana da cidade de Nitetóí
SACO DO IMBUÍ - Enseada, entre as pontas
SÃO FRANCISCO - Ponta (de), ao sul da
de Fora e do Imbuí
barra do rio Cachoeita
SAMBAGUAIÁ - Praia (de), no saco de
SÃO LOURENÇO - Mono (de)
Jurnjuba
SÃO LOURENÇO - Saco (de), ao sul da
SANTA BÁRBARA - Mouo (de), entte os
ilha da Conceição
iios de Maria Paula e do Caramujo
SANTA CRUZ OU DO ALVIM OU DO HO- SÃO LOURENÇO - Enseada ou Pôrto (de),
NÓRIO - Ilha (de), a nordeste da ilha ao sul da ilha da Conceição
do Viana na baía de Guanabara SÃO LUIZ - Motto (de), na zona urbana da
SANTA CRUZ - Ponta (de), na extremidade cidade de Niterói
sul-ocidental SÃO SEBASTIÃO - Morro (de), na zona
SANTANA - Mono (de), na zona urbana urbana
SANTANA - Ptaia (de), a leste da ilha de SAPEZAL - Motto (do), entre o saco de
Conceição São Francisco e o rio Arrozal

T
TABAÍBA - Ponta, entre a fortaleza de San- TIRIRICA OU DAS TIRIRICAS - Serra (da),
ta Crnz e a ponta do Imbuí no limite com o município de Maricá
TELÉGRAFO - Mono (do), no limite com
o munidpio de Maricá TOQUE TOQUE - Praia (do), no costão
TERRA NOVA - Povoado, do distrito de Itai- setenttional do morro da Armação
pu, distando 11 km da sede municipal

V
V ALA - Rio (da), ttibutário da lagoa d~ VIANA - Ilha (do), a nordeste da ilha do
Itaipu Mocanguê Pequeno
VÁRZEA - Ptaia (da), no saco de Jurujuba VICÊNCIA _ Rio (da), nasce no baino do
VÁRZEA DAS MOÇAS - Rio, nasce no mu- Fonseca, desce pela Alameda São Boaventura
nicípio de São Gonçalo, sendo afluente do e deságua no saco de São Lourenço
rio do Ouro
VILA PROGRESSO - Lugarejo, à margem do
VEADO - Ilha (do), a sudeste do saco de
rio Matia Paula
Imbuí
VERMELHA - Praia, a noroeste da ilha da VIRAÇÃO - Morto (da), na região meri-
Boa Viagem dional
- 224 -

MUNICÍPIO DE NOVA FRIBURGO

A
/1LTO D:\ CONQUISTA - Pico, na região ALTO DOS MICHÉIS OU DOS MIGUÉIS --
sul do município de Sumidouro e no limite Serra, serve de limite com os municípios de
dêste com o de Nova Ftiburgo Duas Ba11as e Bom Jardim
ALTO DA TAPERA - Pico, ao sul do mu-
nicípio de Bom Ja1dim e no limite dêste com ALTO DOS PILÕES - Pico, no limite com
o município de Nova Friburgo o município de Sumidouro
ALTO DO CATETE - Mono, limite entre os
municípios de Bom Ja1dim e Nova Friburgo ANTAS - Cónego (das), afluente da ma1-
ALTO DO CINCOENTA - Mono, na sena gem esquerda do rio das Bengalas, ao norte
de São Beina1do do povoado de Conselheüo Paulino

B
BANANEIRAS - Se11a (das), no limite com ccntes na se11a de Crnbixais, na 1egião otien-
o município de Silva Jardim tal do município
BOA VISTA - Se11a (da), tiecho da se11a dos
BENGALA - Rio, afluente da ma1gem direita
Ó1gãos no limite com o município de Ca-
do rio Giande
(hoeüas do Macacu
BERNARDO - Serra (do), entre os tios San- BONSUCESSO - Povoado, do dist1ito de Re-
to Antônio e Macaé fúgio, distando 28 km da sede municipal
BOA ESPERANÇA - Rio (da), afluente da BONITO - Rio, afluente da ma1gem direita
margem esque1da do tio Macaé, com as .,nas- ºdo tio Macaé

e
CALEDôNIA - Cóuego (da), afluente da CATETE - Povoado, do distrito de Nova Fti-
ma1gem esque1da do tio do Cônego bmgo, distando 19 km da sede municipal
CAMPO DO COELHO - Cachoeüa (do), no CÔNEGO - Povoado, à margem do rio de
córrego de Santana, afluente do tio Giande igual nome, a sudoeste da cidade de Nova
Ftibmgo
CAMPO DO COELHO - Vila, e sede do dis-
ttito de Campo do Coelho, que pertence ao CÔNEGO - Rio (do), afluente da ma1gem es-
município, têtmo e coma1ca de Nova Fri- que1da do 1io Bengala
burgo Na 1egião ocidental do município, à CONQUISTA - Povoado, à margem esquerda
margem de um afluente da margem direita do 1io Giande
do rio Grande CONSELHEIRO PAULINO - Vila, e sede do
disttito de Conselheiro Paulino, que pe1tence
CARDINOTS - Cachoeüa, no cónego d' Anta,
ao município, tê1mo e comarca de Nova Fti-
afluente do 1io Grande
burgo Na região setentrional do município,
CASCATINHA - Córrego, afluente da ma1- entte o rio de Santo Antônio e o cóuego das
gem esque1da do 1io do Cônego Antas, com estação da E F Leopoldina
CATETE - Cachoeira (do) , no rio Bengala, CRUBIXAIS - Se1ra (dos), no limite com
afluente do tio Giande os municípios de Macaé e Tiajano de Moiais

D
DEBOSAN - Cóuego, afluente da ma1gem di- DJMANDA - s~11a (da), nome local ela serra
1eita do tio de Santo Antônio de Paqueque1, limite eô.tte os munidpios ele
Semidou10, Teresópolis e Nova Ftiburgo
- 225 -

E
ESTOQUIM - Morro (do), a leste do rio de Santo Antônio

F
FELÍCIOS - Serra (dos), limite com o muni- FRADES - Serra (dos), limite entre os mu-
cípio de Teresópolis nicípios de Cachoeiras do Macacu, Nova Fri-
burgo e Teresópolis
FLORES - Cónego (das), afluente da margem FRIBURGO - Serra (de), limite entre os
diteita do rio Bengala municípios de Silva Jardim, Casimi10 de
Abreu e Nova F1ibu1go

G
GALDINôPOLIS - Povoado, do distrito de tagalo e Trajano de Morais, São Sebastião
Lumiar, distando 27 km da sede municipal do Alto de Santa Matia Madalena, São Se-
GRANDE - Rio, nasce na serra do Paquequer, bastião do Alto e São Fidélis; afluente da
no município de Nova Friburgo; depois de ma1gem direita do tio Pataíba do Sul, no
atravessar êste e o município de Bom Jatdim, município de São Fidélis, toma o nome de rio
serve de limite ent1e os municípios de Can- Dois Rios, depois de receber o rio Negro

H
HANS - Cachoeira, no rio de Santo Antônio, afluente do rio Bengala

L
LUMIAR - Vila, e sede do distrito de Lumiat, de Nova Friburgo Na região oriental do
que pertence ao município, têrmo e coma1ca município, à margem do rio da Boa Espeiança.

M
MACAÉ - Rio, nasce na setra Boa Vista, no MOINHO DA SAUDADE - Cachoeita, si-
município de Nova Friburgo, e, seguindo tuada no rio Santo Antônio, com 8 m de
para leste, serve de limite com o município altura
de Casimiro de Abreu indo desembocar no
Oceano Atlântico, nas vizinhanças da cida- MORRO QUEIMADO - Serra (do), ttecho
de de Macaé da serra dos Ôrgãos, limite com o municí-
MACAÉ - Setra (de), limita trechos dos mu- pio de Cachoeiras do Macacu, ex-Cachoeiras
nicípios de Nova Friburgo, Trajano de Mo-
iais e Bom ] ardim MURI - Lugarejo, à ma1gem diteita do tio
MACUCO - Cótrego (do), afluente da mar- de Santo Antônio, com estação da E F Leo-
gem esquerda do rio Macaé poldina

N
NOVA FRIBURGO - Cidade, sede do distrito, NOVO DESTINO - Cquego (do), afluente
do município, do têrmo e comarca pe ígual da µia1gem direita do rio Macaé e limite
nome Na 1egião central do município, à com o município de Casimito de Abieu
margem do rio Bengala, com estação da E . F. NúÇLEO ÇC;>~QNIAL 61 ~ p9voado, a su-
Leopoldina deste da cidade de ;Nova. Friburgo

- 15 -
- 226 -

o
ÓRGÃOS - Sena (dos), nome local da se1- burgo, ao norte, e Magé e Cachoeiras do Ma-
ra do Mar, no trecho que separa os municí- cacu ao sul
pios de Petrópolis, Teresópolis e Nova Fri-

p
PAQUEQUER - Se11a (de), no limite entre PINEL - Cachoeira (do), no no Grande, en-
os municípios de Sumidouro e Teresópolis tre a vila de Conselheiro Paulino e a cidade
de Nova Friburgo, na região noite-ocidental
do município

R
REFÚGIO (EX-AMPARO) - Vila, e sede RIO GRANDE - Cachoeira (do), no tio de
do distrito de Refúgio, que pe1tence ao mu- igual nome
nicípio, têrmo e comarca de Nova Friburgo RIOGRANDINA (EX-RIO GRANDE)
Na iegião setentrional do município, à ma1- Vila, e sede do disttito de Riogiandina, que
gem do rio de São José pertence ao município, têrmo e coma1ca de
Nova F1ibmgo Na iegião norte-otiental do
RIO BONITO - Seu a (dó), ao sul da vila mumc1p10, à margem do 1io Giande, com
de Lumia1 estação da E F Leopoldina

s
SALINAS - Povoado, do dist1ito de Campo SÃO LOURENÇO - Mono (de), na se11a
do Coelho, distando 2 5 km da sede mu- dos 01gãos
nicipal SÃO PEDRO - Rio, afluente da margem
SANTO ANTÔNIO - Rio (de), formador diteita do tio Boa Esperança
do tio Bengala SÃO PEDRO DE NOVA FRIBURGO - Po-
SÃO JOS:Ê - Rio (de), afluente da margem voado, do distrito de Lumia1, distando 36 km
direita do rio Grande, no município de Bom da sede municipal
Jardim, com as nascentes na região central SÃO TIAGO - Cónego, afluente da m:ugem
do município de Nova Friburgo esquerda do tio Macaé

T
TEODORO DE OLIVEIRA - Lugarejo, à da E F Leopoldina
ma1gem do rio Santo Antônio, com estação

MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU

A
ABEL - Canal (do), afluente do canal do AíV A - Lugarejo, a oeste de Santa Rita, com
Camboatá estação da E F C B , linha auxiliar
ÁGUA BRANCA - Povoado, a noroeste da
ALGEZUR - Povoado, ao noite da vila de
vila de Belfo1d Roxo, na região oriental
Queimados, com estação da E F C B , linha
do município com estação da E F C. B , li-
auxiliai
nha auxiliar
AGUDO - Moiro, próximo ao povoado e es- AMBAi - Povoado, ao sul da vila de Cava,
tação de igual nome. com estação da E F C. B , linha auxiliai
- 227 -

ANDRADE ARAÚJO - Povoado, a nordeste AURORA - Lugarejo, ao norte da vila de


da cidade de Nova Iguaçu, sede do 1 • dis- Belford Roxo, com estação da E F Rio
trito, com estação da E F C B , linha au-
d'Ouro
xiliar
AREIA BRANCA - Lugarejo, a noroeste da
vila de Belfo1d Roxo, com estação da E F AUSTIN - Povoado, entre as nascentes do rio
Rio d'Ou10 Ipiranga, com estação da E F C B

B
BABI - Luga1ejo, ao norte da vila de Belford BELFORD ROXO - Vila, e sede do distrito
Roxo, com estação da E F Rio d'Ouro de Belfo1d Roxo, que pertence ao município,
BANGU - Rio, formado1 do rio Sarapuí têrmo e coma1ca de Nova Iguaçu Na região
BARREIRA - Lugarejo, a oeste do rio Mutum, sul-oriental do município entre os tios das
no limite com o município de Duque de Ca- Botas e Sarapuí, com estação da E F Rio
xias; com estação da E F Rio d'Ouro d'Ouro

e
CABINGA - Canal, afluente do canal do CANAL DAS BOTAS - Córrego, afluente
Guandu-Müim da ma1gem direita do 1io Iguaçu
CABUÇU - Povoado, ao sul da vila de Quei- CARLOS SAMPAIO - Povoado, a noroeste
mados do povoado de Morro Agudo, com estação
CACHOEIRA - Lugarejo, à direita do rio da E F C B
Iguaçu, com estação da E F Rio d'Ouro
CARAMUJOS - Lugarejo, na região ociden-
CACHOEIRA - Rio, fo1mador do rio Sa- tal com estação da E F C B
rapuí
CAVA - Vila, e sede do disttito de Cava, que
CAIOBA - Lugarejo, a leste do mono Agudo,
pertence ao município, têrmo e coma1ca de
com estação da E F C.B , linha auxiliar
Nova Iguaçu Na região central do muni-
CALADO - Lugarejo, à margem do rio São
cípio, entre os rios Paiol e Retiro, com es-
Pedro
tação da E F Rio d'Ouro
CAMBOATÁ - Canal (do), afluente do ca-
nal dos Poços COUTO OU DA VERA CRUZ - Serra (do),
CAMO RIM - Canal (do), afluente do canal no limite do município de Vassouras com os
do Camboatá de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Pe-
' trópolis
CANAL DO BABI - Có11ego, afluente da
ma1gem esquerda do rio das Botas e ao CUBANGO Canal (do), afluente do canal
norte da vila de Belford Roxo. do Ipiranga

D
DR AMARAL - Lugarejo, ao norte do mor 10 Agudo, com estação da E F <': B , linha
auxiliar

F
FIGUEIRA - Povoado, ao sul da vila de Cava, com esta~ão da E F Rio d'Ouro

G
GERICIN6 ~ Morro ;(dó),, na serra do Ma- GUANDU - Pico, entre o 1io de íguaL nome
du1eira, na 1egião sul do município e o rio Guandu-Mirim
- 228 -

GUANDU OU GUANDU-AÇU - Rio, for- GUANDU-MIRIM - Rio, afluente da mar-


mado pela confluência do rio Santana e do gem esquerda do tio Guandu
ribeirão das Lajes, servindo de linha- divi-
sória com o município de Itaguaí

H
HELióPOLIS - Povoado, à ma1gem do tio da Posse, com esta~ão da E F Rio d'Omo

J
IGUAÇU - Povoado, a nordeste da vila de IPIRANGA - Canal, afluente da ma1gem es-
Cava, na região 01iental do município, com que1da do rio Guandu
estação da E F C B , ramal Tinguá
ITAIPU Luga1ejo, à ma1gem do 1io da
IGUAÇU - Rio, nasce na serra do Tinguá
Posse, com estação da E F Rio d'Omo
no município de Nova Iguaçu e, continuan-
do para sudeste, deságua na baía de Gua- ITAIPU - Mouo, nas p10ximidades do luga-
nabara, no município de Duque de Caxias 1ejo de Miguel Couto

J
JACUTINGA - Lugarejo, a no10este do po- gião ocidental <lo município, entre os rios
voado e estação de Rocha Sobrinho, com es- de Santana e Guandu, com estação da E F
tação da E F C B , linha auxiliai Central <lo füasil
JAPERI (EX-BELÉM) - Vila, e sede do dis-
t1ito de Japeri, que pertence ao município, JOSÊ BULHÕES - Povoado, do <listtito de
têrmo e comarca de Nova Iguaçu Na 1e- Nova Iguaçu

M
MADUREIRA -- Sena (do), limite entre o MIGUEL COUTO (EX-RETIRO) - Povoa-
Estado do Rio e o Distrito Fedem!, na 1e- do, na 1egião centtal do município, com es-
gião sul do município. tação da E F Rio d'Omo
MARAPICU - Pico (de), limite entre o Dis- MOGANGA - Mouo, na região setentrional
trito Federal e o município de Nova Iguaçu do município
MARAPICU - Povoado, à margem do iio
MORRO AGUDO - Povoado, à ma1gem do
Ipiranga
tio da Posse, com estação da E F C B
MESQUITA - Vila, e sede do <listtito de
Mesquita, que peltence ao município, têimo MUTUM OU OTUM - Rio, afluente da ma1-
e comarca de Nova Iguaçu Na 1egião me- gem esquerda do 1io Iguaçu, se1 vindo de li-
ridional do município, à ma1gem do 1io da mite entte os municípios de Nova Iguaçu
Cachoeira, com estação da E F C B e Duque de Caxias

N
NOVA IGUAÇU - Cidade, sede do disttito, à margem do 1ibeitão do Riachão, com es-
do município, do têrmo e coma1ca de igual tação da E F C B
nome Na 1egião meridional do município,

o
OLIVEIRA ,-- Morro (do), nas imediações do OURO - Rio (d'), afluente da ma1gem es-
povoado de Aíva que1da do rio de Santo Antônio
- 229 -

p
PAINEIRAS - Povoado, ent1e as nascentes POÇOS - Rio ou canal (dos) , afluente do rio
do rio Iguaçu, com estação da E . F C B , !pitanga
linha auxiliar
POSSE - Povoado, do dist1ito de Nova Igua-
PALMEIRAS - Lugarejo, entre a seira do
çu, distando 2 quilômetros da sede muni-
Tinguá e o rio de São Pedro
cipal
PIABAS - Canal (das), afluente do rio Pia-
bas e limite com o município de Duque de POSSE - Rio (da), afluente da ma1gem es-
Caxias querda do rio das Botas

PIABAS Rio (das), afluente do tio Mu- PRATA - Povoado, com estação da E F
tum e limite com o município de Duque de Centtal do Btasil, linha auxiliar
Caxias

Q
QUEIMADOS - Vila, e sede do distrito de ocidental do mumc1p10, entre os iios de
Queimados, que pertence ao município, tê1- Ouro e lpiranga, com estação da E F Cen-
mo e comarca de Nova Iguaçu Na região tral do Brasil

R
REPRÊSA - Povoado, à margem do rio RIACHÃO - Ribeitão, afluente da ma1gem di-
reita do rio da Posse
d'Ouro, afluente do rio Guandu-Açu, com
RIO D'OURO - Povoado, entre o rio de
estação da E F C B , iama! Rio d'Ou10-
igual nome e o rio Iguaçu, com estação d:1
Rep1êsa E F Rio d'Ouro

s
SANTA BARBARA - Cóirego (de), afluente SÃO PEDRO - Lugarejo, à margem do iio
da margem esquerda do rio de Santana de São Pedro, com estação da E F C B ,
SANTANA - Seira, no limite com o municí- ramal de Rio d'Ou10
pio de Vassouias SÃO PEDRO - Rio, afluente da margem es-
SANTA RITA - Povoado, à margem do iio que1da do rio Guandu-Açu, com as nascen-
ou canal do Paiol, com estação da E F tes na seua do Tinguá
Central do Brasil SARAPô - Canal (do), afluente do canal do
SANTO ANTÓNIO - Lugarejo, à ma1gem do Camboatá
tio de igual nome, com estação da E F Rio SARAPUÍ - Rio ou Canal, tributáiio da baía
d'Ouro de Guanabaia, formado pela junção dos rios
SANTO ANTÓNIO - Rio (de), ~canaliza­ Bangu e da Cachoeira e passando pelos mu-
do, afluente da margem esquerda do rio nicípios de Duque de Caxias, Nilópolis e São
Guandu João de Meriti
SÃO BERNARDINO - Lugarejo, nas ime- SAUDADE - Lugarejo, entte os rios de San-
diações do rio ou canal do Paiol, com esta- to Antônio e Guandu, com estação da E F
ção da E F Rio d'Ouro Central do Brasil, ramal de Rio d'Ou10
~ 230 -

T
TEÓFILO CUNHA - Lugarejo, no vale do TINGUA - Pico, (do), na setra de igual
' 1io Guandu, com estação da E F C B , li- nome
nha auxiliai TINGUA - Rio, afluente da matgem esquerda
do canal Iguaçu, limite com o município de
TINGUA - Lugarejo, entre as nascentes do Duque de Caxias
rio Otum, com estação da E F C B , fim do TINGUA - Seu a (do), entre as nascentes
iama! de Rio d'Ou10 do rio São Ped10

J\1UNICÍPIO DE PARAÍBA DO SUL

A
ABOBORAS - Seua (das), no município de ALTO DO FAGUNDES - Mouo, entte o
Rio das Flôres entte os 1ios Paiaíba do Sul cóuego de Santa Ctuz e o lÍo do Fagundes
e P1êto; atiavessa o município de Paraíba do
ALTO DOS MACACOS - Mouo, na seua
Sul e delimita-o a leste com o município
de Ttês Rios do Cabuçu

AGRONÔMICA - Cachoeira, no cóuego do ANGAí - Rio, afluente da ma1gem Ji1eit:t


Lucas, afluente da matgem direita do tio do ribeitão do Lucas, a sudoeste da dJad·~
Paiaíba do Sul de Paiaíba do Sul

B
BARÃO DE ANGRA - Povoado, à matgem BOA VISTA - Ribeüão (da), afluente da
esquetda do lio Paraíba do Sul e na região matgem esquetda do tio Paiaíba
extremo-otiental do município, com estação BOM JESUS - Cóuego, afluente da ma1gem
·da E FC B esquetda do cóuego do Retito

e
CABUÇU - Seu a (do), entre o cóuego de CAV ARU - Povoado, do distlÍto de Werneck,
Matozinho e afluentes do tio Fagundes à matgem dileita do cóuego CavalU, com
estação da E F C B
CANTAGALO - Cóuego, afluente da matgem
CA V ARU - Seua (do), entte o cóuego de
esquetda do tio do Fagundes, com as nas-
igual nome e o cóuego de Matozinhos
centes do município de Tiês Rios
CEBOLAS - Seu a (das), a oeste ela vila
CARIOCA - Cóuego (da), afluente da mat- ele Inconfidência, sede elo 39 distiito
gem diteita do cóuego do Mau1ício
CONCEIÇÃO - Cóuego (da), afluente do
CASCATINHA - Cóuego, nasce na seua elo tibeitão de Santo Antônio
Cabuçu, no município de Ttês Rios, afluente COVANCA - Cóuego (ela), afluente da mat-
da matgem esquetda do tio Piabanha no gem esquetela do libeitão do Lucas
município de Paiaíba do Sul COV ANCA - Lugatejo, entle o rio Paiaíba
do Sul e o cóuego do Lucas
CATETE - Cóuego, afluente da matgem di-
COV ANCA - Seua (da), entre o lÍo Pa-
teita do cóuego de Santa Matia
iaíba do Sul e o 1ibeirão de Santo Antônio
CAVARU - Cóuego (do), afluente da ma1- CRUZ DAS PITEIRAS - Povoado, à ma1gem
gem direita do tibeitão do Lucas esquetela do cóuego de igual nome
- 231 -

E
ENGENHEIRO CARVALHAES - Povoado, à Cential do füasil, linha auxiliar
margem do rio Prêto, com estação da E F

F
FAGUNDES - Rio (do), nasce na serra do FONTES - Córrego (das), afluente da mar-
Couto, limita os municípios de Paraíba do gem direita do tio Paraíba do Sul
FONTES SALUT ÁRIS - Povoado, à mar-
Sul, Petrópolis e Três Rios, desaguando na
gem esquerda do rio das Fontes, com ·es-
ma1gem esquerda do río Piabanha tância de água' mineral .

G
GOIABAL - Córrego (do), afluente da mar- GRANDE - Ribeirão, afluente da ma1gem di-
gem düeita do ribeirão do Lucas reita do ribeirão de Santo Antônio

1
INCONFIDÊNCIA (EX-SANTANA DE TI- INDEPENDÊNCIA - Cóirego (da), afluente
RADENTES) -- Vila, e sede do distrito de da margem esquerda do rio Paiaíba do Sul
Inconfidência, que pertence ao município, têr-
mo e comarca de Paiaíba do Sul Na região INEMA - Povoado, à margem dir.eita do ri-
meridional do município, à margem do cór- beirão do Lucas, com estação da E F C B ,
rego do Reti10 linha auxiliar

J
JACARÉ - Morro (do), entre o 1io Paraíba do Sul e o ribeirão do Lucas

L
LAJE - Lugarejo, nas p10ximidades da seua LUCAS - Ribeüão (do), afluente da ma1gem
das Abóboras direita do rio Paiaíba do Sul
LIMOEIRO - Povoado, ao norte da cidade
de Paiaíba do Sul

M
MANSO - Rio, afluente da margem esquerda MAURÍCIO - Cóuego (do), afluente da mar-
do 1io do Fagundes gem esque1da do ribeüão de Santo Antônio
MENINA - Luga1ejo, ao sul do povoado de
MARIA COMPRIDA - Serra (da), limite
Lage
com o município de Três Rios MENINA - Pedia, na região setentrional do
MATO ALEGRE Seu a (do), estende-se município, com mais de 500 m de altma,
dêste município ao de Tiês Rios MINGU - Córrego (do), afluente da ma1gem
esque1da do tio Paiaíba do Sul
MATOZINHOS - Córrego, afluente do 1i-
MINGU - Ilha (do), no iio Paraíba do Sul
beirão do Lucas
MONTE ALEGRE - Serra (do), na 1egião
MATOZINHOS - Povoado, à ma1gem esque1- oriental do município, prolongando-se até a,p
da do cóuego de igual nome de Três Rios'
- 232 -

MORRO AZUL - Córrego (do), afluente da MUNIZ - Córrego, afluente da ma1gem es


margem düeita do cónego do Muniz querda do córrego do Matozinhos

o
ONÇA - Mono (da), ent1e os 1ibeüões da Refo1ma e da Boa Vista

p
PALESTINA - Mono (da), entie os có11e- ci, à esquerda; atravessa os tenitó1ios de São
gos de Santa Teresa e da Ca1iorn Fidélis, Campos e, em patte, São João da
P ARAIBA DO SUL - Cidade, sede do dis- Baua até a sua foz no Oceano Atlântico
trito, do município, do têlmo e coma1ca de PARDO - Rio, afluente da margem direita
igual nome Na região cent10-01iental do do rio Manso
munmp10 à margem düeita do no Pa1aíb1 PASSA TEMPO - CóHego (do) , afluente da
do Sul, com estação da E F C B ma1gem düeita do rio do Fagundes
PARAIBA DO SUL - Rio, 01iundo do Esta- PENDURA SAIA - Pedia
do de São Paulo, entia no tenitó1io flumi- PITEIRAS - Alto (das), moiro entle o cótre-
nense pouco abaixo do povoado e estação do go de igual nome e o córrego do Ribeitão
Salto; atiavessa os municípios de Resende,
PITEIRAS - Cóuego (das), afluente da ma1-
Baua Mansa e Ba11a do Püaí, depois de
flanqueai o de Pitaí; sepaia adiante Vassou- gem direita do 1io Fagundes
1as, à di1eita, de l'vfa1quês de Valença e Rio PRÊTO - Rio, nasce na seua Negia, e, se1-
das Flô1es, à esque1da, antes de ct uza1 os vindo de limite entre os Estados do Rio de
municípios de Paiaíba do Sul e Três Rios; J aneito e :Minas Getais, passa ao norte dos
limita Sapucaia e Ca1mo com o Estado de municípios de Resende, Bana Mansa, Mat-
Minas; deixa em seguida Cantaga_lo e Itaocata, quês de Valença, Rio das Flô1es e Paiaíba
à diteita; Sànto Antônio de Pádua e Cambu- do Sul

Q
QUEIMA SANGUE ----' Cóuego, afluente da QUEIMADO - Rancho, à ma1gem diteita lÍJ
ma1gem diteita do cóuego de Matozinhos có11ego Passa Tempo
QUEIMA SANGUE - Povoado, à ma1gem do
tó11ego de igual nome

R
REFORMA - Ribeitão (da) afluente da mat- RIO MANSO - Povoado, à margem diteita
gem diteita do 1ibeitão de Santo Antônio do tio Manso
RETIRO - Có11ego (do), afluente <la ma1-
gem esque1da do 1io Paraíba RIO NOVO - Se11a (do), limite com o mu-
RIBEIRÃO - Có11ego, afluente da ma1gem es- nicípio de Tiês Rios
que1da do rio do Fagundes

s
SALUTARIS (EX-ENCRUZILHADA) - Vila, SANTA CRUZ DO RETIRO - Povoado, à
e sede do dist1ito de Salutá1is, que pe1tence ma1gem düeita do có11ego de Santa C1 uz
ao município, tê1mo e comarca de Pataíb:i SANTA ISABEL - Córrego (de), afluente da
do Sul Na 1egião central do município ma1gem diteita do cÓHego da Conceição
SANTA MAFALDA - Povoado, à ma1gem do
SANTA CRUZ - Córrego (de), afluente do rio Prêto, wm estação da E F C B , linha
cóuego <lo Retiro auxiliar
- 233 -

SANTANA - CóHego, afluente da margem SÃO LOURENÇO - Serra (de), na 1egiifo


direita do rio Prêto oriental do município de Paraíba do Sul, p10-
SANTANA - Córrego, afluente da margem longando-se ao município de Três Rios
esquerda do córrego de Cantagalo SARDOAL - Povoado, à margem direita do
SANTA TERESA - Córrego, afluente da mar- rio Manso
gem düeifa do córrego do Mingu SERTÃO - Cóuego (do), afluente do cÓHego
SANTO ANDRÉ - Serra (de), ent1e o rio Cavaru
de Santo Antônio e o iibeüão Grande SERTÃO DO CALIXTO - Povoado, entre
SANTO ANTÔNIO - Ribeüão (de), afluente as cabeceiras do cÓHego Cavam
da ma1gem esquerda do rio Paraíba do Sul SOSSÊGO - Cóuego (do), afluente da mar-
SÃO FIDÉLIS - Córrego (de), afluente da gem düeita do rio do Fagundes
margem direita do tio Prêto SUCUPIRA - Serra (da), entre o rio Manso
SÃO JOAQUIM - Córrego (de), afluente da e o córrego Cantagalo no limite entre os
margem direita do iio P1êto municípios de Vassouras e Paraíba do Sul

T
TERRA SÊCA - Alto (da), na serra do TOCAIA - Pedra, na 1egião oriental do mu-
Cabuçu nicípio
~
TRÊS ILHAS Córrego (das), afluente da
TOCAIA - Lugarejo, entre o rio Paiaíba do ma1gem diteita do 1io Prêto e limite com o
Sul e o córrego Queima Sangue município de Rio das Flôres

V
VIEIRA CORTEZ - Povoado, à margem es- VINTÉM - Morro (do), entre o rio Paraíba
querda do rio Paraíba do Sul, com estação e o cónego da Independência
da E FC B

w
WERNECK - Vila, e sede do distrito de tral do munmp10, à ma1gem direita do ri-
Wetneck, que pettence ao município, têrmo e beirão do Lucas, com estação da E F C B
comarca de Paraíba do Sul Na região cen-

X
XERÉM - Serra (do) , entre os córregos de Santana e de Santa Cruz

MUNICÍPIO DE PARATI

A
ALGODÃO - Ilha (do), a no1deste da vila ARATAQUARA - Cachoeüa (da), no ribei-
de Parati-Müim 1ão de igual nome
ARARAQUARA -- Ilha (de), a leste da vila ARATAQUARA - Ribeido (da), afluente da
de Tarituba, sede do 39 distrito ma1gem direita do rio Mambucaba

B
BANANAL - Cachoeirla (do), formada pelo BANANAL -- Povoado, do distrito de Parati,
rio Perequê-Açu distando 7 km da sede municipal
- 234 -

BARRA GRANDE - Povoado, à margem es- BOA VISTA - Povoado, do distrito de Pa-
querda do !Ío de igual nome, no litoral da ra ti, distando 4 km da sede municipal
baía de Ilha Giande
BARRA GRANDE - Rio, nasce na se11a Geia! BRANCA - Ilha, a sudeste da vila de Ta-
e desemboca na baía da Ilha Grande rituba

e
CAÇADA - Rio (da), tiibutário da baía dos CAJAíBA - Povoado, do distiito de Parati-Mí-
Meios rim, distando 30 km da sede municipal
CAIROÇU - Ilha (de), ent1e as pontas da CÃO MORTO - Rio (do), tiibutá1io da baía
Surnaca e de Caüoçu, na 1egião meridional da Ilha Giande
CAIROÇU - Pico (de), ao sul da baía de
CEDRO - Ilha (do), a oeste da ponta de
Mamanguá
Toque-Toque
CAIROÇU - Ponta (de), a sudoeste do pico
CôCO - Ilha (do), ao sul da ilha dos Me10s
de igual nome, na 1egião meridional
CAJAIBA - Pico (de), a leste da baía de CORISCO - Povoado, do dist1ito de Paiati,
Mamanguá distando 9 km da sede municipal
CAJAíBA - Ponta (da), a no1deste da vila de CORUMffÊ - Povoado, entle os lios Jundi-
Paiati-Müini, sede do 29 distlito quaia e Pe1equê, à beiia da baía de Paiati

D
DESERTA - Ilha, ao n01te da ponta de Ca- DESER1A - Povoado, entle as pontas de
jaíba Joatinga e da Sumaca

E
ESGUICHO - Cónego (do), afluente da ESGUICHO - Cachoeüa (do), no 1io de
ma1gem düeita do lio Mambucaba igual nome, afluente da ma1gem direita do
iio Mambucaba

F
FORA - Ponta (de), a no1deste da sede do FUNIL - Cachoeüa (do), no no de igual
1° dist1ito e cidade de Paiati nome, afluente da margem düeita do rio
FORQUILHA - Mouo (da), a sudoeste do Mambucaba, com altma de 20 m
pico do CuscuzeÍlo, na 1egião me1idional
FUNIL - Rio (do), afluente da ma1gem di-
do município
1eita do i\fambucaba
FUNDÃO - Povoado, do distiito de Paiati,
distando 9 km da sede municipal

G
GANCHO - Ilha (do), a leste da ilha do GROSSA DE PARATI - Ponta, a no1deste
João Aiaújo da cidade de Paiati, na baía da Ilha Grande
GERAL - Se11a, localizada na 1egião Olid<:n-
GROTA - Rio (da), afluente do !Ío Mambu-
tal, sei ve de limite com o Estado de Mina5
caba
Geiais
GRAÚNA - Povoado, do distlito de Pa1ati, GROTA GRANDE - Rio (da), afluente da
distando 15 km da sede municipal margem düeita do Gua!Ípu

GRAÚNA -'- Rio (da), tiibutá1io da baía da GUARETÁ - Mouo, a nordeste da vila de
Ilha Giande Tarituba, sede do 39 distrito
- 235 -

GUARIPU - Cachoeita, no rio da Grota Gran- GUARIPU - Rio, afluente da margem direita
de, afluente do 1io Guaripu do rio Mambucaba, se1vindo de limite entre
os Estados do Rio e São Paulo

H
HUMAITÁ - Povoado, do distrito de Tarituba, distando 36 km da sede municipal

1
ILHA GRANDE - Baía (da), no Oceano IRIRÁ - Rio, ttibutário da lagoa de M~1:1an­
Atlântico, ent1e o litoial dos município~ de guá
Angra dos Reis e Parati ITATINGA - Povoado, do distrito de Patati-
.,. Miriin, distando 15 km da sede municipal
INDEPENDÊNCIA - Seira (da), ra1n1nc~~

ção da seira de Parati ITU - Ilha (do), ao norte da cidade ele Pnati

J
JABAQUARA - Povoado, entle os rios Pere JOATINGA - Mo110 (de), na ponta de igual
quê e Perequê-Açu nome, ao noite do povoado de Deselta, na
1egião extremo-01iental do município
JABAQUARA - Rio, ent1e os rios Pe1equê
JOATINGA - Ponta (de), a no10este da pon-
e Pe1equê-Açu, desembocando na baía de
ta de Sumaca, ao noite do povoado de De-
Parati
se1ta, na região sul-01iental do munmp10
JOÃO ARAÚJO - Ilha (do), a leste da bar- JUNDIQUARA ~ Rio, tributá1io da baía da
ia do rio Jundiquaia Ilha Gtande

L
LARANJEIRAS - Ilha (da), a sudoeste <la LOLÔ - Morro (do), a sudoeste da vila de
ponta Neg1a Ta1ituba

M
MAMANGUÁ - Baía (de), a sudeste da vila o tio Paraíba do Sul, com denominações lo-
de Paiati-Mirim cais em cada trecho
MAMANGUÁ - Povoado, do distrito de Pa- MATEUS NUNES - Rio (de), nasce na sena
rati-Müim, distando 24 km da sede muni- de Patati desaguando na baía de nome
cipal idêntico
MAMBUCABA - Rio, nasce no Estado de Slo MEROS - Baía (dos), a oeste da vila de
Paulo e penet1a no Estado do Rio de Janeito, Paiati-Mitim, sede do 2• distrito
onde da sua confluência com o rio Gua1ipu
até a sua foz, na baía da Ilha Grande, serve MEROS - Ilha (dos), a leste da ilha dos
de limite ent1e os municípios de Angia dos Ratos
Reis e Pa1ati. MEROS - Rio (dos), nasce na se11a de Pa-
MAR - Sena (do), ao norte como ao sul iati e deságua na baía dos Me10s
ttanspõe os limites do Estado; atiavessa os MESA - Ponta (da), ao norte do mono de
municípios comp1eendidos ~ntre o litoial e Joatinga

N
NEGRA - Ponta, ao sul do pico de Caitoçu NUNES MARTINS Rio (do) , afluente e.lo
rio de São Roque
- 236 -

p
PAPAGAIO - Povoado, na região ext1emo e têrmo de Paiati, que faz patte da comarca
sul-ocidental de Angta dos Reis Na 1egião sul-otiental
PAPAGAIO - Mo110 (do), a oeste do povoa- do município, à margem do 1io Paiati-Mirim
do Papagaio, na região me1idional do mu- e da baía dos Me10s
nicípio PEDRA AZUL - Sena, tamificação da se11a
PARATI Baia (de), a leste da cidade de de Parati
Paiati PEDRA DO CUSCUZEIRO - Pico, ao sul do
PARATI Cidade, sede do distrito, do mu- tio dos Meros, na 1:egião metidional do
nicípio e tê1mo de Parati, que pettence à município
coma1ca de Angra dos Reis Na 1egião me- PEREQUÊ - Rio, t1ibutá1io da baía da Ilha
1idional do município, à margem do tio Grande
Perequê-Açu, na baía de Paiati PEREQUÊ-AÇU - Rio, nasce na se11a de Pa-
PARATI - Setra (do), limite ent1e os Esta- iati e deságua na baía dêste nome
dos do Rio de Janeiro e São Paulo PICO - Ilha (do), a sudoeste da embocaduta
PARATI-MIRIM - Rio, tiibutário da baía dos do rio Batra Giande
Me10s POÇO - Baía (do), a leste do pico da Ca-
PARATI-MIRIM - Vila, e sede do dist1ito jaíba, no Oceano Atlântirn, na 1egião sul-
de Patati-Mitim, pertencente ao município otiental do município

R
RAPADA - Ilha, a leste do povoado de Co- REDONDA - Ilha, a sudoeste da ilha do
tumbê, na baía da Ilha Grande Ced10
RAPADURA - Ilha (da), na baía da Ilha REGATO - Rio, ttibutá1io da baía de Ma-
Giande manguá
RATOS - Ilha (dos), a leste da ponta de RESPINGADOR - Ponta (do), entte a ponta
Fota da Mesa e a ponta de Joatinga.

s
SÃO BENTO - Mono (de), entte os tios SONO - Ponta (do), ao no1 te do mouo da
Taquari e São Gonçalo Joatinga, na 1egião sul-01iental do munidpio
SONO - Ponta (do), a oeste da ponta N e-
SÃO GONÇALO - Ilha (de), a oeste da
gta, no litotal do Oceano Atlântico, na 1e-
ponta do Toque-Toque
gião me1idional do município
SÃO GONÇALO - Rio (<le), t1ibutá1io da SONO - Povoado, do disttito de Pa1ati-lvfüim,
baía da Ilha Gtande distando 24 km da sede municipal
SÃO ROQUE - Rio (de), tiibutá1io da baía SUMACA - Ponta (da), ao sul do 1110110 da
da Ilha Giande Joatinga

T
TAQUARI - Rio, ttibutá1io da baía da Ilha TRÊS PICOS - Mouo (dos), na 1egião sul-
Gtande ocidehtal elo município
TARITUBA (EX-HUMAITA) (EX-SÃO TRINDADE - füía (da), na ext1emidade
GONÇALO) - Vila, e sede do distrito de me1idional
Tarituba, pettencente ao município e têrmo de
Paiati, que faz parte da comarca de Ang1a TRINDADE - Ponta (da), na exttemidade
dos Reis Na 1egião norte-ocidental do mu- sul-ocidental do município e ponto inicial do
nicípio, à beira da baía da Ilha Gtande limite entre os Estados do Rio de J aneito
e São Paulo
TOQUE-TOQUE - Ponta (do), ao sul da
vila de Tarituba, ex-Humaitá, sede do 39 TRINDADE - Povoado, do distrito de Pa1ati-
distrito Mirim, distando 30 km da sede municipal
- 237 -

MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS

A
AÇU - Morro (do), limite entre os mum- ALTO DA SERRA - Luga1ejo, na seira dos
cípios de Pettópolis e Teresópolis Órgãos ao sul do município, com estação da
E F Leopoldina
AÇU - Pedra, ponto culminante da seria do
ALTO DO SARDOAL - Luga1ejo, entte o
Ma1
tio Fagundes e a serra das Araras
AGUA FRIA - Córrego (da), afluente da ALTO DO PIÃO - Pico, ponto de conver-
ma1gem esque1da do rio Calçado gência de limites com os municípios de Sa-
AGUAS CLARAS - Luga1ejo, à ma1gem do pucaia, Te1esópolis e Sumidouro
córrego do Capim, com estação da E F ARARAS - Povoado, à beira do rio de igual
Leopoldina nome
AGUENTA SOL - Morro (do), limite com ARARAS - Rio (das), afluente da margem
o município de Vassouias esquerda do rio Piabanha
ARARAS - Seira (das) , divisor das águas do
ALCOBAÇA - Moiro (de), a este da vila de
iio de igual nome das do iio Fagundes e
Cascatinha, sede do 2º disttito do município
limite entre os dist1itos de Cascatinha ( 2")
de Petrópolis e nas cabeceiras do rio Mo1to
e Pedro do Rio ( 4°)
ALCOBAÇA - Povoado, do disttito de Cas- AURELIANO - Ribeilão (do), afluente da
catinha, distando S km da sede municipal ma1gem direita do iio Quitandinha

B
BANDEIRA - Pico, no limite com o municí- BOA VISTA OU PEDRA DO COUTO - Pico
pio de Magé (da), ponto para onde convergem os limites
BARRA MANSA -- Povoado, à margem di- dos municípios de Duque de Caxias, Petró-
1eita do iio Piabanha e ao no1 te da vila de polis e Vassouras
Pedro do Rio
BONSUCESSO - Povoado, à margem do rio
BELA VISTA - Morro (da), no limite ent1e
Piabanha
os municípios de Teresópolis e Petrópolis
BENFICA - Povoado, do distrito de Itaipava, BONITO - Rio, afluente da margem esquerda
distando 15 km da sede municipal do iio P1êto

e
CACHOEIRA - Luga1ejo, à dileita do iio Fa- CANTAGALO - Morro (de), no limite com
gundes o município de Te1esópolis
CAITITU - Povoado, do dist1ito de Casca- CAPIM - .Morro (do), no limite com o mu-
tinha, distando 9 km da sede municipal nicípio de Duque de Caxias
CALÇADO - Povoado, entre as cabeceiras do
CAPIM - Rio (do), no limite entre os mu-
iio de igual nome
nicípios de Petrópolis e Te1esópolis, tendo
CALÇADO - Rio, depois de servil de limite neste o nome de iio da Serra do Capim
entre os municípios de Sapucaia e Pet1ópolis,
CAPIM - Seira (do), no limite entle os mu-
penetra no município de Três Rios, indo de-
nicípios de Pet1ópolis, Te1esópolis, Sapucaia
saguai na margem direita do lÍo Paraíba da
Sul e Sumidou10

CALEMBE - Mouo, entre os iios Moito e CARANGOLA - Povoado, do dist1ito de Cas-


Santo Antônio catinha, distando 9 km da sede municipal
CAMBOTAS - Serra (das), serve de limite CARNEIRO - Mouo (do), limite com o mu-
com o município de Três Rios nicípio de Te1esópolis
-:- 238 -

CASCATA - Rio, afluente da ma1gem esque1- COMBUCAS - Córrego (das), afluente da


da do 1io Piabanha margem esque1da do rio Prêto
CASCATINHA - Vila, e sede do distrito de COMBUCAS Rio (das), afluente do 1io
Cascatinha, que pe1tence ao município, têrmo Prêto
e t0ma1ca de Petlópolis Na 1egião me1idio-
CONE - Mono (do), os 1ios Morto e Mata
nal do município, à margem do rio Pia-
Porcos
banha, com estação da E F Leopoldina
CASTELO - Mono (do), limite ent1c os CORTIÇO --e- Mo110 (do), no limite com o
municípios de Petlópolis e Teresópolis município de Magé
CASTELITO - Pico (do), limite com o mu- CORTIÇO - Pico (do), com a altuia de
nicípio de Te1esópolis l 140 m, ao sul da cidade de Petiópolis
CAXAMBU - Cachoei ta (de) , no 1io Ita- CORREIAS - Povoado, à ma1gem do rio Pia-
ma1 ati, com 62 m de altura banha, com estação da E F Leopoldina
CAXAMBU - Povoado, do dist1ito de Pe-
COUTO OU DO FACÃO - Seira (do), no
t1ópolis, distando 6 km da sede municipal
limite entre os municípios de Petrópolis e
CEDRO - Mo110 (do) Vassouras
CIDADE - Rio, afluente da ma1gem dileita
COUTO OU DE VERA CRUZ - Sena (do),
do rio das Araias
no limite do município de Vassomas com
CIPRIÃO - Povoado, do distrito de Casca-
os de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e
tinha, distando 16 km da sede municipal
Petrópolis
COBIÇADO - Pico (do), no limite com o
município de Magé CUIABÁ - Povoado, do distiito de Itaipava,
distando 20 km da sede municipal
COLOMBO - Pico, com a altitude de 1 200 m
a sudeste da vila de Itaipava, na região orien- CUIABÁ Rio, afluente da ma1gem dileita
tal do município do 1io de Santo Antônio

E
ESTRÊLA OU FRADE OU CAIOBA - Sena de Pet1ópolis
(da), na qual se acha edificada a cidade

F
FABIÃO - Cónego (do), afluente da ma1- Sul, Pet1ópolis e Tiês Rios, desaguando na
gem dileita do rio Pirai e servindo de limite ma1gem esque1da do lio Paiaíba do Sul
ent1e os municípios de Piraí e Mendes FAZENDA INGLÊSA - Povoado, do dis-
tiito de Petrópolis, distando 8 km da sede
FAGUNDES - Povoado, a nordeste da vila de
municipal
Pedro do Rio e na região ocidental do mu-
nicípio FIGUEIRA - Povoado, à margem do rio P1êto,
com estação da E F Leopoldina
FAGUNDES - Rio (do), nasce na Serra do FREITAS - Mo110 (do), limite entre os mu-
Couto, limita os municípios de Paiaíba do nicípios de Duque de Caxias e Petiópolis

G
GLÓRIA - Mo110 (da), entre o no Mo1to e o lio de Santo Antônio

1
INDEPENDÊNCIA - Povoado, do distiito ISABELOCA - Pico (da), na se1ra dos Ó1gãos
de Pet1ópolis, distandó 8 km da sede mu- ITAMARATI - Cachoeira (de) , formada pelo
nicipal 1io do mesmo nome, com 58 m de altma
- 239 -

ITAMARATI - Rio, afluente da ma1gem di-. ITAIPAVA - Vila, e sede do distrito de ltai-
reita do rio Piabanha pava, que pertence ao município, têrmo e
comarca de Pettópolis Na região central
do município, à margem do rio Piabanha

J
JACUBA - Mono (do), a noroeste de Ta- JACUBA -- Povoado, à margem direita do 1io
quaril Piabanha
JACUBA - Rio, afluente do rio Piabanha

L
LAGOINHA - Morro (da), na serra dos ór- LAGOINHA - Povoado, do distrito de Pe-
gãos trópolis, distando 6 km da sede municipal

M
MÃE - Morro (da), ao noite do mo110 da MARIA COMPRIDA - Mo110 (da), na se1ra
Alcobaça das Araras

MAGÉ - Córrego (de), afluente da margem MATA PORCOS - Córrego (do), afluente da
esque1da do 1io Piabanha ma1gem direita do rio Morto
MATO GROSSO - Rio, afluente da margem
MANDINHO - Rio, afluente do tio Santo
esque1da do tio Saracuruna, na 1egião me-
Antônio
ridional do município
MANGA LARGA - Córrego (da), afluente MEIO DA SERRA - Povoado, na 1egião me-
da ma1gem esquerda do rio Piabanha ridional do município, com estação da E F
MANTIQUIRA - Rio, nasce na serra da Es- Leopoldina
trêla e serve de limite entre os municípios MORTO - Rio, afluente da margem diteita
de Duque de Caxias e Petrópolis do rio Piabanha

N
NOGUEIRA (EX-BONCLIMA) - Povoado, E F Leopoldina
à ma1gem do rio Piabanha, com estação da

o
ÓRGÃOS - Seira (dos), nome local da serra ao nq1 te, e Magé e Cachoeiras do Macacu,
do Mar, no trecho que separa os municípios ao sul
de Pettópolis, Te1esópolis e Nova Friburgo,

p
PALMITAL - Morro (do), entre o rio Mo1to PAVÃO -,--- Mono, entre os tios de Santo An-
e o rio de Santo Antônio tônio e Norte
PEDRA - Cachoeira (da), sôbre o rio Prêto,
PAPA GAIO - Mo110 (do), limite com o mu-
nas proximidades do povoado Valverde e
nicípio de Duque de Caxias
na 1egião no1deste do município
PARADA MORELI ---,- Povoado, distrito de PEDRA DO SINO - Pico, com a altitude de
São José do Rio Prêto, distando 36 km da 2 263 m, a léste de Correias
sede municipal
PEDRO DO RIO - Vila, e sede do distrito
PAULO BARBOSA - Ribeirão (de), afluente de Pedro do Rio, que pertence ao município,
da margem esquerda do rio Piabanha têrmo e comarca de Petrópolis Na região
- 240 -

cential do mumc1p10, à ma1gem do rio Pia- PINHEIRO - Mo110 (do), entre os rios de
b:inha, com estação da E F Leopoldina S:mto Antônio e Morte
PEREQUÊ - Moiro (do), entre a serra dos
POSSE - Povoado, à margem do rio Pia-
Órgãos e o rio Morto
banha
PETRÓPOLIS - Cidade, sede do distrito, do
município, do tê1mo e comarca de igual no- PRADO - Povoado, à margem do rio Pia-
me Na região meridional do município, à banha
ma1gem do rio Piabanha, com estação da
PRATA - Cótrego (da), afluente da m:u-
E F Leopoldina
gem esque1da do rio Piabanha
PIABANHA - Rio, nasce nà pedra do Retiro,
município de Pettópolis, e depois de atla- PRÊTO - Rio, nasce nas serranias da regiao
vessar a cidade do mesmo nome e as vilas norte-01iental do município de Te1esópolís e,
de Cascatinha, Itaipava e Pedro do Rio, vai conendo para oeste, atravessa o município
desembocai na margem düeita do tio Pa- de Pet1ópolis, entra no de Três Rios, onde
iaíba do Sul, no município de Três Rios deságua na margtm direita do tio Piabanha

Q
QUARTEIRÃO WORMS - Povoado, do dis- QUISSAMÃ - Morro (de), ent1e os rios Pa-
t1ito de Pet1ópolis, distando 12 km da sede latino e Itamarati
municipal QUITANDINHA -- Rio (da), afluente <la
ma1gem direita do 1io Piabanha

R
REPRÊSA - Mo110 (da), entre a se11a dos RIO BONITO - Povoado, do distrito de Pe-
Ó1gãos e o tio Mo1to êlro do Rio, distando 40 km da sede mu-
RETIRO - Lugarejo, à esque1da do rio Pia- nicipal
banha
RETIRO - Morro (do), entre o 1io da Cii;la- ROCINHA - Luga1ejo, à esque1da do 1io
de e o rio Piabanha Secretário

s
SACO DO FAGUNDES - Lugarejo, ent1e o SÃO RAFAEL - Rio (de), afluente da mar-
córrego da Piata e o rio Secretário gem esque1da do 1io Piabanha
SALOMÃO - Povoado, à ma1gem esque1da do SANTANA - Có11ego, afluente da margem
rio P1êto, com estação da E F Leopoldina esquerda do tio Prêto
SAMAMBAIA - Povoado, do dist1ito de Cas- SANTA ROSA - Povoado, do distrito de Pe-
catinha, distando 7 km da sede municipal t1ópolis, distando 16 km da sede municipal
SANTA CATARINA - Povoado, entre a se11a SAPECADO - Mo110, no limite com o mu-
do Couto e o rio das Araras nicípio de Magé
SÊCO OU PALATINO - Rio, afluente da
SANTO ANTÔNIO - Povoado, à ma1gem
ma1gem düeita do rio Quitandinha
direita do rio Piabanha
SECRETÁRIO - Lugarejo, à ma1gem düeita
SANTO ANTÔNIO - Rio (de), afluente
do tio Secretário
da margem direita do lio Piabanha
SECRETÁRIO - Rio (do), afluente da mar-
SÃO JOSÊ DO RIO PRÊTO (EX-PARANAú-
gem düeita do tio Fagundes
NA) - Vila, e sede do disttito de São José
do Rio P1êto, que pe1tence ao município, SfIO DE VÊNUS - Morro, ent1e o 1io da
tê1mo e comarca de Petrópolis Na 1egião Cidade e o rio Piabanha
norte do município, à margem düeíta do SERTÃO - Mono (do), el).tre o tio de Santo
rio Prêto Antônio e o rio de Mata Po1cos
- 241-

SUJO - Córrego, afluente da margem direita SUMIDOURO - Povoado, à margem direita


do rio Prêto Limite com o município de do rio Piabanha
Três Rios

T
TAPERA'---- Morro (da), no limite com o mu- TUBATÃO - Seira, entre o rio Prêto e o
nicípio de Teresópolis córrego Sujo
TAPERA - Rio (da), afluente da margem TREMEDEIRA - Povoado, à margem esquerda
direita do rio Santo Antônio do rio Prêto, com estação da E F Leo-
TAQUARA - Povoado, do distrito de Petró- poldina
polis, distando 16 km da sede municipal TRISTÃO CAMARA - Povoado, distrito de
TAQUARAÇU - Morro, a sudeste do morro São José do Rio Prêto, distando 40 km da
do Papagaio sede municipal, com estação da E F Leo-
TAQUARIL - Morro (do), entre o rio Pia- poldina
banha e a serra do Taquaril TUBATÃO Seira, na região oriental do
TAQUARIL - Serra, no limite com o municí- munmp10 de Três Rios, servindo de limite
pio de Te1esópolis ent1e êste e o de Petrópolis

u
USINA - Povoado, à margem direita do rio da Cidade

V
V ALVERDE - Povoado, à ma1gem direita do VIEIRAS Lugarejo, entre o rio do Fa-
rio P1êto gundes e a serra das Araras
VENTANIA - Seirà (da), no limite wm o
VOLTA GRANDE - Córrego (da), aíluente
município de Teresópolis
da margem esquerda do rio Prêto
VERNA - Córrego (do), afluente da mar-
gem esquerda do ribeirão do Aureliano VIÚVA - Luga1ejo, na seira do Couto

MUNICÍPIO DE PIRAÍ

A
AGUAS FRIAS - Có11ego (das), limite entre ARARAS OU DOS CRISTAIS - Serra (dos),
os municípios de Piraí e Itaverá afluente da no limite do município de Itaverá, onde tem
margem esque1da do lio Piraí, a nordeste o nome de Ataras, com o município de Piraí,
da vila de Passa Três onde tem o nome de Cristais
ALDEIA - Mo110 (da), entre o rio Cacana ARATACA - Ribeüão (da), afluente da mar-
e o cóirego da Costaneüa da Prata gem direita do lio Püaí, nasce na se11a dos
ALTO DA BOA VISTA - Pico, com 685 m dos C1istais ou das Aiaias e se1 ve em parte
de altitude, na região norte do município, de limite com o município de Itaverá
ALTO DO CHINA - Pico, a oeste da cidade ARROZAL - Sena (do), ao sul da vila de
de Püaí igual nome e no limite com o município de
ANDRADE - Córrego (do), afluente da mar- Itaverá
gem esque1da do ribeirão Cacalia, ao sul da /\RROZAL (EX-SÃO JOÃO BATiSTA DO
vila de Monumento ARROZAL) - Vila, e sede do distrito de
ARARAS - Serra (das) , na região oriental Arrozal, que pertence ao município, têrmo e
do município de Piraí, servindo de limite en- comarca de Piraí Na região ocidental do
tle os municípios de Piraí e Itaguaí município, à margem do rio do Cachimbau

.-16 -
- 242 -

B
BELA ALIANÇA - Lugarejo, entre o có11ego BONITO - Rio, tributário da reprêsa do' ri-
da Matia Preta e o ribeirão do João Congo beirão das Lages, e limite com o município
BELA VISTA - Luga1ejo, à margem do rio de Itave1á
Piraí, a sudoeste da cidade de Piraí, na re- BOTAFOGO - Có11ego, afluente da margem
gião limítrofe com o município de Haverá direita do 1io Paraíba do Sul, servindo de
BOA VISTA - Lugarejo, à esquerda do có1- limite entre os municípios de Ba11a do Pitaí
rego dos Tomazes e Püaí.
BONSUCESSO - Luga1ejo, ao norte da serra BRANDÃO - Ribeirão (do), afluente da
dos Tomazes ma1gem direita do ribeirão dos Três Poços

e
CACARIA - Rio, afluente da ma1gem direita CAXIMBAU - Ribeirão, afluente do 1io Pac
do ribeitão das Lajes e limite com o muni- raíba
dpio de Haguaí CLARO Ribeüão, afluente da ma1gem es-
que1da do rio Tm vo, no limite com o mu-
CACHAÇAS - Ribeirão (das), afluente da
nicípio de Batra Mansa
margem diteita do rio Piraí
CORVO - Moiro, entte os cónegos dos To-
CACHIMBAU - Rio, afluente da ma1gem di- mazes e São Félix
1eita do tio Paraíba do Sul, com as nascentes COSTANEIRA DA PRATA - Có11ego (da),
na sena do Auozal limite entre os municípios de Piiaí e Itaguaí,
afluente da matgem esquetda do córrego da
CAIÇARAS - Povoado, situado ao noite da
Onça, nascendo na serra de igual nome, a
rodovia Rio-São Paulo e a sudeste da cidade
no10este da vila de Ibituporanga
de Pitaí
COSTANEIRA DA PRATA - Se11a (da), li-
CASCATA - Có11ego, afluente do córrego da mite entre os municípios de Piraí e Itaguaí,
Independência a noroeste da vila de Ibitupoianga

E
ENCRUZILHADA - Lugarejo, na divisa com o município de Itaverá

F
FABIÃO - Córrego (do), afluente da mat- FONTES - Luga1ejo, na região sul-oriental
gem diteita do 1io Piraí e servindo de limite
FLORES - Cónego (das), afluente da mar-
entre os municípios de Pitaí e Barra do
gem esque1da do iio Cacaria.
Piraí
FELICIDADE - Povoado, do disttito de Pitaí, FLORESTA - Có11ego (da), afluente da ma1-
distando 10 km da sede municipal gem esque1da do ribeiião das Lajes, no limite
com o município de Haguaí,
FONTES - Cachoeira (das), formada pelo
tibeitão das Lajes FRIO - Rio

G
GLÓRIA - Rio (da), afluente da ma1gem es- GRAMA - Luga1ejo, entte o rio Pitaí e a
querda do 1io Piraí, se1 vindo de limite com se11a do Auozal
o município de Haverá,

H
HENRIQUE NORA - Povoado, do distrito de Piiaí, distando 10 km da sede municipaL
,...-- 243 -

1
INDEPENDÊNCIA - Córrego (da), afluente IP:Ê - Ga1ganta (do), limite com o municí-
do 1ibeirão da Arataca pio de ItaguaL

J
JAQUEIRA -: Lugarejo, no limite com o mu- rendo para o de Bana do Piraí, vai desem-
nicípio de Itaverá bocar na margem direita do rio Paraíba do
JOÃO GONGO - Ribeitão (do), nasce na Sul
região centlal do município de Piraí, e, co1-

L
LAJES -- Ribeirão (das), na 1egião meridio- tório encontta-se com o ribeitão de Santana,
nal do município de Piraí, atravessando o mu- formando o rio Guandu
nicípio de Itaguaí de oeste para leste e limi- LAMBARI - Povoado, do distrito de Pitaí,
tando-o com o de Vassouras, em cujo terri- distando 4 km da sede municipal

M
MARIA PRETA - Có11ego (da), afluente da e comarca de Piraí Na 1egrao meridional
ma1gem direita do rio Paraíba. do município, à margem direita do rio Ca-
caria
MONUMENTO (EX-SÃO JOSÉ DE BOM MONUMENTO RODOVIÁRIO - Lugarejo,
JARDIM) - Vila, e sede do distrito de Mo- entre as nascentes do ribeitão das Lajes e
numento, que pettence ao município, têrmo do tio Cacaria

o
OLARIA - Rio (da), formador do rio Ca- OVÍDIO NEVES - Cóuego (de), afluente do
caria e limite com o município de Itaguaí rio Bonito

p
PALMEIRAS - Lugarejo, à margem do rio PICADA - Lugarejo, à ma1gem do ribeirão
Piraí do Biandão
PARAÍBA DO SUL - Rio, oriundo do Estado PINHEIRAL (EX-PINHEIROS) - Vila, e
de São Paulo, entia no teuitório fluminense sede do distrito de Pinheiral, que pe1tence
pouco abaixo do povoado e estação do Salto; ao município, têrmo e comatca de Piraí Na
atravessa os municípios de Resende, Barra região extremo-setentrional do município, à
Mansa e Baua do Piraí, depois de flanquear o matgem direita do rio Paraíba do Sul, com
de Piraí; separa adiante Vassouras, à direita, estação da E F C B
de Marquês de Valença e Rio das Flores, à
PINHEIRINHO - Lugarejo, à esquerda do rio
esquerda, antes de cruzar os municípios de
Piraí.
Paraíba do Sul e Três Rios; limita Sapucaia
e Carmo com o Estado de Minas, deixa em PIRAÍ - Cidade, sede do distrito, do muni-
seguida Cantagalo e Itaocara, à direita; San- cípio, do têtmo e comarca de igual nome Na
to Antônio de Pádua e Cambuci, à esquerda; região oriental do município, à margem do
atravessa os territórios de São Fidélis, Cam- rio Piraí
pos e, em parte, são João da Barra até a PIRAÍ - Rio, nasce na serra de Capivari, no
sua foz no Oceano Atlântico município de Itaverá, corre para o muni-
PAU D' ALHO - Luga1ejo, entte o córrego da cípio de Piraí limitando-o com o de Mendes,
Maria Preta e o rio Cachimbau indo de5agua1 no rio Paraíba do Sul, pela
- 244 -

margem direita, no município de Ba11a do PONTE DAS LARANJEIRAS - Povoado, do


Piraí distrito de Piraí, distando 4 km da sede
municipal
POÇO - Rio (do), afluente da matgem direita PONTE DE CIMENTO - Ribeitão (da),
do rio Cachimbau afluente da margem diteita do rio Pitaí

R
RECREIO - Lugatejo, entte o có11ego dos Ta- ROCINHA - Lugarejo, a sudeste do povoado
mancos e o có11ego Uticanga de Bela Vista
ROSA MACHADO - Lugatejo, à matgem do
ROCINHA - Có11ego (da), afluente do cór- tio Piraí, com estação da Rêde Mineita de
tego da Independência Viação

s
SANTA ANGÊLICA - Lugatejo, entte as nas- SÃO JOÃO MARCOS - Rio, nasce no mu-
centes do cótrego de Maria Pteta nicípio de Itavetá e co11e pata o de Pitaí
SANTA CLARA - Có11ego (de), afluente
SÃO JOAQUIM - Povoado, do disttito de
do tibeitão das Lajes
Pitaí, distando 5 km da sede municipal
SANTA LUZIA - Lugatejo, a notdeste da
cidade de Piraí SERENOU - Có11ego, afluente da margem
diteita do tibeitão do Btandão
SANTANÊSIA - Vila, e sede do disttito de
Santanésia, que pertence ao município, têtmo SERENOU - Sena, n.a região sul-ocidental do
e comatca de Piraí: Na região exttemo-norte município; serve em pequeno trecho de limi-
do município, à ma1gem do rio Pitaí te com o município de Itavetá
SANTA ROSA - Povoado, do disttito de Pitaí,
SOBRADINHO - Cótrego (do), afluente do
distando 9 km da sede municipal
tibeitão das Lajes
SÃO FÊLIX - Córrego (de), afluente da
matgem esquetda do rio Pitaí e limite com SURUCUCU - Lugatejo, no limite com o mu-
o município de Ba11a do Piraí nicípio de Itaverá

T
TOMAZES - Có11ego (dos), afluente da mar- TOMAZES - Se11a (dos), no limite com o
gem esquerda do rio Piraí município de Ba11a do Piraí
TOMAZES - Povoado, do disttito de Pitaí, TRÊS SALTOS - Lugatejo, no vale do cór-
distando 18 km da sede municipal rego da Maria Preta

u
URICANGA - Córrego, afluente da matgem esquerda do 110 Pitaí

MUNICÍPIO DE PORCIÚNCULA

A
AGUA DOCE - Có11ego (d'), afluente da ALAMBIQUE - Pico (do), localizado no li-
margem diteita do tio Itabapoana, a mon- mite Rio-Minas, a notoeste da cidade de
tante do povoado de Santa Rita do Ptata Porciúncula
AGUA LIMPA - Córrego (da), afluente da ALÍVIO - Córrego (do), afluente dâ" ma1-
margem diteita do rio Catangola ge111 diteita do rio Bom Sucesso
- 245 -

ANTÓNIO FRANCISCO - Córrego (do), ARARAS - Sena (das), a noroeste da pedia


afluente da margem esque1da do ribeirão Elefantina, no limite Rio-Minas, na região
do Omo e a nordeste da vila de Santa Claia ocidental
APARECIDA - Córrego (da), afluente do ARREPENDIDOS - Córrego (dos), afluente
ribeirão do Bom Sucesso, ao sul da vila de da margem esquerda do iibeirão da Perdição;
Purilândia

B
BAMBUÍ - Có11ego (do), afluente da ma1gem BOA VISTA - Pico (da), entre o ribeirão do
direita do ribeüão do Óu10, a leste da vila Tesouro e o córrego da Gabiroba, no limite
de Santa Claia com o município de Natividade do Carangcila.
BOM JARDIM - Córrego (do), formador
BARREIRA - Cónego (da), afluente da mar-
do iibeüão do Ouro, localizado na região
gem direita do rio Itabapoana, no ext1emo-
setentrional do município
norte do município
BONSUCESSO - Ribeirão, afluente da ma1-
BATE PAU - Lugarejo, à ma1gem do iibeüão gem esquerda do ribeüão de São Sebastião,
da Perdição ao norte da vila de Pmilândia, no município
de Porciúncula, desaguando na ma1gem es-
BOA VISTA - Cónego (da), afluente da querda do iio Caiangola, no município de Na-
margem esquerda do iibeüão da Perdição tividade do Carangola

e
CAETÉ - Ribeirão (do), afluente da ma1gem CEDRO - Có11ego (do), afluente da mar-
esquerda do iio Carangola gem direita do córrego do Lamego, ao sul
CAIANA - Serra, limite Rio-Minas, no ext1e. da vila de Santa Cruz
mo-norte.
CONTENDAS - Lugarejo, entre as nascentes
CALDEIRÃO - Córrego (do), afluente da do ribeirão de São Sebastião, a nordeste da
ma1gem direita do córrego de Santa Fé vila de Purilândia
CANUDOS - Cónego, afluente da ma1gem
direita do iibeüão da Perdição COROMANDEL - Cónego, afluente da mar-
CAPANEMA - Córrego, afluente da margem gem esquerda do rio Caiangola, com as nas-
direita do ribeirão do Caeté centes na se11a das Palmeiras, a sudoeste ,da
cidade de Porciúncula
CARANGOLA - Rio, nasce no Estado de
Minas Geiais, e, co11endo para o sul, atra- CORTAT - Córrego, afluente do iíbeirão do
vessa os municípios de Po1ciúncula e Nati- Ouro
vidade do Carangola e vai desaguai na ma1-
gem esque1da do rio Mu1iaé, no município CRISTAL - Córrego (do), afluente da mar-
de Itaperuna gem direita do ribeirão do Caeté

D
DONA EMÍLIA - Povoado, à ma1gem do cónego Viveiros

E
ELEFANTE - Pedia (do), ponto de limite ESPANTA NEGRO - Córrego, afluente da
ery:1e os Estados do Rio de Janeiro e Minas ma1gem esquerda do iibeirão do Caeté
Ge;àis, na sena das Ararás, no extremo-oci-
dental do munidpio
- 246 -

F
FAVELA - Córrego (da), afluente da mar- FERREIRA LAMEGO - Có11ego (do), afluen-
gem esquerda do ribeitão da Perdição te do ribeitão do Ouro
FERRADURA - Córrego (da), afluente da
ma1gem diteita do cóirego Viveitos no extre-
mo-ocidental

G
GASPAR - Córrego (do), afluente da mar- GROTA - Córrego (da), afluente da mar-
gem direita do córrego do Zefe1ino, na iegião gem esque1da do ribeirão da Perdição
ocidental.

I
ITABAPOANA - Rio, p10veniente do Estado cuia, Natividade do Caiangola, Bom Jesus
de Minas Gerais, limita os Estados do Rio do Itabapoana, Campos e São João da Barra
e EspÍlito Santo nos municípios de Po1ciún-

J
JUNDIÁ - Seua (de), ent1e o rio do Bom Sucesso e a se11a das Palmeitas

M
MACUCO - Cóuego (do), afluente da ma1- MENDES Cóuego, afluente do iibeitão <lo
gem diteita do có11ego de Santa Fé Ou10
MALACACHETA - Cónego (da), formador MONTEIRO - Pico (do), ponto de limite
do ribeitão de São José. enhe os Estados <lo Rio de J aneito e Minas
MÁQUINA - Luga1ejo, enhe os iios do Bom Getais, a oeste da vila de Putilândia, sede
Sucesso e de São Sebastião do 29 distrito
MATO DE DENTRO - Pico (do), limite MONTE VERDE - Cótrego, afluente <lo cór-
enhe os municípios de Natividade do Ca- 1ego <la Favela
rangola e Porciúnwla, a leste da cidade de MONTE VERDE - Córrego, afluente da mat-
Potciúncula gem diteita do cónego do Zeferino

o
ONÇA - Ribeitão (da), afluente da ma1gem OURO - Cóuego (do), afluente da mat-
diteita do 1io Itabapoana e limite com o gem diteita do tio Catangola
município de Natividade do Caiangola OURO - Ribeitão (do), afluente <la mat-
gem diteita do 1io Itabapoana

p
PAIOL -- Cónego (do), afluente <la ma1- no limite com o município de Natividade
gem esquetda do 1ibei1ão do Outo cio Catangola
PANGARITO - Pe<lta ou Pico (do), limite
PEDRA SANTA - Pico, entte o ribeitão da
entre os Estados do Rio e Minas Geiais, a
Pe1dição e o có11ego dos Auependidos
sudeste da pedra Elefantina, na 1egião ex-
tremo-ocidental do município PORCiúNCULA - Cidade, sede do distrito,
PEDRA MONTADA - Pico (da), entte o do município, do têrmo e comarca ele igual
rio Bom Sucesso e o ribeitão do Tesou10, nome Na iegião otiental do município, à
- 247-

margem dó rio Carangola, com estação da PURILANDIA (EX-VISTA ALEGRE)


E. F. Leopoldina Vila, e sede do distrito de Purilândia, que
pertence ao município, têrmo e comatcá de
PROVID.ílNCIA - Pico (da), entre o rio de Porciúncula: Na região oriental do muni-
São Sebastião e o córrego do Macuco . cípio, à margem do ribeirão São Sebastião

Q
QUINTINOS - Serra (dos), no limite entre os Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais

R
ROCINHA - Córrego (da), afluente da mar- ROLADOR - Rio, afluente da margem di-
gem esquerda do ribeirão da Perdição 1 eita do ribeirão do Bom Sucesso

s
SANTA CLARA - Vila, e sede do distiito SÃO SEBASTIÃO - Ribeirão (de), afluente
de Santa Clara, que pertence ao município, da margem esquetda do 1ibeitão Bom Sucesso
têrmo e comatca de Porcíúncula Na região
setenttional do município, à margem do cór- SAPATEIRO - Cónego (do), afluente da
1ego de Bom Jardim margem direita do ribeirão do Ouro.
SANTA FÉ - Córrego (de) , afluente da mar-
SAUDADE - Lugatejo, entre as nascentes do
gem direita do 1ibei1ão da Petdição
ribeitão de São Sebastião
SANTA FÉ - Pico (de), a oeste do córrego
da Malacacheta S.ílCO - Cóttego, afluente da margem esquerda
SÃO MAMEDE - Cótrego (de), afluente da do 1ibeitão do Outo
matgem direita do rio Itabapoana, na região
SERROTE - Pico (do), a noroeste da sede
extremo-setentrional do município
do 1• distrito
SÃO PEDRO - Setra (de), no limit~ entre
os· Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, SOSS.ílGO - Cóttego (do), afluente da mar-
a no1oeste da cidade e sede do 1• distrito gem esquetda do ribeirão Bambuí

T
TESOURO - Ribeitão (do), nasce no muni- esquetda no ribeirão do Bom Sucesso, no
cípio de Porcíúncula e deságua pela margem município de Natividade do Catangola

V
VIVEIROS - Cóttego (dos), afluente da margem direita do tibeido da Pe1dição

z
ZEFERINO - Cótrego (do), afluente da matgem diteita do tibeirão da Petdição

MUNICÍPIO DE RESENDE

A
AGUA BRANCA - Ribeitão (da), afluente
da margem esquerda do rio Taboão.
AGULHAS NEGRAS - Pico (das), °* serra
do Itatiaia, entre as nascentes do rio .Ptêto
- 248 -

AGULHAS NEGRAS (EX-CAMPOS ELí- ALAMBARIZINHO - Ribeüão (do), afluente


ZEOS) - Vila, e sede do distrito de Agulhas da ma1gem esque1da do ribeirão do Alambari
Negras, que pertence ao município, têrmo e ALIANÇA - Cachoeira (da), no cóirego de
comarca de Resende Na 1egião centro-oiien- Santana, afluente do rio Paraíba do Sul
tal do município à margem esquerda do 1io ARADO - Cóuego (do), afluente ria margem
Paraíba do Sul
direita do 1ibeüão da J erônima, a sudoeste da
ALAMBARI - Cachoeira (do) , no ribeirão vila de Itatiaia
de igual nome, afluente da margem esquer- AREAMBI - Povoado, no extiemo-noroeste
da do rio Paiaíba do Sul, junto à vila de do município, no limite com o Estado de
Agulhas Negras Minas Geiais

B
BABILÔNIA - Povoado, à ma1gem do iio das BEIRA - Cóuego, afluente da margem diteita
Sesma1ias e ao sul da cidade de Resende do rio Paiaíba do Sul
BARBOSA - Rio (do), afluente da ma1gem BENFICA - Povoado, do distiito de Itatiaia,
düeita do iio Paiaíba do Sul, localizado a distando 16 km da sede municipal
oeste do povoado de Bulhões BOA VISTA - Rio (da), afluente da ma1-
gem esque1da do iio Itatiaia
BARREIRINHA -- Povoado, do dist1ito de En-
genheüo Passos, à ma1gem do rio do Salto BONITO - Rio, afluente da ma1gem esque1da
do 1io Paiaíba do Sul
BARREIRO - Cónego, afluente do iio Ver-
BRIGADA - Cóuego (da), afluente da rna1-
melho
gem esque1da do iio Pilapitinga
BARREIROS - Rio (dos), desemboca na ma1- BULHÕES - Povoado, à ma1gem do iio Pa-
gem düeita do iio Paiaíba do Sul, a jusante iaíba do Sul, com estação da E F C B
e ap10ximadamente a 3 km do povoado de BURACO - Có11ego (do), afluente da ma1-
Bulhões gem esque1da do 1io do Salto
BARRO BRANCO - Povoado, à ma1gem da BURACO QUENTE - Povoado, do distiito
rodovia Agulhas Negias-Mauá e na ma1gem de Engenheüo Passos, à ma1gem do cóuego
sul do iio Pitapitinga do Buiaco

e
CACHOEIRA - Cóuego (da), afluente da COLÔNIA JUDAICA - Povoado, do dist1ito
ma1gem direita do rio Paraíba do Sul, se1- de Agulhas Negias, distando 5 km da sede
vindo de limite com o município de Baua municipal
Mansa
COUTO - Rio (do), afluente do 110 do Pal-
CAMPO BELO - Rio (de), afluente da ma1-
mital
gem esque1da do 1io Paiaíba do Sul
CAPELINHA - Povoado, ent1e o Núcleo CRIMINOSOS - Có11ego (dos), afluente da
Mauá e o povoado de Bauo Bianco, à ma1- ma1gem düeita do 1io do Salto
gem do iibeüão do Lamba1i
CRUZ DAS ALMAS - Rio, afluente da ma1-
CAPOEIRINHA - Cóuego (da), afluente da
gem düeita do 1io Paiaíba do Sul
ma1gem esquerda do iio da Laje
COLÔNIA FINLANDESA - Povoado, à ma1- CRUZES - Có11ego (das), afluente da mar-
gem do iibeirão dos Po1tinhos gem düeita do có11ego do Riachão

D
DESERTO Ribeirão, afluente do rio Pa- DONA ANGELINA - Cachoeüa (de), no
iaíba do Sul córrego Ve1melho
249 -

E
ENGENHEIRO PASSOS - Vila, e sede do rio Paraíba do Sul, na região extremo-oriental
distrito de Engenheiro Passos, que pertence do município
ao município, têrmo e comatca de Resende ESTRADA - Córrego (da), afluente do rio
Na região ocidental do município, com esta- Santana
ção da E F C B EXTREMA - Cóuego (da), afluente do rio
ENGENHO CENTRAL - Povoado, do dis- Pataíba do Sul
trito de Pôrto Real, à margem esquerda do

F
FALCÃO - Cachoeira (do), no rio Prêto FORTALEZA - Córrego (da), afluente da
margem esquerda do rio dos Barreiros
FAZENDA DA BARRA - Povoado, do dis-
FUMAÇA - Cachoeira (da), no rio Prêto
trito de Pôrto Real, distando 5 km da sede
municipal FUMAÇA (EX-SÃO VICENTE FERRER)
Vila, e sede do distrito de Fumaça, que per-
FEIO - Rio, afluente da margem esquerda do tence ao munidpio, têrmo e comarca de
rio das Sesmarias Resende Na região norte-ocidental do mu-
nicípio, entte os rios da Paca e da Água
FIGUEIRA - Ribeirão (da), afluente da mar- Branca
gem esquerda do iio Paraíba do Sul, set vindo
FUNDO - Cóuego, afluente da ma1gem di-
de limite com o município de Bana Mansa
reita do rio Pataíba do Sul
FORMOSO - Rio, afluente do rio das Ses- FUNIL - Cachoeita (do), no tio Pataíba do
marias Sul

G
GUARDA - Povoado, à margem diteita do GUARDA VELHA - Cachoeira (da), no rio
tio Prêto Prêto

1
IPIRANGA - Cóirego, no limite entte os ITATIAIA - Rio, afluente da margem esque1-
Estados do Rio de Janeiro e São Paulo da do tio Paraíba do Sul
ITATIAIA (EX-CAMPO BELO) - Vila, t:
ISRAELITA - Povoado, nas proximidades da sede do distrito de Itatiaia, que petten< e
vila de Agulhas Negtas ao município, têrmo e comarca de Resende
Na tegião central do município, à margem
ITAPUCA - Povoado, do distrito de Resende, esquerda do rio Pataíba do Sul, com estação
distando 25 km da sede municipal da E F C B

J
JACUTINGA - Cachoeita (do), no rio de JERôNIMA - Ribeirão (da), afluente da mat-
igual nome, afluente do rio Pitapitinga gem diteita do tio Pataíba do Sul
JACUTINGA - Ribei~ão, afluente da m1r JOSÉ FELIPE - Cótrego (do), afluente da
gem esquerda do tio Pirapitinga matgem esquetda do rio Pataíba do Sul

L
LAJE - Ribeirão (da), afluente da margem LAJE - Ribeitão (da), afluente da margem di-
direita do rio Paraíba do Sul reita do rio Prêto, servindo de limite com o
município de Barra Mansa
- 250 -

LAPA - Có11ego (da), afluente da margem LIBERDADE - Povoado, do distrito de Re-


direita do tio do Salto sende, distando 1,5 km da sede municipal

M
MACHADO - Povoado, do distrito de Re- MAROMBA Córrego, afluente da margem
sende, distando 3 km da sede municipal direita do rio Prêto
MARECHAL JARDIM - Povoado, à matgem
MAUÁ - Povoado, à margem do tio Ptêto,
do tibeirão Bonito, com estação da E F
na tegião centro-setenttional do município
Cential do Brasil
MARIMBONDO - Ribeirão (do), afluente da MOINHO - Có11ego (do), afluente da mar-
matgem diteita do tio Ptêto gem diteita do lio Santana

N
NEGRA - Se11a, limite entle os Estados do NHANGAPI - Povoado, do disttito de En-
Rio de Janeito e Minas Getais genheito Passos, distando 21 km dl sede
municipal, com estação da E F C B

o
OLIVEIRA BOTELHO - Povoado, à matgem do 110 Paraíba do Sul, com estação da E F
Central do Btasil

p
PACA - Rio (da), afluente da matgem es- PAVÃO - Cóuego (do), afluente da mar-
quetda do tibeitão da Laje gem diteita do tio Ptêto
PALMEIRAS - Cónego (das), afluente do PEDRA ASSENTADA - Pico (da)
tio Pataíba do Sul
PEDRA PRETA - Cónego (da), afluente do
PALMITAL - Rio, afluente da matgem es-
tibeitão da Jacutinga
quetda do tio Pataíba do Sul
PARAÍBA DO SUL - Rio, oriundo do Estado PEDRA SELADA - Cóirego, afluente do 11-
beirão da Jacutinga
de São Paulo, entia no te11itótio fluminense
pouco abaixo do povoado e estação do Salto; PEDRA SELADA - Pico (da), na se11a de
atiavessa os municípios de Resende, Ba11a igual nome
Mansa e Baua do Pitaí, depois de flanqueai
PEDRA SELADA - Seua, na tegião setenttio-
o de Pitaí; separa adiante Vassouias, à direita,
nal do município
de Matquês de Valença e Rio das Flôtes, à
esquetda, antes de ctuzat os municípios de PEDRA SELADA (EX-VARGEM GRANDE)
Pataíba do Sul e Ttês Rios; limita Sapucaia - Vila, e sede do disttito de Pedia Selada,
e Catmo com o Estado de Minas Getais; que pettence ao município, têuno e cotna1ca
deixa em seguida Cantagalo e Itaocata, à de Resende Na tegião setenttional do mu-
direita; Santo Antônio de Pádua e Cambuci, nicípio, à matgem esquetda do tibeitão de
à esquetda; attavessa os te11itótios de São Jacutinga
Fidélis, Campos e, em patte, São João da PEDRA SONORA - Pico, na seua da Man-
Ba11a até a sua foz no Oceano Atlântico tiqueita
PASSA VINTE - Cachoeita (do), no cóuego PEDRAS - Cóuegos (das), afluente da mat-
de igual nome, afluente do rio Paiaíba gem diteita do tio Pataíba do Sul
PASTO DAS ÉGUAS - Povoado, do disttito PEDRAS - Ribeitão (das), afluente da mat-
de Agulhas Negias, distando 3 km da sede gem diteita do tio Pataíba do Sul
nmniLipal PEDREGOSA - Cachoeiia, no tio Ptêto
PATOS - Cachoeita (dos), no 1io Prêto, a PEIXOTO - Cachoeira (do), no cótrego do
31 m de altitude Jetônimo, afluente do iio Pa1aíba do Sul
- 251-

PINHAL - Córrego (do), afluente do tio de PÕRTO REAL - Vila, e sede do distrito de
Palmital Pôrto Real, que pertence ao município, têrmo
PIRANGAí (EX-SANTANA DOS TOCOS) e comarca de Resende Na região oriental
(EX-SALTO) - Vila, e sede do distrito de do município, à margem direita do lio Pa-
Pilangaí, que pertence ao município, têtmo raíba do Sul
e comarca de Resende Na região sul-oci- PôSTO METEOROLÓGICO :___. Lugarejo, na
dental do município, i margem esquerda do cabeceira do rio Campo Belo, na região norte-
rio Paraíba do Sul ocidental do munmp10
PIRAPETINGA - Cachoeita (do), no rio PRATELEIRA - Pico, na serra da Manti-
de igual nome queila
PRETO - Rio, nasce na serra Negra, e, ser-
PIRAPETINGA - Rio, afluente da margem
vindo de limite entre os Estados do Rio de
esquerda do rio Paraíba
Janeiro e Minas Geiais, passa ao norte dos
PITANGUEIRAS - Córrego (das), afluente
Municípios de Resende, Barra Mansa, Mar-
da margem direita do córrego da Jerônima
quês de Valença, Rio das Flôres e Paraíba
PORTINHOS - Ribeirão (dos), afluente da do Sul
margem esquerda do rio Paraíba PRIMEIRO BAIRRO RESIDENCIAL - Povoa-
PôRTO - Cónego (do), afluente do rio do, do disttito de Agulhas Negras, distando 1
Paraíba km da sede municipal

Q
QUEIMA PIT A - Povoado, à matgem do 1io Paraíba

R
RASO - Cónego, afluente da margem direita RIBEIRÃO DA BAGAGEM - Cóuego, aflu-
do tio Paiaíba ente da margem direita do tio Prêto, ao norte
da vila da Pedta Selada
RESENDE - Cidade, sede do distrito, do mu-
RIBEIRÃO DAS PEDRAS - Cachoeira (do),
nicípio, do têrmo e comarca de ignal nome
no tibeirão de igual nome, afluente do rio
Na região central do município, à margem Paraíba do Sul
direita do rio Paraíba do Sul, com estação ROSA - Ribeirão (da), afluente do tio Pa-
da E F Leopoldina raíba

s
SALTO - Rio ou Ribeirão (do), afluente da SÃO DOMINGOS - Cóuego (de), afluenre
matgem esquetda do tio Pataíba do Sul, na da matgem diteita do ribeirão da Laje, no
tegião extremo-ocidental do município e ser- limite com o município de Baua Mansa
vindo de limite entte o Estado do Rio de SÃO SEBASTIÃO - Povoado, à matgem do
Janeiro e o de São Paulo tio Pataíba do Sul
SEGUNDO BAIRRO RESIDENCIAL - Povoa-
SANTANA - Rio, afluente da matgem di-
do, do disttito de Agulhas Negras, distando
reita do tio Paraíba do Sul
2 km da sede municipal,
SERROTE - Cóuego, afluente do tibeitão da
SANTA RITA - Cachoeita (de), no tio Ver-
melho, afluente da margem diteita do rio Jacutinga
Pataíba SERTÃO - Córrego (do), afluente da mar-
gem esquetda do ribeitão Bonito
SANTO ANTÔNIO - Rio (de), afluente ct>t SESMARIAS - Rio (das), afluente da mar-
margem direita do rio Ciimpo Belo gem direita do rio Pataíba do SuL
- 252 -

T
TABOÃO - Rio, afluente da margem düeita TARTARUGA - Pedra (da), localizada na
do rio da Faca Serra da Mantiqueira
TANQUE - Có11ego (do), afluente da mar-
TENlFEL - Serra, a leste da vila de Pedia
gem direita do có11ego da Pitangueira
TAQUARA - Córrego (da), afluente da mar- Selada, ex-Vargem Grande, sede do 6• dis-
gem düeita do rio Parníba do Sul tlito

V
V ARGEM GRANDE - Cachoeita (da), no VERMELHO Rio, afluente da margem di-
reita do rio Paiaíba
có11ego dos Ba11eüos, afluente do tio Pa-
VILA CAROLINA - Povoado, do distrito de
iaíba do Sul Itatiaia, distando 14 km da sede municipal

z
ZELINDA - Cachoeüa (da), no tio P1êto

MUNICÍPIO DE RIO BONITO


A
ALVARENGA - Có11ego (do), afluente da AMAR E QUERER - Se11a (do), a sudeste
margem düeita do tio Casse1ebu e no limite com o município de Saquarema
ALVARENGA - Se11a (do), a noroeste do
município de Rio Bonito, e no limite com
o de Cachoeüas do Cacacu

B
BACAXÁ - Cachoeüa (do), no tio de igual Rio Bonito Na iegião me1idional do mu-
nome nicípio, à ma1gem do iio Zaca1ias
BACAXÁ - Luga1ejo, a düeita do 110 das BOA VISTA - Sena (da), limite con1 o mu-
Domingas nicípio de Cachoei1as do Macacu
BACAXÃ OU DO MATO ALTO - Rio, BONITO - Rio, afluente da ma1gcr:1 esque1cb
nasce na se11a do Monte Azul, e, a leste, do 1io Casserebu
limita em um tlecho, os municípios de Silva BOQUEIRÃO - Povoado, do distlit 1 rle Im-
Ja1dim e Aia1uama, até desaguai na lagoa biara, distando 20 km da sede munidpai
de Jutuinaíba, tomando após o nome de rio
de São João BOQUEIRÃO - Rio, afluente da ma1gem e:;-
BASÍLIO - Povoado, à ma1gem esquerda do querda do iio Bonito
tio Bonito e a oeste do povoado de Rio dos BOQUEIRÃO - Se1ra (do), serve d~ limite
Índios com o município de Saquarema
BOA ESPERANÇA - Se11a (da), limite coh1
BRAÇANÃ - Povoado, à ma1gem düeita do
o município de Saqua1ema
iio Casse1ebu
BOA ESPERANÇA (EX-IMBIARA) - Vila,
e sede do disttito de Boa Espeiança, que BRAÇANÃ - Se11a (do), se1ve de limite
pe1tence ao município, têlmo e comatca de com o município de Itaboraí

e
CACHOEIRA DOS BAGRES - Povoarlu, à CACHOEIRA DOS BAGRES - Rio (<la),
matgem do lio de igual ru>me -afluente da ma1gem direita do rio Bonito
- 253 -

CAGADOS - Rio (dos), afluente da m<ttgen: boraí e com as nascentes na serra do Sambé,
direita do rio Sêco município de Rio Bonito
CASTELHANA - Serra (da) , a leste da serra
CAMBUCAS - Motro (dos), à diteita do rio
do Boqueirão do Amar e Queter, set vindo de limite entre
os municípios de Rio Bonito e Saquarema
CANDELARIA - Morro (da), a leste da CATIMBAU - Setra (do), limite com o mu-
vila de Imbiara, sede do 2• distrito nicípio de Saquarema
CAPELINHA - Rio (da), afluente da mar- CATIMBAU - Rio, afluente da margem di-
gem esquetda do tio Bonito teita do rio Bacaxá
CATIMBAU GRANDE - Povoado, na re-
CAPIM MELADO OU DO CAXITO - Ser-
gião metidional do 'município
ra (do), no limite com o município de Silva
Jardim CATIMBAU PEQUENO - Povoado, do dis-
trito de Rio Bonito, distando 12 km da sede
CAPIVARI DE CIMA - Rio, nasce no monte municipal
Azul e serve de limite com o município Je CHAVÃO - Lugarejo, no município de Rio
Silva Jardim, antes de encontrar o cóuego Bonito
do Imbaú, onde passa a tet o nome de Ca-
CORREIAS -- Mouo (dos), entte as nas-
pivari
centes do rio da Coruja
CASSEREBU - Rio, afluente da margem es- CORUJA - Rio (da), afluente da margem
querda do rio Macacu, no município de Ita- esquetda do rio Bonito

D
DERRUBADA - Serra (da), limite com o DUAS BARRAS - Rio (de), afluente da
município de Cachoeiras do Macacu margem diteita do tio Vermelho
DOMINGAS - Rio (das), afluente da mat-
gem diteita do rio Bacaxá

F
FALCÃO - Mono (do), entre os rios Bonito e Cassetebu

G
GARGANTA - Seua (da), enttc as nas- GRANADA - Setra (da), limite com o mu-
centes do tio da Coruja nicípio de Cachoeitas do Macacu
GIAMATTI - Mono (do), a sudoeste do GRANDE - Cachoeita, situada no tio do
mouo do Nestot mesmo nome

1
ÍNDIOS DE DENTRO - Rio, afluente da matgem esquerda do rio Bonito

J
JACUBA - Rio, afluente da matgem esquerda JACUNDA - Rio, afluente do rio Bacaxá
do rio Vermelho
JACUNDA - Povoado, situado a leste da JOANA BARRETO - Córrego (de), afluente'
vila de Imbiara da margem direita do rio Zàcarias
- 254 -

L
LAGARTO - Mouo (do), entre a setra do LAVRAS - Rio (das), afluente da margem
Braçanã e o rio Casserebu direita do rio Bacaxá
LAGOA VERDE - Povoado, entte o morro LAVRAS - Serra (das), entre os tios de São
do Peri e a serra da Garganta Jorge e Capivari de Cima, servindo, em parte,
LATINO - Povoado, entre a serra do Caste- de limite entre os municípios de Rio Bonito
lhano e o morro das Moendas e Silva Jardim
LAVRAS - Povoado, à margem do rio de LOJAS - Povoado, a leste do moiro da Can-
igual nome delá1ia

M
MAGALHÃES - Córrego (do), afluente da MONTE AZUL - Cónego (de), afluente da
margem esquerda do rio Casserebu margem direita do tio Capiva1i
MARIA ISABEL - Rio, afluente do tio
MONTE AZUL - Serra (do), sei ve de limite
Bacaxá
com os municípios de Silva Jatdim e Ca-
MATA - Povoado, à margem esquerda do tio d10eiras do Macacu
Sêco
MATA - Rio (da), afluente do rio Tanguá MORRO DAS MOENDAS - Povoado, a nor-
deste do mouo de igual nome
MATO FRIO - Mo110 (do), ao sul do tio
Vetmelho MOURÃO - Mo110
MOENDAS - Motto (das), ao norte da serra MUDOS - Rio (dos), nasce na 1egião 01ien-
do Amar e Quetet tal do município e segue para Silva Ja1dim,
MONTE AZUL - Povoado, na região seten- onde desemboca na margem direita do rio
ttional do município Capivari.

N
NESTOR - Morro (do), nas imediações da cidade de Rio Bonito

o
ORATÓRIO - Morro (do), à esquerda do OURO - Rio (do), afluente da margem di-
rio Bacaxá 1eita do tio Bacaxá

p
PARDO - Rio, nasce na região sul-otiental cb PERI - Mo110 (do), entre os rios dos índios
município e segue pata o de A1arnama, onde de Dentro e o rio Tanguá
desemboca no rio da Lagoa do Peixe PORTELAS - Serra (dos), no limite com o
PEDRAS - Rio (das), afluente do tio eh município de Saquatema
Posse POSSE - Povoado, do disttito de Rio Bonito,
PEDRINHAS - Rio (das), afluente da maL- distando 9 km da sede municipal
gem esque1da do rio Bonito POSSE - Rio (da), afluente do tio Bacaxá
PEDRO MELO - Mo110 (de), entle as nas- PRAINHA - Povoado, a no1deste da se1ra
centes do tio Bonito do Catimbau

R
REDONDA - Setra, limite entre os municípios RETIRO - Rio (do), afluente da margem
de Rio Bonito, Itaboraí e Saquarema. esquerda do tio Casserebu
- :!55 -

RIO BONITO - Cidade, sede do distrito, RIO DOS ÍNDIOS DE DENTRO - Povoa-
do município, têrmo e comarca de igual nome do, entre o rio de igual nome e o rio das
Na região central do municípfo, à margem
Pedrinhas
do rio Bonito, com estação da E F. Leo-
poldina RIO SÊCO - Povoado, à margem do rio de
RIO DO OURO - Povoado igual nome
RIO DOS ÍNDIOS - Lugarejo, na região
ocidental do município, com estação da E F RIO VERMELHO - Povoado, do distrito de
Leopoldina Rio Bonito, distando 7 km da sede municipal

s
SAMBÉ - Lugarejo, na iegião central do mu- SÃO JOAQUIM - Rio (de), afluente da
nicípio, com estação da E F Leopoldina ma1gem esque1da do rio Bonito
SÊCO - Rio, afluente da margem düeita do
SAMBÉ - Serra (do), na região central do rio Tanguá
município, servindo em parte de limite com SETE PECADOS - Mo110 (dos), entre os
o município de Cachoeiras do Macacu rios Bonito e Ve1melho.

T
TANGUÁ - Rio, afluente da ma1gem esque1da TATUS - Se11a (dos), no limite com o mu-
do rio Casserebu e limite com o município de nicípio de Cachoeiras do Macacu.
Itaboraí TINGUI - Sena (do), no limite com o mu-
nicípio de Saquarema
TAQUARAL Córrego (do) , afluente da
TOMASCAR - Rio, formado1 do rio Tanguá,
margem düeita do rio Casserebu
no limite com o município de Itaboraí
TAQUARAL - Sena, no limite com o mu- TOMASCAR - Seira, à direita do tio de igual
nicípio de Cachoeiras do Macacu nome, na região sul-ocidental

V
VERMELHO - Rio, afluente da margem di- VISTA ALEGRE - Rio (da), afluente do iio
reita do rio Bacaxá Bacaxá
VIÇOSA - Moiro (da), ent1e as nascentes
do rio do Cágado VITALINA - Cóirego (da), afluente da mar-
VIÇOSA - Povoado, do dist1ito de tio Bo- gem düeita do rio Zacarias
nito, distando 6 km da sede municipal

z
ZACARIAS - Rio (do), afluente da matgen• ZUMBI - Moiro (do), a noroeste da vila
esque1da do rio das Domingas de Imbiara.
ZUMBAIA - Morro (da), nas imediações da
vila de Imbiaia

MUNICÍPIO DE RIO DAS FLORES

A
ABARRACAMENTO - Vila, e sede do dis- parte da comarca de Marquês de Valença
trito de Abanacamento, pertencente ao mu- Na região meridional do município, entre as
nicípio e têrmo de Rio das Flores, que faz nascentes do tibeirão da Forquilha
- 256 -

ABÓBORAS - Seua (das), no munidpio de do Sul e delimita-o a leste com o municí-


pio de Três Rios
Rio das Flô1es, entle os rios Paraíba do Sul
ALTO DO CHARUTEIRO Moiro, ao sul
e P1êto; atiavessa o município de Paiaíba da cidade de Rio das Flô1es

B
BOA VISTA - Mouo (da), no limite com o BOA VISTA - Ribeilão (da), afluente da
município de Ma1quês de Valença ma1gem dileita do iio das Flô1es, serve de
limite com o município de Marquês de Va-
lença.

e
CACHOEIRA DO FUNIL - Povoado, à ma1- CASCATA - Cóuego (da), àfluente do 1io
gem do ribeilão do Manuel Pe1eila, com Paiaíba
estação da E F C B COROAS - Ribeilão (das), afluente da mar-
CASACA - Ribeirão (da), afluente da ma1- gem dileita do lio Prêto, no limite com o
gem esque1da do 1io Paraíba do Sul município de Ma1quês de Valença

D
DIVISA - Rio (da), afluente da ma1gem es que1da do rio Paiaíba do Sul

F
FLORES - Rio (das), nasce na 1egião meri- cípio de Rio das Flô1es, desembocando na
ma1gem direita do 1io P1êto
dional do município de Marquês de Valença
FORQUILHA - Ribeilão (da), afluente da
e, seguindo pata no1deste, entra no muni- margem esquerda do 1io Paraíba do Sul

G
GUARITÁ - Ribeilão, afluente da ma1gem esquerda do lio Paraíba do Sul

J
JEQUIÁ - Rio, afluente do lio Prêto JEQUITIBÁ - Rio, afluente da ma1gem direita
do 1io P1êto

M
MANUEL DUARTE (EX-PôRTO DAS CAI- MANUEL PEREIRA - Ribeiião, afluente da
XAS) - Vila, e sede do distlito de Manuel rna1ge111 dileita do 1io P1êto
Dua1te, peltencente ao município e têuno MARAMBAIA - Ribeilão (da), afluente d1
de Rio das Flô1es, que faz palte da coma1ca ma1gem esque1da do 1io Paiaíba do Sul, na
de Marquês de Valença Na 1egião ext1emo extiemidade me1idional do munidpio
setentiional do município, à ma1gem dileita MARIA ~ Cóuego (da), afluente do 1io Pa-
do lio P1êto iaíba do Sul

p
PARAÍBA DO SUL, - Rio, oliundo do Estado atiavessa os municípios de Resende, Ba!ll
de São Paulo, entia no te11itó1io fluminense Mansa e Barra do Piraí, depois de flanqueai:
pouco abaixo do povoado e estação do Salto; o de Püaí; sepata adiante Vassouras, à ditei-
- 257 -

ta, de Marquês de Valença e Rio das Flôres, PRÊTÓ - Rio, nasce na serra Negra, e, ser-
à esquerda, antes de cruzar os municípios áe vindo de limite entle os Estados do Rio de
Paraíba do Sul e Três Rios; limita Sapucaia
Janeiio e Minas Gerais, passa ao norte dos
e Ca1mo com o Estado de Minas, deixa em
municípios de Resende, Barra Mansa, Mar-
seguida Cantagalo e Itaocara, à direita; Santo
Antônio de Pádi.m e Cambuci, à esquerda; quês de Valença0 Rio das Flôres e Paraíba
atiavessa os territórios de São Fidélis, Campos do Sul.
e, em parte, São João da Barra até a sua
foz no Oceano Atlântico

R
RIO DAS FLôRES (EX-SANTA TERESA) marta de Marquês de Valença Na região
Cidade, sede do distiito do município e têr- central do município, à margem do ribeirão
mo de Rio das Flôres, que pertence à co- do Manuel Pereira

s
SANT1\. CLARA - Cachoeira (de) SANTA ROSA -- Lugarejo, à margem do rio
P1êto, com estação da E F C B
SANTA JUSTA - Rio (de), afluente da mar- SÃO LEANDRO - Cachoeira (de), com 38 m
gem direita do 1io Prêto de altura
SEBASTIÃO LACERDA - Povoado, do dis-
SANTA MARIA - Có11ego (de), afluente da tiito de Taboas, distando 25 km da sede
margem esquerda do rio Paraíba do Sul municipal.

T
TABOAS - Vila, e sede do distrito de Taboas, TôRRES - Povoado, à margem do iibeiião
pertencente ao município e têrmo de Rio das das Flôres.
Flôres, que faz parte da comarca de Marquês
de Valença Na região ocidental do muni- TRÊS ILHAS - Córrego (das), ~fluente J.1
cípio, à ma.rgem do ribeirão do Manuel Pe- margem direita do rio Prêto e limite com o
1eira município de Paraíba do Sul
TAQUARA - Se11a (da), na região norte-
ocidental do município de Rio das Flôres, TRÊS ILHAS - Povoado, à margem düeitl
prolongando-se pelo município de Marquês do rio Prêto, no extremo setentrional do mu-
de Valença nicípio, com estação da E F C B

MUNICÍPIO DE SANTA MARIA MADALENA

A
ÁGUA LIMPA - Rio (da), afluente da mar- AGULHAS DOS LEAIS - Sena (das), entre
gem do rio Imbé o córrego de igual nome e o 1io Macabu; na
AGULHA - Mono (da), pico no extlemo- iegião sul-oriental do município
oriental da serra do Imbé ALEGRE OU DAFLON - Cachoeüa
AGULHA DOS LEAIS - Córrego (da), aflu- ANITA LIMA - Cachoeira (de) , ainda não
ente da margem diieita do ribeirão da Pedra explorada
Branca, na região sul-oriental do munidpío. AREIA - Có11ego (da), afluente da ma1gem
AGULHA DOS LEAIS - Povoado, do distrito esquerda do cónego da Meia Laranja, a no-
de Santo Antônio do Imbé, distando 28 km roeste da vila de Renascença, sede do 5•
da sede municipal. distrito

-17-
- 258 -

AREIAL - Córrego (do), afluente da ma1- e, co11endo para leste, junta-se ao cónego
gem esque1da do iio Macabu, a sudoeste da Vermelho e com êste forma o ribeirão do
vila de Tiiunfo, sede do 2° distrito Santíssimo
ARRAIAL - Córrego, afluente do iibeilão de
Santana AZANGADO OU TIMBIRA - Ribeirão,
ARRANCHADOURO - Córrego (do), passa afluente da margem esquerda do rio do
ao sul da cidade de Santa Maria Madalena, Mundo, na região oliental

B
BANANEIRA - Córrego, afluente da margem BOA VISTA - Cóuego (da), afluente da
esquerda do iio Imbé ma1gem esque1da do 1io Imbé
BARRA - Seua (da), ent1e o iibeilão do BOA VISTA - Seua (da), na região no1deste
Fumai, e o rio Grande
do município de Trajano de Morais esten-
BERRADOR - Có11ego, nasce no município de
dendo-se até o município de Santa Maria
Santa Ma1ia Madalena e co11e para o mu-
Madalena.
nicípio de Campos, desembocando no rio Se-
gundo Noite, afluente da margem esquerda BOM DESTINO - Pico (do), na região sul
do 1io do Mundo dó município
BOA VISTA - Cachoeila (da), no 1io Imbé BONITA - Cachoeila - ainda não expfoiada

e
CALIFÓRNIA - Có11ego, afluente da ma1- tuada na 1egião sul-oriental dêste último nrn-
gem esque1da do tio do Mundo nicípio
CASCATA - Cóuego, afluente do cónego dG
CAMBOTAS - Có11 ego (das) , afluente da
Fernandes
ma1gem dileita do iibeilão de Santana
CASTELO - Mo110 (do), entre as nascentes
CAROGANGO - Ribeilão, limite entie os do có11ego de São Domingos e a oeste da
municípios de Conceição de Macabu, Santa cidade de Santa Maria Madalena
Maria Madalena e Trajano de Moiais CONCEIÇÃO -:- Có11ego (da), afluente do
CAROCANGO - Serra (do), limite entre os rio Macabu
municípios de Conceição de Macabu, Santa CUCUÍ - Có11ego, afluente do córrego de
Matia Madalena e Tiajano de Moiais e si- Santo Antônio

D
DESENGANO - Mo110 (do), entle as nas- DOURADO - Ribeirão, afluente da ma1gem
centes do tio do Noite esque1da do tio Macabu
DESENGANO - Pedia (do), co111 2 ooo m de
altma, na iegião setent1ional do município DOUTOR LORETI - Vila, e sede do dist!ito
DOIS IRMÃOS - Se11a (dos), entie o 1io de Douto1 Lo1eti, que peltence ao município,
Imbé e o cónego do Fernandes têrmo e comarca de Santa Ma1ia Madalena
DUBOIS - Pico, a r!q1deste da cidade de ~an­ Na iegião me1idional do município, com es'
ta Malia Madalena ta~ão da E F Leopoldiàa

E
ESPÍRITO SANTO - Povoado, na confluên- ESPUMA - Cachoeira (da), com a altma de
cia do libeiião do Santíssimo, com o rio 100 m, nd córrego das Cambotas
Grande, na iegião noite-ocidental do mu-
nicípio
- 259 -

F
FERNANDES - Cónego (do), afluente da FUMAÇA - Cachoeira (da), no :do Macabu,
margem esquerda do tibeirão do Fumai, si- çom a altma de 110 in.
tuado na 1egião ocidental do município FUMAÇA - Mono (da), ao sul da sena do
FERRO - Morro (do), a sudeste da pedia Seixas
Branca FUMAL - Cachoeüa (do), com a altura de
FORTALEZA - Cónego (da), afluente da 89 m, no córrego de igual nome
ma1gem diteita do tio Giande, na região oci- FUMAL - Cónego (do), afluente da margem
dental do município direita do rio Grande

G
GORDURA - Córrego (da), afluente da ma1- pois de atravessai êste e o município de Bom-
gem direita do ribeirão do Santíssimo J ardim, serve de limite ent1e os municípios
de Cantagalo e Trajano de Morais, São Se-
GORDURA. - Povoado, do distrito de Santa
Maria Madalena bastião do Alto e Santa Ma1ia Madalena, São
Sebastião do Alto e São Fidélis; afluente da
GRAMA - Cónego (da), afluente da mar- margem diteita do rio Paraíba do Sul, no
gem esqueida do rio Imbé município de São Fidélis, toma o nome de
GRANDE - Cachoeita, com a altma de 150 m, tio Dois Rios, depois de 1eceber o rio
no cónego das Cambotas Negro.
GRANDE - Rio, nasce na se11a do Paque- GRANDEZA - Cachoeira (da), ainda não
que1, no município de Nova Fribmgo; de- exploiada

1
IMBÉ - Serra (do), entle o rio de igual nome IMBÉ - Rio, nasce na serra de igual nome,
e o ribeirão do Santíssimo, no município de no município de Trajano de Morais, atlavessa
Santa Ma1ia Madalena, prolongando-se até o município de Santa Ma1ia Madalena e entra
o município de Trajano de Morais no de Campos, onde desemboca na, lagoa de
Cima

L
LAJE - Córrego (da), afluente da margem direi ta do rio Giande

M
MACABU - Rio, nasce na serra de Macaé, na MACUCO -'- ·Morro ( çlo), entre as cabecei;
região sul do município de Trajano de Mo- ias do córrego de igual nome
iais, atravessando-o de sudoeste a nordeste, MANGUEIRA ----'- Có11ego (da), afluente da
pata após entiar no município de Santa Ma- ma1gem direita do córrego da Meia Laianja
tia Madalena e servü de limite entle êste
MANUEL MORAIS - Povoado, à ma1gem dq
município e o de Conceição de Macabu, en-
tio Grande, com estação da E F Leopoldina
tre o de Conceição de Macabu e o de Cam-
MEIA LARANJA - Córrego (da), af!uent~
pos, e, ainda, o de Campos e o de Macaé
da margem düeita do rio Grande
MACAPÁ - Rio, afluente da ma1gem direita MEIO - Córrego (do), afluente do córrego
do 1io Giande, se1vindo em parte de limite de Santo Antônio
entre os municípios de Santa Ma1ia Madalena MOCOTó - Rio; afluente da ma1gem esquer-
e São Fidélis
da do rio Imbé, no município de Campos,
MACUCO - Có11ego (do), ;ifluente da mar- com as nascentes na sena Gtandei no niuni-
ge1il direita do rio Imbé. dpio de Santa Maria Madalena
- 260 -

MONTE REDONDO - Cachoeiia (do), no MURIBECA - RibeÍlão (da), afluente da mar-


cóirego do Fumai, a 11,63 m de altitude gem esquerda do rio Macapá, servindo de
MUNDO - Rio, afluente da margem direita
limite com o município de São Fidélis
do rio Imbé, serve de limite com o municí-
pio de Campos
MURIBECA - Cónego (de), afluente da MURIBECA - Serra (da), serve de limite
ma1gem esque1da do rio Imbé com os municípios de Campos e São F idélis

p
PEDRA BRANCA - Moiro (da), entre o PEQUENA - Cachoeira, no cótrego das Cam-
cóuego da Mmibeca e o ribeÍlão do San- botas
tíssimo POÇÃO - Cótrego (do), afluente da margem
dÍ!eita do 1io Grande
PEDRA BRANCA - Pico (da), entre o ri-
beÍ!ão do Santíssimo e o córrego da Muribeca PONTAL - Cónego (do), afluente do rio
Macabu
PEDRA BRANCA - RibeÍlão (da), afluente
PONTAL - Morro (do), entte as cabeceÍlas
da ma1gem esque1da do rio Macabu, no li-
do cóuego de igual nome
mite com o município de Campos
PONTE DO FARIA - Povoado, do distrito
PEDRA LISA - Cóuego (da), afluente da de Renascença, distando 24 km da sede
ma1gem dÍ!eita do cóuego da Rifa municipal.

Q
QUEIMADA - Sena, entre o ribeirão do QUILOMBO - Cóuego (do), afluente do tio
Azangado e o tio do Mundo Macabu

R
RENASCENÇA (EX-SÃO JOSÊ DO MACA- RIFA - Cónego (da), afluente da margem
PÃ) - Vila, e sede do distrito de Renas- esquerda do tio Imbé
cença, que peltence ao município, têJmo e co-
matca de Santa Matia Madalena Na região ROCHEIA - Mono (da), entte os cótregos
setentrional, entre os cóuegos da Mu1ibeca e do Fernandes e da BananeÍla
da Gordma
REPÚBLICA - Mouo (da), entre as nas- ROMÃO - Cóuego (do), afluente da mar-
centes do tibeÍlão Ve1melho gem esquerda do tibeirão do Azangado

s
SANTA CLARA - Moiro (de), à esquetda SANTANA - RibeÍJão (de), afluente da ma1-
do ribeÍlão Vermelho gem dÍ!eíta do tio Imbé
SANTA ILíDIA - CachoeÍla (de), com al- SANTA ROSA - Córrego (de), afluente da
tura de 40 m, no rio Imbé margem direita do tio Imbé
SANTA MARGARIDA - Cónego (de), aflu- SANTA ROSA - Mono (de), entte o córrego
ente da margem dÍ!eita do rio Imbé de igual nome e o cónego Tupã
SANTA MARIA MADALENA - Cidade, sede SANTO ANTôNIO - CachoeÍla (de), no rio
do distJito, do município, do tê1mo e comatca Imbé, nas imediações da vila de Santo An-
de igual nome Na 1egião central do mu- tônio do Imbé, sede do 3Q disttito
nicípio, à margem do córrego de São Do- SANTO ANTôNIO - Córrego (de), afluente
mingos, com estação da E F. Leopoldina da matgern dÍ!eita do tio Imbé
SANTANA - Cóuego, afluente da margem SANTO ANTÔNIO DO IMBÊ - (EX-AR-
direita do rio Grande, servindo de limite REBOL) - Vila, e sede do distrito de Santo
com o município de Trajano de Morais Antônio do Imbé, que pertence ao município,
- 261-

têrmo e comarca de Santa Maria Madalena SEGUNDO NORTE - Rio (do), com as nas-
Na região central do município, à margem centes no morro do Desengano no município
do córrego de Santo Antônio. de Santa Maria Madalena; serve a leste de
SANTÍSSIMO - Ribeirão (do), afluente da limite entre o citado município e o de Cam-
margem direita do rio Grande pos, até a sua confluência com o rio Imbé,
SÃO DOMINGOS - Cónego (de), afluente na margeni esqúerda.
da margem esque1da do ribeirão do Santís- SEIXAS - Sena, entre o libeirão de Santana
simo. e o cóirego do Quilombo
SÃO JOÃO - Córrego (de), afluente da mar- SERRINHA - Sena, ao norte do córrego do
gem direita do rio Grande Valão
SÃO LEOPOLDO - Có.rrego (de), afluente
SOSSÊGO - Ribeirão (do), afluente da mar-
da margem direita do ribeirão do Santíssimo
gem esquerda do rio Imbé
SÃO LEOPOLDO - Povoado, do distrito de
Santa Ma1ia Madalena, distando 12 km da SOSSÊGO - Seu a (do), entre o libeilão de
sede municipal igual nome e o rio Segundo Norte
SÃO MATEUS - Córrego (de), afluente da SOSSÊGO -Vila, e sede do distlito de Sossêgo,
ma1gem esquerda do 1io Imbé que pertence ao município, têrmo e coma1ca
SÃO PEDRO - Povoado, do distiito de Santa de Santa Maria Madalena Na região oriental
Maria Madalena, distando 8 km da sede do município, à margem do 1ibeilão do
municipal Sossêgo

T
TATELÃNDIA - Povoado, a no1deste da ser- TRIUNFO (EX-ITAPUÁ) - Vila, e sede
ra do Imbé e da cidade de Santa Maria Ma- do distiito de Tiiunfo, que pertence ao mu-
dalena nicípio, têrmo e comarca de Santa Maria
Madalena Na região meridional do muni-
TIMBIRAS Seira (dos), entle o rib~irão
cípio, à margem do córrego do Quilombo,
do A.zangado e o rio Imbé
com estação da E F Leopoldina
TRÊS BICOS - Pico (dos), entle a sena de TUDELÃNDIA - Cachoeira, com 48 m de
Santa Rosa e o rio Macacu altura
TRÊS - CACHOEIRAS - Cachoeila (das), TUPÃ - Cóuego, afluente da ma1gem direita
no cóirego das Cambotas do cónego de Santa Marga1ida

u
USINA - Cachoeira (da), no córrego do Santíssimo com 45 m de altma

V
VERMELHO - Ribeüão, afluente da margem V ALÃO Cóuego, afluente da ma1gem es-
direita do ribeirão Santíssimo que1da do rio Imbé

MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

A
ALTO DO CABORÉ - Pico, na linha de ao mumop10, têrmo e coma1ca de Santo
cumiada de limite Rio-Minas, e ao mesmo Antônio de Pádua Na 1egião oriental do
tempo limite com o município de Miracema município, à margem do rio Pomba, com es-
APERIBÉ (EX-CHAVE DO FARIA) - Vila, tação da E F Leopoldina
e sede do distrito de Aperibé, que pertence
- 262 -

B
BALTAZAR - Vila, e sede do distrito de Bal- BOA VISTA - Serra (da), limite com os
tazar, que pertence ao município, têrmo e municípios de Cambuci e Itaperuna
' comarca dé Santo Antônio de Pádua Na
BOCAINA - Córrego (da), afluente da mar-
região oriental do município, à margem do gem esque1da do rio Pirapitinga
rio Pomba, com estação da E F Leopoldina.
BOM JARDIM - Ribeilão (do), afluente da
BARRO BRANCO - Córrego (do), nasce nas
margem direita do ribeirão da Eva, na iegião
vertentes do pico da Lagoa Preta, corre pelo
sul-ocidental do município
município de Santo Antônio de Pádua e de-
semboca na margem esquerda do rio Pomba, BOM JARDIM MIRIM - Ribeirão, afluente
no município de Miracema da ma1gem esque1da do cónego Biaço Forte
BERNARDES - Cónego (do), afluente da BONITO - Rio, formado pelo córrego de
margem direita do rio Pomba, no qual de- Duas Ba11as; desce na direção de sudoeste até
semboca a jusante e a pouco mais de 1 km a ponte do José Félix, se1vindo de limite
da vila de Paiaoquena, sede do 7Q distiito com o município de Miracema
BOA VISTA - Cachoeira (da), no có11ego BRAÇO FORTE - Cóirego (do), fo1mador
de igual nome, com 100 m de altuia do 1ibeirão da Boa Vista
BOA VISTA - Ribeüão (da), afluente da BRANDÃO - Povoado, ao sul da vila de
margem direita do 1io Pomba Baltaza1

e
CAMPELO - Povoado, à ma1gem do 1ibeilão no10este da cidade de Santo Antônio de
de Santo Antônio, com estação da E F Pádua
Leopoldina
CAMPO ALEGRE (EX-DEZESSETE) - Po- CAXIXE - Povoado, à margem do !Ío Bo-
voado, à margem dileita do rio Pomba, a nito, na 1egião noite

D
DIVINO - Cól!ego, afluente do no Paraíba DUAS BARRAS - Có11ego (das), afluente da
do Sul ma1gem esquerda do ribeirão Bonito, no li-
mite com o município de Milacema

E
EVA - Ribeilão (da), afluente da margem limite entle o Estado do Rio e o de Minas
dileita do 1io Pomba, a sudoeste da vila de Geia is
Pa10quena, se1vindo também em pa1te de

F
FACÕES - Se11a (dos), entle as vilas de Bal- FRECHEVIRAS Se11a (das), limite ent1e
taza1 e Maiangatu os municípios de Cambuci e Santo Antônio
FORTALEZA - Ribeilão (da), afluente da de Pádua
ma1gem esque1da do 1ibeilão dos Ourives

1
IBITIGUAÇU - Vila, e sede do distiito de 1egiao setentrionlll do município, à rna1gem
Ibitiguaçu, que pe1tence ao município, tê1mo do 1ibeirão dos Ourives
e comarca de Santo Antônio de Pádua Na
- 263 -

IBITINEMA (EX-SANTA CRUZ) - Vila, e IBITIPORÃ (EX-MONTE ALEGRE) - Vila,


sede do distrito de Ibitinema, que pert1'p.ce e sede do distrito de Ibitiporã, que pertence
ao município, têrmo e comarca de Santo An- ao município, têrmo e comarcà de Santo
tônio de Pádua Na região ocidental do Antônio de Pádua Na região setentrional do'.
município, entre as nascentes tributárias do município, entre as nascentes do ribeirão
1ibeirão do Bom Ja1dim dos Ourives .

L
LAMBARI - Córrego (de), afluente da mar- LEITES - Ribeilão (dos), afluente da mar-
gem direita do rio Pomba gem esquerda do rio Pomba
LAMBARI MIRIM - Córrego, afluente da
margem direita do rio Pomba

MACACOS - Cachoeira (dos), no rio Pomba, Na 1egrao cential do município, à margem


ao n01te da vila de Baltazar do córrego do Braço Forte
MARANGATU - Vila, e sede do distrito
de Maiangatu, que pertence ao município, MOTA - Ribeirão (do), afluente da margem
tê1mo e coma1ca de Santo Antônio de Pádua esque1da do rio Pomba

N
NOVATO - Córrego (do), afluente da margem esquerda do 1io Paraíba do Sul

o
OURIVES - Cónego (dos), afluente da mar- ORIENTE - Seira (do), na região sul-oriental.
gem esquerda do rio Pomba, nà região oci-
dental do município ORIENTE - Valão ou córrego (do), afluente
OURIVES - Ribeirão (dos), ;i.fluente da mar- da margem esquerda do iibeirão da · Boa
gem esquerda do tio Pomba, na região orien- Vista
tal do município

p
P ARAíBA DO SUL - Rio, oriundo do Es- gem do 1io Pomba, com estação da E F
tado âe São Paulo, entra no teuitório flumi- Leopoldina
nense pouco abaixo do povoado e estação do PIRAPETINGA - Rio afluente da margem
Salto; atravessa os municípios de Resende, esquerda do rio Paraíb,., servindo de limite
Bana Mansa e Bauà do Pilaí, depois de entre os Estados do Rio de Janeiro e Minas
flanquear o de Piraí; sepaia adiante Vassou- Geiais
ras, à direita, de Marquês de Valença e Rio
PITO ACESO - Povoado, no distrito de
das Flôres, à esquerda, antes de cruzai os
Aperibé
municípios de Paraíba do Sul e Três Rios;
POMBA - Rio, oriundo do Estado de Minas
limita Sapucaia e Carmo com o Estado de
Gerais, atlavessa o município de Santo An-
Minas; deixa em seguida Cantagalo e ltaocaia,
tônio de Pádua e, em pa1te, separa do de
à direita; Santo Antônio de Pádua e Cambuci,
Camhuci, desaguando neste, na margem es-
à esque1da; atravessa os te11itó1ios de São
querda do rio Paraíba do Sul.
Fidélis, Campos e, em parte, São João da
Baua até a sua foz no Oceano Atlântico PONTA GROSSA - Pico, limite com o muni-
PARAOQUENA - Vila, e sede do distiito cípio de Cambuci
de Pataoquena, que pertence ao município, PONTÃO DA CRIMINOSA - Pico, entre as
têrmo e comarca de Santo Antônio de Pádua vilas de Baltazar e Ibitiguaçu, e à margem do
Na região ocidental do município, à mar- ribeirão da Fortaleza
- 264 -

PONTE DE PIRAPETINGA - Povoado, do PôRTO DOS SANTOS - Lugarejo, à margem


distrito de Ibitinenia, distando 27 km da da barra do Valão ou córrego Monjolo
sede municipal
PôRTO DAS CRUZES - Povoado, à margem PôRTO SEGURO - Lugarejo, à beira da
esque1da do rio Paraíba do Sul, no municí- barra do Valão Sêco
pio de Santo Antônio de Pádua, tendo ou-
tra parte, na margem direita do mesmo rio, POSSE GRANDE - Valão (da), afluente da
no município de Itaocara margem esquerda do rio Püapitinga

R
RECREIO - Cachoeüa (do), no ribeüão de RETIRO - Córrego (do), afluente do rio de
Santo Antônio. Santo Antônio
RECREIO DO MOTA - Povoado, à margem ROMÃO -- Serra (do), no limite com o mu-
düeita do ribeüão do Mota nicípio de Cambuci

s
SANTA CANDIDA - Seua (de), entre os SÃO JOAQUIM DO PARAíBA - Povoado,
1ios Pa1aíba do Sul e Pomba à margem esque1da do iio Paraíba do Sul,
SANTA CLARA - Có11ego (de), afluente da na região sul do município
margem esque1da do rio Püapitinga SÃO JOÃO DA FELIZ RESIDÊNCIA - Po-
SANTANA - Cachoeüa, no iio Bonito, 25 m voado, ent1e o rio Pomba e o rio Paraíba
de altma SÃO JOSÉ - Povoado, do distrito de Santo
SANTA CRUZ - Có11ego (de), afluente da Antônio de Pádua, distando 1 km da sede
margem esquerda do iio Pirapitinga municipal
SÃO LUIZ - Povoado, do distrito de Santo
SANTA CRUZ - Cachoeira (de), no ribeüão
Antônio de Pádua, distando 1 km da sede
de Santo Antônio, afluente do rio Pomba,
altma 30 m municipal
SÃO PEDRO DE ALCÃNT ARA - Povoado,
SANTA LUZIA - Có11ego ou Valãb (de),
à margem do rio Püapitinga
afluente da ma1gem esquerda do iio Pa-
iaíba do Sul SÃO SEBASTIÃO DA CACHOEIRA - Po-
voado, à margem esque1da do rio Pirapitinga
SANTO ANTÔNIO - Rio (de), afluente da
ma1gem esque1da do rio Pomba, com as nas- SÊCO - Valão ou Córrego, afluente da ma1-
centes na serra das Flores, no município de gem esque1da do iio Paraíba do Sul
Müacema SERROTE - Cónego (do), afluente da mar-
gem diieita do iibeüão dos Ourives
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA - Cidade,
sede do distiito, do município, tê11no e co- SOUZA - Se11a (do), entie os povoados de
ma1ca de igual nome Na região cential do Pô1to Segu10 e São João da Feliz Residência
município, à ma1gem do rio Pomba, com es- SUÍÇO - Valão ou Có11ego (do), afluente
tação da E F Leopoldina da margem düeita do iio Pomba

T
TAQUARAS - Serra (das), entie o lio Pomba e o iibeüão da Boa Vista

u
UNIÃO - Cachoeira, no rio Bonito, com 80 m de altüra
- 265 -

V
VALÃO DO BARREIRO - Córrego, afluente V ALÃO DO CEDRO - Córrego, afluente da
da margem esquerda do rio Pirapitinga ma1gem esquerda do rio Pirapitinga
VALÃO DO BONIFACIO - Córrego, afluente
V ALÃO DO MONJOLO - Córrego, afluente
da margem esquerda do rio Pomba, à leste
da vila de Paraoquena da margem direita do tio Paraíba do Sul
V ALÃO DO BRAÇO - Córrego, afluente V ALÃO DOS MENEZES - Córrego, afluente
do ribeirão de Boa Vista
da margem esquerda do rio Pomba
V ALÃO DO BRINQUINHO - Córrego,
afluente da margem direita do ribeirão da VEADO - Valão (do), afluente do valão
Boa Vista do Braço

X
XIS (X) - Valão (do) , afluente do ribeirão rio Pomba
dos Leites, afluente da margem esque1da do

MUNICÍPIO DE SÃO FIDÉLIS

A
ALONSO - Cachoeira (do), no rio do Colégio

B
BARREIRO - Córrego, afluente da margem BARRO BRANCO - Serra (do), entre os
direita do rio Paraíba do Sul córregos de São Roque e da Tábua
BARRO BRANCO - Povoado, à margem di- BUFÃO - Córrego, afluente da ma1ge111 di-
1eita do valão de São Roque reita do rio do Colégio

e
CAMBIASCA (EX-PONTE NOVA) - Vila, CASA BRANCA - Povoado, a nordeste da vila
e sede do distrito de Cambiasca, que per- de Ipuca
tence ao município, têtmo e comarca de São
CASCATA - Cótrego, afluente da margem
Fidélis Na região ocidental do -município,
esque1da do rio Paraíba do Sul
à ma1gem diteita do rio Dois Rios
CABiúNA - Serra (da), ao sul do povoado CAVOQUEIRO - Cónego (do), afluente da
do Retiro Saudoso margem direita do cónego da Espeiança
CACHORRO D'AGUA - Córrego (do), aflu-
CEMITÉRIO - Córrego, afluente da margem
ente da margem esquerda do rio Paiaíba do
direi ta do rio Paraíba do Sui
Sul
CACHORRO D'AGUA - Cachoeita (do), no COLÉGIO - Rio (do), afluente da margem
rio Paraíba do Sul, a sudoeste do povoado de direita do tio Paiaíba do Sul
Grumarim
COLÉGIO - Setra (do), à esquerda do rio
CACHORRO D' AGUA· - Sena (do), ent1e
de igual nome
o cónego de igual nome e o do Timbó
CALIFÓRNIA - Serra (da), a oeste do po- COLÔNIA - Vila, e sede do distrito de Co-
voado Tapera e ao norte do córrego dêste lônia, que pertence ao município, têrmo e
nome coma1ca de São Fidélis Na região ociden-
- 266 -

tal do município, à margem esquerda do CONCEIÇÃO DE PONTE NOVA - Povoado,


1io Dois Rios do distrito de São Fidélis

E
ENGENHO D'ÁGUA - Córrego ou Valão, de igual nome, com estação da E F Leo-
afluente da margem esquerda do lio Pa- poldina
iaíba do Sul e limite com o município de ERNESTO MACHADO - Povoado, à margem
Cambuci direita do rio Paraíba do Sul, com estação
da E F Leopoldina
ENGENHO D'ÁGUA - Povoado, à matgem ESPERANÇA - Cóuego (da), afluente da
esquetda do tio Paraíba do Sul e do cóuego margem diteita do 1io Paraíba do Sul

F
FEITO - Có11ego, afluente do iio Mocotó FLORES - Ribeilão (das), afluente da mat-
FERRUGEM - Pico (da), a sudoeste do mo1- gem diteita do rio do Colégio
10 do Douto FUNIL - Cachoeita (do), no rio Dois Rios

G
GRANDE - Rio, nasce na seaa do Paquequet, de São Fidélis, toma o nome de tio Dois
no município de Nova F1ibmgo; depois de Rios, depois de teceber o 1io Neg10
GRANDEZA - Sena (da), entte os lios do
atiavessar êste e o município de Bom Jat<lim,
Mocotó e do Quinto, no município de Cam-
se1 ve de limite entte os municípios de Can-
pos, prolongando-se pela região setenttional
tagalo e Ttajano de Motais, São Sebastião do do município de São Fidélis
Alto e Santa Matia Madalena, Sã'.o Sebastião GRUMARIM - Povoado, à margem esquetda
do Alto e São Fidélis, afluente da ma1gem dos tios Gt umarim e Paraíba do Sul, com es-
diteita do tio Pataíba do Sul, no município tação da E F Leopoldina

I
IPUCA - Vila, e sede do distiito de Jpuca, op10, à ma1gem esquetda do 1io Pataíba
do Sul
que pettence ao município, têtmo e comarca
ITACOLOMI - Seua (de), entte o lio Ma-
de São Fidélis Na 1egião cential do muni- ca pá e o libeirão das Flô1 es

J
JURAMENTO - Se11a (do), onde tem as nascentes o có11ego de São Tomé

L
LôBO - Cachoeita (do), no lio Dois Rios e o có11ego da Venda
LôBO - .Mo110 (do), ent1e o tio Dois Rios

M
MACAP Á - Pico (de), na conve1gência das ent1e os municípios de Santa Matia Madalena
senas de Marnpá e do rio Prêto, na 1egião e São Fidélis
extremo sul do município
MACAPÁ - Rio, afluente da màigem düeita MACAPÁ - Se11a (de), a leste e em çonti-
do rio Gtande, servindo, em pa1te, de limite nuação da setta de Itacolomi
- 267 -

MIROV AL - Sena, onde estão as nascentes do "' MURIBECA - Ribeirão (da) , afluente da mar-
córrego de Pouso Alto gem esquerda do rio de Macapá, servindo
de limite com o município de Santa Maria
MOCOTô - Serra (do), serve de limite com
Madalena
o município de Campos
MURIBECA - Sei;ra (da), serve de limite com
MORETI - Povoado, à margem düeita do os municípios de Campos e Santa Maria Ma-
cóirego da Catarina dalena

N
NOVO HORIZONTE - Povoado, à margem diteita do tio Prêto

o
ONÇA - Sena (da), na região ocidental do OURO - Cóuego ou Valão (do), afluente da
município de São Fidélis, prolcmgando-se até margem direita do 1io Dois Rios
o de Itaoca1a

p
P ALMIT AL - Se11a (do), nas cabeceitas do coue para o mumc1p10 de Itaocara, onde vai
córrego de Cata1ina desaguar na ma1gem diteita do rio Paraíba
PALMEIRAS - Serra (das), limite com o do Sul
município de Campos PEITO DE MOÇA - Cónego, ao noite da
P ARAíBA DO SUL - Rio, oriundo do Estado se1ra de São José
de São Paulo, entra no teiritório fluminense PEITO DE MOÇA - Mouo, ao norte da serra
pouco abaixo do povoado e estação do Salto; de São José
atravessa os municípios de ResenJe, Barra PENEDO - Povoado, à esquerda do tio Gru-
Mansa e Barra do Piraí, depois de flanquear marim
o de Piraí; separa adiante Vassouras, à di-
PIRAÍ - Cóuego ou Valão (de), afluente
reita, de Marquês de Valença e Rio da~
da margem direita do rio Dois Rios
Flôres, à esquerda, antes de crnzar os muni-
cípios de Paraíba do Sul e Ttês Rio>, limita PORCOS - Valão ou Rio (dos), afluente do
Sapucaia e Ca1mo com o Estado de Minas; rio Dois Rios
deixa em seguida Cantagalo e Itaocata, à POUSO ALTO - Córrego ou Valão, afluente
direita; Santo Antônio de Pádua e Cambuci, da margem direita do cóirego da Tapeia
à esquerda; atravessa os tenitó1iôs de São PROVIDÊNCIA - Sena (da), ao sul do cór-
Fidélis, Campos e, em parte, São João da 1ego da Venda Gtande
Ba1ra até a sua foz no Oceano Atlântico PUREZA - Vila, e sede do distrito de Pureza,
PARAÍSO - Có11ego ou Valão, afluente da que pettence ao município, têrmo e comarca
margem diteita do tio do Colégio de São Fidélis Na 1egião ocidental do mu-
PARICA - Cóuego ou Valão, nasce na sena mop10, à ma1gem esque1da do tio Pataíba
da Onça, no município de São Fidélis, e do Sul, com estação da E F Leopoldina

R
RAIMUNDO - Cótrego ou Valão (do), aflu- RETIRO - Setra (do), ent1e o cóirego do
ente da ma1gem düeita do córrego de São Engenho d' Agua e o valão do Timbó ,
Tomé RETIRO SAUDOSO - Povoado, entre o valão
Sêco e o valão do Ouro
RECREIO - Cachoeira (do), no rio do Colé- RIO PRÊTO -- Seu a (do), no limite com
gio, a 200 m de altitude o município Je Campos
- 268 -

s
SALINA - Se11a (da), no limite com o mu- SÃO MATEUS - Pico (de), limite com o
nicípio de Campos município de Campos
SALTO - Cachoeira (do), no iio Paraíba SÃO ROQUE - Córrego (de), afluente da
SANTANA - Se11a, entre os có11egos do Ca- maigem direita do rio ou valão do Ceiqueüa,
chorro d' Água e do Grumarim no município de Cambuci e com as nascentes
na serra do Ba110 Bianca, no município <le
SANTA MARIA - Pico (de), na serra do
São Fidélis
Sapateüo ou da Caconda, limite com o mu-
nicípio de Campos SÃO TOMÊ - Mo110 (de), entie o iio Dois
Rios e seu afluente o cóuego do Ou10
SANTO ANTÔNIO - Ribeirão (de), afluente
da maigem düeita do rio Macapá SAPATEIRO - Pico (do), ponto de limite
com o município de Campos, situado na se11a
SÃO BENEDITO - Serra (de)
do Sapateiro
SÃO FIDÊLIS - Cidade, sede do distrito, do
SAPATEIRO DA BANDEIRA OU CACONDA
município, do têimo e comarca de igual nome
- Se11a (do), no limite com o município
Na iegião cential do município, à margem
de Campos
düeita do iio Paiaíba do Sul, com estação da
E F Leopoldina SÊCO - Valão, afluente <lo iio Dois Rios
SÃO JOSÊ - Se11a (de), ao noite do iio SERRINHA - Se11a, a esqueida do iio Dois
Bela Joana Rios

T
TÁBUA - Povoado, à maigem düeita do iio TAPERA - Povoado, à maigem esquei<la do
de igual nome úo de igual nome
TÁBUA - Valão ou có11ego (da), nasce na TAPERA - Cónego (da), afluente da mar-
sena do Ba110 Branco, e deságua pela mar- gem esqueida do iio do Colégio
gem direita do valão ou rio do Carqueja,
TIMBô - Có11ego, afluente da maigem es-
município de Campos
querda do iio Paiaíba do Sul
TABUINHA - Se11a (da), ao sul do povoa-
do de Tábua e limite com o município de TOMÊ - Có11ego ou Valão, afluente da mai-
Campo's gem düeita do lio Dois Rios
TABUINHA - Có11ego (da), nasce na se11a TRÊS PICOS - Se11a (dos), ao noite da se11a
de igual nome e co11e paia o município de do Mocotó e no limite com o município de
Campos Campos

V AI E VOLTA - Se11a (do), entie os i10s VEADO - Valão (do), afluente do iio Dois
da Opinião e da Bela Joana Limite com o Rios
município de Campos VELUDO - Có11ego, afluente da maigem
esqueida do iio Pa1aíba do Sul
VALÃO DA CATARINA - Có11ego, afluente
da maigem düeita do iio Paraíba do Sul VENDA -- Có11ego (da), afluente da ma1-
gem esque1da do iio Dois Rios
V ALÃO GRUMARIM - Cóuego, afluente da VENDA GRANDE - Cóuego (da), afluente
maigem esqueida do rio Paiaíba do Sul da ma1gem di1eita do có11ego da Catatina
VALÃO DOS PORCOS - Povoado, a sudeste VENTUROSA - Povoado, na 1egião 01iental
da vila de Cambiasca, ex-Ponte Nova, sede do VOLTA GRANDE - Valão (da), afluente do
5º distrito valão <la Catarina
- 269 -

MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO

A
ALCÂNTARA - Rio, afluente da maigem ANANAS - Ilha (do), próxima à ilha das
esquerda do rio Guaxindiba, com sua origem Flores.
na lagoa do Capote
ALDEIA - Rio (da), afluente da maigem ARRASTÃO - Povoado, a noroeste e aproxi-
esquerda do rio Macacu, no município de madamente a 2 km do povoado de Virajaba
Itaboiaí, tendo as nascentes na serra do Ca-
laboca no município de São Gonçalo ARROTA CONTOS - Lugaiejo, a sudeste da
ALTO DA BOA VISTA - Morro, a sudoeste vila de Sete Pontes e no limite com o muni-
da cidade e sede do 1• distrito cípio de Niterói

B
BALDEADOR - Povoado, do disttito de Sete BOA VISTA - Morro (da), no bairro das
Pontes, distando 12 km da sede municipal Neves e aproximadamente a 2 km do litoral
da baía de Guanabaia
BANDEIRA - Pôito (da), na baía de Gua- BOMBA - Rio, deságua na baía de Guana-
nabaia bara no bairro do Baneto, município de Ni-
terói e, depois da iua Padre Marcelino, serve
BARRACÃO Povoado, no entroncamento de limite entre êste município e o de São
das estradas do Sacramento e Mundéo Gonçalo

e
CALABOCA - Se11a (de), limita o muni- CASTRO - Moiro (do), na iegião meridio-
cípio de São Gonçalo com o de Maricá nal do município, próximo ao tio das Pedras
CHUMBADA - Povoado, a leste da cidade
CAMARÃO - Rio, afluente da maigem es-
querda do tio Ct ubixais de São Gonçalo
COLUBAND:Ê - Lugaiejo, à margem do rio
CAPELA - Moiro (da), na zona uibana do Alcântara
CAPOABA - Pico, na serra de Itaitindiba COLUBAND:Ê - Morro (de), a sudeste da
cidade de São Gonçalo
CAPOTE - Lagoa (do), onde tem origem o
COLUBAND:Ê - Rio, afluente da margem
tio Alcântaia
esquerda do rio do Alcântara
CARRO - Rio (do), nasce no município de CONCEIÇÃO - Povoado, do distlito de São
São Gonçalo e desembqca na margem es- Gonçalo, distando 4 km da sede municipal
querda do rio da Aldeia no município de COSTA - Motro (do) , a sudoeste da cidade
Itaboraí de São Gonçalo
CARVALHO - Ilha (do), na baía de Guana- CUCUIA - Povoado, entie o canal do Imboaçu
baia, a noioeste da vila de Neves e o tio do Alcântara

E
ENGENHO - Ilha (do), na baía de Guanabara, a no10este da ilha das Flores.

F
FILHA OU DA PIMENTA - Ilha (da), no litoral da baía de Guanabara
- 270 -

FOCINHO DE PORCO - Gruta (do), na FRIO OU DA CAMPANHA - Rio, afluente


ilha da ltaoca <la margem diteita' do tio da Aldeia, na re-
FLORES - Ilha (das), no li total da baía de gião oriental do município
Guanabaia

G
GAMBÁ - Rio (do), afluente da margem GUAINÃ - Rio, afluente da matgem direita
esquerda do Guaxindiba do tio Guaxindiba, set vindo de limite com
GLÓRIA - CóHego (da), afluente da mat- o município de ltaboraí
gem diteita do rio Paquequer GUAXINDIBA - Canal (do), liga a fábrica
GRANDE -- Sena de cimento ao rio de igual nome
GUAIÁ - Alto (do), na serra do Calaboca GUAXINDIBA - Rio, nasce em Anaia e serve
e ponto convergente dos limites entre os de limite entte os municípios de São Gonçalo
municípios de Itaboiaí, Maticá e São Gonçalo e Itaboraí

1
IMBOAÇU - Canal (do), sepata o lugatejo ITAITINDIBA - Se11a (de), entte a sena
Itaoca do continente do Calaboca e o có11ego do Taquaral; limite
IMBOAÇU - Rio, tributátio da baía de Gua- entre os municípios de São Gonçalo e Maticá
nabata
IT AOCA - Ilha (da), na baía de Guanabara,
IPIÍBA (EX-CORDEIROS) (EX-JOSÉ MA-
a noroeste da cidade de São Gonçalo
RIANO) - Vila, e sede do distrito de
Ipiíba, que pertence ao município, têrmo e ITAOCA - Ponta (da), na otla da baía de
comatca de São Gonçalo. Na região oriental Guanabata
do município, à matgem do rio Aldeia, com
ITAOQUINHA - Ilha (da), ptóxima à ilha
estação da E F Central do Btasil, ramal de
Maricá da Itaoca

ITAITINDIBA - Povoado, do distrito de ITAúNA - Mo110 (de), entre o litoral da


Ipiíba, distando 16 km da sede municipal baía de Guanábata e o tio do Alcântata

L
LIRA - Pôt to (do), na baía de Guanabara LUZ - Praia (da), na otla da baía de Gua·
LUZ - Mono (da), entte o canal do Imboaçu nabata
e a baía de Guanabata LUZ - Ponta (da), na otla da baía de Gua-
LUZ - Pôt to (da), na baía de Guanabata nabaui

M
MADAMA - Mo110 (da), na zona utbana MARTINS - Mollo (do), na :iona mbana da
<la cidade de São Gon~alo cidade de São Gonçalo
MINA - Mo110 (da), a sudoeste da cidade
MARIA PAULA - Rio, nasce nas imediações de São Gonçalo
<lo mo110 de Cantagalo, no municpio de Ni- MONJOLO - Rio, afluente do tio Guaianã
tetói e desemboca na matgem esquetda <lo MONJOLO - Vila, e sede do distrito de
tio Mmique, no município de São Gonçalo Monjolo, que pettence ao município, têtmo e
comatca de São Gonçalo Na região otiental
MARIMBONDO - Rio (do), tributátio da do município, com estação da E F Leo-
baía de Guanabara polcjina
- 271 -

MONTE FORMOSO - Povoado, rio entron- MUTONDO - Rio, afluente da margem es,
camento da enseada de igual nome, com a querda do rio Alcântara
estiada de Engenho Novo MUXINGUEIRO - Ilha (do), na baía de
MONTEIRO - Morro (do), a sudoeste da Guanabaia entre a ilha das Flôres e a do
cidade de São Gonçalo Carvalho

N
NEVES - Vila, e sede do distrito de Neves, tal do município, no litoial da baía de Gua-
que pertence ao município, têi:mo e coma1ca nabara, com estação da E F Leopoldina e
de São Gonçalo Nà região extremo-ociden- Central do Brasil

o
OSTRAS - Ponta (das), no litoral da baía OURO Rio (do), formador do 1io da
de Guanabara Aldeia

p
P A CHECOS - Povoado, distando 11 km da PEDRO DE ALCANTARA (EX-LAMPADO-
sede municipal, distrito de Ipiíba SA) (EX-ALCANTARA) - Povoado, à
ma1gem do rio de igual nome, com estaçãó
PACIÊNCIA - Povoado, à margem direita do
da E F Leopoldina
rio Muriqui
PEQUENO - Morro
PAIVA - Morro (do), na zona urbana
PIMENTA OU DA FILHA - Ilha (da), na
PAIVA - Pôrto (do) , na baía de Guanabara. baía de Guanabaia, e nas imediações do
PARAGUAI - Rio, tiibutário da baía de Gua- litoial
nabara PONTE - Pôito (da), na baía de Guanabara
PEÇA - Morro (da), nas imediações do luga- PôRTO DA PEDRA - Povoado, no litoial
rejo Colubandê da baía de Guanabara e a oeste da cidade e
sede do 1Q distrito
PEDRAS - Rio (das), nasce no morro do
Zumbi no município de Niterói, e deságua PôRTO DA ROSA - Povoado, à margem da
pela margem esquerda no rio Muriqui, no baía de Guanabara.
município de São Gonçalo, servindo em parte PôRTO NOVO - Povoado, ao sul do pôrto
de limite entre os dois municípios da pedia

Q
QUINTANILHA - Rio (da), tributário da baía de Guanabara

R
RASA - Ilha, da baía de Guanabaia RIO D'OURO - Povoado, à margem do 1io
RAUL VEIGA - Luga1ejo, com estação da d'Aldeia, com estação da E F C do füasil
E F C do füasil, iama! de Maricá

s
SACRAMENTO - Povoado, à margem do rio SANTA ISABEL - Povoado, ao noite de
da Aldeia, com estação da E F C do Brasil Ipiíba, na região oriental do município
SALVATORI - Povoado, da E FC do Bra-
sil, ramal de Maricá, no pe1curso Neves-Cabo SÃO GABRIEL - Ponta (de), na orla da baía
Frio. de Guanabaia
- 272 --

SÃO GONÇALO - Cidade, sede do disttito, SERRINHA - Sena, na região metidional dü


do município, do têrmo e coma1ca de igual município
nome Na 1egião ocidental do município, à
SETE PONTES - Vila, e sede do distrito de
ma1gem do rio Imboaçu, com estações das
E F Leopoldina e da Central do Btas1l, Sete Pontes, que pettence ao município, têlmo
iama! de Maticá e comarca de São Gonçalo Na 1egião oci-
SERRINHA - Rio (da), àfluente da ma1gem dental do muniúpio, entre os tios Bomba e
(Squerda do tio da Aldeia Imboaçu, mm estação da E F C do Btasil

T
TAV ARES - Ilha (dos), a no1deste da ilha TRIBOBó Povoado, a sudeste da sede do
do Engenho 19 dist1ito
TENENTE JARDIM - Povoado, do dist1ito
de Sete Pontes, distando 7 km da sede mu- TRINDADE - Povoado, do dist1ito de São
nicipal Gonçalo, distando 9 km da sede municipal

V
V ALA - Pô1 to (da), na baía de Guanabata VELHO Pô1to, na baía de Guanabaia
V ARZEA DAS MOÇAS - Lugarejo, entie o
VIANA Mono (do), na zona mbana da
tio da Aldeia e o Iio Mmiqui
cidade de São Gonçalo
V ARZEA DAS MOÇAS - Rio, afluente do
tio do Ouro no município de Nite1ói, com VISTA ALEGRE - Mo110 (da), a sudoeste
as nascentes no município da cidade de São Gonçalo

z
ZUMBI - Moiro (do), a sudeste da vila de Sete Pontes, sede do 5º dist1ito

MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BARRA

A
AÇU - Baua (do), onde deságua o tio de no litoral do Oceano Atlântico, é ponto de
igual nome; ponto final da teta de limite limite entre os dois municípios
entre' os municípios de São João da Baua AGUA PRETA - Lagoa (da), ao sul da lagoa
e Campos, a leste da lagoa Salgada do Taí Grande
ATAFONA - Povoado, à margem direita do
AÇU - Rio, nasce no município de Campos rio Pa1aíba do Sul e no litoral do Oceano
e attavessa o de São João da Barra; sua baua, Atlântico, com estação da E F Leopoldina

B
BANANEIRAS - lagoa (das), a sudeste da BARRA StCA - Vila, e sede do distrito de
cidade de Campos; sei ve de limite com o Baua Sêca, que pe1tence ao município, têrmo
município de Campos e coma1ca de São João da Ba1ra Na 1egião
otiental do município, ao sul do tio Gua-
BARCELOS - Povoado, à ma1gem diteita do xindiba
rio Pataíba do Sul, com estação da E F. BOM LUGAR - Povoado, ent1e as nasceri.tes
Leopoldina do rio das Quat10 Bôcas
- 273 -

e
CACIMBAS - Povoado, do distrito de Barra CAMPOS D' AREIA - Lugarejo, no litoral do
Sêca, distando 12 km da sede municipal Atlântico e ao sul da cidade de São João
da Barra.
CAETÁ - Cóirego, afluente da margem di-
CARRAPATO - Lugarejo, a sudeste da vila
reita do lio Paraíba do Sul
de Maniva, sede do 4° distrito
CAETÁ - Lugarejo, à margem ditei ta do rio CATÁIA - Córrego (da), afluente da mar-
Paraíba ·do Sul, com estação da E F Leo- gem esquerda do rio Paraíba do Sul e limite
poldina entre os m\Inicípios de Campos e São João
da Barra
CAMAPUÃ - Rio, ao sul da lagoa Doce, de-
CAUAIA - Lagoa, prosseguimento para noro-
semboca no Oceano Atlântico
este da lagoa do Campeio, sendo que a linha
média das águas de ambas serve de limite
CAMPELO - Lagoa (do), a linha média de
entre os municípios de Campos e São João
suas águas se1ve de limite com o município
de Campos da Barra
CONVIV~NCIA - Ilha (da), na baira do
CAMPO NOVO - Povoado, do distrito de rio Paiaíba do Sul
Baua Sêca, distando 10 km da sede mu- CORRENTEZA - Çónego (da), tributário da
nicipal lagoa do Taí Grande

D
DOCE - Lagoa, ao sul da vila de Itabapoana, sede do 3• distrito

F
FAZENDINHA - Povoado, do disttito de FEIA - Lagoa, à margem direita do 1io Ita-
Barra Sêca, distando 4 km da sede muni- bapoana e a noroeste da vila do mesmo nome
cipal

G
GUAXINDIBA - Barra (do), a sudeste da GARGAÚ - Povoado, ao nó.tte da embocadura
vila de Baira Sêca do rio Paraíba do Sul
GRANDE - Ilha, no rio Paraíba do Sul em
GUAXINDIBA - Rio, nasce na serra do Im- frente à barra do rio Muritiba
buri, atravessa o noite da vila de Barra Sêca
GRUSSAÍ - Lagoa (do), ao sul da cidade de
e desemboca no Oceano Atlântico
São João da Barra
GARGAú - Lagoa (de), ao norte e próxima GRUSSAÍ - Povoado, a nordeste da lagoa de
à barra do rio Paraíba do Sul igual nome

1
IMBURI - Povoado, entre as nascentes do e Espírito Santo nos municípios de Porciún-
rio Guaxindiba, limitando com o município cula, Natividade do Carangola, Bom Jesus do
de Campos ltabapoana, Campos e São João da Barra
IQUIPARI - Lagoa, próxima ao litoral do
Oceano Atlântico ITABAPOANA - Vila, e sede do distrito de
IQUIPARI - Vala ou Canal, liga a lagoa de Itabapoana, que pert~nce ao município, têrmo
igual nome à lagoa do Taí Grande. e comarca de São João da Barra Na região
ITABAPOANA - Rio, proveniente do Estado setenttional do município, à margem do rio
de Minas Gerais, limita os Estados do Rio Itabapoana

-18-
- 274 -

J
JACARÉS - Lagoa (dos), entre as lagoas de JUVÊNCIO - Córrego (do), afluente da ma1-
Taí Pequeno e das Bananeitas, pelo meio gem direita do rio Itabapoana e limite com
das quais passa a linha divisória dos municí- o município de Campos
pios de Campos e São João da Barra

M
MANGUINHOS - Ponta (de), à ma1gem tence ao município, tê1mo e comarca de São
do Oceano Atlântico, no paialelo do povoa- João da Bana Na região central do mu-
do Carrapato nicípio
MANGUINHOS Praia (de), no litoral do
Oceano Atlântico, a no1deste da barra do MAQUINA - Luga1ejo, entre os rios das Qua-
tio Guaxindiba tro Bôcas e Itabapoana

MANIVA (EX-SÃO LUIZ GONZAGA) MURITIBA - Rio, afluente da margem es-


Vila, e sede do disttito de Maniva, que pe1- que1da do rio Paiaíba do Sul

N
NOVA - Lagoa, à esque1da do rio Guaxindiba

PARAÍBA DO SUL - Rio, oriundo do Estado PIPEIRAS (EX-AMPARO DO TAÍ) - Vila,


de São Paulo, entra no territó1io fluminense e sede do distrito de Pipeiras, que pe1 tence
pouco abaixo do povoado e estação do Salto; ao município, têrmo e coma1ca de São João
atravessa os _municípios de Resende, Barra da Barra Na 1egião meridional do muni-
Mansa e Bana do Pitaí, depois de flanquear cípio, à ma1gem da lagoa do Taí Giande
o de Püaí; sepaia adiante Vassomas, à di-
PONTE - Povoado, do di~trito de Ba11a Sêca,
reita, de Ma1quês de Valença e Rio <Ías
distando 16 km da sede municipal
Flô1es, à esquerda, antes de cruzar os 111uni
cípios de Paraíba do Sul e Três Rios, limit:t PONTO - Córrego ou Valão (do), afluente
Sapucaia e Ca1mo mm o Estado de Minas; da ma1gem esquerda do rio Guaxindiba
deixa em seguida Cantagalo e Itaocaia, à
dii:eita; Santo Antônio de Pádua e Cambuti, PONTO DO LEITE - Lugarejo, às margens
à esque1da; atravessa os te11itótios de São do có11ego Caetá, mm estação di< E F. Leo-
Fidélis, Campos e, em patte, São João da poldina
Bana até a sua foz no Oceano Atlântico PóRTO VELHO - Povoado, à ma1gem diteita
PIMENTA - Valão ou Cótrego (da), afluente do rio Muritiba e à esquerda do rio Paraíba
da ma1gem diteita do rio Itabapoana do Sul

Q
QUATRO BóCAS - Rio, aflu('nte da margem QUIPARI - Lagoa
diteita do tio Itabapoana

R
RETIRO - Ponta (do), a nordeste da barra igual nome Na região oriental do municí-
do 1io Camapuã
pio, à margem direita do rio Paiaíba do
SÃO JOÃO DA BARRA - Cidade, sede do
distrito, do município, do têrmo e comarca de Sul, com estação da E F Leopoldina.
- 275 -

s
SÃO MARTINHO - Córrego (de), tributário SERRANO - Valão ou Cótrego (do), afluente
da lagoa do Taí Grande da margem direita do rio Itabapoàna

T
TAí GRANDE - Lagoa, à beira da quál está vindo de liinite entre êste e o de São João
localizada a vila de Pipeiras, sede do s• da Barra
distríto TATU-AÇU - Valão ou Rio (do), afluente da
margem di1eita do 1io ltabapoana,
T Aí PEQUENO -----,- Lagoa, ao norte da lagoa TODOS OS SANTOS ---,. Córrego (do), afluen-
dos Jacarés, no município de Campos, ser- te da margem direita do rio Itabapoana

V
V ALÃO DO BARRACÃO - Córrego, afluente V ALÃO S:i!CO - Povoado, do disttito de
da margem direita do tio Itabapoana, na 1e- Barra Sêca, distando 26 km da sede mu-
gião norte-ocidental nicipal.
V ALÃO DO GRUSSAí - Cónego, afluente
do cónego da Correnteza
VEIGA - Rio (do), nasce na região meridio-
V ALÃO DO JENIPAPO - Cótrego, afluente
da margem direita do rio Itabapoana. nal e deságua no Oceano Atlântico
V ALÃO DO PONTO - Povoado, ao sul da
vila de Maniva, ex-São Luís Gonzaga, sede VIANA - Povoado, à ma1gem direita do rio
do 6° distrito Paraíba

MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DE MERITI

A
AGOSTINHO PôRTO - Povoado, do dis- Rosali, com estação dà E F Rio d'Outo
trito de Coelho da Rocha, ao norte da vila

B
BERFORD - Povoado, distrito de São Mateus, com estação da E F, Cential do Brasil

e
COELHO DA ROCHA - Vila, e sede do dis- Meriti Na 1egiao noite do município, com
tiito de Coelho da Rocha, que pe1tence ao estação da E F Rio d'Ouro
município, têrmo e comarca de São João de

E
EDEN - Povoado, a sudeste da estação de do Brasil, linha auxiliar..
Rocha Sobrinho, com estação da E F C
- 276 -

R
ROCHA SOBRINHO - Povoado, à ma1gem ROSALI - Povoado, ao noite da cidade de
do 1io Sarapuí, con:i, estação da E F C do São João de Meriti, com estação da E F
Brasil, linha auxiliar Rio d'Ouro

s
SÃO JOÃO DE MERITI (EX-MERITI) tê1mo e coma1ca de São João de Meriti Na
Cidade, sede do distrito, do município, do região sul-oriental do município, com esta-
têrmo e coma1ca de igual nome Na região ção da E F Central do Brasil, linha auxiliar
meridional do município, à ma1gem do 1io SARAPUÍ - Rio ou Canal, tributálio da baía
Pavuna, com esta~ão da E F Rio d'Ouro de Guanabata, fo1mado pela junção dos rios
Bangu e da Cachoeira e passando pelos mu-
SÃO MATEUS - Vila, e sede do distrito nicípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu,
de São Mateus, que pertence ao município, Nilópolis

T
TOMAZINHO - Povoado, do dist1ito de São d:i E F C B , linha auxiliai
Mateus, a 1 km da sede disttital, com estação

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA

A
ARARUAMA - Lagoa (de), na 1egião me1i- dos limites dos municípios de Araruama, Cabo
dional do município de igual nome, se1vindo Frio e São Ped10 da Aldeia
a linha média de suas águas de limite entte os ARRASTÃO - Povoado, à margem diteita do
municípios de Cabo F1io, São Ped10 da Aldeia rio Atrozal e a n01oeste da cidade de São
e Aia1uama Pedro da Aldeia
ANDORINHAS - Ponta ou Pedra (das), na ARROZAL - Rio, nasce no município de Ara-
lagoa de Araruama, a sudoeste do povoado ruama e coue para o de São Ped10 da Aldeia
de Iguaba Gtande, no município de São onde desemboca na ma1gem direita do 1io
Pedto da Aldeia, e ponto de convergência Fundo

B
BAIXO - Povoado, à beita da lagoa de Ata- BOQUEIRÃO -- Canal (do), ao sul da cida-
tuama e a sudeste da cidade de São Ped10 de de São Ped10 da Aldeia, liga a paite 01i-
da Aldeia ental da lagoa de Atatuama à patte oci-
BAIXO GRANDE - Povoado, do disttito de dental
São Pedro da Aldeia, distando 8 quilômettos
da sede municipal

e
CANDIDO - Ponta (do), a oeste da cidade CAPIVARA - Luga1ejo, na 1egião ocidental
de São Pedro da Aldeia CARIJOJô - Rio, nasce ao noite da vila de
CANELAS - Morro (das), a no10este do dis- São Vicente de Paulo, no município de Ara-
trito de Jguaba Grande, ponto de limite com ruama e coue na diteção nordeste para o
o município de Aratuama município de São Pedro da Aldeia
- 277 -

CHICO MARQUES - Ilha (do), na lagoa de COQUEIROS - Ponta (dos), na lagoa de


Araruama, a sudoeste da cidade de São Pedro Araruama, na 1egião extremo-meridional do
município
da Aldeia
CUPI - Rio (do) , nasce ao sul da vila de
São Vicente de Paulo, município de Aiaruama
CORDEIROS - Ponta.. (dos), à beira da la-
e corre para o de São Pedro da Aldeia, onde
goa de Araruama e ao sul da cidade de São deságua em um alagadiço, ao sul do luga-
Pedro da Aldeia rejo de Itaí

E
ENCRUZILHADA DA SAPUCAIA - Lugarejo, no limite com o município de Araruama

F
FARINHA - Mono (da), a leste do distrito FUNDO - Rio, corre para o tio Papicu, no
de Iguaba Grande município de São Pedro da Aldeia, servindo
FRADE - Morro (do), a leste da cidade de antetiormente de limite com o município de
São Pedro da Aldeia Araruama

1
IGARAPIAPUNHA - Morro (de), ponto de IGUABA GRANDE - Vila e sede do dis-
limite entte os municípios de Araruama e trito de Iguaba Giande, pertencente ao mu-
São Pedro da Aldeia nicípio e têrmo de São Pedro da Aldeia, que
faz parte da comarca de Cabo Frio À margem
IGUABA - Rio, passa pelo distrito de Iguab:i
da lagoa de Araruama, com estação da E F
Grande e deságua na lagoa de Araruama
Central do Btasil (ramal de Maricá)
IGUABA GRANDE - Saco (da), a sudeste ITAí - Povoado, na região setentrional
do distrito de igual nome

J
JOAQUIM MOTA - Rio (do), tributário da lagoa de Aiaruama

M
MADEIRA - Pôrto (da), a sudoeste do dis- MILAGRE - Morro (do), a nordeste da cida-
ttito de Iguaba Giande de de São Ped10 da Aldeia

p
P API CU - Rio, formado pelo rio Fundo PôRTO DA ALDEIA - Povoado, à beita da
lagoa de Aiarnama e ao sul da cidade de
PERô - Mono (do), ponto de limite com o
São Pedro da Aldeia
município de Atatuama
PôRTO DO CARRO - Povoado, do distrito
POMBOS - Ilha (dos), ao sul da cidade e de São Ped10 da Aldeia, distando 9 km da
sede do 1° disttito sede municipal

s
SÃO PEDRO DA ALDEIA - Cidade, sede nicípio, à beira da lagoa de Ararnama, com
do distrito, do município e têrmo de São estação da E F Central do Brasil, ramal
Ped10 da Aldeia, que pertence à coma1ca de Maricá
de Cabo Frio Na região meridional do mu-
- 278 -

SAPIATIBA - Serra, ao norte da lagoa d e SERGEIRA - Povoado, na região ocidental


Araruama do município

MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO ALTO

A
ÁGUAS Fl3RREAS - Córrego (das), afluente da margem direita do córrego dos fodios

B
BABILÔNIA - Córrego (da), afluente da BARRA - Córrego (da), afluente da margem
ma1gem esquerda do rio Grande esque1da do 1io Grande

D
DEUS ME LIVRE - Se1ra (de), entr.e os 1ios Giande e Neg10

F
FARIA - Povoado, do distiito de Valão do Ba110, distando 36 km da sede municipal

G
GRANDE - Rio, nasce na seua do Paque. do Alto e Santa Maria Madalena, São Se-
que1, no município de Nova Fribu1go; depois bastião do Alto e São Fidélis; afluente da
de atlavessa1 êste e o município de Bom Jor- margem düeita do rio Paraíba do Sul, no mu-
dim, serve de limite entre os municípios de nicípio de São Fidélis, toma o nome de lio
Cantagalo e Trajano de Morais, São Sebastião Dois Rios, depois de 1ecebe1 o lio Neg10

H
HUMAITA - Cónego, afluente da ma1gem HUMAITÁ - Cachoeiia, no üo Giande
esque1da do rio Giande

I
IBIPEBA - Povoado, do disttito de Valão do IPJTUNA - Povoado, do distlito de Valão do
Ba110, distando 24 km da sede municipal Ba110, distando 33 km da sede municipal
ÍNDIOS - Có11ego (dos), afluente da ma1-
gem direita do lio Neg10

M
MACUCO - Rio, nas(e, com o nome de Macu- Sebastião do Alto, deságua, pela ma1gem di-
quinho, na setra do Pacau, no município de 1eita no lio Neg10, no município de São
Duas Banas e co11e paia o de Cordei10, se- Sebastião do Alto
parando êste, em parte, do município de São

N
NEGRO - Rio, nasce no alto dos Michéis, no galo, Itaocaia e São Sebastião do Alto, fo1-
município de Duas Ba11as e co11endo pata mando com o rio Giande o rio Dois Rios
no1deste, attavessa os municípios de Canta-
- 279 -

o
OLIVEIRA - Córrego (do), afluente da mar- município de Cordeiro
gem direita do rio Macuco e limite com o

p
PONTE DO RIO NEGRO - Povoàdo, do da sede municipal
distrito de Valão do Barro, distando 18 km

s
SANTA OLGA - Córrego (de), afluente da de Cantagalo. Na região cent1al do n'lunid-
margem direita: dó córrego de São Joaquim plo, entre as nascent~s do cótrego d~ Barra

SÃO JOAQUIM - Córrego (de), afluente SÃO TOMAZ DOS ÓRFÃOS - Povoado, do
da margem diieita do tio Neg10 disttitó de São Sebastião do Alto, distando 12
km da sede municipal
SÃO SEBASTIÃO - Seu a (de), na região SOBRADO - Cótrego (do), afluente da mar-
central do município gem esque1da do tio Gtande Serve de limite
SÃO SEBASTIÃO DO ALTO - Cidade, sede com o município de Cordeiro
do distrito, do município e têrmo de São SOBRADO - Mo110 (do), limite com o mu-
Sebastião do Alto, que pertence à comarca nicípio de Co1deiio

V
V ALÃO DO BARRO - Córrego, afluente da 1egião setentrional do município, à n:ia1gem
margem direita do rio Negro do V alão do Barro
VALÃO DO BARRO - Vila, e sede do dis- V ARZEA - Córrego (da) , afluente da mat-
trito de Valão do Barro, pe1tencente ao mu- gem direita do tio Macuco, servindo de li-
nicípio e tê1mo de São Sebastião do Alto, mite entre os municípios de Cotdeiro e São
que faz parte da coma1ca de Cantagalo Na Sebastião do Alto

MUNICÍPIO DE SAPUCAIA

A
AÇUDE - Moiro (do), a sudoeste e aproxi- ALTO DOS CAETÉS - Pico, limite entre os
madamente a 3 km da vila de Nossa Senhoia municípios de Sapucaia e Sumidou10
Aparecida
ANTA - Có11ego (da), afluente da matgem
ALTO DO GUEDES - Pico, a noroeste do
município de Sumidouto e limite com o de direita do tio Paraíba do Sul, a sudoeste da
Sapucaia vila de Anta
ALTO DO PIÃO - Pico, ponto de convergên-
ANTA - Vila, e sede do disttito de Anta,
cia de limite com os municípios de Teresó-
pertencente ao município e tê1mo de Sapucaia,
polis, Sumidou10 e Petrópolis
que faz parte da comarca de Três Rios Na
ALTO DAS ROSAS - Pico, no limite ent1e
os municípios de Sapucaia e Sumidouto, na 1egião setenttional do município, com estação
1egião n01te-ocidental dêsde último da .):\ F C do Btasil

B
BAMBUS - Mo110 (dos), ao sul da sena BANQUETA Có11ego ('da), afluente da
da Bocaina margem direita do tio Calçado, na região
sul-central
- 280 -

BANQUETA - Serra (da), de onde veltem BOA ESPERANÇA - Mouo (da), entre os
as águas para a maigem direita do iio Cal- córregos da Boa Esperança e de São José, na
çado, na região sul-central região oiiental do município
BOA VISTA - Alto (da), no limite entle os
BARRA DE SÃO FRANCISCO - Povoado,
municípios de Sapucaia e Sumidouro
do distlito de Jamapará, distando 39 km da
BOAVISTA - Córrego (da), afluente da
sede municipal
margem diteita do rio Paraíba
BARREIRO - Córrego, aflúente da maigem di- BOA VISTA - Seu a (da), a leste do ribeirão
ieita do lio Cal~ado da Cottiça
BOA VISTA OU DA FLORENÇA - Seira
BOA ESPERANÇA - Córrego (da), afluente
(da), sei ve de limite com o município do
da margem direita do lio de São Fiancisco,
Cauno
na regíão oriental
BOCAINA - Morro (da), entie o rio Paraíba
BOA ESPERANÇA - Cóuego (da), afluente do Sul e o riacho Fundão
da maigem direita do rio Paiaíba do Sul, BOCAINA - Seu a (da), a leste do iiacho
na iegião noite-ocidental Fundão

e
CALÇADO - Rio, depois de sei vit de limite CEMITÊRIO - Moiro (do), entle a seua da
entle os municípios de Sapucaia e Pettópolis, Montanha e o cóuego de Santa Rita
penetia no município de Tiês Rios, indo de-
CHIADOR - Cachoeita (do), no !Ío Pa1aíba
saguai na ma1gem diteita do iio Paraíba
do Sul, na iegião norte-ocidental do muni-
do Sul
cípio
CAMPO ALEGRE - Moiro (do), entie as
CONCEIÇÃO.~ Córrego (da), afluente do
nascentes do córrego de igual nome
rio Calçado
CAPIM - Serra (do), no limite entie os mu-
nidpio de Pettópolis', Te1esópolis, S:ipucaia e CORTIÇO - Ribeitão (do), afluente da ma1-
Sumidomo gem diteita do 1io Paiaíba do Sul

F
FLORENÇA OU DA BOA VISTA - Seira FUNDÃO - Seu a (do), entre os córregos da
(<la), limite com o município de Carmo Laje e do Sertão
FUNDÃO - Riacho (do), afluente da ma1-
gem direita do rio Paraíba do Sul

J
JACUBA - Rio, afluente da ma1gem diteita Sapucaia, que faz paite da coma1ca de Tiês
do iio Paraíba do Sul Rios Na iegião setentrional do município,
JAMAPARÁ - Vila, e sede do dist1ito de Ja- coitada pela estiada de 10dagem Rio-Bahia
mapa1á, pertencente ao município e têuno de

L
LAJE - Cónego (da), afluente da ma1gem LAVA PÊS - Cóuego, afluente da ma1gem
direita do tio Pa1aíba do Sul direi ta do lio Calçado
LAJE - Mouo (da), entre o cónego de igual
nome e o riacho Fundão

M
MAGÊ - Có1rego (de), afluente da margem MANGUEIRA - Morro (da), ent1e o tio Pa-
esque1da do iio Paquequer e limite com o raíba do Sul e o moiro do Campo Aleg1e
município de Carmo
MANUEL PARENTE - Córrego (do), afluen- MORENA -,- Se11a, na região central do mu-
te da margem direita do rio Paraíba do Sul, nicípio.
servindo de limite com o município de Ttês
Rios

N
NOSSA SENHORA DA APARECIDA - Vila, Sapucaia, que faz parte da comarca de Três
e sede do distrito de Nossa Senhora da Apa- Rios Na região oriental do município, entre
recida, pe1tencente ao município e têrmo de as senas de São Gregório e da Bocaina

p
P ARAíBA DO SUL - Rio, otiundo do Estado deixa em seguida Cantagalo e Itaocara, à
de São Paulo, entra no territó1io fluminense direita; Santo Antônio de Pádua e Cambuci,
pouco abaixo do povoado e estação do Salto; à esquerda; atravessa os territórios de São
atravessa os municípios de Resende, Ba1ra Fidélis, Campos e, em parte, São João da
Mansa e Barra do Piraí, depois de flanqueai Ba1ra até a sua foz no Oceano Atlântico
o de Piraí; separa adiante Vassouras, à di-
PAVÃO - Morro, ent1e as nascentes do cór-
reita, de Marquês de Valença e Rio Jas
rego do Manuel Parente
Flôres, à esque1da, antes de cruzar os muhi
cípios de Paraíba do Sul e Três Rio5, lini'.ta PEDRA DE AMOLAR - Morro, à esque1da do
Sapucaia e Carmo com o Estado de Minas; rio São Fiancisco

Q
QUILOMBO - Córrego (do), afluente da QUILOMBO - Serra (do), a nordeste do cór-
margem düeita do 1io Calçado rego de igual nome

R
RESENDE - Mono (do), entle as serras de ROSA - Sena (da), no limite com o muni-
Santa Rita e do Capim cípio de Sumidouro
RETIRO - Morro (do), entre o córrego <.ia RONCADOR - Moiro (do), entre os córregos
Anta e o córrego de São José de São João e da Boa Vista

s
SANTANA - Morro (de), entre os córregos SÃO GREGÓRIO - Serra (de), a leste do
de S~ntana e da Conceição rio de São Francisco
SANTANA - Mono (de), ent1e o 1io Pa-
SÃO JOÃO - Córrego (de), afluente da ma1-
raíba e o 1ibeirão da Co1 tiça
gem direita do tio Paraíba do Sul, nas pro-
SANTANA - Cónego, afluente da margem
ximidades da cidade de Sapucaia
düeita do rio Calçado
SANTANA - Povoado, entre o moug. de igual SÃO JOÃO - Moiro (de), onde nasce o
nome e o tio Paraíba do Sul có11ego de igual nome
SANTA RITA - Cónego (de), afluente da SÃO JOSÉ - Cónego (de), afluente da mar-
margem esquerdà do rio de São Fiancisco
gem direita do rio Paraíba do Sul
SANTA RITA - Sena (de), ao norte da
SÃO JOSÉ - Serra (de), na região central do
serra do Capim
município
SANTO ANTÔNIO - Serra (de), a sudoeste
do córrego da Boa Esperança SAPUCAIA - Cidade, sede do distrito, do
SÃO FRANCISCO - Rio (de), afluente. da município e têrmo de Sapucaia, que pertence
margem esquerda do rio Paquequer à comarca de Três Rios Na região seten-
- 282 -

trional do mun1C1p10, à margem do tio Pa- SERTÃO - Cónego (do), afluente da mar
raíba do Sul, com estação da E F Leopoldina. gero esquerda do riacho Fundão.
SAPUCAIA - Cachoeüa (da), no 1io Paraíba SOUZA - Córrego (do), afluente da ma1-
do Sul gem düeita do rio Calçado

V
VERMELHO - Mono (do), entre o no de São Fiancisco e o tibeirão da Cortiça

MUNICÍPIO DE SAQUAREMA

A
AMAR E QUERER - Serra (de), a sudeste ATERRADO - Povoado, a leste da vila de
e no limite com o município de Rio Bonito Bacaxá

B
BACAXÁ - Cachoeüa (do), no rio de nome BOA ESPERANÇA - Seu a (da), limite com
idêntico, ttibutá1io da lagoa de Saqua1ema o município de Rio Bonito
BACAXÁ - Rio, nasce na setra do Palmital
BONSUCESSO Povoado, a leste da viia
e, couendo pata o sul, desemboca na lagoa
de Saqua1ema de Bacaxá, sede do 2• distiito

BACAXÁ (EX-PALMITAL) - Vila, e sede BONSUCESSO - Rio, afluente da ma1gem


do disttito de Bacaxá, pe1tencente ao muni- esque1da do tio dos Leites
cípio e têuno de Saqua1ema, que faz pa1te BOQUEIRÃO - Povoado, a no10este da ci-
da coma1ca de Aiarnama Entre o rio Ba-
dade de Saqua1ema, à ma1gem da lagoa de
caxá e o mouo da Fazendinha, com estação
da E F Central do Brasil, ramal de Ma1icá igual nome

BICUíBA - Povoado, a no10este do povoado BOQUEIRÃO -- Seua (do), serve de limite


dos Leites e na 1egião oriental com o município de Rio Bonito

e
CARMO - Luga1ejo, no litoial do Oceano CATIMBAU - Se11a (do), limite com o mu-
Atlântiw e a leste da cidade de Saqua1ema ni d pio de Rio Bonito
CASTELHANA - Seua (da), a leste da seua CôMOROS BRANCOS - Luga1ejo, à beüa
do Amai e Que1e1, se1vindo de limite ent1e do Oceano Atlântico
os municípios de Rio Bonito e Saqua1ema

E
ENGENHO GRANDE - Luga1ejo, à esque1da do tio Santana

F
FAZENDINHA - Mono (da), ao sul da vila de Bacaxá, scJc Jo 2' dist1ito

G
GRANDE DE JACONÊ - Rio, nasce na seua de igual nome, clesembócandó na loga de iJên-
tica denominação
- 283---"

1
!PITANGAS - Povoado, entre a lagoa de ITAúNA - Povoado, entre a lagoa de Jacare-
J acarepiá e a de Araruama piá e o Oceano Atlântico
ITATIQUARA - Morro, limite entre os mu-
nicípios de Aiaruama e Saquarema

J
JACAREPIA - Lagoa, a sudeste da vila de JACONÉ - Seu a (de), limite com o muni-
Bacaxá cípio de Maricá
JACONÉ - Lagoa (do), ao sui do município,
com a batra pata o Oceano Atlântico JUNDIA - Rio, nasce na serra cios Porteias-
JACONÉ - Povoado, na ba11a da lagoa de Boqueüão, desaguando na lagoa de Saquarema
igual nome, no ramal de Maricá

L
LEITES - Rio (dos), tributário da lagoa de Aia1 uama

M
MADRESSILVA - Povoado, ao norte da la- MATO GROSSO - Setra (do), na iegião
goa de Saqua1ema ocidental, p10longando-se até o limite com
MARRECAS - Lagoa (das), entle o Oceano o município de Maricá
Atlântico e a cidade de Saquarema
MATO GROSSO - Cachoeüa (do), no rio MOMBAÇA - Povoado, ao norte da lagoa de
de igual nome, tributá1io da lagoa de Sa- Saquarema
qua1ema
MATO GROSSO - Rio, nasce na serra de MORRO DOS PREGOS Povoado, à mar-
igual nome, desembocando na lagoa de Ja- gem da E F Central do Brasil, iama! de
coné Ma1icá

N
NOVA - Lagoa, entie o Oceano Atlântico e a cidade de Saqua1ema

p
PALMITAL Povoado, à ma1gem do 1io PONTA NEGRA - Serra (da), na iegião
Bacaxá extremo sul-ocidental do município
PALMITAL Queda d'água
PôRTO DA ROÇA ~ Povoado otiental da
PALMITAL Rio, t1ibutá1io da lagoa de
lagoa de Saqua1ema
Saqua1ema
PALMITAL - Se11a (do), nas cabeceüas do PORTELAS - Seu a (dos), no limite com
1io Bacaxá o município de Rio Bonito

R
REDONDA --'-- Seua, limite ent1e os municí- REGAMÉ - Cachoeira (do), no rio de igual
pios de Itaboiaí e Rio Bonito nome, afluente do rio dos Leites
- 284 -

;REGAM1i - Povoado, entre o rio de igual RIO MOLE - Povoado, ao noite da serra de
nome e o iio Bonsucesso Mato Grosso
REGAM1i -- Rio, afluente da ma1gem esquerda
do rio dos Leites.

s
SACADA - Povoado, do distrito de Sampaio com estação da E F Central do Blasil, ia-
Coneia, distando 25 km da sede municipal ma! de Maricá
SACO - Povoado, ao noite da lagoa de Sa- SANGRADOURO - Rio (do)
quarema SANTIAGO - Povoado, a sudoeste do rio
SALGADO - Rio, nasce na veitente sul da Mato Grosso
serra de Mato G10sso e vai desaguar na lagoa SAQUAREMA - Cidade, sede do distrito, do
de Saquarema município e têrmo de Saqua1ema, que per-
SAMPAIO CORREIA (EX-MATO GROSSO) tence à comarca de Aiarnama Na região
- Vila, e sede do distrito de Sampaio Co1- meridional do município, entre a lagoa de
reia, pertencente ao município e têrmo de Saquarema e o litoral do Oceano Atlântico
Saqua1ema, que faz paite da comarca de SAQUAREMA - Lagoa (de), na 1egião meri-
Ararnama Na região central do município, dional do município

T
TAPERA - Povoado, entre o rio Roncador e TINGUI - Seua (do), no limite com o mu-
a lagoa de Jaconé nicípio de Rio Bonito
TINGUI - Povoado, no vale do rio de Jundiaí

u
URUSSANGA - Serra, limite entre os municípios de Maricá e Saquarema

V
VERMELHA - Lagoa, na iegião meiidional do município de Araruama, no limite entle
êste e o município de Saquarema

MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM

A
ALDEIA VELHA - Rio (da), nasce na seua os municípios de Silva Ja1dim e Casimiro
de Fiibu1go e deságua pela ma1gem esquerda de Abreu
no rio de São João, se1vindo de limite ent1e

B
BACAXÁ OU DO MATO ALTO - Rio, nas- de Juturnaíba, continuando pa1a leste com o
ce na serra de Monte Azul, no município de nome de rio de São João
BANANEIRAS - Rio (das), afluente da ma1-
Rio Bonito, servindo em determinado trecho,
gem esquerda do lÍo São João
de limite entre o município de Silva Ja1di1t1 BANANEIRAS - Serra (das), no limite com
e o de Araruama; deságua a seguir na lagpa o município de Nova Flibu1go
- 285'~

BICUDA - Serra, divisor de águas entre os BOQUEIRÃO - Povoado, do disttito de Silva


rios das Bananeiras e do Taquaruçu Jardim, distando 8 km da sede municipal
BONSUCESSO - Lugarejo, à margem do rio BOQUEIRÃO - Rio, afluente da margem di-
Capivari reita do tio de São João

e
CACHOEIRA - Setta (da), entre.o rio de CATINGA - Seira (da), entre o rio Capi-
São João e a serra do Imbaú vari e o rio da Posse.
CAMBUCÁS - Seira (dos), entte õs rios Ca- CESÁRIO ALVIM - Povoado, entre a serra
piva1i e São João da Catinga e o rio Capivari, com estação da
E F Leopoldina
CAPIM MELADO OU DO CAXITO - Setra
CONCEIÇÃO - Lugarejo, entre as nascentes
(do), no limite com o município de Rio
do córrego da Engenhoca
Bonito
CORRENTEZAS (EX-BANANEIRAS)
CAPIVARI - Rio, founado pelo rio Capivari Vila, e sede do distrito de Correntezas, per-
de Cima e córrego do Jmbaú, desemboca na tencente ao município e têrmo de Silva Jar-
lagoa de Juturnaíba dim, que faz parte da comatca de Rio Bonito
CAPIVARI DE CIMA - Rio, nasce no monte Na tegião notte-ocidental do município, à
Azul e serve de limite com o município de margem do rio Bananeiras
Rio Bonito, antes de encontrar o córrego do CRUBIXAIS - Córrego (dos), afluente da
Imbaú, onde passa a ter o nome de Capivari margem esquerda do rio dos Taquat uçus

D
DESCANSO - Córrego (do), afluente da mar- DESCANSO - Lugatejo, nas imediações da
gem direita do tio de São João sena do Imbaú

E
ENGENHOCA - Cónego (da), afluente da ENGENHOCA - Lugarejo, nas imediações do
margem esquerda do rio Capivati córrego de igual nome, com estação :da E F
Leopoldina

F
FRIBURGO - Seira (de), limite entre os municípios de Silva Jardim, Casimiro de
Abreu e Nova Friburgo

G
GATOS - Se11a (dos), entre o córrego do GAVIÕES - Vila, e sede do disttito de Ga-
Imbaú e o tio Capivari viões, pertencente ao município e têrmo de
Silva Jardim, que faz parte da comarca de
Rio Bonito Na região ocidental do muni-
GAVIÕES - Rio (de), afluente da margem cípio, entre os rios dos Gaviões e de São
direita do rio de São João João

1
IGUAP:Ê - Lugarejo, à margem do tio de IMBAÚ - Córrego (do), afluente da mar-
gem esquerda do rio Capivari de Cima
igual nome
IMBAú - Povoado, à margem do córrego de
igual nome
IGUAP:Ê - Rio, \!fluente da matgem direita
IMBAÚ - Setra (do), entre o rio de São
do rio dà Aldeia Velha João e a sena dos Gatos
- 286 -

J
JUTURNAíBA - Lagoa, alimentada pelos rios JUTURNAíBA - Povoado, à ma1gem da lagoa
Bacaxá e Capiva1i e po1 cuja linha média de de igual nome
águas passa a linha de limite com o muni-
cípio de Ara1uama

L
LAGOA FEIA - Iuga1ejo, entte o 1io do LAVRAS - Seu a (das), ent1e os 1ios de São
Boqueüão e o 1io de São João Jo1ge e Capivaii de Cima, sei vindo, em pa1te,
de limite entte os munidpios de Rio Bonito
e Silva Ja1dim

M
MARATOÃ - Povoado, do distJito de Silva MONTE AZUL - Seua (do), se1ve de limite
Ja1dim com os municípios de Rio Bonito e Cachoeüas
MARATOÃ - Rio, afluente da ma1gem esquet- do Macacu
da do 1io São João MORUMBECA - Pico, na se1ra de Santana,
MARATOÃ - Seua (do), ent1e o Jio de igual na 1egião oeste do município
nome, e o 1io da Aldeia Velha MUDOS - Rio (dos), nasce na 1egião oiien-
MARUMBÊ - Pico (de), limite com o muni- tal do município de Rio Bonito e vem de-
cípio de Cacboeüas do Macaw sembocai na ma1gem düeita do Jio Capivari

o
OURO - Rio (do), nasce nas veltentes da seu a da Catinga, desaguando na lagoa de
Jutu10aíba

p
PANELAS - Có11ego (das), afluente da ma1- PILÕES - Rio (dos), afluente da ma1gem
gem esque1da do 1io de São João esque1da do 1io das Bananeiws
POÇO D'ANTA - Luga1ejo, cnt1e os 110s da
PATOS - Lugatejo, ent1e as nascentes do 1io
Aldeia Velha e de São João, com estação da
do Ou10
E F Leopoldina
PEROBAS - Rio (das), afluente da rna1gem POSSE Luga1ejo, no vale do 1io de igual
düeita do 1io da Aldeia Velha nome

Q
QUARTÉIS - Rio (dos), afluente da ma1gem QUEIMADA - Scua, ent1e os 1ios de Capiva1i
düeita do 1io da Aldeia Velha e do Boqueiião
QUARTÉIS (EX-ALDEIA VELHA) - Vila,
e sede do dist1ito de Qua1téis, pe1tencente QUEIMADO - Cóuego, afluente da ma1gem
ao município e têlmo de Silva Ja1dim, que diteita do 1io das Bananei1as
faz paite da coma1ca de Rio Bonito Na
1egião ext1emo-no1deste do mumop10, ent1e QUILOMBO - Rio (do), afluente da ma1-
os 1ios da Aldeia Velha e Qua1téis gem diieita do Jio das Bananeiias
- 287

R
REPRÊSA - Lugarejo, entte a serra Queimada RIO DO OURO Serra (de), entte os tios
e o rio Capivari, de São João e do Boqueirão.

s
SALTO D'AGUA - Lugarejo, entre as nas- para leste; posteriormente serve de limite
centes do rio Boqueirão entre os municípios de Araruama, Cabo Frio
SANTANA - Serra, servindo de limite com e Casimiro de Abteu, até desaguar na vila de
o município de Cachoeitas do Macacu Barra de São João, no Oceano Atlântico.
SANTA TERESINHA - Lugarejo, à margem SILVA JARDIM (EX-CAPIVARI) - Cidade,
do rio Capivari, com estação da E F Leo- sede do distrito, do município é tê11no de
poldina Silva Jardim, que pertence à comatca de Rio
SÃO JOÃO - Rio, nasce na região sul-oriental Bonito Na região metidional do município,
do município de Cachoeiras do Macacu e, des- à margem do tio Capivati, com estação da
cendo, atravessa o município de Silva Jatdim E F Leopoldina

T
TAPINHOÃ - Pico, na se11a de Santana, na TAQUARUÇUS - Rio, afluente da margem
região ocidental
esquetda do rio de São João
TAQUARINHA - Serra (da), entre o rio do
Quilombo e o cónego Queimado
TIMBAU - Povoado, do distrito de Silva Jar-
TAQUARUÇUS - Lugarejo, no vale do rio
de igual nome dim, distando 15 k da sede municipal

V
VARGEM GRANDE - Lugarejo, no vale do rio Taquaraçus

MUNICÍPIO DE SUMIDOURO

A
AGUA QUENTE - Se11a (da), na região ALTO DO CEMITÉRIO - Pico, no limite
ocidental com o município de Duas Barras

ALTO DA CONQUISTA - Pico, na região ALTO DO GUEDES - Pico, a no10este do


sul do município de Sumidouro e no limite município de Sumidouro e limite com o de
Sapucaia
dêste com o de Nova Friburgo
ALTO DO PIÃO - Pico, ponto de conver-
ALTO DA SOLEDADE - Pico, na região
gência de limite com os municípios de Pe-
otiental do município de Sumidoulo e ser·
ttópolis, Sapucaia e Tetesópolis
vindo de limite entte êste e o município de
ALTO DO ROSAS - Pico, no limite entre
Duas Ba11as
os municípios de Sapucaia e Sumidouro, na
ALTO DE SANTA CLARA - Pico, no limite região n01te-ocidental dêste último
com o município de Duas Batras ALTO DOS CAETÉS - Pico, limite entte os
ALTO DO BARRO BRANCO - Pico, limite municípios de Sumidouro e Sapucaia
entre o município de Sumidomo e o de Duas ALTO DOS FILÕES - Pico, no limite con). C)
Barras município de Nova Fributgo
- 288 -

B
BARÃO DE AQUINO - Povoado, à ma1gem BELA JOANA - Povoado, à margem do rio
do cóuego da Gló1ia, na região centro-01ien- Paquequer, com estação da E F Leopoldina
tal, com estação da E F Leopoldina BOA VISTA - Alto (da), no limite entte os
municípios de Sapucaia e Sumidou10

e
CAMPINA - Povoado, entre as cabeceiras do CAPIM - Seua (do), no limite entre os
1io Paqueqlrer municípi~sde Pettópolis, Te1esópolis, Sa-
pucaia e Sumidouro
CAMPISTA - Povoado, entre o rio Paquequer
CONDE D'EU - Cachoeita (do), no rio Pa-
e o cóuego Independente
queque1
CAMPULOSE - Có1rego, afluente da ma1gem CORREDEIRA DO VIANA - Cónego (da),
esquerda do rio Paquequer afluente da ma1gem diteita do 1io Paquequer

D
DEMANDA - Setra (da), nome local da serra DONA MARIANA - Povoado, na 1egião me-
de Paqueque1, limite entre os municípios de iidional, com estação da E F Leopoldina
Nova Ftiburgo, Te1esópolis e Sumi<louto

F
FLORES - Serra (das) , no limite entre os FLORES - Sena (das), no limite com o mu-
municípios de Carmo, Duas Batras e Su- nicípio de Teresópolis
midouro

1
INDEPENDENTE - Cónego, afluente da mafgeni esque1da do rio Paquequer

L
LAJE - Pico, limite com o município de Duas LAMBARI - Córrego (do), afluente da ma1-
Batras gem esque1da do rio Paquequet

M
MONTE - Cóuego (do), afluente da margem MURINELI - Povoado, na regiao oliental do
esquerda do iio Paquequer município, com estação da E F Leopoldina

p
PAQUEQUER - Rio, nasce na seu a de igual PIRATININGA - Cóuego, afluente da mar-
nome no município de Sumidouro e, descendo gem esque1da do iio Paqueque1
para o município de Carmo, deságua na mar-
PONTE DO AMARO - Cachoeira, fo1mada
gem direita do 1io Pa1aíba do Sul
pelo !Ío Paqueque1 e córregos Lambati, São
PAQUEQUER - Serra (de), no limite entre Lourenço e Campulose
os municípios de Nova Fributgo e Te1e-
POUSO ALTO - Cóuego (do), afluente dfl
sópolis
margem esquetda do 1io Paquequer
PIÃO - Pico, ponto culminante, sit4ado na PROGRESSO Povoado, entre as nascentes
se1ra do Capim do cóuego de Lambari
~ 289 --

R
ROSA - Sena (da), no limite com o município de Sapucaia

s
SÃO FRANCISCO XAVIER - Povoado, à SUMIDOURO - Cidade, sede do distrito, do
esquerda do córrego de Piratininga município e têrmo de Sumidouro, que per-
SÃO LOURENÇO - Cónego (de), afluente
tence à comarca de Carmo Na região se-
da margem esque1da do rio Paquequer.
SOLEDADE - Povoado, à margem do córrego
tentrional do município, à margem do rio
Independente. Paquequer, com estação da E F Leopoldina.

V
VIEIRA - Alto (do), na região sudoeste do município de Sumidouro, sei vindo de limite
ent1e êste município e o de Te1esópolis

MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS

A
AÇU - Morro (do), limite entre os muni- à linha de limite com o município de Pe-
cípios de Teresópolis e Petrópolis trópolis
ÁGUA QUENTE - Povoado, ao norte da sena ALPINA - Povoado, entre a serra do Brejo
da Gamboa e o rio Paquequer
ALBUQUERQUE - Povoado, situado a nor- ALTO DO PIÃO - Pico, ponto de conver-
deste da cidade de Te1esópolis gência de limite com os municípios de Pe-
ALBUQUERQUE - Serra (do), entre os nos t1ópolis, Sapucaia e Sumidouro
Pa1ede e Paqueque1 e a este da cidade de AR;\RAS - Córrego (das), afluente da mar-
Teresópolis gem düeita do lÍo Paqueque1, entre as es-
ALCINO - Povoado, na serra do Capim, na tações do Alto e da Várzea
região extremo-norte do município, p1óximo ARROZAL - Povoado, na região setentrional.

B
BELA VISTA - Morro (da), no limite entre BOM JARDIM - Povoado, à ma1gem do rio
os municípios de Teresópolis e Petrópolis de igual nome
BENGALAS - Rio (das), afluente da ma1gem BOM JARDIM - Rio (do), afluente da inar-
esquerda do rio Prêto ,.
gem esquerda do rio Paquequer
BOA VIDA - Povoado, entre o cóirego do
BONSUCESSO - Cóuego, afluente da margem
Bonsucesso e o rio Sebastiana
esquerda do tio da Fo1miga
BOA VISTA - Serra (da), ent1e o rio das
Bengalas e o rio Paquequer. BONSUCESSO - Povoado, à ma1gem do rio
de igual nome
BOA VISTA - Garganta (da), no limite entre
os municípios de Te1esópolis e Magé. BREJO - Sená (do), na 1egião ocidental

e
CADEADO - Seu a (do), entre os lios Prêto CAMPANHA - Povoado, à mar~em do rio da
e das Bengalas Sebastiana.

-19-
- 290 -

CAMPO LIMPO - Povoado, entre os rios Pa- CAPIM - Serra (do), no limite entre os mu-
quequer e das Bengalas nicípios de Petrópolis, Teresópolis, Sapucaia
e Sumidomo
CAMPO DO QUEIROZ - Povoado, à margem
CAPIQUILI - Sena (de), entre os rios da
do rio Sebastiana
Várzea Grande e da Sebastiana
CANOAS - Povoado, à margem do rio de CARNEIRO - Morro (do), limite com o mu-
igual rioine. nicípio de Pi=trópolis
CANOAS - Rio (das), afluente da margem CASTELO - Morro (do), limite entre os mu-
düeita do rio das Bengalas nicípios de Pet1ópolis e Teresópolis
CASTELITO - Pico (do), limite com o mu-
CANTA GALO - Morro (de), no limite com nicípio de Petrópolis
o município de Petrópolis
CAVALOS - Serra (dos), eritle os rios Pa-
CAPIM - Rio (do), no limite entre os mu- quequer e Bom Jardim
nicípios de Petrópolis e Teresópolis, tendo CÓRREGO SUJO - Povoado, a sudeste da
neste o nome de rio da Serra do Capim seua da Gamboa

D
DEDO DE DEUS - Pico (do), na serra do; DEMANDA - Serra (da), nome local da
Ó1gãos, nas proximidades do limite com o serra de Paquequer, limite entre os municípios
município de Magé de Nova Fribmgo, Sumidouro e Teresópolis

E
ERMITAGE - Cóuego (da), afluente da mar- ERMITAGE - Pedra, com 1 485 m de altu1a
gem düeita do rio Paquequer

F
FELíCIOS - Serra (dos), limite com o mu- FORMIGA - Rio (da), afluente da margem
nicípio de Nova Friburgo direita do rio Sebastiana
FIRMAMENTO - Serra (do) FRADES - Povoado, à margem do rio Sebas-
.fLORES - Serra (das), no limite com o mu- tiana
nicípio de Sumidouro FRADES - Serra (dos), limite entre os mu-
FONTE SANTA - Povoado, a nordeste da nicípios de Cachoeiias do Macacu, Nova Fii-
cidade e sede do 1• distrito burgo e Teresópolis

G
GAMBOA ~ Povóadó, na serra de igual nome GREGÓRIO -- Serra (do), a sudoeste do mu-
GAMBOA ' - Serra, a leste da serra do Capim nicípio
GOUVEIA - Cónego (dos), afluente do rio
Paqueque{.:. GUAPI - Povoado, do distlito de Te1esópolis

H
HOSPEDARIA - Povoado, à margem do rio Paquequer

.1
IMBUÍ - Cachoeira (do), no rio Paquequer IMBUÍ Povoado, à margem do rio Pa·
Pequeno, afluente do rio Prêto quequer
- 291

L
LAJE - Povoado, entre os rios de Santa Rita LIMEIRA - Se1ra (da), entre o rio Sebastião
e o Paqueque1 e a seua do Mundo Novo

M
MANGALô - Luga1ejo, ent1e as nascentes MATOS - Povoado, entle as serras da De-
do 1io Soberbo manda e da Gamboa
MARIA DA PRATA - Povoado, a sudeste da MEMÓRIA - Ca(hoeüa (da), no rio Paque-
Várzea quer Pequeno, afluente do rio Prêtd
MARTINS MAIA - Cachoeira (de), no rio MULHER DE PEDRA - Serra, entre os rios
Paqueque1 Pequeno, afluente do rio P1êto da Vargem Giande e das Canoas
MATOS - Córrego (do), afluente do 1io da MUNDO NOVO - Serra (do), na região
Formiga cential do município

N
NHUNGUAÇU (EX-SEBASTIANA) - Vila, polis Na 1egião central do município, à
e sede do disttito de Nhunguaçu, que pe1ten- ma1gem do iio Sebastiana
ce ao município, têrmo e comarca de Teresó-

o
ÓRGÃOS - Serra (dos), nome local da serra ao norte, e Magé e Cachoeiras do Macacu,
do Ma1, no trecho que separa os municípios ao sul
de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo,

p
PAQUEQUER - Rio, afluente do no P1êto POSSE - Povoado, a noroeste do povoado de
com as nascentes da serra dos Órgãos Bom Jardim
PAQUEQUER PEQUENO (EX-SANTA RI-
PRATA - Povoado, a leste do povoado de
TA) - Vila, e sede do distrito de Paquequer
Imbuí
Pequeno, que pertence ao município, tê1mo e
comarca de Teresópolis Na 1egião ocidental PRÊTO - Rio, nasce nas serranias da 1egiao
do município, entre as cabeceiras ttibutárias norte-oriental do município de Teresópolis e,
do rio Santa Rita correndo para oeste, atiavessa o município de
PAREDE - Rio, afluente do iio das Bengalas Pétrópolis, entra no de T1ês Rios e deságua
pela margem düeita no rio Piabanha
PEDRAS - Sena (das), entre os rios Sebas-
tiana e da Formiga PROVIDÊNCIA - Povoado, à margem do rio
PESSEGUEIRAS - Povoado, entre os rios Paquequer
Santa Rita e Paquequer
PROVIDÊNCIA - Serra (da), a leste da sena
PIÃO - Povoado, na 1egião extremo seten-
da Ventania
trional
PONTE NOVA - Povoado, à ma1gem do rio P AQUEQUER - Serra (de), no limite entre
Prêto os municípios de Nova Friburgo e Sumidouro

Q
QUEBRA CôCO - Povoado, ao oeste da serra QUEBRA FRASCOS - Povoado, a sudoeste
da Gamboa 'do povoado de Bom Jardim
~ 292 -

R
RIO PRÊTO - Povoado, à ma1gem do tio de igual nome

s
SANTA RITA - Rio (de), afluente da mar- SUBAIO - Setra, trecho da seua dos Ó1gãos
gem esquerda do rio Paquequer
que sei ve de limite com o município de Ca-
SEBASTIANA - Rio, afluente da ma1gem es-
choeiras do Macacu
querda do rio Prêto
SERRA DE CAPIM - Povoado, à ma1gem do
SUJO - Cónego, afluente da maigem direita
rio de igual nome,
do rio Paquequer, na 1egião setentrional do
SOBRADINHO - Povoado, à margem do rio
P1êto município.

T
TABUINHA - Povoado, na região setentrio- TERESóPOLIS - Cidade, sede do distiito, do
nal do município. município do têrmo e coma1ca de igual nome
TABUINHAS - Rio (das), afluente do iio Na região sul-orienta! do município, à mar-
Paquequer gem do !Ío Paqueque1, com estação da E. F
Cential do Brasil
TAPERA - Morro (da), no limite com o mu-
nicpio de Petrópolis
TRÊS CÓRREGOS - Povoado, à margem do
TAPERA - Povoado, à margem do rio das
tio Paquequer
Bengalas
TAQUARIL - Serra, no limite com o muni- TRÊS IRMÃS - Sena (das), no limite com o
cípio de Pet1ópolis município de Cachoeiras do Macacu.

u
USINA - Queda d'Ãgua, no rio Paquequer, eléttica,
ap10veitada paia fornecimento de ene1gia

V
VARGEM GRANDE - Rio, afluente da mar- VIEIRA - Alto (do), na região sudoeste do
gem di1eita do tio das Bengalas. município de Sumidou10, servindo de limite
VARGEM GRANDE - Povoado, à margem do entre êste município e o de Te1esópolis
rio de igual nome.
VIEIRA - Povoado, à ma1gem do tio da
VENDA NOVA - Povoado, à margem do rio
das Bengalas Formisa

VENTANIA - Serra (da) , no limite com o VISTA SOBERBA - Povoado, no alto da


município de Pettópolis. sena dos Ó1gãos, à pouca distância do limite
VIANA - Povoado, ent.re as senas da Gamboa com o município de Magé, com estação da
e da Providência. E F Leopoldina, iama! de Teresópolis

w
W ALDEMAR -- Povoado, nas imediações do limite com o município de Petrópolis
- 293 -

MUNICÍPIO DE TRAJANO DE MORAIS

A
AURO PôRTO - Cachoeira (do), no cónego do Imbé, com 28 m de altura

B
BARRA DOS PASSOS --,- Povoado, a sudoeste BOA FÉ - Cachoeira (do), com a altma de
da vila Visconde de Imbé, à matgem do cór- 8 m, no tio Macabu
rego de São Caetano
BARRAGEM - Povoado, do distrito de Sodre- BOA VISTA - Sena (da), na tegião nor-
lândia, distando 17 km da sede municipal deste do município de Ttajano de Morais
estendendo-se até o município de Santa Ma-
BARREIRO - Povoado, entte as nascentes do
córrego de São Joaquim ria Madalena

BOA ESPERANÇA - Cóuego (do), afluente BONANÇA - Ribeirão (da), afluente da mar-
da matgem diteita do rio Macabu gem diteita do tio Grande

e
CAMBOTAS - Cónego (das), afluente da Matia Madalena e Ttajano de Morais e situa-
matgem esquetda do tio Macabu da na região sul-otiental dêste último nm-
CANTA GALO - Povoado, a nordeste da vila nicípio
de Dr Elias
CONCÓRDIA - Cachoeira (da), com a al-
CANTEIRO - Povoado, entre os povoados de
Coqueiro e Dt Elias tura de 15 m, no rio Macabu
CARRAPATO Cachoeira (do), no tio COQUEIRO - Córrego (do), afluente da mat-
Macabu gem direita do córrego de São Lourenço
CAROCANGO - Ribeirão, limite entte os
COQUEIRO - Povoado, entte as nascentes do
municípios de Conceição de Macabu, Santa
córrego do óleo
Maria Madalena e Trajaqo de Matais
CAROCANGO - Serra (do), limite entre os CRUBIXAIS - Setra (dos), no limite com
municípios de Conceição de Macabu, Santa os municípios de Macaé e Nova Friburgo

D
DEITADO - Seu a (do), entte os rios de São DOUTOR ELIAS (EX-MONTE CAFÉ) -
Pedto e Macabu e limite entre os municí- Vila, e sede do distrito de Doutot Elias, que
pios de Ttajano de Morais, Macaé e Con- pet tence ao município, têtmo e comatca de
ceição de Macabu Ttajano de Matais Na tegião sul-ocidental
do município

G
GRANDE - Rio, nasce na sena do Paquequet, Alto e Santa Matia Madalena, São Sebastião
no município de Nova Ftiburgo; depois de do Alto e São Fidélis; afluente da matgem
atravessar êste e o município de Bom Jardim, düeita do rio Pataíba do Sul, no município
serve de limite entre os municípios de Can- de São Fidélis, toma o nome de rios Dois
tagalo e Trajano de Morais, São Sebastião do Rios, depois de tecebet o rio Negto

I
IMBÉ - Córrego (do), founador do rio de IMBÉ - Cachoeita (do), no córrego do Imbé,
igual nome. com altu1a de 25,69 m.
- 294 -

IMBÉ - Rio, nasce na se11a de igual nome, IMBÉ - Serra (do), entre o rio de igual nome
no município de Trajano de Morais, atravessa e o ribeitão do Santíssimo, no município de
o município de Santa Ma1ia Madalena e entta Santa Maria Madalena, prolongando-se até o
no de Campos, onde desemboca na lagoa de município de Tiajano de M01ais
Cima

L
LAMA PRETA - Cóuego (da), afluente da ma1gem direita do tio Macabu
LEITÃO DA CUNHA - Povoado, à margem do rio Macabu, com estação da E F Leo-
poldina
LÍRIO - Cótrego (do), afluente da margem esquerda do ribeitão dos Passos

M
MACABU -- Rio, nasce na se11a do Macaé, na o de Conceição de Macabu e o de Campos, e,
tegião sul do município de Tiajano de Ma- ainda, entte o de Campos e o de Macaé
MACAÉ - Sena (de), limita trechos dos mu-
tais, atravessando-o de sudoeste a nordeste,
nicípios Nova F1ibmgo, Tiajano de Moiais
pata após entrai no município de Santa Ma-
e Bom Jardim
tia Madalena e servir de limite entte êste MÃE D'ÁGUA - Cachoeira (da), no tio
município e o de Conceição de Macabu, entte Macabu; altuta 51,20 m

N
NEVES Cachoeita (das), com a altuúi de NEVES - Cótrego, afluente da ma1gem es-
25,60 m, no cóuego de Imbé querda do có11ego de Santo Inácio

o
ÓLEO - Cónego (do), fotmador do córrego do Lírio

p
PALMEIRA - Povoado, à ma1gem do tio Ma- PONTE CONSTANTINO - Lugarejo, nas
cabu imediações da confluência do cóuego da Boa-
Esperança com o 1io Macabu
PASSOS - Ribeirão (dos), afluente da mat- PONTE DA GRAMA - Vila, e sede do dis-
gem diteita do tio Grande ttito de Pontes da Gtama, que pettence ao
município, tê1mo e coma1ca de Tiajano de
PEDRA BRANCA - Povoado, à ma1gem do M01ais Na 1egião extremo-meridional do
rio Macabu município, à ma1gem do tio Macabu

R
RANCHADOR - Povoado, na seira dos Cru- RETIRO - Cóuego (do), afluente da mar-
bixais gem esque1da do cóuego de Sant' Ana

s
SANTANA - Có11ego, afluente da ma1gem SANTO INÁCIO - Cachoeita (de), com a
ditei ta do rio Grande, sei vindo de limite altma de 22 m, no cónego de igual nome
com o município de Santa Maria Madalena
SANTO INÁCIO - Cóuego (de), afluente da SÃO CAETANO - Có11ego (do), afluente
margem direita do 1ibeirão da Bonança da matgem esque1da do tibei1ão dos Passos
- 295 -

SÃO FRANCISCO DE PAULA - Povoado, sAO LOURENÇO - Cótrego (de), afluente


ao sul da vila de Visconde do Imbé, sede do da margem direita do rio Grande
2• distrito SÃO LOURENÇO - Rio, afluente da mar-
SÃO GERALDO -- Córrego (de), afluente da gem direita do rio Giande, na região oci-
margem direita do rio Grande dental do município
SODRELANDIA - Vila, e sede do distrito
SÃO JOAQUIM - Cachoeüa (de), com a
de Sodrelândia, que pertence ao município,
altura de 25 m, no córrego de igual nome
têrmo e comarca de Tiajano de Matais Na
SÃO JOAQUIM - Córrego (de), afluente da tegião sul-oriental do município, à margem
margem esquetda do tio Macabu do cónego da Boa Esperança

T
TAPERA - Povoado, do distrito de Ponte da de igual nome Na região setenttional do
Grama, distando 20 km da sede municipal mumctp10, à matgem do rio Imbé, com es-
TRAJANO DE MORAIS - Cidade, sede do tação da E F Leopoldina
distrito, do município, do têrmo e comarca

V
VILA AMERICANA - Povoado, do disttito VISCONDE DE IMBÊ - Vila, e sede do dis-
de Ponte da Gtama, distando 20 km da sede trito de Visconde do Imbé, que pertence a1)
municipal município, têrmo e comarca de Trajano de
VILA BRASIL - Povoado, do disttito de Pont-~ Morais Na região setentrional do município,
da Gtama, distando 22 km da sede mu- à margem do tibeüão da Bonança, com es-
nicipal tação da E F Leopoldina

MUNICÍPIO DE TRÊS RIOS

A
ABÓBORAS - Se11a (das), no município de ALBERTO TóRRES - Povoado, situado à
Rio das Flôtes entre os rios Pataíba do Sul margem düeita do tio Piabanha, com estação
e Prêto; atravessa o município de Paiaíba do da E F Leopoldina
Sul e delimita-o a leste com o município de ARATACA - Povoado, na 1egião otiental do
Três Rios município, à esquerda do có11ego Manuel
Parente
AFONSO ARINOS -- Vila, e sede do distrito AREAL - Vila, e sede do disttito de Areal.
de Afonso Atinos, que pettence ao municí- que pertence ao município, têtmo e comarc?
pio, têrmo e comatca de Três Rios N~ de Tiês Rios Na tegião metidional do mu
região setentlional do município, à matgem nicípio, à matgem dos rios Ptêto e Piabanh~,
do rio Ptêto, com estação da E F C B com estação da E F Leopoldina

B
BARRA - Cachoeüa (da), no rio Fagundes, DEMPOSTA - Vila, e sede do disttito de
aproveitada pata fornecimento de energia Bemposta, que peltence ao município, têrmo
elétrica e comatca de Ttês Rios Na tegião central
do município, à matgem do 1ibeirão de Bem-
BARRAGEM - Cachoeira (da), 'no rio Pia-
posta
banha, aproveitada pata fornecimento de
BOA ESPERANÇA - Córrego (da), afluente
energia elétrica
da margem direita do tio Piabanha
DEMPOSTA - Ribeüão (de), afluente da BOA SORTE - Povoado, entre a.s setras do
margem esquetda do tio Calçado Tubatão e da Boa Sotte
- 296 -

BOA SORTE - Seu a (da), entre o uo Cal- BOA VISTA - Povoado, entre os cónegos das
(ado e o cónego Sujo Flô1es e de Bemposta.

e
CABOCLO - Cónego (do), afluente da ma1- ma1gem esque1da do tio do Fagundes no mu-
gem esquerda do tio Piabanha nicípio de Paraíba do Sul
CAFÊ - Lugarejo, a nordeste da cidade de CANTAGALO - Povoado, ent1e as nascentes
T1ês Rios do córrego da Laje
CALÇADO - Rio, depois de sei vii de limite
CASCATINHA - Cóuego, nasce na se1ra do
entre os municípios de Sapucaia e Petró-
Cabuçu, no município de Três Rios, afluente
polis, penetra no município de T1ês Rios,
da ma1gem esque1da do rio Piabanha no mu-
indo desaguar na ma1gem diteita do tio Pa-
raíba do Sul nicípio de Paiaíba do Sul
CAMBOTAS - Seua (das), se1ve de limite CEDRO - Cóuego (do), afluente da ma1gem
com o município de Pet1ópolis esque1da do 1io Piabanha
CANTA GALO - Cóirego, com as nascentes COTIA - Seu a (da), entre os cóuegos Sujo
no município de T1ês Rios, é afluente da e Bemposta

D
DUAS PONTES - Povoado, entle o l!O Piabanha e o córrego da Flo1esta

E
ESTRÊLA - Povoado, a sudoeste da seua da Cotia

F
FAGUNDES - Rio (do), nasce na sella do FAZENDA VELHA - Povoado, do distrito de
Couto, limita os municípios de Paiaíba do Areal, distando 29 km da sede municipal
Sul, Pet1ópolis e T1ês Rios, desaguando na FERNANDES PINHEIRO - Luga1ejo, à ma1-
ma1gem esquerda do tio Piabanha gem do cóuego da Laje, com estação da
E F Cential do Brasil

G
GRAMA - Povoado, ent1e o 1io Paiaíba do GUARAREMA - Cóuego, afluente da ma1-
Sul e o 1io Calçado
gem diteita do 1io Paiaibuna
GRAMINHA - Povoado, entle os 1ios Pa-
iaíba do Sul e Calçado
GUARAREMA - Povoado, ao sul de Monte
GRAVATÁ - Povoado, à ma1gem düeita do
iio Paiaíba do Sul Seuá

H
HERCULANO - Ribeitão (do), afluente da HERMóGENES SILVA - Povoado, entie a
ma1gem diteita do 1io Prêto seua Moura Btasil e o !Ío Piabanha, com
estação da E F Leopoldina

1
ITAJONA - Povoado, do distrito de Bemposta, distando 27 km da sede municipal
- 297-

L
LAGOA - Povoado, entre os rios Piabanha e LAJE - Cónego (da), afluente da margem
do Fagundes direita do rio Paraibuna.

M
MANUEL PARENTE - Córrego (do), afluen- MONTE ALEGRE - Seua (do), na 1egião
te da margem direita do rio Paraíba do Sul, 01iental do município de Paraíba do Sul;
se1vindo de limite com o município de Sa- prolongando-se até êste município
pucaia MONTE SERRA - Povoado, do distlito de
Afonso Aiinos, a 4 km da sede distrital
MARIA COMPRIDA - Sena (da), limite
MOURA BRASIL - Povoado, entre os rios
com o município de Paraíba do Sul
Paiaíba do Sul e Piabanha, com estação da
E F Leopoldina
MATO ALEGRE - Sena (do), estende-se dês-
te município ao de Paraíba do Sul MOURA BRASIL - Sena, entre o rio Pia
banha e o cónego da Flo1esta
MOÇAMBIQUE - Povoado, entre as nascentes MUNDO NOVO - Serra (do), entre o tio
do córrego de Boa Espeiança_ Piabanha e o ribeirão Bemposta

o
OLARIA - Luga1ejo; a no1deste da vila de Bemposta, sede do 29 distrito

p
P ARAíBA DO SUL - Rio, oliundo do Estado PERDIÇÃO - PovoadD, à margem direita do
de São Paulo, entla no território fluminense 1io Paiaibuna, com estação da E F Leo-
pouco abaixo do povoado e estação do Salto; poldina
atiavessa os municípios de Resende, Bana PIABANHA - Rio, nasce na pedia do Retiro,
Mansa e Ba11a do Piraí, depois de flanquea, município de Petlópolis, e depois de atra-
o de Püaí; separa adiante V assomas, à di- vessai a cidade do mesmo nome e as vilas
reita, de Marquês de Valença e Rio Jas de Cascatinha, Itaipava e Pedro do Rio, vai
Flôres, à esquerda, antes de cruzar os nwni- desembocai na ma1gem direita do 1io Pa-
cípios de Paraíba do Sul e Tiês Rios, limita raíba do Sul, no município de T1ês Rios
Sapucga e Carmo com o Estado de Minas;
FILÕES - Cótrego (dos), afluente da mar-
deixa em seguida Cantagalo e Itaocara, à
gem düeita do tio Paraíba
direita; Santo Antônio de Pádwa e Cambuci,
PIRACEMA - Lugarejo, à margem direita do
à esquerda; atravessa os territórios de São
tio Paraibuna, com estação da E F Leo-
Fidélis, Campos e, em parte, São João da
poldina
Barra até a sua foz no Oceano Atlântico
PORTÕES - Povoado, entle as nascentes do
P ARAIBUNA - Pedia, com 1 600 m libeirão Bemposta
PRÊTO - Rio, nasce nas seuanias da 1egião
P ARAIBUNA - Rio, limite entre os Estados notte-oliental do município de Te1esópolis e,
do Rio de Janeiro e ~finas Gerais, até sua couendo pata oeste, atravessa o município
confluência com o 1io Paiaíba do Sul na de Pet1ópolis, entra no de Três Rios, onde
ma1gem esque1da deságua na ma1gem direita do rio Piabanha

R
RECREIO DAS FLORES - Povoado, entre nascentes do cónego do Travessão
RIO NOVO - Serra (do), limite com o município de Paraíba do Sul
ROCHA - Morro (do), nas imediações da vila de Afonso Atinos, sede do 4° distiito
- 298 -

s
SANTO ALEIXO - Cóuego (Je), afluente SERRARIA - Povoado, do dist1ito de Afonso
da matgem esque1da do tio Piabanha Aiinos, distando 14 km da sede municipal
SÃO LOURENÇO -'-- Setra (de), na tegião SUJO - Cónego, afluente da ma1gem diteita
01iental do município de Paiaíba do Sul, p!O- do tio P1êto Limite com o município de
Iongando-se até ao de 1 tês Rios Pettópolis

T
fRA VESSÃO - Có11ego, afluente da ma1- Sul, com estação das Esttadas Je Fe110 Cen-
gem diteita do 1io Pataibuna ttal do Btasil e Leopoldina
TRÊS RIOS (EX-ENTRE RIOS) - Cidade,
sede do disttito, do municípío, do têtmo e TUBAT ÃO - Seu a, na tegião otiental do mu-
comaHa de igual nome Na 1egião ocidental nicípio de Ttês Rios, sei vindo de limite en-
do munidpio, à ma1gem do tio Paiaíba do t1 e êste e o de Pettópolis

MUNICÍPIO DE VASSOURAS
A
AGUENTA SOL - Mo110 (do), limite com município, à matgem diteita do 110 Pataíba
o município de Pettópolis do Sul, mm esta~ão da E F Centtal do
ALEGRE - Rio, afluente do 1ibeitão do Salto, Btasil, linha auxiliai
lJUC deságua na ma1gem diteita do tio Pa- ARCOZELO - Lugatejo, à ma1gem do 1io
taíba do Sul, a jusante da vila de Sebastião do Saco, com estação da E F C B , linha
Lacetda, sede do 8 9 disttito auxiliai
ALIANÇA - Povoado, à matgem diJ eita do ATOLEIRO - Ribeitão (do), afluente da
tio Paiaíba do Sul, com estação ,\a E F matgem esque1da do tibeitão de Ubá. ao sul
Centtal do B!asil da vila de Andiade Pinto
ANDRADE COSTA - Povoado, localizado no AVELAR - Cachoeita, no tio Ubá, nas p10-
ext1emo notdcste, com estac,ão da E F Cen- ximidades da vila de Avela1
t1al do Btasil, linha auxiliai AVELAR - Vila, e sede do disttito de A\ ela1,
ANDRADE PINTO - (EX-PATI) - Vila, e que pettence ao munidpio, têtmo e wma1 ca
sede do dist1ito de Andiade Pinto, que pet- de Vassomas Na tegião ocidental do nrn-
tence ao município, tê11110 e comatrn de nicípio, mm estação da E F Centtal do
Vassomas Na 1egião exttemo-notdeste do Btasil, linha auxiliai

B
BANANAL - Povoado, do disttito de Taitetá, BATATAIS - Povoado, do dist1ito de Patí
distando 7 km da sede municipal cio Alfe1es, distando 46 km da sede muni-
BARÃO DE VASSOURAS - Povoado, à mat- cipal
gem di1 eiü1 do tio Pa1aíba do Sul, na 1egião
ocidental do município, com estação da E F BOA VISTA OU PEDRA DO COUTO
Cent1al do Btasil
Pirn, (da), ponto pata onde conve1 gem os
BARÃO DO AMPARO (EX-PALMAS)
limites dos municípios de Duque de Caxias,
Luga1 ejo, do dist1 ito de Sana Família do
Tinguá, a 6 km da sede dist1ital, com esta- Pettópolis e Vassomas
ção da E F Cent1al do B1asil, linha auxiliai
BARREIRA - Povoado, do dist1ito de Enge- BONFIM - Po"voado, à matgem do 110 San-
nheito Paulo de F1ontin, distando 30 km da tana, mm estação da E F Centtal do Btasil,
sede municipal linha auxiliai
- 299 -

BOM TEMPO - Povoado, do dist1ito de Paulo BOTAIS OU PROVEDOR - Ribeirão, afluen-


de Frontin, distando 34 km da sede muni- te da margem esquerda do rio da Sacra
cipal Família
BOTAIS - Lugarejo, à esquerda do rio San- BUENO DE ANDRADE - Lugarejo, à mar-
tana, com estação da E F Central do Btasil, gem do rio do Saco, com estação da E. F
Linha auxiliar Cent1al do Btasil, linha auxiliar

e
CAIAPó - Luga1ejo, à margem do ribeitão CONCEIÇÃO - Mouo (da), na 1egião cen-
do Ubá, com estação da E F Central <lo ttal do município
Btasil. linha auxiliar CONRADO NIEMEYER Povoado, na re-
CARLOS NIEMEYER - Povoado, à dir'eita do gião sul-01iental, com estação da E F Cen-
tio Pataíba do Sul, com estação da E F tral do Brasil, linha auxiliar
Central do Btasil, linha auxiliai CÓRREGO RICO - Povoado, do disttito de
Avela1, distando 62 km da sede municipal
CASAL - Luga1ejo, à ma1gem direita do rio
Paraíba do Sul, com estação da E F Centtal COUTO OU DA VERA CRUZ - Sena (do),
do füasil. no limite do município de Vassomas com
os de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e
CLEMÊNCIA - Povoado, do distrito de Ave- Petrópolis
lar, distando 76 km da sede municipal
COUTO OU DO FACÃO - Setra (do), no
COLÔNIA - Povoado, do disttito de Vassou- limite entte os municípios de Pettópolis e
tas, distando 8 km da sede municipal Vassomas

D
DEMÉTRIO RIBEIRO - Povoado, a ma1gem diteita do no Paraíba do Sul, com estação
da E F Central do Btasil

E
ENGENHEIRO ADEL - Lugarejo, à ma1gem ENGENHO DA SERRA - Córrego (do),
do rio de Santana, com estação da E F Cen- afluente da margem esque1da do rio dos Ma-
tral do Btasil, linha auxiliai cacos
ENGENHEIRO NÓBREGA - Lugarejo, com
estação da E F Cential do Btasil, linha ESTIVA - Povoado, do distrito de Vassouras,
auxiliai distando 4 km da sede municipal
ENGENHEIRO PAULO DE FRONTIN {EX-
ESTRADA DA SACRA FAMÍLIA - Povoado,
RODEIO) - Vila, e sede do <listrito de
do dist1ito de Engenheiro Paulo de F1ontin,
Engenheito Paulo de F10ntin, que pertence
distando 32 km da sede municipal
ao município, tê1mo e comatca de Vassomas
Na região sul-ocidental do município, à ma1- ESTRADA DE PAULO EMÍLIO - Povoado,
gem do cónego do Simão Antônio, com es- do disttito de Governado1 Po1 tela, distando
tação da E F Centtal do Brasil 48 km da sede municipal

FAMÍLIA - Cachoeita (da), no cónego de comarca de Vassoutas Na região central


igual nome, afluente do rio Piraí do município, ent1e as cabeceitas do ribeiião
FERREIROS - Vila, e sede do distrito de Fer- do Secretá1io
rei10s, que pertence ao município, tê1mo e
- 300 -

G
GENERAL ZENÓBIO - Luga1ejo, à ma1gem Vassouias Na região meridional do muni-
do tibeitãó do Ubá, com estação da E F cípio; entre as cabeceiras do río de Santana
Central do Brasil, linha auxiliar e do ribeirão do Ubá, com estação da E F
GOVERNADOR PORTELA - Vila, e sede Central do Brasil
do distrito de Governador Portela, que per- GRAMA - Povoado, do distrito de Soledade do
tence ao município, têrmo e comarca de Rodeio, distando 34 km da sede municipal

1
IPIRANGA - Lugarejo, à ma1gem direita do rio Paraíba do Sul, com estação da E F.
Central do Btasil

J
JAVARI - Lugarejo, entte as vilas de Govetnado1 Po1tela e Miguel Pe1eita, com esta-
ção da E F Central do Btasil

L
LABOR! - Povoado, do disttito de Fenei10s, tando-o com o de Vassouias, em cujo te11i-
distando 34 km da sede municipal tótio encontra-se com o 1ibeitão de Santana,
LAJES - Ribeitão (das), na região me1idional fo1mando o tio Guandu-Açu
do município de Pitaí, atravessando o muni- LUCAS - Có11ego (do), afluente da ma1gem
cípio de Itaguaí de oeste pata leste limi- diteita do iio Pataíba do Sul

M
MACACOS - Ribeitão (dos), afluente da ma1- tibeitão do Saco, com estação da E F Central
gem esque1da do iibeirão das Lajes e limite do Btasil, linha auxiliai
com o município de Itaguaí MONSORES - Povoado, distiito de Governa-
MADRUGA - Rio, afluente da ma1gem di- dor Po1tela, distando 42 km da sede muni-
reita do tio das Mortes cipal
MONTE ALEGRE - Luga1ejo, à ma1gem do
MANÊJO - Povoado, do distiito de Fenei10s,
tio do Saco, com estação da E F Central
distando 2?> km da sede municipal
do Btasil, linha auxiliai
MÁRIO BELO - Luga1ejo, com estação da
MONTE LíBANO - Luga1ejo, à ma1gem do
E F Cential do Biasil
tio Santana, com estação da E F Centtal
MASSAMBARÁ - Povoado, entie o iibeitão do Btasil, linha auxiliar
do Sec1etá1io e o rio do Salto MORRO AZUL - Lugatejo, com estação da
MIGUEL PEREIRA - Vila, e sede do dist1ito E F Cential do Btasil, linha auxiliai
de Miguel Pe1eira, que pettence ao muni- MORTES - Rio (das), afluente da ma1gem
cípio, têrmo e coma1ca de Vassouias Na 1e- diteita do rio Pataíba do Sul, à montante do
gião sul-otiental do município, no vale do povoado de Baião de Vassomas

p
PAIS LEME - Lugarejo, à esquerda do tio disttital, com estação da E F Cential do
Santana, com estação da E F Central do Btasil
füasil, linha auxiliar PALMITAL - Luga1ejo, do distiito de Saoa
Família do Tinguá, a 2 km da sede distrital,
PALMEIRAS - Povoado, do disttito de En- com estação da E F Centtal do Brasil, linha
genheiro Paulo de Frontin, a 4 km da sede auxiliar
PARAÍBA DO SUL - Rio, 01iundo do Estado PEDRAS BRANCAS - Córrego (das), afluen-
de São Paulo, entra no território fluminense te da margem esquerda do 1ibeirão do Ubá
pouco abaixo do povoado e estação do Salto; PEDRAS RUIVAS - Ribeüão (das), afluente
atiavessa os municípios de Resende, Batra da margem düeita do rio do Saco
Mansa e Barra do Piraí, depois de flanqueai PERNAMBUCA - Ilha, formada pelo rio Pa-
o de Püaí; sepata adiante Vassomas, à di-
raíba do Sul
1eita, de Marquês de Valença e Ri0 chs
PINDOBAS - Lugarejo, na região oriental.
Flôres, à esquerda, antes de cruzar os mua!-
cípios de Paraíba do Sul e Três Rios, limita PIRANI - Povoado, do distrito de Fenei10s,
Sapucaia e Ca11~10 com o Estado de Minas; distando 24 km da sede municipal
deixa em seguida Cantagalo e Itaocata, à FOCINHOS - Ribeirão (dos), afluente da
direita; Santo Antônio de Pádua e Cambuci, ma1gem direita do tio Paraíba do Sul e limite
à esquerda; atravessa os tenitótios de São com o município de Ba1ra do Piraí
Fidélis, Campos e, em patte, São João da POUSO ALEGRE - Povoado, do distrito de
Ba11a até a sua foz no Oceano Atlântico Fe11eüos, distando 38 km da sede municipal
PATI DO ALFERES - Vila, e sede do disttito
PROVIDÊNCIA - Povoado, do disttito de
de Pati dos Alfe1es, que pettence ao muni-
Vassouí·as
cípio, têtmo e coma1ca de Vassouras Na
região oriental do munmp10, à ma1gem do PROVISÔRIA - Povoado, do distrito de En-
no do Saco, com estação da E F Central genheiro Paulo de F10ntin, distando 34 km
do Biasil da sede municipal

Q
QUATORZE - Povoado, do dist1ito de Engenheüo Paulo de F10ntin, distando 32 km
da sede municipal

R
RIBEIRÃO - Povoado, ao sul da vila Andia:le Pinto na patte cxt1emo-01iental do mu-
nicípio

s
SACO - Rio (do), afluente da ma1gem es- SANTANA - Rio, nasce na sena do Couto e
querda do ribeirão de Ubá fo1ma com o ribeirão das Lajes o rio Guan-
du-Açu
SACRA FAMÍLIA - Rio (da), afluente da
ma1gem düeita do Piraí, nascendo na 1egião SANTANA - Sena, no limite com o município
central do município de Vassouras; corre de Nova Iguaçu
pelos municípios de Ba11a do Piraí e Mendes,
SÃO JOAQUIM - Alto (de), entle os ribei-
recebendo neste o nome de Sacra Família do
1ões do Secretário e Ubá
Tinguá ou Mendes
SÃO JOSÉ DA ROLINHA - Lugarejo, entle
SACRA FAMÍLIA DO TINGUÁ - Vila, e
as nascentes do cónego das Pedras Brancas
sede do disttito de Saoa Família do Tinguá,
que peltence ao município, têrmo e coma1ca SÃO LOURENÇO - Povoado, do dist1ito de
de Vassouras Na iegião ocidental do muni- Engenheüo Paulo de Frontin, distando 31
cípio, à margem do tio Sacra Família, com km da sede municipal
estação da E F Central do ~Brasil. SÃO LUIZ DE UBÁ - Povoado, do disttito
SALTO - Ribeirão (do), afluente da margem de Vassouras
direita do rio Paraíba. SÃO PEDRO DO RIO DO OURO - Po-
SANTA BRANCA - :Lugarejo, à ma1gem do voado, do distrito de Tairetá, distando 61
rio de Santana, com estação da E F Cential km da sede municipal
do Brasil, linha auxiliai SEBASTIÃO LACERDA - Vila, e sede do
SANTA CATARINA - Serra (de) distrito de Sebastião Lacerda, que pertence
- 302 -

ao município, tênno e coma1ca de Vassouras SERTÃO - Povo.ado, à margem do rio de


Na região setentrional do município, à mar- Saritana, córh estação da E F Cential do
gem direita do rio Paiaíl;>a do Sul Brasil, linha auxiliar
SIMÃO ANTÔNIO - Córrego (do), afluente
SECRETÁRIO - Ribeirão (dó), afluente da da margem esquerda do córrego do Engenho
margem esque1da do ribeirão do Ubá da Serra
SUCUPIRA - Povoado, na região oriental
SERRA - Lugarejo, do distrito de Tàüetá, a SUCUPIRA - Serr11 (da), entre o rio Mimso
' 12 km da sede distrit~l, com estação da E F e o córrego Cantagalo no limite entre OS'
Central do Brasil · municípios de Vassouras e Paraíba do Sul

T
TAIRETÁ (EX-PARACAMBI) - Vila e sede TEIXEIRA LEITE - Lugarejo, à margem do
do distrito de Tairetá, que pertence ao mu- lÍo Paiaíba do Sul, com estação da E. F
nicípio, têrmo e comarca de Vassouras Na
Central do Brasil .
região sul-oriental do município, à margem
esquerda do rio dos Macacos e dy seu afluente
có11ego do Engenho da Serra, com estação da TETÉIA - Alto (da), ao n01te do alto de
E F Central do Brasil São Joaquim

u
OBA - Rio, afluente da margem direita do do rio Pai aíba do Sul

V
VASSOURAS - Cidade, sede do distrito, do VITÓRIA - Povoado, do distrito de Enge-
município, do tê1mo e comarca de igual nome
nheiro Paulo de Frontin, distando 32 km da
Na região ocidental do município, à margem
do rio dos Mortos, com estação da E F sede municipal
Central do Brasil
VOLTA FRIA - Povoado, do distrito de En-
VERA CRUZ - Luga1ejo, à ma1gem do rio
genheiro Paulo de Frontin, distando 31 km
de Santaria, com estação da E F Central do
Brasil, linha auxiliar da sede municipal

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