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Sumário
O Programa Jeito de Viver Família. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Fundamentos Emocionais do Jeito de Viver Família. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Instâncias da Plenitude. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

Metáfora da semente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Autorresponsabilidade... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Ferramenta E SE.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Coaching Integral Sistêmico.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Desenvolvimento infantil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Onde nascem as emoções?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Abraço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

As 6 principais memórias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Crenças. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Autoestima. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

Perdão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

Comunicação / Linguagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

Bibliografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2

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O Programa
Jeito de Viver Família
Um programa baseado no método do Coaching Integral Sistêmico para dar aos pais e/ou
responsáveis recursos e aprendizados que irão nortear a tarefa desafiadora do ato de educar
crianças fortes e felizes emocionalmente.

O JEITO DE VIVER FAMÍLIA também oferece às crianças a formação de hábitos positivos,


capazes de proporcionar a elas novas possibilidades e um coração generoso e feliz, gerando
na sua família mais autoconfiança, generosidade, afeto, autoestima, empatia, confiança mútua,
respeito, honra e gratidão.

Objetivos do programa
• Produzir e desenvolver na criança força emocional e gerar, desde a infância, as
crenças positivas de identidade, capacidade e merecimento.

• Desenvolver na criança a autoconfiança.

• Fortalecer na criança aspectos fundamentais da boa relação consigo e com os ou-


tros, tais como: autorresponsabilidade, perdão, generosidade, empatia e gratidão.

• Tornar clara e efetiva a função da família como geradora dos fundamentos emo-
cionais.

Benefícios
• Formar crianças mais seguras e protagonistas de suas próprias histórias.

• Proporcionar maior harmonia, diálogo, amor e confiança na família.

• Desenvolver maior segurança e conectividade entre pais e filhos.

• Restaurar a autoestima dos membros da família e fortalecer a demonstração de


afeto.

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Fundamentos Emocionais
do Jeito de Viver Família

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O Jeito de Viver Família é um programa de 16 semanas que tem como objetivo reavivar laços
de amor e afeto entre pais, filhos e demais integrantes da família. Com atividades interativas, o
programa traz jogos, músicas, vivências, vídeos e textos para potencializar a comunicação e os
atos de empatia e amor. O kit é composto por:

• Box Jeito de Viver Família (4 módulos) • Acesso à plataforma online (APP)

• Livro Jeito de Viver para Pais • Atividades interativas entre pais e


filhos
• Livro O Poder da Ação Para Crianças
• Display com frases inspiradoras
• Livro Jeito de Viver com Afeto
• Dado das Atitudes, Corrida da Família e
• Agenda programada
quebra-cabeças

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“Sou um pouco de todos que conheci, um
pouco dos lugares que fui, um pouco das
saudades que deixei e sou muito
das coisas que gostei.”
Antoine de Saint-Exupéry

Instâncias da Plenitude
O Programa Jeito de Viver Família objetiva também desenvolver na criança a capacidade cres-
cente de se relacionar de forma positiva nas várias instâncias que compõem o universo infantil:
consigo, com os pais, com a casa onde mora, com a escola, com os parentes, com a comunidade
em que está inserida e no relacionamento com Deus.

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Metáfora da Semente
Aninha estava com dificuldades na escola e começou a tratar os pais e os colegas de forma
muito rude. Foi se tornando uma criança ranzinza e amarga. Os amiguinhos não queriam nem
ficar perto dela mais. A professora da menina vendo a mudança repentina de humor, pediu que
os pais comparecessem à escola. Contou a eles tudo que estava acontecendo e perguntou como
estavam em casa, se estavam passando por algum problema.

Eles relataram que estava tudo bem, apenas andavam muito atarefados com o trabalho novo
do pai, que viajava bastante agora; e a mãe, que havia iniciado um novo curso de mestrado, es-
tava se dedicando muito aos estudos. Depois de ouvir o relato dos dois, a professora lembrou
das sementes dentro de um jarrinho que havia preparado com as crianças, em sala de aula, para
um experimento de Ciências. Resolveu dar aos pais de Aninha uma das sementes e um jarrinho
para que eles plantassem, cuidassem, adubassem e conversassem com ela todos os dias. Pediu,
ainda, que dentro de 15 dias eles retornassem com a planta.

Eles não entenderam nada, principalmente, a parte em que conversariam com a planta. Mas,
fizeram como ela os instruiu. Cuidaram, adubaram e conversaram com a plantinha. Entretanto,
poucos dias depois, devido a todas as atividades que eles tinham, deixaram-na de lado.

Passados os 15 dias, retornaram para conversar com a professora e trouxeram o jarrinho


com a planta murcha, sem cor, seca, sem vida. Disseram que não tiveram tempo de cuidar dela
todos os dias, pois eram muito ocupados e tinham outras prioridades.

A professora então disse a eles:

O que aconteceu com essa plantinha está acontecendo com a Aninha. Ela
anda cabisbaixa, irritada, sem brilho. Assim como uma semente que precisa de
luz, adubo e cuidado para crescer forte e saudável, Aninha também precisa que
vocês deem atenção, carinho, abraço, elogios, isto é, tempo de qualidade. Ela
precisa que vocês a amem com palavras e atitudes.

Ouvindo o que a professora dizia, os pais de Aninha encheram os olhos de lágrimas, pois

se deram conta do que estavam fazendo com a filha. Ela era o bem mais precioso que possuí-
am. Daquele dia em diante, tomaram a decisão de nunca mais deixar de lado a filha que tanto
amavam. E mesmo que tivessem muitos afazeres ao longo do dia, a prioridade sempre seria o
tesouro mais valioso deles: Aninha.

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Seu Filho
• Existe abraço e carinho verdadeiro entre vocês?

• Seu filho confia em você?

• Ele está bem no colégio?

• Ele passa muito tempo nas redes sociais?

• Ele se socializa harmonicamente com as outras crianças?

• Cumpre os afazeres mais básicos?

• O seu filho anda irritado? Ele está agressivo? Ele se isola?

• Seus filhos são audazes?

De 0 a 10, o quanto seu filho é feliz e forte física e emocionalmente? Sugestão: No caso de ter
mais de um filho, assinalar as notas e escrever ao lado o nome de seus filhos.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Você
• Dedica tempo em quantidade e de qualidade ao seu filho?

• Você abraça, beija e manifesta carinho de forma constante?

• Você sabe colocar limite com paciência?

• Sinceramente, você dedica mais tempo a seus filhos ou às redes sociais,


quando estão juntos?

• Você fala com respeito e ouve com atenção?

• O que você faz mais? Critica ou elogia seu filho?

• Você superprotege seu filho sem dizer “NÃO”?

• Será que seu filho se sente realmente amado por você pelo o que ele é?

• Você como mãe/pai tem sido a melhor referência em atitudes para seu filho?

• O quanto tem ensinado com amor, colocado limites com zelo e respeito?

De 0 a 10, o quanto você tem sido o pai/mãe que seu filho realmente precisa? No caso de ter
mais de um filho, assinalar as notas e escrever ao lado o nome de seus filhos.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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Como tem sido seu
comportamento com
seu filho?

Quais são os resultados que


você vem colhendo nesse
relacionamento?

Liste 3 comportamentos e 3 resultados.

COMPORTAMENTO RESULTADO

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Autorresponsabilidade
é a certeza de que
ninguém muda nada,
nem ninguém, sem
mudar a si mesmo
primeiro.
Paulo Vieira

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Autorresponsabilidade
“A incapacidade de viver de forma autorresponsável
nos faz reviver as mesmas circunstâncias de dor ao
longo da vida”
Paulo Vieira

Quando os acontecimentos não geram os resultados esperados, quando a vida não está
como se gostaria, tem-se duas opções: a primeira é achar um culpado e, de uma forma ou de
outra, se eximir da autorresponsabilidade, colocando nos outros e/ou nas circunstâncias a res-
ponsabilidade pelo que acontece na própria vida. A outra é assumir a responsabilidade pelos
resultados, aprender com eles e mudar.

Ser persistente na atitude da autorresponsabilidade e não desistir no meio do caminho são


atitudes fundamentais para colher frutos das mudanças que virão no momento apropriado.
Mude a si mesmo e o mundo mudará. Mude a você mesmo e experimentará uma vida nova. A
atitude de autorresponsabilidade capacita o indivíduo a mudar o que deve ser mudado, para
avançar na direção de seus objetivos e de um equilíbrio de vida.

As seis leis da autorresponsabilidade


1) Se é para criticar, cale-se.

2) Se é para reclamar, dê sugestão.

3) Se é para buscar culpados, busque solução.

4) Se é para se fazer de vítima, faça-se de vencedor.

5) Se é para justificar seus erros, aprenda com eles.

6) Se é para julgar as pessoas, julgue apenas suas atitudes e comportamentos.

Como será a sua


vida sendo autorresponsável?
Pessoas autorresponsáveis não gastam energia desnecessária sentindo raiva e sofrimento
sobre as coisas e as situações que não têm poder para mudar.

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MÚSICA
AUTORRESPONSABILIDADE

Quando amo de verdade


Compreendo meus amigos
Busco soluções, sou do bem
Sou vencedor

Aprendo com meus erros


Escolho amar, perdoar, ser feliz
Sou responsável pela minha vida

Letra: Paulo Vieira, Cida Marques, Marcos Lessa e Sara Braga


Intérprete: Marcos Lessa
Arranjos e produção musical: Hérlon Robson

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Ferramenta E SE (Família)
E se... Você compartilhar abraços com seu filho todos os dias?

E se... Você olhar nos olhos do seu filho e ver a essência dele?

E se... Você brincar com seu filho e ele perceber o quanto você o ama?

E se... Você se importar com a felicidade do seu filho?

E se... Você compreender, de fato, as emoções do seu filho?

E se... Você tomar as atitudes que realmente farão a diferença na vida do seu filho?

E se… Suas desculpas forem substituídas por suas ações?

E se... Tudo isso acontecer. Como será a sua vida?

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Coaching Integral Sistêmico

O Coaching Integral Sistêmico (CIS) foi desenvolvido pelo PhD, Master Coach e conferencis-
ta internacional Paulo Vieira e atua na estrutura Integral e Sistêmica em relação ao coaching
tradicional, acrescentando ferramentas, conceitos e uma abordagem “emocional”. O CIS se ba-
seia em conceitos e metodologias trazidos em publicações científicas nacionais e internacionais;
além de trabalhar o lado cognitivo do cérebro, é também capaz de reprogramar crenças e com-
petências emocionais.

Enquanto o coaching tradicional baseia-se essencialmente na condução lógica e cognitiva do


processo, o Coaching Integral Sistêmico se diferencia por mobilizar e integrar razão e emoção
com a mesma intensidade, na direção de objetivos. Por isso, diz que o método é integral.

Além disso, compreende-se o indivíduo (ser humano) como um ser formado de sistemas
maiores que têm influência entre si. Por essa razão, problemas na vida conjugal prejudicam a
vida profissional, que, por sua vez, interfere na vida financeira, e assim por diante. Da mesma
maneira, as mudanças (positivas ou negativas) que um indivíduo implementa em si mesmo vão
repercutir no ambiente em que está inserido.

Dessa forma, o Coaching Integral Sistêmico entende o ser humano como um todo capaz de
focar em seus objetivos específicos sem deixar de lado outros pilares que precisam de atenção
e reestruturação. De forma resumida, entende-se que todos podem e devem almejar uma vida
equilibrada e potencializada em todas as áreas.

• Por que nós precisamos errar tanto? Por que nós não pode-
mos errar menos?

• Já que eu erro e vou errar com os meus filhos, por que não
ter um ponto de estrutura e um método de recomposição
emocional para eles?

Essa metodologia vai te ajudar a aperfeiçoar seu relacionamento com seu filho, ajudando-o a
se tornar feliz e forte emocionalmente.

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Desenvolvimento infantil
Desenvolvimento Infantil

O cérebro é esculpido durante a infância. Alguns especialistas afirmam que aos 7 anos o cére-
bro já está pronto, pois é o período em que se fecha um processo biológico. Outros já acreditam
que o processo é mais demorado. O neurocientista Harry Chugani e o neurobiólogo Paski Rakic
afirmam que o cérebro é um matéria bruta trabalhada, principalmente entre os 2 e os 11 anos.

Por esse motivo, as crianças possuem mais facilidade para aprender novas coisas, como lín-
guas ou música, por exemplo. O que abre novas perspectivas, novas áreas de atuação no cére-
bro da criança.

A família, os amigos e a escola têm uma importante atuação no desenvolvimento mental da


criança. É fundamental que a observe cuidadosamente no seu dia-a-dia e a estimule a se dedi-
car às coisas que lhe desperte curiosidade, interesse ou desejo.

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A criança é
predominante emocional

Todas as experiências vividas nessa fase influenciam seu comportamento e sentimento.

HEMISFÉRIO ESQUERDO HEMISFÉRIO DIREITO


Consciente Inconsciente
Racional Sentimentos
Lógico Intuitivo
Memória Emoções
Intelectualidade Crenças
Maturidade

INTELIGÊNCIA RACIONAL: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL:


PRODUZ IDEIAS REALIZA IDEIAS

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Desenvolvimento infantil:
intelecto x emoção

INTELECTO EMOÇÃO

12 ANOS

8 ANOS

0 ANOS

A criança é predominantemente emocional, sua associação cog-


nitiva às situações se dá ao longo da infância, por meio das experi-
ências que vivencia.

À medida que a criança vai crescendo fisicamente, é maior a ne-


cessidade de se estimular o intelecto, ampliando suas habilidades.
Nesse período, a criança começa a falar e a formar as primeiras fra-
ses, além de já entender comandos simples.

Já as aptidões emocionais, que são igualmente importantes, pre-


cisam ser desenvolvidas desde muito cedo, pois quanto mais desen-
volvida a inteligência emocional de uma criança, mais facilmente ela
consegue se comunicar, mais participativa ela é, além de compreen-
der melhor limites, regras e responsabilidades.

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Onde as
emoções nascem?

As emoções têm uma


origem: o cérebro!

O corpo apenas sinaliza a existência das emoções (face ruborizada, sudo-


rese excessiva, taquicardia, pupilas dilatadas, “aperto no peito”, borboletas
voando pelo estômago”, “nó na garganta”). As manifestações são fisiológi-
cas e suas origens são uma só: o cérebro. Ele é o responsável por gerenciar
diretamente pensamentos e emoções, liberando o comando “bioquímico”
de cada emoção.

Os órgãos dos sentidos enviam as informações relevantes até o cére-


bro por meio de circuitos neuronais. Se um estímulo importante, com valor
emocional, é captado, ele pode mobilizar a atenção e atingir as regiões cor-
ticais específicas, onde é percebido e identificado, tornando-se consciente.
As informações são então direcionadas a uma região de substância cinzenta
subcortical do lobo temporal, a amígdala cerebral (ou núcleo amigdalóide),
cuja forma lembra uma amêndoa. A amígdala costuma ser incluída
em um conjunto de estruturas encefálicas conhecido
como sistema límbico, ao qual se atribui o contro-
le das emoções e dos processos motivacionais
(COSENZA, 2011, p. 76-77).

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NEOCÓRTEX
Funções intelectuais superiores

SISTEMA LÍMBICO
Emoções

TRONCO ENCEFÁLICO
Sobrevivência

• Tronco encefálico: é responsável por ações instintivas, ou seja, aquelas relacio-


nadas às funções básicas de sobrevivência, como batimentos cardíacos, respira-
ção, pressão arterial, transpiração, reflexos sensoriais e movimentos básicos.

• Sistema límbico: segundo nível funcional do sistema nervoso e está presente


em todos os mamíferos. Além de acoplar os componentes do cérebro reptiliano, é
responsável por todos os sentimentos e emoções, como raiva, medo e felicidade.

• Neocórtex: responsável pelo processo cognitivo complexo. Essa região envolve


o raciocínio e o pensamento, ou seja, as decisões racionais. E pode ser dividida de
forma metafórica entre hemisférios direito e esquerdo, com funções distintas.

As emoções estão presentes em todos os aspectos da humanidade. Elas são parte fundamen-
tal da vida e do comportamento humano. Elas servem, basicamente, para proteger o indivíduo,
manter a sobrevivência da espécie e gerar a comunicação social.

Emoções se movem para fora, daí o termo derivar do latim emovere. São as emoções que
motivam o indivíduo a colocar em prática ações, reações e decisões. Em toda relação que ocorre
entre dois seres que usam a cognição e estão imbuídos de emoção podem ocorrer situações
surpreendentes.

Ao estudar a bioquímica de nossas emoções, a ciência desvendou o entrelaçamento entre os


sentimentos e a fisiologia. A cada mudança de humor, uma cascata de substâncias bioquímicas
que os neurologistas chamam de “moléculas de emoção” - neurotransmissores e hormônios - é

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despejada pelo corpo, afetando os receptores, que são como discos parabólicos presentes em
todas as células. Quando estamos tristes, nosso fígado está triste, nossos rins estão tristes, nos-
sa pele está triste.

Cada emoção tem sua “assinatura bioquímica” particular. A hostilidade, por exemplo, está
associada ao excesso de cortisol; o afeto, à ocitocina; a felicidade, à dopamina; as sensações de
bem-estar, à serotonina e à endorfina. Os sentimentos de inferioridade, à baixa testosterona.
Tais moléculas de emoção podem ser um bálsamo ou um veneno à nossa saúde.

Os hormônios são ativados de acordo com a comunicação que cada indivíduo produz e com
a prática de atividades saudáveis à vida, como alimentação balenceada, exercícios fisicos e res-
piração consciente.

O que acontece
no cérebro da criança?
Comandos bioquímicos são dados a cada experiência vivida.

Reações físicas:

Aumento de pressão arterial, aumento de açúcar no sangue para produzir energia muscular,
pausa nas funções anabólicas no corpo, aceleração cardíaca, aumento do fluxo sanguíneo para
braços e pernas para fuga, dilatação da pupila, aumento da frequência respiratória.

Crianças negligenciadas são propensas a apresentar:

• Atraso no desenvolvimento

• Perda de memória

• Baixa autoestima

Além disso, tendem a ter dificuldades para formar vínculos saudáveis com outras pessoas,
podendo ser excessivamente dependentes ou socialmente isoladas.

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Reações físicas:

Estabilização da pressão arterial, calma, melhora da concentração, do aprendizado, da me-


morização, do apetite, do sono, do humor. Bloqueio da ação do cortisol, hormônio associado ao
estresse.

DOSE - conhecida
como o quarteto da felicidade
• Dopamina (hormônio da motivação): Tem como função a atividade estimulante do
Sistema Nervoso Central. Está ligada ao aumento de energia e sensação de felicidade.

• Ocitocina (hormônio do amor e da confiança): Hormônio produzido pelo hipotálamo


e armazenado na neurohipófise, tem como função promover as contrações musculares
uterinas, reduzir o sangramento durante o parto, estimular a libertação do leite materno,
desenvolver apego e empatia entre pessoas e produzir parte do prazer do orgasmo.

• Serotonina (hormônio da felicidade): A insuficiência deste hormônio está relacionada


a patologias como ansiedade, síndrome do pânico, déficit de atenção, hiperatividade,
depressão, obesidade, enxaqueca, esquizofrenia, entre outras.

• Endorfina (hormônio do prazer e da persistência): Neurotransmissor que ativa os


processos neurais, leva essas informações a todo o corpo e os conecta aos neurorecep-
tores.

Um indivíduo mais feliz tem menos dores crônicas (como fibromialgia), menos processos
inflamatórios, além de melhor pressão arterial e circulação sanguínea.

A neurociência acredita que a felicidade é uma habilidade que pode ser aprendida e ligada a
nossa capacidade de controlar a mente, atuando em inúmeros processos biológicos do corpo.
Em outras palavras, a felicidade não é um estado abstrato. É um estado físico desencadeado.

Fonte: Loretta Breuning, autora do livro


Habits of a happy brain (“Hábitos de um
cérebro feliz”, em tradução livre).

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Anotações

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26
Braço pra cima, braço pra baixo
Posição de avião
Vou ao encontro do amiguinho
Pra lhe dar um abração!

Abraço é bom, feliz me faz


venha comigo e abrace mais

Quando estou feliz, sorridente, eu abraço e abraço


E é bem dentro desse abraço que eu vou me encontrar
É o abraço que me acalma
Que me faz descansar

Abraço é bom, feliz me faz


venha comigo e abrace mais

Letra: Paulo Vieira, Cida Marques, Marcos Lessa e Sara Braga


Intérprete: Marcos Lessa
Arranjos e produção musical: Hérlon Robson

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Abraço
O abraço é uma porta para fortalecer o elo entre pais e filhos!

O abraço age como catalisador da ocitocina, aumenta o nível de serotonina (hormônio da


felicidade) e torna as pessoas mais honestas e gentis.

Um estudo conduzido pela Universidade de Yale e apresentado recentemente durante o En-


contro Internacional de Pesquisa em Autismo, nos Estados Unidos, descobriu que a ocitocina
aumenta a função cerebral que processa informação social em crianças autistas.

ABRAÇO

RELAÇÕES PESSOAIS
OCITOCINA
E PROFISSIONAIS

RELACIONAMENTO EMPATIA

CONFIANÇA E
BEM-QUERER

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O seu lar é um ambiente propício para que seu filho se torne forte emocionalmente?

O quanto você tem percebido as emoções do seu filho através do comportamento?

AMBIENTE DE AFETO AMBIENTE DE ESTRESSE


Aprendizagem Bloqueio

Coragem Medo

Segurança Insegurança

Paz Inquietação

Criatividade Ansiedade

O cérebro busca conexões


Na infância, o cérebro está em sua formação primária, estabelecendo as primeiras conexões
neurais. Isso explica a facilidade que crianças têm em aprender idiomas, tocar instrumentos
musicais ou começar uma carreira como atleta. Elas conseguem aprender algo ao escutar uma
conversa isolada sobre determinado tema, pelo toque, expressões faciais ou outras formas de
contato com o outro.

O que diferencia a plasticidade de um cérebro jovem para um cérebro adulto é que o primei-
ro forma conexões neurais com facilidade a partir da simples exposição, enquanto o segundo
exige muita concentração do indivíduo para isso.

Relacionamento entre pais e filhos


As emoções desempenham a função social a partir do momento que provocam ações e re-
ações, ou seja, comportamentos. Principalmente para a criança, comportamento é a forma de
expressar emoções que não conseguiram ser verbalizadas.

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Nas relações familiares, não é diferente. Pais e filhos são mediados pelas emoções. Grande
parte dos problemas de relacionamento poderiam ser evitados se os pais (em tese os seres ma-
duros da relação) agissem com inteligência emocional.

O amor entre pais e filhos é uma das maiores emoções que


pode ser sentida. A matéria-prima de tudo é o amor. Porém,
há diferença entre amar e mimar. Amar não é mimar. Limi-
tes precisam ser estabelecidos. Esse paradigma errado sobre
a criação dos filhos precisa ser quebrado. É fundamental co-
locar limites no comportamento dos filhos enquanto eles se
desenvolvem. Entretanto, não há necessidade de tratar os
filhos com agressividade ou de forma rude no processo de
educação deles, ao contrário, tudo deve ser feito com amor.
Como fala Paulo Vieira, “o amor em atos e palavras, verbal
e não verbalmente, altera a psique, a matéria e a própria
realidade ao redor de quem ama”.

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As 6 principais memórias
Henri Bergson, filósofo e diplomata francês, vencedor do Nobel de Literatura (1927), afirma
que para ser feliz é necessário ter memórias de:

Bergson estudou sobre o conceito de memória. Com formação em Letras, dedicou-se a estu-
dos filosóficos na área da Fenomenologia e produziu obras de referência, como Ensaios sobre
os dados imediatos da consciência (1889), Matéria e Memória (1896), A Evolução Criadora (1907)
e Duração e Simultaneidade (1918).

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Crenças
Crença é toda programação mental (sinapses neurais) adquirida como aprendizado durante
a vida e que influencia os comportamentos, as atitudes, os resultados, as conquistas e a quali-
dade de vida.
Tudo o que se vê, ouve e sente, repetidamente ou sob forte impacto emocional, gera em
um indivíduo uma crença. E tudo o que uma pessoa tem, é, faz e com quem se relaciona é de-
terminado pelas crenças que ela tem sobre si própria. Em outras palavras, a existência dela é
determinada por suas maiores certezas, pelas convicções mais profundas que ela tem sobre si
e sobre o mundo.
A crença é como um programa de computador, enquanto o indivíduo é a máquina: se o
programa que roda no computador não for bom, a máquina vai ficar subutilizada e talvez nem
funcione. Da mesma forma, alguém pode ser extremamente inteligente, ter memória e saúde
física excelentes, mas se as crenças, as programações mentais que aprendeu ao longo da vida
não forem positivas, elas vão fazer essa pessoa sofrer, causando dano a si mesma e ao ambiente
em que ela se encontra.
Essas crenças são aprendidas ao longo do tempo, mas principalmente na infância. De 0 a 12 anos,
tudo o que você viu, ouviu e sentiu sob forte impacto emocional e a maneira com que você foi cria-
do pelos seus pais ou responsáveis interferiu na formação das suas crenças e, consequentemente,
seus resultados de vida. Sendo assim, esses momentos de aprendizagem na fase infantil foram
fortes e repetidos.

As crenças podem ser geradas de duas formas. Veja a seguir:

Matriz de Geração de Crença

INFORMAÇÃO
1 V.A.S.

2 SENSO 3 SENTIMENTO

3 CONVICÇÃO 2 PENSAMENTO

4
4 CERTEZA 5 CRENÇA 1 COMPORTAMENTO

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E como as crenças
se instalam em nossas mentes?
Após o nascimento, as crenças se formam e são fortalecidas na mente da criança. De 6 a 8
anos, o primeiro bloco de crenças é sedimentado; aos 12 anos, as crenças desse pré-adolescen-
te estão completas, e nelas está impresso quem ela é, seu valor próprio, suas capacidades, seu
amor-próprio, sua AUTOIMAGEM e tudo mais que forma o caráter, a personalidade, a atitude, o
estilo e o comportamento desse jovem e do adulto que se tornará. Portanto, a grande totalidade
das crenças que formam a IDENTIDADE do indivíduo são produzidas até os 12 anos. As informa-
ções que chegam depois da infância e da puberdade também vão formar o sistema de crenças,
mas com menos intensidade. (Paulo Vieira, PhD)

UNICAR
M P
Matriz Ativa CO

EN
SAR
de Geração
p R O D U AS
CRENÇ

de Crença
ZI

R
IR
SENT

PLASTICIDADE NEURAL
A plasticidade neural é a capacidade que o cérebro tem de desenvolver novas conexões si-
nápticas entre os neurônios a partir da experiência e do comportamento do indivíduo.

Por meio da plasticidade, novos comportamentos são aprendidos, e o desenvolvimento hu-


mano torna-se um ato contínuo.

Esse fenômeno demonstra que o cérebro é capaz de mudar, pois a plasticidade neural permi-
te que uma determinada função do Sistema Nervoso Central (SNC) possa ser desenvolvida em
outro local do cérebro como resultado da aprendizagem e do treinamento.

Elenice Ferrari (Unicamp) explica que o conhecimento sobre a plasticidade neural abriu um
enorme campo de estudos, com investigações em vários níveis, do molar ao molecular:

“A base de tudo é a comunicação entre os neurônios – as sinapses. Se a ativação de um neurônio


for intensa e duradoura, isso vai resultar em alterações nas sinapses e na estrutura e função dos
neurônios, com aumento de tamanho do neurônio, do número de dendritos, de proteínas expressas
intracelularmente, além de outras alterações.”

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DIAGNÓSTICO COMPOSTO
RESULTADO ATUAL: RESULTADO DESEJADO:

CRENÇAS SENTIMENTOS PENSAMENTOS COMUNICAÇÃO

DIAGNÓSTICO

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SOLUÇÕES
Autoestima
É definida pelas crenças de quem eu sou.

Crença de identidade: Eu sou

Quando e como se forma a autoestima?

Pela quantidade e qualidade do amor comunicado pelos pais ou pais substitutos


dentro do sistema VAS.

COMPETÊNCIA COMPORTAMENTO /
CRENÇA EMOCIONAL ATITUDE

MERECIMENTO TER
TENHO

CAPACIDADE FAÇO FAZER

IDENTIDADE SOU SER

A base da estima é a comunicação de amor. Toda criança, embora completamen-


te diferente das demais, tem as mesmas necessidades psicológicas de se sentir ama-
da e digna. Tais necessidades não desaparecem com a infância. Todos nós as temos,
e elas nos acompanham até o fim.

A satisfação dessas necessidades é tão importante para o nosso bem-estar emo-


cional quanto o oxigênio é para a nossa sobrevivência física. Afinal de contas, temos
que conviver conosco durante toda a nossa vida. A única pessoa que não podemos
evitar, por mais que nos esforcemos, somos nós mesmos. O mesmo acontece com
os nossos filhos.

Eles convivem consigo mesmos da maneira mais íntima, e o autorespeito é da


maior importância para o seu crescimento, bem como para uma vida significativa e
compensadora.

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A esta altura você poderá dizer: “Mas isso não me diz respeito, porque amo meu filho e acho
que ele tem valor.” Um momento, porém. Veja que a receita não diz: “Se você ama seu filho.” Diz:
“Se a criança se sente amada.” E há uma grande diferença entre ser amada e sentir-se amada.

Por estranho que pareça, muitos pais têm certeza de que amam os filhos, mas, de algum
modo, as crianças não percebem tal afeição. Esses pais não são capazes de comunicar o seu
amor. A esta altura, o mais importante é compreender que: é o sentimento da criança sobre ser
ou não ser amada que afeta a maneira pela qual ela irá se desenvolver.

O impacto dos padrões recebidos na infância


Em resumo, todas as experiências vividas na infância moldam a nossa autoimagem e a nossa
visão sobre os outros e sobre o mundo.

Como você se vê?


O autoconhecimento e a autoconsciência são fundamentais nos processos de
identificação e construção das crenças sobre nós mesmos, ou seja, na constru-
ção da nossa AUTOIMAGEM. Corresponde à crença que temos sobre
nós mesmos e não depende da sua forma física e intelec-
tual, pois quem determina os caminhos e as escolhas
são as crenças que a pessoa tem sobre ela mesma.

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ACALANTO
Eu te acolho em meus braços
E te embalo com amor
Dorme filho, bem tranquilo
Em meus braços de amor

Cuidarei de ti toda noite


Vigilante eu estou
Canto docemente esta canção
Com palavras de amor
Dorme filho do meu coração
Bem seguro e tranquilo
Acordado estou bem junto a ti
Eu te guardo, enquanto dorme
Dorme, dorme filhinho
Dorme, dorme meu filhinho,
Seguro nos braços do teu pai

Letra: Pr. Samuel Munguba

Intérprete: Suélen

CD “Isso dá uma Sorte”.

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Perdão
COMPREENDA E LIBERE O PERDÃO
Devemos perdoar nossos pais que, por um motivo ou outro, nos fizeram sofrer. É importan-
te que tenhamos bons sentimentos em nosso coração. A mágoa nos impede de agir e viver de
modo amoroso com nós mesmos, com nossos filhos e com as pessoas a nossa volta.

O QUE É PERDÃO
• Perdão é assumir a responsabilidade pelo modo como você se sente.

• Perdão é para você, e não para o autor da afronta.

• Perdão refere-se à sua paz, e não à da pessoa que lhe fez sofrer.

• Perdão é uma habilidade que precisa de treino.

• Perdão ajuda a ter mais controle sobre seus pensamentos.

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Música do Perdão

Perdão é paz que se sente

Quando eu liberto quem me fez mal.

É ter em minhas mãos minha força, meu destino.

É verdade que vem do coração.

Cura, escolha, decisão.

Perdão é restituição.

Não é esquecer a dor.

Não é desculpar o mal.

Não é negar o sofrimento

Cura, escolha, decisão.

Perdão é restituição

Letra: Paulo Vieira

Intérprete: Ana Canário

CD “Isso dá uma Sorte”.

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Os sentimentos
vivenciados hoje são
apenas a reprodução
do que foi vivido na
infância.

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CARTA DO PERDÃO

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CARTA DA GRATIDÃO

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Comunicação / Linguagem
Podemos transformar nossa relação com nossos filhos e reprogramar nossa mente e
nossa vida através da linguagem e da comunicação. Você comunica amor ou hostilidade?
Reclamação, gritos, impaciência?

A linguagem é muito importante na relação com o mundo, na relação consigo mesmo,


com os outros e portanto com sua família.

É através da linguagem que nos comunicamos conosco e com os outros. Porém se a


linguagem que comunicamos não for eficiente, a comunicação pode não ser efetiva.

De acordo com Neves (2009), a essência da palavra “Comunicação” se traduz em “Tor-


nar comum”. É através do ato de se comunicar que os seres humanos podem expressar
seus sentimentos, pensamentos e obter respostas, ou seja, relacionar-se com o meio em
que vivem.

Apesar da fala ser um forte elemento na assimilação de informações e interação com


o(s) outro(s) indivíduo(s), há outros recursos importantes que uma pessoa utiliza para
se comunicar (comunicação não - verbal), tais como gestos, sorrisos, cores, expressões
faciais, olhares, sons e melodias. Até mesmo a respiração fora do ritmo natural de uma
pessoa pode trazer diversos significados.

A linguagem é o meio pelo qual exprimimos nossas ideias, nossos pen-


samentos, sentimentos, nossas vontades a nós mesmos e a outras pessoas”

(Paulo Vieira, Livro O Poder da Ação, pág 143).

Na vida, não existem fracassos, mas sim resultados precisos


de programas mentais.

Bons programas mentais = Bons resultados


Maus programas mentais = Maus resultados

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Formas de comunicação
VERBAL Palavras
NÃO VERBAL Postura, gestos, voz, expressão facial etc.
CANAIS VAS Visão, audição e sinestesia

Mas o convite aqui não é para você comunicar qualquer coisa, de qualquer jeito, mas sim
comunicar a perfeita linguagem e com ela reprogramar sua mente para uma vida abundante
em família.
Não existe filho que é rebelde, que é difícil e genioso, existe uma programação feita sobre
essa criança que a torna assim. O que existe é uma comunicação disfuncional que gera uma
família disfuncional.
A chave para se comunicar com seus filhos está em não tentar mudá-los, mas mudar a si
mesmo.

Quais palavras você tem proferido sobre seus filhos? Palavras de vida ou de morte?

Palavras que constroem ou destroem?

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O poder das palavras

Em um experimento intitulado “A mensagem da água“, o pesquisador Masaru Emoto subme-


teu moléculas de água a diferentes palavras, sentimentos humanos, pensamentos e músicas.
Após exposição, o cientista utilizou equipamentos especiais para fotografar os cristais de água
e observou que cada um apresentava formas diferentes, conforme o estímulo que foi exposto.

Amor e Gratidão Sabedoria Obrigado

Verdade Música Heavy Metal Mal

Se o corpo humano possui 65% de água e 75% do peso do músculo é composto por água,
imagine o poder que as palavras positivas ou negativas pode ter sobre nós.

Palavras são como setas que não voltam após serem lançadas, mas podem ser anuladas
(quando há tempo), lançando outras novas e engrandecedoras palavras. Por isso, cuidado com
a imprudência verbal!

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Música: Vitória

Dentro de mim, existe um vencedor


Que usa sempre a gratidão e o amor
A vitória é minha amiga, companheira toda vida
Por isso eu digo sempre
Vitória, vitória, vitória!

Eu posso muito mais, meus sonhos são reais


Vitória, vitória, vitória!

E se eu não vencer, posso aprender


E dizer vitória, vitória, vitória!

Letra: Paulo Vieira, Cida Marques, Marcos Lessa e Sara Braga


Intérprete: Marcos Lessa
Arranjos e produção musical: Hérlon Robson

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Profetize na vida do
seu filho

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Gratidão
Eu agradeço pelo pão de todo dia
Eu agradeço pelo sol, pela alegria
Todo dia é dia de gratidão

É tão bom agradecer pela vida


É bom para o coração
Todo dia é dia de gratidão
O sol, o mar, o vento
A vida boa pra cantar
Pra cantar: Gratidão!

Letra: Paulo Vieira, Cida Marques, Marcos Lessa e Sara Braga


Intérprete: Marcos Lessa
Arranjos e produção musical: Hérlon Robson

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Perfeita Linguagem

O que você vai aprender é uma completa reprogramação de suas crenças, através de uma
nova maneira de se COMUNICAR em família (de forma interna e externa, verbal e não - verbal).

A Perfeita Linguagem refere-se à reprogramação de crenças, novas sinapses neurais, novos


programas mentais, um novo estilo de vida, de comunicação e de conexão com você e na sua
família.

Quando você entende o poder da comunicação, você aprende a ter uma comunicação efeti-
va com você mesmo, com sua mente e com sua família. Podemos reprogramar nossa mente e
mudar de forma rápida e drástica nossa vida através da linguagem.

• Como tem sido a sua comunicação? Ela tem sido efetiva?

• O quanto você consegue expressar o que sente? O que você aparenta é também sua rea-
lidade?

• Qual tem sido a sua comunicação com sua família, com seu filho, com as crianças que
estão sob a sua responsabilidade?

A COMUNICAÇÃO É O PRIMEIRO QUADRANTE NEURAL PARA AS MUDANÇAS!

UM LAR SADIO E FELIZ COMEÇA COM UMA COMUNICAÇÃO DE AMOR!

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Fundamentos da perfeita
linguagem
A perfeita linguagem necessita ter bases palpáveis para que faça par-
te do seu dia a dia. Uma característica fundamental dessa linguagem é o
conteúdo e, consequentemente, os sentimentos produzidos por ele.

O conteúdo se refere ao que é produzido na pessoa que recebe a sua


comunicação. É como a mensagem que vai no corpo do e-mail e é lida por
quem a recebe. Entretanto, não é qualquer mensagem ou conteúdo que vai
produzir a perfeita linguagem.

Existem quatro fundamentos do conteúdo da perfeita linguagem: pertencimento, importância,


significado e distinção. São fundamentos linguísticos que podem construir ou destruir, aproximar
ou afastar, curar ou adoecer, motivar ou desmotivar.

(Livro O Poder da Ação, Paulo Vieira)

De 0 a 10, o quanto você tem demonstrado “A Perfeita Linguagem de


Amor” ao seu filho?

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Tudo que comunicamos produz resultados
• EXPRESSÃO FACIAL • SORRISO

• EXPRESSÃO CORPORAL • GESTOS

• VOZ • VELOCIDADE DAS PALAVRAS

• OLHAR • RESPIRAÇÃO

• POSTURA • VOLUME DA VOZ

• PALAVRAS/FRASES • TIMBRE DA VOZ

V0
É estar de corpo e alma em cada situação da vida, vendo, ouvindo e sentindo tudo que lhe
acontece, e, assim, conectando-se com a alma do outro.

A perfeita linguagem é o amor


Não o amor sentido ou pensado, mas o amor comunicado em atos, palavras e ações. O amor
comunicado verbal, através de palavras, e o amor comunicado não-verbalmente, através de
canções, gestões, comportamentos. O amor que altera a psique, a matéria, a própria realidade
de quem o comunica!

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Comunicação: Música
Existem várias formas de se comunicar, como vimos, e uma forma de comunicação humana
maravilhosa é a MÚSICA!

A música tem grande importância na vida cultural e biológica do homem, pois se voltarmos aos
primórdios do aparecimento da música, vamos encontrá-la, desde épocas remotas, como lingua-
gem de comunicação e expressão.

O homem primitivo utilizava sons e ritmos para se relacionar em seu “habitat”. Foi através de
sons e ritmos que o homem começou a imitar a natureza, numa tentativa de classificar os elemen-
tos que dela faziam parte, de se comunicar com eles e até mesmo de se identificar com objetos
temidos. A necessidade de se comunicar, não só com o meio em que vivia, mas, também, com os
deuses e com seus semelhantes, fez com que a música nascesse e continuasse evoluindo junto
com o homem, assumindo um papel relevante não só através dos tempos, mas, principalmente,
em todos os momentos de vida, desde o seu nascimento até sua morte. (Barcellos, 1999)

A música estabelece conexão comigo, com os outros e com o mundo. A música mobiliza todos
os nossos sentidos! Além de trabalhar o lado lúdico e os sentidos no desenvolvimento emocional
dessa criança.

Alguns benefícios de vivenciar as músicas do Programa:

• Mobilização da audição em família, promovendo a comunicação verbal e não ver-


bal, fortalecendo as conexões em família e a abertura de novos canais de expres-
são e comunicação;

• Em virtude dessa mobilização, emergem conteúdos mais profundo da personali-


dade de cada um da família, sendo expressados no momento da vivência musical
e persistindo como estilo de vida;

• Estimular a liberação de endorfina (hormônio que causa a sensação de bem-es-


tar).

• Pode ajudar a desenvolver a capacidade de atenção sustentada, estimular a ima-


ginação, desenvolver a memória, a criatividade e o sentido de ordem e de análise;

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ATIVIDADE
ELENQUE 20 CARACTERÍSTICAS POSITIVAS SUAS COMO PAI/MÃE. COMECE CADA FRASE COM
“EU SOU...”.

EX: EU SOU AMOROSA, EU SOU PACIENTE........

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