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Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
INTRODUÇÃO
O conteúdo desta aula não se referirá somente aos equipamentos que o perito irá utilizar em
campo para execução do seu trabalho. Também não tratará apenas do laboratório e onde toda a
análise ocorre por meio dos instrumentos necessários para análises do que deve ser periciado;
tampouco abordará somente os tipos de exames que serão feitos ou meios de transporte adequados
para acesso ao local periciado. O material abordará todos esses assuntos e muito mais.
Com efeito, quando pensamos em instrumentos na perícia ambiental, é preciso recorrer a itens
concernentes tanto à obtenção de documentos necessários para uma correta análise da cadeia
de custódia, bioindicadores como forma de identificação de impacto ambiental, até os tipos de
EPIs (equipamento de proteção individual) e a própria imunização do perito e/ou do grupo pericial
que acessará determinada localidade onde há algum surto de patologias diversas. Com efeito, os
instrumentos de perícia ambiental são um tema amplo e que exige, especialmente em função de
nosso pequeno espaço, foco em questões mais cotidianas.
Poderíamos definir então instrumentos de perícia ambiental como todo material, utensílio,
ferramenta, suporte de terceiros e laboratoriais, documental e quaisquer auxiliadores que corram
em favor do perito no ato do exame pericial a fim de serem utilizados como fonte de dados para a
elaboração de um bom, fiel e correto laudo pericial.
Desta maneira, iniciaremos com uma abordagem ampla, na qual abordaremos documentos
necessários e indicadores, entendidos sob o aspecto instrumental, bem como algumas questões de
diagnóstico ambiental. Em um segundo momento, trabalharemos os instrumentos que devem ser
utilizados nas questões faunísticas e florísticas, a fim de atingir cursistas de zonas rurais, biólogos
e interessados nessas abordagens, bem como industriais e cursistas que estão envolvidos com
abordagens urbanas e organizacionais/administrativas etc.
Por fim, abordaremos a questão geotecnológica, de modo a entender suas ferramentas como
instrumentos que auxiliam o perito no exame e posterior elaboração de laudo pericial adequado e
científico, considerando que estão em significativo crescimento e são cada vez mais adotadas nas
diversas formas de petições judiciais.
Não é uma tarefa simples abarcar tantos assuntos em um único local, por isso teremos muitos
“Saiba mais” e sugerimos: por se tratar de temas por vezes um pouco fora de sua área de atuação
– visto que a perícia ambiental vai desde a Amazônia até a movimentada São Paulo –, e a despeito
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da falta de profundidade detalhada em determinados temas, não deixe de se debruçar em temáticas
que serão abordadas em seus pormenores em alguns pontos de nossos estudos, uma vez que é
somente por meio do conhecimento que traçamos de fato nossa verdadeira e duradoura linha de
pesquisa de estudos.
O uso de bioindicadores como coagulantes naturais, tais como as algas, que representam
claramente equilíbrio ecológico no meio aquático; a presença de microrganismos patogênicos
(material fecal, bactérias, vírus, protozoários etc.); e a constatação da existência de Escherichia coli
(conhecida como E. coli), a qual indica forte presença de contaminantes como coliformes fecais,
são fundamentais como instrumentos de pesquisa para o perito, pois ele pode constatar, muitas
vezes somente pela observação em campo, que algo está errado e solicitar de antemão análise
desta ou daquela amostra.
O senso apurado e a experiência aqui contam muito, pois qualquer cor característica diferente,
odor e turbidez excessiva da água, por exemplo, pode caracterizar algum tipo de poluição exacerbada,
como lançamento de efluentes em corpos hídricos, aumento de oxigênio dissolvido (OD) e traços
de óleo, indicando presença de hidrocarbonetos etc.
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É importante se atentar aos seres vivos do local (bioindicadores) como forma de indicar algum
problema, que podem ser de natureza diversa, e que “podem ser utilizados de uma forma passiva, a
partir de uma avaliação dos seres que habitam a área de estudo” (CETESB, 2014), ou ainda de maneira
ativa, “expondo-se nos ambientes espécies previamente preparadas para as análises programadas”
(CETESB, 2014). Ademais, “recomenda-se a utilização de bioindicadores específicos para cada
poluente atmosférico, de forma a permitir sua identificação” através dos sinais característicos
apresentados pelos diferentes organismos (CETESB, 2014).
Indicadores físicos podem ser quaisquer alterações no local: gotejamento de óleo; avarias
em acondicionadores e contentores; furos no telhado em centrais de resíduos; ranhuras nos
pisos que são impermeabilizados e que deveriam suportar possíveis vazamentos (chamada área
de contenção) sem qualquer traço aparente de infiltração; resíduos perigosos destinados como
resíduos domésticos etc.
Nem sempre é algo tão simples. Por exemplo, podemos pensar em algo que irá requerer muita
experiência do perito em determinada área, como identificar a viscosidade do tipo de óleo que
está sendo utilizado em forno de caldeira quando o exame pericial se der em uma fundição. Nesse
contexto, se o óleo estiver “fino”, ou seja, a viscosidade for menos elevada, praticamente será certo
que o óleo utilizado é ilegal, tal como o Oluc (óleo lubrificante usado/contaminado), visto que não
é este o seu destino, mas exclusivamente rerrefino (CONAMA, 2005; 2012.).
Portanto, neste caso, seria indicado um viscosímetro como instrumento pericial para uma
análise rápida in loco a fim de determinar algum tipo de embargo imediato das atividades, quando
em presença policial, por exemplo; visto que o óleo combustível (A1), que seria o correto, chamado
popularmente como óleo BPF (baixo ponto de fluidez), possui aspecto com cor característica
avermelhada, quando passada na mão (o que não indicado; é necessário o uso de luvas, por se
tratar de produto tóxico segundo a norma ABNT nº 10.004/2004).
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Figura 2 – Viscosímetro
Fonte: <http://braseq.blogspot.com/2012/03/exatidao-dos-viscosimetros-brookfield.html>.
Contudo, é importante ressaltar que, para uma tomada de decisão séria como esta, é necessário
que o perito tenha experiência e conhecimento de padrões estabelecidos pela American Society
for Testing and Materials – ASTM – como os Standard Viscosity Temperature Charts, além de
questões de cinemática, cisalhamento, densidade, ponto de fulgor, poder calorífico e coeficientes
diversos de expansão térmica (RUNGE; DUARTE, 1990), a fim de assegurar-se de qualquer decisão
amparada por instrumentos que atestem e determinem de modo científico a classificação do óleo.
Este é um dos propósitos atendidos pelo laudo pericial, pois será o magistrado quem determinará
prisões, embargos das atividades, paralisação permanente etc.
Atividade reflexiva
Não é fácil, portanto, para um perito inexperiente em determinada área, no caso da queima ilegal de
óleo usado, identificar se ali há de fato problemas de queima irregular. É possível que outros dados
sejam coletados e amostras de óleo e gases emitidos sejam postas de lado, visto que fundições,
especialmente as mais simples, possuem todos os problemas imagináveis no quesito ambiental: falta
de acondicionamento correto dos resíduos; contato do metal diretamente com o solo sem qualquer
tipo de impermeabilização; danos à flora e fauna do entorno; ruídos; impacto sobre vizinhança etc.
Com isso, é de se pensar e refletir muitas vezes ao aceitar ou não um caso; é claro que o perito poderá
contar com uma equipe, no entanto, quanto mais o perito conhecer da área em questão, tanto melhor
e mais fiel será seu laudo pericial.
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Pensando em termos de estruturas básicas geomorfológicas, de clima e geologia em geral,
Monteiro (2015) nos informa que é necessário também avaliar a ausência de práticas de conservação
do solo e da correta condução das águas pluviais, pois isso pode desencadear erosão de grandes
proporções – culminando, por vezes, numa voçoroca. Importante ver também questões relacionadas
a encostas com exposição de afloramento rochoso, o que indica a possibilidade de matacões em
subsuperfície e problemas de fundações e cravamento de estacas.
Já os indicadores químicos irão requerer maior experiência do perito, tal como a identificação,
no caso da água, por exemplo, de salinidade, dureza, alcalinidade, corrosividade, ferro e manganês,
nitrogênio e cloretos, compostos tóxicos (como metais pesados, cianetos etc.), fenóis, detergentes,
agrotóxicos e radioatividade. Os instrumentos aqui utilizados precisarão ser determinados
casuisticamente, sendo o ideal por meio da averiguação por parte de laboratórios credenciados.
Porém, dependendo do grau de contaminação, é possível uma visualização física dos aspectos
químicos, como impurezas orgânicas, para então proceder com a solicitação de análise desta ou
daquela amostra.
Alguns documentos servem de instrumentos, como falamos, para um diagnóstico da área que
será utilizada no futuro, e que pode envolver conflitos, como quando uma parte deseja fazer uso
do local e a outra procede com uma petição contra tal ocupação. Os documentos a seguir, entre
muitos outros, que servem para uma análise apurada do perito ambiental, conforme nos informa
Monteiro (2015), são fulcrais para a melhor compreensão de um processo como este:
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• integração das informações obtidas sobre todos os meios com as legislações ambientais
e com as informações obtidas nos diversos órgãos, resultando em um mapa de restrição
ambiental e de ocupação.
Monteiro (2015) nos informa ainda acerca dos instrumentos (sob o aspecto de ferramentas)
que podem ser utilizados em exames semelhantes a estes:
Curiosidade
Cinco curiosidades que vão te surpreender sobre a perícia ambiental. Leia em: <https://institutog4.com.
br/blog/5-curiosidades-que-vao-te-surpreender-sobre-a-pericia-ambiental>.
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INSTRUMENTOS QUE ENVOLVEM A FAUNA E QUESTÕES FAUNÍSTICAS
Fauna e crimes contra ela Figura 3 – Crimes contra a fauna
• Parte ou produto: pedaço ou fração de um todo, é um elemento de origem animal que não tenha
sido beneficiado de forma a alterar sua característica, forma e/ou propriedade primária, como
carne, vísceras, gordura, ovo, ninho, pele, pena, osso, sangue, glândula e veneno (CONAMA,
2008).
• Subproduto: elemento de origem animal que tenha sido beneficiado de forma a alterar sua
característica, forma e/ou propriedades, como, artesanatos e artefatos de couro, pele e penas
(CONAMA, 2008).
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Para determinar se uma espécie ou subespécie está ameaçada ou não de extinção, alguns
critérios como redução do tamanho da população, isolamento ou declínio populacional e variação
na extensão de suas áreas de distribuição, entre outros, precisam ser adotados.
Saiba mais
A lista completa de animais ameaçados de extinção, conforme nos informa Sampaio (2014), podem
ser encontradas nos Anexos das Instruções Normativas MMA nº 3/2003 e 5/2004; no âmbito
estadual, cada Estado publica suas respectivas listas; no aspecto internacional pode-se consultar
o Anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem
Ameaçadas de Extinção (Cites) e a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da
Natureza (UICN). Ainda pode haver tutelas de um ou mais limites de jurisdição nacional na Convenção
sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS ou Convenção de Bonn),
através dos Anexos I (espécies migratórias ameaçados de extinção) e II (espécies migratórias cujo
estado de conservação é desfavorável).
Existem diversos tipos de crimes que podem ser praticados contra a fauna; entre eles pode-se
pensar inicialmente no comércio ilegal. A Lei nº 9.605/1998 tipifica diversos crimes nesse sentido.
É importante que o perito ambiental esteja atento aos documentos obrigatórios que são exigidos
pela Lei acerca da venda, nacional e internacional, de animais vivos e abatidos, partes, produtos ou
subprodutos. Sampaio (2014) nos informa a respeito deles:
Também são considerados crimes contra a fauna – os quais possuem uma série de dispositivos
legais específicos – Maus-tratos (abuso, crueldade, golpe, mutilação, envenenamento etc.), caça
(captura ilegal, caça em zonas urbanas, atiradeira, funda, estilingue; caça de espécie rara e em
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extinção etc.) e pesca proibida (pesca superior à permitida; espécies protegidas; tamanhos inferiores
aos permitidos; timbó; pesca com formamidinas, piretroides sintéticos, organofosforados, cloro e
outros; pesca elétrica etc.).
Monteiro (2015) nos traz uma lista de alguns aspectos do meio biótico acerca da fauna que
devem ser considerados em uma análise pericial faunística; numa análise pericial, quanto mais
informações tivermos do local, tanto melhor. São itens que devem ser considerados na análise em
campo por parte do perito ou da equipe pericial:
• caracterização regional;
• listagem de espécies de ocorrência na região; bem como endêmicas;
• identificação dos habitat da área de estudo;
• identificação das espécies bioindicadoras com enfoque para espécies ameaçadas de extinção;
• utilização de métodos diretos e indiretos, para obtenção da listagem de ocorrência na área
de estudo;
• comparação da diversidade e da riqueza das espécies da área de estudo com as da região;
• verificação do fluxo e principalmente corredores de fauna silvestre existentes e/ou a serem
implantados, considerando o entorno direto;
• indicação de passagens previstas para a fauna (interna e externa).
Como de costume, todo esse trabalho também se dá em campo. E, para efeito conceitual, os
métodos diretos abrangem avistamento e vocalização. Já os métodos indiretos consistem em
vestígios, como pegadas, pelotas de regurgitação, tocas, pelos e fezes (MONTEIRO, 2015).
No que tange à questão dos instrumentos sob o aspecto de ferramentaria, podem eles ser
usados para “coleta de pegadas, adaptador fotográfico ou vídeo (com o uso de cevas)”, uma vez
que “alguns animais são difíceis de visualizar por possuírem hábitos noturnos”. Ademais, corredor
de fauna silvestre também “é uma ferramenta de extrema importância, que deve ser considerado
desde a fase da concepção do projeto, pois possibilita a melhoria do fluxo gênico de determinadas
espécies e, consequentemente, o aumento da biodiversidade”. (MONTEIRO, 2015, p. 44).
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Instrumentos para exames periciais em crimes ambientais contra a fauna
De acordo com o bom documento de Sampaio (2014), há exames criminais em fauna – os quais
estão diretamente ligados ao nosso contexto, visto que para se examinar algo se faz necessária a
utilização de instrumentos para tal – que podem ser realizados tanto in loco (denominada perícia
externa) quanto em laboratório (denominada perícia interna).
Os biólogos serão os profissionais que melhor saberão fazer uso de instrumentos taxonômicos,
de manejo e fiscalizatórios acerca dos procedimentos que devem ser adotados para responder
questionamentos pertinentes que envolvem as partes em casos de petição e, efetivamente, de
perícia em si. E, por esse motivo, é sempre mais indicado ter uma equipe multidisciplinar na perícia.
Alguns instrumentos podem faltar ao perito, o que prejudica exames e a tomada de decisão por
parte do magistrado. Sampaio (2014) nos informa alguns deles:
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Todos os instrumentos devem ser “precedidos de segurança e confiabilidade para não comprometer
a idoneidade do processo e sua rastreabilidade”, e isso vai desde o “local do delito até o recebimento
e análise do vestígio nos órgãos periciais” (SAMPAIO, 2014, p. 41).
E aqui cabe ainda mais ressaltar a importância dos instrumentos, visto que é necessário que
o perito, ao descrever as partes, produtos ou subprodutos, informe o máximo de dados possíveis,
tais como: peso, medidas, forma, coloração, composição, estruturas, origem (espécie de animais
proveniente), bem como características específicas e que se julga necessário serem contempladas
no laudo pericial. Com efeito, tudo isso é realizado com um maquinário instrumental adequado.
É importante, conforme ainda ressalta Sampaio (2014) pesar e mensurar o pescado, visto ser
este um procedimento imprescindível para exames periciais; especialmente em virtude de não
somente descrever, mas também de determinar se eles foram capturados de modo legal.
Saiba mais
O Ministério Público elaborou em 2017 um documento acerca da pesca artesanal legal, o qual
trabalha a questão de toda a legislação pertinente, bem como dos elementos da pesca que
são adequados; regras de pesca em geral; crimes e infrações administrativas e os documentos
necessários para a pesca legal. Está disponível em: <http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr6/
documentos-e-publicacoes/artigos/docs_artigos/008_17_cartilha_pesca_legal_publicacao_biblioteca_digital-
compressed11.pdf>.
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Para isto, a autora (Sampaio, 2014) baseando-se em documentos do Ibama, trabalha os grupos,
o tipo de medida e instrumentos que devem ser utilizados no ato da perícia:
• Peixe: comprimento total é calculado pela distância entre a extremidade da ponta do focinho
até a extremidade da nadadeira caudal.
◊ Instrumentos de medição: paquímetro, ictiômetro, fita métrica e trena.
• Camarão: comprimento total é calculado pela distância entre a extremidade anterior do rostro
e a extremidade posterior do télson.
◊ Instrumento de medição: paquímetro.
• Lagosta: comprimento total é calculado com a somatória da cauda e o cefalotórax. A cauda
calculada com a distância entre o bordo anterior do primeiro segmento abdominal e o meio
da extremidade da cauda aberta; já o cefalotórax com a distância entre o entalhe formado
pelos espinhos rostrais e a margem posterior do cefalotórax.
◊ Instrumento de medição: paquímetro.
• Caranguejo: medida tomada sobre o dorso do corpo, partindo de uma margem lateral à outra,
considerando a maior largura.
◊ Instrumento de medição: paquímetro.
• Siri: medida entre os maiores espinhos laterais.
◊ Instrumento de medição: paquímetro.
• Ostra: medida entre as extremidades da concha, a partir de seu umbo (destaque da seta).
◊ Instrumento de medição: paquímetro.
• Rede: as medidas de malhas de redes de arrasto e espera são obtidas entre os nós opostos,
com a malha esticada. As malhas das armadilhas dos tipos covos e manzuás são tomadas
entre os nós adjacentes.
◊ Instrumento de medição: paquímetro.
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Figura 4 – Umbo
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Umbo#/media/File:Valva-VistaInterna.png>.
No que concerne o exame da cobertura vegetal por parte do perito ambiental, deve-se levar em
consideração fatores que “contribuíram para a paisagem atual, os usos pretéritos, o bioma incidente
e as respectivas fisionomias vegetais, com enfoque para as espécies ameaçadas de extinção”
(MONTEIRO, 2015, p. 46).
Monteiro (2015) levanta os aspectos do meio biótico que em seu entendimento são mais relevantes:
• caracterização regional;
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• verificação da incidência de áreas protegidas na área de estudo ou no entorno;
• caracterização detalhada da cobertura vegetal da área de estudo com o enfoque para espécies
de ocorrência na região;
• levantamento florístico da área;
• mapa de caracterização da cobertura vegetal.
Caracterização de recintos
Ademais, também é preciso caracterizar recintos e espaços onde haverá o acondicionamento
dos animais, os quais integram os instrumentos que devem ser considerados pelo perito. Sampaio
(2014) também nos ajuda com esta questão:
• rede: caixas, gaiolas, curral, cercados (com ou sem cobertura), jaulas, fossos, terrários etc.;
• higiene: presença de alimentos frescos, água potável, remoção de detritos, higienização em
geral;
• dimensão: comprimento, altura e largura precisam ser proporcionais ao tamanho e número
dos exemplares, os quais auxiliem na realização dos movimentos dos animais, a fim também
de que fiquem em pé e descansem;
• estruturas: como é visto na Instrução Normativa do Ibama nº 169/2008, é necessário bebedouro
e comedouro, piso, substrato, poleiros, grades, telhados, telas, espessura das grades ou tela;
• densidade: quantidade de animais por alojamento (é preciso evitar locais fechados onde
machos e fêmeas fiquem juntos, presas e predadores etc.);
• condições ambientais: temperatura, umidade, ventilação e luminosidade. A intensidade de
ruídos precisa estar de acordo com o que cada espécie suporta em decibéis; verificar pH,
salinidade, OD (oxigênio dissolvido) etc., em casos de animais aquáticos.
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diversos serão necessários. Tudo dependerá do objetivo da perícia, sendo que a “coleta pode ser
seguida de soltura ou sacrifício de espécimes” (SAMPAIO, 2014, p. 48).
Em caso de qualquer tipo de coleta, sempre haverá necessidade da licença expedida pelo Ibama
nos termos da Portaria nº 332/1990. E, ainda conforme Sampaio (2014, p. 48-49), as técnicas de
coleta e contenção “podem ser física, quando se utilizam as mãos ou algum equipamento, e química,
quando ocorre a aplicação de tranquilizantes ou anestésicos”. Ademais, a escolha da técnica irá
depender do “objetivo do exame, hábitos e características comportamentais e físicas dos espécimes”.
Devem ainda ser “bem planejadas, silenciosas e rápidas” a fim de “minimizar o estresse e injúrias
nos animais”, bem como evitar acidentes com “segurança e técnica, utilizando equipamentos de
proteção individual: luvas descartáveis de látex, botas, óculos de proteção, aventais descartáveis
e máscaras” (SAMPAIO, 2014, p. 49).
Figura 5 – Fauna
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Quadro 1 – Instrumentos de coleta e técnicas de contenção de animais
Crustáceos Manual, puçá, armadilha com Com luva de couro, segurar na região
(lagosta, camarão, isca tipo manzuá, laço com isca, dorsal da carapaça (cefalotórax).
caranguejo e siri) jereré e covo.
Répteis (exceto Manual com luvas, puçá, redes Lagartos: sobre a cabeça, coloca-se
ofídios) e laços para captura de lagartos o dedo polegar, as pernas dianteiras
e jacarés, armadilhas de queda ficam entre dedos indicador médio e
(pitfall traps) e covos. os dedos restantes seguram as patas
traseiras, direcionadas para trás.
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Aves Redes de neblina (mist nets) e Passeriformes: manter o indicador
de arremesso, armadilhas com e dedo médio entre a cabeça: os
iscas e laço. demais dedos e a palma da mão
seguram as asas. Não usar luvas de
couro. Não passeriformes: usar luvas
de couro. Aves grandes e de rapina
são outros procedimentos.
Segundo nos informam Bastos e Silva (2014), seus princípios e vertentes são basicamente:
• aspectos socioeconômicos: governo, comércio, cultura, religião, étnico, médico legal, medicina
popular, farmacologia etc.;
• bióticos: microrganismos, vegetação, flora nativa, plantas exóticas, fauna, ecossistemas etc.;
• abióticos: clima, hidrologia, geologia, geomorfologia, solos, altitudes, latitudes, longitudes etc.
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II – perícia ambiental propriamente dita.
A primeira se volta mais para a questão de plantas produtoras de narcóticos, tóxicas e/ou
medicinais, enquanto que a segunda pode ser subdividida de diversas formas, sendo o mais coerente
entender o aspecto pericial que se volta para o exame de plantas nativas, ruderais, invasoras (nativas
ou exóticas) e cultivadas (BASTOS; SILVA, 2014).
Os dispositivos legais são diversos, mas a seguir podemos entendê-los como indispensáveis
conforme Bastos e Silva (2014, p. 90), os quais nos fornecem mais alguns detalhes:
Novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012): cujo anterior era a Lei Federal n.º 9.605/1998
(Lei de Crimes Ambientais). Ela pode ser considerada “como um marco ao incluir
diversas infrações administrativas, ou que constavam como contravenções, penais,
passam a serem crimes”. Aqui, o crime ambiental pode se dar contra a administração
ambiental, a flora, fauna, ordenamento urbano, patrimônio cultural, por ações poluentes
e outros casos específicos.
Ainda temos a Lei Federal nº 6.938/1981; as Resoluções Conama nº 4/1985 e 1/1986; a Portaria do
Ibama nº 122-P/1985, a qual trata da coleta, transporte, comercialização e industrialização de plantas
ornamentais, medicinais, aromáticas e tóxicas, provenientes de florestas nativas (especialmente
importante para a questão da instrumentação da perícia ambiental); a Instrução Normativa MMA
nº 6/2008 e o Decreto nº 3.607/2000 (BASTOS; SILVA, 2014).
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de jamais identificarmos indivíduos. Aliás, esta é a missão precípua do taxonomista:
conhecer a variabilidade e separá-la em intra e interpopulacional (BICUDO, 2004).
Saiba mais
Taxonomia de Lineu
A taxonomia de Lineu foi desenvolvida por Carolus Linnaeus (Conhecido normalmente como Carl von
Linné, ou em português como Carlos Lineu) no século XVIII durante a grande expansão da história
natural. A taxonomia de Lineu classifica as coisas vivas em uma hierarquia, começando com os
Reinos.
No que tange aos instrumentos, é preciso, segundo Bastos e Silva (2014) antes de mais nada
pensar em profissionais que de fato conheçam tal campo de atuação, tais como aqueles que
trabalham com questões agrárias e biológicas, a fim de proceder com a execução dos trabalhos a
eles encaminhados. Com efeito, os instrumentos básicos que envolvem a taxonomia seriam:
• herbários (sala, prédio, instituição): que abriga essa coleção; ervário, fitoteca;
• xilotecas: são coleções botânicas constituídas por amostras de madeira obtidas, catalogadas
e armazenadas segundo técnicas específicas.
• chaves de classificação: a fim de facilitar a identificação de grupos taxonômicos. Podem ser
indentadas ou emparelhadas;
• materiais de laboratório: de coleta em geral etc.
Dendrologia
A dendrologia consiste em um “ramo da botânica que estuda as plantas lenhosas, principalmente
árvores e arbustos, e as suas madeiras” e foca-se, mormente, nas “espécies com importância
econômica, classificando-as sob o ponto de vista sistemático e fitogeográfico e do crescimento
do tronco e da produção madeireira” (BASTOS; SILVA, 2014, p. 98).
No que tange os dados mensuráveis das árvores, faz-se necessário considerar: volume, diâmetro
a altura do peito (DAP = 130 cm de altura); altura (H comercial); densidade etc. E, para isto, os
seguintes instrumentos são necessários no entendimento de Bastos e Silva (2014):
• mapas;
• delimitações das parcelas de análise;
• GPS;
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• suta: é um instrumento ajustável utilizado para medir e traçar ângulos;
• trado (ou verruma): é um instrumento de aço de grande espessura em forma de espiral, que
possui a extremidade inferior pontiaguda;
• fita diamétrica para determinação do DAP.
Figura 7 – Verruma Haglof 30 cm e suta manual 65 cm
Estes instrumentos são considerados suficientes para preencher uma ficha dendrológica, na
qual, segundo Bastos e Silva (2014) precisam constar as seguintes informações:
• taxonomia;
• nome popular principal e outros nomes populares, bem como nome científico;
• características gerais: características sensoriais e descrição anatômica macroscópica;
• características morfológicas;
• biologia reprodutiva;
• habitat;
• distribuição geográfica;
• emprego da madeira ou de outros produtos;
• silvicultura (cultivo e manejo), entre outros;
• propriedade física: densidade;
• propriedades mecânicas: flexão estática, compressão axial, choque, cisalhamento, dureza,
tração normal às fibras, fendilhamento etc.
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Instrumentos de identificação da madeira
Há diversos tipos e formas de classificação de madeiras que não nos cabem aqui tratar, pois
nosso foco são os instrumentos. Portanto, é necessário pensar a respeito de como identificar
a madeira, sendo que, como já ressaltado, profissionais da área como engenheiros florestais e
agrônomos, entre outros, são fulcrais no desenvolvimento de um trabalho profissional e adequado,
a fim de que o laudo pericial seja o mais fiel possível; pois como Bastos e Silva (2014, p. 111) nos
informam, todo o procedimento em questão (e que veremos a seguir) “deve ser feito por pessoal
especializado, ligado a laboratório de análise de madeira, seja do Ibama e/ou instituições de ensino
ou tecnológicas devido às especificidades de protocolos de preparo de amostras e de análises”.
A identificação da madeira passa em primeiro lugar pela análise do material botânico. Para Bastos
e Silva (2014, p. 111) para a identificação botânica do material “ao nível de gênero e espécie devem-
se examinar as folhas, flores, frutos e sementes, quando presente, e utilizar chaves taxonômicas e
por comparação com exsicatas (plantas ressequidas) de herbários”.
Bastos e Silva (2014, p. 111) prosseguem com a metodologia que deve ser adotada pelo perito,
levando em conta a questão dos instrumentos que devem ser utilizados, tais como a máquina
fotográfica, uma vez que “posteriormente faz-se a coleta de amostras da madeira e são feitas
análises macroscópicas do lenho, análises microscópicas, bem como análises químicas e físicas
e são registradas fotografias específicas”.
I - características organolépticas; e
Bastos e Silva (2014) nos trazem esses detalhes, contemplando os instrumentos a serem
utilizados na análise em campo:
• características organolépticas: são aquelas que impressionam os sentidos, tais como cheiro,
gosto, cor, grã, textura e formato do material em questão. Estão diretamente ligadas ao valor
decorativo e ornamental;
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• análise macroscópica do lenho: utilizar uma lupa conta-fios de 10x (dez vezes) de aumento,
examinando-se os três planos de estudos (longitudinal, radial e tangencial). Tal análise pode
ser feita preliminarmente no local de exames.
Figura 8 – Lupa conta-fios
Fonte: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-707292304-lupa-conta-fios-em-metal-para-malharia-fotolitos-e-silk-_JM>.
Saiba mais
No link a seguir. é possível encontrar uma chave interativa de identificação baseada em caracteres
gerais e macroscópicos.
São alguns pontos a serem preenchidos: nome científico, dureza Janka em kgf, densidade básica
g/cm³, compressão paralela às fibras em kgf/cm², contração volumétrica, módulo de ruptura em
kgf/cm², cisalhamento em kgf/cm², módulo de elasticidade em kgf/cm² × 1000, cor do cerne e
classificação do tempo de secagem (dias).
Acesse: <http://sistemas.florestal.gov.br/madeirasdobrasil/pesquisa.php?idioma=portugues>.
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estudo das próprias culturas, com finalidade de promoção de manejo sustentável,
otimização e levantamento de dados sobre a estimativa de áreas plantadas, parâmetros
vegetacionais, estresse hídrico, salinidade, deficiências nutricionais de solo e de
plantas, presença de pragas e doenças, estimativa da produção, vigor vegetativo
de culturas, mapeamento temático, distribuição espacial e monitoramento de áreas
agrícolas (BOTTEON, 2016, p. 8).
O solo é o suporte global da fauna e flora, além de ser utilizado como recurso natural de múltiplos
usos e ainda como espaço social no cotidiano humano (MILARÉ, 2011). Por ser um recurso natural
não renovável, é “imprescindível adquirir medidas mitigadoras, compensatórias e adequadas de
manejo, visando a sua conservação e planejamento do uso racional da terra para promover o manejo
sustentável dos recursos naturais” (BOTTEON, 2016, p. 648). Ademais, o uso do solo de maneira
contínua decorrente da intensa atividade humana, de maneira geral, “reduz o seu estoque de carbono
e nitrogênio, bem como aumenta a emissão de gases do efeito estufa” (BOTTEON, 2016, p. 648).
Contrariamente ao que muitos pensam, no passado o solo era respeitado, ao menos por meio
das festas do povo judeu, por exemplo. Os judeus guardavam o que chamam de shemitá (הטימש
em hebraico), sendo este o sétimo ano do ciclo de sete anos da agricultura (totalizando 49 anos, e
o quinquagésimo também era motivo de respeito) em que o solo, por um ano inteiro, por ordenado
pela Torá, não era utilizado. Isso gerava diversos benefícios ao solo, especialmente fornecendo a
ele o tempo de recuperação necessário para reabilitação da biocapacidade do local.
Ademais, segundo Botteon (2016, p. 10) em seu artigo intitulado Aplicabilidade de ferramentas
de geotecnologia para estudos e perícias ambientais, as geotecnologias “podem ser empregadas
para a identificação de substâncias contaminantes presentes nos solos, variando nos valores do
albedo encontrados nas curvais espectrais”.
Com efeito, os mapas que são resultado da aplicação desses instrumentos por parte do perito
demonstram a este uma “habituação mais célere com o local do fato a ser estudado, e também
agregarem [sic] informações preciosas a respeito de diversos aspectos” (NICOLETTI; FERREIRA,
2015, p. 45).
• uso do solo;
• altimetria;
• curvas de nível e declividade;
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• disponibilidade de dados para orientação do trabalho de avaliação do funcionamento do
panorama paisagístico;
• disponibilidade de biomassa em quantidade e qualidade;
• condições climáticas;
• características do terreno e pressão antrópica, com informações geradas por meio de
metodologias cientificamente apropriadas.
Nesse contexto, as geotecnologias podem então servir de instrumento para o perito ambiental
especialmente em detrimento do mapeamento digital de solos, por meio de dados que são obtidos
“do comportamento espectral decorrente das propriedades físicas, químicas, mineralógicas e
biológicas que caracterizam os diferentes tipos de solos, possibilitando levantamento de dados
para estudos e perícias” (BOTTEON, 2016, p. 9).
Para Botteon (2016) a avaliação do solo por imagens espectrais permite ainda:
Com essa técnica relativamente recente, é possível portanto “observar áreas mais propícias à
erosão e propor ações de prevenção ou contenção”, objetivando evitar o “assoreamento de cursos
d’água e contaminação das águas por agrotóxicos e produtos químicos que são carreados juntamente
com as partículas de solo” (BOTTEON, 2016, p. 9).
Botteon (2016, p. 7) nos informa que instrumentos são “amplamente utilizados em estudos
aplicados à pedologia e modelos digitais de terreno, imprescindíveis para o planejamento do uso
racional dos solos a fim de diminuir os impactos ambientais”, uma vez que o SIG em geral “permite
ao profissional armazenar, manipular e analisar dados espaciais, auxiliando o gerenciamento de
informações ambientais”.
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Sensoriamento remoto como instrumento dos SIG ao perito
Processo de aquisição de informação Figura 10 – Sensoriamento remoto
utilização da área de estudo”, característica esta de grande interesse como instrumento de perícia
ambiental (ALVES et al., 2014, p. 409).
De acordo com Alves et al. (2014, p. 409) a obtenção de informações a respeito de um objeto por
SR é realizada “analisando-se a interação da energia eletromagnética com a superfície deste”. Tal
energia pode ter sido gerada “por uma fonte externa natural ou artificial e posteriormente refletida
pelo objeto, ou pode ter sido emitida pelo próprio objeto”.
- Fonte de emissão de energia: as duas principais fontes naturais são o Sol e a Terra.
O fluxo de energia eletromagnética, ao incidir sobre o objeto, “sofre interações com
o material que o compõe, sendo parcialmente refletido, absorvido ou transmitido.”
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REM, tipos de sensores e o processamento de imagens
Acerca do objeto imageado, cabem mais alguns pontos relevantes. Os sistemas de sensores
geralmente “medem a energia eletromagnética refletida ou emitida de cada alvo, possibilitando assim
a discriminação dos materiais” (ALVES et al., 2014, p. 409). Deste modo, a radiação eletromagnética
(REM) refletida ou emitida pelo objeto imageado é registrada pelo “sensor que recebe o sinal analógico
e contínuo de energia medida e o discretiza, armazenando-o em forma de números digitais que
posteriormente serão transformados em gráficos, tabelas ou imagens em tons de cinza” (ALVES
et al., 2014, p. 409).
Atualmente, Botteon (2016, p. 8) ressalta que os dados obtidos por meio sensoriamento remoto
podem ser gerados por meio dos seguintes instrumentos:
Comprimentos de ondas do tipo micro-ondas “são capazes de detectar a umidade de solo pela
grande diferença das propriedades dielétricas da água comparada às dos outros componentes do
solo”. Os dados obtidos também podem ser utilizados para comparação com períodos de seca,
objetivando a análise da correlação entre eles (BOTTEON, 2016, p. 9).
O processo de produção da imagem pelos sensores, de acordo com Alves et al. (2014, p. 418),
é definido ao longo da construção. Como a perícia ambiental se “ocupará em processar e analisar
os produtos dos sensores, conhecimentos mais aprofundados dos materiais componentes, do
sistema ótica e da eletrônica associada a um sensor devem ser obtidos junto aos fabricantes”, ou
em artigos científicos e na literatura especializada em geral.
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fonte de radiação, medindo a radiação solar refletida pelas superfícies dos objetos,
ou a radiação que é emitida de radiação, sendo o Radar o sensor mais conhecido
deste tipo (ALVES et al., 2014, p. 418).
São dois tipos, em resumo, que os autores Alves et al. (2014) nos trazem, os quais servem de
instrumentos no exame pericial e para posterior elaboração de um laudo mais adequado:
As antenas atuais, ainda segundo os autores acerca dos sensores ativos, simulam antenas de
maiores dimensões, sendo conhecidas como radares de abertura sintética (SAR). Os diferentes
comprimentos de onda utilizados “servirão para delimitar dimensões mínimas do objeto que se
deseja registrar nas imagens”, tais como:
• troncos de árvore;
• ondas em corpos d´água;
• rugosidade em solo agrícola etc.
Ou seja, ainda no entendimento de Alves et al. (2014, p. 420) “a imagem é convertida para uma
forma numérica ou digital, permitindo a aplicação de uma variedade de técnicas de processamento
e de análise”. Com efeito, os resultados do processamento passam a ser novos arranjos de valores
digitais, o que representa melhor qualidade originária da imagem.
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Basicamente os itens a serem considerados são: pré-processsamento; correções geométricas,
radiométricas e atmosféricas; bem como as técnicas de processamento digital de imagens; de
realce, de filtragem; e ainda a própria transformação de imagens e a classificação.
Resoluções
Segundo Alves et al. (2014), estas são as definições e características de cada resolução:
• Resolução espacial: habilidade que um senso possui de distinguir objetos que são próximos
espacialmente. Cada sensor é projetado para fornecer dados a um determinado nível de detalhe
especial. Quanto menor o objeto possível de ser identificado, maior a resolução especial.
• Resolução espectral: é a capacidade que um senso apresenta de registrar o comportamento
espectral de alvos em diferentes comprimentos de onda. Quanto mais numerosos e mais
específicos os canais ou bandas de um senso, melhor a resolução espectral. Logo, quanto
maior o número de canais espectrais, maior a capacidade discriminatória.
• Radiação radiométrica: refere-se aos níveis digitais, representados por níveis de cinza, possíveis
numa imagem de um canal. É expressa pelo número de dígitos binários (bits) necessários para
armazenar o valor máximo de níveis de cinza dos pixels. Quanto maior o intervalo entre os
níveis de cinza máximo e mínimo, maior a resolução radiométrica. Logo, quanto maior for a
resolução radiométrica, maior a capacidade de distinguir variações sutis no comportamento
espectral dos objetos medidos pelo sensor.
• Resolução temporal (periodicidade ou repetitividade): refere-se à frequência com que o
sensor imageia uma determinada área. Os sensores embarcados em satélites orbitais têm
a vantagem de recobrir uma mesma área com maior frequência, o que é útil para programas
de monitoramento.
Aconteceu
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Instrumentos geotecnológicos disponíveis aplicados à perícia ambiental
Figura 11 – Espectrorradiômetro
Fonte: <http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=4422>.
Há forte popularização do uso de imagens de SR, o que demonstra sua relevância como
instrumento da perícia ambiental, com a tendência de ser utilizada cada vez mais. Ademais, como
nos lembra Alves et al. (2014, p. 422) a disponibilidade gratuita tanto de programas de SR como de
programas para processamento de imagens “tem prestado grande contribuição ao trabalho pericial,
possibilitando a utilização de dados e a produção de informação de qualidade a um baixo custo”.
No que diz respeito às questões ligadas à contaminação por hidrocarbonetos e etanol, estas
apresentam, em geral, “um aumento progressivo da profundidade das feições de absorção,
principalmente na região de 1.700 nm”, de tal maneira “que o grau de contaminação em solos
pode ser correlacionado à profundidade dos picos de absorção quantificados pelos programas de
processamento de dados” (BOTTEON, 2016, p. 10).
Ademais, Allen e Krekeler (2010 apud BOTTEON, 2016) analisaram alguns pontos que se voltam
para as pesquisas geotecnológicas, que são as assinaturas espectrais de misturas de óleos com
densidades variadas (como o óleo BPF, óleo solúvel etc.) e combustíveis com substratos minerais
variados, e concluíram que elas “apresentam suas próprias feições de absorção espectral, mas que
algumas podem ser mascaradas pela opacidade do óleo em determinadas regiões do espectro”.
Em um estudo mais antigo, de Cloutis (1989 apud BOTTEON, 2016) utilizou-se de espectrorradiômetro
para analisar solos contaminados, o que ajudou na identificação de vazamentos em dutos que
transportavam hidrocarbonetos em geral, os quais poderiam ter gerado gases explosivos e possibilitado
diversas situações perigosas.
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Outros contaminantes que também são muito tóxicos – os metais, por exemplo, que não são
biodegradáveis, mas sim bioacumuláveis, também apresentam toxicidade que depende de suas
propriedades físicas e químicas (BOTTEON, 2016).
Tancredi et al. (2012 apud BOTTEON, 2016, p. 10) também esclarecem que o uso de geotecnologias
pode contribuir na constatação de degradações em APPs e “um pouco mais de 3.000 ha de floresta
com indícios de exploração seletiva de madeira”.
O Guia de Serviços da Perícia Criminal Federal, da Polícia Federal do Brasil (PF, 2013), por sua
vez, segundo Botteon (2016, p. 10) “indica que os principais tipos de exames periciais na esfera
federal relacionados à temática ambiental” estão divididos basicamente em cinco grupos:
De maneira geral e simplificada, as principais operações dos SIG voltadas para a perícia ambiental
podem ser vistas no quadro a seguir.
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Quadro 2 – Principais operações em SIG nas atividades periciais
Instrumento de Descrição
operação
Buffer ou Zona de Utilizado para delimitar uma zona em torno de uma feição do mapa que pode
exclusão/inclusão ser medida em distância ou em tempo. Como, por exemplo, um buffer de 50
metros em volta de uma nascente é comumente utilizado para determinar a
área de APP dos rios utilizando a camada de vetor dos rios sobre um rastro
de imagem de satélite.
Cálculo da área Utilizado para determinar o tamanho de uma área, normalmente em m2, e
para determinar as dimensões entre as áreas das propriedades e áreas de
APP, planos de manejo florestal e glebas.
Cálculo de Utilizado para determinar a distância entre elementos do mapa como, por
distâncias exemplo, distâncias viárias, ponto a ponto, e o planejamento operacional de
perícias.
Análises Estuda os objetos pelas relações entre si, tais como proximidade,
topológicas conectividade, inclusão, coincidência e atributos. Verifica a relação entre
distâncias de transporte de produtos naturais, como troncos ou minério
para a construção civil, onde, a partir de uma determinada distância, torna-
se inviável o comércio. Considera também a análise de vizinhança, relações
entre agentes de preservação ambiental e agentes destruidores.
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Saiba mais
A seguir, Alves et al. (2014) listam alguns dos principais softwares utilizados em SIG:
No caso de medidas da umidade do solo in situ, também podem ser utilizadas as geotecnologias
com o objetivo de “avaliar a confiabilidade do método de medida pelo sensor do satélite, demonstrando
que o uso de agregação espacial pode fornecer informações sobre a umidade do solo”, uma vez
considerando que os registros de satélite de dados são temporalmente deficientes. Ainda segundo
Botteon (2016, p. 9) a umidade do solo é “importante para o trabalho pericial, uma vez que também
está relacionado ao tipo de cobertura vegetal da área”.
Há ainda satélites que podem ser utilizados em estudos ambientais. Entre eles, Botteon (2016)
destaca:
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• O Landsat, de origem estadunidense: fazem parte os sensores MSS (Multispectral Scanner),
TM (Thematic Mapper) e ETM+ (Enhanced Thematic Mapper Plus), sendo um dos mais
usados em estudos de sensoriamento remoto em detrimento da oferta contínua de dados de
boa qualidade, e também da facilidade de acesso às bases de dados disponíveis. Podem ser
aplicados em trabalhos periciais.
• O uso de índices de vegetação, como por exemplo, o Normalized Difference Vegetation Index
(NDVI) e o Normalized Difference Water Index (NDWI), que são usados objetivando:
◊ a identificação da presença de vegetação verde na superfície;
◊ caracterizar a evolução temporal da vegetação, sua distribuição espacial e quantificar
determinados parâmetros biofísicos, tais como vigor da vegetação, biomassa vegetal,
estresse hídrico das plantas, entre outros, a fim de diagnosticar alterações antrópicas na
paisagem.
O quadro a seguir nos traz mais algumas ferramentas importantes que podem serem utilizadas
pelo perito ambiental na análise e formulação de dados.
Google Earth Entre várias limitações, muitas informações não são <https://www.
apresentadas, tais como o georreferenciamento da google.com/intl/
imagem; a consequência é o deslocamento considerável pt-BR/earth>.
da imagem, prejudicando trabalhos que exigem precisão
cartográfica. Também não há separação de bandas
espectrais, prejudicando análise do solo, por exemplo. O
perito deve sempre avaliar a data da imagem.
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Imagens Cbers O programa de lançamentos de satélites Cbers (China- <http://www.dgi.
Brazil Earth Resources Satellite) e a CDD (Câmera inpe.br/CDSR/>.
Imageadora de Alta Resolução), bem como a HRC
(Câmera Pancromática de Alta Resolução) têm sido
grandes aliadas como instrumentos da perícia em
crimes ambientais. O satélite parou de funcionar em
2010, mas deixou um grande acervo de imagens, muito
úteis em estudos multitemporais.
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Spring Consiste num SIG (sistema de informações geográficas) <http://www.dpi.
com funções de processamento de imagens, análise inpe.br/spring/>.
espacial, modelagem numérica de terreno e consulta de
banco de dados espaciais, desenvolvido pelo Inpe para
ambientes Unix e Windows. Ferramenta gratuita que
oferece ainda treinamentos para utilização do aplicativo.
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CONCLUSÃO
Certamente há ainda uma infinidade de instrumentos a serem considerados na perícia ambiental,
visto que esta tem seu próprio universo.
Se pensarmos em perícias relacionadas à fauna e flora, certamente dezenas de livros não seriam
suficientes para contemplar a prática do cotidiano de tarefas, eventos e locais onde os diferentes
tipos de instrumentos são necessários. Desde uma prancheta de anotações até utensílios que
servem para coletar dados de baleias encalhadas; de documentos simples até oficiais; de um carro
de passeio para visitação ao local do exame pericial até um helicóptero onde todos os outros tipos
de transporte humano não são suficientes para atender a necessidade da análise pericial.
O intuito, portanto, foi o de demonstrar a importância dos instrumentos, trazer alguns deles e
pensar tecnicamente a seu respeito. Boa parte deles foi somente citada a fim de que o cursista
saiba que exista este ou aquele instrumento de apoio ao perito no exame e posterior elaboração de
um laudo pericial a fim de facilitar, ao máximo, a difícil tomada de decisão por parte do magistrado
do caso.
GLOSSÁRIO
Albedo – razão entre a quantidade de luz que é difundida ou refletida por uma superfície e a
quantidade de luz incidente sobre a mesma. Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Albedo>.
Cevas - isca para atrair animais, esp. aves e peixes; chamariz, engodo. Local onde a isca é colocada;
cevadouro. Fonte: <https://www.dicio.com.br/ceva/>.
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Geotecnológia – geotecnologia é um termo genérico, muito utilizado no Brasil e nos outros países
da América Latina, para designar todas as etapas que envolvem uso e análise espacial de dados
geográficos e seu compartilhamento. Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Geotecnologia>.
Matacão – os matacões são blocos de rocha que podem ser subterrâneos ou superficialmente
expostos. Geralmente têm formato arredondado, moldados pela ação de intemperismos, como
variação de temperatura, ação de ventos e da água de chuva e das águas residuais presentes no
solo do entorno. Fonte: <http://equipedeobra17.pini.com.br/construcao-reforma/41/matacoes-saiba-como-
esses-grandes-blocos-de-rocha-interferem-239476-1.aspx>.
Rostro – chama-se rostro à parte frontal, geralmente aguçada, da carapaça de muitos artrópodes,
incluindo grande número de crustáceos e de insetos, principalmente de camarões e dos hemípteros.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Rostro_(anatomia)>.
Télson – peça quitinosa do exosqueleto dos artrópodes –particularmente visível nos camarões e
lagostas – que se encontra na extremidade do último segmento do corpo. Fonte: <https://pt.wikipedia.
org/wiki/Télson>.
Torá – do hebraico ה ָרֹוּת- tōrāh Sefardita, tōruh Ashkenazi; significando: instrução, lei, apontamento.
É derivada da palavra em hebraico yārāh – instrua, dirija, mostre; é designada como um rolo de
pergaminho no qual os cinco livros de Moisés foram escritos, também a primeira das três divisões
do cânone judeu; ;הרות ישמוח השמחtransl.: Hamishá Humashêi (os cinco escritos de Moisés, em
especial o do judaísmo rabínico), também podendo referir-se ao corpo inteiro da literatura religiosa
judaica, lei e ensinos contidos principalmente na Mishná e no Talmude. Fonte: <https://pt.wikipedia.
org/wiki/Torá>.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004: resíduos sólidos – classificação.
Rio de Janeiro, 2004. Disponível em: <http://www.suape.pe.gov.br/images/publicacoes/normas/ABNT_
NBR_n_10004_2004.pdf> Acesso em: 18 jul. 2018.
ALLEN, C. S.; KREKELER, M. P. S. Reflectance spectra of crude oils and refined petroleum products
on a variety of common substrates. Spie Defense Security & Sensing, v. 7687, 2010. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/253368551_Reflectance_spectra_of_crude_oils_and_refined_petroleum_
products_on_a_variety_of_common_substrates> Acesso em: 18 jul. 2018.
BASTOS, E. K.; SILVA, R. A. Perícias de danos ambientais na vegetação natural. In: TOCCHETTO, D.
et al. Perícia ambiental criminal. 3. ed. Campinas, SP: Millennium, 2014.
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 18 jul. 2018.
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BRASIL. Lei Federal nº 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
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altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de
22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de
abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
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veículo em aceleração e na condição parado, para veículos automotores nacionais e importados,
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Costeiro, com prazo indeterminado. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, 1994. Disponível em:
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__________. Resolução nº 450 de 6 de março de 2012. Altera os arts. 9º, 16, 19, 20, 21 e 22, e acrescenta
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CONAMA, que dispõe sobre recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou
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e subprodutos da fauna silvestre brasileira e fauna silvestre exótica. Brasília, Diário Oficial da
União, 1998. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br/phocadownload/fauna/faunasilvestre/1998_ibama_
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